Revista Marketing Católica - Edição 22

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Kater Filho

A promessa é para vós, para vossos filhos e para todos os que ouvirem de longe o apelo do senhor, nosso Deus! Ora, se a promessa é para nós, o Espírito Santo não é apenas algo etéreo ou virtual, mas uma presença real e atuante em nosso ser! Por meio dele podemos ser fermento na massa e fazer crescer o Reino de Deus pelo mundo afora, mesmo tendo forças malignas contrárias que nunca desistem de nos tentar atrapalhar e, particularmente, nos desanimar frente aos desafios e obstáculos. Não me esqueço das palavras do Frei Elias Vella em seu livro: Ancorando minha vida em Deus, onde ele, como um experiente exorcista, afirma textualmente que: “a última arma de Satanás, depois de várias e frustradas tentativas de nos derrubar, é o desânimo...” Estas palavras eu registrei indelevelmente em meu coração “à fogo”, para que ali ficassem eternamente gravadas e delas me lembrasse para sempre, enquanto vivesse. Assim, sempre que eu topo com pessoas desanimadas em meu caminho, sinto o “mau cheiro” do maligno rondando e tentando derrubar aquela pessoa ou então fazer fracassar aquela missão, projeto, sonho, vocação ou instituição. Desânimo nada mais é do que ausência de ânimo. Ânimo que se origina do latim animus que significa: alma, espírito, mente, em síntese, vida espiritual. Logo, quando desanimamos, continuamos vivos biologicamente, porém morrendo espiritualmente, que é o que o maligno quer. Para não desanimarmos precisamos da força do fermento que Jesus se refere. E, minha preocupação, como cristão e profissional de Marketing Católico, é com o desânimo generalizado que tenho encontrado (com honrosas exceções) em nossa Igreja, tanto junto ao clero como junto aos fiéis, e tenho certeza de que isso não é nada bom, muito menos da vontade de Deus... Por isso, precisamos buscar urgentemente a força do fermento em cada um de nós, cristãos responsáveis pela instauração do Reino de Deus ainda nesta vida.

A força do “fermento” Paradoxalmente, eu a encontro onde o fermento biológico não entra em sua composição: na Hóstia Santa, o meu alimento diário. Porém, quem a fermenta é o próprio Jesus Cristo, força viva de nossa alma, de nosso espírito, enfim de nossa vida espiritual. Diante desta minha experiência pessoal de comunhão diária há 32 anos, e também de minha experiência profissional nas consultorias de Marketing que já dei, dou e continuo a dar por inúmeras instituições do Brasil, posso afirmar que as equipes de trabalho: evangelizadas e que recebem com frequência a Eucaristia e procuram se capacitar em suas atividades, são muito mais eficazes do que as equipes não evangelizadas (e, muitas vezes até nem católicas ou não praticantes) que mesmo bem treinadas e capacitadas, não conseguem um resultado mais eficaz em ações evangelizadoras. Concluindo, eu lhes diria, caros leitores e leitoras, que mesmo que usemos todas as técnicas de marketing (que potencializam as nossas ações), se não levedarmos as nossas equipes com o fermento da Eucaristia, que nos faz crescer e nos tornarmos mais fortes espiritualmente e mais leves dos fardos naturais que a vida nos impõe, não seremos bem-sucedidos em nossas missões. Assim, vamos levedar-nos e, ao mesmo tempo, levedarmos as nossas pastorais, os nossos párocos, as nossas catequistas, os nossos fiéis, enfim todas as pessoas envolvidas e comprometidas com o crescimento do Reino de Deus já nesta vida, para que, ao concluirmos nossa vida neste mundo e voltarmos para o seio de Deus Pai, possamos ouvir de Jesus, aquelas palavras que Ele já nos antecipou: “Vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do Reino que vos está preparado desde a criação do mundo, porque tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; era peregrino e me acolhestes; nu e me vestistes; enfermo e me visitastes; estava na prisão e viestes a mim.” Mt 25, 34 – 36.

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