19ª Edição - Adriana Chiari Magazine

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ADRIANA CHIARI19 MAGAZINE Nº

“O normal é ser diverso”

Nina Silva CEO do Movimento Black Money Criadora da plataforma de educação e inclusão financeira dos empreendedores negros

NOVA CIVILIZAÇÃO

EMPREENDER COM INCLUSÃO

Clau Cicala

ASTROS ANUNCIAM TRANSFORMAÇÃO DA SOCIEDADE

É GERAR OPORTUNIDADES PARA TODOS COM SOLUÇÕES DE ACESSIBILIDADE E COMUNICAÇÃO

EMPREENDEDORA DIGITAL FUNDADORA DO PROJETO “BRASILIDADE ESTAMPADA”

Entrevista exclusiva

CÔNSUL-GERAL DO BRASIL EM LONDRES, TARCÍSIO COSTA 1

Pandemia, Brexit & Empreendedorismo www.adrianachiarimagazine.net


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Se reinventar di ante das adversidades - Dani Cajá

história com Construir a própria a dá. vid a e os “tijolos” qu i rin za La - Gabriela

Estar sempre conectada com em as novidades do mercado do. liga está ss ine bus seu que - Vera Bernardino

Superação diária , investir em você, acima de tu do. Acredite. - Renata Becker

Ser

empreen seu Se lançar ao mundo com ao outro. o mã a dar da ain e o talent - Líbia Ribeiro

Oferecer um serv iço ou produto que inove o mer cado e atinja a necessidade dos clientes. - Angela Blonsk i

cê aquilo Tirar de dentro de vo ar o play! ert que te prende e ap ra - Thalyta Perei

Continuar. Está cansada? Continua! Está desanimada? Continua! Está triste? Continua! Sem tempo? Continua! - Damiana Andrade

Inspirar as p essoas a sere m melhores do que nós! - Grace Man ica

r diferente Ter coragem de se e louca. - Eliana Oliveira

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Amor, determinação, otimismo, valores, mente aberta. - Eugenia Andreadis

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“Encontrar seu destino” e realizá-lo. - Mirna Kau ffman


não Acreditar que o impossível . existe - Rennée Rassasse

Acreditar n a sua ideia ! - Carla Silv eira

Ser um idealiz ador, ter nov as ideias, fazen do tudo com amor e determinaç ão. - Mabel Castr o

dedora é...

e ar; Machucar Cair e levant r! ce de ra ag e r ce assoprar; Ven Seja grata! tins - Michele Mar

nhos a Acreditar em seus so . los áliz rea ponto de - Márcia Peel

Saber que juntas somos mais fortes. Não há obstáculos que não podemos superar. Não há barreiras que não podemos transpor. Não há preconceitos que não podemos vencer. Quando nos apoiamos e nos ajudamos. Somos hoje mais de 1,5 milhão de mulheres empreendedoras no Reino Unido, e mais de 230 milhões em todo o mundo. Representamos hoje 30% dos negócios em todo o mundo. Juntas, poderemos ir muito mais além. “Nenhuma de nós é tão boa quanto todas nós juntas.”

Criar oportunida des nas adversidades do dia a dia. - Micheline Sanc hes

lo uimos ver aqui Quando conseg e para os olhos que é invisível ar de alegria. faz a alma vibr a - Susy Shikod

eias com muito Idealizar suas id o. Fazer amor e dedicaçã das pessoas da vi diferença na o por isso. e ser reconhecid - Vanessa Sotto

Amar muito o que faz, que o trabalho não se torna duro e sim, prazeroso. - Catalina Del gado

Ter coragem, acreditar que pod e e conseguir! - Carolina Andrade

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ADRIANA CHIARI 19

MAGAZINE Nº

Diretora-Geral Adriana Chiari Editora Jornalista Fabiana Pio Revisor de Texto Flavio Cesarotti Projeto & Design Gráfico Leonardo Avila (StartingPoint Marketing & Design)

Fotógrafos Alessandro Filizzola, Humberto Souza e Carl Lewis Outras imagens: Shutterstock.com Colaboradores Roseane Shekinah, Daniele Tedesco, Karla Barbosa, Prof. Marcos Sforza, Reginaldo Fonseca, Alessandro Filizzola, Kinicha da Costa, Renata Gouveia, Barbara Fernandes, Marcia Peel, Diego Hatschbach, Barbara de Souza, Carolina Capellari Simon, Nara Vidal, Sabrina Rocha, Shirley Brandão, Daniela Muniz, Dirceu Pio, Catalina Delgado, Graciella Starling, Jaci Marioh, Katia Fernandes, Araly Cardoso Espaço Publicitário Analicia Thackray Vivi Mazzocco Business Associates Adriana Chiari e Lenne Moghadari

Publicidade ADRIANA CHIARI MAGAZINE Contato: + 44 (0) 7576 256 594 Redes Sociais: @adrianachiarimagazine www.adrianachiarimagazine.net PARA ANUNCIAR: marketing@adrianachiarimagazine.co.uk FALE CONOSCO: info@adrianachiarimagazine.co.uk

ADRIANA CHIARI MAGAZINE não se responsabiliza por produtos e serviços em quaisquer mídias comerciais. A responsabilidade de cada conteúdo é inteiramente de cada publicador, no caso de colunistas e anunciantes.

©2020 Adriana Chiari

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CARTA DA EDITORA

Caras leitoras e caros leitores

A

Antes de mais nada, gostaríamos de perguntar: Como vocês estão? Sabemos que cada um de nós tem enfrentado as mais diversas situações nesses últimos meses. Sempre digo que estamos na mesma tempestade, mas não no mesmo barco. Tempos difíceis para muitos, talvez não tão difíceis para alguns. No momento em que esta edição está sendo publicada, temos a impressão de que o pior já passou por aqui. Enquanto o Reino Unido registrava o pico mais alto de infecções, nós nos refugiávamos em nossas casas, à espreita, esperando passar, o mais rápido possível, o nosso inimigo invisível. Agora, aos sairmos lentamente do ‘lockdown’, cautelosos, buscamos voltar à ‘normalidade’. Mas qual será o novo ‘normal’ daqui para a frente? Enquanto o mundo corre em busca de uma solução para essa pandemia, escolhemos acreditar que dias melhores virão e que em breve estaremos de volta ao nosso ‘tradicional’ ambiente de trabalho. Mas quem sabe agora de forma mais solidária e responsável? Pensando nos novos passos a serem tomados em nossa caminhada profissional, elaboramos esta edição especial sobre “Empreendedorismo”, com histórias inspiradoras de Nina Silva e Clau Cicala, dicas incríveis sobre negócios, reflexões e insights, além de uma entrevista exclusiva com o Cônsul-Geral do Brasil em Londres, Tarcísio Costa, que nos conta sobre as mais recentes ações do Consulado durante a pandemia e o suporte aos brasileiros empreendedores no Reino Unido. Se você está em busca de dicas sobre ‘como montar seu escritório em casa’, não pode deixar de ler aqui a matéria da decoradora Renata Gouveia. Está à procura de novas ideias para empreender? Não perca o artigo da chef Barbara de Souza, que nos explica que é possível fazer dinheiro, sim, com aquilo que é normalmente jogado fora em nosso dia a dia! Que tal conferir as previsões da nossa astróloga e estrategista Kinicha da Costa, que antes mesmo da pandemia tem nos alertado sobre a “Nova Civilização” que se inicia… Esses são apenas alguns dos muitos artigos superinteressantes contidos nesta edição, preparada com muito carinho para vocês. Tenhamos fé de que isso tudo vai passar e que sairemos desta pandemia como seres humanos mais conscientes da importância do nosso papel em uma sociedade. Forte abraço. Até breve, Adriana Chiari & Equipe

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ADRIANA CHIARI MAGAZINE

SUMÁRIO

N.

FOTOGRAFIA A fotografia e a Moda

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Alessandro Filizzola

MODA

CULTURA & VIAGEM

Novas tendências de Outono e Inverno

Os jardins mais belos da Europa

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Barbara Fernandes

Roma em um dia

ENTREVISTA

Nara Vidal

Clau Cicala por Reginaldo Fonseca

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A inovação por meio da tradição

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Graciella Starling

Karla Barbosa

35 CORPO & ALMA Autoestima & Empreendedorismo

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SAÚDE & BELEZA

Márcia Peel

Rinoplastia: Estética e Funcional

18

Professor Marcos Sforza

Nova Civilização

A beleza de cada idade

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Kinicha da Costa

Jaci Marioh

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Dicas de Make de Verão: Muita Sombra (e água fresca) Roseane Shekinah

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Trauma & Empreendedorismo

40

Sabrina Rocha

Empreendedorismo, Atitude & Intuição

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Daniele Tedesco


CAPA

NEGÓCIOS

‘O Normal é ser diverso’, Nina Silva

Liderança autêntica com propósito

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Carlos Eduardo Oliveira

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O empreendedorismo do futuro

69

Daniela Muniz

FINANÇAS Autônomo ou Empresa Limitada?

CASA & DECORAÇÃO

70

6 Dicas práticas de como montar seu Home Office

48

Shirley Brandão

Renata Gouveia

Catalina Delgado

IMIGRAÇÃO Legalização por meio dos filhos

ESPECIAL

Zehra Tamkan

Pandemia, Brexit & Empreendedorismo NUTRIÇÃO

Fabiana Pio

52

Alimentos que ajudam na TPM e Menopausa

74

Caravana Fraternidade sem Fronteiras Katia Fernandes

Empreendedorismo na gastronomia sustentável

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Barbara de Souza

SEU ESPAÇO

INCLUSÃO

Qual é o seu mindset?

A rentabilidade do acesso

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Carolina Capellari Simon

CULINÁRIA

PROJETO SOCIAL

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78

Dirceu Pio

Analicia Thackray

Você já ouviu falar em constelação familiar? Empreender com inclusão, oportunidade para todos Diego Hatschbach

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Vivi Mazzocco

EVENTO Festa de Lançamento da nossa 18ª edição

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Da Redação


MODA

Novas tendências de Outono e Inverno

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As novidades lançadas durante a última Semana da Moda 2020 já começam a tomar conta das vitrines das lojas nas principais cidades do mundo, Nova Iorque, Paris, Londres e Milão, ditando a moda da próxima temporada Outono-Inverno.

Barbara Fernandes Consultora de Imagem e Estilo @maxmystyle Fotógrafo: Alessandro Filizzola

Como consultora de imagem e estilo, acompanhei de perto os principais desfiles do último London Fashion Week, juntamente com a equipe da Adriana Chiari Magazine, e escolhi aqui algumas tendências que achei superinteressantes. Mas gostaria de ressaltar que as tendências devem ser adaptadas ao nosso estilo próprio e silhueta, e nunca seguidas à risca.

Franjas, babados e cores Para quem gosta de um pouco de extravagância, as próximas estações prometem muitos babados, franjas e cores fortes. As novas tendências refletem o interesse em clássicos sazonais, cheios de personalidade. As cores fortes transmitem atemporalidade e versatilidade – e incentivam a criatividade. Mas se esse não for o seu estilo, não se preocupe, porque os cortes e cores minimalistas continuarão por toda a temporada, refletindo a mudança de mentalidade do consumidor de hoje, que prioriza valor e longevidade em relação às opções de cores, evitando aquelas que estão aqui hoje e desaparecem amanhã.

A modelo brasileira Marianne Fonseca esbanjou beleza com todas as plumas, franjas e paetês durante o último London Fashion Week. Essa tendência vai e volta com tanta frequência que já está quase virando uma moda atemporal.

Designer: AADENEVIK www.adrianachiarimagazine.net

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MODA

True Blue O Azul Royal (True Blue) transmite força e elegância. Seu tom mais escuro remete à cor do céu ao anoitecer. Além de inspirar confiança e empatia, aumenta nossa aspiração por uma base sólida e estável sobre a qual desejamos construir nossas vidas. O True Blue será uma forte tendência durante todo o ano.

Designer: Edeline Lee

Mangas bufantes Provavelmente, você deve achar a manga bufante coisa de fashionista nível hard. Mas se depender de tudo que vimos nos últimos shows do London Fashion Week, essa nova tendência vai certamente viralizar e fazer a cabeça de todo mundo. Mas essa tendência não surgiu agora, não! Ela foi supermarcante nos anos 80.

Designers: INIFD Corporate

DICA: Esse estilo chama bastante atenção aos ombros. Se tiver o biotipo ‘triângulo invertido’, talvez esse não seja o estilo ideal, pois dará mais volume onde seria melhor disfarçar.

Bermudas As bermudas prometem ser destaque neste Outono-Inverno 2020. Para muitas, parece ser uma aposta mais arriscada, no entanto as bermudas com cortes mais clássicos deverão se tornar peças-chave nas próximas estações. Se considerarmos que a ‘versão ciclista’ surgiu há cerca de dois anos, já podemos considerar que as bermudas serão um sucesso consolidado. Uma peça em que vale a pena investir.

Designer: Apujan

DICA: Esta é especial para as baixinhas. Caso desejem usar bermudas abaixo dos joelhos, sugiro o uso de saltos altos, que irão ajudar a alongar a silhueta. 13

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ENTREVISTA

Reginaldo Fonseca Consultor de moda

ENTREVISTA

“Não nasci com o dom do desenho, nasci com o dom da persistência.”

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A empreendedora digital Clau Cicala é idealizadora do projeto “Brasilidade Estampada”, no qual a designer transmite todo seu conhecimento, ministrando workshops de estamparia e palestras nas principais cidades do Brasil. A paulistana de 36 anos é formada em Propaganda e Marketing, Coaching, mas foi na Pós-Graduação em Design de Estampas que descobriu sua paixão pela profissão, e durante seus nove anos morando no Rio de Janeiro fez seu nome e conquistou marcas que se tornaram clientes, como FARM, Blue Man, C&A, Karsten e Grendha. Com foco em projetos especiais e licenciamentos, a designer já assinou coleções para as marcas Francesca Romana Diana, Mercedes-Benz Brasil, Cícero Papelaria, Gaoli e Perky Shoes, entre outras.

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Fale um pouco da sua história de vida. Minha história começa em 11 de agosto de 1983, às 18h, em um hospital da zona leste de São Paulo. Após 40 dias de vida, minha mãe falece como num susto e deixa meu pai com duas filhas bebês para criar, dentro de uma família de classe média baixa, na qual a escassez era muito presente. Cresci com minhas avós, meu pai e tios, até que meu pai se casou novamente e, assim, formou-se uma família tradicional cujos valores eram muito nítidos e verdadeiros. Já na adolescência, aos 14 anos, decidi trabalhar para ajudar em casa e aprender uma profissão. Um dos irmãos da minha mãe me deu a oportunidade de criar uma revista de bairro. Queria independência! Tornei-me uma prodígio do design gráfico e, aos 18 anos, estava trabalhando em uma multinacional. Aos 23, me apaixonei por um carioca e parti para o Rio de Janeiro com o pouco que tinha e um 14


ENTREVISTA sentimento enorme pelo cara que se tornou meu primeiro marido. Na Cidade Maravilhosa, entrei na pós-graduação de Design de Estampas e me apaixonei. Foi assim o início da minha mais nova carreira. Em pouco tempo, criava para as principais marcas cariocas, facilitava workshops e fechava parcerias com grandes marcas. Meu nome ficou conhecido e passei a ser uma das maiores autoridades em DNA estampado do Brasil. Separei-me, voltei à minha cidade e reencontrei um amigo do passado, com quem tive meu filho Luca, que hoje tem 3 anos. Um menino incrível, que me ensina muito a cada dia. Após um período turbulento da vida, resolvi transformar meu workshop presencial em online, aumentei ainda mais minha penetração no mercado criativo e, hoje, tenho mais de 1.000 alunos e influencio mais de 150 mil pessoas no YouTube e Instagram por semana. Em março, lanço o meu mais novo curso, chamado “Sucesso da Arte”, onde ensinarei marketing para designers. Os projetos para 2020 são retomar os eventos presenciais, escalar ainda mais os cursos online, formar meu time de designers do Estúdio Clau Cicala, fechar novas parcerias e fazer meu segundo workshop presencial em Londres.

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Como é o trabalho de uma ilustradora de sucesso como você? Nas minhas sessões de análise, costumo dizer que estou em constante construção e me tornando a mulher empreendedora que sempre quis ser. Meu trabalho hoje é estruturar o meu estúdio e escalar a criação de estampas, criando um time competente que consiga, dentro do meu método de trabalho, contar histórias por meio de estampas. Fazer gestão de pessoas está sendo meu maior desafio, e confesso que estou adorando. Gerar muito conteúdo online também faz parte da minha rotina e, mais do que tudo, influenciar positivamente meus seguidores por meio de lives é uma das coisas que mais me deixam realizada.

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Na sua visão, o que é ser uma mulher empreendedora na atualidade?

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Há pouco tempo, você teve uma luta de vida e uma grande vitória em relação à sua saúde. Pode nos dizer o que mudou na sua vida?

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Entre tantas coisas que você já desenvolveu, quais foram os trabalhos de maior destaque?

Ela é independente, tem as próprias ideias e conceitos. Tem o poder de construir alicerces fortes com sua perspicácia e inteligência. Definitivamente, mulheres empreendedoras podem mudar o mundo!

Sim, tive câncer de mama em estágio inicial, e graças a Deus passou. Estou curada. Toda essa experiência me fez olhar o mundo com mais sutileza. Tornei-me uma pessoa mais forte, decidida e guerreira. Nada me derruba!

Dentre todos os trabalhos que fiz, as parcerias com as Sandálias Ipanema e com a Glambox me trouxeram muito destaque, pois consegui colocar minha arte numa escala absurdamente grande. Sendo assim, milhares de consumidores dessas marcas foram impactados e meu nome passou a ter mais valor no mercado criativo.

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O seu trabalho exige muita criatividade, sensibilidade, intuição… Acredito que o que me faz conseguir criar estampas ou ilustrações é o fato de ter tido contato com pintura e desenho desde muito cedo. Comecei a trabalhar como designer gráfico aos 14 anos. Isso também fez com que o meu olhar se refinasse muito, ou seja, quando iniciei a carreira como designer de estampa já tinha uma bagagem considerável de cores, composições, espaçamentos, técnicas manuais e digitais. Qual o segredo de tudo isso? Prática define tudo o que crio. Não tem nada nessa vida que não possa ser aprendido. No meu caso, treinei muito tudo o que sei. Não nasci com o dom do desenho, nasci com o dom da persistência. Onde você busca inspiração? No momento, minhas inspirações estão em livros, viagens e tudo o que me conecta com o universo e com Deus. Quando o assunto são clientes, me baseio 100% no briefing e consigo mais de 95% de assertividade em minhas criações. Quais são as dicas para empreender com sucesso dentro de uma carreira escolhida, seja ela qual for? - Faça o que te dá prazer! - Estruture seu negócio de forma eficiente e faça uma ótima gestão. - Escale seu negócio; só assim conseguirá ganhar dinheiro de verdade. - Acredite que já deu certo! - Se não der, corrija a rota e vá de novo. Afinal, “não existe fracasso para quem não desiste nunca”.

Desenhar é... me conectar! Sou feliz por... ter saúde e poder criar meu filho. Um sonho... fazer uma imersão do Brasilidade Estampada com mais de 1.000 pessoas. Um lugar... o mundo Ídolo... Deus Uma mulher... Eu A Clau Cicala em 3 palavras... corajosa, ambiciosa, dona de si. www.adrianachiarimagazine.net


MODA

A inovação por meio da tradição

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Com Graciella Starling, a chapelaria ganhou lugar de destaque no cenário da moda brasileira. Ela foi responsável por introduzir o conceito da alta chapelaria no país e hoje é referência no assunto. Mundo afora na arte de fazer à mão chapéus e ornamentos para cabeça, é conhecida como Millinery e é um importante símbolo no resgate de tradições.

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MODA Além de criar chapéus e fascinators, Graciella também desenvolve para a marca que leva seu nome peças para noivas, debutantes e eventos especiais, que demandam criações exclusivas. Ela virou referência no mercado de casamento, inovando ao trazer métodos de produção do universo da chapelaria. Suas criações são na maioria sob medida e se destacam pela excelência e originalidade. Cada detalhe é pensado de acordo com o dress code e biotipo da mulher. Todas as proporções são levadas em conta, desde a largura dos ombros à circunferência da cabeça. As peças são tão exclusivas que recebem o nome da cliente ao entrar para o acervo da marca.

O encontro das suas raízes barrocas com o know-how adquirido na sua formação internacional resulta em um trabalho de extrema originalidade e beleza, influenciando na forma como a moda brasileira passou a perceber a chapelaria e o universo das noivas.

Busco com a arquitetura das minhas criações expressar a leveza que o brasileiro carrega, por meio da imagem de uma mulher feminina, elegante e moderna; pois a juventude não é uma questão de idade” , afirma Graciella.

Ela é formada pelo London Fashion School e pós-graduada no Istituto Europeo di Design, em Barcelona. O vasto conhecimento que adquiriu em seus estudos, com o intercâmbio com conceituados milliners ao redor do mundo, permitiu à designer desenvolver técnicas exclusivas com materiais brasileiros, no núcleo de pesquisa que mantém em seu atelier no Brasil. Em constante evolução, ela propõe a imagem de uma nova mulher: sofisticada e atemporal. É considerada pela revista Vogue como a “Philip Treacy” de saias; hoje a marca tem se destacado no cenário internacional em eventos como o Royal Ascot, Barcelona Bridal Week, Paris Fashion Week, além de vestir suas criações nas cabeças das celebridades mais bem vestidas do Brasil, como Marina Ruy Barbosa, Sabrina Sato, Ivete Sangalo, Taís Araújo, entre outras.

Graciella Starling – Alta Chapelaria www.graciellastarling.com.br Instagram: @graciellastarling

Fotos: Reidie Cavagliere

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SAÚDE & BELEZA

Rinoplastia: Estética e Funcional

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A busca para se aproximar não de um padrão estético da sociedade, mas de mais harmonia com o próprio rosto, pode transformar o dia a dia de uma pessoa. No mais, em alguns casos, a respiração dos pacientes também pode ser melhorada

A beleza é um importante fator de aceitação não somente social, mas também pessoal. Além de facilitar na interação e comunicação, sentir-se bem consigo mesmo faz maravilhas pela autoestima de qualquer pessoa e é capaz de influenciar positivamente até mesmo a sua saúde. Porém, a natureza que nos torna únicos também não é perfeita, e para muitas pessoas isso pode ser um problema. Sendo assim, podemos dizer que o nariz é fundamental na composição da beleza e equilíbrio do corpo, por localizar-se no centro da face. Quando o nariz é desproporcional ao restante do rosto, torna-se uma área difícil de se esconder. É por isso que cirurgias estéticas do nariz são cada vez mais requisitadas e procuradas por pacientes de todas as idades.

Quando fazer?

O que é rinoplastia? A rinoplastia é uma cirurgia que trata as alterações estéticas e funcionais do nariz, sejam elas de origem genética ou pós-traumática, corrigindo a desproporção entre o nariz e a face, alterando as formas da ponta e do dorso, diminuindo ou aumentando as narinas, além de melhorar a relação entre o nariz e o lábio superior, sempre respeitando as características próprias do paciente.

A rinoplastia pode ser realizada com fins estéticos, mas como também contribui para melhorar as funções respiratórias, ela igualmente pode ser uma alternativa para: Corrigir o desvio de septo: quando o problema obstrui as vias nasais, impedindo a respiração; Diminuir a carne esponjosa: quando as adenoides aumentam de tamanho dentro do nariz e também provocam dificuldades respiratórias. Por lidar com uma parte tão importante para a vida e também central na formação do rosto, a rinoplastia exige muito conhecimento e cuidados para quem busca essa alternativa de procedimento. O primeiro passo é a escolha de um bom profissional para realizar a operação, isto porque o resultado final é diretamente proporcional ao profissionalismo, experiência e capacitação do cirurgião. Na primeira consulta com o profissional escolhido, é fundamental ser transparente com o médico, tanto em relação às motivações e expectativas de resultados como na descrição correta do quadro clínico. O bom cirurgião só poderá recomendar a cirurgia caso perceba que a paciente está apta – física e psicologicamente – para a operação.

Dr. Marcos Sforza Cirurgião Plástico

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SAÚDE & BELEZA

Cuidados pessoais

Após marcar a data da cirurgia, é fundamental seguir à risca as orientações, pois o pré-operatório é tão importante para o resultado como o pós: estar em boas condições de saúde, passar na avaliação médica e nos exames laboratoriais exigidos, além de informar sobre os remédios que se toma (alguns devem ser suspensos), além de não consumir bebidas alcoólicas nem fumar dias antes da cirurgia. E, por último, nada de alimentos sólidos ou líquidos 8h antes da realização da operação.

Pré-requisitos

Além de todas essas informações, é importante lembrar que somente um cirurgião profissional poderá dar o aval para a realização da rinoplastia.

Alguns dos pré-requisitos incluem: ter mais de 18 anos, idade em que o crescimento facial está finalizado; ser fisicamente saudável, sem problemas que possam comprometer a operação e a recuperação;

Procedimento

Na hora de realizar a rinoplastia, é feita uma anestesia, que pode ser local, com ação somente na área em que será realizada, ou geral, com entubação da paciente, que irá respirar com a ajuda de aparelhos durante a realização do procedimento. A técnica utilizada para realizar a cirurgia pode ser aberta ou fechada. A técnica fechada é recomendada em tratamentos de menor complexidade, pois as incisões são feitas somente na parte interna do nariz. Já na técnica aberta, é realizada uma pequena incisão abaixo da ponta nasal. Em ambos os casos, podem ser feitos tanto a diminuição ou remodelamento do atual nariz como também o seu aumento, por meio de enxertos de cartilagem, próteses e preenchimentos. Além disso, dependendo da necessidade de cada paciente, é possível corrigir ainda a asa nasal. As incisões são feitas na lateral do nariz, e a cicatriz ficará localizada no sulco nasal, praticamente imperceptível. O tempo de duração do procedimento gira em torno de 2h a 4h, dependendo da complexidade do procedimento e dos objetivos da paciente. Após a cirurgia, o paciente geralmente é liberado no mesmo dia, mas em alguns casos é necessário um período de internação entre 12h a 24h.

Depois

não ser fumante, pois o tabaco causa complicações e perigos graves para a operação e recuperação; principalmente, ter uma atitude positiva e expectativa realista sobre o procedimento.

Dessa forma, é possível reconstruir o nariz, corrigindo imperfeições estéticas e pós-traumáticas, devolvendo ao paciente muito mais do que a beleza facial: o bem-estar pessoal, a aceitação do próprio corpo e a autoestima de viver com mais alegria.

Antes 19

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SAÚDE & BELEZA

A beleza de cada idade F Foi-se o tempo em que as mulheres acima dos 40 anos eram vistas pela sociedade em geral apenas como mães e avós, deixando a beleza e a sensualidade por conta da sua passada juventude, quando uma vez foram consideradas lindas e sensuais. No entanto, cada vez mais temos referências de mulheres que acompanharam seu tempo, tornando-se, sim, mais maduras, mas sem desaboná-las em relação a sua beleza e talentos próprios.

É claro que com o passar do tempo mudam-se as necessidades e as expectativas em relação ao visual. Por isso, é importante acompanharmos essas mudanças de forma positiva e elegante, valorizando nossas diferenças. Como visagista profissional, reuni aqui algumas dicas quanto aos cuidados com os cabelos e a maquiagem mais adequada, de acordo com a ocasião, respeitando as diferentes fases da vida.

20 anos

30 anos Nessa fase de descobertas, tudo parece combinar. É importante experimentar para descobrir suas vontades e necessidades, indo ao encontro com seu eu, sua identidade própria, podendo assim abusar de cores e cortes.

Dicas

CORTE: Cabelos longos, cortes retos e franjões são minha indicação para essa idade. LOOK PARA A NOITE: Faça babyliss, e depois solte para deixar só com ondas, dando um ar moderno. MAQUIAGEM Maquiagem sempre leve, somente para realçar a beleza jovem e natural.

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Precisamos descobrir quem é essa mulher. O que ela faz? Tem filhos? Tem tempo livre? Uma profissional muito atarefada não terá tempo para cuidar de um cabelo muito longo.

Dicas

CUIDADOS COM OS CABELOS

CUIDADOS COM OS CABELOS

Jaci Marioh Visagista

Eu sempre ouvi a frase: "Cada idade tem sua beleza". Mas na realidade essa frase era de efeito, para absolver o preconceito impingido às mulheres de mais idade.

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CORTE: Para essa idade, cortes médios e repicados caem superbem, precisando de manutenção e cuidados para manter os fios bonitos e domados. LOOK PARA A NOITE: Para a noite sugiro cabelo semipreso, dando um ar moderno e atual. MAQUIAGEM Já a make precisa ser sofisticada, mostrando a versatilidade dessa idade, sem ser muito carregada, para não chamar atenção.


SAÚDE & BELEZA Essa idade traz segurança, a mulher agora é bem decidida, por isso, qualquer comprimento de cabelo fica bom.

Os cabelos volumosos são indicados para rejuvenescer a aparência. Nessa idade normalmente as mulheres ficam com os fios enfraquecidos, por conta da menopausa.

Dicas

Dicas

CUIDADOS COM OS CABELOS CORTES: Cabelos repicados e desfiados são os mais indicados e deve-se levar em consideração o formato de rosto e estilo de vida, para uma melhor adequação. LOOK PARA A NOITE: Para a noite, cabelos soltos passam um ar mais jovial, mas se for uma festa é melhor optar por preso total ou um penteado bem estruturado.

CUIDADOS COM OS CABELOS

CORTES: Indico que mantenha as madeixas mais curtas, e os cortes podem ser repicados no alto da cabeça para dar mais volume, mas não devem ser muito desfiados. MAQUIAGEM Na maquiagem, as cores alegres levantam a expressão dos olhos. Cuidado com misturas de tons muito contrastantes para não ficar muito chamativo. Conhecer a paleta sazonal que favorece de acordo com seu subtom de pele pode ser a melhor pedida. Cílios postiços também podem ser ótimos aliados.

MAQUIAGEM A maquiagem torna-se indispensável, as cores sóbrias são as melhores opções, a pele deve ser bem cuidada. O uso de corretivo valoriza.

40 anos

50 anos

60 anos Dicas

CUIDADOS COM OS CABELOS Não tem mais jeito! Os brancos dominaram, e a coloração, cada vez mais frequente, acaba enfraquecendo o fio, deixando os cabelos mais finos e ralos. Abuse de bobs pequenos, puxando desde a raiz do cabelo para dar mais volume. MAQUIAGEM A maquiagem agora não pode ser pesada, deve ser viva, mas sem muito brilho – opte por sombras opacas. Produtos minerais são ótimas opções, pois oferecem maior cobertura na hora de suavizar marcas de expressão. Olho esfumado é sempre um acerto. 21

Mulherúnica

Lembrando que, independentemente das dicas, cada mulher é única e ninguém melhor do que você para se olhar no espelho e descobrir o que melhor lhe cai. O mercado dessa mulher empoderada e madura agora é vigoroso. Mais que uma tendência, acredito ser um novo caminhar e olhar do mundo para essa mulher e dela para si mesma. Nesse período, o que importa mesmo para ela é estar conectada, saudável no corpo e na mente. Dessa forma, aquele envelhecer de antigamente demorará muito para acontecer. www.adrianachiarimagazine.net


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Muita sombra (e água fresca!) Roseane Shekinah Make up Artist

Não hesite em usar delineadores e sombras coloridas e com brilho!

Para esta estação, as sombras saem finalmente do anonimato e chegam cheias de personalidade nesta temporada, exibindo uma nova paleta de cores, com tons surpreendentes e muito mais atraentes.

Os resultados serão surpreendentes!

Muito ousado? O segredo é não ter medo de experimentar! O melhor truque é a tentativa e o erro. Brinque com as cores opostas e suas combinações.

A dica do momento não poderia ser outra: abuse e use das cores! Vermelho, magenta, coral, azul-cobalto, verde-flúor e até multicolorido. Que tal um delineador de cor roxa para contrastar com os olhos esverdeados?

Além de toda a gama de cores que você imagina,

co ou de brilho os tons metálico, holográfi cias. também são fortes tendên

Ou uma sombra turquesa para os olhos castanhos?

E o mais importante:

divirta-se!

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ESPECIALISTAS EM MICROPIGMENTAÇÃO Venha conhecer nosso novo estúdio de Micropigmentação e Maquiagem semi-definitiva, localizado em Londres na região de Canning Town, com fácil acesso pelo metrô Jubilee line ou pelo DLR. Nossos profissionais são todos altamente qualificados, experientes e com certificados internacionais na área de Micropigmentação. Nossas especialidades são:

Sobrancelhas

Lábios

Capilar ANTES

Fio-a-fio ultra realista, Ombre/Sombreada, Combinada (Fio-a-fio + sombreada) e todas as outras técnicas incluindo remoção e correção de procedimentos já feitos.

Efeito batom ou blush, contorno, ajuste de formato, ajuste de coloração e revitalização labial (para mulheres e homens).

DEPOIS

Para homens insatisfeitos com a perda de cabelo, somos especializados na simulação ultra-realista da base do folículo capilar, criando o efeito ‘raspado’. Pode ser feito na área toda da cabeça ou somente nas áreas onde há calvice. Resultado completamente natural e realista que dura em média 3 anos.

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E13, East London


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FOTOGRAFIA

A fotografia e a moda A moda encontrou na fotografia a sua parceira ideal. De mãos dadas há mais de um século, elas se complementam de uma maneira sublime.

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Na primeira, as formas e as tendências de cada nova estação, e na segunda, o veículo de divulgação que leva aos quatro cantos do mundo as novas criações dos designers de cada região. E o sucesso desse casamento está no espetáculo visual resultante dessa união. Antes da fotografia, o que havia eram textos e ilustrações para explicar aos diferentes públicos o que se usava em outras terras, ou mesmo nas cortes de cada país. Aliados a amostras de tecidos e, em alguns casos, até mesmo a bonecas de demonstração, era tudo o que se tinha. E a moda caminhava devagar naquele tempo. O primeiro ensaio fotográfico de moda propriamente dito foi atribuído a um fotógrafo chamado Edward Steichen, em um artigo intitulado “L’Art de la Robe” (algo como ‘A arte de vestir’, em uma tradução livre) e publicado pela revista "Art et Décoration, em Paris. E para o espanto de muitos leitores, isso só aconteceu em 1911, quase 80 anos depois da invenção da fotografia!

* Ale Filizzola Texto, fotografias e desenho

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LCF-Footospeed by Ale Filizzola, Caroline Dorau e Cecylia M: projeto conceitual de cianotipia em padronagens baseadas na natureza e impressas em looks feitos inteiramente de papel fotográfico.


FOTOGRAFIA Mas essa moda, assim por dizer, pegou rápido e já nos anos 20 as revistas de moda proliferavam por todos os lados. Tanto que a autora Elizabeth Wilson, em seu livro “Adorned in Dreams”, chega a dizer que as revistas de moda se alastravam tal e qual pornografia, ao alimentar o ‘desejo’ dos seus leitores de se tornarem o modelo de perfeição nas imagens estampadas em suas páginas. E ela ainda vai além, dizendo que os leitores chegam mesmo a estabelecer um vínculo de relacionamento erótico com aqueles ideais de beleza, que constantemente se redefinem pela própria natureza da moda.

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LFW 2020: desfile de DOCTOR PAM HOGG celebra a diversidade e traz mensagens para a reflexão dos espectadores.

Mais do que roupa, a imagem de moda vende conceitos e espetáculo. Nas passarelas, como as das Fashion Weeks, todo o show é feito para render o maior número possível de cliques, e, consequentemente, conquistar mais circulação e visualizações pelas diversas mídias mundo afora. E as bênçãos e votos de felicidade desse casamento se renovam.

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Desfile de Alexander McQueen inspirado na obra Sanatoriun, de Joel Peter Witkins, que questiona a sanidade na sociedade moderna (ilustração: Ale Filizzola).

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LFW 2020: desfile de Edeline Lee é apresentado em um teatro com uma narração sobre empoderamento feminino ao fundo.

De lá para cá a fotografia de moda se reinventou e acompanhou todas as novas tendências. Dos ideais Art-Nouveau dos seus primeiros dias aos grandes ícones do cinema de ontem e de hoje. Ela avançou do idealismo utópico dos anos 50 e explorou o dia a dia dos seus consumidores. Questões sociais, políticas e até mesmo ambientais também passaram a ser tratadas pela moda. E pouco a pouco ela foi rompendo os estúdios e os limites da roupa para personificar também a atitude e o estilo de vida personificado por seus modelos. E que supermodelos! Nomes da década de 90, como Cindy Crawford, Linda Evangelista, Claudia Schiffer e Naomi Campbell, dentre outros, fizeram história por meio de suas imagens de moda e continuam idolatrados ainda hoje. Houve até mesmo um projeto do aclamado fotógrafo Rankin, chamado “A little bit of Gary”, que trazia uma modelo vestida apenas com cristais, onde o corpo e a vestimenta tornavam-se um só. A partir daí, a fotografia de moda rompeu todas as barreiras e foi ficando cada vez mais difícil definir o que seria exatamente a “fotografia de moda”, a não ser, é claro, pelo contexto.

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CULTURA & VIAGEM

Os 5 jardins

mais belos da

Olhei a vida pelas lentes das flores e, dentro de mim, floresceu um jardim - Dell Dellambre de esperança.”

Karla Barbosa Agente de viagem

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Dizem que a visão de um jardim em seu ápice de beleza pode transformar a forma como você encara o seu dia ou a sua semana. Por isso, escolhemos aqui os cinco jardins mais belos da Europa, com seus campos floridos, repletos de diferentes cores e aromas, para se inspirar e alegrar sua alma, principalmente em um momento tão delicado que todos nós estamos passando.


CULTURA & VIAGEM

Provence

França

A região francesa é definida por duas cores: roxo e amarelo. Isso acontece devido aos dois tipos de flores que criam aquela paisagem tão bela: as lavandas e os girassóis. Entre junho e julho, por exemplo, chega ao ápice o deslumbrante espetáculo das lavandas que criam um mar de pétalas roxas. E poderá se aventurar também pelos alegres campos de girassóis, que, com certeza, vão deixar o seu dia mais animado.

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Simiane-la-Rotonde, vilarejo nos alpes da Alta Provence, ao lado dos campos de lavandas.

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CULTURA & VIAGEM

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Keukenhof

Lisse, Amsterdã

O parque de Keukenhof é um verdadeiro marco na Europa. Foi a partir desse parque que o país ficou famoso por ser o “berço das tulipas”. O lugar possui 32 hectares de campos com mais de 7 milhões de tulipas das mais diversas colorações. Não é de se estranhar que Keukenhof receba cerca de 800 mil turistas anualmente (para efeito de comparação, Amsterdã possui cerca de 805 mil habitantes).

Jardim de Monet

Giverny, França

Que tal visitar um lugar que, além de belíssimo, também é um verdadeiro espetáculo de história da arte? O jardim de Monet serviu como grande inspiração para Claude Monet.

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Desde 1966, foi aberto para visitação (junto com a própria casa do pintor). Foi lá que ele morou até sua morte, em 1926.

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CULTURA & VIAGEM

Spello

Itália

Spello é, na verdade, um minúsculo vilarejo italiano com pouco mais de 8 mil habitantes. Com as casas em estilo medieval, 90% das fachadas possuem decorações com diversos tipos de flores. Apenas o ato de passear pela rua te deixa com a sensação de estar em um jardim ou, no mínimo, em um filme romântico. Anualmente, os moradores organizam um grande festival, chamado de Petali di Spello, com a exibição de um enorme tapete de flores.

Bonn

Alemanha

10 dias. Esse é o tempo que você tem por ano para visitar a cidade de Bonn, na Alemanha. Ao menos se você quiser aproveitar as belíssimas flores de cerejeiras que se abrem por toda a cidade.

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Em algumas ruas, as árvores criam até um tipo de túnel florido. É uma sensação mágica que dura muito pouco. Talvez parte do charme seja justamente isso.

Tudo o que é belo renasce, cresce, floresce, como um poema nas mãos do poeta, como o bebê no ventre da mãe, como o pincel nas mãos do artista. Porque enquanto o homem destrói a Natureza, ela se vinga, criando flores.”

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- Dalva Agne Lynch

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Roma

CULTURA & VIAGEM

em um dia

Nara Vidal Escritora

H

Há situações ingratas neste mundo, concordamos todos. Passear por Roma e situação ingrata são expressões que dificilmente caberiam numa frase. Mas há uma ligação. Imagina se um dia você tivesse apenas 24 horas na cidade eterna? Um dos indisputáveis centros da civilização ocidental, lugar que deu origem à Filosofia, ao alfabeto romano, ao Direito e mais importante: às línguas 35

latinas, meu instrumento para a nossa interação de escrita e leitura neste exato momento. Há quem diga que, se for para ir apenas por algumas horas, então o melhor é esperar outra oportunidade quando for possível uma imersão menos apressada. Mas o que fazer se uma viagem a Roma for necessária e em apenas 24 horas? Bom, foi exatamente isso que eu precisei fazer e confesso que não foi uma tarefa fácil. www.adrianachiarimagazine.net


CULTURA & VIAGEM

CULTURA & VIAGEM

Uma noite em Roma

Passei uma noite em Roma. Cheguei ao aeroporto Leonardo da Vinci (Fiumicino) por volta de meio-dia. Meu voo de volta a Londres era no dia seguinte às seis da tarde. Portanto, eu tinha duas metades de dois dias para respirar o ar romano e tomar um pouco de sol, claro, afinal eu consegui furar a bolha cinza que me protege na Inglaterra para descobrir que o céu é azul e que o sol não é uma invenção das brochuras de férias.

Lá em Roma ele está quase sempre a postos, firme e forte colorindo a cidade e seus tons de bege, marrom, terracota. Como o meu compromisso era à noite, numa livraria, eu precisava acima de qualquer coisa escolher a dedo o hotel. O local da acomodação é fundamental para quem não tem tempo a perder. Se você tem mais de dez dias para flanar pela cidade eterna, talvez um apartamento que pode, inclusive, ser um pouco fora do centro turístico, seja uma opção interessante. Mas não era o meu caso. Meu compromisso de trabalho era na Livraria Altroquando, logo atrás da Piazza Navona, onde está também a Embaixada do Brasil. A área, claro, é uma das mais procuradas por turistas e não é surpresa alguma que o seu dinheiro, naquela parte específica de Roma, não vai muito longe. Navona Theatre Hotel é um três estrelas bem bonitinho. Confortável e a localização é impecável. Numa ruela atrás do prédio da Embaixada do Brasil, bem no meio de cafés, restaurantes, lojas, monumentos e perto de pontos de táxi e ônibus.

O meu foi um quarto amplo, claro e com uma belíssima janela que infelizmente dava para lugar nenhum. Quero dizer, dava. Mas a minha vista estava muito longe de me proporcionar qualquer emoção: uma lambreta aos pedaços, um carro velho, uma máquina de lavar quebrada. Talvez a minha vista fosse para o lixão? Nem tanto, mas o interessante é que eu avisei ao hotel que estava indo a trabalho e escreveria sobre. É importante que donos de hotéis pensem nisso. Se há uma bela vista para descrever, há mais conteúdo a apresentar.

Um outro ponto negativo foi que o meu quarto ficava exatamente em frente à mesa da recepção. Havia um pequeno lance de escada a nos separar, mas era eu abrir a porta e estava de frente aos recepcionistas. Isso foi um problema por causa do barulho de entra e sai de gente, especialmente de manhã.

O banheiro merece destaque: impecável, bonito, novo, com excelente luz e chuveiro.

Apesar de alguns poucos pesares, a localização compensou os pormenores. www.adrianachiarimagazine.net

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Dicas importantes: CAFÉ DA MANHÃ Uma dica que eu acho importante quando visito Roma é que, diferentemente de Paris, onde tomar café da manhã nas ruas é, sem dúvida a melhor opção, em Roma não deixe de aceitar ou comprar o café da manhã do hotel. Os romanos não têm, como os parisienses, o hábito de passar horas num café no período matinal. Os romanos tomam seus cappuccinos em pé, no bar, cornetino de chocolate na mão e pronto.

GPS Nessas poucas horas em Roma eu passei pela Piazza Navona, Igreja de Sant’Agnese, Fontana de Trevi, Piazza di Spagna e fui a três restaurantes. Para que esse tour ambicioso acontecesse meu google map App foi crucial. Eu tenho o hábito de me perder e acho isso ótimo, mas com o tempo corrido e limitado, me perder era um luxo que me foi negado.

TRANSPORTE Importantíssimo é o transporte do aeroporto para o hotel. Eu evito táxis de aeroportos que têm bons serviços de transporte público. Em Roma é possível pegar o Leonardo Express (uma espécie de Gatwick express) por 17 euros, e em meia hora você chega ao Roma Termini, a principal estação de trem já no centro de Roma.

RESTAURANTES Comer talvez seja a parte mais importante de uma estadia em Roma. Com a infinidade de restaurantes na cidade, procure algo que não tenha muitas flores ou decorações para Instagramers. Um dos melhores lugares em que comi tinha uma TV velha no alto, trabalhadores simples jantando, toalha de papel. A pasta fresca foi das coisas mais deliciosas que comi na vida. O lugar não tem nome, muito menos site. Mi dispiace.

Dali, você pode pegar um ônibus até a Piazza Navona ou, como eu, pegar um táxi, já que eu sabia que o trajeto não era longe e não deveria custar mais que 7 ou 8 euros. Fiz exatamente o mesmo caminho na volta.

Última dica:

Minha última dica talvez seja a mais importante. Para desfrutar o máximo possível de um tempo tão curto numa cidade desse porte, conhecimento prévio é fundamental. Eu morei na Itália e era comum passar finais de semana em Roma, portanto estou familiarizada com a área. Mas não é necessário ter esse tipo de experiência. Uma boa pesquisa, curiosidade e leitura ajudam qualquer turista a entender melhor o local que planeja visitar. É como se fosse uma vantagem, como se você saísse na frente do resto que não procura saber mais que o óbvio de uma cidade. Ir a Roma em apenas um dia é algo que não desejo nem aos inimigos, mas se for inevitável, conhecimento é poder.

Boa viagem. 37

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Autoestima & Empreendedorismo Marcia Peel Terapeuta Holística & Motivacional

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Trabalhar a autoestima é crucial para a jornada empreendedora, cheia de altos e baixos, que só pode ser enfrentada com o amor que temos por nós mesmos. Precisamos nos amar primeiro, para enxergarmos os desafios com otimismo e acreditarmos que somos capazes de vencê-los.

Eu aprendi o significado das palavras autoestima e amor próprio muito cedo, com uma mestre que apesar de não ter tido estudo acadêmico, tinha uma esperteza genuína e uma personalidade forte: minha mãe. Desde muito cedo, eu já a ajudava em seu salão de beleza. Ali eu vi mulheres chegarem chorando, feias, depressivas, desiludidas, e saírem completamente renovadas. Eu admirava muito isso, e pensava que quando crescesse também queria ajudar as pessoas a serem felizes. Os anos se passaram, e a menina de 11 anos se tornou uma mulher de 56 anos. E hoje, com muita satisfação, sou Terapeuta Holística, Palestrante Motivacional e Colunista, e tenho convivido diariamente com vários tipos de dificuldades, problemas emocionais, com origem na baixa estima e falta de amor próprio.

E como o autoconhecimento pode ajudar? Quando você se conhece aprende com suas limitações a entender seu verdadeiro “eu”. Passa assim a defender seus propósitos com mais segurança, assim como se respeitar e seguir seus instintos e lutar por sua felicidade. Ao notar que você não deve permitir que te guiem e mudem a sua essência, você também passa a respeitar o “Ser” do próximo.

Quanto mais você consegue atingir seu equilíbrio, mais você trabalha sua autoestima, não dando espaço para o autoboicote, autoabuso e nem que alguém violente suas vontades.

Esta situação não é mais um privilégio do universo feminino ‒ os homens também se encontram com as mesmas dificuldades em se amarem, se aceitarem e se respeitarem. E com isso ficou generalizada a autossabotagem e houve dificuldades em encontrar as possibilidades de se realizarem.

A baixa autoestima dá lugar ao Ego, que convence a pessoa da sua insignificância e incapacidade de enfrentar obstáculos e alcançar realizações em vários segmentos da sua vida pessoal, afetando seu emocional e profissional. Vejo o autoconhecimento como uma solução para este mal que vem se alastrando e atingindo inclusive nossos jovens através do bullying, depressão que já provou não ter idade, sexo, nacionalidade ou classe social. www.adrianachiarimagazine.net

Muitas vezes as pessoas nos fazem o que refletimos e permitimos. Sendo assim, antes de culpar os outros por suas frustrações ou decepções faça uma autoanálise, e veja onde você está priorizando as outras pessoas em vez de se autopriorizar. Procure descobrir onde você pode ser melhor com você mesmo. Nunca esqueça que a maioria das pessoas não ama quem elas não admiram e respeitam. Ser submissa e se anular não lhe garantirá respeito, amor ou amizade verdadeira. Caso você se encontre em uma situação que considera abusiva, ou mesmo de autossabotagem, procure ajuda profissional e você verá que não está só nesta situação e que tudo tem uma chance de melhorar, mas você tem que ter esta consciência e querer mudar.

Nós estamos nesta vida para evoluirmos e sermos felizes. Não perca esta oportunidade. 38


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Nova Civilização

A entrada de Saturno no território de Aquário marcará um tempo em que a Terra experimentará um ajuste físico de frequência que vai transformar completa e definitivamente o nosso paradigma conceitual como civilização.

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Vamos ver essa realidade expressa em todos os aspectos da nossa vida cotidiana, já que se trata de mudar a forma como utilizamos a nossa inteligência. Como reflexo desse aspecto, resgataremos a capacidade de cooperar e trabalhar juntos por algo em concreto. Iremos avançar em direção a novas formas de abundância e prosperidade que emergem da abertura da mentalidade

As iniciativas coletivas que envolvem grupos, associações e estruturas de cooperação serão um caminho muito fértil e próspero para oferecer conhecimento, formação e desenvolvimento humano. As relações pessoais ampliarão seu espectro de maneira surpreendente, já que os sistemas de comunicação propõem maior flexibilidade de conceitos em geral. Como os canais de interação social se ampliam sem parar, todos temos que aprender a usar a tecnologia para construir as nossas redes e círculos pessoais, e todo esse processo vai nos convidando a conectar, conversar e interagir com pessoas de partes diferentes do planeta da forma mais natural e eficaz possível. O mais importante será encontrar o ponto de equilíbrio pessoal e, a partir desta referência magnética, focalizar as ideias, propósitos e ações. Naturalmente, essa experiência será um desafio enorme e uma imensa oportunidade de substituir crenças ancestrais por outras mais eficientes e prósperas. Claro que cada pessoa enfrentará a sua própria resistência ou rigidez, mas a realidade de que as mudanças serão espontâneas e necessárias vai servir como impulso inicial para ampliar e mover a zona de conforto pessoal. 39

Kinicha Da Costa Astróloga Estratégica

global nos campos das energias sustentáveis e do mercado online. Essas novas tendências chegam para ficar, criando uma demanda constante e completamente nova que estimulará os empreendedores, investidores e visionários a gerar cada vez mais alternativas de negócio.

O corpo físico vai pedir ajustes e atenção porque o esqueleto vai necessitar encontrar outras formas para articular a energia vital, o movimento e os períodos de descanso, já que fisicamente a química cerebral buscará equilíbrio e poder de resistência e autossuperação. Neste primeiro momento do ano, experimentaremos diferentes fenômenos na superfície do nosso planeta que vão roubar paz, serenidade e denunciar os pontos de vulnerabilidade de todos. Portanto, é fundamental observar e abrir tempo para escutar o próprio diálogo interior e, desde este ponto, chegar a compreender melhor os significados que damos ao que experimentamos e os mecanismos que utilizamos para ativar nossa mente e pensamentos, para saber claramente quais são os pontos que podem ser ajustados para garantir o resultado buscado.

No futuro, as nossas histórias vão contar que, aqui e agora, foi o momento em que os seres humanos que viviam sobre o Planeta Terra decidiram honrar sua inteligência de maneira empática, inclusiva e próspera para promover vida para todos. E assim, entre luzes e sombras e unidos, criaram uma Nova Civilização...


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Trauma &

Empreendedorismo Para alcançar o sucesso, ter paixão pelo que se faz é fundamental. Mas aliada a essa paixão, muitas vezes temos uma cicatriz que foi sarada e germinada com muita vontade de viver, de passar uma mensagem e de fazer do mundo um lugar melhor.

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Sabrina Rocha Psicóloga e Especialista em Trauma

Antes de começar a falar sobre o assunto que o título promete, vou lhe convidar para um teste que talvez mude um pouco a forma como você vê as coisas. Imagine uma pessoa que foi abusada sexualmente várias vezes quando criança por mais de um membro da própria família. Imagine alguém que foi explorada na mais tenra idade para fazer serviços domésticos pesados como semiescrava, ou que já foi moradora de rua, ou que já passou um bom tempo sozinha nesse mundo. Pensou? Às vezes, ao imaginarmos esse cenário pensamos em nos deparar com alguém altamente vulnerável na vida adulta e com uma série se complicações de ordem psicológica, além de fortemente traumatizada. Pois bem, você sabe de quem estamos falando? Talvez sim, talvez não. Talvez você tenha se lembrado de uma conhecida ou de uma história que ouviu. Pois bem, a descrição acima se refere a Oprah Winfrey, a apresentadora de TV norte-americana, celebridade, influenciadora e possível futura candidata política. Surpreso(a)? A lista não para aí, de celebridades a profissionais liberais, de pessoas comuns a influenciadores. São muitas histórias e muitos casos.

Quando uma pessoa trilhou um caminho pessoal que leva à conclusão de todos esses estágios, ela se sente compelida a oferecer algo para aqueles que estão presos em alguma parte desse processo ou que se sentem perdidos. É uma tendência atual, e já faz parte do cenário business há algum tempo. Pessoas que oferecem coaching em diversas áreas da vida humana: coaching de relacionamentos, negócios, família, problemas específicos, controle mental e físico e por aí vai. Muitas vezes, cada uma dessas pessoas tem uma história por trás desse business de sucesso que pouca gente sabe. Ou seja, uma trajetória de muita superação e luta. O que faz alguém ser bom naquilo que faz envolve diversos aspectos, sendo a paixão pelo que faz fundamental. Mas aliada a essa paixão, muitas vezes temos uma cicatriz que foi sarada e germinada com muita vontade de viver, de passar uma mensagem e de fazer do mundo um lugar melhor. Parabéns àqueles que conseguiram transformar a dor em energia para o serviço – e muita força para aqueles que estão no processo.

Muitas dessas pessoas têm algo em comum. Algo que se chama resiliência, que consiste na vontade e capacidade de superação dos problemas. E mais do que isso: vontade de transformar seus dramas pessoais a serviço do outro e ao desenvolvimento da humanidade. www.adrianachiarimagazine.net

Pode até parecer simples, mas não é. A jornada que passa do trauma até a resiliência e finalmente ao que vou chamar de ‘serviço’ é longa e pode envolver muitos elementos: negação, luto, vício em drama, vício em ciclo tóxico de relacionamentos, apego ao sofrimento, até chegar finalmente na resiliência, superação e serviço ao outro.

Sabe aquela famosa frase: “Não importa o que fizeram de você, mas o que você faz com o que fizeram de você.” ? É isso mesmo! 40


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Empreendedorismo, atitudes

&

intuição

I

Daniele Tedesco Psicoterapeuta

Intuição, perseverança e flexibilidade diante das frequentes mudanças do mercado são características essenciais para um empreendedorismo de sucesso. No entanto, é importante reconhecer o ciclo de vida do seu negócio e saber quando continuar, renovar e até mesmo ter consciência da hora de parar.

Obstinação Daí surgem (ou não) a obstinação, a garra e o suor para fazer girar o sonho materializado, que ganha vida própria quando entra no mercado, com suas inúmeras variáveis. E que passa a exigir respostas rápidas, jogo de cintura, persistência, além de visão de futuro, valores claros e, principalmente, missão (o tão importante plano estratégico). Sem esquecer de adicionar a tudo isso a consciência das forças e ameaças do negócio em questão.

Siga sua intuição diante do inesperado Minha atenção foi capturada há alguns anos por uma importante pesquisa, que concluiu sobre as principais características de líderes e empreendedores bem-sucedidos. Incrivelmente a habilidade mais citada por eles foi "intuição".

Finalidade E assim o projeto sobrevive ou não, quando esses ingredientes, habilidades, circunstâncias e propósitos, juntos, misturados e em movimento, produzem não apenas lucro, mas também sentido na vida de quem empreende.

Por trabalhar com desenvolvimento de intuição, tive ainda mais certeza dessa riqueza para quem resolve empreender, ser capitão do próprio barco, motivado por experiências, ideias e vontade de fazer acontecer.

Ciclo de vida dos negócios

Vibra por empreender quem sente-se à vontade diante do imponderável, imprevisibilidade, capacidade de liderar e motivar pessoas a acreditar, trabalhar, construir e consumir seu produto ou serviço.

Ciclicamente é preciso rever resultados e direção. Quando há firmeza e possibilidade de rentabilidade no próximo passo, há gás para avançar no próximo ciclo de vida do empreendimento. Mas negócios também possuem nascimento, crescimento e morte, ou seja, continuidade, venda ou fechamento.

O lugar do empreendedor é solitário, concretizando uma ideia que passa a ser real e envolver pessoas, projetos, processos, impostos, investimentos, clientes, concorrentes, mercado, etc.

Nada dura para sempre, não no mesmo formato. E o imprescindível nessa instabilidade é saber que, independentemente do tamanho e destino do que foi empreendido, tudo o que foi vivido agrega bagagem a quem fez parte desse projeto.

Quando o sonho torna-se um pesadelo E quando finanças, marketing, RH, vendas e elementos inerentes à realidade do empreendedor passam a ser brutalmente reais, passando longe do ideal e das expectativas iniciais, de quando tudo era apenas um sonho ainda?

Inovação Essa consciência torna possível outros formatos de trabalho, motivado pela riqueza de uma bagagem concreta – e a isso chamamos inovação. Ou seja, a capacidade de seguir utilizando o background de suas próprias experiências a favor do futuro e dos próximos passos.

A vida não para. O mercado também não, e fazemos parte de um grande ciclo de trabalho globalizado. E essa é a graça da vida de quem não fica parado, evita o vitimismo e as reclamações da maioria e faz acontecer. 41

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CAPA Carlos Eduardo Oliveira Jornalista

Nina Silva,

CEO do Movimento Black Money Das favelas do Rio ao título de uma das mulheres mais influentes do Brasil e do mundo, a criadora e CEO do Movimento Black Money superou barreiras para galgar carreira como alta executiva de Tecnologia da Informação em grandes multinacionais. Fotos: Humberto Souza Carl Lewis www.adrianachiarimagazine.net

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CAPA

Sin perder la ternura jamás, sem nunca perder a ternura.

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A frase, atribuída a Che Guevara (mas que ele nunca disse), serve para a empresária Nina Silva, fundadora e CEO do Movimento Black Money, plataforma de educação e inclusão financeira voltada a empreendedores negros. Liderança com aura feminina: nos eventos e encontros da plataforma, Nina, carisma de boa oradora, mostra pulso firme com humildade e desfila argumentos contundentes com graça e a mesma delicadeza com que sorve taças de um bom branco Chardonnay, por sinal uma de suas cepas favoritas. No túnel do tempo, porém, não faltaram barreiras a transpor – a começar pela infância humilde. Tendo no maiúsculo currículo passagens brilhantes por gigantes como Petrobrás, L’Oréal e Honda, e liderando equipes de dezenas de profissionais (não raro, no exterior), nas entrelinhas – ou fora delas, mais explicitamente – não faltaram ocasiões em que tinha sua incontestável especialização em grandes conglomerados questionada. Por problemas, digamos, “dermatológicos”. Cor de pele, no caso.

Exemplos? Nina costuma contar que, certa vez, foi questionada sobre o porquê de utilizar um sistema de tecnologia alemão como ferramenta de trabalho, “quando na verdade deveria é estar procurando marido na Alemanha”. Gestora de projetos internacionais, era confundida como sendo a recepcionista. Isso do alto de quase duas décadas envolvida com tecnologia de altíssima complexidade. “Sempre gostei de tecnologia. Mas esses trabalhos, nesses lugares, não refletiam meu eu nem eram meu lugar de pertencimento, como às vezes tentavam me deixar claro”, afirma, com o sorriso terno que lhe é peculiar. Sem contar o fato do salário menor do que o de colegas de trabalho brancos (embora dona de melhor performance) e a falta de pares “patrícios”, algo do que se ressentia muito. “Não havia homens negros, muito menos mulheres negras”, diz. Até que Nina optou pela volta por cima, “porque a tecnologia tem por obrigação impactar no social”, crava a moça.

Movimento Black Money Do alto de muita empatia, deixou o universo corporativo para colocar seu vasto know-how a serviço de quem, como ela, “sente na pele”– nascia, em 2017, o Movimento Black Money, pioneiro em seu ativismo digital. “Trata-se de fortalecimento interno, e não segregação. O Black Money é a representação real de nosso poder de consumo como ferramenta para transformar a sociedade como um todo para o bem. Precisamos entender que é a partir do coletivo que transformamos o individual, e não o 43

contrário”, explica Nina. Em escala mundial, sua iniciativa não passou despercebida. Laureada por importantes mídias como a revista Forbes (“uma das mulheres mais poderosas do país”, sentenciou a publicação), em 2018 a fluminense da desassistida São Gonçalo, município na outra extremidade da ponte Rio-Niterói, hoje residente do singular Bixiga (Bela Vista), em São Paulo, foi também apontada como uma das cem pessoas afrodescendentes mais influentes do mundo pelo MIPAD (“Most Influential People of African Descent”), www.adrianachiarimagazine.net


CAPA organismo com chancela da ONU. Na homenagem realizada em Nova York, dividiu a cena com ninguém menos que a ex-duquesa de Sussex, Meghan Markle, e o “Pantera Negra” em pessoa (o carismático ator americano Chadwick Boseman). Trabalha entre 14 e 16 horas diárias. Executiva de TI, nem por isso deixou de professar seu ativismo e posições, quer em palestras ou na postura pessoal, por meio de roupas e penteados – algo que incomodava e lhe atraiu problemas nas multinacionais por onde trilhou a carreira. “Já passei Ano-Novo em baile funk da Penha, no Rio, e isso não dita meu caráter nem influi no meu trabalho. Mas recebia inputs de que, por estar onde estava, não deveria tocar tamborim em bateria de escola de samba como fiz minha vida toda, nem fazer palestras sobre racismo institucionalizado.” Fã de “chapuletagem” (derivação pósmoderna do axé baiano) e, na mesma playlist, de bambas da black music (Otis Redding, James Brown, etc.), nunca se abateu e seguiu em frente para construir uma singular trajetória de empoderamento feminino. Afinal, como ela mesma diz com o sotaque carioca com uma pontinha de Bahia, “o normal é ser diverso”.

A tecnologia me abriu portas do mercado de trabalho que normalmente não se abrem a pessoas negras, muito menos mulheres.”

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Figura imponente de cabelos afro, palestrante e escritora (é autora do elogiado “InCorPoros”, obra de poesias de 2018), Nina (Marina, na carteira de identidade) tem seu trabalho totalmente voltado ao digital.

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ENTREVISTA Quem faz sua cabeça hoje? (Risos) Muito boa pergunta. Hoje, estou em vários salões da rede Black Money, e sou agradecida por ser cuidada por mulheres que têm muito implícito o bom trato do cabelo crespo. Hoje, isso não é mais tabu. Em outro contexto da pergunta, atualmente sou 100% dedicada ao Movimento Black Money, minha instituição de empoderamento e autonomia da comunidade negra no Brasil. São as ações do projeto que giram minha cabeça. Já no aspecto literário, eu diria que é a Toni Morrison (N.E. – escritora best seller falecida em 2019). Em vários aspectos, ela é minha referência. E também a Shonda Rhymes, escritora, roteirista e apresentadora de uma narrativa com protagonismo negro na TV americana. Como foi sua educação escolar? Cresci em São Gonçalo, no Jardim Catarina. Em 1982, a área foi catalogada como a maior favela plana da América Latina. Lá, até hoje não há agências bancárias, a violência e a pobreza imperam. Minha mãe, Dona Marize, nasceu em uma região quilombola no interior do Rio, e meu pai, Antônio Carlos, veio de Salvador ainda menino. Éramos uma família de classe média baixa até meu pai conseguir emprego no poder público, então, já na minha adolescência, viramos classe média. Estudei em escolas particulares, mas sempre com bolsas de estudo. Em 2000, passei no vestibular de Administração de Empresas na UFF (Universidade Federal Fluminense, em Niterói), onde me iniciei em tecnologia da informação. A seguir, fiz pós-graduação e obtive um certificado internacional em TI numa época em que tínhamos muito pouca gente especializada nessa área no Brasil. Veja, TI não era meu objetivo inicial, mas percebi a oportunidade de aceleração de carreira. Não escolhi, foi uma porta que se abriu. O que exatamente te contagiou a permanecer nesse segmento? Foi a opção que uma garota negra viu de trazer outra realidade para si. Comecei a trabalhar cedo, sempre quis fazer estágios, ter minha independência. A tecnologia me abriu portas do mercado de trabalho que normalmente não se abrem a pessoas negras, muito menos mulheres. Também fiquei fascinada pela chance de trabalhar em grandes projetos e estratégias internacionais, de influenciar clientes a partir das consultorias em que trabalhei, as viagens, falar outras línguas. Tudo isso me cativou.


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Você era uma executiva muito bem sucedida ocupando postos ambicionados por muitos. Quais as percepções que te levaram a procurar outro caminho? Na medida em que você vai crescendo e ocupando cargos de influência, existe uma vibração estranha, não dita, que vai ecoando mais forte, ficando mais nítida. O não acesso que as pessoas te dão, o não escutarem suas ideias, o não contratarem quem você indicou. Quando você já é gestora de um time, as pessoas não têm mais o poder de fazer com que você não esteja mais ali. Então, surgem atos mais específicos de racismo: falavam da minha forma de vestir, do meu cabelo, me interrompiam abruptamente em reuniões, tentavam tirar minha autonomia. Também questionavam os números que eu apresentava, principalmente quando os lucros gerados eram maiores que os apresentados por colegas não negros. Deixavam muito claro que eu era um corpo não pertencente àqueles espaços.

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Chama a atenção uma máxima do Movimento Black Money: “se eu não sou bom o suficiente para aquela empresa, meu dinheiro também não é”. Sim. Isso me levou a pensar formas como eu, e outros como eu, poderíamos construir uma nova realidade. Foi quando conheci meu sócio, Alan Soares, um homem negro, trader e educador financeiro, que também se questionava sobre a falta de pares até entre os alunos das suas palestras. Ora, por que vou ficar em uma empresa que não me quer aqui? Por que continuar gerando lucros a quem já o tem, não raro baseado na segregação racial, principalmente no Brasil? Esses questionamentos nos levaram a fundar o Movimento Black Money e intensificar junto a empreendedores e empresários negros, incluindo mulheres, a ideia de que eles podem ter uma autonomia em relação à sua cadeia produtiva. Porque o capital tem que estar a nosso serviço, e não o contrário.

Aconselhamos as pessoas negras a serem seus próprios investidores, ou seja, que tentem preferencialmente consumir de outros empreendedores negros. Essa é uma maneira de fomentarmos negócios até chegarmos a um patamar de igualdade e concorrência no mercado.”

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É verdade que se demitiu de um cargo de alta patente na Honda por conta de suas convicções?

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Quais os indicadores que levaram à criação do Movimento Black Money?

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Pedi demissão por conta de não entenderem que todas as minhas atuações como mentora e palestrante levando minhas experiências enquanto mulher negra não interferiam no meu trabalho. Não gostavam das minhas atividades fora do trabalho e deixavam isso bem explícito. Eu tinha uma grande responsabilidade na empresa, mas ao mesmo tempo não tinha autonomia nas minhas decisões, nem mesmo sobre meus horários na empresa. E olha que meu trabalho rendia quantias exorbitantes. Eu tinha um mindset de entrega, e não de ter que estar sentada ali oito horas por dia, bater crachá e ir embora.

Hoje, a população autodeclarada negra no Brasil é de 55%, ou seja, 115 milhões de pessoas. Muitos em números de marginalização profunda: somos 67% do total de desempregados e 75% da camada mais pobre. Entre os empreendedores, pessoas negras têm comprovadamente o crédito três vezes mais negado por parte das instituições financeiras do que pessoas brancas. O Movimento Black Money surgiu para otimizar nosso capital financeiro e intelectual, nossas redes e nossas vivências, em prol da melhoria desses números. Os asiáticos, por exemplo, fizeram e ainda fazem isso. Diante de indicadores tão graves, ainda hoje se discute no Brasil se há ou não racismo. Ou seja, se formos esperar que algo seja feito... e aliás, como esperar que o opressor te liberte? Então, a inserção digital e a transformação digital são instrumentos que nos ajudam muito para que tenhamos nossos próprios meios. Aconselhamos as pessoas negras a serem seus próprios investidores, ou seja, que tentem preferencialmente consumir de outros empreendedores negros. Essa é uma maneira de fomentarmos negócios até chegarmos a um patamar de igualdade e concorrência no mercado. Muitos desses empreendedores são fadados ao sucesso, e não apenas à oportunidade do momento. www.adrianachiarimagazine.net


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Algum outro segmento com que o Movimento Black Money dialogue?

O balanço atual é de mais de 80 mil pessoas engajadas, 20 mil delas recebendo nossos conteúdos, além dos serviços financeiros, entre eles a “pretinha”, nossa máquina de cobranças, que tem preço bem acessível. Temos ainda um market place virtual que, além dos lojistas que já estão lá, ainda conta com uma fila de mais de centenas de interessados em ingressar. Estudos mostram que estamos dispostos a pagar até 20% a mais em produtos que identificamos como negros.

Temos muita empatia por parte das mulheres brancas. Por conta de lidarem com um déficit muito grande no mercado de trabalho, e de salários desiguais em relação aos homens, elas conseguem entender um pouco as mudanças que queremos promover. E não só entre as mulheres brancas, mas também entre os chamados grupos da diversidade, deficientes, movimentos LGBT. Eu os chamo de “grupos da normalidade”, pois o normal é ser diverso.

De que forma o MBM qualifica esses empreendedores?

Sim, melhorou um pouco. Hoje ocupamos muito mais espaços. A política é um exemplo. Na minha área, TI, não havia mulheres, hoje já há. Atualmente, temos mulheres amparando mulheres, criando redes para empreender conjuntamente. Mas vejo que os esforços sempre partem de quem sente a dor, não de quem a provoca. Felizmente, já temos movimentos como o HeForShe, abraçado pela ONU, que traz a questão do diálogo para provocar uma real inclusão de gênero. O que a gente espera é que o racismo estrutural também entre nessa conta. Eles que se entendam e se curem. Ao falar de racismo, de machismo e de misoginia estamos falando de ódio. E ódio por quem você não conhece é doença.

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Por meio de cursos e programas de marketing digital, de e-commerce e de ensinamentos sobre investimentos. Mensalmente, oferecemos cerca de cem bolsas de estudos grátis. Oferecemos também um MBA, através de uma escola digital. Basicamente, usamos a educação tecnológica e digital para abrir portas para que esses empresários possam expandir seu negócio, qualquer que seja ele. O seu trabalho e a exposição que dele vem te colocam em uma posição de grande empoderamento. Como lida com a responsabilidade de impactar tantas vidas? É algo bem interessante. Porque, para mim, o maior legado é fazer com que as portas que hoje conseguimos abrir, estejam abertas a mais pessoas como eu, já que antes as frestas que eu adentrei não eram dignas da minha presença. Estar na lista da Forbes e ser apontada como uma das cem afrodescendentes mais influentes do mundo não fala apenas de mim, mas da contribuição que fui construindo ao longo da minha carreira. Claro, há outras pessoas de destaque, mas a gente sempre precisa de uma cara, de uma conexão mais forte. E eu faço esse papel. A responsabilidade do Movimento Black Money é construir pontes para pessoas negras se projetarem numa maior velocidade. Pessoas que, como eu, nasceram em lotes favelizados e sofreram preconceito nos mercados de trabalho, mas que não têm a vantagem social que eu tenho de poder dar entrevistas. Gosto de ser essa porta-voz, de poder dar voz a outras pessoas.

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Como mensurar o impacto criado até agora pelo movimento?

Ao falar de racismo, de machismo e de misoginia estamos falando de ódio. E ódio por quem você não conhece é doença.”

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Como analisa as diferenças salariais entre brancos e negros, homens e mulheres, no Brasil? É uma burrice social. Você deixa de provocar consumo, joga bilhões na vala quando não promove salários igualitários a pessoas negras e não negras. Isso geraria uma injeção de capital direto na base da pirâmide, que aumentaria a empregabilidade, fortaleceria o comércio e a indústria e impactaria na sociedade como um todo. www.adrianachiarimagazine.net

Em pleno século 21, a situação da mulher melhorou?

Sua imagem é de business woman incansável. O que faz no tempo livre? Na verdade, preciso ter mais tempo livre (risos). Concordo que trabalho acima do limite do saudável. Por conta do meu histórico profissional de projetos e prazos, acostumei a uma rotina de muito sacrifício, às vezes nos fins de semana, feriados. Acabei acostumando a um desgaste mental. O resultado disso não se sente na hora, mas aos poucos o corpo vai dando sinais. Hoje tenho me vigiado mais. Tenho essa carga, mas também tenho um deadline para que ela diminua, meu objetivo é ter mais horas livres. Sinto falta de viagens, da praia, de leitura. E da poesia, mas não tenho tido tempo, preciso focar em projetos mais técnicos. Também sinto falta de fazer cursos profissionais para estudar outras áreas, como big data. 46


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Na vida pessoal sou bem menos digital que a maioria das pessoas, no momento de higiene mental desligo tudo, procuro ter meu tempo. Aos domingos, tiro pra ajeitar a casa. Vou à região da avenida Paulista encontrar com amigos, vamos almoçar, ao samba, ao teatro.” 47

Você fica o tempo todo online? Basicamente sim. Por conta da falta de representatividade, existe uma demanda reprimida que faz com que muitas pessoas demandem atenção. Não é só dizer “se inscreva no meu curso”, isso é frio, as pessoas precisam de feedbacks. Isso em relação ao trabalho. Na vida pessoal sou bem menos digital que a maioria das pessoas, no momento de higiene mental desligo tudo, procuro ter meu tempo. Aos domingos, tiro pra ajeitar a casa. Vou à região da avenida Paulista me encontrar com amigos, vamos almoçar, ao samba, ao teatro. Mas basicamente sempre estou cercada de pessoas do meu universo profissional. Netflix, cinema ou teatro? Pela versatilidade e pelas atuais circunstâncias do trabalho, Netflix. Mas o teatro dá a magia do único, da interação. E eu sou de uma geração que é do cinema, do espetáculo da telona, em que cada grande filme era um evento ansiosamente aguardado. Sou uma pessoa do audiovisual, e hoje entendo que há um grande contingente de fãs de cinema ávido por sentir-se representado na tela. Gosta de cozinhar? Não só gosto como cozinho muito bem. Procuro evitar frituras. Uso muito azeite e adoro peixes e frutos do mar. E carnes vermelhas, também. Atualmente estou pegando mais leve nos carboidratos e na farinha branca, tenho investido muito em saladas. Mas seja o que for que eu cozinhe, não economizo nos temperos, que eu mesma prefiro fazer: muita pimenta branca, alho, cominho. Adoro sabores complexos.

Mensagem para as leitoras “Construam suas carreiras e negócios a partir de um propósito que cause impacto coletivo, não apenas individual. Seremos lembradas pelo que deixamos e como fomos, e não pelo que tivemos na vida. Portanto, construa um legado do qual possa se orgulhar.”

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CASA & DECORAÇÃO

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Dicas práticas de como montar seu

HOME OFFICE

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Diante da nova realidade mundial, o trabalho remoto nunca foi tão necessário. Graças à expansão da Internet e dos meios de comunicação, trabalhar de casa é hoje uma prática possível não só entre os autônomos mas também entre as mais diversas profissões. No entanto, apesar de vantagens como maior flexibilidade de horário, é importante saber como montar um home office que lhe ajude a ser mais produtivo dentro dele. Seguem aqui algumas dicas!

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Renata Gouveia architect & interior designer


CASA & DECORAÇÃO

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Local

Shutterstock

Na prática, qualquer canto pode funcionar bem, desde que ele tenha a calma e a privacidade necessárias, para que seja possível manter o foco e a dedicação, sem misturar os assuntos de trabalho com os assuntos de casa. A escolha do lugar vai depender muito da dinâmica de cada casa, mas em teoria, um canto da sala, do quarto, uma varanda fechada, um hall de entrada ou até um patamar mais largo entre pisos pode se transformar em um home office. O ideal é que seja um espaço onde você não se sinta tão em casa, para que possa se manter produtivo e focado.

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Mesa

Eu gosto de escolher um local próximo a uma janela, assim, em vez de descansar a vista olhando para o que precisa ser feito na casa, você pode descansar a vista olhando para fora, além de se beneficiar da iluminação natural. Quanto mais agradável o lugar que escolher, mais tempo de trabalho focado você vai passar ali.

Depois de determinar o local da casa para seu home office, o segundo passo é escolher uma mesa. O tamanho dela vai depender da natureza do seu trabalho, mas via de regra, para uma pessoa que trabalha com um laptop, um mouse e um caderno, basta uma mesa de 50cm de profundidade. Se você não puder fazer algo sob medida, uma boa dica é buscar opções nas penteadeiras – ou “dressing tables”. Elas costumam ter um tamanho ótimo para espaços pequenos, além de ser uma alternativa estética às tradicionais escrivaninhas.

Fora isso, eu gosto de sempre tentar acomodar a mesa de costas para a parede e jamais trabalhar olhando para uma parede.

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Vale a pena pensar em formas alternativas de organizar o ambiente, colocando a mesa e a cadeira em posições não convencionais, de forma que você possa ter amplitude visual do ambiente interno ou externo – no caso de haver uma janela – enquanto você trabalha.

Para a escolha da cadeira, é importante seguir questões de ergonomia. Mas por se tratar de um escritório em casa, a cadeira de trabalho pode ter mais personalidade. É importante que ela seja confortável para que se passem longos períodos nela, mas você pode optar por uma poltrona charmosa estofada com um tecido decorativo, em vez da tradicional cadeira de escritório. Lembrando sempre que seu home office também faz parte da decoração da casa e que tudo deve estar em harmonia. Caso seu trabalho tenha também períodos de leitura que não demandem uma mesa, vale a pena pensar em um sofá ou uma poltrona maior e mais baixa, para que você possa variar de acomodação conforme transita pelas suas diversas atividades do dia dentro do seu próprio home office, não caindo na tentação de sair do “trabalho" e ir para a casa. 49

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Cadeira

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Luminária

É fundamental ter uma luminária exclusiva para essa área, e com uma quantidade suficiente de luz para garantir conforto e produtividade, em vez de contar apenas com a luz ambiente ou de teto. A solução mais comum é lançar mão de uma luminária de mesa, mas no caso de uma mesa estreita sem espaço suficiente para adicionar mais um elemento, é possível usar uma luminária de piso ou até uma de clipe fixada numa prateleira logo acima da mesa. Uma característica importante a observar é que essa luminária tenha o braço flexível, para que você possa movê-la sempre que necessário. É preciso também que seja de um material que não jogue luz para as laterais, assim você pode direcionar a luz para a superfície sem que ela se reflita na tela do computador.

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Organização

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Nossa mente não funciona em um espaço desorganizado. Nosso cérebro fica pulando de canto em canto tentando organizar os pensamentos por meio do espaço no nosso entorno. Por isso é fundamental que seu espaço de trabalho seja organizado para garantir bons níveis de produtividade ao longo do dia. Fora isso, é importante que você tenha à mão ferramentas de trabalho do dia a dia, como documentos, livros, réguas, tesouras, canetas, pastas e arquivos.

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Para organizar seu espaço você pode usar caixas e instalar prateleiras nas paredes. Se você tiver muitas miudezas de escritório, vale a pena usar um organizador de gavetas pra manter tudo em ordem. Caso caiba, você ainda pode usar uma prateleira atrás da sua cadeira, onde tudo ficará ao alcance das mãos, ou um armário baixo fechado para acomodar documentos de acesso menos frequente.

Board Como eu trabalho com criação, eu gosto de fazer colagens na parede criando um board com referências que me inspirem diariamente. Uso fotos, recortes, tecidos, flores secas, postais, matérias, desenhos, projetos, cronogramas... Tudo o que eu preciso visualizar todos os dias para me manter inspirada e no foco. Gosto de usar a parede porque ela aceita tudo, e conforme a gente vai crescendo nosso board, a gente vai criando um painel próprio que não tem limites – a não ser pelo tamanho da parede disponível. Mas o importante é fazer de um jeito que funciona para você. Pode ser um acrílico transparente aplicado na parede como lousa para uma caneta não permanente, podem ser painéis de cortiça com pins, pode ser colagem direta na parede com fita, etc. Mas não tenho dúvidas de que um painel vertical vai te ajudar a manter o foco e a inspiração no dia a dia, além de ajudar a trazer mais da sua própria personalidade para o espaço de trabalho. Pinterest

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ESPECIAL

Pandemia, Brexit & Empreendedorismo ENTREVISTA COM O CÔNSUL-GERAL DO BRASIL EM LONDRES

Em entrevista exclusiva, o Cônsul-Geral do Brasil em Londres, Tarcísio Costa, nos conta um pouco mais sobre as diversas ações realizadas junto aos brasileiros no Reino Unido.

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Os brasileiros já podem contar com uma rede de apoio, formada em coordenação com o Consulado-Geral do Brasil em Londres, entidades religiosas e associações brasileiras, para receberem assistência especial diante das inúmeras dificuldades enfrentadas durante a pandemia da Covid-19 no Reino Unido. Com o crescimento significativo nos casos de violência doméstica, além do aumento da procura por orientação judicial e psicológica, principalmente durante o ‘lockdown’, o Consulado tem desempenhado um papel imprescindível no suporte à comunidade brasileira na Grã- Bretanha. “É importante que os brasileiros saibam que não estão sozinhos. Dispomos de profissionais habilitados para prestar assistência jurídica e psicológica a quem necessitar”, diz o Cônsul-Geral, Tarcísio

Fabiana Pio Jornalista Fotos: Alessandro Filizzola

ENTREVISTA

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Costa, durante nossa entrevista exclusiva no Consulado-Geral do Brasil em Londres. Além da pandemia, outros assuntos também foram tratados durante a entrevista, como Brexit, o relançamento do Manual do Empreendedor online e novos seminários que serão organizados no segundo semestre para apoiar a comunidade brasileira, a fim de fortalecê-la como um todo. “Estima-se que existam cerca de 250 mil brasileiros morando no Reino Unido, o que nos torna uma das maiores comunidades na Europa. Somos uma comunidade muito bem vista, pois contribuímos positivamente para a sociedade, a cultura e economia britânica. A união entre nós é fundamental para o fortalecimento da nossa imagem no país”, diz o Cônsul-Geral do Brasil em Londres, Tarcísio Costa.

Como tem sido realizado o apoio do Consulado-Geral do Brasil em Londres, em parceria com igrejas e associações, aos brasileiros mais vulneráveis durante a pandemia da Covid-19? A interrupção do atendimento presencial não impediu que o Consulado buscasse prestar o apoio possível à comunidade brasileira nesta difícil conjuntura. Foi possível, com o apoio do Itamaraty, providenciar dois voos de repatriação para o Brasil, que permitiram o retorno ao País de centenas de brasileiros, entre eles turistas com voos cancelados e pessoas em situação vulnerável, que se encontravam tanto no Reino Unido como em países vizinhos. Com o apoio de instituições beneficentes da própria comunidade, colaboramos para assegurar abrigo e alimentação a dezenas de pessoas vulneráveis. Lançamos mão das mídias digitais para informar a comunidade sobre cautelas necessárias e serviços de saúde e assistência social disponíveis no Reino Unido. Divulgamos mensagens de apoio por meio do nosso programa mensal mantido nas redes sociais e concedemos entrevistas aos meios da imprensa comunitária e à grande imprensa brasileira, além da realização de reuniões virtuais de interesse da comunidade, como as do Conselho de Cidadania do Reino Unido (CCRU).

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Primeiramente, os brasileiros devem enviar um e-mail para

assist.cglondres@itamaraty.gov.br

E iremos avaliar com cuidado cada situação. Geralmente, 40% dos casos informados ao Consulado referem-se a violência doméstica. Registramos um aumento significativo na procura por auxílio relacionado à violência doméstica durante o período de lockdown, bem como em relação a temas associados à saúde mental. O aumento pode ser atribuído, entre outras razões mais específicas, a tensões acirradas com o confinamento imposto pela pandemia da Covid-19.

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Quais as principais ações realizadas pelo Consulado para combater a violência doméstica no Reino Unido? Esse não é um problema a ser equacionado por ações específicas, mas por um trabalho sistemático de alerta e orientação. O Consulado oferece serviços de orientação psicológica e jurídica, que há alguns anos atendem vítimas, procurando orientá-las e assisti-las. Buscamos trabalhar em coordenação com outras instâncias interessadas pelo tema, como o Conselho de Cidadania no Reino Unido (CCRU), o Grupo Mulheres do Brasil - Núcleo Londres e órgãos da imprensa comunitária, como a própria revista Adriana Chiari, que produziu um vídeo de alerta muito elucidativo, amplamente divulgado nas redes sociais.

A partir de 2021, com a saída do Reino Unido da União Europeia, um novo Regime Imigratório entrará em vigor, estabelecendo as novas leis de imigração, que deverá privilegiar a mão de obra qualificada. Os brasileiros que já se encontram no Reino Unido, e estão regularizados, não precisam se preocupar. - Tarcísio Costa

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Como os brasileiros que se encontram em situação vulnerável podem pedir ajuda ao Consulado-Geral do Brasil em Londres? Quais são os serviços de assistência jurídica e psicológica mais procurados?

ESPECIAL

Além disso, realizamos, em 2019, um seminário sobre violência doméstica no King’s College, com o apoio do grupo consular latino americano, envolvendo acadêmicos, ONGs e autoridades britânicas, para discutir as causas do problema e meios de atendimento às vítimas. Pretendemos realizar outro encontro no segundo semestre deste ano, com a provável participação da comissária do governo britânico para abuso doméstico, Sra. Nicole Jacobs.

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O que muda na vida dos brasileiros no Reino Unido após o Brexit? A partir de 2021, com a saída do Reino Unido da União Europeia, um novo Regime Imigratório entrará em vigor, estabelecendo as novas leis de imigração, que deverá privilegiar a mão de obra qualificada. Os brasileiros que já se encontram no Reino Unido, e estão regularizados, não precisam se preocupar. Aqueles com dupla nacionalidade (se a segunda for europeia) devem buscar regularizar sua condição de residente até o final do ano. Eles podem solicitar informações adicionais a esse respeito nos consulados dos países europeus dos quais possuem nacionalidade. Àqueles que ainda pretendem morar no Reino Unido e não dispõem de cidadania europeia sugerimos esperar o Novo Sistema Imigratório entrar em vigor em 2021, para então fazerem a aplicação de acordo com as novas regras.

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ESPECIAL

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Como o Consulado tem apoiado os empreendedores brasileiros no Reino Unido? Uma grande parte dos brasileiros residentes no Reino Unido destaca-se por seu forte espírito empreendedor. Existe aqui um número expressivo de pequenas e médias empresas brasileiras, que oferecem uma grande variedade de serviços. No entanto, acreditamos que ainda há um amplo potencial a ser explorado. Por isso, estamos atualizando o Manual do Empreendedor, lançado em 2016, que estará disponível online, gratuitamente, em breve, com informações sobre questões jurídicas, trabalhistas, tributárias e outros campos de interesse para quem deseja montar um negócio. Também é previsto um encontro com a participação do Grupo Mulheres do Brasil, da Câmara Brasileira de Comércio, do Banco do Brasil e de instituições oficiais britânicas para discutir meios e mecanismos para estimular o empreendedorismo em nossa comunidade. O que são os consulados itinerantes? O Consulado-Geral realiza, com frequência, consulados itinerantes em cidades distantes de Londres, onde há concentração significativa de brasileiros, para prestar serviços consulares localmente. No ano passado, fomos às cidades de Manchester, Edimburgo e Bristol. Neste ano, foi possível realizar uma missão a Liverpool, em março, antes da eclosão da pandemia. Pretendemos retomar a prática assim que possível para atender a comunidade residente em regiões afastadas da capital.

Nós, do Consulado, estamos aqui para ajudar - diz o Cônsul-Geral do Brasil, Tarcísio Costa.

Quem é o Cônsul-Geral do Brasil em Londres? Tarcísio Costa lecionou na Universidade de Brasília e no Instituto Rio Branco, onde também foi membro da banca do Curso de Altos Estudos. Foi Visiting Scholar na Universidade de Stanford e fez pós-doutoramento no Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo.

Nascido em Recife, em 1960, Tarcísio de Lima Ferreira Fernandes Costa é Ministro de Primeira Classe (embaixador) da carreira diplomática e doutor em teoria política pela Universidade de Cambridge. Ao longo de sua carreira, Tarcísio Costa serviu na Embaixada no Reino Unido, no Consulado-Geral em São Francisco e nas Representações Diplomáticas do Brasil na Espanha e na Itália. Entre as funções exercidas no Brasil, integrou a assessoria diplomática do gabinete do Presidente da República (1999-2002), chefiou o Departamento da América do Sul Setentrional e Ocidental do Itamaraty (2016-2018) e foi porta-voz do Ministro de Estado das Relações Exteriores (2018). www.adrianachiarimagazine.net

Tarcísio Costa é casado com a documentarista Ivana Diniz e tem dois filhos, Maria Diniz Costa e Teo Diniz Costa.

Fonte: Consulado-Geral do Brasil http://cglondres.itamaraty.gov.br/pt-br/

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ESPECIAL

Como pedir ajuda? APOIO A BRASILEIROS(AS) EM SITUAÇÃO DE VULNERABILIDADE

Se você está em situação de vulnerabilidade no Reino Unido, escreva para: assist.cglondres@itamaraty.gov.br com informações sobre sua condição. Indicamos, abaixo, instituições locais que estão oferecendo apoio a brasileiros(as) neste momento: Cliff Walk Church (E16 4HN) Tel.: 07702082897 (pastor Leandro) Doações de cestas básicas.

Christian Kitchen (entrega de marmitas aos necessitados todos os dias, 19h30-20h30, no estacionamento oposto a Mission Grove School – E17 7EJ).

Comunidade Evangélica Internacional Zona Sul (CEIZS England – NW6 7NG) Tel.: 07976773820 (pastor Fabio) e 07727127594 (Pastora Deise) E-mail: contact@igclondon.org.uk Doações de cestas básicas.

Cathedral International (SE27 9NR) Tel.: 07415383054 e 07482721902 Doações de cestas básicas.

Igreja Batista da Lagoinha www.lagoinhalondon.com Tel.: 07522 170709, 07432 259812 E-mail:lagoinhalondon@gmail.com Auxílio com conselheiros, psicólogos, alimentos e bens de primeira necessidade.

Amigos Help Center Logos International Church Ajuda para famílias em situação de vulnerabilidade na região de Brighton. WhatsApp: 07999 469400 E-mail: amigoshelpcenter@gmail.com

Igreja em Ação (pastor Fábio) Formulário online para ajuda a desempregados e desvalidos: verbomedia.typeform.com/to/ADNmxu

Campanha Ajuda Mútua (Agenor Junior) Ajuda com alimentação, apoio emocional, entre outros. Tel.: 07947097638.

Cathedral Cook4LifeUK www.cook4lifeuk.org.uk WhatsApp 07757771324 (Gislene) E-mail: cook4life@crcm.org.uk

Caring Friends Around the World Plantão de apoio emocional. E-mail: caringfriendsaroundtheworld@gmail.com Facebook: www.facebook.com/Caring-Friends-Around-the-World-109116247138964 Instagram: www.instagram.com/caringfriendsaroundtheworld4 Westminster Homeless Action Together Reúne organizações que prestam serviços a cidadãos em situação de vulnerabilidade no conselho de Westminster. Acesse o diretório de serviços, que incluem acomodação, comida, saúde, dentre outros: https://bit.ly/2XzrxgF Ação social All Nations Doações de alimentos aos desvalidos. Telefone/WhatsApp: 07714 460602 (Alessandra e Nair)

Assembléia de Deus Pentecostal do Maculusso em Londres Tel.: 0744 8760751, 07943 866386, E-mail: admin@assemofgod.com (Chiang-Soi Santo/Mussunda) Doação de cestas básicas e aconselhamento em imigração, benefícios do governo e outros assuntos.

Fonte: Consulado-Geral do Brasil em Londres http://cglondres.itamaraty.gov.br/pt-br/covid-19.xml

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PROJETO SOCIAL

Caravana

Fraternidade Sem Fronteiras

“Você sai da África, mas a África não sai mais do seu coração”

Sonho que se sonha só é só um sonho que se sonha só, mas sonho que se sonha junto é realidade...

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Viajar para conhecer de perto as crianças acolhidas, os trabalhadores e o dia a dia nos centros de acolhimento é vivenciar uma experiência fraterna que você vai guardar para sempre. Esta oportunidade é dada aos milhares de padrinhos e voluntários do projeto Fraternidade Sem Fronteiras, a organização humanitária internacional que acolhe mais de 15 mil pessoas, em 45 polos de trabalho em seis países do mundo. Em média são 12 caravanas por ano saindo do Brasil, mais ou menos uma

por mês, com oportunidade de participação de padrinhos do exterior também. São pelo menos 400 caravaneiros por ano que passam de 10 a 15 dias nas aldeias africanas doando amor em forma de trabalho voluntário. Os relatos de quem esteve por lá são sempre muito emocionantes. As pessoas chegam pensando que vão ajudar e na verdade são muito mais ajudadas. Esta é a máxima da maioria dos caravaneiros.

Entrevistas

Katia Fernandes Jornalista www.adrianachiarimagazine.net

Há alguns meses, duas voluntárias/ madrinhas da causa, residentes em Londres, participaram de uma das Caravanas de Educação. Daniele Amorim, a Dani, como é carinhosamente chamada, conheceu a causa há alguns anos em um jantar para angariar fundos para o projeto. Na ocasião, comprou o livro Ubuntu, que fala sobre a filosofia africana, “Eu 58

sou porque nós somos”, e se apaixonou pela ideia. Desde então é madrinha e voluntária do Fraternity Without Borders UK (FWB), a ONG aqui no Reino Unido. Com Ana Franco não foi diferente: depois de assistir à peça Gandhi em 2018, promovida pela FWB, ela também logo se engajou e realizou o sonho antigo de ir para a África fazer trabalho voluntário.


PROJETO SOCIAL Ana Franco

Como surgiu a ideia de participar de uma caravana, Daniele?

Madrinha

Dani: Decidi participar da caravana porque eu tinha vontade de conhecer o projeto pessoalmente. Daí eu me presenteei com essa viagem e passei o meu aniversário lá. Sempre desejei fazer algo significante no meu aniversário, algo que me fizesse sentir realmente especial, algo que mudasse toda a história da minha vida. E por fim consegui.

Contem para a gente como foram os preparativos para a viagem? Dani: Li o manual do caravaneiro e comecei a me preparar para a viagem. Arrecadei dinheiro e doações de materiais escolares entre os meus amigos e companheiros de trabalho. Cada vez que eu recebia doações, uma felicidade invadia a minha alma. Eu me sentia feliz, com muita paz no coração e consciência por estar fazendo a coisa certa. Me questionei por várias vezes por não ter feito isto antes. Ana: Além das vacinas e medicações necessárias para a viagem, também precisamos providenciar o visto para Moçambique. Criei uma página de doações online para arrecadar dinheiro para a compra de materiais escolares e organizei também com alguns amigos a coleta de roupas infantis para levar para as crianças, então foi bem corrido.

Ana, você pode descrever um pouco do que foram seus dias por lá? As atividades que desenvolveu? Ana: Ao todo visitamos cinco centros de acolhimento. Na chegada sempre éramos recebidos com danças e músicas, e na sequência iniciávamos nossos trabalhos. Participamos na organização dos materiais escolares e entrega dos kits, separação e entrega das roupas, ajudamos com a preparação e distribuição da comida, além de, claro, entreter as crianças com brincadeiras e até uma peça teatral, que era o momento mais esperado por elas.

O que mais te marcou nesta viagem?

Como foi a chegada na África? Dani: Ao chegar na África, parecia que eu estava um filme. Fomos recebidos com cantos, danças, apresentações e abraços. Tive que conter as lágrimas, pois eu nunca tinha visto tanto carinho. Eles estavam muito felizes com a nossa chegada. Nos rostos se viam sorrisos radiantes. Ana: Foi de muita expectativa, pois não sabíamos como seria. Na saída do aeroporto fomos recebidos pela querida Cesaltina, que estava com um minibus nos esperando. Demoramos algumas horas para chegar em Muzumuia, mas fomos recebidos com muito amor pela comunidade, que fez uma apresentação linda para nos dar as boas-vindas.

Dani: Ao chegar no projeto, foi um choque de realidade. Eram muitas crianças, umas 600. As salas de aula eram pequenas casinhas de bambu, cobertas de palha. Algumas nem paredes tinham. As crianças vestiam roupas sujas e rasgadas. Se viam irmãos de uns 7 a 8 anos carregando e cuidando de irmãos mais novos. A pobreza era muita, mas ali não faltavam afeto e amor para com o próximo. Me questionei no mais íntimo do meu ser sobre quem seriam os pobres de verdade. Me senti pobre e com muita vergonha pela vida em que levava. Refleti sobre os valores e sobre a família, sobre o verdadeiro significado da vida, sobre o que realmente era importante. Senti vergonha das minhas queixas diárias. Ana: Foram tantas coisas marcantes que é difícil escolher uma só. No primeiro centro de acolhimento encontramos crianças que estavam sem comer por quatro dias. Mesmo assim elas sorriam e brincavam. Na hora em que começamos a distribuição de comidas, elas foram divididas por faixa etária. Todas elas esperavam sentadas seu prato de comida. Quando finalmente recebiam, notei que elas não começavam a comer. Elas esperaram todos os amiguinhos receberem seus pratos para então, juntas, rezarem um Pai Nosso agradecendo pela alimentação. Essa sem dúvida foi uma das coisas mais marcantes. Outra coisa que nos emocionou foi a relação entre irmãos. Como muitos são órfãos ou os pais trabalham, o irmão mais velho fica responsável pelos mais novos. Muitas vezes víamos crianças de no máximo 5 anos de idade carregando seus irmãozinhos mais novos no colo. Eles não se desgrudavam nem na hora de brincar.

orim Daniele Anm ha Madri

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PROJETO SOCIAL Sob seu ponto de vista, qual é a importância do projeto para aquelas pessoas? Ana: Pelo que vivenciei, esse projeto é o que permite à maioria dessas crianças ter pelo menos uma refeição ao dia. Quando cheguei, pensei: mas só uma refeição? E então me dei conta de que se o projeto não existisse, a maioria deles não teria o que comer. Sem contar que nos centros de acolhimento essas crianças ainda são supervisionadas e participam de brincadeiras, ou seja, lhes dá o direito de serem crianças, mesmo naquela realidade tão dura.

Dizem que vamos para ajudar e somos ajudados? Como foi para você, Dani? Dani: Para mim, eu fui muito ajudada. Aprendi que a vida tem um sentido muito importante quando se está fazendo caridade, dando amor aos outros. Há pessoas que não têm nada, eu me senti muito grata por tudo o que tenho. Percebi que a miséria maior é a que mora no coração de algumas pessoas, mas eu aprendi com esta viagem que cuidar do próximo nutre a minha alma com amor e paz.

O que esta experiência trouxe para sua vida? Ana: Amor e inquietude. Acho que ainda estou processando tudo o que vivi nesses dez dias. É muito difícil voltar e simplesmente seguir a vida normalmente. Você volta querendo mais. Não só receber mais amor daquelas crianças tão lindas e puras, mas com um senso de justiça mais aguçado. Você sai da África mas a África não sai mais do seu coração. Eu não vejo a hora de voltar para fazer e viver mais. Se você também quer participar de uma experiência linda como esta, entre em contato com a gente.

Quem somos?

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O Fraternity Without Borders UK está organizando uma caravana para Moçambique entre os dias

11 e 21 de Setembro.

Quer vir com a gente?

Informações: Clarice Bomba 07979 199232 claricebomba@hotmail.com

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Somos a Fraternity Without Borders UK (FWB), organização não governamental fundada em julho de 2017 no Reino Unido. Nascemos sob a inspiração da ação humanitária internacional Fraternidade Sem Fronteiras (FSF), fundada no Brasil em 2009 pelas mãos de Wagner Moura, fundador e coordenador do projeto. A Fraternidade atua em seis países, em 45 polos de trabalho, desenvolvendo projetos em várias áreas. São mais de 15 mil acolhidos, 428 mil refeições servidas por mês, 450 trabalhadores diretos, mais de 700 jovens que continuam nas escolas, quase 150 casas construídas, dez poços artesianos perfurados e mais de 160 idosos amparados. Tudo isto graças ao sistema de apadrinhamento e de uma força maravilhosa chamada voluntariado.

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INCLUSÃO

Dirceu Pio Jornalista e Embaixador de acessibilidade do Instituto de Longevidade Mongeral Aegon

A rentabilidade do acesso “Atrasamos a instalação da loja de Chapecó por várias semanas por causa dessa porcaria de acessibilidade!”, protestou Luciano Hang, proprietário da Havan, garantindo que todas as suas lojas instaladas em vários estados brasileiros têm bom acesso.

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Creio seja impossível, hoje, passar uma semana no Brasil sem ouvir falar da Havan, uma loja de departa departamento que se espalha pelo país com a força que já tiveram as Pernambucanas e a Riachuelo.

Fui conferir

Enquanto o promotor entregava-se a uma espécie de “silêncio obsequioso”, eu cuidei de conferir se Hang falava a verdade ao dizer que suas lojas têm boa acessibilidade. Fui visitar uma delas (as construções são padronizadas) em Hortolândia, cidade operária da região de Campinas (SP), com cerca de 250 mil habitantes. Minha conclusão foi até simples: faltou uma pitada de bom senso entre as partes; de um lado, o Ministério Público fez muitas exigências, diria que periféricas, esquecendo-se, por exemplo, de exigir a implantação de elevadores, já que as PNEs (Pessoas com Necessidades Especiais) que quiserem fazer compra numa Havan têm de escalar uma rampa de nada menos de 70 metros. Além de terem que subir e descer toda vez que quiserem usar o banheiro, já que as lojas não dispõem de banheiros no piso superior, onde estão as mercadorias.

O dono da Havan é o catarinense de origem alemã Luciano Hang, que faz da polêmica – inclusive em torno dos assuntos da política – a marca registrada do marketing de seu megaempreendimento. No final de 2019, a polêmica invadiu um tema ainda pouco discutido no país – a acessibilidade. Um promotor do município de Chapecó, cidade com 210 mil habitantes, no oeste de Santa Catarina, conseguiu irritar o empresário com as exigências (60 delas) de acesso à loja da Havan que se instalava na cidade. “Atrasamos a instalação da loja de Chapecó por várias semanas por causa dessa porcaria de acessibilidade!”, protestou Iang, garantindo que todas as suas lojas instaladas em vários estados brasileiros têm bom acesso. www.adrianachiarimagazine.net

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INCLUSÃO

Círculo vicioso

Do lado do empresário, faltou descobrir que a acessibilidade está longe de ser uma “porcaria”, sendo um requisito fundamental de todo empreendedor, não importa o tipo de negócio, que queira fazer sucesso daqui para a frente. Luciano Hang demonstrou, no episódio, ainda não haver descoberto que é preciso quebrar – e com urgência – o círculo vicioso em que a acessibilidade está metida: o comércio e as cidades no Brasil, de modo geral, são implantados para pessoas jovens e com facilidade de locomoção. Como não há acessibilidade, milhares de pessoas que precisam dela são aprisionadas em casa, e com isso todos pensam que elas não existem. As rampas das lojas Havan, a começar pela de Hortolândia, são impraticáveis pelos cadeirantes e há, no térreo, apenas um banheiro acessível, ainda assim sem barra de apoio à esquerda, um problema sério aos que tiveram paralisia do lado direito. A simpatia e o voluntarismo dos colaboradores na loja de Hortolândia chamam mais atenção que a acessibilidade capenga. Luciano Hang, por certo, desconhece esses dados apresentados no recente Fórum da Internet no Brasil, promovido pelo Comitê Gestor da Internet (CGI.br):

O Brasil tem 45 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência. Elas são 1,3 bilhão de pessoas no mundo. Juntas, respondem por US$ 7 trilhões em poder de compra anual no mundo, dos quais pelo menos R$ 22 bilhões estão no Brasil; E os números são bem maiores se incluirmos os idosos entre os que precisam de apoio em mobilidade.

Não podemos nos esquecer que o Brasil começa a envelhecer com mais celeridade.

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INCLUSÃO

Empreender com inclusão,

oportunidades para todos

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Tim Harris, aos 28 anos, possui um restaurante americano localizado em Albuquerque/EUA e recebe todos os clientes na porta com um belo sorriso estampado no rosto. Isabella Springmuh, a estilista da Guatemala que se destacou no London Fashion Week, foi selecionada como uma das 100 mulheres mais notáveis de 2016. Gabriel Bernardes Lima, com apenas 21 anos, já possui uma empresa de brigadeiros gourmet na cidade de São Paulo, Brasil. Franco, Leandro, Mateo e Mauri são proprietários do Los Perejiles, empresa que presta serviço de preparação de pizzas e empanados a domicílio em Buenos Aires, Argentina.

Além de serem jovens e exemplos de inspirações, sabem o que eles têm em comum? São pessoas com Síndrome de Down. E sabem o que é mais fantástico? Todos passaram por dificuldades e preconceitos, e com essas dores tiveram muita determinação para desenvolver e mostrar seu potencial empreendedor. Hoje, são os protagonistas das suas vidas e cada um mereceria um artigo à parte. Ser uma Pessoa com Deficiência (PcD) não é demérito e não é motivo de exclusão, muito pelo contrário. Essas pessoas possuem uma característica física, auditiva, visual ou intelectual com certo grau de limitação, diferentemente dos demais indivíduos. Mas isso não quer dizer que não têm perspectivas iguais ou que não almejam ter as mesmas oportunidades na sociedade em relação às outras. Diego Hatschbach Ferreira Especialista em Projetos Sociais e em Diversidade e Inclusão www.adrianachiarimagazine.net

É preciso entender que não há coitadinhos, e sim consumidores e colaboradores que desejam ter suas necessidades supridas, espaços adequados e voz na sociedade. 64


INCLUSÃO

Netflix

Para continuarmos, que tal fazermos uma reflexão sobre a série do Netflix chamada “Anne with an E”, que se passa no Canadá, na década de 1890! A série nos traz muitos ensinamentos em relação aos preconceitos e às discriminações, principalmente contra mulheres, negros, índios e, inclusive, ideologia de gêneros. São reflexões importantes sobre nossos valores e os mais diversos sentimentos que estamos sujeitos a vivenciar. Anne (Amybeth McNulty), a protagonista da série, é uma jovem de mente criativa, cujos pensamentos estão muito avançados se comparados aos demais personagens. Enfrentou medos e lutou incansavelmente em

busca da sua aceitação (num período em que as mulheres estavam inseridas num contexto de submissão), e suas iniciativas de mudanças acabavam causando conflitos naquela cidade, onde a cultura não permitia quaisquer avanços sociais. Um dos exemplos foi quando a professora Miss Stacy (Joanna Douglas) promoveu empreendedorismo ao possibilitar uma nova experiência de elaborar e publicar um jornal por meio de nova técnica mecânica, o que gerou incômodo por parte daqueles indivíduos fiéis aos padrões do século XIX. Anne mostrou que a inclusão de diferentes pessoas e a junção de múltiplas formas de pensar e agir são capazes de causar grandes impactos, mesmo que seja no próprio território.

Pois bem, para se tornar um empreendedor inclusivo é preciso coragem para arriscar, enfrentar barreiras e dificuldades, compreender e envolver todos os perfis de pessoas inseridos no processo, e, além disso, focar esforços em resultados que causem impacto social. Embora se deva considerar a época da série, notam-se muitas referências quanto à Diversidade e à Inclusão, que, mesmo após 100 anos, são temas-chave para o mundo contemporâneo – e

mais, na atualidade não é difícil notarmos que ainda há desconfiança das “pessoas comuns” em relação ao potencial e à capacidade de empreender das “pessoas diferentes”.

Inclusão nas organizações Ainda esses dias, grande parte das organizações não contratavam pessoas com deficiência, pois eram tratadas e julgadas como improdutivas e impossibilitadas de acompanhar o desempenho de outros integrantes da equipe considerados ‘normais’. Isso ainda acontece, contudo, já é comprovado que as pessoas com deficiência têm capacidades que sequer imaginamos. Uma das barreiras que impedem a integração das Pessoas com Deficiência (PcDs) no mercado de trabalho e alimentam o preconceito é a falta de conhecimento. Nada adianta ter ações voltadas para a inclusão, se a deficiência não fizer parte da discussão.

Legislação

Mudanças significativas têm ocorrido ao longo das décadas e a própria legislação tem sido mais flexível às necessidades de populações menos favorecidas. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 15% da população global possui alguma deficiência, ou seja, é uma população de grande potencial que movimenta a economia.

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Avanços nos campos da saúde, educação, esporte e tecnologia fizeram com que as empresas começassem a focar energia em negócios (produtos e serviços) atrativos para diferentes perfis de pessoas, voltados principalmente às soluções que resolvem ou atenuam as dificuldades de acesso, mobilidade e visualização. Eis o empreendedorismo inclusivo, um “mercado novo” e cheio de possibilidades.

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INCLUSÃO

A importância da inclusão

Rafael Bonfim, consultor e especialista em inclusão, comenta sobre a importância da inclusão nas estratégias organizacionais, pois abre reflexões sobre comportamento, gestão, desempenho, relações interpessoais e resiliência, características fundamentais para o sucesso de qualquer organização. Cita ainda que todo empreendedor, ao optar pelo caminho da inclusão, possuirá inva-

Tipos de empreendedorismo social

riavelmente uma preocupação com um desafio social que a sociedade traz. Para ele, o empreendedorismo inclusivo propõe soluções para acessibilidade, mobilidade, comunicação e difusão de conhecimento, fazendo com que as deficiências se tornem cada vez mais irrelevantes quando colocadas em interação com o mundo.

A maturidade do século XXI abriu portas para o Empreendedorismo Social e Inclusivo, e por mais que sejam conceitos diferentes, um e outro têm objetivos maiores do que somente gerar lucro: ambos promovem e contribuem com a qualidade de vida e com a melhoria de algum aspecto que impactará positivamente a vida de um grupo de pessoas. Caroline Ananias Ferronato, Coordenadora de Projetos (ASID Brasil), relaciona empreendedorismo e inclusão de três maneiras: Pessoas com Deficiência (PcDs) empreendedoras: pessoas com deficiência que fazem a gestão de seus próprios negócios, muitas vezes empreendem gerando emprego para outras pessoas que também possuem necessidades especiais para se locomoverem. Empresas: organizações que promovem programas e campanhas internas em prol da acessibilidade e da inclusão, além de estimularem os colaboradores com deficiência para fazerem parte das decisões de ações estratégicas de Diversidade e Inclusão. Empreendedores na causa: formados por organizações sociais ou pequenos grupos, ou até mesmo uma pessoa, que aderem a um problema social e procuram solucioná-lo, muitas vezes por meio de negócios sociais que geram renda e criam empoderamento de uma determinada comunidade.

Dicas para um empreendedorismo inclusivo

Para de fato incluir, seguem algumas dicas que objetivam estimular e intensificar o empreendedorismo inclusivo: Inspirar-se pelo compromisso com o impacto social; Ter paixão e persistência na solução dos problemas sociais; Ouvir diferentes pontos de vista, em especial, do próprio usuário que se pretende beneficiar por meio de um produto ou serviço; Buscar informações sobre os diferentes perfis de públicos, respeitando-os e tendo paciência para lidar com suas limitações; Possibilitar ambientes de trabalho mais acessíveis e adaptados aos diferentes perfis de pessoas.

Empreender com inclusão, um mundo mais acessível e com oportunidades para todos. Este é o impacto esperado! www.adrianachiarimagazine.net

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NEGÓCIOS

Liderança autêntica

com propósito

Imagine como seriam os resultados nas empresas se fosse possível determinar traços de personalidade, características ou estilos que definissem um conceito ideal de liderança!

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Essa dúvida permeou a mente dos cientistas durante muito tempo, e após 50 anos de pesquisas, eles chegaram à seguinte conclusão: não existe nenhum estilo, talento, traço ou característica universal na raiz de sucesso dos líderes – homens, mulheres, jovens, maduros, de diversas nacionalidades, religiões e origens raciais – que defina quem são os melhores. Autenticidade é o que os define. É preciso ter muita coragem para ser autêntico, vivendo em um mundo onde as comparações ainda são comuns. Quanto mais as empresas compreenderem a importância de estimular a autenticidade entre seus líderes e colaboradores, maior será o impacto positivo que isso trará para os resultados que elas almejam; quanto mais os líderes – estejam eles liderando pessoas ou a si mesmos – estimularem em si o seu próprio crescimento e evolução a partir da potencialização de suas forças de caráter e virtudes, dons, habilidades e características individuais de suas

personalidades, mais corajosos, competentes, produtivos, engajados, determinados e felizes se sentirão. Ser um líder autêntico é fundamental para despertar a paixão por objetivos e metas e liderar com o coração, além da cabeça. Empresas que permanecerão no mercado e se destacarão das demais nessa nova década são aquelas que reconhecem que a inteligência emocional e a espiritual, além da intelectual, devem integrar o perfil ideal de seus líderes autênticos. Em tempos em que o autoconhecimento é a chave para a mudança, novas atitudes são necessárias para cultivar a autenticidade, e elas estão ligadas ao fato de olhar para dentro de si, encarar seus medos, aceitar suas vulnerabilidades e acolher sua transformação com amor e autocompaixão, pois esse pode ser um processo doloroso.

Aprender com as histórias da própria vida. Para ser um líder é preciso se arriscar, e isso quer dizer nem sempre acertar. As falhas estão presentes no exercício evolutivo da liderança. O que importa não é o que te acontece, é o que você faz a partir disso.

Ter coerência entre discurso e ação. Não há como ser autêntico apenas com um belo discurso, é preciso ter coerência entre o que se diz e o que se faz. “As palavras ensinam, mas só o exemplo arrasta.” Particularmente, em se tratando de liderança, não acredito que palavras ensinem sem o exemplo, esse sim, isolado já ensina, mas associado a palavras congruentes tem um forte poder de arrastar multidões.

Motivar-se por fatores intrínsecos. Garra e determinação para atingir sonhos e objetivos são os fatores que mais impulsionam um líder a fazer acontecer. Não basta correr atrás do sonhos da empresa e de seus liderados, é preciso também buscar realizar os próprios sonhos.

Ter clareza de propósito. Entre os elementos que ativam nossa determinação e nos mantêm motivados, entre a coerência em relação ao que se diz e o que se faz, entre a capacidade de olhar para dentro e aprender com a própria vida está o propósito. O propósito é o sentido que todo líder precisa encontrar para gerar as ações necessárias que só reforçarão sua autenticidade ao longo de sua jornada. Um grande abraço e até a próxima edição! www.adrianachiarimagazine.net

Shirley Brandão Especialista em Liderança e Desenvolvimento Humano

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O empreendedorismo

do futuro

NEGÓCIOS

São muitos os motivos que levam ao empreendedorismo, em grande maioria o desejo por qualidade de vida, voltar ao mercado de trabalho, ter maiores ganhos e liberdade. Com o impulso desse desejo começa então uma grande pesquisa de mercado para descobrir qual negócio abrir – e um longo plano de ação é criado, com base em um bom benchmarking. Na busca por modelos perfeitos e cases de sucesso para replicar a sua realidade, muitas vezes alguns pontos primordiais não são levados em consideração. É preciso ter atenção para com o novo perfil de cliente.

Ter um produto ou serviço bom já não é mais o suficiente, se tornou uma obrigação e os clientes esperam muito mais do que isso.

Ser diferente, agregar valor e proporcionar experiências que impactam suas vidas é fundamental para construir uma relação de sucesso. Ser uma empreendedora diferente e de personalidade implica olhar para dentro de si e não para fora, resgatar internamente seus valores e manter sua essência. Ter personalidade é algo muito mais profundo, é imprimir no seu produto / serviço o seu “tempero” e alma. Justamente por serem únicos, deixarão sua marca e farão história. Hoje a relação com o cliente é de parceria, ele precisa sentir que você é uma aliada, e não uma vendedora. Por isso fique atenta aos seguintes itens e reveja sua conduta, se necessário, para atingir novos patamares.

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Aja de forma estratégica. Não caia na ingenuidade de copiar os produtos dos seus concorrentes melhorando o preço para ganhar mercado. Isso fará com que seja simplesmente um produto genérico. Quanto maiores forem sua diferenciação, personalidade e personalização, maiores serão seus ganhos e posicionamento. Acorde. Não busque atalho! Ele não é o caminho se você quer um negócio sustentável ao longo do tempo. Uma empreendedora vazia foca apenas no dinheiro, e para tal, pode vir a passar por cima de valores, pessoas e ética. Tudo que não é natural não resiste, portanto de nada adiantará criar uma missão, visão e valores institucionais para sua empresa se de fato não as viver. O cliente consegue fazer rapidamente a leitura da falta de congruência entre o que você diz ser e querer do que de fato é, e isso pode levar o seu negócio ao fim, pois quebra um princípio básico chamado confiança.

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Autorresponsabilize-se. Crie negócios e produtos que sejam benéficos não só para sua empresa, mas que venham a fazer a diferença no mundo a médio e longo prazos.

Empreendedoras do futuro terão um alto nível ético e moral. Daniela Muniz Master Coach Integral Sistêmico

Focarão no autoconhecimento e desenvolverão primeiro pessoas, depois produtos e serviços, pois assim terão sensibilidade para entender seus clientes. O marketing será focado na necessidade e não na venda, e por fim, crescerão como empresárias, mas contribuirão na mesma proporção com seus colaboradores, familiares e sociedade. Humanize seu negócio e esteja preparada para as mudanças, focando no que é importante para ter um crescimento consistente, sério e responsável. Boa sorte! 69

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FINANÇAS

Autônomoou empresa limitada? Como escolher a melhor estrutura legal para o seu negócio?

No Reino Unido, uma média de 3,4 milhões de pessoas trabalham como autônomos e 1,9 milhão como empresas limitadas.

Q

Quando estamos planejando abrir um negócio, as decisões que devemos tomar parecem não ter fim. Nossa cabeça trabalha 24 horas por dia durante os 7 dias da semana. Essas decisões nem sempre são fáceis ou estão claras em nossa mente. Uma dessas muitas decisões será escolher qual a melhor estrutura legal para a sua empresa. Segundo HM Revenue & Customs, do Reino Unido, os quatro tipos mais comuns de empresas são: Sole Trader (Autônomo)

Limited liability partnership (Sócios com obrigações limitadas)

Partnership (Sócios)

Limited Company (Empresa limitada)

No artigo de hoje, vamos focar em dois tipos de empresas:

Autônomo e Empresa Limitada. Catalina Delgado Contadora

Mas qual é a diferença entre as duas? Qual estrutura se encaixa melhor no meu plano de negócio? Para tomar essa decisão, precisamos ter clara a diferença entre as duas estruturas, já que o tipo de empresa ideal dependerá de três fatores principais: responsabilidade tributação manutenção dos livros de contas

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FINANÇAS

AUTÔNOMO:

O autônomo é o único dono do seu próprio negócio. Trata-se de uma estrutura simples, e o autônomo poderá entregar as declarações de renda online pelo website do HMRC. (https://www.gov.uk/log-in-file-self-assessment-tax-return) Como autônomo, temos a total responsabilidade da sua empresa, já que não existe uma entidade separada da pessoa física. Isso significa que se o seu negócio criar dívidas, você é pessoalmente responsável por elas. O autônomo deve se registrar no HMRC (Her Majesty’s Revenue & Customs) até o dia 5 de outubro do ano em que iniciou suas atividades comerciais com rendimentos iguais ou superiores a £1.000,00. É importante lembrar que o ano fiscal inicia-se em 6 de abril e termina em 5 de abril do ano seguinte. Se foi realizado algum trabalho antes do dia 5 de abril e houve rendimentos iguais ou superiores a £1.000, é preciso se registrar até o dia 5 de outubro daquele mesmo ano.

Como autônomo, paga-se imposto em cima do lucro. Esse cálculo é feito seguindo as regras das despesas permitidas pelo HMRC (Her Majesty’s, como, por exemplo, gastos com matéria-prima, papelaria e administração, uma porcentagem do telefone, transporte, entre outros.

IMPORTANTE: Para o ano de 2020/2021, o personal allowance (quantia que você pode ganhar sem pagar os 20% de imposto) se manterá a £12.500,00 anuais. No entanto, se você receber lucro: de £12.500 até £50.000, pagará a taxa básica de 20% de £50.000 até £150.000, pagará a taxa alta de 40% acima de £150.000, pagará a taxa adicional de 45%.

EMPRESAS LIMITADAS:

A empresa limitada é formada por um ou mais diretores que irão ser responsáveis por seguir as regras de Companies House. A Ltd, como é mais conhecida, tem responsabilidade limitada por si, o que quer dizer que os bens do diretor não serão confiscados caso a empresa seja inadimplente. As obrigações da Ltd são mais rígidas do que as do autônomo. Será responsabilidade do diretor enviar as contas finais para o Companies House e o Tax Return da empresa para o HMRC (Her Majesty’s Revenue and Customs). O livro de contas terá que ser mantido organizado e com uma explicação clara das entradas e saídas de dinheiro. No Tax Return será calculado o imposto da empresa, que era de 19% sobre o lucro, mas a partir de abril 2020 essa porcentagem baixou para 17%. O diretor poderá tirar lucro para si: os primeiros £2.000 são livres de imposto, e acima disso paga-se 7,5% sobre o lucro. As pessoas que pagam a taxa alta de imposto (se o seu ganho fora dos dividendos for acima de £50,000) pagarão 32,5% de imposto sobre esse valor.

Mas afinal, qual tipo de estrutura se deve escolher? Isso vai depender das circunstâncias individuais de cada empresário. Para que você possa estar mais seguro na hora de tomar esta decisão, fale com um especialista em negócios ou um contador. O importante é você saber os prós e os contras de cada estrutura, para que a sua decisão seja tomada com conhecimento e segurança.

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IMIGRAÇÃO

Legalização por meio dos filhos Zehra Tamkan Advogada

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Com a saída do Reino Unido da União Europeia e as prováveis mudanças no sistema de imigração como um todo, é importante conhecer quais são seus direitos e requisitos para poder permanecer no País. Se o seu filho mora no Reino Unido há pelo menos 7 anos, saiba que ainda é possível solicitar seu visto de residência na Terra da Rainha. Os 7 anos de residência infantil são um critério qualificado para fazer um pedido de solicitação para permanecer sob as regras de imigração, parte 7, parágrafo 276 ADE, que exige: A criança deve ter menos de 18 anos e ter vivido no Reino Unido por um período mínimo de 7 anos (descontando qualquer período de detenção) ou Tem 18 anos ou mais, e menos de 26 anos, e passou pelo menos metade de sua vida residindo continuamente no Reino Unido Não seria razoável esperar que eles deixassem o Reino Unido

A antiga política de residência infantil de 7 anos e as mudanças nas regras de imigração em 2012 Em 9 de dezembro de 2008, o Governo anunciou a retirada da concessão infantil da criança de 7 anos (DP5 / 96) a partir dessa data. Antes dessa data, o DP5 / 96 havia permitido, durante vários anos, que algumas famílias com filhos dependentes (ou seja, crianças menores de 18 anos que não tivessem uma vida independente) tivessem residência permanente se a criança ou crianças estivessem morando no Reino Unido por pelo menos 7 anos. Não havia uma política ou orientação definida entre 2008 e 2012 para determinar quando não seria razoável remover a criança do Reino Unido. Nas alterações das regras de imigração de julho de 2012 (Declaração de Alterações HC194), as regras de residência infantil de 7 anos foram formalmente incorporadas. www.adrianachiarimagazine.net

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Regras atuais de 7 anos para a imigração infantil em 2012 As seguintes alterações estão sendo feitas nas disposições relativas a crianças: Está sendo providenciado que um pai que tenha recebido um visto com base em uma criança no Reino Unido possa permanecer no Reino Unido depois que a criança completar 18 anos, desde que a criança não tenha formado uma unidade familiar independente e não esteja vivendo uma vida independente. Os filhos podem receber um visto de acordo com os pais, em que os pais têm uma rota para se estabelecer como pais de uma criança que não está estabelecida, mas mora no Reino Unido há pelo menos sete anos e não seria razoável esperar que criança deixe o Reino Unido.

O histórico de imigração dos pais é relevante para saber se é razoável remover crianças assentadas do Reino Unido No caso de MT e ET (melhores interesses da criança; extempore pilot) Nigéria [2018] UKUT 88 (IAC), o Tribunal Superior deu uma orientação muito boa sobre quando é razoável esperar que uma criança deixe o Reino Unido, que segue em uma linha de casos recomendando que a conduta dos pais seja levada em consideração ao avaliar se é razoável esperar que uma criança saia do Reino Unido. Até agora, os efeitos às vezes severos desses casos permanecem incontestados.


IMIGRAÇÃO

Quando não é razoável remover a criança? A posição do Home Office (Ministério do Interior) em quase todos os casos parece ser que seria razoável para uma criança acompanhar seus pais no exterior. A guia estabelece fatores relevantes para os responsáveis pelo caso que tomam essa decisão. Essas incluem: Se a criança sairia do Reino Unido com seus pais – "geralmente é do interesse de uma criança permanecer com seus pais". A extensão de laços familiares mais amplos no Reino Unido. Se é provável que a criança seja capaz de se reintegrar prontamente à vida em outro país, fatores relevantes, incluindo a extensão de laços sociais, culturais, linguísticos, acesso à cidadania e se a criança já frequentou a escola naquele país. Se a remoção daria origem a um risco significativo para a saúde da criança. Informações específicas do país.

Quando uma família com uma criança que vive no Reino Unido há sete anos ou mais solicita um visto para permanecer, as solicitações devem ser antecipadas com evidências que demonstrem a residência da família, definir toda a extensão da vida e vínculos da criança com o Reino Unido, a extensão da integração da família, o impacto da remoção na criança e as dificuldades enfrentadas pela criança se ela tivesse que recomeçar a vida em outro país. Quanto mais a criança viver no Reino Unido, mais forte será o caso. Texto: Zehra Tamkan Tradução: Aracy Cardoso

Para qualquer informação e clarificação para advogados de língua portuguesa qualificados na Inglaterra, entre em contato com: Araly Cardoso -Email: a.cardoso@connaughtlaw.com

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NUTRIÇÃO

Carolina Capellari Simon Nutricionista

Alimentos que ajudam na TPM e Menopausa Entenda por que ficamos tão estressadas e irritadas, e com uma vontade louca de comer doces durante a TPM. Conheça aqui os alimentos que auxiliam no equilíbrio dos nossos hormônios.

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Dores de cabeça, irritabilidade, cansaço excessivo e desânimo são alguns dos sintomas que experimentamos, com maior ou menor intensidade, todos os meses, devido às variações na produção dos hormônios em torno do nosso ciclo menstrual. Os hormônios comandam a saciedade, humor e até batimentos cardíacos. O desequilíbrio hormonal pode causar doenças como obesidade, hipotireoidismo, diabetes, depressão, infertilidade e até câncer. Na Síndrome dos Ovários Policísticos, por exemplo, os sintomas de TPM (Tensão PréMenstrual) podem ser muito acentuados e ocorrer com muito mais frequência, afetando a qualidade de vida da mulher. À medida que o tempo vai passando, a tendência é uma redução na produção hormonal e a inevitável menopausa, que pode ou não apresentar sinais e sintomas, mas que também afeta a produção hormonal e a composição corporal da mulher. Na menopausa há um aumento de gordura corporal de maneira geral, devido à queda hormonal, mas principalmente na região torácica e abdominal, o que pode aumentar o risco de doenças do coração, câncer e diabetes.

O que fazer para amenizar de maneira natural esses sintomas? Existem diretrizes abrangentes sobre quais alimentos podem afetar o equilíbrio hormonal, mas com acompanhamento médico e nutricional é possível resolver ou melhorar muitos dos problemas hormonais. Fiz uma breve lista de alimentos que podem ajudar você a melhorar sintomas pré-menstruais e da menopausa, beneficiando uma melhor produção hormonal. www.adrianachiarimagazine.net

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NUTRIÇÃO

Probióticos e prebióticos: Estudar e entender a microbiota intestinal (bactérias intestinais do bem) é o futuro da nutrição. A microbiota intestinal desregulada pode interferir na produção de hormônios neurotransmissores no intestino (o intestino produz 90% da serotonina utilizada pelo corpo), reduz a produção de vitaminas e participa da secreção de hormônios que regulam o açúcar e a fome. Para melhorar a microbiota invista em probióticos e prebióticos! Probióticos são alimentos ou suplementos com bactérias benéficas, como, por exemplo, o kefir – formado por uma colônia de micro-organismos benéfica ao organismo, que ajuda a regular a flora intestinal e combater outros agentes nocivos à saúde. Já os prebióticos (fibras) são o alimento das bactérias benéficas, como cereais integrais, hortaliças e frutas.

Grão-de-bico

Castanha-do-pará

O grande diferencial do grão-de-bico das outras leguminosas (feijão e lentilha) é a alta concentração de vitaminas B6 e B9, que atuam na produção de hormônios como a serotonina e dopamina.

Rica em selênio, mineral que atua no bom funcionamento da tireoide (a glândula mais importante do sistema endócrino) e ajuda a regular o metabolismo do coração, cérebro, rins e fígado. Três unidades por dia já são suficientes para fornecer o selênio e regular essas funções.

Carnes magras As proteínas ajudam na produção de hormônios que controlam o apetite, levam mais tempo para serem digeridas, reduzindo o tempo de chegada da glicose na corrente sanguínea. Consequentemente, auxiliam na regulação da insulina, portanto também nos níveis de glicose.

*

IMPORTANTE: Se você tem alguma doença hormonal não adianta apenas comer todos esses alimentos. Você deve e precisa procurar um médico, pois o tratamento normalmente envolve medicação. Inclua também na sua rotina exercícios físicos que lhe tragam prazer, reduza o cigarro ou pare de fumar, reduza o ritmo e o estresse. 75

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CULINÁRIA

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Empreendedorismo na Gastronomia Sustentável Pasme! Tem gente fazendo dinheiro com

Com o termo “Sustentabilidade” em alta, tornando-se hoje tendência em diversos setores da economia, empreender em gastronomia sustentável pode ser uma ótima alternativa de business. A forma mais simples de imaginar negócios sustentáveis no ramo da gastronomia é começar pensando em tudo que pode ser feito dentro da cozinha:

o que você joga no lixo!

Usar alimentos típicos das safras de cada estação do ano: além de economizar você também terá ingredientes de boa qualidade, pois alimentos fora da estação, além de não terem o mesmo sabor e qualidade, geralmente têm muito fertilizante e agrotóxicos. Reduzir, Reutilizar e Reciclar. Substituir e/ou diminuir o consumo de plástico. Comprar de produtores locais: dessa forma, além de fortalecer a rede local, os produtos são de qualidade, muitas vezes orgânicos.

Barbara de Souza Chef de Cozinha, Gastronomia Sustentável

Hoje, já é possível enxergar negócios e gerar renda a partir de materiais descartados, basta um pouquinho de criatividade, como a produção de bebibas, entre elas a famosa bebida fermentada kombucha, hoje superprocurada. Elas podem ser feitas a partir de cascas que normalmente vão parar no lixo!

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Fermentação de Casca de Abacaxi

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Dica: Acrescente gengibre (pouco), substitua o açúcar branco pelo açúcar mascavo.

Ingredientes

Preparo

1 jarra de vidro esterilizada 3 copos de água morna filtrada ¼ de copo de açúcar Cascas de 1 abacaxi orgânico Uma flanela ou papel-toalha para cobrir e um elástico

Coloque na jarra a água, o açúcar e as cascas de abacaxi, cubra com o pano ou papel e deixe em um local escuro e fresco por 2 a 3 semanas – você pode deixar mais uma semana se preferir um sabor um pouco mais acentuado.

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Após o tempo de fermentação, coe o conteúdo da jarra e coloque em jarras de vidro esterilizadas, e sele. Conserve na geladeira, e está pronto para o consumo.


CULINÁRIA

PANCs

Produzir, comercializar, usar as Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANCs) é outra forma de empreender. DICA: Usamos PANCs dentro de nossas cozinhas profissionais, e é muito difícil conseguir certos produtos. Algumas pessoas transformaram a horta de casa em horta de PANCs e estão ganhando dinheiro com o que as pessoas pensam ser mato, pragas e ervas daninhas.

Seguem aqui alguns exemplos de PANCs, que apesar de serem bastante conhecidas, poucos sabem que podem ser comestíveis e nutritivas.

Begônia

Dente-de-Leão

Flores: Saladas cruas, geleias e mousses.

Come-se desde a raiz até suas folhas e flores. Rico em fitonutrientes, vitaminas A e C.

Peixinho Ora-pro-Nóbis

Das raízes torradas faz-se uma bebida que lembra o sabor do café.

Taioba

Azeda de madeira ou wood sorrel

Urtiga

Muitas vezes confundida com o trevo, a azeda de madeira é da família da Oxalis. Rico em Vitamina C, wood sorrel tem um sabor um pouco amargo, devido à ação do ácido oxalic, também presente em vegetais como espinafre e brócolis.

Rosa Amor-Perfeito

Todas as partes da azeda de madeira são comestíveis: raízes, folhas, flores e até as sementes.

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Sopa de Azeda de Madeira ou Wood Sorrel

Ingredientes 3 colheres (sopa) de manteiga sem sal 1/2 xícara de cebolas picadas 4 a 6 xícaras de azeda de madeira picadas 1 litro de caldo de legumes (pode ser feito com cascas dos vegetais) 1/2 xícara de creme de leite fresco Pitada de sal 77

Preparo 1 Adicione a manteiga e a cebola, e refogue bem. 2 Despeje o caldo na panela e leve para ferver. 3 Em fogo médio, adicione as folhas de azeda e uma pitada de sal e mexa bem. Quando a azeda estiver quase murcha, diminua o fogo. 4 Tampe e cozinhe por 10 minutos. 5 Mexa ocasionalmente. 6 Para finalizar a sopa, acrescente o creme de leite e deixe ferver em fogo baixo por 5 minutos. 7 Decore com as flores da azeda de madeira, que também são comestíveis. www.adrianachiarimagazine.net


SEU ESPAÇO

Qual é o seu ‘mindset’? Analicia Thackray Desenvolvendo Pessoas e Negócios em Alta Performance “Para ter mais é preciso ser mais.” Quando ouvi esta frase entendi por que meu negócio havia quebrado. Percebi que eu não estava pensando e agindo de forma correta. Meu ‘mindset’ precisava ser mudado.

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O termo em inglês ‘mindset’ significa ‘atitude mental’, ‘mentalidade’, em português. Sua mentalidade molda suas ações e pensamentos, bem como a forma como você percebe e responde às situações do dia a dia. Sua atitude mental é decisiva para você alcançar sucesso ou não em seu empreendimento. O nosso ‘mindset’ explica, e muito, o nosso modo otimista ou pessimista de ver a vida e se portar diante dela. Mas, graças a Deus, pode ser mudado. Afinal, podemos criar novos conceitos e padrões mentais, que possam nos auxiliar a alcançar nossos objetivos.

Empreendedores com esse perfil são aqueles que estão destinados ao sucesso, pois buscam incessantemente vencer suas limitações e aprimorar seus conhecimentos. Mas se adotarem o ‘mindset fixo’, correm o risco de se acomodar na rotina do dia a dia e estacionar na zona de conforto. E não adianta. O sucesso tem que ser planejado e colocado em ação. Já parou para pensar que você pode ter sucesso sendo a melhor versão de si mesmo? Vender a sua marca ou seu negócio por meio do seu autoconhecimento? É claro que todos os empreendedores são diferentes entre si, tendo também formas diferentes de se expressarem e lidarem com esse ‘mindset empreendedor’ – e essa é a grande beleza disso.

Mas, além de descobrir sua abordagem única para os desafios do empreendedorismo, é sempre válido aprender com as experiências dos outros, o que eu chamo de modelagem. Olhamos o que gostamos nas pessoas que admiramos, aplicamos em nosso negócio (erros e acertos) e fazemos a nossa melhor versão.

A renomada psicóloga Carol Dweck, da Universidade de Stanford, baseada em décadas de pesquisa, explica em seu livro ‘Mindset: A Nova Psicologia do Sucesso” por que não são apenas nossas habilidades e talentos que nos trazem sucesso, mas sim a forma como abordamos nosso potencial, por meio do ‘mindset’ fixo ou do ‘mindset’ de crescimento. Os empreendedores com ‘mindset de crescimento’ acreditam que seus talentos e habilidades podem, sim, ser desenvolvidos, se forem pacientes, focados e dedicados a isso. www.adrianachiarimagazine.net

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SEU ESPAÇO

Dicas para um ‘mindset empreendedor’ de sucesso: Tenha objetivos claros Uma das principais características de um empreendedor de sucesso é ter uma visão muito clara de seus objetivos. “Quem não sabe para onde vai, qualquer lugar serve.”

Atualize-se Um empreendedor bem-sucedido busca informações cotidianamente. A busca por informações é o que gera a segurança na tomada de decisões, frequentes no dia a dia do empreendedor. A informação atualizada é o que lhe permite ajustar as velas do seu negócio, alinhar com o vento, descobrir novos mercados e oportunidades. A busca por informações permite que a próxima característica seja potencializada: o planejamento.

Eu tenho muitos alunos que auxilio com o processo de mentoria e vejo nitidamente que quando descobrem sua missão pessoal e o propósito do empreendimento parece que tudo muda para eles. Alinhar seu propósito pessoal ao seu negócio potencializa muito suas chances de sucesso. Além de gerar algo importantíssimo dentro do ‘mindset empreendedor’: o comprometimento.

Planeje Desenhe o seu próprio mapa, onde você sabe o seu tempo, processo, a forma de chegar no resultado planejado. Para que o empreendedor faça e cumpra o planejamento é necessário que haja disciplina e foco. Se você mudar os planos a cada semana, não chegará a lugar nenhum.

Tenha uma rotina Eu, particularmente, amo uma rotina. Para você ter sucesso dentro do empreendimento é preciso que realize certas açōes, rotineiramente, todos os dias, para que possa gerar o resultado esperado em determinado período de tempo. Muitas pessoas desistem, pois não esperam o tempo certo. Imagine se as mães desistissem de ter seus filhos porque têm que esperar 9 meses?

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Invista em networking A Comunicação é o segredo. Todo empreendedor de sucesso se relaciona. É importante que invista tempo conhecendo novas pessoas, desenvolvendo novas alianças e parcerias. O relacionamento entre empreendedores e clientes deve ser estimulado o tempo todo. Isto é uma habilidade, que, como andar de bicicleta, só se aprende fazendo.

Qual é a sua missão? Todo empreendedor de sucesso sabe qual é sua missão pessoal e do seu negócio. Ter a clareza do que quer e precisa cumprir aqui neste planeta traz um sentido diferente para seus objetivos enquanto empreendedor. O autoconhecimento lhe confere condições de suportar as adversidades e seguir em frente, sendo que há algo muito maior a ser atingido, a nível pessoal, por meio do sucesso do seu business. 79

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SEU ESPAÇO

Você já ouviu falar sobre

Constelação Familiar? VIVI MAZZOCCO Olá, eu sou a Vivi Mazzocco e trabalho com essa terapia maravilhosa, que é a Constelação Familiar Sistêmica. Venho aqui explicar para vocês um pouco dessa terapia que toca a alma profundamente.

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A Constelação Familiar é uma terapia que trabalha emaranhados profundos do ser. Fundada em 1978 pelo alemão Bert Hellinger, tem como objetivo trazer para o consciente os desequilíbrios que se encontram represos no inconsciente. Ou mesmo questões conscientes derivadas de emoções e energias que acumulamos. Uma vez revelados, o trabalho terapêutico possibilita o reequilíbrio harmonioso da alma do ser e de seu sistema familiar. Essa terapia é sistêmica e fenomenológica, portanto ela tem olhar voltado para todo o sistema do cliente e para os fenômenos que se apresentam no tratamento terapêutico. A terapia da Constelação Familiar Sistêmica demonstra

claramente o quanto estamos imersos na energia de nossa família e ancestrais. Portanto, muitas vezes, inconscientemente, tomamos para nós padrões destrutivos, tais como ansiedade, depressão e outros, com o desejo de pertencer à família. Crianças podem, por enorme amor, sacrificar seus próprios interesses com o intuito de diminuir o sofrimento de seus pais ou algum outro membro da família. Enfim, esses e outros emaranhados, quando trabalhados na Constelação Familiar, contribuem para que o ser possa se libertar, tomando o seu devido lugar no sistema e permitindo que o fluxo de sua vida siga de uma maneira mais leve e saudável. Texto de Vivi Mazzocco

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ADRIANA CHIARI Festa de Lançamento da 18ª edição O dia 25 de janeiro de 2020 é uma data que ficará gravada em nossa memória e em nossos corações. Aconteceu no Amba Hotel, em Marble Arch, centro de Londres, o tão esperado lançamento da nossa mais recente edição, tendo como capa a nossa querida fotógrafa triplamente premiada, Beth Kress, retratada pela talentosa fotógrafa Daniela Luquini. Beth Kress nos inspira a aproveitar cada momento de nossas vidas e fazermos dele uma grande festa. E foi exatamente isso que aconteceu. Uma noite de muita celebração, que contou com a participação da renomada soprano Gabriella Di Laccio e também da cantora profissional Mirna Loi Kauffman, entre outros convidados especiais.

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Anteriormente ao lançamento, foi realizado o III Café das Guerreiras Empreendedoras, recheado de dicas para um negócio de sucesso, com as palestrantes Analicia Thackray, Juh e Luciana Ferreira.

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