abolsamia 129 (dez 2021/fev 2022)

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A REVISTA DA MECANIZAÇÃO AGRÍCOLA

Ano XXIX . Nº 129 | Bimestral dezembro 2021 / fevereiro 2022 | Diretora: Catarina Gusmão

EXEMPLAR DE OFERTA Preço: € 6,00 Cont. | ISSN 2183-7023

VENCEDORES TRACTOR OF THE YEAR 2022

JOPAUTO E CLEMENS

COM A AUTO AGRÍCOLA SOBRALENSE EM DEMONSTRAÇÕES PELO PAÍS FARMTRAC 25G: 1° trator elétrico entregue em Portugal


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Editorial

Sebastião Marques Chefe de redação

O ótimo é inimigo do O ótimo é bom? inimigo do D bom! esde o século XIX, quando os economistas demonstraram que todos ganhariam mais se os trabalhadores portugueses se focassem em fazer vinho e os trabalhadores ingleses em fazer tecidos, trocando depois os produtos entre si, que a Gestão se focou na eficiência. Desde essa altura a Gestão foi transformada numa ciência cujo objetivo é a eliminação do desperdício - seja de tempo, materiais ou de capital. Eliminar o desperdício parece uma meta razoável. Por que não seria desejável que os gestores se empenhem numa utilização cada vez mais eficiente dos recursos? Se posso adjudicar a produção de certas peças e componentes a um fornecedor externo que, por apenas fabricar aquele componente, o faz de forma mais rápida e mais barata, porque não fazê-lo? Até ao surgimento dos problemas originados pela pandemia, como a paragem das fábricas que levou à escassez de componentes e o encerramento temporário dos portos que originou o aumento exponencial do preço dos transportes, esta seria

uma questão considerada “sem sentido” por muitos gestores. No entanto, os problemas porque passaram fabricantes, importadores e concessionários, em 2021, levou a que fosse importante ponderar modelos de gestão alternativos. É neste sentido que o estudo de Roger L. Martin, Professor na Universidade de Toronto, se torna interessante. Defende o autor que a solução passa por empresas, governo e academia se concentrarem numa fonte menos imediata de vantagem competitiva: a resiliência. Tal pode reduzir os ganhos de eficiência de curto prazo, mas produzirá um ambiente de negócios mais estável e equitativo no longo prazo. Resiliência é a capacidade de recuperar contrariedades - voltar à forma após um choque. Pense na diferença entre ser adaptado a um ambiente existente (que é o que a eficiência oferece) e ser adaptável às mudanças

no ambiente. Os sistemas resilientes são tipicamente caracterizados pelos próprios recursos - diversidade e redundância ou folga - que a eficiência procura destruir. Um dos exemplos dado pelo autor passa-se nos Estados Unidos. Em tempos que já lá vão, os amendoais estavam presentes em vários estados americanos. Como é normal, alguns locais foram-se mostrando melhores do que outros, até chegarmos ao dia de hoje, em que o Central Valley, na Califórnia, concentra 80% da produção mundial de amêndoa. Essa eficiência tem um preço. A indústria da amêndoa eliminou todas as suas redundâncias, ou “folgas”, e, assim, perdeu o seguro que a redundância oferece. Um evento climático local extremo ou um vírus pode acabar com a maior parte da produção mundial. Cenário semelhante teríamos se uma só empresa dominasse uma indústria, ou apenas uma fábrica produzisse um produto, ou que uma cultura dominasse por completo a agricultura de um país. A escassez de matérias-primas e componentes que afetará o mercado das máquinas agrícolas em força no ano de 2022 tem um certo paralelismo com o cenário descrito anteriormente. Há fabricantes que já optaram por abandonar o outsourcing que tinham planeado, por exemplo. Outros exemplos há no nosso setor facilmente identificáveis. Será 2022 um ano de transição de empresas supereficientes para empresas mais resilientes? PS: Qualquer semelhança com outros apelos feitos à resiliência feitos por outro(a)s intervenientes nas últimas semanas é pura coincidência.

DIRETORA Catarina Gusmão ASSESSOR DE DIREÇÃO Bruno Meneses REDAÇÃO Sebastião Marques (sebastiaomarques@revista-abolsamia.com) · João Sobral (joaosobral@ abolsamia.pt) PUBLICIDADE Catarina Gusmão (T. 913 469 299 · catarinagusmao@abolsamia.pt) · Américo Rodrigues (T. 917 769 014 · americorodrigues@abolsamia.pt) DESIGN E PRÉ-IMPRESSÃO Victor Manfredo COLABORARAM NESTA EDIÇÃO Isabel Maia, Luis Alcino da Conceição, Hugo Neves, Heliodoro Catalán Mogorrón e Workmove PROPRIEDADE Nugon - Publicações e Representações Publicitárias, Lda (Contribuinte 502 885 203 · Registo ERC 117122 · Depósito legal 117.038/97) SEDE/EDITOR R. S. João de Deus, 21, 2670-371 Loures ESCRITÓRIO/REDAÇÃO R. Nelson Pereira Neves, Lj.1 · 2670-338 Loures (T. 219 830 130) IMPRESSÃO Jorge Fernandes Lda · R. Q.ta Conde de Mascarenhas 9, 2820-653 Charneca de Caparica TIRAGEM MÉDIA 4.000 exemplares ISSN 2183-7023 GERÊNCIA Nuno Gusmão e Catarina Gusmão SÓCIOS Nuno Gusmão (35%), Ana Gusmão (35%), Francisca Gusmão (15%), Catarina Gusmão (15%). ASSINATURAS Bruno Meneses (brunomeneses@revista-abolsamia.com · T. 21 983 0130) Os textos e fotos de autor são propriedade da Nugon,Lda., não podendo ser reproduzidos sem autorização, por escrito, da mesma. O conteúdo dos anúncios e das publireportagens dos clientes é da sua exclusiva responsabilidade. A abolsamia segue o AO90, embora nem todos os colaboradores tenham adotado a nova grafia. Estatuto Editorial www.abolsamia.pt/estatuto-editorial-e-distribuicao

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JOPAUTO E CLEMENS EM DEMONSTRAÇÃO

Sumário

n° 129 dezembro 2021 fevereiro 2022

REVISTA DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS

MERCADOS

10 Mercado Português

EMPRESAS 14 Notícias

TRACTOR OF THE YEAR 16 Vencedores do TOTY 2022

Trator do Ano 18 John Deere 7R350 AutoPowr Melhor Utilitário

22 John Deere 6120M AutoPowr Sustainable TOTY 20 New Holland T6 180 Methane Power Melhor Especializado 24 Reform Metrac H75

PRODUTO EM FOCO

26 Horsch apresenta nova gama para 2022 30 Case IH apresenta Optum AFS Connect 32 Fend 500, 900 e 100 Vario 34 Steyr faz atualização na sua oferta 36 Massey Ferguson 8S, 7S e 6S 40 Jopauto e Clemens em demonstração 54 1º trator elétrico matriculado em Portugal

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54

FARMTRAC 25G

ENTREVISTA 54 Johannes Krütten da Clemens 58 Daniel Lopes da Jopauto 62 João Penedo da Auto Agrícola Sobralense

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PRODUTO NOTÍCIAS

56 New Holland 9070L entregue na Real Companhia Velha

57 Grades de discos Herculano com

chumaceiras lubrificadas em banho d’óleo

58 New Holland atualiza T3 e T4 59 Recolha semi-autónoma de pedras à superfície

60 Deutz-Fahr aprimora a série 6 TTV 61 Semeador Kverneland para instalação simultânea de duas culturas

62 New Holland lança

Roll-Bar 125 de câmara fixa

62 Nova guia Igus para movimentos lineares e oscilantes

TRATOR DO ANO 2022

18

62 Antonio Carraro apresenta protótipo híbrido 63 New Holland apresenta sachador com guiamento por câmaras

TEST DRIVE 64 Isuzu D-Max

PRODUÇÃO ANIMAL

70 Sistemas de iluminação em vacarias

TECH

74 Contributo da Mecanização na redução da compactação do solo

FLORESTA

81 Encontro com a Floresta 82 Geosuber desenvolve protótipo

para cartografia de árvores secas em zonas de montado

ISUZU D-MAX

64

84 Escavadoras Volvo com maior eficiência 85 Cabeça processadora para eucalipto

CONCESSIONÁRIOS 87 Regiões

102 Momentos New Holland 104 Família Herculano em Viagem 106 Samuel Salgado inaugura filial em Évora 108 Rural Antuã celebra 20 anos 108 Nelson Carrasquinha com as cores de abolsamia no Ironman de Cascais

109 Dia de portas abertas em Faro 110 Peixoto & Peixoto inaugura filial

GAMA HORSCH PARA 2022 www.abolsamia.pt

26

FLORESTA

80

111 Agro Reparadora entrega Fendt 211 S Gen3 112 3° Passeio de Tratores de Vila Verde dos Francos

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MERCADOS

PORTUGAL

Matrículas de tratores agrícolas novos crescem 12% Solis

487

A New Holland Top de vendas unidades continua a liderar New a tabela de vendas Holland Kubota em Portugal, tendo alargado nos últimos unidades unidades dois meses a diferença para o 2º lugar, registando agora 706 MATRÍCULAS DE TRATORES Marcas tratores matriculados. AGRÍCOLAS NOVOS, POR MARCAS Neste capítulo, a New Holland (janeiro a outubro) continua a destacar-se da Na posição seguinte concorrência - manteve os do ranking encontra% unid. unid. % Mercado 14% de quota de mercado Variação que já apresentava no fim se a Solis - 487 tratores Marca 2021 2020 2021 2020 de agosto superando agora New Holland 706 758 -6,86 14,21 17,08 transacionados -, marca a marca das sete centenas Solis 487 246 97,97 9,8 5,54 (706), pese embora tenha que lidera o ranking Kubota 440 537 -18,06 8,85 12,1 quebrado em relação ao Deutz-Fahr 424 423 0,24 8,53 9,53 dos modelos mais período homólogo de John Deere 389 378 2,91 7,83 8,52 vendidos no nosso país: 2020 [ver quadro]. No 2º Kioti 346 308 12,34 6,96 6,94 lugar manteve-se a Solis: Same 209 210 -0,48 4,21 4,73 o mini-trator Solis 26 embora tenha visto a Kubota LS 205 212 -3,3 4,13 4,78 4DW conta com 268 aproximar-se, a marca indiana Hurlimann 195 152 28,29 3,92 3,43 aumentou as vendas em Lamborghini 189 184 2,72 3,8 4,15 unidades matriculadas quase 100% em comparação Landini 168 117 43,59 3,38 2,64 até outubro. com janeiro e outubro de Farmtrac 144 30 380 2,9 0,68

706

Números gerais A dois meses do fim do ano, o mercado português dos tratores agrícolas continua a registar uma tendência positiva, ainda que, desde a última avaliação (janeiro a agosto) tenha havido uma quebra de 4%. Esta poderá estar relacionada com a falta de componentes, o que retardou as entregas. Até ao fim de outubro, foram registados 4.969 tratores novos, mais 532 do que no mesmo período de 2020, o que representa um aumento de 12%. Se quisermos perceber a diferença para o último ano antes do surgimento da pandemia, percebemos que 2021 já superou 2019 no período homólogo: há dois anos, haviam sido registados 4.888 tratores, (não considerando ATV’s e UTV’s).

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2020. Referência ainda para a Farmtrac que viu a aceitação no mercado evoluir a olhos vistos: vendeu 144 tratores de janeiro a outubro deste ano, quando transacionou 30 no mesmo período de 2020, ano de estreia em Portugal. Quando comparados os números atuais com os de 2019 (pré-pandemia), verificase um cenário parecido: a New Holland também liderava no período homólogo, com 770 tratores novos matriculados, havendo depois uma ‘dança’ no restante top 6: a Kubota surgia mais forte, com (690 contra os 440 de agora) seguida da John Deere (512), a Deutz-Fahr (401) e a Kioti (304) com números semelhantes aos de 2021, e a Solis (257).

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440

Massey Ferguson TYM Case IH Branson Iseki Valtra Claas McCormick Fendt Antonio Carraro VST Hinomoto Dong Feng E Kubota Ferrari BCS Manitou Preet Carraro Dieci Outros

114 112 110 105 96 77 67 63 46 40 37 36 27 24 23 18 12 12 11 9 28

107 60 95 87 67 74 56 65 52 37 19 28 26 0 14 9 21 2 2 0 61

6,54 86,67 15,79 20,69 43,28 4,05 19,64 -3,08 -11,54 8,11 94,74 28,57 3,85

2,41 1,35 2,14 1,96 1,51 1,67 1,26 1,46 1,17 0,83 0,43 0,63 0,59

-54

2,29 2,25 2,21 2,11 1,93 1,55 1,35 1,27 0,93 0,8 0,74 0,72 0,54 0,48 0,46 0,36 0,24 0,24 0,22 0,18 0,56

Total Mercado

4.969

4.437

11,99

100

100

64,29 100 -42,86 500 450

0,32 0,2 0,47 0,05 0,05 1,36

Expurgámos os ATV e UTV homologados sob a categoria T. Origem: IMT / Fonte: ACAP



MERCADOS

PORTUGAL

Top de vendas por modelo MARCAS, ESCALÕES DE POTÊNCIA E MODELO MAIS VENDIDO (janeiro a outubro) 111147

148184

kW

<19

19-25

26-29

30-39

40-59

60-73

74-88 89-110

cv

<25,5

25,5 a 33,5

34,9 a 38,9

40,2 a 52,3

53,6 a 79,1

80,5 a 97,9

Total 99,2 a 119,4 a 148,9 a 198,5 a >246,7 unid. 118 147,5 197,1 246,7

16

28

52

146

164

84

187

9

20

0

0

706

New Holland T5.115

307

0

0

53

72

55

0

0

0

0

0

487

Solis 26 4WD Stage V

82

2

56

95

63

36

91

8

7

0

0

440

Kubota B2261 4 WD – Arco

53

0

0

0

38

187

48

110

25

14

1

1

424

Deutz-Fahr 3060

43 27

MARCAS New Holland Solis Kubota Deutz-Fahr

< 52,3 cv

53,6 - 118 cv

119,4 - 197,1 cv

>184

Modelo mais vendido da marca

Unid.

> 198,5 cv

76 268

5

2

4

35

51

19

99

93

52

14

15

389

John Deere 5075 E

Kioti

21

23

97

146

57

0

1

1

0

0

0

346

Kioti DK5010N

Same

0

0

0

21

120

27

40

1

0

0

0

209

Same Argon 80

34

LS

1

20

7

175

2

0

0

0

0

0

0

205

LS R41

91

Hurlimann

0

0

0

23

99

39

33

1

0

0

0

195

Hurlimann XE 80

22

Lamborghini

0

0

0

28

101

15

45

0

0

0

0

189

Lamborghini Crono 80

31

Landini

0

0

0

86

18

37

25

2

0

0

0

168

Landini 2-050 - Arco

68

Farmtrac

127

0

0

1

16

0

0

0

0

0

0

144

Farmtrac 26 4WD

86

Massey Ferguson

1

25

2

1

5

7

46

21

5

1

0

114

Massey Ferguson 1532

14

Tym

3

40

24

40

5

0

0

0

0

0

0

112

Tym TS25

39

Case IH

0

0

0

0

28

30

27

5

14

1

5

110

Case IH Farmall 95C

12

Branson

19

29

27

21

9

0

0

0

0

0

0

105

Branson 2900/2900H

28

Iseki

55

24

13

4

0

0

0

0

0

0

0

96

Iseki TM 3247

30

Valtra

0

0

0

0

2

3

16

23

12

18

3

77

Valtra G135

Claas

0

0

0

0

0

17

25

17

5

1

2

67

Claas Elios 240 – Cabina

10

McCormick

0

0

0

39

2

12

7

2

0

1

0

63

McCormick X 2.30 – Arco

19

Fendt

0

0

0

0

1

1

8

18

12

5

1

46

Fendt 211 Vario – Cabina

12

John Deere

109

9

0

2

11

3

5

19

0

0

0

0

0

40

Antonio Carraro Tigre 4400 F

11

VST

37

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

37

VST Fieldtrac 224 D – Arco

15

Hinomoto

15

0

10

7

4

0

0

0

0

0

0

36

Hinomoto 255NM - Arco

15

Dong Feng

0

15

7

5

0

0

0

0

0

0

0

27

DF304G2 4RM – Arco

15

24

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

24

E Kubota 1-261 – Arco

24

Ferrari

0

0

8

7

5

3

0

0

0

0

0

23

Ferrari Cromo K40 RS - Arco

5

BCS

0

1

4

6

5

2

0

0

0

0

0

18

BCS Valiant L600 AR

4 3

A. Carraro

E Kubota

0

0

0

0

0

0

4

8

0

0

0

12

Manitou LT 733 115

12

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

12

Preet Avenger 26 – Arco

Carraro

0

0

0

0

3

8

0

0

0

0

0

11

Carraro Agricube 105 F

4

Dieci

0

0

0

0

1

0

4

2

2

0

0

9

Dieci Agri Farmer 30.7

4

AGT

0

0

0

1

0

0

0

0

0

0

0

1

AGT 850 T

1

Outros

2

3

0

7

6

1

7

0

1

0

0

27

Total

727

214

322

988

1.031

463

775

236

144

42

27

4.969

Manitou Preet

45,30%

45,66%

7,65%

10

1,38%

Expurgámos os ATV e UTV. Origem: IMT / Fonte: ACAP | * Telescópico

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PORTUGAL

Top de vendas por modelo Segundo os dados do IMT, apesar de a New Holland ter matriculado mais tratores, foi a Solis que teve o modelo mais vendido: o Solis 26 4WD Stage V (268 unidades), mais 159 do que o outro trator que também ultrapassou a centena de vendas, o Kioti DK5010N, com 109 unidades. No que diz respeito a escalões, abaixo dos 53cv o destaque vai para a Solis e a LS: a primeira com 307 tratores no segmento abaixo dos 26cv e a segunda a liderar entre os 40 e os 53cv; já no escalão 54-118cv sobressaem a New Holland e a Deutz-Fahr, registando 435 e 345 tratores matriculados no total, respetivamente; o escalão 119-197cv é aquele em que a John Deere sobressai; e no escalão acima de 198,5cv volta a liderar a gigante norte-americana, com 29 tratores matriculados. Por fim, refira-se que a percentagem de tratores matriculados abaixo dos 53cv descresceu dois pontos percentais em relação a agosto, tendo esses sido divididos pelos outros dois segmentos – entre 50 e 100 e acima de 100 ganharam, cada um, um ponto percentual nas vendas.

MERCADOS

Reboques Nos reboques, registou-se uma quebra de 16% (284 unidades) em relação a 2020. Ainda assim, é uma evolução tendo em conta os 30% de quebra que eram registados em março deste ano, provando que os processos de homologação foram finalmente ultrapassados e as marcas dispararam nos pedidos de matrículas. A exceção é, curiosamente, o líder de vendas: a Galucho continua a ser quem mais matricula, mas também foi quem teve a maior quebra em relação ao ano passado entre o Top 5, com menos 29,5%. Para perceber a razão desta quebra, abolsamia falou com Jorge Carvalho, diretor comercial da Galucho. “A quebra prende-se com o aumento dos preços dos reboques desde que as homologações foram impostas. Enquanto estas não saíram, os preços eram consideravelmente mais baixos e houve muita gente a comprar. Com as homologações, houve aumentos, em certos casos

de 10 e 15%. Acredito, contudo, que essa percentagem de 29,5% seja esbatida nos dois meses que faltam pois temos pedido bastantes matrículas ao IMT”, explicou. Quanto aos restantes números, uma nota ainda para a Ja&ma – reboal: a empresa de Famalicão foi a única do Top 5 a aumentar as matriculações em relação a 2020: 147 mais 90 do que no ano passado.

(janeiro a outubro) 2021

2020

Evol. 21/20

Marca Total % Total % Unid. % Galucho 387 27,1 549 32,1 -162 -29,5 Herculano 311 21,8 327 19,1 -16 -4,9 Rates 192 13,5 268 15,7 -76 -28,4 Joper 171 12 216 12,6 -45 -20,8 Reboal 147 10,3 57 3,3 90 157,9 Massil 63 4,4 103 6 -40 -38,8 Outeiro 36 2,5 25 1,6 11 44 Costa 18 1,3 5 0,3 13 260 Rebossil 15 1,1 38 2,2 -23 -60,5 Bellon 10 0,7 10 0,6 0 0 Rocha 10 0,7 19 1,1 -9 -47,4 Outros 66 4,6 93 5,4 -27 -29

Total

1426 100 1710 100 -284

-16,6

Origem: IMT / Fonte: ACAP


EMPRESAS

NOTÍCIAS

KUBOTA COMPRA A PULVERIZADORES FEDE A Kubota Europe acaba de anunciar a aquisição da marca espanhola Pulverizadores Fede, cujo percurso está associado ao desenvolvimento e fabrico de pulverizadores para culturas especializadas.

C

om esta aquisição, a Kubota alarga o portfólio de produtos direcionados à horticultura, vinhas e pomares, passando a fornecer na sua rede uma linha de alfaias que complementa a oferta de tratores estreitos. Presente no mercado desde 1967, a marca espanhola está sediada em Cheste, Valencia, emprega 45 funcionários e tem em Espanha e em Portugal os seus mercados mais expressivos. Segundo o comunicado divulgado, o nome da empresa, a localização da sede e a sua equipa de gestão irão manter-se inalterados.

Deutz AG na eFuel quando atinge meta simbólica

Este negócio dá continuidade à política de aquisições que tem vindo a ser implementada pela marca japonesa desde que estabeleceu a sua subsidiária europeia na Holanda em 2017. Por outro lado, permite à empresa reforçar a sua presença nas culturas especializadas, um ramo em que tem vindo a apostar através da participação em várias start-ups. A Tevel Aerobotics, que está a desenvolver um drone autónomo para apanhar fruta em pomares,

a Trapview, que comercializa armadilhas para monitorização de pragas, a SeeTree, que monitoriza a saúde de pomares através da análise foliar e do solo, e a Aurea Imaging, dedicada aos mapas de prescrição, têm em comum a sua recente ligação à Kubota através de parceria técnica e participação de capital.

...E TAMBÉM A ROC O Kverneland Group e a Kubota Corporation adquiriram também 80% das ações do fabricante italiano de encordoadores ROC. Shingo Hanada (Presidente e CEO do Grupo Kverneland) afirmou que esta aquisição reforça o compromisso estratégico do Grupo Kverneland e do Grupo Kubota ao adicionar mais uma linha de produto para colheita de feno e forragem, permitindo ainda o estabelecimento de sinergias entre as empresas. Além disso, o responsável esclareceu que a distribuição e os clientes da ROC são um ativo importante e confirmou a continuidade da marca ROC e a sua distribuição após a operação com a Kverneland.

DEDICADA AO FABRICO DE MOTORES DESDE 1876, a Deutz AG celebrou este mês o alcance de um número simbólico de 10 milhões de unidades produzidas. Sediada em Colónia, a empresa está entre os principais fornecedores de motores para máquinas agrícolas e deu recentemente o passo de associar-se à eFuel Alliance. Esta organização agrupa mais de 150 empresas e tem como missão defender junto das instâncias políticas a produção industrial de combustíveis sintéticos provenientes de fontes renováveis.

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A LONG WAY

TOGETHER

V-FLEXA Por mais difíceis que sejam as suas necessidades, V-FLEXA é o seu melhor aliado para reboques agrícolas, cisternas móveis e espalhadores. Este produto de última geração é caraterizado pela tecnologia VF que permite transportar cargas pesadas no campo e na estrada, com pressões de enchimento inferiores. V-FLEXA é um pneu realizado com cintos de aço e talão reforçado, que proporcionam durabilidade, ótimas propriedades de autolimpeza e baixa resistência ao rolamento, mesmo com velocidades elevadas. V-FLEXA é a resposta da BKT para o transporte no campo e na estrada com cargas muito pesadas que evita a compactação do solo.

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POR JOÃO SOBRAL

VENCEDORES DO TOTY 2022 Duas distinções para a John Deere, uma para a Reform e uma para a New Holland. É este o resultado da avaliação realizada pelo júri do TotY, que incidiu sobre um lote de 14 modelos finalistas. Este prémio internacional distingue as evoluções tecnológicas implementadas pelos fabricantes em segmentos de produto onde a competitividade é muito alta.

O

John Deere 7R350 AutoPowr foi o vencedor do prémio Tractor of the Year 2022 (TotY 2022) na categoria principal, destinada aos tratores para Campo Aberto. A marca volta a conquistar o galardão principal passados dez anos após a distinção atribuída ao John Deere 7280 R na edição TotY 2012. Mas para aquele fabricante as boas notícias não se ficaram por aqui, pois conquistou pela primeira vez o prémio Melhor Utilitário. Entre os finalistas, o John Deere 6120M AutoPowr foi o trator que recolheu a pontuação mais elevada atribuída a esta categoria por um júri internacional composto por 26 jornalistas, e no qual a revista abolsamia tem assento em representação de Portugal.

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“Precisamos de pôr os jovens no assento do condutor” A presidente da CEJA, a organização europeia que reúne as associações de jovens de agricultores de 33 países europeus, foi uma das oradoras que marcou presença na cerimónia do Toty. Na categoria Melhor Especializado, houve também um fabricante a estrear-se, neste caso a austríaca Reform, como o seu modelo Metrac H75.

“Estamos no centro do debate sobre um período de transição no sentido de sistemas de alimentação sustentável. Está no topo da agenda mas a transição irá levar o seu tempo”, começou por dizer Diana Lenzi.

Por fim, o prémio Mais Sustentável foi atribuído pela segunda vez à New Holland. Após ter ganho com um protótipo no ano de estreia desta categoria, o trator que agora conquista a distinção é o T6.180 Methane Power, um modelo de produção propulsionado a gás.

A sua exposição acabou por dar relevo a um contexto em que dentro de 10 anos um número substancial de agricultores europeus entrará na idade da reforma. E entre os obstáculos com que os jovens se confrontam para entrar na atividade, enumerou o acesso a terra, o acesso a financiamento e o acesso a tecnologia a um preço justo.

A cerimónia de entrega dos prémios foi realizada a 19 de outubro, na EIMA 2021, em Bolonha, e contou com o patrocínio oficial da marca de pneus BKT.

Diana Lenzi referiu que “é inspirador presenciar os avanços que têm sido feitos pela tecnologia” e indicou o caminho que, no seu entender, é necessário percorrer para atingir os objetivos de transição que estão na agenda. “Precisamos de lançar as fundações de uma aliança que ponha os jovens no assento do condutor destes equipamentos. Precisamos de arranjar formas de os jovens fazerem este tipo de investimento de uma forma que seja justa, dotando-os de conhecimentos de gestão que tornem os seus planos de negócio sustentáveis. Precisamos de uma aliança convosco, com os fabricantes, para que esta tecnologia seja posta em uso da melhor forma e com a perspetiva de que os jovens são a chave da solução”, concluiu.

Afirmou Manli di Stefano, vice-ministro dos negócios estrangeiros de Itália, que participou na cerimónia como orador:

Os tratores são o futuro de uma certa responsabilidade social. Há um enorme potencial para o desenvolvimento de novas soluções.

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TRATOR DO ANO

Com um operador para monitorizar

A

través de ajustes de parâmetros e gravação de perfis de utilizador, o funcionamento do 7R350 pode ser amplamente ajustado às preferências do operador e às necessidades decorrentes da tarefa em curso. As ferramentas tecnológicas com que está recheado colocam este trator no caminho da automação em operações de campo aberto.

O 7R350 dentro da série É o trator mais potente de uma série composta por quatro modelos com motor de 9 litros, que começa nos 290 cv de potência nominal do 7R290. Existem ainda dois modelos de entrada, o 7R250 e o 7R270, ambos com motor de 6,8 litros.

Motor de 9 litros Equipado com turbocompressor de geometria variável, este bloco de 6 cilindros cumpre as normas da Fase V com recurso a uma combinação DOC+DPF+SCR+EGR.

Transmissão AutoPowr

Com toda a montra tecnológica da marca disponível para configuração, este modelo direciona-se às operações de transporte e de preparação de solo em campo aberto. Comporta algumas ferramentas que o tornam um quase autónomo. Em termos de conforto, o assento do condutor é dos mais completos do segmento, incluindo ajustes elétricos, ventilação, aquecimento, ajuste lombar pneumático e funções de massagem. Faz ainda uma rotação de 25° para a esquerda e de 45° para a direita Para facilitar as manobras de proximidade, a marca instalou uma câmara na traseira da cabine.

Rácio variável de viragem

Acessível através do monitor tátil de 10,4”, permite gravar os parâmetros associados a alfaias e a operadores. Desta forma, quando existe mais do que um operador, é possível entrar através de um perfil de utilizador e começar a trabalhar imediatamente com as definições gravadas.

permite o ajuste do número de voltas do volante e adapta-se automaticamente à medida que a velocidade sobe.

Para além do monitor posicionado no apoio de braço, a John Deere disponibiliza ainda um monitor de extensão que é fixado no pilar A.

Para a mesma base de transmissão, é possível escolher entre a manete clássica AutoPowr com botão de roda e o novo joystick CommandPro com 11 teclas configuráveis.

Cabine e tecnologia a bordo A John Deere instalou degraus de acesso mais largos e rebaixou o puxador. São pequenos detalhes que facilitam a utilização. Mas é a bordo que há mais mudanças. A altura livre cresceu 5 cm, existe uma caixa de refrigeração com 11 litros e apoios de pés nas laterais dos pedais.

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O ActiveCommand Steering2 é um dos mais sofisticados sistemas de personalização da direção, que incide sobre os seguintes fatores:

Gestor de definições

Com velocidade máxima de 50 km/h, esta transmissão de três gamas permite um regime económico de 50 km/h às 1620 rpm e de 40 km/h às 1290 rpm.

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Direção adaptativa

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Resistência altera a força que é necessária para rodar o volante.

Sensibilidade altera a amplitude de movimento que é necessário aplicar no volante para que a direção assuma uma resposta, a velocidades de transporte. A direção pode reagir imediatamente a pequenos movimentos no volante, sendo neste caso aplicada maior resistência, ou pelo contrário reagir apenas a movimentos mais expressivos, ficando o volante mais leve.

CABINE Os clientes podem escolher entre dois diferentes interfaces de comandos numa cabine que é das mais luxuosas do segmento.

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TRACTOR OF THE YEAR 2022

Ferramentas de precisão Como é de esperar de um trator deste segmento, está aberta a possibilidade de o apetrechar com toda a montra tecnológica que a John Deere possui, e que é vasta e impactante. Para além das funcionalidades mais óbvias, como condução automática, telemetria, transferência de documentação ou compatibilidade com funções ISOBUS, o 7R350 está preparado para modos de funcionamento que requerem mais programação e monitorização da parte do operador do que propriamente condução. Em operações de campo aberto, alguns sistemas de maior destaque são:

John Deere 7R350 AutoPowr Lastragem Easybalast

MOTOR Fabricante / modelo

John Deere / PowrTech EW

O Easybalast possibilita instalar ou desinstalar automaticamente um bloco de 1700 kg de peso, o que revoluciona a forma como os agricultores e os prestadores de serviços gerem a lastragem, minimizando o esforço e o dispêndio de tempo para adaptar o trator às condições de solo, no sentido de prevenir a compactação ou aumentar a tração quando for necessário.

Nº de Cilindros/ cilindrada

6 / 9.000 cm³

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Potência nominal /máx. com boost 350 cv / 388 cv Binário máximo / reserva 1580 Nm / 40% Nível de emissões Fase V

Auto Path calcula automaticamente linhas de passagem, fazendo a adaptação a alfaias com diferentes larguras de trabalho em passagens futuras.

MachineSync sincroniza a velocidade do trator com a velocidade de outra máquina, por exemplo uma ceifeira ou uma ensiladora automotriz.

Turn Automation

TRANSMISSÃO Configuração Velocidade máxima Velocidade Eco

Variação contínua 50 km/h 40 km/h às 1290 rpm

HIDRÁULICO Capacidade de elevação Fluxo da bomba (opcional)

Traseira: 7.847 kg Ft: 3.488 kg 162 L/min (227 L/min)

DIMENSÕES Distância entre eixos Carga máxima admissível

2.925 mm 18.000 kg

define as rotas a percorrer nas cabeceiras e realiza automaticamente os passos para cumprir essas rotas, o que inclui a condução em modo automático e a gestão das alfaias.

AutoTrac Vision possibilita a condução automática mesmo em parcelas com culturas que não foram instaladas recorrendo a condução automática. O sistema guiase pela cultura instalada através de visão artificial.

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SUSTAINABLE TOTY

Gás como alternativa ao diesel A mais forte aposta da New Holland em matéria de combustíveis alternativos aponta para a propulsão a gás. Após vários anos de desenvolvimento, a marca está a colocar no mercado o T6.180 Methane Power, que apresenta uma performance igual à do modelo equivalente com motor a gasóleo.

O

lançamento do T6.180 Methane Power como modelo de produção em série resulta de um projeto da New Holland que começou em 2013 e que já conheceu diferentes gerações de protótipos. Aproveitando a experiência da FPT no campo dos motores de combustão a gás direcionados ao setor rodoviário, nomeadamente para pesados de mercadorias e de passageiros, a New Holland aposta no gás metano como um caminho alternativo ao diesel.

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Teoricamente, o alvo desta solução são as explorações agrícolas autossuficientes a nível de energia, que usam chorume e biomassa para produzir biogás, podendo o trator ser também abastecido com gás natural comprimido (GNC) ou gás natural liquefeito (LNG) através da rede de distribuição destes combustíveis.

Motor FPT propulsionado a gás A arquitetura de 6 cilindros e 6,7 litros de capacidade, assim como o nível de potência que fornece são semelhantes ao seu equivalente a diesel. Mas este motor apresenta também várias diferenças. Os injetores são próprios para gás, está equipado com velas de ignição, e o sistema de tratamento de gases, por ser mais simples e mais compacto, surge arrumado no interior do capot e dispensa o consumo de AdBlue.

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Benefícios face ao diesel Segundo a New Holland, a propulsão a gás permite alcançar uma significativa redução das emissões poluentes, a saber:

-98% de partículas -75% de monóxido de carbono -62% Nox (óxidos de azoto) -10 a 15% de CO2. Este motor emite ainda um nível de ruído que é 5 dB inferior e produz menos vibração.

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New Holland T6 180 Methane Power Cabine e driveline O posto de condução, bem como o sistema hidráulico, transmissão e eixos mantêm-se inalterados. Todavia, há um elemento externo que é diferente: o reservatório de combustível.

Autonomia para 8 a 14 horas

METHANE POWER Além do T6, a marca está também a desenvolver uma variante dos Tk4 de rastos com propulsão a gás.

O abastecimento faz-se através de uma pistola de encaixe que torna a operação mais limpa. E o que está por detrás do bocal é uma combinação de dez reservatórios de gás, arrumados em redor da driveline, com uma capacidade total de 183 litros. Como opção, a New Holland fornece ainda um depósito extensor de autonomia para instalação no elevador frontal. Este reservatório externo permite armazenar 270 litros.

MOTOR Fabricante / modelo

FPT / NEF 6.7 NP

Nº de Cilindros/ cilindrada

6 / 6.720 cm³

Potência nominal /máx. com boost 145 cv / 175 cv Binário máximo / reserva 738 Nm / 41 Nível de emissões Fase V TRANSMISSÃO Configuração Velocidade máxima / Eco Velocidade Eco

Semi-Powershift 17/16 50 km/h / 40 km/h às 1930 rpm 43 km/h às 1600 rpm

HIDRÁULICO Capacidade de elevação Fluxo da bomba

Traseira: 7.864 kg Ft: 3.200 kg 113 L/min

DIMENSÕES Distância entre eixos Carga máxima admissível

2.694 mm 10.500 kg

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Segundo a marca, a combinação do depósito central e do depósito externo (453 litros = 79 kg) proporcionam autonomia para 8 horas de trabalho em operação de transporte ou TDF. Para trabalhos ligeiros, a autonomia pode chegar às 14 horas.

Preço do gás Tendo em conta que 1 kg de gás natural (1,96 Eur) equivale a 1,3 litros de diesel (2,14 Eur se for gasóleo não subsidiado ou 1,39 Eur se for gasóleo agrícola), esta solução parece ser interessante sobretudo para quem desenvolva atividades não abrangidas pelo gasóleo subsidiado ou quando se tem uma estrutura logística para produzir gás metano.

Como se perspetiva o abastecimento Mesmo quando uma casa agrícola disponha de um biodigestor, o biogás que aí é produzido como matéria-prima não é um produto acabado para consumo direto no trator. “O biogás como matéria-prima é composto por aproximadamente 60% de metano e o trator consome gás com no mínimo 83% de metano, pelo que é necessário um processo de limpeza para remover CO2 e impurezas”, explicou Mark Howell à revista abolsamia. Mark Howell, que é diretor de produto da New Holland para os combustíveis alternativos, adiantou também que o custo associado a esse processo de limpeza “depende do tipo e tamanho do digestor e da

quantidade de gás que se pretende limpar”. Quanto ao gás ‘pronto’ disponível no mercado para abastecimento, “em Portugal existem duas empresas que exploram a distribuição de metano através de uma rede de postos de combustível tradicional”, esclarece Gonçalo Carvalho, diretor de marketing da New Holland Portugal. “Existem também projetos interessantes que vão permitir obter metano para a atividade agrícola em determinadas zonas do país. Em alguns países europeus estabeleceram-se distribuidores de metano ao domicílio e esta é uma solução que a existir poderia merecer o envolvimento direto da empresa”, adianta. O potencial deste combustível para futuro é enaltecido por Howell quando indica que há atualmente na Europa cerca de 140.000 explorações com mais de 50 vacas de leite e um total de 18.000 biodigestores dos quais 700 estão preparados para produzir o gás limpo apropriado para ser consumido pelo T6.

Preço O PVP do T6.180 a metano é de 158.000 Eur (cerca de 30% superior ao equivalente a diesel). A marca refere que esse acréscimo poderá ser compensado por benefícios ambientais e pela poupança, a prazo, nos custos de operação.

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MELHOR UTILITÁRIO

Versátil e vocacionado para carregador frontal Com caixa de variação contínua de 50 km/h, uma distância entre eixos de apenas 2400 mm, e uma carga máxima admissível de 10.450 kg, o 6120M oferece versatilidade numa grande variedade de aplicações.

O

s 6M são um produto afirmado na gama da John Deere. Ao longo dos anos, esta série tem ido gradualmente recebido atualizações, com a mais recente a fazer a passagem dos motores à Fase V de emissões. A compatibilidade com diferentes segmentos de carregadores John Deere é uma área em que a marca tem vindo a expandir a oferta disponível para os 6M.

O 6120M dentro da série

Transmissão AutoPowr A caixa de variação contínua é de 4 gamas e permite alcançar os 50 km/h. É gerida através da manete AutoPowr, que tanto pode estar na consola direita como no apoio de braço, conforme a configuração pedida. Segundo a marca, esta caixa fornece uma potência mecânica de 100% nas seguintes velocidades de trabalho: 3 (tração pesada), 9 (tração leve), 18,5 (transporte pesado) e 38 km/h (transporte leve).

É o modelo mais potente dos 6M com distância entre eixos curta. Para além das especificações, estes modelos de entrada diferenciam-se dos seus irmãos maiores por apresentarem um capot inclinado, a sugerir a vocação para carregador frontal.

Motor de 4,5 litros O John Deere Power Systems de 4 cilindros e 4,5 litros de capacidade cumpre agora a norma de emissões da Fase V. Para tal, é aplicado um sistema DOC+SCR+DPF. A potência máxima é de 133 cv, a que acresce um boost de 13 cv.

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John Deere 6120M AutoPowr Hidráulico e carregador frontal A nível de comandos, o joystick configurável tanto pode controlar o carregador frontal como os distribuidores elétricos traseiros. Quanto ao trabalho com carregador, a marca oferece algumas soluções dedicadas, tais como: suspensão integrada, luzes de trabalho nos braços do carregador e teclas para desacoplamento hidráulico do balde.

Cabine e opcionais Com uma coluna de direção limpa de instrumentação, é num monitor a cores posicionado no pilar A que estão concentradas as informações gerais de funcionamento. O ajuste de definições faz-se através de um botão de roda posicionado na consola direita e através de teclas de acesso rápido. Este monitor é compatível com o sistema de condução automática AutoTrac. Nesta cabine de 6 pilares, os principais comandos estão posicionados no apoio de braço CommandArm, mas com uma característica diferenciadora a assinalar. Quando o agricultor necessita de um monitor para gerir as ferramentas de precisão, este é fixado num suporte também no pilar A. Pode não ser uma solução consensual mas vale pelo engenho de deixar o apoio de braço mais desimpedido.

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TRACTOR OF THE YEAR 2022

O seu concessionário John Deere para os distritos de Lisboa, Coimbra, Leiria, Santarém (parcial) e Setúbal

Conforto e segurança

SÉRIES 9R/RT/RX DE 420 A 670 CV

Para além da suspensão mecânica da cabine, este trator pode ser configurado com um sistema de suspensão multiponto no eixo dianteiro, com percurso de suspensão de 100 mm. Para maior segurança, a marca oferece a possibilidade de configurar os cubos do eixo com discos de travão. Já em termos de robusteza, os 6M contam com a habitual arquitetura de chassis da marca que se prolonga até à frente do trator e onde são fixadas as amarras do carregador.

CABINE Segue a tendência de deslocalizar a instrumentação para o pilar A.

Série 7R

SÉRIES 8R/RT/RX

DE 290 A 388 CV

DE 326 A 458 CV

SÉRIE 6R

MOTOR Fabricante / modelo

John Deere / PowrTech EWS

Nº de Cilindros/ cilindrada

4 / 4.500 cm³

DE 135 A 300 CV

Potência nominal /máx. com boost 120 cv / 146 cv Binário máximo / reserva 562 Nm / 40% Nível de emissões Fase V TRANSMISSÃO Configuração Velocidade máxima / Eco Velocidade Eco HIDRÁULICO Capacidade de elevação Fluxo da bomba DIMENSÕES Distância entre eixos Carga máxima admissível

Variação contínua 50 km/h 40 km/h às 1470 rpm

SÉRIE 6M Traseira: 5.700 kg Ft: 4.400 kg 114 L/min

DE 114 A 216 CV FINANCIAMENTO

2.400 mm 10.450 kg

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MELHOR ESPECIALIZADO

Desenhado para zonas montanhosas Originalmente direcionado para a recolha de pastagens em zonas montanhosas da Áustria e Suíça, as suas potencialidades serão convenientes a outros locais onde as condições de trabalho sejam parecidas.

A

agricultura especializada requer tratores adequados às suas particularidades. Com um baixo centro de gravidade, motor Perkins Fase V, transmissão hidrostática de duas gamas, um posto de condução contemporâneo, e oferecendo a possibilidade de trabalhar com duas alfaias em simultâneo, o modelo da austríaca Reform está desenhado para trabalhar com segurança e conforto em parcelas com muita inclinação, nomeadamente com gadanheiras e encordoadores.

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Reform Metrac H75 MOTOR

CABINE O posto de condução disponibiliza ferramentas contemporâneas e uma visibilidade incomparável sobre o lado esquerdo.

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Fabricante

Perkins

Nº de Cilindros/ cilindrada

4 / 2.799 cm³

Potência nominal /máxima Binário máximo Nível de emissões

75 cv 300 Nm Fase V

TRANSMISSÃO Configuração Velocidade máxima

Hidrostática 40 km/h

HIDRÁULICO Capacidade de elevação Fluxo da bomba

Traseira: 1.500 kg Ft: 1.500 kg 29 / 52 L/min

DIMENSÕES Distância entre eixos Carga máxima admissível

2.150 mm 4.200 kg

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PRODUTO

EM FOCO

HORSCH APRESENTA NOVA GAMA PARA

2022 O fabricante alemão aproveitou a Agritechnica, em Hannover, para dar a conhecer aos seus clientes as inovações nos equipamentos para a próxima campanha. De um total de 13 máquinas que tiveram novos desenvolvimentos, apresentamos cinco modelos que chegarão ao nosso mercado em breve. 26

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LEEB

cs

O Leeb CS marca a entrada da Horsch no segmento dos pulverizadores montados. A estratégia passou por transpor toda a tecnologia já presente nos equipamentos rebocados, nomeadamente no Leeb LT. Assim, no que respeita à suspensão da barra de pulverização, o sistema BoomControl, de série e único neste segmento de produto, é uma tecnologia patenteada pela Horsch que neutraliza movimentos bruscos. Qualquer movimento provocado pela direção do trator ou por irregularidades do terreno, chegam à barra com o mínimo grau possível de interferência, que garante o seu posicionamento exato, próximo do alvo, mesmo a velocidades altas e em terrenos declivosos. A estrutura deste sistema é constituída por um paralelogramo com pontos pivotantes de alta resistência, que absorvem as forças laterais e horizontais, e por

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acumuladores de nitrogénio juntamente com cilindros pneumáticos. Na prática, funciona como se a barra estivesse imune às forças que são exercidas sobre o chassis. O CCS Pro (Sistema de limpeza contínua Pro), caracterizase por todas as válvulas serem de comando elétrico. As barras vão de 15 a 30 metros e está disponível a versão com bicos de 25 em 25 cm, que praticamente elimina a deriva. O acoplamento da máquina é realizado de forma rápida através de um triângulo de acoplamento recém-desenvolvido pela marca e um acionamento totalmente hidráulico das bombas. Todas as funções são controladas por meio do interface já utilizado no Leeb LT / GS. Ao nível da capacidade, o Leeb CS está disponível em três versões: 1400, 1800 e 2200 litros. O depósito frontal estará disponível brevemente, de acordo com o fabricante.

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TRANSFORMER

vf

A proposta para sacha mecânica da Horsch tem como principais inovações o quadro deslizante lateral, bem como o controlo por sistema de câmeras. A unidade deslizante tem um alcance de 450 mm para seguir as linhas de forma direcionada. Com larguras de trabalho de 6 a 12 m, o Transformer VF pode cobrir espaçamentos entre linhas de 15 a 80 cm, sendo a largura de trabalho ajustada sem ser necessário recorrer a qualquer ferramenta. No que diz respeito ao sistema de deteção por câmera, o modo de operação pode alternar entre uma deteção de linha 2D dependente de cor e uma deteção de linha 3D independente de cor. O sistema consegue detetar plantas a partir dos 2 cm. Finalmente, está equipado com o sistema RowLift (SectionControl) reduzindo ao mínimo a sobreposição e as falhas nas cabeceiras. Como opcional, estão disponíveis cilindros de elevação de dupla ação que permitem uma pressão descendente da relha e que pode ser ajustada durante a condução.

IMPORTADOR A Horsch é representada em Portugal pela Lagoalva.

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PRODUTO

EM FOCO

JOKER

ct

O novo Joker CT, montado aos três pontos, foi equipado com os novos porta-discos com ângulo de disco otimizado, já presentes no Joker RT, e que garantem maior uniformidade de mobilização. Outra novidade é um peso adicional para o quadro intermédio de fácil montagem e desmontagem, bem como uma versão de 3 metros de largura de trabalho. A velocidade de operação continua a chegar aos 20 km/h.

CULTRO

tc

O rolo de faca dupla Cultro TC está agora disponível com 5 m, 6 m e 9 m de largura de trabalho (juntando-se às já existentes de 3 e 12 m). Este equipamento pode ser combinado com outras máquinas (como por exemplo o Joker CT), sendo possível montá-lo à dianteira ou à traseira do trator (dependendo do modelo). Realiza um esmagamento intensivo de restolhos, como da colza ou silagem de milho, e alcança velocidades de trabalho de até 20 km/h. Os rolos são dispostos em toda a largura de trabalho e equipados com seis facas. O diâmetro do corpo do rolo, bastante compacto, garante um alto número de voltas e um elevado número de cortes em cada uma delas. Devido ao desenho do quadro, o peso da

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máquina repousa totalmente sobre o rolo de facas, estando estas fixadas no rotor de modo a garantir máxima estabilidade. Para o futuro está previsto o lançamento da versão traseira de 5 e 6 metros.

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VERSA

kr

O sistema de dosagem é a característica mais inovadora do semeador mecânico Versa KR. Eletricamente acionada pela corrente elétrica do trator- possível graças ao baixo consumo de energia do semeador – esta é uma opção “económica” da Horsch. Com largura de trabalho de 3 m, faz uma distribuição mecânica e eletrónica da semente. Os espaçamentos entre linhas podem ser ajustados - 12,5 e 15 cm - e a capacidade do depósito de sementes da versão básica é de 900 litros - pode ser ampliada até uma capacidade total de 1.500 litros. O Versa KR conta também com ISOBUS.

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PRODUTO

EM FOCO

TEXTO JOÃO SOBRAL

CASE IH OPTUM AFS CONNECT

Na atualização da série Optum, a Case IH propõe uma nova cabine com interior redesenhado e mais espaçoso, e um novo apoio de braço com comandos configuráveis. O pacote de telemetria AFS Connect passa a fazer parte do equipamento de série.

APRESENTA

A

série Optum está no catálogo da Case IH desde 2015 e recebe agora a sua primeira atualização. Mantêm-se os três modelos, de 250, 270 e 300 cv, com motor FPT de 6 cilindros e 6,7 litros, associado à transmissão de variação contínua CVXDrive.

Pacote AFS Connect Os Optum vêm agora equipados de série com o pacote de telemetria AFS Connect que permite, entre outras possibilidades, a transferência bidirecional de dados e a monitorização do funcionamento do trator à distância e em tempo real. Para além de ajudar a recolher dados, a gerir tarefas e a gerir a própria frota, a telemetria também põe o cliente em contacto com o concessionário para resolver problemas remotamente ou para planear os serviços de manutenção.

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Apoio de braço Multicontroller No apoio de braço, semelhante ao dos Magnum AFS Connect, há teclas que são configuráveis de acordo com as preferências do operador e de acordo com a tarefa que esteja a realizar. O mesmo acontece com as teclas personalizáveis da manete multifunções.

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EM FOCO

PRODUTO

Uma nova cabine Numa cabine que está mais espaçosa e com um nível de insonorização de apenas 66 dB, os comandos surgem inteiramente redesenhados e oferecem ao operador a possibilidade de alterar a atribuição de funções. O próprio acesso ao habitáculo foi melhorado e no habitáculo existe agora mais espaço para arrumação. A nível de instrumentação, o pilar A da cabine recebe um tablet a cores, semelhante ao que a marca estreou na série Magnum AFS Connect apresentada em 2019, e o monitor tátil AFS Pro 1200 tem uma dimensão de 12”, sendo 5” maior do que na anterior geração. É através deste monitor que se configura e gere a condução automática AccuGuide, entre muitas outras funções.

*CAMPANHA DE COM

5 ANOS

0%

DE JUROS

EM TODA A GAMA DE TRATORES CASE IH

Campanha válida até 31/12/2021

TER UM CASE IH ESTÁ NAS SUAS MÃOS! Campanha de 5 anos com 0% de juros. MONITORIZAÇÃO DAS ALFAIAS Num interior que foi inteiramente repensado, o assento do condutor passa a incluir suspensão lateral, aquecimento e arrefecimento. Tem ainda um maior curso de rotação para que o operador realize com maior conforto a monitorização das alfaias. A navegação pelos menus do monitor tátil AFS Pro 1200 é facilitada por teclas de atalho e por um botão de roda situado no apoio de braço.

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*Exemplo: Valor de venda 87.564,00€, contrato de locação financeir com duração de 60 meses, primeira renda de 47.564,00€ seguida de 59 rendas mensais e sucessivas de 663,13€, valor residual de 875,64 €, Acresce o valor do seguro de casco e responsabilidade civil extracontratual. Sujeito a IVA à taxa legal em vigor. Taxa fixa; TAN: 0,000% e TAE: 0,513%. Despesas iniciais de 275,00€, portes mensais de 3,00€ e despesas no final de contrato de 70,00€. A todos os valores acresce o IVA à taxa legal em vigor. Campanha válida para clientes profissionais e campanha válida até 31 de Dezembro de 2021. Exemplo para um trator Case IH Vestrum 120 CVXDrive. Informe-se no BNP Paribas Lease Group SA e na rede de Concessionários autorizados CASE IH Agriculture.

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PRODUTO

EM FOCO

TEXTO JOÃO SOBRAL

FENDT

500, 900 e 1000 Vario

COM POSTO DE CONDUÇÃO FENDT ONE

A

Fendt vai fazendo atualizações à sua gama de um ponto de vista físico e estrutural mas os passos mais relevantes são dados no domínio da eletrónica, com a adição de novas e mais sofisticadas funcionalidades para melhorar a precisão e automatizar os processos.

O escritório e os tratores com uma plataforma comum O posto de condução Fendt One é constituído pela sua vertente física e tangível, com comandos e monitores repensados, e pela sua vertente de software e de funcionalidades. O planeamento das operações de campo pode ser feito através da plataforma Fendt One offboard (do escritório) e enviado na forma de tarefas para a plataforma Fendt One onboard (nos tratores) através da funcionalidade Fendt Task Doc.

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O posto de condução Fendt One começou por ser apresentado nos Fendt 200, 300 e 700 Vario, e alarga-se agora às outras séries. Para lá deste elemento, os 500 Vario recebem melhorias para o trabalho com carregador e as outras duas séries passam a contar com um sistema para autolimpeza do filtro do ar. Depois de concluída cada tarefa, e após a recolha de dados agronómicos, será enviado um relatório para o escritório.

Três monitores Para além de um monitor junto ao volante, as cabines Fendt One contam ainda com um monitor de 12” no apoio de braço e outro monitor de igual dimensão junto ao teto. Deste modo, o operador pode monitorizar todas as funções relevantes sem ter de alternar visualizações num único monitor.

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Filtro de ar com autolimpeza A marca passa a disponibilizar como opção para os 900 e 1000 Vario um filtro de ar que inclui um depósito de ar comprimido. Este sistema permite soprar o filtro, de modo manual ou automático, durante o trabalho. O regime da ventoinha baixa automaticamente um pouco antes de a limpeza se iniciar e retoma a sua velocidade um pouco depois de a limpeza estar terminada. O fluxo de ar atua em dois ciclos de 10 segundos cada um. Com este sistema, o filtro de ar tem um ciclo de vida previsto de dois anos.

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EM FOCO

PRODUTO

Funções para carregador frontal Os Fendt 500 Vario passam a contar com um joystick 3L para controlo de três funções em simultâneo. Este joystick inclui ainda um botão de inversor para que o operador realize todos os passos de manobra a partir do mesmo comando. A inclusão de uma tomada ISOBUS na frente do trator passa agora a estar prevista nos 500 Vario.

Fendt Rotana com aperto por filme Na enfardadeira de fardos redondos Rotana 130 F Combi, a Fendt passa a disponibilizar a possibilidade de enfardamento apenas com filme. O enfardamento com rede continua a ser uma opção, podendo o operador alternar facilmente entre filme e rede.

FERRAMENTAS DE PRECISÃO TI (TEACH IN) Os tratores com nível de equipamento Power+ e Profi+ são configurados com autoguiamento Fendt Guide. Mas os clientes que necessitem de soluções mais sofisticadas, podem optar pelas ferramentas Fendt TI Auto, Fendt Contour Assistant e Fendt TI Headland (inclui as ferramentas Fendt TI Auto e Fendt TI Turn Assistant). Vejamos cada uma delas:

Fendt TI Auto Dispara automaticamente todas as sequências assim que é cruzada a linha de cabeceira. Não há necessidade de fazer ativações manualmente no joystick.

Fendt Contour Assistant Ajuda a definir o mapeamento de passagens, dependendo da tarefa a realizar. Faz ainda a compartimentação da parcela em secções, permitindo que o trator reconheça essas diferentes secções e alterne entre elas.

Fendt TI Turn Assistant O conjunto constituído por trator e alfaias faz a manobra de viragem na cabeceira de acordo com uma trajetória e sequências previamente calculadas evitando sobreposições.

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PRODUTO

EM FOCO

STEYR FAZ ATUALIZAÇÕES NA SUA OFERTA COMANDOS O apoio de braço MultiController III agrupa comandos redesenhados que permitem um maior grau de personalização.

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Uma cabine mais espaçosa e com novo design, controlos redesenhados e tecnologia de conectividade mais avançada são novidades da renovada série Terrus CVT. Quanto aos modelos mais pequenos, Multi e Kompakt, fazem a transição para a Fase V.

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série Terrus CVT é composta por três modelos, cuja potência nominal é de, respetivamente, 250, 270 e 300 cv. Estes tratores mantêm as principais características inalteradas face à geração apresentada em 2015. O que está diferente é a cabine. É mais espaçosa e tem um interior revisto, o que inclui agora comandos mais configuráveis e um novo monitor de estilo tablet instalado no pilar A. Além disso, o serviço de telemetria Steyr S-Fleet passa a proporcionar uma transferência de informação bidirecional entre o trator e a exploração. Quanto às séries Multi e Kompakt, é feita uma atualização dos motores para a Fase V. A primeira inclui três modelos, dos 100 aos 120 cv, e equipa com motores FPT de 3,6 litros, em vez dos 3,4 litros da Fase IV. É este mesmo bloco que propulsionar os Kompakt, uma série composta por cinco modelos, e que vai dos 80 aos 120 cv.

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ISUZU D-MAX

TEST DRIVE

Comercialização em Portugal sofre atraso A decisão de regressar aos mercados ibéricos foi anunciada pela Steyr em 2019. No entanto, o estabelecimento em Espanha, país onde está sediada a Farming Agrícola, que detém a representação, está mais adiantado. Relativamente a Portugal, não existe de momento uma data concreta para o relançamento da marca. “Atualmente, o projeto foi adiado até que esteja concretizada a cobertura das mais importantes áreas agrícolas de Espanha”, explicou à revista abolsamia Adrián Gómez, Steyr Manager na Farming Agrícola.

MADE IN AUSTRIA Produzidos em Sankt Valentin, na Áustria, os Terrus são os tratores de maior potência deste fabricante.

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PRODUTO

EM FOCO

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MASSEY FERGUSON 8S

TRANSPÕE OS 300 CV E GANHA VARIAÇÃO CONTÍNUA

Os novos MF 8S.285 e MF 8S.305 acabam de ser apresentados, expandindo a série a um patamar superior de potência. A transmissão de variação contínua Dyna-VT passa a estar disponível em todos os seis modelos 8S.

Q

uando no ano passado a Massey Ferguson apresentou a série 8S, ela começou por abranger quatro modelos, a cobrirem um segmento de potência entre os 205 e os 265 cv, e duas opções de transmissão: Dyna 7 (powershift) e Dyna E-Power (robotizada de dupla embraiagem), ambas de 28 relações. Agora, a marca expande-a com a adição de dois novos tratores, MF 8S.285 e MF 8S.305, com, respetivamente, 285 e 305 cv de potência máxima, e que partilham com os restantes quatro uma distância entre eixos de 3050 mm.

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EM FOCO Do catálogo passa a constar a caixa Dyna-VT, de variação contínua, que fica disponível em qualquer um dos seis modelos, com a possibilidade de alcançar os 40 km/h a um regime económico de 1450 rpm. O motor Agco Power de 6 cilindros e 7,4 litros serve toda a série 8S, que já foi distinguida pelos prémios internacionais Red Dot Product Design Award e Tractor of the Year 2021. Concretamente no que respeita ao MF 8S.305, este será comercializado unicamente com o pacote de equipamento Exclusive, que é o mais completo, e com a caixa Dyna-VT. Ao contrário dos seus cinco irmãos, não dispõe de gestão eletrónica de potência, mantendo o seu binário máximo de 1280 Nm disponível num intervalo entre as 1000 e as 1500 rpm, estando por isso vocacionado para tarefas em que é necessário ter toda a potência disponível em permanência.

PRODUTO

SÉRIES 6S E 7S

TRAZEM ATUALIZAÇÕES ESTÉTICAS E NO POSTO DE CONDUÇÃO

As séries MF 6700S e MF770S foram alvo de ligeiras atualizações e passam a assumir uma nova designação. De um ponto de vista estrutural, os tratores mantêm as mesmas características. A evolução dá-se a nível do posto de condução, nas funções do monitor e nos detalhes estéticos de estilo semelhante aos MF 8S.

Quanto ao MF 8S.285, a gestão eletrónica de potência atribuilhe um boost de 20 cv (305 cv de potência máxima com EPM) para tarefas específicas em transporte, no uso da TDF ou para dar resposta a solicitações momentâneas do hidráulico.

AS PRINCIPAIS ATUALIZAÇÕES Ambas as séries recebem atualizações a nível do posto de condução. A climatização foi melhorada, o assento do condutor passa a ter aquecimento, ventilação e suspensão lateral, e os comandos do apoio de braço são agora semelhantes aos estreados na série 8S. No que diz respeito ao monitor tátil Datatronica 5 de 9”, este passa a ter um ecrã com maior claridade, para minimizar o reflexo, cores com maior definição e novos atalhos. www.abolsamia.pt

A nível de funções, uma novidade é a opção MF E-Loader que ajuda a melhorar a precisão nos trabalhos com carregador frontal. Inclui as funções de sacudimento e pesagem, e permite definir limites máximos e mínimos de elevação e também sequências automáticas para diferentes ciclos de movimentação de carga. Adicionalmente, o rádio e o telemóvel podem agora ser emparelhados com o Datatronic 5 e controlados através do monitor.

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PRODUTO

EM FOCO

Série 7S Os quatro modelos de maior potência da série MF 7700S foram substituídos pelos MF 8S. E os restantes cinco modelos de menor potência, num segmento entre os 155 e os 190 cv de potência máxima, recebem agora algumas atualizações e assumem a designação MF 7S. Todos os modelos desta série – 7S.155, 7S.165, 7S.180, 7S.190 e 7S.210 – apresentam uma distância entre eixos de 2880 mm e são propulsionados por um bloco Agco Power de 6 cilindros com 6,6 litros de capacidade, programado para fornecer um boost de +30 cv para lá da potência máxima. Quanto à transmissão, são duas as opções disponíveis: Dyna-6 de 24 relações e Dyna-VT.

Série 6S A série MF 6700S recebe algumas atualizações e passa a assumir a designação MF 6S. Composta por cinco tratores – 6S.135, 6S.145, 6S.155, 6S.165 e 6S.180 – cobre um intervalo que vai dos 135 aos 180 cv de potência máxima + boost de 15 ou 20 cv, dependendo do modelo.

DESIGN Os elementos de cor cinza ganham maior relevo, com destaque para os pilares da cabine e para a faixa ao longo do capot.

O bloco Agco Power de 4 cilindros com 4,9 litros e a distância entre eixos de 2670 mm são comuns a todos eles, assim como as opções de transmissão: Dyna-6 e Dyna-VT. JOYSTICKS A marca alarga aos 6S e 7S o apoio de braço e os joysticks multifunções de nova geração estreados recentemente.

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A marca comunica que, para otimizar a tração, os dois modelos 6S de maior potência podem ser configurados com os novos pneus traseiros Michelin VF650/60R42.

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PRODUTO

EM FOCO

TEXTO JOÃO SOBRAL

FOTOS WORKMOVE

JOPAUTO E CLEMENS EM DEMONSTRAÇÃO PELO PAÍS A tecnologia da Clemens para mobilização e deservagem mecânica esteve em demonstração ao longo de uma semana nas principais regiões vitícolas. A iniciativa foi promovida pela Jopauto, a casa que assegura a representação da Clemens no nosso país, e contou com a presença de técnicos da marca que vieram conhecer as condições específicas dos agricultores portugueses.

I

a novembro a meio quando os viticultores das regiões do Douro, Dão, Alentejo e Oeste beneficiaram de eventos de demonstração em campo com as máquinas da Clemens.

O primeiro dia foi dedicado ao Douro, tendo começado na Quinta do Ataíde, uma propriedade da Symington Vinhos SA situada no Vale da Vilariça. O nevoeiro matinal que cobria a área de vinha foi atravessado por dois tratores com alfaias Clemens instaladas na frente e atrás, para operação combinada, numa ação que contou com a presença dos técnicos daquela casa produtora de vinhos.

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Filme disponível em youtube.com/abolsamia

De tarde, já com um sol de São Martinho, a equipa deslocou-se para a Quinta do Cidrô, em São João da Pesqueira, pertencente à Real Companhia Velha. Aí, foi realizada uma demonstração direcionada a agricultores associados da Prodouro. A semana de campo seria encerrada na Quinta da Almiara, numa ação preparada em coordenação com a Auto Agrícola Sobralense para os viticultores da região Oeste.

A discussão técnica entre agricultores e representantes da Clemens originou inputs em dois sentidos Os agricultores obtiveram informação acerca do potencial de redução de custos por hectare e acerca do impacto das afinações finas aplicadas às máquinas para alcançar os resultados pretendidos com cada operação cultural.

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AFINAÇÕES A afinação fina dos ângulos de trabalho e dos sensores de pressão hidráulica é determinante para obter os resultados pretendidos.

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Os técnicos da Clemens obtiveram informação acerca das diferentes condições de solo, tipo de vinha, espaço entre cepas, e tipos de erva que há em cada sítio. E tomaram nota das solicitações dos agricultores, com o intuito de adaptarem alguns detalhes às especificidades encontradas.

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Radius

SL Plus

Muito avançado do ponto de vista da versatilidade, este entre-cepas permite o trabalha com dois elementos, faca de 50 cm e rotor hidráulico, podendo ser associado a diferentes tipologias de quadro. Durante as demonstrações, ficou comprovada a eficácia da mobilização que realiza entre cepas e a importância de encontrar um ajuste correto da sensibilidade de retorno da faca para proteger as plantas jovens e os tutores mais frágeis. Em condições de ervas fáceis, é possível retirar o rotor e trabalhar apenas com a faca. Mas com ervas mais resistentes, o rotor assume um papel determinante para deixar a linha bem limpa. Em solos mais pesados, a definição de uma correta regulação da pressão da faca, que define a força de entrada deste elemento na terra, é também determinante para a obtenção do resultado desejado.

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PRODUTO

EM FOCO

Finger Roller e Finger Hoe Os acessórios Finger Roller (rodas metálicas dentadas) e Finger Hoe (estrela de material flexível), destinam-se à operação de sacha e realizam um trabalho mais completo quando instalados num mesmo quadro para funcionamento em simultâneo. Com dois discos recortados de diâmetro diferenciado, o Finger Roller faz mobilização homogénea mesmo em terrenos inclinados. E contrariamente aos discos tradicionais, não deixa um canal formado, o que em terrenos mais inclinados tenderia a acentuar a erosão. Para adaptação a diferentes condições, o Finger Roller comporta dois ajustes de ângulo de trabalho.

TRÊS VARIANTES A versão XS dupla em pórtico no Douro e a versão XL dupla em suporte traseiro no Oeste.

Multi Clean Para cortar erva sem revolver o solo, esta alfaia é acionada por motores hidráulicos que aplicam um movimento rotativo a fios de corte. A filosofia por detrás desta tecnologia passa por realizar um trabalho superficial de modo a proteger as cepas e sobretudo as plantas jovens. A máquina em demonstração no norte estava montada num pórtico invertido em U, e incluía dois motores hidráulicos instalados em sentido convergente, para realizar a deservagem nos dois lados de uma linha numa só passagem. Esta configuração frontal passa sob o tubo de rega instalado no bardo e permite ajustar a inclinação, bem como controlar a máquina com mais precisão. Para as vinhas em patamares do Douro, esta é a única solução mecanizada que permite trabalhar o bardo inteiro de uma só vez, o que inclui o lado da rampa do talude. No oeste, o Multi Clean apresentado estava montado num quadro traseiro com rodas e incluía dois motores hidráulicos instalados em sentido divergente, para o trabalho de duas linhas em simultâneo em apenas um dos lados. Nesta configuração, as rodas de apoio servem para regular

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a altitude a que o fio vai trabalhar. Se o quadro tiver descentramento hidráulico, é possível trabalhar em qualquer largura de vinha. Para além da remoção da erva, a Multi Clean XS pode ser utilizada também para retirar ladrões em fase embrionária, quando estão ainda tenros, até uma altura de corte de 35 cm.

O Finger Hoe destina-se a remover o solo e as infestantes junto à videira. Sendo os vértices da coroa de material flexível, é adequado para plantações jovens ou de caule irregular. A sua utilização isolada, sem a passagem prévia e simultânea do Finger Roller, só é aconselhada em solos soltos ou arenosos. Ambos os acessórios podem ser aplicados em suportes da Clemmens para a frente do trator, mesmo em modelos que não disponham de elevador frontal.

Nas demonstrações, foi possível comprovar que o cruzamento dos fios no trabalho em simultâneo com duas cabeças permite fazer uma limpeza muito eficaz. Quando um agricultor dispõe de um orçamento menor, pode adquirir só uma cabeça para trabalhar um lado da linha. A máquina requer um fluxo de 24 L/min e o consumo de fio é de sensivelmente 1 muda a cada 7 hectares, podendo variar consoante a perícia do operador, a existência de ervas robustas que exijam pôr os motores a regimes mais altos, e a existência ou não de pedras no solo. Para as vinhas instaladas em patamares, a Jopauto e a Clemens estão a estudar a possibilidade de fazer levantar hidraulicamente a barra externa do quadro (na configuração frontal) para em certas situações se poder trabalhar só com o motor do lado de dentro. Entre outras vantagens, esta melhoria vai facilitar as manobras em linhas curvas.

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Teractiv

PRODUTO

duo

Este cultivador trabalha a linha e a entrelinha em simultâneo. Para o trabalho na entrelinha, é constituído por bicos flexíveis de mobilização e por um rolo que faz o destorroamento e alisamento. Para o trabalho na linha, comporta acessórios Radius SL nas laterais do quadro, os quais são constituídos por discos de recorte e por facas intercepas equipadas com sensor hidráulico.

Tendo em conta a falta de mão de obra existente, o preço galopante e as eficiências cada vez menores dos herbicidas, acreditamos que as soluções mecânicas vingarão no nosso mercado.

O Teractiv Duo inclui uma função de elevação hidráulica dos bicos e rolo, o que possibilita que se faça o trabalho de mobilização junto às cepas em bardos onde a entrelinha é para permanecer em verde. A elevação é feita a um ângulo de 75° e o rolo recolhe para manter o conjunto curto nas viragens e garantir estabilidade ao chassis. O quadro onde o sistema Radius está instalado comporta ajuste hidráulico da largura de trabalho para se adaptar a diferentes espaçamentos de vinha. Na versão standard o ajuste vai dos 1.100 aos 1.600 mm mas a marca pode disponibilizar uma extensão máxima até 2.100 mm. Em função da largura do chassis e do resultado de mobilização que se pretende obter, este cultivador pode ser configurado com 3, 5, 6 ou 7 bicos flexíveis.

O CONCEITO DA CLEMENS

Artur Lopes, Responsável do Departamento de Importação da Jopauto

Seguindo a tradição alemã, a Clemens é uma marca que dá prioridade à robustez, à durabilidade e aos detalhes. O conceito passa por manter as alfaias com um princípio de funcionamento simples e com baixa solicitação de fluxo hidráulico do trator, em contraste com sistemas complexos existentes no mercado.

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ENTREVISTA

CLEMENS

TEXTO SEBASTIÃO MARQUES

FOTOS WORKMOVE

“A chave está em combinações de diferentes máquinas” Em visita a Portugal, Johannes Krütten, gestor comercial da Clemens, concedeu uma entrevista à revista abolsamia onde abordou o mercado português, a gama de produto da marca, bem como as tendências no mercado de equipamentos para a vinha dos próximos anos.

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Como vê o mercado português e como se adapta ao nosso país o produto da Clemens?

E

m termos gerais, é um mercado interessante. Tem crescido, sobretudo nos últimos anos. Durante a crise financeira de 2008 existiram alguns problemas, mas a indústria do vinho fortaleceu-se. Para nós que temos um produto num segmento de preço alto, era, até há alguns anos, difícil entrar no mercado, mas é algo

que tem vindo a mudar. As nossas máquinas têm a qualidade de serem adaptáveis a diferentes mercados devido ao sistema modular, estilo Lego, que nos permite escolher as funcionalidades indicadas para cada vinha. Isto é muito importante num mercado como o português onde encontramos condições muito diferentes consoante a zona geográfica.

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Como alternativa à monda química, as nossas soluções requerem que os agricultores reaprendam a trabalhar em sinergia com as condições de tempo para minimizar o número de passagens, evitando a erosão e contendo os custos. Johannes Krütten, Clemens

E poderemos ver no futuro máquinas da Clemens ainda mais adaptadas às várias regiões do mercado português?

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Penso que essa questão se coloca não apenas em relação à oferta de produto mas também à forma como são operados os equipamentos. As áreas de vinha são cada vez maiores, as estruturas mudaram, existe a tendência crescente para o modo de produção biológico e é cada vez mais difícil encontrar operadores para os tratores. Por isso, achamos que a grande alteração estará sobretudo na forma de trabalhar. Na nossa opinião a chave está em combinações de diferentes máquinas que consigam fazer diferentes trabalhos. Claro que é necessário ter em conta determinadas condicionantes, como por exemplo no Douro onde quase não existe espaço para viragens, e aí temos de encontrar soluções para realizar a tarefa. Mas a verdade é que é cada vez mais difícil para o operador conseguir operar tantas funções ao mesmo tempo. Por isso, a nossa função primordial nesta fase deve ser encontrar algumas ferramentas de apoio que se adaptem a todos os equipamentos e que ajudem os operadores. O ajuste automático, por exemplo, é algo que temos vindo a desenvolver há já alguns anos.

Nesse sentido, está a Clemens a caminhar para uma solução automatizada ou robotizada? Temos vindo a trabalhar com algumas empresas especializadas nessas áreas. Não somos nem um fabricante de tratores nem de robots mas temos as soluções certas para serem adaptadas a essas máquinas. Nós precisamos de um porta-máquinas - se é um trator ou um robot, para nós não é importante. Vemos, no entanto, um interesse crescente nos robots para determinadas áreas e regiões.

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JOHANNES KRÜTTEN Com mais de 13 anos de experiência em vários departamentos da Clemens, Johannes Krütten é responsável de vendas da Clemens Technologies desde 2014.

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ENTREVISTA

CLEMENS

Como é que a Clemens vê o futuro dos equipamentos para a vinha? Penso que há um futuro de crescimento. Hoje em dia se comprar uma garrafa de vinho há uma maior consciencialização do público relativamente à origem biológica do produto. A tendência que vemos, por exemplo, nos hortícolas ou na carne, está a acontecer também no vinho. Assim, os produtores também terão de acompanhar esta procura e a resposta está na forma original de “trabalhar” a vinha, ou seja, mecânica. Esse é o negócio em que a Clemens está há 70 anos. Outra área que já está em expansão são os softwares de apoio à gestão. Com as vinhas cada vez mais extensas os gestores têm mais área para gerir. Em Portugal existem empresas com vinhas em diferentes regiões. A maior dificuldade que vemos é conseguir ter uma visão global de tudo ao mesmo tempo, porque não é possível estar em diferentes locais no mesmo momento. Daí que tenhamos iniciado uma parceria com uma empresa de software de gestão da vinha. É uma plataforma de comunicação que permite ao gestor manterse a par de todos os trabalhos realizados, desde o trabalho com os tratores e as máquinas, custos esperados, documentação, até à previsão do tempo, ou prevenção de doenças. Isto é uma tendência que estará cada vez mais presente no futuro. Com o acesso a esta informação o gestor pode tomar decisões ou procurar assistência estando onde estiver.

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Desde o seu início que a Clemens se especializou em soluções mecânicas. Recentemente, têm surgido, por exemplo, soluções que recorrem a outras formas de controlar as infestantes, como o recurso à eletricidade. Poderemos ver a gama da marca a alargarse para este tipo de soluções? Mantemos os olhos abertos para as diferentes tecnologias que vão surgindo no mercado e temos procurado soluções que nos permitam reduzir a mobilização, por exemplo. Olhando para a questão da eletricidade como forma de controlar as infestantes, é uma solução que necessita de uma quantidade enorme de energia para realizar o trabalho e isso significa máquinas pesadas. Talvez no futuro se torne mais eficiente, como os carros elétricos, e pode vir a ser interessante, mas nós temos de aprender e estudar mais esse tipo de soluções porque queremos também saber o que acontece depois, por exemplo, com a microbiologia do solo.

UMA VARIEDADE DE CONFIGURAÇÕES A modularidade é uma característica bem vincada na Clemens. O portfólio da marca é constituído por alfaias, por quadros e por acessórios que podem ser acrescentados a esses quadros, só de um lado do trator ou de ambos, para realizar uma operação cultural numa passagem, ou para realizar duas operações culturais em simultâneo.

Existe algum estudo académico que evidencie a diferença na saúde e produtividade de uma vinha mantida através dos vossos equipamentos ou através de fitofarmacêuticos? Temos alguns realizados por diferentes universidades. Por exemplo, num dos mais recentes, realizado no Reino Unido, olharam para parâmetros como o crescimento, a saúde e a qualidade da colheita numa vinha mantida com os nossos equipamentos. Para não ser exaustivo, por exemplo, no que se refere à qualidade não encontraram qualquer problema, aliás, quando esta não era idêntica, era até superior visto que não eram detetados quaisquer resíduos de produtos químicos no vinho. Num outro realizado nos Países Baixos, que olhou para o crescimento das uvas, concluíram que quando tratadas com químicos existia uma paragem no crescimento, o que não acontecia onde o controlo das infestantes era feito de forma mecânica.

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CLEMENS

Como foi o último ano e meio para a Clemens e como pensa que será o próximo ano tendo em conta a escassez de matéria prima? Diria que a situação é desafiante. Existe uma escassez enorme de diferentes componentes no mercado, o que nos obriga a preparar tudo com muito maior antecedência. A maioria da nossa produção está centrada na Alemanha mas algumas peças vêm de fora. O intercepas Radius, por exemplo, é produzido 95% por nós e, nesse caso, é mais fácil de gerir. Noutros equipamentos tem sido mais desafiante. Isto obriga-nos a pensar não apenas na produção de 2022 mas também na de 2023. E temos de investir hoje em material para equipamentos para os quais ainda não temos encomendas. Fazemos

o melhor para estar preparados mas não sabemos o que vai acontecer. Queremos ter a certeza que os nossos clientes recebem as máquinas a tempo, que a nossa produção continua a trabalhar, e que temos peças de substituição para o próximo ano.

Onde gostaria de ver a Clemens daqui a cinco anos? Com o mesmo carácter, perto dos seus clientes. Queremos crescer com os nossos clientes. Observamos que existe uma procura crescente e, por isso, claro que existirá crescimento mas não o vemos longe de quem nos suporta. Por isso, continuaremos a ser uma empresa de soluções mecânicas e biológicas. Queremos também explorar alguns mercados, como a América do Sul.

ENTREVISTA

São parceiros da Jopauto há já seis anos. Como tem corrido esta parceria? A Jopauto insere-se na filosofia da Clemens. Sendo duas empresas familiares, gostamos de trabalhar de forma próxima dos nossos parceiros. Não queremos relações superficiais meramente comerciais, queremos compromissos sérios e aprofundados. Os nossos clientes têm de compreender a tecnologia que utilizamos e, assim, não se trata apenas de vender mas também do serviço que acompanha a venda. A Jopauto entende na perfeição a nossa filosofia e o nosso produto. Se existir algum problema com um equipamento, eles são capazes de dar uma resposta imediata. Isto é muito importante para nós.

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ENTREVISTA

JOPAUTO

A Jopauto é o importador exclusivo da marca alemã para Portugal. Durante a semana de demonstrações, Daniel Lopes, responsável comercial da empresa, falou-nos sobre a adaptação dos produtos da Clemens às várias regiões do nosso país, o futuro dos equipamentos para a vinha, ou a estratégia da empresa para fazer face à escassez de máquinas.

“A Clemens tem soluções muito adaptadas à viticultura em Portugal”

Quando começaram a trabalhar com a Clemens?

A

nossa parceria com a Clemens tem mais de 20 anos, no entanto, a nossa relação comercial acabava por não ser de exclusividade, uma vez que o mercado português ainda não estava aberto a este tipo específico de equipamentos e, consequentemente, a Jopauto não tinha um departamento direcionado para importação e distribuição para todo o país, De forma a abrir portas e dar

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visibilidade a esse mercado, em 2017, a Jopauto criou o departamento de importação e distribuição, coordenado pelo Artur Lopes, com o objetivo de abranger o mercado nacional através de uma rede de parceiros locais, que têm sido muito importantes no apoio à distribuição e assistência técnica aos clientes finais. Nessa altura, com uma estrutura alocada a este mercado e uma rede de parceiros de grande qualidade, sentimos que seria o momento de aprofundarmos a nossa parceria histórica com a marca alemã e formalizámos um acordo de importação exclusiva para todo o território nacional. A Clemens é uma marca de referência no mercado mundial de equipamentos para a viticultura, que lidera diversos mercados em vários continentes. É uma marca de qualidade inquestionável, com grande foco nos viticultores profissionais. A Jopauto é também uma empresa especialista em viticultura, muito focada no mercado profissional, pelo que a visão estratégica das duas empresas se aproxima em muitos pontos. O objetivo é dotar os viticultores profissionais de soluções que

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permitam aumentar a eficiência dos trabalhos, diminuir a dependência de produtos químicos e fomentar a viticultura sustentável. A Jopauto e a Clemens estão envolvidas nesta “missão” comum, pelo que a nossa relação é bem mais profunda do que uma simples parceria para importação exclusiva. Temos a mesma visão para o futuro da agricultura.

Como vê o mercado português e como se adapta ao nosso país o produto da Clemens?

Veja estas e outras imagens em flickr.com/abolsamia

O mercado português está mais recetivo a equipamentos que permitam o controlo mecânico de infestantes, não só pela pressão legal crescente para a redução de utilização de herbicidas, mas também pelo aumento da consciencialização coletiva para a sustentabilidade na agricultura e para o seu papel determinante no futuro do equilíbrio dos recursos naturais e do planeta. Tem sido visível o aumento de procura generalizado, em todas as regiões vitivinícolas do país, sendo que algumas delas têm condições

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mais adaptadas à utilização deste tipo de equipamentos (Alentejo, Oeste, etc.). Temos vindo a trabalhar a adaptação dos equipamentos da Clemens a condições mais difíceis, como as que apresenta a zona do Douro. Já possuímos soluções adaptadas para trabalhar o corte de erva na linha em patamares, com dimensionamento dos equipamentos adaptado à formação da poda mais baixa, característica desta região. Neste momento, a Clemens tem um conjunto de soluções muito adaptada à viticultura em Portugal,

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independentemente da zona do país. Diria mesmo que tem o mais extenso portfólio do mercado deste tipo de equipamentos específicos.

Qual a importância deste tipo de demonstrações na casa dos agricultores? Este tipo de ações de demonstração é muito importante por diversos motivos. Primeiro porque permite que o cliente verifique a eficiência do equipamento nas condições

específicas das suas vinhas. É uma forma de podermos demonstrar as inúmeras possibilidades de afinação do equipamento em função do tipo de solo, do tipo de plantação, da idade das plantas, do tipo de erva, etc. É ainda muito importante no sentido de percebermos se há algum tipo de reajuste técnico que possibilite aumentar a performance do equipamento em condições muito específicas, e isso só é possível se experimentarmos os equipamentos em diversas regiões e condições. Penso que a compra deste tipo de máquina só se deve efetivar depois de uma demonstração,

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ENTREVISTA

JOPAUTO

São parceiros da Auto Agrícola Sobralense há já quatro anos. Qual a importância desta parceria?

porque há muitas soluções no mercado teoricamente eficientes, mas só depois de testadas nas condições específicas das vinhas de cada potencial comprador é que se verifica se são, ou não, a melhor solução.

As duas empresas são parceiras de longa data até porque partilhamos a mesma marca de tratores, a New Holland. No momento da criação da rede de parceiros para a distribuição regional dos equipamentos de importação exclusiva, a AAS foi uma das primeiras empresas que contactámos, por diversos motivos. Não só é uma empresa com grande foco na viticultura profissional e com grande experiência no mercado, com uma rede de clientes muito abrangente, como também partilhamos a mesma visão comercial.

Esta jornada de demonstrações em todo o país foi essencial para confirmar que o equipamento é, de facto, muito eficiente e ajustável às mais diversas condições de terreno em que foi testado. Estamos muito satisfeitos com o resultado, e os clientes muito impressionados com a performance dos equipamentos da Clemens.

Como será o futuro dos equipamentos para a vinha? Temos um problema comum em todas as regiões vitivinícolas de Portugal, que é a escassez de recursos humanos. Para colmatar esse problema, teremos que pensar na possibilidade de complementaridade de equipamentos, ou seja, a possibilidade de se poder trabalhar com equipamentos que fazem trabalhos distintos ao mesmo tempo, por exemplo, trabalhar a linha com um conjunto de entre-cepas montados na frente do trator ou entre rodas e pulverizar ao mesmo tempo com o atomizador montado atrás. Este tipo de complementaridade entre equipamentos permitirá aumentar a eficiência, diminuir os custos energéticos (menos consumo de combustível), diminuir as emissões de CO2, otimizar os custos operacionais e minimizar o problema da escassez da mão de obra. Hoje em dia já temos equipamentos que permitem fazer mecanicamente quase todo o tipo de trabalho na vinha, pelo que no futuro o foco será mais na otimização de recursos e no aumento da sustentabilidade.

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Na minha opinião, o futuro passa, não só pelo aumento de utilização de equipamentos que permitam a redução de utilização de produtos químicos como, por exemplo, entre-cepas ou painéis recicladores de calda, como também pelo crescimento de utilização de equipamentos de agricultura de precisão, tal como GPS e alfaias de aplicação variável, assim como pela utilização de sistemas de controlo e monitorização integrada, que permitam uma gestão mais criteriosa e mais eficiente dos trabalhos na vinha e, finalmente, pelo aumento de oferta de soluções elétricas, robotizadas e autónomas. Acredito que o grande passo em Portugal será avançar para soluções energeticamente limpas e robotizadas. A Jopauto já está a trabalhar parcerias de distribuição com marcas que já têm este tipo de equipamentos testados noutros países, porque é nossa convicção que o futuro da viticultura tem que passar pela procura da eficiência e da sustentabilidade.

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DANIEL LOPES “Nas empresas que têm uma área muito grande, em anos em que a erva cresce todas as semanas devido à alternância chuva-sol, as operações combinadas numa passagem são uma solução a implementar cada vez mais atendendo à falta de mao de obra e à necessidade de controlar custos”.

Tem sido uma parceria que, ao longo destes 4 anos, tem ficado mais forte e coesa, e isso devese à relação aberta e de partilha constante que mantemos. No fundo, a nossa parceria tem como missão dotar os clientes das melhores soluções do mercado, e é para isso que trabalhamos todos os dias. Somos muito mais que parceiros comerciais. Temos uma missão comum e estratégias similares nesta linha de negócio. Esta sessão de demonstrações é só mais um exemplo do trabalho contínuo que temos desenvolvido em conjunto na zona do Oeste e Dão. A AAS é um parceiro estratégico, que tem feito um trabalho notável na sua área de trabalho, pelo que o balanço destes 4 anos de parceria é muito positivo. É uma empresa com um nível de profissionalismo acima da média no mercado de máquinas agrícolas, e é com os melhores que queremos trabalhar no sentido de melhorar a viticultura em Portugal.

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JOPAUTO

ENTREVISTA

Como foi o último ano e meio para a Jopauto e o que espera do próximo ano? Ainda que tenhamos vivido um momento sem precedentes, devido à pandemia, não sentimos que a agricultura tivesse sido dos setores mais profundamente afetados. Em 2020, tivemos uma performance comercial similar aos anos anteriores, sendo que em 2021 estamos a crescer dois dígitos. Claro que as empresas desta área de negócio com visões mais redutoras do mercado poderão ter mais problemas no futuro próximo, uma vez que vamos atravessar uma fase bastante complicada no que concerne à capacidade de fornecimento de todo o tipo de máquinas e ao índice de preços praticados. O valor das matérias primas escalou a níveis nunca antes atingidos, o que

obrigou os fabricantes a aumentar os preços dos equipamentos várias vezes durante este ano. O mercado ainda não teve tempo de se reajustar, pois observamos uma dificuldade tremenda na cadeia de abastecimento, traduzida num desequilíbrio entre oferta e procura, com tendência a um agravamento no próximo ano. A Jopauto está a trabalhar na ampliação do portfólio de equipamentos mais específicos e a reforçar o stock para que consigamos dar resposta às necessidades do nosso mercado. Não será fácil manter a performance comercial estável ao longo do ano, porque os prazos de entrega são superiores a seis meses neste momento, mas estamos a fazer um trabalho criterioso de gestão de stocks de forma a ser possível

oferecer aos nossos clientes os equipamentos que necessitam para a próxima campanha. O mercado de tratores está com um problema de fornecimento sem precedentes, facto que obrigará as empresas deste setor a procurar equipamentos alternativos que permitam manter a sua performance comercial em níveis aceitáveis. A Jopauto sempre se preocupou em aumentar o seu portfólio, precisamente para não estar tão vulnerável a este tipo de pressão, em momentos de crise. Acredito que será um ano difícil para todo o mercado, pelo que vai ter que haver muita sensibilidade em relação aos prazos de entrega por parte dos distribuidores e dos clientes finais.

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ENTREVISTA

AUTO AGRÍCOLA SOBRALENSE de obra e a escassez de produtos fitofarmacêuticos apenas vem acelerar esta tendência. Tem uma qualidade única no mercado e junta a este fator um serviço de assistência excelente. Com o crescente interesse do mercado pelos intercepas devido às restrições impostas aos herbicidas, vemos um grande futuro da Clemens no nosso país.

Como funciona a parceria estratégica com a Jopauto?

“Caro é aquilo que não funciona bem”

EVENTO O grupo de profissionais que marcou presença no evento numa das vinhas da Casa Santos Lima.

A Auto Agrícola Sobralense tem uma parceria estratégica com a Jopauto para a representação da Clemens na região Oeste e no Dão. No evento realizado na Casa Santos Lima conversámos com João Penedo, responsável da Auto Agrícola Sobralense, sobre os equipamentos da marca alemã e o mercado português. Quando começaram a trabalhar com a Clemens?

O que responderia a quem diz que é uma marca “cara”?

onhecemos a marca há vários anos das feiras internacionais a que atendíamos. Começámos a trabalhar a marca de forma assídua há cerca de quatro anos, através da parceria com a Jopauto – somos representantes para a região do Oeste e do Dão, com todo o distrito de Viseu. Sempre nos despertou a atenção a qualidade de construção que os seus equipamentos evidenciavam. Pelo feedback dos clientes viemos mais tarde a confirmar essa mesma qualidade no campo.

Que é um produto de excelência. Quando se diz que é “caro”, digo sempre que “caro” é aquilo que não funciona bem. Quando as coisas funcionam, permitem muitas afinações, e se adaptam a vários tipos de vinha, conseguimos rentabilizar a máquina muito rapidamente. Penso que não será uma solução apenas acessível às grandes casas agrícolas, mas também a agricultores com menos área, eventualmente através de prestadores de serviço.

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O futuro passa por este tipo de soluções. A falta de mão

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JOÃO PENEDO “Penso que não será uma solução apenas acessível às grandes casas agrícolas, mas também a agricultores com menos área, eventualmente através de prestadores de serviço.”

Todas as marcas que a Jopauto importa, nós trabalhamos. A cada ano que passa trabalhamos melhor e existe uma relação de respeito e uma dedicação muito grande às marcas que trabalhamos.

Qual a importância deste tipo de demonstrações nas casas dos agricultores? Esta semana de demonstrações foi muito importante. Pedimos especificamente às casas agrícolas que nos receberam para nos disponibilizarem solos e condições difíceis para as máquinas porque nos fáceis nós sabíamos que quase todas as máquinas trabalham. É aqui, nestas condições, que nós conseguimos mostrar ao cliente que esta marca é diferente das outras. Por isso, consideramos que esta semana foi muito positiva.

O que espera de 2022? Esperamos um 2022 muito complicado, dada a falta de produto. Penso que o mercado não cairá por falta de procura mas sim por falta de oferta. Outro tema complicado é a mão de obra. É difícil encontrar bons colaboradores.

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PRODUTO

EM FOCO

TEXTO SEBASTIÃO MARQUES

O Farmtrac 25G vai trabalhar nas herdades de Fabian Deppner, um alemão radicado em Portugal há 40 anos, que pretende capitalizar a exposição solar do sudoeste alentejano ao máximo.

P

erto de 3000 horas de sol por ano. Este é um dos principais fatores para que Fabian Deppner, nascido na Alemanha mas em Portugal desde que tem um ano e meio de idade, tenha optado por ser o primeiro a adquirir o modelo elétrico da Farmtrac, o 25G, com 25 cavalos de potência. “Ao dia de hoje não é possível adquirir um modelo elétrico mais potente e, por isso, ainda que não sirva para todos os serviços que tenho, é, de momento, a melhor opção”, começou por referir Fabian. Dono de algumas propriedades na zona, que tem vindo a adquirir aos poucos, está neste momento comprometido no processo de lançamento das bases de um projeto de agricultura regenerativa, como explica o próprio sem se querer alongar muito. Ainda assim, explica o que norteou a aquisição do trator: “Adoro este país, que podia, com uma gestão mais regenerativa, ser dos mais ricos da Europa, se não do Mundo. A ideia de adquirir um trator elétrico é precisamente dar um impulso nesta direção. Estou farto de pagar gasóleo, que está cada vez mais caro. Por outro lado, como até em final de outono podemos ver, temos uma abundância incrível de energia solar, que pode, facilmente, dar-

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FINALMENTE UMA ALTERNATIVA AO GASÓLEO 1º TRATOR ELÉTRICO MATRICULADO EM PORTUGAL ENTREGUE EM ODEMIRA nos a energia que precisamos para trabalhar a terra”, começou por explicar. Fabian está em vias de concluir a instalação de um parque de painéis solares, o que permitirá que “produza” a energia para o seu trator. “Para a pequena agricultura, para trabalhar em estufas, estou em crer que esta é a máquina ideal”. Ficou prometido que daqui por uns meses voltaremos a falar com o Fabian para saber mais sobre a performance em campo do 25G.

Farmtrac 25G Na nossa edição de maio da revista (nº126) fizemos um comparativo entre o 25G e o seu “irmão” a diesel, o Farmtrac 26. Na altura, o trator ainda não tinha chegado ao nosso país. Agora, depois de vermos o trator trabalhar, ainda que durante pouco tempo, podemos confirmar que o ruído é quase inexistente – praticamente, apenas se ouve o trabalhar da alfaia. Obviamente, também não há cheiros provenientes da combustão.

Motor O 25G, é impulsionado por um motor trifásico de 15 kW que assegura o avanço e o acionamento da TDF, e

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por um outro motor de 2,5 kW que assegura os serviços hidráulicos. Atinge assim sensivelmente 25 cv de potência e dispensa manutenções periódicas a nível do motor.

ENTREGA Carlos Domingues (gestor de produto) e António Cação (gestor de vendas) do Entreposto Máquinas, Ludgero Loução (sócio gerente da SIAR Colense) e Fabian Deppner.

Transmissão O 25G elétrico é configurado exclusivamente com transmissão hidrostática mas, refere o fabricante, está preparado para levar a cabo todo o tipo de tarefas que estão destinadas a um trator a diesel equivalente.

Posto de condução Com os comandos muito bem arrumados em redor do operador, o posto de condução inclui um

MOTOR Do fabricante Kirloskar, o motor trifásico de 15kW, atinge 25 cv de potência.

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EM FOCO

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espaço próprio para colocar um telemóvel junto ao volante e uma ficha para carregamento. À direita existe também um espaço de arrumação, neste caso para colocar uma garrafa ou outro objeto. Numa máquina de tão reduzidas dimensões, a arrumação dos espaços está bem pensada, com a caixa de ferramentas também bem posicionada, atrás do assento, junto ao arco de proteção.

Ao contrário do que referimos na altura, para ‘reabastecer’ o 25G é necessário recorrer a um carregador externo (estilo o de um telemóvel mas em ponto grande). Basta depois ligá-lo a uma tomada que está posicionada por cima do capot, exatamente no mesmo sítio onde o modelo 26 tem o bocal de enchimento do depósito e a uma tomada caseira “normal, de 230 volts. O tempo de carregamento total da bateria ainda não havia sido testado no local mas a autonomia, num trabalho leve, são 5 horas.

PRODUTO

EM CAMPO O 25G de Fabian irá trabalhar sobretudo na manutenção de hortas em modo de produção biológico. Com o trator chegaram também uma gadanheira de pente (na foto), uma capinadeira, um escarificar, uma fresa e um riper de pequenas dimensões.

Como carregar a bateria

Preço Uma das principais diferenças entre o 25G e o modelo 26 a gasóleo está no preço. A versão a diesel está em comercialização em Portugal por um PVP de 12.700 Eur + IVA. Quanto ao modelo elétrico o seu PVP é de 33.500 Eur + IVA. A Farmtrac é representada em Portugal pelo Entreposto Máquinas.

BATERIA No 25G, temos acesso a um comando corta corrente e o espaço é praticamente todo ocupado pela bateria que alimenta o motor elétrico.

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MOTOR Fabricante / tipo

Kirloskar Trifásico AC por indução

Potência nominal Bateria Tempo de carga total Autonomia

18 kW (+/- 25 cv) Iões de lítio 72V – 300 AH 8 horas 5 a 7 horas

TRANSMISSÃO Configuração Velocidade máxima

Hidrostática 3F + 3R 18,2 km/h

HIDRÁULICO Capacidade de elevação Fluxo da bomba

Traseira: 450 kg 15,9 L/min

DIMENSÕES Distância entre eixos 1.551 mm Carga máxima admissível 1.414 kg

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PRODUTO

NOTÍCIAS

A Jopauto entregou em 2021 uma máquina de vindimar New Holland 9070L à Real Companhia Velha. Equipada com desengaçador e braço multifunções, para poder acoplar facilmente a linha de equipamentos compatíveis da Provitis – despontadora, pré-podadora e levantadora de vegetação.

A

máquina foi já utilizada em duas das quintas emblemáticas desta empresa de referência – Granja e Cidrô – tendo o balanço sido muito positivo. Rui Soares, diretor de viticultura da Real Companhia Velha, destacou a qualidade do trabalho da 9070L. “A máquina de vindimar que a Real Companhia Velha adquiriu em 2021 representou uma mais-valia para a empresa. À eficiência, qualidade de trabalho e produtividade reveladas, temos a acrescentar a polivalência com a utilização das alfaias da Provitis (despontadora, pré-podadora e levantadora de vegetação), que a empresa adquiriu. É uma excelente solução que permite rentabilizar o

JOPAUTO ENTREGA MÁQUINA DE VINDIMAR NEW HOLLAND 9070L NA REAL COMPANHIA VELHA investimento na máquina New Holland 9070 permitindo colmatar a escassez de mão de obra que a região tem”, sintetizou. Já Artur Lopes, da Jopauto, enalteceu a importância da entrega de uma máquina como esta na região do Douro. “A entrega deste equipamento à Real Companhia

NEW HOLLAND FR CRUISER EM EDIÇÃO COMEMORATIVA 56

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COMPLETAM-SE 60 ANOS DESDE QUE A NEW HOLLAND PRODUZIU A SUA PRIMEIRA ENSILADORA DE FORRAGEM AUTOMOTRIZ. Nessa altura, em 1961, o modelo rebocado 818 serviu de base ao lançamento da automotriz SP818, de uma linha. A marca celebra este aniversário com uma edição especial das FR Forage Cruiser, que abrangerá todas as unidades produzidas para a próxima campanha.

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Velha é um momento assinalável, não só porque é a primeira máquina de vindima com desengaçador incorporado a trabalhar no Douro, como pela importância estratégica da parceria com uma das empresas de referência no mercado vinícola”.

As máquinas ostentarão um distintivo do 60º Aniversário, com uma letra ornamentada e uma folha prateadas para simbolizar as tecnologias da máquina e o seu desempenho. As ensiladoras da edição especial estarão ainda equipadas com alguns benefícios exclusivos de série, incluindo o MyPLM®Connect, UpTime Solutions e UpTime Warranty, de acordo com o mercado.

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NOTÍCIAS

PRODUTO

GRADES DE DISCOS COM CHUMACEIRAS LUBRIFICADAS EM BANHO DE ÓLEO

A HERCULANO APRESENTA UMA NOVIDADEPARA AS SUAS DE GRADES DE DISCOS HVR E HVRP: CHUMACEIRAS SEM NECESSIDADE DE MANUTENÇÃO. Os dois modelos, desenvolvidos para a execução de trabalhos mais exigentes e indicados para uso profissional, foram agora complementados na sua versão standard com chumaceiras em banho de óleo, que não precisam de manutenção. De acordo com o fabricante, este upgrade torna o equipamento mais fiável e duradouro comparativamente às grades com chumaceiras convencionais, assegurando uma excelente performance a longo prazo. O sistema em banho de óleo (90W), está equipado com rolamentos cónicos protegidos com vedantes Face Seal, que

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evitam a penetração de partículas contaminantes para o interior da câmara de óleo, prevenindo, desta forma, possíveis avarias resultantes de contaminação. As principais vantagens apontadas pela Herculano são uma durabilidade média superior em 50% (comparativamente às chumaceiras convencionais de lubrificação por gracé), prevenção de avarias (vedantes Face Seal evitam a penetração de partículas), economia de tempo na manutenção (não necessita de procedimentos de manutenção e lubrificação diários), e poupança no material de lubrificação (não necessita de massa de lubrificação).

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PRODUTO

NOTÍCIAS

T3 T4

NEW HOLLAND e ATUALIZA OS ESPECIALIZADOS Altera-se a arquitetura dos T4 especializados, com os diversos modelos a ostentarem uma nova estrutura de cabine, um capot mais baixo e uma estética revista. O hidráulico fornece maior caudal e é estreado um novo modelo de maior potência. Quanto aos T3, o motor passa à Fase V e é desvendada uma nova versão de baixo perfil.

Nova geração T4 F/N/V com um novo modelo no topo da série

Composta por três modelos, que cobrem um segmento de potência que vai dos 55 aos 75 cv, a revista série T3 é propulsionada por um motor de 3 cilindros com 2,9 litros.

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nova geração de especializados T4 desdobra-se nas habituais variantes F, N e V, sendo a série constituída por cinco modelos. Parte dos 80 cv e vai até aos 118 cv fornecidos pelo T4.120, que é um novo modelo acrescentado a esta série. O modelo de entrada, o T4.80, é propulsionado por um bloco FPT de 4 cilindros, com 3,4 litros e duas válvulas por cilindro. O sistema de tratamento de gases comporta os elementos DOC+DPF, sendo dispensado o uso de AdBlue. Os restantes modelos albergam sob o capot um bloco FPT, também de 4 cilindros mas com 3,6 litros de capacidade, e quatro válvulas por cilindro. O tratamento de gases é assegurado por um sistema Hi-eSCR2 (DOC+SCRoF) que recorre a AdBlue.

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New Holland T3 com motor Fase V e versão de baixo perfil

Este cumpre agora a norma de emissões da Fase V, contando para tal com um sistema DOC+DPF para pós-tratamento de gases. Quanto ao sistema hidráulico, na geração anterior a opção de maior caudal era de 82 L/min e passa agora para os 100 L/min, o que é uma boa notícia para quem faz uso de alfaias mais exigentes. A evolução faz-se também na cabine. A sua estrutura foi redesenhada, apresenta um piso plano e recebe alterações na instrumentação. Nas versões ROPS, de plataforma, o posto de condução também foi revisto. Apresenta mais espaço, um assento mais largo e comandos retocados.

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Um elemento inalterado nestes tratores produzidos na fábrica da New Holland de Jesi, em Itália, é a transmissão. Esta mantém o escalonamento de 4 relações e 4 gamas, com inversor eletro-hidráulico em opção. A nível de conforto, a suspensão no eixo dianteiro faz igualmente parte da lista de equipamentos extra. Já a estética segue um rumo algo inesperado, com destaque para os pesos dianteiros, a assumirem um formato invulgar mas com a vantagem de interferirem menos no comprimento total do trator do que os blocos de pesos tradicionais.

A juntar à atualização do elemento propulsor, a New Holland reviu ainda ligeiramente o posto de condução destes tratores que estão disponíveis nas versões de 2 e de 4 rodas motrizes. Uma novidade a assinalar é a estreia de uma nova variante de baixo perfil (LP). Os modelos T3LP (foto ao lado) apresentam maior largura de via do que os fruteiros convencionais T3F, maior altura ao solo e, em simultâneo, uma reduzida altura total. Estão pensados para trabalhar em estufas ou sob a copa das árvores, em culturas instaladas em linhas largas, tais como pomares, olivais e amendoais.

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NOTÍCIAS

PRODUTO

RECOLHA SEMI-AUTÓNOMA DE PEDRAS À SUPERFÍCIE Uma empresa familiar de agricultores americanos desenvolveu um serviço que faz um mapeamento das pedras à superfície numa parcela e procede posteriormente à sua recolha mecanizada. À parte a condução, o sistema funciona de modo autónomo. Em primeiro lugar, um drone sobrevoa a parcela e cria um mapa onde são identificadas as pedras expostas à superfície. De seguida, uma máquina equipada com a ferramenta TerraClear – pode ser um trator com carregador frontal ou qualquer outra máquina com uma pá e três funções hidráulicas – é conduzida ao longo do campo.

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As pedras são então identificadas através de visão artificial e um mecanismo constituído por bandas de borracha, que parece a cabeça de um dinossauro, faz a recolha pedra a pedra para dentro da pá. Permite recolher pedras até 130 kg de peso e um máximo de 400 pedras por hora.

Para já está disponível como um serviço agrícola mas chegará ao mercado em 2022 como um produto para aquisição. O objetivo dos criadores da TerraClear é desenvolver a ferramenta a ponto de a recolha ser feita de modo autónomo, dispensando um operador para guiar e orientar a máquina.

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NOTÍCIAS

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Deutz-Fahr está a atualizar a série 6, tendo começado pelos modelos mais potentes com transmissão de variação contínua. Os 6185, 6205 e 6215 TTV cedem o lugar aos novos 6190, 6210, e 6230 TTV, sendo acrescentado no topo desta série o 6230 TTV HD.

Motor Deutz com manutenção às 1000 horas A propulsão continua a cargo do motor Deutz de 6 cilindros, com 6,1 litros, agora em conformidade com a Fase V de emissões e com um intervalo de manutenção que passa das 500 para as 1000 horas. A faixa de potência máxima coberta por estes modelos vai dos 192 aos 230 cv, o que representa um ligeiro acréscimo face aos antecessores.

Transmissão TTV de 60 km/h Uma alteração significativa aplicada a estes modelos que saem da fábrica de Lauingen, na Alemanha, dá-se ao nível da transmissão. A marca deixa de recorrer à ZF, que fornecia as caixas de variação contínua para esta série, e passa a equipar os 6 TTV com uma caixa proveniente da divisão de transmissões da Claas (CIT), à semelhança do que já acontece com os tratores maiores das séries 7 e 8. “Esta nova transmissão combina em simultâneo potência hidráulica e mecânica de forma a aumentar significativamente a capacidade de tração e paralelamente melhorar a suavidade de operação, aumentando assim a perceção de conforto” afirmou José Luís Mendes, diretor de marketing e vendas da SDF Portugal. Uma particularidade assinalável é que permite alcançar uma velocidade máxima de 60 km/h, e uma velocidade Eco de 50 km/h a um regime em redor das 1500 rpm.

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DEUTZ-FAHR APRIMORA A SÉRIE 6 TTV A estética é a mesma mas as especificações técnicas foram atualizadas. Os novos modelos da série 6 TTV apresentam um acréscimo de potência, um intervalo de manutenção mais alargado, uma nova caixa que alcança os 60 km/h e um reforço estrutural que admite maior carga. E na lista de opcionais também há novidades. Travões de discos externos e monitorização da pressão dos pneus À parte o modelo de entrada, todos os restantes podem ser equipados opcionalmente com travões de discos externos a seco no eixo dianteiro. O sistema de monitorização da pressão dos pneus, com controlos integrados no infocenter Pro, é mais um extra que a Deutz-Fahr disponibiliza, neste caso em parceria com o fabricante PTG.

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Estrutura admite nível superior de carga Retocados a nível estrutural, todos os modelos apresentam agora um limite mais alto de carga máxima admissível: 15.500 kg no modelo de topo e 14.500 kg nos restantes.

Mais uma opção de bomba A bomba hidráulica standard fornece 120 L/min, continua a existir a opção de 160 L/min e, no 6230 TTV é estreada uma alternativa de 210 L/min. A marca disponibiliza para estes modelos três ofertas de préinstalação para carregador frontal.

Cabine e equipamento a bordo No posto de condução, a climatização foi melhorada e o operador passa a dispor de um assento giratório até 23°. Por outro lado, o layout e as funcionalidades do Infocenter Pro, junto ao volante, bem como do monitor principal iMonitor3 foram revistos. Para além das habituais ferramentas tecnológicas, como guiamento RTK ou gestão de cabeceiras, a função Xtend possibilita que se faça a extensão do iMonitor para um outro dispositivo (tablet ou smartphone). Deste modo, o operador fica liberto para fazer ajustes às alfaias a partir do exterior da cabine.

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NOTÍCIAS

PRODUTO Distribuidor PELLENC

SEMEADOR KVERNELAND PARA INSTALAÇÃO SIMULTÂNEA DE DUAS CULTURAS PARA DAR RESPOSTA A NOVAS PRÁTICAS CULTURAIS, A KVERNELAND DESENVOLVEU OS SEMEADORES E-DRILL MAXI PLUS. Em configuração montada, semeiam e aplicam fertilizante numa só passagem e a tremonha pode armazenar dois tipos de sementes que podem ser distribuídas com rácio diferenciado.

GAMA COMPLETA DE MÁQUINAS PARA A VITICULTURA

VINDIMADORAS AUTOMOTRIZES PRÉ-PODADORAS DE PRECISÃO

As práticas de sementeira sob coberto, de duas culturas associadas e de fertilização no momento da sementeira podem agora ser realizadas recorrendo aos semeadores pneumáticos E-DRILL MAXI PLUS, que são uma nova variante dos E-DRILL MAXI apresentados em 2017.

PRÉ-PODADORAS VINDIMADORAS REBOCADAS

DESPAMPANADEIRAS DE FACAS DESFOLHADORAS Os E-DRILL MAXI PLUS podem trabalhar ligados a grades rotativas kverneland das séries H e S, tendo o operador a possibilidade de controlar de forma independente a profundidade da grade e a profundidade do semeador. Desta forma, a profundidade de trabalho da grade não influencia a profundidade a que a semente é colocada. Possuem uma tremonha com capacidade para 2100 litros, podendo esta comportar um único tipo de semente (rácio de 100%) ou então dois tipos de semente ou uma semente e um fertilizante. Neste cenário de aplicação associada, o rácio pode ser ajustado a 60/40 ou 70/30. Equipam com sistema de distribuição de semente ELDOS, capaz de fazer variar a aplicação de semente entre 1 e 400 kg/ hectare e estão disponíveis nas versões de 3m, 3,5m e 4 m de largura de trabalho.

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PRODUTO

NOVO ROLL-BAR 125 DE CÂMARA FIXA DA NEW HOLLAND Sucede à enfardadeira de câmara fixa BR6090, baseandose no seu sistema de câmara de compressão Roll-BarTM. Segundo a New Holland, as novas funcionalidades introduzidas trazem benefícios a nível de desempenho, operacionalidade e durabilidade.

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New Holland apresentou a nova enfardadeira de fardos redondos Roll-Bar 125, de câmara fixa, que tem por base a BR6090. Comporta novas funcionalidades e está disponível em duas versões: alimentador de rotor e cortador de rotor. Uma das funcionalidades mais visíveis é a proteção lateral com novo estilo. A sua estrutura soldada assegura

NOVA GUIA IGUS PARA MOVIMENTOS LINEARES E OSCILANTES

durabilidade, enquanto as dobradiças superiores da porta, a ampla abertura e os suportes dos amortecedores a gás proporcionam fácil acesso aos pontos de manutenção. No interior, possui um espaço para armazenar rolos de reserva. O quadro principal surge modificado e foi acrescentado um amortecedor em ambos os lados, para assegurar um fecho suave. A Roll-Bar 125 apresenta ainda correntes de transmissão com pinos cromados e placas endurecidas, com ciclo de vida mais longo, e novos rolamentos selados para evitar a contaminação por pó. Os modelos de alimentador de rotor passam a ter um inversor hidráulico de rotor com embraiagem de funcionamento livre para um desligar fácil em caso de bloqueio.

O NOVO PROJETO DA IGUS PERMITE O DESLOCAMENTO DE FORMA LINEAR E ROTATIVA DE FORMA SIMULTÂNEA. Com a guia linear/oscilante drylin W, os apoios de braços, tabuleiros ou painéis de comando aplicados em assentos e poltronas, podem ser facilmente ajustados conforme a necessidade do utilizador. O que anteriormente tinha que ser montado separadamente pelo cliente está agora disponível como solução integrada pronta a utilizar. Além disso, os elementos deslizantes em polímeros isentos de lubrificação garantem movimentos silenciosos.

Antonio Carraro apresenta protótipo híbrido O SRX Hybrid resulta de um trabalho em parceria entre a marca e a start-up italiana Ecothea, que se dedica à conceção de protótipos elétricos destinados à agricultura. A EIMA 2021 FOI O PALCO ESCOLHIDO PELA ANTONIO CARRARO PARA APRESENTAR AO PÚBLICO UM PROTÓTIPO DE TRATOR COM PROPULSÃO HÍBRIDA.

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O trator mantém as características de um isodiamétrico de chassis articulado com posto de condução reversível, estando concentradas na driveline. A propulsão é assegurada por um motor

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diesel de 3 cilindros que fornece 55 kW e por um motor elétrico de 20 kW. A relação entre estes dois motores é gerida eletronicamente e a potência total disponibilizada é de 75 kW, o que equivale a 102 cv. Tendo em conta que o motor elétrico fica posicionado entre o motor térmico e a transmissão, esta teve de ser alterada na sua arquitetura, o que resultou numa solução patenteada pela marca. O SRX Hybrid é um ensaio face aos desafios da transição energética e pode funcionar em modo elétrico, o que favorece a utilização em espaços fechados. Ainda não há data para a colocação no mercado.

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NOTÍCIAS

PRODUTO

NEW HOLLAND APRESENTA SACHADOR COM GUIAMENTO POR CÂMARAS A NEW HOLLAND ACABA DE APRESENTAR UM NOVO SACHADOR, DESTINADO À MONDA MECÂNICA DAS CULTURAS, EQUIPADO COM SISTEMA DE CÂMARAS PARA GUIAMENTO NA LINHA. Denominado SRC SmartSteer, este sachador chega à gama de alfaias da New Holland na sequência da aquisição da marca de alfaias Kongskilde em 2017. O SRC SmartSteer é disponibilizado em diferentes versões. A oferta começa numa versão para 8 linhas e termina numa versão para 18 linhas, sendo duas as larguras de chassis disponíveis: 6,70 e 9,90 m. Para garantir a adaptação a culturas tão distintas como a beterraba, o girassol ou o milho, a bitola também varia: 45, 50, 60 e 75 cm são as medidas propostas. A maior inovação está no sistema de guiamento, que é assegurado por câmaras óticas capazes de detetar as diferenças de cor entre o solo e as infestantes. Essa leitura dá ordens a um interface hidráulico que assegura uma progressão de alta precisão ao longo da linha.

Em opção, este sachador pode ser equipado com um sistema de corte de secções, para levantar de forma automática e individual cada elemento do rotor nas cabeceiras e em curvas da parcela. Entre a lista de opcionais propostos encontramos ainda um semeador pneumático compacto destinado a instalar culturas de cobertura. Esta apresentação vem complementar a oferta de sachadores com guiamento mecânico da New Holland, que vão desde as 4 até às 18 linhas.

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TEST DRIVE

ISUZU D-MAX

ISUZU

D-MAX A LEVEZA DO SER NA CONDUÇÃO A nova geração da D-Max exibe um habitáculo e uma linha estética renovados. E outras melhorias menos visíveis. Dispõe de várias ajudas eletrónicas à condução, o chassis e a suspensão traseira foram revistos, e a direção é agora eletricamente assistida. O resultado é uma pick-up que transmite uma sensação de agilidade e muita leveza, a convidar a fazer quilómetros. 64

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Veja estas e outras imagens em flickr.com/abolsamia

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s pick-ups da Isuzu têm uma história com ponto de partida em 1963 e é muito definida por seguidores da marca que repetem a escolha no momento de trocar.

Como evolução da D-Max apresentada em 2017, a mais recente versão ostenta uma revisão estética, em que a face mais visível são as modificações nos faróis e grelha, a quinagem de alguns painéis, como o taipal da caixa de carga, nova palete de cores e a integração do para-choques traseiro como elemento de continuidade da carroçaria. Mais escondidas mas não menos importantes são as melhorias estruturais, que incluem aperfeiçoamentos na suspensão traseira e um reforço do chassis – está mais leve e foi aumentada a sua rigidez longitudinal e torsional.

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ISUZU D-MAX

SAIR DE UMA VALA Quando as duas rodas desencontradas de ambos os eixos perdem pé, o bloqueio do diferencial tira-nos de lá. Desliga-se manualmente ou de forma automática quando a velocidade supera os 30 km/h.

A versão LS

TEST DRIVE TEXTO E FOTOS JOÃO SOBRAL

Constitui a oferta intermédia das D-Max e a versão de entrada na gama de lazer. A oferta é constituída pela gama de trabalho (versões LW e L, com especificações mais básicas) e pela gama de lazer (versões LS e LSE), sendo três as possibilidades de cabine: simples, longa e dupla.

Consumo

7,9 l INFOENTRETENIMENTO Com monitor tátil de 9” incorpora um bom sistema de som e de navegação. É compatível com Apple CarPlay e Android Auto, proporcionando um correto emparelhamento com o telefone.

Consumo misto (urbano/campo/estrada)

As médias de consumo foram obtidas através da instrumentação do veículo. O consumo misto de 7,9 litros corresponde à utilização num total de 800 km caracterizados, em trajetos urbanos, rurais, e em estrada e autoestrada.

8,1 l

Utilização rural

Em percursos fora de estrada, sem carga, o desvio verificado face à média total foi de apenas 0,2 litros.

Motor

Transmissão

É exatamente o mesmo bloco de 1,9 litros apresentado na geração anterior, com turbo de geometria variável e 164 cv de potência. Comum a todas as versões da D-Max, é muito elástico e progressivo em baixa e média rotação. Sem poços.

Num carro em que o condutor pode recorrer a mudanças lentas, pareceunos que a 1ª e a marcha-atrás podiam ser mais longas. Mas, dependendo do tipo de utilização, esta característica pode também ser vista como vantajosa se o objetivo for transportar carga ou rebocar um atrelado com muita regularidade. Quanto às restantes relações, estão muito bem escalonadas. Em 6ª, os 100 km/h são alcançados às 1900 rpm e os 120 km/h às 2100 rpm.

Nota-se que o binário está disponível a baixo e médio regime e que se dá uma quebra quando se sobe muito o ponteiro das rotações. Não é perto da linha vermelha que se retira proveito deste motor e a verdade é também que não faz falta ir para lá.

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A alavanca passa a ter um anel de bloqueio para acionar a marcha-atrás e a tração é ligada num botão de roda. O condutor pode alternar entre os modos 2H e 4H em andamento até aos 100 km/h. Já para acionar o modo 4L (lentas), deve imobilizar a viatura e carregar na embraiagem.

PARA-CHOQUES TRASEIRO É um elemento esteticamente enquadrado na carroçaria e possui degrau de dois patamares.

Direção eletricamente assistida A Isuzu estreia na D-Max uma direção eletricamente assistida. A baixa velocidade é muito leve e vai-se tornando

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ISUZU D-MAX

propositadamente mais pesada à medida que a velocidade aumenta. Em conjunto com uma suspensão que é muito confortável em todas as situações, mesmo em caminhos muito acidentados praticamente não há vibrações ou safanões a serem transferidos da estrada para o volante.

Vivência no habitáculo Está bem insonorizado, apresenta uma estética mais cuidada e é muito espaçoso.

Apreciação Nas D-Max existe apenas uma opção de motor mas em contrapartida a marca oferece uma extensa lista de opcionais, o que inclui uma caixa automática de 6 velocidades em exclusivo para a versão LSE. INSTRUMENTAÇÃO É de fácil leitura e está esteticamente bem conseguida. A área digital é gerida através de teclas no volante.

Nesta versão sem acabamentos em pele, o tablier, o volante e a manete das mudanças são de um plástico lavável e os bancos são de um tecido simples e apropriado a um carro de trabalho. Os dois da frente são aquecidos.

Como na cabine existe espaço de sobra, sobretudo devido à zona dos lugares traseiros sobejamente ampla, dá vontade de trocar algum desse espaço por mais uns centímetros de caixa de carga. Esta apresenta 1435 mm de comprimento mas se tivesse mais 12 a 14 cm daria muito jeito e pouco se perderia na cabine.

Acionamento leve dos interfaces

Muitas vezes é justo dizer que as pick-ups são pesadonas. Mas este adjetivo não se aplica à D-Max de 2021. É exatamente o oposto. Ao longo dos dias em que a utilizámos, e em que amiúde nos deslocámos também noutros carros, alguns bem mais estradistas, com a D-Max por perto todos ficaram repentinamente mais pesados a nível de manuseamento. Em parte isso explica-se devido aos principais interfaces com o condutor – embraiagem, travão e volante – serem de acionamento muito leve e por a D-Max proporcionar uma condução ágil e rápida.

O desalinhamento nos encaixes de alguns plásticos ou a falta de espelho na pala de sol direita são detalhes que podiam ser melhorados. Em contrapartida tem pegas de suporte em todos os lugares e bem posicionadas, bem como vários espaços de arrumação. Para o condutor os ajustes disponíveis (banco, volante e altura do cinto) são abundantes e facilitam o encontro de uma posição de condução ao agrado.

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CONSOLA CENTRAL O sistema de infoentretenimento inclui navegação e uma câmara traseira para ajuda ao estacionamento. É também na consola que estão os comandos da tração e diferencial.

Ajudas ao estacionamento

Nas manobras e estacionamento, a câmara traseira proporciona uma boa ajuda, e tem uma particularidade muito lógica. Quando engrenamos a marcha-atrás, o volume do rádio é automaticamente baixado para que o condutor foque a atenção. Mal a alavanca regressa a neutral, também o rádio volta ao volume em que estava. Adicionalmente, a unidade ensaiada vinha equipada com sensores de estacionamento atrás.

Destacamos o pormenor positivo de a climatização ser controlada através de comandos manuais, a mostrar que quando as coisas já são práticas e funcionam bem não é preciso complicá-las. Os passageiros têm à sua disposição entradas USB atrás e à frente e saídas de ar condicionado também atrás.

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Pormenores

Alguns outros pormenores que apreciámos: o para-choques traseiro inclui dois níveis de degrau e está integrado na carroçaria como um elemento natural do ponto de vista estético; a caixa metálica possui 8 argolas no interior para amarrar a carga; e o limpa para brisas inclui um potenciómetro para personalizar a rapidez de resposta dentro de cada patamar de velocidade das escovas.

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Sem chassis livre

Ao contrário do que acontecia até aqui, esta nova geração não dispõe de viaturas com chassis livre. Se o cliente pretender instalar uma caixa de madeira ou um contentor de frio, tem de retirar a caixa metálica que vem pré-instalada e a partir daí fazer o carroçamento que pretenda.

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Assistência à manutenção na faixa de rodagem

Esta ajuda pareceu-nos adequada nas autoestradas e vias rápidas. Quando se pisa uma linha, tem-se a sensação de se ter pisado um relevo com 5 cm de altura que a roda não conseguiu subir, a direção dá um ligeiro safanão e regressa-se à trajetória. Mas nas estradas nacionais, com faixas bem mais estreitas, as guinadas de direção tendem a ser mais constantes e incómodas e nessas situações pode ser preferível desligar o sistema, o que se faz através de uma tecla no volante.

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Aviso de colisão e travagem autónoma de emergência

Gama de alfaias Kubota. Sementeira

Tratamento das culturas Soluções eletrónicas Equipamento para alimentação do gado Equipamento forrageiro

No decorrer do nosso ensaio, este sistema atuou três vezes. Na primeira vez, apanhámos um susto devido ao inesperado da situação. Entrámos numa faixa de desaceleração que tinha em frente, junto ao início da curva de saída para a direita, uma grande placa com o nome das localidades. O sistema sinalizou o risco de colisão com a placa e aplicou os avisos e também a travagem automática. Na mesma sequência de segundos, ao virarmos o volante para seguirmos a trajetória pretendida e tendo a placa saído do campo de visão da câmara, o sistema desativou instantaneamente as ajudas. Numa estrada de terra, uma ramagem e um monte de gravilha, ambos ao início de curvas, fizeram igualmente disparar os alarmes.

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PONTOS PONTOS

Motor progressivo, sem poços

Suspensão suave em todos os pisos

Tecnologia de assistência à condução

Espaço no habitáculo e arrumações

Primeira relação e marcha-atrás muito curtas

Encaixe de alguns plásticos no habitáculo

Não há uma opção de chassis livre, sem caixa metálica instalada

Comprimento da caixa de carga

SISTEMAS DE AJUDA À CONDUÇÃO Não é por acaso que a D-Max atual é a primeira pick-up a ser classificada com a pontuação máxima de 5 estrelas pelo Euro NCAP. Para além dos testes de colisão frontal e lateral, aquele organismo avalia também os sistemas de assistência à condução existentes nos veículos. Destacamos as tecnologias principais que a esse nível equipam a unidade ensaiada, embora a lista de possibilidades oferecida pela marca seja ainda mais extensa.

Assistência em descidas Controla os travões com a finalidade de manter uma velocidade baixa e constante em descidas íngremes. Liga-se através de um botão, sendo acionado apenas se a velocidade for inferior a 30 km/h, se o condutor não estiver a pisar o acelerador e se o bloqueio do diferencial não estiver ligado.

Aviso de colisão dianteira Uma câmara estéreo situada junto ao retrovisor central determina se a viatura está em risco de colidir com um peão, um ciclista, um veículo ou outro obstáculo à sua frente. É emitido um aviso luminoso vermelho junto ao para-brisas, acompanhado de um sinal sonoro.

Assistência ao arranque em subidas Mantém os travões ativados durante dois segundos, para que a pick-up continue imobilizada enquanto o condutor passa o pé do travão para o acelerador.

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Travagem autónoma de emergência Se o condutor não reagir aos avisos, é aplicada uma travagem de emergência.

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Aviso de fadiga Se forem detetados movimentos serpenteantes na condução, são ativados os avisos luminoso e sonoro de alerta.

www.

.com

Assistência à manutenção na faixa de rodagem Num intervalo de velocidade entre 60 e 130 km/h, quando as linhas de marcação da estrada são pisadas ou transpostas, o sistema intervém sobre a direção com o objetivo de manter a viatura na faixa de rodagem.

Espelhos com sensor de ângulo morto Identificam a presença de outros veículos nas laterais. Acende-se uma luz enquanto o veículo estiver dentro da zona de deteção.

Reconhecimento de sinais O sistema reconhece os sinais de trânsito e exibe-os no painel de instrumentos.

Luzes de máximos automáticas O sistema alterna as luzes entre médios e máximos em função da leitura que faz da intensidade dos faróis dos outros veículos e da iluminação da via pública.

MOTOR Fabricante / modelo Nº de Cilindros / cilindrada Potência Binário máximo Nível de emissões

Isuzu 4 / 1.898 cm³ 164 cv 360 Nm Euro 6 D

TRANSMISSÃO Manual

6 velocidades

Velocidade máxima

180 km

DIMENSÕES Comprimento Tara Peso Bruto Ângulo ventral Ângulo de ataque Ângulo de saída

5265 mm 1985 kg 3100 kg 22,9° 30,5° 24,2°

PNEUS Dunlop AT25 GrandTrek

265/60 R18

COMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS PARA AGRICULTURA E ESPAÇOS VERDES Estremoz - Sede Z. Ind. - Apartado 41 T. 268 337 040

Ferreira do Alentejo Z. Ind. - Lote 23 T. 284 739 944

Évora Z. Ind. de Almeirim, R. Artur Silva Barreiros, 7-8 T. 266 701 558

Muge Z. Ind. de Muge, Rua A - Lote 12 A - Nº 34 2125-363 Muge T. 263 151 608 / 263 098 129

Coruche Z. Ind. -Monte Barca, Lt.6 T. 243 678 041 Beja Z. Ind. - Pç. da Cooperação, 10 T. 284 329 278

REPRESENTAÇÕES

Bombel Est. Nac. 4, 42, 7080-303 T. 265 096 102 • Tm. 265 096 101

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Preço No mercado português, a versão testada tem um PVP de 30.325 Eur + IVA. O preço final com IVA e incluindo despesas de transporte e documentação fica nos 38.465 Eur.

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CONCESSIONÁRIO

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por ISABEL MAIA

ISABEL MAIA, Gonçalves por casamento. 38 anos. Abracei o desafio de trazer, para o século XXI, os negócios agrícolas da família que vêm a passar de geração em geração. Estando a construir um estábulo, há um estudo inevitável que tenho de fazer sobre a tecnologia disponível no mercado. É essa partilha que pretendo fazer a cada número de abolsamia. Se quiserem seguir o meu dia-a-dia, podem fazê-lo através do meu blog, em www.agricultoraveterinariaemae.pt , e/ ou respectivas páginas de facebook e Instagram com o nome “Agricultora, Veterinária e Mãe”.

Sistemas de iluminação em vacarias A luz influencia a actividade das espécies pecuárias. Uma luminosidade diurna insuficiente pode prejudicar a produtividade de um efectivo. Por outro lado, demasiadas horas de luz, provocam stress nos animais. As vacas precisam de, pelo menos, 8 horas de descanso. Nas restantes 16 horas do dia, deveriam estar expostas a luminosidades de 150-250 lux (lx), dependendo da bibliografia consultada.

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PRODUÇÃO ANIMAL

Características dos sistemas de iluminação:

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Tipos de lâmpadas

LED. São o padrão actual nas instalações, atendendo aos baixos consumos. Nos estábulos mais antigos, predominam as lâmpadas com o formato tipo régua ou tubular. Normalmente estão presas às asnas, da estrutura do telhado, ou suspensas em cabos de aço, estendidos entre os pilares de suporte do mesmo. Raramente existem em número suficiente para conferir os 150-250 lx necessários aos animais, sem zonas de penumbra. Conferem luz suficiente para nós, humanos, nos orientarmos dentro do estábulo. É frequente existir uma lâmpada isolada que é deixada durante a noite como luz de presença. A nova tendência em iluminação de estábulos são as campânulas. Os preços destas variam consideravelmente entre os 70350€, conforme as características escolhidas. Os pavilhões e armazéns industrias optam quase sempre por este tipo de solução.

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Caixilho de lâmpadas tubulares ou tipo régua da Lely.

Altura da instalação

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A capacidade de expor um animal aos 150-250 lux está intimamente relacionada com a altura de fixação das lâmpadas. Lâmpadas colocadas muito altas podem não garantir a luminosidade necessárias ao nível do animal, apesar de aparentemente iluminarem o chão. Recomendo a procura dessa informação na ficha técnica das lâmpadas pesquisadas. Sendo que estamos a construir os estábulos para bovinos com a recomendação de um pé de alto de, pelo menos, 5 metros para favorecer a ventilação, a altura a que as lâmpadas estão do chão é

considerável. A altura também vai condicionar o diâmetro da área de incidência da luz, logo o número de lâmpadas necessárias para cobrir toda a área do pavilhão sem zonas de penumbra.

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Eficiência das lâmpadas

Nas fichas técnicas das lâmpadas, aparecem quantos lúmens possuem e a sua potência. Para avaliar a eficiência, devemos dividir o número de lúmens pela potência. Quantos mais lúmens existirem por watt, mais eficiente será a lâmpada.

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Número de horas de vida da lâmpada

Algumas lâmpadas são baratas, mas possuem poucas horas de vida esperada, face a algumas mais caras. Por isso, cuidado na avaliação das lâmpadas. Não descure este indicador.

Material da lâmpada (IP)

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A esmagadora maioria das lâmpadas do tipo campânula terá uma classificação IP65, sendo adequadas para serem instaladas profissionalmente num armazém/ pavilhão. No caso dos nossos estábulos, o ambiente tende a ser mais agressivo do que nesses contextos. Por causa disso, a marca dinamarquesa Danish FarmLight possui a única campânula IP69 do mercado, para ambientes corrosivos. Pelo menos, não encontrei mais nenhuma. Todavia, optei por campânulas IP65 para o meu estábulo novo, com estrutura em plástico, para resistir à corrosão. Esse é outro aspecto a ter em conta: o material do corpo da campânula. Existem várias soluções e vários adereços, como as abas das campânulas que direcionam o feixe de luz. Deve-se ter em conta que campânulas sem abas tendem a ter uma área de incidência da luz maior.

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Pavilhão iluminado com luz vermelha.

Cor da luz

As vacas ingerem mais matéria seca em estábulos bem iluminados. Lâmpada do tipo campânula.

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Nas salas de ordenha, é desejável uma luz de cor branco-frio, a qual nas fichas técnicas aparecerá como 5000k, pois facilita a observação do leite e o trabalho dos ordenhadores. No estábulo, podemos optar por uma luz de cor branco-neutro (4000k). Nas 8 horas de descanso dos animais, o estábulo deve estar em escuridão ou com uma luz de presença pouco intensa. Em alternativa, se pretendemos uma abordagem tecnológica de topo, temos a solução mais avançada do mercado que é aquela oferecida pela Lely. Se tivesse de fazer uma candidatura ao PDR 2020 hoje, para construir um estábulo novo, não hesitaria em colocar o sistema de iluminação desta marca. Basicamente estamos perante uma solução que aplica todo o conhecimento científico existente, dando ao produtor um controlo automático da exposição do animal à luz. A solução é personalizada para cada estábulo e imita o ciclo diurno e noturno desejável: 16 horas de luz e 8 horas de descanso. Tenho vindo a evitar

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PRODUÇÃO ANIMAL

Controlador de iluminação Lely

chamar às 8 horas de descanso de 8 horas de escuridão desde o início do artigo e é propositado. Na verdade, não necessitam de ser de escuridão porque o cérebro da vaca, tal como o nosso, interpreta a luz vermelha como escuridão. Assim, nas 8 horas de descanso o pavilhão pode estar iluminado com luz vermelha. Os animais conseguirão descansar na mesma, sem indução de stress, e, nós humanos, conseguiremos caminhar, se for preciso alguma intervenção no pavilhão. Não será necessário acender lâmpadas de luz branca e interromper a “escuridão”. Estas 8 horas de descanso não devem ser interrompidas. A Lely, que não me pagou para escrever isto, tem lâmpadas desenvolvidas especificamente para este propósito que fazem os dois tipos de luz branca-vermelha. Além disso, no estudo de cada estábulo, vão indicar a altura a que devem ser colocadas e em que posição. As lâmpadas que propõem têm mais de 100 000 horas de vida esperada, um record para o qual não encontrei concorrente à altura. O investimento é considerável, mas com os apoios dos fundos comunitários do PDR 2020, tornase bem mais em conta.

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NOTÍCIAS

CRIADA PARA VENCER No final do mês de agosto, no 38º Concurso Nacional da Raça Holstein Frísia que decorreu na AgroSemana, sagrou-se Jovem Grande Campeã Nacional a novilha M&S Jordy Adya, do produtor Miguel Matias, da Sociedade • Desde máquinas adequadas para uso em espaços confinados, Agrícola Matias & Silva. até Oàs indicadas explorações de mais de 1000 animais. sucesso desta novilhapara com 12 meses já era expectável, uma vez que conta • Gama completa caracterizada pela alta manobrabilidade, com uma genética de elite: filha de Jordy excelente Red e Pereirafuncionamento Archrival M&M Arianna e mistura de alimentação rápida e (embrião importado dos Estados Unidos) está desenhado 4 fases, ajustandoexpressar todo o seu potencial genético homogénea, que economiza tempo e em combustível. e neta de MS Doorman Armani. se aos requisitos dos animais em cada e a tornarem-se altas produtoras. Ainda assim, o produtor quis assegurarfase de crescimento, e acompanhando A novilha tornou-se assim uma grande -se de que, ao crescer, este animal tiraria as vitelas e novilhas nos primeiros 24 vencedora e um exemplo dos excecionais o melhor proveito desta genética. Para meses de vida. Com este programa resultados que se pode alcançar aliando isso, contou com a ajuda do programa de é possível recriar vitelas de forma uma genética de excelência à melhor recria Kaliber (De Heus). Este programa económica e eficiente, ajudando-as a nutrição.

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Na bovinicultura, a tecnologia e a ciência andam de mãos dadas. Ao nível da iluminação também. Talvez seja das áreas onde estamos mais atrasados, em termos de implantação nos estábulos. Uma boa iluminação é um factor crucial, na potenciação da produtividade de um efectivo.

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ruminantes outubro . novembro . dezembro 2019

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TECH

ARTIGO TÉCNICO

TEXTO LUIS ALCINO CONCEIÇÃO INSTITUTO POLITÉCNICO DE PORTALEGRE CENTRO DE COMPETÊNCIAS INOVTECHAGRO

CONTRIBUTO DA MECANIZAÇÃO NA REDUÇÃO DA COMPACTAÇÃO DO SOLO

O

s recentes Avisos do PRR no âmbito da Agenda de investigação e Inovação da Agricultura, Alimentação e Agroindústria relativos à iniciativa Emblemática 3 “Mitigação às alterações climáticas”, e Iniciativa Emblemática 4 “Adaptação às

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alterações climáticas” identificam várias linhas de atuação onde os temas relacionados com a “saúde do solo” são alvo de preocupação. Se é verdade que o uso indevido de máquinas agrícolas pode contribuir negativamente para a conservação do solo, também é verdade que são muitas as opções e contributos que a mecanização

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pode dar nesta matéria de modo a prevenir efeitos nefastos de compactação e redução das condições de fertilidade do solo. Este artigo apresenta um resumo de algumas dessas soluções apresentadas em campo na edição do InovMilho organizada em setembro pela ANPROMIS em Coruche.

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ARTIGO TÉCNICO

Compactação do solo

e necessariamente os custos de realização das operações culturais. Podem considerar-se três principais fatores na origem de situações que conduzem a compactação do solo: condição natural do clima e do solo (Figura 2), carga animal e pastoreio intensivo, e a ação resultante da passagem sobre o solo pelas máquinas agrícolas.

Pode entender-se por compactação do solo, o aumento da densidade do solo com a redução da sua porosidade em resultado de ser submetido a um elevado esforço ou a uma pressão contínua reduzindo a circulação do ar e da água. Uma forma expedita in situ de avaliar se um solo apresenta a condição de compacto ou não, é através do uso de um penetrômetro de cone. O método de ensaio consiste na utilização de um equipamento manual para empurrar uma ponta do cone instrumentado para dentro do solo através de uma haste (Figura 1).

Nestas circunstâncias, que soluções podem ser tidas em consideração para a sua mitigação?

O penetrometro mede continuamente a resistência necessária para penetrar no solo a uma velocidade constante de acordo com a força do operador. A força total que atua sobre o cone é chamada de resistência de cone e verifica a qualidade do solo, indicando num mostrador se o resultado obtido confere ou não uma situação de compactação. Entre outras consequências do estado de compactação do solo, encontram-se as situações de dificuldade de mobilização e preparação da cama de sementeira e o seu fácil encharcamento por deficiente condução da água no movimento de infiltração. Em qualquer destas situações agravam-se os tempos

O clima mediterrânico marcado por um período seco e um período frio e húmido conjuga-se com condições de fraca natureza edáfica com 70,2% dos solos nacionais a apresentarem valores médios de Capacidade Troca Catiónica, 70% baixo teor em matéria orgânica e cerca de 83% baixo valor de pH caracterizando-se por solos ácidos

Figura 1. Exemplo de utilização de um penetrometro de cone na avaliação do estado de compactação do solo.

Figura 2.

C.T.C (meq+/100g)

MO (%)

pH

4.2 (>20)

27.5 (>2)

11.8 (>6.5)

Média

70.2 (10-20)

2.2 (1-2)

5.3 (5.5.-6.5)

Baixa

25.2 (<10)

70.4 (<1)

82.9 (<5.5)

Alta

Figura 2. Exemplo de visão geral da localização de dois tratores (em cima), dos parâmetros de desempenho do motor (ao centro) e de uma tabela de códigos de alerta (em baixo) que podem ser observados à distância (plataforma MY PLMConnect). E.N.118 - Km 45 • Apart. 45 2121-901 Salvaterra de Magos Tel. 263 507 022 Tlm. 934 564 165 Fax. 263 507 485 geral@pulvilava.pt www.pulvilava.pt

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TECH

ARTIGO TÉCNICO

EURO/HA, PRESTAÇÃO DE SERVIÇO Mobilização Mobilização Sementeira convencional mínima/linha Direta (1x) Charrua

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-

-

(1 ou 2x) Grade discos/Chísel

80

80

-

Semeador SD

-

-

40

(1x) Rototiller

50

-

-

Semeador

45

45

55

Custo total

217

125

95

Figura 3. Valores comparativos do custo (a valores de mercado) de um itinerário em mobilização convencional, mínima e sementeira direta praticados na região de Elvas.

Itinerários técnicos de agricultura de conservação A opção de itinerários técnicos de agricultura de conservação incluindo técnicas de mobilização na linha e sementeira direta, reduzindo o custo de operação (Figura 3) têm a particularidade de realizar uma ação de mobilização vertical do solo que, inclusive pode ter como mais-valia a descompactação de camadas subsuperficiais do solo; ou a não mobilização do mesmo, respetivamente.

Neste caso, evitam-se o uso de máquinas como grades de discos ou charruas que quando utilizadas vezes repetidas com o mesmo angulo de ataque ou grau de profundidade causam frequentemente o que se designa por calo de lavoura – tanto mais grave quanto mais fora do período de sazão for realizada a operação de mobilização.

Atualmente o uso de semeadores de sementeira direta com controlo dinâmico da pressão das linhas de sementeira por sistemas de automação com atuadores elétricos, electro mecânicos ou pneumáticos, melhorando a performance de distribuição vertical destas máquinas tem ainda a vantagem de otimizar o consumo de combustível necessário à tração destas máquinas (Figura 4).

Exemplo de atuadores pneumático da John Deere (a), óleo dinâmico da AgLeader (b) eletromecânico da Cross slot (c) e misto pneumático e óleo dinâmico da Slyfrance (d) para controlo dinâmico de pressão em linhas de sementeira. Figura 4.

(a)

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(b)

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(c)

(d)

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Escolha do Sistema Pneumático

Figura 6. Sistema VarioGrip da Fendt onde é possível ver o compressor ao centro do trator e as linhas de controlo e enchimento de ar para os rodados do eixo da frente e de trás do trator (https://www. fendt.com/int/ tractors/800vario-variogrip)

O sistema pneumático num veículo agrícola além da sua função de apoio e sustentação do veículo é ainda responsável pela sua direção, locomoção e capacidade de tração. Na sua grande generalidade os veículos agrícolas podem equipar pneumáticos de rasto descontínuo (trator borracheiro) com opção de montagem de rodados gémeos, de rasto contínuo (esteira ou lagarta) ou sistemas mistos de rasto descontínuo num dos eixos e contínuo no outro eixo. As versões com rasto descontínuo que representam a maior percentagem de veículos agrícolas em circulação, podem deixar marcas profundas no solo à sua passagem principalmente quando este se encontra húmido. Para reduzir este efeito a opção de rodados gémeos ou de pneus de baixa pressão através de tecnologia que permite uma grande flexibilidade da zona do flanco do pneu, permite uma utilização com uma pressão mais baixa, aumenta a superfície de contacto com o terreno e melhora a distribuição da carga (Figura 5). Mais recentemente têm surgido propostas tecnológicas como o sistema integrado de

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regulação da pressão dos pneus VarioGrip da Fendt, que adapta mesmo em movimento a pressão dos pneus de 0,6 a 2,5 bar por ação de um compressor duplo refrigerado a água (figura 6). Esta solução tem como objetivo além da redução da compactação do solo, permitir ajustar as condições dos pneumáticos à carga de tração e consumo de combustível. A opção do rasto contínuo (Figura 7) tem como ponto forte a distribuição do peso da máquina por uma superfície maior, o que conduz a uma redução da transferência da massa do conjunto ao solo e consequentemente uma menor taxa de compactação. Outra opção é a dada atualmente por alguns fabricantes de máquinas agrícolas que disponibilizam versões mistas com rasto descontínuo no eixo direcional e rasto contínuo no eixo de tração. Infelizmente o seu maior custo e as limitações de circulação na via pública têm limitado o interesse por esta opção.

Figura 5. O uso de rodados gémeos como proposta por fabricantes de tratores (www.newholland.com) como ou o uso de pneus de baixa pressão (https://www.bkttires.com/pt/pt/agricultura) são soluções para aumento da superfície de contacto com o solo e mas redução do peso ao mesmo em sistemas de pneumáticos descontínuos.

Figura 7. O rasto contínuo e os kits para adaptação em tratores, reboques e máquinas de colheita (smart trax) são outra opção cada vez mais disponível por parte dos fabricantes de máquinas agrícolas.

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Veículos de alta flutuação (ATV) Hoje no mercado de equipamentos agrícolas fazem parte diversos modelos de veículos que pelo seu baixo peso ao solo garantem a sua utilização em condições extremas de traficabilidade do solo, e que por isso se denominam de veículos de alta flutuação ou ATV. Entre eles destacam-se as linhas de produtos de moto quatros de trabalho e os veículos multiusos. Um exemplo da sua utilização prende-se com situações de inverno em que em momentos em que as condições meteorológicas não são as mais favoráveis, mas ainda assim se torna necessário realizar uma distribuição de adubo de cobertura, estes veículos com possibilidade de atrelarem uma máquina de distribuição de adubo conseguem entrar no terreno causando o menor efeito de compactação do solo fruto do seu baixo peso (Figura 8).

Figura 8. Em ensaios realizados na Escola Superior Agrária de Elvas pode comprovarse o interesse de utilização de uma moto quatro comparativamente a um trator convencional numa operação de distribuição de adubo em condições de baixa traficabilidade do solo. Menor área de contacto, menor pressão exercida no solo e consequentemente menor valor de resistência a penetração do solo, foram alguns dos resultados obtidos em favor do uso de um ATV nestas condições.

Tráfego controlado/sistemas de condução apoiados em GNSS Com a generalização das tecnologias associadas à Agricultura de Precisão, generalizou-se também o uso de sistemas de GNSS na agricultura. O recurso a soluções de tráfego controlado com a criação de trilhos de passagem das máquinas nas parcelas de forma a evitar a sua compactação de forma generalizada, é uma alternativa hoje facilitada pelos sistemas de apoio à condução com auxílio de antenas de GNSS, vulgarmente conhecidas por GPS (Figura 9). Com esta tecnologia o operador pode definir guias de passagem e gravar os trajetos para utilização na parcela sempre

que necessitar. Em regra, a definição dos trajetos está relacionada com a largura de trabalho das máquinas utilizadas tentando sempre que possível que as mesmas sejam compatíveis, exemplo: um semeador de 3 m seguido de um distribuidor de adubo de 30 m e um pulverizador com 15 m, permite o delineamento de trilhos com entrelinha de 3 metros. Estes trilhos podem ainda ser usados no momento da colheita por máquinas com largura da frente de corte compatível podendo o transporte para reboques ser feito na entrelinha ou às cabeceiras dos respetivos trilhos.

Em conclusão Pode afirmar-se que apesar das máquinas agrícolas poderem estar na origem da compactação do solo, existem hoje várias opções junto do agricultor que lhe permitem obviar este problema, com vantagem direta sobre os custos de operação e a medio e longo prazo na qualidade das condições de fertilidade do solo. De entre estas destacam-se os itinerários culturais de agricultura de conservação, pneumáticos, uso de ATVs e tecnologias para o controlo de tráfego controlado, nomeadamente as recentes tecnologias GNSS.

Figura 9. Imagem de uma parcela na herdado Pijeiro com tráfego controlado e o respetivo controlador no trator para definição e condução nos trilhos.

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EIMA

FEIRAS

EIMA 2021 REGRESSOU EM FORÇA Os dados oficiais da FederUnacoma e da BolognaFiere revelam que estiveram presentes 270.700 visitantes, 25.900 dos quais vindos do estrangeiro. Uma “prova da força da EIMA”, que estará de volta em novembro de 2022. Decorreu entre 19 e 23 de outubro a feira internacional de maquinaria agrícola realizada em Bolonha, Itália, que contou com 270,700 visitantes, o que representa 85% das visitas da edição anterior, que teve lugar antes da pandemia. “A EIMA quis seguir em frente este ano, apesar da inevitável falta de comparência de expositores e visitantes de alguns países que ainda estão em crise pandémica”, comentou Alessandro Malavolti, presidente da FederUnacoma, associação de fabricantes italianos que organiza o evento. “Os dados provaram que estávamos certos e a edição de 2022 não será para nós a edição do ‘reinício’, mas sim a da ‘reconfirmação’, a consagração de um acontecimento que no ano mais difícil deu uma extraordinária prova de força”, afirmou. A próxima edição está, portanto, marcada para os dias 9 a 13 de novembro de 2022, altura em que a cidade de Bolonha retomará o seu calendário habitual de feiras bienais.

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NA FLORESTA Geosuber cartografa árvores secas Escavadoras Volvo Cabeça processadora para eucalipto

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Encontro com a Floresta

N

o dia 12 de novembro, realizou-se na Quinta do Furadouro em Óbidos, um evento organizado pela Moviter e pela Altri Florestal, e que contou com a presença dos maiores prestadores de serviços da floresta em Portugal. A iniciativa teve como objetivo o reforço do posicionamento da Moviter nos setores da floresta e da biomassa em Portugal. Em destaque esteve a A Seppi m. Península Ibérica, com alguns dos seus equipamentos para a floresta, nomeadamente o triturador Miniforst Pick-up. O evento foi dividido em dois momentos. O período da manhã foi dedicado a apresentações dos vários intervenientes, que abordaram temas como a importância da economia circular no sector florestal, os fundos europeus existentes para a área, ou os equipamentos existentes para uma maior eficiência nos trabalhos de campo, onde se destacaram os vários produtos da Seppi, como o Miniforst Pick-up, o Starsoil, ou a H3. À tarde foram realizadas demonstrações em campo com máquinas da Hitachi.

BMS

H3

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MINI-BMS

1. MIGUEL SILVEIRA administrador da Altri, falou sobre o crescimento da empresa e os projetos para o futuro.

1

2. ARNALDO SAPINHO administrador da Moviter, abordou as valências da Moviter no setor florestal, destacando, entre o vasto portefólio, as escavadoras Hitachi.

2

3. TELMO MARQUES engenheiro da Altri, falou sobre a importância da economia circular, desde a recolha da biomassa até à entrega nas centrais de transformação.

3

4. PEDRO SERRA RAMOS presidente da ANEFA, efetuou uma exposição pormenorizada sobre os fundos europeus e o acesso aos mesmos.

4

5. JOSÉ BRANDARIZ E ÓSCAR AMARAL administrador da Seppi m. Península Ibérica e delegado Seppi m., e Óscar Amaral, responsável comercial Seppi m. em Portugal, fizeram uma apresentação, acerca da história da Seppi, o processo de fabrico, e das mais-valias dos seus equipamentos na recolha da biomassa, na qualidade de apresentação da mesma nas centrais, e no rácio consumo/performance destas máquinas.

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Equipamentos Seppi em destaque no evento MINIFORST Pick-up

MINIFORST

SMWA

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STARSOIL

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FLORESTA

NOTÍCIAS

O

s fenómenos de perda de vitalidade e de morte súbita de árvores em manchas de montado tem vindo a acentuar-se nas últimas décadas. Verificada a seca das árvores, é preciso percorrer o terreno para as identificar, contabilizar e cintar, sendo depois feito um pedido de abate junto do ICNF. Com a ferramenta Geosuber, que resultado de um projeto liderado pela UNAC e que envolve também o ICNF, o ISA e a FCUL, passa a ser possível fazer a cartografia de árvores mortas com recurso a imagens aéreas. O projeto permitiu desenvolver um protótipo que é capaz de cartografar os sobreiros secos à escala da propriedade, fornecendo periodicamente ao gestor florestal informação atualizada.

Algoritmo identifica árvores verdes e árvores secas Na prática, o gestor obtém imagens aéreas da zona a analisar e aplica a essas imagens um algoritmo que vai fazer a identificação das árvores verdes e das árvores secas. A uma escala de pequena propriedade, a obtenção de imagens áreas pode ser feita com um drone. Mas, para áreas mais extensas, ou para áreas de maior

Geosuber desenvolve protótipo para cartografia de árvores secas em zonas de montado O projeto Geosuber recorre a imagens aéreas para identificar zonas com perda de vitalidade do montado. A aplicação de um algoritmo dá origem a dados que facilitam a aplicação de medidas preventivas de gestão. complexidade florestal, com mais densidade e povoamentos mistos, é recomendado o recurso a imagens de satélite, de melhor qualidade, obtidas através dos serviços Sentinel 2 ou Pleiades.

Atuação conservadora por defeito “O algoritmo atua, por defeito, de forma conservadora na identificação de árvores mortas para não se correr o risco de identificar árvores verdes como árvores mortas” explicou Conceição Santos Silva, coordenadora de investigação, demonstração e inovação da UNAC.

Redução de custos até 80% As imagens de satélite de alta resolução têm uma dimensão predefinida e um custo de 0,15 Eur por hectare pelo que a sua aquisição justifica-se sobretudo para manchas florestais extensas.


NOTÍCIAS

FLORESTA

“À escala do proprietário florestal pode não fazer sentido a utilização de uma imagem de satélite de alta resolução, mas à escala de uma associação de produtores florestais, onde a área associada é contínua, a partilha destes custos entre os proprietários pode ser vantajosa, permitindo utilizar estas imagens de melhor qualidade” acrescenta Conceição Santos Silva.

A GAMA MAIS INOVADORA NO SETOR DAS MÁQUINAS FLORESTAIS, BIOMASSA E AGRÍCOLAS

Todavia, não obstante o custo das imagens, a coordenação do Geosuber aponta para uma redução de 80% dos custos operacionais, tendo em conta que a monitorização remota vai dispensar que se percorra toda a propriedade para fazer a identificação e marcação física árvore a árvore.

Apoio à atuação preventiva e localizada Ao identificar zonas com perda de vitalidade, e ao possibilitar a criação de um histórico, com a identificação exacta do local onde as árvores foram abatidas, o Geosuber vai permitir que se faça uma análise evolutiva. Perante esses dados, o gestor pode implementar respostas adaptativas localizadas para tentar inverter a tendência de declínio.

Constrangimentos

ESTILHAÇADORES COM MOTOR A GASOLINA OU A DIESEL TRITURADOR FLORESTAL

ESTILHAÇADORES PARA TRATOR

Para que o algoritmo possa ser aplicado, é necessário fazer uma georreferenciação prévia, que carece de atualização em períodos de 10 anos, ou eventualmente mais longos. E após o processamento automático, os resultados devem ser confirmados através da análise feita por um técnico, para avaliar a qualidade da informação obtida e eventualmente fazer ajustes.

FRESA E TRITURADOR DE PEDRA

TRITURADOR LATERAL

Perspetiva de desburocratização junto do ICNF TRITURADOR LATERAL HIDRÁULICO

A partir de janeiro de 2022 o sistema estará implementado nas organizações de produtores florestais filiadas da UNAC. A equipa de coordenação pretende inventariar anualmente as árvores secas em áreas piloto e aplicar melhorias ao algoritmo de modo a produzir cartografia mais fidedigna. Por agora, a legislação continua a exigir uma marcação física das árvores a abater. Mas, com o desenvolvimento da ferramenta e com a possibilidade futura de fornecer cartografia ao ICNF, perspetiva-se que o Geosuber venha a contribuir para desburocratizar a autorização de abate de sobreiros e azinheiras, o que pode incluir a migração do processo de requerimento de corte para uma plataforma digital.

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FLORESTA

NOTÍCIAS

A

Volvo Construction Equipment (Volvo CE), através das suas equipas da Suécia e da Coreia do Sul, em parceria com a firma finlandesa Norrhydro, desenvolveu uma inovação para o sistema hidráulico das escavadoras que promete ganhos de eficiência energética. Na nova arquitetura do sistema hidráulico, todas as funções da máquina estão ligadas a um armazenamento de energia hidráulica através de um sistema de pressão common rail. O armazenamento, assegurado por quatro acumuladores hidráulicos instalados na traseira da máquina, permite reduzir perdas e converter de modo eficiente a potência hidráulica acumulada em energia disponível para usar quando há uma solicitação de potência. Desta forma, as máquinas podem beneficiar de uma maior

Escavadoras Volvo com maior eficiência eficiência de consumo ou até mesmo serem equipadas com motores mais ligeiros. O mesmo acontece com o sistema de refrigeração, que também pode ser reduzido. A Volvo CE antecipa que esta tecnologia venha a ser aplica em máquinas de produção em série a breve prazo.

Este novo sistema surge no âmbito do programa e-mobility da Volvo, que visa melhorar a eficiência dos seus veículos e reduzir as emissões. manobras de reposicionamento da máquina. Todavia, se a velocidade de avanço subir a cabine regressa automaticamente à sua posição normal.

A MELHOR GAMA COM A MELHOR ASSISTÊNCIA TÉCNICA

EFICÁCIA

SEGURANÇA

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ANOS

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CONFORTO DESEMPENHO

ECONOMIA DURABILIDADE

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Cabeça processadora para eucalipto A Komatsu lançou a nova X164E, desenvolvida especificamente para a colheita de eucalipto. Em substituição da habitual motosserra, o fabricante japonês optou por uma tesoura hidráulica. A principal diferença entre a X164E e as restantes cabeças processadoras da Komatsu é que esta está equipada com uma tesoura hidráulica de grande potência, ao invés de uma motosserra. “Esta solução reduz os custos de manutenção ao mesmo tempo que tem vantagens ao nível da segurança do operador”, referiu Tobias Ettemo, gestor de produto da Komatsu Forest. Outro ponto forte da máquina enfatizado pelos responsáveis da marca é a eficiência do descascamento. “Para minimizar as perdas de tempo, estabelecemos requisitos rígidos para a função de descascamento. Com a Komatsu X164E, a ambição é que pelo menos metade dos caules precisem de apenas uma passagem para garantir um descascamento total do tronco“, afirmou Tobias Ettemo. Além do descasque, a cabeça processadora também tritura a casca, beneficiando assim os níveis de matéria orgânica no solo.Finalmente, a Komatsu X164E pode ser montada numa escavadora ou numa máquina com rodas.

“Todo o desenvolvimento que colocámos na X164E teve como foco principal a redução do custo total de propriedade, que é o que realmente importa no final”, concluiu Ettemo. Em Portugal, a Komatsu é representada pela Cimertex.


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VIANA DO CASTELO - BRAGA

Usados: Case CX80 • Claas Celtis 446 RX • MF 240 2RM • Fendt (2) Farmer 309 LSA c/ cab., 260S DT • Same (2) Delfino 35, Minitauros 60 2RM • Steyr 975 c/ cabina • Reboque forrageiro Juscafresa

Usados: JD 2200 c. front. • Pasquali 441 DT • Agrifull Jolly 50 • Deutz DX3700 DT • Abre regos de 3 bicos • Armador camalhões c/ aplicador plástico C.Magli • Charruas Ribatejo (2) 2 ferros auto., Joper 2 ferros hidra. • Colh. milho 1L (2) Mengele + Pöttinger • Enfard. NH 271 • Fresas usadas várias • Sem. Agrovil 2 linhas mec.

Usados: Deutz-Fahr Agroplus 85 • Unifeed Gilioli 5 m3

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BRAGA - VILA REAL - BRAGANÇA

Usados:Deutz DX3 5005 • Fendt (2) Farmer 411 Vario, 512 Vario • Ford 5610 • Kubota (2) M 8950, L345 DT • Landini S 2-050 • MF (2) 365, 5450 Dyna 4 • Biotriturador Zeppelin ESTRF 30100Z • Charruas: Galucho 3F-13” • Ribatejo 2F-13” • P&G 4F • Mini-giratórias: Yanmar Vio 33 - 24.800€ • Escarificador: Galucho 9F • Pulv.Tomix 300L • Vários distribuidores de adubo

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Usados: Goldoni 40 DT • Landini Trekker 85 rastos • New Holland (5) TN70VA CC, 4835 DT, TN 65, TN75 STD, TK4020 F Rastos • Shibaura SP2540 • Enfardadeiras NH (2) BB940 fardos gigantes, NH 640 fardos redondos

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PORTO - AVEIRO

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AVEIRO - VISEU - GUARDA

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Usados: Fiat 420 • JD (2) 746 • Iseki TE4270 • Landini R 6860 • Charrua Galucho F16 • Enfarda. Pottinger F125 Pro • Rotorfresa 2,60mts. • Motoenxada Honda F501 • Tesoura de poda Pellenc Lixion com carregador, colete e mala de transporte original.

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COIMBRA - LEIRIA

Usados: Ceifeira deb. Claas, Lexion 415 • Trator Claas Arion 460 • Trator John Deere 6920

Usados: Grua florestal Costa G3000 Tratores: Farmtrac 80 4 WD • Ford 1710 • Valmet, 4400 • Iseki 2160 • Daedong T2600 4 WD • Valtra N (Florestal)

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LEIRIA - LISBOA

Usados: • Landini Rex 100F - 18.500€ • McCormick C70 LC - 19.500€ •Trator para peças New Holland TS115A - 6.000€ • Trator para peças Valpadana 3675

Usados: Deutz-Fahr Agrotron 90 • Fendt 209 P • Fiat 55-56 F • McCormick F90 Cab. • Lamborghini F 100 • NH T4 90 • Solis 90 Cab. c/carr. front. • Automotriz Argiles p/ poda e colheita c/ reb. • Krone Gad. reb. 3mts. • Pulv. Rocha reb.1000L

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LISBOA

Usados: (2x) John Deere 5515 V • New Holland Boomer 25

Lugar da Espera, Apartado 30 - 2565-716 Runa

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A nossa gama de pós-venda de peças para tractores abrange uma vasta gama de marcas e modelos, incluindo Massey Ferguson, Valmet/ Valtra, John Deere, Case IH, New Holland, Fiat e muitas mais.

MARCAS EM QUE PODE CONFIAR

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LISBOA - SANTARÉM

Usados: Reboque Galucho 12.000Kg • Rototerras: Maschio S Cobra 2,5m. e 3m. - 5.500€ • Charruas: Galucho (3) 2F-10”900€, 3F-14”, 2F-13” • Escarif. Galucho E7D - 800€ • Espalhador C.Magli plást. micro-granulador • Plantador C.Magli wolf 2 linhas • Pré Podadora Pellenc • Tesoura Electrocoup F3010 - 800€

Usados: Tratores: John Deere 6820 • New Holland TM155 • Fendt 820 • Massey Ferguson 6485 DYNA6 • New Holland TN60A • Same Explorer 80 • John Deere 8345R • Landini 7800 Rastos • Charruas: Kverneland LD85 6 FERROS • Kverneland PB100 • OVLAC SF6 • Galucho 2F 16 • Enfardadeiras: John Deere 578RC • Krone Comprima CF 155XC Xtreme • Pulverizador Rocha ELIT 300LTS c/ turbina.

Usados: Case-IH MXU 125 4WD cab. • Lamborghini 774- 70 N • Lamborg.874-90 DT • McCormick GM 55 4WD c/arco • NH TN75 • (3x) Same Dorado 86, Solaris 35, Explorer 85 T

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SANTARÉM

Usados: JD 1850 4RM • Lamborghini Crono 70 4RM • Landini (2) 550 2RM, Rex 60 4RM • MF (2) 240 2RM, 135 2RM • NH TD 5030

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SANTARÉM - PORTALEGRE - ÉVORA

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ÉVORA

Usados: Tratores: Case-IH JX60 • Claas Ares 836 RZ • Deutz-Fahr Agrotron 1160 TTV - 38.000€ • MF 390 • New Holland TM120 • Same Explorer 80 • Chíseis: Horizont9-11 • Chísel-charrua 9 bicos • Destroçador Serrat 1.80mts • Enfardadeira Krone Big Pack 1270 • Gadanheiras: Vicon 6 discos Extra 428 • G. de pente • G. de discos Krone Easy Cut R 280 • Grades de discos: Galucho GLHR26x26 • Galucho GPR 20x28 • GaluchoGPR 16x28 • Semeador Sicam 6 linhas • Voltafenos: Krone Swadro TS740 Twins • Krone Swadro 42 • Vicon RS/4V

Usados: Usados: Renault 340 Ceres • Máquina de vindimar Alma Selecta 2 rebocável

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ÉVORA - BEJA

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BEJA - FARO - AÇORES - EUROPA

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Usados: John Deere 1950 • Landini 4.95 • Enfardadeiras: JD S440R • Kuhn Bio combinada • McHale S550 • Unifeed Zago 17 m3

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MOMENTOS NEW HOLLAND

Varanda & Cordeiro New Holland TK4.100 entregue ao cliente Humberto Alendouro, em Alfandega da Fé.

Etelgra Vindimadora New Holland 9070L entregue a Agro Faria, Lda. Na foto, esq. p/ dir.: Miguel Faria (operador) e André Reis (Etelgra).

AA Sobralense New Holland TD3.50 entregue à cliente Carla Martins.

AA Sobralense Trator New Holland TD3.50 entregue ao cliente Sr. Manuel Pinto

New Holland T3.60F entregue ao casal Filipe e Maria Irene do Fundão, entrega feira por Paulo Geraldes.

Adelino Lopes Nogueira New Holland T5 115 equipado com carregador frontal e caixa DC aos clientes Arménio Pacheco e seu pai.

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Cameirinha

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Bras & Vasconcelos

Entrega de Trator NH T5.130 Dynamic Command ao cliente Pecbela, Lda de Balazsar, Póvoa de Varzim

Entrega de New Holland T480 R cabinado ao cliente Pé de Limão em Celorico de Basto.

Seac

New Holland T4.110F cabinado entregue ao cliente Sogrape Vinhos da Quinta da Romeira. Na foto: João Rodrigues.

AA Sobralense

New Holland T4.90N CAC com eixo Terraglide entregue à Symington Family Estates, Vinhos SA. Na foto: Equipa de Viticultura Quinta do Vesúvio.

Jopauto

New Holland T4.110F entregue a Filipe Morais. Na foto, esq. p dir.: Leonor, Luís e Filipe Morais e Mário Cananão (Etelgra).

Etelgra

New Holland modelo T4.80N CAC entregue na Quinta de Fafide (colaboradores Miguel e José Manuel).

Jopauto Adelino Lopes Nogueira New Holland T3.80F entregue ao cliente Miguel Nave Amaral (Vale Formoso) por José João Salvado.

Cameirinha New Holland T5.115 DC entregue à Casa Agrícola de Vale de Narizes (Aljustrel). Entregue a Maria Amália Rodrigues da Costa Brito.

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CONCESSIONÁRIOS

HERCULANO

Família Herculano em viagem O FABRICANTE DE OLIVEIRA DE AZEMÉIS VOLTOU A CELEBRAR A SUA JÁ HABITUAL VIAGEM COM COLABORADORES E PARCEIROS, DESTA VEZ AOS AÇORES. A iniciativa, que já se realiza desde o ano 1995 (a primeira viagem foi ao Rio de Janeiro), tem com o objetivo reunir a família Herculano de forma a gerar uma maior proximidade com o cliente e para o compensar do esforço feito durante todo o ano, bem como o cumprimento dos objetivos propostos. Estiveram presentes clientes de todo o país e também de outras partes da Europa, como por exemplo França, Dinamarca e Bélgica. Se para alguns foi a estreia, para outros, que já participam há vários anos, foi oportunidade para relembrar com carinho as histórias de viagens anteriores. O destino escolhido para esta

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edição foram as ilhas de São Miguel e Terceira, nos Açores, de forma a valorizar o que é português e ajudar a economia local, tendo-se realizado entre os dias 31 de outubro e 6 de novembro. Durante a estadia foram realizadas várias excursões, como à Lagoa das Sete cidades, Lagoa do Fogo, Furnas - onde o almoço foi o típico Cozido das Furnas -, ou Parque Terra Nostra, na Ilha de São Miguel, e ,na Terceira, a Praia da Vitória e o Algar do Carvão.

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CONCESSIONÁRIOS

SAMUEL SALGADO

Samuel Salgado inaugura filial em Évora Porque decidiu abrir este novo espaço? Tivemos a oportunidade de aumentar a nossa zona de atuação com a marca Kubota e, estando nós sediados em Beja, concluímos que não seria difícil passarmos a trabalhar também Évora. Significa também a possibilidade de trazermos as nossas outras marcas, como por exemplo a Pellenc, para uma zona onde ainda não estavam representadas. Isto já para não falar, claro, de toda a nossa gama de adubos, sementes e agroquímicos. A “nova agricultura”, com os produtos de baixo resíduo, onde apostámos em sete marcas, é também um projeto que queremos desenvolver aqui.

Há quanto tempo planeava expandir-se para lá de Beja? Sempre tive o pensamento de explorar não só o Baixo, como também o Alto Alentejo. No entanto, existia, e continua a existir, muita dificuldade no que à mão de obra diz respeito. Felizmente, encontrámos a Helena Marcão, uma pessoa com muita experiência na área e que nos pode ajudar neste projeto. Sem pessoas não teria vindo para cá. Além disso, a nossa faturação em Beja tem crescido muito e penso que Évora passará pelo mesmo processo. Este investimento tem por base a crença de que nos próximos anos assistiremos a um crescimento da parte agrícola do distrito de Évora.

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A Samuel Salgado – Produtos Agrícolas, sediada em Beja, inaugurou a sua primeira filial, em Évora. Para assinalar a data foi celebrado um evento na qual estiveram presentes dezenas de parceiros e clientes. Em declarações à abolsamia, o gerente da empresa, Samuel Salgado, explicou os motivos da expansão para o Alto Alentejo.

Considera ter uma oferta adequada às necessidades dos agricultores desta zona? A vantagem de ter uma oferta tão abrangente como a nossa é que permite-nos oferecer uma gama mais completa e uma melhor assessoria ao agricultor. Com a reduzida mão de obra existente no setor agrícola, e também nesta

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zona, a mecanização ganha ainda maior relevância. Na vinha, por exemplo, com as máquinas da Pellenc, pensamos ter uma oferta que encaixará na perfeição nas necessidades dos agricultores do distrito de Évora.

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A OPINIÃO DO CLIENTE “A Samuel Salgado é uma empresa que apresenta uma grande diversidade de soluções para um tipo de agricultura de baixos resíduos, para a agricultura biológica, e que está em sintonia com aquilo que procuro, que é uma agricultura regenerativa”. Francisco Mata, agricultor

NOVAS INSTALAÇÕES Com 550 metros quadrados, as instalações contam com sala de reuniões, refeitório, loja, armazém, oficina, e ainda uma viatura de assistência. Cinco pessoas compõem a equipa da filial eborense: dois mecânicos, dois técnicos comerciais, e um responsável pela loja e peças.

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CONCESSIONÁRIOS

NOTÍCIAS

Rural Antuã celebra 20 anos e tem nova imagem

A empresa de Estarreja aproveitou a efeméride para renovar a sua imagem e recordar o percurso que a trouxe até aos dias de hoje.

O

ano do nascimento oficial da empresa é 2001, mas a verdade é que a experiência acumulada vem desde 1991, quando se iniciou no negócio como Euromad. Em 1999 a empresa muda-se para Estarreja pela facilidade de acessos, capacidade instalada e espaço exterior. Já em 2001, mas ainda como Euromad, com o objetivo de melhorar a resposta às necessidades dos clientes e com novas metas de negócio no horizonte, a empresa passa a sociedade por quotas e altera a sua razão social para Rural Antuã – Comércio de Máquinas Agrícolas, Lda. “Ao longo da nossa existência a equipa sofreu ajustes desafiantes e afinaram-se linhas orientadoras que ajudaram a definir a notoriedade que ostenta atualmente. A melhoria clara na organização interna traduziuse na satisfação geral de todos os parceiros”, afirmou António

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Matos, responsável geral da empresa. “Enquanto existir, a empresa pretende manter alguns valores que considera essenciais: transparência e sinceridade, rapidez e praticidade, rigor e comércio justo e dedicação e disponibilidade”, sintetizou. Desde a venda e reparação de tratores, à venda de equipamento agrícola, material agropecuário e peças de desgaste, a Rural Antuã é concessionário de importantes marcas da área para a zona de Aveiro - Massey Ferguson e Solis. Nos equipamentos é vasta a gama de marcas que o cliente pode procurar - como costuma ser dito pelo responsável geral “o cliente até pode não decidir por nós mas pelo menos que venha, converse e comprove se podemos ou não apresentar a resposta ao que procura.”

Nelson Carrasquinha com as cores de abolsamia no Ironman de Cascais Nelson Carrasquinha, sócio-gerente da Etelgra, de Vendas Novas, realizou a etapa portuguesa do Ironman realizada em Cascais, em 21 de outubro, levando consigo as cores e logótipo da revista abolsamia. Depois da experiência de estreia, em 2018, em Marbella, o triatleta de 41 anos também já participou, em 2019, nas etapas suíça de Rapperswil-Jona e de Cascais. Presença assídua em provas de fundo nacionais, seja na corridas de São Silvestre e em algumas maratonas, as provas de triatlo de longa distância captaram a sua atenção desde 2018.

Vinte anos que significam assim a experiência acumulada, mas também a juventude que revela o futuro que ainda tem pela frente.

A etapa de Cascais do Ironman, parte de um enorme calendário mundial com perto de 50 provas, teve a baía de Cascais como epicentro do evento, sendo o hipódromo o local de transição para os três momentos competitivos.

No fim deste ano comemorativo, sublinha-se a importância da agricultura que não pára e a Rural também não!

A prova de natação, com 3,8 km de distância, realizou-se na baía, iniciando-se o percurso

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de ciclismo, de 180 km, no hipódromo. Com uma volta de 74 km a realizar por duas vezes, os atletas tiveram Belas e Alcântara como extremos do percurso e passagens pelo circuito do Autódromo do Estoril. A finalizar, o percurso de corrida, de três voltas, que perfizeram 42,2 km, teve lugar entre Cascais e a zona da praia do Guincho, terminando no centro da vila, de novo junto à baía. No final, o atleta agradeceu o “apoio incansável” da família, amigos e patrocinadores, destacando a importância do trabalho. “Sempre focado no objetivo final. Após tantos meses de treino, o trabalho compensa sempre e os resultados aparecem”, partilhou.

PARABÉNS NÉLSON!

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EMPILHADORES DE PORTUGAL ALGARVE

CONCESSIONÁRIOS

Dia de portas abertas em Faro A Empilhadores de Portugal Algarve Lda, empresa farense especialista na comercialização e reparação de máquinas e representante das marcas Manitou, New Holland e Doosan, entre outras, celebrou no dia 6 de novembro um dia de portas abertas. Alcides Amorim Duarte, sócio-gerente da empresa, destacou a importância da realização deste tipo de eventos: “O dia de portas abertas serve para mostrar as novidades sobre os produtos, e também para mostrarmos um lado que, por norma, o cliente não conhece. É um dia de convívio em que o foco não é vender mas sim receber o cliente e mostrar as nossas instalações e serviços”, explicou.

PORTAS ABERTAS O evento teve lugar nas infraestruturas da empresa, com cerca de 700 metros quadrados cobertos e uma área de exposição voltada para a nacional 2 com cerca de 1500 metros quadrados.

Fazendo uma retrospetiva do último ano, Alcides Duarte explicou que foi um ano “bastante positivo” ao nível dos resultados mas não escondeu alguma preocupação em relação ao ano que se avizinha: “Estamos muito apreensivos, pois o custo da matéria prima sobe praticamente todos os dias, e os prazos são cada vez mais dilatados”, finalizou.

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CONCESSIONÁRIOS

PEIXOTO & PEIXOTO

Peixoto & Peixoto inaugura filial em Samora Correia A empresa fundada em 1991 e sediada em Amarante, representante de marcas como a Yanmar ou a Ammann, abriu uma nova filial para servir a zona de Lisboa e Vale do Tejo. José Peixoto, presidente do conselho de administração da empresa, espera com este investimento “conseguir uma maior satisfação por parte dos clientes”.

Questionado sobre os motivos que o levaram à abertura de uma filial em Samora Correia (Benavente), José Peixoto explicou que “a empresa há já muitos anos que trabalha a zona da grande Lisboa, e reunimos uma grande carteira de clientes e equipamentos colocados na área, o que nos obriga a ter um apoio mais próximo em termos de assistência e pós-venda. Queremos também aumentar o negócio, tanto de maquinaria, com um stand exterior, como de peças e equipamentos ligeiros, com uma loja”. Já no que se refere aos objetivos da filial para o próximo ano, o presidente do conselho de administração foi perentório. “Estamos apostados num forte aumento das vendas e assistência em toda a área de Lisboa e Vale do Tejo. Tudo faremos para o crescimento e projeção da empresa e das marcas por nós representadas, tais como a Yanmar, a Ammann, a Thwaites e a Kobelco. Esperamos assim conseguir uma maior satisfação dos nossos clientes e convidamos todos eles a fazerem-nos uma visita”, finalizou.

Características das instalações Área exterior de exposição

1500 m2

300 m 250 m2 2

Oficina totalmente equipada

Área comercial interior

Um carro de assistência técnica

Recursos humanos Comercial de maquinaria Responsável administrativo e comercial de peças Técnico de serviço pós-venda. 110

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NOTÍCIAS

CONCESSIONÁRIOS

Agro Reparadora entrega Fendt 211 S Gen3 O empresário agrícola José Ferreira adquiriu o trator para a Sociedade Agrícola Herdade da Turca do Meio.

O empresário agrícola José Ferreira - na foto, com o filho Francisco Ferreira - adquiriu para a Sociedade Agrícola Herdade da Turca do Meio um novo Fendt 211 S Gen3 para utilizar na sua exploração agrícola e em regime de prestação de serviços. Entregue pelo concessionário AgroReparadora juntamente com a Forte Lda, o Fendt 211 S Gen3 é a aposta de José Ferreira para poder efetuar

uma monitorização da mobilização do solo, com base na Agricultura de Precisão. A aposta da Herdade da Turca do Meio no seu 8.º Fendt prova a confiança no trabalho de um trator indicado para todo o tipo de trabalhos agrícolas: recolha da cortiça, apanha da azeitona e da uva ou trabalho na vinha, entre outros.

AJAP

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Associação dos Jovens Agricultores de Portugal

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AFN PRATA

A EMPRESA A.F.N. PRATA E A ASSOCIAÇÃO DESPORTIVA, RECREATIVA E CULTURAL DE VILA VERDE DOS FRANCOS JUNTARAM-SE, COMO JÁ VEM SENDO HÁBITO, NO 3º PASSEIO DE TRATORES. Mais de 140 participantes alinharam, às 9h do dia 24 de outubro, na praça central junto à igreja da vila, num passeio de 20 km. Foram momentos de convívio saudável entre clientes, associados e amigos, com muita diversão e boa disposição que terminou com a foto de grupo, com vista para a Serra de Montejunto. Não faltou o almoço convívio que juntou cerca de 300 pessoas. A revista abolsamia esteve lá e gravou os momentos para o futuro:

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3° Passeio de Tratores de Vila Verde dos Francos

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