Jornal Espírita de Uberaba nº 102

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Ano 8 – nº 102 – Março /2015 – “Fundado em outubro de 2006” Responsável: Luiz Carlos de Souza (Trabalhador na seara espírita em Uberaba-MG / Brasil) TWITTER: @jornalespirita FACEBOOK: Jornal Espírita de Uberaba I e II SITES: www.jornalespiritadeuberaba.com.br e www.issuu.com/jornalespiritadeuberaba E-MAIL: contato@jornalespiritadeuberaba.com.br / CELULAR: (34) 9969-7191

“A felicidade depende das qualidades próprias do indivíduo e não do estado material do meio em que se encontra”. Allan Kardec EDITORIAL SUICÍDIO - CAUSAS E CONSEQÜÊNCIAS Allan Kardec no livro “O Evangelho Segundo o Espiritismo” capítulo 5º diz que “a calma e a resignação adquiridas na maneira de encarar a vida terrena, e a fé no futuro, dão ao espírito uma serenidade que é o melhor preservativo da loucura e do suicídio”. A incredulidade, a simples dúvida quanto ao futuro, as ideias materialistas, são os maiores incentivadores do suicídio: elas produzem a frouxidão moral. Dr. Jorge Andréa no livro “Enfoques Científicos na Doutrina Espírita” abordando essa mesma temática tece as seguintes considerações. O homem moderno materializou-se, exaltando a deusa – máquina e o deus técnica, não percebendo a fragilidade desses totens de barro. O deus em que confiou e acreditou esboroou-se ao menor dos ventos. Não acontecendo o mesmo com aqueles que asseguram os seus alicerces psicológicos – emocionais numa ética valorosa que o espiritualismo pode oferecer; e mais ainda, numa fé lógica, harmoniosa e inteligível por ser raciocinada, aos que se acercam do estofo dinâmico que caracteriza a Doutrina Espírita. O suicídio, como resultado de um imenso desequilíbrio emocional poderá ser um ato voluntário, porquanto existem outros fatores que concorrem para um suicídio lento despercebido e por isso, considerado involuntário, ou seja, suicídio consciente e inconsciente. As consequências são dolorosas. Não morrerão, ninguém se destrói ante a morte. Jornal Espírita de Uberaba – Ano 8 – Nº 102 – Março/2015

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Há, sem dúvida, agravantes e atenuantes, no exame do suicídio. Eliminam, no mundo espiritual com muito sofrimento o ônus da atitude desequilibrante e quando retornarem à Terra em novas reencarnações terão que passar, por expiações aflitivas. Joanna de Ângelis no livro “Após a Tempestade” nos fala dessas consequências: aqueles que esfacelam o crânio, reencarnam com a idiotia, surdez-mudez, conforme a parte do cérebro afetada, os que tentaram o enforcamento, reaparecem, com os processos da paraplegia infantil; os afogados com enfisema pulmonar, tiros no coração, cardiopatias congênitas irreversíveis, os que se utilizam de tóxicos e venenos, sofrem sob o tormento das deformações congênitas, úlceras gástricas e cânceres. É Joanna ainda que nos diz: - “Espera pelo amanhã, quando o teu dia se te apresente sombrio e apavorante. Se te parecem insuportáveis as dores, lembra-te de Jesus, ora, aguarda e confia”. “Lembremo-nos de Kardec quando coloca no “Evangelho Segundo o Espiritismo” – “Com o Espiritismo a dúvida não sendo mais permitida, modifica-se a visão da vida”. Bibliografia 1.Kardec, Allan – Evangelho Segundo o Espiritismo 2.Andréa, Jorge – Enfoques Científicos na Doutrina Espírita 3.Angelis, Joanna de - Após a tempestade – psic. De Divaldo Pereira Franco Fundação Espírita André Luiz – http://www.andreluiz.org.br/ Transcrito do site: http://www.espirito.org.br/portal/artigos/diversos/suicidio/suicidiocausas.html EVENTOS ESPÍRITAS DE UBERABA REUNIÃO LÍTERO MUSICAL DOUTRINÁRIA Palestra: LÁZARO E NÓS Palestrante: Publio Carisio de Paula (Araguari-MG) Programação: Palestra, Apresentação Musical, Sorteio de Livros e Confraternização. Data: 28 de março de 2015 (sábado) Horário: 19h30min Local: Centro Espírita Uberabense (Rua Barão de Ituberaba nº 449 – Estados Unidos – Uberaba-MG) Organização: UMEU – União da Mocidade Espírita de Uberaba REUNIÃO DO GRUPO DE ESTUDOS JURÍDICO ESPÍRITA DE UBERABA-MG Dia: 14 de Março de 2015 – Sábado Horário: 9h30min Local: Centro Espírita Aurélio Agostinho (Av. Lucas Borges nº 61 – Bairro Fabrício) Tema do estudo: “Parentalidade Socioafetiva – Uma visão jurídico espírita” Teremos como Coordenador do Estudo o nosso irmão “Washington Luiz Gomes da Silva" CICLO DE PALESTRAS COMEMORATIVAS AOS 50 ANOS DO CENTRO ESPÍRITA CAMINHEIROS DO AMOR O Centro Espírita Caminheiros do Amor, fundado em 31 de março de 1965, estará completando 50 anos neste mês. Assim, organizou um Ciclo de Palestras Comemorativas, conforme se vê abaixo: Jornal Espírita de Uberaba – Ano 8 – Nº 102 – Março/2015

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Dia: 06/03 – sexta-feira Horário: 20h Palestrante: Daniel Gonçalves Moreira Tema: Chico Xavier – O Evangelho Vivo Apresentação Lítero-Musical às 19h20min com o Grupo Musical Unidos para o Bem Dia: 13/03 – sexta-feira Horário: 20h Palestrante: Gilberto Borges Tema: Maria de Magdala Apresentação Lítero-Musical Musical às 19h20min com o Grupo Raio de Luz Dia: 16/03 – segunda-feira Horário: 20h Palestrante: Joamar Zanolini Tema: Compromissos Afetivos: Ficar, Namoro ou Casamento Apresentação Lítero-Musical às 19h20min com Lucinei Rodrigues e Karoline Oliveira Dia: 20/03 – sexta-feira Horário: 20h Palestrante: Walter Barcelos Tema: Lar: A Melhor Escola das Almas Apresentação Lítero-Musical às 19h20min com o Grupo Musical José Horta Dia: 23/03 – segunda-feira Horário: 20h Palestrante: Ramon Vinícius Tema: Justiça Divina Segundo o Espiritismo Apresentação Lítero-Musical às 19h20min com a Mocidade Caminheiros do Amor Dia: 27/03 – sexta-feira Horário: 20h Palestrante: Luiz Ernesto Tema: Breve Histórico do Centro Espírita Caminheiros do Amor Apresentação Lítero-Musical às 19h20min com ANFARI Dia: 30/03 – segunda-feira Horário: 20h Palestrante: Manoel Carvalho Tema: Breve Histórico do Centro Espírita Caminheiros do Amor Apresentação Lítero-Musical às 19h20min com a Mocidade Caminheiros do Amor Jornal Espírita de Uberaba – Ano 8 – Nº 102 – Março/2015

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Dia: 03/04 – sexta-feira Horário: 20h Palestrante: Jorge Bichuetti Tema: A Função da Doença e o Processo de Cura: de Jesus a Emmanuel Apresentação Lítero-Musical às 19h20min o Grupo Musical Unidos para o Bem Endereço: Av. Nenê Sabino nº 553 – Santa Marta Informações: cecauberaba@gmail.com // www.caminheirosdoamor.org LANÇAMENTO DE LIVRO DO SANATÓRIO ESPÍRITA DE UBERABA No dia 14 de março (sábado), às 17h, no Centro Espírita Uberabense (Rua Barão de Ituberaba nº 449), acontecerá o lançamento do livro “A HISTÓRIA DE NORINHA E SANTIAGO”, de autoria espiritual de Inácio Ferreira & Rafael, psicografia de Solange de Sousa e Dante Della Manna. Todos estão convidados. ESTUDO SISTEMATIZADO DA DOUTRINA ESPÍRITA – ESDE Datas dos Estudos: Segunda-feira às 19h30min Quarta-feira às 15h Sábado às 15h Local: Casa da Cultura Espírita de Uberaba (Rua Tocantins nº 285 – Vila Celeste) Informações: E-mail: apoioesde.gecs@gmail.com Telefone: 3312-8327 Site: www.eepe.com.br PROGRAMAÇÃO DA UMEU – 2015 A UMEU – União da Mocidade Espírita de Uberaba já definiu a programação de suas atividades deste ano. Confira abaixo: Reunião Lítero Musical Doutrinária – dia 28 de fevereiro PALESTRA: Evolução (lançamento do CD) PALESTRANTE: Antonio Fábio Ribeiro – ANFARI (Cantor e Compositor) Reunião Lítero Musical Doutrinária – dia 28 de março PALESTRA: LÁZARO E NÓS PALESTRANTE: Publio Carisio de Paula (Araguari-MG) Reunião Lítero Musical Doutrinária – dia 25 de abril PALESTRA: A OVELHA PERDIDA PALESTRANTE: Aluizio Ferreira Elias (Uberaba-MG) Reunião Lítero Musical Doutrinária – dia 30 de maio PALESTRA: DEPRESSÃO NO CONTEXTO ESPÍRITA PALESTRANTE: Adriano Roberto Tarifa Vicente (Araxá-MG) Reunião Lítero Musical Doutrinária – dia 27 de junho PALESTRA: O CRISTÃO NO MUNDO PALESTRANTE: Nara Carlone (Franca-SP) Jornal Espírita de Uberaba – Ano 8 – Nº 102 – Março/2015

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Reunião Lítero Musical Doutrinária – dia 25 de julho PALESTRA: JESUS E AS SUAS PARÁBOLAS PALESTRANTE: Dr. Jorge Bichuetti (Uberaba-MG) XIII FEMEU – Festival de Música Espírita de Uberaba em 29 de agosto Reunião Lítero Musical Doutrinária – dia 26 de setembro PALESTRA: FORA DA CARIDADE NÃO HÁ SALVAÇÃO PALESTRANTE: Maria Cecília Andrade Chumbinho (Uberaba-MG) Reunião Lítero Musical Doutrinária – dia 31 de outubro PALESTRA: SUICÍDIO NUNCA MAIS PALESTRANTE: Luiz Carlos de Souza (Uberaba-MG) V Fórum da Mediunidade (período vespertino) em 28 de novembro CRONOGRAMA DO XIV FEMEU – 2015 Festival de Música Espírita de Uberaba (nacional) DATAS 24/01 a 28/02 01/03 a 16/03 17/03 a 31/03 01/04 a 30/06 01/06 a 30/06 01/07 a 05/07 06/07 a 09/08 10/08 10/08 a 28/08 29/08 31/08 a 30/09

AÇÕES Busca de parcerias, apoios e patrocínios. Aprovar as peças publicitárias (cartaz, e-mail marketing e outras), Regulamento, Premiação e outras definições. Confecção das peças publicitárias. Divulgação em todo o território nacional (federações espíritas e casas espíritas) para inscrições no FEMEU. Inscrição das músicas através do site do FEMEU. www.jornalespiritadeuberaba.com.br/femeu Seleção das músicas inscritas pela Comissão. Votação das músicas no Site do FEMEU. www.jornalespiritadeuberaba.com.br/femeu Divulgação das 15 músicas classificadas – convocação dos músicos classificados para a apresentação no dia 29/08 – Grande Final. Divulgação da Grande Final do XIV FEMEU. Realização da Grande Final do XIV FEMEU – Apresentação das 15 músicas selecionadas. Divulgação do resultado nas mídias espíritas.

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EM DIA COM O ESPIRITISMO MAIS DEPOIMENTOS SOBRE A CENTÉSIMA EDIÇÃO DO JORNAL ESPÍRITA DE UBERABA Caro Luiz Carlos, Mesmo que atrasado, quero parabenizar a você e toda a Equipe responsável por manter o Jornal Espírita de Uberaba, nestas 100 edições. Sempre leio com atenção cada número e em particular buscava um momento próprio para ler este número especial. Emocionei-me muito lendo a entrevista de Marlene Nobre, um exemplo de Trabalhadora de Jesus. Acessei com carinho a exposição de César Perri sobre a FEB, entidade veneranda dedicada à divulgação plena do Espiritismo em múltiplos aspectos. Também vi o filme de 11 minutos sobre o inesquecível Chico Xavier, que dispensa nossos modestos comentários. Mas há um mérito do Jornal, que é evidenciar a inúmeros leitores e trabalhadores da Seara Espírita o que é possível realizar. Esta virtude cabe engrandecer. Por tudo isso agradeço e envio minha mensagem de estímulo a todos e que possamos comemorar a 200ª Edição do abençoado Jornal. Que Jesus os abençoe, mantendo a todos ligados ao trabalho de construção da Paz, da Fraternidade, de um Mundo Melhor. Me despeço com um “até a próxima”! Eduardo Borges – São José dos Campos Prezado Luiz Carlos de Souza, venho mesmo com atraso parabenizar a todos pelos 100 anos do Jornal Espírita de Uberaba. Fico ainda mais feliz ao constatar que tive a honra de fazer parte da centésima edição desse excelente Jornal Espírita. Que Jesus possa continuar abençoando o esforço de todos, para que esse veículo de divulgação de sua mensagem continue a levar consolo e esclarecimento a tantos quantos tiverem a oportunidade de encontra-lo em seus caminhos. Um grande abraço, Francisco Rebouças MAIS DE 101 MIL ACESSOS Em 25/01/2013 lançamos o site do Jornal Espírita de Uberaba – www.jornalespiritadeuberaba.com.br, que até o fechamento desta edição, ultrapassamos os 101 mil acessos. CONFERÊNCIA PÚBLICA POR DIVALDO PEREIRA FRANCO EM UBERABA-MG Na noite de 21/02/2015, o médium e orador espírita Divaldo Franco realizou uma conferência na cidade de Uberaba-MG. Mais de 2.000 pessoas lotaram as dependências do Centro Cultural Cenesista Joubert de Carvalho, na celebração de 60 anos de oratória espírita de Divaldo no Triângulo Mineiro. Homenageado, o orador transferiu a honraria a Francisco Cândido Xavier, a quem se referiu como o “insubstituível e venerando apóstolo da mediunidade”. Jornal Espírita de Uberaba – Ano 8 – Nº 102 – Março/2015 6


O tema da conferência foi “Transtornos Psiquiátricos, Psicológicos e Obsessivos à Luz do Espiritismo” e, ao iniciá-lo, Divaldo narrou o trabalho do médico francês Dr. Philippe Pinel, considerado por muitos o Pai da Psiquiatria, que libertou os seus pacientes esquizofrênicos da prisão para dar-lhes um tratamento mais humano e restituir-lhes a dignidade, criando, assim, o que passou a ser conhecido como “terapia moral”. O exemplo de Dr. Pinel, conforme salientado na conferência, inspirou outros eminentes médicos e cientistas, como o Dr. Tucker, da Inglaterra, e o Dr. Chiarucci, da Itália. Fazendo uma retrospectiva histórica das questões em torno do tema proposto, principalmente a partir do século XVIII, o palestrante destacou os estudos e experiências hipnológicas do Dr. Jean Martin Charcot, no Hospital Salpêtrière, em Paris. Também referiu-se aos estudos de Sigmund Freud sobre o inconsciente e à tese de Carl Gustav Jung sobre os arquétipos. Adentrando o século XX, demonstrou os avanços das diversas Ciências que clarearam o entendimento sobre as doenças psiquiátricas e psicológicas, como a esquizofrenia, e propuseram mais modernos tratamentos, à época, para esses transtornos, como o choque insulínico, o eletrochoque, mais tarde, os barbitúricos etc. Divaldo reportou-se ao excelente trabalho do psiquiatra Stanislav Grof, um dos fundadores da Psicologia Transpessoal, e de Viktor Frankl, cujos estudos e esforços, de ambos e outros, foram fundamentais para a criação de uma abordagem mais humana em relação aos pacientes. Outro fato recordado durante a exposição foi o surgimento da doutrina da Neurociência, por volta de 1985, e, então, da Psiconeuroendocrinoimunologia. Fazendo uma abordagem interdisciplinar, o palestrante mostrou que as descobertas de tais doutrinas científicas corroboraram os ensinamentos espíritas, uma vez que, já em 1857, a Ciência Espírita, codificada por Allan Kardec, apresentava as causas profundas dos transtornos psicológicos e psiquiátricos, referindo-se, inclusive, às obsessões espirituais, e propondo uma psicoterapia de excelência para esses casos. Foram analisados os postulados espíritas da imortalidade da alma, da reencarnação, da interferência dos Espíritos em nossas vidas, das obsessões, da lei de causa e efeito, dentre outros, e, ainda, a proposta terapêutica espírita para as obsessões. Finalizando sua conferência, Divaldo Franco afirmou que a única alternativa viável para todos nós, neste momento de grandes tormentos na Terra, de sexolatria, individualismo, consumismo, egoísmo, é a vivência do Amor, em seu sentido mais profundo, conforme exemplificado e cantado por Jesus, nas páginas dos Evangelhos. Texto: Júlio Zacarchenco / Fotos: Sandra Patrocínio/Edgard Patrocínio. Transcrito do informativo Notícias do Movimento Espírita de 24/02/2015 Jornal Espírita de Uberaba – Ano 8 – Nº 102 – Março/2015

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LANÇADO CANAL SOBRE ARTE E ESPIRITISMO Foi lançado no último sábado (21 de fevereiro) o primeiro episódio da série Arte e Espiritismo, através de um canal do YouTube, produzido por Claiton Freitas. O projeto visa falar da aliança entre a arte e a Doutrina Espírita, de uma forma didática, mostrando o lado pedagógico da arte, como fazer, de que forma, para quem e quando. A intenção é atingir um público que quer fazer arte na casa espírita, que já faz e gostaria de se aprimorar ou que tem interesse no assunto. O programa deverá ter periodicidade semanal, com duração de 7 minutos, com abordagens sobre a arte sob a ótica espírita e entrevistas. A temporada de 2015 prevê 48 episódios. Para assistir ao primeiro episódio, https://www.youtube.com/watch?v=tq6_MjGIztY BÍBLIA DO CAMINHO A Bíblia do Caminho é uma compilação das obras completas de Allan Kardec e Francisco Cândido Xavier, além de uma versão do Antigo e Novo Testamentos no formato hipertexto. Este livro eletrônico é uma verdadeira biblioteca espírita digital online, constituído de uma coleção de livros virtuais inter-relacionados e um Índice Temático Principal — poderosa ferramenta de busca por assuntos, nos mais de mil temas disponíveis para pesquisa. Esta é uma versão de avaliação que trava após seis meses de uso; mas novas versões continuarão sendo distribuídas até o início da comercialização. Com muita satisfação anunciamos que todo o conteúdo da Bíblia do Caminho (exceto os índices principais) pode agora ser traduzido instantaneamente para 72 idiomas, ela também foi otimizada para o uso com telas sensíveis ao toque. Confiram! Acesse agora o site: www.bibliadocaminho.com.br e instale já em seu micro. Você pode acessar também os sites: www.bibliaespirita.com; www.espiritismocristao.com.br; www.doutrinaespirita.com; www.ocaminho.com. ESTUDO – DIVERSOS TEMAS SUICÍDIO: É PRECISO FALAR O homem que fez tantas pessoas sorrir e se emocionar com filmes como “Patch Adams – O Amor é Contagioso” e “O Homem Bicentenário”, também entristeceu o mundo com a notícia de sua trágica morte, em 11 de agosto. O ator Robin Williams, de 63 anos, cometeu suicídio em sua casa, na cidade de Tiburon, na Jornal Espírita de Uberaba – Ano 8 – Nº 102 – Março/2015

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Califórnia. Curiosamente, ele havia protagonizado, em 1988, o filme “Amor Além da Vida”, no qual foi abordada a questão do suicídio sob o ponto de vista espiritual. No longa, o personagem de Williams, que morre num acidente de carro, luta para resgatar de uma região de sofrimento no mundo espiritual a esposa que cometeu suicídio por não suportar a dor de tê-lo perdido. O problema do suicídio é grave e, infelizmente, pouquíssimo falado. Estima-se que mais de um milhão de pessoas se matem todos os anos no mundo, uma média de uma pessoa a cada 40 segundos. A prática aparece também nas estatísticas como a principal causa de morte entre adolescentes e adultos com menos de 35 anos de idade. Além disso, há as tentativas frustradas, algo entre 10 e 20 milhões de casos. No Brasil, 25 pessoas se suicidam por dia e 17% da população, segundo a Unicamp, pensa em provocar a própria morte. O problema do suicídio, no entanto, não é novo. Na “Revista Espírita” de julho de 1862, Allan Kardec destacou notícia divulgada num livro então recém- lançado sobre o número de suicídios na França desde o início do século XIX, os quais se aproximavam dos 300 mil. “De 1836 a 1852, isto é, num período de dezessete anos, houve 52.126 suicídios, ou seja, uma média de 3.066 por ano” – dizia o texto. Após fazer eloquentes apreciações sobre esses números e o suicídio em si, Kardec recorda o papel do Espiritismo no combate a esse mal: “O Espiritismo nos revela a causa primeira do suicídio, e só ele o poderia fazer. As tribulações da vida são, ao mesmo tempo, expiações de faltas de vidas passadas e provas para o futuro. O próprio Espírito as escolhe, visando ao seu adiantamento; mas pode acontecer que, uma vez na obra, ache muito pesada a carga e recue na sua execução; é, então, que recorre ao suicídio, o que o retarda, ao invés de o fazer avançar. Acontece ainda que um Espírito se suicidou em precedente encarnação e, como expiação, é-lhe imposto na vida seguinte lutar contra a tendência do suicídio. Se sair vitorioso, progride; se sucumbir, terá de recomeçar uma vida talvez mais penosa ainda que a precedente e, assim, deverá lutar até que haja triunfado, pois toda recompensa na outra vida é fruto de uma vitória, e quem diz vitória diz luta. O espírita haure, pois, na certeza que ele tem deste estado de coisas, uma força de perseverança que nenhuma outra fi losofi a lhe poderia dar.” Preocupada também com a questão, a Federação Espírita Brasileira há anos vem tomando medidas para conscientizar sobre a importância de campanhas esclarecedoras contra o suicídio. Entre as iniciativas está o opúsculo “Suicídio, Não!”, disponível em www.febnet.org.br/blog/geral/ movimento-espirita/conselho-federativo-nacional-movimento-espirita/opusculoscampanhas. Entidades não religiosas também têm contribuído no socorro a potenciais suicidas, como o CVV (Centro de Valorização da Vida), que atende anualmente a milhares de pessoas, gratuitamente, pelo telefone 141, no site www.cvv.org.br ou em seus postos, presentes em 18 Estados e Distrito Federal. Quanto aos Centros Espíritas, vale ressaltar Jornal Espírita de Uberaba – Ano 8 – Nº 102 – Março/2015

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sempre a necessidade de se reforçar na grade de palestras as abordagens sobre o suicídio. Transcrito do site: www.boletimsei.org.br/?wpfb_dl=450 SUICIDAS – MORREM... MAS... NÃO DESENCARNAM No espiritismo costuma se usar o termo “Desencarnar” quando uma pessoa morre, porém no caso do suicídio as coisas ocorrem de forma mais lentas. Em diversas obras encontramos trechos em que os espíritos afirmam que ficam presos ao corpo até sua completa extinção, Allan Kardec nos revela isso com propriedade na entrevista publicada na Revista Espírita de junho de 1858 com o titulo “O suicida de Samaritana”. “5. Qual foi o motivo que vos levou ao suicídio? - R. Estou morto?... Não... Habito meu corpo... Não sabeis o quanto sofro!... Eu estufo... Que mão compassiva procure me matar! 13. Que reflexões fizestes no momento em que sentistes a vida se extinguir em vós? - R. Não refleti; senti... Minha vida não está extinta... minha alma está ligada ao meu corpo... Sinto os vermes que me roem”. No livro “Depois do Suicídio” de Cleonice Orlandi de Lima, temos o depoimento de Jacinto1: “Continuei com o corpo morto, mas sem poder me separar do cadáver. Assim paralisado assisti aos funerais, ouvi os lamentos e as recriminações dos presentes pelo meu ato. Horrorizado, vi fecharem o caixão sobre mim. Fui conduzido, assistindo a tudo e sempre sentindo a dor do ferimento na boca. Carregaram-me ao cemitério, enterraram-me e me deixaram sozinho. Senti a sufocação do fundo da cova, mas não podia fazer o mais leve movimento. Estava colado ao corpo morto! As dores que sentia eram fabulosamente insuportáveis. E, logo a seguir, passei a sentir o cheiro do corpo apodrecendo. Senti a mordedura dos vermes, milhões de mordidas ao mesmo tempo, por todo o corpo. Dores incríveis! Muito tempo depois a carne foi se separando dos ossos, foi se acabando e eu sempre ali, sentindo as dores e assistindo a tudo. A sede, a fome e o frio me torturavam. A dor do ferimento da boca nunca me abandonou. Jamais tive um único minuto de descanso, em que pudesse dormir”. Emmanuel no livro “O Consolador” confirma: “Suicidas há que continuam experimentando os padecimentos físicos da última hora terrestre, em seu corpo somático, indefinidamente. (...) a pior emoção do suicida é a de acompanhar, minuto a minuto, o processo da decomposição do corpo abandonado no seio da terra, verminado e apodrecido”.2 Yvone Pereira no livro “Memoria de um Suicida” nos trás uma visão do que ocorre quando finalmente o espírito se desliga do corpo contando a história de Camilo Castelo Jornal Espírita de Uberaba – Ano 8 – Nº 102 – Março/2015

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Branco que desencarnado, foi para o “Vale dos Suicidas”, onde sofreu horrores, durante 12 anos até ser resgatado em 1903. Devemos ainda levar em conta que o suicídio não é só aquele brutal e relativamente rápido, tem também os fumantes, alcoólatras, e/ou viciados de maneira geral. “O suicídio brutal, violento, é crueldade para com o próprio ser. No entanto, há também o indireto, que ocorre pelo desgastar das forças morais e emocionais, das resistências físicas no jogo das paixões dissolventes, na ingestão de alimentos em excesso, de bebidas alcoólicas, do fumo pernicioso, das drogas aditícias, das reações emocionais rebeldes e agressivas, do comportamento mental extravagante, do sexo em uso exagerado, que geram sobrecargas destrutivas nos equipamentos físicos, psicológicos e psíquicos...”3 Kardec é bem claro sobre a questão do suicídio no Livro dos espíritos entre as questões 944 até 946. “Na morte violenta as sensações não são precisamente as mesmas. Nenhuma desagregação inicial há começado previamente a separação do perispírito; a vida orgânica em plena exuberância de força é subitamente aniquilada. Nestas condições, o desprendimento se começa depois da morte e não pode completar-se rapidamente. No suicídio, principalmente, excede a toda expectativa. Preso ao corpo por todas as suas fibras, o perispírito faz repercutir na alma todas as sensações daquele. Com sofrimentos cruciantes”.4 Muitos podem questionar se o suicídio pode ser induzido por um obsessor, Yone Pereira novamente nos brinda com a resposta : “Não obstante, homens comuns ou inferiores poderão cair nos mesmos transes, conviver com entidades espirituais inferiores como eles e retornar obsidiados, predispostos aos maus atos e até inclinados ao homicídio e ao suicídio. Um distúrbio vibratório poderá ter várias causas, e uma delas será o próprio suicídio em passada existência”.5 A doutrina espírita nos ensina que a morte não é o fim; e que de outra forma a vida continua. Que muitas vezes somos influenciados por obsessores, porem esses só agem devido ao nosso desiquilíbrio, e que precisamos ter consciência do que ocorre, caso desistamos da vida a qual tivemos o privilegio de através da reencarnação buscar compreender e superar as provas e expiações. “A certeza da vida futura, com todas as suas consequências, transforma completamente a ordem de suas ideias, fazendo-lhe ver as coisas por outro prisma: é um véu que se ergue e lhe desvenda um horizonte imenso e esplêndido. Diante da infinidade e da grandeza da vida além da morte, a existência terrena desaparece, como um segundo na contagem dos séculos, como um grão de areia ao lado da montanha. Tudo se torna pequeno e mesquinho e nos admiramos por havermos dado tanta importância às coisas efêmeras e infantis. Daí, em meio às vicissitudes da existência, uma calma e uma tranquilidade que constituem uma felicidade, comparados com as desordens e os tormentos a que nos sujeitamos, ao buscarmos nos elevar acima dos outros; daí, também, ante as vicissitudes e as decepções, uma indiferença, que tira quaisquer motivos de desespero, afasta os mais numerosos casos de loucura e remove, automaticamente, a ideia de suicídio”.6 Jornal Espírita de Uberaba – Ano 8 – Nº 102 – Março/2015

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Referências 1 -Rio de Janeiro, outubro de 1917- Ed. DPL. São Paulo.1998. 2XAVIER, Francisco C. O Consolador, pelo Espírito Emmanuel. 7 ed. Rio de Janeiro:. p. 96. FEB, 1977 3 -FRANCO Divaldo P. ADOLESCÊNCIA E VIDA. CAPÍTULO 25 - O ADOLESCENTE E O SUICÍDIO. P. 76. Ed. FEB.1999. 4 -KARDEC, Allan. O Céu e o Inferno. Capítulo 1, 2ª Parte, ítens 11 e 12Ed. FEB. Rio de Janeiro.2.000 5 -PEREIRA, Yvone. Recordações da Mediunidade. Editora FEB. Rio de Janeiro. 6KARDEC, Allan. O Principiante Espírita. Cap. Consequências do Espiritismo (item 100). P. 44. Ed. Pensamento. São Paulo. 1955 Por: Marcos Paterra Artigo publicado pela RIE em Junho de 2012 O ESTRANHO MUNDO DOS SUICIDAS Freqüentemente somos procurados por iniciantes do Espiritismo, para explicações sobre este ou aquele ponto da Doutrina. Tantas são as perguntas, e tão variadas, que nos chegam, até mesmo através de cartas, que chegamos à conclusão de que a dúvida e a desorientação que lavram entre os aprendizes da Terceira Revelação partem do fato de eles ainda não terem percebido que, para nos apossarmos dos seus legítimos ensinamentos, havemos de estabelecer um estudo metódico, parcelado, partindo da base da Doutrina, ou exposição das leis, e não do coroamento, exatamente como o aluno de uma escola iniciará o curso da primeira série e não da quarta ou da quinta. Desconhecendo a longa série dos clássicos que expuseram as leis transcendentes em que se firmam os valores da mesma Doutrina, não somente nos veremos contornados pela confusão, impossibilitados de um sadio discernimento sobre o assunto, como também o sofisma, tão perigoso em assuntos de Espiritismo, virá em nosso encalço, pois não saberemos raciocinar devidamente, uma vez que só a exposição das leis da Doutrina nos habilitará ao verdadeiro raciocínio. Procuraremos responder a uma dessas perguntas, de vez que nos chegou através de uma carta, pergunta que nos afligiu profundamente, visto que fere assunto melindroso, dos mais graves que a Doutrina Espírita costuma examinar. A dita pergunta veio acompanhada de interpretações sofismadas, próprias daquele que ainda não se deu ao trabalho de investigar o assunto para deduzir com a segurança da lógica. Pergunta o missivista: - Um suicida por motivos nobres sofre os mesmos tormentos que os demais suicidas? Não haverá para ele uma misericórdia especial? E então respondemos: - De tudo quanto, até hoje, temos estudado, aprendido e observado em torno do suicídio à luz da Doutrina Espírita, nada, absolutamente, nos tem conferido o direito de crer que existam motivos nobres para justificar o suicídio perante as leis de Deus. O que sabemos é que o suicídio é infração às leis de Deus, considerada das mais graves que o ser humano poderia praticar ante o seu Criador. Os próprios Espíritos de suicidas são unânimes em declarar a intensidade dos sofrimentos que experimentam, a amargura da Jornal Espírita de Uberaba – Ano 8 – Nº 102 – Março/2015

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situação em que se agitam, conseqüentes do seu impensado ato. Muitos deles, como o grande escritor Camilo Castelo Branco, que advertiu os homens em termos veementes, em memorável comunicação concedida ao antigo médium Fernando de Lacerda, afirmam que a fome, a desilusão, a pobreza, a desonra, a doença, a cegueira, qualquer situação, por mais angustiosa que seja,, sobre a Terra, ainda seria excelente condição “comparada ao que de melhor se possa atingir pelos desvios do suicídio”. Durante nosso longo tirocínio mediúnico, temos tratado com numerosos Espíritos de suicidas, e todos eles se revelam e se confessam superlativamente desgraçados no Além-Túmulo, lamentando o momento em que sucumbiram. Certamente que não haverá regra geral para a situação dos suicidas. A situação de um desencarnado, como também de um suicida, dependerá até mesmo do gênero de vida que ele levou na Terra, do seu caráter pessoal, das ações praticadas antes de morrer. Num suicídio violento como, por exemplo, os ocasionados sob as rodas de um trem de ferro, ou outro qualquer veículo, por uma queda de grande altura, pelo fogo, etc., necessariamente haverá traumatismo perispiritual e mental muito mais intenso e doloroso que nos demais. Mas a terrível situação de todos eles se estenderá por uma rede de complexos desorientadores, implicando novas reencarnações que poderão produzir até mesmo enfermidades insolúveis, como a paralisia e a epilepsia, descontroles do sistema nervoso, retardamento mental, etc. Um tiro no ouvido, por exemplo, segundo informações dos próprios Espíritos de suicidas, em alguns casos poderá arrastar à surdez em encarnação posterior; no coração, arrastará a enfermidades indefiníveis no próprio órgão, consequências essa que infelicitará toda uma existência, atormentando-a por indisposições e desequilíbrios insolúveis. Entretanto, tais consequências não decorrerão como castigo enviado por Deus ao infrator, mas como efeito natural de uma causa desarmonizada com as leis da vida e da morte, lei da Criação, portanto. E todo esse acervo de males será da inteira responsabilidade do próprio suicida. Não era esse o seu destino, previsto pelas leis divinas. Mas ele próprio o fabricou, tal como se apresenta, com a infração àquelas leis. E assim sendo, tratando-se, tais sofrimentos, do efeito natural de uma causa desarmonizada com leis invariáveis, qualquer suicida há de suportar os mesmos efeitos, ao passo que estes seguirão seu próprio curso até que causas reacionárias posteriores os anulem. No caso proposto pelo nosso missivista, poderemos raciocinar, dentro dos ensinamentos revelados pelos Espíritos, que o suicida poderia ser sincero ao supor que seu suicídio se efetivasse por um motivo nobre. Os duelos também são realizados por motivos que os homens supõem honrosos e nobres, assim como as guerras, e ambos são infrações gravíssimas perante as leis divinas. O que um suicida suporia motivo honroso ou nobre, poderia, em verdade, mais não ser do que falso conceito, sofisma, a que se adaptou, resultado dos preconceitos acatados pelos homens como princípios inabaláveis. A honra espiritual se estriba em pontos bem diversos, porque nos induzirá, acima de tudo, ao respeito das mesmas leis. Mas, sendo o suicida sincero no julgar que motivos honrosos o impeliram ao fato, certamente haverá atenuantes, mas não justificativa ou isenção de responsabilidades. Se assim não fosse, o raciocínio indica que Jornal Espírita de Uberaba – Ano 8 – Nº 102 – Março/2015

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haveria derrogação das próprias leis de harmonia da Criação, o que não se poderá admitir. Quanto à misericórdia a que esse infrator teria direito como filho de Deus, não se trataria, certamente, de uma "misericórdia especial". A misericórdia de Deus se estende tanto sobre esse suicida como sobre os demais, sem predileções nem protecionismo. Ela se revela no concurso desvelado dos bons Espíritos, que auxiliarão o soerguimento do culpado para a devida reabilitação, infundindo-lhe ânimo e esperança e cercandoo de toda a caridade possível, inclusive com a prece, exatamente como na Terra agimos com os doentes e sofredores a quem socorremos. Estará também na possibilidade de o suicida se reabilitar para si próprio, através de reencarnações futuras, para as duas sociedades, terrena e invisível; as quais escandalizou com o seu gesto, e para as leis de Deus, sem se perder irremissivelmente na condenação espiritual. De qualquer forma, com atenuantes ou agravantes, o de que nenhum suicida se isentará é da reparação do ato que praticou com o desrespeito às leis da Criação, e uma nova existência o aguardará, certamente em condições mais precárias do que aquela que destruiu, a si mesmo provando a honra espiritual que infringira. O suicídio é rodeado de complexos e sutilezas imprevisíveis, contornado por situações e consequências delicadíssimas, que variam de grau e intensidade diante das circunstâncias. As leis de Deus são profundas e sábias, requerendo de nós outros o máximo equilíbrio para estudá-las e aprendê-las sem alterá-las com os nossos gostos e paixões. Assim sendo, que fique bem esclarecido que nenhum motivo neste mundo será bastante honroso para justificar o suicídio diante das leis de Deus. O suicida é que poderá ser sincero ao supor tal coisa, daí advindo então atenuantes a seu favor. O melhor mesmo é seguirmos os conselhos dos próprios suicidas que se comunicam com os médiuns: - Que os homens suportem todos os males que lhes advenham da Terra, que suportem fome, desilusões, desonra, doenças, desgraças sob qualquer aspecto, tudo quanto o mundo apresente como sofrimento e martírio, porque tudo isso ainda será preferível ao que de melhor se possa atingir pelos desvios do suicídio. E eles, os Espíritos dos suicidas, são, realmente, os mais credenciados para tratar do assunto. Frederico Francisco Revista Reformador de março de 1964 Transcrito do site: http://www.espirito.org.br/portal/artigos/diversos/suicidio/o-estranhomundo.html Jornal Espírita de Uberaba – Ano 8 – Nº 102 – Março/2015

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ESTUDO SOBRE MEDIUNIDADE MEDIUNIDADE Apresentamos aqui, um trabalho de pesquisa realizada pelo “Grupo de Ideal Espírita André Luiz” relativo ao tema “Mediunidade” respondida por Chico Xavier. O que é desenvolver mediunidade no conceito de Emmanuel? Resposta de Chico Xavier: Ele crê que desenvolvimento mediúnico deveria ser a nossa dedicação ao aperfeiçoamento pessoal para servirmos de intérpretes àqueles que habitam a vida espiritual e, ao mesmo tempo, começar muito cedo o trabalho na pauta da obediência e da fé de que todos carecemos perante as Leis de Deus. Que é mediunidade, no significado real de sua essência? Resposta de Chico Xavier: Mediunidade, na essência, é afinidade, é sintonia, estabelecendo a possibilidade do intercâmbio espiritual entre as criaturas, que se identifiquem na mesma faixa de emoção e de pensamento. Como alcançar bom aprimoramento de potencial mediúnico? Resposta de Chico Xavier: Reflitamos no assunto do ponto de vista da mediunidade em trabalho edificante. Que se aperfeiçoe o violino, e o artista encontrará nele as mais amplas facilidades de expressão. Sem cooperador habilitado, a tarefa surge deficiente. A mediunidade, em si, depende do médium. Diga-nos o que deve fazer, dentro de suas capacidades, um médium, para poder ser completo e útil ao Plano Espiritual? Resposta de Chico Xavier: Devotamento ao Bem do próximo, sem a preocupação de vantagens pessoais - eis o primeiro requisito para que o medianeiro se torne sempre mais útil ao Plano Espiritual. Em seguida, quanto mais o médium se aprimore, através do estudo e do dever nobremente cumprido, mais valiosa se torna a execução de tarefas com os Instrutores da Vida Maior. Que é que pode ser mais prejudicial a um médium? Resposta de Chico Xavier: O egoísmo que se fantasia de vaidade e orgulho, quando o medianeiro procura irrefletidamente antepor-se aos Mentores Espirituais que se valem dele. Ou o mesmo egoísmo, quando se veste de ociosidade ou de escrúpulo negativo, para fugir à prestação de serviço ao próximo. Jornal Espírita de Uberaba – Ano 8 – Nº 102 – Março/2015 15


Qual a razão de algumas pessoas possuírem dons mediúnicos na Terra, desde o berço, e outras, após muito trabalho, é que conseguem conquistar alguns desses valores? Resposta de Chico Xavier: Quando se trate de mediunidade em ação na cultura ou no progresso espiritual, a bagagem de recursos do medianeiro emerge das suas próprias aquisições de Espírito, efetuadas em existências pretéritas, outorgando-lhe a possibilidade de colaborar com mais eficiência ao lado de quantos pugnam, no Além, pelo aperfeiçoamento e a felicidade da comunidade humana. Como podemos entender o chamado "planejamento espiritual"? Mentalizemos o planejamento que antecede a formação de um núcleo populacional ou de uma família na Terra, com os recursos possíveis de previsão e teremos exatamente a ideia do que seja o "planejamento espiritual" para qualquer organização que proceda do Plano Espiritual para o Mundo Físico. Como encarar as diversas demonstrações mediúnicas existentes e praticadas fora da Doutrina Espírita? Resposta de Chico Xavier: Os fenômenos medianímicos existiram em todos os tempos. E, em todos os distritos da atividade humana, continuam a existir. A Doutrina Espírita é o Cristianismo Redivivo, esclarecendo mediunidade e médiuns para que as ocorrências mediúnicas edifiquem elevação e proveito em auxílio da Humanidade. Os “anjos de guarda”, que são? Resposta de Chico Xavier: Os bons Espíritos, benevolentes e sábios, mormente aqueles que se nos fazem familiares, se erigem, no Mais Além, à condição de mensageiro de apoio ou guardiães abnegados daqueles companheiros que ainda se vinculam à vida física. Quais são os principais sintomas, tanto físicos quanto psicológicos, que a pessoa apresenta para que diagnostique-se mediunidade acentuada? Resposta de Chico Xavier: Os sintomas podem ser variados, de acordo com o tipo de mediunidade. Irritabilidade, sonolência sem motivo, dores sem diagnóstico definido, mau humor e choro inexplicável podem indicar necessidade de esclarecimento e estudo. O que acontece para uma pessoa que se recusa a desenvolver sua mediunidade, já que esta mediunidade pode ajudar muitas outras? Haverá algum castigo ou cobrança? Resposta de Chico Xavier: Jornal Espírita de Uberaba – Ano 8 – Nº 102 – Março/2015

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Energias que não doamos podem ser fator de desequilíbrio em nossas vidas. Nossa consciência, em geral, nos cobra uma atitude perante as tarefas que nos cabem. Praticando o Bem em qualquer parte, estaremos colocando nossa mediunidade a serviço de todos. André Luiz afirma: "Todo Bem que não se faz é um mal que se pratica". Como saber distinguir efeitos mediúnicos de doença física? Por exemplo: as dores de cabeça e de estômago. Resposta de Chico Xavier: A segurança em distinguir efeitos da mediunidade de sintomas de doenças físicas, só pode ser alcançada com a educação da própria mediunidade. O ideal é que inicialmente se procure um médico para certificar-se que o mal não é físico e, uma vez confirmada a inexistência de doença, deve-se procurar a orientação espiritual. Dentro da psicofonia, se um médium dá passividade constantemente para irmãozinhos sofredores, tristes e chorosos, isso significa que o médium não está com a sintonia elevada? Resposta de Chico Xavier: Todo médium deve estar em equilíbrio para trabalhar num grupo mediúnico. Quando dá manifestação a Espíritos sofredores, pode lhes proporcionar alívio e paz. Existem médiuns que têm energias específicas para socorrer Espíritos suicidas, muito sofredores; essa é a missão dos médiuns de desobsessão. Não é, portanto, um desequilíbrio. Muitos candidatos à mediunidade nos aparecem, confessando, no entanto, sua predileção pelo vício de fumar. Que fazer nestes casos? Resposta de Chico Xavier: Ponderam os Mentores da Vida Maior que o vício da utilização do fumo cotidianamente é considerado dos menores vícios da personalidade humana. Não obstante, qualquer candidato à mediunidade cristã deverá esforçar-se diariamente por superar suas próprias inibições, consciente de que o quadro de serviços redentores a que se candidata exigir-lhe-á renúncias e abnegações incessantes em favor do próximo. Dentro deste particular é que os Amigos Espirituais nos dizem que, principalmente nas tarefas de auxílio desobsessivo e nas tarefas de alívio aos doentes, é totalmente desaconselhável o hábito de fumar. Assim, sendo, os médiuns psicofônicos, os passistas e os de efeitos físicos fazem muito bem quando abandonam o cigarro. Muitos candidatos à mediunidade nos dizem que sofrem assédio de entidades infelizes e acabam desistindo do serviço mediúnico, justificando-se pelos impedimentos emocionais que carregam. Que dizer de semelhante situação? Resposta de Chico Xavier: Curiosa esta pergunta, porque também passamos por esta experiência. Um ano antes de transferimos nossa residência de Pedro Leopoldo para a cidade de Uberaba, por volta do ano de 1959, uma crise alucinante de labirintite nos atacou. O desconforto que a doença causava, com aquele barulho característico, dentro do próprio crânio, nos alterou o estado emocional. Quase não conseguíamos a necessária concentração para a tarefa psicografia nas reuniões públicas do Centro Espírita Luiz Gonzaga. Estávamos Jornal Espírita de Uberaba – Ano 8 – Nº 102 – Março/2015

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intranquilos. Quando aquele tormento atingiu seu ápice, procuramos nosso médico oftalmologista, na época o Dr. Hilton Rocha, de Belo Horizonte. Dissemos a ele: Dr. Hilton Rocha, eu já não aguento mais esta labirintite que me atazana. Este barulho incessante me tonteia e já não posso atender às minhas obrigações de psicografia com a tranquilidade desejável. De modo que o senhor tem a minha autorização, caso esta labirintite for causada pela minha enfermidade dos olhos, para remover os meus globos oculares. E o senhor pode arrancar os meus olhos, por que eu preciso continuar trabalhando... O Dr. Hilton Rocha nos tranquilizou dizendo que, de forma alguma, a labirintite era devida às nossas enfermidades oculares. Recomendou-nos paciência e disse-nos que tudo iria passar. De fato, quando instalamos em definitivo aqui em Uberaba a crise de labirintite passou. Recentemente, no entanto, a questão voltou, mais ou menos há uns dois anos, com grande intensidade. Desta vez não só ouvimos o barulho característico da labirintite, como também registramos a voz nítida dos espíritos inimigos da Causa Espírita-Cristã, perturbandonos a tranquilidade interior. Esta presença de espíritos infelizes, desde então, tem sido uma constante. Ouvimos-lhe diariamente os ataques à Mensagem Cristã e à Doutrina Espírita; as sugestões desagradáveis; as induções ao desequilíbrio; os sarcasmos em relação aos episódios por nós vividos no decorrer desta existência; as alusões ferinas às ocorrências menos dignas de nossos círculos doutrinários; as calúnias em relação a fatos conhecidos por nós; e até maledicências dirigidas ao nosso círculo de amizades. Tudo isto de forma tal que nos sentimos tolhidos na liberdade de pensar. Nossos Amigos Espirituais classificam este tipo de atuação como sendo PENSAMENTOS SONORIZADOS dos obsessores em nós mesmos. Dr. Bezerra de Menezes nos recomendou muita calma em relação ao assunto, incentivando-nos, inclusive, a conversar com estes irmãos infelizes pelo pensamento, mostrando-lhes o ângulo de visão que nos é próprio e rogando-lhes paciência e compreensão para as nossas atividades mediúnicas. Mesmo assim, apesar de estarmos tentando dialogar com estes espíritos, somente em 80% dos casos eles desistem do sinistro propósito de nos retardar as tarefas. Assim, ainda 20% deles continuam renitentes em seu desiderato infeliz. Outro dia mesmo recorremos à viligância de nosso mentor Emmanuel, e ele nos pediu mais paciência. Segundo a afirmativa dele, isto ainda duraria por algum tempo e em breve tudo voltaria ao normal. Em algumas reuniões identificamos discussões estéreis em torno de opiniões particulares e pontos de vista exclusivistas de determinados médiuns, que os conduzem, muitas vezes, ao afastamento do serviço, carregando no coração mágoas e desapontamento com a direção das reuniões e dos Centros Espíritas. Como devemos agir diante dos que se afastam das tarefas? Resposta de Chico Xavier: O quadro de nossas responsabilidades diante da Mensagem Cristã do “Amai-vos uns aos outros” é tão vasto, os serviços ainda incompletos e as tarefas por realizar em nome do amor ao próximo se desdobram com tanta intensidade que, sinceramente, cabe-nos a solução de aproveitar o tempo disponível às nossas limitadas possibilidades, trabalhando e servindo sem cessar em nome do Bem geral. Não podemos nos dar ao luxo de correr Jornal Espírita de Uberaba – Ano 8 – Nº 102 – Março/2015

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atrás daqueles que abandonam o serviço espiritual, a pretexto de lhes oferecer explicações e homenagens. Isto porque nossas obrigações aí estão, exigindo-nos tempo e dedicação, e não podemos perder tempo. Se fulano ou ciclano considerou por bem abandonar as próprias obrigações espirituais, por este ou aquele melindre, que podemos nós fazer? Entreguemos-lhe, pela oração, à Bênção Misericordiosa de Deus, o Pai Amoroso de todos nós, e, por nossa vez, perseveremos no trabalho do Bem até o fim. Qual o obstáculo mais difícil a vencer na mediunidade? Resposta de Chico Xavier: Os obstáculos mais difíceis ao desenvolvimento da mediunidade estão sempre em nós mesmos. Quando deixamos o trabalho mediúnico para entregar-nos a tipos de atividades inconvenientes, estamos habitualmente cedendo às tentações que ainda trazemos em nós mesmos, constantes das tendências inferiores que ainda remanescem dentro de nós, em nos referindo à herança pessoal que trazemos de existências passadas. Existirá, na opinião dos Amigos Espirituais, alguma correlação entre disritmia cerebral e mediunidade? Resposta de Chico Xavier: Estamos na certeza de que no futuro dirá, do ponto de vista científico, que sim. A chamada disritmia cerebral, na maioria dos casos, funciona como sendo um implemento de fixação da onda mental do espírito comunicante; muitas vezes, também, essa mesma disritmia é um elemento importante no problema obsessivo. Achamo-nos aqui perante questões que o futuro nos mostrará em sua amplitude, com as chaves necessárias para a solução do problema. Qual a receita que o Sr. apontaria contra o animismo? Resposta de Chico Xavier: Aprendi com o nosso abnegado Emmanuel que o médium é também um Espírito necessitado de socorro e de orientação. Desse modo, se o chamado animismo aparece em determinado grupo, devemos atender ao companheiro ou à companheira, envolvidos no assunto, com o mesmo carinho e atenção que dispensamos comumente ao Espírito desencarnado, quando no intercâmbio conosco. O desenvolvimento da mediunidade se processa mais na corrente mediúnica ou nas ações, palavras e pensamentos de todos os minutos do médium? Resposta de Chico Xavier: O desenvolvimento da sublimação mediúnica permanece na corrente dos pensamentos, palavras e atos do medianeiro da vida espiritual, quando ajustado ao ministério de fraternidade e luz que a sua tarefa implica em si mesma. A tese da mediunidade inconsciente estará sendo estudada e observada com consciência pela totalidade dos médiuns que se apregoam portadores de tal mediunidade? Cabe-nos significar-lhes nossas dúvidas ou aguardar o Tempo? Jornal Espírita de Uberaba – Ano 8 – Nº 102 – Março/2015

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Resposta de Chico Xavier: Na esfera do medíunismo, há realmente incógnitas que só o esforço paciente de nossos trabalhos conjugados no tempo conseguirá solucionar. Incentivemos o estudo e o auxílio, dentro da solidariedade cristã, e, gradativamente, diminuiremos as múltiplas arestas que ainda impedem a nossa sintonia na execução dos serviços a que fomos chamados, porquanto, o problema não deve ser examinado unilateralmente, reconhecendo-se que o serviço é de nossa responsabilidade coletiva nos círculos doutrinais.

atestado de elevação.

Sendo verdade que o “clima” mental do médium atrai Espíritos condizentes, bons ou maus, como agiremos diante dos médiuns que se dizem inconscientes e que dão comunicações alternadas e seguidas? Resposta de Chico Xavier: O médium não deve perder de vista a disciplina de si próprio. A ordem é

Dons mediúnicos pronunciados, como por exemplo, o da vidência espiritual, que tantas pessoas anseiam e se esforçam por possuir, sob certas circunstâncias de ordem material, não significariam uma desvantagem ou, pelo menos, um transcendente compromisso para essas pessoas? Resposta de Chico Xavier: Dons mediúnicos não representam desvantagens, mas envolvem os compromissos e as responsabilidades que lhes são consequentes. Os candidatos ao trabalho mediúnico, junto das criaturas humanas, precisam refletir com segurança e discernimento antes de abraçá-lo, conscientes de que se encontram diante de um dos mais sérios compromissos espirituais da vida. Quando um médium pode saber se realmente tem um compromisso mediúnico e que compromisso lhe traz essa mediunidade? Resposta de Chico Xavier: Através de sua predisposição. A mediunidade induz o indivíduo a uma posição consciente perante a vida desde que esta seja pautada em linhas de equilíbrio moral. Então, ele passa a receber intuições vigorosas que o impelem a atitudes positivas em relação ao próximo. Aparece de início, como lampejo de um ideal, como reminiscência de tarefas que ficaram interrompidas ou como uma verdadeira impulsão para realizar determinados compromissos em benefício da criatura humana. À medida que mergulha no mundo interior, desdobram-se as possibilidades e os Espíritos o conduzem a que execute a tarefa que, aos poucos, lhe vai sendo inspirada e conduzida. A mediunidade é uma faculdade para-normal, e todos podemos experimentar fenômenos que não são habituais, não comuns. Quando estes fenômenos especiais transcendem o habitual, refletem características de mediunidade, tais como: percepção de presença, visões e audições psíquicas, que seriam denominadas como alucinações psicológicas por psiquiatras desconhecedores da mediunidade... Jornal Espírita de Uberaba – Ano 8 – Nº 102 – Março/2015

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Que dizer dos processos empregados atualmente pela maioria dos Centros, no que diz respeito ao desenvolvimento mediúnico? Como desenvolver médiuns? Resposta de Chico Xavier: Examinar as diretrizes das instituições não será trabalho compatível com as nossas responsabilidades singelas. Cada grupo doutrinário é a resultante dos propósitos e atividades dos seus componentes. Resumindo-se, porém, os programas do Espiritismo Evangélico, na sementeira do amor e da educação nos moldes que Jesus nos legou, acreditamos não encontrar outro código mais elevado para os serviços do nosso ideal, além do Evangelho sentido e vivido, nos diversos setores da experiência que nos é comum, código esse que deve presidir também não só o desenvolvimento dos médiuns, mas o processo espiritual de todos os doutrinadores e companheiros em geral. Fontes: Questão 1, do livro Kardec Prossegue - Editora UNIÂO. Questão 2, do livro Novo Mundo - Editora IDEAL. Questões 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12 e 13, do livro “Plantão de Respostas” - Editora CEU. Questões 14, 15 e 16, do Jornal “O Espírita Mineiro” - n 217. Questões 17, 19, 20, 21, 22, 23, 24 e 25, do livro "Encontros no Tempo" - Editora IDE. Questão 18, do livro “Chico Xavier, em Goiânia” - Editora GEEM. Transcrito do site: http://www.grupoandreluiz.org.br/chico_ler_perguntas.php?id=5 JUVENTUDE DEPRESSÃO NOS JOVENS Por Bruna Sthéfani F. de Souza Atualmente a depressão tem sido uma das doenças mais diagnosticadas em pessoas de todas as idades, inclusive nos jovens, isso mesmo, a ideia de que eles não tinham motivos para tê-la está totalmente equivocada. Uma pesquisa realizada no Brasil mostra que 21% dos jovens que têm idade entre 14 e 25 anos apresentam quadros depressivos. É imprescindível dar atenção aos jovens que manifestam os sintomas, já que alguns deles são parecidos com o comportamento comum dessa fase, como irritabilidade, estresse e ansiedade. A depressão traz também desesperança, falta de interesse por coisas que antes eram consideradas muito importantes, insônia, visão de mundo entediante, baixa autoestima, isolamento, angústia, ideias de morte ocasionada pelo desinteresse pela vida, entre outros. É muito comum nos perguntarmos de onde vem essa doença e por que há tantas pessoas, incluindo os jovens, sendo diagnosticadas com ela. Não há ainda uma resposta concreta para essas perguntas, mas sabemos que ela tem origem biológica, psicológica, social e espiritual. Todas as doenças que nos acometem vêm do espírito para o corpo, pois os dois estão diretamente ligados, quando cultivamos pensamentos e emoções negativas como raiva, mágoa e revolta, por exemplo, geramos um fluxo de energia dentro de nós de aspecto negativo que é captado pelo nosso corpo carnal e este tenta Jornal Espírita de Uberaba – Ano 8 – Nº 102 – Março/2015 21


filtrá-la. Porém, se continuamos alimentando nosso corpo espiritual com essas emoções, o corpo carnal vai acumulando e isso pode acabar se transformando em doença física. As pessoas depressivas geralmente guardam dentro de si muitos dos sentimentos e emoções citados acima, e também remorsos que podem ser de vidas pregressas e não necessariamente da vida presente, além de serem pessoas revoltadas por não aceitarem a si mesmos e/ou sua vida. Em “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, no capítulo V (Bem Aventurados os Aflitos) há outro aspecto muito interessante, abordado pelo espírito François de Genève: "Sabeis por que, às vezes, uma vaga tristeza se apodera dos vossos corações e vos leva a considerar amarga a vida? É que o vosso espírito, aspirando à felicidade e à liberdade, se esgota, jungido ao corpo que lhe serve de prisão, em vãos esforços para sair dele. Reconhecendo inúteis esses esforços, cai no desânimo e como o corpo lhe sofre a influência, toma-vos a lassidão, o abatimento, uma espécie de apatia e vos julgais infelizes.” A depressão pode ser tratada com medicamentos específicos, terapia, tratamento espiritual, contato social, trabalhos em prol do próximo, meditações que ajudam a controlar as emoções, porém, para que ela seja totalmente dissipada, a cura deve vir do espírito para o corpo, ou seja, é essencial aprender a aceitar de coração aberto a vida que se tem, quem se é, e o que se tem, ser grato a Deus pela vida e por tudo que ele coloca no nosso caminho, inclusive as dificuldades que nos ensinam a perdoar e a amar fazendo-nos evoluir. Temos que exercitar o amor ao máximo por tudo e por todos, pois assim conseguiremos eliminar todas as chagas do nosso espírito e consequentemente do corpo, é imprescindível também o perdão a si mesmo e ao próximo, pois este liberta a alma nos proporcionando paz interior. Outra prática que não podemos esquecer é a prece que nos ajuda em qualquer circunstância, Joanna de Angelis diz: “Toda vez que uma ideia prejudicial intentar espraiar-se nas telas do pensamento obnubilando-te a razão, recorre à prece e a polivalência de conceitos, impedindo-lhe a fixação, agradecendo a Deus a benção do renascimento na carne, conscientiza-te da sua utilidade e significação superior, combatendo os receios do passado espiritual, os mecanismos inconscientes de culpa, e produze com alegria. Recebendo ou não tratamento especializado sob a orientação de algum facultativo, aprofunda a terapia espiritual e reage, compreendendo que todos os males que infelicitam o homem procedem do espírito que ele é, no qual se encontram estruturadas as conquistas e as quedas, no largo mecanismo da evolução inevitável”. Outra forma de combater a depressão é cultivar pensamentos positivos, estes tem um poder incrível sobre nós, quando pensamos e dizemos algo o universo capta e nos devolve a mesma coisa, então se eu penso que me amo incondicionalmente e que sou feliz, consequentemente ele me devolverá amor e felicidade e se afirmo que estou triste e infeliz, logo terei isso de volta, vamos cultivar a alegria e o amor pela vida para que nenhum sentimento de tristeza se demore dentro de nós. Bruna Sthéfani Ferreira de Souza, 18 anos, é jovem trabalhadora do Centro Espírita Deus é Amor.

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LINDOS CASOS DE CHICO XAVIER CASO 61 – DOM NEGRITO Este é o nome de um cãozinho preto, luzidio, simpático, para não dizermos espiritualizado, que, recente e espontaneamente, aparece as sessões públicas do “Luiz Gonzaga”: chega, vagarosa e respeitosamente, dirige-se para o canto em que está o Chico e ali fica, como em estado de concentração e prece, até ao fim dos trabalhos. A dona do D. Negrito encontrou-se com Chico e lhe disse: — Imagine, Chico, o Negrito às segundas e sextas-feiras desaparece das 20 às 2 horas da madrugada. E, agora, há pouco, é que soube para onde vai: às sessões do “Luiz Gonzaga”. Isto tem graça. Ele, que é um cão, consegue vencer os obstáculos e procurar os bons ambientes e eu, que sou sua dona, por mais que me esforce, nada consigo... E o Chico, como sempre útil e bom, a consola: — Isto tem graça e é uma bela lição. Mas, não fique desanimada por isto; Dom Negrito vem buscar e leva um pouquinho para sua dona e um dia há de trazê-la aqui. Jesus há de ajudar. Os tempos estão chegados, é uma verdade. Até os cães estão dando lições e empurrões nos seus donos, encaminhando-os com seus testemunhos, à Vereda da Verdade, por meio do Espiritismo, que esclarece, medica, consola e salva. Transcrito do livro “Lindos Casos de Chico Xavier” de Ramiro Gama. MENSAGEM ESPÍRITA PREVENÇÃO CONTRA O SUICÍDIO Quando a ideia de suicídio, porventura, te assome à cabeça, reflete, antes de tudo, na Infinita Bondade de Deus, que te instalou na residência planetária, solidamente estruturada, a fim de sustentar-te as segurança no Espaço Cósmico. Em seguida, ora, pedindo socorro aos Mensageiros da Providencia Divina. Medita no amor e na necessidade daqueles corações que te usufruem a convivência. Ainda que não lhes conheças, de todos, o afeto que te consagram e embora a impossibilidade em que te reconheces para medir quanto vales para cada um deles, é razoável ponderes quantas lesões de ordem mental lhes causarias com a violência praticada contra ti mesmo. Se a ideia perniciosa continua a torturar-te, mesmo que te sintas doente, refugia-te no trabalho possível, em que te mostres útil aos que te cercam. Visita um hospital, onde consigas avaliar as vantagens de que dispões, em confronto com o grande número de companheiros portadores de moléstias irreversíveis. Vai pessoalmente ao encontro de algum instituo beneficente, a que se recolhem irmãos necessitados de apoio total, para os quais alguns momentos de diálogo amigo se transformam em preciosa medicação. Jornal Espírita de Uberaba – Ano 8 – Nº 102 – Março/2015

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Lembra-te de alguém que saibas em penúria e busca avistar-te com esse alguém, procurando aliviar-lhe a carga de aflição. Comparece espontaneamente aos contatos com amigos reeducandos que se encontrem internados em presídios do teu conhecimento, de maneira a prestares a esse ou aquele algum pequenino favor. Não desprezes a leitura de alguma página esclarecedora, capaz de renovar-te os pensamentos. Entrega-te ao serviço do bem ao próximo, qualquer que ele seja e faze empenho em esquecer-te, porque a voluntária destruição de tuas possibilidades físicas, não só representa um ato de desconsideração para com as bênçãos que te enriquecem a vida, como também será o teu recolhimento compulsório à intimidade de ti mesmo, no qual, por tempo indefinível, permanecerás no envolvimento de tuas próprias perturbações. Do livro: Pronto Socorro – Pelo Espírito de Emmanuel e Psicografado por Francisco Candido Xavier TRABALHO IMPORTANTE SITE: SUICÍDIO NUNCA! O site foi desenvolvido por um grupo de amigos com ideais espíritas. Trata-se de uma iniciativa independente, sem fins lucrativos e sem ligação com qualquer instituição, federação ou órgão de classe de qualquer tipo. Todos os colaboradores trabalham de forma virtual, distribuídos pelas mais variadas partes dos país. Nossa única intenção é combater o suicídio com muita informação, amor e fraternidade. Nada mais nos interessa além de ajudar e auxiliar. Acreditamos piamente que um dia o suicídio será encarado como algo distante e quase inimaginável na História da Humanidade. Buscamos oferecer exclusivamente um auxílio espiritual segundo os ditames da doutrina espírita. Defendemos de forma cabal a necessidade de se buscar uma ajuda médica e psicológica adequada. Para tudo existe um tratamento adequado. Deus, Jesus e os Espíritos Superiores pregam a vida... então vamos fomentar esta ideia! Leia o conteúdo do site... ele irá mudar sua concepção de vida e de morte! Temos certeza absoluta que o conhecimento espírita acabará eficazmente com qualquer desejo auto-destrutivo. O conhecimento elimina a escuridão! A luz dissipa as trevas! O amor energiza a alma! Deus quer a vida! Navegue pelo site e conheça todo o trabalho maravilhoso realizado por essa equipe de abnegados espíritas. Transcrito do site: http://www.suicidionunca.com.br/textos/index.php?id=3 Jornal Espírita de Uberaba – Ano 8 – Nº 102 – Março/2015 24


CVV – CENTRO DE VALORIZAÇÃO DA VIDA O CVV - Centro de Valorização da Vida é uma das organizações nãogovernamentais (ONG) mais antigas do Brasil. Fundada em 1962 por um grupo de voluntários, foi reconhecida como entidade de utilidade pública federal pelo decreto lei nº 73.348 de 20 de dezembro de 1973. Sua atuação baseia-se essencialmente no trabalho voluntário de milhares de pessoas distribuídas por todas as regiões do Brasil. É associado ao Befrienders Worldwide (http://www.befrienders.org/), entidade que congrega instituições de apoio emocional e prevenção do suicídio em todo o mundo. Em 2004 e 2005 fez parte do Grupo de Trabalho do Ministério da Saúde para definição da Estratégia Nacional para Prevenção do Suicídio. Sua principal iniciativa é o Programa de Apoio Emocional realizado pelo telefone, chat, e-mail, VoIP, correspondência ou pessoalmente nos postos do CVV em todo o país (veja como acessar o serviço). Trata-se de um serviço gratuito, oferecido por voluntários que se colocam disponíveis à outra pessoa em uma conversa de ajuda e preocupados com os sentimentos dessa pessoa. O Centro de Valorização mantém também o Francisca Julia Saúde Mental e Dependência Química e trouxe ao Brasil em 2004 o Programa Amigos do Zippy. Trata-se de um programa de desenvolvimento emocional para crianças de seis e sete anos em escolas públicas e particulares. Após o amadurecimento do Programa, foi fundada a Associação pela Saúde Emocional de Crianças - ASEC, para sua gestão. São mais de 18.500 crianças beneficiadas por ano em 323 instituições de 39 cidades. Conheça mais no site www.amigosdozippy.org.br. Missão: Valorizar a vida, contribuindo para que as pessoas tenham uma vida mais plena e, consequentemente, prevenindo o suicídio. Visão: Uma sociedade compreensiva, fraterna e solidária. (As pessoas Vivendo Plenamente, tendo o CVV contribuído para isso) Valores:  Confiança na Tendência Construtiva da Natureza Humana.  Trabalho Voluntário motivado pelo espírito samaritano, de acordo com a Proposta de Vida.  Direção Centrada no Grupo.  Aperfeiçoamento Contínuo.  Comprometimento e Disciplina. Transcrito do site: http://www.cvv.org.br/ PERSONALIDADE DE DESTAQUE NO MOVIMENTO ESPÍRITA LEOPOLDO MACHADO BARBOSA Leopoldo Machado Barbosa nasceu no dia 30 de setembro de 1891, no Arraial de Cepa Forte, hoje conhecido como Ladeira, no Estado da Bahia. Jornalista, escritor, polemista, professor, poeta, compositor, orador, deixou escrito o total de 27 livros, nos gêneros poesia, teatro, conto, estudos doutrinários, biografias, Jornal Espírita de Uberaba – Ano 8 – Nº 102 – Março/2015 25


entre os quais somente seis não espíritas. Este fato é muito relevante, de vez que Leopoldo frequentou a escola primária por pouco tempo, educando-se pelo esforço próprio e vontade de aprender. Sua extensa e rica bibliografia valeu-lhe a cadeira número 01 da Academia Iguaçuana de Letras. “O Espiritismo É Obra De Educação”, “Para Frente e para o Alto” e “Uma Grande Vida” (Biografia de Caibar Schutel) são alguns dos exemplos de obras suas. Além de criar o que atualmente se conhece como mocidades espíritas, instituiu também as escolas de evangelização Infanto-Juvenil. Foi Leopoldo Machado um grande líder espírita e um grande incentivador da participação dos jovens nas atividades espíritas, fundando ele próprio a Mocidade Espírita de Iguaçu, a segunda mais antiga do Brasil. Casou-se no dia 31 de dezembro de 1927 com uma professora, Marília Ferraz de Almeida, que exerceu uma grande influência em sua vida. Em 1929, o “Criador de Mocidades Espíritas” mudouse para a cidade de Nova Iguaçu, no Estado do Rio de Janeiro, onde participou, com a colaboração de Marília e vários companheiros, da fundação do Centro Espírita “Fé, Esperança e Caridade”. Como seu mais atuante presidente, edificou o Albergue Noturno “Allan Kardec” e, posteriormente, o “Lar de Jesus”, destinado a meninas órfãs e abandonadas, além da Escola de Alfabetização “João Batista”. Em abril de 1930, com a ajuda da irmã Leopoldina e também de sua esposa, fundou o Ginásio “Leopoldo”, hoje oferecendo cursos de 1º e 2º graus, formação de professores e contabilistas. Leopoldo Machado foi um dos incansáveis batalhadores da causa espírita no Brasil. Percorreu todo o país divulgando a Doutrina, defendendo-a dos ataques dos médicos e sacerdotes católicos. Aos companheiros espíritas alertava sempre para a necessidade de estudo das obras básicas, afirmando: - “O que deve preocupar o Movimento Espírita é a falta de base doutrinária de muitos confrades que, enleados pela grandiosidade do acervo e do encantamento de tantos e belos romances, contos, mensagens e novelas (que, no mercado livreiro de hoje é chamado de “realismo fantástico”), agradam-se e concentram-se apenas nessa natureza de livros, deixando de estudar, concomitantemente ou previamente, as obras da Codificação”. No afã de aprender, divulgar, unificar, Leopoldo participou de vários eventos, dentre os quais o I Congresso de Mocidades Espíritas do Brasil, realizado no Rio de Janeiro, em julho de 1948 e o Congresso de Unificação, realizado em São Paulo (SP) de 31 de outubro a 05 de novembro do mesmo ano, onde apresentou o seu “Estudo e Sugestões para o Programa de Unificação”. “Após a assinatura do “Pacto Áureo, no dia 05 de outubro de 1949, era necessário consolidar os ideais de unificação contidos no documento”. Preciso seria que a decisão tomada pelas lideranças do Movimento Espírita de alguns Estados e da Diretoria da Federação Espírita Brasileira fosse entendida e colocada em ação em todo o País. Para tanto foi criada a “Caravana da Fraternidade”, da qual Leopoldo Machado foi membro atuante, visitando com seus companheiros cerca de 11 (onze) Estados do Nordeste e Norte do País. Jornal Espírita de Uberaba – Ano 8 – Nº 102 – Março/2015

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No seu livro “Caravana da Fraternidade”, hoje obra esgotada, assim escreveu Leopoldo: “Acreditamos no Pacto Áureo, sim! Mas no Pacto Áureo em si mesmo, que é menos obra dos homens do que dos Espíritos. O que houver de mais importante nele, é obra dos Espíritos, ou pelos Espíritos inspirada, a exemplo do próprio Pacto”. Leopoldo Machado voltou à pátria espiritual em 22 de agosto de 1956, legando ao Movimento Espírita Brasileiro muita dedicação e fé, especialmente aos jovens e a todos os que militam na área de divulgação da Doutrina. Fonte: site: www.feal.com.br Transcrito do site: http://www.autoresespiritasclassicos.com/autores%20espiritas%20classicos %20%20diversos/Leopoldo%20Machado/Leopoldo%20Machado.pdf DATAS IMPORTANTES DO ESPIRITISMO MARÇO Dia 01 de 1944 – Em São Paulo, SP, é lançado o jornal “O Semeador”, órgão da Federação Espírita do Estado de São Paulo. Dia 02 de 1927 – Na Inglaterra, é lançada a revista "Light", com conferência de Oliver Lodge, sob os auspícios da Aliança Espírita de Londres. Dia 03 de 1880 – Nasce na França, o escritor espírita Gaston Luce. Desencarna em Paris, na França em 11 de janeiro de 1965. Dia 03 de 1985 – É fundado o CEPE Centro de Estudos e Pesquisas Espíritas, Departamento da Federação Espírita do Paraná. Dia 05 de 1939 – No Rio de Janeiro, RJ, é fundado o Centro Espírita Bezerra de Menezes, tendo como fundador e 1º Presidente o Professor Arnaldo Claro de S. Thiago. Dia 20 de 1833 – Em Currey, Escócia, nasce Daniel Dunglas Home, considerado o maior médium de efeitos físicos do mundo moderno. Desencarna em Saint German, França, em 21 de junho de 1886. Dia 22 de 1936 – Funda-se em São Paulo, a Sociedade Meta psíquica. Dia 23 de 1876 – No Rio de Janeiro, RJ, é fundada a Sociedade de Estudos Espíritas Deus, Cristo e Caridade, por pioneiros do Espiritismo, como Bittencourt Sampaio, Antonio Luiz Sayão, Charles Lehar e Frederico Junior. Dia 23 de 1876 – Funda-se no Rio de Janeiro a Sociedade de Estudos Espíritas “Deus, Cristo e Caridade”, por participantes do Grupo Confúcio, com programa inteiramente evangélico, sob a orientação de Bittencourt Sampaio. Dia 25 de 1856 – O Espírito de Verdade manifesta-se pela primeira vez, orientando Allan Kardec, na residência da família Baudin, em Paris, França. Dia 29 de 1688 – Em Estocolmo, Suécia, nasce o médium Emmanuel Swedenborg, um dos precursores do Espiritismo. Desencarna em 29 de março de 1772, em Londres, Inglaterra. Dia 30 de 1864 – Nasce no Rio de Janeiro, RJ, Antonio Lima, fundador e 1º Presidente da União Espírita Mineira e tradutor das obras da Codificação, lançadas no primeiro Centenário de Allan Kardec, em 1904. Desencarna no dia 26 de março de 1964, na Paraíba do Sul, RJ. Jornal Espírita de Uberaba – Ano 8 – Nº 102 – Março/2015 27


Dia 30 de 1940 – Inaugura-se em São Paulo, a Rádio Piratininga, sob a direção dos espíritas. Dia 31 de 1848 – Em Hydesville, EUA, são registradas as primeiras comunicações espíritas, com a Família Fox. Dia 31 de 1945 – Em Curitiba, é fundado o Sanatório Bom Retiro, que porta a atual denominação de Hospital Espírita de Psiquiatria Bom Retiro, Departamento da Federação Espírita do Paraná. Dia 31 de 1848 – Em Hydesville, no estado de Nova York, Estados Unidos, as irmãs Kate e Margareth Fox, recebem por meio de pancadas concordantes com as letras do alfabeto e formando palavras e frases, a mensagem do Espírito de um mascate assassinado naquela localidade. Dia 31 de 1897 – Organiza-se a Livraria da Federação Espírita Brasileira. LIVROS DO “CLUBE DO LIVRO ESPÍRITA” DEPARTAMENTO – CLUBE DO LIVRO ESPÍRITA MARIA DOLORES Rua Artur Machado nº 288 – sala 04 – Centro MARCADOS PELA VIDA – Pelo Espírito de Luiz Gustavo – Psicografado por Lourdes Marconato Movidos pela ambição e vingança, dois fazendeiros lutam por posses e alimentam uma rivalidade mortal. Não percebem que a colheita do plantio é obrigatória, sendo a dor e o sofrimento frutos amargos, porém necessários. Nem mesmo a força do amor que une seus filhos, Marcos e Júlia, parece amenizar a situação, que é ainda mais agravada pelas marcas de uma implacável obsessão. Por que tamanha perseguição? O que há por trás de tanta infelicidade e desencontros? SEM LIMITES PARA O PERDÃO – Pelo Espírito de Duílio – Psicografado por Adriana de Souza L. Eugênio Até que ponto os pais têm responsabilidade pelo caminho escolhido pelos filhos, e quais as consequências se falharem nessa missão? A mágoa e o ódio são sentimentos tão nocivos à saúde física e mental, que se assemelham a uma dose diária de veneno destruindo nossas células sadias e nos deixando doentes. Conheça a história da família de Anabela, esposa dedicada que vê sua vida se transformar depois da morte do marido Antero que, desencarnado, passa a acompanhar a trajetória de seus filhos. Emocionante narrativa que destaca a importância do perdão, prática de infinita bondade que não deve ter limites.

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SUGESTÃO DE LEITURA MEMÓRIAS DE UM SUICIDA – Pelo Espírito de Camilo Cândido Botelho – Psicografado por Ivonne A. Pereira Um dos maiores clássicos da literatura espírita – e com justiça. Renomado escritor português narra, com detalhes impressionantes, as consequências vividas por ele tão logo chegue à vida espiritual depois de abreviar o período de passagem na Terra. É um verdadeiro tratado sobre esse importante tema – o suicídio – e um convite à vida e à luta contra esse mal tão comum. Simplesmente imprescindível para nossa doutrinação. NO VALE DOS SUICIDAS – Pelo Espírito de Elias – Psicografado por Evaristo Humberto De Araujo No Vale dos Suicidas é best-seller da Madras Editora, a obra contém um impressionante relato espiritual. O livro convida o leitor a conhecer o quadro de um dos lugares mais sofridos das moradas do Senhor: o Vale dos Suicidas. Com fatos nunca antes revelados, é nesse cenário de caos e de dor que podemos acompanhar o desespero de Márcio, um espírito sofredor que, encarnado, usou seu livre-arbítrio para dar fim a um dos maiores bens que recebemos do Criador: a vida humana. Sem coragem para enfrentar os obstáculos que lhe foram impostos como o caminho que o levaria a vencer o orgulho, Márcio resolve pôr fim à própria vida. No mesmo instante, inicia uma viagem rumo ao desespero, entre encostas e pântanos, choros, gemidos e lamentos. Arrependido e sem encontrar uma saída, conhece a abnegação de Elias, espírito consolador, cuja fé inabalável no desenvolvimento da humanidade o incentiva a trabalhar, incansavelmente, até mesmo nos lugares mais pútridos. Então, quando todas as esperanças parecem perdidas, o amor do Criador por Seu filho se faz sentir, e uma nova oportunidade de trilhar um caminho na Luz lhe é ofertada. HUMOR ESPÍRITA – “O Conselho”

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