Notícias do Mar n.º 321

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Vela

Red Bull Youth America´s Cup

Jovens Portugueses Fazem História

Fotografia: ACEA/Photo Gilles Martin-Raget

A equipa Cascalense ROFF Cascais Sailing Team fez história na final da Red Bull Youth America’s Cup, em São Francisco. Com 44 pontos a equipa portuguesa, a primeira a participar num evento da America’s Cup, alcançou o terceiro lugar da classificação final da regata.

Fotografia: ACEA/Photo Gilles Martin-Raget

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O team Roff de Cascais em luta pelo terceiro lugar 2

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s jovens velejadores do Clube Naval de Cascais triunfaram na sétima da regata da série, conseguindo recuperar tempo perdido devido a uma largada antecipada. Apesar da penalidade demostraram tremenda força e agilidade ao ultrapassar oito das equipas em campo para acabar a regata em segundo lugar, atrás da equipa Suíça Tilt. Um esforço admirável que valeu nove pontos e que leva a equipa para o pódio da primeira edição da Redbull Youth America’s Cup A oitava, e última regata da série, foi cancelada devido aos ventos fortes que se fazem sentir hoje em São Francisco. A equipa ROFF Cascais Sailing Team, composta por Bernardo Freitas, os ir-


Vela

Campeonato da Rússia de SB20

Hugo Rocha Soma e Segue

H Fotografia: JoãoFerrand/JFF

ugo Rocha continua a somar triunfos. Desta feita, o velejador português venceu o Campeonato da Rússia de SB20, que decorreu em São Petersburgo. Espectacular prestação de Hugo Rocha, que fez tripulação com o russo Alexey Semenov e o espanhol Fran Palácio. Em 10 regatas disputadas, o leme nacional somou 5 vitórias. A outra tripulação portuguesa que marcou presença, José Paulo Ramada/Gonçalo Ribeiro/ Oleg Zherebtsov, foi 7ª classificada, tendo vencido a derradeira do nacional russo.

Roff Cascais Sailing Team mãos João e António Mello, Manuel Arriaga e Cunha, Ricardo Schedel, João Matos Rosa e Paulo Manso, não só alcançou o sonho de competir na final da Redbull Youth America’s Cup, como o objectivo de regressar a Portugal com um título. Dez equipas estiveram em competição, cada uma com-

posta por seis velejadores com idades entre os 19 e os 24, provenientes de oito países de todo o mundo. A prova decorreu entre os dias 1 a 4 de Setembro em São Francisco, e realizou-se sob o formato de regatas de frota - duas por dia, no mesmo circuito onde se realiza a America’s Cup, que decorre até 21 de Setembro.

Hugo Rocha venceu o Nacional da Russia sb20

As regatas foram todas feitas no formato de frota

Roff Cascais Sailing Team 2013 Setembro 321

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Vela

EDP- IX Campeonato de Portugal de Infantis

Manuel Ramos e Beatriz Gago Campeões de Portugal Manuel Ramos, do Clube de Vela do Barreiro e Beatriz Gago, do Clube Naval de Portimão, sagraram-se Campeões de Portugal e Infantis, em prova que terminou na Figueira da Foz. As três últimas regatas disputadas foram determinantes para encontrar o vencedor absoluto da prova.

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último dia de prova foi de emoções no Rio Mondego, com a realização das três derradeiras regatas do EDP – IX Campeonato de Portugal de Infantis. Foi intensa a luta entre Manuel Ramos, do Clube de Vela do Barreiro e Alex Baptista, do Clube de Vela da Costa Nova. À largada para a jornada , apenas dois pontos separavamnos na geral e, feitas as contas finais, Ramos conquistou o título em igualdade pontual com Baptista. O desempate pendeu para o lado do velejador barreirense, devido ao maior número de triunfos em regatas 3-2. Manuel Ramos venceu a 4

Clube Naval de Portimão inscreve o seu nome no Troféu Perpétuo D. António Herédia primeira, Alex Baptista a terceira, tendo Ivan Roque, da Associação Naval do Guadiana ganho a segunda. Na luta pela terceira posição Beatriz Gago, do Clube Naval de Portimão, superou o seu companheiro de equipa Daniel Gerasymchuk, e arrecadou também o título feminino. Maria Caneco, do Clube de Vela de Lagos, foi segunda classificada e Beatriz Cintra, também do Clube Naval de Portimão, ficou no terceiro posto. Por equipas, o Clube Naval de Portimão inscreve o seu nome no Troféu Perpétuo D. António Herédia, suplantando a Associação Naval do Guadiana, vencedora em 2012, e o

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Clube de Vela da Costa Nova. O EDP – IX Campeonato de Portugal de Infantis contou com a participação de 79 ve-

lejadores de 19 clubes e teve organização da Federação Portuguesa de Vela e do Clube Náutico da Figueira da Foz.

Os medalhados no Campeonato Nacional de Infantis


Vela

Campeonato da Europa de laser Standard

Gustavo Lima Melhor Português

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ustavo Lima teve um último dia de europeu verdadeiramente espectacular. O velejador nacional foi 7º e 3º nas duas derradeiras regatas do campeonato e subiu ao 16º lugar da geral. O croata Tonci Stepanovic foi o vencedor. Último dia de regatas em Dublin, República da Irlanda, e Gustavo Lima ao seu melhor nível. O velejador português alcançou dois resultados excelentes (7º e 3º) e logrou uma subida de 8 lugares na geral, acabando o Campeonato da Europa no 16º posto. Na frota de prata, Rui Silveira foi 37º, depois de ter sido 21º e 23º nas duas realizadas. Por seu turno, Eduardo Marques foi 7º na frota de bronze, tendo ocupado as 9ª e a 3ª posições nas duas do dia. No final, título para Tonci Stepanovic, da Croácia, seguido de Robert Scheidt, do Brasil e de Rutger van Schaardenburg, da Holanda. Nas contas europeias, o terceiro foi Jesper Stalheim, da Suécia.

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Vela

1º Campeonato da Europa de Nacra

Estreia sem Surpresas

Afonso Domingos e Diana Neves no Europeu de Nacra 17

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fonso Domingos/Diana Neves fizeram a sua estreia competitiva em Nacra 17. A dupla nacional marcou presença no 1º Campeonato da Europa da classe, que decorreu no Lago Como, em Itália. Depois da presença nos Jogos Olímpicos de Londres 2012 em Star e Elliott 6m-Match Racing feminino, respectivamente, Afonso Domingos e Diana Neves estiveram no primeiro europeu da classe Nacra 17. A dupla nacional cumpriu 13 regatas (27º, 43º, 37º, DNF, 19º, 19º, 31º, 28º, OCS, 26º, 27º, 18º, 14º) e foi evoluindo de forma positiva ao longo dos dias de prova. No final, a tripulação portuguesa terminou no 32º lugar. Os holandeses Mandy Mulder/ Coen de Koning sagraram-se campeões de Europa, seguidos dos franceses Moana Valreaux/Manon Audinet e François Morvan/Marie Riou. Gold Cup de Dragão

José Matoso Termina na 6ª Posição

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osé Matoso/Gustavo Lima/ Bernardo Santos foram os melhores portugueses na Gold Cup de Dragão, que decorreu em Douarnenez, França. A tripulação nacional, actual campeã da Europa, terminou na 6ª posição. Boa prestação de José Matoso/ Gustavo Lima/Bernardo Santos que terminaram a Gold Cup no 6º lugar, depois de disputadas 6 regatas. Henrique Anjos/Pedro Costa Alemão/Vasco Serpa foram 37º da geral e Patrick Monteiro de Barros/Nuno Barreto/ Rodrigo Vantacich acabaram no 49º posto. Pedro Andrade que integrou a tripulação dos suíços Hugo Stenbeck e Martin Westerdahl foi 13º e Vicente Pinheiro de Melo que esteve com Mark Hart a bordo do barco que tinha ao leme a britânica Gavia Wilkinson-Cox foi 25º. Markus Wieser/Sergyi Pugachev/Georgii Leonchuk e Yevgen Braslavets/Igor Sidirov, Sergiy Timokhov, ambos da Ucrânia ocuparam os dois primeiros lugares. Os holandeses Pieter Heerema/Theis Palm/ Hervé Connigham acabaram no 3º posto.

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Vela

Campeonato da Europa de juniores de 420

Diogo Pereira/Pedro Cruz à Beira do Pódio O Campeonato da Europa de Juniores de 420 decorreu em Pwllheli, no País de Gales. Diogo Pereira/Pedro Cruz, do Clube Naval de Cascais, foram os melhores portugueses terminando na 4ª posição.

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ão houve regatas no último dia dos europeus de juniores. Desta forma, na geral de 420 e após dez regatas realizadas Diogo Pereira/Pedro Cruz, do Clube Naval de Cascais, acabaram no 4º lugar (2º masculino) a 5 pontos do bronze conquistado pelas francesas Marie Soler/Laura Pebrier. João Gameiro/Gonçalo Ramos, do Clube de Vela do Barreiro, foram 20º e João Prieto/João Westwood, do Clube Naval de Cascais, 35º classificados. Na Frota de Prata, Frederico Lacerda/Miguel Matos Rosa, também do Clube Naval de Cascais foram 6º, Francisco Maia/Rui Oliveira, do Clube de Vela Atlântico, 20º, enquanto

Diogo Pereira e Pedro Cruz terminaram em 4º no Europeu de 420

as duas duplas do Sporting Clube de Aveiro, Pedro Castro/Diogo Lopes e João Silva/Francisco Santos, finalizaram a prova nas 35ª e 46ª posições. As italianas Ilaria Paternoster/Benedetta di Salle sagraram-se campeãs, seguidas dos holandeses Bart Lambriex/Philip Meijer. No Europeu de Juniores de 470, que decorreu em simultâneo no mesmo local, João Villas-Boas/Francisco Pinheiro de Melo, do Clube Naval de Cascais, foram 16º e João Pestana/ Tomás Marques, do Clube de Vela Atlântico, terminaram em 19º. Triunfo dos israelitas Gal Cohen/ Dan Froyliche, seguidos dos britânicos Mike Wood/Hugh Brayshaw e dos alemães Julian Autenrieth/ Adrian Hoesch.

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Electrónica

Notícias Nautel

Revolução Tecnológica Minn Kota Com o I-pilot Remote Link o comando remoto multifunções sem fios, a Minn Kota fez uma revolução tecnológica sem precedentes, no que respeita ao controle de embarcações de pesca de águas interiores.

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a linha da evolução da navegação com GPS nos motores elétricos de proa da Minnkota, chegou o i-Pilot ® Link ™ que utiliza as tecnologias da Humminbird para alcançar novos níveis de controle do barco. O i-Pilot Link recorre ao GPS e à conetividade Ethernet da Humminbird para permitir a comunicação e funcionalidade com modelos selecionados dos motores Minn Kota. “O i-Pilot Link é uma tecnologia nova e surpreendente que beneficia directamente os pescadores”: isto foi o que a Minn Kota conseguiu. “A capacidade de armazenar e gravar dados de localização na sonda/GPS, e a capacidade do motor utilizar esses dados para navegação automática, é algo que os pescadores têm vindo a pedir. Agora, com o i-Pilot Link eles o têm finalmente” A interconetividade entre as tecnologias permite com um simples pressionar de um botão, a partir do comando sem fios do i-Pilot Link ou da sonda/GPS Humminbird, a exploração dos muitos novos recursos interessantes do i-Pilot Link. A aplicação exclusiva do i-Pilot Link Follow The Contour controla o motor eléctrico para que este siga um contorno de profundidade específica, que é exibido num particular mapa digital preparado para o efeito. A linha de contorno escolhida (batimétrica) pode ser automatica8

mente seguida em qualquer direcção, profundidade específica. Ao utilizarem a aplicação Follow the Contour os pescadores também podem compensar a distância ​​a partir da costa para que possam seguir automaticamente um caminho a uma distância definida a partir da mesma. A característica Go To dirige o barco para locais específicos, tais como waypoints predefinidos do utilizador, Spot-Locks e iTracks. Esses locais podem ser gravados a partir da sonda ou do comando. Até 2.500 waypoints e Spot-Locks e 50 localizações iTrack podem ser guardadas na sonda/GPS. Spot-Locks são locais gravados e armazenados usando a aplicação Spot-Lock no comando i-Pilot Link ou na sonda Humminbird. Quando activado, o Spot-Lock funciona como uma âncora electrónica mantendo o barco dentro de um raio de 1,5 metros do local seleccionado. Se o barco deriva mais de um metro e meio do local Spot-Lock, o motor eléctrico é activado para trazer o barco de volta à posição. iTracks são caminhos específicos de pesca (com até duas milhas de comprimento) que foram gravados e armazenados para que possam voltar a ser encontrados aquando a sua solicitação. Os pescadores podem gravar caminhos produtivos tais como linhas de concentração de vegetação submersa (weed lines), linhas costeiras e leitos de rios e em seguida refazêlos automaticamente a qualquer momento recorrendo ao iTrack no i-Pilot Link. O i-Pilot Link apresenta as no-

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vas funcionalidades para além das funções clássicas do modelo original i-Pilot, que incluem: - O Cruise Control mantem tempo-real a velocidade do barco à superfície da água, em incrementos de um décimo milhas por hora. Este controle preciso de velocidade permite que o pescador se prepare melhor nos iscos e adaptação da pesca. - O Advanced AutoPilot™ utiliza a tecnologia GPS para manter o caminho do barco num rumo verdadeiro, enquanto o ajusta em relação ao vento, ondas, corrente e derivas. Isto resulta numa rota mais precisa e portanto melhor, em comparação aos sistemas tradicionais baseados em bússola. Um percurso Advanced

AutoPilot pode ser definido a partir do comando i-Pilot Link ou directamente da sonda Humminbird. - CoPilot ™: o sistema de controlo de pesca sem fios de Minn Kota que está integrado no comando i-Pilot Link. Os pescadores podem controlar a velocidade e direcção estando em qualquer lugar do barco. O comando i-Pilot Link tem um ecrã LCD a cores para exibir as informações GPS, a carga da bateria interna, estado de rotação da hélice, funções a decorrer e menus do utilizador. O comando também apresenta dados importantes tais como a profundidade e temperatura da água. A maioria das funções do i-Pilot Link podem ser activadas no comando à prova de água ou com a unidade de Humminbird. O comando inclui uma bateria Li-ion recarregável. i -Pilot Link é compatível com as séries Terrova ™, PowerDrive ™ V2, Riptide ® ST e os motores de pesca Riptide SP, e é exclusivo para uso com a maioria dos modelos Humminbird que têm funcionalidades Ethernet. Follow The Contour funciona exclusivamente com os mapas digitais GPS LakeMaster activados no i -Pilot Link. Minn Kota continuará a oferecer o acessório i-Pilot original, que inclui as funcionalidades de Spot-Lock, Record A Track, Cruise Control, Advanced AutoPilot e CoPilot. Para mais informações contatar Nautel, geral@nautel.pt, www.nautel.pt


Electrónica

Fora de Borda Minn Kota Elétrico E-DRIVE com Desempenho equivalente aos motores convencionais

Sempre que se pretenda economia permanente de combustível, e que se queira navegar em águas interiores com restrições aos motores de gases de escape convencionais, os motores elétricos são a solução.

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funcionamento silencioso é também uma mais-valia para o sossego de quem desfruta a natureza, e também um elemento para uma pesca mais eficaz, caso seja essa a atividade da embarcação. Quando, para além disto se pretende o uso de tal solução em embarcações maiores como os barcos pontão, ou se pretenda mais “potência” noutros menores, aqui entra então o E-Drive da Minnkota. A MinnKota é o fabricante líder mundial de motores elétricos para embarcações. Tem soluções para montagem à popa e à proa (para manobras em situações de pesca). O E-Drive é manobrado manualmente (cana de leme) e apresenta um sistema de encaixe que permite que se possa colocar e retirar o motor rapidamente, sempre que tal se pretenda. Além disso, o design do

manípulo do leme permite um ajuste de inclinação de até 90 graus, dando a liberdade de o ajustar para as posições ideais. E o novo painel de controlo inclui um display de LCD retroiluminado e interruptores de ligar e controlar a inclinação. Principais características do Minn Kota E-Drive Tiller Outboard: - Motor de 2cv (não existe direta conversão de unidades de força típicas dos motores elétricos em unidades de potência, Cv ou Kw, dos motores convencionais. Esta indicação em Cv corresponde a um sistema de conversão exigente. Usando outras metodologias, também se poderia dizer que o motor equivale a 10Cv). - Funciona em 48 volts e impulsiona até cinco quilómetros por hora - Suporte de metal – suporte de aço inoxidável que inclui design

para protegê-lo de choques subaquáticos - Maximizer Digital incorporado – Proporciona duas horas de funcionamento contínuo a 100 por cento de potência tendo a bateria totalmente carregada - Medidor de Bateria em tempo real – display LCD localizado no topo que mostra o nível de potência actual, o estado da carga da bateria e horas de tempo restante mantendo o nível de potência - Encaixe em painel de popa – Inclui mecanismo de inclinação e desencaixe em caso de colisões subaquáticas - Cabo 6 metros – Comprimento padrão da indústria para motores de popa de eixo longo Garantia de dois anos • Minn de Kota Para mais informações: www.nautel.pt, geral@nautel.pt, 213007030 2013 Setembro 321

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Notícias do Mar

52º Salão Náutico Internacional de Barcelona

Apresentação de Novidades a Resposta dos Estaleiros à Crise A resposta dos estaleiros e das empresas náuticas à crise na participação na 52ª edição do Salão Náutico Internacional de Barcelona, que se realiza de 24 a 29 de Setembro, vai ser uma aposta na apresentação em Port Vell de inovações, novos produtos e novas embarcações, com os quais querem interessar mais os visitantes.

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epois de ter resultado bem o ano passado o evento realizarse no Porto Antigo durante seis dias a mesma fórmula vai ser igual este ano. Neste sentido, segundo um estudo de opinião elaborado pela Fira de Barcelona, quase 30% dos visitantes da última edição do certame, foram com o objetivo de tomar uma decisão de compra. Este número representa um aumento de 9,4 pontos respectivamente à anterior edicão de 2011. Todos os expositores vão mostrar novidades, pois só apostando forte no futuro poderão dar um “chuto” na crise. Vai ser este o espi-

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rito dos que estarão no Salão. De Portugal, um expositor habitual do Salão de Barcelona, a San Remo vai apresentar um inovador modelo, que responde ao desejo de baixar os custos de consumo. O novo San Remo 860 Blue Sky, é um pesca/cruzeiro com dois motores eléctricos e um motor fora de borda a 4 tempos. Os motores elécticos têm uma potência equivalente a 10 KW, com uma autonomia de 8 a 12 horas, a 6 nós e carregados com painéis solares. O motor a combustão é de 250 a 350 HP. Este novo modelo San Remo vai ser um êxito em Barcelona, não só pela ideia inovadora que apresenta, mas sobretudo pelas características especiais do barco. Trata-se de uma embarcação vocacionado

para os passeios calmos nas águas interiores e no mar e também para o cruzeiro de férias, pois vai equipado adequadamente e apresenta os habituais bons acabamentos da marca, A Touron, mais uma vez, apresenta um vasto lote de novidades das marcas que representa. A novidade principal é o Quicksilver Captur 605 Pilothouse, o segundo modelo da renovada gama de pesca Captur. Outro modelo Quicksilver é o novo Activ 595 Cabin, um barco elegante de estilo desportivo, bem equipado. Uma interessante novidade é desenvolver uma Edição Smart para as gamas Activ e Captur que inclui de fábrica uma seleção de packs. Dos semi rígidos Valiant, vão es-

San Remo 860 Blue Fly

Valiant 685 Classic

San Remo 860 Blue Fly

QuicksilverCaptur 605 Pilothouse


Notícias do Mar

Jeanneau Prestige 450 Cobalt R5

Hanse 505 tar o 550 Confort e o 685 Classic, que recebeu o prémio de embarcação do ano 2012. Estarão em exposição os novos produtos insufláveis Airis, da marca Walker Bay, recentemente distribuídos pela Touron, Kayaks, pranchas de paddle surf e plataformas. Todas as embarcações estarão equipadas com motores fora de borda Mercury, Verado e Optimax. Estarão em exposição motores Mercury Mercruiser, Mercury Diesel e Cummins e geradores Cummins Onan. Nos molhes Espanya e Fusta do Porto Antigo vão estar em ex-

posição iates a motordos principais estaleiros europeus. Já anunciaram que estarão a Jeanneau, representada em Portugal pela NautiserCentro Náutico, que apresentará o novo Velasco 43 e o Prestige 450; O estaleiro alemão Bavaria vai apresentar o Virtess 420 Fly. O novo Azimut 80 e o Cobalt R5, marca que a Nautiser-Centro Náutico representa em Portugal estarão ambos no stand da Marina Estrella. A Bénéteau, que em Portugal é representada por Francisco Ramada, estará com a novidade Flyer

Lagoon 52 Gran Turismo 49 HT. A Princess levará a desportiva Princess V57 e dois grandes iates, MY72 e MY98. Da Starfisher, distribuída em Portugal pela Limatla, deve-se destacar o novo Starfisher ST 850 OBS, um barco desenvolvido para um programa de pesca/cruzeiro. O estaleiro Rodman vai expor o Spirit 31, os Muse 54 e 74, e vai mostrar os planos do novo Muse 44. No que respeita aos veleiros de cruzeiro, podem-se destacar da Beneteau, que Francisco Ramada representa em Portugal, o Oceanis 38, um novo veleiro com um

conceito revolucionário, “três em um” (Daysailer, Weekender y Cruiser). Estarão presentes os Hanse 505 e 345, duas das últimas criacões do estaleiro alemão distribuido em Espanha pela Marina Estrella e em Portugal pela Algarvesail. Também estará o novo Dehler 38, que se destaca pela sua inovação, velocidade, elegância e performance, No segmento dos catamarans vai estar em destaque o novo Lagoon 52, um barco que associa o luxo com a simplicidade de utilização, cujo estaleiro em Portugal é representado por Siroco Yacht.

Kayaks insufláveis Airis

Lagoon 52 2013 Setembro 321

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Náutica

Teste Dipol Fragata 510 Open com Yamaha F50

Texto e Fotografia Antero dos Santos

Excelentes a Acomodação Interior e Desempenho de Mar

É cada vez mais importante a facilidade de circulação e boa acomodação numa embarcação, sobretudo quando as suas dimensões são da classe dos cinco metros de comprimento. A Dipol Glass conseguiu com criatividade essas qualidades, no seu novo modelo Fragata 510 Open que testámos no dia 29 de Julho no mar ao largo de Olhão.

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teste que fizemos ao Dipol Fragata 510 Open, foi efectuado a convite do estaleiro espanhol de Huelva, da Yamaha e do seu concessionário de Faro, Santa Maria Náutica. Desde que começou a construir embarcações, há mais de 20 anos, o estaleiro Dipol Glass começou por fornecer barcos para os pescadores profissionais. Para melhor satisfazer os pescadores, a Dipol desenvolveu as embarcações com as características adequadas 12

para navegarem no mar, com estabilidade, robustez e boas performances com motores de potências reduzidas. Isto foi conseguido com o tipo de casco que desenvolveu e na sua construção as estruturas longitudinais e transversais, muito reforçadas. Quando começou a construir embarcações para o recreio, a Dipol manteve o mesmo conceito quanto às características dos cascos, com um V evolutivo muito acentuado à frente, que se atenua no último terço do casco e é semi planante na

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Posto de comando


Náutica

Dipol Fragata 510

popa. Por essa razão, os barcos Dipol caracterizam-se pela facilidade no arranque e por um bom desempenho, com motores de baixa potência. O Dipol Fragata 510 Open parece um barco maior Quando entrámos dentro do Fragata 510 Open pareceu-nos que tínhamos entrado numa ermbarcação maior e não apenas com 5,05 metros de comprimento, pois da popa à proa não há desperdício de espaços. Na popa, em vez do poço do motor todo o espaço está li-

Consola de condução

O Dipol Fragata 510 Open por dentro parece um barco maior 2013 Setembro 321

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Náutica

O Dipol Fragata é rápido nos arranques vre, com os autoescoantes em baixo com grande capacidade de escoamento. De cada lado existe um banco individual, com uma tampa sobre um cofre. A consola de condução é central, tem um párabrisas em acrílico protegido por mum corrimão em aço inox e deixa

amplas passagens laterais. Ao lado do volante existe uma prateleira com resguardo. O banco do piloto é duplo, estofado e tem o encosto que gira para permitir sentar-se virado para a popa, um bom apoio para a pesca ao corrico. À frente o Fragata 510 Open

Compartimento dentro da consola 14

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tem um banco em forma de U, com estofos e que permite sentarem-se três pessoas. Neste espaço pode-se montarao meio uma mesa de piquenique, ou montar um solário para os banhos de sol. À proa o barco tem um porão para o ferro e junto fica a rolda-

na para o cabo e dois cunhos de amarração. No que respeita à arrumação, a criatividade também se impôs e temos neste barco muio espaço e locais para arrumar palamenta, equipamentos, sacos de roupa ou peixe. A consola tem uma porta estanque que abre

O banco do piloto


Náutica

Compartimento no assento de estibordo com a bateria

À popa tem dois assentos e os autoescoantes em baixo

pela frente, para um enorme compartimento. O assento do banco do piloto levanta-se e tem dentro um amplo espaço onde se pode colocar um açafate para o peixe. Ambos os bancos da popa têm uma tampa com um compartimento dento, onde pode levar a bateria e a bomba de fundo. Sob os assentos da proa existem três grandes cofres com tampa, onde se pode dividir o material a guardar. Na parede do poço existe de cada lado uma larga prateleira. Para os pescadores, o barco tem também um porta-canas de cada lado. Motor Yamaha F50HETL O fora de borda Yamaha F50HETL é uim novo motor da nova geração que utiliza as mais recentes tecnologias da Yamaha, apresentando um moderno design do motor e sofisticados sistemas de admissão e escape. O desempenho eficiente do motor é assegurado por um sistema de controlos por microcomputador ECM que monitoriza com toda precisão o motor, desde a mistura do combustível até à eficiência da combustão além de activar automaticamente os sistemas de aviso e protecção e permite que os concessionários Yamaha autorizados diagnostiquem facilmente eventuais problemas. O motor tem 996 cm3 de cilindrada, com 4 clindros em linha e configuração SOHC. A alimentação é através do sistema de injeção electrónica de combustível, que produz um desempenho mais eficiente, 2013 Setembro 321

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Náutica

O casco é do tipo trincado com um V evolutivo económico e ecológic O motor tem o ajuste variável de RPM, útil para velocidades baixas e a pesca ao corrico. O F50HETL é compatível com os Manómetros digitais em rede da Yamaha que lhe proporcionam as informações de

que necessita o piloto para maximizar o desempenho e a eficiência do motor, incluindo um tacómetro-multifunções com RPM, horas de funcionamento, ângulo de trim, pressão do óleo, luzes de aviso, controlo variável das RPM e um indicador

Assentos à frente onde se pode montar um solário ou mesa de piquenique 16

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de gestão de combustível com velocidade, capacidade do depósito e economia de combustível. Este motor tem também o Sistema de segurança imobilizador Yamaha (Y-COP) O Power Trim & Tilt são de grande amplitude

No teste o Fragata 510 Open mostrou-se bem adequado ao mar O casco dos modelos Fragata foi desenvolvido com o tradicional casco trincado em vez utilizar robaletes e continua a en-

Compartimeno à frente


Náutica

corporar o tipo de casco Dipol, com um V evolutivo, a roda de proa bem marcada e características semi-planantes à popa. Com este tipo de casco, os barcos têm excelente estabilidade, sofrem menos com os balanços laterais quando estam parados e mantêm rapidez na descolagem da água. Foi o que vimos logo no arranque, quando testámos o barco fora da barra de Olhão, com o mar ligeiramente agitado e com duas pessoas a bordo. Em 1,75 segundos já planávamos e na velocidade mínima a planar, o Fragata 510 manteve a velocidade de 10,5 nós às 3.500 rpm. Também no teste de aceleração até às 5.000 rpm, o barco não prejudicou o poder de aceleração do motor e em 6 segundos chegou aos 19 nós. Em velocidade de ponta, às 5.800 rpm o barco atingiu 27 nós. Para este tipo de conjunto, o mais importante é saber qual a velocidade económica de cruzeiro que faz no mar. Às 4.500 rpm e com a velocidade

Este modelo Dipol é um barco robusto de 20/21 nós, trata-se de um desempenho muito bom. O casco do Fragata 510 também teve uma prestação confortável e segura com o mar que estava, permitindo fazer

todos os testes de velocidade que pretendiamos com toda a segurança. Verificámos igualmente, quando curvávamos apertados que o barco quase não adorna-

va e manteve-se sempre muito bem agarrado à áqua. Também no que respeita à defeção da água, o casco não permitiu que entrassem pingos para dentro e, no final, todo o

O Dipol Fragata 510 Open estava equipado com o novo Yamaha F50 2013 Setembro 321

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Náutica

Com este casco o barco é muito estável interior estava seco. Em conclusão, acrescentemos que este modelo Dipol seguiu um conceito de arranjo interior com ampla capacidade para oferecer uma polivalente

utilização. Com o motor de 50 HP pareceu-nos dispôr de uma potência equilibrada que permite um bom desempenho no mar e constitui um conjunto bastante económico.

Características Técnicas Comprimento

5,05 m

Boca

2,05 m

Lotação

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Potência máxima

60HP

Motor

Yamaha F50 HETL

Preço barco/motor

11.000e + IVA

Performances

Compartimento dentro do banco do piloto 18

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Tempo para planar

1,75 seg.

Aceleração às 5.000 rpm

19 nós 6 seg.

Velocidade máxima

27 nós 5.800 rpm

Velocidade de cruzeiro

20/21 nós 4.500 rpm

Velocidade mínima a planar

10,5 nós 3.500 rpm

4.000 rpm

16 nós

4.500 rpm

20,7 nós

5.000 rpm

22,6 nós

5.500 rpm

26 nós

5.800 rpm

27 nós

Construtor / Concesionário/ Importador Dipol Glass - La Lobera s/n - San Bartolomé de la Torre 21510 Huelva Tel.: 959 38 75 43 Fax: 959 38 62 97 dipolglass@dipolglass.com www.dipolglass.com Santa Maria Lda. – Pavilhâo Branco - Doca de Faro 8000-541 Faro Tel.: 289 804 805 – Telm: 919789884 www.santamarianautica.com Yamaha Motor Portugal – Rua Alfredo da Silva, 10 – 2610-016 Alfragide www.yamaha-motor.pt


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Electrónica

Notícias Garmin

As Novidades Garmin no Salão Náutico de Barcelona Mais um ano e já vão mais de 30 consecutivos e a Garmin comunica que apresentará as suas últimas novidades no Salão Náutico de Barcelona, no stand D652 en el Moll de la Fusta de 24 al 29 de Setembro. bordo, além de bússola, altímetro e barômetro, entre outros. Instrumentação GMI™ 20 e GHC™ 20 A instrumentação GMI™ 20 está ligada a uma grande variedade de sensores e equipamento de GPS para proporcionar informação extensiva e valiosa, enquanto o GHC™ 20 é uma unidade de controlo de piloto automático. Estes novos dispositivos que incorporam o novo desenho da ponte de cristal destacam-se por sua nova interface que surpreende pela facilidade de utilização que oferece.

Relógio náutico Quatix

A

Garmin, líder mundial en navegación por satélite, vai apresentar neste evento, um emorme lote de produtos inovadores, como o revolucionário relógio náutico Quatix™; a instrumentação GMI 20 e GHC 20; os novos modelos de plottter GPSmap 527, 527xs, 721 e 721xs, com uma potência de processamento de 60%

superior à da geração anterior; echoMap 50s e 70s que combinam sonda e plotter; a série de sistemas multifunção GPSMAP 8000, que introduz o inovador desenho Glas Helm no mercado da náutica. Agora todos aqueles que estejam interessados, poderão conhecer em primeirea mão todos os produtos mais avançados na visita ao stand da Garmin, onde vão dispor de um atendimento personalizado e também de uma promoção de compra exclusiva, durante os dias do Salão. “Nesta 52º Edição do Salão de Barcelona, não poderíamos deixar de participar neste evento imperdível para os aficionados e profissionais da náutica. Sistemas multifuncões, plotters, sondas, GPS, radares, pilotos automáticos ... serão da nossa parte os grandes protagonistas do salão; todos os produtos que se destacam pela inovação, qua-

Instrumentação GMI 20 e GHC20 20

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lidade e praticidade “, explica Salvador Alcover, CEO da Garmin Iberia. “Estamos confiantes de que, mais uma vez, o stand da Garmin vai ser um ponto de encontro para os clientes, amigos, jornalistas e amantes da navegação em geral “, acrescentou Alcover. Relógio náutico Quatix™, Relógio náutico Quatix ™, que surpreende pelas suas múltiplas e avançadas funções. Este relógio GPS inovador, permite a experiência de navegação mais eficiente e controlada, oferecendo conhecimento e um desempenho inigualável. Quatix ™ integra todas as funções necessárias para o velejador em um único dispositivo, com contagem regressiva, linha de partida virtual, ajuda de virar de

Echomap70s

GPSMAP ® série 500 Os novos modelos, que ampliam e melhoraram a série GPSMAP ® 500, têm um novo design elegante e uma inovadora interface muito intuitiva. Integram um recetor de alta sensibilidade Garmin GPS / GLONASS 10 Hz que atualiza a posição e direção 10 vezes por segundo, oferecendo assim um movimento da embarcação mais nítido e fluido no ecrã Os novos modelos GPSmap® 527 y 527xs têm ecrãs VGA de 5”¨, que oferecem uma excelente visibilidade, tanto de dia como de noite. Serie GPSmap® 700 de Garmin Os GPSmap® 721 e 721xs ampliam e melhoram os modelos antecessores da série com um design mais elegante, uma interface


Electrónica

echoMAP™ 50s e 70s Estas novas unidades oferecem excelente separação e definição das imagens subaquáticas, bem como tem amplas e avançadas prestações que permitem localizar facilmente os alvos de pesca. O EchoMAP™ conta com um recetor de alta sensibilidade GPS / GLONASS10 Hz, que atualiza a posição e direção 10 vezes por segundo, permitindo, assim, um movimento contínuo do barco.

Plottter GPSmap 527, 527xs inovadora e intuitiva e um poder de processamento 60% superior. Além disso, integram um recetor de alta sensibilidade Garmin GPS / GLONASS 10 Hz, que atualiza a posição e a direção 10 vezes por segundo-

Sistemas Multifunções GPSMAP® 8000, A nova série de sistema de multifunções GPSMAP ® 8000 já está disponível com ecrãs multi-táctil de 8’’, 12’’ ou 15’’ e um design elegante de ponte de cristal A série GPSMAP ® 8500 é composta por uma caixa preta e monitores GMM multi-táctil de 15 “, 17” ou 19, proporcionando assim uma maior capacidade do tamanho dos ecrãs. Estes equipamentos, que oferecem 40% mais potência de processamento que os modelos anteriores, incluem a nova função SmartMode™

GPSMAP721

Sistemas Multifunções GPSMAP 8000 2013 Setembro 321

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Electrónica

Notícias Nautiradar

Smartfind S20 SRS o Novo Sistema de Sobrevivência

O novo sistema de sobrevivência da mcmurdo, S20 SRS (Survivor Recovery System) teve a sua apresentação ao mercado no passado mês de Fevereiro. É um dispositivo pessoal de AIS que é usado no colete salva-vidas, é ativado a partir do deslize da tecla de segurança e retirando a cobertura da antena.

Tritium Racing

A

unidade muito leve e compacta envia mensagem de alerta, a posição de GPS e um código especial de identificação diretamente para um recetor de AIS num raio de aproximadamente 4 milhas. Uma luz LED em flash ajuda a que a localização durante a noite seja facilitada. Um recetor de GPS integrado de elevada precisão - que atualiza a cada 60 segundos – assegura a correta informação que é transmitida por este equipamento. A partir dos dados de localização, distância e direção, os membros da tripulação e recetores AIS na vizinhança recebem toda a informação 22

que precisam para localizar a pessoa que se encontra em dificuldades e acelerando assim o socorro da mesma. O S20 SRS transmite continuamente por uma período de 24 horas e estanque até 5 metros de profundidade. Também os desportistas

confiam neste sistema e todos os membros da equipa do trimaran Tritium Racing que participou em Julho na regata Transpacific Yacht levaram consigo uma

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unidade

Smartfind S20. O objetivo desta prova era ultrapassar o recorde de 5 dias, 9 horas, 18 minutos e 26 segundos pelo percurso de 2 225 milhas náuticas entre Los Angeles e Honolulu. Esta prova teve o

seu início em 1906 e acontece a cada 2 anos. De acordo com Bill Eastwood da Mcmurdo “A segurança dos tripulantes é prioritária neste tipo de regata offshore. O S20 SRS está estudado para ser um dispositivo de AIS pessoal e de localização rápida permitindo um resgate célere na situação de Homem ao Mar”. Para mais informações contacte o importador: Nautiradar: www.nautiradar.pt


Notícias do Mar

Diretiva Quadro Estratégia Marinha

Tarda a Estratégia de Defesa do Ambiente Marinho Em 2008 o Parlamento Europeu e o Conselho publicaram a Diretiva nº 2008/56/ CE, designada por Diretiva Quadro Estratégia Marinha (DQEM), que determinou o quadro de ação comunitária, no domínio da política para o meio marinho, no âmbito do qual os Estados-membros devem tomar as medidas necessárias para obter ou manter um bom estado ambiental no meio marinho até 2020.

S

abe-se agora que até 15 de Julho de 2014, Portugal deverá avaliar o estado ambiental das águas marinhas, quantificar o impacto das atividades humanas nessas águas, definir as características do bom estado ambiental, fixar metas e desenvolver programas para avaliar as águas periodicamente. As tarefas a desenvolver passam pela prevenção e redução da poluição marinha, recuperação de áreas degradadas, valorização sustentável dos recursos marinhos e proteção do meio marinho nacional. Em Outubro de 2012, a Direção

Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos deu por concluídos os documentos finais, das Estratégias Marinhas para a Subdivisão do Continente e da Plataforma Continental Estendida, Só agora saiu um Decreto-Lei que pretende dar resposta à Diretiva Quadro Estratégia Marinha, do Parlamento Europeu, com o objetivo de garantir então o bom estado do ambiente marinho, no qual se inclui o leito do mar, estuários e as áreas costeiras, no qual se estabelece um plano de acção e de um calendário. A aplicação deste decreto-lei vai ser coordenada pelo Instituto da Água.

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Jet-Ski

Campeonato Europeu de jet Ski UIM

Stefania Balzer no Topo da Europa Depois de conquistar o título de Campeã Mundial em Outubro do ano passado, Stefania Balzer volta a brilhar, desta vez no Campeonato Europeu de Jet Ski, em Itália, na classe Ski Ladies GP1.

R

ealizou-se nos dias 2, 3 e 4 de Agosto a prova única do Campeonato Europeu de Jet Ski UIM no lago de Viverone, muito conhecido para a prática de Wakeboard e com óptimas condições também para a prática de Jet Ski. A prova contou com um total de 6 classes, incluindo a classe Ski Women que competiu juntamente com a classe GP1. O circuito, por ser pouco técnico e com muitas rectas, apresentava alguns riscos de avarias para as motos mais potentes mas para o team Angel Pilot, tudo acabou por correr pelo melhor. Depois dos treinos e inscrições na sexta-feira, as corridas iniciaram no sábado com uma manga de pole position que determinou a ordem para a partida da primeira manga de Domingo, com Jeremy Poret, 24

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Stefania Balzer correu com licença Portuguesa na classe Women GP1


Jet-Ski

Mattia Fracasso, Antonio D’arma e Nacho Armillas a garantirem o primeiro lugar na grelha de partida. Stefania Balzer posicionou-se 9ª na geral e segunda da classe feminina, seguindo a sua adversária Es-

conseguiu fazer duas óptimas partidas e os esforços da Eslovena Pija Summer não foram suficientes para ultrapassar a Campeã do Mundo 2012 que manteve o primeiro lugar até ao final de ambas as mangas, obtendo o segundo título de Campeã Europeia de Jet Ski em representação da empresa Angel Pilot, líder de vendas em Portugal de motos de água desde 1990. William Bajolet venceu em Freestyle com Roberto Mariani em segundo e Aleksandar Petrovic em terceiro. O team Angel Pilot no final agradeceu o apoio da Valvoline e La Dolce Vita Buffet e em especial das empresas Italianas Minoia Store(http:// web.minoiastore.com/) e Zerver.

O símbolo de campeão do Team Angel Pilot

Stefania Balzer ao centro ergue o troféu de Campeã da Europa lovena Pija Summer e arrancando no domingo na segunda linha da partida. Na corrida da classe Runabout GP1, o pódio foi completamente Italiano com Mattia Fracasso a vencer, mostrando a sua superioridade em relação aos pilotos Angelo Bertozzi e Lorenzo Benaglia que terminaram com a mesma pontuação mas o melhor resultado na segunda manga deu a Benaglia o segundo lugar do pódio. Um segundo e um primeiro lugar garantiram a Tiago Sousa, piloto Português, a vitória na classe GP1, derrotando o Campeão Mundial Jeremy Poret que ficou em segundo, à frente de Nacho Armillas que venceu também a classe GP2. Stefania Balzer, a correr com licença Portuguesa destacou-se na classe Women GP1, pois apesar do mau resultado na pole position, 2013 Setembro 321

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Náutica

Teste Capelli Cap 25 WA com Honda BF250

Texto e Fotografia Antero dos Santos

Pequeno Cruzeiro Costeiro com Bom Desempenho

Foi nas águas de Cascais que testámos o novo Honda BF250, um motor há muito esperado, agora o topo de gama da marca japonesa, pioneira dos motores a 4 tempos. Serviu de teste o Capelli Cap 25 WA, uma embarcação polivalente do tipo “Day Cruiser” e construída para fazer o pequeno cruzeiro ao longo do litoral.

O

estaleiro italiano Capelli, que tem a Porti Nauta do Grupo Angel Pilot como representante exclusivo para Portugal, constrói a gama Cap, embarcações em fibra, e a gama Tempest, barcos semirigidos. No total, as duas gamas compreendem cerca de 50 modelos desde os 2,20 metros de comprimento, os barcos tender, até aos 9,70 metros, embarcações do tipo “Sport Cruiser”. O convite para os testes feitos a partir da Marina de Cascais partiu da Honda Marine, que montou, para o efeito, uma base de apresentação do novo motor a todos os seus concessionários e também à imprensa 26

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O Capelli Cap 25 WA teve um desempenho marinheiro


Náutica

O posto de comando é bastante ergonómico

Capelli Cap 25 WA

especializada. Em virtude das características

que oferece, o Cap 25 WA tem uma utilização muito versátil e parece um barco muito maior. O Cap 25 WA é uma embarcação elegante e compacta, tem uma borda alta e segura, apresenta um estilo marinheiro com o casco em V profundo, a proa tem uma forma deflectora e termina num púlpito. No Cap 25 WA destaca-se a organização dos espaços, o amplo equipamento com que foi dotado e sobretudo, a ergonomia e design do equipamento e o seu excelente acabamento. Foi assim desenvolvido um programa para um barco com cerca de 7 metros, no qual se introduziram uma série de inovações que permitiram a utiliza-

O posto de pilotagem e a entrada da cabina

ção do barco com uma notável polivalência. Não foi esquecido neste modelo a facilidade de circulação e o conforto dos ocupantes, com confortáveis bancos e uma ampla e bem equipada cabina. É fácil entrar no barco pela popa a bombordo e passar do poço para a proa, bem como entrar para a cabina por dois degraus bem posicionados. Podemos considerar no Cap 25 WA, três áreas distintas. A principal é o posto de pilotagem em conjunto com o poço, que constituem a zona de comando e de convívio, onde se passam mais horas. À frente fica um amplo e confortável solário que ocupa todo o espaço e permite estar-se recostado também, a apanhar os banhos de sol e passar momentos em puro re-

lax. A cabina é neste barco muito importante, pois está equipada para permitir confortavelmente um casal pernoitar durante um fim-de -semana, ou passar umas férias. Dispõe de um banco em U convertível em cama, tem ainda um lavatório, móvel com frigorífico e um quarto de banho com wc marítimo. A cabina tem uma vigia lateral e uma escotilha no tecto. Podemos dizer que no Cap 25 WA não há espaços por aproveitar, pois existe sempre em qualquer recanto um equipamento disponível para se usar, ou um compartimento para arrumações. Protegido por um para-brisas arredondado em vidro acrílico, o posto de comando destacase neste barco, sobretudo pela

Banco encosto do piloto 2013 Setembro 321

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Náutica

A cabina tem um quarto de banho facilidade de manuseamento do equipamento que comporta, e também pelo design moderno, elegância e ergonomia do painel de instrumentos. Para a condução de pé, o piloto dispõe de um banco encosto, mas pode conduzir sentado com os pés assentes num apoio em madeira. Sob o assento do

piloto existe um fogão e um lavatório e de lado, bem á mão, encontra-se um compartimento com o extintor. O poço tem à popa um banco corrido estofado com lugar para quatro pessoas. Uma das inovações neste barco é a mesa rebatível e em madeira que existe nas costas do assento

Frigorífico e lavatório à entrada da cabina do piloto e que facilmente se levanta e desce para utilizar nos piqueniques, em vez da mesa clássica com um pé metálico, que vai guardada e tem de ser montada quando é necessário. Existem seis encaixes no topo do assento e junto à mesa, para colocar as bebidas, copos ou garrafas.

A borda do poço é guarnecida em madeira de teca e por baixo dispõe de transportadores de canas. Sob o banco da popa existe um enorme porão onde se podem guardar todos os estofos e arrumar a palamenta. Depois dos banhos de mar e dos mergulhos, junto à popa

Capelli Cap 25 WA está vocacionado para o pequeno cruzeiro 28

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Náutica

A Curvar com muita segurança existe um chuveiro de água doce, para tirar o sal. Entre os muitos equipamentos standard e opcionais que o Cap 25 WA dispõe, salientamos também o bimini, importante para proteger o poço do sol. Motor Honda BF250 O Honda BF 250, topo de gama da marca, foi desenvolvido a partir do bloco motor do BF225, ao qual aumentou-se a cabeça do motor que passou a dispor de maior cilindrada, com 3.583 cm3. Assim, é um motor V6 com 24 válvulas, (SOHC), que passou a apresentar um novo conceito de estilo, com um design estético, de aspecto esguio, devido ao desenho da admissão directa das entradas de ar no capot. O Honda BF250 responde perfeitamente ao conceito de produto e de objetivos criado pela marca japonesa, alargar a gama de alta potência através da incorporação de tecnologia exclusiva Honda, conseguir o melhor resultado na sua classe e reforçar e expandir a gama existente. Quanto ao desempenho,

conseguiu-se um arranque soberbo, elevada potência durante todo o regime de rotação e com excelente manobrabilidade. Também uma relação de transmissão mais baixa, 2.0 e uma nova caixa de engrenagens, mais hidrodinâmica, marca um importante ganho neste motor. O esforço de engrenagem foi ainda mais reduzido graças à introdução do novo sistema de controlo e Redução da Carga de Engrenagem. No que respeita à eficiência de combustível, obteve-se a melhor economia da sua classe em velocidade de cruzeiro, eficiência hidrodinâmica e custos de operação reduzido. Em virtude das suas características, o Honda BF250 está dirigido ao mercado do cruzeiro para embarcações semi-rígidas de passeio, barcos “day-cruiser”, pesca offshore, e também semi-rígidos de velocidade. Para o mercado profissional, o Honda BF250 destina-se a equipar embarcações da marítima turística, de patrulha da guarda costeira, vigilância oceânica e barcos de apoio a regatas. O Honda BF250 tem 3 anos 2013 Setembro 321

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Náutica

O Honda BF250 equipava o Capelli Cap 25 WA de garantia e apresenta-se ao mercado como o 250 HP mais barato, no preço de venda ao público. Desempenho marinheiro e boas

performances Na baía de Cascais, no dia do teste, não havia vento mas o mar estava com ondulação ligeira, edial para testar as velocidades e também o desempenho do barco em condições

de mar que exigem um casco adequado. O Capelli Cap 25 WA tem o casco com um V profundo, é um barco compacto com o peso de 1.800 Kg e agarra-se bastante à água. As performances que

Capelli Cap 25 WA fez excelentes performances com o Honda BF250 30

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se conseguitam foram notáveis, especialmente na descolagem da água durante o arranque, onde as características do Honda BF250 com a tecnologia BLAST, se impuseram. Assim, em apenas 1,89 segundos, o barco já planava. Também a aceleração até às 5.000 rpm em 13,60 segundos e o Capelli a atingir 30 nós, mostrou bem o poder de aceleração do motor. As características do casco que apontámos, também serviram para confirmar que o barco plana no mínimo de velocidade a 11,5 nós. Quando acelerámos ao máximo, às 6.000 rpm, atingimos os 41 nós. Realçamos, sobretudo, a velocidade de cruzeiro económica e rápida, que fizemos a 24/26 nós às 4.000 rpm. A navegar contra a ondulação, o barco teve um comportamento que evidenciou a sua robustez e a passar as vagas cortava a água sem aquelas pancadas secas que incomodam. Devido a isso, conseguimos navegar a 30 nós com todo o conforto e com segurança. E


Náutica

No poço o banco à popa tem uma mesa de piquenique rebatível

A mesa de piquenique aberta

As Tecnologias Incorporadas no Honda BF250 O novo Honda BF250 inclui as mais modernas tecnologias desenvolvidas pelos engenheiros da Honda e que foram aplicadas com êxito nos motores de média e alta potência da nova geração da marca. VTEC VTEC é o sistema do controlo electrónico do comando e abertura variável das válvulas. Este sistema, aplicado igualmente nos automóveis de alta competição e que nunca teve qualquer avaria, altera o comando e a elevação das válvulas, de acordo com as condições de funcionamento, gerando uma curva de binário mais ampla e mais plana, desde a baixa a alta rotação, com maior saída de potência a alta velocidade. Sistema de Admissão Directa do Ar O Sistema de admissão Directa de Ar foi concebido para reduzir a temperatura do ar da admissão, o que aumenta o volume do ar que entra para o motor, provocando um aumento de mais potência. O novo design do Sistema de Admissão Directa de Ar permite aspirar ar do exterior de forma mais directa para dentro do motor, para a máxima eficiência volumétrica e maior potência do motor. O ar exterior aspirado para dentro do capot é mantido a uma temperatura baixa e a humidade é retirada. V A I S Sistema de Admissão Variável do Ar O Sistema de Admissão Variável do Ar, variando o comprimento da conduta de admissão do ar, aumenta a potência a alta rotação, melhora o funcionamento geral e ajuda a aumentar o binário a baixa rotação. Prémio de inovação IBEX em 2011 Sistema de Ar de Refrigeração do Motor A ventoinha de refrigeração accionada pela cambota aspira ar através do compartimento do motor e expele o ar quente pela parte superior do capot. Este sistema não só assegura o máximo de refrigeração no compartimento do motor, como também no Sistema de Admissão Directa de Ar. Silenciador do Tipo Interferência Foi adicionada uma câmara (ramal lateral) à passagem de admissão do ar. As ondas sonoras são forçadas a interferir umas com as outras, reduzindo o ruído da admissão do ar. As ondas sonoras ao baterem umas nas outras, anulam-se e o ruído da admissão do ar é suprimido. Redução do Esforço de Engrenagens Neste sistema, a ECU (unidade de controlo do motor) altera o ponto de ignição do motor, o que modifica o binário do motor durante a utilização das mudanças pelo operador da embarcação, permitindo reduzir o esforço de engrenagem. PGM-Fi Injecção Programada de Combustível A Injecção Sequencial de Combustível oferece um arranque fácil e seguro, respostas instantâneas ao acelerador e superior eficiência de combustível. O controlo de precisão da injecção de combustível, através da unidade electrónica de controlo, ECU, permite um superior controlo da combustão, aumentando igualmente a performance do arranque. O sistema tem um novo Sensor O2 com melhor resistência à água. Sistema Regulável de Ralenti-Carga O motor tem um alternador de elevada potência, 90 amperes, para corresponder aos requisitos de consumo dos equipamentos eléctricos habitualmente instalados. Mas foi desenvolvida e incorporada uma função nova, um sistema ajustável de carga ao ralenti. Quando a potência de carga da bateria se tornar insuficiente devido ao aumento da carga, a rotação do ralenti sobe automaticamente para aumentar a potência de carga. Quando se engrena uma mudança, o controlo é interrompido e a rotação do motor é reduzida. Inovação com prémio IBEX em 2011 BLAST Binário Aumentado a Baixa Rotação Ponto de ignição controlado aumenta o binário do motor durante as acelerações rápidas, reduzindo o tempo necessário para a embarcação planar. Esta tecnologia, exclusiva da Honda, obtém arranques explosivos para as embarcações planarem de imediato. ECOmo Motor de Economia Controlada Tecnologia de combustão pobre de segunda geração, para obter óptima economia de combustível, com um consumo especialmente reduzido em velocidades constantes numa gama específica de cruzeiro. Em modo ECOmo, o motor funciona numa relação ar/combustível pobre (18/1). A relação ar/combustível é controlada pela ECU, com base em informações recebidas do sensor O2

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Náutica

recção é bastante leve e segura, permitindo conduzir o barco sem esforço. Para concluir, realçamos a enorme polivalência deste Cap 25 WA, com características adequadas para navegar no mar com segurança e comodidade e permitir a sua utilização em diversos usos aquáticos, como a pesca, o mergulho e o esqui. Com a grande vantagem de ter acomodação para duas pessoas passarem um fim-desemana ou umas pequenas férias em pequeno cruzeiro e fazer os passeios familiares com piqueniques e ainda dar uns bons mergulhos ou tomar banhos de sol. No que respeita ao Honda BF250 que tinha montado, o Cap 25 WA correspondeu com um desempenho performante às solicitações do motor e este ofereceu aos ocupantes uma navegação confortável com um trabalhar muito silencioso.

O casco com um V profundo proprociona uma navegação confortável quando algumas vezes o barco saltou nas ondas, caiu sempre direito e com conforto para os ocupantes, mostrando bem as suas características marinheiras.

Também vimos que o casco deflete bem a água e por isso não saltaram pingos para o poço, que chegou no final seco. O piloto vai bem encostado

e tem uma excelente posição de condução em pé e também sentado. Destacamos que a di-

Características Técnicas Comprimento

7,35 m

Boca

2,50 m

Peso

1.800Kg

Depósito de combustível

290 L

Depósito de água doce

70 L

Lotação

9

Potência máxima

300 HP

Motor

Honda BF250

Preço base barco/motor

a partir de 67.500e +IVA

Performances

A proa tem um púlpito para o ferro e o guincho eléctrico

À frente encontra-se um amplo solário 32

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Tempo para planar

1,89 seg

Aceleração às 5.000 rpm

30 nós 13,60 seg.

Velocidade máxima

41 nós 6.000 rpm

Velocidade de cruzeiro

24/26 nós 4.000 rpm

Mínimo a planar

11,5 nós 2.800 rpm

3.000 rpm

12,8 nós

3.500 rpm

18 nós

4.000 rpm

24 nós

4.500 rpm

29,4 nós

5.000 rpm

34 nós

5.500 rpm

38 nós

6.000 rpm

41 nós Importador Exclusivo / Distribuidor Porti Nauta, Lda Complexo dos Estaleiros Navais, Bloco B armazém 8, 8400-278 Parchal Lagoa Tel.: 282 343 086 www.angelpilot.com/portinauta.com Honda Marine – www.honda.pt


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Notícias do Mar

Texto e Fotografia de Arquivo Carlos Salgado

Conhecer e Viajar Pelo Tejo

Os Golfinhos Vão Voltar!?... Não foi por acaso que, a Associação dos Amigos do Tejo fundada em 1984, escolheu o golfinho como figura central da sua insígnia de origem porque estava determinada, por meio da sua luta em prol do Tejo, conseguir que os golfinhos voltassem, o que provava que o Tejo estava mais saudável.

Roaz-corvineiro (Tursiops truncato)

E

sta ONG de Utilidade Pública, por falta de apoios que permitissem prosseguir com a sua missão de dinamização e pressão no terreno, viu-se constrangida a cessar a sua actividade. Porém, alguns dos fundadores da AAT,

inconformados, formaram um movimento informal de observação e de opinião sobre tudo aquilo que se relaciona com o Tejo, agregando-se à “Tagus Vivan” (Confraria do Tejo Vivo e Vivido). Ouvi recentemente, a mais do que um pescador, que os golfinhos

Roaz-corvineiro (Tursiops truncato) 34

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estão a aparecer de novo no estuário, em pequenos grupos. Se assim é, só pode ser porque o Tejo está melhor de saúde. Recordo-me perfeitamente de que uma vez, quando numa manhã estava sentado olhando o Tejo, num degrau do cais de Pedra (o cais 14 da APL) da minha terra, ter visto aproximar-se, a pouca distância da margem, um grupo de golfinhos vindos de baixo, cabriolando, que passava para os lados de Vila Franca de Xira. Isto passou-se nos anos cinquenta do século passado. Não há dúvida que estes simpáticos mamíferos, que segundo se diz, são dotados de um Q.I. superior a qualquer outro animal irracional, atraíam e divertiam, com as suas acrobacias, as populações da borda d´Água e eram uma prova de vida do nosso rio. A propósito, vou contar-vos o que o meu saudoso amigo arrais Vicente Francisco escreveu nas suas Recordações da Navegação sobre os golfinhos: “ Por volta de

1932, navegava o Progresso ( um barco varino do qual ele era o arrais ) rio abaixo em frente à muralha de Alcântara, em pleno Verão, havia no rio grande quantidade de alforrecas (…). Na altura aproximara-se um grupo de golfinhos à procura de alimento, metiam a cauda por baixo das alforrecas e atiravam com elas ao ar, chegando a tingir os 5 m de altura, caindo em seguida na água feitas em pedaço. Juntaram-se pessoas na muralha a ver a inteligência dos golfinhos (…) Também vi em Vila Franca de Xira, golfinhos aos pulos, (…) ”. Eu próprio, também ouvi da boca de pessoas que trabalhavam em Lisboa, que presenciaram no Terreiro do Paço, um espectáculo quase circense, dado pelos golfinhos, saltando e mergulhando à volta dos cacilheiros. Por entre gargalhadas divertidas e o rumor da faina, os pescadores afirmavam: Enquanto os golfinhos por aqui an-


Notícias do Mar

darem é sinal de que há muito peixe e as águas estão limpas. Um biólogo meu amigo, conhecedor da matéria, explicou-me que o motivo que levou os golfinhos a desaparecerem do Tejo, não foi só porque a água se tornou menos limpa. O principal motivo foi devido a que a cadeia alimentar destes cetáceos foi quebrada devido ao aumento da poluição que causou a morte dos micro-organismos de que a sardinha, o choco e a tainha do mar se alimentavam, e por essa razão deixaram de entrar em quantidade suficiente para alimentar os golfinhos, que por isso tiveram que procurar outras paragens com condições para a sua subsistência. Se de facto os golfinhos estão a voltar agora, é provavelmente porque o Tejo está menos poluído, e portanto a qualidade da água já permite que a tal cadeia alimentar se tenha restabelecido. Como há várias espécies de cetáceos da família dos golfinhos, julgo que tem interesse fazer aqui uma referência a algumas: 1. O golfinho Roaz-corvineiro (Tursiops truncato) também conhecido internacionalmente por Botlenose Dolphin (golfinho-narizde-garrafa) é aquele que entrava no Tejo e penetrava para montante, que é da mesma espécie que constitui a família residente no rio Sado. Esta espécie de golfinho é talvez a mais famosa e conhecida no mundo inteiro, não só por ser a espécie da série de televisão Flipper, mas também em função de estar distribuída ao longo das águas costeiras e oceânicas em todos os mares do planeta com excepção dos mares polares. Este cetáceo possui o corpo robusto, a cabeça também robusta e o bico curto, largo e nitidamente distinto da cabeça. A sua barbatana dorsal é alta e falcada. Este golfinho possui um corpo hidrodinâmico em forma de torpedo, que lhe permite deslizar rapidamente através das águas. A sua gama de cores vai desde creme a cinza ou mesmo preta e, geralmente, a barriga é mais clara que o dorso. As manchas especiais na pele ajudam este golfinho a camuflar-se de potenciais predadores. Tem dentes fortes em ambas as mandíbulas para agarrar o peixe como os seus 18-27 pares de pequenos dentes cónicos. A cauda que o impulsiona tem dois remos, denominados lobos. As comunicações entre eles são feitas por meio de uma gama de sons emitidos a partir da bolsa nasal localizada na testa. 2. Outra espécie da família dos golfinhos que também entrava no Tejo era a Toninha ou Boto (Pontoporia blainvillei), que aparece na zona costeira adjacente aos estuários dos rios. O nome desta espécie

Toninha ou Boto (Pontoporia blainvillei) varia de região para região, como por exemplo, boto no sul e golfinho ou toninha no norte. Também são mamíferos, mas fazem parte de um grupo denominado “cetáceos odontocetos”, ou seja, mamíferos aquáticos que possuem dentes diferentes dos outros. O boto também é um tipo de golfinho, mas não como erroneamente pensam alguns, que vive somente nas águas dos rios. Há espécies de água salgada e há outras de água doce. Muitos possuem os

olhos atrofiados por viverem num ambiente cujas águas são escuras ou barrentas. Por isso mesmo, ao invés de uma visão aguçada, a natureza preferiu desenvolver-lhes o “sonar” que se baseia na eco-localização e lhes permite ter uma noção tridimensional das suas presas. 3. O golfinho (Delphinus delphis), mais conhecido por “delfim”, é a espécie mais comum da família Delphinidae. Há mais Delfinus delphis do que qualquer outra espécie

de golfinhos nas águas temperadas dos oceanos Atlântico e Pacífico. Também pode ser encontrado nos mares do Caribe e do Mediterrâneo. Estes golfinhos podem viver em agregações de centenas ou mesmo milhares de indivíduos. São nadadores rápidos (atingindo 60 km por hora) e são muito bons em acrobacias, uma coisa bem comum nesta espécie. O máximo de vida é de 35 anos. 4. O golfinho-de-laterais-bran-

Toninha ou Boto (Pontoporia blainvillei) 2013 Setembro 321

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Notícias do Mar

Delfim (Delphinus delphis) cas-do-atlântico (Lagenorhynchus acutus) é um cetáceo da família dos delfinídeos, encontrado nas águas temperadas frias do Atlântico Norte. Historicamente estes golfinhos foram mortos por caçadores numa área entre a Noruega e a Terra Nova. Esta mortandade cessou nos últimos anos, embora ainda ocorram em menor escala nas ilhas Faroe, onde a carne e gordura estão em alta conta como alimento. Por isso, a população desta espécie do Mar do Norte e do Báltico faz parte

da lista da Conservação das Espécies Migratórias de Animais Silvestres e está abrangida pelo Acordo sobre a Conservação de Pequenos Cetáceos dos Mares Báltico, Atlântico Nordeste, Mares irlandeses e do Norte. 5. O golfinho-de-bico-branco (Lagenorhynchus albirostris), é um cetáceo pertencente à família das baleias dentadas. É um dos maiores golfinhos, tendo cerca de 1,1 a 1,2 m de comprimento ao nascer, crescendo até atingir por volta de

Golfinho-de-laterais-brancas-do-atlântico (Lagenorhynchus acutus) 36

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3 m, em média, na idade adulta. O golfinho-de-bico-branco é caracterizado pelo seu bico curto e espesso, assumindo uma cor branco-creme e tem uma barbatana dorsal bastante falcada. Encontra-se distribuído ao norte do Atlântico e é encontrado em grupos no cabo Cod, a sudoeste da Groenlândia, perto da Islândia. São facilmente confundidos com os golfinhos-de-laterais-brancas-doatlântico (Lagenorhynchus acutus) apesar dos golfinhos-de-bico-branco serem comummente encontrados mais ao norte. Também são mais largos e não possuem listas

amarelas. Para concluir, quero alertar para o seguinte: A notícia de que os golfinhos estão a voltar ao Tejo dá-me uma grande alegria, mas não deixo de ficar preocupado. Digo isto porque no ambiente de pesca de ganância do vale tudo, que se está a verificar no Tejo, e as autoridades perderam a bússola, temo bem que os golfinhos possam ser vítimas daquela prática do salve-se quem puder.

Golfinho-de-bico-branco (Lagenorhynchus albirostris)


Motonáutica

Campeonato Nacional de Motonáutica de 2013

Apurados os Campeões Nacionais O regresso das competições de motonáutica à Baía de São Martinho do Porto, após 20 anos de interregno, aconteceu no fim-de-semana de 14 e 15 de Setembro e ficou marcado não só, pelo elevado êxito desportivo, como pelas várias centenas de pessoas que acompanharam o evento. André Correia, também, com um bom ritmo durante o decorrer da corrida, terminou na terceira posição, seguido de Álvaro Leite e Diogo Câmara. PR 750 João Correia foi o natural vencedor desta jornada ao arrecadar o triunfo nas duas mangas realizadas. Guilherme Vila Verde e Micael Oliveira completaram o pódio.

N

uma organização da Federação Portuguesa de Motonáutica e do Clube Náutico de São Martinho do Porto, com o apoio do Município de Alcobaça e da Junta de Freguesia de São Martinho do Porto, o Grande Prémio de São Martinho do Porto, incluiu uma acção e jornada do Campeonato Nacional da Fórmula Futuro e a quinta e última etapa do Campeonato Nacional dos T 850 (monocascos), F4 (catamarans) e PR 750 (semi-rigidos), que consagrou os Campeões Nacionais de 2013. F4 Com o melhor tempo nos treinos cronometrados, Paulo Raposo garantiu a pole position, mas praticamente a correr em casa, o caldense Luis Miguel Ribeiro entrou determinado a não desiludir o seu publico e instalou-se na liderança logo no início da primeira manga. Já Pedro Fortuna que arrancou dos últimos lugares da grelha de partida foi recuperando posições até ao terceiro posto, impondo-se a Luis Vila Verde, Rui Oliveira e Arnaldo Magalhães. Na segunda manga, Luis Miguel Ribeiro voltou a não dar hipótese aos mais directos adversários ao concluir 23 voltas ao circuito em 16:09,01, e sagrou-se vencedor deste Grande Prémio, deixando para trás Paulo Raposo a mais de sete segundos,.e Luis Vila Verde que ocupou o terceiro lugar do pódio. Impedido de alinhar por problemas mecânicos, Pedro Fortuna viu assim quebrar-se o ciclo de vitórias consecutivas que amealhou nos quatro últimos Grandes Prémio. No entanto, e não obstante ter concluido na quinta posição, pôde festejar em São Martinho do Porto a revalidação do Titulo de Campeão Na-

Luis Miguel Ribeiro F4 cional T 850 / PR 750 O piloto das Caldas da Rainha, Tiago Évora teve em Luis Correia um opositor de peso com o algarvio a dificultar, e muito, o objectivo do lider do Nacional de concluir a época com uma vitória. A arrancar da primeira posição da grelha de partida Luis Correia impôs um ritmo frenético e defendeu o primeiro lugar até ao final da manga inicial, com uma vantagem de mais de vinte e quatro segundos de Tiago Évora e uma volta de avanço sobre André Correia, terceiro classificado. Saliente-se a presença de Álvaro Leite e Diogo Câmara, dois jovens vindos da classe de iniciação à modalidade, a Fórmula Futuro, que têm mostrado grande apetência para a prática deste desporto náutico motorizado, numa jornada em que Alexandre Madeira fez a sua estreia nesta classe de competição. Centrado em contariar o resultado da primeira manga, Tiago Évora acreditou até ao fim que poderia sair de São Martinho do Porto com o triunfo e, na segunda manga, encetou uma forte perseguição a Luis Correia. O muito público presente pôde assistir a momentos de grande emoção até à ultima volta, altura em que o caldense conseguiu ser superior ao lider e cruzar a meta na primeira posição separado por apenas um segundo. Adrenalina até aos instantes finais, tendo sido necessário proceder a desempate pelo melhor tempo em qualquer uma das mangas, com Tiago Évora a poder comemorar duplamente: a vitória no Grande Prémio e a conquista do Titulo de Capeão Nacional pelo quarto ano consecutivo.

Campeonato Nacional da Fórmula Futuro / Acção de formação Foram trinta os inscritos que marcaram presença na acção de formação da Fórmula Futuro que decorreu no Sábado e na qual vários jovens do Concelho puderam desfrutar da experiência de comandar uma embarcação e ter contacto com uma modalidade que, por não ser de fácil acesso, tem sido a aposta da Federação no âmbito do crescimento e rejuvenescimento da sua actividade desportiva. Igualmente, disputou-se a sétima jornada do Campeonato Nacional onde cerca de vinte jovens, de várias zonas do País, nomeadamente, Resende, Caldas da Rainha, Lisboa, Carcavelos, Arruda dos Vinhos e Portimão têm vindo a participar na procura dos lugares cimeiros das respectivas classes. Classificações Classificação F4 - G.P. de São Martinho do Porto 1.º Luis Miguel Ribeiro (Conforlimpa), 2.º Paulo Raposo; 3.º Luis Vila Verde (Aki D’el Mar – Comércio de Marisco); 4.º Rui Oliveira (Omniprint); 5.º Pedro Fortuna (Cimpor/ Eni/Vaganautica); 6.º Arnaldo Ma-

galhães Classificação T850 - G.P. de São Martinho do Porto 1.º Tiago Évora (Number One); 2.º Luis Correia (Sonangol/Multitechniques); 3.º André Correia; 4.º Álvaro Leite; 5.º Diogo Câmara; 6.º Alexandre Madeira Classificação PR 750 - G.P. de São Martinho do Porto 1.º João Correia; 2.º Guilherme Vila Verde; Micael Oliveira; Fórmula Futuro Classe 1 (8-9 anos) 1.º Pedro Pereira; 2.ºTiago Clérigo; 3.º Rodrigo Tuna Classe 2 (10-11 anos) 1.º Gabriela Guimarães; 2.º Hugo Piedade; 3.º Gonçalo Teixeira Classe 3 (12-13 anos) 1.º: Pedro Cardoso; 2.º Rosana Teixeira; 3.º William Dias Classe 4 (14-15 anos) 1.º Tiago Pereira; 2.º Inês Pereira; 3.º Vasco Neves Classe 5 (16-18 anos) 1.º Álvaro Leite; 2.º João Sá; 3.º António Rodrigues Classificação Final do Campeonato Nacional (rês primeiros) Classe 1: 1.º Rodrigo Loureiro Tuna; 2.º Pedro Rainho Pereira; 3.º Filipe Caires Câmara Classe 2: 1.º Gabriela Guimarães; 2.º Gonçalo Teixeira; 3.º Hugo Piedade Classe 3 1.º Pedro Cardoso; 2.º William Dias; 3.º Rosana Teixeira Classe 4 1.º Tiago Pereira; 2.º Inês Pereira; 3.º Vasco Neves Classe 5 1.º Álvaro Leite; 2.º João Sá; 3.º António Rodrigues

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Notícias do Mar

Notícias J. Garraio

Suave, Estável e Construído para Dois... O Hobie Outfitter é Desenhado para a Diversão!

Para quem ainda vai de férias, e procura a diversão na água, a J. Garraio propõe que vá acompanhado do “best-seller” da Hobie, o Outfitter.

A

J. Garraio, Lda., empresa de equipamentos náuticos com mais de 150 anos de experiência, é distribuidora oficial em Portugal da marca Hobie, uma conhecida marca de caiaques de grande qualidade e excelência! Suave, estável e construído para dois, o Outfitter é projetado em torno de uma filosofia de utilidade, desempenho e facilidade de utilização. A bordo, pequenos recursos, tais como úteis pequenas bandejas, porta-copos incorporado, controlo duplo de leme, ou suportes de pás convenientemente posicionadas fazer do Outfitter um prazer de utilizar, independentemente do destino. Quer se trate de um passeio após um dia de trabalho ou um longo fim-de-semana de pesca com um amigo, o Outfitter possui uma plataforma de casco grande e estável, sistema de duplo MirageDrive ® e um amplo espaço de arrumação para mantê-lo bem aprovisionado e devidamente organizado. Sistema Mirage Drive Tudo começa exactamente com cada um dos nossos nove modelos de Hobie Kayaks ao aplicar-lhes

naturalmente algo de novo e brilhante para o desporto da canoagem: pedais. Cada um dos nossos modelos, inclusive o Hobie Outfitter tem o nosso sistema patenteado de pedalar, que o levará mais longe, mais rápido, com uma grande ênfase na diversão.

Como funciona o MirageDrive? Este sistema bastante prático permite uma pesca “mãos livres”, em que se pode pedalar e pescar ao mesmo tempo. Como alternativa, pode sempre utilizar-se a convencional pagaia. Condução? As mudanças de direção efetuamse facilmente por meio de um prático sistema de leme: de um lado do kayak existe uma patilha que permite colocar e retirar o leme da água; do outro, outra patilha permite o

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controlo da direção a tomar. A velocidade pode ser medida, em nós, por um simples sistema adaptado nos pedais. Todos os nossos kayaks têm um bom sistema de auto-drenagem e assentos para mantê-lo seco mantendo toda a sua elegância. Especificações: Tripulação: uma ou duas pessoas Comprimento: 3,86 metros Largura: 0,86 metros Capacidade: 193 kg Peso: 50.62 kg Para mais informações dos produtos e serviços comercializados pela J. Garraio, Lda. visite o site www.jgarraio.pt


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Pesca Desportiva

Texto e Fotografia: Mundo da Pesca

Pesca Embarcada

À Volta com os Iscos Utensílios para fazer iscadas

Elaboração de uma iscada diferente e mais atrativa para os peixes

Iscos frescos são importantes no sucesso de uma pescaria mas por vezes nem isso é suficiente. Mesmo os pescadores mais habilidosos e cuidadosos com a elaboração das iscadas por vezes têm de recorrer a utensílios auxiliares para conseguirem uma elaboração da iscada diferente e mais atrativa para os peixes.

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Pesca Desportiva

O

convite que fizemos a Paulo Patacão, atleta de topo da elite nacional, para fazer um artigo sobre os auxiliares para fazer as iscadas, não podia ter chegado em melhor altura. Paulo também é mestre do Pescaki, uma embarcação de pesca marítimo-turística, e nas suas últimas saídas não tinha informações de boas pescarias perto de Setúbal. As razões para explicar tal facto devem-se ao elevado número de artes nos melhores pesqueiros, melhor solução para os pescadores profissionais que não têm combustível para se alargarem mais. Esta falta de peixe e a natural dificuldade da época eram o cenário ideal para mostrar como é que agulha dupla e o tubo (ou colher) funcionam. Acompanhados por João Bernardo, atualmente atleta da 1ª divisão nacional e anteriormente campeão nacional de Esperanças e de Luís Gon-

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Pesca Desportiva

Sargo-veado que respondeu à iscada 42

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çalves, lá nos fizemos ao mar de Setúbal em busca de peixe e de dificuldades. Durante a viagem até ao primeiro pesqueiro foram-se preparando as iscas escolhidas para o dia de pesca. Navalha, amêijoa e camarão foram as iscas escolhidas e para o efeito foram devidamente preparadas, tal como nos explicou Paulo Patacão: “vou já preparando uma salga de amêijoa, a qual servirá para a desidratar e assim ficar mais rija para iscar, seja iscando com auxiliares ou iscadas à mão, e o mesmo se vai fazer com alguma da navalha. Geralmente preparo uma cama de sal grosso e por cima coloco as iscas; por exemplo, as amêijoas de hoje estão muito moles e pouco cheias, independentemente de usar ou não auxiliares para iscar tenho de carregar mais no sal para que


Pesca Desportiva

Agulha dupla de loja

A preparação de uma iscada fiquem mais rijas.”. Os “auxiliares” São dois os utensílios habitualmente usados para fazer iscadas mais “perfeitinhas”, são eles a agulha dupla e o tubo, também apelidado de colher. A primeira não é mais do que colocar duas agulhas lado a lado, fixas em algo que pode ir de uma espuma para enrolar montagens até uma simples rolha de cortiça. O segundo auxiliar é um tubo cortado em bisel, de forma a ficar com uma superfície côncava, como se de uma colher se tratasse. O grande objetivo destes utensílios é atar a iscada de forma cómoda. Mas será que não se consegue atar com linha de silicone o isco diretamente no anzol? Foi o que João Bernardo nos explicou: “Conseguir até se consegue e é uma coisa que fazemos habitualmente. Mas iscando aquilo que já foi previamen2013 Setembro 321

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Pesca Desportiva

É importante fazer um salga do isco

Se não fosse uma iscada bem preparada, este sargo-legítimo não vinha 44

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Pesca Desportiva

te atado nestes acessórios consegue-se uma apresentação diferente que pode, em certos dias, dar melhor resultado. O que fazemos é preparar as iscas e com algumas delas fazemos estas iscadas com o auxílio destes acessórios. Eu pessoalmente prefiro e ajeito-me mais com a agulha dupla e penso que a maior parte dos atletas de competição o fazem também.”.

de usar uma agulha dupla ou tubo em que se consiga colocar uma fiada bastante grande de isco; depois é só cortar e desta forma, de uma só vez fica-se logo com uma série de iscadas feitas. Vale a pena perder tempo Voltando à pescaria, resta apenas dizer que era um “daqueles dias”. Com o calor

Milhentas opções!

Para se fazer um tubo o limite é a imaginação! Desde os tubos da eletricidade até a alguns tubos usados em aquariofilia, de tudo se pode usar para confecionar esta peça, restando apenas depois fazer um corte em bisel para ficar com a peça feita. Já com a agulha dupla se passa o mesmo, desde rolhas de cortiça até às espumas de enrolar montagens de tudo se pode usar. Importante é que as agulhas não sejam demasiado finas para não dobrarem e que as mesmas fiquem bem espetadas para que o mesmo não ocorra. Já há estas peças nas lojas, mas o gozo de as fazer é outro…

Como usar? Nada mais simples, como Paulo Patacão nos explicou. “De acordo com aquilo com que usarmos assim vamos espetar ou não os pedaços de isco com que vamos fazer a nossa “chucha; com a agulha dupla enfia-se os bocados que acharmos convenientes para fazer uma iscada e depois é só atar, nada mais simples! Já com o tubo não temos de espetar o isco, basta colocá-lo na parte aberta e passar a linha de atar e retirar a chucha com a mão.”. Uma das opções usadas para rentabilizar algum tempo, precioso sobretudo na competição, é

Os utensílios para elaborar as iscadas 2013 Setembro 321

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Pesca Desportiva

Valeu a pena perder tempo para capturar este sargo

que se fazia sentir nem valia a pena acender velas a pedir uns peixinhos. Os que lá iam saindo eram algumas choupas pequenas e uma ou outra safia mais tímida. Peixe de qualidade ou os exemplares acima referidos com mais tamanho “é mentira”. Foi aí que Paulo Patacão exclamou “Ó Carlos, vamos mesmo ter de usar as peças!”. E assim foi, e mesmo com o sol a pique e o peixe a escassear, lá saíram os melhores peixes do dia: dois belos sargos legítimos, um sargo-veado, um parguete e um pargo digno desse nome que não teve a sorte de ver a luz do dia. Tudo com iscadas

feitas na agulha dupla! Em tom de comentário foi o que o mestre Patacão referiu “vale mesmo a pena perder tempo e mesmo que não tivéssemos feito nada, valia sempre a pena perder tempo num dia destes…difícil”; Parece de propósito mas foi assim mesmo; meia dúzia de peixes de qualidade contra o lote que estava a sair, cavalas e bogas incluídas. Por isso já sabe, não ocupam muito espaço e podem valer uns peixinhos daqueles que nós gostamos; perca tempo e saiba tirar partido dos dias difíceis e daquilo que existe para enganar a bicharada!

A opinião de João Bernardo A utilização de agulhas de iscar, agulhas duplas e colheres. Servem para facilitar o chamado “coser” ou atar a isca. Para que serve o “coser” ou atar a isca? Serve para dar maior consistência à iscada fazendo assim uma iscada mais atrativa e resistente. Com o elástico podemos moldar com maior facilidade a isca, fazendo iscadas maiores dando-lhe a necessária resistência. Numa altura de pesca difícil, com pouco peixe e em que o peixe não esta com tanta vontade de comer ou não abunda. A isca atada facilita em muito o engolfar do peixe, porque o peixe ao não conseguir retirar a isca do anzol com tanta facilidade, obriga-o a engolir. A isca atada poderá ser uma vantagem a ter em conta, mas por vezes temos de analisar as condições em que estamos, isto porque, o peixe poderá querer a isca solta para comer mais a vontade, aí será uma desvantagem atar a isca. As agulhas de iscar podem ser utilizadas com variadíssimos tipos de isca, desde amêijoa, camarão, casulo; lingueirão, bomboca, mexilhão, filetes de sardinha, entre outras. Já as colheres de iscar são utilizadas para iscadas mais pequenas como a amêijoa, camarão, berbigão, entre outras.

João Bernardo com um parguete

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Náutica

Notícias da Honda Marine

Honda Marine- Novos Motores BF 80 e BF 100 Para reforçar a sua gama de motores fora-de-borda para a Europa, a Honda Marine vai introduzir dois fantásticos modelos novos com 80 e 100 HP de potência. Estes novos modelos cumprem e excedem as normas ambientais em vigor. ções de funções vitais incluindo a rotação do motor, o ângulo da inclinação, os avisadores de serviço, a temperatura do motor, os níveis de carga da bateria, a pressão do óleo entre outros parâmetros de gestão do motor. Estes novos instrumentos também possuem o indicador “Eco Light” exclusivo da Honda, que informa ao utilizador da embarcação quando o motor está em modo ECOmo/combustão pobre e, portanto, na sua maior eficiência de combustível. Graças à compatibilidade com a ligação NMEA 2000®, o cliente poderá instalar uma grande diversidade de equipamento electrónico sofisticado, tal como sistemas de GPS, chart plotters e sonares. Agora, toda a gama Honda Marine, desde

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s novos BF80 e BF100 exibem novos níveis de performance nas suas respectivas classes, recorrendo a tecnologias mundialmente comprovadas. Com baixo peso e design compacto, estes novos motores oferecem óptimos níveis de performance com os mais baixos consumos. O design novo e elegante completa e complementa a embarcação eleita pelo cliente, maximizando a sua experiência de navegação. Estes novos modelos retiram o máximo proveito de diversas tecnologias exclusivas e avançadas de motores da Honda, pelas quais a marca é reconhecida: BLAST™ (Boosted Low Speed Torque - Binário Aumentado a Baixa Rotação) A revolucionária e exclusiva tecnologia BLAST™ da Honda ajusta a relação ar/combustível e o ponto de ignição para aumentar a potência e o binário do motor para oferecer acelerações rápidas. Isto resulta numa performance forte em aceleração, de forma a obter rápida planagem do casco da embarcação. Esta tecnologia patenteada nos motores fora-de-borda a quatro tempos é o padrão dos motores 48

fora-de-borda Honda. ECOmo ™ (Economy Controlled Motor - Motor de Economia Controlada) A tecnologia Controlo de Combustão Pobre patenteada pela Honda recorre a sensores para monitorizar a relação ar/combustível em modo de velocidade de cruzeiro, ajustando-a de forma a obter uma óptima economia de combustível. Combinado com a exclusiva tecnologia PGM-Fi™ (Injecção Programada de Combustível) da Honda, o resultado é uma elevada eficiência com baixas emissões. VTEC ™ (Variable Valve Timing and Lift Electronic Control - Controlo Electrónico do Comando e Abertura Variável das Válvulas) O novo BF100 está equipado com exclusivo sistema VTEC™ da Honda, oferecendo performance óptima em toda a gama de funcionamento, com potência controlada quando esta for necessária. Características melhoradas para complementar os requisitos do cliente: Os novos BF80 e BF100 oferecem uma gama de características melhoradas para assegurar a maior facilidade de utilização:

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Controlo de Rotação para Pesca ao Corrico Em primeiro, estes modelos estão equipados com o controlo para pesca ao corrico da Honda, permitindo um controlo de precisão de baixa velocidade, com ajustes automáticos em incrementos de 50 rpm, ideal para as manobras de pesca e de baixa velocidade. Ligação NMEA 2000 ®: Os dois motores fora-deborda também são totalmente compatíveis com as normas NMEA 2000®, simplificando a ligação a outros dispositivos compatíveis com esta norma. Estes novos modelos também permitem a instalação dos novos instrumentos opcionais digitais multi-funções Honda compatíveis com as normas NMEA 2000®. Estes instrumentos foram concebidos para oferecerem uma ligação simplificada e uniformizada a bordo, disponibilizando todas as informações vitais do motor ao utilizador. Os instrumentos Honda mostram informa-


Náutica

o BF40 ao BF250, é totalmente compatível com as normas NMEA 2000®. Celebrar 50 anos de tradição em inovação e consciência ambiental O lançamento destes novos modelos ocorre numa altura em que a Honda se prepara para celebrar o seu quinquagésimo aniversário no fabrico de motores marítimos fora-de-borda. Desde a introdução

do primeiro motor fora-de-borda a quatro tempos 1964, o GB30, a Honda tem sido pioneira no desenvolvimento da tecnologia a quatro tempos, em sintonia com a filosofia estabelecida pelo seu fundador, Soichiro Honda, que indica que “os produtos que são usados na água não a devem poluir.”. A gama actual da Honda de motores topo de classe, abrange todas as necessidades, desde o BF2.3 ao BF250 e excede todas as normas RCD Europeias, que

são das mais exigentes do mundo. Para além disso, a recente integração das tecnologias de motor patenteadas pela Honda em toda a gama de motores de média e alta potência continua a demonstrar o compromisso continuado da empresa para com o meio ambiente. Estes novos modelos estarão disponíveis em toda a rede Europeia de Concessionários Autorizados Honda Marine a partir do início de 2014, com preços a confirmar.

Especificações Técnicas BF 80

BF 100

Tipo do motor

4 cilindros, 16 válvulas SOHC

4 cilindros, 16 válvulas SOHC VTEC™

Cilindrada

1.496

1.496

Diâmetro e Curso (mm)

73 x 89,4

73 x 89,4

Regime recomendado (rpm)

5.000 - 6.000

5.500 – 6.300

Potência [kW (CV)]

58,8 (80)]

[73,6 (100)]

Sistema de refrigeração

Refrigerado por água (com termóstato)

Refrigerado por água (com termóstato)

Alimentação

PGM-Fi (Programmed Fuel Injection - Injecção Programada de Combustível)

PGM-Fi (Programmed Fuel Injection - Injecção Programada de Combustível)

Sistema de ignição

Electrónico, PGM-IG

Electrónico, PGM-IG

Sistema de arranque

Arranque eléctrico

Arranque eléctrico

Sistema de escape

pelo hélice

pelo hélice

Relação de transmissão

2,33

2,33

Potência do alternador

44 amperes

44 amperes

Capacidade de carga da bateria

35 amperes

35 amperes

Conformidade com a norma NMEA 2000</b>

Sim

Sim

Altura do painel de popa (mm)

L: 537/X: 664

L: 537/X: 664

Peso a seco (com hélice)

L: 165/X: 171

L: 166/X: 172

Sistema de ajuste e inclinação (Trim & Tilt)

Eléctrico

Eléctrico

Dimensões gerais (C/L/A)

A) 746/449/1.566 (L)/1.693 (X)

746/449/1.566 (L)/1.693 (X)

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Surf

Campeonato CampoFrio de Windsurf 2013

Emoção Até ao Final

Texto Nuno Mayer Jardim Fotografia BEC Images

Largada Final O Campeonato CampoFrio de Windsurf na época de 2013, foi tão emocionante que apenas na última prova ficou definido o pódio. Com uma participação que presenciou mais de 35 concorrentes, em planos de água tão diferenciados quanto a Barragem do Caia, a Meia Praia em Lagos e a Península de Troia.

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Prize Money de 1.800 euros foi possível pelo patrocínio dos Snacks CampoFrio, que acompanhou todas as provas do circuito e tornaram a luta ainda mais interessante. Etapa do Caia “Windsurf agitou águas do Alentejo” Em Maio arrancou o Campeonato CampoFrio de Windsurf na bar-

ragem do Caia, em Campo Maior, com uma forte plateia a assistir ao evento, onde se destacou o Comendador Rui Nabeiro. Com um movimento forte do município de Campo Maior, equipamento da GNR local, numa organização do Clube de Vela de Portugal, teve Luís Raposo como Comissão de Regatas, numa prova com a presença extra de cerca de 10 atletas Espanhóis. No sábado uma nortada forte, mas instável, deu trabalho aos 32

Martim Monteiro, Campeão Nacional 2013 56

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participantes divididos pelas eliminatórias, destacando-se a liderança de Martim Monteiro e Pedro Soares. As finais apenas se realizaram no domingo, com vento mais fraco, e levaram Martim Monteiro do Clube de Windsurf de Carcavelos (CWC) ao topo do pódio, seguido de Rui Borges de Sousa do Clube de Vela de Portugal (CVP) e fechado pelo atleta local, Luís Franco a representar o Clube de Vela de Lagos (CVL).

Etapa de Lagos “Martim Monteiro faz história, vencendo todas as regatas” Em Junho a caravana do Cam-

Rondagem CR em Troia


Surf

peonato CampoFrio de Windsurf, deslocou-se à Meca do Slalom em Portugal, nas águas de Lagos. Numa organização do CVL, tendo Rui Raimundo como Comissão de Regatas, contou com o apoio dos Hotéis Dom Pedro, e disputou-se em condições paradisíacas com água turquesa. No sábado o vento entrou de norte, com rajadas de 25 nós, num campo de regatas que parecia uma piscina, onde a emoção da cambadela junto ao molhe da Marina, era um gozo para quem assistia. No final do dia, apenas 5 pontos separavam o 3º do 8º lugar. No domingo a ação começou cedo com vento a subir aos 30 nós, com largadas emocionantes, tendo seis a sete atletas a rondarem a mesma boia a 35 nós de velocidade, sem um toque. Com oito regatas completas realizadas, o líder indiscutível foi Martim Monteiro, do CWC, que venceu todas as regatas, cabendo o segundo lugar ao local Pedro Soares, fechando o campeão de 2012, Francesco Orsi do Clube Naval de Cascais (CNC), o pódio. Etapa de Tróia “Campeão 2012 arrebata mais uma vitória” Uma vez que o windsurf necessita de vento mínimo de 11 nós, foi re-

Largada Campeonato Nacional em Lagos alizada apenas na segunda data a prova de Tróia. Numa regata organizada pelo Clube Naval Setubalense, com o apoio do Tróia Resort, e Luís Raposo na Comissão de Regata, a ação estava garantida. O vento de Noroeste entrou no primeiro dia, no campo de regatas do Rio Sado, frente à Marina do

Tróia Resort. Nas palavras do velejador local, Gil Brás de Oliveira, “as condições no rio colocaram à prova a perícia dos competidores”, onde o encontro da maré e do vento, constituía um desafio nos 30 nós de velocidade atingidos. No domingo, o campo de regatas

passou para o mar, no Bico das Lulas, que permitiu um longo percurso e quatro regatas tão emocionantes, que tiveram quatro vencedores diferentes, sobre o sol escaldante da península. Com dez regatas realizadas, o vencedor foi Francesco Orsi do

Martim e José Pedro Monteiro, Campeonato Regional em Lagos Downwind CRegional, Lagos

Os Campeões e as Aspirações

O

Francesco Orsi, Vice-Campeão Nacional

jovem Martim Monteiro, filho do olímpico José Pedro Monteiro, conquistou o título de Campeão Nacional, ainda que o título de Campeão do Ranking APWind lhe tenha fugido pelo cancelamento da última etapa da Costa da Caparica, por falta de vento. Ainda assim, tal não demoveu Martim de participar na prova na Turquia da PWA (Professional Board Association), um circuito privado repleto dos melhores atletas do mundo, onde a grande maioria é profissional. Francesco Orsi, o atleta de origem Italiana a viver em Portugal desde 2011, foi pelo segundo ano consecutivo o Campeão do Ranking APWind, o somatório dos Regionais e do Nacional. Atualmente em fase de doutoramento em arquitetura, representa o Cavalo Marinho do Clube Naval de Cascais, sendo “piloto de testes” das velas Maui Sails e dos mastros Mavex.

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Surf

Largada, CRegional em Lagos CNC, seguido de Rui Borges de Sousa do CVP, num pódio fechado por Rui Silva, também do Clube Naval de Cascais. Após muitos anos de ausência, Tróia foi sem dúvida uma aposta ganha na época de 2013. Campeonato Nacional em Lagos “Jovem Martim do Clube Windsurf de Carcavelos sagra-se campeão” O Campeonato Nacional é prova

rainha do Windsurf em Portugal, e decorreu em Agosto no campo de regatas mais fantástico da costa Portuguesa, Lagos. Integrado no Campeonato CampoFrio de Windsurf, o evento foi presenteado por um sol fantástico numa organização do Clube de Vela de Lagos, com a forte presença dos Snacks CampoFrio. O vento Norte entrou cedo, entre 25 a 30 nós, frente ao Hotel Dom Pedro, onde Francesco Orsi e Martim Monteiro lutavam pelo primeiro lugar, seguidos de perto por Pedro

Nuno Jardim, Campeonato Nacional Soares. No domingo, Martim Monteiro do Clube Windsurf de Carcavelos, não deu tréguas à frota, onde o despique entre competidores foi tão alto, que deu lugar a vários protestos, prontamente resolvidos pelo júri Rui Raimundo. Deste modo, Martim Monteiro tornou-se em Lagos, com todo o mérito, o Campeão Nacional de 2013, seguido pelo atleta do CNC, Francesco Orsi, e por Pedro Soares a representar o clube anfitrião. A equipa do CVL presenteou com um fantástico churrasco os participantes e acompanhantes, num

espírito de descontração. Com quatro provas realizadas e apenas a última etapa anulada, o atleta alpino Francesco Orsi do Clube Naval de Cascais, foi o Campeão do Ranking APWind, que acumula todas as provas do Campeonato CampoFrio de Windsurf. O jovem Martim Monteiro, filho do olímpico José Pedro Monteiro, foi o Campeão Nacional e mostrou em 2013 uma evolução considerável, bem como um ritmo muito consistente, enveredando atualmente por um percurso profissional no windsurf.

Largada em Tróia

Palavras do Presidente

A

Podium Campeonato Nacional 58

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Associação Portuguesa de Windsurfing (APWind) conseguiu montar, na época de 2013, um circuito completo com cobertura nacional. Com o patrocínio dos Snacks CampoFrio, bem como os apoios das Câmaras Municipais, 2013 teve a maior cobertura mediática desde televisão, imprensa escrita e online e rádios. Estudos recentes apontam que o windsurf continua a ser a classe com mais praticantes em Portugal. Avaliado entre 2.000 e 2.500 praticantes é, a par do KiteSurf, a mais fácil de transportar, sendo as únicas que podem entrar num avião. Na época de 2013 a classe de Formula Windsurfing saiu da esfera da APWind mas, por outro lado, foram criadas novos comités como a Daggerboards (patilhão), que inclui a Techno 293, Raceboard e RS:One, e as ondas que esteve 6 anos afastadas, com o WaveShow CampoFrio.. Em 2014 haverá sangue novo na APWind, como uma nova direção, que herda as melhores práticas e, acreditamos, promoveu a melhoria do windsurf em Portugal.


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Surf

SATA Airlines Azores Pro presented by Sumol

Fotografia Aseurope.com/Masurel

O brasileiro Thomas Hermes, foi o vencedor

Tomas Hermes Vence pela Primeira Vez no Circuito Mundial de Surf O surfista brasileiro Tomas Hermes, de 26 anos, venceu o SATA Airlines Azores Pro presented by Sumol 2013, ao derrotar o australiano Adam Melling na final, disputada com ondas de um metro, no dia 7 de Setembro, na praia de Santa Bárbara, em Ribeira Grande na ilha de S. Miguel, nos Açores,

T

omas Hermes, que chegou aos Açores na 122ª posição do ranking mundial, foi o verdadeiro “guerreiro silencioso”, batendo sistematicamente os

seus adversários, bem mais cotados, conquistando assim o primeiro lugar, 40.000 dólares de prémio, 6500 pontos para o ranking mundial e a maior vitória da sua carreira.

“Não estou nem acreditando! Acho que ainda não caiu a ficha,” comentou um sorridente Tomas. “Esta é, sem dúvida, a minha vitória mais importante… nunca tinha vencido uma pro-

O australiano Adan Melling foi o vencido na final 60

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va da ASP e foi logo acontecer num Prime e aqui nos Açores!... Falhei dois eventos importantes este ano, porque estive doente, com uma infeção no coração e isso prejudicou bastante o meu ranking. Tive de treinar bastante depois de ter ficado parado e vim para cá no limite do meu orçamento… mas agora está tudo certo! Foi um caminho duro até à final, mas fui construindo a minha confiança a cada bateria que vencia e, na final, comecei logo ao ataque. Foi o que me deu a vitória, pois na segunda metade do heat apareceram poucas ondas… Vou reavaliar o resto do meu ano, até porque gostava de agarrar esse prémio extra do Moche Series Cascais Trophy, mas para isso teria de competir em Peniche… será que vão dar um wildcard para mim?!... seria muito bom!” concluiu o terceiro brasileiro a vencer a prova açoriana, subindo 88 posições no ranking mundial e ocupando agora o 34º lugar, o que lhe dá boas perspectivas de qualificação para o WCT de 2014. Hermes foi o verdadeiro “tomba-gigantes” deste evento, batendo surfistas como o campeão


Surf

Thomas Hermes mostra o cheque de $40.000 mundial Pro Junior, Jack Freestone, o campeão europeu da mesma categoria, Ramzi Boukhiam, os seus compatriotas do WCT Miguel Pupo e Filipe Toledo, bem como os australianos Mitch Crews e Adam Melling Melling, que compete na elite mundial desde 2010, fez um bom campeonato e era o favorito à vitória, mas acabou por se desencontrar com as ondas durante a final, depois de ter feito a maior pontuação do dia nas meias-finais (16.60 em 20 pontos possíveis) para derrotar o seu jovem colega do WCT, o americano Kolohe Andino. “Gostava de ter vencido, claro, mas no final de contas não deixa de ser um óptimo resultado e um bom arranque para esta última parte do ano competitivo,” disse o australiano. “Tenho sempre bons resultados aqui nos Açores, onde até fiz uma onda de 10 pontos em 2011, por isso saio daqui satisfeito. Com este resultado já posso respirar de alívio quanto à requalificação para 2014 e agora vou atrás do Moche Series Cascais Trophy, uma grande ideia! Gostei de ver o Tomas a surfar e até que fosse ele a vencer. Ele é bom tipo e bom surfista… e esta vitória foi muito importante para ele,” concedeu Melling. Dos portugueses que pareticiparam, o destaque vai para Frederico Morais, actual líder do ranking nacional e Top 5 mundial júnior em 2012, pois venceu a sua elimina-

tória de forma destacada, batendo os seus fortes adversários por larga margem, numa clara demonstração da boa forma que atravessa, mas acabou por ser eliminado na eliminatória seguinte. Já Tiago Pires (único português na elite mundial do WCT) e Vasco Ribeiro (bi-campeão nacional em título), não seguiram o exemplo de Frederico, acabando eliminados.

O pódio Rodrigo Herédia, responsável pela organização, fez um balanço “extremamente positivo desta quinta edição. Tivemos seis dias de boas ondas, sol, muito público e um grande espectáculo de surf, com a presença de muito atletas do WCT, o que atesta bastante sobre a qualidade destas ondas” O SATA Airlines Azores Pro presented by Sumol 2013 é orga-

nizado pela DAAZ Eventos e pela Associação Atlantic Action Sports, conta com o patrocínio da SATA Airlines, do Turismo dos Açores, Câmara Municipal da Ribeira Grande, Sumol, MOCHE, MEO, contando ainda com os apoios do Hotel Vip Executive Açores, FUEL TV como canal oficial, RFM, RTP, Jornal i, Surf Total, Surf Portugal, ONFIRE, Beachcam e Puro Feeling.

Thomas Hermes a festejar a vitória na água

Director: Antero dos Santos – mar.antero@gmail.com Director Comercial: João Carlos Reis - noticiasdomar@media4u.pt Colaboração: Carlos Salgado, Gustavo Bahia, Hugo Silva, José Tourais, José de Sousa, João Zamith, Mundo da Pesca, Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas, Federação Portuguesa de Jet Ski, Federação Portuguesa de Motonáutica, Federação Portuguesa de Pesca Desportiva do Alto Mar, Federação Portuguesa Surf, Federação Portuguesa de Vela, Associação Nacional de Surfistas, Big Game Club de Portugal, Club Naval da Horta, Jet Ski Clube de Portugal, Surf Clube de Viana, Acossiação Portuguesa de WindSurfing Administração, Redação: Tel: 21 445 28 99 Tlm: 91 964 28 00 - noticias.mar@gmail.com

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Notícias do Mar

Últimas 4ª Etapa do Circuito Nacional de bodyboard de Esperanças

Miguel e Beatriz Mandam na Figueira e Pedro Machado Reclama Título Sub-14

Pedro Machado

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iguel Adão e Beatriz Morgado mostraram que na Figueira mandam os da casa, vencendo os sub-18 e sub-18 feminino da quarta etapa do Circuito Nacional de Bodyboard da FPS, que terminou no dia 8 de Setembro, enquanto Pedro Machado selou a sua hegemonia do escalão sub-14 com mais uma vitória e o título sub-14. Entretanto, o carcavelense Guilherme Guerra venceu a competição de sub-16 e Rodrigo Lopes triunfou em sub-12. Em sub-18 masculino, Miguel Adão, de 16 anos, puxou finalmente dos galões de grande promessa do bodyboard nacional e ganhou uma etapa em sub-18, algo que vinha perseguindo há algum tempo este ano: “É verdade. Faltei à primeira etapa, na Caparica porque estava a competir no Havai, tive muito azar na segunda, na Ericeira e fui eliminado nas primeiras rondas e em Viana, fui quarto classificado. Agora, finalmente, venci. E vencer em casa, com o apoio de todos os meus amigos tem um sabor muito especial.” Mas a grande figura do dia foi, claramente, Pedro Machado. O jovem atleta da Associação Onda do Norte, treinado pela dupla Manuel Centeno e Nuno Azevedo, irmão do campeão nacional

Beatriz Morgado

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de sub-18 Bernardo Machado, tem feito uma temporada que honra tão boa linhagem e venceu todas as quatro etapas realizadas até ao momento, sagrando-se campeão virtual, com ainda duas etapas por cumprir no calendário. “Foi muito difícil”, começou por dizer o enérgico jovem bodyboarder, justificando: “Acabei de regressar do México e fiquei chocado com a temperatura da água, muito fria e com as ondas, completamente diferentes. Mas mentalizei-me, sabia que tinha de competir e que podia ser campeão na Figueira. E foi o que fiz.” Para este triunfo, muito contribuiu, obviamente, a sua dupla de treinadores, e, fundamentalmente, o irmão Bernardo: “Comecei a surfar com ele quando tinha 10 anos e quando ele começou a correr o circuito acompanhei-o e comecei a treinar com ele. O resto aconteceu naturalmente, acho que sim, que fui à boleia do sucess dele e alcancei o meu. Agora quero evoluir o meu surf. Não penso muito em longo prazo, mas um dia queria entrar numa etapa do circuito mundial.”

Miguel Adão


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