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UNIVERSIDADE DE FORTALEZA CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS ARQUITETURA E URBANISMO

TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO

CENTRO DE DERMATOLOGIA DONA LIBÂNIA

MATEUS FELIPE CAMINHA FORTALEZA, 2018



UNIVERSIDADE DE FORTALEZA CENTRO DE CIÊNCIAS TECNOLÓGICAS ARQUITETURA E URBANISMO

TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO

CENTRO DE DERMATOLOGIA DONA LIBÂNIA TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO APRESENTADO À CORDENAÇÃO DE ARQUITETURA E URBANISMO DA UNIVERSIDADE DE FORTALEZA, COMO REQUISITO PARCIAL PARA A OBTENÇÃO DO TÍTULO DE ARQUITETURA E URBANISMO

ORIENTAÇÃO POR: PAULO HENRIQUE HISSA

MATEUS FELIPE CAMINHA FORTALEZA, 2018


Ficha catalográfica da obra elaborada pelo autor através do programa de geração automática da Biblioteca Central da Universidade de Fortaleza

Caminha, Mateus. Centro de Dermatologia Sanitária Dona Libânia / Mateus Caminha. - 2018 102 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) - Universidade de Fortaleza. Curso de Arquitetura E Urbanismo, Fortaleza, 2018. Orientação: Paulo Peixoto. 1. Dermatologia sanitária. 2. hanseníase. 3. acessibilidade. 4. arquitetura hospitalar. 5. atendimento. I. Peixoto, Paulo. II. Título.


TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO

CENTRO DE DERMATOLOGIA DONA LIBÂNIA BANCA EXAMINADORA

Prof. Paulo Henrique Hissa ORIENTAÇÃO

Prof. Cristina Maria Aleme Roncy

Arq. Paulo Wagner Brito de Basílio

Fortaleza, 11 de junho de 2018


[LISTA DE FIGURAS] Figura 01: Prevalência registrada no final de 2014 e número de novos casos detectados durante 2014, por Região da OMS Figura 02: Dimensões referenciais deslocamento de pessoa em pé

para

Figura 15: Empunhadura Figura 16: Ângulo visual - Plano vertical Figura 17: Ângulo visual - Plano horizontal Figura 18: Cones visuais da pessoa sentada Figura 19: Cones visuais da pessoa em pé Figura 20: Cones visuais da pessoa em cadeira de rodas

Figura 03: Dimensões adeira de rodas

Figura 21: Vista aérea do edifício Sarah Kubitscheck

Figura 04: Largura para deslocamento em linha reta

Figura 22: Planta do edifício Sarah Kubitscheck

Figura 05: Área para manobra sem deslocamento Figura 06: Transposição de obstáculos isolados Figura 07: Área para manobra de cadeiras de rodas com deslocamento Figura 08: Alcance manual frontal Figura 09: Alcance manual frontal Figura 10: Alcance manual frontal com superfície de trabalho - Pessoa em cadeira de rodas Figura 11: Alcance manual lateral - Relação entre altura e profundidade - Pessoa em cadeira de rodas Figura 12: Ângulos para execução de forças de tração e compressão – Plano horizontal Figura 13: Superfície de trabalho Figura 14: Ângulos para execução de forças de tração e compressão – Plano lateral

Figura 23: Solários da administração e da internação do edifício Sarah Kubitscheck Figura 24: Bocas de entrada de ar, com nebulizadores do edifício Sarah Kubitscheck Figura 25: Corte esquemático das galerias de ventilação do edifício Sarah Kubitscheck Figura 26: Boca de saída de ar nos ambulatórios do edifício Sarah Kubitscheck Figura 27: Corte esquemático do arco com o setor de internação, jardim interno e solários do edifício Sarah Kubitscheck Figura 28: Foto interna do pátio de exercícios do edifício Sarah Kubitscheck Figura 29: Croqui do pátio de exercícios do edifício Sarah Kubitscheck Figura 30: Recepção de atendimento do Centro Dermatológico Dona Libânia


Figura 31: Rampa de acesso ao atendimento do Centro Dermatológico Dona Libânia

Figura 44: Equipamentos da sala de fisioterapia do Centro Dermatológico Dona Libânia

Figura 32: Consultório dermatológico do Centro Dermatológico Dona Libânia

Figura 45: Sala de coleta micológica do Centro Dermatológico Dona Libânia

Figura 33: Sala de serviço social do Centro Dermatológico Dona Libânia

Figura 46: Espera para salas de fisioterapia e terapia ocupacional do Centro Dermatológico Dona Libânia

Figura 34: Acervo SAME (Serviço de Arquivo Médico e Estatístico), do Centro Dermatológico Dona Libânia Figura 35: Recepção SAME (Serviço de Arquivo Médico e Estatístico), do Centro Dermatológico Dona Libânia Figura 36: Recepção de atendimento ao paciente do Centro Dermatológico Dona Libânia Figura 37: Espera para consultórios de dermatologia do Centro Dermatológico Dona Libânia Figura 38: Atendimento da farmácia do Centro Dermatológico Dona Libânia Figura 39: Depósito de remédios da farmácia do Centro Dermatológico Dona Libânia Figura 40: Vestiário de funcionários do Centro Dermatológico Dona Libânia Figura 41: Pia de lavagem no centro cirúrgico do Centro Dermatológico Dona Libânia Figura 42: Apoio ao centro cirúrgico do Centro Dermatológico Dona Libânia Figura 43: Sala do centro cirúrgico do Centro Dermatológico Dona Libânia

Figura 47: Copa para funcionários do Centro Dermatológico Dona Libânia Figura 48: Recepção para setor administrativo do Centro Dermatológico Dona Libânia Figura 49: Entrada para almoxarifado do Centro Dermatológico Dona Libânia Figura 50: Caixas de parafina atrás da porta do laboratório de histopatologia do Centro Dermatológico Dona Libânia Figura 51: Sala de expurgo Dermatológico Dona Libânia

do

Centro

Figura 52: Sala de micologia do Centro Dermatológico Dona Libânia Figura 53: Sala de micologia do Centro Dermatológico Dona Libânia Figura 54: Sala de xerox - Sala de expurgo do Centro Dermatológico Dona Libânia Figura 55: Equipamentos de imunologia do Centro Dermatológico Dona Libânia Figura 56: Sala de imunologia do Centro Dermatológico Dona Libânia


Figura 57: Corredor de acesso ao setor de diagnóstico do Centro Dermatológico Dona Libânia Figura 58: Auditório do Centro Dermatológico Dona Libânia Figura 59: Sala de pesquisa / biblioteca do Centro Dermatológico Dona Libânia Figura 60: Sala dos residentes do Centro Dermatológico Dona Libânia Figura 61: Vista aérea do terreno do terreno do projeto


SUMÁRIO INTRODUÇÃO Reflexões iniciais 1. Tema 2. Justificativa 3. Objetivos gerais 4. Objetivos específicos

CAPITULO 01 Referencial conceitual 1. Conceito de dermatologia 2. Breve historia da dermatologia 3. Áreas de atuação 4. Diretrizes de projetos físicos

CAPITULO 02 Referencial projetual 1. Hospital Sarah Kubitschek 2. Centro de dermatologia Dona Libânia

CAPITULO 03 Terreno de intervenção 1. Localização do terreno 2. Legislação municipal

O PROJETO Centro de dermatologia 1. Memorial descritivo 2. Conceito e partido 3. Materiais utilizados

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[AGRADECIMENTOS] Primeiramente a Deus, o arquiteto do universo de onde veio minha força e sabedoria para desenvolver e finalizar este trabalho. Sem ele, nada seria possível. Aos meus pais e família por todo apoio incondicional durante este percurso, por estarem ao meu lado nos momentos mais difíceis, acreditando no meu potencial. Aos meus irmãos do peito Davi Callou, Tatiana Mendes, Roberta Dultra e Shaianne, por todo o incentivo e por acreditarem neste sonho junto comigo. Agradeço a oportunidade que esta universidade me trouxe em conhecer pessoas únicas, que me ajudaram a enfrentar essa jornada com alegria, Marcia, Suellen, Carol, Nathan, Luana, Rayanara, Viktor e Fernanda, obrigado por estarem presente nesta jornada trabalhosa, mas gratificante. Aos professores da Unifor, por todos ensinamentos ao longo do curso. Ao meu professor e orientador Paulo Henrique Hissa, por sua disponibilidade, compreensão, sugestões nas fases mais complicadas, essenciais para conclusão deste trabalho. À professora Cristina Romcy por seus esclarecimentos em meio ao curto período entre uma aula e o almoço. À todos que de alguma forma contribuíram com toda a pesquisa e evolução do projeto.


[RESUMO] Será abordado neste Trabalho Final de Graduação, do curso Arquitetura e Urbanismo, um projeto arquitetônico para o no Centro de Dermatologia Sanitária Dona Libânia, que atende pessoas com qualquer doença dermatológica e principalmente em sua especialidade que é hanseníase. O projeto está situado em Fortaleza – CE. Será abordado um estudo sobreo desenvolvimento da dermatologia desde os primórdios, até a situação atual do projeto e as diretrizes necessárias para seu desenvolvimento. Palavras-chave: dermatologia sanitária – hanseníase – acessibilidade – arquitetura hospitalar – atendimento – saúde pública.

[ABSTRACT] A final architectural project for the Dona Libânia Sanitary Dermatology Center will be approached in this Final Graduation Project, which attends people with any dermatological disease and especially in its specialty which is leprosy. The project is located in Fortaleza - CE. A study will be presented on the development of dermatology from the earliest stages, to the current situation of the project and the guidelines necessary for its development. Keywords: health dermatology - leprosy accessibility - hospital architecture - care - public health


INTRODUÇÃO REFLEXÕES INICIAIS


Um centro de dermatologia sanitária atua na área médica, com tratamento das mais variadas doenças relacionadas ao maior órgão do corpo humano, que é a pele.

1. [TEMA] O trabalho trata-se de um projeto para o novo Centro de Dermatologia Sanitária Dona Libânia, em Fortaleza, que atualmente é referência no Ceará para doenças dermatológicas, e referência nacional do Ministério da Saúde para hanseníase. O centro atende predominantemente pacientes do estado do Ceará, mas também atende pessoas de outros estados. O novo projeto tem a missão de trazer melhores instalações para ampliar a atuação deste centro, com atendimento ambulatorial para diagnóstico e tratamento, espaço para atividades ocupacionais, tanto para os pacientes quanto os acompanhantes e, um setor para pesquisa e ensino. Foi tomado como referência na mesma área, o Instituto Lauro Souza Lima, pois é um centro de referência na área de Dermatologia Geral e em particular, da Hanseníase para a Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo, Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde OMS.

2. [JUSTIFICATIVA] Um Centro de Dermatologia Sanitária, tem por objetivo tratar de doenças de pele, tais como cânceres de pele, hanseníase, doenças sexualmente transmissíveis (DST), que possuem uma variação muito grande. Algumas dessas doenças são contagiosas, portanto a falta de tratamento pode trazer sérios problemas epidemiológicos, elevando custos no orçamento da saúde pública, aumento nas taxas de mortalidades e morbidades. Fortaleza é uma cidade bastante banhada pelo sol, na maior parte do ano, com pouquíssimos períodos de frio e com muitos raios solares. Por ser uma cidade margeada por praias, existe a cultura de ir à praia e de “tomar banho de sol”, essa é uma pratica muito comum na cidade e até mesmo no estado. A exposição ao sol muitas vezes acaba gerando queimaduras, que são categorizadas em três graus, sendo que as queimaduras ocasionadas pelo sol geralmente são as de primeiro grau, essas normalmente são tratadas sem muita atenção, mas em alguns casos podem se transformar em um câncer, já as de segundo e terceiro grau são ocasionadas em acidentes com fogo, ou outros agentes químicos. De também não menos importância são as doenças sexualmente transmissíveis, (DST). Segundo o boletim epidemiológico sífilis -

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INTRODUÇÃO: REFLEXÕES INICIAIS Secretaria da Saúde do Estado do Ceará, o número de pessoas jovens a serem contaminadas por sífilis tem aumentado gradativamente, desde 2007 até 2016. Esses números são aplicados também as gestantes e recém-nascidos. Como já é conhecido, o Centro de Dermatologia Sanitária Dona Libania, é referência em tratamento e diagnóstico da doença hanseníase, que segundo o boletim epidemiológico feito pela secretaria de saúde do estado do Ceará, tem diminuído o número de casos da doença, mas ainda assim continua alto. Para efeito de atendimento público e especifico, dessas doenças dermatológicas em Fortaleza e em todo o Estado do Ceará, é possível contar com o atual Centro de Dermatologia Sanitária Dona Libania, que passa por problemas em suas instalações, tendo em vista que muitas vezes é possível flagrar pacientes em filas de espera nas calçadas, falta de suporte para acompanhantes e pacientes do interior do estado, além de existir um potencial na área de pesquisa e extensão ainda a ser explorado. Em uma entrevista com a atual diretora técnica do CDERM, Dra. Maria Araci de Andrade Pontes, foi possível coletar algumas informações bastante relevantes para as questões justificatórias desta pesquisa. Em relação ao espaço físico do local atual, foram tocados pela diretora, como acessibilidade, ela alega não ser possível adequar a edificação a tais padrões acessíveis, por conta da falta de espaço.

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Segundo a Dra. Araci, já foi cogitada a possibilidade de crescimento vertical do edifício, pois a demanda ainda é crescente e eles precisam sempre estar podando algumas atividades da unidade, porém alguns laudos emitidos por técnicos alegam a incapacidade estrutural da edificação existente, para suportar pavimentos superiores aos atuais. Outro ponto relatado por ela é a questão das instalações atuais, pois no início não existiam a quantidade, tanto de aparelhos específicos para tratamentos e diagnósticos, quanto a quantidade de ares-condicionados que foram necessários serem instalados, e agora com essa demanda elétrica, não pode ser atendida pela rede elétrica que atualmente é ofertada na rua do CDERM, pois seria necessário a locação de um novo transformador de energia e a calha viária não tem o suporte necessário de receber os novos equipamentos.


3. [OBJETIVOS GERAIS] O trabalho visa a concepção de um projeto arquitetônico de um Centro de Dermatologia Sanitária Especialista em Hanseníase, que leva o nome de Centro de Dermatologia Sanitária Dona Libânia, ou “CDERM”. Com o intuito de produzir espacialmente novas reflexões sobre a maneira de desenvolver espaços qualificados que influenciem positivamente na saúde e bemestar de pacientes que são encaminhados de outras unidades de saúde que são espalhadas pela cidade de Fortaleza e se estende por todo estado. O trabalho tem como objetivo principal a elaboração de um projeto que trate de forma mais especifica a necessidade do Centro de Dermatologia Sanitária Dona Libania, em Fortaleza, com eficácia da arquitetura no atendimento, diagnóstico e tratamento. A proposta que conduz o desenvolvimento deste trabalho é a implantação de um local capacitado fisicamente e socialmente a relação do indivíduo e espaço. Que torne clara a importância de nos relacionarmos com o meio que vivemos e utilizá-lo. Dessa forma a aplicação das técnicas arquitetônicas e paisagísticas seguem o princípio de integração do equipamento público com a cidade, de maneira a quebrar as barreiras que possuem a maioria dos edifícios públicos da categoria de saúde em Fortaleza.

4. [OBJETIVOS ESPECÍFICOS] * Proporcionar aos pacientes um local em que eles criem identidade, vínculo, que possam o sentimento de pertencimento; Promover a inclusão inversa com a participação da comunidade através de espaços de convivência ao ar livre que sejam comuns à todos, palestras, workshops, etc; Suprir a necessidade pública deste equipamento para a cidade de Fortaleza; Desenvolver espaços que promovam a autonomia e independência dos pacientes; Criar ambientes agradáveis, reforçanco ao máximo a integração entre áreas internas e externas, explorando o contato com a natureza; Um lugar onde seja possível reconstruir a integridade, física sensorial, emocional e social;

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CAPÍTULO 01 DERMATOLOGIA NA ARQUITETURA


1. [CONCEITO DE DERMATOLOGIA] Segundo a SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia), dermatologia é a especialidade médica que se ocupa do diagnóstico e tratamento clínico- cirúrgico das doenças que acometem o maior órgão do corpo humano – a pele, tendo em média 2 metros quadrados de área em um indivíduo adulto. A especialidade engloba ainda as doenças que acometem os anexos cutâneos: cabelos e unhas, bem como as mucosas (ex: boca e genitais). Outra denominação é a dermatovenerologia já que a especialidade tem importante atuação no contexto das doenças sexualmente transmissíveis (doenças venéreas).

2. [BREVE HISTÓRIA DA DERMATOLOGIA] Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, SBD, a história da Dermatologia moderna começa na Europa, entre século XV e XVI, onde clínicos começam a se interessar por problemas cutâneos. O primeiro livro-texto de Dermatologia foi escrito em 1797, pelo doutor Robert Willian. Aos poucos a Medicina começou a salientar a importância da pele, não apenas como uma cobertura, mas o maior órgão do ser humano.

No Brasil a dermatologia é representada pela SBD, e atualmente congrega mais de 8 mil associados. São dermatologistas que têm colaborado com a especialidade por meio de estudos originais, em especial na área das doenças infectocontagiosas e tropicais, o que só comprova que a dermatologia brasileira continua dando importante contribuição à ciência e ao desenvolvimento da dermatologia mundial, apenas superada pela Associação Americana de Dermatologia, segundo a SBD. Dentre as manifestações cutâneas ou vícios de pele, a Hanseníase desencadeou muitas preocupações nas últimas décadas, pois houve uma proliferação muito alta desta doença no mundo. A hanseníase é uma doença milenar, que antigamente era intitulada por lepra, e fora por diversas vezes citadas em livros que remontam a antiguidade, como é possível ver em Jó e Levíticos, capítulos treze e catorze, (BIBLIA SAGRADA, 1990).

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Falou mais o Senhor a Moisés e a Aarão, dizendo: O homem quando na pele da sua carne houver inchação ou pústula, ou empola branca, que estiver na pele de sua carne como lepra, então será levado a Aarão o Sacerdote, ou a um de seus filhos, os sacerdotes. E o sacerdote examinará a praga na pele da carne; se o pelo da sua carne, praga da lepra é; o sacerdote, vendo-o, o declarará por imundo (BIBLIA SAGRADA 1990, p.128).

Tal espalhamento da doença dura até os dias de

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CAPÍTULO 01: REFERENCIAL CONCEITUAL hoje, mas tiveram alguns momentos de ápice que já passaram, no qual foram tomadas providencias de combate em fóruns mundiais que tratavam especificamente do assunto. Através desta busca incessante a erradicação da hanseníase, alguns benefícios extras foram trazidos para a área da dermatologia sanitária em geral, como investimentos em estudos e novas instalações que surgiram após os planos nacionais de combate a hanseníase. [FIGURA 01] Prevalência registrada no final de 2014 e número de novos casos detectados durante 2014, por Região da OMS

desse profissional. Outro destaque é a Cirurgia Dermatológica que é uma subespecialidade da Dermatologia, onde o profissional médico se gabarita a realizar procedimentos cirúrgicos de maior complexidade da pele e seus anexos (unhas, cabelos, glândulas, etc).

3.1. DERMATOLOGIA CLÍNICA É responsável pelo diagnóstico, prevenção ou tratamento das doenças e problemas que atingem a pele e seus anexos.

3.2. DERMATOLOGIA COSMIÁTRICA

2. [ÁREAS DE ATUAÇÃO] Segundo a SBD, a dermatologia atua em todos os processos fisiopatológicos que envolvem a pele: desde simples infecções, reações autoimunes e inflamatórias, e tumores. A hansenologia é outra importante área de atuação da dermatologia. Por lidar com a pele, a dermatologia é a especialidade médica mais indicada para atuação em cosmiatria. Atualmente, o Dermatologista formado pode realizar subespecialização em Dermocosmiatria, onde o estudo e aplicação no campo da cosmiatría é o centro de ação

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A Cosmiatria é a área da medicina que estuda e trata da beleza de forma ampla, ética e profissional. A Dermatologia Cosmiátrica usa conceito de cosmiatria para realizar procedimentos e tratamentos que tenha como finalidade a manutenção da beleza e a melhora da aparência da pele e seus anexos.

3.3. DERMATOLOGIA CIRÚRGICA É uma área da Dermatologia que abrange todos os procedimentos realizados na pele ou no tecido subcutâneo. Lida com o diagnóstico e tratamento de questões clínicas ou estéticas relacionadas à pele, cabelos e unhas, por meio de técnicas cirúrgicas, cosmiátricas, oncológicas e reconstrutivas.

3.4. DERMATOLOGIA ONCOLÓGICA

É responsável pelo diagnóstico, tratamento e prevenção do câncer da pele, que é o tipo de câncer mais frequente no Brasil. É preciso


saber reconhecer os primeiros sinais de alerta para o câncer da pele. O dermatologista é o profissional mais indicado para esta tarefa. Examinar periodicamente o corpo dos pacientes e identificar lesões suspeitas de câncer da pele, usando o diagnóstico por imagens, exames não invasivos, como o mapeamento corporal total e a dermatoscopia digital, são medidas usadas para mapear áreas e lesões suspeitas, mesmo aquelas que nem podem ser vistas a olho nu. Dessa forma, os pacientes podem ser monitorados com eficácia e segurança. Uma vez confirmado o diagnóstico, o dermatologista dispõe de todos os recursos para manejar tratamento da doença e encontrar a opção terapêutica cirúrgica, ou não, mais adequada para cada paciente. Ele prestará o suporte necessário e realizará as cirurgias e reconstruções.

2. [DIRETRIZES DE PROJETOS FÍSICOS] A norma RDC n 50/02, não estabelece uma tipologia de edifícios de saúde, como por exemplo posto de saúde, centro de saúde, hospital, etc., nela se procurou tratar genericamente todos esses edifícios como sendo estabelecimentos assistenciais de saúde - EAS, que devem se adequar as peculiaridades epidemiológicas, populacionais e geográficas da região onde estão inseridos. Portanto, são EASs diferentes, mesmo

quando se trata de edifícios do tipo centros de saúde. O programa arquitetônico de um centro de saúde irá variar caso a caso, na medida em que atividades distintas ocorram em cada um deles Portanto não há programas arquitetônicos prédefinidos, e sim uma listagem de ambientes que deve ser usada pela equipe de planejamento do EAS na medida que se está montado o programa desse, ou quando o projeto está sendo analisado para fins de aprovação. Cada programa é específico e deve ser elaborado pela equipe que está planejando o EAS, incorporando as necessidades e as especificidades do empreendimento, propiciando desta forma uma descentralização de decisões, não mais tomadas sob uma base pré-definida de programas ou formas. Ambiente é entendido nesta norma como o espaço fisicamente determinado e especializado para o desenvolvimento de determinada(s) atividade(s), caracterizado por dimensões e instalações diferenciadas. Segundo as diretrizes da FUNASA para projetos físicos de laboratórios de saúde pública, eles têm como finalidade a realização de ações de vigilância em saúde. Portanto as condições populacionais, epidemiológicas, sanitárias e ambientais da área de abrangência do laboratório determinarão seu perfil de atuação e suas consequentes atribuições. A programação do laboratório baseia-se em conceitos definidos na RDC nº 50, de 2002, da Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

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CAPÍTULO 01: REFERENCIAL CONCEITUAL Cada atribuição determina um conjunto de atividades, que geralmente são desenvolvidas em um setor específico do laboratório. No planejamento do laboratório sua programação funcional é estabelecida a partir da definição dessas atribuições, de suas consequentes atividades e do seu desdobramento em subatividades. O desenvolvimento de cada atividade requer ambiente específico com determinados equipamentos e instalações

4.1. PROGRAMA FUNCIONAL Também segundo a FUNASA para se elaborar o programa funcional do laboratório é necessário, portanto, definir quais as suas atribuições e quais as atividades que serão realizadas nesse laboratório específico. No laboratório de saúde pública as atribuições fim são: biologia médica, produtos e ambiente e ensino e pesquisa, e as atribuições meio são: apoio técnico, apoio administrativo e apoio logístico. A atribuição ensino e pesquisa realiza as atividades de cursos e treinamentos; atualização técnico-científica; e pesquisas. O laboratório pode também realizar cursos com escolas técnicas, universidades e outras instituições de ensino. A atribuição apoio técnico realiza as atividades: recepção, coleta e triagem de amostras biológicas e produtos para análise; o preparo de meios de cultura e soluções; a lavagem e esterilização de

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materiais; o armazenamento de amostras de contraprova; e biotério de experimentação. A atribuição apoio administrativo compreende as atividades de estatística e informação; gestão documental; administração do patrimônio; administração de pessoal; compras, orçamento e finanças; faturamento e convênios; chefia e planejamento; e coordenação da rede de laboratórios da área de abrangência. A atribuição apoio logístico realiza as atividades: comunicação, segurança e vigilância; biossegurança, qualidade e boas práticas de laboratório; conforto e higiene pessoal; limpeza e zeladoria; manutenção; transporte; infraestrutura

4.2. CIRCULAÇÕES E ACESSOS Explica a RDC n 50/02, que os acessos do EAS estão relacionados diretamente com a circulação de sua população usuária e de materiais. A relação a ser considerada é de tipos funcionais de acessos e não de número de acessos, esta sim, via de regra, função da quantidade dos serviços prestados. Deve haver uma preocupação de se restringir ao máximo os números desses acessos, com o objetivo de se conseguir um maior controle da movimentação no EAS, evitandose o tráfego indesejado em áreas restritas, o cruzamento desnecessário de pessoas e serviços diferenciados, além dos problemas decorrentes de desvios de materiais. Um EAS pode agregar diversos tipos funcionais de acessos em um


único espaço físico, dependendo da interligação e aglutinação das unidades funcionais existentes, ou ter acessos físicos diferenciados para cada tipo funcional. Os tipos de pessoas e materiais que acessam (entram e saem) ao EAS são:

- Funcionário e aluno (a distribuição por categorias é definida pela administração do EAS), vendedor, fornecedor e prestador de serviço, outros;

- Paciente externo ambulante ou transportado, acompanhante e doador;

Os acessos de pessoas (pacientes, doadores, funcionários, alunos e público), devem possibilitar que os portadores de deficiência ambulatória possam adentrar ao prédio sem a ajuda de terceiros.

- Paciente a ser internado ambulante ou transportado e acompanhante; - Cadáver, acompanhante e visitas relacionadas a esse;

- Suprimentos e resíduos.

[FIGURA 02] Dimensões referenciais para deslocamento de pessoa em pé - Fonte: NBR 9050/2004.

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CAPÍTULO 01: REFERENCIAL CONCEITUAL [FIGURA 03] Dimensões adeira de rodas - Fonte: NBR 9050/ 2004

todas as situações citadas a seguir, da NBR 9050, é aplicado um módulo de referência em que serve a todos os dimensionamentos exemplares.

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[FIGURA 04] Largura para deslocamento em linha reta - Fonte: NBR 9050/2004


[FIGURA 05] Área para manobra sem deslocamento - Fonte: NBR 9050/2004

[FIGURA 06] Dimensões adeira de rodas - Fonte: NBR 9050/ 2004

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CAPÍTULO 01: REFERENCIAL CONCEITUAL [FIGURA 07] Área para manobra de cadeiras de rodas com deslocamento - Fonte: NBR 9050/2004

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[FIGURA 08] Alcance manual frontal – Pessoa sentada - Fonte: NBR 9050/2004

[FIGURA 09] Alcance manual frontal – Pessoa em pé - Fonte: NBR 9050/2004

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CAPÍTULO 01: REFERENCIAL CONCEITUAL [FIGURA 10] Alcance manual frontal com superfície de trabalho - Pessoa em cadeira de rodas - Fonte: NBR 9050/2004

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[FIGURA 11] -Alcance manual lateral - Relação entre altura e profundidade - Pessoa em cadeira de rodas - Fonte: NBR 9050/2004

[FIGURA 12]

Ângulos para execução de forças de tração e compressão – Plano horizontal - Fonte: NBR 9050/2004

[FIGURA 13] Superfície de trabalho - Fonte: NBR 9050/2004

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CAPÍTULO 01: REFERENCIAL CONCEITUAL [FIGURA 15] Empunhadura - Fonte: NBR 9050/2004

O alcance manual tem importante relevância ao paciente idoso, ou portador de alguma restrição motora, pois o apoio das mãos é crucial para uma boa locomoção, nesse caso é necessário o [FIGURA 16] 9050/2004

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Ângulo visual - Plano vertical - Fonte: NBR

dimensionamento adequado de cada elemento, entendendo que o sistema acessível precisa estar em total integração para ser completamente funcional.


[FIGURA 14] Ângulos para execução de forças de tração e compressão – Plano lateral - Fonte: NBR 9050/2004

[FIGURA 17] Ângulo visual - Plano horizontal - Fonte: NBR 9050/2004

[FIGURA 18] Cones visuais da pessoa sentada — Exemplo - Fonte: NBR 9050/2004

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CAPÍTULO 01: REFERENCIAL CONCEITUAL [FIGURA 19] Cones visuais da pessoa em cadeira de rodas -

[FIGURA 20] Cones visuais da pessoa em pé — Exemplo - Fonte:

Exemplo - Fonte: NBR 9050/2004

NBR 9050/2004

O cone visual é aplicável para a boa visualização dos obstáculos, também não deixando de lado a visualização da comunicação visual de todos os ambientes, que ajudam no referencialmente e norteamento nos objetivos tanto de pessoas com mobilidades reduzidas, quanto as que não possuem restrição em relação a sua locomoção.

ter condições de serem abertas com um único movimento e suas maçanetas devem ser do tipo alavanca, instaladas a uma altura entre 0,90m e 1,10m. Quando localizadas em rotas acessíveis, recomenda-se que as portas tenham na sua parte inferior, inclusive no batente, revestimento resistente a impactos provocados por bengalas, muletas e cadeiras de rodas, até a altura de 0,40m a partir do piso. E as portas de sanitários, vestiários e quartos acessíveis em locais de hospedagem e de saúde devem ter um puxador horizontal, associado à maçaneta, que deve estar

Ainda segundo a NBR 9050, as portas, inclusive de elevadores, devem ter um vão livre mínimo de 0,80m e altura mínima de 2,10m. Em portas de duas ou mais folhas, pelo menos uma delas deve ter o vão livre de 0,80m. As portas devem

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localizado a uma distância de 10cm da face onde se encontra a dobradiça e com comprimento igual à metade da largura da porta.

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CAPÍTULO 02 REFERENCIAL PROJETUAL


2. [HOSPITAL SARAH

KUBITSCHEK/ FORTALEZA] Se tratando de arquitetura hospitalar com sistemas bioclimáticos, é difícil não falar da rede de Hospitais Sarah Kubistchek, projetados pelo arquiteto João Filgueiras Lima, o conhecido Lelé. É importante salientar que para construirmos as cidades, com seus prédios e toda sua infraestrutura, necessitamos consumir grande parte dos recursos naturais que nos são ofertados “gratuitamente”, mas como quase tudo nesta vida [FIGURA 21] Vista aérea do edifício. Fonte https://arcowebarquivos-us.s3.amazonaws.com/imagens/75/13/arq_7513.jpg

existe limite, portanto em alguns momentos os consumos dessas reservas fogem do controle e precisamos de atitudes que vão em contraponto desta situação. No Brasil e em muitos países, o racionamento de água e energia tem se tornado um sério problema, os usos indiscriminados desses recursos acarretam muitos problemas sociais e econômicos. Nos anos 70, com a crise do petróleo foi questionado o consumo energético das edificações, levando assim a uma discussão um pouco além, que se tratava da eficiência energética dos edifícios, sobre como aproveitar os recursos naturais de forma passiva e coerente, garantindo o abrigo e a continuidade das reservas da natureza. Em um ambiente hospitalar esses recursos são

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CAPÍTULO 02: REFERENCIAL PROJETUAL sempre bem-vindos quando possível, onde encontram-se pessoas com enfermidades, a renovação constante de ar e a presença de luz solar são responsáveis pela eliminação de grande parte das bactérias e germes, capazes de trazer mais doenças. De acordo com (MONTERO, 1985, p. 175 apud RIBEIRO, 2004, p.205), este ecletismo construtivo permitiu uma variedade formal que o momento anterior da trajetória profissional de Lelé não possuía e possibilita afirmar que o Sarah-Fortaleza sintetiza a experiência de uma vida dedicada à compreensão da arquitetura na amplitude de seu campo de conhecimento, efetuando, com maestria, a conjunção entre a [FIGURA 22] Solários da administração e da internação alta. Fontehttps://arcowebarquivos- us.s3.amazonaws.com/ima.

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arte e técnica. O arquiteto Lelé abordou em seus projetos dos Hospitais Sarah Kubitscheck, os fundamentos básicos de iluminação e ventilação naturais em clima quente. A exemplo do Hospital Sarah de Fortaleza, é notório a economia de energia, boas condições visuais, psicológicas e higiênicas, segundo o arquiteto tudo isso foi possível por conta de uma boa orientação do edifício, da

[FIGURA 23] Bocas de entrada de ar, com nebulizadores. Fontehttps://arcowebarquivos- us.s3.amazonaws.com/ima.


[FIGURA 24] Vista aérea do edifício. Fonte https://arcowebarquivos-us.s3.amazonaws.com/imagens/75/13/arq_7515.jpg

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CAPÍTULO 02: REFERENCIAL PROJETUAL O sistema de ventilação interna canaliza através de dutos o ar que é captado dos jardins, na entrada dos captores foram posicionados estrategicamente pulverizadores que emulsão [FIGURA 25] Corte esquemático das galerias de ventilação. Fontehttps://arcowebarquivos- us.s3.amazonaws.com/im.

gotículas de água o tempo todo. Os dutos de passagem ficam isolados do sol para evitar o aumento na temperatura do ar transportado. Ponto de saída de ar canalizado pelos dutos de ventilação pulverizada, nas salas com ventilação natural/ transição, mostrado nos esquemas e

[FIGURA 26] Corte esquemático do arco com o setor de internação, jardim interno e solários. Fontehttps://arcowebarquivos.

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imagens anteriores Croquis e perspectiva do Sarah Fortaleza mostram o arco que abriga os sete pavimentos do bloco de internação, criando um espaço ajardinado com dimensões generosas, voltado ao desenvolvimento de atividades terapêuticas, de lazer e convivência.

[FIGURA 27] Foto interna do pátio de exercícios - Fonte https://arcowebarquivos- us.s3.amazonaws.com/imagens/75/13

[FIGURA 28] Boca de saída de ar nos ambulatórios. Fontehttps://arcowebarquivos- us.s3.amazonaws.com/imagens/75/1

[FIGURA 28] Croqui do pátio de exercícios. Fonte https://arcowebarquivos- us.s3.amazonaws.com/imagens/75/13/arq_752

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CAPÍTULO 02: REFERENCIAL PROJETUAL

2. [CENTRO DE DERMATOLOGIA SANITÁRIA DONA LIBÂNIA] Toda história do atual Centro de Dermatologia Sanitária Dona Libânia começou com uma obra de caridade, e depois veio o nascimento inicial [FIGURA 29] Recepção de atendimento - Fonte: Arquivo Pessoal – Mateus Caminha

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da policlínica geral de Fortaleza Dona Libânia Holanda. A Dona Libânia Holanda era uma senhora com alto poder aquisitivo e solidária, que dispôs de uma residência, na Rua Pedro I, n° 1033, no centro de Fortaleza, para que lá fosse construída uma clínica que tratasse de Tuberculose e Hanseníase. Em Homenagem a esta senhora, em 1942 foi inaugurada a Fundação da Policlínica Geral de Fortaleza Dona Libânia e nesta mesma solenidade houve a inauguração do CMC


(Centro Médico Cearense). A Policlínica Geral de Fortaleza era localizada em anexo do Centro Médico Cearense, (uma das entidades mais antigas do nosso Estado e que hoje, representa a Associação Médica Brasileira aqui no Ceará).

– por desinformação acerca da doença e de seu tratamento. Portanto naquela época na Santa Casa de Misericórdia e no Hospital de Maracanaú eram internados os pacientes com tuberculose.

A Policlínica Geral de Fortaleza desenvolveuse contando com uma equipe de profissionais de saúde, composta por clínicos gerais, oftalmologistas, dentistas, ginecologistas, pediatras, dermatologistas, tisologistas, etc.

A Policlínica Geral de Fortaleza foi desativada por um bom período de tempo e posteriormente o Centro de Saúde Dona Libânia foi criado, em 15 de março de 1974. Somente em 1996, na gestão do Dr. Heitor Gonçalves, o Centro de Saúde Dona Libânia passou a denominar-se Centro de Dermatologia Dona Libânia (CDDL), tornando-se Centro de Referência Estadual em Dermatologia neste ano e, mais tarde, no ano de 2001 tornou-se Centro de Referência Nacional em Dermatologia. Com esse feito, os atendimentos de tuberculose passaram a ser encaminhados para outras unidades como a Santa Casa de Misericórdia, por critérios de contaminação e, o CDDL passou a atender exclusivamente doenças dermatológicas.

Durante muitos anos, a sociedade vivia o grande terror da Tuberculose. Havia um clima de discriminação, medo e preconceito [FIGURA 30] Rampa de acesso ao atendimento - Fonte: Arquivo Pessoal – Mateus Caminha

A entrada principal do edifício é a chegada da recepção aos pacientes que irão marcar consultas, exames ou algum tipo de tratamento. O acesso da rua para esta recepção se dar por uma rampa que a inclinação está fora dos padrões da NBR 9050, na foto notamos que também o corrimão não segue inclinação da rampa, conforme o usuário desce a rampa, vai ficando mais complicado se apoiar com as mãos.

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CAPÍTULO 02: REFERENCIAL PROJETUAL [FIGURA 31] Consultório dermatológico - Fonte: Arquivo Pessoal – Mateus Caminha

Nas salas em geral é notável a precariedade nos mobiliários, principalmente nos consultórios, onde a situação se agrava com falta de bancadas e armários. Notasse também que em alguns consultórios é impossibilitada a abertura de janelas para um lado externo.

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[FIGURA 32] ala de serviço social - Fonte: Arquivo Pessoal – Mateus Caminha


[FIGURA 33] Acervo SAME (Serviço de Arquivo Médico e Estatístico) - Fonte: Arquivo Pessoal – Mateus Caminha

[FIGURA 34] Recepção SAME (Serviço de Arquivo Médico e Estatístico) - Fonte: Arquivo Pessoal – Mateus Caminha

O SAME é um local com grande necessidade de espaço para guardar uma série de arquivos físicos importantes para os registros médicos desta unidade de assistência a saúde (UAS), porém o espaço do atual é bem reduzido por conta da falta de espaço para ser expandido.

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CAPÍTULO 02: REFERENCIAL PROJETUAL [FIGURA 35] Recepção de atendimento ao paciente - Fonte: Arquivo Pessoal – Mateus Caminha

Do lado interno também existe uma recepção para atendimento dos pacientes que já foram atendidos e agora vão ser encaminhados para outro setor de atendimento, normalmente coleta de biopsia ou tratamento.

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[FIGURA 36] Espera para consultórios de dermatologia - Fonte: Arquivo Pessoal – Mateus Caminha

Na figura acima fica uma parte de espera para atendimento nos consultórios e salas como a de enfermagem e assistência social.

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CAPÍTULO 02: REFERENCIAL PROJETUAL [FIGURA 37] Atendimento da farmácia - Fonte: Arquivo Pessoal – Mateus Caminha

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[FIGURA 38] Depósito de remédios da farmácia - Fonte: Arquivo Pessoal – Mateus Caminha

A farmácia é composta por duas partes, a primeira é onde os pacientes podem chegar e receber os remédios mais populares, já na outra parte a fica reservada para entrega de medicamentos mais específicos, que precisam de uma avaliação mais criteriosa.

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CAPÍTULO 02: REFERENCIAL PROJETUAL [FIGURA 39] Vestiário de funcionários - Fonte: Arquivo Pessoal – Mateus Caminha

O vestiário dos funcionários tem o acesso muito estreito, tornando complicado por conta dos armários que ficam do lado esquerdo e ficam no meio da passagem para as salas do vestiário.

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[FIGURA 40] Pia de lavagem no centro cirúrgico - Fonte: Arquivo Pessoal – Mateus Caminha


[FIGURA 41] Apoio ao centro cirúrgico - Fonte: Arquivo Pessoal – Mateus Caminha

[FIGURA 42] Sala do centro cirúrgico - Fonte: Arquivo Pessoal – Mateus Caminha

Ao entrar no centro cirúrgico temos uma sala maior com mais 4 salas menores para a realização das pequenas operações cirúrgicas, o apoio fica antes dessas salas menores. Lá são realizadas as coletas de biopsias e alguns outros procedimentos de coleta.

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CAPÍTULO 02: REFERENCIAL PROJETUAL [FIGURA 43] Equipamentos da sala de fisioterapia - Fonte:

[FIGURA 44] Espera para salas de fisioterapia e terapia ocupa-

A sala de coleta micológica, também possui deficiência no espaço e dificuldades com mobiliários. Lá são realizados os tratamentos de micoses.

possui muitos aparelhos que já foram tirados para ter mais espaço, até porque a necessidade de espaço é muito importante para as atividades desenvolvidas lá.

Na sala de fisioterapia o espaço é maior, porém

As esperas por atendimento geralmente são cheias,

Arquivo Pessoal – Mateus Caminha

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cional - Fonte: Arquivo Pessoal – Mateus Caminha


[FIGURA 45] Sala de coleta micológica - Fonte: Arquivo Pessoal – Mateus Caminha

mas a das salas de fisioterapia e terapia ocupacional são também escarças de ventilação e iluminação natural, esta foto foi registrada em um dia de sol, no período da manhã. A sala de coleta micológica, também possui

deficiência no espaço e dificuldades com mobiliários. Lá são realizados os tratamentos de micoses. Na sala de fisioterapia o espaço é maior, porém possui muitos aparelhos que já foram tirados para ter mais espaço, até porque a necessidade de espaço é muito importante para as atividades desenvolvidas lá.

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CAPÍTULO 02: REFERENCIAL PROJETUAL [FIGURA 46] Copa para funcionários - Fonte: Arquivo Pessoal – Mateus Caminha

Na foto acima é possível ver a falta de iluminação na natural, além também da ventilação que não é possível ver na foto. Este ambiente também sofre com a proximidade a alguns ambientes que precisam ser mais reservados, como uma sala de esterilização e um expurgo.

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[FIGURA 47] Recepção para setor administrativo -Fonte: Arquivo Pessoal – Mateus Caminha

A recepção do setor administrativo fica próximo ao almoxarifado, onde é feito o controle de acesso as partes de serviços e administração do edifício. Lá também é feito todo o recebimento de materiais hospitalares.

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CAPÍTULO 02: REFERENCIAL PROJETUAL [FIGURA 48] Entrada para almoxarifado - Fonte: Arquivo Pessoal – Mateus Caminha

Como a falta de espaço é comum, no almoxarifado também não é diferente, pois lá alguns materiais são depositados no corredor de acesso. Alguns materiais já são levados diretos para as salas de uso e são deixadas lá consumindo o pouco espaço existente, como é o caso do laboratório de histopatologia, que precisa de uma grande quantidade de pedaços de parafina, que ficam armazenada atrás da porta.

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[FIGURA 49] Caixas de parafina atrás da porta do laboratório de histopatologia -Fonte: Arquivo Pessoal – Mateus Caminha


[FIGURA 50] Sala de expurgo - Fonte: Arquivo Pessoal – Mateus Caminha

[FIGURA 51] Sala de micologia - Fonte: Arquivo Pessoal – Mateus Caminha

Na sala de expurgo existe uma janela para entrada de iluminação e ventilação natural, mas a falta de espaço é muito clara, moveis e equipamento interferem a passagem e a manipulação de materiais na bancada de lavagem.

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CAPÍTULO 02: REFERENCIAL PROJETUAL [FIGURA 52] Sala de micologia - Fonte: Arquivo Pessoal – Mateus Caminha

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[FIGURA 53] Sala de xerox - Sala de expurgo - Fonte: Arquivo

[FIGURA 54] Sala de imunologia - Fonte: Arquivo Pessoal –

Nas instalações atuais foi criada uma sala de xerox de uso comum, que também serve de depósito para papeis timbrados de receitas e etc.

feitas análises laboratoriais que necessitam de vários equipamentos bastante atípicos, como microscópios invertidos, freezer de -70°C entre outros.

Pessoal – Mateus Caminha

A sala de imunologia é foi reformada e possui novos equipamentos e mobiliários, lá são

Mateus Caminha

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CAPÍTULO 02: REFERENCIAL PROJETUAL [FIGURA 55] Equipamentos de imunologia - Fonte: Arquivo Pessoal – Mateus Caminha

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[FIGURA 56] Corredor de acesso ao setor de diagnóstico -

[FIGURA 57] Auditório - Fonte: Arquivo Pessoal – Mateus

Fonte: Arquivo Pessoal – Mateus Caminha

Caminha

Os acessos no setor de diagnóstico, que foi reformado mais recentemente, é bem deficiente com as circulações, como é possível notar nesta foto a interferência de um pilar que aperta a passagem de pessoas.

O auditório foi criado para atender um dos requisitos de um centro de referência, fica localizado no setor administrativo e tem capacidade para 100 pessoas.

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CAPÍTULO 02: REFERENCIAL PROJETUAL [FIGURA 58] Sala de pesquisa / biblioteca - Fonte: Arquivo Pessoal – Mateus Caminha

A foto acima, e ao lado, correspondem respectivamente a sala de pesquisa e a sala dos residentes, localizadas também no setor administrativo, lá são desenvolvidas aplicações de atividades práticas para os residentes, bem como estudos e apresentações.

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[FIGURA 59] Sala de pesquisa / biblioteca - Fonte: Arquivo Pessoal – Mateus Caminha

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CAPÍTULO 03 TERRENO DE

INTERVENÇÃO



CAPÍTULO 02: REFERENCIAL PROJETUAL

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1. [LOCALIZAÇÃO DO TER- 2. [LESGILAÇÃO MUNICIRENO] PAL] O terreno proposto fica localizado no bairro Centro, em Fortaleza. Ele possui três frentes, mais precisamente suas ruas são: Rua Menton de Alencar, Rua Barão do Rio Branco e Rua Major Facundo. Em suas proximidades imediatas está o Instituto José Frota (IJF), e por ficar próximo de um grande hospital que já é consolidado e também é referência, existem vários comércios voltados para a área hospitalar nas proximidades.

A legislação vigente pela Prefeitura de Fortaleza, é o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU), que se aplica a localização do terreno escolhido, que é indicado pela macrozona ZOP1, porém substituído pela Zonas Especiais de Dinamização Urbanística e Socioeconômica, (ZEDUS), pois se enquadra dentro da subdelimitação, que dispõe a legislação básica de parcelamento, uso e ocupação do solo.

Atualmente a demarcação feita para a obtenção deste terreno, corresponde propriedades de duas empresas de estacionamentos privados, e duas pequenas edificações de uso misto. A proposta é de desapropriação deste espaço para o remembramento de um único lote, com aproximadamente 3.700 metros quadrados, onde será desenvolvida a proposta para o novo CDERM.

Segundo o PDDU de Fortaleza: O Título IV - Do Uso e da Ocupação do Solo, em seu Capitulo l - Das Disposições Preliminares dispõe que os usos e as atividades no Município são classificados em grupos e subgrupos, e são subdivididos em classes, de acordo com o porte, natureza e/ ou nível de incomodidade que geram ou produzem. Firma, ainda, que a adequação das atividades em todo o Município de Fortaleza se dará em função do zoneamento nas Zonas Especiais de Dinamização Urbanística e Socioeconômica (ZEDUS) Art. 8. As Zonas Especiais são áreas do território que exigem tratamento especial na definição de parâmetros reguladores de usos e ocupação do solo, sobrepondo-se ao zoneamento, ressalvadas

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CAPÍTULO 03: TERRENO DE INTERVENÇÃO as restrições estabelecidas em normas específicas, e classificam-se em: IV - Zonas Especiais de Dinamização Urbanística e Socioeconômica (ZEDUS) - são porções do território destinadas à implantação e/ou intensificação de atividades sociais e econômicas, com respeito à diversidade local, e visando ao atendimento do princípio da sustentabilidade. Art. 92. Admitem-se recuos com dimensões variadas, devendo respeitar as seguintes normas: I – nas Zonas Especiais de Dinamização Urbanística e Socioeconômica (ZEDUS) a edificação avance em área equivalente a até 20% da área delimitada pelo recuo decorrente da verticalização e sua divisa do lote correspondente. Art. 148. As normas de parcelamento, uso e ocupação do solo das Zonas da Macrozona de Proteção Ambiental prevalecem sobre as normas definidas para as Zonas Especiais de Dinamização Urbanística e Socioeconômica (ZEDUS). Art. 155. As edificações situadas na Zona Especial de Dinamização Urbanística e Socioeconômica (ZEDUS) Centro - Trecho 1 - estão sujeitas às seguintes restrições: I - para os lotes lindeiros às ruas e avenidas de sentido norte-sul, o pavimento térreo deverá ser recuado até liberar um passeio mínimo de 4,00m (quatro metros) e sem qualquer fechamento, inclusive na lateral;

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II - para os lotes lindeiros às ruas de sentido lesteoeste, o pavimento térreo deverá ser recuado até liberar um passeio mínimo de 3,00m (três metros) e sem qualquer fechamento, inclusive na lateral; III - para os lotes lindeiros às avenidas de sentido leste-oeste, o pavimento térreo deverá ser recuado até liberar um passeio mínimo de 4,00m (quatro metros) e sem qualquer fechamento, inclusive na lateral. Art. 156. A ocupação do Trecho 1 especificado no artigo anterior poderá utilizar-se dos seguintes incentivos: I - em terreno de esquina, a dispensa dos recuos de fundo, até o quarto pavimento; II - a dispensa dos recuos laterais até o quarto pavimento; III - o avanço em balanço, até o alinhamento, dos três primeiros pavimentos acima do térreo, desde que o nível do piso pronto do quarto pavimento não ultrapasse a cota dos 12,00m (doze metros) contados do nível médio do passeio por onde existe acesso. Art. 157. Acima do quarto pavimento, exceto para o Grupo de Uso Residencial, Subgrupo Residencial, os recuos são: frente - 6,00m (seis metros), para as vias de sentido norte/sul e avenidas de sentido norte/sul e leste/oeste; 3,00m (três m).


[FIGURA 60] Localização do prédio antigo

[FIGURA 61] Localização do prédio novo

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CAPÍTULO 03: TERRENO DE INTERVENÇÃO

3. [PROGRAMA DE NECESSIDADES]

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65


CAPÍTULO 03: TERRENO DE INTERVENÇÃO

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CAPÍTULO 04 O PROJETO


1. [MEMORIAL DESCRITIVO] O atendimento de saúde pressupõe também a busca por uma condição de equilíbrio físico/ mental, seja de maneira preventiva, ou através de tratamento corretivo. Desta maneira, um edifício que suporta as atividades previstas para um Centro de Dermatologia Sanitária deve garantir um ambiente com elevado grau de conforto térmico, acústico e visual, tanto aos profissionais quanto aos usuários, sejam eles pacientes, que na maioria das vezes passam boa parte do tempo nesses locais. Localizado em Fortaleza, próximo ao Instituto José Frota com três frentes, nas seguintes ruas: Barão do Rio Branco, Meton de Alencar e Major Facundo. O terreno do Centro de Dermatologia Sanitária é plano e localizado no bairro Centro, o que possibilita o acesso de todas as regiões de Fortaleza, por ser banhado de várias linhas de transporte coletivo. A criação de um Centro de Dermatologia Sanitária organizado em um edifício que uma boa relação entre as áreas internas com externas, proporcionando uma vista de toda sua parte paisagística em quase todos os ambientes. A estratégia projetual segue com dois edifícios

conjugados de 03 pavimentos mais o térreo, já no encontro desses dois blocos é adicionado mais um pavimento para criação do setor administrativo. A título de partido formal, foi tratada a forma curva a fim de quebrar a linearidade dos quarteirões próximos. A ideia principal era trazer para as ruas e proximidades um espaço livre com uma boa relação paisagística em harmonia com edifício destacando o novo, chamar a atenção com o edifício curvo para propiciar apropriação das áreas verdes, o que já é um potencial na região do Centro. O acesso a parte interna do edifício se dá por meio três entradas com elevadores tipo maca e escadas de emergência. O acesso principal é o de pacientes para atendimento ambulatorial, que é controlado por uma recepção e fica no térreo, o segundo acesso fica localizado no setor de serviço, lá é restrito a entrada e saída de funcionários e pacientes encaminhados diretamente ao centro cirúrgico, já no terceiro acesso fica restrito apenas a funcionários, lá está reservado para vestiários, controle de ponto, copa e estar de funcionários. Preservando o que já é realizado no atual Centro de Dermatologia Sanitária Dona Libânia, também foi ampliado em aproximadamente o dobro em possibilidade de atendimento, e cumprimento dos requisitos apontados na RDC 50, principalmente em relação ao lixo hospitalar, centro cirúrgico e central de materiais esterilizados, pois não são

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CAPÍTULO 04: O PROJETO seguidas essas orientações no atual Centro. Por se tratar de uma EAS (unidade de assistência à saúde), com centro cirúrgico, logo necessita de um controle rigoroso entre os fluxos, ajudando nos problemas de contaminação em uma área de muita fragilidade. O centro cirúrgico está situado em um dos blocos no último pavimento, com intuito de ajudar na diminuição de cruzamento de fluxos. Outro ponto importante foi a necessidade de espaço próximo para uma laje técnica, que será reservada no teto do centro cirúrgico, abaixo da coberta para suprir a necessidade de alguns equipamentos específicos como os de climatização controlada deste setor.

2. [CONCEITO E PARTIDO] Todo o projeto baseia-se na ideia de promover a reintegração social de cada paciente. Projetar um espaço que pudesse garantir o conforto e o bem-estar dos usuários, com o objetivo de a arquitetura fazer parte do processo tratamento. Além disso, trazer a comunidade e pedestres para o edifício evidencia a importância de uma inclusão inversa, onde há participação direta ou indireta. Uma das principais premissas do projeto é garantir aos pacientes o sentimento de pertencimento e acolhimento, para que eles sintam parte do espaço, assim como deve ser sentido como parte deles.

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Conceitualmente, o edifício está inserido em um local que favorece a chegada, devido sua centralidade e fácil acesso. Porém, o local é envolvido por uma alta densidade construtiva, trânsito e poluição sonora. Portanto o paisagismo contempla arvores de grande porte, que por sua vez ameniza esses efeitos de forma limpa. A proposta visa a integração entra as áreas internas (humanização funcional) e áreas externas (espaço urbano), preservando o contato do paciente com a natureza através da praça aberta no térreo proposta. A integração entre ambiente interno e externo ocorre por meio de pátios internos. Na ausência de uma paisagem exterior que colaborasse com a permanência dos pacientes, cria-se uma sequência de paisagem interior, com seus respectivos pátios, ora jardim, ora espelho d’água; de função contemplativa, paisagística e de controle térmico. A preservação da vegetação existente cria um microclima que favorece o conforto térmico, além de ser o cenário para a realização de atividades ao ar livre.


71


CAPÍTULO 04: O PROJETO

PROPOSTA 01:

PROCESSO CRIATIVO 72

Pontos positivos : – edifício com curvatura simples, melhor modulação Pontos negativos : – muita exposição ao poente - menor plasticidade formal


PROPOSTA 02: Pontos positivos : – Cria espaços e ré entranças propicias ao convivio Pontos negativos : – muita exposição ao poente - dificuldade em conjugar edifícios

PROCESSO CRIATIVO 73


CAPÍTULO 04: O PROJETO

PROPOSTA 03:

PROCESSO CRIATIVO 74

Pontos positivos : – integração otimizada entre os dois edifícios Pontos negativos : – muita exposição ao poente


PROPOSTA 04 (FINAL): Pontos positivos : – integração otimizada entre os dois edifícios - edifício conjugado melhorando a integração entre os setores - boa interação paisagística - menos áreas de fachada exposta ao poente - serviço não interfere no paisagismo - maior interação com o paisagismo

PROCESSO CRIATIVO 75


CAPÍTULO 04: O PROJETO

RUA MET ON DE

ALE NCA R

RUA

RUA MAJ OR F ACU NDO

BAR ÃO D O

RIO BRN ACO

EMBARQUE / DESEMBARQUE

SERVIÇO / CARGA E DESCARGA

PLANTA DE IMPLANTAÇÃO 76

ACESSO AO SUBSSOLO / ESTACIONAMENTO

3

012 3 4

5m


12 m²

12 m²

ESTACIONAMENTO 47 VAGAS

ESTACIONAMENTO 47 VAGAS

ENTRADA E SAÍDA DE VEÍCULOS

ENTRADA E SAÍDA DE VEÍCULOS

PLANTA DE SUBSOLO 3

0 1 2 3 4

5m

77 3

0 1 2 3 4

5m


CAPÍTULO 04: O PROJETO

EMBARQUE / DESEMBARQUE 17 m² 21 m² 28 m²

29 m² 23 m²

25 m²

12 m² 10 m² 7 m²

26 m²

29 m²

9 m² 9 m² 31 m²

SERVIÇO / CARGA E DESCARGA GASES ACESSO AO SUBSSOLO / ESTACIONAMENTO

Legenda Ambientes PLANTA ALMOXARIFADO ATENDIMENTO CANTINA

PAVIMENTO TÉRREO LIXO HOSPITALAR

OFICINA/ MANUTENÇÃO

CONTROLE DE PONTO

OFICINA/ PINTURA

COPA FUNC.

VESTIÁRIO FEMIN

COZINHA CANTINA

VESTIÁRIO MASC

DEPÓSITO

WC ACESSÍVEL

GASES

WC FEMININO

78

3

01 23 4

5m


EMBARQUE / DESEMBARQUE 17 m² 21 m² 28 m²

29 m² 23 m²

25 m²

12 m² 10 m² 7 m²

26 m²

29 m²

9 m² 9 m² 31 m²

SERVIÇO / CARGA E DESCARGA GASES ACESSO AO SUBSSOLO / ESTACIONAMENTO

Legenda Ambientes ALMOXARIFADO

LIXO HOSPITALAR

ATENDIMENTO CANTINA

OFICINA/ MANUTENÇÃO

CONTROLE DE PONTO

OFICINA/ PINTURA

COPA FUNC.

VESTIÁRIO FEMIN

COZINHA CANTINA

VESTIÁRIO MASC

DEPÓSITO

WC ACESSÍVEL

GASES

WC FEMININO

LIXO COMUM

WC MASCULINO

3

01 23 4

PERSPECTIVA PAVIMENTO TÉRREO 79

5m


CAPÍTULO 04: O PROJETO 16 m²

16 m²

16 m²

16 m² 14 m²

14 m² 11 m²

16 m²

18 m²

11 m² 13 m²

16 m² 14 m² 18 m²

13 13 m²

12 m²

18 m²

22 m²

11 m²

18 m²

24 m²

13 m²

20 m² 18 m²

20 m² 13 m²

19 m² 20 m²

18 m²

22 m²

20 m²

TOTEM RETIRA SENHA

20 m² 19 m²

19 m²

12 m²

20 m²

24 m²

12 m²

VAZIO

20 m² 20 m²

TOTEM RETIRA SENHA 12 m²

VAZIO

36 m² 74 m²

19 m²

19 m²

20 m²

18 m²

18 m²

19 m²

74 m²

19 m²

19 m²

20 m²

36 m² 74 m²

19 m²

19 m²

20 m²

18 m²

18 m²

19 m²

3

Legenda Ambientes

Legenda Ambientes

CONSULTÓRIO DST

SALA PARA FOTOTERAPIA 01

CONSULTÓRIO HANSENÍESE

SALA PARA FOTOTERAPIA 02

CONVIVÊNCIA FUNCINONÁRIOS

SALA PARA OUVIDORIA

DEPÓSITO

TOTEM RETIRA SENHA

Legenda Ambientes

PLANTA PRIMEIRO PAVIMENTO

CONSULTÓRIO DST SALA DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE

SALA FOTOTERAPIA 01 WCPARA ACESSÍVEL

CONSULTÓRIO HANSENÍESE SALA DE SERVIÇO SOCIAL

SALA FOTOTERAPIA 02 WCPARA FEMININO

CONVIVÊNCIA FUNCINONÁRIOS SALA DE TERAPIA OCUPACIONAL

SALA OUVIDORIA WCPARA MASCULINO

DEPÓSITO SALA PARA FOTODINÂMICA

TOTEM RETIRA SENHA

SALA DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE

WC ACESSÍVEL

80

SALA DE SERVIÇO SOCIAL

WC FEMININO

SALA DE TERAPIA OCUPACIONAL

WC MASCULINO

SALA PARA FOTODINÂMICA

3

0 1 2 3 4

0 1 2 3 4

5m

5m

CONSULTÓRIO DST

SALA PARA FOTOTERAPIA 01

CONSULTÓRIO HANSENÍESE

SALA PARA FOTOTERAPIA 02

CONVIVÊNCIA FUNCINONÁRIOS

SALA PARA OUVIDORIA

DEPÓSITO

TOTEM RETIRA SENHA

SALA DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE

WC ACESSÍVEL

SALA DE SERVIÇO SOCIAL

WC FEMININO

SALA DE TERAPIA OCUPACIONAL

WC MASCULINO

SALA PARA FOTODINÂMICA

18 m²

18 m²


PERSPECTIVA PRIMEIRO PAVIMENTO 81


CAPÍTULO 04: O PROJETO 17 m²

17 m² 15 m²

15 m²

14 m²

14 m²

14

14 m² 12 m²

17 m² 17 m²

15 m² 16 m²

17 m²

13 m²

17 m²

24 m²

14 m² 16 m²

17 m²

16 m² 13 m²

14 m²

16 m²

12 m² 16 m²

16 m²

17 m²

25 m²

13 m² 18 m² 13 m²

17 m²

24 m²

25 m²

16 m² 12 m²

16 m²

VAZIO

18 m²

12 m²

VAZIO

46 m² 22 m² 23 m²

47 m²

22 m²

47 m²

23 m²

46 m² 22 m² 23 m²

47 m²

47 m²

3

CONSULTÓRIO DE DERMATOLOGIA

WC FEMININO

DEPÓSITO

WC MASCULINO

Legenda Ambientes EXPURGO

PLANTA SEGUNDO PAVIMENTO

LABORATÓRIO DE HISTOPATOLOGIA

LABORATÓRIO DE IMUNOLOGIA CONSULTÓRIO DE DERMATOLOGIA

WC FEMININO

LABORATÓRIO DE MICOLOGIA DEPÓSITO

WC MASCULINO

WC ACESSÍVEL LABORATÓRIO DE HISTOPATOLOGIA

82

LABORATÓRIO DE IMUNOLOGIA LABORATÓRIO DE MICOLOGIA SALA DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE WC ACESSÍVEL

5m

Legenda Ambientes

Legenda Ambientes

SALA DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE EXPURGO

0 1 2 3 4

3 0 CONSULTÓRIO DE DERMATOLOGIA

1 2 3 4WC FEMININO 5 m

DEPÓSITO EXPURGO LABORATÓRIO DE HISTOPATOLOGIA LABORATÓRIO DE IMUNOLOGIA LABORATÓRIO DE MICOLOGIA SALA DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE WC ACESSÍVEL

WC MASCULINO

47 m²


PERSPECTIVA SEGUNDO PAVIMENTO 83


CAPÍTULO 04: O PROJETO

10 m²

17 m² 10 m²

18 m²

17 m² 18 m²

12 m² 13 m²

12 m² 13 m²

9 m²

16 m²

17 m²

9 m²

16 m²

17 m² 24 m²

17 m²

17 m²

17 m²

Não incluso

24 m²

17 m²

17 m²

17 m² 35 m²

35 m²

12 m²

12 m²

VAZIO 7 m²

7 m²

7 m²

7 m² 29 m²

21 m²

11 m²

11 m²

9 m²

11 m²

22 m²

12 m² 23 m²

23 m² 6 m²

17 m²

14 m²

7 m²

5 m² 5 m²

7 m² 7 m²

20 m²

19 m²

9 m²

21 m²

16 m²

23 m²

18 m²

6 m² 14 m²

7 m²

5 m² 5 m²

7 m² 7 m²

20 m²

16 m²

18 m²

19 m²

30 m²

30 m²

Legenda Ambientes

Legenda Ambientes

PLANTA TERCEIRO PAVIMENTO

84

11 m²

22 m²

12 m² 23 m²

17 m²

29 m²

3

0 1 2 3 4

5m

ADM/ ARQUIVO

ESTERILIZAÇÃO

SALA DE CIRURGIA 02

SALA DE SERVIÇO

BHO. VEST. BARREIRA F.

EXPURGO

SALA DE CIRURGIA 03

SALA DE UTILIDAD

BHO. VEST. BARREIRA M.

FARMÁCIA

SALA DE COLETA DE SANGUE

SALA PARA APLIC

COPA / ESTAR

GUARDA MACAS

SALA DE COLETA MICOLOGIA E ESCARRO

SALA PARA CURA

DEPÓSITO

MAT. ESTERELIZADOS

SALA DE FISIOTERAPIA 01

SALA SW FISIOTE

POSTO DE ENFERMAGEM

SALA DE INDUÇÃO ANESTÉZICA

WC ACESSÍVEL

PREPARO ANESTÉSICO

SALA DE PRESCRIÇÃO MÉDICA

WC FEMININO

SALA PARA APLICAÇÃO DE MEDICAMENTOS SALA ADMINISTRATIVA

SALA DE RECUPERAÇÃO

WC MASCULINO

SALA DE SERVIÇOS DE ENFERMAGEM 01

ADM/ ARQUIVO

ESTERILIZAÇÃO

SALA DE CIRURGIA 02

BHO. VEST. BARREIRA F.

EXPURGO

SALA DE CIRURGIA 03

BHO. VEST. BARREIRA M.

FARMÁCIA

SALA DE COLETA DE SANGUE

COPA / ESTAR

GUARDA MACAS

SALA DE COLETA MICOLOGIA E ESCARRO ESTAR MÉDICO

SALA PARA CURATIVOS SALA DE CIRUGIA 01

DEPÓSITO

MAT. ESTERELIZADOS

SALA DE FISIOTERAPIA 01

SALA SW FISIOTERAPIA 02

DISTRIBUIÇÃO

POSTO DE ENFERMAGEM

SALA DE INDUÇÃO ANESTÉZICA

WC ACESSÍVEL

DML

PREPARO ANESTÉSICO

SALA DE PRESCRIÇÃO MÉDICA

WC FEMININO

ESCOVAÇÃO

SALA ADMINISTRATIVA

SALA DE RECUPERAÇÃO

WC MASCULINO

ESTAR MÉDICO

SALA DE CIRUGIA 01

SALA DE SERVIÇOS DE ENFERMAGEM 01

DISTRIBUIÇÃO DML ESCOVAÇÃO

SALA DE SERVIÇOS DE ENFERMAGEM 02 SALA DE UTILIDADES


m² 9 m² 17 m² 24 m²

Não incluso

35 m²

12 m²

VAZIO

7 m² 7 m² 29 m²

21 m² 11 m²

6 m²

16 m²

18 m²

19 m²

0 m²

3

GIA 02

SALA DE SERVIÇOS DE ENFERMAGEM 02

GIA 03

SALA DE UTILIDADES

TA DE SANGUE

SALA PARA APLICAÇÃO DE MEDICAMENTOS

TA MICOLOGIA E ESCARRO

SALA PARA CURATIVOS

ERAPIA 01

SALA SW FISIOTERAPIA 02

ÃO ANESTÉZICA

WC ACESSÍVEL

CRIÇÃO MÉDICA

WC FEMININO

PERAÇÃO

WC MASCULINO

ÇOS DE ENFERMAGEM 01

0 1 2 3 4

5m

PERSPECTIVA TERCEIRO PAVIMENTO 85


CAPÍTULO 04: O PROJETO

24 m²

24 m²

24 m²

12 m²

12 m²

12 m²

24 m²

24 m² 330 m²

24 m²

VAZIO

VAZIO

330 m²

VAZIO

330 m²

3

Legenda Ambientes DEPÓSITO

Legenda Ambientes FOYER

PLANTA Legenda QUARTO Ambientes PAVIMENTO WC ACESSÍVEL WC FEMININO DEPÓSITO

WC MASCULINO FOYER

WC ACESSÍVEL

DEPÓSITO WC FEMININO FOYER WC MASCULINO

86

WC ACESSÍVEL WC FEMININO WC MASCULINO

0 1 2 3 4

5m

3 0 1 2 3 4 5m Legenda Ambientes DEPÓSITO FOYER 3 WC ACESSÍVEL WC FEMININO WC MASCULINO

0 1 2 3 4

5m


PERSPECTIVA QUARTO PAVIMENTO 87


CAPÍTULO 04: O PROJETO

24 m²

25 m²

92 m² 24 m²

25 m²

17 m²

12 m²

92 m²

13 m²

23 m²

17 m² 13 12 m² m² 6 m²

23 m²

12 m²

6 m² 12 m²

12 m² 6 m²23 m² 6 m²

12 m²

23 m²

6 m² 6 m² 6 m²

12 m²

12 m²

6 m²

3

COPA

SALA DE ENTREVISTA

PLANTA Legenda Ambientes QUINTO PAVIMENTO

WC ACESSÍVEL

DEPÓSITO

SALA DE PESQUISA / BIBLIOTECA

WC FEMININO

DIRETOR AUX.

SALA DE REUNIÕES

WC MASCULINO

DIRETOR GERAL

SALA DOS RESIDENTES

DIREÇÃO DST

SAME SALA DE ENTREVISTA

WC ACESSÍVEL

DIREÇÃO ENFERM

SETOR FINANCEIRO SALA DE PESQUISA / BIBLIOTECA

WC FEMININO

ELEVADOR TIPO MACA DIRETOR AUX.

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO / T.I SALA DE REUNIÕES

WC MASCULINO

DIRETOR GERAL

SALA DOS RESIDENTES

DIREÇÃO DST

SAME

DIREÇÃO ENFERM

SETOR FINANCEIRO

COPA

DEPÓSITO

88

5m

Legenda Ambientes

Legenda Ambientes COPA

0 1 2 3 4

SALA DE ENTREVISTA

WC ACE

DEPÓSITO

SALA DE PESQUISA / BIBLIOTECA

WC FEM

DIRETOR AUX.

SALA DE REUNIÕES

WC MAS

DIRETOR GERAL

SALA DOS RESIDENTES

DIREÇÃO DST

SAME

DIREÇÃO ENFERM

SETOR FINANCEIRO

ELEVADOR TIPO MACA

TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO / T.I

3

0 1 2 3 4

5m


PERSPECTIVA QUINTO PAVIMENTO 89


CAPÍTULO 04: O PROJETO

1 16 1 16

2

PLANTA DA COBERTA 90

16 2

3

012 3 4

5m

3

012 3 4

5m

16


PERSPECTIVA DA COBERTA 91


CAPÍTULO 04: O PROJETO

3

CORTE 01 92

0 1 2 3 4

5m


3

0 1 2 3 4

5m

3

0 1 2 3 4

5m

CORTE 02 93


CAPÍTULO 04: O PROJETO

CORTE ESTRUTURAL 94


PERSPECTIVA DA ESTRUTURA 95


CAPÍTULO 04: O PROJETO [FIGURA 62] Esquema da laje em steel deck

2. [MATERIAIS UTILIZADOS] O steel deck (figura 62) é uma forma laje utilizada há mais de 50 anos, o sistema de laje mista com forma colaborante tem se destacado em todo mundo pela praticidade e economia.

[FIGURA 63] Imagem da estrutura Vierendeel

A estrutura Vierendeel (figura 63) tem a característica de ter a altura de um pé-direito e, com isso, tem-se um pavimento estruturado, com a estrutura metálica. Esse tipo de sistema permite uma grande sustentação em vãos bi apoiados. As placas de ACM (figura 65) são criadas ao utilizar um núcleo de polietileno e um adesivo para unir duas placas de alumínio. Essa composição garante uma chapa leve e durável, mas ao mesmo tempo forte e resistente. Essas qualidades se devem ao núcleo termoplástico de pouca densidade e grande nível de qualidade. Estrutura espacial (figura 66) pode ser definida como um sistema estrutural em que não há subsistemas planos principais, definição apresentada pelo Prof. MAKOWSKI, um dos pioneiros nas pesquisas destas estruturas.

96

[FIGURA 64]


[FIGURA 65] Colocação de placas em ACM

97


CAPÍTULO 03: TERRENO DE INTERVENÇÃO

[FIGURA 66] Imagem da estrutura espacial.

98


99


100


PERSPECTIVA GERAL 101


102


PERSPECTIVA GERAL 103


104


PERSPECTIVA DA FACHADA 105


[BIBLIOGRAFIA WEBGRAFIA] <http://www.ilsl.br/perfil.htm>. Acesso em 15 de agosto de 2017. < http://www.saude.ce.gov.br/index.php/ boletins?download=813%3Ahanseniase- janeirode-2012.>. Acesso em 20 de agosto de 2017. < http://www.saude.ce.gov.br/index.php/ boletins?download=2555%3Aboletimepidemiologico-sifilis-27-de-julho-de-2016.>. Acesso em 20 de agosto de 2017. <http://www.cderm.ce.gov.br/#site>. Acesso em 24 de agosto de 2017. <http://www.sbp.com.br/fileadmin/user_ upload/2012/12/Fotoproteo-na-infancia-eadolescencia-para-o-pediatra-2015.pdf>. Acesso em 01 de setembro de 2017. < h t t p : // w w w . c l i n p r o s a u d e . c o m . b r / dermatologia>. Acesso em 01 de setembro de 2017. <http://www.sbd.org.br/dermatologia/sobre-adermatologia/o-que-e-dermatologia/>. Acesso em 01 de setembro de 2017. < h t t p : // a p p s . w h o . i n t / i r i s / bitstream/10665/208824/8/9789290225201-

106

Portuguese.pdf?ua=1>. Acesso em 28 de setembro de 2017. < h t t p s : // a g e n c i a . f i o c r u z . b r / hansen%C3%ADase>. Acesso em 28 de setembro de 2017. <Perén Montero, J. I. (2006). Ventilação e iluminação naturais na obra de João Filgueiras Lima, “Lelé”: estudo dos hospitais da rede Sarah Kubitscheck Fortaleza e Rio de Janeiro. São Carlos: Dissertação (Mestrado-Programa de PósGraduação em Arquitetura e Urbanismo. Área de Concentração: Tecnologia da Arquitetura e Urbanismo) – Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo.> <ABNT NBR 9050:2004 – Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos.> <Resolução –RDC nº50, de 21 de fevereiro de 2002 – ANVISA> < PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO URBANO DO MUNICÍPIO DE FORTALEZA 2017 - LEI DE PARCELAMENTO, USO E OCUPAÇÃO DO SOLO> <LEI COMPLEMENTAR N° 236, DE 11 DE AGOSTO DE 2017>


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