Notícias do Mar n.º 368

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Notícias do Mar

Tagus Vivan

Crónica:Carlos Salgado

Com os Olhos no Futuro… Olhar o presente com os olhos postos no futuro é objectivamente a orientação que o Congresso do Tejo III está determinado a seguir, com o objectivo de obter os resultados almejados, evento este, cujo programa temático está a ser preparado desde o ano de 2015 pela mão da Tagus Vivan, a Confraria Cultural do Tejo Vivo e Vivido, fundada em 2012, para ser a legítima continuadora da obra de 25 anos da Associação dos Amigos do Tejo

C

om efeito, é a partir de um olhar amplo das circunstâncias do presente que se conseguem obter resultados positivos para conseguir-se objectivamente, com pragmatismo e saber, encontrar soluções realistas e exequíveis para apontar os caminhos a seguir para a construção mais sólida de um futuro sustentável e sustentado do nosso maior rio, ou seja, Mais Tejo – Mais Futuro, um desígnio nacional assumido, que é a palavra de ordem deste Congresso. Essas soluções têm como principal objectivo conseguir resolver os problemas do presente e apontar os caminhos para a exigível mudança, para que, quem de direito tenha a consciência, a coragem e a visão de optar por seguir as estratégias que conduzam à tomada das medidas, que legisladas com rigor e competência, consigam obter os resultados mais eficazes para podermos legar um Tejo vivo e vivido, gerador de vida e de riqueza, às gerações vindouras. A Tagus Vivan, na qualidade de promotora deste Congresso, teve o cuidado de estrategicamente promover a realização prévia de um Ciclo de cinco Conferências Regionais preparatórias, com o prin36

cipal objectivo de conseguir que o próximo Congresso do Tejo, o terceiro, seja um verdadeiro marco da mudança efectiva para o futuro do nosso Tejo, para o que optou por desenhar e promover a realização de um CCR - Ciclo de Conferências Regionais preparatórias para conhecer e entender a realidade actual das insuficiências do Rio, por um lado, e das potencialidades por outro, de cada uma das regiões em que o Rio está dividido, a partir de jusante para montante: do Estuário, da Lezíria do Tejo, do Médio Tejo, do Alto Tejo e Tejo Internacional, e a da Navegabilidade no corredor fluvial até à fronteira, ciclo este que foi materializado com êxito, com a colaboração de parceiros, com destaque para os municípios ribeirinhos de Vila Franca de Xira, Benavente, Vila Nova da Barquinha, Vila Velha de Ródão, e outras entidade públicas e privadas ligadas ao Tejo como a CIMTEJO e as associações dos Beneficiários da Lezíria Grande de Vila Franca de Xira, e das cívicas, Pró-Tejo e Estudos do Alto Tejo, conferências essas cujas conclusões foram sendo relatadas com destaque no jornal Notícias do Mar, nosso dedicado arauto e fiel parceiro. Entendemos portanto, que nes-

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ta altura em que se está a ultimar o upgrade do programa temático do Congresso do Tejo III, com a duração de dois dias, cuja realização está prevista para a segunda quinzena de Novembro próximo, em Lisboa, com o apoio logístico de um parceiro emblemático, a designar oportunamente, consideramos de particular interesse apresentar na presente crónica, para que uns recordem e outros conheçam, uma síntese do resultado dos trabalhos de cada uma das cinco conferências do CCR, que serviram para extrair as matérias substantivas em que a elaboração do programa temático do evento se vai basear, destacando os pontos mais relevantes dos relatórios efectuados pelos relatores da Tagus Vivan e do futuro Congresso, João Soromenho Rocha e Miguel de Azevedo Coutinho: 1.ª Conferência Navegabilidade no Tejo, no auditório da Fábrica das Palavras em Vila Franca de Xira, com o apoio logístico da câmara local, no dia 19 de Novembro de 2015. Esta conferência da navegabilidade no Tejo foi dedicada genericamente à análise dos vários tipos de navegação com os objectivos da pesca, transporte de

pessoas, lazer, turismo e comercial, tendo sido apresentado um desafio ao poder político, aos empreendedores e aos operadores turísticos, a que se seguiu a descrição da situação actual da náutica de recreio no estuário do Tejo e foram apresentadas algumas propostas para melhorar os acessos das embarcações à água, que servem também de acesso das embarcações a terra. Foi apresentado o trabalho desenvolvido nas últimas décadas e as acções para manter viva a arte da navegação, nas suas várias facetas. Seguiu-se a abordagem ao enquadramento e condicionantes da navegabilidade no Tejo, que teve como objectivo a explicitação dos conhecimentos essenciais sobre um rio para poder ser enunciada e preparada a possibilidade da sua navegabilidade, a gestão do leito móvel, do caudal de navegação, da monitorização hidráulica, e a informação sobre a variação de caudais em tempo real, a implementação de um canal de navegação com a garantia de confiança, bem como as ajudas à navegação, a gestão do tráfego e a regulamentação da navegação. A segunda parte desta con-


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