Notícias do Mar n.º 327

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Pesca Desportiva

mesma o tipo de pesca que se pretende fazer. Contudo, para os verdadeiros amantes do mar, um dia passado na procura de bons pesqueiros, mesmo sem capturas, é sempre um dia bem passado. O isco Em matéria de iscos é sabido que as preferências de cada um não coincidem com as dos restantes. Para nós, na pesca embarcada a estas espécies, o isco predominante deve ser sempre a sardinha, iscada aos troços ou em filetes; este é seguramente um isco imprescindível. Na verdade, a sardinha é um isco bastante apreciado pelos sargos que, em regra, pegam muito bem, mas ainda tem a vantagem de ser eventualmente o isco que melhor “engoda” o pesqueiro, já que ao ser constantemente atacado pelos peixes de menor dimensão, vai formando um rasto de partículas e odores que se torna altamente apelativo para as espécies pre-

tendidas que são atraídas muitas vezes a grandes distâncias. Por isso, normalmente, quanto mais tempo se pesca num mesmo pesqueiro com sardinha maior é o número de capturas que vai sempre crescendo na proporção da eficácia da “engodagem” do pesqueiro, acontecendo, por vezes, esperar-se meia hora ou mais até que entre o primeiro exemplar, o que só acontece depois da referida “engodagem”. Por outro lado, a sardinha permite fazer iscadas de certo volume, o que também é especialmente atrativo para os grandes exemplares. O grande inconveniente da utilização da sardinha radica no facto de ser um isco facilmente destruído pelo peixe miúdo e de, frequentemente, atrair ao nosso anzol safios e moreias, espécies indesejáveis no pesqueiro quando, o nosso objetivo específico, são os sargos. Conjuntamente com a sardinha, podem ser utilizados de forma alternada outros iscos,

Montagens de dois estralhos apenas, com comprimentos entre os 50 a 80 cm com linha de fluorocarbono

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