PELIKULA Photo Album 2023 (nº8)

Page 1

PELIKULA

PHOTO ALBUM 2023

PELIKULA

PHOTO ALBUM 2023 © Luís Raposo (técnica em analógico, câmara Petri FT2)

PELIKULA PHOTO ALBUM 2023 (nº 8)

Edição anual em papel e online (www.issuu.com/pelikularevista)

e-mail: pelikularevista@yahoo.com

FUNDADOR: Filipe Carneiro

CONSELHO TÉCNICO: Zeca Neto, Mário Esteves, Filipe Carneiro

PRINCÍPIO EDITORIAL: “fotografia em cru”, este é o conceito que a revista procura; um pequeno acerto de edição é aceitável.

CONVITE: os entusiastas pela fotografia que pretendam publicar nesta revista poderão enviar os seus trabalhos de imagem ou de texto para o e-mail pelikularevista@yahoo.com

Pede-se que as fotografias tenham uma dimensão igual ou superior a 2000 pixels no lado menor da imagem. Assume-se que os trabalhos enviados são de autoria legítima, de carácter gratuito, e que foi obtida a respectiva autorização quando se trata de pessoas fotografadas. Admite-se também que os autores permitem um pequeno ajuste para uma melhor composição gráfica.

FOTOGRAFIA DA CAPA: © Duarte Fonseca

TEMA CENTRAL 2023: Férias

AUTORES:

Acúrcio Moniz | Adelino Marques | Adriana Henriques | Ana Soares | António Jota Gonçalves|

António Teixeira | Augusto Lemos | Carlos Cunha | Duarte Fonseca | Edgar Pereira|

Filipe Carneiro | Francisco Oliveira | Gabriela Carvalho | Gabriela Gonçalves | Helder

Sequeira | Helena Oliveira | Henrique Raposo | Hugo Moreira | Inês Carneiro | Isabel Costa

Pinto | João Paulo Sotto Mayor | Jorge Pedra | José Costa | José Eduardo Reis | José Fernando

Magalhães | José Vaz Silva | Luís Raposo | Octávio Carneiro | Óscar Valério | Paulo

Pereira | Pedro Canedo | Pedro Ferreira | Renato Roque | Ricardo Veiga Raposo | Sofia Aroso|

Teresa Ricca | Teresa Teixeira | Tiago Moura | Tó Mané | Virgílio Neves | Zeca Neto

© Ricardo Veiga Raposo

AS MINHAS FÉRIAS NA FOZ DO DOURO

Ainda não tinha um mês de vida e já eu frequentava a praia de Gondarém. Naquela altura, uma grande parte das chamadas boas famílias da Foz, frequentavam esta praia ou a dos Ingleses.

Eram quase como umas praias de elite e, de uma forma ou de outra, toda a minha família paterna o fazia, embora quase exclusivamente na de Gondarém. As razões aparecem mais à frente.

A Praia de Gondarém tinha muito menos areia do que tem agora. Não a enchiam como agora se faz, e apesar de menos apelativa, tinha muito mais encanto. Tínhamos uma barraca, das grandes, invariavelmente situada, ano após ano, no mesmo sítio da praia. Era a terceira, à direita de quem olha para o mar, a seguir à primeira abertura entre barracas, logo a seguir ao fim das escadas em redondo e em frente à rampa norte. Se não me engano, tinha o número 29. Não tinha que enganar. Os vizinhos de um lado e do outro eram sempre os mesmos. Ao fim de uns anos, eram como que da família. A do senhor Andrade era uma delas.

O senhor Andrade habitava três meses em cada ano a barraca ao lado da nossa. A nossa nuns anos à direita, noutros à esquerda, a dele, sempre no mesmo local. Diziam que a barraca, e o pano que a cobria, eram mesmo dele. A nossa era alugada, como todas as outras existentes.

Na nossa barraca acabávamos por estar muitos, pelo que era uma das maiores barracas que por lá havia. Entre primos e primas, tias e tios, os meus pais e uma empregada que nos ia servir o almoço, chegávamos a ser dezassete, mas, ao mesmo tempo, nunca mais de dez. A barraca do senhor Andrade, que servia só duas pessoas, era ainda maior que a nossa. Era a maior de todas, e o pano que a cobria era diferente de todas as outras, com riscas mais finas e tricolores, enquanto as restantes tinham riscas largas e bicolores.

Durante os três meses que durava a estação de veraneio, encontrávamo-nosW pontualmente às nove horas de cada manhã, exceptuando aos Domingos.

“Bom dia senhor Andrade”

“Bom dia meninos, bom dia minha senhora.”

“Bom dia dona Maria.”

“Bom dia minha senhora, bom dia meninos.”

“Hoje é que está bom!”

“É verdade, está um dia bonito!”

“O marido, está bem?”

“Está sim, obrigada senhor Andrade, vem logo à tarde para nos vir buscar.”

E as conversas, que começavam sempre assim, lá derivavam para outros assuntos, comezinhos, banais. Enfim, conversas de praia.

O que me lembro do senhor Andrade é muito pouco. Já tinha alguma idade, talvez muito perto dos oitenta anos, quando eu ainda era uma criança. Era baixo, careca e um pouco cheio de carnes, mas muito musculado. Era um nadador exímio e resistente. Provavelmente teria sido atleta de competição quando fora novo. Todos os dias nadava naquelas águas muito frias, da Foz do Douro, mais de uma hora seguida de manhã e outra de tarde, numa toada lenta e constante, de um lado para o outro. Era um regalo vê-lo. Como era também um mimo apreciar o amor, o desvelo e o carinho com que a dona Maria o preparava para o banho e o ajudava no fim. Como muita gente fazia naquela época, sendo o senhor Andrade careca, deixava crescer de um dos lados, onde ainda tinha cabelo, uma longa madeixa que, serpenteava, tapando grande parte do cocuruto da cabeça. Era a dona Maria que lhe serpenteava o cabelo, e, antes do banho de mar, lhe colocava uma touca de pano, que ela mesma fizera, que, colando-se muito bem, qual segunda pele, evitava que esse serpenteado se desfizesse. No fim do banho, era o movimento contrário, de tirar a touca e refazer o que estivesse mal. Isto acontecia duas vezes por dia, todos os dias. Nunca me cansei de apreciar essa demonstração, diária, de amor.

Bem...

Os donos, concessionários em parceria com o sr. Francisco, e que detinham a parte melhor e maior da praia, eram parentes nossos, primos direitos de meu pai, e assim, era como se a praia também fosse minha.

Toda a família chegada do meu pai vinha no mês de Agosto para aquela praia, para a nossa barraca. Tínhamos direito a ela durante os três meses de Verão, de 15 de Junho a 15 de Setembro. Abancavam em nossa casa, e isso durou alguns anos. Mais tarde vinham diariamente de Paços de Ferreira, de onde saíam antes das oito horas da manhã, no carro de meu avô, atulhado de crianças, umas por cima das outras em duas e três camadas.

Chegaram a vir sete primos meus, mais a tia, sem nome, simplesmente tia que conduzia, e a outra tia A, mãe de três dos pirralhos.

A viagem diária que durava mais de uma hora para cada lado, deveria ter sido sempre uma verdadeira aventura. Na “minha” praia, para além do primo António, dono da praia, e de sua mulher a prima Zulmira, e dos filhos deles, havia, como não poderia deixar de ser, o que hoje se chama o nadador salvador. Na altura não se chamava assim, era simplesmente o banheiro, que saberia ou não nadar.

Na praia de Gondarém, o banheiro era o sr. Joaquim Lavadeira, ou simplesmente o sr. Joaquim. Lavadeira não era o nome dele, não sei de onde lhe veio a alcunha, mas tinha um irmão, José, que a usava também.

Hoje, a praia de Gondarém já não é o que era. Poucos se recordam ou falam dos tempos passados até aos anos setenta ou mesmo oitenta e os novos nem imaginam a qualidade que tinha.

Já quase só lá param os turistas. As pessoas daqui vão até à esplanada, mas …. Fazer Praia não …, que isso é no Algarve ou noutras paragens mais badaladas. A agua é fría …, a areia é grossa …. Bem...

Toda a minha vida conheci o sr. Joaquim. Na altura, estava omnipresente na praia. Homem rude, de maneiras duras, adorado por toda a gente, era ele que dava banho às crianças que ainda não sabiam nadar. Também era ele que as entrosava nas práticas e lides da natação, depois de serem respeitadas as três horas inteiras de digestão, não fosse o diabo tecê-las.

Tinha um método peculiar de dar banho aos mais pequenos e que mais tarde fiquei a saber que era usual na maior parte dos banheiros. Consistia em colocar a mão sobre a cara do miúdo, tapando-lhe a boca e o nariz, e mergulhá-lo de costas e rapidamente na água do mar, mesmo onde as ondas rebentavam. Os berros dos miúdos, gritos de gelar qualquer um, eram mais que muitos, e as mães, à beira da água, quase sem molharem os pés, exultavam com o banho dos seus meninos, abafando-os depois, findo o banho, numa toalha seca, e levando-os de volta à barraca no meio de carinhos, pequenas risadas e palavras meigas, para lhes darem o lanche, que já eram horas.

Para ensinar a nadar, o sr Joaquim, tinha outros métodos. Depois de ensinar, no seco da areia, os movimentos necessários à boa execução do acto de nadar, levava os ganapos, aos

três, quatro e cinco de cada vez, no barco a remos pintado de azul claro e escuro, para uma zona do mar que distaria entre trinta e cinquenta metros da praia. Aí amarrava uma corda à cintura do primeiro, e dizia-lhe para saltar para a água. Claro que poucos o faziam à primeira, pois o escuro da água e o medo de afogamento era superior à valentia de qualquer um. E então, se não ia de livre vontade, ia de empurrão. O esbracejar assustado, o bater de pés aflito, era o que se via de imediato, logo seguido de um acalmar gradual, quando cada um verificava que o sr Joaquim segurava firmemente na corda, e não deixava ninguém ir ao fundo.

E realmente tal nunca aconteceu!

Poucos queriam repetir a façanha no dia seguinte mas, a maior parte, ou mesmo a totalidade voltava, pois que era assim que se aprendia ali, e as mãezinhas estavam à beira da água, a ver os seus pimpolhos, e de braços cruzados, molhando os pés, iam comentando com as outras mães, as façanhas dos meninos enquanto não largavam os olhos do barco, não fosse acontecer algo de menos bom.

Ao longo dos anos, centenas de cachopos e cachopas, passaram pelas mãos do sr. Joaquim, na estreia de cada um nas lides do banho de mar e da natação.

A parte mais engraçada e pitoresca de tudo isto, mesmo até caricata, consistia no facto de o sr. Joaquim, quase não saber nadar. Nada que afligisse fosse quem fosse!

O sr. Joaquim tinha ainda outras atribuições e outras características.

Montava e desmontava os paus das barracas no princípio e fim da época, punha e tirava diariamente os panos das mesmas, e guardava e recolocava na manhã seguinte os sacos de cada uma, onde se guardavam as toalhas, as travesseiras, as mesas, as cadeiras, os baldes e mais que fosse necessário ao lazer diário durante a estadia das famílias. Quase ninguém alugava uma barraca por menos de uma quinzena, e muitos alugavam por mais de um mês.

Para além disso, e porque era amigo de copos e tainadas e também porque ganhava algum dinheirito com isso, o sr. Joaquim fazia de vez em quando uma sardinhada na areia, e, mais raramente, uma caldeirada. Se da caldeirada eu não era fã, já da sardinhada salivava assim que ouvia falar que uma iria ter lugar ao fim da tarde.

Era costume da maior parte das pessoas, excepto as que moravam ali mesmo ao lado, passar o dia na praia, desde as nove da manhã até às sete e meia da tarde, almoçando de faca e garfo,

no recolhimento da barraca, e dormindo depois uma pequena sesta. Aos domingos, dia em que os habituais frequentadores descansavam e não apareciam, deixando as barracas livres, vinham de Paços de Ferreira, de Freamunde, de Lousada, de Santo Tirso, de Amarante e de outras partes, famílias inteiras passar o dia à praia. Como era costume, traziam a merenda e, não raramente, havia uma família que convidava o sr. Joaquim para almoçar. Nessas alturas, e porque o repasto era sempre abundante e excelentemente regado, tornava-se-lhe impossível trabalhar de tarde e no fim do dia, obrigando os donos (concessionários) da praia, a serem eles a retirar e guardar os panos das barracas, bem assim como os sacos. Nos dias da sardinhada, sempre um dia de semana, a meio da tarde, pelas cinco e tal, depois da hora do banho, o sr. Joaquim colocava na areia e perto de umas rochas, umas pedras, já escuras de outras vezes, quase em frente à nossa barraca, entre elas uns gravetos e bocados de madeira, e por cima, depois do fogo ateado, uma chapa, sempre a mesma. Na altura certa, uma a uma, centenas de sardinhas iam sendo colocadas na chapa, para assar. E era ver a bicha de pessoas que se formava de imediato, cada um com um naco de broa na mão, e um copo já com um qualquer líquido na outra, à espera de vez para receber a sardinha assada. E assim que se era servido, ia-se para o fim da fila, para regressar a tempo de receber outra… até acabarem. Não sei se eram as melhores sardinhas que até hoje comi, mas tenho a certeza que nunca mais na minha vida outras quaisquer me souberam tão bem. Durante a parte das férias que se passavam na praia, as brincadeiras eram muitas e divertidas. Havia corridas a pé de uma praia a outra, jogos de matraquilhos (na Praia do Molhe), natação nas águas frias da Foz do Douro (Praia de Gondarém), saltos para a água (Praia do Molhe), jogos com o prego, à babona, e acima de tudo, corridas de sameiras. Era o nosso jogo por excelência, que demorava horas a executar. Era preciso construir a pista, em areia, com subidas íngremes, descidas, pontes estreitas, saltos, túneis, zonas apertadas, zonas largas, metas volantes e meta final. Quem saísse fora da pista voltava à meta volante anterior.

O jogo era simples. Pegava-se nas sameiras, e na parte interior colocava-se o número e o nome do ciclista. Eu corria com o Joaquim Leão.

Um bocado de casca de laranja para dar peso no interior da sameira, ou uma tampa plástica de garrafa com areia dentro, para dar o mesmo efeito, e toca a jogar.

Na altura eu era muito bom no jogo, tinha certeza na mão, força nos dedos e técnica que era bem necessária. Havia quem tomasse nota das classificações das etapas, e no fim da corrida com meia dúzia de etapas que se prolongavam por uma semana, o que ganhava sentia um orgulho imenso, e era considerado o melhor pelos outros. Na altura, a meio da tarde, logo após a hora do banho, não esquecer que fazíamos as três horas inteirinhas de digestão, ao segundo, passava a senhora da língua da sogra, ou a das bolas de berlim em miniatura, e, antes ou depois, o homem das batatas fritas à inglesa. Quem tinha dinheiro (éramos poucos os que o tinham), comprava alguma dessas coisas. Eu, tradicionalmente esperava pelo caramileiro, depois de comer um pacote de batatas. O homem, todo vestido de branco, vendia caramilos, espécie de rebuçado em forma de guarda-chuva, doce, muito doce, que eu me deliciava a comer. Na barraca de meus pais estava à minha espera um pirolito que avidamente bebia a acompanhar o caramilo.

Eram tempos bons, esses. Sabíamos brincar. Inventávamos brincadeiras. Não havia brinquedos caros que brincavam sozinhos (por vezes nem brinquedos havia), e não nos sentíamos tristes por não termos mais nada para fazer.

Ah, esqueci-me de dizer, as sameiras, nome que na nossa zona norte dávamos às coisinhas que usávamos para brincar, eram as tampas das garrafas dos refrigerantes, que coleccionávamos (havia quem tivesse dezenas, todas diferentes).

Hoje, infelizmente perdeu-se o uso do nome, e como outras coisas que nos foram impostas por terceiros e às quais mudaram o nome, passaram a chamar-lhes caricas (caramba, que raio de nome).

Mas as férias não se compunham unicamente de praia. Havia a praia e havia o campo, e havia a montanha para os mais afortunados. Mas isso fica para uma outra vez.

© José Fernando Magalhães © Ricardo Veiga Raposo © Gabriela Gonçalves © Pedro Ferreira © Teresa Ricca (pg. esq e dta)
© Tó
Mané
© Virgílio Neves
©
Tó Mané (pg. esq e dta)
© Edgar Pereira
© Tó Mané
© Tó Mané (pg. esq e dta) © Zeca Neto © José Eduardo Reis © Adelino Marques (pg. esq e dta)
“Beach_ a certain way of life”

Beach_a certain way of life, é um longo projeto inspirado em Martin Parr.

Moledo é uma freguesia do norte de Portugal com uma praia fantástica e muito frequentada, situada na foz do rio Minho, é a última praia a norte do país.

Encontramos as pessoas que procuram estar “todas juntas”, as que se isolam, as que criam autênticas ilhas na praia…; afinal encontramos uma certa forma de vida.

Pretendeu-se neste trabalho “voyeur”, mostrar essa idiossincrasia do ir à praia e o adotar uma (outra) certa forma de vida.

© Gabriela Gonçalves (pg. esq e dta)

© Jorge Pedra © António Jota Gonçalves

© Sofia Aroso (pg. esq e dta)

© Acúrcio Moniz © Pedro Ferreira © Tiago Moura © Pedro Canedo © Tiago Moura (pg. esq e dta)

Andava pela estrada fora muitas vezes a 100 á hora sem verificar os Travões!

Com a velocidade engatada sempre eu andei na estrada mas nunca aos empurrões!

O óleo, nunca mudei, nem o Motor verifiquei se estava bem ou mal!

O motor nunca roncou, pois o carro sempre andou, que mais queria afinal?

Até que um dia senti, um ruído que nunca ouvi, no Motor! Deixou-me em pânico!

Pensei, voltei a pensar, é melhor acautelar, vou consultar o mecânico!

Meti os pés ao caminho e então, com muito jeitinho, com o mecânico eu fui ter. Fez revisão às Vielas, à Embraiagem e às Velas até os Pneus quis ver!

Após a consulta feita e verificada a maleita tem diagnóstico para dar!

O Motor está cansado, está um pouco destroçado mas ainda tem muito para andar!

Com palavras sábias me disse

Olhe que não é tolice o que lhe vou receitar! Faça sempre a revisão, porque apesar do Motor estar bom, um dia, pode parar!...

Dois anos já eu passei, devagar pouco andei mas segui as instruções!

Não olear muito as velas, andar sempre com cautelas e nunca aos empurrões!

A Revisão do Motor
© Zeca Neto
© Edgar Pereira
© Zeca Neto
© Edgar Pereira (pg. esq e dta) © Edgar Pereira © Helena Oliveira

“Avô, junta-te a nós…vá lá…vamos tirar uma foto para recordação das férias!”.

O avô, passo lento que as pernas já não ajudavam, juntou-se ao grupo. Sentiu-se feliz no meio da ruidosa companhia. Postou-se bem no centro do grupo

Sorriam! Smile! …. Pronto já está!

O avô, sensibilizado pelo momento, anunciou: “tenho umas coisitas para vos contar. Agora não. Logo mais.”

Mais tarde, em momento oportuno e com netos em seu redor, o avô desfiou recordações. Disse ele:

“Era eu um pouco mais novo que vós, agora. Não havia dias de férias para os que trabalhavam.

O meu pai, vosso bisavô, era operário. Recebia todas as semanas o salário. Davam-lhe o nome de féria. Não confundam com férias! Faltar ao trabalho só por doença ou morte de familiar próximo. Esses dias eram descontados na tal féria.

No Verão, uma ida da família, na camioneta da carreira, em alguns – raros - domingos até à praia do Furadouro era uma grande excepção, uma festa.

Porém, a festa maior era a excursão anual. Muitas famílias do lugar em que vivíamos entregavam uma quantia semanal, uma quota, ao longo do ano, na mercearia cujo dono organizava a ida até Fátima e, depois, até à Nazaré.

Uma vez, num dos dias anteriores à excursão, meu pai achou que tirar umas fotografias seria interessante. Para mais tarde recordarmos, dizia.

Cheio de infantil curiosidade, acompanhei-o à loja do sr. Fernando. No exterior, uma grande placa, postada na vertical, letras pretas em fundo amarelo, dizia: “Estúdio Fotográfico”!

Ladeando a estreita porta de entrada caixilhos afixados com muitas fotografias tipo-passe de crianças. Em breve, também iria ter uma minha naquela mostra. Iria precisar para o meu primeiro Bilhete de Identidade. Passada a soleira da porta, muitas fotos em exposição. De diferentes dimensões, todas a preto-e-branco. Uma de grande dimensão sobressaía: era do David Papusso, em pose para o retrato! Pessoa fora do comum, um extravagante, sem eira nem

À
la minuta

beira. Naquela fotografia, o Papusso dava ares de músico otomano. Barrete colorido na cabeça, empunhava uma espécie de trompa por si construída com materiais sem préstimo que recolhia ou pedia. Pendente, um bombo seguro por um cordel. Mas o que mais prendia era o seu olhar, dirigido à objectiva.

Um olhar intenso e enigmático como a sua própria vida.

Um dos netos interrompeu o avô: “Tu conheceste-o?”. “Sim, sim. Falarei dele noutra altura”.

E prosseguiu: “Havia um pequeno balcão. Surgiu o sr. Fernando que saudou meu pai e perguntou o que ali o levava. Meu pai disse que íamos numa excursão e que gostava de tirar uns retratos, se podia alugar uma Kodak mas que precisava de instruções pois nunca houvera feito tal. O sr. Fernando respondeu que sim. Trouxe uma máquina fotográfica. E disse que iria carregá-la com filme, que o meu pai tinha de olhar para uma janelinha na parte de trás e depois carregar no botão à direita em cima. Depois era só rodar na roda saliente e já podia tirar a foto seguinte. Que quando viesse do passeio trouxesse a máquina que trataria das fotografias. A excursão aconteceu como o previsto. Muita alegria, muita festa. Aqui e ali, meu pai empunhava a máquina e… zás! Uma foto e depois outra. Na segunda-feira seguinte nova ida à loja do sr. Fernando. Devolver a máquina e combinar quando podiam ter as fotografias.

Dias mais tarde o sr. Fernando informou que não havia foto alguma. Revelara o filme e estava tudo preto como breu. Alguma coisa de errado acontecera”.

“Ohhhh! Que pena!” exclamaram os netos.

O avô fez uma pausa. Sorriu. Pegou num envelope e tirou do seu interior uma foto. Amarelecida. Era bem antiga.

“Nem tudo se perdeu. Dessa excursão ficou esta fotografia de recordação. Foi um daqueles fotógrafos ambulantes que a tirou. Uma fotografia à la minuta. Estamos todos aqui. Eu sou este miúdo, aqui à frente, disse, apontando com o dedo.”

© Carlos Cunha (pg. esq e dta)

MEU QUERIDO MÊS DE AGOSTO

© Renato Roque (série 4 págs.)

As 4.000 estrias de um olho de mosca no verão irizam. Isto só pode ser visto sem microscópio.

Manoel de Barros © Adriana Henriques Festim de Emoções - “Viagem Onírica” © Ana Soares © Zeca Neto (pg. esq e dta)
© Inês Carneiro (pg. esq e dta) técnica em analógico, Mamiya 645, Kodak Portra 160
© Virgílio Neves (pg. esq e dta) © Virgílio Neves (pg. esq e dta) © Luís Raposo (pg. esq e dta) © Luís Raposo (pg. esq e dta) técnica em analógico, Nikon F2

Aldeia de São Domingos

Já alguém ouviu falar de uma aldeia que se chama São Domingos? Ninguém sabe onde fica S. Domingos.

No entanto, quem quiser fazer a Estrada Nacional Nº2 pela rota antiga passa por S. Domingos.

É uma localidade da freguesia de Carvalhal (C.M.Sardoal) e fica entre Vila de Rei e Sardoal.

Sempre que por lá passo – e já lá passei de carro, de moto e de bicicleta - encontro novos motivos para fotografar.

© Augusto Lemos (pg. esq e dta) © Isabel Costa Pinto (pg. esq e dta) © Hugo Moreira © Paulo Pereira © Paulo Pereira (pg. esq e dta) © Helder Sequeira (pg. esq e dta)

Rio

Há muito que não queria sair

E dividir a cidade

Em duas grandes aldeias

Debruçadas sobre o rio que te corre nas veias.

Há muito que um sorriso

Não me fazia querer ver, de novo,o olhar que o sobranceia…

Pois não há betão que serene a distância, A fome

E a impaciência

De um coração que bate sem cadência.

Há pecados

Que nos assaltam Sem piedade ou clemência, Perdões

Que nos são dados Sem pedirmos penitência.

técnica em analógico, câmara Jenaflex AC-1, Fomapan 100

© António Teixeira

Inquietação das águas

...este Douro de água de muitos rios nasceu e cresceu comigo antes de ser adormecido por diques e pela gente.

Renasce em Crestuma onde se torna a cobrir com uma camada de agitação que lhe faz companhia até à Foz...

...o tempo deixou ficar bateiras e outros descuidos do passado que agora se enfeitam com gaivotas ou com garças translúcidas. por outros lados cansados onde o Rio se distrai...

© João Paulo Sotto Mayor (pg. esq e dta) © João Paulo Sotto Mayor (pg. esq e dta)

Nevoeiro no Rio Douro

Há um homem que lê o jornal, e tão concentrado está na sua leitura, que parece absolutamente indiferente ao ambiente que o cerca, ao nevoeiro denso que se vai instalando, às pessoas que se cruzam com ele, e ao trânsito que a dada altura se aglomera tão perto de si. Todos correm atrás do nevoeiro para o contemplar ou para o fotografar. Mas o nosso Homem, tão concentrado está no seu jornal, que parece não se ter apercebido da mudança rápida do tempo e da neblina que se acumulava e que já transbordava as margens do rio enquanto a sua leitura se cumpria. É uma cena insólita.

As neblinas matinais no rio Douro são muito frequentes, mas não deixam de ser uma atração para o comum dos mortais e sobretudo para os fotógrafos que correm para as suas margens para fazer algumas fotografias. É que o Porto fica ainda mais fotogénico.

A melhor altura para fotografar o Porto com nevoeiro, como muitos amigos fotógrafos estrangeiros perguntam, parece ser o Inverno, de preferência de manhã muito cedo, mas é uma questão de sorte também. Digo isto porque as fotografias que escolhi para esta publicação foram tiradas, não enquanto o sol se levantava, mas numa tarde improvável, enquanto passeava para aproveitar um sol de Primavera precoce. No momento em que iniciava o caminho de regresso a casa, o rio cobriu-se com um manto de nevoeiro muito denso e os raios de sol tentavam penetrá-lo, criando uma atmosfera maravilhosa. Tive que fazer o caminho de volta ao rio para ver com os meus olhos o que estava a acontecer. Foi quando encontrei o leitor compulsivo.

E fiquei feliz com este encontro.

© Teresa Teixeira (pg. esq e dta) © Francisco Oliveira (pg. esq e dta) © Francisco Oliveira (pg. esq e dta) © Francisco Oliveira (pg. esq e dta) © José Eduardo Reis © Gabriela Carvalho © Gabriela Carvalho (pg. esq e dta)
©
Óscar Valério © Henrique Raposo © Henrique Raposo (pg. esq e dta) © Ricardo Veiga Raposo
© Zeca Neto
© Octávio Carneiro (pg. esq e dta) fotografia Polaroid

Uma viagem à aldeia submersa

Vilarinho da Furna era uma povoação totalmente isolada da freguesia de São João do Campo, situada no extremo nordeste do concelho de Terras de Bouro, distrito de Braga, na Peneda-Gerês. As cerca de 50 famílias do povoado viviam em regime comunitário que funcionava autonomamente das leis gerais e nacionais. A população organizava encontros semanais, onde os representantes das várias famílias da povoação analisavam os problemas que a todos diziam respeito, e decidiam, por vontade expressa da maioria, as soluções a adotar. Em meados dos anos 1960 dá-se início à construção de uma barragem no leito do rio Homem, a 1 km da aldeia, ficando esta submersa desde o ano de 1971.

A grande seca do verão de 2022 fez baixar o nível das águas das albufeiras portuguesas para níveis historicamente baixos, pondo a descoberto ruínas há muito ocultas. Assim aconteceu com as ruínas da aldeia comunitária de Vilarinho da Furna, parcialmente descobertas como há muito não se via, segundo o relato dos próprios locais, o que permitiu que eu cumprisse um desejo antigo que era fotografar o que restou dessa aldeia submersa.

Esta minha pequena viagem fotográfica às ruínas de Vilarinho da Furna não teve qualquer intuito documental, muito menos concetual, foi simplesmente estético. A ideia foi mesmo realçar, da melhor forma que conseguisse, a estética do motivo. Para isso usei a fotografia infravermelho, porque esta técnica fotográfica dá um aspeto surreal ao motivo e realça a sua estética.

© José Vaz Silva técnica de infravermelho © José Vaz Silva (pg. esq e dta) técnica de infravermelho © José Fernando Magalhães (pg. esq e dta) técnica de infravermelho © José Fernando Magalhães (pg. esq e dta) técnica de infravermelho

COSMOS: a criação de Deus e a inteligência humana

“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus” – João 1:1

“Deus disse: que haja luz! E houve luz. E Deus viu que era bom” – Génesis 1:3-4

Assim terá surgido o cosmos, com ou sem Big-Bang.

O Big-Bang é atualmente a explicação científica que melhor traduz a origem do universo. Contudo, descobertas mais recentes do telescópio espacial James Webb começam a levantar dúvidas acerca desta teoria, o que mostra que existe muito para descobrir e aprender. É assim que se faz a ciência. Deus não é contra a ciência. Antes pelo contrário! Deus deu inteligência ao homem para que este fosse capaz de manter uma aprendizagem constante e alegre deste maravilhoso mundo científico.

Um dos maiores erros do Ser Humano consiste em negar a existência de algo que desconhece. Podemos não acreditar, o que é muito diferente de negar. O conhecimento não é um processo estático nem estanque, e exige uma mentalidade aberta ao pensamento filosófico e científico.

As leis do universo e da natureza são explicadas por diferentes áreas da ciência, designadamente a termodinâmica, a física clássica de Newton e a mecânica quântica. Uma das principais leis da termodinâmica diz que na natureza tudo tende para uma menor energia e uma máxima desorganização. Também um dos princípios da teoria quântica assenta na incerteza da probabilidade.

No entanto, todos conhecemos a elevada organização e eficiência dos sistemas naturais. Uma simples célula animal, por exemplo, representa um processo altamente energético e organizado, porque senão morre. Ou seja, existe algo acima da física que explica aquilo que a física não consegue compreender. A esse algo acima da física, alguns chamam-lhe metafísica; eu, tal como muitos outros, chamo-Lhe Deus.

Albert Einstein disse: “A teoria quântica produz um bom resultado (matemático), mas dificilmente nos aproxima do segredo do Criador. Estou, em todos os casos, convencido que Ele não joga aos dados com o universo”.

Não se sabe exatamente ao certo o que Einstein pretendeu dizer com estas palavras, até porque

toda a sua vida se caracterizou por um conflito pessoal com a religião. De qualquer forma, Einstein acreditava que o funcionamento do universo não se explicava apenas pelas leis da física e que não poderia ser obra do acaso.Einstein também exprimiu o conceito que o tempo é relativo, quando postulou a Teoria da Relatividade. Quer isto dizer que, passado, presente e futuro não têm valores absolutos.

Mas muito antes de Einstein, já na antiguidade tinha sido escrito: “Mil anos são aos Teus olhos como o dia de ontem que passou, ou uma vigília da noite” (Salmos 90:4).

O cosmos é harmonia, beleza e raciocínio. Fomos luz e partículas, e viemos das estrelas. Um dia voltaremos para as estrelas, onde a memória de cada um brilhará para sempre.

Via Láctea no horizonte, a galáxia em que viajámos pelo universo

“Startrail”

Ruínas da capela do Sanatório de Valongo

© Duarte Fonseca © Filipe Carneiro “Lambda Orionis”

© Filipe Carneiro

Estação astronómica radiotelescópica (Pampilhosa da Serra)

© Filipe Carneiro Montagem telescópica equatorial

ADELINO MARQUES - Fotógrafo

Nasceu em Gondomar, onde reside.

Iniciou o contacto com a fotografia no final dos anos setenta, na Faculdade de Medicina do Porto, tendo sido um dos colaboradores do departamento de fotografia da Associação de Estudantes. Frequentou o curso livre de fotografia da Cooperativa Árvore nessa mesma época e mais tarde o Instituto Português de Fotografia do Porto.

Desde os anos 80, tem exposto regularmente o seu trabalho quer individual quer colectivamente, nomeadamente em Portugal, Espanha, França, Itália, Alemanha, Polónia, Finlândia, Chéquia, Ucrânia e Estados Unidos.

Alguns dos seus trabalhos encontram-se publicados em revistas e livros e fazem parte de colecções particulares e institucionais.

A fotografia estenopeica/pinhole tem feito parte da sua produção fotográfica com mostra do seu trabalho em Portugal, mas também na Polónia, Chéquia, Ucrânia. Tem sido um dos curadores do Mira Pinhole Photography , concurso anual de fotografia pinhole que se realiza no Porto nas Galerias MiraForum. Desde 2010 que a fotografia mobile faz parte, também, da sua expressão fotográfica. Organizou em 2011, no Porto, a primeira exposição em Portugal de fotografia mobile, expondo os seus trabalhos conjuntamente com Paulo Tude e Carlos Vilela. Em 2012 organizou a primeira exposição internacional de fotografia mobile em Portugal, com cerca de 70 fotógrafos de todo o mundo. Tem exposto regularmente o seu trabalho mobile, nomeadamente em Portugal, Espanha, França, Itália e Estados Unidos da América. Tem sido seleccionado e premiado em concursos internacionais como o APP WARS, MPA, FIPA, Mira Mobile Prize, entre outros, bem como sido júri em vários concursos.

Alguns locais, que destaca, onde expôs individualmente e colectivamente: Pavlovka ArtGallery (Kiev, Ucrânia); EP Contemporary (Berlim, Alemanha); Paços da Cultura de S. João da Madeira (S. João da Madeira); Galeria da ARGO (Gondomar); SNBA (Lisboa); Galeria MiraForum (Porto); Galeria Olga Santos (Porto); Galeria Geraldes da Silva (Porto); Festival Internacional de Fotografia(Avintes); Simpósio Internacional Arte Contemporânea (Guarda); Festival de Cinema Avanca - Casa da Cultura (Estarreja); AO NORTE (Viana do Castelo); Museu de Lamego (Lamego); Bienal de Artes Plásticas da Festa do Avante (Amora-Seixal); Bienal Internacional de Arte de Gaia (V N Gaia); Secção Regional Norte da Ordem dos Arquitetos (Porto); Coletiva Doença de Huntington - GNRation (Braga); Bienal da Maia (Maia); Casa da Cultura e Galeria do Turismo (Mogadouro); Auditório Municipal, Sala Júlio Resende (Gondomar); Pendleton Street Photography Gallery (Cincinnati, USA); Vila Garcia de Arousa (Pontevedra, Espanha); Galeria W Bramie (Chorzów, Polónia) ; Galeria Antrakt (Katowice, Polónia); La Petite Galerie (Paris, França); Galeria “Na sali” (Olza, Polónia); Galeria Ciasna (Katowice, Polónia); Fondazione Opera Campana dei Caduti (Itália); “Mallatie senza dignità” (Roma e Cagliari, Itália); FIPA Pro Series (Florença, Itália); Columbus Museum of Art (Columbus, USA); Fifth Annual Exposure Award (Paris, França); “Shedding Light” (Cincinnati, USA); Lunch Box Gallery (Miami, USA); 3RDSpace (S. Diego, USA); Internazionale (Ferrara, Itália); Dante’s Comedy (Verona, Itália).

© Adelino Marques
“A espantosa realidade das coisas”

PORTOGRAFIA – Associação Fotográfica do Porto

Entrevista com o Presidente da Direção, Luís Raposo.

A Portografia surgiu em 2009 na cidade do Porto a partir do convívio regular de fotógrafos, com discussão de ideias e convergência de objetivos. Contou com nove elementos fundadores, entre eles Francisco Oliveira que foi o mentor principal do projeto e primeiro presidente da Portografia, cargo que democraticamente exerceu até 2022. Desde a sua fundação e sob os desígnios de Francisco Oliveira, a Portografia promoveu vários encontros e saídas fotográficas, realizando também cerca de oitenta exposições (coletivas e individuais), algumas delas em colaboração com o “Colectivo F4” (já mencionado em artigo de opinião na Pelikula 2017).

No ano de 2022 foi eleita por unanimidade uma nova direção da Portografia-Associação Fotográfica do Porto, em que Luís Raposo assumiu a sua presidência. O actual presidente refere que continuará a honrar os pergaminhos da instituição e tem como propósito dar continuidade ao projeto levado a cabo ao longo destes treze anos.

- ”Procurarei afirmar cada vez mais a Portografia junto da comunidade fotográfica, das entidades culturais e do público em geral”, disse Luís Raposo.

A lista seguinte mostra as atividades realizadas desde 2022:

. Exposições Coletivas: “Uma Cadeira na Paisagem”, “Canastros”, “Tema Livre”.

. Concursos Temáticos: “Paisagem”, “Retrato”, “Interiores”, “Porto de Pesca”, “Douro”, “Cinco Ruas a Preto e Branco”, “Vidro”, “Manequins”, “Metro”.

. Saídas Fotográficas: “Porto de Angeiras”, “Terras do Norte”, “Astrofotografia – Serra da Freita e Sanatório de Valongo”, “Fotografia Analógica - Jardins do Palácio de Cristal”.

. Protocolos de trabalho com outras entidades artísticas.

. Promoção da entrada de novos sócios.

A Pelikula Photo Album sente-se honrada com a participação de todos os autores e, neste nesta situação específica, com a presença de Francisco Oliveira. A excelência dos seus trabalhos traduzem a grandeza do seu pensamento artístico e fotográfico. Além de Francisco Oliveira, outros associados da Portografia integram a lista de autores da Pelikula 2023, apresentando trabalhos de elevada qualidade.

A título pessoal, sinto-me agradecido por ter entrado como sócio desta associação em 2022 e desejo ao actual presidente Luís Raposo que mantenha a energia e a qualidade artística que o caracterizam.

Francisco Oliveira Fundador e Presidente 2009-2022 PORTOGRAFIA Associação Fotográfica do Porto Luís Raposo Presidente desde 2022

PELIKULA PHOTO ALBUM 2023 (nº 8)

Edição anual em papel e online (www.issuu.com/pelikularevista)

e-mail: pelikularevista@yahoo.com

Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.