3ªed boletim informativo

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São Paulo, setembro de 2017, DG

III Edição

BOLETIM INFORMATIVO DA GEOGRAFIA III Edição – sobre os principais assuntos discutidos no DG

APRESENTAÇÃO surgiu a necessidade de discutir o regime da pósNeste terceira do Boletim as discussões graduação e sobre a necessidade de contratação se ampliam tendo em vista que outros estudantes de professores. também estão presentes nos espaços de representação. A Comissão de Excursões PLENÁRIA DEPARTAMENTAL Didáticas, que tem como objetivo discutir o trabalho de campo está organizando uma A última plenária departamental teve Semana a fim de discutir a importância dessa como pautas de discussão sobre os usos do atividade para a formação do/a geógrafo/a. A Prédio de Geografia e História e apreciação do Horário da Graduação para o ano de 2018. A Comissão Organizadora de Curso (COC) está fazendo adequações na ementa e em maior reunião caracterizou-se por ampla presença de profundidade, discute o currículo do curso. professores, algo nem sempre observado, em Para detrimento de conseguir um realizar essas esvaziamento discussões por parte dos com os alunos demais comparada à alunos, foi última reunião, criado o GT talvez por esta de Currículo ter tratado de a partir do assunto de CEGE, que preocupação visa discutir mais massiva, de maneira o fechamento organizada e do vão. com acúmulo Fora os aspectos apresentado positivos e aos presentes negativos do uma proposta Foto resgatada por Linniker Gardim. Nas anotações do caderno em outra foto curso de inicial da ler "aula de campo, pedologia out/81 paloi" demonstrando a importância Geografia. É pode-se distribuição das do trabalho de campo para a Geografia. muito disciplinas do 1º importante que os estudantes superem as e 2º semestre de 2018 para, a partir do ponto de divergências de pensamentos e frequentam vista dos alunos e outros professores, esclarecer esses espaços porque as mudanças só serão dúvidas, oferecer sugestões, corrigir possíveis realizadas levando em consideração a nossa erros e fechar uma proposta basal das disciplinas opinião se de fato a construirmos. obrigatórias. Também foi apontada a atual situação Ainda sobre a qualidade do curso, foi do corpo docente, com baixas tanto por futuras discutido em Plenária Departamental realizada no aposentadorias que estão por vir, quanto pelos dia 18/09 a grade do curso para 2018. A mesma óbitos de professores do departamento nos últimos pauta foi novamente discutida e aprovada em anos. O total de professores disponíveis são 39, e não temos previsão de reposição das vagas Conselho, com poucas ressalvas. Além disso, supracitadas. Edição III – Setembro/2017 –p. 1


São Paulo, setembro de 2017, DG Para além disso, através da análise dos horários apresentados, alterações foram feitas para uma melhor disposição das aulas evitando possíveis sobreposições de disciplinas obrigatórias com disciplinas eletivas, o que por consequência resulta no esvaziamento de algumas destas últimas. Também foi brevemente atualizado a discussão acerca do uso do espaço do vão do prédio. Reportou-se que as reuniões do Fórum do Espaço Aquário — composto pelos centros acadêmicos da Geografia e História, pela Atlética da FFLCH, e também pelos usuários que alugam o espaço para fins comerciais — estão ocorrendo semanalmente e que as medidas de redução de barulho e manutenção da ordem no horário das aulas estão sendo respeitadas. Entretanto, na última sexta-feira (29/09), mais uma festa foi realizada no espaço cujas consequências e danos já foram ressaltados via email departamental de autoria do Professor Eduardo Donizeti Girotto. Sendo assim, fica aberta a discussão acerca do uso deste local, e qual a organização possível de ser realizada para um melhor aproveitamento por todas as pessoas que o compõem.

CONSELHO DEPARTAMENTAL A reunião de Conselho ocorreu no dia 20/09, a qual era prevista para o dia 13/09 e precisou ser adiada devido o curto intervalo de dias entre a reunião anterior e portanto, não haveria tempo suficiente para a elaboração dos documentos a ser endossados pelos presentes. Como de costume, começamos pelo expediente com a notícia do rebaixamento da qualidade do programa de pós-graduação em Geografia Humana e em Geografia Física pela CAPES de nota 7 para 6. Alguns docentes mostraram-se indignados com este fato e foi dito que a Geografia produzida é referência no Brasil e é hegemônica. A importância desta nota está na busca por parcerias, recursos e bolsas das quais sustentam o programa. O debate foi em torno dos critérios dos quais foram avaliados e algumas das conclusões alcançadas pelos professores foram:

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Os avaliadores da CAPES se voltam a quantidade de publicações e se as mesmas estão em revistas renomadas. ● Embora tenha sido citado o nome de docentes renomados do DG, como Jurandyr Ross, Sandra Lencioni e Ana Fani Carlos, se manteve o posicionamento da CAPES em rebaixar a nota. ● Constata-se um problema entre os docentes da falta de atualização de seu lattes com novas publicações. Além do mais, alguns não publicam regularmente e falta o mesmo empenho por parte dos discentes. Foi citado o programa da pós-graduação da UFCE como comparação, o qual atingiu a nota máxima (de valor 7) em referência ao seu trabalho. Foi averiguado que todos os participantes do programa fazem publicações, inclusive os discentes. Os docentes da Geografia/USP provavelmente irão fazer um manifesto contrários a avaliação da CAPES, enfatizando a contribuição da Geografia produzida por nós para a Geografia brasileira e também citando o rebaixamento das notas de 40% dos cursos da FFLCH. A questão referente a pós-graduação nos deve servir de reflexão a respeito das pesquisas da Geografia/USP, se as mesmas são de fato problematizações da realidade e se os resultados/reflexões são levados para a sociedade. Não foi a fala hegemônica no Conselho, mas um docente deixou claro o distanciamento que temos do nosso objeto. Alguns consentiram e aproveitaram para dizer que é preciso fazer autocrítica e repensar o programa de pósdoutoramento na USP, discussão esta que está prevista para ocorrer na próxima reunião. Em continuidade, os docentes representantes da COC falaram da necessidade e urgência da adequação das ementas do curso a fim de abranger as habilidades e conteúdos necessários na formação do geógrafo e professor de Geografia. Os mesmos enfatizaram a importância de isso ser realizado de modo a valorizar a licenciatura, tendo em vista a política do Conselho Estadual de Educação em separar a licenciatura do bacharelado e destinar a formação Edição III – Setembro/2017 –p. 2


São Paulo, setembro de 2017, DG de professores ao Sistema EAD (Ensino a Distância). Ordem do dia - em retomada as pautas, além dos parecerem a ser apreciados de interesse a pós-graduação, foi debatido o levantamento realizado pela primeira vez em 2015 com a falta de professores no departamento, o qual foi atualizado em 2017 e totaliza 13 desfalques devido a óbitos e aposentadorias. As premissas adotadas para a abertura e indicação de vagas ao concurso foram as matérias as quais eram ocupadas pelos antigos docentes. O segundo critérios foi a preferência pelo preenchimento de vagas a disciplinas obrigatórias. O documento foi aprovado em Conselho. As falas foram de encontro a dizer que estamos em estado crítico na Universidade, tendo em vista a demora em atender essa demanda. Como já dito, temos apenas 39 docentes no DG responsáveis por lecionar 32 disciplinas obrigatórias e 41 disciplinas optativas eletivas, além da disposição a pesquisa e a extensão exigida no contrato de dedicação exclusiva (RDIDP). Outra questão em torno disto está no fato de que a política atual da Universidade é o favorecimento, por parte da Pró-reitoria de Ensino, da abertura de vagas para professores temporários, cujo o regime de trabalho é voltado a somente dar aulas. O salário médio de um professor contratado sob esse regime é de R$1.800,00 bruto, trabalhando 12 horas diárias. Temos plena noção de que isso significa uma perda significativa de qualidade para o profissional e para a graduação. Cabe aqui enfatizar que por falta de alternativas, a História e a Letras foram adeptas a essa política. A Geografia e a Filosofia são os únicos departamentos que rejeitaram a proposta. A pauta seguinte foi a aprovação nesta instância da grade curricular de 2018. Algumas disciplinas foram reabertas como Regional I África do Sul e Trabalho de Campo I. As alterações feitas foram a troca da disciplina Regional II Oriente Médio por Regional III - Europa, que iria ser ministrada no primeiro semestre e não mais no segundo, como tinha sido estruturado anteriormente. A representante titular sugeriu no

III Edição nome da professora Maria Eliza Miranda para dar as aulas de Oriente Médio. Os docentes da COC disseram que há a possibilidade da professora citada ministrar Trabalho de Campo I. Outras modificações foram a mudança de dias de algumas disciplinas e a possível retirada da disciplina Teoria e Método em Geoprocessamento da grade prevista para o ano seguinte. O docente Reinaldo Pérez alega que, devido a etapa atual de sua pesquisa, não pode lecionar no primeiro semestre.

“QUAL É O LUGAR DESSA FORMAÇÃO?” O debate sobre o horário do curso para 2018 suscitou novos problemas dos quais temos que enfrentar para a reformulação do projeto político pedagógico do curso. Além dos já citados, foi dito que é preciso maior dedicação dos docentes da graduação no que diz a abertura de vagas para disciplinas que a bastante tempo não são dadas. Uma alternativa a esse inconveniente é a divisão da disciplina em dois momentos a ser dada por dois ou mais professores. A ausência de dedicação ao ensino na graduação reflete-se na falta de disponibilidade de alguns docentes em orientar TGIs. Os poucos que o fazem ficam sobrecarregados e os demais destinam maior tempo as suas pesquisas. A pergunta do título, dita e constantemente suscitada nas discussões nos corredores da Geografia, nos convida a uma reflexão sobre a formação do/a geógrafo/a a partir do pressuposto que temos uma papel, que se cumpre conforme estamos dispostos a integrar os conhecimento para um bem comum.

COMISSÃO DE EXCURSÕES DIDÁTICAS A partir de setembro, os cargos de representante discente das comissões de excursões didáticas e de comissão coordenadora de curso passaram a ser ocupados por mais alunos da Geografia, configurando assim um quadro de maior representação estudantil frente às pautas do curso. Sendo assim, cada comissão passa a ter um titular e um suplente, atuando em conjunto com os RDs gerais. Edição III – Setembro/2017 –p. 3


São Paulo, setembro de 2017, DG No que se refere à comissão de excursões didáticas, em primeiro lugar gostaríamos de salientar que ela está sendo reconstruída após um longo período sem representação discente para, assim, buscar entender as necessidades e demandas do curso e dos discentes. Sendo assim, o primeiro passo da comissão está sendo atuar junto à organização da I Semana de Trabalho de Campo da Geografia (de 28/10 a 01/11), junto ao professor Eduardo Girotto. Trazendo consigo o tema “A Geografia se faz com os pés!”, a ideia do evento é trazer à tona as questões que permeiam a importância do trabalho de campo na formação do geógrafo e do professor de geografia, com o intuito de fomentar a reflexão dos estudantes. A plenária a ser realizada ao final do evento terá como um de seus objetivos motivar algumas das próximas discussões desta comissão. Por fim, em vista da ausência desta representação discente nos últimos anos, pretende-se elaborar um documento com as atribuições do representante, bem como informações importantes para facilitar o trabalho dos futuros representantes discentes de excursões didáticas.

III Edição atividades acadêmicas. Segundo o Regimento Interno do departamento, existe um caderno de atas do Conselho Departamental na secretaria que pode ser consultado pelos alunos. Também temos uma cópia física que disponibilizamos para consulta. RD’s: Conselho: Mariana Oliveira - titular Luiz Henrique Picasso - suplente COC: Guilherme Leria - titular Linniker Gardim - suplente Comissão de Excursões Didáticas: Maria Jucielma Lima - titular Vitória Barbosa - suplente Tiragem: 150 cópias, pela cota do CEGE.

Novo email para contato: rdgeousp.boletiminfo@gmail.com

ERRATA Pedimos desculpas pelo atraso de duas semanas na entrega do Boletim Informativo.

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CALENDÁRIO Semana ANPEGE: mesas da pósgraduação, 12-15 de outubro. Semana de Geografia: 18-20 de outubro. I Semana de Trabalho de Campo: 28/10 a 01/11. Conselho departamental: 18 de outubro.

CONTATO Dúvidas, críticas e sugestões serão aceitas e expostas no próximo boletim informativo na coluna “Opinião”, ainda a ser estreada. Quanto representantes, estamos abertos ao diálogo no período comum as Edição III – Setembro/2017 –p. 4


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