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Jogo Rápido

RUSSO PASSAPUSSO

Vocalista e líder do BaianaSystem comenta projeto em parceria com Buguinha Dub, consequência do confinamento após os shows mais massivos da história da banda

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por_ Alessandro Soler | de_ Madri

O BaianaSystem é, talvez, a banda mais associada às multidões no atual panorama da música brasileira. Seus shows são celebrações do encontro, do toque, têm pegada algo mística, quase religiosa. Sair da catarse do último carnaval soteropolitano, com algumas das apresentações mais multitudinárias da história da banda, e trancar-se em casa gerou um impacto gigantesco em seus membros. Nesta entrevista por telefone, Russo Passapusso comenta o produto disso: a versão de “O Futuro Não Demora” (2019) para o dub, em parceria com Buguinha Dub, num processo todo online.

Por que o dub agora?

Quando a gente é colocado dentro de um vácuo, quando mergulha fundo na água, o ouvido faz puffff. Isso, para mim, é dub. A gente foi colocado no vazio dos quartos, das casas. O (baixista da banda, Marcelo) Seko mora aqui ao lado, mas não posso vê-lo (a entrevista foi feita no início de abril, durante o confinamento). Pusemos em prática a ideia que já tínhamos de nos aproximarmos do dub. Procuramos o Buguinha, que tem um estúdio incrível no Recife, e começamos a mandar as músicas para ele. Gravamos algumas inserções, mas o repertório desse projeto é todo do disco de 2019.

Que futuro vê depois dessa epidemia?

A humanidade tem pensamentos, sentimentos e atitudes maravilhosas em situações de caos. “O fogo que queima em você também queima comigo”. Vejo uma tomada de consciência sobre várias coisas, as pessoas voltando para o encontro físico com outra cabeça, outra atitude. Vai depender muito mesmo de onde a gente vai colocar os pensamentos que estão surgindo.

OUÇA MAIS // A entrevista completa com Russo Passapusso // ubc.vc/Russo