#MidiasSociais: Perspectivas, Tendências e Reflexões

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#MídiasSociais: Perspectivas, Tendências e Reflexões

refere-se ao conteúdo informacional - como conferências, livros, sites ou ainda interações informais com as pessoas - as conversas, discussões, reuniões e poderia utilizar-se de qualquer material, briefings, ou ajuda de trabalho em vários formatos, blogs, podcasts, páginas web, documentos e assim por diante”. Ainda a partir do senso comum, a autora sugere ainda, que as pessoas percebem a instituição escola (local instituído para a prática do desenvolvimento cognitivo a partir de algo que é entregue/passado a alguém), como único espaço para produção de conhecimento e que esta não valoriza os demais processos de aprendizagem informal que constituem a expertise das pessoas. Neste sentido, a partir das contribuições de Cross e Hart, podemos então inferir que a aprendizagem social difere da aprendizagem formal e iguala-se a aprendizagem informal. Com tudo, a aprendizagem social pode utilizar-se da perspectiva das redes sociais pressupondo utilizar o potencial informacional e as experiências dos outros a partir da observação comportamental das redes de relações sociais constituídas entendendo a lógica da rede como um fluxo permanente de ouvir/ler, observar, fazer/ repetir e compartilhar, ou seja, não existe um plano, uma estrutura linear ou feedback direto e previsível para se aprender alguma coisa na rede.

A partir da contribuição de Bandura (1986), cada indivíduo possui uma espécie de auto-sistema que o possibilita realizar uma avaliação sobre o domínio que exerce sobre seus pensamentos, sentimentos, motivação e ações. Este sistema estabelece referências mecânicas e um conjunto de sub-funções para perceber, regular e avaliar o seu comportamento. Estes resultados são provenientes da interação entre esse sistema e as influências do ambiente. Para Harold Jarche4 (2010), os hiperlinks subvertem e superam a hierarquia no espaço cibernético, onde as redes digitais permitem múltiplas conexões. Ressalta ainda, que com a aprendizagem social, todos contribuem para o conhecimento coletivo e este por sua vez, pode tornar as organizações e a sociedade mais eficazes para lidar com problemas. A partir das suas pesquisas sobre aprendizagem social nas organizações, Jarche, desenvolveu o conceito do PKM (Personal Knowledge Management), o que na tradução literal significa Gestão Individual do Conhecimento, como um disciplinado processo individual de aprendizagem através do qual fazemos sentido às informações, observações e ideias. Para o autor, sem a gestão do conhecimento pessoal/individual eficaz, a aprendizagem social tem menos valor. Ressalta também que as pessoas passam constantemente por um processo de olhar para os bits de informação e tentar estabelecer o sentido deles, acrescentando ao conhecimento já existente ou testando novos padrões para o sentido de seus esforços.

Para Jane Hart (2007) que dedicou-se a analisar a aprendizagem social a parir da perspectiva das organizações, este fenômeno pode assustar os gerentes e líderes organizacionais porque ninguém está em mudança de aprendizagem social e não há estado final ou objetivo final da aprendizagem social. O processo é dinâmico Sustentando a capacidade de gerenciamento pessoal da aprendizagem sugerida por Jarche, e permanente.

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