Edição de Agosto de 2020

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Volume 26

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Number 8

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Cartas

Caro Eraldo, Li o seu editorial e os depoimentos subsequentes sob o tema da aposentadoria, especialmente a dos brasileiros residentes nos EUA. Acho que poderíamos acrescentar um aspecto que não foi levantado: o da absurda tributação de 25% de IRRF cobrado pela Receita Federal brasileira, que incide sobre o valor da aposentadoria. Trata-se de uma legislação absurda e discriminatória pois equipara o brasileiro aposentado que reside no exterior a um “prestador de serviços” estrangeiro. Essa redução da quarta parte dos rendimentos agrava o já dramático efeito da taxa cambial. Assim, por exemplo, o aposentado brasileiro que recebe uma aposentadoria de, digamos, R$4.000,00 sofre uma redução de R$1.000,00 por conta deste IRRF e, em seguida, sofre o impacto da taxa de câmbio (aprox 5,20) de forma a receber no final magros U$577.00. Essa retenção de 25% aplica-se aos aposentados que optaram por fazer a saída definitiva do Brasil de forma

oficial. Fazendo essa saída, esses brasileiros passam a estar obrigados a declarar seus rendimentos (dos EUA e da aposentadoria brasileira) somente ao fisco americano. Caso contrário, se para evitar essa tributação de 25% optarem por continuar a receber sua aposentadoria no Brasil, passam a ser obrigados a incluir seus rendimentos americanos e brasileiros, tanto para o fisco americano como para o brasileiro. Há alguns meses contratei um escritório de advocacia previdenciária no Brasil para questionar essa tributação, tanto para o meu caso como para o da minha mulher. Já tivemos êxito em uma das ações e estamos aguardando a sentença para a segunda. Talvez fosse interessante alertar a nossa comunidade para essa possibilidade, uma vez que pode representar um alívio financeiro para muitos.

Roberto, Obrigado por enviar email sobre a pauta “Aposentadoria”, publicada na Edição de Julho de 2020, no B&B. Desde fevereiro de 2020, o novo modelo do B&B (O Híbrido) tem focado suas pautas, exclusivamente, na OPINIÃO da comunidade brasileira imigrante, sem o aprofundamento jornalístico da mesma. Entretanto, sua observação é muito oportuna e interessante, e aponta justamente o processo inverso abordado pelos nossos participantes. Obrigado por autorizar o compartilhamento de seu email na seção “Cartas” do B&B, com seus comentários e opinião a respeito. Muito Obrigado Eraldo Manes

Atenciosamente, Roberto A. Fernandes Winter Garden, Fl rafernandes1@yahoo.com

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Eraldo Manes

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Eraldo Manes Junior é paulistano, vive em Orlando, Fl desde 1990. É fundador e publisher do Jornal B&B, desde 1994. emanes@jornalbb.com

Fundado em 1994 4847 Lake Milly Drive - Orlando, FL 32839-2075 - USA Fones: (407) 855-9541 e (407) 353-2799 maida.manes@jornalbb.com

Segunda Geração

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esconsiderando a enorme variação nos dados que apontam o número de brasileiros que vivem nos Estados Unidos, o B&B abriu espaço para a “Segunda Geração” de brasileiros compartilhar com o leitor suas experiências como imigrantes. De acordo com a mais recente pesquisa do US Census Bureau, 450,599 brasileiros vivem oficialmente no país. Enquanto algumas organizações culturais, câmaras de comércio, igrejas e diversos grupos sociais de brasileiros que aqui atuam, apontam um dado impressionante que beira a casa dos 3 milhões de pessoas. Em vista dessa discrepância numérica, o B&B quer aqui apenas focar na qualidade das opiniões dos participantes, sem nenhuma pretensão de defender uma tese sobre a diáspora brasileira nos EUA. Para discutir este tema, con-

vidamos apenas filhos de brasileiros imigrantes que seguiram a decisão dos pais de deixar o Brasil. Todos, involuntariamente, tiveram e, ainda têm, que se adaptar ao estilo de vida americano. Este grupo enfrenta, diariamente, os desafios culturais, as dificuldades da língua, a distância da família no Brasil, o novo ambiente escolar, a disputa por vagas de empregos com os própios americanos, criar novos relacionamentos de amizades e afetivos, entre outros. Entre as perguntas, o B&B focou na decisão dos pais em deixar o Brasil. Na dificuldade de adaptação nos EUA, tanto no âmbito pessoal, quanto em comparação aos pais. Como lidam com a saudade e a distância do Brasil e de seus familiares. Para finalizar, arbordaram aspectos como felicidade, realização proficional e planos para o futuro. Acompanhe suas opiniões nas páginas seguintes. Boa Leitura.

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Publisher: Eraldo Manes Junior Editor-In-Chief: Maida Bellíssimo Manes e Fabio Lobo Art Director: Girleno Rocha Social Media: René Lobo International Correspondent: Edinelson Alves Contributing Writers: Peter Peng, Nereide S. Santa Rosa, Amaury Jr., Marcio Alves, Anna Alves-Lazaro e Jean Chamon Sales Department: Maida B. Manes: 407.353.2799 Sandro Coutinho: 407.219.6092 Paulo F. Martins (in memorian)

Awards Brazilian international Press Awards 2018 • Best Newspaper Editorial 2013 • Outstanding Work 2012 • Best Community Article 2011 • Women Community Leadership 2008 • Editor of the Year • Newspaper Layout 2007 • Golden Award (Over 10 Years of Service) 1997 • Hispanic Corporate Achievers • Hispanic 100 Media

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Alessandra Manes Sempre que Alessandra vai ao Brasil, este encontro com os primos é indispensável. Da esquerda para à direita, em pé: Lucas, Bruno, Rodrigo, Alessandra, Ana e Vinicius; sentados: Renato, Milena, Leonardo, Roberta, Claudia e Thais.

Nada substitui o contato físico.” Isto é uma ocorrência diária que nunca tem fim.

“Não importa o quanto tempo você esteja conectado virtualmente com a família. Nada substitui o contato físico.”

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Alessandra Bellissimo Manes nasceu em São Paulo, SP, em 1986. Veio para Orlando, Fl com os pais e uma irmã, em 1990. Estudou na Water Bridge Elementary School, Hunter’s Creek Middle School e Cypress Creek High School. Graduada em Psicologia pela University of Central Florida, e Bacharel em Direito pela Barry School of Law, em Orlando. Atua nas áreas de Família e Imigração. Formada há 5 anos, Alessandra atualmente faz parte da equipe de John W. Foster, um dos mais respeitados advogados de Família da Flórida Central, no FCLC Group.

impossível saber se a decisão de meus pais de deixar o Brasil estava certa ou errada. Na verdade, não acho que possa ser certo ou errado, é exatamente como é. Parece a decisão certa, mas é simplesmente porque não sabemos como as coisas teriam sido diferentes se tivéssemos ficado no Brasil. Eu sei que a decisão não foi fácil para eles. Deixando para trás todos e tudo o que sabiam para tentar oferecer melhores oportunidades para minha irmã e eu. Eu tinha apenas 4 anos e era muito jovem para entender completamente o que estávamos deixando para trás. Agora, como adulto, esta é a única vida que conheci, então é claro que acho que a decisão foi certa. Estou feliz com a minha vida e o que pude realizar nos EUA, mas isso não quer dizer que ficaria menos feliz no Brasil. De acordo com as circunstâncias, hoje parece ter sido a decisão certa. Houve momentos em que pareceu errada. Estar longe da família é cada vez mais difícil à medida que envelhecemos. Não ser capaz de compartilhar ocasiões especiais como aniversários, formaturas, casamentos, nascimentos sempre pesou muito em mim. Não estar junto de familiares doentes ou ir a funerais nunca é fácil. O certo é que sinto que a decisão nos fortaleceu como família e sou grata por isso. Com apenas 4 anos de idade, foi muito fácil me adaptar aos EUA. Lembro-me muito pouco da vida no Brasil, então não há como comparar. Aprendi rapidamente o idioma e me integrei aos colegas das escolas. Para meus pais, foi muito mais difícil

deixar pra trás família, amigos, trabalho e cultura para viver num lugar onde tiveram que aprender o idioma e novos costumes. Não é surpresa que, ao tentar se adaptar, eles estabeleceram amizades com outros brasileiros imigrantes, como forma de não se sentirem tão longe do Brasil. Amizades estas, que se desenvolveram por anos e, hoje, tornaram-se como uma família. Isso ajudou a todos se sentirem mais confortáveis ​​com a transição. Essa nova “família” também garantiu que eu e minha irmã nunca perdêssemos o contato com a herança brasileira. Sempre estive conectada às raizes brasileiras. A capacidade de me integrar perfeitamente à cultura americana sem nunca perder a minha história brasileira, me proporciona o melhor dos dois mundos. A pior parte é o fato de estarmos longe da família. Felizmente, a tecnologia ajuda a diminuir esta distância. Nos comunicamos regularmente por meio de aplicativos de vídeo e mensagens que, às vezes, nos esquecemos que um oceano nos separa. Sempre estamos conectados uns aos outros. Somos extremamente abençoados por termos ido ao Brasil e recebido os familiares aqui com frequência para matar saudades. Não é possível estar presentes em todas as festas de aniversário, casamentos, nascimentos e funerais. Durante a minha graduação, senti muito a falta dos familiares que amo profundamente e não puderam estar presentes. Um exemplo do efeito colateral negativo de viver longe. À medida que envelhecemos, isso fica ainda mais evidente. Emprego, agenda apertada e muitas responsabilidades nos impedem de viajar com a frequência que gostaríamos. Por isso costumo dizer: “não importa o quanto tempo você esteja conectado virtualmente com a família.

Em Orlando, Alessandra gosta de compartilhar seu tempo de folga com os pais, Maida e Eraldo, com a irmã, Fernanda e com os sobrinhos, Leonardo e Gabriela Brasileiras & Brasileiros, Inc. | Vol 26 - Num 8 - AUGUST 2020

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Uma das diferenças culturais mais importantes entre americanos e brasileiros está na conexão familiar. Os brasileiros dão muita ênfase nisso; algo que escolhi manter vivo para minha própria vida. Apesar da distância, estou mais perto da minha família no Brasil, do que muitos americanos que estão próximos de suas famílias que moram nas proximidades. Meus primos e suas esposas são como meus irmãos. Converso com eles regularmente e sinto que a distância somente reforçou os nossos laços familiares. Testemunho amigos americanos com pouco ou nenhum relacionamento com suas famílias. Outra diferença significativa entre americanos e brasileiros é como valorizam viagens pelo mundo. Os americanos parecem menos focados ou interessados​​ em explorar o mundo. Frequentemente, contentam-se em viajar dentro do próprio país, e não vêem benefício em se aventurar para fora da sua bolha de conforto. Muitos americanos que conheço nem possuem passaportes. Enquanto os brasileiros amam explorar o mundo. A maioria dos brasileiros que conheço já viajou para vários países em vários continentes e esse é um dos meus objetivos. Para concluir, quero esclarecer que estou muito feliz nos EUA e não tenho planos imediatos de morar em outro lugar. Não quero me limitar de forma alguma e, por isso, sempre valorizo o fato de ter meus passaportes brasileiro e italiano, e manter a porta e a mente abertas, caso uma oportunidade na vida se apresente.º


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Amanda Straud

Como comparar um hambúrger com uma moqueca de siri mole com farofa de dendê?

Amada Borges com o esposo, Benjamin Straud

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dificil ter certeza de como as coisas teriam sido se meus pais tivessem ficado no Brasil. Minha vida tem sido abençoada e meu caminho aberto porque nasci nos Estados Unidos e tenho as oportunidades por ser cidadã. Também adquiri o senso de comunidade brasileira que meus pais ajudaram a criar em mim. Isso não seria o mesmo se meus pais não tivessem criado iniciativas como o Focus Brasil, o Press Awards, e o Miss BrasilUSA para a comunidade brasileira nos EUA.

Em momento de descontração com o esposo e com os cachorrinhos Amada Straud nasceu, em Miami, FL em 1992, e é filha de brasileiros. Estudou na John I. Smith Elementary School, na Doral Middle School, na Ronald Regan Doral Senior High School e na New York University Tisch School of the Arts Formada em Digital Producer, Amanda é casada com o britânico/americano, Benjamin Straud, desde 2019.

Graças a Deus nunca sofri nenhum tipo de preconceito. De fato, recebi várias vantagens na Universidade por ser filha de imigrantes. Mas imagino que a minha experiência possa não ser a mesma de outros imigrantes e de sua segunda geração. Tenho plena consciência de que muitos sofrem preconceito sim, especialmente negros, morenos ou auqeles que não falam bem o inglês. Quando eu era pequena, todos os anos eu viajava, algumas semanas, para o Brasil com meu pai ou minha avó. Eu adorava! Mais tarde, viajei várias vezes sozinha no avião. Eu adorava o senso de aventura e de independência que sentia quando me comunicava com aeromoças e quando passava pela alfândega, apresentando meus passaportes! Chegava no Brasil e ficava com minha avó em Salvador, BA passava o tempo, relaxava, lia

livros, caminhava na praia, fazia shopping e, até mesmo, assistia novela. Tenho muita saudades dessa época simples e inocente, e muito mais da minha avó maravilhosa, que Deus a abençoe. Desde os 17 anos só havia ido para Salvador. Em 2018, conheci o Rio de Janeiro com minha mãe, uma tia, uma prima e meu marido. Foi a primera viagem dele para a América do Sul, e sua alegria em conhecer o Brasil fez com que todos nos divertíssemos ainda mais. Foi ótimo e já estamos planejando outra viagem para o Brasil assim que for possível. São culturas extremamente diferentes em todos os aspectos. A comida, o modo em que as pessoas lidam uns com os outros, o business, a música, a dança, tudo é diferente. Acho a Cultura brasileira bem mais vibrante e mais alegre que a americana. Você sente um calor humano e uma afeição entre as pessoas -amigos pessoais e desconhecidos- que simplesmente não existe da mesma maneira nos EUA. A comida brasileira também me agrada mais. Como comparar um hambúrger com uma moqueca de siri mole com farofa de dendê? Ao mesmo tempo, sinto que as coisas de modo geral são bem mais organizadas e seguras nos EUA. Aqui, raramente me sinto insegura, e com um pouco de cabeça

Amada entre os pais, Andrea Vianna e Carlos Borges Brasileiras & Brasileiros, Inc. | Vol 26 - Num 8 - AUGUST 2020

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é fácil evitar situações perigosas. Não tem essa neurose de não poder usar bijuteria, jóia ou qualquer objeto valioso nas ruas. Não posso nem imaginar uma pessoa entrar no meio da rua com uma arma em pleno sol do dia para assaltar meu carro. Simplesmente não é uma coisa com que as pessoas se preocupam aqui, e isso tem muito valor em termos de segurança e bem-estar mental. Como posso saber o que o futuro vai me trazer? Por enquanto não tenho plano de sair dos EUA. Mas, as coisas aqui também não estão lá muito bem e estou super decepcionada com vários aspectos da sociedade e do governo americano. Eu e meu marido, que é cidadão da Inglaterra, já pensamos seriamente de nos mudar pra lá. Mas uma mudança grande assim não seria nem fácil nem barata, e, realisticamente, estamos felizes e confortáveis aqui nos EUA. Nunca considerei me mudar para o Brasil. A não ser que tivesse uma razão relacionada com o trabalho, não creio que moraria no Brasil.


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Danielle Edri

Graças ao meu trabalho, me facilita visitar o Brasil várias vezes ao ano.

Ariela, Danielle, Ethan e Sharon

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ão tenho a menor dúvida que meus pais terem deixado o Brasil para começar uma nova vida, nos Estados Unidos, foi a melhor decisão para toda a nossa família. Comparado a meus pais, tive mais dificuldade de adaptação por causa da escola. O meu maior obstáculo foi chegar com 12 anos de idade, sem falar inglês; principalmente, porque a 30 anos atrás tinham poucos brasileiros vivendo em Orlando. Na minha escola, só conheci uma menina que falava o Português. Os primeiros 6 meses foram terríveis, porque sou

muito tímida. Com o tempo, aprendemos a lidar com a saudade. No início, a comunicação com os familiares no Brasil era feita através de cartas. A ligação telefônica era caríssima. Hoje em dia, tudo mudou e com a tecnologia tudo ficou mais fácil. Converso com os meus avós frequentemente via Facetime. Graças ao meu trabalho, em companhia aérea, por 20 anos, me facilita visitar o Brasil várias vezes ao ano. Na minha opinião, existem muitas diferenças culturais entre os dois países. É dificil afirmar qual cultura é melhor, porque amo as duas;

e, em ambas, existem seus pros e seus contras. Respeito o jeito de ser, mais reservado, dos americanos, que aos olhos dos brasileiros pode parecer muito frios. Desde 1990, quando passei a residir em Orlando, tenho sido muito feliz e nunca pensei em sair daqui. Gosto de viajar e conheço vários países do mundo, o que me possibilita o conhecimento de comparar lugares e outras culturas. Jamais pensei na possibilidade de voltar a viver no Brasil. Não me acostumaria com a burocracia, com a falta de segurança e com a corrupção ao extremo. Danielle Nascimento Edri nasceu em São Paulo, Capital, em 1978. Chegou aos EUA, com os pais, em 1990, com 11 anos de idade. Estudou no Westridge Middle School, Cypress Creek High School e no Valencia Community College. Há 20 anos, trabalha na Virgin Atlantic Airways, como Gerente de Cargas. É casada com o israelense/ americano, Sharon Edri, com quem tem 2 filhos: Ariela, 14 anos e Ethan, 12 anos.

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Tatiana Souza

Os americanos incentivam o crescimento e a responsabilidade mais cedo

Tatiana com o esposo Luciano Medeiros e o filho Lucas

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oje em dia, não tenho a menor dúvida de que meus pais tomaram a decisão certa de sair do Brasil. Os primeiros anos, durante a transição foram mais difíceis, acredito que pela minha idade na época. Tinha apenas 16 anos e estava completando o segundo ano do colegial no Brasil. De repente, tive que me desligar do meu ciclo de amizades, família e de tudo que estava acontecendo e encarar uma nova vida em outro país. Imagino que eu tenha tido mais dificuldades de adaptação nos EUA do que meus pais, devido à minha idade na época que essa mudança aconteceu, e, por não ter feito a escolha...rs. Meus pais estavam decididos e feli-

zes com a decisão tomada. Ao longo dos anos, grande parte da minha família migrou para Orlando; o que fez com que a saudade fosse por um período curto. Atualmente, somente o meu pai reside no Brasil, e antes do confinamento do COVID-19, ele nos visitava a cada 3 meses, o que é bastante confortador para todos nós. São muitas as diferenças culturais entre os dois países. Acredito que hoje não sinto tanto o choque cultural porque já estou aqui há 21 anos. No começo, a alimentação me surpreendeu, visto que aqui se come muita comida congelada, fritura e fast food. A individualidade do americano faz parecer

que são frios; mas com a convivência, na realidade é o oposto. A forma como eles encaram a vida com seriedade, são pontuais e profissionais. Nós brasileiros, somos mais sentimentais em relação à super proteção, enquanto os americanos incentivam o crescimento e a responsabilidade mais cedo. Por exemplo, comecei a trabalhar com 16 anos e se tivesse morando no Brasil, com certeza isso não aconteceria. Hoje em dia não penso mais em voltar para o Brasil.. na verdade me sinto tanto americana como brasileira. Já vivi mais tempo da minha vida aqui do que no Brasil. Me formei aqui, estou me realizando profissionalmente e constitui uma família.

Tatiana Almeida Souza nasceu na cidade de São Paulo, SP, em 1983. Chegou nos Estados Unidos com os pais, com 16 anos de idade. Estudou nos EUA, na Cypress Creek High School e University of Central Florida É Vice President of Sales na Meritage Homes Orlando, sétima maior construtora nos EAU. Desde 2013 é casada com o brasileiro, Luciano Medeiros, com quem tem um filho, Lucas de 3 anos.

Tatiana com os avós e a mãe, Rosana Almeida, que abraça o neto Lucas

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Gabriela Oliveira

Gabriela Oliveira nasceu em São Paulo, SP, em1995. Chegou em Orlando,Fl com os pais, quando tinha apenas 3 meses. Estudou na Windermere Preparatory School & na Florida State University Profissionalmente exerce o cargo Senior Internal Auditor. É solteira e reside atualmente na Califórnia.

A Pretendo passar o resto da minha vida aqui e só desejo manter a cultura brasileira presente na minha família.

bsolutamente, a decisão de meus pais migrarem para os Estados Unidos foi correta. Minha vida mudou completamente porque moro nos EUA. Acredito que ter sido criada aqui me deu um mundo de oportunidades e enriquecimento que poderia ser mais difícil de alcançar no Brasil. Apesar disso, existem os contras. Ficar longe da família é difícil, mas acho que com o FaceTime e o mundo virtual em que vivemos, tudo fica mais fácil. Acho que de certa forma foi difícil me adaptar nos EUA. Como meus pais não foram criados nos Estados Unidos,

tivemos que aprender muito juntos. Coisas como SAT, compreensão de leitura, vocabulário sempre foram algo que eu não ouvia ou praticava em casa porque falamos português. Eu não acho que isso me impediu de alcançar o que eu queria, mas tornou tudo um pouco mais difícil. Sinto muita falta da família no Brasil. Como mencionei acima, sinto falta de ver meus primos crescerem e meus avós envelhecerem. No entanto, é algo que sempre fez parte da minha vida e não sei como seria diferente. A tecnologia através do FaceTime e das ligações gratuitas pelo WhatsApp tornou a adaptação mais fácil.

Na foto acima, Gabriela Oliveira está com seu pet Bene. Nas fotos ao lado, Gabriela aparece com o namorado, Christian Pierce e com os pais, Maria do Carmo e Edsel Oliveira.

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A cultura entre os dois países é diferente. A forma como você cumprimenta as pessoas, algo tão simples, é completamente diferente. Acho que os relacionamentos em geral são muito mais profundos no Brasil. Por exemplo, com seu dentista, manicure, cabeleireiro, você conhece a vida deles e se torna amigo. Já nos Estados Unidos, os relacionamentos podem ser muito mais distantes e isso é algo a que nós brasileiros temos que nos adaptar. Estou muito feliz nos EUA. Pretendo passar o resto da minha vida aqui e só desejo manter a cultura brasileira presente na minha família.


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Alessandra B. Manes, Esq.

618 East South Street - Suite 110 - Orlando, Fl 32801 Alessandra Manes é graduada pela University of Central Florida, com Bachalerado em Arts in Psychology. Posteriormente, recebeu o grau de Juris Doctorate pela Barry University School of Law. Durante a escola de Direito, Alessandra foi Juíza dos programas Law Fraternity, Phi Alpha Delta, Governadora da Divisão do Young Lawyers, Law Student Division, Presidente do Intramural Sports Club e membro do Women Lawyers Association.

Alessandra é membro do Florida Bar, Young Lawyers Division e do American Bar Association. Nasceu em São Paulo, Brasil.

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Daniel Janequine

A “Sempre me senti muito bem acolhido e entrosado com todos.”

Daniel Janequine nasceu em março de 1978, no bairro do Leblon, Rio de Janeiro. Imigrou para Orlando, com 13 anos de idade, com a família, em fevereiro de 1991. Estudou na Southwest Middle School, faltando 2 meses para terminar a 8ª série. Cursou 4 anos na Dr. Phillips High School, 2 anos no Valencia Community College, em Orlando; e, 3 anos, na Florida State University, em Tallahassee, onde recebeu o bacharelado em Finanças e Marketing. Há 15 anos, trabalha no setor financeiro. Incialmente, em vários cargos no Bank of America; e, atualmente, trabalha no JP Morgan Chase, como Business Relationship Manager. É casado, há 16 anos, com Katia Janequine, uma brasileira do estado de Goiás, que trabalha no ramo de Real Estate, com quem tem uma filha de 13 anos, Gabriela Janequine.

credito que a decisão da minha mãe de se mudar do Brasil para Orlando foi corretíssima, porque minha adaptação aqui foi super tranquila. Em 1991, Orlando era uma cidade bem pequena ainda, com muitas plantações de laranja, principalmente na área do Metrowest e Windermere. Para vocês terem uma ideia, a rua Apopka Vineland, -entre a Sand Lake Rd e a área de Lake Buena Vista, não era de mão dupla. Não existia o parque Universal’s Islands of Adventure e o restaurante Hard Rock era no formato de uma guitarra e ficava isolado do parque da Universal Studios. Ainda nem se falava em Metrowest e restaurante brasileiro. Só tinha o Sabor Latino, na I-Drive, o Brazilian Pavillion, em Winter Park e a churrascaria Porcão, em Miami. Uma cidade que também não tinha muitos brasileiros morando e, os poucos que tinham, na sua grande maioria trabalhava com turismo fazendo transfer de passageiros, comércio na I-Drive ou na US192, em Kissimmee, guia de parques ou donos de operadoras de turismo. A Southwest Middle School foi a minha primeira escola nos EUA. Que diferença do que estava acostumado no Brasil em termos de ensino, estrutura e o dia dia de alunos e professores. Me lembro da maneira em que o professor de matemática ensinava divisão. O que era aquilo? Até hoje, não sei fazer divisão da maneira americana. A escola fez de tudo para me ajudar na adapção, inclusive colocando um intérprete para auxiliar. Mesmo assim, isso não evitou alguns desastres do tipo entrar no período errado e assistir aula achando que estava “tirando onda”, mesmo porque não entendia nada do que o professor falava. Fora as diversas vezes em que em me perdi pelo colégio. A verdade é que meu intérprete era muito paciente comigo. Me lembro que no colégio tinha somente 5 brasileiros e a grande maioria morava aqui há pouco tempo. Logo percebi que tinha que dominar o idioma o mais rápido possível e assim foi feito. A parte cultural também foi um choque muito grande para mim. Um ano antes, tinha ocorrido o Rock In Rio II e as grandes

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sensações da época, no Brasil eram as bandas americanas como Guns n’Roses, Faith No More, Metallica, Bon Jovi e Skid Row. Crente que eu iria chegar aqui em encontrar um bando de metaleiros na escola, me deparei com o pessoal escutando muito Hip Hop, tipo Kris Kros, NWA e Dr. Dre. Eu, acostumado a usar roupas da marca Company e Redley chego aqui e vejo o pessoal usando aquelas roupas largas com as calças caindo mostrando a cueca. A minha primeira impressão foi que estava no meio de um manicômio. Já na Dr. Phillips High School, as coisas foram ficando melhores. Já tinha uma turma um pouco maior de brasileiros. A escola era bem maior; eu já estava melhor entrosado com os colegas de turma. Naquela época, a grande dificuldade para um jovem que veio da Zona Sul do Rio de Janeiro, acostumado com as festinhas e os saraus dos Colégios Andrews, Princesa Isabel, CEU, Gink e Santo Inácio; a turma do curso de Inglês do IBEU de Ipanema; a natação no Clube de Regatas do Flamengo, na Gávea; praia, surfe; Jiu-Jitsu, na Academia do Pinduka; futebol na Lagoa; e as matinês de sábado, na Papillon e Babilônia, isso aqui era um tédio porque não tinha nada para fazer. Fora os parques temáticos, que depois de um certo tempo você enjoa, só tinham o Rock On Ice, um boliche na Universal Blvd, um cinema no antigo Downtown Disney -que na época não era nem 1/3 do tamanho do que é hoje. No verão, tinha um Summer Night mixuruca no Wet n’ Wild que juntava um pessoal, mas sempre terminava cedo. É aos 16 anos de idade, quando a vida de um adolescente na América muda bastante, porque já é permitido dirigir. Tínhamos um pouco mais de liberdade e nessa mesma época aconteceu um fato “historico”, que ficou marcado na memória dos adolescentes da época. Nos sábados à noite, a JJ WHISPERS, localizada na Lee Road, era a única “night” na cidade para adolescentes, mas ficava muito longe de onde eu morava. Muitas histórias boas para contar.Porém, algumas proibidas só conto em “off” rsrsrs... Para lembrar de uma coisa, Orlando Downtown se resumia ao Rosie O’Gradys, na

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Church Street, que era um ponto turístico e mais nada. Não existia o Downtown Orlando dos dias de hoje. Para você ter uma ideia, escutava a minha mãe dizer que saía com as amigas para uma balada chamada “Kookaburra”, em Lake Buena Vista. Nas férias, ía sempre visitar a minha familia no Brasil e, volta e meia, sempre tinha algum familiar nos visitando, o que ajudava bastante em relação à saudade. Com o tempo, a cidade foi crescendo e a comunidade também. Naquela época, não tinha internet, então a forma de saber notícias do Brasil era através de um fax, que recebíamos diariamente pela manhã. Acho até que quem enviava este fax era o pai do meu intérprete na Southwest Middle School. Futebol, nem pensar! Tinha que pedir para o meu avô gravar os jogos do Flamengo em fita cassete e mandar por alguém que estivesse vindo para Orlando. Me lembro que, um pouco mais tarde, começou a a distribuição do Jornal O Globo, que vinha no vôo diário da TransBrasil. Enfim, tudo isso foi muito bom porque acabei criando uma identificação muito grande com a cidade e com a comunidade local. Sempre me senti muito bem acolhido e entrosado com todos. Mais tarde, fui fazer faculdade na FSU, em Tallahasse e aí foi uma outra fase muito boa da minha vida. Durante a vida como universitário, também fui muito bem acolhido e até cheguei a fazer parte de um grupo de fraternidade, tipo coisa de filme americano da década de 80. Durante a temporada do futebol americano, a cidade fica em festa e lembra o espírito de uma Copa do Mundo para o brasileiro. Uma coisa que me marcou muito, foi quando me formei e retornei para Orlando. Após 4 anos, logo percebi o quanto a cidade de Orlando tinha crescido, principalmente, a comunidade brasileira. As pessoas pensam que Orlando só vive em torno dos parques temáticos. Na verdade é muito mais do que isso. Uma comunidade vibrante, acolhedora e bastante diversificada, que vem crescendo cada vez mais. Espero que continue assim, porque não é à toa que Orlando é conhecida como City Beautiful.


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Amaury Jr.

Primeiro show com distanciamento social Um evento que aconteceu no Virgin Money Unity Arena, na cidade de Newcastle, no Reino Unido, mostrou que pode haver outra solução, sem ser o drive-in, para assistirmos a um show. Os organizadores mantiveram a regra do distanciamento social separando o público em grupos

de até 5 pessoas em cubículos com plataformas de metal elevadas e cercados por grades. Sam Fender, performer do North Shields, se apresentou para 2,500 pessoas no local, e já estão sendo vendidos ingressos para outros shows no mês de agosto e setembro.

A televisão com tela transparente A Xiaomi, empresa chinesa criada em 2010 e, hoje, uma das maiores em tecnologia e em venda de celulares, anunciou uma televisão diferente de tudo que já existe, com a tela totalmente transparente. O aparelho promete passar ao telespectador a impressão de que as imagens estão flutuando e, quando desligada, a televisão irá parecer apenas um vidro. A Mi TV Lux OLED Transparent Edition estará à venda a partir de domingo (16) na China por 49.999 yuan, o equivalente a R$ 39,7 mil.

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Sylvester Stallone e Rocky Balboa

Henry Winkler e Fonzie

Sean Connery e James Bond

Drew Barrymore, Gertie (e E.T.)

Heath Ledger e o Coringa

Al Pacino e Tony Montana

Artistas de Hollywood se encontram com os seus personagens...

Charlie Chaplin e “O Vagabundo”.

Os atores e atrizes são quase inseparáveis da imagem do personagem que interpretam e, de vez em quando, até imaginamos como seria se essas "duas versões" se encontrassem. O designer holandês Ard Gelinck fez algumas montagens colocando lado a lado o artista e o personagem, nos trazendo a sensação de que eles estão realmente juntos. Confira:

Sylvester Stallone e Rambo 19

Michael J. Fox e Marty McFly Brasileiras & Brasileiros, Inc. | Vol 26 - Num 8 - AUGUST 2020


Rafael Vergne Viana

Os três T’s da trama Trump Tik Tok

T Papais e mamães, somos alertados neste momento sobre o que está sendo entregue aos nossos filhos pelo aplicativo

Rafael é Cristão, Esposo, Pai, Fotógrafo, Tecnólogo e Livestreamer, necessariamente nesta ordem, com atuação empresarial na área de tecnologia em suas empresas no Brasil e Estados Unidos. Atua com muito prazer no uso da captura de imagens e transmissão pela internet, sempre conectando pessoas e propósitos, anda de moto e toca baixo por paixão! http://www.bit.ly/rvergne

ão complicado como falar o título desta matéria é entender, às vezes, o que rola no mundo político, ainda mais em outro país, termos técnicos nas palavras de nosso presidente dos EUA viram simplesmente: “Top, Lixo, Gostei e Proíbe. lol!” Vou te falar, com milhares de coisas para resolver, esta posição é mais normal do que imaginamos no cotidiano dos grandes cargos. Ainda mais se tratando da máquina chamada Estados Unidos da América, para qual todos estão de olhos voltados, para onde o mundo se converge, fique você meu caro leitor(a), pensando que é fácil ser o centro das atenções? Eu, a cada dia abuso da dádiva de não ser ninguém, porque basta chamar um pouquinho de atenção, e então lá vamos nós nos proteger de coisas que nem sabíamos que existiam. Muitos artistas abandonaram fortunas comprando, com esta renúncia, a paz do anonimato e a leveza de ser uma pessoa normal, Steven Seagal (hoje xerife) que o diga. Bastante complexo, não? Bastante complexo, meu amigo (a)! Entretanto, a birra “laranja” de nosso presidente Trump não está totalmente fundamentada neste momento tenso entre os governos americanos e chineses. E, as acusações, não são somente políticas; há argumentos fortes tecnológicos e detalhes que precisamos discutir sobre o aplicativo mais falado do momento. Resumindo publicações e artigos, por mais que os executivos da plataforma afirmem a não colaboração da empresa fornecendo dados para a inteligência Chinesa, que exige isso por Lei local, temos que concordar que nossos amigos orientais crescem a ritmo absurdo em tudo. A principal característica deste “foguete” de desenvolvimento é colocar certos valores de lado em prol do avanço, assim podemos ver nas condições de trabalho e nas condições que algumas coisas são comercializadas que já chegam quebradas em nossas casas. Sic. Falando nisso, toda esta intriga começou com a suspeita desta crise pandêmica ter sido uma manobra da China para um atalho ao topo do mundo, que para os sensatos soa exagero, mas para quem conhece as práticas daquele povo, não seria nada de surpreendente. Mas com tanta novidade, este assunto foi colocado de lado, ufa! Como falei acima, as tensões já estavam instaladas por conta da baixa avaliação em relação ao controle sanitário e comprometimento com o resto do mundo do Regime

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Comunista. A possibilidade do uso dos dados dos usuários da rede para questões de espionagem representaram uma preocupação governamental americana, onde a postura muito fraca das políticas de privacidade e a falta de preocupação da plataforma com seus usuários, somente compuseram a ópera da discórdia que estamos ouvindo todos os dias. Segundo rumores, a empresa não se preocupa com seus usuários, há comportamentos duvidosos sobre a plataforma, onde existe censura para banir vídeos de pessoas feias, e casas pobres em plano de fundo dos seus vídeos, e retirada de vídeos de cunho político do ar. Mas, por outro lado, deixam passar exibições de desafios que colocam a vida das pessoas em risco, como o desafio de contrair a doença COVID-19 iniciado por um jovem que fazia vídeos lambendo, isso mesmo, lambendo privadas públicas até adoecer, sendo seguidos por milhares de jovens. A privacidade de menores também foi questionada e a falta de controle sobre usuários, abaixo de 13 anos de idade, também formam um conjunto de acusações, que montam uma característica muito arriscada, onde a maior preocupação mesmo da companhia é a de crescer, chegar no topo, custe o que custar, doa a quem doer. Nós, papais e mamães, somos alertados neste momento sobre o que está sendo entregue aos nossos filhos pelo aplicativo. Olhando por este lado, o risco se torna claro. A forma e o estereótipo que se desenvolveu dos chineses é o avanço desenfreado de tudo, onde não se preocupam como o bolo irá crescer. A estratégia é jogar fermento! Engraçado que eles têm um controle absurdo para seu povo, como o Great Firewall que bloqueia parte da internet para os chineses. Já, do lado de fora da redoma vermelha, a coisa corre solta. E isso acabou criando um incômodo para alguns países, que já começaram a retirar aplicativos chineses das lojas virtuais, começando com a Índia, Austrália e, agora, Estados Unidos. Para encerrar este papo, porque lá a conversa ainda vai render muito pano pra manga, vou deixar algumas dicas para vocês cuidadores, papais ou mamães, darem uma checada no conteúdo dos seus pequenos internautas. Como pai, você deve avisar ao investigado(a) mostrando a importância desta averiguação. Fale sobre o valioso futuro dele (a) e confisque seu celular por alguns minutos. “Diga-me quem tu segues, que direi quem tu és”.

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Avaliar o perfil das pessoas que o investigado(a) segue pode dar um relatório de influências muito preciso, se o usuário(a) segue cinco contas que falam de armas dentre dez seguidos; significa que estamos lidando com um futuro atirador de elite. Ótimo, basta controlar, treinar e você terá um campeão (ã) em casa. Porém se você perceber que isso está trazendo um comportamento incômodo, basta iniciar um bate papo e sugerir uma solução para controlar a situação. Seguir contas seguras de conteúdo, com perfis semelhantes ao que seu filho (a) está acostumado não serve apenas para iniciar um diálogo com a criança. O adulto deve apresentar novos assuntosque possam dispertar novos interesses na criança, tais como: Ciências, Esporte, Música, etc. Quem sabe dai não nasce um esportista para dar continuidade ao legado da família? lol! Outra dica legal é ficar ligado no horário que os conteúdos são acessados na internet. Aqueles que navegam de madrugada ou preferem locais mais escondidos, podem estar buscando sites perigosos e desconhecidos. Por isso, sugiro que você entre nesta jornada ao “descobrimento” junto ao seu (sua) jovem desbravador(a). Uma prática de criar um cantinho de recarga de eletrônicos na sala de casa ou em um local mais afastado do quarto pode vir a ser uma cultura que trará segurança e poderá permitir outras atividades no horário de dormir, como a leitura de um livro ou qualquer outra novidade. É claro que na prática não é tão fácil como ler este artigo. Somente a prática desses exercícios poderão trazer mais segurança e mais qualidade para o futuro de nossas crianças. Até o momento, especialistas informam que o aplicativo da rede chinesa com CEO americano (Ex Disney+), não coleta nada mais que a quatidade absurda de dados que as empresas americanas como Facebook, Instagram e Microsoft coletam juntos. Estes nomes estão entre os principais interessados na compra da operação do App na América, ainda está em análise sobre a manobra quase forçado pelo Governo, mas parece que o número está na casa dos 50 bilhões de dólares! Daqui a pouco, essa dinheirama toda muda somente de conta, e tanto os olhinhos puxados quanto os engravatados a laranja vão ficar felizes e em paz até a próxima novidade Chinesa! Use o link na minha bio para enviar perguntas, se comunicar e sugerir o nosso próximo papo tech, no jornal de maior credibilidade da Flórida! Beijos queijos e Vimes!


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Lucia De Cicco

Dicas gerais de viagem para animais de estimação: • As vacinas devem estar em dia. • Ter identificação é muito importante no caso dele(a) se perder. As tags (placas de identificação) devem constar nome, telefone e endereço. O ideal é o seu animalzinho ter também um microchip.

viajando com seu Pet

V Os proprietários devem sempre usar o cinto próprio para cães ou caixa de transporte.

lucia H Salvetti De Cicco Jornalista, idealizadora, Diretora de Conteúdo e Editora-Chefe do Portal Saúde Animal. Auxiliar Prático de veterinária. visite www.saudevidaonline.com.br

iajar com animais de estimação é uma tendência crescente. Mas, mesmo o pet mais precioso não é necessariamente um bom passageiro. Levar ou não seu Pet para uma viagem não é tanto uma questão de “você pode?”; mas, uma questão de “você deveria?” Ninguém conhece o seu animal melhor do que você, então ninguém está mais qualificado para responder a essa pergunta tão importante. Se a resposta for afirmativa, continue lendo: vamos dar algumas dicas que podem ajudar, não só você; mas, também o seu animalzinho. Se quiser levar seu cão para a praia, fique sabendo que esta é uma prática nada bem vista pelas autoridades sanitárias e pelos médicos veterinários de um modo geral. As razões para tanta preocupação dizem respeito aos acidentes que ocorrem em praias e outros locais públicos. Também à possibilidade de transmissão de doenças que podem afetar as pessoas e a própria saúde do animal; às vezes apresentando problemas pelo excesso

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• Se seu pet está tomando alguma medicação, leve o suficiente para não faltar.

Se o seu pet está acostumado a só ficar em casa, você deve prepará-lo para andar de carro. Dirija distâncias curtas e vá aumentando a cada dia assim seu cão ou gato irá se acostumando. Gatos normalmente não têm problema em relação a viagens de carro.

sempre tire seu cão do carro com a coleira e com a guia. Não esqueça de limpar a sujeira antes de ir embora. Nunca deixe seu gato livre nessas áreas de descanso. Se você precisar tirá-lo da caixa mantenha-o sempre na coleira. Gatos costumam correr e ficará muito difícil pegá-los. Além disso, eles podem correr o risco de serem atropelados.

Os proprietários devem sempre usar o cinto próprio para cães ou caixa de transporte. Levar cães de qualquer tamanho solto dentro do carro é perigoso e o motorista pode se distrair e provocar acidentes. Cães que viajam na frente podem ser esmagados pelo airbag e podem morrer ou sofrerem ferimentos sérios.

Quando você for viajar com eles de avião é muito importante planejar bem a viagem e verificar com a companhia aérea quais são os procedimentos. Se for viajar fora do país onde reside, verifique junto aos consulados quais são os protocolos corretos. Esses procedimentos mudam de país para país.

Se você viaja com seu gato mantenha-o sempre dentro das caixas de transporte. Normalmente gatos não toleram andar de carro e quando estão dentro das caixas de transportes se sentem mais confortáveis além de mais seguro.

Tenham uma boa viagem, aproveitem e não esqueçam de planejar tudo com muito cuidado antes de levar seu pet com você. E, se você deixar o seu animalzinho para trás não esqueça que ele é um membro da sua família. Por isso, deixe-o sempre com alguém responsável ou em algum hotel com boas referencias.

de calor, ingestão de restos de peixes e crustáceos, areia ou água salgada.

Quando você parar o carro nas áreas de descanso

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• Leve sempre coleira extra, guia, litter (no caso de gatos), comida e água. • Não esqueça os brinquedos e, se possível, a cama onde dorme. Assim ele(a) se sentirá familiar no hotel ou camping. • Traga sacolas plásticas para recolher a sujeira que ele(a) fizer. • É muito importante ele(a) estar usando remédio preventivo contra dirofilariose (verme do coração) e pulgas.


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Jean Chamon

H Adaptações brasileiras do tipo “gambiarra” nem sempre funcionam na terra do Tio Sam.

JEAN MARCEL CHAMON • MBA e especialista em Gestão Universitária com 19 anos de experiência na área da educação. • Sócio fundador da UNIFLUENT. • Diretor da Central Florida Brazilian American Chamber of Commerce - CFBACC • Conselheiro, Ex-presidente do Conselho e Ex-diretor executivo da Associação Nacional dos Centros Universitários ANACEU. • Ex-Diretor de Relações institucionais e Conselheiro do Conselho Regional de Administração do DF – CRA/DF • Autor e editor de publicações na área de gestão e políticas públicas da educação. Jeanchamon@gmail.com

ao novo cenário. Realize o “soft landing” do seu negócio.

oje falaremos da questão do imigrante e do empreendedor. O foco do nosso artigo é no imigrante que veio nos últimos 10 anos devido a crise moral, política, social e econômica que assolou o Brasil. Muitos imigrantes possuem ou possuíam carreiras consolidadas e de destaque em nosso país. Em rodas de amigos, sempre levantamos a questão que nossa pátria está exportando gestores, executivos, empreendedores, médicos, engenheiros, mestres, doutores, enfermeiros e vários outros profissionais que são a mola mestra de qualquer nação. Todos com o mesmo sonho envolvendo segurança, estabilidade e exercício do seu direito de ir e vir.

• Aprenda a língua local. A barreira imposta pelo não conhecimento da língua é um grande divisor de águas ao empreendedor brasileiro. Aprenda a língua inglesa o quanto antes e se possível o básico da língua espanhola.

A grande questão é como empreender na América? Compreendo, que muitas vezes é difícil começar ou recomeçar do zero. Mais complexo ainda, em um outro país sem o conhecimento dos hábitos do consumidor, legislação, mercado, sistema tributário e as vezes da língua. Para tanto, sugiro a reflexão de alguns fatores:

Observando a realidade da Flórida, um grande contingente de imigrantes brasileiros possui estabilidade financeira no Brasil e por conta da proximidade da cotação dólar x real conseguiam manter seus negócios no Brasil e viver com tranquilidade em solo americano. Com as altas cambiais dos últimos anos, para os que ainda não estavam empreendendo em solo norte-americano a diferença de quase 6 vezes ficou inviável, nos fazendo lembrar o jogo Brasil x Alemanha durante a copa de 2014, ou seja, um placar duro de empatar.

• Reinvente-se como profissional e empresário participando de todas as etapas possíveis do seu projeto. O custo de mão-de-obra é muito mais elevado se comparado ao Brasil. Ignore essa sugestão se você imigrou milionário e não tem problemas em gastar (perder dinheiro) em seu novo empreendimento.

Vida nos EUA e renda no Brasil. Fica a interrogação em como fazer o chamado “make a living” em dólar. Ficam duas opções: revalidação dos títulos e diplomas para continuidade da carreira ou empreender.

• Tome cuidado ao tentar trazer um segmento de negócios do Brasil para os Estados Unidos. A princípio pode aparentar ser uma ótima opção. Entretanto, tenha cautela com a pesquisa de mercado, adaptação e adequação

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• Cerque-se de tecnologia substitutiva de mão-de-obra. A revolução 4.0, que devido ao alto custo, é inviável no Brasil aqui é um grande parceiro do empreendedor.

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• A dinâmica de negócios é diferente e o modo de fazer negócios também. Nós brasileiros somos prolixos se comparados ao norte-americano. “Time is Money”. • Esteja sempre cercado por bons profissionais, consultores, advogados, contadores. Aprender as regras do jogo constitui etapa fundamental. • Faça um BP adequado a realidade e formato de negócios norte-americano. Adaptações brasileiras do tipo “gambiarra” nem sempre funcionam na terra do Tio Sam. Saiba separar o joio do trigo. Cerque-se de bons profissionais que complementem as suas especialidades. Lembre-se que equipes multidisciplinares aumentam a possibilidade de sucesso do negócio. Aproveite as oportunidades oferecidas por meio dos escritórios do SBA, Câmaras de Comércio e muitos outros atrativos. Finalizando, espaços de “Coworking”, fomento, incubação e aceleração podem ajudar nesse processo dando a liberdade e o know-how necessário ao seu negócio. Pense positivamente! Empreender é possível!


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Nereide Santa Rosa

Margarette Mattos: quando a Arte resgata vidas

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m tempos de isolamento social, a busca pela justiça social e o grito da sociedade se tornaram mais fortes, abrangentes, significativos e determinantes. E a Arte acompanhou esse movimento de explosão de sentimentos que estavam guardados esperando um motivo para mostrar a sua força. Logo após esses movimentos eclodirem, surgiram manifestações artísticas para representá-lo: painéis, grafites, pinturas, arte digital, e tantas mais ainda irão surgir. A Arte é conhecimento, é história, é compreender o que somos e o que fomos. A Arte nos faz conhecer culturas diversas, nos faz aceitar o outro e a diversidade cultural de povos e países. Conhecer diferentes artistas, suas histórias e as diversas mídias visuais amplia a nossa leitura de mundo e nos faz compreender a história de cada ser humano. Margarette Mattos é um dos nomes mais atuantes no panorama das artes visuais dos brasileiros nos Estados Unidos. Seu ateliê em Cambridge, Massachusetts, demonstra sua intensa produção, em meio a telas, pinceis, pigmentos e a diversidade de materiais que utiliza em suas obras. Realizou inúmeras exposições individuais e coletivas em diversas cidades nos Estados Unidos, na Europa e no Brasil, com grande sucesso de público e da crítica especializada, por suas obras de arte. Ganhou diversos prêmios e reconhecimentos, entre eles o “Focus Brasil Visual Awards”.

Margarete nos conta sobre sua vida e trajetória. Nereide Santa Rosa: Conte um pouco sobre o seu percurso profissional. Margarete Matos: A Arte surgiu em minha vida há cerca de 30 anos, em Vitória, Espírito Santo, durante um período difícil em razão de uma depressão. Já estava casada e com filhos. Por sugestão de meu marido, entrei em um curso de Arte e me apaixonei. Comecei então a participar de eventos e exposições, e desenvolvi uma técnica própria e única, trabalhando com minérios e pigmentos. Desde então, estou envolvida com o mundo maravilhoso da Arte. NSR: Qual é a sua inspiração para suas obras? MM: Vejo as obras de arte como portais. Quando produzo penso em portas e janelas que me levam para um mundo de cores, texturas e emoções. Vou então, seguindo minha intuição, reforçada pelo contato de minhas mãos, meus instrumentos de trabalho, com os materiais que utilizo, criando minhas obras.

ARTE & VOCÊ Nereide Santa Rosa Arte-educadora e escritora especializada em Arte, História e Cultura. Escreve sobre arteeducação, biografias de artistas e exposições de artes. Atua como palestrante nos Estados Unidos e Brasil. Publicou cerca de oitenta livros, vencedora do Prêmio Jabuti. Publisher Manager da Underline Publishing LLC e coordenadora do Focus Brasil Ny. nereideschilarosanta@gmail.com

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NSR: Como você define o seu estilo de Arte visual? MM: Minhas obras podem ser definidas como “arte expressionista abstrata”, composta por 26

figuras geométricas com cores fortes, materiais únicos e texturas diferenciadas. NSR: Comente sobre a sua participação no Focus Brasil Visual Awards. MM: Detentora de diversos prêmios e reconhecimentos, considero os mais importantes os recebidos durante os eventos do Focus Brasil Visual Awards, criado por Carlos Borges, em razão de serem votados inicialmente pelo Board do Focus e, no último estágio, pelos próprios artistas, o que lhes assegura uma importância ímpar. NSR: Deixe uma mensagem para nossos leitores. MM: Estou envolvida agora, junto com o artista Sid Degois, no projeto “Mostra sua Cara”, que acontece na plataforma Zoom, de segunda-feira à sexta-feira às 7:10 pm horário da costa leste. No “Mostra sua Cara” batemos um papo com os convidados, pertencentes a várias áreas profissionais, principalmente ligadas às artes. Também, com a criação e envolvimento no projeto “VidArte”, onde trabalho com pessoas que sofrem de depressão através da Arte, sempre digo que “Arte não é só um quadro na parede, Arte resgata vidas”. Experimentem!


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Anna Alves-Lazaro

TRÁFICO HUMANO PARA SUA SEGURANÇA CONHEÇA ESSA REALIDADE

O A idade média dos réus ativos em casos de tráfico sexual foi de 34 anos, um ano abaixo da média geral.

Governo Federal tem mobilizado um crescente esforço de recursos para o enfrentamento desse crime, também, para ajudar os sobreviventes a reconstruírem suas vidas. Considera que uma das formas eficaz de combater ao TH* é processar e julgar traficantes de maneira eficiente. The Federal Human Trafficking Report 2019**, do The Human Trafficking Institute fornece uma visão abrangente do TH* e ações judiciais em 2019, identificando os principais casos e destacando tendências emergentes destes casos. Perfil da Vítima Em 2019, 91,8% (1.462) das vítimas em casos ativos foram casos de tráfico sexual, e 8,2% (130) foram casos trabalho forçado.

TRÁFICO HUMANO Anna Alves-Lazaro Advogada brasileira, naturalizada americana, Comunicadora Social, Relações Públicas, Presidente e Fundadora da Hope & Justice Foundation, Palestrante, Escritora, e Ativista no Combate ao Tráfico Humano e ao Abuso e Exploração Sexual infantil. anna.alveslazaro@gmail.com

Sexo das Vítimas O Tráfico Humano, particularmente o tráfico sexual é comumente retratado como um crime baseado em gênero que principalmente afeta as mulheres. No passado, a maioria das vítimas em casos ativos de TH* em 2019 foram do sexo feminino (95,1%,1.372) e apenas 4,9% (70) do sexo masculino. Os casos de Tráfico Sexual, em particular, inclinam-se mais fortemente para as vítimas mulheres, representando 97,9% (1.331) das vítimas em atividade casos de Tráfico Sexual em 2019. Traficantes também, obrigam homens para a realização de atos sexuais comerciais; no entanto, apenas 2,1% (28) das vítimas identificadas em casos de tráfico sexual ativo eram do sexo masculino.

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Além disso, no subconjunto de casos ativos de tráfico sexual que os envolvidos réus eram compradores, a porcentagem de vítimas do sexo masculino aumenta para 9,2% (11), com as mulheres com 90,8% (109.20). Em comparação, casos de trabalho forçado, os policiais e promotores identificaram um número quase igual de homens e mulheres vítimas. Em casos de trabalho forçado ativo em 2019, 50,6% (42) das vítimas do sexo masculino e 49,4% (41) do sexo feminino. Idade das Vítimas Em todos os processos de TH*, a idade da vítima é um fator importante que o tribunal irá considerar ao determinar pena de um traficante e a quantidade de restituição devida. Além disso, a idade de uma vítima em uma acusação de tráfico sexual determina se um promotor deve provar coerção para responsabilizar o traficante e qual a pena de prisão mínima estatutária será imposta após condenação. Além de seu impacto sobre o criminoso e acusação, a idade da vítima também pode ter duradouras implicações para a sua saúde física e mental, incluindo a necessidade de cura do trauma infligido pelo traficante que pode manifestar de forma diferente, dependendo das circunstâncias de vida da vítima e estágio de desenvolvimento no tempo de exploração. Embora sejam os homens a maioria dos réus em casos de trabalho forçado também, houve um grande aumento na porcentagem de réus do sexo feminino em casos de trabalho forçado do que casos de tráfico sexual em 2019, que é consistente com os anos anteriores. Dos réus ativos em casos de traba-

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lho forçado, 58,5% (38) do sexo masculino e 41,5% (27) do sexo feminino. Idade dos Réus A média de idade dos réus ativos em 2019 foi de 35 anos, com o mais velho sendo uma mulher de 80 anos de idade acusada em um caso de trabalho forçado; e o mais jovem sendo vários de 18 anos de idade homens e mulheres em casos de tráfico sexual. A idade média dos réus ativos em casos de tráfico sexual foi de 34 anos, um ano abaixo da média geral. Além disso, os réus mais antigos em um caso de tráfico sexual foram dois de 71 anos, réus compradores. Quando se observa apenas para casos ativos de réus compradores, a idade média salta de 34 para 42 anos. Finalmente, a idade média é ainda maior, 46 anos, para réus ativos em casos de trabalho forçado, o mais jovem sendo uma mulher de 20 anos. Através desses relatórios oficiais é possível traçar um perfil preciso da realidade do TH* e desenvolver ações de enfrentamento a esse crime hediondo de maneira assertiva, eficiente e eficaz. Informações sobre suspeita de Tráfico Humano de criança na Flórida: Florida Abuse Hotline (1800-962-2873). Informações sobre suspeita de Tráfico Humano de adulto em qualquer lugar dos EUA ou de criança fora da Flórida - National Human Trafficking Resource Center 1-888373-7888. • TH - Tráfico Humano •• The Federal Human Trafficking Report 2019 - Fonte Pesquisa


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Peter H. Peng

Os três circos da nossa vida

Saudades e alegria, artificialismo e o último palhaço

VÔO PÁTRIO Peter Ho Peng nasceu na China e cresceu em Porto Alegre. Formou-se na UFRGS em engenharia química e na Georgia Institute of Technology (MSc e PhD). É morador de Tierra verde, Flórida. peterhpeng@yahoo.com

S

audades vem sempre junto com o antigamente. Alegria vinha quando o circo chegava na cidade. Antigamente era o circo de lona, o itinerante, acompanhado de ciganas que liam nossas mãos. Eu acompanhava a chegada dos caminhões, quatro, ao terreno cedido pela prefeitura de Porto Alegre para esse que era o grande evento da minha infância. Eu chegava lá todas as tardes, depois da escola, de bicicleta, costeando a Rua do Riacho, ou Arroio Dilúvio, e ia ver o pessoal cravar a ferragem inclinada no chão, esticar a tenda, e erguê-la, tendo as cordas grossas fazendo a protensão, e o tronco de eucalipto no centro, levantando tudo. Até o dono do circo metia a mão na massa, dirigindo e verificando a qualidade e a segurança. Eu seria seguramente um futuro cliente. O que é que esse guri chinês veio fazer aqui de bicicleta? Depois montavam as arquibancadas e o círculo de proteção. Eu conversava, conversa de piá. “Prá que serve isso, seu moço? E moça. E o que é aquilo?” Eu ouvia seus nomes ou apelidos serem trocados entre si, e memorizava os mesmos. Era sempre mais fácil guardar os apelidos. Por que será? Óbvio. Depois eu os chamava pelos nomes próprios. Todos os trabalhadores e trabalhadoras me tratavam bem. E sabia que esses eram os próprios artistas. Os caminhões ficavam estacionados num quadrado, protegendo o acampamento dos artistas, e as jaulas dos animais. Eu ia adivinhando quem seriam os palhaços, os domadores, o equilibrista, os malabaristas, as dançarinas, o baterista. O mestre-sala, claro, seria o dono do circo. Era pouca gente para todo o show. Evidentemente que os artistas seriam de multi-talentos. Apenas uma cozinheira não participava do circo, isto é, ela ficava no acampamento, cozinhando. Café da manhã, almoço e janta. E triturando os restos para os animais. O aroma da cozinha se espalhava por cem metros. Churrasco com farofa, arroz e legumes, num dia, feijão e arroz carreteiro, sopa de legumes no outro, Claro, tudo basedo no caldo de osso, a ser roído depois pelas feras. Os circos completos vinham com roda gigante, carrosel de cavalos, e alguns com carrosel sobe-e-desce, e a loja de cachorro-quente, algodão azul, amendoim, refrigerante e pipoca, jaulas de macacos e leões; mas, para mim, o circo era só o circo. No grande dia eu estava lá, levado pela empregada, pois meus pais,

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imigrantes da classe alta da China, não se misturavam com o povo. Eu ia lá, com o meu chapéu Nat King Cole, a empregada com o lanche dela e a sua coca-cola numa sacola. Mas eu levava uns cruzeirinhos para comprar o amendoim e o cachorro-quente. O amendoim, sempre o doce. E depois, de sobremesa, o algodão azul. Aí vinha a verdadeira delícia. Começava com as palhaçadas, dois palhaços fazendo cambalhotas, gozando com as platéias, soprando aquele apito que se esticava, e puxando o nariz de bola, para nosso deleite, um de cada lado, e o terceiro, da perna-de-pau, lá no alto, jogando balas por cima da rede de proteção. Eu tentava reconhecer quem era quem, por baixo da maquiagem. Para meu deleite particular, quando eu reconhecia um deles, gritava o apelido da platéia. Na batida do gongo, vinham os malabaristas, primeiro um, jogando garrafas no ar, aqueles pinos de bolão, depois outro, fazendo o mesmo. Depois do show das garrafas, vinha o que eu mais gostava de ver. Malabarismos com bolas. Primeiro duas bolas no ar, trocando de mão, depois duas bolas numa mão, jogando no ar e aparando numa só mão. Depois o mesmo na outra mão. Daí, três bolas no ar, quatro, cinco. Ai vinha o segundo e fazia a mesma coisa. Aí vinha o desafio. SEIS bolas no ar. O primeiro conseguia. O segundo conseguia. Depois era ver quem fazia isso por mais tempo, até um deles vencer. O gongo decretava o empate. O tira-teima seria com SETE bolas no ar. (Anos depois, vi um malabarista jogando OITO bolas no ar!!!) Apenas um deles conseguia, o outro reconhecia o vencedor e ambos saíam do palco pendendo-se nas várias direções, agradecendo as palmas e os urros da platéia, e os mais altos gritos, os meus, chamando o vencedor pelo apelido: Carioca! Foguinho! Depois, o equilibrista, que fazia também papel duplo de palhaço pernade-pau, dava aquele show na corda bamba, com os premeditados cai-não-cai, o silêncio da bateria e o AHHH da platéia. Naquele tempo eu acho que a vara era de bambú, antes dos tempos do grafite. E sempre com a bateria aumentando o suspense nos momentos críticos. No meio disso o leão, os tigres, e o domador, no chicote, comandando os animais de estimação. E o mágico, fazendo as cartas desaparecer e subir para dentro da cartola sem ninguém perceber. Ou de repente os números do baralho se transformarem num único número, e num único naipe,

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em geral o 8 (oito) de ouros, bem distinguível de longe. Tudo isso desapareceu. O circo ficou moderno, profissional, tipo Disney. Artificial. Não mais ciganas lendo as mãos. Não mais acampamentos. Não existe mais terrenos baldios perto do centro das cidades para receber um circo itinerante. Eu moro perto da Disney. Que merda sem alma. Que pobreza. Pobres meninos ricos. Pobres meninas ricas. As crianças de hoje perderam tudo. Por falar nisso, isso também vai morrer em breve. O coronavirus vai matar esse tipo de aglomeração para sempre. O circo moderno morreu, mas o pósmoderno existe. Basta ligar a televisão para ver esse circo. São circos oneman-show, com milhares, ou milhões, de coadjuvantes que não fazem nada, em cargos comissionados, falsários igualmente, só assistem. Nosso oneman-show, Trump. Ele faz mágica com os numeros, altera as enquetes, mente quanto aos casos de Covid-19, quanto aos testes disponíveis, PPE, ventiladores, mortes, tudo. E faz o “blame game.” A culpa é da China. Num passe de mágica, ele faz os números da economia também mudarem. Ele faz tudo, um palhaço que pinta a cara de laranja, usando lâmpada UV, faz malabarismos misturando tudo ao mesmo tempo no mesmo ar: Lysol, cloroquina, luz UV, vacinas, rendesevir, equipamentos PPE, China, Biden, curvas ascendentes de coronavirus, pretos, latinos, velhos, enfim, no final deixa tudo cair e se espatifar no chão. “Deixa morrer, eu quero mesmo é me reeleger.“ Dá samba! Na nossa macaquice congênita, o nosso médico charlatão, sem CRM, assina as mesmas bulas, faz as mesmas palhaçadas, as mágicas com os números, e canta o samba igualzinho. E nossos coadjuvantes são charlatões ignorantes, quer fardados, falsos empresários, ou economistas que não pensam, intelectuais falsos, sim, todos esses coadjuvantes com número-de-série. E, sim, comissionados, e, como um deles, o único que veste máscara, não para proteger do corona, mas para não se identificar na gangue, como esse mesmo disse, todos parasitas (1) do Estado. Ninguém mais os leva a sério. O mundo veio abaixo. Caiu o circo. Mas podemos re-erguer a lona velha, encardida, e reconstruir nossa felicidade. Depende de nós. VOTE!!!

(1) Para quem não adivinhou ou não acompanhou a história do parasita, ou não identificou o ministro mascarado, foi o Guedes que chamou os funcionários públicos de parasitas, isto é, chamou-se a si mesmo de parasita.


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