Nutrição Aplicada à Estética, 2ª edição | Ana Paula Pujol

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Ana Paula Pujol Nutricionista pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali), SC. Pós-graduada em Obesidade e Emagrecimento pela Faculdade Unyleya, RJ. Pós-graduada em Metodologia do Ensino Superior pela Faculdade Dom Bosco, PR. Pós-graduada em Nutrição e Qualidade de Vida pela Faculdade Dom Bosco, PR. Pós-graduada em Fitoterapia pela Faculdade Unyleya, RJ. Doutora em Educação pela Universidade Católica de Santa Fé, Argentina. Diretora de Ensino do Instituto Ana Paula Pujol, SC.

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Organi zadora


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Nutrição Aplicada à Estética, 2a edição Copyright © 2020 Editora Rubio Ltda. ISBN 978-85-8411-107-7 Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução desta obra, no todo ou em parte, sem autorização por escrito da Editora. Produção Equipe Rubio Editoração Eletrônica IO Design Capa Thaissa Fonseca

CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ N97 2. ed. Nutrição aplicada à estética / Ana Paula Pujol. – 2. ed. – Rio de Janeiro: Rubio, 2020. 568 p. ; 24cm. Inclui bibliografia e índice ISBN 978-85-8411-107-7 1. Nutrição. 2. Cuidados com a beleza. 3. Beleza física (Estética). I. Título. 19-60966

Editora Rubio Ltda. Av. Franklin Roosevelt, 194 s/l. 204 – Castelo 20021-120 – Rio de Janeiro – RJ Telefax: 55(21) 2262-3779 • 2262-1783 E-mail: rubio@rubio.com.br www.rubio.com.br Impresso no Brasil Printed in Brazil

CDD: 613.2 CDU: 613.2


Aline Corado Gomes Mestre em Nutrição e Saúde, área de concentração Intervenção Nutricional, pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Doutora em Ciências da Saúde, área de concentração Patologia, Clínica e Tratamento das Doenças Humanas, pela UFG. Pesquisadora do Laboratório de Avaliação em Nutrição Clínica e Esportiva (Labince) da UFG.

Aline Luzia Tonezer Pereira Pós-graduada em Observação e Análise do Movimento pela Universidade de Trás-osMontes e Alto Douro (UTAD), Portugal. Pós-graduada em Nutrição Funcional e Estética pelo Centro de Ciências Avançadas (CCA), SC. Mestre em Educação Física e Desporto pela UTAD. Graduada em Nutrição pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali), SC.

Ana Júlia von Borell du Vernay França Farmacêutica Industrial pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Pós-graduada em Tecnologia de Cosméticos pela Associação Brasileira de Cosmetologia (ABC). Mestre em Ciências Farmacêuticas pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali), SC.

Professora no Curso de Estética da Univali. Graduada em Farmácia Industrial pela UFPR.

Ana Raimunda Dâmaso Mestre em Educação Física pela Universidade de São Paulo (USP). Doutora em Nutrição pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Pós-doutora em Pediatria pela Unifesp. Orientadora permanente no Programa de Pós-graduação em Nutrição da Unifesp. Professora livre-docente em Obesidade Experimental e Clínica da Unifesp – Escola Paulista de Medicina (EPM). Mestre em Biodinâmica do Movimento Humano pela USP. Pesquisadora do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Pesquisadora Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Graduada em Educação Física pela Universidade do Estado de Goiás (UEG).

André Luiz da Silva Técnico em Cozinha pelo Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC). Pós-graduado em Nutrição Clínica Funcional pela Universidade Cruzeiro do Sul (Unicsul), SP. Graduado em Nutrição pela Universidade do Sul de Santa Catarina (UniSul).

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COLABORADORES


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Andréa Aragão Francelino

Deilys González

Pós-graduada em Nutrição Clínica Ortomolecular e Fitoterapia pela Fundação de Apoio e Pesquisa (Fapes/SP). Pós-graduada em Docência do Ensino Superior pelo Centro Universitário Cesmac, AL. Mestre em Ciências da Saúde pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal) em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), RJ. Coordenadora do Curso de Nutrição do Centro Universitário Cesmac. Graduada em Nutrição pela Ufal.

Pós-graduada em Nutrição Clínica e Estética pelo Instituto de Pesquisa, Ensino e Gestão em Saúde (IPGS), RS. Pós-graduada em Fisiologia do Exercício pela Universidade Católica de Brasília (UCB). Master e Trainer em Programação Neurolinguística Sistêmica pela NLP University, por intermédio da Sociedade Brasileira de Programação em Autoconhecimento e Comunicação (PACH). Certificação internacional em Precision Nutrition Coaching e em Wellness Coaching pela instituição Wellcoaches. Graduada em Nutrição pelo Centro de Ensino Unificado de Brasília (UniCeub).

Andrea Stingelin Forlenza Pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional pela Universidade Cruzeiro do Sul (Unicsul), SP. Pós-graduada em Fitoterapia Integrativa em Nutrição pela Faculdade do Meio Ambiente e Tecnologia de Negócios (Famatec). Pós-graduada em Farmácia Estética pelo Instituto Brasileiro de Eletroterapia e Cosmetologia (Ibeco). Farmacêutica-bioquímica formada pela Universidade de São Paulo (USP). Graduada em Nutrição pela Universidade Nove de Julho (Uninove), SP.

Cristhiane Tozzo Mestre em Nutrição pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Pós-graduada em Nutrição Clínica, Nutrição Funcional e Fitoterapia pela Universidade Cruzeiro do Sul (Unicsul), SP. Graduada em Nutrição pela Universidade do Sul de Santa Catarina (UniSul).

Danielle Cristina Seiva Pós-graduada em Gestão de Recursos Humanos pela Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (Fecap), SP. Graduada em Nutrição pela Universidade Anhembi Morumbi (UAM), SP. Graduada em Administração pela Universidade Nove de Julho (Uninove), SP.

Edilene Maria Queiroz Araújo PhD em Biotecnologia/Nutrigenética pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), BA/Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), RJ. Mestre em Alimento, Nutrição e Saúde pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Especialista em Nutrição Clínica pela Associação Brasileira de Nutrição (Asbran). Pós-graduada em Nutrição Funcional pela Universidade Cruzeiro do Sul (Unicsul), SP. Pós-graduada em Práticas Educacionais na Área de Saúde pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP). Professora Assistente e Coordenadora do Curso de Nutrição da Universidade do Estado da Bahia (Uneb). Professora do quadro permanente de Pósgraduação strictu sensu do programa Processos Interativos de Órgãos e Sistemas (PIOS) da UFBA. Coordenadora do Núcleo de Pesquisa e Extensão em Genômica Nutricional e Disfunções Metabólicas (Genut) da UNEB. Revisora da revista científica Journal of Diabetology. Graduada em Nutrição pela UNEB.


Emanuela Corrêa Luciani

Pós-graduado em Dermatologia pela Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre. Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). Sócio titular da SBD. Membro do Colégio Ibero-Latino-Americano de Dermatologia (Cilad). Felllow em Dermatologia pela Universidade de Miami, EUA – Departamento de Dermatologia e Cirurgia Cutânea. Professor de Dermatologia do Curso de Medicina da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), SC. Graduado em Dermatologia pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Bacharel em Fisioterapia pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali), SC. Especialista em Fisioterapia Dermatofuncional pelo Instituto Brasileiro de Terapias e Ensino (Ibrate) – Curitiba, PR. Mestranda em Cirúrgica Interdisciplinar, pela Disciplina de Vascular e Endovascular pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Aperfeiçoamento em Drenagem Linfática manual. Método Leduc. IBRETE. Aperfeiçoamento em Pré- e Pós-operatório de Cirurgia Plástica e Vascular pelo Instituto Fisiomar – Itajaí, SC. Formação em Zen Shiatsu pela Faculdade Inspirar – Curitiba, PR. Capacitação em Carboxiterapia Corporal e Facial pela Faculdade Inspirar – Curitiba, PR. Formação em Levées de Tension pelo Institut de Therapie Manuelle, Paris. Formação em Alavancas de Tensão Muscular/ Miotensivo pela Faculdade Inspirar – Balneário camboriú, SC. Especialista em tratamento físico do Edema pela Méthode Leduc. Ecole de Drainage Lynphatique Bruxelles, São Paulo. Terapia Manual para prevenção e tratamento de fibroses e aderências através da técnica de Liberação Tecidual Funcional - LTF. Mariane Altomare. São Paulo. Fasciaterapia Manual. Institut de Thérapie Manuelle Paris. Balneário Camboriú (2016). Dr. Vodder’s Manual Lymph Drainage. Basic Course. Dr. Vodder School International. São Paulo.

Eliane Tagliari Esteticista e Cosmetóloga pela Escuela de Cosmetologia de Buenos Aires, Argentina. Doutoranda em Clínica Cirúrgica pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Mestre em Biotecnologia na Área de Saúde pela Universidade Positivo (UP), PR. Pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional pelo Centro de Educação e Pesquisa Valéria Paschoal, da Universidade Cruzeiro do Sul (Unicsul), SP. Pós-graduada em Nutrição e Fitoterapia, ambas pelo Centro de Educação e Pesquisa Valéria Paschoal da Unicsul, SP. Pós-graduada em Estética Facial e Corporal pelo Comitê Internacional de Estética e Cosmetologia (Cidesco), Suíça. Graduada em Nutrição pela Universidade Tuiuti, do Paraná.

Flávia Campos Corgosinho Nutricionista e Doutora em Ciências da Saúde pelo programa de Pós-graduação em Nutrição da Universidade Federal de Goiás (UFG).

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Eduardo Figueiredo Pereira


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Flávia Cyfer Pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional, pela Universidade Cruzeiro do Sul (Unicsul), SP. Membro do Instituto Brasileiro de Nutrição Funcional (IBNF). Graduada em Nutrição pela Universidade Gama Filho (UGF), RJ.

Gabriela Dors Wilke Rocha Técnica em Administração pelo Colégio Politécnico da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), RS. Nutricionista na Área de Ensino do Instituto Ana Paula Pujol, SC. Pós-graduada em Nutrição Aplicada à Estética e em Nutrição Clínica, Funcional e Fitoterapia pela Faculdade Inspirar, PR. Pós-graduada em Nutrição Materno-infantil pela AVM Faculdade Integrada/W Pós. Pós-graduanda em Intolerâncias e Alergias Alimentares na Criança e no Adulto pela AVM Faculdade Integrada/W Pós. Graduada em Nutrição pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali), SC.

Joselaine Silva Stürmer Pós-graduada em Nutrição Clínica pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UniSinos), RS. Pós-graduanda em Gastronomia Autoral pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS). Mestre em Geriatria e Gerontologia pela PUC-RS. Graduada em Nutrição pela UniSinos.

Juliana Gonçalves Nutricionista do Centro Universitário Metodista Porto Alegrense (IPA). Doutora em Ciências da Saúde pelo Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul.

Mestre em Ciências da Saúde pelo Instituto de Cardiologia do Rio Grande do Sul. Especialista em Nutrição Aplicada à Estética pela Universidade Cândido Mendes, RJ. Especialista em Fitoterapia Clínica pelo Centro Integrado de Nutrição (CIN), SP.

Karina de Oliveira Carvalho Quelho Pós-graduada em Nutrição Clínica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Pós-graduada em Fitoterapia, Suplementação e Alimentos Funcionais pela Fundação Oswaldo Aranha – Centro Universitário de Volta Redonda (Unifoa), RJ. Coach Nutricional pelo Instituto Nutrition Coaching. Graduada em Nutrição pelo Centro Universitário de Barra Mansa (UBM), RJ.

Karla Cristina Nogueira Maciel Nutricionista pelo Centro Universitário São Camilo, SP. Pós-graduada em Nutrição Clínica pelo Centro Universitário São Camilo, SP. Pós-graduanda em Nutrição Ortomolecular pela Fundação de Apoio à Pesquisa e Estudo na Área da Saúde (Fapes), SP. Nutricionista Científica da E4 Agência Nutrição e Marketing, SP. Consultora Nutricional de Conteúdo do Instituto de Nutrição Roberta Lara, Itu, SP.

Lorene Simioni Yassin Especialista em Nutrição Funcional pela Universidade Cruzeiro do Sul (Unicsul), SP. Doutoranda em Ciência e Tecnologia de Alimentos pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), PR. Graduada em Nutrição pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR).


Mestre e doutora pela Universidade Federal da Bahia em Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas (PPgPIOS/UFBA). Pós-graduada em Nutrição Clínica em Obesidade e Estética pela UNEB. Pós-graduada em Nutrição e Fitoterapia pela Unyleya, GO. Pesquisadora do Núcleo de Pesquisa e Extensão em Genômica Nutricional e Disfunções Metabólicas (Genut). Graduada em Nutrição pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB).

Luisa Amábile Wolpe Simas Pós-graduada em Nutrição Clínica pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Mestre em Medicina Interna e Ciências da Saúde pela UFPR. Coordenadora do Centro Internacional de Aprimoramento e Pesquisas Científicas (CIABV), PR. Graduada em Nutrição pelas Faculdades Integradas “Espírita”, PR.

Luiz Fernando Moreira Farmacêutico Bioquímico da Universidade São Francisco (USF), SP. Mestrando em Ciências da Saúde na USF. Pós-graduado em Medicina Ortomolecular pela Universidade Cândido Mendes (UCAM), RJ. Pós-graduado em Gestão em Saúde pela UCAM, RJ.

Mariane Caroline Meurer Nutricionista na Área de Ensino do Instituto Ana Paula Pujol, SC. Pós-graduada em Nutrição Clínica, Funcional e Fitoterapia pela Faculdade Inspirar, PR. Mestre em Ciências Farmacêuticas pela Univali, SC. Doutoranda em Ciências Farmacêuticas pela Univali, SC.

Graduada em Nutrição pela Universidade do Vale do Itajaí (Univali), SC.

Najara Amaral Brandão Mestranda em Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Pós-graduada em Fitoterapia Clínica (CIN) e em Nutrição Clínica e Terapia Nutricional (Grupo de Apoio de Nutrição Enteral e Parenteral [Ganep]). Nutricionista Pesquisadora do Núcleo de Pesquisa e Extensão em Genômica Nutricional e Disfunções Metabólicas da UFBA.

Olívia Almeida Fernandes Pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional pela Universidade Cruzeiro do Sul (Unicsul), SP. Pós-graduada em Nutrição Estética pelo Instituto de Pesquisa, Ensino e Gestão em Saúde (IPGS), RS. Pós-graduada em Nutrição Esportiva pela Faculdade Gama Filho (FGF), SP. Pós-graduada em Fitoterapia pela Unicsul (VP Consultoria), SP. Pós-graduada em Nutrição Ortomolecular pelo Instituto Hi-Nutritition, Campinas, SP.

Patrícia Borges Botelho Mestre em Ciências dos Alimentos, Área de Nutrição Experimental, pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP). Doutora em Ciências dos Alimentos, Área de Nutrição Experimental, pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP. Professora-adjunta no Departamento de Nutrição da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília (UnB). Graduada em Nutrição pela Universidade Federal de Alfenas, MG.

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Luama Araújo dos Santos


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Radamés O. Coutinho de Lima

Rodrigo Otávio Chybior Granzoti

Mestre e Doutor em Processos Interativos dos Órgãos e Sistemas da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Pós-graduado em Nutrição Clínica em Obesidade e Estética pela UNEB. Pós-graduado em Fitoterapia pela Faculdade Unyleya, GO. Pesquisador e Coordenador Administrativo do Núcleo de Pesquisa e Extensão em Genômica Nutricional e Disfunções Metabólicas da UFBA. Graduado em Nutrição pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB).

Mestre em Biologia Animal pela Universidade Estadual Paulista (Unesp). Professor de Ciências, Biologia e Bioquímica no Instituto Internacional de Aprimoramento e Pesquisas Científicas (CIA-BV), PR. Acadêmico do Curso de Nutrição da Faculdade Paranaense (Fapar). Graduado em Biologia pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR). Graduado em Nutrição pela Faculdade Paranaense (Fapar), PR.

Roberta Soares Lara Residente em Nutrição Clínica pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo (HC-FMRP-USP). Mestre e Doutora em Investigação Biomédica, Área de concentração em Clínica Médica, da FMRP-USP. Pesquisadora colaboradora do Laboratório de Genômica Nutricional (Labgen) na Faculdade de Nutrição de Limeira, SP. Nutricionista-técnica responsável pelo Instituto de Nutrição Roberta Lara, Itu, SP. Graduada em Nutrição pela Universidade Sagrado Coração, Bauru, SP.

Romes João Ayub Filho Fellow em Cirurgia Geral pela University of Michigan, USA. Residência Médica em Cirurgia Geral pelo Hospital Municipal São José – Joinville, SC. Residência em Cirurgia Plástica pelo Hospital Universitário Evangélico de Curitiba, PR. Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). Membro da Internacional Society of Aesthetic Plastic Surgery (ISAPS). Graduado em Medicina pela Universidade Federal do Paraná (UFPR).


Dedico esta obra a todas as pessoas que buscam o cuidado nutricional e a estética em prol da saúde, da autoestima e do amor próprio.

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DEDICATÓRIA


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Às minhas filhas, Maria Eduarda e Anna Lara, por me escolherem como mãe e me guiarem nesta jornada de autoconhecimento e evolução espiritual. Ao meu amor, amigo de todas as horas e parceiro de vida, Djoni. Aos colaboradores nesta obra, autores de capítulos, pelo empenho e dedicação. A Deus, por tudo, porque tudo que Ele me dá é oferecido com o propósito do Bem. Às Dras. Fabiula Felisbino e Patricia da Silva Ferreira pela colaboração na revisão desta obra.

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AGRADECIMENTO


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É com grande alegria que contemplo esta 2a edição, apresentada pela autora Ana Paula Pujol, a quem muito estimo. Esta obra continua sendo inédita porque, além de atualização dos temas já abordados na 1a edição, nos presenteia com novos temas e novas descobertas em Nutrição e Estética. Observo frequentemente que muitos ainda alimentam a ideia errônea de separar a estética da saúde. Em geral, pessoas saudáveis que não observam os resultados estéticos no tratamento nutricional sofrem alterações psicoemocionais e cognitivas, e pessoas que transformam sua aparência mas não se preocupam em cuidar da saúde sofrem por charlatanismo e estão longe do princípio básico muito bem abordado neste livro. Ou seja, estética e saúde precisam caminhar juntas e a base principal para alcançá-las é, sem dúvida, a Nutrição. Durante anos, estudantes de Nutrição e nutricionistas baseavam todo o seu conhecimento nos livros de Dermatologia Estética, que continuam sendo muito preciosos. Mas fazia-se necessária uma coletânea de obras que abordassem em profundidade o tema, atualizadas, com foco especificamente na influência da Nutrição tanto na prevenção quanto no tratamento das desordens estéticas. Com seus anos de dedicação à Ciência da Nutrição, em particular à Estética, Ana Paula Pujol nos faz entender de maneira clara e simples a fisiologia da pele e de que maneira os alimentos, nutrientes, nutracêuticos, a carga glicêmica, entre outros, influem direta ou indiretamente em desordens

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PREFÁCIO DA SEGUNDA EDIÇÃO


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estéticas, tais como acne, hidrolipodistrofia ginoide e alopecia. Também demonstra a importância da Nutrição em prover fotoproteção e traz, em primeira mão, um enfoque nutrigenético como o assunto mais atualizado em Nutrição e Estética. Acrescentem-se, ainda, a influência da disbiose e os ensinamentos sobre como preveni-la. A Autora apresenta-nos alternativas não convencionais de tratamento e nos presenteia, no final da obra, com receitas maravilhosas, que tornam ainda mais saboroso o nosso estudo! A mim resta agradecer a oportunidade de participar novamente, agora da 2a edição, seja escrevendo este prefácio ou os capítulos sobre disbiose intestinal e sobre a relação entre Genética e Estética. Motivo de orgulho para os nutricionistas que atuam na área com seriedade e ética, este livro com certeza manterá o status de referência nacional e internacional.

Parabéns à Autora pela coragem, pela iniciativa, por esta nova edição e por estar sempre em busca da base científica para o estudo da Nutrição aplicada à Estética! Edilene Maria Queiroz Araújo PhD em Biotecnologia/Nutrigenética pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), BA/Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Professora Assistente e Coordenadora do Curso de Nutrição da Universidade do Estado da Bahia (Uneb). Professora do quadro permanente de Pós-graduação strictu sensu do programa Processos Interativos de Órgãos e Sistemas (Pios) da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Coordenadora do Núcleo de Pesquisa e Extensão em Genômica Nutricional e Disfunções Metabólicas (Genut) da Uneb. Especialista em Nutrição Clínica pela Associação Brasileira de Nutrição (Asbran).


É com grande alegria que contemplo esta obra inédita apresentada pela autora Ana Paula Pujol, a quem muito estimo. Inédita do ponto de vista do aprofundamento de um tema tão importante e tão discriminado, que é a Nutrição aplicada à Estética. Observo frequentemente que muitos ainda tem a ideia errônea de separar a estética da saúde. Pessoas saudáveis que não observam os resultados estéticos, em geral, sofrem alterações psicoemocionais e cognitivas e pessoas que transformam sua estética, mas não a cursam com saúde, sofrem charlatanismo e estão longe daquele princípio básico que aqui neste livro é muito bem abordado. Ou seja, estética e saúde precisam caminhar juntas e a base principal para alcançá-las é, sem dúvida, a Nutrição. Durante anos estudantes de nutrição e nutricionistas baseavam todo seu conhecimento nos livros de Dermatologia Estética, que continuam sendo muito preciosos. Mas fazia-se mister uma coletânea aprofundada sobre o tema, abordando especificamente a influência da Nutrição tanto na prevenção quanto no tratamento das enfermidades estéticas, muito bem abordados neste livro, o que o torna ainda melhor. Ana Paula Pujol com seus anos de dedicação à Ciência da Nutrição, em particular à Estética, nos faz entender de forma clara e simples a fisiologia da pele e como

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PREFÁCIO DA PRIMEIRA EDIÇÃO


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os alimentos, nutrientes, nutracêuticos, a carga glicêmica, entre outros, influenciam direta ou indiretamente as enfermidades estéticas, tais quais acne, hidrolipodistrofia ginoide, alopecia etc. Demonstra, em primeira mão, a nutrição na fotoproteção. Acrescente-se, ainda, a influência das disbioses, das intoxicações alimentares e como preveni-las. Apresenta-nos alternativas não convencionais de tratamento e nos presenteia no final com receitas maravilhosas para tornar nosso estudo muito mais saboroso! A mim só resta agradecer a oportunidade de participar de tão relevante obra, seja escrevendo este prefácio como também um sobre a disbiose Intestinal.

Este livro é um motivo de orgulho para os nutricionistas que atuam na área estética de maneira séria e ética, e com certeza será referência não só em nível nacional como internacional. Parabéns, Ana Paula Pujol, pela coragem, pela iniciativa e por estar sempre em busca da base científica para o estudo da Nutrição aplicada à Estética! Edilene Maria Queiroz Araújo Coordenadora do Centro de Estudos e Atendimento Dietoterápico (Cead). Coordenadora de Pós-graduação em Nutrição Clínica na Obesidade e Estética da Universidade do Estado da Bahia (Uneb).


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AH AHE AI ALA 5ALA APCs AQP AQP3 AR ASA Asbran ASC ATP AWT AX

percentual de gordura corporal androstenediona ácido araquidônico alopecia areata alopecia androgenética abdominal hormônio adrenocorticotrófico contagem de folículos antrais ácidos graxos de cadeia curta ácidos graxos essenciais produtos finais da glicação avançada (do inglês, advanced glycation end products) ácido hialurônico síntese de agentes de glicação ingestão adequada (do inglês, adequate intake) ácido alfa-linolênico ácido aminolevulínico células apresentadoras de antígenos (do inglês, antigen-presenting cells) aquaporinas aquaporina-3 amido resistente American Society of Anesthesiologists Associação Brasileira de Nutrição área sob a curva trifosfato de adenosina (do inglês, adenosine-triphosphate) acoustic wave therapy axilar média

BC BCP bFGF

bíceps peptídios de colágeno fator de crescimento antibásico de fibroblastos BIA análise de impedância bioelétrica (BIA) BPA composto bisfenol A BST somatotropina bovina (do inglês, bovine somatotropin) CD células dendríticas CEI células epiteliais intestinais CFN Conselho Federal de Nutricionistas CG carga glicêmica CH hidrolisado de colágeno CKK colecistoquinina (do inglês, cholecystokinine) COX-2 ciclo-oxigenases 2 CSS Escala de Gravidade de Celulite CX Coxa medial D densidade prevista do corpo (g/mL) DC densidade corporal DeCS Descritores em Ciências da Saúde DEM dose eritematosa minima DEXA absorciometria por dupla emissão de rádios X DGLA ácido di-homo-gama-linoleico DHA docosa-hexaenoico DHEA di-hidroepiandrosterona, DHEA-S sulfato de di-hidroepiandrosterona (do inglês, dehydroepiandrosterone sulfate) DHT di-hidrotestosterona

Co p y r i g h t©2020Ed i t o r aRu b i oL t d a .Pu j o l .Nu t r i ç ã oAp l i c a d aàEs t é t i c a ,2ªe d i ç ã o .Al g u ma sp á g i n a s ,n ã os e q u e n c i a i s ,ee mb a i x ar e s o l u ç ã o .

LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS


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DM2 diabetes melito tipo 2 DMO densidade mineral óssea DNA ácido desoxirribonucleico (do inglês, deoxyribonucleic acid) DOPA di-hidroxifenilalanina DRI ingestão diária recomendada (do inglês, dietary reference intake) DXA absorciometria por raios X de dupla energia ECA enzima conversora de angiotensina matriz extracelular ECM EGCG epigalocatequina galato fator de crescimento epidérmico EGF (do inglês, epidermal growth fator) esclerose lateral amiotrófica ELA EPA eicosapentaenoico FAO Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (do inglês, Food and Agriculture Organization) FAP Fator de ativação plaquetária FEG fibroedema geloide FMO-3 flavina 3 mono-oxigenase (do inglês, flavin-containing monooxygenase 3) FNH fator de hidratação natural FOS fruto-oligossacarídeos Fox01 forkhead box protein 01 FPHL padrão de calvície feminina FPS Fatores de proteção solar FSH hormônio foliculoestimulante GAG glicosaminoglicanos GALT tecido linfoide associado ao intestino (do inglês, gut-associated lymphoid tissue) gordura corporal relativa GCR GH hormônio do crescimento (do inglês, growth hormone) LA ácido linoleico GLA ácido gama linolênico (do inglês, gamma-linolenic acid) GLP-1 peptídio semelhante ao glucacon-1 (do inglês, glucagon-like peptide-1) GLUT-4 transportador de glicose (do inglês, glucose transporter 4) GOS galacto-oligossacarídeos

GST glutationa S-transferase GULO L-gulono-lactona oxidase GUTS Growing Up Today Study sintase do ácido hialurônico HAS1 HAS2 hialuronano sintetase 2 HbA1c hemoglobina glicada HCl ácido clorídrico HIF-1 fator-1 indutível HIV vírus de imunodeficiência humana (do inglês, human immunodeficiency virus) HOMA2-IR índice de modelo de avaliação homeostática – 2 – resistência à insulina (do inglês, homeostatic model assesment indexes – 2 – insulin resistance) HSL enzima lipase sensível ao hormônio (do inglês, hormone sensible lipase) Hyp-Gly hidroxiprolil-glicina IB impedância bioelétrica IBNF Instituto Brasileiro de Nutrição Clínica Funcional ICAM-I molécula de adesão intercelular I (do inglês, inter-cellular adhesion molecule I) água intracellular ICW IFM Institute for Functional Medicine IFN-gama interferona gama IG índice glicêmico IgA imunoglobulina A imunoglobulina E IgE IGF fator de crescimento semelhante à insulina IGF-1 fator de crescimento semelhante à insulina tipo 1 (do inglês, insulin-like growth fator 1) IGFBP fator de crescimento semelhante à insulina no transportador proteico (do inglês, insulin-like growth factor bunding protein). IgG imunoglobulina G IL-1 beta interleucina 1 beta IL-10 interleucina 10 IL-2R receptor de interleucina 2 IL-4 interleucina 4


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IL-6 interleucina 6 índice de massa corporal IMC IMD imunomoduladoras IR resistência à insulina (do inglês, insulin resistance) IRS-1 receptor de insulina 1 (do inglês, insulin receptor substrate 1) janus quinase JAK LDL lipoproteína de baixa densidade (do inglês, low density lipoprotein) hormônio luteinizante LH Log10 logaritmo do total das 4 dobras cutâneas (mm) lipoproteína lipase LPL LPS lipopolissacarídeos Lactobacillus rhamnosus SP1 LSP1 ácido metil aminolevulínico MAL MAPK proteína quinase ativada por mitogênio MCM massa corporal magra MCT massa corporal total matriz extracelular MEC MGC massa gorda corporal Medicina Laboratorial ML massa livre de gordura MLG MMP metaloproteinases de matriz MUFA monoinsaturados NAC N-acetilcisteína NAT N-acetiltransferases Nordic Council of Ministers NCM NEP encefalinase NF-kB fator nuclear kappa B NIH National Institutes of Health NK destruidoras naturais (do inglês, natural killers) NMF fatores de hidratação natural da pele (do inglês, natural moisturizing factors) Nrf2 fator de transcrição do fator nuclear 2 OCJ suco de chokeberry orgânico OMS Organização Mundial da Saúde ON óxido nítrico P prolactina PA panturrilha medial

PAAE Protocolo de Avaliação Antropométrica em Estética PCA ácido pirrolidona carboxílico PC-R proteína C-reativa PCR reação em cadeia de polimerase (do inglês, polymerase chain reaction) PDGF fator de crescimento derivado de plaquetas (do inglês, platelet- derived growth fator) PGD2 prostaglandina D2 prostaglandina E2 PGE2 PGF2-alfa prostaglandina F2 alfa PGI2 prostaciclina ou prostaglandina I2 PH pesagem hidrostática potencial hidrogeniônico pH PI3K receptor de insulina cinase POP poluentes orgânicos persistentes PPM micro-organismos potencialmente patogênicos (do inglês, potential pathogenic microorganisms) PPY peptídio Y Pro-Hyp prolil-hidroxiprolina PRR receptores de reconhecimento padrão PT peitoral ácidos graxos poli-insaturados PUFA (do inglês, polyunsaturated fatty acid) QUICKI índice quantitativo de verificação de sensibilidade à insulina (do inglês, quantitative insulin sensitivity check index), RDA ingestão dietética recomendada (do inglês, recommended dietary allowance) RF radiofrequência RG resposta glicêmica resistência à insulina RI RM ressonância magnética RNA ácido ribonucleico (do inglês, ribonucleic acid) RNS espécies reativas de nitrogênio ROs radicais livres ROS espécies reativas de oxigênio (do inglês, reactive oxygen species) RT retinoides tópicos SBCP Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica SBPC Sociedade Brasileira de Patologia Clínica


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SCR Scientific Review Committee SE subescapular SFN sulforafano SHBG globulina ligadora dos hormônios sexuais (do inglês, sex hormone binding globulin) SI supra-ilíaca. SOD superóxido dismutase SOD-1 superóxido dismutase citosólica SOP síndrome de ovários policísticos SOPC síndrome de ovários micropolicísticos SPT teste cutâneo de puntura STAT ativação da transcrição T testosterona tecido adiposo visceral TAV TBW total de água corporal TC tomografia computadorizada TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido TEWL perda transepidérmica de água TGF-beta fator de crescimento transformador beta (do inglês, transforming growth factor beta) TGI trato gastrointestinal Th1 T helper 1

Th2 T helper 2 TL testosterona livre TLR receptores do tipo Toll (do inglês, Toll-like receptors TMA trimetilamina TMAO N-óxido de trimetilamina (do inglês, trimethylamine N-oxide) TNF-alfa fator alfa de necrose tumoral (do inglês, tumor necrosis factor alpha) TP tioprolina TR tríceps TW total de água corporal TXA tromboxano A TXA2 tromboxano A2 limites máximos de ingestão (do inglês, UL tolerable upper intake level) UV ultravioleta UVA raios ultravioleta A UVB raios ultravioleta B valor energético da dieta VET VPP valores preditivos positivos WHO Organização Mundial da Saúde (do inglês, World Health Organization) XC reatância


Parte I — Introdução, 1

Envelhecimento Cutâneo, 55

Capítulo 1 Nutrição em Estética e o Mercado de Trabalho, 3 Ana Paula Pujol

Capítulo 2

Capítulo 5

Luiz Fernando Moreira

Capítulo 6

Hidratação Cutânea, 71

Moda e Estética, 9 Ana Júlia von Borell du Vernay França

Parte II — Entenda os Principais “Desequilíbrios Estéticos”, 21

Ana Paula Pujol Luisa Amábile Wolpe Simas

Capítulo 7

Acne, 85 Ana Paula Pujol Flávia Cyfer Eduardo Figueiredo Pereira

Capítulo 3

Capítulo 8

Inflamação Crônica e Desordens Estéticas, 23

Fibroedema Geloide, 113

Deilys González

Eliane Tagliari

Ana Paula Pujol

Ana Paula Pujol

Capítulo 9 Capítulo 4

Nutrição Capilar e Alopecia, 131

Anatomia, Fisiologia e Bioquímica da Pele, 39

Ana Paula Pujol

Rodrigo Otávio Chybior Granzoti

Luisa Amábile Wolpe Simas

Juliana Gonçalves

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SUMÁRIO


Co p y r i g h t©2020Ed i t o r aRu b i oL t d a .Pu j o l .Nu t r i ç ã oAp l i c a d aàEs t é t i c a ,2ªe d i ç ã o .Al g u ma sp á g i n a s ,n ã os e q u e n c i a i s ,ee mb a i x ar e s o l u ç ã o .

Capítulo 10 Destoxificação, 157 Cristhiane Tozzo Lorene Simioni Yassin

Parte IV — Tratamento Clínico, Cirúrgico e Nutricional, 289 Capítulo 16 Cirurgias Plásticas Estéticas, 291

Capítulo 11 Disbiose Intestinal, 173

Emanuela Corrêa Luciani Romes João Ayub Filho

Edilene Maria Queiroz Araújo

Capítulo 17

Capítulo 12

Nutrição no Pré- e no Pós-operatório de Cirurgia Plástica Estética, 301

Índice e Carga Glicêmicos, 193

Ana Paula Pujol

Ana Paula Pujol Aline Luzia Tonezer Pereira

Capítulo 18

Danielle Cristina Seiva

Nutrientes no Envelhecimento Cutâneo, 329

Capítulo 13

Ana Paula Pujol Eliane Tagliari Deilys González

Índice Glicêmico em Estética, 217 Ana Paula Pujol Flávia Cyfer

Parte III — Avaliação Nutricional, 225

Capítulo 19 Produtos Finais da Glicação Avançada e Envelhecimento Cutâneo, 345 Andréa Aragão Francelino Ana Paula Pujol

Capítulo 14

Capítulo 20

Avaliação da Composição Corporal, 227

Fotoproteção Oral, 353

Ana Paula Pujol

Karina de Oliveira Carvalho Quelho

Gabriela Dors Wilke Rocha

Capítulo 15 Avaliação Bioquímica em Estética, 269 Ana Paula Pujol Roberta Soares Lara Karla Cristina Nogueira Maciel

Ana Paula Pujol

Capítulo 21 Conduta Nutricional no Tratamento da Obesidade, 381 Flávia Campos Corgosinho Patrícia Borges Botelho Aline Corado Gomes Ana Raimunda Dâmaso


Capítulo 24

Suplementos e Fitoterápicos em Estética, 403

Nutrição nos Tratamentos Estéticos Não Invasivos, 495

Ana Paula Pujol

Andrea Stingelin Forlenza

Juliana Gonçalves Mariane Caroline Meurer

Capítulo 23 Receitas Funcionais em Estética Facial e Corporal, 473 André Luiz da Silva

Capítulo 25 Genômica Nutricional nas Alterações Estéticos, 519 Edilene Maria Queiroz Araújo Radamés O. Coutinho de Lima Najara Amaral Brandão Luama Araújo dos Santos

Olivia Almeida Fernandes Joselaine Silva Stürmer

Ìndice, 535

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Capítulo 22


Co p y r i g h t©2020Ed i t o r aRu b i oL t d a .Pu j o l .Nu t r i ç ã oAp l i c a d aàEs t é t i c a ,2ªe d i ç ã o .Al g u ma sp á g i n a s ,n ã os e q u e n c i a i s ,ee mb a i x ar e s o l u ç ã o .


INTRODUÇÃO

Capítulo 1

Nutrição em Estética e o Mercado de Trabalho, 3

Capítulo 2

Moda e Estética, 9

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Parte I


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1

Ana Paula Pujol

INTRODUÇÃO A preocupação com a boa forma e a beleza acompanha a humanidade desde os primórdios, e atinge os diferentes gêneros, faixas etárias e classes sociais. A cada época é proposto um estereótipo diferente; na primeira década do século XXI, o padrão de beleza típico do brasileiro era de um corpo magro e com curvas, tal como o exemplo das modelos internacionais, e atualmente há mulheres que preferem um corpo magro musculoso a uma figura apenas magra.1,2 Nessa linha de opções, a demanda por tratamentos estéticos, em diversos procedimentos, já apresenta grande elevação, fazendo com que a estética possa ser configurada como importante base da sociedade moderna. A associação entre corpo e prestígio tornou-se um elemento fundamental da cultura brasileira, e a busca por um modelo ideal de beleza nunca foi tão estimulada e valorizada. Prova disso é a classificação do Brasil em segundo lugar no ranking da International Society of Aesthetic Plastic Surgery (ISAPS), ficando atrás apenas dos EUA em procedimentos estéticos e cirurgia plástica.3 O site da ISAPS (2017) traz dados atualizados, segundo os quais 87,2% do público de cirurgias plásticas são compostos por mulheres, sendo as cirurgias mais realizadas a lipoaspiração e a colocação de prótese mamária; o número de cirurgias plásticas em homens subiu de 72 mil para 276 mil por ano, e o procedimento mais procurado é redução de mamas; entre os jovens (13 a 19 anos de idade) ocorreu um aumento de 56,6% entre 2009 e 2014.

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NUTRIÇÃO EM ESTÉTICA E O MERCADO DE TRABALHO


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4

Nutrição Aplicada à Estética

Na indústria de higiene pessoal, a utilização de perfumaria e cosmético não é diferente, especialmente por apresentar um crescimento médio próximo de 11,4% nos últimos 20 anos, tendo passado de um faturamento de 4,9 bilhões de reais em 1996 para 42,6 bilhões de reais em 2015.4 No quesito nutrição, 54% dos brasileiros consomem algum tipo de suplemento alimentar, e desses, 45% são voltados para fins estéticos.5 A exigência massiva pela adoção de um padrão de beleza pode ocasionar, nos indivíduos, uma visão não condizente com seu estado de saúde, uma distorção da percepção de sua imagem corporal, e trazer à tona sentimentos de insatisfação com o próprio corpo.6 Além disso, a imposição do corpo perfeito como ideal não respeita os diversos biotipos existentes e pode influir no comportamento das pessoas, levando-as a seguir dietas restritivas, fazer uso constante de laxantes, praticar jejum prolongado e excesso de atividade física,7 atitudes que podem favorecer o desenvolvimento de transtornos alimentares.

ATUAÇÃO DO NUTRICIONISTA NO CAMPO DA ESTÉTICA No Brasil, a formação do profissional nutricionista teve início em 1939, na Faculdade de Saúde Pública em São Paulo, e manteve-se restrita até a década de 1970, com apenas sete cursos em todo o País. Em 2016 o cenário mudou, e 456 cursos já estavam disponíveis no Brasil; com esse aumento no número de cursos de graduação em Nutrição, anualmente lançam-se no mercado de trabalho cerca de 12.313 profissionais.8 Com relação ao total de profissionais no mercado, os últimos dados divulgados pelo Conselho Federal de Nutricionistas (CFN)

mostram a existência de 137.267 profissionais atuantes em todo o País.9 No que se refere ao campo de atuação dos nutricionistas, a Nutrição Clínica é a segunda maior escolha dos profissionais (30,4%) ficando atrás somente de Alimentação Coletiva (30,8%). Além disso, as possibilidades de atuação do nutricionista estético têm se ampliado de modo considerável nos últimos anos, e esse profissional vem conquistando espaço e cada vez mais se inserindo em setores e serviços diferenciados. O contínuo e crescente reconhecimento da Nutrição como ciência, associado ao número de profissionais lançados no mercado de trabalho, tende a desenvolver neles a escolha de uma linha de pesquisa, aperfeiçoamento e área de atuação específica. Citamos como exemplos a Nutrição relacionada com a Cardiologia, a Nefrologia, a Oncologia, a prática esportiva, entre outras, e, mais recentemente, conforme a demanda do mercado, Nutrição aplicada à Estética. O profissional nutricionista, portanto, não pode se manter alheio ao conhecimento produzido e às novas possibilidades de produção de pesquisa; tampouco pode se alienar das necessidades manifestadas pela sociedade em busca de conhecimentos científicos que abranjam a Nutrição e a Estética. A Nutrição Estética é um novo campo no cenário da saúde, voltado para a implementação de um cuidado nutricional que, além dos requisitos fundamentais da dietética e da dietoterapia aplicados à prevenção ou ao tratamento de doenças crônicas não transmissíveis, atenda também às “necessidades estéticas” dos pacientes.10,11 A aquisição de conhecimento a partir do empirismo e da intuição foi substituída pela pesquisa científica e pela racionalidade, e, no cenário atual, por uma explosão de informação em recursos midiáticos, especialmente


ENTENDA OS PRINCIPAIS “DESEQUILÍBRIOS ESTÉTICOS”

Capítulo 3 Inflamação Crônica e Desordens Estéticas, 23

Capítulo 4 Anatomia, Fisiologia e Bioquímica da Pele, 39

Capítulo 5 Envelhecimento Cutâneo, 55

Capítulo 6 Hidratação Cutânea, 71

Capítulo 7 Acne, 85

Capítulo 8 Fibroedema Geloide, 113

Capítulo 9 Nutrição Capilar e Alopecia, 131

Capítulo 10 Destoxificação, 157

Capítulo 11 Disbiose Intestinal, 173

Capítulo 12 Índice e Carga Glicêmicos, 193

Capítulo 13 Índice Glicêmico em Estética, 217

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Parte II


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11

Edilene Maria Queiroz Araújo*

INTRODUÇÃO Desde 400 anos a.C., Hipócrates já relacionava doenças ao mau funcionamento do trato gastrintestinal (TGI), afirmando que “a má digestão é a causa de todo mal”. Mas foi no século XIX, com Ilya Mechnikov, autor da célebre frase “A morte começa no cólon”, que se propôs a teoria da “toxemia intestinal”, a qual, segundo este cientista russo, era causada por excesso de ingestão alimentar ou maus hábitos alimentares. Anos mais tarde, ele isolou o Lactobacillus bulgaricus e utilizou-o em enemas retais de portadores de doenças renais e hepáticas, com grande sucesso no tratamento.1 Em 2008, Galland & Lafferty (2008)2 trouxeram à tona esses conhecimentos e afirmaram que: Disbiose é um estado em que microrganismos de baixa virulência se tornam patogênicos em virtude do desequilíbrio quantitativo e qualitativo que está instalado, afetando negativamente a saúde do ser humano.

A disbiose intestinal é então definida como um estado de mudanças na qualidade e na quantidade da microbiota intestinal, na sua atividade metabólica e no seu local de distribuição, ou seja, aumento das bactérias patogênicas, em detrimento de bactérias benéficas.3 Esse desequilíbrio na microbiota altera a mucosa intestinal, provocando aumento *Agradecimentos a: Universidade do Estado da Bahia (Uneb); Núcleo de Pesquisa e Extensão em Genômica Nutricional e Disfunções Metabólicas (Genut)/ Uneb; às bolsistas de iniciação científica: Débora Meira e Carol Ferraz; e às alunas de Nutrição: Luciana Santos, Patrícia Anjos e Bruna Fernandes; aos nutricionistas: Radamés Coutinho e Luama Santos.

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DISBIOSE INTESTINAL


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174

Nutrição Aplicada à Estética

da permeabilidade a açúcares intactos e diminuição da seletividade na absorção de outras substâncias, como toxinas, bactérias, proteínas ou peptídios não digeridos que ativam o sistema imunológico.1 A disbiose intestinal e/ou o aumento da sua permeabilidade podem causar alterações estéticas e dermatológicas, tais como dermatite, acne e alopecia, e outros4-6 aspectos que serão abordados adiante.

DEFESA INTESTINAL O TGI é um dos sistemas que fazem interface do meio ambiente com o corpo humano. Por seus 9m, aproximadamente, passam toneladas de alimentos em toda uma vida. Junto com os alimentos também passam diversos microrganismos que estimulam a saúde ou a doença – ou seja, o epitélio intestinal é constantemente exposto a altos níveis de alimentos e antígenos bacterianos. Em condições fisiológicas normais, a monocamada epitelial do intestino facilita um fluxo de componentes controlado e seletivo entre o lúmen e a submucosa.7 Por causa disso, desenvolveu-se no intestino um aparato de defesa imunológica, conhecido como sistema imunológico intestinal, que é o tecido linfoide associado ao intestino (GALT, do inglês gut-associated lymphoid tissue). Tem por função proteger o corpo contra antígenos e patógenos estranhos, enquanto tolera bactérias comensais e antígenos dietéticos. O GALT é subdividido em tecido organizado, indutor da resposta imunológica (placas de Peyer e gânglios linfáticos mesentéricos) e tecido difuso, efetor da resposta imunológica (linfócitos intraepiteliais e linfócitos da lâmina própria). Este sistema está separado por uma única camada celular, a monocamada já citada, e por um pouco de muco da microbiota bacteriana, altamente imunogênica e potencialmente imunoestimulatória.2

Além do GALT, o TGI apresenta outros mecanismos de defesa, que são: imunoglobulina A (IgA), ácido clorídrico (HCl), barreira mucosa e microbiota intestinal. Normalmente estes mecanismos estão ajustados, ou seja, em eubiose. Um desequilíbrio na microbiota, no entanto, pode gerar alteração nesses mecanismos de defesa ou ser consequência dessa desregulação, atuando como causador ou coadjuvante na etiologia de diversas enfermidades e condições inflamatórias.8,9 Esse equilíbrio entre tolerância e imunidade no intestino é, em parte, ditado pelas populações de células apresentadoras de antígenos (APC; do inglês, antigen-presenting cells) no intestino. Assim, a resposta inflamatória no trato intestinal é revogada ou evitada pelos mecanismos indutores de tolerância, complexos e bem regulados no GALT.7 Várias células que são capazes de apresentação de antígenos existem no GALT, incluindo enterócitos e outras células epiteliais intestinais (CEI), como células M, células dendríticas (CD), macrófagos e células T e B. As bactérias ativam as CD diretamente através dos receptores de reconhecimento padrão (PRR) dos CD ou, indiretamente, capturando os produtos apoptóticos ou necróticos de outras células que estão morrendo em resposta à exposição a micróbios.7 Os PRR são compostos por receptores do tipo Toll (TLR; do inglês, Toll-like receptors), receptores tipo NOD (NLR; do inglês, NOD-like receptors), moléculas de adesão e lectinas.3 As bactérias e probióticos podem interagir com essas células, exercendo, assim, seus efeitos imunomoduladores (Figura 11.1). Inicialmente, as APC interagem com os antígenos e/ou probióticos para identificar o microrganismo e, em seguida, encaminhá-lo para a resposta adequada. As CD, que constituem um tipo de APC, levam seus dendritos até o lúmen intestinal pelas junções apertadas (TJ; do inglês, tight junctions) para capturar microrganismos. Estes se ligam às células M, são


1

2

Reconhecimento e captação dos microrganismos

Diferenciação de bactérias patogênicas e benéficas

Bactéria comensal

Apresentação dos microrganismos às células imunes

PRR Célula dendrítica MAMP

CD Célula dendrítica

5

Ativação dos linfócitos e secreção de citocinas

Homeostase: tolerância e memória imunológica

Citocinas:

Linfócito T naïve Célula dendrítica

Célula epitelial

TLR5

4

3

Linfócito Th1 Linfócito T naïve ativado no Antíge

Linfócito T naïve

Pr

Bactéria

Bactéria comensal

IL-2, IFN-gama Linfócito Treg

Probiót ico eb

iót ico

Pró-inflamatórias

Regulatórias IL-10, TGF-beta

Linfócito Th2

Anti-inflamatórias Macrófago

Cél. M

Macrófago

Inatividade funcional pela presença de autoantígeno

IL-4, IL-5

PRR

Morte celular programada pela presença de autoantígeno

Linfócito B Bactéria Anticorpos

MAMP Macrófago

Figura 11.1

n

IgA, IgG

Linfócito B ativado

Células de memória sobreviventes após resposta inflamatória

Resposta imunológica no ambiente intestinal

CD: célula dendrítica; IFN-gama: interferona gama; IgA; imunoglobulina A; IgG: imunoglobulina G; IL: interleucina; MAMP: padrão molecular associado a microrganismo; PRR: receptores de reconhecimento padrão; TLR5: receptores do tipo Toll 5.

transportados para sua membrana basolateral e apresentados aos macrófagos, outro tipo de APC. Tanto as CD quanto os macrófagos possuem os PRR (principais TLR e NOD), que reconhecem os padrões moleculares associados a microrganismos (MAMP), presentes na superfície dos microrganismos. Nas bactérias probióticas encontram-se o ácido lipoteicoico, o peptidoglicano e proteína da camada S (do inglês, S-layer protein); e, nas bactérias patogênicas, principalmente lipopolissacarídeo (LPS).10 Posteriormente, os antígenos são apresentados aos linfócitos T naïve (Th0), responsáveis por ativar as respostas imunológicas adaptativa ou de mecanismos de tolerância. Se houver antígenos, ocorre ativação de linfócitos Th1, desencadeando respostas inflamatórias, mediadas por interleucina (IL)-2, interferona gama (IFNgama); se houver probióticos ou prebióticos, ocorrerá ativação de linfócitos Th2 e T reg, que desencadeiam respostas anti-inflamatória e regulatória, respectivamente, mediadas por IL-4, IL-5, IL-10, fator transformador do crescimento beta (TGF-beta) e outros. A partir da resposta

inflamatória e do combate aos antígenos, há retorno à homeostasia, desenvolvendo-se tolerância ou memória imunológica.7,10 A mucosa intestinal é exposta, portanto, a bactérias patogênicas e seus produtos: endotoxinas, fenóis, amônia e indóis que modificam o tamanho das criptas e podem causar, entre outras alterações inflamatórias, a disbiose intestinal.3,8,11,12

MICROBIOTA INTESTINAL A microbiota acumula mais de 100 trilhões de microrganismos (1014), o que equivale a 10 vezes o número de células que compõem uma pessoa adulta, um verdadeiro ecossistema. Em cada região do TGI encontram-se os microrganismos específicos e em quantidades peculiares (Tabela 11.1).2 Alguns são chamados de autóctones ou residentes, pois se ligam a locais de adesão na mucosa intestinal, colonizando o TGI. Outros são os alóctones ou resilientes, externos ao ecossistema intestinal, sem capacidade de aderir à mucosa.2

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Disbiose Intestinal

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Nutrição Aplicada à Estética

Alterações na microbiota intestinal

Resistência à colonização

Supressão de patógenos

Suporte e melhora do processo digestivo Melhora do desempenho Diminuição do nível de toxinas no intestino

Um efeito positivo na microbiota intestinal e no combate a diarreias

Melhora da digestão da lactose Probióticos

Efeitos metabólicos

Conjugação e secreção de sais biliares

Redução do colesterol sérico

Fornecimento de nutrientes Harmonização da resposta imune Imunomodulação Prevenção de doenças respiratórias

Simbióticos

Prebióticos

Mudanças na microbiota intestinal

Efeito positivo sobre o desenvolvimento das bactérias intestinais benéficas e, portanto, sobre a saúde do hospedeiro

Inibição da carcinogênese

Redução do risco de câncer colorretal e outros tumores

Imunomodulação

Suporte ao sistema imunológico

Efeitos na absorção de nutrientes

Redução do risco de obesidade e de síndrome metabólica

Inibição de patógeno

Proteção contra infecções

Figura 11.2 n Pré-pró-sim e seus efeitos biológicos em termos de melhora da diversidade da microbiota intestinal e, em consequência, do sistema imunológico

CAUSAS DA DISBIOSE Entre as causas da disbiose destacam-se: parto, hospitalização, uso de medicamentos, estresse psicológico e fisiológico, idade e dieta.

Parto Alguns pesquisadores demonstram que crianças nascidas de parto cesariano tiveram menor percentual de bactérias probióticas, pois deixaram

de adquiri-las no contato com o canal de parto e com fezes da mãe e do meio ambiente, mas há controvérsias.13 Contudo, para que isso também ocorra de maneira saudável, a mãe não pode ser portadora nem de disbiose intestinal, nem de disbiose vaginal.14-16

Hospitalização O ambiente hospitalar é considerado inóspito em relação às bactérias probióticas. Assim, o


Síntese de AGCC e poliaminas Inibe HMG-CoA redutase

Eficiência na mobilidade, função, digestão e absorção

Síntese de vitaminas B e K

Biotransformação de esteroides e de ácidos biliares Auxilia na absorção de nutrientes

Figura 11.3

n

Mantém a integridade da mucosa

MICROBIOTA INTESTINAL NORMAL

Auxilia no efeito terapêutico: fitoterápicos e medicamentos

Função metabólica ou nutricional da microbiota intestinal

AGCC: ácidos graxos de cadeia curta; HMG-CoA: 3-hidroxi-3-metil-glutaril-coenzima A.

risco de contaminação é muito maior. Além disso, ocorrem estresse psicológico e fisiológico, uso de medicamentos, má ingestão alimentar e possível desnutrição, e, em muitos casos, até radiação por submissão a exames. Todos esses fatores podem causar disbiose.17-19

Medicamentos Antibióticos, anti-inflamatórios, analgésicos e até anticoncepcionais podem alterar a microbiota intestinal, dependendo da farmacocinética, da dosagem e da administração. Entre todos citados, os antibióticos são os mais prejudiciais, pois atuam contra microrganismos gram-positivos e gram-negativos. Deve-se lembrar também que os fármacos podem ser excretados na bile e na saliva, retornando ao TGI após absorção e metabolismo no fígado. Da mesma maneira acontece com a

administração venosa: as substâncias ativas podem ser excretadas na bile, na saliva e no próprio intestino após metabolização, o que pode alterar também a microbiota intestinal. Os medicamentos com absorção no intestino delgado têm menor impacto na microbiota colônica, mas também podem ocasionar disbiose pelos seguintes mecanismos:1,16,20 Inibem a ciclo-oxigenase na mucosa in-

testinal, gerando substâncias pró-inflamatórias. Aumentam a produção de radicais livres. Aumentam a quebra de proteína (proteólise). Alteram a homeostase de cálcio. Alteram os desmossomos e a glicosilação da microbiota, impedindo a formação de substâncias benéficas (p. ex., pelo metabolismo de fitoterápicos).

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Disbiose Intestinal

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Nutrição Aplicada à Estética

Causam desequilíbrios osmóticos, dimi-

nuindo a absorção de água e, em consequência, de eletrólitos. Diminuem a fosforilação oxidativa e, por conseguinte, o trifosfato de adenosina (ATP; do inglês, adenosine-triphosphate); também diminuem a formação de prostaglandinas e de ácido clorídrico. Todas essas situações levam ao aumento de bactérias patogênicas.

Estresse psicológico Algumas pesquisas, inclusive com macacos, têm demonstrado que o estresse psicológico pode acarretar diminuição da microbiota intestinal. Esses eventos estão relacionados principalmente com ativação do sistema simpático adrenérgico:18,21,22 Diminui a produção do suco gástrico, bar-

reira química para os microrganismos potencialmente patogênicos (PPM; do inglês, potential pathogenic microorganisms). Foi observada, em crianças hospitalizadas, diminuição de histamina, hormônio parácrino responsável pela produção de ácido clorídrico. Altera os movimentos peristálticos, favorecendo a obstipação e o consequente aumento da absorção de toxinas pelas fezes retidas. Aumenta a produção de bicarbonato, alterando a digestão e a absorção de nutrientes pelos enterócitos. Reduz mucina e mucopolissacarídeos, que são importantes para reduzir a aderência dos PPM, possibilitando aumento da colonização dos mesmos. Diminui a produção de IgA, que impede a aderência e a eliminação dos PPM. A norepinefrina causa aumento de enterobactérias Yersinia enterocolitica e Escherichia coli. Em relação à E. coli,

sua exposição à norepinefrina estimula o hormônio do crescimento (GH, do inglês growth hormone), conhecido como autoindutor do crescimento. Este hormônio estimula a multiplicação desse microrganismo, bem como a de outras espécies, por meio de uma atividade cruzada, ainda não muito bem esclarecida.

Estresse fisiológico Ocorre na prática do exercício físico e, além das situações anteriormente citadas, também acarreta:23,24 Alteração do fluxo sanguíneo mesenté-

rico: diminuindo o fluxo para o intestino, que ocasiona redução da digestão e da absorção de substâncias. Dessa maneira, pode ocorrer aumento da osmolaridade intestinal, com consequentes diarreia e/ou fermentação bacteriana. Esse quadro pode gerar flatulência e migração de bactérias gram-negativas para a circulação porta. Desidratação: leva ao ajuste do débito cardíaco com desvio do fluxo do TGI para os órgãos vitais, o que ocasiona não só as alterações citadas anteriormente como também hipertermia, diminuição do suprimento de oxigênio e consequente supressão da cadeia respiratória. Esse quadro reduz a produção de energia e aumenta a formação de radicais livres, ocasionando disbiose. Hipertermia: dano ao epitélio do intestino delgado, pois ocorrem aumento de radicais livres e citocinas e perda de vilosidades, gerando processos inflamatórios e disbiose.

Idade Em crianças prematuras, a permeabilidade intestinal é maior, se comparadas a crianças


intermediário, ocasionando hiperpermeabilidade intestinal. Dietas hiperglicídicas também podem levar a disbiose, principalmente se o maior percentual for de alto índice glicêmico e com baixo teor de fibras. Além de causarem resistência à insulina e gerarem um processo inflamatório, diminuem o tempo de trânsito intestinal, aumentam a fermentação bacteriana, bem como a concentração fecal de ácidos biliares secundários no cólon. Alguns autores acreditam que o mecanismo de disbiose, causado pelo excesso de carboidratos, ocorra por este último mecanismo porque algumas bactérias patogênicas se alimentam de bile e não de carboidrato diretamente.1,35 Porém, são necessários mais estudos para comprovar esta afirmação. Quando se trata de alimentos alergênicos, acredita-se que a hiperpermeabilidade intestinal seja consequência da ingestão de alérgenos alimentares, e não a causadora da alergia. Uma vez instalada a alta permeabilidade, exacerbada pelos itens anteriores, facilita a passagem de nutrientes intactos, bactérias, toxinas e lipopolissacarídeos (LPS), entre outros, causando ativação e depressão do sistema imunológico, levando a diversos processos inflamatórios locais e/ou sistêmicos.16,29

Outras causas Em revisão recente, Aitoro et al. (2017)16 abordam outras causas de alteração da microbiota intestinal (Figura 11.4) que protegeriam contra alergia alimentar, que são: Exposição ao ambiente de fazendas: as

crianças expostas ao ambiente de fazenda mostram risco menor para o desenvolvimento de doença alérgica. Embora não tenha sido comprovada, uma explicação plausível para o efeito protetor da

exposição agrícola, nas primeiras horas, é o papel da microbiota. Indivíduos expostos a um ambiente agrícola exibem uma composição microbiana diferente daquela de indivíduos que têm outros estilos de vida. Ter irmãos mais velhos e exposição a animais de estimação: fatores epidemiológicos protetores contra alergia alimentar também incluem ter irmãos mais velhos e exposição a animais de estimação no início vida. Isto se deve ao contato com uma alta diversidade microbiana no ambiente doméstico. Alimentos preparados em casa: quando preparados em casa, os alimentos passam por maior controle higiênico, maior exposição a microrganismos da própria comunidade, maior acesso a alimentos menos processados.

CONSEQUÊNCIAS ESTÉTICAS DA DISBIOSE A disbiose pode ser causa ou coadjuvante no desenvolvimento de doenças crônicas não degenerativas, como obesidade, diabetes, hipertensão, e também de pancreatite, obstipação, diarreia, alergias e intolerâncias alimentares, infecção vaginal recorrente (disbiose vaginal), fibromialgia, mudança de humor, fadiga, síndrome do cólon irritável, câncer e doença renal.2,9,36-43 No caso do câncer, os sistemas enzimáticos de bactérias patogênicas podem bioativar substâncias de alimentos, transformando-os em carcinógenos.2,44,45 A boa notícia é que é possível observar na prática clínica uma grande melhora ou até solução no avanço dessas enfermidades, quando se trata a disbiose intestinal. Por outro lado, mais estudos têm surgido sobre o eixo intestino-pele. Não há mais

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Disbiose Intestinal

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Nutrição Aplicada à Estética

Fatores relacionados a microbiota aumentando os riscos de alergia

Parto cesáreo

Junk foods/ papinhas para bebês;

Agentes desinfetantes e antissépticos

Dieta

Antibióticos e inibidores da acidez gástrica

Filho único

Animais de estimação

Dieta

Aumento do tamanho da família e a assistência infantil na comunidade

Leite cru

Alimentos ricos em fibras

Alimentação feita em casa

Estilo de vida do campo

Comidas fermentadas

Leite materno

Exposição a grande variedade e abundância de microrganismos e probióticos

Fatores relacionados a microbiota reduzindo os riscos de alergia Figura 11.4 n Fatores ambientais e de estilo de vida relacionados à exposição microbiana e seu efeito putativo sobre o risco de desenvolver alergia alimentar

dúvidas de que a microbiota intestinal tenha grande influência no aparecimento de doenças dermatológicas ou no agravamento dos seus sintomas,46,47 que podem ocorrer mesmo na ausência de sinais gastrintestinais.4 A disbiose intestinal induzida por tratamento com antibióticos, por exemplo, pode prejudicar a biossíntese de biotina ou vitamina B7. Embora a biotina seja sintetizada pelas bactérias intestinais, nem todas as bactérias, probióticas ou patogênicas, a sintetizam. No estado de disbiose, em que ocorre diminuição desses microrganismos, há consequente redução da biodisponibilidade de B7, ocasionando o seu sequestro do hospedeiro, pelas fontes

alimentares. Com a queda da biotina no organismo, ocorrerá maior risco de desenvolver alopecia. Esta situação foi vista em um estudo com camundongos tratados com antibióticos, em que houve a instalação de disbiose, deficiência de biotina e consequente desenvolvimento de alopecia.5 A biotina é uma vitamina solúvel em água e um dos nutrientes altamente dependentes da produção bacteriana. É essencial para a saúde humana, particularmente para a saúde da pele, e a deficiência de biotina está associada a condições dermatológicas severas, incluindo a perda de cabelo. Outro estudo, em que se utilizaram camundongos, investigou os efeitos da administração


AVALIAÇÃO NUTRICIONAL

Capítulo 14 Avaliação da Composição Corporal, 227

Capítulo 15 Avaliação Bioquímica em Estética, 269

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Parte III


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14

Ana Paula Pujol Gabriela Dors Wilke Rocha

INTRODUÇÃO A análise da composição corporal é a quantificação dos principais componentes estruturais do corpo humano. O tamanho e a forma do corpo são determinados basicamente pela carga genética e formam a base sobre a qual são dispostos, em proporções variadas, os três maiores componentes estruturais do corpo humano: osso, músculo e gordura. Esses componentes são também as maiores causas de variação na massa corporal.1 O interesse por aferir a quantidade dos diferentes componentes do corpo humano teve início no século XIX e aumentou no final do século XX, devido à associação de excesso de gordura corporal e aumento do risco de desenvolvimento de doenças coronarianas, diabetes melito tipo 2 (DM2), osteoartrite e até mesmo alguns tipos de câncer.2 As medidas da composição corporal tornam-se importantes porque, por meio delas, pode-se determinar a quantidade total e regional de gordura corporal.3 A massa de gordura está relacionada a inúmeros fatores, entre os quais destacam-se: nutrição, nível de atividade física, estilo de vida, desempenho atlético e doenças crônicas degenerativas.4 Para a análise da composição corporal, pode-se fracionar o corpo humano em dois, três ou quatro componentes. O fracionamento em dois componentes, massa corporal magra (MCM) e massa gorda (MG) ou massa livre de gordura (MLG), é o mais utilizado no meio científico.5

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AVALIAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL


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Nutrição Aplicada à Estética

Em adultos, as medidas das dimensões e da massa corporais são usadas para representar o estado nutricional diretamente; para calcular o tamanho absoluto dos principais compartimentos do corpo, como massa corporal magra e massa adiposa ou massa gorda; para estimar a composição corporal relativa, como a gordura; e para descrever a distribuição da gordura corporal.6 De modo geral, a composição corporal é expressa em percentuais de gordura e de massa magra. Existem várias formas de fazer essa avaliação, porém as mais precisas são bastante dispendiosas e exigem tempo.3 Há, no entanto, métodos práticos para avaliação da composição corporal; os três métodos mais comumente utilizados em ambiente clínico são as dobras cutâneas, a análise de impedância bioelétrica e a antropometria.7 Uma avaliação precisa da composição corporal é necessária para se identificar adequadamente o risco para a saúde de um indivíduo associado a um índice de gordura corporal excessivamente baixo ou alto (%GC).8 Aferições periódicas da composição corporal podem ser úteis na avaliação da mudança de %GC que acontece em concomitância a quaisquer intervenções de exercícios e/ou nutrição ou programas de perda de peso.8 Em termos de condição física, assume grande importância a investigação da quantidade total e regional de gordura corporal. Segundo Heyward & Stolarczyk (2000),2 podemos utilizar a composição corporal para: Identificar riscos à saúde associados a ní-

veis excessivamente altos ou baixos de gordura corporal total. Identificar riscos à saúde associados ao acúmulo excessivo de gordura intra-abdominal. Proporcionar a percepção sobre os riscos à saúde associados à falta ou ao excesso de gordura corporal. Monitorar mudanças na composição corporal associadas a certas doenças.

Avaliar a eficiência das intervenções nutri-

cionais e de exercícios físicos na alteração da composição corporal. Estimar o peso corporal ideal de atletas e não atletas. Formular recomendações dietéticas e prescrições de exercícios físicos. Monitorar mudanças na composição corporal associadas ao crescimento, desenvolvimento, maturação e idade. Ademais, podemos verificar o resultado de tratamentos estéticos corporais aplicados à redução da gordura corporal por meio da avaliação da composição normal.

MENSURAÇÃO DA COMPOSIÇÃO CORPORAL A antropometria foi por muito tempo a única técnica disponível para quantificação do tamanho e das proporções do corpo. Após algum tempo, a partir de medidas de comprimento corporal, largura, circunferência e espessura de dobras cutâneas foram desenvolvidas as equações para predição de gordura corporal. Estudos indicam que não só a gordura corporal total, mas também a gordura regional e o músculo esquelético podem ser preditos a partir de antropometria.9

Métodos de avaliação da composição corporal Existem várias técnicas para avaliação da mesma composição corporal que são chamadas métodos. As técnicas diretas são mais precisas, porém mais dispendiosas e demandam mais tempo para serem aplicadas, o que dificulta a execução. Assim, torna-se bastante importante a existência das outras técnicas que são bem mais acessíveis, como é o caso da antropometria e da medição de pregas adiposas.10


Entre os métodos, têm-se os diretos (dissecação de cadáveres), os indiretos (hidrodensitometria, raios X, densitometria óssea, ressonância magnética e outros), e os duplamente indiretos (antropometria e impedância bioelétrica).11

Método direto Até o início do século XX, a análise da composição corporal ainda era feita por meio de dissecação de cadáveres, considerada até hoje a única maneira direta de se quantificarem os principais componentes do corpo humano.12

Método indireto Em 1940, Behnke iniciou estudos que objetivavam estabelecer métodos indiretos para determinar a composição corporal. Os trabalhos pioneiros de Behnke e Brozek obtiveram dois resultados ainda hoje válidos: o estabelecimento da pesagem hidrostática como padrãoouro para todos os outros métodos indiretos e o estabelecimento do modelo de dois componentes (peso gordo e peso magro) como base para estudos da composição corporal.12 As técnicas indiretas são precisas, têm limitada aplicação prática e alto custo financeiro. São utilizadas principalmente para validar as técnicas duplamente indiretas. Exemplos de técnicas de análise indireta da composição corporal são: pesagem hidrostática, hidrometria, pletismografia e absorciometria de raios X de dupla energia (DEXA).13

Método duplamente indireto Os métodos duplamente indiretos podem ser validados por um método indireto, mais frequentemente a pesagem hidrostática e a densitometria radiológica de dupla energia. Os métodos duplamente indiretos mais utilizados em ambiente clínico são a técnica antropométrica e a impedância bioelétrica.7,14

Antropometria A palavra antropometria é formada pelos termos gregos anthropos, cujo significado se refere ao “homem”, e metron (metria ou metro), equivale a medida. A antropometria pode, então, ser definida como parte da Antropologia que estuda as proporções e medidas do corpo humano. É a medida mais utilizada da variação humana e mede a morfologia (estudo da estrutura) da superfície do corpo.15 Esta ciência estuda a medição do corpo humano em termos das dimensões dos tecidos ósseo, muscular e adiposo. Desta forma, a antropometria é o método que estima os tamanhos e as proporções corporais a partir das principais medidas de superfície:2 Espessuras de dobras cutâneas. Circunferências ou diâmetros dos seg-

mentos corporais. A amplitude óssea e o comprimento dos

segmentos corporais, além da massa e da altura. Em adultos, as medidas das dimensões e da massa corporais são usadas para:6 Representar o estado nutricional direta-

mente. Calcular o tamanho absoluto dos principais compartimentos do corpo, como massa corporal magra e massa adiposa. Estimar a composição corporal relativa, como a gordura. Descrever a distribuição da gordura no corpo. Além disso, a antropometria tem sido a principal escolha entre os procedimentos não invasivos, tanto para populações específicas como para a população em geral.

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Avaliação da Composição Corporal

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Nutrição Aplicada à Estética

É considerada um método simples e de baixo custo, e muito utilizada para avaliação da composição corporal, em vista de sua aplicabilidade na área clínica.16 Atualmente, o índice de massa corporal (IMC) é uma medida internacional referendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para se calcular se uma pessoa apresenta massa corporal ideal ou está em faixas acima ou abaixo dela, com associação de seus extremos a morbidade e mortalidade. 17,18 Entretanto, o IMC não está associado às medidas de adiposidade corporal, nem tampouco permite a separação da massa gorda da massa isenta de gordura. A espessura das dobras cutâneas é uma técnica de estimativa da gordura corporal muito utilizada, pois aproximadamente metade da massa gorda se localiza no tecido adiposo subcutâneo, diretamente abaixo da pele.13

Dobras cutâneas A avaliação antropométrica com base nas dobras cutâneas é considerada um dos métodos de mensuração da gordura corporal mais utilizado na área clínica. Assim, dentre outros métodos, o mais adotado para obtenção de informação relacionada à quantidade de gordura e sua distribuição no organismo é a medida de dobras cutâneas. Esse método avalia a densidade corporal, com especial determinação do montante de gordura corporal. Medir dobras cutâneas é um importante método de avaliação da quantidade e da distribuição da gordura corpórea,19 além de ser barato e não invasivo. O método tem-se destacado, sobretudo graças à sua fácil aplicabilidade, ao seu baixo custo operacional e ao fato de apresentar validade e fidedignidade. Sua realização, contudo, requer treinamento prolongado e

supervisão, para que se obtenham resultados confiáveis.20 O método de medição das dobras cutâneas tem sido bastante utilizado em estudos da composição corporal, com objetivo de predizer a gordura corporal relativa (GCR) e a massa gorda (MG), por meio de equações de regressão.21 Está baseado na relação entre gordura subcutânea, gordura interna e densidade corporal.22 O princípio desse método é que uma grande porção de gordura corporal se localiza no tecido subcutâneo (40% a 60%), e essa gordura tem relação com a densidade corporal. Desta forma, a estimativa da dobra cutânea se dá pela medição da espessura de duas camadas de pele e de gordura subcutânea adjacente em diferentes regiões do corpo, com a utilização de um plicômetro. Na Figura 14.1 vê-se um exemplo de distribuição anatômica da pele, da gordura, do músculo e do osso. A partir dos valores coletados é possível estimar densidade corporal, massa gorda ou percentual de gordura, por meio de equações de regressão específicas ou generalizadas.23

Equipamentos para realização da medida Para a realização das medidas de dobras cutâneas é necessário um equipamento denominado compasso de dobras cutâneas. Existem no mercado vários tipos e modelos,1 mas poucos têm aceitação no meio científico internacional; entre eles, citam-se o Lange® (norte-americano) e o Harpenden® (inglês) (Figura 14.2A e B), em vista de sua precisão e alta confiabilidade nas medidas.25 No Brasil, o compasso de dobras cutâneas mais utilizado é o Cescorf®, de fabricação nacional, similar aos dois citados anteriormente (Figura 14.2C).


Gordura

Músculo Medula vermelha ou medula amarela

Osso

Pele

Figura 14.1 n Corte transversal do braço para identificação das camadas de gordura, músculo e osso Fonte: adaptada de Cursino, 2009.24

A

C

B

Figura 14.2 n (A a C) Compasso de dobras cutâneas Lange® (fabricação norte-americana) (A). Compasso de dobras cutâneas Harpenden® (fabricação inglesa) (B). Compasso de dobras cutâneas Cescorf® (fabricação brasileira) (C)

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Avaliação da Composição Corporal

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Nutrição Aplicada à Estética

Tabela 14.9 n Equação de regressão para predição dos valores de percentual de gordura corporal Equação de Siri (1961) %G = [(4,95/D) – 4,50] × 100 %G: percentual de gordura corporal; D: densidade. Fonte: adaptada de Siri, 1961.57

No entanto, Lohman (1992)60 indica que a equação desenvolvida por Siri é adequada para homens de 20 a 50 anos de idade, sugerindo diferentes constantes de acordo com idade e sexo, que são apresentadas na Tabela 14.10. Além dessas, há dezenas de equações para esse fim, mas todas criadas para populações específicas e, portanto, suscetíveis de resultados distorcidos quando utilizadas em indivíduos diferentes dos participantes da amostra que deu origem à equação.61 Assim, é preciso ser específico com relação à população que está sendo avaliada, observando variáveis como sexo, idade, se o indivíduo pratica ou não atividade física com regularidade, e outras informações. Podem ainda ocorrer erros e resultados distorcidos quando se utiliza uma única equação, sugerindo que a escolha da equação seja voltada para a base em que a população foi criada.62

Facilidade e simplificação do método Há diversas equações disponíveis para se estimar a densidade corporal, mas as propostas por Jackson, Pollock & Ward estão entre as mais difundidas. São equações conhecidas como generalizadas, validadas em grandes populações, com diferentes idades, níveis de atividade física e composição corporal.63 A densidade corporal é estimada pela mensuração das sete dobras cutâneas; entretanto, a utilização de três dobras surge como alternativa para facilitar o processo de avaliação. Assim, o uso de três dobras parece ser uma alternativa para estimativa da dobra cutânea, principalmente quanto à economia de tempo despendido para avaliação. 64

ANTROPOMETRIA APLICADA À ESTÉTICA A composição corporal tem importância fundamental em razão do fato de só o peso corporal não poder ser considerado um bom parâmetro para identificação do excesso ou déficit dos componentes corporais (massa

Tabela 14.10 n Equações para predição dos valores de percentual de gordura corporal. Correção de constantes para a fórmula de Siri (1961),57 segundo Lohman (1992)60 Idade (anos)

Homens

Mulheres

7a8

(538/D) – 497

(543/D) – 503

9 a 10

(530/D) – 489

(535/D) – 495

11 a 12

(523/D) – 481

(525/D) – 484

13 a 14

(507/D) – 464

(512/D) – 469

15 a 16

(503/D) – 459

(507/D) – 464

17 a 19

(598/D) – 453

(505/D) – 462

20 a 50

(495/D) – 450

(403/D) – 459

D: densidade. Fonte: adaptada de Lohman (1992).60


gorda, massa muscular, massa óssea e massa residual) ou das alterações nas quantidades proporcionais desses componentes em decorrência de um programa estético.65 A grande limitação da antropometria “convencional” consagrada na literatura para uso na avaliação estética está na escassez de áreas a serem medidas por região e no fato de serem realizadas de preferência no lado direito do corpo. Em Estética, é necessário avaliar vários pontos em um mesmo segmento e, de preferência, dos dois lados. O principal objetivo da avaliação da composição corporal em estética corporal é acompanhar a evolução para avaliar a eficácia do tratamento, e não apenas obter o resultado dessa avaliação como diagnóstico ou para estudos populacionais. Para tanto, o principal aspecto a ser considerado é a padronização dos parâmetros antropométricos que reduzam os vieses inter- e intra-avaliadores. Os itens que perfazem a avaliação em Estética são: peso, estatura, perimetria, impedância bioelétrica e adipometria localizada (dobras cutâneas).

Peso O peso é um importante parâmetro para se avaliar o estado nutricional, mas apresenta algumas limitações, já que não possibilita a avaliação de compartimentos corporais. Para essa avaliação, é possível utilizar balanças digitais ou as chamadas balanças de mola, nas quais a medida é registrada com uma aproximação de 100g. O avaliado deve estar em pé, de costas para a escala da balança, com afastamento lateral dos pés, estando a plataforma entre os pés (Figura 14.4). Outros critérios devem ser registrados na tomada de peso, como: funcionamento intestinal, horário da última refeição e da

Figura 14.4

n

Aferição do peso da paciente

pesagem, período pré-menstrual ou menstrual, uso de diuréticos e/ou laxantes. O registro dessas situações pode assegurar fidedignidade nos resultados.

Estatura Altura ou estatura pode ser determinada em indivíduos com mais de 2 anos de idade, ou em indivíduos que consigam se manter em pé. Em geral, é obtida a partir de fitas métricas, inextensíveis e inelásticas, ou ainda com o auxílio de estadiômetros ou antropômetros apropriados. Na presença de curvaturas anormais da coluna, em particular em idosos, recomenda-se que a altura seja a referida pelo indivíduo em período anterior à curvatura da coluna.66 O indivíduo que é alvo da medição deve estar em posição antropométrica, caracterizada do seguinte modo:67

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Avaliação da Composição Corporal

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Nutrição Aplicada à Estética

Posição vertical com braços pendentes ao

O avaliado deve usar o mínimo possível de

longo do tronco e palmas das mãos em contato com a face lateral das coxas (Figura 14.5A).68 A cabeça deve estar no plano de Frankfurt (Figura 14.5B).

roupas, respirar com normalidade e distribuir o peso do corpo igualmente entre ambos os pés. A cabeça deve ser posicionada no plano de Frankfurt, configurado a partir das seguintes etapas (Figura 14.5C):69

B

A

PO

PT

Figura 14.5 n (A a C) Posicionamento para avaliação da estatura da paciente (A). Posicionamento da cabeça (B). Posicionamento da cabeça pelo plano de Frankfurt (C)

C

PO: ponto orbital; PT: ponto do trágus.


• Localizar o ponto orbital, situado na

margem inferior da cavidade orbitária. • Localizar o ponto do trágus, situado

na altura do pavilhão auricular, por cima do osso. • Considerar uma linha imaginária. Essa linha imaginária corresponde, de forma quase exata, ao eixo do olhar quando o indivíduo tem os olhos direcionados para a frente.

Perimetria É um conjunto de medidas de circunferência, realizadas em diferentes pontos do tronco, dos membros superiores e dos membros inferiores. Essas medidas permitem detectar assimetrias musculares, bem como a sequência das reavaliações e a associação dos dados da

composição corporal, além da variação da massa muscular em resposta à terapia nutricional. Perimetria é a verificação dos perímetros máximos de um segmento corporal medido em ângulo reto com relação ao seu maior eixo.70 Em Estética, a região de cada membro a ser avaliada dependerá da localização da gordura para a qual o paciente objetiva redução. Como já mencionamos, o importante é a padronização. No Protocolo de Avaliação Antropométrica em Estética (PAAE), os perímetros avaliados são:

Perímetro do braço (Figura 14.6). Perímetro do abdome (Figura 14.7). Perímetro da coxa (Figura 14.8). Perímetro dos flancos (Figura 14.9). Perímetro dos glúteos (Figura 14.10). Perímetro dos culotes (Figura 14.11).

Figura 14.6

n

Avaliação do perímetro do braço

Figura 14.7

n

Avaliação do perímetro do abdome

Figura 14.8

n

Avaliação do perímetro da coxa

Figura 14.9

n

Avaliação do perímetro dos flancos

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Avaliação da Composição Corporal

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Nutrição Aplicada à Estética

No passado, uma das limitações da composição corporal da DEXA era a dificuldade de discriminar entre tecido adiposo visceral e tecido adiposo subcutâneo. A maioria das versões mais recentes do software de digitalização DEXA permite uma segmentação seletiva de gordura androide em visceral e subcutânea.115,116 Assim, esse método agora pode ser usado pelo profissional para, além de verificar os valores de massa gorda e massa magra, identificar o paciente com maior risco de doença cardiometabólica e para escolher a intervenção terapêutica adequada.117 Além disso, a DEXA oferece novas possibilidades de diagnóstico e pesquisa para uma variedade de doenças, especialmente em portadores de doenças crônicas em risco de desnutrição. A relação entre nutrição e remodelação óssea é bem conhecida, devido à estreita conexão entre gordura e tecido ósseo através do hipotálamo. Como consequência, doenças relacionadas a desnutrição podem reduzir a massa óssea e sua mineralização.118 Há relato de taxa muito alta de desnutrição significativa em pacientes com doenças hepáticas crônicas, com uma prevalência variando de 65% a 100%.119 Nos pacientes com cirrose, podem coexistir supernutrição, edema e desnutrição, determinando alterações na composição corporal, além de manifestações sistêmicas e multiorgânicas.120 Para avaliação corporal, o sistema fornece vários parâmetros, como índice de massa corporal (IMC), quantificação da gordura corporal, distribuição da gordura abdominal ou valores obtidos a partir desses dados, como a razão entre androide e ginoide (relação A/G) da gordura abdominal.121 Veja exemplo na Figura 14.16.

Adipometria localizada (dobras cutâneas) Em Estética, a adipometria é importante para avaliarmos a evolução da gordura localizada, e não objetiva predição de gordura corporal, considerando-se os erros intra-avaliador e interavaliadores. Para tanto, não seguimos padronização do local (dobras) a ser avaliado e, sim, a necessidade e o objetivo do paciente. Para o profissional desenvolver habilidade como avaliador de pregas adiposas, são necessários muito tempo e prática. Seguir procedimentos padronizados aumenta a exatidão e a fidelidade das medidas.80,123 A adipometria, ou medida das dobras cutâneas, complementa a perimetria, por ser este um método que apresenta limitações em sua mensuração, uma vez que fatores como retenção de líquidos, funcionamento intestinal e distensão abdominal podem alterar o resultado. O compasso (adipômetro) deve ser manuseado com a mão direita, e com a mão esquerda deve-se pinçar o tecido subcutâneo entre o polegar e o indicador, tendo cuidado para não pinçar também o músculo.29 Na dúvida, solicita-se que o paciente faça uma leve contração e posterior relaxamento do músculo. As extremidades do compasso devem ser ajustadas em posição perpendicular à prega, a uma distância de cerca de 1cm do ponto em que a prega foi pinçada; aguardam-se, então, 2s antes de efetuar a leitura. A técnica de medição deve respeitar os seguintes procedimentos:67 Efetuar todas as medidas das pregas adi-

posas do lado direito e do lado esquerdo do corpo quando as medidas não perfizerem o tronco.


Resultados da composição corporal Região

Massa gorda (g)

Magro + BMC (g)

Braço esquerdo

432

3946

4378

9,87

Braço direito

490

4254

4744

10,3

Tronco

3863

27971

31834

12,1

Perna esquerda

1838

10803

12641

14,5

Perna direita

1657

11955

13612

12,2

Subtotal

8279

58930

67209

12,3

937

4221

5158

18,2

9216

63151

72367

12,7

Androide (A)

725

5035

5760

12,6

Ginoide (G)

909

8764

9673

9,4

Cabeça Total

Massa total (g)

Percentual de gordura

Índices adiposos Medidas

Gordura

Magro

Abaixo do peso

10

15

20

Osso

Excesso Obesidade Obesidade Obesidade I II III de peso

Normal ou eutrófico

25

30

35

40

Percentual de gordura

% Total de gordura corporal

12,7

Proporção de massa gorda/altura

2,58

Relação androide/ginoide

1,34

% de gordura do tronco/% de gordura das pernas

0,91

Relação da massa de gordura tronco/membros

0,87

45

Figura 14.16 n Exemplo de avaliação final da composição corporal por absorciometria de raios X de dupla energia (DXA). No lado esquerdo, uma varredura gráfica do corpo mostra cores diferentes, de acordo com a legenda subjacente: amarelo para massa gorda, vermelho para massa magra, azul para tecido ósseo. O índice de massa corporal (IMC) também é representado em uma escala colorida, de acordo com a classificação da Organização Mundial da Saúde (abaixo do peso, eutrófico, excesso de peso, obesidade graus I, II e III). No lado direito, os resultados da composição corporal mostram massa gorda total (em inglês fat mass, representada em gramas) e massa magra (em inglês lean + BMC [bone mineral content – conteúdo mineral ósseo], representada em gramas). Também são relatados índices adiposos mais complexos, como a relação entre androide e ginoide. Os resultados da densidade mineral óssea não são mostrados. Fonte: adaptada de Messina et al., 2016.122

Identificar, medir e marcar o local das pregas

Destacar a prega, colocando o polegar e

adiposas com cuidado, em especial quando se trata de um avaliador inexperiente. Para a medição, é preciso definir o eixo maior da prega, e esta deve ser segura com firmeza entre o polegar e o indicador da mão esquerda. A prega é destacada 1cm acima do local a ser medido.

o indicador a uma distância de 8cm, em uma linha perpendicular ao eixo longo da prega. É nas extremidades desses 8cm (4 + 4) que a elevação da prega vai ser realizada. O eixo longo é paralelo às linhas naturais da pele. Entretanto, para indivíduos com pregas adiposas grandes demais, é

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Avaliação da Composição Corporal

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Nutrição Aplicada à Estética

possível do idealizado. O registro fotográfico, associado à antropometria, ilustra e documenta se os resultados foram alcançados de forma objetiva. Porém, cabe aqui ressaltar que não é permitido divulgação de resultados de pacientes atribuindo-os à produtos, equipamentos, técnicas ou protocolos, pois podem não apresentar o mesmo resultado para todos.128 Para que haja precisão no registro fotográfico, é necessário seguir alguns parâmetros: Manter-se à distância de 2m do paciente. Registrar a data e o horário da fotografia. Utilizar, na primeira avaliação e nas avalia-

ções subsequentes, a mesma regulagem da máquina e a mesma distância do paciente. Fotografar sempre no mesmo ambiente e sob a mesma iluminação. Padronizar a roupa (avental, calcinha descartável entregue pelo avaliador). Caso seja necessário utilizar outros parâmetros, registrar no protocolo de avaliação.

Protocolo de avaliação antropométrica em estética O protocolo de avaliação antropométrica em estética (PAAE) foi desenvolvido com o objetivo de promover avaliação fidedigna dos resultados de tratamentos estéticos. O instrumento está disponível na Figura 14.17.130

CONSIDERAÇÕES FINAIS Já é sabido que o aumento da gordura corporal total e visceral traz prejuízos à saúde. Tem-se observado, ao longo do tempo, que a avaliação da composição corporal é importante não só para fins estéticos. Aos poucos,

a avaliação da composição corporal se tornou essencial para a prática clínica nutricional. A gordura visceral representa fator de risco mais proeminente que a gordura corporal total, em se tratando de intercorrências metabólicas. Considerando-se as consequências que modificações na composição corporal podem acarretar no estado nutricional e na saúde dos pacientes, a avaliação e a detecção de alterações na composição corporal o mais precocemente possível podem contribuir para reduzir os efeitos decorrentes de problemas de saúde. Diversos métodos podem ser utilizados para avaliação corporal, entre os quais métodos mais acurados e precisos, porém dispendiosos, morosos e de execução complexa, tais como absorciometria por dupla emissão de raios X (DEXA), pesagem hidrostática, ressonância magnética e tomografia computadorizada (TC).131-133 Em contrapartida, há outros métodos de custo mais acessível e de fácil execução, como a BIA e mensuração das dobras cutâneas, para avaliação do total de gordura corporal.131 Já para determinação do tecido adiposo visceral, a tomografia é considerada o método mais eficaz e preciso, porém de alto custo. Como alternativa, a ultrassonografia vem sendo utilizada, por apresentar alta concordância com a TC, principalmente nos pontos em que as áreas de gordura visceral são maiores.134 Em caso de indisponibilidade dos métodos mais precisos, alternativas mais acessíveis seriam a mensuração das dobras cutâneas (avaliação da gordura corporal total) e medida da circunferência da cintura, que determina indiretamente a gordura visceral.131,135 Tais métodos são de fáceis execução, aplicabilidade e acessibilidade.


Nome:______________________________________________________________________________________________ Data de nascimento: ___/___/____ Sexo: ( ) F ( )M Diagnóstico estético: ( ) Gordura localizada ( ) FEG ( ) Estrias ( ) Flacidez ( ) Sobrepeso ( ) Outros: ________________

Avaliação antropométrica Altura: _______ Ascendência: ___________ Atividade física (frequência): _________________________________________________________________________

Avaliações

Período 1a

2a

3a

4a

5a

6a

7a

8a

9a

10a

Data Horário Está no período menstrual? Anticoncepcional? Alteração hormonal? Atividade física em menos de 48h? Diuréticos? Corticosteroides? Irregularidade intestinal? Urinou na última hora? Suplementação alimentar? Bebida alcoólica em menos de 48h? Última refeição? Última ingestão de líquidos? Peso % Gordura (met. Tetrapolar) Peso gordura Peso magro IMC Profissional avaliador FEG: Fibroedema geloide. IMC: Índice de massa corpórea/corporal. Termo de responsabilidade: Estou ciente e de acordo com todas as informações anteriormente relacionadas. Local e data: _______________________________________________________________________________________ ___________________________________ Cliente

_____________________________________________ Profissional

A Figura 14.17 n (A e B) Protocolo de avaliação antropométrica em estética (PAAE). Avaliação antropométrica (A)

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Avaliação da Composição Corporal

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TRATAMENTO CLÍNICO, CIRÚRGICO E NUTRICIONAL

Capítulo 16 Cirurgias Plásticas Estéticas, 291

Capítulo 17 Nutrição no Pré- e no Pós-operatório de Cirurgia Plástica Estética, 301

Capítulo 18 Nutrientes no Envelhecimento Cutâneo, 329

Capítulo 19 Produtos Finais da Glicação Avançada e Envelhecimento Cutâneo, 345

Capítulo 20 Fotoproteção Oral, 353

Capítulo 21 Conduta Nutricional no Tratamento da Obesidade, 381

Capítulo 22 Suplementos e Fitoterápicos em Estética, 403

Capítulo 23 Receitas Funcionais em Estética Facial e Corporal, 473

Capítulo 24 Nutrição nos Tratamentos Estéticos Não Invasivos, 495

Capítulo 25 Genômica Nutricional nas Alterações Esté ticas, 519

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Parte IV


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22

Ana Paula Pujol Juliana Gonçalves Mariane Caroline Meurer

INTRODUÇÃO A busca por um corpo que atenda aos padrões de beleza impostos pela sociedade contemporânea atravessa diferentes gêneros, faixas etárias e classes sociais.1 Por isso, os indivíduos se submetem a dietas restritivas para controle do peso, e a procedimentos estéticos e cirúrgicos. A busca por orientação nutricional tem crescido de forma exponencial, e a atuação da Nutrição em Estética requer profissionais muito bem preparados, para bem desempenharem seu papel-chave em minimizar os riscos, fornecer correta orientação e potencialização dos resultados, além de melhora na qualidade de vida desses indivíduos.1 O contínuo e crescente reconhecimento da Nutrição como ciência, associado ao número de profissionais lançados no mercado de trabalho, tende a provocar a escolha de uma linha de pesquisa e aperfeiçoamento em uma área de atuação específica por esses profissionais.2 O mercado da estética é emergente e a demanda por profissionais para atuar nesse cenário é crescente.3 O campo de atuação do nutricionista tem-se ampliado de modo considerável nos últimos anos. Este profissional vem conquistando espaço e, cada vez mais, se inserindo em setores e serviços diferenciados.2 Atualmente, grande parte do público feminino tem recorrido a métodos e técnicas da área de estética na expectativa de obter resultados para distúrbios relacionados

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SUPLEMENTOS E FITOTERÁPICOS EM ESTÉTICA


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404

Nutrição Aplicada à Estética

à beleza. Isto motivou uma grande revolução na indústria de cosméticos e no setor de tecnologia voltado para essa área, assim como em pesquisa e introdução de novos conceitos que, quando eleitos e aplicados convenientemente, proporcionam resultados que atendem aos anseios dos pacientes e profissionais.3,4

SUPLEMENTOS A preocupação com a aparência e a estética pode levar ao consumo indiscriminado de suplementos, sem prescrição de um médico ou de um nutricionista, sendo que a potência, pureza e os efeitos em longo prazo não são conhecidas; mesmo assim, o uso de suplementos é cada vez mais popular.5 Toneladas de suplementos vitamínicos de todos os tipos foram despejadas no mercado pela indústria de produtos alimentícios, com a promessa de melhorar a saúde e diminuir riscos. Como os nutrientes são submetidos à legislação de alimentos e não estão sujeitos a rígido escrutínio reservado a fármacos, houve certa permissividade. Em virtude da escassez de pesquisas que justifiquem o uso de suplementos, de maneira errada e para reforçar o papel dos alimentos de uma dieta planejada, devem-se recomendar, em primeiro lugar, fontes alimentares para suprir as necessidades nutricionais, em vista dos benefícios dos fitoquímicos e até mesmo do custo. Portanto, indica-se utilizar a suplementação como forma de complementar a dieta ou em casos de problemas relacionados com a carência de micronutrientes.6 Cerqueira et al. (2007)7 afirmam que é o conjunto de nutrientes presentes nos alimentos

que parece propiciar proteção à saúde, e não um nutriente isolado. De fato, os nutrientes não atuam sozinhos, mas de maneira sinérgica. Porém, para fins estéticos, cada vez mais a literatura tem evidenciado a relação entre o consumo de suplementos estéticos e a beleza.7

LEGISLAÇÃO A prescrição de suplementos é pertinente a nutricionistas, farmacêuticos e médicos, sendo estes os únicos profissionais legalmente habilitados. A Figura 22.1 apresenta as legislações relacionadas com a prescrição de suplementos.

Lei 8.234, de 17 de setembro de 19918 Regulamenta a profissão de nutricionista e determina outras providências, como o direito à prescrição de suplementos nutricionais pelo nutricionista.

Portaria no 32, de 13 de janeiro de 19989 Os suplementos devem conter um mínimo 25% e no máximo 100% da recomendação de ingestão dietética (DRI, do inglês dietary reference intake) de vitaminas e/ou minerais, na porção diária indicada, e não podem substituir os alimentos, nem ser considerados dieta exclusiva. Ainda segundo essa portaria, classificam-se como suplementos:

Vitaminas isoladas ou associadas entre si. Minerais isolados ou associados entre si. Associações de vitaminas e minerais. Produtos que sejam fontes naturais de vitaminas e/ou minerais.


Portaria no 32, de 13 de janeiro de 1998.9

1991

2002

Portaria no 40, de 13 de janeiro de 1998.10 Lei no 8.234, de 17 de setembro de 1991.8

Resolução da Agência Nacional da Vigilância Sanitária (RDC) no 2/2002.11 1998

Figura 22.1

n

2006 Resolução do Conselho Federal de Nutricionistas (CFN) no 380/2002.12

Recomendação do Conselho Federal de Nutricionistas (CFN) no 004/2016.14

Resolução do Conselho Federal de Nutricionistas (CFN) no 390/2006.13 2005

2016

Linha do tempo das legislações relacionadas com a prescrição de suplementos

Portaria no 40, de 13 de janeiro de 199810

Na Figura 22.3 há um exemplo de medicamento com registro que inicia com o número 1.

Para prescrição de suplementos alimentares por nutricionistas, é necessário que o composto vitamínico não tenha registro no Ministério da Saúde como medicamento. Ou seja, o nutricionista tem competência legal para prescrever produtos denominados polivitamínicos e/ou poliminerais, desde que estejam classificados como de “Venda sem exigência de prescrição médica”, conforme essa portaria. Para saber se o suplemento está registrado como medicamento, pode-se acessar o site da Agência Nacional da Vigilância Sanitária (Anvisa), em Consulta de Produtos de Medicamentos (Figura 22.2). O primeiro dígito de registro do produto é que irá classificá-lo. Produtos cujo registro inicie com o número 1 são considerados medicamentos; portanto, não podem ser prescritos por nutricionistas. Se o registro iniciar com os números 4, 5 ou 6, trata-se de produtos classificados como suplementos, sendo permitida a prescrição por nutricionista.

Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) no 2/200211 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária Conforme esta resolução, substância bioativa é o nome, seguido do nome da fonte da qual foi extraída, acompanhada da forma de apresentação do produto. Pode ser de origem natural ou sintética, desde que comprovada a segurança para o seu consumo. É importante ressaltar que substâncias bioativas classificadas como medicamentos não podem ser prescritas por nutricionistas.

Resolução do Conselho Federal de Nutricionistas (CFN) no 380/200512 O nutricionista clínico poderá complementar a conduta com suplementos nutricionais, desde que esteja relacionada com alimentação e nutrição, sendo necessária a complementação da dieta.

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Suplementos e Fitoterápicos em Estética

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406

Nutrição Aplicada à Estética

Figura 22.2

n

Site da Anvisa para consulta sobre produtos e medicamentos

Figura 22.3

n

Exemplo de medicamento com registro que inicia com o número 1


Ao testar frutas de cor amarela, pesquisadores verificaram uma biodisponibilidade de betacaroteno quatro vezes maior nessas frutas, em comparação aos vegetais folhosos verde-escuros, uma vez que nelas os carotenoides encontram-se, de preferência, em corpúsculos oleosos, nos cromoplastos, facilitando, assim, sua extração durante os processos digestivos.30 Estudos recentes demonstraram que uma pequena quantidade de lipídios (3 a 5g na refeição) já assegura absorção eficiente de betacaroteno.36 Entre os tipos de fibra estudados por Rieldl et al. (1999)37 – pectina, goma-guar, celulose, hemiceluloses e lignina –, a fração solúvel foi a que mais reduziu a absorção de betacaroteno após a ingestão de refeições-teste contendo fibra (0,15g/kg de peso corporal) e uma mistura de carotenoides (betacaroteno e luteína: 0,4mg/kg; licopeno: 0,7mg/kg) com creme (27% de lipídios).37 Com relação à vitamina E, a eficiência de absorção parece ser maior quando solubilizada em micelas contendo ácidos graxos de cadeia média, em comparação aos de cadeia longa. Porém, alto consumo de vitamina A, de farelo de trigo e pectina foi apontado como redutor da biodisponibilidade de vitamina E. Contudo, a interferência da fibra ainda é questionada, pois a quantidade em geral utilizada nos trabalhos é muito superior à quantidade ingerida diariamente na alimentação humana.38 Os fatores alimentares que influem na absorção dos nutrientes – e, portanto, na biodisponibilidade – são separados em dois grupos: facilitadores ou inibidores da absorção (Tabela 22.8).19 O conhecimento das interações dos nutrientes favorece uma compreensão para otimização dos resultados provenientes das formulações. Entretanto, parte-se da premissa de que dados a respeito da biodisponibilidade de nutrientes ainda são restritos

na literatura atual, considerando-se as limitações de averiguação nos processos bioquímicos pré- e pós-absortivos.

SUPLEMENTAÇÃO DE NUTRIENTES EM ESTÉTICA É importante que o nutricionista faça uma avaliação global do paciente antes de prescrever-lhe suplementos alimentares. Vale salientar que os estudos científicos são muito restritos com relação a doses recomendadas para fins estéticos e, quando disponíveis, em muitos deles, as doses utilizadas ultrapassam as UL (do inglês, tolerable upper intake levels). As Tabelas 22.9 a 22.16 descrevem alguns nutrientes, ação e dose recomendada para pacientes nas seguintes circunstâncias: acne, celulite, emagrecimento, envelhecimento cutâneo, flacidez, fotoproteção oral, fortalecimento de cabelos e unhas e pré- e pósoperatório de cirurgia estética.

ACNE Trata-se de uma inflamação crônica da pele, em que se observa o envolvimento do aparato pilossebáceo e que se manifesta em forma de comedões abertos e fechados, além de pápulas, pústulas e nódulos inflamatórios. Entre as regiões acometidas, citam-se rosto, peito, parte superior das costas e braços. Quando não é tratada corretamente, pode resultar em cicatrizes potencialmente desfigurantes e hiperpigmentação pós-inflamatória.39 Sua patogênese inicia-se com uma queratinização anormal que causa perturbação e distensão da porção inferior do infundíbulo, formando, assim, o comedão. Além disso, outros fatores estão envolvidos, tais como uma complexa interação de produção de sebo e

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Suplementos e Fitoterápicos em Estética

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Nutrição Aplicada à Estética

Tabela 22.8

n

Nutrientes facilitadores e inibidores da absorção de vitaminas e sais minerais

Nutrientes

Facilitadores

Inibidores

Cálcio

Vitamina D

Ferro, excesso de proteínas, fibras solúveis e sódio

Cobre

ND

Níveis elevados de cálcio, ferro, zinco, cádmio, molibdênio, vitamina C e frutose

Ferro

Cobre, vitamina C, vitamina A, álcool, ácidos orgânicos, aminoácidos, proteína de carne

Cálcio, cobalto, níquel, manganês, zinco, cádmio, fibra alimentar, oxalatos, fosfatos, polifenóis, proteína de soja e proteína do ovo

Folacina

ND

Fibras solúveis, vitamina C e zinco

Magnésio

Lactose e outros carboidratos

Fitato, fibras, álcool ou excesso de fosfato, cálcio e ferro Observação: álcool e cafeína aumentam a excreção de magnésio pela via urinária

Manganês

ND

Cálcio, fósforo e ferro

Selênio

Aminoácios sulfurados, metionina/ proteína, vitaminas E, A e C em altas doses e também outros antioxidantes

Enxofre e metais pesados

Vitamina A e betacaroteno

Gorduras, proteínas e vitamina E

Pectina, goma-guar, celulose e farelo de trigo

Vitamina E

Gorduras, principalmente TCM

Ácidos graxos poli-insaturados (PUFA), vitamina A, farelo de trigo, pectina

Zinco

Vitamina A, peptídios, histidina e ácido glutâmico

Ferro, cálcio, fitatos, fósforo, cádmio, cromo, selênio

TCM: triglicerídeos de cadeia média; PUFA: polyunsaturated fatty acid; ND: não determinado.

alterações na composição lipídica, hipersensibilidade à estimulação androgênica, presença de Propionibacterium acnes, citocinas inflamatórias locais,39 ingestão dietética inadequada (alto consumo de carboidratos refinados). O manejo nutricional adequado pode contribuir para redução da atividade das glândulas sebáceas, redução do estresse oxidativo, reposição de nutrientes, bem como para modulação da resposta inflamatória. A ingestão de alimentos com propriedades anti-inflamatórias, que melhorem a permeabilidade intestinal, o controle dos níveis de micronutrientes (Tabela 22.9) como zinco,

selênio, cobre, vitamina A, entre outros, poderá contribuir de forma positiva para amenizar o quadro acneico.15

CELULITE De origem multifatorial, estando envolvida a alteração da matriz intersticial (matriz entre os tecidos) de consistência líquida, que permite a passagem de nutrientes da corrente sanguínea até as células e também a passagem das toxinas para a linfa, além de problemas na microcirculação e alterações no tecido adiposo envolvido.


Tabela 22.9

n

Nutrientes recomendados para tratamento de acne

Nutrientes Antioxidantes: betacaroteno, vitamina E

Cobre

Glutamina

Função n

Parece que a acne inflamatória é mediada, em parte, pela geração de peróxido de hidrogênio dos neutrófilos

n

Espécies reativas de oxigênio, em especial o radical hidroxila, o peróxido de hidrogênio e o radical superóxido, geradas por fagócitos, como os neutrófilos, têm importante papel de mediação inflamatória da acne40

n

Tem ação antibiótica local, estimula os processos de defesa orgânicos e aumenta a resistência a infecções virais e microbianas

n

Uma dieta deficiente em cobre, ingerida por 11 homens saudáveis, afetou diversos marcadores da imunidade, inclusive a produção de IL-2 (citocina de baixo poder anti-inflamatório), que diminuiu, deixando o organismo debilitado e suscetível a distúrbios como acne vulgar41

n n n n n

Magnésio

n

Dose diária sugerida n

n

Betacaroteno: l Dose sugerida: 6 a 15mg l RDA: ND l UL: ND l Anvisa: 25mg Vitamina E: l Dose sugerida: 15 a 50mg l RDA: 15mg* l UL: 1.000mg** l Anvisa: 1.200UI

n

Dose sugerida: 0,5 a 2mg l RDA: 900µg* l UL: 10.000µg** l Anvisa (adultos): 9mg

Melhora da função intestinal Fornece energia para enterócitos Aumenta a absorção de nutrientes Aumenta a altura das vilosidades intestinais Melhora a função imunológica

n

Dose sugerida: 5g*** l RDA e UL: ND l Anvisa: ND

A deficiência de magnésio aumenta a produção de IL-1 e IL-6, que estão envolvidas na produção de proteínas de fase aguda na inflamação

n

RDA homens ≥19 anos: 400 a 420mg* RDA mulheres ≥19 anos: 310 a 320mg* UL: 350mg* Anvisa: 700mg

n

n n

Piridoxina (Vitamina B6)

n

À utilização de suplementação de vitamina B6, segundo resultado de um estudo, foi atribuída a diminuição dos sintomas relacionados com a tensão pré-menstrual e exacerbações cutâneas em mulheres que tomaram 50mg de piridoxina todos os dias, uma semana antes e durante o período menstrual42

n

Dose sugerida: 5 a 40mg l RDA homens: 1,3 a 1,7mg* l RDA mulheres: 1,3 a 1,5mg* l UL: 100mg** l Anvisa: 200mg

Probióticos

n

Síntese de enzimas: lactase, peptidases, proteases

n

n

Produção de ácidos graxos de cadeia curta (principalmente butirato, responsável por 40% a 50% de energia provida aos colonócitos)

n

Lactobacillus rhamnosus: 100 a 200mg Lactobacillus casei: 100 a 200mg Lactobacillus acidophilus: 50 a 100mg Bifidobacterium: 100 a 200mg Enterococcus faecium: 50 a 100mg

n

Previne adesão de patógenos por competição dos locais receptores

n

n n

(continua)

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Nutrição Aplicada à Estética

Tabela 22.9

n

Nutrientes recomendados para tratamento de acne (continuação)

Nutrientes

Função

Dose diária sugerida

Ômega-3

n

Estimula a liberação de prostaglandinas antiinflamatórias

n

Dose sugerida: 1 a 3g l RDA e UL: ND

Selênio

n

Indivíduos com acne têm níveis de selênio mais baixos no sangue

n

n

Um estudo-piloto concluiu ser efetivo no tratamento de pústulas por causa de uma de suas funções, que é combater infecções

Dose sugerida: 100 a 300µg l RDA: 55µg* l UL: 400µg** l Anvisa: 150µg/319,75****

n

Os pacientes com acne possuem níveis inferiores de vitamina A

n

n

Reduz a hiperqueratinização ductal folicular

Dose sugerida: 700 a 2.500µg l RDA homens: 900µg l RDA mulheres*: 700µg l UL: 3.000µg** l Anvisa: 10.000µg

n

O zinco é um mineral antioxidante, por ser cofator da enzima superóxido dismutase (SOD)

n

n

O estresse oxidativo atua como causa da inflamação, já que os radicais livres são potentes ativadores do fator de transcrição kappa B (NF-κB)

Dose sugerida: 15 a 30mg l RDA homens: 11mg l RDA mulheres: 40mg* l UL: 40mg** l Anvisa: 30mg

n

A ingestão adequada de zinco e de manganês, além de atuar no combate aos radicais livres, auxilia no suporte à função imunológica

n

Aumenta a produção de citocinas antiinflamatórias, como a IL-2

n

Inibe lipase do Propionibacterium acnes, proporcionando efeito antimicrobiano

n

Inibe 5-alfarredutase que converte testosterona em dihidrotestosterona, aumentando a produção de sebo

Vitamina A

Zinco

DRI: ingestão diária recomendada; ND: não disponível nas DRI; RDA: ingestão dietética recomendada; UL: limite máximo tolerável; IL: interleucina. * RDA para indivíduos adultos de 19 a 70 anos de idade. ** UL para indivíduos adultos de 19 a 70 anos de idade. *** Não há recomendação diária preconizada pela Anvisa nem UL. Dose máxima sugerida em publicação científica. **** Instrução normativa no 18 de 27 de julho de 2018/Anvisa.

Os alimentos que ajudam no tratamento e na prevenção da celulite são aqueles que fornecem um conjunto de nutrientes e fitoquímicos que auxiliam na regulação dos fatores predisponentes e no reparo das alterações que o tecido já sofreu. Os nutrientes são essenciais para prevenir danos aos tecidos e também são agentes que podem fazer reparos. Neste caso, existem nutrientes que podem auxiliar no restabelecimento da matriz

intersticial e evitar aumento da permeabilidade vascular, reduzindo edema e alterações decorrentes. Além disso, auxiliam na eliminação de toxinas, que congestionam os tecidos. Os alimentos ricos em silício, por exemplo, auxiliam na reorganização da matriz intersticial, do tecido adiposo e na microcirculação, pois na falta de nutrientes a matriz intersticial se gelifica e as fibras colágenas se espiralizam, causando repuxamento da pele. O silício atua


A imunonutrição já é conhecida por diminuir as complicações da ferida, e há evidências de que, em certas circunstâncias, melhore o processo e a eficiência da cicatrização de feridas. A otimização da nutrição e o fornecimento de imunonutrientes nas concentrações corretas podem, em última análise, proporcionar melhores resultados clínicos com relação à diminuição das complicações da ferida, diminuição da duração da cicatrização e menores custos clínicos associados ao tratamento de feridas (Figura 22.6). Nutrientes específicos, que incluem aminoácidos, ácidos graxos ômega-3, vitaminas e minerais envolvidos na cicatrização, já têm sido bem estudados, e seus papéis no processo cicatricial, esclarecidos (Tabela 22.16).103

7 DIAS PRÉ-OP

FITOTERÁPICOS A fitoterapia tem sido a medicina integrativa cujo uso mais cresceu ao longo dos tempos, devido à evolução dos estudos científicos, fatores como facilidade de adquirir as plantas e a compatibilidade das mesmas,116 além de grande aceitação pela população e sua ampla utilização terapêutica.117 O avanço terapêutico e tecnológico, e o conhecimento popular sobre as plantas medicinais têm impulsionado as indústrias a investirem nos medicamentos fitoterápicos.118 Fitoterapia é o método de tratamento caracterizado pela utilização de plantas medicinais em suas diferentes preparações, sem a utilização de substâncias ativas isoladas, ainda que de origem vegetal, sob orientação de um profissional habilitado.119

C

I

P

R

COAGULAÇÃO 24h

INFLAMAÇÃO Até 3 dias

PROLIFERAÇÃO 3 a 20 dias

REMODELAÇÃO 21 dias a 1 ano

IMUNONUTRIÇÃO: Glutamina, Arginina, Vitamina A, C, Fe, Cu, Zn, Se, Probióticos Adequado aporte de macronutrientes (carboidratos, proteínas e lipídios) Modulação da glicemia Ômega-6

Whey protein

Baixos AGE Vitamina C Peptídios de colágeno

Interromper uso de anticoagulantes

Figura 22.6 n Nutrientes envolvidos nas fases de cicatrização de feridas. A vitamina C é usada na imunonutrição 7 dias antes e até 20 dias após a cirurgia, e na fase de remodelação não será mais usada a imunonutrição; é importante então incluir a vitamina C nesse período; peptídios de colágeno, silício e vitamina C estarão presentes em todas as fases de cicatrização; o consumo de ômega-3 deve ser evitado 30 dias antes do procedimento cirúrgico. Fe: ferro; Cu: cobre; Zn: Zinco; Se: selênio.

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Suplementos e Fitoterápicos em Estética

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Nutrição Aplicada à Estética

Tabela 22.16

n

Nutrientes recomendados em casos de pós-operatório de cirurgia estética

Nutrientes Arginina

Função n

n

n

Glutamina

n

n

Dose diária sugerida

Aumenta a síntese de colágeno reparativo, é precursora da prolina e hidroxiprolina e estimula a secreção do hormônio de crescimento, causando um efeito anabólico positivo na cicatrização Diminui as citocinas (substâncias segregadas por células do sistema linfático) pró-inflamatórias, ativa os linfócitos e atenua a resposta inflamatória geral Também favorece a imunidade do organismo

n

Dose sugerida: 1 a 3g l RDA e UL: ND

Consumida por células de replicação rápida, como enterócitos e fibroblastos Em qualquer processo de estresse e lesão, a necessidade de glutamina pode estar aumentada, uma vez que ela regula o balanço nitrogenado, prevenindo catabolismo

n

Dose sugerida: 2 a 10g l RDA e UL: ND l Anvisa: ND

Piridoxina (B6)

n

Administração de vitamina B6 acelera o processo de cicatrização em feridas cutâneas113

n

Dose sugerida: 5 a 40mg l RDA: 1,3 a 1,7mg* para homens e 1,3 a 1,5mg para mulheres l UL: 100mg** l Anvisa: 200mg

PUFA

n

Sabe-se que estes metabólitos interferem em diversos passos do processo inflamatório (contração vascular, quimiotaxia, adesão, diapedese, ativação e morte celulares), sendo que a maioria desses eventos ocorre via derivados do ácido araquidônico, como prostaglandinas, leucotrienos, tromboxanos e lipoxinas120 Dietas ricas em ácido graxo ômega-3 causam diminuição na produção de IL-1-beta, IL-6 e IL-8 em neutrófilos e macrófagos, reduzindo também a produção de eicosanoides, enquanto dietas ricas em ômega-6 têm efeito contrário, ou seja, aumentam a produção de IL-1b, IL-6 e IL-8 e, além destes,a de eicosanoides120 De modo geral, estudos com neutrófilos e macrófagos de animais tratados com dietas ricas em ácidos graxos evidenciam decréscimo na ativação celular e na produção de espécies reativas de oxigênio (ROS)121

n

Ômega-6: ômega-3 até 10:1 l RDA e UL: ND l Anvisa: ND

Participa na hidroxilação da prolina para formar hidroxiprolina na síntese do colágeno e para a integridade do tecido conjuntivo, das cartilagens, da matriz óssea, da dentina, da pele e dos tendões Está envolvida ainda na cicatrização, em fraturas, contusões, hemorragias puntiformes e sangramentos gengivais Também reduz a suscetibilidade a infecções O ácido ascórbico atua como doador de elétrons para o processo de hidroxilação da prolina, durante a síntese do colágeno, fato que leva à suspeita de demanda aumentada desse ácido nos processos de reparação tecidual Além da técnica cirúrgica e dos cuidados peroperatórios, a administração suplementar de vitamina C pode ser benéfica para restabelecer o equilíbrio metabólico59

n

Dose sugerida: 500mg a 1g l RDA: 90mg para homens e 75mg para mulheres* l UL: 2.000mg** l Anvisa: 1.000mg/ 1.916mg****

n

n

Vitamina C

n

n

n n

n

(continua)


Tabela 22.16

n

Nutrientes recomendados em casos de pós-operatório de cirurgia estética (continuação)

Nutrientes

Função n

Rica em lactoferrina, desempenha função fisiológica importante ao sequestrar o ferro

n

Melhora a biodisponibilidade e a absorção de ferro. Rica em aminoácidos de cadeia ramificada (BCAA; do inglês, branched chain amino acids), que podem ser benéficos à cicatrização, viabiliza a revascularização, a proliferação de fibroblastos, a síntese de colágeno e a formação de linfócitos

n

Pode fazer parte das fontes proteicas da dieta, perfazendo recomendações diárias de proteínas

Vitamina A

n

Ferro

Cobre, zinco e selênio

Proteína do soro do leite

Dose diária sugerida n

Dose sugerida: 25g l RDA e UL: ND l Anvisa: ND

Aumenta o influxo de macrófagos e a ativação e estimulação da síntese de colágeno; aumenta o número de monócitos e macrófagos no local da ferida no início da fase inflamatória, facilitando a diferenciação das células epiteliais103

n

Dose sugerida: 1.000 a 2.500UI l RDA: 900µg para homens e 700µg para mulheres* l UL: 3.000µg** l Anvisa: 10.000µg

n

Cofator na síntese de colágeno; modera a resposta imunológica nos estados inflamatórios; a deficiência desse metal prolonga a fase inflamatória103

n

Dose sugerida: 15 a 30mg l RDA: 8mg para homens e 8 a 18mg para mulheres* l UL: 45mg** l Anvisa: 65mg

n

Melhoram o status antioxidante (glutationa peroxidase); favorecem a cicatrização de feridas103

n

Cobre: l Dose sugerida: 0,5 a 2mg l RDA: 900µg* l UL: 10.000µg** l Anvisa: 9mg Selênio: l Dose sugerida: 100 a 300µg l RDA: 55µg* l UL: 400µg** l Anvisa: 150µg/ 319,75µg**** Zinco: l Dose sugerida: 15 a 30mg l RDA: 11mg para homens e 8mg para mulheres* l UL: 40mg** l Anvisa: 30mg

n

n

(continua)

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Suplementos e Fitoterápicos em Estética

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Nutrição Aplicada à Estética

O mercado de nutricosméticos está crescendo de maneira alarmante e significativa, e muitos nutricionistas e outros profissionais da área de beleza e nutrição estão prescrevendo e indicando tais produtos. Assim, observa-se a necessidade de que esses profissionais ampliem seu conhecimento, para que possam fazer indicação com segurança, eficácia e coerência.

FÓRMULA 3 – ACNE INFLAMATÓRIA GRAU III

SUGESTÕES DE FÓRMULAS

Aqui, damos apenas algumas sugestões; a escolha da melhor fórmula e da conduta a ser adotada vai depender da avaliação nutricional e da necessidade de cada indivíduo, e deve ser feita individualmente por profissional habilitado e qualificado.

Sugestões de fórmulas para acne vulgar FÓRMULA 1 – ACNE INFLAMATÓRIA GRAU I

Vitamina A: 2.000UI. Cobre quelado: 1mg. Zinco quelado: 20mg. Piridoxina: 10mg. Aviar X doses em cápsulas. Posologia: consumir 1 dose, 2 vezes ao dia, longe das refeições.

FÓRMULA 2 – ACNE INFLAMATÓRIA GRAU II

Zinco quelado: 15mg. Selenometionina: 100µg. Mix de tocoferóis: 100mg. Aviar X doses em cápsulas. Posologia: consumir 1 dose, 2 vezes ao dia, longe das refeições.

Vitamina A: 2.000UI. Mix de tocoferóis: 200mg. Aviar X doses em cápsulas. Posologia: consumir 1 dose ao dia.

FÓRMULA 4 – ACNE INFLAMATÓRIA GRAU IV Selenometionina: 100µg. Manganês: 5mg. Zinco quelado: 20mg. Transresveratrol: 15mg. Aviar X doses em cápsulas. Posologia: consumir 1 dose ao dia.

Associar com: Curcuma longa L., extrato seco padronizado a 95% de curcuminoides, rizoma – 500mg. Aviar X doses em cápsulas. Posologia: consumir 1 dose ao dia.

FÓRMULA 5 – ACNE INFLAMATÓRIA PARA GRAUS II, III, IV

Vitamina C: 100mg. Vitamina E: 100mg. Selenometionina: 25mg. Zinco quelado: 15mg. Aviar X doses em cápsulas. Posologia: consumir 1 dose, 2 vezes ao dia, longe das refeições.

Associar com: Curcuma longa L., extrato seco padronizado a 95% de curcuminoides, rizoma – 500mg. Vitis vinifera L., extrato seco padronizado a 80% a 85% de proantocianidinas, sementes – 500mg.


Aviar X doses em cápsulas. Posologia: consumir 1 dose, 2 vezes ao dia.

FÓRMULA 6 – ACNE DE GRAU MODERADO Piridoxina: 10mg. Ácido pantotênico: 1g. Riboflavina: 1,7mg. Tiamina: 1,5mg. Ácido fólico: 400µg.

Posologia: consumir 1 dose, 2 vezes ao dia,

longe das refeições. Associar com: Óleo de peixe (ômega 3) – 1g. Aviar X doses em cápsulas oleosas. Posologia: consumir 2 doses ao dia, preferencialmente na hora do almoço ou do jantar.

Metilcobalamina: 250µg. Biotina: 1mg. Aviar X doses em cápsulas. Posologia: consumir 1 dose ao dia.

FÓRMULA 7 – ACNE NA HIPERPROLACTINEMIA Vitex angus castus, extrato seco padroni-

zado a 0,5% de agnosídeos, fruto – 10mg. Aviar X em cápsulas. Posologia: consumir 2 doses ao dia, por X dias. Associar com: Onenothera bionnis, padronizado a 15% de ácido gamalinoleico – 1g. Aviar X doses em cápsulas oleosas. Posologia: consumir 2 doses ao dia, por X dias.

FÓRMULA 9 – ACNE NA TENSÃO PRÉ-MENSTRUAL Zinco quelado: 15mg. Piridoxina: 10mg. Vitamina C: 100mg. Aviar X doses em cápsulas. Posologia: consumir 1 dose ao dia, longe

das refeições. Associar com: Onenothera bionnis, padronizado a 15% de ácido gamalinoleico – 1g. Aviar X doses em cápsulas oleosas. Posologia: consumir 2 doses ao dia.

FÓRMULA 10 – ERUPÇÕES ACNEICAS NO PERÍODO MENSTRUAL Piridoxina: 10mg.

FÓRMULA 8 – MODULAÇÃO DA IMUNIDADE PARA ACNE SEVERA

Zinco quelado: 15mg.

Vitamina C: 100mg.

Posologia: consumir 1 dose, 2 vezes ao dia,

Vitamina E: 100mg. Vitamina D3: 200UI. Coenzima Q10: 100mg. Selenometionina: 50mg. Zinco quelado: 15mg. Magnésio quelado: 100mg. Aviar X doses em cápsulas.

Aviar X doses em cápsulas.

do 14o ao 28o dia do ciclo menstrual. Associar com: Onenothera bionnis, padronizado a 15% de ácido gamalinoleico – 1g. Aviar X doses em cápsulas oleosas. Posologia: consumir 2 doses ao dia.

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Suplementos e Fitoterápicos em Estética

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Nutrição Aplicada à Estética

FÓRMULA 11 – PÁPULAS E PÚSTULAS I

Magnésio glicina: 120mg. Vitamina C revestida: 200mg. Mix de tocoferóis: 200mg. Selenometionina: 50µg. Zinco quelado: 10mg. Vitamina A: 1.000µg. Cobre quelado: 1mg. Piridoxina: 10mg. Transresveratrol: 20mg. Aviar X doses em cápsulas. Posologia: consumir 1 dose, 2 vezes ao dia, longe das refeições.

FÓRMULA 12 – PÁPULAS E PÚSTULAS II

Zinco quelado: 20mg. Vitamina C revestida: 200mg. Aviar X doses em cápsulas. Posologia: consumir 1 dose ao dia, longe das refeições.

FÓRMULA 13 – ACNE POR RESISTÊNCIA À INSULINA

Cromo GTF: 100µg. Cobre quelado: 1mg. Inositol: 200mg. Metilfolato: 400µg. Biotina: 1mg. Aviar X doses em cápsulas. Posologia: consumir 1 dose ao dia, 1h antes do almoço.

Sugestões de fórmulas para fibroedema geloide FÓRMULA 1 – RETENÇÃO DE LÍQUIDO, CELULITE E CANSAÇO NAS PERNAS Rutina: 100mg. Quercetina: 50mg. Crisina: 200mg.

Aviar X doses em cápsulas. Posologia: consumir 1 dose, 2 vezes ao

dia, antes das refeições. Associar com: Centella asiatica, extrato seco padronizado a 40% de asiaticosídeos, folhas – 100mg. Equisetum arvense L., extrato seco padronizado a 2,0% a 2,5% de flavonoides, partes aéreas – 100mg. Melilotus officinalis, extrato seco padronizado a 10% de cumarinas – 40mg. Aviar X doses em cápsulas. Posologia: consumir 1 dose, 2 vezes ao dia, antes das refeições.

FÓRMULA 2 – CELULITE COM RETENÇÃO DE LÍQUIDO, CANSAÇO NAS PERNAS E VARIZES Rutina: 20mg. Vitamina C revestida: 100mg. Aviar X doses em cápsulas. Posologia: consumir 1 dose, 2 vezes ao

dia, antes das refeições. Associar com: Centella asiatica, extrato seco padronizado a 40% de asiaticosídeo, folhas – 100mg. Pycnogenol®, extrato seco de Pinus pinaster padronizado a 75% de proantocianidinas, casca – 50mg. Aesculus hippocastanum, extrato seco padronizado a 20% de glicosídeos triterpênicos calculados como escina, sementes – 100mg. Aviar X doses em cápsulas.


25

Edilene Maria Queiroz Araújo Radamés O. Coutinho de Lima Najara Amaral Brandão Luama Araújo dos Santos

INTRODUÇÃO Até alguns anos atrás, as recomendações dietéticas pautavam-se especialmente em critérios como sexo, idade, exames antropométricos e bioquímicos. No entanto, com as descobertas em Biologia Molecular e com o surgimento da genômica nutricional, que possibilitou melhor entendimento da influência da genética na etiologia de doenças crônicas e nutricionais e de distúrbios estéticos, outros componentes passaram a ser incluídos para o diagnóstico nutricional. Assim, compreender conceitos básicos de Biologia Molecular e como esta ciência se relaciona com a Nutrição tem se tornado cada vez mais necessário para a realização de uma conduta nutricional individualizada.

INTRODUÇÃO À BIOLOGIA MOLECULAR A Biologia Molecular é a ciência que estuda a estrutura do gene e sua função em nível molecular. O estudo dessa disciplina teve início com os experimentos de Gregor Mendel em meados do século XIX. No entanto, apenas em 1944 é que a composição química dos genes foi descoberta, e em 1953 Francis Crick e James Watson descobriram a estrutura em forma helicoidal da molécula do ácido desoxirribonucleico (DNA). Cerca de 150 anos após os experimentos de Mendel, em 2003, foi finalizado o Projeto

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GENÔMICA NUTRICIONAL NAS ALTERAÇÕES ESTÉTICAS


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Nutrição Aplicada à Estética

Genoma Humano, que consistiu em um esforço internacional para identificação de toda a sequência do DNA humano.1,2 O DNA é composto por um conjunto de nucleotídeos, e sua estrutura tridimensional consiste em dois longos filamentos enrolados ao redor de um mesmo eixo, o que configura sua estrutura em dupla-hélice. Esses filamentos são formados por monômeros denominados nucleotídeos. Cada nucleotídeo consiste em um açúcar (desoxirribose), um grupo fosfato e uma base nitrogenada. As bases nitrogenadas que compõem o DNA podem ser de dois tipos: purinas (adenina e guanina) ou pirimidinas (citosina e timina). A união das fitas de DNA é possível graças à ligação complementar dos nucleotídeos entre si: a timina (T) faz ligação com a adenina (A), enquanto a citosina (C) se ligará à guanina (G). A informação genética é carregada pelo DNA graças à sequência desses nucleotídeos ao longo da fita (Figura 25.1).1,3,4 Por sua vez, o ácido ribonucleico (RNA), outra molécula fundamental para a passagem da informação genética, é composto por um único filamento formado por nucleotídeos. No RNA, assim como no DNA, os nucleotídeos são formados por açúcar, o grupo fosfato e bases nitrogenadas. No entanto, no RNA a base timina não existe e esta é substituída pela uracila (U). A sequência de três nucleotídeos no RNA é chamada de códon e o conjunto de três códons forma um aminoácido específico.5 Existem códons específicos que iniciam e códons que finalizam a sequência de formação das proteínas. Por exemplo, a sequência de nucleotídeos que indica o códon de iniciação da proteína é o AUG, que codifica o aminoácido metionina. É importante ressaltar que o ser humano possui 64 códons e que um mesmo aminoácido pode ser codificado por diferentes códons (Tabela 25.1).3,5 No núcleo de cada célula, a molécula de DNA é enovelada ao redor de proteínas

3'

5' A

D

T

D

P

P C

D

G

D

P

P A

D

T

D

P

P GA

D P

D P

5'

3'

Figura 25.1 de DNA

C

n

Esquematização da molécula

D: desoxirribose; P: grupo fosfato; T: timina; A: adenina; C: citosina; G: guanina.

denominadas histonas e, juntas, formam estruturas complexas altamente organizadas e estruturadas chamadas cromossomos.6 O número de cromossomos varia conforme a espécie. Os seres humanos apresentam 23 pares de cromossomos, sendo cada cromossomo do par herdado de um dos progenitores do indivíduo. Cada cromossomo consiste em duas cromátides (estruturas enoveladas de forma semelhante a uma bobina e que se conectam entre si aproximadamente no meio), e formam uma estrutura com formato semelhante à letra X.2,6 Os 23 pares de cromossomos humanos abrigam aproximadamente 20.000 a 25.000 genes, que são estruturas definidas como porções do DNA que contêm informação para a codificação de uma proteína específica. Assim, cada gene codifica uma proteína, e cada proteína formada tem uma função no organismo. O conjunto de genes recebe o nome de genótipo. Por sua vez, a manifestação física


Tabela 25.1

Relação dos códons com os respectivos aminoácidos formados

n

2a letra

1a letra

U UUU

U

C Ser

UUC UUA

Leu

UUG CUU C

A

CUC

Leu

CUA

UCU

UAU

UCC

UAC

UCA

Ser

Val

GUA GUG

C

UGA

Parada

A

Trp

G

CCU

CAU

CCC CCA

ACC ACA

GUC

U

UGG

Pro

CAC CAA CAG

Met

Cys

Parada

AAU

AUG

UGC

Parada

ACU

AUA

UGU

UAG

CCG Ile

Tyr

UAA

AUU AUC

3a letra

G

UCG

CUG

GUU G

A

Thr

AAC AAA

ACG

AAG

GCU

GAU

GCC GCA

Ala

GCG

GAC GAA GAG

His Gln Asn Lys Asp Glu

CGU CGC CGA

U C

Arg

A

CGG

G

AGU

U

AGC AGA AGG

Ser

C A

Arg

G

GGU GGC GGA

U C

Gly

A

GGG

G

U: uracila; A: adenina; C: citosina; G: guanina; Ser: serina; Leu: leucina; Pro: prolina; Tyr: tirosina; Cys: cisteína; Trp: triptofano; His: histidina; Gln: glicina; Arg: arginina; Ile: isoleucina; Met: metionina; Thr: treonina; Asn: asparagina; Lys: lisina; Val: valina; Ala: alanina; Asp; aspartato; Glu; glutamato; Gly: glicina.

(ou expressão) do genótipo recebe o nome de fenótipo.1 O gene é composto por porções capazes de codificar proteínas, denominadas éxons, e Região promotora

porções com função pouco conhecida que não codificam proteínas (íntrons), alternadas entre si. Tanto os genes quanto os éxons e os íntrons podem ser de diversos tamanhos (Figura 25.2).

Códon de início

Códon de terminação

5'

3'

Íntrons

5' UTR

Início da transcrição

Figura 25.2

n

Éxon inicial

Estrutura do gene

Fonte: adaptada de Erciyes, 2016.4

Éxon final 3' UTR

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Genômica Nutricional nas Alterações Estéticas

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Nutrição Aplicada à Estética

WNT/betacatenina e TGF-beta/BMP. No estudo de Dey-Rao & Sinha (2017),23 os autores identificaram que a desregulação em determinadas vias de sinalização intracelular (p. ex., a via WNT) esteve associada a mecanismos que potencializaram o processo de perda de cabelo. Embora o envolvimento destas vias na regeneração do folículo capilar seja bem descrito, a interpretação de eventos responsáveis por sua inibição ainda carece de esclarecimentos. Além do envolvimento e desregulação de vias intracelulares específicas na intensificação do processo de perda de pelo, outros estudos também mostraram que micronutrientes como a vitamina D exercem função direta e/ou indireta na saúde do pelo. De acordo com dados de um estudo publicado em 2016 no Journal of Cosmetic Dermatology, os resultados sugerem que pacientes portadores de alopecia areata ou androgênica apresentavam níveis mais baixos de receptores de vitamina D (VDR) no soro e em tecido.27 Outros pesquisadores sugerem que mudanças no metabolismo da vitamina D e a menor expressão de CYP27B1 contribuem para a perda de cabelo em indivíduos com alopecia androgênica.26 É provável que outros genes não descobertos e também influências embrionárias atuem conjuntamente no surgimento de alopecia. Todos os folículos pilosos do couro cabeludo são formados na vida intrauterina, com grande interação de derme e epiderme na produção de sua estrutura. Algumas moléculas relacionadas a esse processo, como fator de crescimento dos fibroblastos; proteínas intracelulares WNT; fator de crescimento-A, derivado de plaquetas e fator de crescimento epidérmico, caracterizam o padrão dos fios e indicam que diversas alterações durante o processo de embriogênese podem interferir no desenvolvimento de alopecia.

ACNE A acne é uma doença inflamatória comum do folículo sebáceo humano, geralmente crônica, que acomete cerca de 85% dos adolescentes e adultos jovens em países ocidentais.28,29 A acne inflamatória crônica resulta em cicatrizes e pode provocar problemas psicossociais, depressão e baixa autoestima.28 Caracteriza-se por produção exacerbada de sebo induzida por androgênios; queratinização alterada; colonização bacteriana por Propionibacterium acnes nos folículos pilosos; resposta imunológica; fatores externos como alimentação; e genética.28 A gravidade da acne varia de acordo com o número de lesões não inflamatórias (comedões fechados e abertos); número de lesões inflamatórias (pústulas e pápulas); e de acordo com a enfermidade residual, tais como nódulos e cistos.30 Este distúrbio geralmente ocorre nas regiões do corpo ricas em glândulas sebáceas, como rosto, pescoço, tronco superior e costas. Muitas dessas complicações podem ser reduzidas ou potencializadas de acordo com o estilo de vida e os hábitos alimentares do indivíduo. A dieta tem-se mostrado importante fator desencadeador de acne. O padrão de dieta ocidental, baseada em excesso de carboidratos hiperglicêmicos, leites e produtos lácteos,31 estimula a expressão do gene MTOR (gene que codifica a proteína homônima mTOR – proteína-alvo da rapamicina em mamíferos) na pele. Como resultado dessa expressão, há estímulo à resistência à insulina, maior secreção do fator de crescimento insulínico 1 (IGF-1) e maior expressão do complexo 1 do mTOR (mTORC1), todos envolvidos na patogênese da acne. O aumento da sinalização mTORC1 ativa a quinase S6K1, que, por meio da fosforilação do substrato 1 do receptor de insulina (IRS-1), induz resistência


à insulina. Também a ativação de mTORC1 facilita o acúmulo de triglicerídeos, promovendo lipogênese e reduzindo processos catabólicos, como a lipólise. Esse complexo (mTORC1) promove a síntese de lipídios mediante ativação do fator de transcrição SREBP1, que desempenha papel-chave na lipogênese sebácea.29 A contribuição genética para o desenvolvimento de acne começou a ser estudada no início do século XX pelo dermatologista alemão Hermann Werner Siemens.32 Desde então, estudos hereditários e com gêmeos indicam uma contribuição genética importante para a suscetibilidade a acne.30,32,33 Bataille et al.34 realizaram no Reino Unido, em 2002, um grande estudo com gêmeos monozigóticos e heterozigóticos e identificaram que 81% da variância de acne eram atribuídos a fatores genéticos, e o histórico familiar da doença confirmou sua hereditariedade.34 Os estudos GWAS contribuíram substancialmente para a compreensão da base genética de vários distúrbios inflamatórios cutâneos comuns e têm sido utilizados para identificação de polimorfismos associados ao surgimento e à gravidade da acne.35 Em um estudo GWAS realizado por He et al. (2014),33 com 1.056 casos e 1.056 controles da etnia Han chinesa, foram encontrados três SNP em dois loci de suscetibilidade significativa do genoma 11p11.2 (DDB2, rs747650 e rs1060573) e 1q24.2 (SELL, rs7531806). Estes SNP estão envolvidos no metabolismo androgênico, processos de inflamação e formação de cicatrizes em acne grave.33 A partir desses achados, Wang et al. (2015)36 realizaram estudo mais aprofundado do GWAS e observaram interações múltiplas de 56 SNP em nove genes, incluindo, além dos encontrados anteriormente, o TP63, um homólogo p53, responsável pela manutenção das células basais.36 Desta forma, os

genes SELL, DBB2 e TP63 parecem ter papel importante na inflamação e nos processos de formação de cicatrizes associados a acne grave. Por outro lado, em estudo com pacientes europeus não foram encontradas associações de risco de acne em nenhum dos dois loci descritos no estudo com a população chinesa. A disparidade pode refletir diferenças nos determinantes genéticos específicos da população e os critérios de recrutamento de casos e controles dos respectivos estudos. Foram identificados, porém, três loci que contêm genes ligados à via de sinalização das células do fator transformador do crescimento beta (TGF-beta) (OVOL1, FST, TGFB2). A hiperproliferação de queratinócitos, que pode levar a obstrução folicular e formação de comedões na acne, é inibida pelo TGF-beta. Do mesmo modo, TGF-beta diminui a produção de lipídios pelas glândulas sebáceas, que é aumentada e alterada na presença de acne, ou seja, indivíduos com acne apresentam menor expressão de TGF-beta. Assim, foram encontrados menores níveis de transcrição de TGFB2 e OVOL1 nas pápulas de acne inflamatórias em comparação com a pele normal.35 Na pele, a inflamação desempenha um dos principais papéis na patogênese da acne. Os queratinócitos são células epiteliais que se diferenciam lentamente para formar diferentes camadas da pele. Esse fenômeno de diferenciação é frequentemente afetado por vários estímulos que trazem sinais de ativação para várias células da pele, podendo levar a uma proliferação anormal.30 Os queratinócitos e sebócitos expressam receptores do tipo Toll 2 e 4, e iniciam uma cascata de sinalização no citoplasma com posterior ativação da via do NF-κB e proteína ativadora – 1 (AP-1; do inglês, activator protein-1). A ativação do NF-κB resulta em aumento significativo na produção de citocinas pró-inflamatórias

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(fator de necrose tumoral [TNF], interleucina [IL]-1-beta, IL-1-alfa, IL-12, IL-6, IL-8), com consequente estimulação das metaloproteinases (MMP) e ampliação das respostas imunológica e inflamatória na acne.37-39 As MMP são proteinases extracelulares dependentes de zinco e são reguladas por inibidores de tecido de metaloproteinases (TIMP).37 As MMP estão envolvidas em uma ampla gama de funções biológicas normais, incluindo morfogênese, cicatrização de feridas e angiogênese.37 Polimorfismos nas metaloproteinases têm sido associados ao desenvolvimento de acne, causando cicatrizes atróficas ou hipertróficas nos pacientes. Yaykasli et al. (2013)37 investigaram uma possível associação entre os polimorfismos MMP2 (–1306C/T) e TIMP2 (–418G/C) e acne, e os resultados demonstraram maior frequência do genótipo (–418C/C) no grupo de pacientes com acne do que no grupo-controle, concluindo que este genótipo é um fator de risco para o desenvolvimento de acne.37 Em relação à resposta inflamatória, o TNF tem papel fundamental nas reações pró-inflamatórias. O gene TNF está localizado no cromossomo 6 (6p21.3), na região de classe III do MHC.38 Geralmente os polimorfismos do TNF estão na região promotora e podem estar envolvidos no desenvolvimento de acne. Os polimorfismos mais comuns estão no promotor na posição -308. Em um estudo realizado por Aisha et al. (2016)39 na população paquistanesa, foi identificado que a frequência do genótipo A/A no TNF -308G/A foi mais prevalente em pacientes com acne do que no grupo-controle; e o genótipo A/A do SNP TNF -238G/A esteve relacionado com risco aumentado de desenvolver acne.39 Além disso, a gravidade da doença foi significativamente associada a esses polimorfismos. Em metanálise realizada por Yang et al. (2014),40 foi observado que o polimorfismo -308G/A

foi associado a risco de acne vulgar, sendo o homozigoto A/A associado a maior risco de acne que os heterozigotos A/G e o homozigoto G/G.40 A presença deste polimorfismo tem sido considerada potencial fator de risco para o desenvolvimento de acne. Acrescentem-se ainda os SNP localizados no gene que codifica a citocina IL-8. Um deles, em que ocorre a substituição de bases T para A na posição -251, pode estar associado a acne inflamatória. Em estudo realizado foram observados níveis significativamente elevados de IL-8 no soro e presença do polimorfismo -251T/A no gene IL8, em pacientes com acne, comparados a controles saudáveis. Da mesma forma, a gravidade da acne esteve associada à presença desse polimorfismo. Isto sugere que a elevada concentração de IL-8 no sangue pode aumentar a suscetibilidade a acne.30 A IL-6 e a IL-1-alfa são citocinas que também têm sido estudadas como influenciadoras do processo inflamatório na patogênese da acne. Mudança na atividade das glândulas sebáceas pode estimular a secreção de IL-1-alfa pelos queratinócitos quando estimulados por Propionibacterium acnes. Polimorfismos nos genes da IL-6 e da IL-1-alfa estão sendo associados ao desenvolvimento de acne.41 Estudo na população egípcia demonstrou que houve associação significativa do genótipo T/T e do alelo T do SNP -889C/T do IL1A em pacientes com acne, sugerindo que esse SNP T/T no gene IL1A está relacionado com risco aumentado de desenvolver acne.31 Outro gene associado à acne é o CYP17, que está situado no cromossomo 10q24.3 e codifica o citocromo P450c17a, uma das principais enzimas na biossíntese de andrógenos. Essa enzima medeia a atividade de 17-alfa-hidrolase e 17,20-liase de esteroides. Portanto, esse polimorfismo pode influenciar a atividade da enzima citocromo P450c17a e a síntese de esteroides sexuais que parece alterar, no


A Abdominoplastia, 295 Absorciometria por dupla emissão de raios X, 253 Açafrão verdadeiro, 452 Açafrão-da-terra, 107, 451 Ácido(s) - araquidônico, 26 - ascórbico, 74, 331, 365, 509 - azelaico, 89 - eicosapentaenoico, 26 - elágico, 408 - fólico, 499, 512 - graxos, 26 - - essenciais, 145, 347 - - monoinsaturados, 26 - - poli-insaturados (PUFA), 26, 27, 145, 442 - hialurônico, 47, 76, 77, 511 - linoleico, 26, 27 - linolênico, 26 - lipoico, 337 - pantotênico, 104, 139, 499, 512 Acne, 31, 85 - agentes - - sistêmicos, 91 - - tópicos, 88 - alergia alimentar e, 279 - alimentação e, 279 - alimentos funcionais, 477 - avaliação bioquímica no indivíduo com, 276 - classificações da, 87 - comedônica, 88 - conglobata, 88 - dieta e, 93 - fisiopatologia da, 86 - fulminans, 88 - genômica nutricional, 526 - grave, 88 - índice glicêmico, 219 - leve, 88 - leve-moderada, 88 - micronutrientes e, 101, 278

- mix de fibras para atenuar, 480 - moderada, 88 - moderada-grave, 88 - nodulocística, 88 - nutrientes para tratamento de, 427 - papulopustulosa, 88 - probióticos e, 98 - suplementação e, 425 - tratamento, 88 - - com luz, 93 - - terapia fotodinâmica, 93 Actinossenescência cutânea, 62 Acúmulo de metabólitos tóxicos, 56 Adipometria localizada, 254 Adiponectina, 383 Aesculus hippocastanum, 451 Água, 510 Alcaçuz, 317 Alcat, teste, 281 Alcoolatura, 446 Alecrim, 372 Alergias alimentares - acne e, 279 - exames laboratoriais para diagnóstico de, 282 Alho, 316 Alimentação e acne, 279 Alimentos - com alto poder pró-inflamatório, 32 - com baixo poder pró-inflamatório, 32 - funcionais, 384 - - aliados à estética, 474 - - e obesidade, 384 - termogênicos, 395 Almôndega de carne, 489 Aloe vera, 78 Alopecia, 131 - androgênica, 134 - areata, 135 - genômica nutricional, 524 - telogênica, 512

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ÍNDICE


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Nutrição Aplicada à Estética

Alteração(ões) - benignas, 65 - cutâneas provocadas pelo envelhecimento intrínseco e extrínseco, 65 - do fluxo sanguíneo mesentérico, 180 - malignas, 65 - pré-malignas, 65 Altura, 245 Alumínio, 159 Amido resistente, 202 Aminoácidos, 137, 439 Anexos cutâneos, 47 Antibióticos orais, 91 Antiguidade, 12 Antioxidantes, 330, 337, 427, 429 Antocianidina, 367 Antocianinas, 408 Antropometria, 229 - aplicada à estética, 244 Apigenina, 369 Aquaporinas, 74 Arginina, 307, 432, 442 Associação entre corpo e prestígio, 3 Aumento da produção energética celular, 496 Avaliação - antropométrica em estética, protocolo de, 258 - bioquímica, 269, 274 - - no indivíduo com acne, 276 - da função intestinal, 271

B Bebidas vegetais, 476 Beleza, 15 Betacaroteno, 60, 408, 427, 437, 439 17-betaestradiol, 274 Bioativação, 160 Biodisponibilidade, 410 - de minerais, 422 - de vitaminas, 424 Bioflavonoides cítricos, 408 Bioimpedância, 248 - recomendações para o exame de, 252 Biologia molecular, 519 Biotina, 140, 439, 499, 512 Biotransformação, 160 Bisfenol A (BPA), 158, 159 Blefaroplastia, 294 Blueberry, 371 Boldo, 316 Borago officinalis, 450 Borragem, 450 Braqueoplastia, 298 Bronzeamento, 354 Brownie proteico vegano, 492

C Cabelos, 132 - alimentos funcionais, 478 - aspectos nutricionais e, 137

- fortalecimento de, 437 - nutrientes para a formação do, 147 Cacau, 204 Café, 476 Cafeína, 372, 506 Cálcio, 141, 431, 500, 513 Caldo verde de couve-flor com couve-mineira e tofu defumado, 490 Calor, 25 Camada, 40 - basal, 40 - córnea, 65 - espinhosa, 40 - granulosa, 40 - lúcida, 40 Camellia sinensis, 449 Câncer de pele, 64, 67 Canela, 205 Carboidratos, 123 Carbonato de cálcio, 429 Cardápio funcional ou estético, 478 - no tratamento da celulite, 479 - para a pele e contra flacidez, 479 - para emagrecimento ou gordura localizada, 479 Carga glicêmica, 194 - e resposta glicêmica, 196 Carotenoides, 33, 74, 333, 359, 360, 408 - fontes de, 33 Castanha-da-índia, 451 Catástrofes de erros, 56 Catequinas, 75, 348, 387, 408 Cavalinha, 452 Células - da derme, 44 - de Langerhans, 42 - de Merkel, 43 - displásicas, 65 Celulite, 30, 113 - alimentos funcionais, 477 - cardápio para tratamento de, 481 - genômica nutricional, 529 - suplementação, 426 Centelha, 451 Centella asiatica, 451 Ceramidas, 72 Chá-verde, 337, 368, 449, 475 Chalcona, 367 Chapéu-de-couro, 452 Chás, 167, 335, 475, 481, 507 Chia, 201 Chumbo, 159 Cianocobalamina, 139 Cicatrização da ferida, 319 - operatória, 292 - - fase de epitelização, 292 - - fase de fibroplasia, 293 - - fase de remodelação, 293 - - fase inflamatória, 292 Ciclo capilar, 133


Cirurgia(s) - após perda ponderal, 298 - bariátrica, 297 - - disabsortivas, 298 - - mista, 298 - - restritivas, 298 - de médio e grande portes, 294 - de pequeno porte, 294 - estética, pré- e pós-operatórios de, 438 - plásticas, 293 - - estéticas, 291 - - - periodização nutricional nas, 316 - - facial, 297 Cisteína, 138, 408, 439 Cistina, 439 Clínicas de estética, 5 Coagulação, 440 Cobalamina, 499, 512 Cobre, 104, 142, 427, 435, 443, 500, 509 Coenzima Q10, 433, 500 Colágeno, 47, 75, 320 - hidrolisado, 146, 433, 439, 510 Combinação de alimentos, índice glicêmico e, 207 Complexo da membrana celular, 437 Composição corporal, 227 - mensuração da, 228 - método duplamente indireto, 229 - métodos de avaliação da, 228 - técnicas para aferição da, 248 Compostos - bioativos, 408 - fenólicos, 335 Conjugação, 160 Consultoria, 6 Consultório e atendimento domiciliar, 6 Contraceptivos orais, 91 Córnea, 40 Corneócitos, 40 Corpo - e cultura cosmética e estética, 12 - ideal, 10 - real, 10 Correção de cicatrizes inestéticas, 294 Córtex, 437 Coxoplastia, 299 Cranberry, 371 Crescimento, 55 - do pelo ou cabelo, 133 Crisina, 369, 408, 429 Crocus sativus, 452 Cromo, 431, 500 Croquetes de frango com abóbora recheados com tomate seco, 490 Curcuma longa, 451 Curcumina, 107 Cutícula, 437

D Decocção, 447 Defesa intestinal, 174

Deficiência(s) - de biotina, 140 - de ceramidas, 72 - de ferro, 142, 512 - de magnésio, 34, 513 - de niacina, 139 - de vitamina - - A, 33, 138 - - C, 146, 512 - - D, 105 - de zinco, 34 Derivado de droga vegetal, 447 Derme, 44, 57 - com a epiderme, junção da, 65 Desenvolvimento, 55 Desidratação, 180 Desnutrição proteica, 137 Destoxificação, 120, 157 - bioquímica e nutrientes envolvidos no processo de, 159 - formulações para, 168 - protocolos com fins terapêuticos, 163 Dieta(s), 181 - ácida alcalina, 389 - anti-inflamatória, 31, 119 - Atkins, 390 - cetogênicas, 390 - com alto teor de gordura, 97 - com baixo teor de carboidrato, 390 - da moda e emagrecimento, 389 - de alto índice glicêmico, 99 - de baixo índice glicêmico, 123, 198 - de baixo poder pró-inflamatório, 33 - desintoxicante, 120 - do índice glicêmico, 389 - Dukan, 390 - hiperlipídica, 96 - hiperproteica, 320 - não ocidental, 95 - normossódica ou hipossódica, 122 - paleolítica, 390 Disbiose, 98 - causas da, 178 - consequências estéticas da, 183 - diagnóstico, 185 - intestinal, 173 - tratamento da, 188 Diterpenoide forscolina, 373 DNA, 520 Dobras cutâneas, 230, 233, 254 - abdome, 235 - avaliação antropométrica com base nas, 230 - axilar média, 234 - bíceps, 233 - coxa medial, 235 - equações que envolvem medidas da espessura de, 237 - equipamentos para realização da medida, 230 - localização dos pontos de medida de, 232 - panturrilha medial, 235 - peitoral, 234 - procedimentos para realização da medida de, 232

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Nutrição Aplicada à Estética

- subescapular, 233 - suprailíaca, 234 - tríceps, 233 Docinho cocada zero, 488 Dong quai, 316 Dor, 25 Dorsoplastia, 298 DRI (dietary reference intake), 409 Droga vegetal, 446

E Echinacea, 316 Echinodorus macrophyllus, 452 Edema, 25 Éfedra, 316 Eflúvio telógeno, 135, 140 Egípcios, 12 Eicosanoides, 27 Eliminação, 161 Emagrecimento, 429 - alimentos funcionais, 477 - dietas da moda e, 389 Envelhecimento cutâneo, 30, 55, 57, 430 - alimentos funcionais, 478 - extrínseco, 62 - facial, 64 - fatores que contribuem para o, 58 - índice glicêmico e, 220 - intrínseco, 62 - nutrientes no, 329, 433 - prematuro, 67 - produtos finais da glicação avançada e, 345 - programado, 56 Epiderme, 39, 40, 57 - com derme, intersecção de, 43 Epigalocatequina galato, 337 Epigenética nutricional, 524 Equisetum arvense, 452 Era medieval europeia, 13 Eritema, 24 Ervas e especiarias, 337 Escala de Bristol, 274 Estatura, 245 Estética e saúde, 15 Estilo de vida, 58 Estradiol, 274 Estrato(s) - córneo, 71 - da derme, 44 - da epiderme, 40 Estresse, 61 - fisiológico, 180 - oxidativo, 136 - - mediado por radiação ultravioleta (UV), 58 - psicológico, 180 Estrias, 477 Exame(s) - bioquímicos, 270 - coprológico funcional, 186, 271, 272

Exposição - à luz solar, 64 - aos xenobióticos, 158 - tóxica e consequências na saúde humana, 158 Extrato, 446 - de romã, 369

F Fácies de tabagismo, 61 Fator(es) - de ativação plaquetária, 25 - de hidratação natural, 73 - de necrose tumoral, 384 - hormonais, 61 Ferro, 142, 147, 309, 439, 443, 500, 509 Feverfew®, 316 Fibra(s), 388 - de colágeno, 65 - elásticas, 46, 65 - solúveis, 200 Fibroblastos, 44, 45 Fibroedema geloide, 30, 113 - alterações histológicas no quadro de, 116 - compacto ou duro, 115 - conduta nutricional, 117 - edematoso, 115 - flácido, 115 - graus de, 114 - índice glicêmico e, 218 - misto, 115 - tratamento de, 117 - versus inflamação, 119 - versus xenobióticos, 122 Filtros solares, 67 Fitoestrógenos, 388 Fitosteróis, 387 Fitoterapia, 447 Fitoterápicos, 368, 403, 441, 447 - em estética, 448 - indicados para tratamento de distúrbios estéticos, 449 Flacidez, 66, 67, 433 - alimentos funcionais, 477 - nutrientes para atenuar, 435 Flavanol, 367 Flavanona, 367 Flavona, 367 Flavonoides, 60, 335, 366, 368 Flavonol, 367 Folículo - capilar, 65 - piloso, 47, 48 Força muscular, recursos eletroterápicos para, 508 Forma farmacêutica, 447 Formação de radicais livres, 56 Fortalecimento de cabelos e unhas, 437 - nutrientes para, 439 Fosfatidilserina, 408 Fósforo, 500 Fotoenvelhecimento, 62, 67, 356


Fotoproteção, 67 - nutrientes e, 358, 437 - oral, 353, 435 Frutas, 34 - cítricas, 475 Ftalatos, 159 Fungicidas, 159

G Galacto-oligossacarídeos, 79 Galato de epigalocatequina, 348 Garcínia, 453 Garcinia cambogia, 453 Geleia de abacaxi com gengibre sem açúcar, 487 Gengibre, 317, 476 Genisteína, 369, 408 Genômica nutricional, 519, 523 Ginema, 453 Ginkgo biloba, 317, 369 Ginseng, 317 Glândulas, 48 - sebáceas, 49, 65 - sudoríparas, 49, 65 Glicosaminoglicanos, 47 Glicosinolato SFN, 336 Glutamina, 308, 427, 442 Gluteoplastia, 297, 299 Glycine max, 450 Gordura, 321 - corporal relativa, 230 - intra-abdominal, 30 - localizada, alimentos funcionais, 477 Grãos, 34, 474 Gregos, 13 Grelina, 384 Griffonia simplicifolia, 452 Grifônia, 452 Guacatum, 486 Gymnema sylvestre, 453

H Hábitos alimentares, 59 Haste capilar, 133 Herbicidas, 159 Hidratação, 510 - cutânea, 71 - - fisiologia da, 72 - - nutrição e, 74 Higiene pessoal, 4 Hiperglicemia, 320 Hiperinsulinemia, 99, 125 Hiperpermeabilidade intestinal, 97 Hipertensão arterial sistêmica, 60 Hipertermia, 180 Hipoderme, 57 Hipoestrogenismo, 276 Hormônios, 274 Hortaliças, 34 Hortelã, 445 Hospitalização, 178

I Idade, 180 Idade Contemporânea, 14 Idade Média, 13 Idade Moderna, 14 Imagem - corporal, 11, 16 - histórica da mulher, 11 Impedância bioelétrica, 248 Imunoglobulina G (IgG), 281 Imunonutrição, 305 Índice de massa corporal, 230 Índice glicêmico, 123, 193, 195 - acne e, 219 - combinação de alimentos e, 207 - em estética, 217 - envelhecimento cutâneo e, 220 - fibroedema geloide e, 218 - resposta glicêmica e, 197 Inflamação, 24, 440 - assintomática, 25 - contínua, 25 - crônica, 26 - - e desordens estéticas, 29 - versus fibroedema geloide, 119 Infusão, 447 Ingestão - adequada, 410 - de água, 79 - de leite e acne, 105 - dietética recomendada, 410 Insulina, 124 Interleucina-6, 384 Isoflavona, 367 Isotretinoína, 92

J Jejum intermitente, 392, 393 Junção dermoepidérmica, 43

K Kaempferol, 349 Kwashiorkor, 137

L L-lisina, 138 L-taurina, 432 Lactobacilos, 408 Lactoferrina, 107 Lasanha de berinjela com muçarela de búfala, 489 Legislação - produtos fitoterápicos, 444 - suplementos, 404 Leite - de aveia, 483 - de coco, 483 - de sementes oleaginosas, 482 Lepidium meyenii, 373 Leptina, 383

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Nutrição Aplicada à Estética

Leucotrienos, 24, 25 Licopeno, 408, 437 Limite superior tolerável de ingestão, 410 Limpeza interna, 120 Linhas de expressão, 65 Lipoaspiração, 294 Lipodistrofia ginoide, 125 - genômica nutricional, 529 Lipólise, 502 - nutrição e, 502 - recursos eletroterápicos, 501 - suplementos e, 505 Lipotoxicidade, 501 Luteína, 75, 408 Luz intensa de amplo espectro e vácuo, 93

M Maca-peruana, 373 Maceração com água, 447 Macrófagos, 45 Magnésio, 33, 60, 427, 431, 500 - fontes de, 34 Maionese de abacate, 486 Malanócitos, 65 Mamoplastia, 295 - de aumento com uso de próteses de silicone, 296 - redutora, 295 Manganês, 435, 500 Manutenção do peso, estratégias nutricionais para, 394 Marasmo, 137 Massa - corporal magra, 227 - gorda, 227 - livre de gordura, 227 Mastigação, 208 Mastócitos, 46 Mastopexia, 295, 298 - com aumento da mama, 296 Matriz - extracelular, 46 - ungueal, 50 Mediadores inflamatórios, 29 Medicamentos, 179 Medula, 437 Melanina, 42, 355 Melanócitos, 41 Melão, 362 Melatonina, 317 Mercado de trabalho, 3 Mercúrio, 159 Metais tóxicos, 159 Metalotioneínas, 34 Metionina, 138 Microbiota intestinal, 175 Micronutrientes, 60 - acne e, 101, 278 - no metabolismo energético, 499 Microvasculatura, 65 Minerais, biodisponibilidade de, 422 Miricetina, 349 Mirtilo, 371

Mix - de óleos, 485 - de sementes, 485 Moda e estética, 9 Modelos matemáticos de predição de percentual de gordura corporal, 237 Molho - de mostarda com iogurte e ervas, 486 - de tomate, 487 - pesto, 485 Mutação somática, 56

N Narigina, 349 Necessidade média estimada, 409 Niacina, 499 Nozes, 34 Nutrição - aliada aos recursos eletroterápicos, 496 - capilar, 131 - e hidratação cutânea, 74 - e lipólise, 502 - e recursos eletroterápicos - - para estímulo da lipólise, 501 - - para força muscular, 508 - - saúde capilar, 511 - - síntese de colágeno, 509 - estética, 3, 4 - no pré- e no pós-operatório de cirurgia plástica estética, 301 - nos tratamentos estéticos não invasivos, 495 Nutricionista no campo da estética, 4 Nutricosméticos, 454, 455 Nutrientes - e fotoproteção, 358 - em casos de pós-operatório de cirurgia estética, 442 - no envelhecimento cutâneo, 329 - para a formação do cabelo, 147 - para atenuar flacidez, 435 - para envelhecimento cutâneo, 433 - para fortalecimento de cabelos e unhas, 439 - para prover fotoproteção, 437 - para tratamento de acne, 427 Nutrigenética, 523 Nutrigenômica, 523

O Obesidade, 30, 381 - alimentos funcionais e, 384 - processo inflamatório, 382 - tecido adiposo secretor e, 382 Obsessão pela magreza, 12 Oenothera biennis, 449 Óleo(s) - de peixe, 316 - de prímula, 78, 437, 449 - prensados a frio, 476 Ômega-3, 26, 27, 77, 94, 96, 319, 373, 387, 428, 429, 431, 437, 440, 481 Ômega-6, 26, 27, 387 Ordem de consumo dos alimentos, 207


Orientação nutricional de baixo poder pró-inflamatório, 31 Otoplastia, 294 Oxidação lipídica na escassez energética, 502

P Padrões de beleza, 16 Panqueca de banana com aveia e canela, 485 Parâmetros bioquímicos de avaliação, 270 Parto, 178 PCB (ascarel), 159 Peixe crocante assado, 489 Pelagra, 139 Pele, anatomia da, 39 Peptídeos de colágeno, 433, 435, 439 Perda de cabelo, 134 Perfil glicêmico, 270 Perimetria, 247 Periodização nutricional - esquema de, 318 - nas cirurgias plásticas estéticas, 316 Período peroperatório, exclusão de suplementos durante o, 316 Peróxido de benzoíla, 90 Personal esthetic diet, 6 Peso, 245 Pesticidas, 159 Picnogenol, 78 Pigeum africano, 450 Pigmentação da pele, 354 Pinus pinaster, 449 Piridoxina, 105, 427, 442, 499 Planta medicinal, 447 Plantago ovata forssk, 446 Plantas medicinais, 446 Polifenóis, 189, 408, 481 - flavonoides, 334 - não flavonoides, 334 Polypodium leucotomos, 370, 449 Pontos de referência por região para adipometria e perimetria, 256 Pós, 446 Pós-operatório de cirurgia estética, nutrientes em casos de, 442 Posologia, 447 Pré- e pós-operatório de cirurgia(s) - estética, 6, 438 - plástica estética, 301 - odontológicas e bucomaxilares, 6 Prebióticos, 176, 189 Pré-operatório, 293 - intervenção nutricional no, 302 Precursores de cisteína, 336 Preparação magistral, 447 Probióticos, 78, 99, 177, 189, 312, 374, 427, 431, 444, 475 - no tratamento da acne, 98 Processo inflamatório, 24, 30 Procianidinas, 349 Produtos finais de glicação avançada, 314, 346 - e cicatrização, 314 Produtos fitoterápicos, 444 Proliferação, 440

Propionibacterium acnes, 31 Própolis, 372 Proporção entre ômega-6 e ômega-3, 28 Prostaciclina, 25 Prostaglandina(s), 24, 27 - D2, 25 - E2, 25 - F2 alfa, 25 - I2, 25 Proteína(s), 137, 319 - associada ao enxofre, 136 - do soro do leite, 319, 443 - estimuladora de acilação, 384 - transportadoras de água, 74 Protetor solar, 68 Prunus africana hook, 450 Psyllium, 446 Ptose, 66 Pudim de chia com leite de aveia, especiarias e coco ralado, 487 Pulsed dye laser no espectro da luz visível, 93 Punica granatum, 449 Pycnogenol®, 372, 449

Q Queda de cabelo, 134 - avaliação bioquímica no indivíduo com, 282 - fatores de risco para, 148 Queratina, 40, 358 Queratinócitos, 40, 527 Quercetina, 335, 349, 372, 408, 430, 481 Quimiotaxia, 25 Quinoto com “arroz de couve-flor” ao molho branco de limão, 491

R Radiação ultravioleta, 64, 330, 435 Radicais livres, 56 Receitas, 482 - funcionais em estética facial e corporal, 473 Recursos eletroterápicos, 496 - e estímulo da lipólise, 501 - para força muscular, 508 - saúde capilar, 511 - síntese de colágeno, 509 Região, 44 - papilar, 44 - reticular, 44 Registro fotográfico, 257 Regulação do balanço energético, 382 Remodelação, 440 Reparação de tecidos, 305 Reprodutiva, fase, 55 Resistência à insulina, 270 Resistina, 383 Resposta - autoimune, 56 - glicêmica - - carga glicêmica e, 196 - - índice glicêmico e, 197

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Nutrição Aplicada à Estética

Restrição energética, 503 Resveratrol, 372, 388, 408 Retenção de líquidos, 122 Retinoides tópicos, 90 Retrogradação do amido, 204 Riboflavina, 499 Rinoplastia, 294 Romã, 449 Rubor, 24 Rugas, 65, 66 - dinâmicas, 65 Rutina, 349, 408, 430

Teste(s) - Alcat, 281 - cutâneo de puntura, 282 - de lactulose, 186 - de tolerância à lactose, 186 Tiamina, 499 Tintura, 446 Toxinas em alimentos, 159 Tratamentos estéticos não invasivos, 495 Trevo-vermelho, 317 Tromboxano A2, 25 Troncoplastia, 298

S

U

Sal de ervas, 482 Salpicão, 488 Saúde, 17 - capilar, recursos eletroterápicos, 511 Sebo, 95 Secura na pele, 71, 74 Sedentarismo, 61 Selênio, 60, 103, 143, 312, 336, 428, 429, 434, 443 Sementes, 34, 474 Senescência, 55 Silício, 143, 147, 430, 434, 436, 440, 444, 481, 513 Silimarina, 349, 368 Simbióticos, 177 Síndrome de ovários micropolicísticos, 283 Síntese de colágeno, recursos eletroterápicos, 509 Sistema de fase - I, 160 - II, 160 - III, 161 Smoothie - antienvelhecimento, 484 - de abaca-red, 484 - dos sonhos, 484 Soja, 450 Substância(s) - fundamental, 47 - NMF, 72, 73 Suchá de hibisco com gengibre, canela e uva, 484 Suco verde, 483 Suplementação nutricional - em estética, 425 - prescrição da, 408 Suplementos, 403, 404 - legislação de, 404 - lipólise e, 505

Unhas, 50 - alimentos funcionais, 478 - fortalecimento de, 437 Uva, 450

T Tabagismo, 59 Tecido linfoide associado ao intestino (GALT), 97, 174 Teorias - da ligação cruzada, 56 - do envelhecimento, 56 Terapia - dietética, 394 - hormonal para acne, 91 Termogênico, 505

V Valeriana, 317 Vegetais verde-escuros, 474 Venisol®, 439 Verisol®, 435 Vinagre de maçã, 206 Vitamina, 432 - A, 33, 60, 104, 138, 147, 312, 428, 434, 436, 443, 512 - B, 104, 105, 139, 427 - B1, 499 - B2, 499 - B3, 499 - B5, 139, 499 - B6, 440, 499 - B7, 140, 499 - B9, 499 - B12, 139, 499 - biodisponibilidade de, 424 - C, 60, 74, 140, 146, 310, 331, 365, 366, 429, 434, 436, 437, 442, 499, 509 - D, 33, 74, 105, 140 - E, 60, 141, 317, 332, 364, 427, 429, 437 - e minerais no metabolismo energético, 496 - fotoprotetora, 483 - H, 140 Vítex, 451 Vitex agnus castus, 451 Vitis vinifera, 450

W Whey protein, 319

X Xenobióticos, 120, 158 - versus fibroedema geloide, 122

Z Zeaxantina, 75, 408 Zinco, 34, 60, 102, 103, 136, 144, 147, 310, 337, 428, 436, 440, 443, 500, 512 - fontes de, 35


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