Caderno ESPECIAL DA COPA DO MUNDO DE 2006

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Tudo pronto para o grande show de bola Trinta e duas seleções vão brigar pelo troféu mais badalado do mundo. Entre tradições e novidades, favoritismos e surpresas, craques consagrados e revelações que prometem dar show, a Copa da Alemanha encurta as distâncias no globo terrestre e atrai a atenção até de quem não aprecia a mágica dos gramados. Confira a convocação oficial da Seleção Brasileira e, nas próximas páginas, todos os detalhes sobre a emocionante competição. Goleiros: Dida (BA), 33, Milan-ITA Júlio César (RJ), 26, Inter de Milão-ITA Rogério Ceni (PR), 33, São Paulo Laterais: Cicinho (SP), 25 anos, Real Madrid-ESP Cafu (SP), 35 anos, (Milan-ITA) Roberto Carlos (SP), 33 anos, Real Madrid-ESP Gilberto (RJ), 30 anos, Hertha Berlim-ALE Zagueiros: Lúcio (DF), 28 anos, Bayern de Munique-ALE. Juan (RJ), 27 anos, Bayer Leverkusen-ALE Cris (SP), 28 anos, Lyon-FRA Luisão (SP), 25 anos, Benfica-POR

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Meio-Campo: Emerson (RS), 30 anos, Juventus-ITA Zé Roberto (SP), 31 anos, Bayern de Munique-ALE Gilberto Silva (MG), 29 anos, Arsenal-ING Edmílson (SP), 29 anos, Barcelona-ESP Kaká (DF), 24 anos, Milan-ITA Ronaldinho (RS), 26 anos, Barcelona-ESP Juninho Pernambucano (PE), 31 anos, Lyon-FRA Ricardinho (SP), 29 anos, Corinthians Atacantes: Ronaldo (RJ), 29 anos, Real Madrid-ESP Robinho (SP), 22 anos, Real Madrid-ESP Adriano (RJ), 24 anos, Inter de Milão-ITA Fred (MG), 22 anos, Lyon-FRA

CADERNO DA COPA

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Alemanha se abre para milhões de torcedores Por trás da paixão pelo futebol, um mundo de grandes negócios ganha muito dinheiro nos bastidores da Copa

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O que leva bilhões de torcedores ao redor do mundo a parar suas atividades cotidianas para assistir a Copa do Mundo é a pura paixão pelo futebol. Mas, por trás de fanáticos torcedores, se movimenta uma poderosa máquina econômica que busca faturar alto com esse grande evento esportivo. A Alemanha se abre, de junho a julho, com o lema “O mundo entre amigos”, para receber milhões de visitantes. Estima-se que a economia do país será aquecida por US$12 bilhões. Em compensação, os investimentos também são altos. O governo alemão investiu US$ 7,7 bilhões em infra-estrutura, envolvendo reforma e construção de estádios, novas estradas e adequação de outras, melhoria do transporte ferroviário e ainda modernização do sistema eletrônico do trânsito.

Beckenbauer, o embaixador da Copa 2006

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O ex-jogador e chefe do comitê organizador da Copa do Mundo de 2006, Franz Beckenbauer (foto à esquerda), foi o maior divulgador dessa edição do Mundial. Ele viajou por muitos países nos últimos anos para promover a competição e, principalmente, para apresentar como seria feita a organização. Agora, Beckenbauer se transforma no anfitrião número 1 da Copa.

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Empresas brigam por astros e seleções Toda edição da Copa do Mundo se transforma numa disputa direta entre fabricantes de material esportivo. Na Alemanha não será diferente. A Nike entra em campo com as seleções do Brasil, Holanda e Portugal. A rival Adidas torce pela vitória de Alemanha, França, Argentina e Espanha. • Apenas 12% dos torcedores da Alemanha acreditam que a seleção anfitriã têm chances de vencer o Mundial. • A pressão sobre o técnico Jürgen Klinsmann, de 41 anos, tem sido tão grande, que até os políticos da Alemanha querem interferir em seu trabalho.

Com a organização da Copa, US$ 12 bilhões deverão movimentar economia alemã

A competição em muitos números • 186 milhões de dólares devem ser arrecadados, apenas com a final da Copa do Mundo, pelo William Will, principal site inglês de apostas. • 100 milhões de dólares é o valor da campanha publicitária do Banco Santander com Cafu, Roberto Carlos, Kaká, Ronaldinho, Robinho e Ronaldo. • 450 milhões de dólares foram pagos pela Globo para ter a exclusividade de transmissão das Copas de 2002 e 2006 para o Brasil. Mas, na Copa de 2002 o prejuízo da Globo passou de US$ 200 milhões. • 1,7 bilhão de dólares a FIFA faturou com a venda do direito de transmissão para as TVs de todo o mudo. Como a FIFA investiu US$ 700 milhões na organização do Mundial, seu lucro pode chegar a US$ 1 bilhão. • 500 milhões de dólares a Coca-Cola pagou para manter o patrocínio das Copas até 2014. • 1,6 bilhão de dólares é o que a Copa deve movimentar na economia brasileira, 75% acima do que movimento o Mundial de 2002.


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Conheça a história das cidades sedes dos jogos São 12 cidades-sede num universo de grandes metrópoles como Berlim, (com mais de 3 milhões de habitantes) e outras pequenas, como Kaiserslautern, com 100 mil habitantes

Berlim:

A capital da Alemanha foi o território no qual se ergueu o muro que separou a Alemanha Ocidental da Oriental. É a maior cidade do país, com 3,39 milhões de habitantes. Foi lá que o ditador Hitler morreu. Em 1989, o Muro de Berlim caiu e o Portão de Brandenburgo passou a simbolizar a unificação dos dois povos. No esporte, Berlim também é a capital. Mais de 525 mil atletas, masculinos e femininos, estão registrados em aproximadamente 1.900 clubes; 160 equipes de Berlim competem nas ligas principais nos mais distintos esportes. Entre eles o futebol.

Kaiserslautern:

Stuttgart:

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Essa cidade foi uma das mais ricas e poderosas na Liga Hanseática, no século 18. Com a queda do império Germânico, a Cidade Imperial perdeu sua autonomia e logo foi ocupada pelos franceses. Décadas depois, despontou com grandes avanços industriais, como a operação do primeiro alto-forno. Depois vieram as grandes mineradoras. A população alcançou 140 mil habitantes e Dortmund entrou o século 20 como uma importante cidade industrial. Bombardeios durante a Segunda Guerra destruíram 95% do antigo centro da cidade e 60% das áreas residenciais. A cidade foi reconstruída na década de 60 e hoje é um centro de tecnologia, pesquisa e cultura internacionalmente renomada.

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Dortmund:

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Colônia:

É uma das mais antigas cidades da Alemanha. Foi elevada a categoria de cidade no ano 50 d. C. Atualmente, conta com uma população de 1 milhão de habitantes. Devido a sua história, é considerada a cidade das artes. Colônia é famosa pela dedicação aos esportes. Lá estão: os prédios da faculdade Alemã de Esportes, da Academia de Treinadores, do Museu Olímpico e de Esportes da Alemanha e, ainda, do Instituto Federal de Ciências Esportivas. Os principais representantes do futebol na cidade são FC Köln e Fortuna Köln. Catedral de Colônia e a ponte Hohenzollern

Na pequena cidade de KaiserCidade construída pelos slautern, com somente 100 mil haromanos, por volta de 85 bitantes, a história está por todos os a.C. Ela era uma fazenda de lados. Vestígios do passado podem criação de cavalos, chamaser encontrados no centro antigo. da de “Stuotgarten”, que O mais imponente acabou dando Alemanha aproveita elemento é o castelo nome deu nome a Copa para mostrar em estilo renasà cidade. No centista erguido sua história e também século XIV, ela pelo conde Johan seu potencial turístico passa a ser sede Casimir, em 1571. do governo de Conhecida como Wuerttemberg. “cidade da mata”, Kaiserslautern fica No século 19, a industriano meio da Floresta do Palatinado. lização chega à capital e Sua história cultural remonta o Stuttgart logo se destaca século 5 a. C. Foi nessa cidade que como grande metrópole. Atuos americanos fincaram uma base almente, a cidade é uma das militar na Segunda Guerra Mundial. maiores da Alemanha.

Hamburgo:

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A cidade de Hamburgo foi fundada em 811. Em 1189 ela ascendia como um centro global de comércio. A região é um dos 16 estados da República Federal da Alemanha. Seu porto é um dos sete maiores portos de contêineres do Mundo e o maior marítimo da Europa. A cidade nasceu às margens do rio Elbe, onde foram construídos os primeiros barracos. Em Hamburgo está a sede da agência de imprensa alemã, por meio da qual são publicadas 15 das 20 revistas de maior circulação do país. Atualmente, vivem na cidade 1,7 milhões de habitantes.

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Leipzig:

Leipzig

Seu forte é o poder Educacional, cultural e científico Leipzig fundou sua primeira universidade em 1409. Pensadores como Leibniz, Goethe, Schiller e Bach foram atraídos para lá. Com 495 mil habitantes, Leipzig é famosa pelo engajamento de seus habitantes nas artes. O centro histórico da cidade tem características mercantes. O futebol é um esporte bastante admirado. Hanover

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Hanover:

Antigo comando do Reino da Prússia, Hanover ganhou independência em 1866. Desde 1946 é a capital do estado da Baixa Saxônia. Com uma população de 520 mil habitantes, a cidade está entre as maiores da Alemanha. Nela, há duas das mais importantes feiras comerciais do país: a Feira de Hanover e a CEBI. A cidade é propícia para vários tipos de esporte. Lá existe o Parque dos Esportes de Hanover, a Faculdade de Esportes do Estado da Baixa Saxônia. Há quadras, campos, lagos e centro de eventos esportivos.

Nurembergue:

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Alcançou a independência em 1219, durante a dinastia de imperadores Staufen. No século XIV, o povoado foi proclamado Cidade Imperial Livre. Em 1356, o imperador Carlos IV promulgou a “Bula de Ouro”, estabelecendo que a primeira Assembléia Imperial seria em Nurembergue. Na Idade Média, foram os artesãos os responsáveis pela expansão do comércio. Grandes obras embelezaram a cidade durante séculos. Mas guerras exauriram a maioria das riquezas da cidade. A invasão napoleônica acelerou esse declínio. Em 1806, Nurembergue perdeu seu título de Cidade Imperial Livre e foi anexada ao Reino da Bavária. aA gin á ap

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Frankfurt:

A cidade detém um pedaço significativo da história da Alemanha. Foi em Frankfurt que 36 reis foram eleitos, e 10 imperadores germânicos coroados, entre 855 e 1792. A evolução da cidade ocorre desde a alta Idade Média. Atualmente, é considerado um dos mais evoluídos pontos do país, com 650 mil habitantes. Nos esportes, Frankfurt alcançou a marca de 140 mil esportistas em atividade, distribuídos em 470 clubes. Conta com três times de futebol na Bundesliga (principal competição do país). São eles: Eintracht Frankfurt e as equipes femininas 1º FFC Frankfurt e FSV Frankfurt.

Gelsenkirchen:

Com 270 mil habitantes, a pequena Gelsenkirchen é conhecida pelo uso da energia solar e tornou-se um centro nacional de negócios e pesquisas no campo dessa tecnologia. É também dona de famosos teatros e cabarés. Mas não é só isso. Para os amantes do futebol, Gelsenkirchen é o lugar certo. Famosa pelo fanatismo da torcida, já sediou a Copa do Mundo de 1974, a Copa da Uefa, o Campeonato Europeu e a Liga dos Campeões de 1994. Munique

Munique:

Foi fundada pelo imperador Henrique, o Leão, em 1158. Em 1214 ela foi elevada à condição de cidade. Séculos depois, ganhou o posto de capital do Reino da Baviera. No reinado de Ludwig I, foram construídos edifícios famosos, como o Glyptothek, a antiga e a nova Pinacoteca, o Palácio Real, o Feldherrnhalle e o Siegestor. Depois disso, Munique tornou-se num dos mais importantes centros culturais da Europa. Em 1933, os nazistas tomaram o poder na prefeitura. Bombardeios aéreos provocaram a destruição generalizada de Munique em 1944. Reconstruída, atualmente é uma metrópole internacional dedicada ao mercado e à mídia, com 1,3 milhões de habitantes.

Estádio de Munique


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(Federação Costarriquenha de Futebol) Fundada em 1921, mesmo ano de sua afiliação à Fifa Participações em Copas: 2 Títulos: 0 Vice-campeonatos: 0 Semifinais disputadas: 0 Jogos disputados: 7 Vitórias: 3 Empates: 1 Derrotas: 3 Gols marcados: 9 Gols sofridos: 12

A Costa Rica pode surpreender Após uma grande apresentação no Mundial de 1990, a Costa Rica só voltou ao cenário internacional em 2002. A seleção, novamente treinada por Alexandre Guimarães -um dos cinco técnicos brasileiros que comandarão equipes na Alemanha-, repetiu o feito em 2006 e, depois de muito

4. Equador

(Federação Equatoriana de Futebol) Fundada em 1925, afiliada à Fifa em 1926 Participações em Copas: 1 Títulos: 0 Vice-campeonatos: 0 Participações em Semifinais: 0 Jogos disputados: 3 Vitórias: 1 Empates: 0 Derrotas: 2 Gols marcados: 2 Gols sofridos: 4

Equador quer melhorar a performance de 2002

Em 2002, o Equador surpreendeu e se classificou para a Copa inclusive na frente do Brasil. Nas Eliminatórias para a Alemanha 2006, manteve a regularidade e, sem grandes dificuldades, garantiu presença no Mundial. Comandada pelo técnico Luis Suárez, a equipe repetiu a façanha e terminou as eliminatórias atrás apenas dos poderosos Brasil e Argentina. Os equatorianos jogaram bem dentro de casa, o que basicamente garantiu a classificação. Em seu estádio -no alto dos 2.850 metros de Quito-, a equipe terminou in-

victa e somou 23 dos 28 pontos possíveis. A participação equatoriana na Copa do Mundo de 2002 foi a única do país em toda a história da competição. Mesmo antes do embarque, todos já sabiam que a estadia no Oriente seria curta, como na verdade foi. O Equador, no entanto, despediu-se da Copa com memorável vitória sobre a Croácia, que ostentava o título de terceira colocada no Mundial anterior. Quem vai comandar os equatorianos na missão de “apagar” a fraca performance de 2002 é o técnico colombiano Luis Suares, homem da escola de Francisco Maturana e de seu antecessor, Hernán Darío Gómez. O treinador reorganizou seu plantel e, misturando juventude com experiência, conseguiu o objetivo de levar o Equador ao Mundial pela segunda vez consecutiva. “Queremos dar continuidade ao trabalho e melhorar o que foi feito há quatro anos”,

disse o técnico. O colombiano conta com uma equipe equilibrada e muito bem posicionada taticamente. Christian Lara, Luis Valencia e Franklin Salas são alguns nomes da promissora atual geração do futebol equatoriano. Os novos valores, somados aos experientes Ulisses de La Cruz, Ivan Hurtado, Edison Méndez -sem esquecer do interminável Augustín Delgado-, representam a esperança do país na Copa da Alemanha. Base do time: Villafuerte; Ambrossi, Espinoza, Hurtado e De la Cruz; Ayovi, Lara, Valencia e Mendez; Delgado e Tenório. Técnico: Luiz Fernando Suárez. Eliminatórias: 3º lugar nas últimas Eliminatórias Sul-americanas, com vitórias marcantes sobre Colômbia, Venezuela e Brasil.

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alegre. Os torcedores depositam suas esperanças na solidez defensiva de Gilberto Martinez, na ousadia de Walter Centeno e no seu homem-gol, o centroavante Paulo Wanchope. Prestes a disputar o seu segundo Mundial, o atacante quer se despedir de Copas do Mundo com uma atuação “inesquecível”. Base do time: Porras; Martinez, Marin, Wallace, Gonzales e Sabiorio: Umana, Centeno e Brenes; Wanchope e Ronald Gomez. Técnico: Alexandre Guimarães Eliminatórias: 3º lugar do hexagonal final das Eliminatórias da Concacaf.

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suor, carimbou o passaporte para a Alemanha. A campanha inicial da seleção nas Eliminatórias da Concacaf foi bastante irregular, e o time só entrou nos eixos após o retorno do velho comandante brasileiro. Alexandre Guimarães reassumiu a Costa Rica no hexagonal final da competição, levando o time, que vinha de resultados tímidos e não convincentes, a derrotar Guatemala, Panamá, Trinidad e Tobago e Estados Unidos, assegurando assim a classificação. Não se deve menosprezar o potencial da seleção centro-americana, que é dona de um futebol objetivo e

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3. Polônia

(Associação Polonesa de Futebol) Fundada em 1919 e afiliada à Fifa em 1923 Participações em Copas: 6 Títulos: 0 Vice-campeonatos: 0 Semifinais disputadas: 2 Jogos disputados: 28 Vitórias: 14 Empates: 5 Derrotas: 9 Gols marcados: 42 Gols sofridos: 36

A decepção de 2002

Participando pela sétima vez de uma Copa, a Polônia tem a missão de apagar o fiasco do último mundial, quando foi eliminada na primeira fase e fez a sua segunda pior campanha da história (melhor apenas que a de 1938, quando perdeu a única partida que disputou para o Brasil). Pelo que apresentou nas Eliminatórias, o principal desafio polonês é transformar seu futebol competitivo em resultados positivos. Jogou duas vezes contra a Inglaterra (pelo grupo 6 do torneio classificatório) e, mesmo dando sinais de força, perdeu as duas partidas por 2 a 1, revelando que o

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time ainda precisa se acertar para brigar por grandes objetivos. Ainda assim, os poloneses venceram as demais partidas e se classificaram sem repescagem. Mesmo tendo de encarar a anfitriã Alemanha na Copa, a Polônia goza de certo favoritismo em relação a Equador e Costa Rica, podendo chegar com facilidade à segunda fase da competição. Mas o certo é que nem o mais otimista torcedor da seleção polonesa acredita numa campanha parecida com as das décadas de 70 e 80, quando a seleção figurava entre as melhores do mundo. A falta de um craque artilheiro desanima os poloneses. Tanto que o atleta mais significativo do time é Dudek, goleiro que se sagrou campeão europeu pelo Liverpool na temporada de 2004/2005. Mesmo assim, o arqueiro ainda divide a posição de titular no clube com o espanhol Reina. Base do time: Dudek; Klos, Zelawkow e Baszczynski; Bak, Sobolewski, Kosowskyi, Zurawski e Rzasa; Olisadebe e Smolarek. Técnico: Pael Jamas Eliminatórias: 2º lugar do Grupo 6 das Eliminatórias Européias.

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2. Costa Rica

inflamada torcida -famosa por consumir grandes quantidades de cerveja e se inflamar mais ainda-, a Alemanha entra com meia mão em sua quarta taça. Base do time: Kahn, Owomoyela, Metzelder, Huth e Schneider; Deisler, Borowski, Schweinsteiger e Ballack, Podolski e Kuranyi. Técnico: Jurgen Klinsmann. Uniforme: camisa branca, calção preto, meias brancas Recordista de jogos: Lothar Matthäus (150) Artilheiro: Gerd Müller (68) Jogadores mais conhecidos: Oliver Kahn, Michael Ballack, Miroslav Klose.

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Aliadas à tradição no futebol e ao fato de serem os donos da casa, os alemães ainda têm a seu favor a disciplina e a organização, características inegáveis da terceira nação mais rica do mundo. Os três títulos conquistados dão uma idéia de todo esse poderio. Mesmo com tantos aspectos favoráveis -e com a organização da Copa apostando que sua seleção chegará à final com o Brasil, a Alemanha tem pela frente um problema e tanto: os fanáticos torcedores não estão nem um pouco entusiasmados com o técnico Jürgen Klinsmann. Ele, que comandou a esquadra alemã no tricampeonato de 90, vem sendo muito criticado.

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A tradição dos donos da casa

Entre as reclamações que tiram o sono do treinador estão o fato dele viver na Califórnia e querer renovar a seleção em todos os aspectos: vem apostando num elenco mais jovem e até adotou um novo segundo uniforme. A coragem de Klinsmann visa dar uma “cara” mais agressiva e criativa à seleção alemã. Contudo, os resultados em campo são duvidosos. Nos últimos amistosos da seleção em 2005, a equipe suou a camisa para derrotar a China por 1 a 0, com um gol de pênalti. Quatro dias antes, os alemães decepcionaram sua torcida ao perder para a Turquia por 2 a 1. Em amistosos contra a Holanda, Eslováquia e África do Sul, a equipe também não convenceu. O desempenho culminou com a criação de uma comissão, formada por técnicos de equipes da Bundesliga, e que serve para “fiscalizar” o trabalho realizado junto à seleção nacional. Sem ter disputado as eliminatórias (garantiu vaga instantânea, por ser a anfitriã), a Alemanha é, paradoxalmente, uma equipe com grandes chances de levantar a taça ou protagonizar um grande fiasco. Pelo menos aos olhos dos críticos. A verdade é que, se depender de sua

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(Federação Alemã de Futebol) Fundada em 1900 e afiliada à Fifa desde1904 Participações em Copas: 15 Títulos: 3 (1954, 1974, 1990) Vice-campeonatos: 4 Semifinais disputadas: 3 Jogos disputados: 85 Vitórias: 50 Empates: 18 Derrotas: 17 Gols marcados: 176 Gols sofridos: 106

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1. Alemanha

Copas do Mundo: 1934 (Itália, terceira colocação) 1938 (França, oitavas-de-final) 1954 (Suíça, campeão) 1958 (Suécia, quarta colocação) 1962 (Chile, quartas-de-final) 1966 (Inglaterra, vice-campeão) 1970 (México, terceira colocação) 1974 (Alemanha, campeão) 1978 (Argentina, segunda rodada final) 1982 (Espanha, vice-campeão) 1986 (México, vice-campeão) 1990 (Itália, campeão) 1994 (EUA, quartas-de-final) 1998 (França, quartas-de-final) 2002 (Japão e Coréia do Sul, vice-campeão)

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GRUPO B Inglaterra

(A Associação de Futebol) Fundada em 1863, afiliada à Fifa em 1905 Participações em Copas: 11 Títulos: 1 Vice-campeonatos: 0 Participações em semifinais: 2 Jogos disputados: 55 Vitórias: 22 Empates: 15 Derrotas: 13 Gols marcados: 68 Gols sofridos: 45

Com a glória de 1966 na memória

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2. Paraguai

(Associação Paraguaia de Futebol) Fundada em 1906, afiliada à Fifa em 1921 Participações em Copas: 6 Títulos: 0 Vice: 0 Semifinalista: 0 Jogos disputados: 19 Vitórias: 5 Empates: 7 Derrotas: 7 Gols marcados: 25 Gols sofridos: 34

A regularidade paraguaia O Paraguai é, pelo menos a contar do ano de 1998, uma das maiores forças do futebol sul-americano. A geração do goleiro Chilavert, do lateral-direito Arce e do zagueiro Gamarra trouxe grandes alegrias aos torcedores, traduzidas em duas boas participações nas Copas da França e do Japão e da Coréia do Sul. Na Alemanha, apenas Gamarra vai jogar, porque Chilavert encerrou a carreira e Arce está contundido. Mesmo assim, o país não perdeu suas grandes características em campo, que são a raça e o potencial defensivo. O

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time é comandado pelo técnico uruguaio Aníbal Ruiz. A intenção paraguaia em 2006 é passar das oitavas-de-final, fase em que vem esbarrando desde 1986. O fato, porém, é que a equipe não foi muito feliz no sorteio para a Copa, caindo no mesmo grupo que as potências européias Inglaterra e Suécia. Uma das cartas na manga do Paraguai é o fato de que, ao contrário dos últimos anos, a seleção já pode contar com atletas que possuem experiência no futebol europeu, como Nelson Haedo e Roque Santa Cruz (este vem de uma grave contusão e ainda preocupa). O técnico já avisou que o Paraguai deve “dar trabalho” este ano. Base do time: Justo Vi l l a r ; D e n i s C a n i z a , Julio Cáceres, Carlos Gamarra e Jorge Núñez; Edgar Barreto, Roberto Acuña, Carlos Humberto Paredes e Julio dos Santos; Roque Santa Cruz e Nelson Haedo. Técnico: Aníbal Ruiz Eliminatórias: 4ª colocada na zona sul-americana.

Vem do futebol inglês o atual campeão europeu, o Liverpool. É também britânico o clube que mais investe nos últimos anos, o Chelsea. Por estes e outros motivos, o país ganhou uma grand e e n e rg i a n o futebol desde a Copa do Mundo de 2002, quando acabou elimina-

da nas quartasde-final pelo Brasil. Comandada pelo sueco SvenGöran Eriksson, a equipe conta com a força dos meio-campistas Gerrard e Lampard, e com a rapidez do atacante Rooney. Isso sem mencionar os ídolos Beckham e Owen, que costumam dar shows a parte. Mesmo com tantos atletas de peso, a ordem da comissão técnica é manter a humildade, já que, logo na primeira fase, a Inglaterra pega Suécia e Paraguai, que podem ser belas pedras no sapato dos “inventores do futebol”. Analistas dizem, entretanto, que os britânicos

3. Trinidad e Tobago

devem passar para a segunda etapa sem maiores dificuldades. Base do time: Robinson, Young, Terry, Ferdinand, Carragher, Beckham, Gerrard, Lampard, Cole (Wright-Phillips), Rooney e Owen. Técnico: Sven-Göran Eriksson. Eliminatórias: Primeira colocada no grupo 6 das Eliminatórias Européias (bateu Polônia, País de Gales e Áustria).

Spann, Whithley e Birchall; Stern John e Yorke. Técnico: Leo Beenhakker. Eliminatórias: Classificada na repescagem (venceu República Dominicana, Guatemala e México).

(Federação de Futebol de Trinidad e Tobago) Fundada em 1908, afiliada à Fifa em 1963 Participações em Copas: 0

O milagre holandês em Trinidad Com apenas 1 milhão de habitantes, Trinidad e Tobago é a menor torcida entre as nações que disputam a Copa. Mesmo assim, o pequeno país orgulhase em chegar à Alemanha como a seleção mais competitiva entre as caribenhas. Mesmo com toda essa expectativa, o passado de Trinidad em eliminatórias é negro. Desde 1966, nunca havia conseguido se classificar para uma Copa e a seletiva para a Alemanha parecia acenar para um novo fracasso (tomou uma goleada

da Guatemala logo nas primeiras rodadas). Isso até a chegada do “Milagre holandês”, o treinador Leo Beenhakker, que deu motivação à equipe e a fez carimbar o passaporte, após uma ótima performance na repescagem. Base do time: Jack; Avery John, Andrews, Jones e Lawrence; Edwards,

4. Suécia

(Federação Sueca de Futebol) Fundada em 1904, ano de sua afiliação à Fifa Participações em Copas: 10 Títulos: 0 Vice-campeonatos: 1 Semifinais disputadas: 3 Jogos disputados: 42 Vitórias: 15 Empates: 11 Derrotas: 16 Gols marcados: 71 Gols sofridos: 65

Suecos sonham alto A Suécia é uma das seleções mais regulares em Copas do M u n d o . Tr a z e m s u a g a l e ria um vice-campeonato em 1958 e três terceiros lugares (1938, 1950 e 1994). N a 11 ª p a r t i cipação em Mundiais, os suecos sonham não apenas em manter a regularidade, mas principalmente surpreender os favoritos e brigar por uma conquista inédita. Para tanto, os “vikings” man-

têm a mesma base do time eliminado nas oitavas-de-final da Copa de 2002, quando ficaram em primeiro lugar no “grupo da morte”, que reunía as seleções da Argentina, Inglaterra e Nigéria. A inesperada eliminação veio logo depois, pelos pés da zebra africana Senegal. O país europeu até hoje lamenta a falta de sorte o meia Svensson, que meteu uma bola no travessão. O meio-campista estará novamente presente na Alemanha. Nas eliminatórias, os suecos mostraram força. Foram oito vitórias em dez jogos (duas derrotas para a Croácia), 30 gols marcados e só quatro sofridos. Na estréia na Alemanha, os escandinavos sabem que terão compromissos duros, como Paraguai e Inglaterra. Base do time: Isaksson, Ostlund, Mellberg, Lucic e Wilhelmsson; Edman, Svensson, Källström e Ljungberg; Larsson e Ibrahimovic. Técnico: Lars Lagerbeck Eliminatórias: 2ª colocada do grupo 8 (com duas históricas goleadas sobre Malta: 7 a 0 e 6 a 0).


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2. Costa do Marfim

(Federação Marfinense de Futebol) Fundada em 1960, afiliada à Fifa no mesmo ano. Participações em Copas: 0

Beckenbauer confia no estreante Ninguém acreditava que a Costa do Marfi m pudesse se qualificar para a Copa. Porém, na reta final da seletiva, o time do técnico francês Henri Michel surpreendeu e ficou com uma das cinco vagas do grupo 3 das Eliminatórias. Ainda com o ingrato rótulo de zebra, Costa do Marfim conquistou um importante apoio: o alemão Franz Beckenbauer, presidente do Comitê Organi-

4. Holanda

(Real Associação Holandesa de Futebol) Fundada em 1889, afiliada à Fifa em 1904 Participações em Copas: 7 Títulos: 0 Vice-campeonatos: 2 Participações em semifinais: 3 Jogos disputados: 32 Vitórias: 14 Empates: 9 Derrotas: 9 Gols marcados: 56 Gols sofridos: 36

A volta por cima Após ficar de foram do Mundial do Japão/Coréia do Sul, em 2002, a Holanda pretende se superar na Alemanha. Cravou uma campanha irretocável nas Eliminatórias européias, garantindo o primeiro lugar com 5 pontos de vantagem sobre seu adversário direto (a temida República Tcheca). O resultado deu à equipe do

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de Van Basten, considerado muito explosivo. Ele teria sido o responsável pela perda de espaço de atletas experientes (como Van Bommel, Davids e Seedorf). Segundo parte da imprensa do país, rejeitar jogadores desse quilate pode ser fatal numa Copa do Mundo. Base do time: Van der Sar, Kromkamp, Boulahrouz, O p d a m , Va n Bronckhorst; Landzaart, Sneijder, Van der Vaart; Kuyt, Van Nistelrooy e Robben. Técnico: Marco Van Basten. Eliminatórias: 1º lugar do Grupo 1 das Eliminatórias Européias, com vitórias folgadas sobre Finlândia, Andorra e República Tcheca.

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ex-craque e atual treinador Marco Van Basten um grau invejável de respeitabilidade internacional. Com um elenco mais jovem que os times “laranja” d a s Copas do Mundo de 1994 (EUA) e 1998 (França), os vice-campeões mundiais de 74 e 78 têm uma dupla de ataque que promete: Van Nistelrooy (Manchester United) e Arjen Robben, do Chelsea. Eles são o que há de melhor na nova geraç ã o holandesa. Ponto considerado negativo pelos críticos acerca da formação holandesa é o temperamento

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africanos “aprontarem” para cima dos favoritos e chegarem às finais, aí é que Drogba poderá mesmo impulsionar a carreira de forma definitiva. Outro craque, Touré, que atua no Arsenal, é depositário da esperança de seu povo para uma virtual boa campanha da Costa do Marfim. Base do time: Barry, Akale, Eboue, Touré e Zokora; Tiene, Kalou, Meite e Dindane; Drogba e Domoraud. Técnico: Henri Michel. Eliminatórias: 1ª colocada do grupo 3, com destaque para uma goleada de 5 a 0 sobre o Sudão.

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zador do Mundial, declarou que a equipe pode chegar à final da Copa e ser a grande surpresa da competição. “Costa do Marfim tem um grupo muito, muito difícil, provavelmente o mais difícil do Mundial. A equipe tem uma grande oportunidade de chegar à final se superar a fase de grupos”, afirmou o ex-craque. O time de Costa do Marfim acredita no atacante Drogba, um dos destaques do Chelsea, da Inglaterra. Ele é um dos nomes mais badalados para se tornar um astro da Copa. E se os

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3. Sérvia e Montenegro (Associação de Futebol da Sérvia e Montenegro) Fundada em 1919, afiliada à Fifa em 1919 Participações em Copas: 7 Títulos: 0 Vice-campeonatos: 0 Participações em semifinais: 1 Jogos disputados: 37 Vitórias: 16 Empates: 8 Derrotas: 13 Gols marcados: 60 Gols sofridos: 46

A defesa é o melhor ataque Há algumas décadas, a Iugoslávia levava a boa fama de ser uma equipe agressiva e alegre, com um estilo de jogo que se assemelhava mais ao dos latinos que ao dos europeus. Entretanto, com o passar do tempo, a atual Sérvia e Montenegro abandonou um pouco o “futebol arte” e solidificou seu esquema defensivo, que é agora uma característica marcante do time.

Nas Eliminatórias, o time sérvio-montenegrino tomou apenas um gol em dez jogos, garantindo o primeiro lugar do Grupo 7 com 22 pontos ganhos, na frente da cambaleante Espanha, que só se classificou na repescagem. O grande trunfo da eficiente zaga de Sérvia e Montenegro é o jovem Nemanja Vidic, de 23 anos de idade, revelado pelo Estrela Vermelha, de Belgrado. Ele tem 1m90 de altura e, após garantir a classificação de seu país para a Copa, acabou sendo contratado pelo Manchester United. Mesmo com toda essa força defensiva, Sérvia e Montenegro pode passar por maus bocados na Alemanha. É que a equipe tem pela frente os “bichos-papões” Argentina, Holanda e Costa do Marfim. Base do time: Jevric, Gavrancic, Dragutinovic, Vidic e Kovaczvic; Maric, Koroman, Stankovic e Djordjevic; Milosevic e Kezman Técnico: Ilija Petkovic Eliminatórias: 1º lugar do Grupo 7 das Eliminatórias Européias.

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Em 2002, a Argentina foi eliminada logo na primeira fase, não conseguindo sobreviver ao “Grupo da Morte”, formado por Inglaterra, Suécia e Nigéria. A história se repete e, na Alemanha, os nossos maiores rivais irão, logo na primeira fase, encarar a forte Holanda, a tradicional Sérvia e Montenegro (ex-Iugoslávia) e o motivado enigma Costa do Marfim, que prometeu brigar de igual para igual pela classificação.

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Outra vez no Grupo da Morte

finais. Há quem diga que a nação argentina reza para não enfrentar a seleção canarinho, o maior carrasco dos “hermanos” nos últimos tempos. Base do time: Abbondazieri; Javier Zanetti, Ayala, Samuel e Sorín; Coloccini, Cambiasso (Mascherano), Lucho González e Riquelme; Crespo e Saviola (Delgado) Técnico: Jose Carlos Pekerman Eliminatórias: 2ª colocada da América do Sul (perdeu de 3 a 1 para o Brasil em junho de 2004, mas descontou a derrota com um placar idêntico, um ano depois).

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(Associação Argentina de Futebol) Fundada em 1893, afiliada à Fifa em 1912. Participações em Copas: 13 Títulos: 2 Vice-campeonatos: 2 Semifinais disputadas: 4 Jogos disputados: 60 Vitórias: 30 Empates: 11 Derrotas: 19 Gols marcados: 102 Gols sofridos: 71

Para não morrer na praia novamente, a Argentina aposta em uma mistura explosiva: vai colocar em campo um time cheio de jovens talentos (que vêm se destacando nos Mundiais das categorias de base); os garotos receberão toda a assistência de atletas consagrados. Entre as novidades estão Cambiasso, Mascherano, Heinze, Riquelme, D’Alessandro, Tevez e Messi. Entre os “veteranos” aparecem Javier Zanetti, Sorín, Ayala, Aimar, Kily González e Crespo, todos presentes na eliminação em 2002. Com a mescla, a Argentina pretende voltar ao topo do futebol mundial após 16 anos, já que desde o vice-campeonato de 1990 o país vem sendo colocado entre os favoritos e sequer chega às semi-

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1. Argentina

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GRUPO D 1. México

(Federação Mexicana das Associações de Futebol) Fundada em 1927, afiliada à Fifa em 1929 Participações em Copas: 12 Títulos: 0 Vice-campeonatos: 0 Participação em semifinais: 0 Jogos disputados: 41 Vitórias: 10 Empates: 11 Derrotas: 29 Gols marcados: 43 Gols sofridos: 79

Tranquilidade é a palavra de ordem

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A preparação do México para a Copa não foi nada mais do que uma tranquila caminhada com final já previsto. Ciente da superioridade de sua equipe sobre a maior

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3. Angola

2. Irã

(Federação Angolana de Futebol) Fundada em 1979, afiliada à Fifa em 1980 Participações em Copas: 0

Para afastar a tristeza Ainda em clima de festa pelo fim da cruel guerra civil que castigou o país por anos a fio, Angola encontrou recentemente mais um motivo para afastar a tristeza da conturbada realidade política. Trata-se da classificação para a Copa do Mundo da Alemanha, consolidada em 8 de outubro de 2005, com uma vitória de 1 a 0 sobre Ruanda. O desenrolar da Copa irá mostrar se a capacidade de superação da seleção angolana chegou ao final ou se uma nova potência africana do futebol

está em formação. Isso porque a linha que divide o fracasso e o sucesso é, para os angolanos, quase imperceptível. O que importa é que eles conseguiram chegar à competição, e isso é uma enorme vitória para a sofrida Pátria que idolatra o Brasil e os brasileiros. Para surpreender no Mundial, a seleção -cuja base é formada por atletas amadores-, conta com o artilheiro Fabrice Akwa, que joga no futebol do Catar, além de Bruno Mauro e Pedro Mantorras, que atuam no futebol português. Base do time: João Pereira; Jacinto, Kali, Jamba e Delgado; André, Gilerto, Mendonça e Akwa; Figueiredo e Mantorras. Técnico: Oliveira Gonçalves. Eliminatórias: 1º lugar no Grupo 4, com vitórias sobre Argélia, Gabão e Ruanda.

(Federação de Futebol do Irã) Fundada em 1920, afiliada à Fifa em 1945 Participações em Copas: 2 Títulos: 0 Vice-campeonatos: 0 Semifinais: 0 Jogos disputados: 6 Vitórias: 1 Empates: 1 Derrotas: 4 Gols marcados: 4 Gols sofridos: 12

Uma seleção experiente Foi convincente a campanha do Irã nas Eliminatórias asiáticas. Na fase inicial, a seleção comandada pelo croata Branko Ivankovic venceu cinco das seis partidas que disputou. Nem mesmo a derrota para a Jordânia abalou a equipe, que

4. Portugal

(Federação Portuguesa de Futebol) Fundada em 1914, afiliada à Fifa em 1923 Participações em Copas: 3 Títulos: 0 Vice-campeonatos: 0 Semifinais disputadas: 1 Jogos disputados: 12 Vitórias: 7 Empates: 0 Derrotas: 5 Gols marcados: 25 Gols sofridos: 16

Portugal quer passar de promessa para realidade

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parte das seleções da Concacaf, o técnico Ricardo L av o lp e g arantiu à torcida que o México se classificaria “caminhando” para a grande competição na Alemanha. Contando com a experiência de jogadores como Rafa Márquez e Borghetti, o México ainda tem a seu favor a juventude de promessas como Carlos Salcido e Francisco Fonseca. Logo na primeira rodada das Eliminatórias, o time humilhou a modesta Dominica por 10 a 0, e seguiu a t r o p e l a n d o todos os adversários, cravando impressionante marca de 49 gols. Na Ale-

manha, a equipe tentará melhorar seu passado em Copas do Mundo. Apesar de sempre estar entre os melhores da Concacaf, os mexicanos nunca passaram das quartas-de-final de um Mundial. Base do time: Sanchéz; Rafa Márquez, Osório e Salcido; Carmona, Pardo, Luís Perez, Sinha e López; Fonseca e Borghetti Técnico: Ricardo Lavolpe

chegou à fase decisiva com folga. Na fase final da seletiva, os iranianos disputaram com Japão, Bahrein e Coréia do Norte, chegando à penúltima rodada defendendo a invencibilidade. Um simples empate em casa contra o frágil Bahrein garantiria a vaga na Copa. A festa dos 70 mil torcedores que lotaram o estádio Azadi, em Teerã, ficou completa quando o zagueiro Nosrati assinalou o tento que carimbou o passaporte do Irã para a Copa da Alemanha. Os ídolos do Irã atuam no futebol alemão. Trata-se dos meias Fereydoon Zandi (Kaiserslautern) e Alí Karimi (Bayern de Munique), e dos

atacantes Mahdavikia (Hamb u r g o ) e Va h i d H a s h e m i a n (Hannover). Base do time: Mirzapour; Golmohammadi, Nekounam, Alavi e Kabei; Kameli, Karimi, Zandi e Ali Daei; Mahdavikia e Hashemian. Técnico: Branko Ivankovic Eliminatórias: 1ª colocada no grupo 1, com duas goleadas de 7 a 0 sobre a seleção do Laos e um 3 a 1 sobre o Catar.

Para provar que Portugal tem chance de chegar junto com os “grandes”, basta lembrar que o técnico da equipe é o consagrado Luiz Felipe Scolari, que já conquistou a torcida lusitana com a conquista do vice-campeonato da Eurocopa. Isso, somado à grande campanha nas Eliminatórias, deixou a esquadra portuguesa pronta para transformar a condição de “promessa” em uma realidade de vitórias. Nas Eliminatórias, foram 35 gols a favor e apenas cinco contra. Curiosamente, o único momento difícil para os portugueses foi durante a partida contra o modesto Liechtenstein, que conseguiu o empate contra o time de Felipão. Mas, nas duas rodadas seguintes, a seleção emplacou goleadas contra Rússia (7 a 1) e Luxemburgo (5 a 0).

Na Alemanha, os portugueses contam com alguns astros internacionais para fazer de sua quarta participação em Copas do Mundo a melhor de todas. Na estréia, em 1966, Eusébio comandou o time rumo a um inesquecível terceiro lugar. Em 1986, a 17º posição foi um tanto frustrante. Mas o pior viria em 2002, quando seleção vermelhoe-verde chegou cheia de moral e acabou sendo eliminada já na primeira fase. Base do time: Ricardo; Paulo Ferreira, Ricardo Carvalho, Jorge Andrade e Nuno Valente; Costinha, Maniche, Figo e Deco; Cristiano Ronaldo e Pauleta. Técnico: Luiz Felipe Scolari. Eliminatórias: 1º lugar do Grupo 3 das Eliminatórias Européias, com goleadas sobre Rússia, Luxemburgo e Estônia.


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(Associação de Futebol da Gana) Fundada em 1957, afiliada à Fifa em 58 Participações em Copas: 0 Títulos: 0 Vice-campeonatos: 0

Tentando repetir o sucesso dos amadores A tradição nas categorias de base é marca registrada de Gana, que ostenta dois campeonatos sub17 (1991 e 1995), diversos títulos importantes na sub-20 e grandes participações em Olimpíadas. Os atletas profissionais, entretanto, só tinham mostrado sua força no nível continental, com quatro conquistas da Copa Africana (1963, 1965, 1978 e 1982). Faltava uma participação em uma Copa do Mundo. Em 2006, Gana irá estrear em Mundiais disposta a mostrar

3. Estados Unidos

(Futebol EUA) Fundada em 1913, afiliada à Fifa em 1913 Participações em Copas: 7 Títulos: 0 Vice-campeonatos: 0 Semifinais: 1 Jogos disputados: 22 Vitórias: 6 Empates: 2 Derrotas: 14

Mais experientes, eles devem dar trabalho Grande potência no futebol feminino -com dois Mundiais, em 1991 e 1999-, os EUA agora se preparam para ganhar espaço definitivo no masculino. O soccer vem evoluindo muito no país, possibilitando a projeção de conquistas internacionais. Da eliminação precoce em 90 até a classificação para a Copa deste ano, muita coisa mudou para os americanos. Além de terem sediado a Copa

de 1994, eles instituíram a Major League Soccer, a liga nacional profissional de futebol. Os resultados vieram logo: a seleção venceu duas Copas Ouro (2002 e 2005) e chegou às quartasde-final do Mundial de 2002. A equipe que disputou a última Copa foi quase totalmente mantida, começando pelo treinador. Cheio de moral, Bruce Arena aposta em um time experiente para chegar longe no Mundial da Alemanha. Ele parece não temer nem mesmo a equipe favorita do grupo, a Itália. O setor ofensivo da equipe é o destaque. Contando com a dupla Landon Donovan (ex-

Bayer Leverkusen e atualmente no Los Angeles Galaxy) e Brian McBride (Fulham, da Inglaterra), a dupla deve assinalar importantes tentos para os ianques. Lá atrás, o experiente goleiro Kasey Keller, do Borussia Mönchengladbach, garante a segurança necessária para a equipe. A revelação Freddy Adu -atacante ganense naturalizado americano-, que completará 17 anos na época da Copa, dificilmente deverá ocupar uma vaga entre os titulares. Base do time: Kasey Keller; Steve Cherundolo, Carlos Bocanegra, Gregg Berhalter e Jonathan Spector; Frankie Hedjuk, Claudio Reyna, Chris Armas e DaMarcus Beasley; Landon Donovan e Brian McBride. Técnico: Bruce Arena Eliminatórias: 1º lugar do hexagonal final das Eliminatórias da Concacaf, com destaque para um 6 a 0 sobre o Panamá.

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ausência de um matador no ataque é o ponto fraco da equipe da África. Nas eliminatórias, Gana superou a África do Sul, tradicional potência futebolística e primeiro país africano confirmado para sediar um mundial (em 2010). Base do time: Sammy Adjei; Hamza Mohammed, John Mensah, Daniel Coleman e Emmanoel Pappoe; Michael Essien, Sulley Muntari, Stephen Appiah e Daniel Edusei Asamoah Gyan e Mattew Amoah Técnico: Ratomir Dujkovic Eliminatórias: 1º lugar do Grupo 2, com destaque para as goleadas sobre a Somália (5 a 0), Cabo Verde (4 a 0) e África do Sul (3 a 0).

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que sabe jogar futebol. A força coletiva da equipe montada pelo técnico sérvio Ratomir Dujkovic impressiona e promete dar trabalho aos outros adversários do Grupo E, Itália, República Tcheca e Estados Unidos. O forte do time é o meio-decampo. Micheal Essien (volante que se tornou o jogador africano mais caro da história ao ser comprado pelo Chelsea por 38 milhões de euros) garante menos trabalho para a defesa de Gana. Ao seu lado, atuam Sulley Muntari, da Udinese, e o já experiente Stephen Appiah, do Fenerbache, que ficam um pouco mais responsáveis pela articulação de jogadas. Mesmo com todos esses nomes de peeso, a

4. República Tcheca

(Associação de Futebol da República Tcheca) Fundada em 1901, afiliada à Fifa em 1907 Participações em Copas: 0 Títulos: 0 Vice: 0

O estreante favorito Apesar de ser um país jovem e estreante em Copas, a República Tcheca está entre os favoritos ao título. A seu favor aparece a tradição dos tempos em que, junto com os eslovacos, formou times fortes, com boas campanhas em Mundiais. Em oito participações, a Tchecoslováquia conseguiu dois vice-campeonatos. Como país independente há apenas 13 anos, a República Tcheca já ostenta uma vice-Eurocopa (1996), tendo perdido na final para os alemães, por 2 a 1. Ano passado, a seleção carimbou passaporte para a Alemanha depois de uma campanha modesta, vencendo os fracos Macedônia e Romênia, mas esbarrando na Holan-

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da e tendo de disputar a repescagem com a Noruega. Contra os noruegueses, os tchecos levaram a melhor e conseguiram a vaga inédita. Mesmo com os sobressaltos, a seleção acabou sendo considerada a segunda melhor do mundo pela Fifa, atrás apenas do Brasil. A posição de destaque será testada logo na primeira fase, contra Itália, Gana e EUA. Preocupado com os ares de favoritismo, a equipe tenta se manter humilde, contando com o sangue frio do meia Nedved, titular absoluto da Juventus da Itália e candidato à melhor atleta do Mundial. O jogador anunciou a sua aposentadoria da seleção em 2004, mas voltou a defender a camisa de seu país na repescagem, contra a Noruega, animado com a chance de disputar a sua primeira Copa do Mundo. Base do time: Cech, Grygera, Galasek, Skacel e Kovac; Rosehnal, Ujfalusi Poborsky e Nedved; Smicer e Baros. Técnico: Karol Bruckner Eliminatórias: 2ª colocada do grupo, com goleadas sobre Andorra e Macedônia.

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2. Gana

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Com três títulos mundiais -o últtimo deles conquistado no longínquo ano de 1982-, a Itália chega à Alemanha em 2006 sob a pressão de recobrar o tradicional brilho de seu futebol, ultimamente um tanto apagado. A tradição da camisa azul não impediu a desclassificação nas oitavas-de-final no Mundial passado (em jogo tumultuado contra a

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Vinte e quatro anos na fila

ganhou um lugar na linha de frente, assim como Luca Toni e De Rossi. A renovação deu fôlego ao time, que fez bonito nas Eliminatórias européias com sete vitórias, dois empates e apenas uma derrota. Base do time: Buffon; Zambrotta, Cannavaro, Nesta e Grosso; Gattuso, Pirlo, Camoranesi e Totti; Gilardino e Toni. Técnico: Marcello Lippi. Eliminatórias: 1º lugar do Grupo 5 das Eliminatórias Européias, com uma derrota inesperada para a Eslovênia.

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(Federação Italiana de Futebol) Fundada em 1898, afiliada à Fifa em 1905 Participações em Copas: 15 Títulos: 3 Vice: 2 Semifinalista: 7 Jogos disputados: 70 Vitórias: 39 Empates: 17 Derrotas: 14 Gols marcados: 111 Gols sofridos: 67

Coréia do Sul). Pior que isso foi e a vexatória eliminação já na primeira fase da Eurocopa. No combate à fase negra que vem deixando os torcedores perplexos, o técnico Giovanni Trapattoni substituiu Dino Zoff, mas não realizou muito. Agora chegou a vez do carismático Marcello Lippi, extécnico da Juventus, que assumiu a Esquadra Azzurra com toda a legitimidade e apoio para promover uma reformulação que pode levar a equipe de volta ao grupo dos vencedores. Com Lippi, atletas consagrados como Alessandro Del Piero e Christian Vieri perderam a condição de titulares absolutos. Novas promessas conquistaram espaço. A revelação Alberto Gilardino

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GRUPO F 1. Brasil

(Confederação Brasileira de Futebol) Fundada em 1914, afiliada à Fifa em 1923 Participações em Copas: 17 Títulos: 5 Vice-campeonatos: 2 Participações em semifinais: 3 Jogos disputados: 87 Vitórias: 60 Empates: 14 Derrotas: 13 Gols marcados: 191 Gols sofridos: 82

O absoluto

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2. Croácia

(Federação Croata de Futebol) Fundada em 1912, afiliada à Fifa em 1992 Participações em Copas: 2 Títulos: 0 Vice: 0 Semifinalista: 1 Jogos disputados: 10 Vitórias: 6 Empates: 0 Derrotas: 4 Gols marcados: 13 Gols sofridos: 8

Croácia quer se reerguer A Croácia traz na memória uma geração vitoriosa, composta por jogadores como Davor Suker, Zvonimir Boban, Robert Prosinecki, Robert Jarni e Igor Stimac, que, como juvenis, levaram para casa a taça mundial da categoria, em 1987. Muitos desses “garotos” voltaram a chamar a atenção do Mundo em 1998, quando vestiram a camisa da Croácia na França e conquistaram um brilhante terceiro lugar. Na ocasião, Suker

foi o artilheiro da competição, com sete gols. Em 2006, sem a geração de ouro de seu futebol, a seleção quer mostrar na Alemanha que tem chances de brigar com as equipes da ponta. Nas Eliminatórias européias, os croatas fizeram uma campanha sem percalços e garantiram a vaga em uma trajetória invicta. Sem ídolos desde a aposentadoria de Suker, o atacante Dado Prso acabou conquistando a posição de titular e principal atleta do país. A Croácia, apesar da tranquilidade encontrada nas Eliminatórias, deve se contentar em brigar com Japão e Austrália por um lugar na segunda fase, caso o Brasil termine mesmo em primeiro lugar no grupo. Base do time: Pletikosa, Srna, Simunic, Tudor e Leko; Babic, Kovac, Kranjacar e Bosnjak; Klasnic e Prso. Técnico: Zlatko Kranycar. Eliminatórias: 1º lugar do Grupo 8 das Eliminatórias Européias.

Tradição que assusta qualquer adversário, cinco títulos em Copas, liderança no ranking da Fifa, campeão da Copa América, da Copa das Confederações e Pátria dos melhores jogadores do mundo de todos os tempos. Credenciais não faltam para que a seleção canarinho -a favorita de 30 entre os 32 técnicos da Copa-, levante a taça pela sexta vez e leve ao delírio uma nação apaixonada por futebol. Mas é aí que mora todo o perigo. Na história das Copas, apenas a nossa própria seleção conseguiu

3. Austrália

(Federação de Futebol da Austrália) Fundada em 1961, afiliada à Fifa em 1963 Participações em Copas: 1 Títulos: 0 Vice-campeonatos: 0 Semifinais disputadas: 0 Jogos disputados: 3 Vitórias: 0 Empates: 1 Derrotas: 2 Gols marcados: 0 Gols sofridos: 5

Sonho realizado Após 32 anos fora de Copas do Mundo, a mais forte seleção da Oceania realizou o sonho de voltar à competição. A primeira e

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e comprovar em campo a superioridade de um time formado pelo “Fenômeno”, pelo “Imperador”, pelo “Príncipe de Milão” e pelo “Melhor do Mundo”. Base do time: Dida; Cafu, Lúcio, Juan e Roberto Carlos; Émerson, Zé Roberto, Kaká e Ronaldinho Gaúcho; Ronaldo e Adriano Técnico: Carlos Alberto Parreira Eliminatórias: 1º colocado do grupo único, veja retrospecto abaixo: 7/9/2003 - Colômbia 1 x 2 Brasil 10/9/2003 - Brasil 1 x 0 Equador 16/11/2003 - Peru 1 x 1 Brasil 19/11/2003 - Brasil 3 x 3 Uruguai 31/3/2004 - Paraguai 0 x 0 Brasil 2/6/2004 - Brasil 3 x 1 Argentina 6/6/2004 - Chile 1 x 1 Brasil 5/9/2004 - Brasil 3 x 1 Bolívia 9/10/2004 - Venezuela 2 x 5 Brasil 13/10/2004 - Brasil 0 x 0 Colômbia 17/11/2004 - Equador 1 x 0 Brasil 27/3/2005 - Brasil 1 x 0 Peru 30/3/2005 - Uruguai 1 x 1 Brasil 5/6/2005 - Brasil 4 x 1 Paraguai 8/6/2005 - Argentina 3 x 1 Brasil 4/9/2005 - Brasil 5 x 0 Chile 9/10/2005 - Bolívia 1 x 1 Brasil 12/10/2005 - Brasil 3 x 0 Venezuela

única participação dos australianos foi justamente na Alemanha, em 1974. Para garantir vaga, o time sagrou-se campeão das Eliminatórias da Oceania. Mesmo assim, ainda teve de colocar seu potencial a prova e eliminar o quinto colocado da América do Sul, o Uruguai. A equipe mostrou uma surpreendente evolução tática, em grande parte motivada pelos diversos jogadores que atuam no futebol inglês, como Schwarzer, Lucas Neill, Tim Cahill, Mark Viduka e

Harry Kewell. No retorno às Copas, a Austrália caiu justamente no grupo do Brasil. Mesmo afirmando que a nossa seleção não é imbatível, o técnico Guus Hiddink assumiu que pretende se garantir nos confrontos contra Japão e Croácia. Base do time: Schwarzer; Neill, Vidmar, Cahill e Chipperfield; Popovic, Elrich, Bresciano e Culina; Kewell e Viduka. Técnico: Guus Hiddink Eliminatórias: Classificada na repescagem, após golear Fiji e Taiti por 6 a 1 e 9 a 0, respectivamente.

transtorno foi na derrota para o Irã, no quadrangular decisivo. O Japão quer, na Alemanha, superar sua boa campanha na Copa de 2002, quando classificou-se às oitavas-de-final com vitórias consecutivas sobre Rússia e Tunísia. À ocasião, o dono da casa foi eliminado nas quartasde-final pela Turquia. Zico comanda o Japão desde 2002. É o pivô de uma revolução no esporte no país, que pode ser vista a olhos nus. O

galinho de Quintino vem guiando os japoneses por caminhos vitoriosos, materializados em conquistas como a da Copa da Ásia, em cima da forte China. Hidetoshi Nakata é a grande esperança da torcida japonesa. Ele foi considerado o melhor jogador da Ásia em 2002 e chegou a passar sete temporadas no futebol italiano. Em 2005, Nakata foi para a Inglaterra, onde defende o Bolton, clube da primeira divisão. Base do Time: Kawaguchi; Tanaka, Kaji, Nakazawa e Miyamoto; Koji Nakata, Fukunishi, Hidetoshi Nakata e Nakamura; Oguro e Inamoto. Técnico: Zico. Eliminatórias: 1º colocado no grupo 2, com um 7 a 0 sobre a Índia logo na terceira rodada.

4. Japão

(Associação de Futebol do Japão) Fundada em 1921, afiliada à Fifa em 1929 Participações em Copas: 2 Títulos: 0 Vice: 0 Semifinalista: 0 Jogos disputados: 7 Vitórias: 2 Empates: 1 Derrotas: 4 Gols marcados: 6 Gols sofridos: 7

Japão tenta se firmar no futebol mundial

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transformar favoritismo em caneco. E isso aconteceu em 1962, quando o time vencedor de 1958 superou a contusão do rei Pelé durante a competição e, com uma atuação fenomenal de Garrincha, acabou se sagrando bi-campeão. Mas a história mostra que todo cuidado é pouco. Basta recordar que no último Mundial as unanimidades Argentina e França nem passaram da fase inicial. Por isso, nem o tímido grupo composto por Croácia, Austrália e Japão -times sem tradição em grandes competições-, deve ser motivo de festa. “Será mais difícil que muita gente pensa”, advertiu o lateral Roberto Carlos. Os recentes resultados contra estes adversários confirmam as palavras do lateral. O Brasil empatou com a Croácia em 2005, com o Japão em 2005 e 2001 e, pior, perdeu da Austrália em 2001. Mais do que os adversários, os jogadores sabem que precisam combater o “salto alto”

Depois da anfitriã Alemanha, foi o Japão a primeira seleção a garantir vaga na Copa do Mundo de 2006. Sob comando do técnico Zico, os japoneses não deram chances aos rivais asiáticos e terminaram invictos as duas fases iniciais das Eliminatórias. O único


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2. Suíça

(Associação Suíça de Futebol) Fundada em 1895, afiliada à Fifa em 1904 Participações em Copas: 7 Títulos: 0 Vice-campeonatos: 0 Semifinais: 0 Jogos disputados: 22 Vitórias: 6 Empates: 3 Derrotas: 13 Gols marcados: 33 Gols sofridos: 51

Eles estão de volta, após 12 anos O selecionado suíço espera ser a surpresa do grupo G no Mundial da Alemanha. Depois de dez partidas invictas nas Eliminatórias, a Suíça teve de encarar a “pedreira” Turquia, terceira colocada na

3. Coréia do Sul

(Associação Coreana de Futebol) Fundada em 1945, afiliada à Fifa em 1948 Participações em Copas: 6 Títulos: 0 Vice-campeonatos: 0 Semifinais: 1 Jogos disputados: 21 Vitórias: 3 Empates: 6 Derrotas: 12 Gols marcados: 17 Gols sofridos: 46

Difícil é repetir a campanha passada Com um futebol cheio de altos e baixos nas Eliminatórias asiáticas, os anfitriões da Copa passada provavelmente não conseguirão repetir o quarto lugar e chegar junto com as potências. Mesmo cientes das dificuldades, os sul-coreanos apostam no técnico Dick Advocaat, o terceiro holandês no comando

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Base do time: Woon Jae Lee, Young Pyo Lee, Han Yoon Kim, Kyung Ho Chung, Kyoung Youl You; Chu Yo u n g P a r k , Sang Chul Yoo, Ji Sung Park, Do Heon Kim; Young Chul Kim e Jung Hwan Ahn. Técnico: Dick Advocaat. Eliminatórias: 1ª colocada no grupo 2, com um 4 a 0 sobre o Kuwait.

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da seleção asiática e o terceiro treinador da seleção este ano. Ele sonha em realizar proezas semelhantes às de seu compatriota Guus H i ddink, que tornou-se herói há quatro anos por conta da boa campanha. Os principais jogadores de 2002 irão atuar este ano. É o caso do atacante Park Ji Sung, ex-PSV, que agora joga pelo Manchester United. Ele é a esperança de gols, ao lado de Ahn Jung Hwan -cujo gol de ouro eliminou a Itália-, Cha Du Ri e Lee Dong Gook (artilheiro da Copa Asiática de 2000). Na zaga, os destaques ficam por conta do lateral-esquerdo Lee Young Pyo e do goleiro Lee Woon Jae.

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Além da expectativa por uma boa apresentação na casa dos vizinhos alemães em 2006, os suíços querem se preparar ao máximo para a Eurocopa 2008, que organizarão em parceria com os austríacos. Base do time: Pascal Zuberbuehler, Ricardo Cabanas, Ludovic Magnin, Valon Behrami e Johann Vogel; Tranquillo Barnetta, Raphael Wicky, Johan Vonlanthen e Patrick Mueller; Philipp Degen e Alexander Frei. T é c nico: Köbi Kuhn. Eliminatórias: Classificada na repescagem.

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Copa de 2002. Suou muito, mas se classificou. O suíço Köbi Kuhn, que treina o time há cinco anos, tem a sua disposição veteranos e revelações. O capitão é Johann Vogel, que compõe o meiocampo com Raphael Wicky e o volante Johan Vonlanthen. Philippe Senderos (Arsenal) e Tranquillo Barnetta (que joga no Bayer Leverkusen e se recupera de uma grave contusão), são outros destaques do time. No ataque, o nome é Alexander Frei.

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4. Togo

(Federação Togolesa de Futebol) Fundada em 1960, afiliada à Fifa em 1962 Participações em Copas: 0 Títulos: 0 Vice-campeonatos: 0 Semifinais: 0 Jogos disputados: 0

A ordem é fazer festa A estreante seleção do Togo não tem grandes ilusões nesta Copa. A equipe, pelo contrário, já se mostra satisfeita com o sucesso nas Eliminatórias. Vai à Alemanha apenas para continuar festejando o feito histórico. Na seletiva, Togo desbancou Senegal (que esteve no Japão/Coréia do Sul, em 2002, e chegou a vencer a França por 1 a 0, na estréia). Em dez jogos pelas eliminatórias, Togo venceu sete, empatou dois e perdeu um, somando 23 pontos, contra 21

dos senegaleses. Se a equipe do Togo tem um destaque, ele é Adebayor, que atua no Mônaco (França), e faz dupla com Mathias no ataque africano. Em resumo, a idéia do Togo é se fechar na defesa e explorar a velocidade no contra-ataque. Se, com esta fórmula, conseguir passar para a segunda fase, fará festa. Mais festa. Base do time: Agassa, Abalo, Adebayor, Atte-Oudeyi e Akoto; Mamah, Salifou, Souliemane e Akoto; Mathias e Adebayor. Técnico: Otto Pfister. Eliminatórias: 1º colocado do grupo 1, com um marcante 3 a 1 sobre Senegal.

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Com a volta do maestro Zidane durante as Eliminatórias, a França recuperou seu futebol tradicional e saiu de uma apertada situação, a qual levantava suspeitas quanto à classificação dos campeões de 1998 para a Copa da Alemanha.

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Maestro salvador

técnico Reymond Domenech e tendo pela frente uma chave relativamente fácil na primeira fase, os franceses pretendem repetir a façanha de 1998, que fez o Brasil inteiro chorar. Base do time: Coupet; Thuram, Gallas, Boumsong e Sagnol; Makelele, Vieira, Zidane e Dhorasoo (Giuly); Henry e Wiltord (Trezeguet) Técnico: Reymond Domenech Eliminatórias: 1º colocado do grupo 4, com destaque para um 4 a 0 sobre Chipre.

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(Federação Francesa de Futebol) Fundada em 1919 Participações em Copas: 11 Títulos: 1 Vice-campeonatos: 0 Semifinais: 3 Jogos disputados: 44 Vitórias: 21 Empates: 7 Derrotas: 16 Gols marcados: 86 Gols sofridos: 62

O carimbo no passaporte veio mesmo sem que o badalado Henry tenha mostrado metade do futebol que sabe jogar. A classificação só ficou garantida depois que o lateral Thuram e o volante Makelele também aceitaram defender outra vez a seleção. Juntaram-se aos craques consagrados o artilheiro Trezeguet e o habilidoso Cissé, que ajudaram na recuperação do respeito. Com a segurança que Gallas oferece na zaga e a experiência de Vieira no meio, os franceses estão bem cotados para chegar entre os finalistas da Copa 2006. Comandada pelo experiente

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1. França

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GRUPO H 1. Espanha

(Real Federação Espanhola de Futebol) Fundada em 1913, afiliada à Fifa em 1904 Participações em Copas: 11 Títulos: 0 Vice-campeonatos: 0 Semifinais disputadas: 1 Jogos disputados: 45 Vitórias: 19 Empates: 12 Derrotas: 14 Gols marcados: 71 Gols sofridos: 53

Paradoxo da bola

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Apesar de ter um dos campeonatos mais badalados e caros do mundo, com clubes como Real Madrid e Barcelona que reúnem as maiores estrelas do futebol-, a Espanha não consegue fazer com que sua seleção nacional empolgue a torcida. Basta lembrar que o melhor resul-

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3. Tunísia

(Federação Tunisiana de Futebol) Fundada em 1957, afiliada à Fifa em 1960 Participações em Copas: 3 Títulos: 0 Vice-campeonatos: 0 Semifinais disputadas: 0 Jogos disputados: 9 Vitórias: 1 Empates: 3 Derrotas: 5 Gols marcados: 5 Gols sofridos: 11

Com brasileiro em campo, expectativa é boa No começo de 2004, as “Águias de Cartago” viveram seu maior momento de glória: conquistaram a Copa Africana d e Nações, competição que sediaram. A seleção, treinada pelo francês Roger Lemerre, venceu o Marrocos por 2 a 1, levando ao delírio os cerca de 60 mil espectadores que se espremiam nas arquibancadas do estádio Rades. Comandada no campo pelo brasileiro Francileudo, a Tunísia reencontrou os marroquinos nas Eliminatórias e provou sua supremacia. Tirando os pegas com o Marrocos, a classificação foi tranquila. A única derrota ao longo da

2. Ucrânia

(Federação de Futebol da Ucrânia) Fundada em 1991, afiliada à Fifa em 1992 Participações em Copas: 0

campanha, diante da Guiné, não tirou o brilho de uma campanha com seis vitórias e três empates. Contando com craques como Ziad Jaziri, Francileudo dos Santos, Adel Chadli e o capitão Hatem Trablesi, a seleção de Lemerre pode chegar longe na competição. A esperança aumenta com os gols do jovem atacante Haykel Guemamdia, que deve ser um dos maiores artilheiros da África em alguns anos. Base do time: Boumnijel; Trabelsi, Hagui, Jaidi e Clayton; Benachour, Chadli, Benachour e Namouchi; Jaziri e Francileudo. Técnico: Roger Lemerre Eliminatórias: 1º lugar no Grupo 5, com dois suados empates com o Marrocos.

Nova no nome, “raposa velha” com a bola A novata em Copas Ucrânia -que por pouco não havia se classificado para as duas últimas edições do Mundial-,viu sua sorte mudar em 2005. Carimbou o passaporte para a Alemanha e acabou caindo no grupo H, com boas chances de caminhar para a segunda etapa da competição. Sonhando alto, os ucranianos apostam todas as fichas no maior

4. Arábia Saudita

(Federação Saudita de Futebol) Fundada em 1959, afiliada à Fifa em 1959 Participações em Copas: 3 Títulos: 0 Vice-campeonatos: 0 Semifinais: 0 Jogos disputados: 10 Vitórias: 2 Empates: 1 Derrotas: 7 Gols marcados: 7 Gols sofridos: 25

Mais um brasileiro no comando O passaporte saudita para o Mundial da Alemanha foi carimbado no dia 8 de junho, com um 3 a 0 sobre o Uzbequistão.

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tado dos espanhóis em Copas foi uma quarta colocação em 1950, no Brasil. Nesse contexto, o objetivo é mostrar que a seleção também merece respeito. Invicto desde que assumiu o time, em agosto de 2004, o técnico Luis Aragonés passou por apuros nas Eliminatórias e só carimbou o passaporte para o Mundial na repescagem, em confronto contra a Eslovênia. Cabeça-de-chave do grupo H, a Espanha não deve ter problemas para passar para a segunda fase, já que seu adversário mais forte é a Ucrânia. Tunísia e Ará-

bia Saudita não preocupam, mas a ordem é manter a humildade. As quartas-de-final são a maior preocupação, pois há chances de um confronto com o Brasil. Parece que os espanhóis já estudam o forte adversário. “Não vejo como um time imbatível. Mas para derrotá-los, temos que jogar 110% de nossa capacidade e atuar bem durante os 90 minutos”, disse o técnico. Base do time: Casillas, Salgado, Pablo Ibáñez (Sérgio Ramos), Puyol e Del Horno; Albelda, Xabi Alonso, Garcia e Reyes; Fernando Torres e Raúl. Eliminatórias: 2ª colocada no grupo 7.

nome do país pós-União Soviética: o atacante Andriy Shevchenko, considerado o melhor jogador de futebol da Europa em 2004. Ele atua no Milan, da Itália. Tem 29 anos e é forte candidato a artilheiro da competição. O técnico ucraniano é a lenda Oleg Blokhin, grande personagem do futebol do país. Oleg foi considerado o melhor da Europa em 1975, como jogador da União Soviética. Enquanto era uma república soviética, a Ucrânia viu o Dínamo de Kiev ganhar o campeonato nacional por 13 vezes, superando o Spartak, de Moscou. Isso prova que, mesmo sem ostentar fama fu-

tebolística internacional, a Ucrânia sabe o que faz com a bola e promete um bom trabalho na Copa deste ano. Base do time: Alexandre Shovkovski; Sergyi Fedorov, Anatoliy Tymoshyuk e Vladimir Yezerski; Andiy Nesmanchny, Ruslan Rotan, Oleh Husyev, Sergiy Rebrov e Andrey Rusol; Andriy Shevchenko e Andrey Voronin Técnico: Oleg Blokhin Eliminatórias: 1º lugar do Grupo 2 das Eliminatórias Européias, com importantes vitórias sobre Grécia e Turquia.

Dois meses depois, a seleção fechou sua campanha com um 1 a 0, em Seul, diante dos coreanos. Ao todo, a campanha nas Eliminatórias constou de dez vitórias e dois empates, suficientes para a conquista do primeiro lugar no grupo. Apesar da pouca representatividade internacional, a Arábia Saudita -dirigida por Parreira na Copa de 2002-, já foi três vezes campeã da Copa da Ásia, nos anos de 1984, 1988 e 1996. Já classificada para a Copa da Alemanha, a Arábia trocou de técnico, abrindo espaço para o brasileiro Marcos Paquetá. Ele, que já treinou o clube saudita Al Hilal, assinou contrato até 2007 e será o quinto treinador brasileiro trabalhando no Mundial. Vai “brigar” com os compatriotas Carlos Alberto

Parreira, Luiz Felipe Scolari, Zico e Alexandre Guimarães. A esperança saudita de uma boa campanha no Mundial está nas costas do experiente centroavante Sami Al Jaber, que disputa, junto com a seleção, sua quarta Copa. Ele soma 150 partidas disputadas pelo time de seu país. Base do time: Mabrouk Zaid, Taiseer Al Jassam, Hamad Al Montashari, Redha Fallatha e Abdulaziz Khathran; Ahmed Al Bahri, Khaled Al Thaker, Mohammad Al Shlhoub e Mohammed Haidar; Sowed Al Sharani e Sami Al Jaber. Técnico: Marcos Paquetá. Eliminatórias: 1ª colocada no grupo 1, com goleadas sobre Indonésia e Sri Lanka.


históricos

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Brasil, o perigo é o grande favoritismo Nos campos da Alemanha acontecerá a 18º edição da Copa do Mundo; o Brasil participou de todas e ganhou 5 mundiais “Nós temos que ser realistas. O Brasil é o grande favorito e temos de saber conviver com isso”, disse Carlos Alberto Parreira. “Só que agora resta a nós confirmarmos esse favoritismo em campo.” A avaliação do técnico da seleção

parece pura arrogância, mas não em primeiro lugar, com uma camé. O Brasil é apontado favorito por panha muito boa. todos: técnicos e jogadores. Os resultados refletem, prinAtual campeã mundial, a se- cipalmente, o talento e a qualidade leção brasileira parece ter evoluído dos jogadores da seleção brasidesde a vitória na Copa de 2002. leira. Afinal, Parreira tem um Saiu o técnico Luiz repertório muiFelipe Scolari e entrou Quadrado mágico to grande para pode ser o Carlos Alberto Parreimontar seu ra, que tem no currícutime, com grande lo o título da Copa de Ronaldo, diferencial do 1994. Além disso, o RonaldiBrasil Brasil conquistou tonho Gaúnos jogos da dos os títulos possíveis cho, Kaká, Copa desde que foi penta. Adriano, Em 2004, o BraRobinho, sil ganhou o título da Cafu, RoCopa América, mesmo sem suas berto Carlos e várias principais estrelas. E em 2005, foi outras opções. Assim, campeão da Copa das Confede- o grande perigo para os rações. Além disso, a seleção de brasileiros é tropeçar nos Parreira terminou as Eliminatórias seus próprios erros.

- O Brasil detém os principais recordes da história da competição, com cinco títulos, 60 vitórias e 191 gols marcados. - Em campos alemães, a equipe nacional buscará sua quarta final consecutiva, já que foi campeã nos EUA-94 e na Coréia do Sul/Japão-02 e vice na França-98 - Desde sua criação em 1904, a Fifa já demonstrava o desejo de realizar o Mundial de futebol. Devido a diversos problemas, entre eles a 1ª Guerra Mundial (1914-1918), a idéia só saiu do papel em 1930. - A organização coube ao Uruguai que bateu a Argentina na final por 4 gols a 2. - Em 1934, o título ficou com a anfitriã Itália, que bateu a Tchecoslováquia por 2 a 1 na decisão. - Na edição seguinte, na França-38, o troféu também foi conquistado pelos

italianos, que superaram a Hungria por 4 a 2 na final. - O Brasil foi sede da Copa do Mundo-1950, mas, após uma ótima campanha, acabou perdendo para o Uruguai por 2 a 1 na última rodada do quadrangular final. - A Alemanha Ocidental venceu na Suíça-1954. - Em 1958, começa a era Pelé e Garrincha e o Brasil vence o Mundial na Suécia. - Quatro anos depois o Brasil venceu a Copa no Chile. - Sede da competição, em 1966, a Inglaterra sagrou-se campeã. - Pelé, o maior astro da história do futebol, chegou à consagração em 1970, quando comandou a seleção na conquista do tri no México. - Em 1974, jogando em casa, a Alemanha conquistou a Copa. - A Argentina venceu em 1978, tam-

bém jogando em casa. - Na Espanha, em 1982, após eliminar o Brasil de Telê Santana, os italianos foram campeões. - Em 1986, no México, brilhou a estrela de Maradona e a Argentina derrotou a Alemanha. - O troco veio na Copa seguinte quando a Alemanha derrotou a Argentina, na Itália. - Nos EUA, em 1994, novamente deu o Brasil, derrotando os italianos. -Agrandedecepção do Brasilocorreu em 1998 quando foi derrotado pela Seleção da França. -que jogava em casa- na final que Ronaldo desmaiou antes da decisão. - O pentacampeonato veio em 2002. Mesmo desacreditada no início, a seleção comandada por Luiz Felipe Scolari fez uma campanha perfeita, com sete vitórias em sete jogos e tendo o artilheiro do torneio - Ronaldo.

Veja a seguir um resumo de todas as Copas do Mundo 1930 - Uruguai

Campeão: Uruguai Vice-Campeão: Argentina Final: Uruguai 4x2 Argentina. Artilheiro: Stábili (Argentina) - 8 gols. Participantes(13): Argentina, Bélgica, Bolívia, Brasil, Chile, Estados Unidos, França, Iugoslávia, México, Paraguai, Peru, Romênia e Uruguai.

1934 - Itália

Campeão: Itália Vice-Campeão: Tchecoslováquia Final: Itália 2x1 Tchecoslováquia Artilheiro: Cohen (Alemanha), Schiavo (Itália), Nejedly (Tchecoslováquia). Participantes (16): Alemanha, Argentina, Áustria, Bélgica, Brasil, Egito, Espanha, Estados Unidos, França, Holanda, Hungria, Itália, Romênia, Suécia, Suíça, Tchecoslováquia.

1938 - França

Campeão: Itália Vice-Campeão: Hungria Final: Itália 4x2 Hungria Artilheiro: Leônidas (BRASIL) - 7 gols Participantes (15): Alemanha, Antilhas Holandesas, Bélgica, Brasil, Cuba, França, Holanda, Hungria, Itália, Noruega, Polônia, Romênia, Suécia, Suíça, Tchecoslováquia.

1950 - Brasil

Campeão: Uruguai Vice-Campeão: Brasil Fin a l : B r a s i l 1 x 2 U r u g u a i . A r t i l h e i ro : Adhemir Meneses (BRASIL) - 9 gols Participantes (13): Bolívia, Brasil, Chile, Espanha, Estados Unidos, Inglaterra, Itália, Iugoslávia, México, Paraguai, Suécia, Suíça, Uruguai.

1954 - Suíça

1974 - Alemanha

1958 - Suécia

1978 - Argentina

Campeão: BRASIL Vice-Campeão: Suécia Final: Brasil 5x2 Suécia Artilheiro: Fountaine (França) - 13 gols Participantes (16): Alemanha Ocidental, Argentina, Áustria, Brasil, Escócia, França, Hungria, Inglaterra, Irlanda do Norte, Iugoslávia, México, País de Gales, Paraguai, Suécia, Tchecoslováquia, União Soviética.

Campeão: Argentina Vice-Campeão: Holanda Final: Argentina 3x1 Holanda Artilheiro: Mario Kempes (Argentina) - 6 gols Participantes (16): Alemanha Ocidental, Argentina, Áustria, Brasil, Escócia, Espanha, França, Holanda, Hungria, Irã, Itália, México, Peru, Polônia, Suécia, Tunísia. Mascote: Gauchito.

1962 - Chile

1982 - Espanha

Campeão: Alemanha Ocidental Vice-Campeão: Hungria Final: Alemanha Ocidental 3x2 Hungria Artilheiro: Kocsis (Hungria) - 11 gols Participantes (16): Alemanha Ocidental, Áustria, Bélgica, Brasil, Coréia do Norte, Escócia, França, Hungria, Inglaterra, Itália, Iugoslávia, México, Suíça, Tchecoslováquia, Turquia, Uruguai.

Campeão: BRASIL Vice-Campeão: Tchecoslováquia Final: Brasil 3x1 Tchecoslováquia Artilheiro: Jerkovic (Iugoslávia) -5 gols Participantes (16): Alemanha Ocidental, Argentina, Brasil, Bulgária, Chile, Colômbia, Espanha, Hungria, Inglaterra, Itália, Iugoslávia, México, Suíça, Tchecoslováquia, União Soviética, Uruguai.

1966 - Inglaterra

Campeão: Inglaterra Vice-Campeão: Alemanha Ocidental Final: Inglaterra 4x2 Alemanha Ocidental Artilheiro: Eusébio (Portugal) - 9 gols Participantes (16): Alemanha Ocidental, Argentina, Brasil, Bulgária, Chile, Coréia do Norte, Espanha, França, Hungria, Inglaterra, Itália, México, Portugal, Suíça, União Soviética, Uruguai. Mascote: leão Willie.

1970 - México

Campeão: BRASIL Vice-Campeão: Itália Final: BRASIL 4X1 Itália Artilheiro: Gerd Muller-11 gols Participantes (16): Alemanha Ocidental, Bélgica, Brasil, Bulgária, El Salvador, Inglaterra, Israel, Itália, Marrocos, México, Peru, Romênia, Suécia, Tchecoslováquia, União Soviética, Uruguai. Mascote: Juanito.

Campeão: Alemanha Ocidental Vice-Campeão: Holanda Final: Alemanha Ocidental 2x1 Holanda Artilheiro: Lato (Polônia) 7 gols Participantes (16): Alemanha Ocidental, Alemanha Oriental, Argentina, Austrália, Brasil, Bulgária, Chile, Escócia, Haiti, Holanda, Itália, Iugoslávia, Polônia, Suécia, Uruguai, Zaire (atual Rep. Democrática do Congo). Mascote: Tip e Tap.

Campeão: Itália Vice-Campeão: Alemanha Ocidental Final: Itália 3x1 Alemanha Ocidental. Artilheiro: Paolo Rossi (Itália) - 6 gols Participantes (24): Alemanha Ocidental, Argélia, Argentina, Áustria, Bélgica, Brasil, Camarões, Chile, El Salvador, Escócia, Espanha, França, Honduras, Hungria, Inglaterra, Irlanda do Norte, Itália, Iugoslávia, Kwait, Nova Zelândia, Peru, Polônia, Tchecoslováquia, União Soviética. Mascote: Naranjito.

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Pequena história de todos os mundiais

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1986 - México

Campeão: Argentina Vice-Campeão: Alemanha Ocidental Final: Argentina 3x2 Alemanha Ocidental. Artilheiro: Gary Lineker (Inglaterra) 6 gols Participantes (24): Alemanha Ocidental, Argélia, Argentina, Bélgica, Brasil, Bulgária, Canadá, Coréia do Sul, Dinamarca, Escócia, Espanha, França, Hungria, Inglaterra, Iraque, Irlanda do Norte, Itália, Marrocos, México, Paraguai, Polônia, Portugal, União Soviética e Uruguai. Mascote: Pique.

1994 - Estados Unidos

Campeão: BRASIL Vice-Campeão: Itália Final: Brasil 0x0 Itália (3x2 pênaltis) Artilheiro: Salenko (Rússia) e Stoiskov (Bulgária) - 6 gols Participantes (24): Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Bélgica, Bolívia, Brasil, Bulgária, Camarões, Colômbia, Coréia do Sul, Espanha, Estados Unidos, Grécia, Holanda, Irlanda (EIRE), Itália, Marrocos, México, Nigéria, Noruega, Romênia, Rússia, Suécia, Suíça. Mascote: Striker.

1998 - França

Campeão: França Vice-Campeão: Brasil Final: França 3x0 Brasil Artilheiro: Sucker (Croácia) - 6 gols Participantes (32): África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Áustria, Bélgica, Brasil, Bulgária, Camarões, Chile, Colômbia, Coréia do Sul, Croácia, Dinamarca, Escócia, Espanha, Estados Unidos, França, Holanda, Inglaterra, Irã, Itália, Iugoslávia, Jamaica, Japão, Marrocos, México, Nigéria, Noruega, Paraguai, Romênia, Tunísia. Mascote: Footix.

1990 - Itália

Campeão: Alemanha Ocidental Vice-Campeão: Argentina Final: Alemanha Ocidental 1x0 Argentina Artilheiro: Schilatti (Itália) - 7 gols Participantes (24): Alemanha Ocidental, Argentina, Áustria, Bélgica, Brasil, Camarões, Colômbia, Coréia do Sul, Costa Rica, Egito, Emirados Árabes, Escócia, Espanha, Estados Unidos, Holanda, Inglaterra, Irlanda (EIRE), Itália, Iugoslávia, Romênia, Suécia, Tchecoslováquia, União Soviética, Uruguai. Mascote: Ciao.

2002 - Coréia do Sul e Japão

Campeão: BRASIL Vice-Campeão: Alemanha Final: Brasil 2x0 Alemanha Artilheiro: Ronaldo Nazari “Fenômeno” (Brasil) 8 gols Participantes (32): África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Bélgica, Brasil, Camarões, China, Coréia do Sul, Costa Rica, Croácia, Dinamarca, Equador, Eslovênia, Espanha, Estados Unidos, França, Inglaterra, Irlanda (EIRE), Itália, Japão, México, Nigéria, Paraguai, Polônia, Portugal, Rússia, Senegal, Suécia, Tunísia, Turquia. Mascote: Kaz-Ato-Nik


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Ronaldinho Gaúcho, uma rara unanimidade

Cada seleção tem a sua jovem revelação. É o jogador que técnicos e torcedores confiam que irá arrebentar no Mundial

Muitos jovens craques carregam a esperança de suas torcidas. As opiniões se dividem sobre quais irão fazer a diferença na Copa da Alemanha. Num esporte movido pela paixão, difícil é encontrar alguma unanimidade. Mas, toda regra tem exceção. E essa exceção se chama Ronaldo de Assis Moreira. Ele é o craque da hora. O jogador que, de tanto talento e maestria, recebe aplausos até das torcidas

adversárias. Não foi por acaso que Ronaldinho Gaúcho foi eleito o melhor jogador do mundo nas últimas duas temporadas. O meia-atacan-

te acaba de liderar o Barcelona na conquista do bicampeonato espanhol. Na conquista de 2002 ele foi importante para o Brasil, mas nessa Copa ele é apontado como o gênio da bola que pode fazer toda diferença. Fora Ronaldinho, o Brasil possui muitos outros craques. Adriano, Kaká e Robinho são outros jovens com potencial para se consagrar nesse mundial. Aliás, nenhum país tem tantos jogadores com esse potencial da Seleção do Brasil. Por isso a seleção canarinho é apontada como favorita na Alemanha.

Felipão aposta em Cristiano Ronaldo

Ibrahimovic, fator surpresa da Suécia

Gilardino confiante em sua 1ª Copa

Ballack é o diferencial da Alemanha

Messi, jovem esperança argentina

Rooney, do boxe para o sucesso no futebol

O técnico brasileiro Luiz Felipe Scolari aposta em Cristiano Ronaldo como o diferencial do ataque de Portugal. Jogador do Manchester United, da Inglaterra, com apenas 21 anos, ele combina habilidade e velocidade para driblar seus adversários e fazer muitos gols.

A esperança sueca é o atacante e artilheiro Zlatan Ibrahimovic, que fez oito gols nas últimas Eliminatórias da Europa. Atualmente defendendo a Juventus, da Itália, ele está em boa fase. Fez 16 gols na temporada passada do Campeonato Italiano, quando ajudou a equipe a conquistar mais um scudetto, justificando os 19 milhões de euros que custou quando foi contratado do Ajax, da Holanda.

Aos 23 anos, o atacante do Milan Alberto Gilardino vai disputar a sua primeira Copa do Mundo. Para ele, essa é a grande oportunidade de fazer o seu nome conhecido internacionalmente. Ele marcou 17 gols na atual temporada e espera marcar outros gols para ajudar a “Azzurra” a conquistar o Mundial da Alemanha. Pela seleção italiana, ele marcou seis gols em 13 jogos.

Mesmo sendo anfitriã da Copa do Mundo, a equipe alemã não conta com a aprovação de seus torcedores. Nunca uma seleção alemã chegou tão desacreditada para um Mundial. Mas, se a equipe germânica vier a surpreender, todos acreditam que será pelo desempenho e a liderança de Michel Ballack. O meia-atacante do Bayer, de 25 anos, é uma das poucas exceções de qualidade na Seleção da Alemanha.

Apenas 18 anos. Essa é a idade de uma das maiores esperanças do futebol argentino no mundial. Lionel Messi. Revelado pelo Barcelona, teve papel importante na brilhante campanha no campeonato espanhol. Ele consagrou-se ídolo na Argentina ao levar a seleção ao quinto título mundial da categoria sub-20 em 2005. Pablo Aimar e Riquelme são outros jogadores que podem brilhar no time argentino.

Wayne Rooney aos 16 anos estreava na liga inglesa pelo Everton. Ele entrou no fim da partida e marcou o gol da vitória do seu time. Aos 17 anos, fez sua primeira partida pela seleção inglesa. Antes de completar 18 anos foi negociado com o poderoso Manchester United. Artilheiro da seleção inglesa durante a Eurocopa, Rooney é o maior destaque do time inglês para o mundial na Alemanha. O curioso é que antes de sua rápida trajetória no futebol, ele treinava boxe.

Veteranos jogam tudo por uma despedida honrosa

Raul, o artilheiro da “Fúria”

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Totti, recuperado para brilhar O camisa 10 da seleção italiana, Francesco Totti, passou três meses angustiado depois que enfrentou uma cirurgia no tornozelo. Recuperado, o atacante da Roma é peça chave na Azzurra. Para o técnico Marcello Lippi o progresso de Totti é esperança de gols da Itália.

Beckham, o vaidoso, em busca de título O meio-campista David Beckham pode não ser o melhor jogador do mundo, mas com certeza é o que mais atrai holofotes. Ele é um misto de jogador de futebol e popstar. Jogador do Real Madrid, ele sabe que chegou a hora da Inglaterra ganhar esse título importante. Se perder mais essa Copa, Beckham sabe que continuará conhecido como um jogador, mas sem nunca ter ganho um título mundial.

Lenda viva do futebol de seu país, Raul Gonzalez Blanco é o maior artilheiro da história da seleção espanhola, com 42 gols em 98 jogos. Atacante do Real Madridúnico time que defendeu durante toda sua carreiraestá indo para sua terceira Copa e continua sendo o maior destaque de sua seleção. Pelo Real Madrid, Raul conquistou todos os títulos possíveis, mas pela seleção o mais perto que chegou de um titulo foi nas quartas-de finais de 2002, onde a“Fúria” foi eliminada pela Coréia do Sul nos pênaltis, num jogo que a Espanha teve dois gols legítimos anulados.

O adeus de Zizou O meia francês Zinedine Zidane, considerado por três oportunidades o melhor jogador do mundo, declarou oficialmente que se aposentará após a Copa. Carrasco brasileiro na Copa de 98, Zizou já havia se aposentado da seleção francesa após a derrota para a Grécia nas quartas-de finais da Eurocopa em 2004, mas devido à má fase de sua seleção durante as eliminatórias ele e outros veteranos retornaram à seleção e garantiram a classificação para a Copa. Zidane já anunciou sua aposentadoria no Real Madri.

Geração de grandes craques que não ganha Copa acaba perdendo espaço na história

Oliver Kahn começará na reserva Mesmo sendo um dos mais populares jogadores de futebol da Alemanha, o goleiro Oliver Kahn, de 37 anos, iniciará a Copa como reserva de Jens Lehmann. Não foi fácil para Kahn aceitar a reserva. Tanto que ele pensou em abandonar a seleção. Eleito o melhor jogador da Copa de 2002, Kahn ainda sonha com a possibilidade de defender a Alemanha, jogando em casa, na sua última Copa.

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Roberto Carlos

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esse é o Mundial da despedida. Para eles, essa é a chance de encerrar com chave de ouro a carreira na seleção. Aos 37 anos Marcos Evangelista de Moraes (Cafu) é o único jogador da história do futebol a disputar três finais de copa seguidas, e caso o Brasil seja campeão o lateral direito do Milan e Ronaldo Fenômeno igualarão a marca de Pelé como os jogadores que mais vezes levantaram o caneco da Copa.

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Muitos jogadores estão embarcando para disputar a última Copa. Se vencer um, é a consagração definitiva; se perder um, o esquecimento chega mais rápido. Esse é o caso de Ronaldo Fenômeno que tenta, em alguns quesitos, se rivalizar com os grandes craques do passado. Para ele, com apenas três gols mais irá se tornar o maior artilheiro de todas as Copas. Os laterais Cafu e Roberto Carlos se enquadram nesse mesmo perfil. Eles também sabem que

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Apenas na seleção brasileira, Ronaldo Fenômeno, Cafu, Roberto Carlos, entre outros craques, estão se despedindo da Copa

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