Notícias do Mar n.º 380

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Vela

Extreme Sailing Series Cascais 2018

Alinghi Venceu e SAP Patrocinado pela Yamaha Bateu o Recorde de Velocidade

SAP Extreme Sailing Team patrocinado pela Yamaha Depois de ter liderado a frota dos catamarãs GC 32 todos os dias nas regatas, entre 5 e 8 de Julho em Cascais, a equipa suíça Alinghi garantiu a vitória no Acto 4, que também ficou marcado pela quebra do recorde de velocidade máxima, que durava há 12 anos, registado pelo SAP Extreme Sailing Team, patrocinado pela Yamaha

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A equipa suiça “Alinghi” foi a vencedora 2

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Team dinamarquês SAP fez história em Cascais, ao bater o recorde de velocidade máxima alguma vez registado nas Extreme Sailing Series. Aproveitando ao máximo o vento de Cascais e as características perfeitas do barco, a equipa da Dinamarca atingiu os 37,9 nós no segundo dia do evento, tendo recebido o troféu Zhik Speed Machine, por esse facto. A muito aguardada batalha de meio da época pelo primeiro lugar na Extreme Sailing Series, decorreu em Cascais,tendo como anfitrião o Clube Naval de Cascais, figurando também como parte das comemorações do seu


Vela

Durante uma regata com o “SAP” à frente

80.º aniversário. O quarto Acto da época 2018 prometia os bons ventos atlânticos de Cascais e proporcionar grande competição, com as

equipas à espera de ganhar os preciosos pontos, para a classificação final. Em Cascais participou uma equipa portuguesa, tendo como co-skipper Luís Brito, já com experiência nos GC 32. Fizeram parte da tripulação Henrique Brites, bicampeão nacional na classe Laser, Bernardo Loureiro, João Assoreira e ainda o velejador britânico Adam Piggott, como reforço, graças

à sua experiência devido à sua participação em outros eventos da Extreme Sailing Series. Luís Brito explica “Uma vez que não havia velejadores portugueses com experiência disponíveis, a ideia seguinte foi juntar velejadores jovens que, esperemos, mais tarde continuem neste tipo de barcos com foils, barcos que voam. Juntamos um

velejador do Algarve e dois de Cascais, com o objectivo de lhes dar conhecimento e know-hom para continuar a navegar neste tipo de embarcações. Cascais é a capital da vela portuguesa e estarmos aqui a representar o país na Extreme Sailing Series é uma responsabilidade muito grande. É um enorme prazer para todos, nomeadamente para

Uma largada 2018 Agosto 380

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A equipa patrocinada pela Yamaha SAP Extreme Sailing Team conquistou o segundo lugar

No intervalo das regatas o “SAP� a receber apoio 4

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os mais jovens que estão ansiosos, que têm alguma expectativa em termos de resultado e é um desafio muito grande”. Quanto à intenção de haver uma equipa portuguesa competir na Extreme Sailing Series, profissional e a tempo inteiro, Luís Brito afirmou “Seria uma excelente ideia, com uma condicionante na minha opinião: dentro de uma equipa mais profissional do que esta, manter jovens para podermos continuar o projecto. Vamos trabalhar para ter uma equipa, mas uma que dê continuidade, não pensar a um ano, mas a quatro, cinco anos.” Primeiro dia a estreia de Portugal Logo no primeiro dia, a equipa britânica no “INEOS” ao terminar com umas impressionantes cinco presenças no pódio nas oito regatas do dia, mostraram que vinham para ganhar. Em Cascais estava bom vento e mar chão, com as condições perfeitas para os barcos levantarem vôo e navegarem a grande velocidade. No entanto, foi sem surpresa que os suíços do “Alinghi” terminam o primeiro dia no primeiro lugar. Arnaud Psarofaghis comandou a sua equipa, após voarem até ao primeiro lugar em quatro regatas e só com uma presença fora do pódio nas restantes. As condições do vento eram muito inconstantes mas também desafiantes, com grandes rajadas a levantarem os barcos pela baía de Cascais, O primeiro dia foi um baptismo de fogo para o Team Portugal. A estreante equipa composta maioritariamente por jovens velejadores das áreas de Lisboa e Algarve

Um dos barcos de apoio ao “SAP” com motor Yamaha F250

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aumentar, para nós, não facilita, porque mais vento implica manobras mais rápidas, implica estar mais desperto dentro do barco e as equipas com mais experiência vão tirar partido disso. Mas o nosso objectivo segue o mesmo: melhorar, melhorar, melhorar e vamos continuar a dar o nosso melhor e deixar alguns barcos atrás de nós em cada regata”.

Fotografia: Lloyd images

O “Team Portugal”

O “Team Portugal” à frente numa rondagem

nunca tinham competido nos GC32. Tendo como líder o profissional Luís Brito e o reforço do velejador inglês Adam Piggott, com experiência nas Series, a equipa encarou a difícil prova com determinação, terminando com 51 pontos. Luís Brito adianta “Foi um dia fantástico, para todos nós. Amanhã no segundo dia o vento vai

O “SAP” atrás do “Team Portugal” 6

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Segundo dia “SAP” bate recorde Foi um dia histórico para o “SAP”, patrocinado pela Yamaha, e para os GC 32 nas Extreme Sailing Series. O feito do “SAP”foi testemunhado num dos barcos de apoio patrocinado pela Yamaha que transportava jornalistas convidados. Saindo disparados da linha de partida, os dinamarqueses estabeleceram um novo recorde ao atingirem os 36,4 nós (67, 4 km/h) na primeira corrida. Na regata seguinte, registarem uma nova marca: 37,9 nós (70,1 km/h). O anterior recorde pertencia à Red Bull Sailing Team quando atingiu os 36 nós na baía de Sydney (Austrália), em 2006. A “SAP Extreme Sailing Team”, depois destes resultados, ficou com um pé no pódio, colocando-se no terceiro lugar, com apenas um ponto a separar os três primeiros. “Alinghi” e “man Air” seguem, respectivamente, em primeiro e segundo lugar. Neste dia, o “Team Portugal” teve de enfrentar algumas dificuldades. A equipa foi forçada a retirar-se da 12.ª corrida, devido a um problema num cabo (tack line). Uma breve paragem na doca resolveu a questão e permitiu que a equipa regressasse para a derradeira


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Chegada duma regata com a vitória do “SAP” corrida do dia. Luís Brito exolicou “Hoje tivemos um dia duro, com vento forte e na quarta regata houve um cabo que

se estragou e deixámos de estar competitivos, não fazia sentido continuar. Viemos a terra, preferimos não disputar a quinta e

sexta regatas e voltámos na sétima com todas as armas que o barco permite e terminámos à frente de um barco, por isso, cum-

O barco de apoio com motor Yamaha acompanhou o recorde do “SAP” 8

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primos os nossos objectivos”. Terceiro dia marca adaptação dos portugueses O terceiro dia foi de muita aprendizagem para o Team Portugal e de emoções fortes para todos. Depois de liderar a frota no campo de regatas de Cascais durante todo o dia, o britânico “INEOS” pensou que já tinha a vitória garantida quando rodou a última bóia à frente dos demais concorrentes. Alguns metros atrás, a tripulação dinamarquesa da “SAP” virou rapidamente, preparandose para assegurar o segundo lugar. Contudo, uma rajada típica de Cascais empurrou os dinamarqueses nos últimos segundos da regata, até ficarem lado a lado com os britânicos. Num fi-


Vela

O “SAP” patrocinado pela Yamaha num dos momentos de aceleração nal dramático, as equipas cruzaram a chegada quase simultaneamente, com as respectivas tripulações sem terem a certeza sobre quem venceu. Acabou por ficar decidido que foi o INEOS a terminar em primeiro lugar a última regata do dia. Já o jovem Team Portugal, terminando em 7º lugar teve a oportunidade de dar mais luta e aprender muito nas sete regatas que se disputaram. Luís Brito aslientou “Tivemos um dia com muita emoção. Foi o mais duro para nós, o terceiro dia de regatas, as condições exigiam muita coordenação de equipa e muita força física, duas componentes que não temos por sermos uma equipa jovem, mas estamos contentes pois terminámos todas as regatas”

Quarto dia celebra a vitória do “Alinghi” A tripulação do suiço “Alinghi” velejou praticamente sem falhas durante todo o

evento, conquistando a terceira vitória em quatro Actos realizados na época de 2018. Os suíços, que chegaram a Cascais empatados em pontos com os dinamar-

queses da SAP ficaram contentes por se distanciarem novamente na liderança. O co-skipper e leme, Arnaud Psarofaghis assinalou no fim “É óptimo ganhar

Uma rondagem do “Red Bull” e do “Team Portugal” 2018 Agosto 380

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Vela

O “Alinghi” numa rondagem

Uma regata com o “SAP” à frente

aqui, em Cascais. Velejámos muito bem durante toda a semana e, praticamente, que fizemos más regatas. A equipa fez um excelente trabalho voando no campo de regatas. Resumidamente, estamos muito contentes”. Para a tripulação portuguesa, Cascais foi um marco determinante na sua evolução, fazendo parte de um programa desenhado para dar experiência neste tipo de competição, os jovens velejadores portugueses do Team Portugal foram verda-

deiramente postos à prova nos quatro dias de regatas. O que mereceu enormes elogios do seu líder e co-skipper, Luís Brito. “Foi uma semana difícil, com muito vento, muita aprendizagem para esta jovem equipa do Team Portugal. Hoje, foi ainda mais difícil com mais vento, mais manobras, a dificultar o nosso desempenho, mas estou muito contente e muito orgulhoso destes jovens velejadores. E espero voltar no próximo ano com uma equipa melhor preparada e mais fortes.”

Classificação Final

O pódio do Acto 4 10

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Alinghi (SUI) 309 pontos

SAP Extreme Sailing Team (DEN) 294 pontos

INEOS Rebels UK (GBR) 288 pontos

Oman Air (OMA) 282 pontos

Red Bull Sailing Team (AUT) 250 pontos

Team México (MEX) 222 pontos

Team Portugal (POR) 182 pontos


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Notícias do Mar

Economia do Mar

Texto Eduardo de Almeida Faria

Visita ao Futuro da Náutica

NELO e Centro de Mar de Viana do Castelo

I Fly 15 Consciente das diferentes realidades emergentes na área da Economia do Mar e da responsabilidade social que lhe assiste em as dar a conhecer, a Revista de Marinha promoveu no passado dia 30 de Maio uma visita de um conjunto de personalidades às instalações fabris da NELO, em Vila do Conde, e ao Centro de Mar de Viana do Castelo.

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ntre as personalidades que acompanharam a Revista de Marinha nesta visita contaram-se o Presidente da Direcção e o Presidente da Mesa da Assembleia Geral da Associação Nacional de Cruzeiros (ANC), antigos oficiais da Armada 12

e antigos comandantes da Marinha Mercante, Velejadores Olímpicos, Velejadores Oceânicos, Regatistas e Comentadores Desportivos de Náutica, para além da direcção e de colaboradores regulares da RM. O Programa da Visita iniciou-se às 9H30 nas ins-

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talações da NELO, em Vila do Conde, onde teve lugar uma sessão de apresentação de cumprimentos na ampla e funcional recepção das modernas instalações fabris que esta empresa ocupa desde Outubro do ano passado. Na ocasião o Senhor

Manuel Ramos, proprietário da empresa, universalmente conhecido por Nelo, fez uma detalhada apresentação aos elementos da comitiva a que seguiu uma demorada visita aos 15.000 m2 da zona fabril onde são fabricados alguns dos melhores kayaks e canoas


Notícias do Mar

Melges 14

atualmente produzidos em todo o mundo. Dois aspectos sobressaem da visita à zona fabril da NELO. A atenção ao detalhe e a preocupação constante com a inovação,

o que explica em boa medida a posição de liderança inquestionável a que a empresa se alcandorou ao longo das últimas décadas a nível mundial e que fez do seu Brand Name uma

marca reconhecida todo o mundo.

em

Aposta na Vela de Competição Contudo, esta posição dominante está na razão

Melges 14 no Lago de Garda em Itália

Triple 9 veleiro de cruzeiro com 10 m de comprimento, com vocação regatista 2018 Agosto 380

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Notícias do Mar

I-Fly 15 14

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direta da aposta na diversificação da atividade da NELO em curso, uma vez que não é crível que a empresa pudesse continuar a crescer como até aqui assente somente no sector da Canoagem. Com efeito, a NELO encetou de há cerca de um ano a esta parte uma aposta na construção de embarcações de competição à Vela, foco principal da nossa deslocação às suas instalações. Tratase, por isso, de uma opção estratégica de fundo que visa garantir o crescimento sustentado da empresa a prazo. Assim, e após a visita à zona de fabrico de canoas e kayaks, tivemos oportunidade de podermos apreciar pela mão do Eng. João Ferreira, responsável pelo sector da Vela da NELO, os produtos que a empresa tem presentemente em carteira neste sector. Começámos por observar o Melges 14, fruto da parceria que há cerca de um ano a NELO estabeleceu com a MELGES, conhecida empresa norteamericana fabricante de embarcações de competição à Vela, cujo portfolio se estende até ao Melges 40. O Melges 14 é uma embarcação de vela ligeira de competição de 14 pés (4,267 metros), com linhas inovadoras, um misto entre o 29er e o Laser, bastante performante, com uma qualidade de construção de nível superior que deixou os elementos da comitiva bastante impressionados, não só pela qualidade da construção e design mas também pela qualidade dos acabamentos.


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Notícias do Mar

Fábrica Nelo a produzir I Fly 15

Cascos do I Fly 15 fabricados no Nelo 16

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Não é, por isso, difícil augurar que este produto será um sucesso de vendas no mercado europeu, cuja comercialização já se iniciou. Mas fomos de surpresa em surpresa. De seguida fomos “apresentados” ao novo catamaran I-Fly. Esta embarcação atraiu de imediato a atenção de todos os visitantes e é verdadeiramente o estado da arte. Com um design apurado e uma estética muito atraente e chamativa, tecnologicamente muito evoluída e de uma construção robusta, com foils à proa e à popa acionados automaticamente, circunstância que permite a esta em-


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barcação uma velocidade de ponta próxima dos 30 nós com toda a segurança, como nos foi confidenciado. A sua comercialização já se iniciou para o mercado italiano. Seguidamente foi-nos dada oportunidade de “ver ao vivo e a cores” o Triple9, presentemente em fase de construção. Tratase de uma embarcação de Cruzeiro à Vela, com 10 metros de comprimento, com vocação Regatista, concebida “in-house”, e de que foi feita aos visitantes uma apresentação muito detalhada pelos pais do projecto, o Arquiteto Naval Andrea Gancia e o Engenheiro Naval Sito Avilés. Trata-se de uma embarcação esteticamente muito bem conseguida, projetada para alcançar uma velocidade superior aos seus concorrentes mais diretos, com um projecto muito cuidado e cuja qualidade de construção será, estamos certos, ao nível do que de melhor a NELO já nos habituou. Esta embarcação deverá iniciar os testes de mar no Centro de Testes da Nelo de Viana do Castelo no último trimestre do ano em curso e iniciar a sua produção industrial no decurso de 2019. Desta visita fica-nos a certeza de que se a NELO fizer no sector da Vela de Competição metade do que já fez no sector da Canoagem temos aqui em embrião uma Industria de Náutica Nacional capaz de dar cartas a nível europeu e mundial dentro de poucos anos. Projecto do Centro de Mar De seguida a comitiva dirigiu-se a Viana do Castelo onde foram recebidos

Maqueta do Triple 9

Triple 9 vista do exterior

a bordo do Gil Eanes pelo Eng. Vitor Lemos, VicePresidente da autarquia vianense, a que se juntou posteriormente o Presidente da edilidade, Eng. José Maria Costa.

Ambos tomaram a seu cargo a apresentação do Projecto do Centro de Mar que a autarquia vem desenvolvendo ao longo da última década alicerçado em 4 pilares: Centro

de Vela, Centro de Remo, Centro de Canoagem e Centro de Alto Rendimento de Surf. Recordamos que o Gil Eanes para além da sua vocação museológica é também o Centro de

Interior do Triple 9 2018 Agosto 380

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Notícias do Mar

I Fly 15

Coordenação do Centro de Mar de Viana do Castelo. A apresentação realizada deixou uma viva impressão aos membros da comitiva, os quais na sua maioria desconheciam, no todo ou em parte, o Projecto do Centro de Mar, bem

como as suas implicações para o desenvolvimento sócio-económico da cidade de Viana do Castelo e para a Região do Alto Minho. Após esta apresentação foi feita uma visita guiada ao Navio-Hospital Gil Eanes, imaculadamente

mantido em todo o seu esplendor, numa verdadeira homenagem a todos quantos deram corpo à epopeia portuguesa da pesca do bacalhau. Em seguida teve lugar um almoço no restaurante do Centro de Vela ofereci-

Cartaz I NELO 18

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do pela Câmara Municipal durante o qual os visitantes tiveram oportunidade de conversar sobre os aspectos que têm dominado a gestão do Centro de Mar globalmente considerado. Após o almoço os elementos da comitiva foram


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I Fly 15

levados em autocarro da autarquia a visitar os diferentes pólos que constituem o conceito do Centro de Mar, cuja conceção esteve a cargo da equipa da SAER liderada pelo saudoso Prof. Hernâni Lopes, e que a autarquia tem

vindo paulatinamente a implementar de uma forma consequente, sistemática e empenhada, o que faz de Viana do Castelo, já hoje, “A Cidade da Náutica”. Ficámos com vontade de regressar.

Projecto do Centro de Mar em Viana do Castelo 2018 Agosto 380

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Náutica

Teste Fibramar 600 Pescador com Suzuki DF100

Texto e Fotografia Antero dos Santos

Para a Pesca com Excelente Estabilidade e Segurança

Fibramar 600 Prescador Testámos em Sesimbra, no passado dia 22 de Junho, o modelo Fibramar 600 Pescador, equipado com o novo Suzuki DF100B, que mostraram formar um conjunto com boas performances, excelente estabilidade e muita segurança para a pesca.

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O Fibramar 600 Pescador com o novo motor Suzuki Df100B tem um preço pack já com o IVA muito interessante 20

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convite para o teste foi feito pela Moteo, importador exclusivo para Portugal dos motores fora de borda Suzuki, e da Zimbromotor, concessionário Suzuki em Sesimbra. O barco testado foi construído pelo estaleiro Fibramar, de Peniche. Este construtor tem uma larga experiência, de décadas, na produção de embarcações em PRFV, para a pesca profissional e para a navegação de recreio, com duplo fundo


Náutica

Consola central de condução mar 600 Pescador, com a consola central de condução e banco de piloto. Este barco impressiona pela integração da sua elegante linha no clássico casco trincado. Para uma prestação marinheira oferece a proa bastante elevada e com

um perfil muito deflector. O casco tem um V muito acentuado à proa e o fundo comporta uma pequena quilha até à popa. A sexta travessa do casco, tal como está desenhada, funciona como um plano de estabilidade lateral desde a proa até à popa e é

e robustos reforços estruturais. Fibramar 600 Pescador A polivalência do casco deste modelo, com 6,00 metros de comprimento e 2,40 metros de boca, é enorme, pois pode incorporar um guardapatrão (aberto ou fechado), cabina central de timoneiro ou a versão standard, apresentado com dois bancos transversais. O barco tem o convés auto-esgotante e o piso antiderrapante. A versão que tem interessado mais os pescadores lúdicos é este modelo Fibra-

O novo motor Suzuki DF100B estava montado no Fibramar 600 Pescador 2018 Agosto 380

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Náutica

Boa integração da sua elegante linha no clássico casco trincado

Novo Suzuki DF100B O novo motor Suzuki DF100B, que se posiciona como o mais leve da sua categoria, pertence à gama média de elevado rendimento Suzuki, com 1.502 cc de cilindrada, 4 cilindros em linha DOHC com 16 válvulas e o peso de apenas 157 Kg. Esta gama com controlo mecânico é equipada com tecnologia revolucionária, integrando uma combinação de uma elevada potência, eficiência de consumo de combustível e fiabilidade. O novo DF100B aproveita ao máximo a construção compacta e ligeira do DF90A que, graças à revisão do sistema de gestão electrónica, permitiu o incremento de potência sem necessidade de aumento de capacidade. Deste modo, ao apresentar um peso de apenas 157 kg, o novo DF100B permite um ganho de 25 kg face ao actual DF100A, concorrendo para responder aos anseios dos utilizadores que procuram moto-

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res compactos e ligeiros mas com um nível de prestações interessante, particularmente no caso de barcos de recreio de média dimensão. As principais características do DF100B são: - Revisão do sistema de gestão do bloco de quatro cilindros em linha e 1.502cc comum ao DF90A que permitiu o aumento de potência para 100cv, mantendo o reduzido peso de 157kg. - Relação de caixa de 2.59:1, a maior da sua classe que oferece uma maior eficiência na propulsão, navegação eficiente com cargas pesadas e enorme eficácia na utilização de hélices de grande diâmetro. - Instalação do sistema de detecção de água que protege o motor da presença de água no sistema de alimentação, graças à utilização de um filtro de combustível com essa característica. - Disponível em duas cores: preto ou branco. O DF100B será produzido na fábrica japonesa de Toyokawa

a principal responsável pela estabilidade do barco. A característica mais acentuada deste modelo, com largos espaços no interior é ser de simples funcionamento. Tem ao meio uma consola de condução alta com um pára-brisas e dispõe de um banco à frente. Com um banco para se sentar ou não o piloto faz a condução de pé numa boa posição. No Fibramar 600 Pescador, para se guardar o ferro e os cabos, existe um grande cofre à proa com porta estanque. A proa do barco comporta um varadim, tem uma roldana de proa, um guia passador de cabos de cada lado e um cunho de amarração ao centro. Neste modelo, à popa há um banco corrido integrado com duas portas estanques, sob o qual se encontram dois cofres para arrumar palamenta. Para se amarrar cabos ou defensas, de cada lado à popa, há um cunho de amarração. Equipamento opcional


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Náutica

Proa elevada e deflectora, o V muito acentuado à proa e o casco com plano de estabilidade lateral na sexta travessa Cor do casco, paiol de âncora, robaletes, barra inox na quilha/robaletes, , banco de piloto, guarda-patrão (aberto ou fechado), cabina central timoneiro, pegas, varandins laterais, varandim traseiro, suportes para canas, T-top com toldo e arco de luzes.

Excelente desempenho a navegar e boas performances O Fibramar 600 Pescador é uma embarcação pesada, como devem ser todos os barcos para o mar. Porém no arranque, o barco soltou-

se facilmente da água, graças ao tipo de popa semiplanante que tem e em 1,47 segundos já planávamos. Esta característica provouse também quando colocámos o barco a navegar no mínimo de velocidade a planar e manteve-se sómente a

Banco à popa com cofres 24

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8 nós às 2800 rpm. O novo Suzuki DF100B é um motor com grande capacidade de aceleração, qualidade que interessa muito aos praticantes de esqui. No teste de aceleração até às 5000 rpm, que habitualmente fazemos, neste barco atingimos 23 nós em apenas 5,40 segundos. Para o esqui bastariam 18 nós. Também fizemos o teste de velocidade máxima e atingimos os 30,5 nós às


Náutica

Espaço no interior desimpedido, facilidade de circulação e excelente estabilidade 6000 rpm. Porém, o teste que mais nos satisfez, foi o da velocidade de cruzeiro, aquela que for mais económica. Assim, sem passar das 4000 rpm, navegámos a 20/22 nós. A estabilidade de um barco não se verifica apenas por o barco balançar pouco quando está parado, é preciso também que curve com segurança e ofereça conforto a navegar. O Fibramar 600 Pesca-

dor surpreendeu-nos por se comportar a curvar como um barco com o casco em V, muito seguro. A sexta travessa do casco que é um plano de estabilidade lateral, deixa apenas que o barco adorne o suficiente para curvar sempre com su-

gurança. Navegar com conforto no mar depende sempre das condições que ele nos oferece. No dia do teste o mar estava calmo e sem vento, mas tinha uma ligeira agitação que não permitia navegar na máxima velocidade

muito tempo. Encontrámos no Fibramar 600 Pescador uma velocidade confortável, entre os 22/24 nós, já perto das 4.500 rpm. Quando é assim, no mar vale mais uma velocidade mais reduzida entre os 18/20 nós e abaixo das 4000 rpm.

A consola de condução tem um banco à frentea

Cofre à proa 2018 Agosto 380

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Náutica

Com muita segurança, o Fibramar 600 Pescador curva como um barco com o casco em V Um nota final para o espaço desimpedido, a facilidade de circulação e o banco à frente da consola que pode ser útil para se organizar calmamente sentado as

operações no pesqueiro. Também salientamos o preço do conjunto, o Fibramar 600 Pescador com o Suzuki DF100B por 24.000 €, já com o IVA.

Performances Tempo para planar

1,47 seg.

Aceleração até 5000 rpm

23 nós 5,40 seg.

Velocidade máxima

30,5 nós 6000 rpm

Velocidade cruzeiro

20/22 nós 4000 rpm

Velocidade minima a planar

8 nós 2800 rpm

3000 rpm

10 nós

3500 rpm

15 nós

4000 rpm

20 nós

4500 rpm

24 nós

5000 rpm

25 nós

5500 rpm

28,5 nós

6000 rpm

30,5 nós

Características Técnicas

Volante e painel de instrumentos

A proa tem varandins, roldana de proa, guia de cabos e um cunho de amarração 26

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Comprimento

6,00 m

Boca

2,40 m

Pontal

0,75 m

Calado

0,30 m

Massa

729 Kg

Lotação

13 D / 8 C

Carga máxima

1.100 Kg

Potência máxima

150 HP

Motor em teste

Suzuki DF100B

Preço Barco/motor

24.000 € com IVA

Importador/Concessionário MOTEO Portugal, SA Rua João Francisco do Casal, S/N, 3800-264 Aveiro Tel: 23 430 0760 - geral@veiculoscasal.pt - http://www.suzuki.pt ZIMBROMOTOR Avenida João Paulo II, Nº2 Edifício Santa Maria, Santana, 2970-592 Sesimbra Tel: 21 268 6650 - zimbromotor.lojadepesca@sapo.pt


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Notícias do Mar

Economia do Mar

Ministra do Mar Lançou a Primeira Ediçao do Bluetech Accelerator Ana Paula Vitorino, apresentou primeira edição do Bluetech Accelerator A Ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, apresentou no passado dia 17 de Julho a primeira edição do Bluetech Accelerator, com foco na inovação para a indústria 4.0 nos Portos e Transporte Marítimo.

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Assistência 28

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luetech Accelerator destinase à inovação digital e automação nos Portos e Transporte Marítimo (Ports & Shipping 4.0) e inserida no Ocean Portugal Start-Up Program. A iniciativa faz parte do Programa Ocean Portugal, desenvolvido em conjunto pelo Ministério do Mar e pela FLAD – Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento. O Bluetech Accelerator surge depois de, a 23 de novembro do ano passado, a Ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, e o Presidente da FLAD, Vasco Rato, terem assinado um Memorando de Entendi-


Notícias do Mar

mento (MoU) que deu origem ao Programa Ocean Portugal, o qual visa desenvolver um conjunto de ações para a promoção do crescimento da Economia Azul. Uma dessas iniciativas é, precisamente, o Ocean Start-Up Portugal Program, cujo foco está no apoio ao desenvolvimento da inovação azul e empreendedorismo. Dentro do Ocean StartUp Portugal Program foi agora lançada a primeira edição do Bluetech Accelerator, com foco nos Portos, Transporte Marítimo e Digitalização da Logística Marítima, identificando e apoiando as start-ups mais promissoras do setor na busca de soluções inovadoras para uma indústria marítimo-portuária que enfrenta hoje desafios enormes como a sobrecapacidade, a segurança energética, os desenvolvimentos da inteligência artificial e da automação ou a necessidade de mudança no paradigma energético – desafios que deverão ser respondidos com as melhores e mais inovadoras práticas da Indústria 4.0. Nesta primeira edição do Bluetech Accelerator serão então selecionados parceiros com soluções inovadoras no âmbito do 4.0 marítimo-portuário e que respondam às grandes tendências disruptivas que fazem cada vez mais parte do setor, como são os casos do Blockchain, Inteligência Artificial, Smart Shipping, Big Data, Automação dos Portos, Navios Autónomos ou Drones.

Porto de Leixões

Terminal XXI de Sines

Navio portacontentores 2018 Agosto 380

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Electrónica

Notícias Nautel

Parceria Nautel com DigitalYacht A Nautel estabeleceu uma parceria com a DigitalYacht, para a distribuição dos seus Produtos em Portugal

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Digital Yacht tem tudo a ver com a próxima geração de sistemas de navegação, comunicação e entretenimento para as embarcações do mais diversos tipos O passeio de barco deve ser divertido, seguro e fácil, e os produtos da DigitalYacht podem ser integrados em redes de barcos existentes ou de novas, para trazer uma dimensão mais poderosa à sua eletrónica.

Na componente profissional, a viagem fica mais segura, e a produção e gestão da informação simplifica a operacionalidade da missão. A DigitalYacht acredita firmemente que dispositivos de consumo de baixo custo como iPhones, Tablets, PCs e MACs têm um lugar a bordo, e podem ajudar os sistemas residentes a competir com os mais recentes produtos de eletrónica marítima dedicados, por uma fração do custo. Torna-se o acesso à Internet mais económico e intuitivo, e disponibilizam-se todos os dados de navegação para os dispositivos de consumo favoritos usados no dia a dia, e, para todos os que vão a bordo. Os sistemas de navegação da DigitalYacht abrangem tecnologias avançadas de GPS e sensores magnéticos bem como a gama mais abrangente de produtos AIS no mercado. Além disso, as soluções de PC e software oferecem produtos simples, mas eficientes, para 30

uma variedade de requisitos de bordo, desde comunicação até navegação, entretenimento e monitorização. Tecnologia de fabricação Os produtos são projetados e fabricados no Reino Unido e nos EUA. A DigitalYacht tem orgulho de fazer parte de uma revolução de fabricação local de alta tecnologia que engloba

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sensores especializados de posicionamento e direção, AIS Class A e B e recetores, redes NMEA, navegação e comunicação sem fio e redes e sistemas de controle embarcados. Um exemplo de inovação recente: iKommunicate O iKommunicate é um dispositivo inteligente de “Gateway/Hub” NMEA que permite que os sistemas tradicionais de navegação das embarcações façam parte da “Internet das Coisas” (IoT). Convertendo os dados das redes NMEA de protocolo “fechado” encontradas na maioria dos barcos, para Sinal K, o novo formato de dados pronto para Internet baseado em HTML5 “aberto”, um novo mundo de navegação social e conectado será agora possível. Tradicionalmente, os sistemas eletrónicos marítimos “falavam” uns com os outros através das redes NMEA0183 e NMEA2000 mais recentes. As interfaces são muito confiáveis, bem comprovadas e adequadas à finalidade, mas os custos para os projetistas se tornarem membros da NMEA, comprar as especificações e ter o seu software certificado restringiram severamente o número de aplicativos marítimos que usaram dados NMEA. Com o lançamento do Signal K, um novo formato de

dados aberto, para barcos, tudo isso está prestes a mudar e, de repente, será muito fácil para os programadores lerem e usarem os dados da NMEA. O iKommunicate está a promover essa mudança, como o primeiro produto de passagem de NMEA para Signal K que se conectará às redes NMEA e converterá todos os dados para o novo formato Signal K. Com três entradas NMEA0183 opto-isoladas, duas saídas NMEA0183 e uma interface de rede NMEA2000, o iKommunicate pode manipular quaisquer dados NMEA que nele forem lançados. O seu processador Atmel de 120MHz converte eficientemente os dados NMEA em dados JSON Signal K, o padrão para a última geração de websites e aplicativos HTML5, que são enviados via HTTP ou vários Web Sockets de alta velocidade. A conexão Ethernet (RJ45) do iKommunicate permite que ele seja conetado às rede fixas e sem fios, do barco para que qualquer dispositivo móvel conectado à rede possa exibir os dados do Signal K no seu navegador ou aplicativo compatível. Pré-instalados no iKommunicate estão alguns aplicativos da web (incluindo o popular Painel de instrumentos) para que qualquer utilizador possa começar imediatamente a visualizar dados NMEA da sua rede , e possui um cartão micro SD de 8GB onde hospedar novos aplicativos da web Signal K à medida que eles se vão tornando disponíveis . O iKommunicate pode ser ligado ao router DigitalYacht iConnect e este difundir por via Wi-Fi tudo quanto o iKommunicate tiver de dados para partilhar. Para mais informações contatar a Nautel – 213007030, geral@nautel.pt


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Náutica

Teste Lomac 540 IN com Honda BF80

Texto e Fotografia Antero dos Santos

Semi rígido

para um Consumidor Polivalente

Lomac 540 IN

Testámos em Tróia, no passado mês de Fevereiro um semi-rígido Lomac 540 IN equipado com o Honda BF80, a convite da GROW, importador exclusivo para Portugal do estaleiro italiano Lomac e dos motores fora de borda Honda.

A

Lomac é um dos mais antigos e prestigiados estaleiros italianos de semi. rígidos, o primeiro em Itália a fabricar embarcações insufláveis e também o primeiro europeu a construir semi-rígidos. É conhecido o cuidado e competência dos designers italianos, em projectar qualquer tipo de embarcação. Quanto aos 32

semi-rígidos, existe uma forte concorrência de dezenas de estaleiros em Itália. Para se evidenciar, a Lomac mantém constante a interpretação das tendências do mercado, estudando e construindo uma variedade de embarcações, após amplos estudos feitos pelos arquitectos do estaleiro​​ que desenvolvem e inovam uma ampla gama

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de acessórios de modo a servirem bem a enorme coleção de modelos da gama e ao gosto do maior número de clientes. A Lomac para servir o cliente com o melhor, cada modelo é projectado e construído para um uso muito específico e à medida de cada um. A produção da Lomac actualmente inclui 58 modelos, agrupados em 7 linhas, desde os mais

pequenos, os barcos insufláveis ​​flexíveis de 2,00 metros de comprimento até aos modelos de trabalho no mar com 11,00 metros de comprimento. Os tubos são feitos com o melhor tecido que se fabrica, em Hypalon/ Neoprene da Orca Pennel Industries. E para darem maior rigidez aos barcos, são colados por fora ao casco e por dentro totalmente às cobertas.


Náutica

Posto de comando

Lomac 540 IN A linha IN salienta-se na estética e na funcionalidade, marcada já pelo prestígio da marca e pelo desempenho em navegação. A linha IN está no topo da produção da Lomac, com o objectivo de produzir modelos para

uma oferta ao mercado também com uma escolha mais completa. A linha IN apresenta nove modelos, desde o 540, com 5,35 metros ao 1100, com 10,88 metros de comprimento e duas versões de motorização,para este barco, interior Zdrive

Para clientes polivalentes, mergulho, pesca lúdica e submarina, desportos aquáticos e banhos de sol 2018 Agosto 380

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Náutica

Excente velocidade de cruzeiro de 21/22 nós às 4.000 rpm

Motor Honda BF80

O

motor Honda BF80 Incorpora as mais recentes tecnologias exclusivas e avançadas desenvolvidas pela Honda, com as quais oferece óptimos níveis de performance com os mais baixos consumos. O motor tem 4 cilindros em linha, com 16 válvulas e 1.496 cm3 de cilindrada. As principais tecnologias introduzidas são: BLAST, binário aumentado a baixa rotação para aumentar a potência e o binário do motor. Isto resulta numa explosiva aceleração, de forma a obter rápida planagem do casco da embarcação. ECOmo é outra importante tecnologia, de economia controlada do motor que faz o controlo de combustão pobre em modo de velocidade constante, ajustando-a de forma a obter baixos consumos

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em velocidades de cruzeiro em rotações entre as 3.000 rpm e 4.500 rpm. Exclusiva tecnologia PGMFi, injecção programada de combustível, o resultado é uma elevada eficiência do combustível com baixas emissões. Trolling Control é uma nova tecnologia de controlo de rotação a baixa velocidade. Com este sistema navega-se devagar a num porto ou numa marina e controlar a pesca ao corrico com ajustes automáticos de 50 rpm, Tem a ligação NMEA 2000 que permite o motor ficar totalmente compatível para a ligação a dispositivos electrónicos de GPS, chart plotters e sonares e disponibilizando todas as informações vitais do motor. Estes novos instrumentos possuem o indicador “Eco Light” exclusivo da Honda, que informa quando o motor está em modo ECOmo, portanto, na sua maior eficiência de combustível.

e fora de borda. O Lomac 540 IN tem uma consola de condução com um párabrisas em vidro acrílico, bem protegido por um corrimão em aço inox, encostada ao tubo a estibordo para deixar larga a passagem por bombordo da popa para a frente. A consola comporta um banco estofado à frente. O piloto dispõe de um banco duplo estofado, cujo encosto se pode baixar para trás. À frente existe um assento almofadado em V sob o qual se encontra o porão do ferro e um porão


Náutica

O Honda BF80 estava montado no Lomac 540 IN

para guardar a palamenta. Na hora dos banhos de sol, toda esta área podese converter num amplo solário, incluindo o banco à frente da consola. Na proa está colado um cabeçote em fibra com uma roldana e um cunho de amarração do lado de dentro, para facilitar as manobras de fundear. Para arrumação de equipamentos existe espaço também sob o banco do piloto, dentro da consola e sob o banco que fica à frente. O casco tem um V profundo, robaletes laterais bastante salientes e in-

corpora o “twinshell” que se forma junto aos tubos por baixo, desde a proa e

termina em ligeira concha à popa. Trata-se de um casco adequado para um

bom desempenho com águas mexidas e saídas rápidas da água.

Muito espaço à frente da cosola para solário 2018 Agosto 380

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Náutica

O Lomac 540 IN fez uma navegação confortável na água agitada

Consola encostada a estibordo 36

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Navegação confortável e boas performances No dia do teste em Tróia, o rio Sado estava com alguma agitação e vento, com as condições perfeitas para ensaiarmos o desempenho do barco a navegar Iniciámos o teste com o arranque e em 1,97 segundos o barco já planava. O sistema BLAST no Honda BF80 está lá para facilitar os arranques e o Lomac 540 IN correspon-

deu bem a sair rápido da água. No teste de velocidade


Náutica

O Lomac 540 IN e o Honda BF80 atingiram boas performances

râmetros do ECOmo do motor, entre as 3.000 e as 4.500 rpm. No mínimo de velocidade a planar, verificámos 8,5 nós às 2.800 rpm, graças ao casco “twinshell”, que faz descolar melhor o casco da água à popa. Em velocidade máxima atingimos os 31 nós às 5.600 rpm, uma boa per-

formance com este regime de rotação do motor. Devemos realçar o desempenho confortável do Lomac 540 IN, cortando a água agitada do vento no rio Sado com suavidade e sem bater Outra excelente resposta do casco “twinshell” , foi deflectir bem a água para longe e para trás,

sem molhar o interior. O comando do barco é excelente e sem esforço, e notámos que, em virtude das características do casco, o barco a curvar teve um desempenho sempre muito seguro. Em conclusão, o Lomac 540 IN com o Honda BF80, com os equipamentos e acessórios

de cruzeiro mantivemos o barco nos 21/22 nós às 4.000 rpm, dentro dos pa-

O encosto do banco do piloto deita-se para trás

O casco tem um V profundo, robaletes laterais bastante salientes e incorpora o “twinshell 2018 Agosto 380

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Náutica

O casco “twinshell” deflecte bem a água para longe e para trás, sem molhar o interior.

adequados da sua gama, pode ser perfeitamente o semi-rígido para um cliente polivalente, que o queira para o mergulho, a pesca lúdica e submarina, desportos aquáticos e passear com a família e

os amigos, para apanhar os banhos de sol. Queremos salientantar igualmente o preço do conjunto, o Lomac 540 IN com o Honda BF80, por 31.475 € já com o IVA incluído.

Performances Tempo para planar

1,97 seg.

Velocidade máxima

31 nós 5600 rpm

Velocidade de cruzeiro

21/22 nós 4000 rpm

Velocidade mínima a planar

8,5 nós 2800 rpm

3000 rpm

13,2 nós

3500 rpm

17 nós

4000 rpm

21,7 nós

4500 rpm

23 nós

5000 rpm

26,6 nós

5500 rpm

29 nós

5600 rpm

31 nós

Características Técnicas

Cabeçote em fibra à proa 38

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Comprimento total

5,35 m

Boca

2,38 m

Dimensão interior

1,23 x 4,40 m

Peso

300 Kg

Câmaras de ar

5

Diâmetro tubos

0,58 m

Lotação

10

Potência máxima

80 HP

Classe CE

C

Motor teste

Honda BF80

Preço barco/motor

31.475€ C/IVA

Importador Exclusivo GROW Produtos de Força Portugal Rua Fontes Pereira de Melo, 16 Abrunheira, 2714 – 506 Sintra Telefone: 219 155 300 - geral@grow.com.pt - www.honda.pt


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Notícias do Mar

Alterações Climáticas

Escolher o futuro da Antártida para evitar impactos globais

irreversíveis

Mudanças na região Antártica vão ter consequências no resto do planeta e na Humanidade. As escolhas feitas na próxima década vão certamente afetar a Antártida e o mundo a longo prazo, revela um estudo que foi publicado em14 de junho na reputada revista Nature.

O

s autores, todos vencedores do prestigiado prémio Tinker-Muse para a Ciência e Política na Antártida, são especialistas em diver-

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sas disciplinas científicas, incluindo biologia, oceanografia, glaciologia, geofísica, ciências climáticas e política. José Xavier, docente do

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Departamento de Ciências da Vida da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) e investigador do Centro de Ciências do Mar e

Ambiente (MARE), foi vencedor deste prémio em 2011 e é o único cientista português a participar neste artigo. O estudo contrasta duas narrativas sobre o futuro da Antártida, a partir da perspetiva de um observador em 2070 olhando para trás, para os últimos 50 anos. Cada narrativa realça as ramificações a longo prazo das decisões tomadas hoje. Esses cenários baseados em ciência representam futuros alternativos plausíveis, em vez de previsões. Na primeira narrativa, as emissões de gases de efeito de estufa continuam a aumentar, o clima continua a aquecer, e as ações políticas são poucas para responder aos fatores sociais e ambientais na Antártida. Neste contexto de elevadas emissões, a Antártida sofrerá mudanças rápidas por toda a região, com conse-


Notícias do Mar

nos compreender quais são as grandes ameaças que enfrentamos hoje na Antártida, como o degelo e a acidificação dos oceanos, e também as suas consequências no resto do mundo, como no nível da água do mar global».

O docente e investigador da UC deixa o alerta: «o que se decidir politicamente em relação ao ambiente na próxima década vai ter consequências para as gerações seguintes. Ainda estamos a tempo de agir, mas está a escassear...»

Cientista polar da UC distinguido com prémio internacional

J

Fotografia: José Xavier

quências no resto do mundo: em 2070, o aquecimento causou o degelo e acelerou o aumento do nível global do mar, alterou os ecossistemas marinhos e o aumento ilimitado do uso humano na Antártida degradou o ambiente e introduziu pestes invasivas. Na segunda narrativa, ações ambiciosas são adotadas para limitar as emissões dos gases de efeito de estufa e estabelece políticas para reduzir a pressão antropogénica no ambiente, abrandando a taxa

de mudança na Antártida. Neste contexto de baixas emissões - ações rápidas e efetivas para a redução de emissões de gases e implementação de políticas para minimizar mudanças na Antártida -, as plataformas de gelo mantêm-se intactas, há um abrandamento do aumento do nível global do mar, os ecossistemas mantêm-se intactos e a pressão humana na Antártida é gerida apropriadamente. José Xavier, coautor do artigo da Nature, realça que esta pesquisa «permitiu-

osé Xavier, docente do Departamento de Ciências da Vida da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) e investigador do Centro de Ciências do Mar e Ambiente (MARE), venceu o prémio internacional “APECS International Mentorship Award 2018”. Instituído pela Association of Polar Early Career Scientists (APECS), que possui membros em mais de 60 países de todo o mundo, o galardão visa reconhecer os esforços de cientistas, dentro da comunidade científica polar, e honrar aqueles que investiram tempo e energia para apoiar a comunidade de jovens cientistas polares. No processo de eleição do vencedor participam todos os comités nacionais da APECS, que indicam um cientista e mentor que tenha feito contribuições excecionais para o sucesso desta associação internacional de jovens cientistas polares. Para o cientista polar da UC, este prémio «é um orgulho muito grande pois é o reconhecimento da nova geração de jovens cientistas de todo o mundo, com o trabalho que temos desenvolvido com muitos países em prol da ciência e na formação de cientistas.» José Xavier refere ainda que «é um prémio repartido pelos meus estudantes e colegas, pela sua dedicação, trabalho e entusiasmo ao longo destes anos, particularmente aos excelentes jovens cientistas que Portugal possui, através do magnífico trabalho da APECS Portugal!»

José Xavier com Hanne Nielsen (presidente da APECS internacional, Universidade da Tasmânia, Austrália; à esquerda) e Gerlis Fugmann (diretora executiva da APECS internacional/ Alfred Wegener Institute, Helmholtz Center for Polar and Marine Research, Alemanha (à direita).

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Electrónica

Notícias Nautiradar

Nova Gama de Displays Multifunções Axiom XL Raymarine FLIR Apresenta a Nova Gama de Displays Multifunções Axiom XL da Raymarine para Instalações Glass Bridge e em Iates de Topo

A

FLIR anunciou a introdução da nova linha de displays multifunções AXIOM XL. Concebidos para instalações em glass bridge e iates de topo, os displays Axiom XL oferecem as maiores dimensões da família Axiom e desempenho superior e simplicidade elegantes que a galardoada gama Axiom tem vindo a oferecer desde o seu lançamento. Concebidos para utilização em condições marítimas extremas, a família Axiom

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XL é completamente à prova de água e pode ser instalada em cockpits abertos como estações de comando fechadas. Cada modelo utiliza comutação IPS e tecnologia ecrã oticamente selado, para oferecer ângulos de visualização mais amplos, contraste definido e leitura sem igual em luz de sol brilhante.Disponíveis com ecrãs de 16”, 19”, 22” e 24”, a construção toda em vidro dos Axiom XL oferece aos designers de embarcações a capacidade de criarem

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estações de governo de integração perfeita. Os Axiom XL são plataformas potentes de integração vídeo e de ligação em rede, possuindo três portas Ethernet para ligação a sensores de rede ou a unidades Axiom, Axiom Pro e Axiom XL adicionais. Esta integração simplificada permite aos designers de embarcações uma maior flexibilidade ao criarem sistemas de navegação multi estação e multi display. Os Axiom XL e a sua capacidade nativa para suportar câmaras de imagem térmica da FLIR melhora a consciência situacional durante a navegação assim como, o nível de segurança da embarcação, ao passo

que uma entrada HDMI permite aos Axiom XL servirem de ecrã tátil remoto ou display de entretenimento na consola de navegação. No centro de cada display Axiom XL encontra-se um rápido processador quad core que, suporta as tecnologias de navegação, radar, sonda da Raymarine e imagem térmica da FLIR, para que se obtenha uma solução de alta definição (HD) tudo-emum. Alimentado pelo Sistema Operativo LightHouse 3 da Raymarine, os displays Axiom XL oferecem um interface elegante, intuitivo e simples que é rápido, fluido e facilmente personalizável ao estilo de navegação de cada skipper. Os Skippers têm agora a escolha de um controlo via ecrã multi-touch ou, através do teclado RMK10 da Raymarine para um sistema de controlo remoto completo de múltiplos displays Axiom XL. Os displays Axiom XL16 e XL19 já se encontram disponíveis. O Axiom XL24 estará disponível no decorrer do mês de Julho e o Axiom XL22 em Setembro. Para mais informações sobre este novo produto da Raymarine visite o site www. nautiradar.pt ou contacte através do 21 300 50 50.


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Notícias do Mar

Tagus Vivan

Crónica Carlos Salgado

O Futuro Está no Tejo!

Não há dúvida que o Futuro Está no Tejo, isto porque são evidentes as valências e as potencialidades que o rio Tejo português possui para alavancar o crescimento económico e a criação de emprego do nosso país, cuja bacia hidrográfica, incluindo as ribeiras do Oeste, ocupa uma terça parte do território continental, e sobretudo a partir da implementação da nova iniciativa criada pela Tagus Vivan, dando conti-

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nuidade ao Congresso do Tejo III, aliada ao Projecto Tejo, uma grande obra de aproveitamento hidráulico de fins múltiplos do Tejo e Oeste, proposta pela Quinta da Lagoalva de Cima, que vai possibilitar a navegabilidade do nosso rio grande desde Lisboa até a montante de Abrantes, estão reunidas as condições para que, repetimos, “O FUTURO ESTÁ NO TEJO”. Quando nos referimos à nova iniciativa da Tagus

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Vivan estamos a falar da BIENAL do TEJO que para além de incentivar as populações ribeirinhas a reaproximarem-se do seu Rio, num verdadeiro encontro do Tejo com as suas gentes e outros amigos seus, vai possibilitar aos municípios ribeirinhos e a outros parceiros, designadamente os “stakeholders” e a Sociedade Civil a participarem numa grande “Mostra” das valências e potencialidades que o Tejo possui para alavancar o crescimento económico e a criação de emprego, particularmente o Turismo da Natureza, o Agro-rural, o Sócio-cultural e Etnográfico e o Náutico. Nunca é demais lembrarmos esclarecendo que a Bienal do Tejo, cujo conceito e proposta de princípio foram criados pela Tagus Vivan para dar continuidade ao Congresso do Tejo III, e para possibilitar que a Sociedade Civil, as Tutelas e os Cidadãos portugueses e os estrangeiros passem a estar melhor informados e com mais frequência e actu-

alidade sobre o rio Tejo porque a principal razão deste evento á a de ser “Aberto” ao maior número possível de parceiros para os motivar a serem parte integrante e interessada desta iniciativa, prestando a sua colaboração ou outro contributo efectivo para a materialização dos diversos componentes a enquadrar no vasto programa geral pró-activo das actividades, e não serem apenas assistentes, observadores ou interlocutores, para que esse programa possa ser cabalmente cumprido com qualidade e elevação, quer técnica e científica, quer cultural, erudita ou cívica, actividades que devem ser complementadas por outras de animação, quer de dentro para fora do rio, quer de fora para dentro, para estimularem as populações ribeirinhas a reencontrarem-se com o seu Tejo, e a interessarem-se mais por ele, porque ninguém ama ou protege o que desconhece. Trata-se portanto de um Evento cuja principal con-


Notícias do Mar

dição é a da localização de cada edição ser alternada geograficamente, com a periodicidade de dois em dois anos, e que garanta uma continuidade cíclica e regular da sua realização futura ao longo do corredor fluvial do Tejo português, o que tem todas as características e atributos para ser elevada ao nível de uma BIENAL do TEJO. 1- O programa global e pró-activo da BIENAL do TEJO deve ser construído em conjunto com o Município anfitrião eleito, tendo por base o conceito e proposta de princípio criado pela Tagus Vivan cabendo à edilidade oferecer todas as condições e o apoio logístico para a materialização global do evento, que passa a ser considerado de sua iniciativa, que deve contar também com a colaboração dos parceiros aderentes bem assim como outros que o anfitrião entenda convidar, programa esse que pode e deve ser enriquecido com as tradições locais ou regionais dessa (as) frente (s) ribeirinha (s). 2- As actividades interactivas do programa global desta Grande Festa do Tejo que a BIENAL representa, devem ser desenvolvidas durante o mês de Junho (30 dias), onde devem ter

lugar Encontros, Fóruns, Conferências e Workshops, Exposições, Mostras, Feira gastronómica e etnográfica, Visitas de formação, Artes e Autores, Animação turística, Arraiais, Concertos, Festivais Desportivos e outros preferencialmente náuticos, e eventualmente outras actividades que venham a considerar-se também de interesse. 3- Relativamente às edições da Bienal do Tejo e à sua continuidade, serão regidas por princípios e normas a estabelecer entretanto durante o período de apreciação e crítica desta proposta de princípio, sendo que a Tagus Vivan propõe à partida as seguintes: I- Após a primeira Bienal a eleição do Município anfitrião, respeitando a alternância geográfica, deve

acontecer na Sessão de Encerramento da Edição anterior, entre os Municípios Ribeirinhos que se candidatarem entretanto para o efeito, candidatura que deve ser enviada previamente à Tagus Vivan, por e-mail dirigido ao endereço: tagus. vivan@gmail.com. II- Se não houver candidatos para a Bienal seguinte, caberá à Tagus Vivan convidar o próximo Município anfitrião porque como foi esclarecido anteriormente, este evento foi criado para ter uma continuidade cíclica e regular garantida da sua realização futura, pelo que deve prosseguir no tempo sem fim determinado. 4- A Tagus Vivan entende que é desta forma que consegue encontrar uma resposta ao desafio que assumiu de “O Que Fazer Deste

Tejo, e Como?” para que possa satisfazer o interesse manifestado pela Sociedade Civil na Sessão de Encerramento do Congresso do Tejo III, de se manter informada com mais actualidade e frequência sobre o nosso maior Rio por via da BIENAL do TEJO porque, quer durante o período de tempo que leva a preparar a próxima edição, quer durante o período de tempo necessário para tirar as conclusões da anterior, o que acaba por praticamente ligar-se ao início da preparação da seguinte, vai ser possível continuar a falar-se e a discutir-se o Tejo porque a Tagus Vivan garante que vai manter mensalmente o país ao corrente da evolução do processo. VIVA A BIENAL, VIVA O TEJO!

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Notícias do Mar

Tagus Vivan

Texto João Rocha

Conclusões do Congresso do Tejo III

Tomada de Água na Valada no Rio Tejo Conflitos de usos e Gestão com participação da sociedade As necessidades de água em Portugal e Espanha, tendo em consideração as áreas das bacias, a popu-

lação e as áreas regadas, e ainda os usos consumptivos para a agricultura, urbano, indústria, pecuária, podem ser comparadas, cabendo a Portugal 1346 hm3 e a Espanha 2799 hm3. No futuro devem ser tidas em conta as

Rio Tejo na estiagem visto das Portas do Sol, Santarém 46

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previsões de vários cenários de alterações climáticas, podendo fazer decrescer o escoamento anual, de -14% a -25%, bem como devem ser feitas as comparações dos balanços hidrológicos em regime natural e com alteração climática e as modelações dos escoamentos mensais. O maior consumo de água ocorre na agricultura. O regadio não cresceu, só consolidou, na ordem dos 140 000 ha. A água proveniente de Espanha é dependente das boas relações entre países, e será importante aumentar o controlo da água em Portugal, nomeadamente, no rio Ocreza, com a construção da barragem do Alvito. O acréscimo de regadio implica investimentos, sendo necessário repensar o desenvolvimento, os seus custos e a inserção na política Europeia. O consumo prioritário é o de abastecimento urbano. O sistema de abastecimento de água, na grande região urbana de Lisboa e no Oeste, abrange 3 000 000 de pessoas, cerca de um terço da população de Portugal, em cerca de 11% dos municípios portugueses. O sistema de distribuição para Lisboa, tem 200 000 m3 de procura diária. As duas principais fontes de água estão situadas na albufeira de Castelo de Bode (80% da água), no rio Zêzere, e Valada Tejo, no rio Tejo (15% da água). Nos últimos 11 anos as perdas na rede de distribuição decresceu de cerca de 24% dos volumes captados para um mínimo de 8% em 2014. O compromisso da EPAL é continuar a assegurar uma Gestão Eficiente do Recurso, em especial aquando

de situações de escassez, e continuar a assegurar um elevado grau de resiliência às vulnerabilidades climáticas e de origem antropogénica. A produção da energia hidroeléctrica na bacia do Tejo não é a primeira prioridade na exploração das albufeiras, sendo precedida pelo consumo humano, a irrigação, a navegação e recreação, a mitigação dos efeitos da seca, o consumo industrial e pela gestão e controlo de cheias. A exploração das centrais portuguesas do Tejo é fortemente dependente da exploração efectuada nas barragens espanholas. A gestão da produção de energia, além de depender de Espanha, de acordo com as regras de exploração, pode lançar caudais articulando com os usos e necessidades. A navegabilidade no estuário depende do mercado, da avaliação económicofinanceira e da operacionalização. Existe a possibilidade em incentivar a intermodalidade marítima, fluvial e terrestre, com a meta de diminuir em 20% as ligações em transporte rodoviário de e para os portos, através da cidade e em aumentar o tráfego fluvial de mercadorias (transporte fluvial até Castanheira do Ribatejo), em articulação com outras actividades nomeadamente a náutica de recreio, a marítimo-turística e o tráfego fluvial de passageiros. Riscos (cheias, secas e poluição) e Controlo de riscos O risco é interacção entre a ameaça de acidente (proba-


Notícias do Mar

bilidade de ocorrência física), a exposição de uma comunidade (estrutura social) e a sua vulnerabilidade. Há uma necessidade de insistência para a consolidação de uma consciência de preparação para se lidar com as ameaças e há uma estratégia da EU para as acções de adaptação às ameaças, pela via das medidas estruturais e regulamentares, com incidência na atenuação do acidente. A vulnerabilidade às cheias no Tejo tem vindo a aumentar e os sistemas de Vigilância e Alerta de Cheias são vitais para atenuação da vulnerabilidade às cheias. Mas existe falta de informação e de dados, bem como credibilidade nesses mesmos dados. A hidrometria não tem sido suficientemente cuidada, e particularmente não tem acompanhado a evolução das estações hidrométricas (zeros das escalas), pelo abaixamento dos fundos, devido à dinâmica dos leitos aluvionares. É indis-

pensável estabelecer trocas de informação e sintonias com Espanha para a gestão de recursos hídricos, em particular de caudais, com Espanha; principalmente o amortecimento de caudais em Alcântara. As secas têm um carácter continental, sendo ainda as secas de maior duração e intensidade no rio Tejo, e na península ibérica, as dos anos hidrológicos 1944/45 e 1949/50. Poder-se-á afirmar que o Tejo é seguro. Portugal deve aprender com Espanha, no Plano Especial de Sequía (PES). Os PES são um instrumento idóneo para a gestão prudente e parcimoniosa dos recursos hídricos. No PES do Tejo são definidas as 17 Unidades Territoriais de Escassez (UTE), e para cada UTE são definidos os valores limites das várias situações de seca (pré-alerta, alerta e emergência). Portugal deveria elaborar o nosso Plano Especial de Seca para a bacia do Tejo em Portugal.

Aproveitamentos hidráulicos na bacia do Rio Tejo

Rio Tejo em cheia visto das Portas do Sol, Santarém

Duração de caudais no rio Tejo de 1944 a 1999 O Passado, o Presente e o Futuro No passado houve uma evolução dos modos de gerir os recursos hídricos, com Convénios com Espanha, em 1964 e 1968, com a Directiva Quadro da Água, no início do século XXI, de âmbito europeu, e com os vários exemplos a nível mundial. O presente revela que passamos, em geral do pior para melhor, com uma Convenção de Albufeira a balizar as relações entre estados, com a evolução da conectividade social, com redes sociais que permitem inter-

venções em tempo real por qualquer pessoa, com um muito diferente relacionamento entre administração e pessoa, e uma possibilidade de intervenção técnica muito mais actuante. A prospecção para o futuro deve ser feita com base na construção de cenários que tenham em conta as evoluções plausíveis de vários comportamentos sociais, económicos, técnicos e naturais, e principalmente, sentar à mesma mesa os vários utentes das várias valências dos recursos hídricos. E de uma acrescida participação pública.

Movimento de cidadãos na defesa do Tejo 2018 Agosto 380

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Notícias do Mar

Voo do Guarda-Rios

O Vento Não Cala a Desgraça no Caso do Tejo O Guarda Rios´(GR) está sempre atento ao que se passa no rio Tejo, tanto do lado de cá como do lado de lá, e quando o vento sopra do Leste traz-lhe algumas notícias que o deixam intranquilo porque lhe dizem que relativamente ao Tajo algo por lá não anda bem o que o leva a pensar o seguinte: Se o rio Tajo de lá é o mesmo que o Tejo de cá, e se o de lá não está bem, isso leva a crer que o que dele, mesmo o pouco que entra cá, também não deve estar melhor, não é verdade?

A mais pura água da nascente do Tejo

C

omo é sabido o GR não para, logo que lhe chegam notícias destas afina as asas e passa logo a fronteira para ir escutar e ver o que afinal por lá se passa, e constatou o seguinte: A Comunidade da Extremadura e os Regantes queixam –se da falta de água e da sua má qualidade devido a falta de caudal ecológico do Tejo no seu território dever48

se ao desvio da água mais pura da nascente feito pelo Transvase Tajo-Segura e também à água muito contaminada vinda da “Cloaca de Madrid” por estar imprópria para regar as suas culturas devido à elevada concentração populacional urbana da região da grande Madrid. As actividades económicas da Comunidade de Madrid e as áreas limítrofes de Toledo e Guadalajara dão

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origem a problemas muito significativos da qualidade da água do Tejo e das albufeiras das barragens da bacia a jusante. Apareceram milhares de peixes mortos nas águas do Tejo à passagem por Toledo atribuído à falta de caudal ecológico, e também foi proibido pelo Governo Civil de Toledo de nadar nestas águas poluídas pela falta de depuração das águas re-

siduais da Comunidade de Madrid. A própria Confederación Hidrográfica del Tajo admite que há pontos críticos na bacia hidrográfica tanto em quantidade como em qualidade, designadamente em Talavera de la Reina, cidade que tinha uma taxa de desemprego de 34% em 2016, mas o problema da poluição das águas que vêm de muito mais a montante porque a tais águas da chamada Cloaca de Madrid, do rio Jarama quando entram nas águas limpas do Tajo vindas de montante nota-se logo pela cor e pelo cheiro que vem muito poluída, têm agravado a situação. Ora, é mais que improvável que essa água contaminada não chegue à barragem de Alcântara que a debita para o Tejo Internacional, onde não é depurada, e é a mesma que a barragem de Cedilho deixa passar para Portugal. A própria Confederación admite que os sistemas de depuração actuais não são suficientes para impedir a contaminação das águas do rio Tajo. Está a haver uma querela significativa sobre o aumento do caudal do Transvase de Tajo-Segura entre o Ministério do Ambiente Espanhol que considera não haver bacias hidrográfica deficitárias e os senhores edis de Múrcia. A poluição das águas do


Notícias do Mar

Canal do transvase Tajo-Segura com água de boa qualidade Tejo espanhol deve-se aos mais variados contaminantes provenientes de medicamentos, plásticos, produtos químicos, concentrações elevadas de alquifenóis retardantes, de tintos dos têxteis, detergentes, anticorrosivos relacionados com a indústria, o que causa também a mortandade dos peixes e das aves. Perante tais cenários é mais que evidente que devemos precaver-nos e pensar seriamente que o nosso Tejo, o português, tem de ser auto-suficiente e tanto quanto sabemos o novo Projecto Tejo pode garantir que isso seja conseguido. Os Ventos de Cá Começam a Estar Favoráveis Como sabem, o GR tem vindo a acompanhar a evolução do novo Projecto Tejo e pode informar que numa primeira fase, a da apresentação da proposta de princípio do aproveitamento hidráulico de fins múltiplos do Tejo e Oeste, proposta pela Quinta da Lagoalva de Cima, que vai possibilitar também a navegabilidade do nosso rio grande desde Lisboa até a montante de Abrantes, após uma primeira reacção de alguns que parecia menos favorável, mas à medida que foram acontecendo muitos encontros onde foram feitas as apresentações e dados os

devidos esclarecimentos os ventos começaram a ser mais favoráveis, designadamente na Escola Superior Agrária de Santarém, Câmara Municipal do Gavião (a pedido deles, que querem que o projecto cresça para montante), a Ordem dos Engenheiros de Santarém, e os contactos também com os principais “players” do Tejo, a EPAL e a EDP, sendo que, com esta última, já houve duas reuniões, uma delas técnica, dado o interesse mostrado numa eventual colaboração com o Projecto, com contra partidas. Por outro lado, estará em exibição um Stand próprio na AGROGLOBAL, em Valada, em Setembro, com a participação numa das mesas redondas. Entretanto, entrou-se numa fase de angariação de fundos

A água vinda da esquerda proveniente da cloaca de Madrid a entrar no Tejo para avançar com os Estudos Preliminares necessários a dar “substância” ao Plano e a rebater algumas dúvidas colocadas pelas pessoas (água suficiente para rega, assoreamento do rio, etc.), e já se conseguiu obter 1/3 da verba necessária e os primeiros estudos arrancam em Se-

tembro. Também está-se agora a criar uma Associação para integrar pessoas e empresas que queiram participar na divulgação do Projecto, financiar estudos, etc. estando a Sociedade de Advogados Vieira de Almeida a colaborar nesta tarefa.

Água do Tejo já contaminada com a da cloaca de Madrid

Antevisão do Tejo português com caudal ecológico de água de boa qualidade para consumo humano e rega e já navegável graças ao Projecto Tejo 2018 Agosto 380

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Notícias do Mar

Tejo a pé

A história da Terra num copo de vinho

Texto e Fotografia Carlos Cupeto (ECT – Universidade de Évora)

As vinhas velhas nos quartzitos em nada fazem lembrar o Alentejo – lá em baixo está Porto Espada (Marvão).

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Pela mão de Rui Reguinga (Terrenus) celebrámos o magnifico local que nos dá um excelente vinho. 50

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o verão, por razões óbvias, o Tejo a pé faz coisas diferentes. Este ano não foram propriamente as caminhadas que nos animaram. Aproveitámos a boleia da Ciência Viva no Verão que até 15 de setembro tem centenas atividades por todo o país. Escolhemos esse néctar fantástico, de infinitos patrimónios, que dá pelo nome de vinho, para vivermos uma experiência inovadora: evidenciar a enorme geobiodiversidade do nosso país num copo de vinho. Numa breve visita à vinha é possível observar e interpretar alguns episódios da fabulosa história da Terra e tentar transpô-


Notícias do Mar

los para o vinho. O vinho é, na verdade, uma forma de expressão onde o mais importante é o lugar. Em Marvão pela mão da Terrenus (Rui Reguinga), com largas vistas, quase a mirar o Tejo, provámos a diferença do vinho de vinhas verdadeiramente velhas de xisto e quartzitos. Mais abaixo, na incontornável sub-região Borba – Estremoz, na fabulosa Adega de Borba com o Oscar Gato e o Luís Gaspar, sentimos o efeito da Serra d’ Ossa. Para lá da Serra do Mendro e depois da falha geológica de seu nome, que separa o alto do baixo Alentejo, chegamos à magnífica Vidigueira, terra de vinho. Na

Adega de Borba, provavelmente a maior cobertura verde industrial da Europa (fotografia Adega de Borba).

Quetzal, na indiscritível Vila de Frades, subimos ao monte com o José Portela e o Norberto Fialho e provámos a diferença entre o vinho lá de cima e o do vale. Três magníficas experiências em que se associou natureza, ciência, arte e cultura. Boas férias.

Quetzal (Vila de Frades – Vidigueira), a vinha, a adega e o centro de arte moderna que inclui o magnífico restaurante (fotografia Quinta do Quetzal).

Em poucos metros, do xisto para o aluvião, tudo muda.

O grupo, por entre vinhas, subiu ao monte de xisto.

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Pesca Desportiva

III Calheta Big Game Challenge na Madeira

11 Espadins Azuis e 5 Capturados

Espadim azul com cerca de 400 Kg, capturado por Eduardo Picolo

Uma fartura de espadins azuis ĂŠ o que se pode dizer no final do III Calheta Big Game Challenge, disputado no fim-de-semana de 14 e 15 de Julho, na Madeira organizado pelo Clube Naval da Calheta, durante o qual 11 foram vistos e capturaram-se 5.

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Pesca Desportiva

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o todo participaram dez embarcações, com um total de 50 concorrentes. Do Continente participou a Equipa Barca Velha que conquistou o 2º lugar, com Eduardo Picolo como capitão, acompanhado por Luís Leite, João Baptista Fernandes e Vitor Ferreira, na embarcação “Xaréu”. Tal como é habitual na sexta-feira, com a reunião dos capitães de equipa, teve o início oficial da prova, e no sábado a competição arrancou pela manhã, momento em que as embarcações largaram do Porto de Recreio. Para a pontuação contavam os espadins e também os atuns, porém todos procuravam o ataque de um espadim azul, porque é o que dá maior luta, constitui troféu e dá mais pontos. Um espadim azul é capturado para depois ser libertado. Apenas se mete a bordo um espadim se estiver morto quando chega sem vida à borda do barco. Libertado vivo vale 1.600

Americano Matthew Bowman, vencedor capturou três espadins azuis pontos. Esta operação e a reanimação do espadim tem que ser filmada, para provar que o peixe é libertado vivo. Quando estão mortos é obrigatório levá-los para terra.

Conforme os regulamentos das provas, ainda valem pontos, mas pouco. A pontuação é valorizada sempre que a captura não implique a morte do peixe. O objecti-

vo principal é capturar, filmar e devolver ao mar, Logo no primeiro dia a primeira embarcação a fisgar um exemplar foi o “Grander”, equipa capitaneada

Eduardo Picolo 2018 Agosto 380

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Fotografia: Dmitry Gorbunov

Pesca Desportiva

Durante a prova foram vistos 11 e 5 capturados

pelo americano Matthew Bowman que deu dois alertas de outras tantas capturas, a primeira das quais com um peixe no anzol às 11h21 soltando-o às 11h36. Seguiram-se mais duas capturas desta feita pelo “Xaréu” e pelo “Omega1”. No Domingo a tripulação do “Grander” capturou mais um espadim azul também com cerca de 317 Kg, para juntar aos dois que tinha conseguido no Sábado., sagrando-se com os três espadins zuis vencedor da III.ª edição do ‘Calheta Big Game Challenge’. Em 2º lugar terminou a Equipa Barca Velha que no “Xaréu” capturou o segundo espadim azul no primeiro dia de prova, classificação dada

Os espadins são capturados para depos serem libertados

Porto de recreio da Calheta 54

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pelo regulamento da prova. Segundo Eduardo Picolo “Era espadim muito grande talvez com cerca de 400 Kg. Venho cá todos os anos, e fico uma temporada para pescar. A Madeira tem condições fantásticas para a prática da modalidade” Feliz e extremamente satisfeito estava Mathew Bowman, o capitão do “Grander”, pela sua equipa ter conseguido sair vencedora no Calheta Big Game Challenge e elogiou o trabalho da organização, sublinhando as condições ímpares que os mares da Madeira possuem: “Foi excelente. Todos os anos vimos cá para pescar, desta vez tivemos sorte em fisgar três Blue Marlins, o maior tinha aproximadamente 317 Kg” David Pereira, presidente do Clube Naval da Calheta, exultava “ A prova foi um êxito, sobretudo por em dois dias terem surgido 11 espadins azuis, cinco dos quais foram fisgados, contando para a pontuação final, o que é verdadeiramente excepcional. Isto foi um grande dia e uma grande promoção do evento tanto para a Calheta como para a Região. A economia local assume um cariz muito importante sobretudo pelo facto de muitos dos elementos das equipas estarem baseados na Calheta há cerca de dois meses e isto implica maior movimento ao nível da restauração, hotelaria, bem como para outros sectores de actividade. Anunciar peixes com o tamanho como o nosso torneio registou este fim-de-semana é factor determinante para que a Madeira e a Calheta, em particular, sejam reconhecidas no estrangeiro”.


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Pesca Desportiva

Pesca Embarcada

10 Dicas Fantรกsticas que os Vรฃo Ajudar Apanhar Mais Choco!

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Pesca Desportiva

Texto e Fotografia: Ricardo Beja Caetano (www.youtube.com/ricardobejacaetano) / Mundo da Pesca

Verdadeiro apaixonado por pesca, Ricardo Beja Caetano divide-se por vários tipos de técnicas, sendo a chumbadinha às douradas uma das suas técnicas de eleição. No entanto, quando os chocos abeiram, não perde a oportunidade de “fazer o gosto ao dedo” e, como é seu hábito, deixou uma série de dicas em tom de revisão de final de época para que ainda este ano ou na próxima temporada apanhe uns chocos para o petisco. Palavra ao mestre Beja..

C

omo sabem a pesca do choco tem ganho, nos últimos anos, centenas de adeptos.

É uma pesca que se realiza todo o ano, mas tem maior incidência de março a maio, devido ao facto deste en-

trar no rio para a desova. É uma pesca super aliciante, divertida e que nos deixa completamente viciados.

Para vos ajudar nas capturas, vou dar aqui 10 dicas que considero super eficazes para apanharem estes

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Pesca Desportiva

1 - A cana de pesca divertidos e saborosos cefalópodes. 1 - A cana de pesca Esta deve ser de fibra e tem de ser parabólica, para quando fizermos a ferra-

gem, o choco não se rasgar nos bicos do palhaço e, consequentemente aguentar as arrancadas do mesmo, quando ele se enche de água e se tenta libertar, recorrendo ao seu magnífico

sistema de propulsão. 2 - O carreto de pesca Deve ser leve e deve prevalecer a força em detrimento da velocidade. A medida

(4000) é a que uso e julgo ser a melhor para este tipo de pesca. Ao realizarmos a ferragem devemos manter uma velocidade constante e não muito rápida, parando sempre que o choco se tenta libertar, usando a propulsão. 3 - O fio do carreto Muita gente é apreciadora do uso de mono no carreto e tem bons resultados. No meu caso prefiro usar multifilar com uma baixada de mono com cerca de 5 metros. O mono, a poucos metros de fundura, é realmente bastante bom, mas quando vamos para a profundidade, a elasticidade que este tem pode não permitir uma boa ferragem. É óbvio que aquilo que escrevo se baseia na minha experiência e nos resultados que alcancei.

2 - O carreto de pesca 58

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4 - A montagem Há algumas de que poderia


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Pesca Desportiva

é diferente.

4 - A montagem falar, mas aquela que uso é, talvez, a mais eficaz. Penso que a foto fala por si. 5 - Os palhaços Como sabem este pequeno artefacto, normalmente em forma de camarão é, sem dúvida nenhuma, o mais importante nesta pesca, pois é nele que os chocos estão focados. No entanto, a escolha do palhaço nem

sempre é fácil! Normalmente começo por usar de cores diferentes nas várias canas (azuis, rosas, laranjas e verdes) e vou tirando as minhas conclusões. Nem sempre o caro é bom e eficaz! Por vezes, aquele palhacinho de 1 euro que tens na caixa faz milagres e eu assumo que sou o fã nº 1 desse tipo de palhaços. Simplesmente fazem parte do meu top e da

minha caixa. Sou incapaz de ir para a pesca sem eles! Aconselhem-se com amigos que pescam há mais tempo, relativamente à compra dos melhores palhaços. No mercado há palhaços muito bons a preços muito acessíveis e, às vezes, os mais caros nem sempre são os que mais chocos apanham. Muitas vezes, o que funciona bem num dia, no outro já

6 - Em ação de pesca Quando iniciamos a pesca, temos de ter em consideração que a deriva que fazemos, em consequência do vento ou da corrente, não pode ser demasiado rápida (máximo 2 nós). Caso isso aconteça, a pesca fica condicionada, uma vez que o choco tem tendência para não “atacar” o palhaço. Nessas situações é indispensável o uso do “pilão”, que não é mais do que um peso com vários quilos preso a um cabo e ao barco, que ao arrastar pelo fundo vai travando o andamento do mesmo e possibilitando que a pesca continue. Durante a pesca, se a deriva tiver uma velocidade adequada, só precisa de tocar nas canas quando vir a ponteira vergada e para ferrar. Vejo, muitas vezes, o pessoal com as canas na mão a animarem, mas sinceramente considero um

5 - Os palhaços 60

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Ricardo Beja Caetano com um belo exemplar capturado desperdício de energia, a não ser que a água esteja parada devido à ausência de corrente ou vento. Aí sim, temos de animar os palhaços porque só assim os chocos se atrevem a atacar as suas presas. 7 - A atividade do choco Por diversas razões (temperatura da água, correntes, chuvas, vento…) o choco nem sempre tem a mesma atividade a alimentar-se. Num momento não sente nada, como de repente começam a “comer” como se não houvesse amanhã. Se estiverem algum tempo, sem atividade, não desesperem porque faz parte. Aguardem e continuem a insistir porque eles acabam por aparecer! Quando aparecem, temos de ser rápidos e eficientes. Aprendi a não inventar muito! Se eles estão embeiçados por uma determinada cor, então dêem-lhes essa cor! Não inventem! Nada de trocar de palhaços para

experimentar. É aquela que eles querem? Então, é a que lhes têm de dar. Nestas alturas e se estiver a pescar com 2 ou 3 canas é muito normal terem chocos em todas. É lindo quando o choco está assim! Nestas alturas e, para quem é menos experiente, há a tendência para estar sempre a pedir o xalavar, um erro crasso que explico na dica seguinte. 8 - O uso do xalavar Tenho reparado no meu barco e noutros que o pessoal, sempre que ferra um choco, seja grande ou pequeno, pede o xalavar. Já pensaram no tempo que perdem ao utilizá-lo? Para além disso estão constantemente a incomodar o vizinho do lado que deixa de apanhar para poder meter o vosso choco no xalavar. Não faz sentido! Lembrem-se: o xalavar é um auxílio à pesca, mas nem sempre é necessário; só em caso de extrema necessidade deve ser usado 2018 Agosto 380

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Pesca Desportiva

6 - Em ação de pesca (choco grande ou choco abraçado). Por norma, se houver uma ferragem eficaz, o choco vem bem preso. Em 95% das vezes que tiro um choco, dispenso o xalavar. Agora podem perguntar-me: “Não perdes choco?”- Claro que perco, maioritariamente antes de o ver, ou seja, na subida. Quando está visível, vejo logo como ele vem agarrado ao palhaço e é muito raro perdê-lo nessas circunstâncias. Outra boa dica que vos fará perder menos tempo, caso não consigam evitar o uso do xalavar, é encurtar a fundura da rede do xalavar (cesto). Estes utensílios têm, por norma, uma rede enorme e os bicos do palhaço têm muita tendência para ficarem aí presos! É um autêntico martírio o tempo que se perde só para tirar o palhaço do xalavar.

7 - A atividade do choco 62

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9 - Escova de dentes “A Arma Secreta”- Pode não parecer, mas este utensílio é importantíssimo, na pesca do choco. Faz parte do esto-

jo de “primeiros socorros” ao palhaço! Quando apanhamos um choco ou mesmo quando o deixamos fugir, temos de dar especial atenção aos bicos do palhaço. Se aí ficar “carne do choco” e lançarmos para dentro de água, é muito natural que o


Pesca Desportiva

8 - O uso do xalavar choco não se atire; ele deve ter algum tipo de sensor que diz: “não posso comer isto”. Então, só há uma solução, puxar pra cima e com a escova limpar muito bem os bi-

cos. Simples, não acham? 10 - Agarrar e acondicionar o choco Pode parecer ridículo, mas

9 - Escova de dentes 2018 Agosto 380

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Pesca Desportiva

10 - Agarrar o choco esta dica é espantosa! Muitos de vocês não sabem como agarrar o choco e quando o agarram, acaba por largar o ferrado, sujando tudo: roupa, material, barco, ficam, como se costuma dizer... Camuflados! Outras vezes, esquecem-se do bico

que ele tem e pimba… abrelhes um buraco na mão. Para evitar tudo isso façam o seguinte: de uma só vez agarrem o choco por trás, na seiba (carapaça), depois apertem-no até ele largar a água toda que tem dentro e, por fim, coloquem num balde

que seja fechado. Caso contrário, o choco vai continuar a mandar tinta por todo o lado e fica uma javardice. Poupam bastante tempo a limpar o barco se seguirem estes procedimentos. A outra solução, mas mais trabalhosa, é terem uma esponja e bas-

10 - Acondicionar o choco 64

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tante lixívia para o deixarem a brilhar de novo! Como podem ver na imagem, o choco não me deu tempo de nada... quando vinha em voo, já me estava a bombardear! “Quem vai à guerra dá, mas também leva!” Para terminar... Para finalizar, queria só dizer que tudo o que escrevi se baseia na minha experiência, não fui buscar informações a lado nenhum. Se encontrarem algo que não vos agrada ou que acham não ser assim, lamento mas não sou doutorado na pesca do choco. Apenas transmito como faço e como pesco. Desejo que o artigo seja útil a muitos de vocês e que para o ano possam meter em prática o que aqui sugeri. Um bem-haja a todos, com muito choco e façam-me um pequeno grande favor: não atirem lixo para o mar, ele não merece ser tratado com tanto desrespeito! Abraços a todos!


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Vela

Campeonato Mundial da Juventude Classe 420

Equipa Caravela Seguros de Lagos no Top 10

Manuel Fortunato e Frederico Baptista no Campeonato Mundial da Juventude Equipa Caravela Seguros com velejadores do Clube de Vela de Lagos da Classe 420 terminaram em 9º o Campeonato Mundial da Juventude.

M

anuel Fortunato e Frederico Baptista, ambos de 17 anos de idade, vele-

jadores da classe 420, a representar o Clube de Vela de Lagos, foram a única tripulação masculina Portuguesa

da classe 420 apurada para o campeonato World Sailing Youth Worlds, que decorreu em Corpus Christi, EUA,

Manuel Fortunato e Frederico Baptista 68

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entre 14 e 21 de Julho. Na sua primeira experiência em campeonatos mundiais da classe, a dupla terminou no 9º lugar entre as melhores tripulações juniores do mundo. Os World Sailing Youth Worlds destacam-se dos outros campeonatos da modalidade por serem a mais importante prova do escalão júnior, podendo comparar-se aos Jogos Olímpicos de vela para atletas até aos 18 anos de idade. Todos os equipamentos são fornecidos pela organização, sendo iguais para todos os velejadores da mesma classe, promovendo a igualdade, desportivismo e partilha de experiências. Os velejadores do Clube de Vela de Lagos foram acompanhados pelas parceiras de treino, Beatriz Gago


Vela

Manuel Fortunato e Frederico Baptista no Europeu de Juniores em Sesimbra

e Marta Fortunato (também velejadora do CVL), por outros velejadores das classes Laser e RSX, e pelos treinadores Pedro Ambrósio, um dos mais conceituados treinadores de 420 em Portugal, e João Rodrigues, atleta Português com mais presenças em Jogos Olímpicos (7 edições). A terminar a segunda

época nesta classe de transição para classes olímpicas como o 470 e 49er, a equipa tem tido uma evolução muito positiva e notória, em comparação com os resultados internacionais obtidos na época anterior. A equipa Caravela Seguros segue agora para Newport, Rhode Island, EUA, onde vai disputar o seu primeiro campeonato mundial absoluto da classe 420, entre 7 e 15 de Agosto, para isso sido apurada enquanto 2ª classificada do ranking absoluto nacional da época 2017/2018. Assim, a equipa irá partici-

Manuel Fortunato e Frederico Baptista no Campeonato Mundial da Juventude

par em todos os campeonatos internacionais da classe 420 para a presente época desportiva, a saber: - Campeonato Europeu de Juniores – 3 a 11 Julho, Sesimbra – 17º lugar na frota júnior (98 participantes) --20 18junioreuropeans.420sailing .org/en/default/races/race. - World Sailing Youth Worlds 2018 – 14 a 21 Julho, Corpus Christi, TX, E.U.A. – 9º lugar (23 participantes) - www. worldsailingywc.org/ - Campeonato Mundial Absoluto – 7 a 15 Agosto, Newport, RI, E.U.A. 2018worlds.420sailing.org/

en/default/races/race. A equipa tem o apoio fundamental do Clube de Vela de Lagos, a sua base de treino, da Caravela–Companhia de Seguros, S.A., o patrocinador principal, da Azimute Seguros; Lda., da Real Peritos, da Alpha Ropes e do restaurante Nah Nah Bah Lagos, a quem agradece a generosidade e confiança neles depositada. Mais informações disponíveis em: - Facebook - Manuel Fortunato/Frederico Baptista Sailing Team - Instagram - www.instagram.com/fortunato_baptista/

Manuel Fortunato e Frederico Baptista no Europeu de Juniores em Sesimbra 2018 Agosto 380

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Vela

Equipa do CIMAV / Clube de Vela de Lagos Classe 420

Equipa no Campeonato Mundial da Juventude

Beatriz Gago e Marta Fortunato no Campeonato Mundial da Juventude Atletas do Clube Internacional da Marina de Vilamoura e do Clube de Vela de Lagos da Classe 420 no Campeonato Mundial da Juventude

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Beatriz Gago e Marta Fortunato na mais importante prova do escalão júnior 70

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s atletas Beatriz Gago (16 anos) e Marta Fortunato (14 anos), campeãs de Portugal Juniores e Absolutas da Classe 420, a representar, respectivamente, o CIMAV (Clube Internacional da Marina de Vilamoura) e o Clube de Vela de Lagos, fecharam a participação no campeonato mundial World Sailing Youth Worlds em 15ª lugar. Na sua primeira experiência em campeonatos


Vela

Português com mais presenças em Jogos Olímpicos (7 edições). Segue-se o Campeonato Mundial Absoluto e Sub-17 da classe 420, entre 7 e 15 de Agosto, em Newport, Rhode Island, EUA, onde a equipa participa na categoria sub-17. A equipa agradece o

mundiais da classe, tendo sido apuradas após terem vencido o ranking feminino júnior, assim, a única vaga disponível para Portugal, as velejadoras atingiram o 15º lugar apesar das condições adversas (vento forte e ondulação acentuada) e da pouca experiência face a adversárias com mais 2 anos de prática na classe. Os World Sailing Youth Worlds, que este ano decorreram em Corpus Christi, EUA, entre 14 e 21 de Julho, destacam-se dos outros campeonatos da modalidade por serem

a mais importante prova do escalão júnior, podendo comparar-se aos Jogos Olímpicos de vela para atletas até aos 18 anos de idade. Todos os equipamentos são fornecidos pela organização, sendo iguais para todos os velejadores da mesma classe, promovendo a igualdade, desportivismo e partilha de experiências. Os atletas Portugueses foram acompanhados pelos treinadores Pedro Ambrósio, um dos mais conceituados treinadores da classe 420 em Portugal, e João Rodrigues, atleta

apoio dos seus clubes, da Companhia Náutica e da Alpha Ropes. Mais informações disponíveis em: - Facebook: Beatriz Gago & Marta Fortunato - Instagram w w w. i n s t a g r a m . c o m / gago_fortunato/

Beatriz Gago e Marta Fortunato campeãs de Portugal Juniores e Absolutas da Classe 420 2018 Agosto 380

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Surf

Euro Junior – Europeu de Surf em Santa Cruz

Fotografia Tiago Segurado

Equipa de Portugal conquistou o 3º lugar

Portugal em 3º Conquista Vários Pódios Portugal conseguindo levar 11 atetas às finais, demonstrou a sua força na modalidade e ter dominado a semana do Euro Junior, que se disputou entre os dias 22 a 29 de Julho na Praia de Santa Cruz, organizado pela Federação Portugesa de Surf, terminando em 3º com a França em 1º e a Espanha em 2º.

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articipararam no Euro Junior 17 seleções e cerca de 200 atletas. A equipa de Portugal era formada por vatorze elementos. No Surf com Diogo Martins e Salvador Couto em sub 18, Mafalda Lopes (sub18) e Franciscca Veselko (sub14) em feminino e ainda João Mendonça (sub 14). No Bodyboard Portugal esteve representado por Miguel Fer-

reira e David Cotter Vedor em sub 18, Joel Rodrigues e Pedro Ferreira em sub 16 e Filipa Broeiro em feminino. António Dantas foi o representante de Portugal.no longboard. Os portugueses dominaram o longboard e bodyboard logo no primeiro dia do Eurojunior No bodyboard de sub18, Miguel Ferreira foi o primeiro

Filipa Broeiro campeã da Europa de bodyboard sub-18. 72

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português a entrar na água. O bodyboarder terminou a bateria em primeiro lugar com 9,65 pontos, Na segunda ronda, o atleta alcançou a segunda posição na bateria, vencida pelo francês Yon Aimar. David Cotter Vedor distinguiu-se desde o primeiro momento e somou 10,75 pts. Na segunda ronda venceu com 11,65 pontos. Nos sub16, Joel Rodrigues fez um dos melhores heats do dia e conseguiu mesmo a melhor pontuação para Portugal com 13,50 pts. Pedro Ferreira perde a primeira posição e termina com 8,60 pts. No quadro feminino, Filipa Broeiro conseguiu 10,75 pontos na primeira ronda e, na parte da tarde, voltou a mostrar o que vale ao liderar a bateria desde a primeira onda frente a Itália e Irlanda. Terminou com 11 pts, uma diferença de 7,95 pts em relação à italiana Giada Legati. António Dantas, único atleta de longboard em prova, registou 8,90 pontos na pri-

meira fase, o que lhe garantiu o primeiro lugar no heat. O português fechou em grande este primeiro dia de competição na primeira posição com uma pontuação de 11,50 pts. No segundo dia do Eurojunior, primeiro dia dedicado ao surf, os 6 surfistas portugueses apuraram-se para a segunda ronda e 2 atletas de sub16 ficaram na terceira fase do campeonato. Mafalda Lopes, atleta de sub18, foi a primeira portuguesa a disputar ondas e vence com 10,4 pontos. Também Franciscca Veselko (sub14) dominou o seu heat e conquistou o primeiro lugar com uma pontuação de 8,65. João Mendonça, atleta de sub14, arrecadou o primeiro lugar na bateria com 13,35 pts, remetendo a Escócia para a segunda posição com 7,65 pts. Diogo Martins e Salvador Couto competiram no escalão de sub18. Diogo foi ultrapassado pelo sueco Portelli e terminou a prova em segundo lugar com 10,95 pontos.


Surf

António Dantas campeão europeu de Longboard sub-18. Já Salvador Couto enfrentou um mar difícil e com poucas ondas mas saiu vitorioso com um score de 7 pts. Na categoria de sub16, Guilherme Ribeiro e Afonso Antunes venceram os heats na primeira ronda com 13 e 11,45 pontos, respetivamente. Voltaram a competir na parte da tarde e repetiram a boa prestação. Guilherme isolou-se no primeiro lugar com 12 pontos, uma diferença de 5 pts em relação ao francês Sam Pitier que ficou na segunda posição. Afonso bateu os adversários com 9,70 pontos e avança também para a terceira ronda. Os atletas de bodyboard e longboard, não competiram nesse dia. Filipa Broeiro sagra-se Campeã Europeia de Bodyboard A seleção nacional teve um dia excelente, ao ver a sua atleta Filipa Broeiro conquistar o primeiro título europeu, sagrando-se a nova campeã da Europa de bodyboard sub-18. Paralelamente Portugal teve a sua primeira baixa com Diogo Martins que, após passar às repescagens, não

conseguiu passar a sua bateria tendo alcançado o nono lugar desta prova. Martim Nunes e João Mendonça atletas de surf sub-14 passaram à fase seguinte que aproxima ambos da final. Afonso Antunes e Guilherme Ribeiro, ambos sub16, passaram os seus heats e ajudaram, a que a vitória no europeu estivesse mais perto de se concretizar. Também a surfista Francisca Veselko (sub18) dominou as repescagens, passando à fase seguinte, assim como Salvador Couto que ficou mais perto de lutar pelo título junto dos atletas do quadro principal. Também o bodyboard masculino se destacou com os dois atletas sub-16 Joel Rodrigues e Pedro Ferreira a passarem à próxima grande etapa. David Vedor, atleta de bodyboard sub18 passou na sua bateria e Miguel Ferreira foi menos felizardo passando para as repescagens, mas continuando em competição. Europeu Júnior de Surf foge a Portugal nas finalíssimas A seleção nacional levou 11 atletas às finais, dos 14 que

Mafalda Lopes vice-campeã europeia sub-18 constituíam a equipa. As finalíssimas começaram com uma grande vitória para Portugal após António Dantas sagrar-se campeão europeu de Longboard sub18. João Mendonça e Martim Nunes, os dois atletas de surf sub14, competiram no mesmo heat das finais acabando por alcançar o terceiro e quarto lugar do pódio sub-14. A má sorte nos resultados atingiu também os dois atletas de surf sub-16 Guilherme Ribeiro e Afonso Antunes, que obtiveram também eles o terceiro e quarto lugar no seu heat. Mafalda Lopes a única surfista feminina ainda em competição, sagrou-se

vice-campeã europeia sub18 e reavivou a esperança para a equipa lusa. David Vedor e Miguel Ferreira, os dois atletas de bodybard sub-18 na final, lutaram até ao fim mas os adversários levaram mais uma vez os primeiros lugares na bateria e acabaram com o sonho europeu. “Foi um campeonato muito bem disputado, Portugal esteve em primeiro lugar em todos os dias da competição. Acabamos com dois campeões europeus, longboard e bodyboard e uma vice-campeã europeia”, conclui João Aranha, presidente da Federação Portuguesa de Surf.

João Mendonca 3º lugar surf sub-14 2018 Agosto 380

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Fotos: Pedro Lopes

Quicksilver Abre Loja na Praia de Carcavelos

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pós o concurso publico de ideias realizado pelo Clube desportivo da Quinta dos Lombos (CRCQL) e sob liderança da CMC a Quiksilver abriu no passado dia 21 de Julho a sua loja oficial da marca na icónica praia de Carcavelos. Situada na zona da praia conhecida pelo “Calhau” a marca instala-se assim na praia e na zona onde começou o surf em Portugal. Em parceria com o Clube dos Lombos (CRCQL), e no mesmo edifício onde está a sede do Clube para as modalidades surf e Bodyboard, bem como a Federação Portuguesa de surf e a loja do Bana, acontece assim a requalificação de mais uma parte do mítico edifício do Narciso, naquele que é um reconhecido como um dos mais carismáticos spots de surf de Portugal. O que vai totalmente de encontro á estratégia da marca de se instalar em sítios

míticos para o surf, Skate e snowboard como já acontece com as flagships stores da Ericieria, Hossegor, Chamonix e Barceloneta. Com 270m2 de área útil, podese encontrar nesta loja as 3 marcas do grupo Boardriders – Quiksilver, Roxy e DC, assim como toda a gama de produtos incluindo os boardshorts, bikinis, fatos de surf, pranchas, etc... destas marcas. Por estar situada no paredão da praia, pode-se ainda aqui encontrar uma grande variada oferta de skates, carvers e long skates. Como já acontece com a loja Boardriders da Ericeira esta nova loja será também o polo central da comunidade do surf de Carcavelos e da linha do Estoril.

calçados e acessórios de marca para Boardriders em todo o mundo. As marcas de roupas e calçado da empresa representam um estilo de vida casual para pessoas jovens que são inspiradas pela paixão dos desportos ao ar livre. As marcas Quiksilver, Roxy, DC Shoes, entre outras, da empresa possuem raízes e herança autênticas no surf, neve e skate. Com aproximadamente 10.000 clientes em

todo o mundo, os produtos da Empresa são vendidos em mais de 110 países numa ampla variedade de lojas, incluindo: lojas de surf, lojas de skate, lojas de neve, lojas bandeira, as Boardriders, e através de vários canais de comércio eletrónico. Para obter informações adicionais, visite os sites da marca em: www.quiksilver. com, www.roxy.com, www. dcshoes.com

Sobre a Boardriders, Inc. A Boardriders, Inc. é a empresa líder mundial em desportos de ação e estilo de vida, que projeta, produz e distribui vestuário,

Director: Antero dos Santos – mar.antero@gmail.com Director Comercial: João Carlos Reis - noticiasdomar@media4u.pt Colaboração: Carlos Salgado, Gustavo Bahia, Hugo Silva, José Tourais, José de Sousa, João Rocha, João Zamith, Mundo da Pesca, Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas, Federação Portuguesa de Motonáutica, Federação Portuguesa de Pesca Desportiva do Alto Mar, Federação Portuguesa Surf, Federação Portuguesa de Vela, Associação Nacional de Surfistas, Big Game Club de Portugal, Club Naval da Horta, Jet Ski Clube de Portugal, Surf Clube de Viana, Associação Portuguesa de WindSurfing Administração, Redação: Tlm: 91 964 28 00 - noticias.mar@gmail.com

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