Catalogo Exposiçao Arte Contemporanea

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19fev a 30abr


ficha técnica FICHA TÉCNICA Projecto MIRLA FERNANDES / M.E.M. Design e Execução Gráfica ROBERTO RAMOS / ArtDesign PT rramos@artdesignpt.com Fotografia ROBERTO RAMOS (CAPA) e Direitos Reservados

Impressão O LIBERAL Tiragem 500 exemplares DISTRIBUIÇÃO GRATUITA MUSEU ETNOGRÁFICO DA MADEIRA

O Anel utilizado na capa e em todo o catálogo foi baseado no projecto Mylar Ring (2008) da designer Lisa M. Johnson.

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"para atravessar contigo o deserto do mundo" exposição de artesanato 2011


introdução

A Exposição de Artesanato Contemporâneo, “Para atravessar contigo o deserto do mundo”, insere-se no estudo realizado no âmbito do Mestrado em Gestão Cultural, denominado “Estratégias para o desenvolvimento do artesanato contemporâneo na Madeira”. As artes e ofícios têm um papel muito importante na afirmação das identidades locais, mantendo e preservando um vasto legado de memórias e património etnográfico e dando a conhecer, assim, a realidade social, cultural e económica de uma determinada região. Esta exposição tem como objectivo essencial reconhecer alguns artesãos contemporâneos da Região. Estes novos artesãos, através do design, da inovação, da criatividade, do respeito pelo tradicional e pelo meio ambiente, criam peças surpreendentes, inspiradoras e que contam histórias. Revalorizam, assim, o sector das artes e ofícios, vindo ao encontro de uma crescente procura de objectos menos estandardizados e mais personalizados, que trazem em si a presença de matérias menos transformadas e a marca da mão que as trabalhou. O desafio lançado aos artesãos e designers consistiu na criação de quatro peças originais, tendo como tema o verso “Para atravessar contigo o deserto do mundo”, do poema com o mesmo nome, de Sophia de Mello Breyner Andresen. É um mote que se insere na temática dos afectos, dos sentimentos positivos, pois a criação artística só é possível quando existe amor pelo que se faz, quando as emoções são o pincel, a mão, a criatividade que se transforma em objectos. A quarta peça solicitada destinava-se a fazer parte de uma peça conjunta, denominada “Ligações visíveis”, em forma de anel, significando que todos estes artesãos e designers estão empenhados no mesmo compromisso: desenvolver o sector das artes e ofícios em Portugal. Esta exposição pretende, assim, dar a conhecer vários tesouros criados com muito carinho, talento e dedicação, que espelham o melhor do nosso mundo. A todos os que tornaram possível este projecto, o meu mais sincero obrigado! MIRLA FERNANDES

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nota

Não só a técnica, no seu estreito sentido, é objecto da Antropologia. Pelo contrário, as manifestações simbólicas são um campo privilegiado para a interpretação do Homem em sociedade. A antropologia colabora no estudo da linguagem das formas, da mímica das linhas e das cores. Estamos no pleno domínio da Antropologia Cultural, sempre que abordamos as diferenças étnicas do sentimento estético e das manifestações da arte. A arte popular, actividade criadora, na qual impera o valor do singular, reflecte a consciência étnica de um povo, ocupando um importante papel na cultura. O produto artesanal não pode converter-se numa mercadoria, deixando de ser a expressão de uma personalidade, de um povo. Daí, não só a necessidade de valorização destas artes únicas, mas também a necessidade de debruçarmo-nos sobre os problemas reais com que elas se debatem e que se prendem com a aprendizagem, o controlo de qualidade e genuidade e a disponibilidade de espaços para divulgação e comercialização. Tudo isto se insere no que se pode designar por uma “Política de Artesanato”. Quando se fala em artesanato genuíno madeirense, não estamos obrigatoriamente a falar em artesanato tradicional. Mais recentemente, têm surgido algumas actividades artesanais, que embora não possuam uma longa tradição, subjacente a um certo modo de vida e incorporem novos processos, novas matérias-primas e novas morfologias, não deixam de ser artesanato genuíno madeirense. É o que se designa por “artesanato moderno”. Por outro lado, há que inovar, mesmo quando se trata do artesanato dito tradicional. Há que introduzir novas técnicas (facilitando a produção) e novas morfologias, adaptando-se às novas exigências de um mercado cada vez mais competitivo. Face à globalização, há que apostar num artesanato de qualidade, utilizando estratégias de marketing que aproveitem os recursos e oferecendo produtos que traduzam a nossa identidade cultural e que, por isso, são únicos. Mirla Fernandes dedicou a sua tese a esta problemática. Foi muito gratificante para o Museu Etnográfico da Madeira receber esta exposição, resultante de um projecto que vem reforçar o que sempre defendemos e o trabalho que desenvolvemos, em colaboração com os nossos artesãos. LÍDIA GÓES FERREIRA

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auoa handmade Handmade significa feito à mão, feito com amor, estes trabalhos são portadores de sentimentos, de emoções e recuperam uma actividade manual. Os bordados preservam as nossas memórias e proporcionam novas vivências. Estes artefactos que podem ser tocados, sentidos, contêm em si mesmos uma história, a de quem os executa e de quem os idealiza. Os criadores Nelson Henriques e Luísa Spínola contaram desde o início, Março de 2010, com um grupo de artesãos, aos quais lhes foram transmitidos os objectivos do projecto, assim como o processo de idealização de cada peça. Naturalmente, o nome surgiu da reflexão sobre todos estes aspectos, daí AUOA que no vocabulário popular regional era utilizado como expressão de admiração. As peças estão divididas por colecções e cada colecção tem um tema. As bonecas de massas, as flores e plantas endémicas, e o traje típico da Madeira, são as primeiras colecções, que se apresentam das mais variadas maneiras: pregadeiras, colares, pulseiras, entre outros objectos. 6

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auoa handmade

Site: www.auoa-handmade.pt E-mail: info@auoa-handmade.pt Telm.: 96 825 03 79

obras em exposição

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1 - Cocorocó (anel) | (3cm x 3cm) Resina e tinta acrílica | 2011 2 - Psiu! (pregadeira) | (13cm x 8cm) Resina, tinta acrílica e feltro | 2011 3 - Tilintar (colar) | (34cm x 17cm) Resina e tinta acrílica | 2011 "para atravessar contigo o deserto do mundo" exposição de artesanato 2011

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azul desejo Paula Gomes é licenciada em Geologia e, actualmente, é Professora do Ensino Secundário. Duarte Gomes é ceramista. “Azul Desejo” é um projecto destes dois artesãos e teve início em 2002, substituindo o anterior projecto “Terracota”. Esta oficina situa-se na Freguesia do Paúl do Mar e a sua actividade principal é a produção de azulejos pintados à mão, em painéis, e de outros manufacturados utilizando a técnica da aresta, técnicas mistas e técnica de lastra. Paula e Duarte Gomes introduziram as suas peças no mercado artesanal madeirense, renovando e enriquecendo o nosso património artístico, produzindo cerâmica com motivos regionais e contemporâneos. A utilização dos pontos do bordado Madeira nas suas peças é a característica essencial e inovadora dos seus trabalhos. A particularidade destes artesãos é, assim, o facto de “bordarem” o barro. Estes artesãos têm no seu repertório artesanal a concretização de réplicas de azulejos Hispano-árabes para lojas de alguns museus da Madeira e a produção de trabalhos para particulares. Em 2003, realizaram a Exposição "Azul Desejo", no Museu da Electricidade. 8

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azul desejo

Site: http://azuldesejo.no.sapo.pt E-mail: azuldesejo@yahoo.co.uk Telm.: 96 159 97 61 / 96 356 27 72

obras em exposição

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4 - Fim do deserto (60x30) Pintura em azulejo 5 - Arco-iris circular (28,5 diâmetro) Chacota com aplicação de vidrados coloridos 6 - A corda que nos iguala (38x52) Peças em chacota com aplicação de vidrados coloridos "para atravessar contigo o deserto do mundo" exposição de artesanato 2011

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carmen molina Carmen Molina, mais conhecida por Moly, é licenciada em Design e Projectação e Professora convidada pelo Estabelecimento Prisional do Funchal onde desenvolve um Projecto de Cerâmica, desde o ano lectivo 2008/2009. O figurado de Carmen é singular, excêntrico, festivo, apelativo e repleto de espiritualidade. Esta artesã participou, ao longo do seu percurso, em diversas exposições, das quais destacamos: “Natal Madeirense – Presépio de Escadinha”, em 2009 e “Homenagem a Salomé Teixeira – um símbolo da arte popular madeirense “, em 2005, no Museu Etnográfico da Madeira. Como frutos do seu trabalho de formação no Estabelecimento Prisional do Funchal, Carmen já organizou duas exposições em colaboração com o MEM denominadas: “Presépios e Terços – Uma perspectiva multicultural”, em 2008 e “Arte e Devoção – Fachadas e Figurado em Barro”, em 2009. Carmen participou, também, em diversos concursos, tais como: V Concurso de Presépios (1990) e no IX Concurso dos Tronos de Santo António (1991), organizados pela Associação de Artesãos da Região de Lisboa, alcançando uma “Menção Honrosa” e o 1º Prémio, respectivamente. 10

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carmen molina

E-mail: carmeneloina@gmail.com Telm.: 91 724 31 81 Tel.: 291 935 772

obras em exposição

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7 - “Por isso com teus gestos me vestiste” (20cm x 31cm) Barro branco e vermelho policromados e papel reciclado. 8 - “Meu espelho minha vida minha imagem” (25cm x 17cm) Barro branco e vermelho policromados e papel reciclado. 9 - “Ao lado dos teus passos caminhei” (57cm x 57cm) Barro branco policromado, massa de pão (bonecas de massa) e papel reciclado. "para atravessar contigo o deserto do mundo" exposição de artesanato 2011

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helena alencastre Helena Alencastre nasceu no Funchal e é licenciada em Psicologia. Em 1997, iniciou um Curso de Cerâmica, no Instituto do Bordado, Tapeçarias e Artesanato da Madeira. Esse facto determinou o desenvolvimento do seu trabalho nesta área. Todas as suas peças são produzidas de forma singular e artesanal. Dedica-se, com especial atenção, às miniaturas de presépios e figuras regionais, em que prevalecem expressões de ternura e carinho. Evidenciam-se os seguintes eventos em que participou: Exposição colectiva “Presépios Madeirenses – Tradição e Inovação”, no espaço Infoart da Secretaria Regional do Turismo e Transportes, em 2008; Exposição colectiva “Prendas e Sonhos”, no Centro de Ciência Viva do Porto Moniz, em 2008; Exposição individual “Sonho de Natal”, no Palácio de São Lourenço, em 2005 e Exposição individual “Presépios Intemporais”, na galeria da loja G&I, em 2005. De 1999 a 2003 Helena Alencastre orientou cursos de Verão, para crianças, apoiados pelo antigo I.B.T.A.M. 12

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helena alencastre

Site: www.helenaalencastre.com E-mail: info@helenaalencastre.com Telm.: 96 943 09 39

obras em exposição

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10 - A Curva de Um Universo (caixa de música) (18cm x 8,5cm x 8,5cm) Barro branco e vermelho, pintado com engobes e vidrados | 2011 11 - O Fruto (caixa de música) (13cm x 8,5cm x 8,5cm) Barro vermelho, pintado com engobes e vidrados | 2011 12 - Encontro... no Paraíso (10,5cm x 17cm) Barro vermelho, pintado com engobes | 2011 "para atravessar contigo o deserto do mundo" exposição de artesanato 2011

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luz ornelas Luz Ornelas iniciou a sua actividade, com embutidos, no Instituto do Bordado Tapeçarias e Artesanato da Madeira, em 1995, após ter efectuado um estágio teórico/prático sobre esta disciplina, com a orientação do senhor João Nóbrega, como parte integrante do curso de Engenharia de madeiras, da escola superior de tecnologia de Viseu. Através da técnica dos embutidos, concretiza trabalhos belíssimos que incluem uma grande diversidade de objectos quer decorativos quer utilitários, como por exemplo: caixas de jóias, de charutos, tabuleiros, marcadores de livros e facas de papel, entre outros. Simultaneamente faz conservação e restauro de peças de particulares e de património. Participou em diversos eventos, tais como: Exposição colectiva “Presépios Madeirenses – Tradição e Inovação”, em 2008; “Arte com Vinho Madeira”, em 2008; “Prendas e sonhos”, em 2008; “Antinomias”, em 2005; “Sedimentos de Ritmos”, em 2005; “Ritos e rituais”, em 2004 e na Exposição colectiva de embutidos e cerâmica, em 1999. Luz Ornelas esteve presente, também, na 14ª amostra ibero-americana de artesanato, em Santa Cruz de Tenerife, a 28 de Novembro de 2004. 14

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luz ornelas

E-mail: luzornelasenator@gmail.com Telm.: 92 909 28 97

obras em exposição

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13 - sem título (5cm x 8cm x 6cm) técnica embutido | Madeira de Til, Perado e Tulipeira | 2011 14 - sem título (12cm x 98cm,x 21cm) técnica embutido | Madeira de Til, Perado e Jacarandá 15 - sem título (4cmx 7cm x 5cm) técnica embutido | Madeira de Til, Buxo e Urze | 2011 "para atravessar contigo o deserto do mundo" exposição de artesanato 2011

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orlando góis Orlando Góis é conhecido, essencialmente, pelas suas magníficas figuras feitas a partir da palha da bananeira e pelas esculturas em pedra e outros materiais reciclados. Este artesão realizou algumas exposições individuais e colectivas, desde que iniciou o seu percurso criativo, em 1994. A Exposição individual no Museu Etnográfico da Madeira, em 2009 “Palha de Bananeira – Aproveitar, Criar, Inovar” e a Exposição “Presépios Madeirenses”, no Aeroporto da Madeira, em 2008, foram algumas delas. Orlando Góis participou no IX Prémio de Artesanato “Natal em Viana do Castelo”, tendo recebido o 2º Prémio, em 2009. Foi seleccionado para participar no Prémio Nacional de Artesanato, em 2001 e em 1999. Neste mesmo ano, marcou presença no 2º Salão de Primavera “Inquisição/ /Museu da Electricidade” onde alcançou uma menção honrosa, com uma escultura em pedra. Em 1997, ganha um prémio originalidade aquando da exposição colectiva “O Homem e o Artefacto”, no MEM. De salientar que uma das figuras em palha de bananeira de Orlando Góis é um dos 4 selos que compõem a colecção dedicada aos museus da Madeira - CTT Funchal 2003. 16

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orlando góis

E-mail: snyper_1988@hotmail.com Telm.: 91 878 33 77

obras em exposição

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16 - sem título (30cm x 30cm x 30cm) Troncos de mar rolados de mar e barro | 2011 17 - sem título (50cm x 70cm x 17cm) Troncos de mar rolados de mar e barro | 2011 18 - sem título (25cmx 40cm x 20cm) Troncos de mar rolados de mar e barro | 2011 "para atravessar contigo o deserto do mundo" exposição de artesanato 2011

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susana ornelas Susana Ornelas iniciou o seu percurso na arte de embutir ao lado do mestre Nóbrega, prosseguindo a sua formação sob orientação da Eng.ª M.ª da Luz Ornelas. Susana vê na experimentação a descoberta da criação. Dos embutidos à cerâmica, do alumínio ao acrílico e aos fios de algodão, trabalha todos estes materiais de uma forma muito livre e impõe às suas peças um cunho muito pessoal. Susana Ornelas tem como principais áreas de trabalho o artesanato, a conservação e restauro e a pintura. Com um percurso artístico peculiar, cedo viu o seu trabalho reconhecido com a atribuição de importantes prémios a nível regional e nacional. Destacamos o 1º Prémio Nacional de Artesanato Tradicional 1999/2000, com a obra “Oceano” (embutidos); o Prémio Cidade de Câmara de Lobos -Artesanato em 2000 e 2001; o 1º Prémio “Jovem Prodígio 2002”, pelo IJM, com a obra “Floração” (embutidos); Menção Honrosa no Prémio Nacional de Artesanato Contemporâneo 2003/2004, com a obra: “São rosas, Senhores” (peça de cerâmica artística) e o 1º Prémio Nacional de Artesanato Contemporâneo 2005/2006, com a obra: “AzulejoBordadOuro” (peça em alumínio com recortes, gravura). 18

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susana ornelas

Site: http://arte-s-anato.blogspot.com E-mail: susorn@hotmail.com Telm.: 96 953 54 34

obras em exposição

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19 - “Recuperador de Devaneios;” (15,3 cm x 7 cm x 6,5 cm) | 2011 Técnica: embutidos | madeira de til, vinhático, jacarandá e pereira 20 - Vergel de madeira/Antro de autonomia (18,1 cm x 14,1 cm x 4,9 cm) | 2011 Técnica: embutidos | Madeira de til, vinhático, perado, laranjeira, nespereira e amarelo cetim. Madeira de cânfora no interior 21 - T2 (vizinhos inc.) (12,2 cm x 10,5 cm x 10,5 cm) | 2011 Técnica: embutidos | madeira de til, vinhático, perado, jacaranda, magnólia, nespereia, laranjeira, amarelo-cetim. Madeira de cânfora no interior. "para atravessar contigo o deserto do mundo" exposição de artesanato 2011

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tânia nóbrega Tânia Nóbrega nasceu na Venezuela, no entanto considera-se natural da Madeira. Licenciada em Arquitectura de Interiores, exerce actualmente como actividade principal o artesanato. Em 2006, esta artesã criou e registou a marca de artesanato contemporâneo denominada “Natureza Viva”. A sua marca divide-se por várias linhas de peças: Formas Vivas; Perdidos e Achados; A Duas Mãos; Construções Inesperadas; Tem Dias e Folklore. Tânia é mais conhecida pelos pequenos bonecos que veste com os trajes dos grupos de folclore da Região; pelas malas e pelas pregadeiras de flores do seu imaginário e da Madeira. Todo o seu trabalho é resultado de cuidadosas técnicas manuais. Conjuga criatividade, conhecimentos tradicionais e qualidade às necessidades de hoje; com o objectivo de estabelecer laços afectivos, motivando o interesse pela arte, pelo artesanato e pela cultura madeirense. No trabalho de execução, conta com a ajuda da sua mãe, bordadeira reformada. O seu objectivo é valorizar e divulgar a criatividade e a identidade, a cultura e os produtos regionais, promovendo a economia e o emprego locais. Tem participado em várias exposições e eventos, designadamente no programa Atlântida (RTP Madeira e RTP Internacional). 20

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tânia nóbrega

E-mail: tanianobrega@hotmail.com Telm.: 96 658 81 08

obras em exposição

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22 - Sem título (170cm) Feltro, linhas e fios de algodão, missangas, lantejoulas, canutilhos, contas de madeira. 23 - Sem título (36cm x 33cm) Feltro, linhas e fios de algodão, missangas, mola e alfinetes. 24 - Sem título (50cm x 40cm) Feltro, tecido regional, linhas e fios de algodão, arame, lantejoulas, fita, papel e cores que se pretendem vibrantes e perpétuas no olhar. "para atravessar contigo o deserto do mundo" exposição de artesanato 2011

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M - de mãos Mãos calejadas, mãos doridas, mãos geladas Mãos macias, mãos torturadas, mãos estimadas Mãos sábias, mãos cuidadosas Mãos fortes, mãos delicadas Mãos precisas, mãos rigorosas Mãos que cumprem, que fazem, que constroem Mãos criativas, plenas. Mãos cheias, redentoras. Anónimas mãos de gente Que olha a vida de frente Mãos sem preço. Mãos Preciosas. As vossas. Ana Pires, in Revista Mãos nº 13, 2001

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