Notícias do Mar n.º 374

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Notícias do Mar

Redes de emalhar de fundo abandonadas provocam sobre-pesca

é que a plataforma continental portuguesa, que vai do litoral até aos 200 metros de profundidade, com cerca de 40 milhas na parte mais larga e apenas cerca de 18 milhas na Costa Vicentina, está pejada de redes de ema-

lhar de fundo, que muitos armadores só levantam para capturar algumas lagostas e o peixe da última maré para garantir os 5% de crustáceos como pesca acessória. São redes que funcionam como sobrepesca e são toneladas

de peixe que se deita fora todos os dias. Sobre este assunto o Notícias do Mar fez várias perguntas ao Chefe do Estado-Maior da Armada e publicou na edição nº. 351 o seguinte artigo: “Marinha Não Fis-

Um barco destes pode ter quilómetros de redes para levantar e só as levanta de vez em quando 12

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caliza Redes de Emalhar de Fundo”. A resposta que recebemos do CEMA foi “As unidades navais da Marinha, não têm meios para fiscalizar as bóias que assinalam as redes que estão no fundo, para se saber se lá estão mais de 24 horas, pois não podem ficar paradas ao lado das bóias à espera que apareça um barco. A legislação devia ser mudada e obrigar os armadores a colocarem respondedores AIS nas bóias e assim facilmente sabíamos quando as redes tinham sido colocadas e onde. As redes que ficassem mais de 24 horas eram levantadas e os pescadores acabavam por não deixar que elas ficassem mais tempo. É o Ministério do Mar que tem que legislar sobre a obrigação de colocar esses respondedores


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