Notícias do Mar n.º 344

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mente, através dos órgãos de comunicação local, regional e nacional; recuperar a qualidade de vida e a auto estima das populações ribeirinhas; encontrar formas e programas de financiamento para as empresas inovadoras que criem mais postos de trabalho, junto da banca e de caixas rurais ou regionais a criar. Os Programas Verticais devem ser dirigidos à agricultura, à indústria e ao Turismo. Relativamente à agricultura deve ser promovido o uso de novas técnicas para os diversos tipos de culturas tradicionais e de outras que devem ser ensaiadas e que tenham probabilidades de sucesso, e sejam mais compatíveis com as características de cada região da bacia hidrográfica, no-

meadamente a agricultura ecológica, a horticultura de regadio, o olival, o vinho, a silvicultura, e também para as culturas cerealíferas e outras para as energias renováveis, de sequeiro extensivo. Também pode ser interessante reactivar o cultivo de variedades agrícolas locais que tenham sido abandonadas e das quais podem ser obtidos produtos de conveniência com qualidade, nomeadamente as hortofrutícolas de paladar e aroma peculiares. No que respeita ao vinho e ao azeite deve apostar-se na qualidade seleccionando as espécies (castas) tradicionais mais produtivas e de melhor qualidade não deixando de ensaiar outras espécies diferentes doutras regiões do país e da bacia peninsular. Apostar também em pequenas adegas de produtores particulares cuja qualidade do vinho corresponda a uma garantia de qualidade da marca Tejo, e é preciso que os vitivinicultores comecem a abandonar a ideia retrógrada de considerar ou tratar o vitivinicultor vizinho como um adversário ou concorrente, porque deve passar a considerá-lo como um parceiro. Não ajuda nada que as Rotas do Vinho continuem a

ser sinalizadas de uma forma minimalista ou sem imaginação, pois como se apresentam actualmente parece que estão a convidar os turistas a adivinharem onde ficam localizadas as adegas. Deve apostar-se também na produção de queijos porque tal como acontece com o vinho, a bacia do Tejo tem variedades de queijos de características peculiares e de grande qualidade, cuja fama deve ser internacionalizada.

Quanto à indústria deve apostar-se nas pequenas empresas de transformação, inclusivamente familiares, de produtos agroalimentares provenientes das regiões e sub-regiões e na recuperação de fórmulas dos antepassados, bem assim como procurar utilizar determinados produtos para a produção artesanal de extractos de plantas aromáticas por exemplo, para a pequena cosmética. (continua no próximo jornal)

2015 Agosto 344

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