abolsamia 139 (dez 2023/fev 2024)

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n° 139 | dezembro 2023/ fevereiro 2024

Sumário 70 TAFE

MERCADOS 6 Portugal: janeiro a outubro 2023 12 A visão dos representantes das marcas 14 Europa: Clima empresarial em recessão profunda

71 Valtra 72 Horsch 74 Monosem 76 Kuhn; Vaderstad; MaschioGaspardo 77 ELHO; Siloking

ENTREVISTA 16 Sean Lennon, Vice‑presidente para Operações comerciais da New Holland na Europa

22 Entrevista a Dário Afonso - DiretorExecutivo da ACM – AutoCoach Management

FEIRAS E EVENTOS 20 Fórum DPAI/ACAP - O próximo Aftermarket

24 Maquicorredora e Sulcate Peças alargam horizontes

26 Jopauto comemora 40 anos 32 Fórum Robótica: robótica made in Portugal para vinhas

AGRITECHNICA 2023

78 BKT 79 Mitas, Alliance; Continental; TRelleborg; OZKA; Petlas

80 CEAT 82 Dieci 83 Granit 84 ADR; TVH Parts; Igus 85 Kramp; GB Ricambi 86 Grimme; Ropa; Dewulf 87 Bredal; Cestari 88 Uniforest; FAE; 89 Tratores com armadura para a floresta

90 KRPAN; Pezzolato 91 Ventura; Stihl

58 Na Agritechnica sustentabilidade foi a palavra de ordem

58 SITEVI 2023

98 Introdução 100 Berthoud 101 Ferrand; Saher 102 Clemens 104 Zeppelin 106 Outras presenças 107 Prémios de Inovação

PRODUTO EM FOCO

34 Blackshire RC 3075:

O cavalo de trabalho robótico chegou a Portugal

38 Encontro Siloking/

Dinamica Generale na Fonte Leite

60 Argo Tractors 61 CASE-IH

BLACKSHIRE RC 3075

62 CLAAS 63 Fendt 64 John Deere 65 Kubota 66 Massey Ferguson 67 New Holland 68 Solis; Lovol; TYM 69 Same Deutz-Fahr

34 4

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ASSINE A

REVISTA

B 40 UV Boosting Helios

Vigne - Uma tecnologia para tornar a vinha mais resistente

42 Viroc: mecanizar

vinhas centenárias

46 kuhn ESPRO 4000R:

mobilização mínima com potência mínima

50 Três opcionais

Herculano para cisternas e reboques

52 Kuhn AUROCK 6000 RC-32 - Semear o futuro

56 VOLVO Máquinas

elétricas: uma opção para a exploração agrícola?

TRACTOR OF THE YEAR 2024 92 Os vencedores 94 CLAAS XERION 12.650

TERRA TRAC é o Trator do Ano 2024

CONCESSIONÁRIOS 113 Regiões 126 Momentos

New Holland

Promoção válida até 31 de janeiro 2024 ou rutura de stock

AGRITECHNICA 2023

OFERTA DO

CALENDÁRIO 2024 Portugal Europa

1 ano (5 revistas)

30€

65€

1 ano (5 revistas + 1 Anuário)

45€

85€

2 anos (10 Revistas)

55€

105€

2 anos (10 Revistas + 2 Anuários)

80€

150€

Anuário

20€

40€

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POR CHEQUE

PT50 0035 0365 0000 1699 8307 7 Envie comprovativo para o email: marketingdigital@revista-abolsamia.com

à ordem de NUGON, LDA e envie para: R. Nelson P. Neves, Loja 1 - 2670-338 Loures - Portugal

Nome Data de nasc.

/

/

Nif.

Morada

Código Postal

SITEVI 2023

Telm. E-mail

Localidade


Portugal O mercado de matrículas de tratores agrícolas chega ao fim de outubro na casa dos 18% negativos face ao período homólogo de 2022, revelando um desagravamento nesta reta final do ano. Embora os níveis de stock continuem a ser elevados, a verdade é que houve fatores a contribuir para um aumento da procura e do investimento. Mesmo que subsistam barreiras como a inflação, as altas taxas de juro e a dificuldade em obter crédito.

E

ntre janeiro e outubro deste ano foram matriculados 4.079 tratores, menos 935 (-18,65%) do que em igual período de 2022 (5.014). No entanto, alguns sinais de desagravamento que já se verificavam em setembro tiveram a sequência prevista em outubro, tal como Arnaldo Caeiro, diretor-geral da SDF Portugal já frisara na rúbrica Mercados do mês anterior. “O mercado vai continuar a recuperar em outubro e perspetiva-se que a quebra possa vir a situar-se nos -15% no balanço de 2023. 2024 será melhor do que este ano e só não terá uma subida mais forte devido aos constrangimentos que ainda afetam os agricultores, nomeadamente a inflação, que se mantém elevada, o preço dos combustíveis e o preço do dinheiro: o custo

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Janeiro a Outubro de 2023

Investimento Top 3 reanima o mercado de matrículas por marca (unidades)

dos financiamentos continua alto e a dificuldade em obter crédito é muito grande”, resumiu. Pese embora as barreiras supramencionadas, há alguns fatores que explicam o aumento da procura e, consequentemente, do investimento, a partir da segunda quinzena de setembro e durante o mês de outubro: o investimento efetuado por alguns agricultores profissionais e grandes prestadores de serviços em função dos bons resultados económicos que tiveram, e igualmente, a maior disponibilidade de água, em função das chuvas que apareceram principalmente em outubro. “As chuvas vieram ajudar bastante pois todos sabemos que esse é também um bom sinal para as culturas do ano seguinte. Apesar da crise, houve boas oportunidades aproveitadas por muitos, agricultores que tiveram bons resultados económicos e decidiram investir já, apesar das taxas de juro

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continuarem elevadas, pois ninguém sabe se irão ou não aumentar no próximo ano. O que nos é transmitido é que se manterão estáveis até meio do próximo ano, mas permanecem num nível alto”, explicou João Pimenta, diretor-geral da Ascendum Agro. O plano de abate que o Governo lançou antes do verão teve impacto no número de matrículas de tratores de potências mais baixas em outubro. Agora, os representantes das marcas com tratores de potências mais elevadas aguardam também pelos Projetos de Capacitação das Empresas, pois, segundo João Pimenta, “são esses que ajudam as empresas a tornaremse mais competitivas”. Contudo, a abertura desses projetos depende da ação do Governo, cujo momento de instabilidade pode atrasar a tomada de decisão. Com a melhoria de aproximadamente 5 pontos percentuais a cada dois meses desde junho, a expetativa

Solis

604

New Holland

487

John Deere

374

agora é que o ano termine com uma quebra inferior a 15% em relação ao ano passado, um resultado que superaria as previsões feitas no início deste ano (que eram de quebra entre 15% e 20%). Recorde-se que 2022 acabou com -2,67% no registo de matrículas em relação a 2021.

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mercados Marcas

4.079 unidades

-18,65%

Exceção feita à LS, Branson e Preet, o cenário de decréscimo em relação às unidades matriculadas em 2022 mantém-se, sendo a Case IH aquela que regista maior quebra (-50%) em relação ao ano transato. Entre os cinco primeiros, só a Solis parece dar indicações de poder vir a terminar o ano com o mesmo número de matriculações de 2022, ainda que também a Deutz-Fahr se encontre perto do registo que tinha no final de outubro do ano passado. A Solis mantém a liderança apesar de registar uma quebra de 10,78%, ainda assim, a menor das seis primeiras marcas. Quanto às quotas de mercado dos cinco primeiros, a Solis melhorou em relação há um ano, a John Deere recuperou em relação aos últimos meses e mantém-se na mesma casa percentual de há um ano, tal como a DeutzFahr. Já New Holland e Kubota caíram neste campo. unid.

unid.

Marca

2023

2022

% Var.

2023

% Mercado 2022

Solis

604

677

-10,78

14,81

13,50

New Holland

487

648

-24,85

11,94

12,92

John Deere

374

469

-20,26

9,17

9,35

Kubota

350

531

-34,09

8,58

10,59

Deutz-Fahr

280

331

-15,41

6,86

6,60

Kioti

224

273

-17,95

5,49

5,44

LS

155

121

28,10

3,80

2,41

Same

153

185

-17,30

3,75

3,69

Farmtrac

138

194

-28,87

3,38

3,87

Lamborghini

133

147

-9,52

3,26

2,93

Landini

112

141

-20,57

2,75

2,81

Valtra

88

138

-36,23

2,16

2,75

Hurlimann

85

116

-26,72

2,08

2,31

M.Ferguson

78

118

-33,90

1,91

2,35

Hinomoto

77

80

-3,75

1,89

1,60

Branson

74

52

42,31

1,81

1,04

Case IH

68

136

-50,00

1,67

2,71

Preet

68

41

65,85

1,67

0,82

Startrac

62

59

5,08

1,52

1,18

McCormick

60

67

-10,45

1,47

1,34

Fendt

56

55

1,82

1,37

1,10

Claas

55

62

-11,29

1,35

1,24

VST

49

56

-12,50

1,20

1,12

Iseki

46

64

-28,13

1,13

1,28

TYM

42

36

16,67

1,03

0,72

E Kubota

38

42

-9,52

0,93

0,84

A. Carraro

31

37

-16,22

0,76

0,74

Lovol

23

27

-14,81

0,56

0,54

Goldoni

18

16

12,50

0,44

0,32

Ferrari

12

22

-45,45

0,29

0,44 1,44

Outros

39

73

-46,58

0,95

Total

4.079

5.014

-18,65

100,00 100,00

Expurgámos os ATV e UTV homologados sob a categoria T e os Telescópicos. | Origem: IMT / Fonte: ACAP

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Portugal

Marcas e modelos mais vendidos, classificados por segmentos de potência Segundo os dados do Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT), a Solis foi a marca que matriculou mais tratores nos primeiros dez meses de 2023 (604) e também a que detém os dois modelos mais vendidos. O destaque da marca indiana este ano tem sido o 26 9+9 M5, o qual teve 277 unidades matriculadas, ou seja, 45,86% do total dos registos da Solis. Contabiliza mais 92 unidades do que o Solis 26 4WD Stage V e supera o Farmtrac 26 4WD, o terceiro da lista, em 159 unidades. Quanto às marcas líderes nos diferentes escalões de potência, a Solis prolongou o domínio <50cv, com 572 tratores matriculados novos, mais 378 do que a Kubota. No escalão 51-120cv, a New Holland ‘disparou’ na frente, chegando aos 368 tratores matriculados, mais 136 do que a principal concorrente Deutz-Fahr. Já nas potências mais elevadas, a John Deere sobressai nos 121-200cv, matriculando bem mais do triplo (134) da Fendt (39). E a marca do veado conseguiu, ao cabo de dez meses, mandar também na potência >200cv: regista 37 tratores matriculados, mais 7 do que a Valtra. Se olharmos para os modelos mais matriculados entre o setor profissional (+100cv) nestes primeiros dez meses do ano, destacam-se um trio da John Deere – 6120M (35 unidades), 6155M (33) e 6140M e 6130M (9) – além do Massey Ferguson 5713M (11). Já no escalão acima de 200cv, o modelo mais matriculado nestes primeiros dez meses do ano foi o John Deere 6R 250 (10).

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<50cv

51120cv

121200cv >200cv Total

Modelo mais vendido da marca

Solis 572 New Holland 87 John Deere 13 Kubota 194 Deutz-Fahr 16 Kioti 148 LS 118 Same 15 Farmtrac 132 Lamborghini 16 Landini 44 Valtra 0 Hurlimann 12 M.Ferguson 13 Hinomoto 64 Branson 64 Case IH 0 Preet 68 Startrac 62 McCormick 25 Fendt 0 Claas 0 VST 49 Iseki 40 TYM 36 E Kubota 38 A. Carraro 19 Lovol 18 Goldoni 10 Ferrari 8 Outros 30 1.911 Total

32 368 190 141 232 76 37 131 6 108 65 24 69 45 13 10 50 0 0 35 6 35 0 6 6 0 12 5 8 4 7 1.721

0 26 134 15 28 0 0 7 0 8 2 34 4 17 0 0 13 0 0 0 39 14 0 0 0 0 0 0 0 0 1 342

Solis 26 9+9 M5 277 T4.75S 42 5100M 61 B 2-261 - Arco 44 05S (DF 3060) 44 TD200B (DK6020N) 65 MT3I (MT 3.35)/MT3R (MT 3.50) 40 Same Frutteto 80 Natural 30 Farmtrac 26 4WD 118 05S (Lamborghini Sprint 60) 27 Landini 2-055 - Arco 23 N175 7 Hurlimann Prince 60 16 MF 5711 M 15 HM255NM - Arco 25 N00SE (Branson 2500) 17 Farmall 75A 18 Avenger 26 37 Startrac 263 4WD 35 McCormick X 2.055 - Arco 13 211 Vario F - Cabina 11 A72 (Arion 420) 8 VST Fieldtrac 927 13 TM 3247 27 T395FM / T475NM 9 E-Kubota EK1-261 4WD 24 TC 5800 F Major 6 M504 - Arco 7 TL (S60) 4 Cromo 35 RS - Arco 3

Marcas

0 6 37 0 4 0 0 0 0 1 1 30 0 3 0 0 5 0 0 0 11 6 0 0 0 0 0 0 0 0 1 105

604 487 374 350 280 224 155 153 138 133 112 88 85 78 77 74 68 68 62 60 56 55 49 46 42 38 31 23 18 12 39 4.079

46,85% 42,19% 8,38% 2,57%

100%

Unid.

Expurgámos os ATV e UTV homologados sob a categoria T e os Telescópicos. Origem: IMT / Fonte: ACAP

Unidades vendidas por escalão de potência Nos segmentos de potência mais vendidos, o cenário é bem diferente daquele que se verificava há um ano. A quebra verifica-se nos três primeiros escalões de potência – no 51-120cv é profunda – e só mesmo no >200cv é que há crescimento: ao fim de dez meses, foi ultrapassado o registo de 90 matriculados em 2022, situando-se agora nos 105, ainda com dois meses de 2023 por apurar. Para justificar este crescimento, importa recuperar a explicação dada por Nuno Inácio, CEO da J. Inácio na edição 137: “Comprar dois tratores de 100cv é hoje mais caro do que comprar um de 200cv. Os

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agricultores têm áreas cada vez maiores, mas a janela temporal de trabalho é a mesma pelo que a palavra-chave de hoje é a velocidade.” Se os números dos tratores <50cv são semelhantes aos de outubro de 2022 (os apoios que surgiram perto do verão levaram o agricultor de fim-desemana a investir e novos apoios são esperados para a reta final deste ano), já a potência 51120cv, que abarca uma parte dos agricultores profissionais, sofre uma forte queda: os 1.721 contrastam e muito com os 2.584 matriculados no fim de outubro do ano passado.

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Portugal -12,0%

Reboques O mercado dos reboques agrícolas regista, no final de outubro, uma quebra de 12% (-165 unidades matriculadas) em relação ao período homólogo do ano passado. A Galucho continua a liderar as matriculações, sendo a única marca a superar a barreira das 300 ao cabo de dez meses do ano (ainda que apresente uma quebra de 10% em relação ao período homólogo de 2022), mas logo atrás surge a Rates, que tem melhorado constantemente os seus números de há um

ano e chega a esta altura com um crescimento de 7% nas matrículas. A Herculano, ainda que se mantenha como a marca com maior quebra em relação há um ano, amenizou a queda – a Reboal apresenta uma percentagem de quebra muito semelhante – e é a Joper quem faz companhia à Rates como únicas do Top 5 a revelarem crescimento. No que diz respeito às quotas de mercado, a Galucho lidera enquanto a Rates ‘trocou de posição’ com a Herculano.

2023

2022

Evol. 23/22

Marca

Total

%

Total

%

Unid.

%

Galucho

305

25,3

339

24,7

-34

-10,0

Rates

229

19,0

214

15,6

15

7,0

Herculano

172

14,3

270

19,7

-98

-36,3

Joper

137

11,4

126

9,2

11

8,7

Massil

116

9,6

134

9,8

-18

-13,4

Reboal

89

7,4

136

9,9

-47

-34,6

Outeiro

55

4,6

42

3,1

13

31,0

Costa

21

1,7

31

2,3

-10

-32,3

Rocha

21

1,7

18

1,3

3

16,7

Outros

61

5,1

61

4,4

0

0,0

Total

1.206

100,0

1.371

100,0

-165

-12,0

Origem: IMT / Fonte: ACAP

ATV’s e UTV’s Numa análise ao mercado de vendas de ATV’s (Veículos todo-oterreno) e UTV’s (Veículos utilitários multitarefas) nos primeiros dez meses de 2023, é a CF Moto quem mais matricula nas duas áreas (lazer e multitarefas). Nos ATV, regista mesmo um crescimento de quase 60% em relação ao período homólogo do ano passado, beneficiando também de uma quebra assinalável da Linhai para poder estar agora na liderança das matriculações. A quota de mercado da CF Moto neste segmento já é a mais alta, com 33,72%. Nos UTV, a CF Moto detém nesta altura do ano maior avanço do que aquele que já tinha para a BRP há

UTV UTV

doze meses mesmo que esta última tenha superado a barreira dos 50% em crescimento: mais 40 veículos matriculados em comparação com os 9 que tinha a mais do que a concorrência no fim de outubro de 2022. No geral, os registos de UTV atingem os 583 no fim de outubro (+28,70% em relação ao período homólogo de 2022), enquanto os ATV registam finalmente crescimento ao cabo de dez meses em 2023: +3,13% em relação ao mesmo período de 2022, embora com números bem diferentes. Os 1.483 matriculados deste ano já superam os 1.438 do ano transato.

Unidades

3,13%

ATV

28,70% %

ATV

% Mercado

Marca

2023

2022

Var.

2023

2022

CF Moto

182

102

78,43

31,22

22,52

BRP

142

93

52,69

24,36

20,53

Polaris

95

59

61,02

16,30

13,02

Segway

68

69

-1,45

11,66

KL

22

15

46,67

Quaddy

22

37

Linhai

20

Corvus Kioti

Unidades

%

% Mercado

Marca

2023

2022

Var.

2023

2022

CF Moto

500

314

59,24

33,72

21,84

Linhai

462

610

-24,26

31,15

42,42

15,23

Segway

256

260

-1,54

17,26

18,08

3,77

3,31

Polaris

134

137

-2,19

9,04

9,53

-40,54

3,77

8,17

12

66,67

3,43

2,65

Quaddy

64

48

33,33

4,32

3,34

15

22

-31,82

2,57

4,86

TGB

33

36

-8,33

2,23

2,50

12

15

-20,00

2,06

3,31

BRP

30

25

20,00

2,02

1,74

3,09

Goes

3

4

-25,00

0,20

0,28

Arctic Cat

1

0

-

0,07

-

John Deere

3

14

-78,57

0,51

MX

2

0

Hisun

0

1

0

14

-

0,22

Kubota

-

0,34 3,09

Hisun

0

4

-

-

0,28

Total

583

453

28,70

100,00

100,00

Total

1483

1438

3,13

100,00

100,00

10

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Europa

Quebra de 16,2% no mercado em Espanha O Registo Oficial de Maquinaria Agrícola (ROMA) de Espanha divulgou os dados relativos ao registo de tratores agrícolas no país nos primeiros dez meses de 2023 e a quebra, em relação ao período homólogo de 2022, situa-se agora nos -16,2%. Foram matriculados 6.987 tratores agrícolas entre 1 de janeiro e 31 de outubro, o que significa uma quebra de 1.350 unidades em relação ao mesmo período do ano passado, segundo os dados fornecidos pelo ROMA. Refira-se ainda que, no país vizinho e segundo os mesmos dados, no acumulado do ano em relação

a 2022 são os tratores e os equipamentos de tratamento fitossanitário (-12,7%) os que apresentam maior quebra. Já contabilizando o universo total de maquinaria agrícola em Espanha entre janeiro e outubro deste ano, os dados são igualmente negativos mas aqui, já de forma totalmente residual: os registos oficiais revelam 25.960 unidades matriculadas, menos 0,30% do que as 26.571 entre janeiro e outubro de 2022.

Registo positivo no Reino Unido Ao contrário de Portugal e Espanha, o registo de matrículas de tratores agrícolas no Reino Unido entre janeiro e outubro de 2023 mantém a tendência de crescimento que marca este ano: aumento de 4,7% (10.709 unidades no total) em relação ao

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período homólogo de 2022. Outubro foi o sexto melhor mês do ano, tendo apresentado um crescimento de 8,6% (em relação ao mesmo mês em 2022) e desde 2016 que não havia um outubro com números tão positivos (1.007 registos) nas matrículas.

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Portugal

A visão dos representantes das marcas Falámos com quatro representantes das marcas acerca do panorama atual no mercado dos tratores, das expectativas para o próximo semestre e sobre a forma como se poderá comportar o mercado em 2024, analisando a evolução por escalões de potência. Com escalas de classificação de “muito desfavorável” a “muito bom” e de “diminua” a “cresça” obtivemos as seguintes opiniões.

Grandes agricultores resolveram investir agora

JOÃO PIMENTA

Diretor-geral da Ascendum Agro

Considera que o negócio de venda de tratores novos está: Desfavorável. Os agricultores retraem-se no investimento, porque o crédito está muito alto. E os apoios do governo para o abate de tratores dão um impulso que compõe os números globais, mas todos sabemos que esse apoio é dirigido à agricultura de subsistência. Esperamos também pelos projetos de capacitação de empresas, pois esses são os apoios que ajudam as empresas a serem mais competitivas. A procura aumentou e houve investimento por parte de grandes agricultores e grandes prestadores de serviços. Além disso, as chuvas criaram maior disponibilidade de água, o que é sempre um bom sinal para a cultura do ano seguinte. Espera que o volume de negócios dentro de 6 meses... Não sofra alterações. Neste caso, deve estabilizar, mas depende muito do timing em que os projetos de capacitação de empresas serão abertos. E isso vai sempre depender do governo. Dada a situação de instabilidade política que vivemos nesta altura, não sabemos se essas decisões serão tomadas no início do ano ou se serão arrastadas para março. Se assim for, só em junho é que veremos uma luz ao fundo do túnel..

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Como prevê que o mercado se comporte em 2024? <26 cv: este segmento representava 21% do mercado total em 2022 e passou a representar 29% do mercado total em 2023, cresceu quase 10%. 2024 espera-se estável. <53 cv: este segmento representava 39% do mercado total em 2022 e passou a representar 47.5% do mercado total em 2023 - decresceu 5%, ou seja, muito menos do que o mercado total. Espera-se 2024 estável. 54-120 cv: este segmento representava 52% do total mercado em 2022 e passou a representar 41% do mercado total em 2023 decresceu 36% e onde se nota mais a crise na agricultura pois trata-se do segmento do trator utilitário que serve o agricultor de pequena e média dimensão. Espera-se ligeira recuperação devido ainda aos efeitos do incentivo ao abate que se irão prolongar pelo próximo ano. 121-200 cv: este segmento representava 7.5% do total mercado em 2022 e passou a representar 8.5% do mercado total em 2023 decresceu 10% mas menos do que o mercado. Ligeira recuperação para 2024 mas só a partir de Junho. >200 cv: este segmento representava 1.5% do mercado em 2022 e passou a representar 2.6% do mercado total em 2023 - cresceu 36%. Este crescimento reflete a mudança de estrutura do setor mais profissional onde se incluem os grandes agricultores e os prestadores de serviços agrícolas, com práticas agrícolas apoiadas em tecnologias de precisão com menos mão de obra e janelas de oportunidade mais apertadas no que ao clima diz respeito. Comentário geral para o ano 2024, e dependendo do desenrolar da conjuntura política, estimamos que só depois de Junho é que haverá recuperação do mercado.

Nos últimos meses aumentou a procura Considera que o negócio de venda de tratores novos está: Satisfatório. Continuamos com o mercado em baixa, bastante abaixo de 2022, contudo nos últimos meses aumentou a procura. Essa agitação deve-se ao programa de abate de tractores e ainda mais importante aos agricultores profissionais que voltaram a investir. Espera que o volume de negócios dentro de 6 meses... Cresça. Prevemos um crescimento de mercado no primeiro semestre de 2024. Devido ao referido programa de abate, por um lado e campanha agrícola razoável em muitas das grandes culturas, por outro lado.

JOÃO BIZARRO

Diretor comercial Tratores New Holland

Como prevê que o mercado se comporte em 2024? <50cv – Baixe, fruto da redução do poder de compra e custo do dinheiro; 51-120cv – Aumente, pela campanha de abate. 121-200cv – Aumente, pelo reinvestimento dos agricultores profissionais; >200cv - Aumente, pelos mesmos motivos.

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mercados

Considera que o negócio de venda detratores novos está: Desfavorável. O mercado acumulado até Outubro 2023 tem uma queda de 18,9% quando comparado com o período homólogo de 2022. Em termos de vendas a generalidade das marcas presentes no mercado português tem quebras significativas no número de unidades vendidas.

Considera que o negócio de venda de tratores novos está: Satisfatório. A John Deere tem vindo a ganhar quota de mercado nos segmentos mais profissionais, acima dos 100 cv, o que em certa medida compensa o esmagamento das margens que se tem vindo a verificar nos últimos anos. Por outro lado, atualmente, não podemos ver o negócio da venda de tratores novos apenas como isso mesmo mas, sim, como um negócio mais amplo, onde se inclui a venda de tecnologia, peças e serviço. Como sabe, a John Deere em Portugal não tem um produto competitivo no segmento abaixo dos 50 cv, pelo que a minha análise dirá respeito apenas aos segmentos superiores a 50 cv.

Esperamos subida significativa em 2024

ARNALDO CAEIRO

Diretor-geral da SDF Portugal

Espera que o volume de negócios dentro de 6 meses... Cresça. O mercado total no mês de Outubro de 2023 teve uma subida de 6,4 % quando comparado com o mesmo mês de 2022. Em Novembro de 2023 esperamos uma subida muito acentuada do mercado total devido aos efeitos positivos da medida de renovação do parque de tratores, e que se deverá prolongar durante grande parte do ano 2024. Como prevê que o mercado se comporte em 2024? <50cv - Subida | 51-120cv -Subida 121-200cv -Subida | >200cv -Subida Para 2024 é esperada uma subida significativa do mercado de tratores. Esta previsão é baseada no número de candidaturas aprovadas na medida de renovação do parque de tratores lançada em Junho/Julho de 2023. Segundo fonte do PDR2020 estão aprovadas 2500 candidaturas. Considerando, no entanto, que a taxa de conclusão não será 100% (na candidatura de 2021 a taxa de conclusão foi 80% das candidaturas aprovadas) existe ainda uma previsão muito positiva do mercado para 2024. Nos segmentos de mercado, as maiores subidas deverão verificar-se nos segmentos 51-120 cv.

Negócio da venda de tratores é cada vez mais amplo

NUNO INÁCIO

CEO J. Inácio

Espera que o volume de negócios dentro de 6 meses... Diminua. Irá diminuir o volume de negócios devido a fatores como forte aumento do preço dos tratores, manutenção de taxas de juro altas durante mais algum tempo e e previsão, segundo o FMI, de redução de 1,5% no crescimento económico para 2024. No entanto, o cenário pode ser atenuado com a execução dos investimentos ligados ao “programa do abate”, a abertura de programas de apoio ao investimento no setor agrícola e ainda o aumento do preço de alguns produtos agrícolas (exemplo: azeite, tomate, etc..). Como prevê que o mercado se comporte em 2024? O mercado menos profissional (até aos 100 cv) continuará a assistir a uma queda, talvez mais ligeira que em 2023, e tal deve-se ao facto de, nestes segmentos, os tratores fazerem menos horas e os agricultores poderem, assim, ir adiando a compra. Por seu lado, nos segmentos mais profissionais (100-150 cv e acima de 150 cv) vejo duas realidades: ligeira quebra ou possível manutenção, devido à correção já sentida em 2023, do mercado 100-150 cv e uma manutenção ou mesmo possível aumento do segmento acima dos 150 cv, onde os agricultores profissionais têm demonstrado uma capacidade enorme, e onde se verifica uma maior concentração das explorações agrícolas.

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Europa Barómetro de negócios da Associação Europeia de Maquinaria Agrícola (CEMA)

Clima empresarial em recessão profunda Novembro de 2023

Mais de metade dos participantes neste inquérito consideram a atividade atual desfavorável e esperam uma diminuição do volume de negócios nos próximos seis meses. Tendo em vista a próxima entrada de encomendas (indicador não considerado no cálculo do índice global do barómetro), apenas 4% dos inquiridos é que espera um aumento no volume de negócios. Entretanto, o índice dos fabricantes de tratores caiu também, para -57 pontos, um dos valores mais baixos da história. Já entre os fabricantes de componentes, verifica-se uma discrepância muito grande entre a avaliação dos negócios atuais: 60% considera que são bons, mas o índice de expectativas para o futuro é muito reduzido. Após ter atingido o pico no início do ano, o volume de encomendas registou recentemente uma redução significativa, correspondendo agora a um período de produção de 3,6 meses, o que é ainda considerado elevado se compararmos com o passado a longo prazo, mas substancialmente inferior a qualquer período dos últimos dois anos. Por fim, em novembro, já menos de 40% dos fabricantes inquiridos tem um volume de pedidos superior a 3 meses, destacando-se aqui uma evolução: há um ano eram 80% e no último verão já eram 60%

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Clima de Negócios

Índice de Desenvolvimento

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O

índice geral do clima empresarial para a indústria de maquinaria agrícola na Europa continua a cair e avança agora para uma zona de recessão profunda. Em setembro, o índice caiu de -32 pontos para -40 pontos (numa escala de -100 a +100).

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CBI=média geométrica de 1) avaliação da situação atual do negócio e 2) expetativa de volume de negócios: Escala do índice de -100 a +100; Índice positivo para 1) maioria dos inquiridos avalia a situação como favorável e vice versa; Índice positivo para 2) maioria dos inquiridos espera nos próximos seis meses um aumento do volume de negócio e vice versa (comparando respetivamente com o nível obtido no ano anterior).

Avaliação atual e expectativas Com base numa pesquisa mensal dentro da indústria europeia de máquinas agrícolas a VDMA executa um inquérito online para o CEMA, com uma cobertura dos principais setores de tratores e equipamentos municipais, a um grupo alvo de 140 gerentes seniores de 9 países. Questão: Consideramos que o negócio atualmente está... 100

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Questão: Esperamos que nos próximos 6 meses o nosso volume de negócios...

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A nossa ambição é ser sempre a marca número um em vendas em Portugal SEAN LENNON, VICE‑PRESIDENTE PARA OPERAÇÕES COMERCIAIS DA NEW HOLLAND NA EUROPA POR SEBASTIÃO MARQUES

Em entrevista à revista abolsamia, o alto responsável da New Holland abordou temas como a produção de tratores de baixa potência na fábrica indiana da marca ou as estratégias para os concessionários conseguirem atrair e reter pessoas mais jovens e qualificadas. Sobre o crescimento do olival e da vinha afirmou: “Em Portugal estão alguns dos clientes mais profissionais que temos a nível mundial. (…) Temos de ter máquinas mais inteligentes que deixem de requerer operadores super-especializados”.

S

ean Lennon, inglês, engenheiro agrónomo de formação, entrou na New Holland em 2002 como técnico de assistência, hoje é vice-presidente a nível europeu. Aproveitámos a sua presença na Agritechnica para o entrevistar sobre a estratégia da marca mas também para conhecermos a sua análise ao mercado agrícola português.

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Analisando segmento a segmento (Compactos, Especializados, Utilitários e Alta potência) como tem visto a adaptação do portfólio de tratores da New Holland às necessidades do mercado português? Sean Lennon – Fazendo uma análise ao nosso portfólio atual nos tratores compactos, penso que estamos bem servidos nas potências mais elevadas desse segmento, mas nos modelos de entrada a nossa oferta não correspondia às necessidades dos clientes. Por isso, no início de novembro, anunciámos a extensão do acordo com o nosso parceiro que passa a incluir o fabrico e montagem de alguns modelos na nossa fábrica na Índia. Isto demonstra não só a

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nossa visão a longo prazo da parceria mas, ao mesmo tempo, permitenos entrar num novo segmento dos tratores compactos, numa linha mais económica que entendemos que não estávamos a cobrir da forma mais apropriada. Foi esse o foco desta nova componente do acordo, que nos permitirá ter uma oferta ainda mais completa. Olhando para o mercado português e para a agricultura em Portugal este será um produto chave que vai ajudar a nossa rede de concessionários. A nossa ambição é ser sempre a marca número um em vendas em Portugal e, para isso, precisávamos de estar neste segmento de outra forma. É um forte sinal para o mercado e para a nossa rede. Se olharmos para os tratores especializados, lançámos nos

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entrevista últimos 18 meses novos produtos, nomeadamente o T4 FS (apresentado em Itália, na Feira de Bari), um trator robusto, mas mais simples e económico. São adições importantes para o mercado português mas no próximo ano podemos esperar mais novidades nesta linha de produto. Passando depois para os utilitários, o segmento da série T5, consideramos estar bem servidos, mas nem por isso deixaremos de apresentar algumas atualizações no futuro próximo. Uma tendência que iremos começar a ver a migrar dos tratores de maior potência para os menos potentes, como os T5 e até menores, é toda a tecnologia de

conectividade, onde assistimos a um aumento da procura deste tipo de serviço pelos clientes frotistas, que querem fazer uma melhor gestão da sua frota, controlando consumos, etc. Finalmente, nos tratores de alta potência, aqui na Agritechnica temos o New Holland T7.340 HD, que esteve presente na Demotour em Portugal já este ano, e que tem obtido um feedback muito positivo. Existe mercado para o T6 e o T7 em Portugal. A nível europeu é um produto em que temos investido bastante em I&D, com especial enfoque na experiência e conforto do operador e nas tecnologias de agricultura de precisão e

Demotour 2023 em Portugal Foi algo que já não fazíamos em Portugal há muito tempo e que nos impressionou pela quantidade de clientes que atraiu. O feedback que obtivemos foi muito positivo. Os clientes reconheceram não apenas a qualidade do produto, mas também a forma como o apresentámos e a relação cliente-concessionário promovida durante o evento. Foi um passo em frente e é algo em que investiremos no futuro. Estar junto dos nossos clientes e da nossa rede de distribuição.

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conectividade. Queremos posicionar-nos no topo deste segmento e aquilo que nos vai sendo transmitido, por exemplo pelos clientes alemães aqui presentes em Hannover, é bastante positivo.

Existe mercado para o T6 e o T7 em Portugal. A nível europeu é um produto em que temos investido bastante em I&D, com especial enfoque na experiência e conforto do operador e nas tecnologias de agricultura de precisão e conectividade.

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Sean Lennon, Vice‑Presidente para Operações Comerciais da NH na Europa Como descreveria o mercado português e como acredita que será a sua evolução nos próximos anos? Nos últimos anos, o mercado de tratores em Portugal tem apresentado um desempenho robusto, especialmente no setor de culturas permanentes, como o olival. A expectativa é que a área dedicada a essas culturas aumente, impulsionando os negócios relacionados. As culturas permanentes são investimentos de longo prazo, e acreditamos que exista alguma estabilidade neste setor. Antecipase um desenvolvimento notável na tecnologia incorporada em máquinas voltadas para culturas especializadas, como a automação em operações de pulverização. Produtores de azeite e vinho, por estarem próximos do cliente final, lideram em práticas ambientais sustentáveis. Isso impactará os concessionários, que precisarão de aprimorar as suas habilidades em tecnologias como mapas de prescrição. Os estímulos estatais para a renovação de tratores também tiveram impacto em determinados segmentos de potência, influenciando as dinâmicas do mercado.

De que forma a rede de concessionários poderá ser impactada por estas alterações, quer na evolução tecnológica dos equipamentos, quer nas exigências dos clientes, e de que forma a New Holland tem vindo a preparar a sua rede? Este ano redesenhámos o nosso programa para a rede de distribuição, o Dealer Standards, com aquilo que consideramos ser a “visão do futuro”. Queremos profissionalizar ainda mais os nossos concessionários para que consigam gerir clientes altamente profissionais. Vemos este tipo de cliente a aumentar por toda a Europa e particularmente nos setores da vinha e do olival. Em Portugal estão alguns dos clientes mais profissionais que temos a nível mundial nestes segmentos. Não somos uma empresa B2C (empresas que vendem soluções diretamente para o cliente final), somos uma empresa B2B (empresas que vendem produtos e serviços para outras empresas) e, por isso, temos de estar sempre de mãos dadas com os nossos concessionários para dar assistência aos clientes.

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Reconhecemos que alguns clientes, pela sua dimensão ou complexidade, necessitam também de um contacto direto com a marca – e aí estamos nós para dar suporte ao nosso concessionário.

A escassez de mão de obra especializada é um dos principais temas no setor em Portugal, afetando diversas empresas nas várias fases da cadeia de produção. Que estratégias podem adotar os concessionários de forma a combater este fenómeno? É, sem dúvida, um dos principais desafios da nossa indústria a nível mundial dos dias de hoje: encontrar técnicos de assistência com o nível necessário. Temos de conseguir atrair e reter pessoas mais jovens para a nossa indústria, ponto. Na New Holland acreditamos que estamos a caminhar no sentido de dotar os nossos concessionários das competências necessárias para que o consigam fazer. Assim, um dos caminhos que incentivamos são os programas de estágio, trazendo as pessoas diretamente da sua fase académica e desenvolvendoas “em casa”, e conquistando a sua lealdade. Nem sempre as questões são sobre dinheiro, mas também sobre as oportunidades de crescimento. Estes jovens que entram, muitas vezes, como mecânicos, são os Responsáveis Comerciais do futuro ou até mesmo os Gerentes destas empresas. Eu compreendo bem esta realidade pois eu próprio entrei em 2002 na CNH como técnico de assistência. Passei o meu tempo a trabalhar no campo, aprendi e desfrutei, e desenvolvi-me até chegar onde estou hoje. O mesmo se passa nos concessionários: quando falamos com os Responsáveis de Oficina, de Vendas, ou do Armazém de peças, muitos deles cresceram nas empresas, passando pelos vários cargos na hierarquia. Ainda que existam algumas semelhanças entre o nosso setor e o automóvel, em determinados aspetos é bastante diferente: aqui precisamos de uma certa dose de paixão pelo negócio, seja no segmento dos tratores especializados – vinhas, oliveiras, pomares -, seja noutros segmentos pecuárias, etc.

Ainda no tema da rede de distribuição: cada vez mais os concessionários têm de estar preparados para vender serviços e não apenas produtos…

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Sean Lennon, entrou para a New Holland em 2002 como técnico de assistência e hoje é vice‑presidente da marca.

No âmbito dos Serviços Conectados estamos focados em preparar os nossos concessionários. Temos a expectativa de vir a encontrar um IntelliCenter, como este que lançámos aqui na Agritechnica, em cada concessionário New Holland nos próximos meses. Para que quando existam veículos conectados eles tenham a ferramenta para acrescentar valor ao cliente. Nomeadamente reduzindo os tempos de paragem e maximizando os tempos de trabalho. Depois dependerá do nível de utilização que os clientes lhes queiram dar: se vão chegar a mapas de prescrição ou se ficarão pelas ferramentas mais “básicas”. Entendemos que o concessionário deve olhar para esta ferramenta como outra que faz parte da oficina, utilizada para dar apoio ao

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entrevista negócio. Não pensamos que deva existir uma só pessoa na empresa sentada à frente do computador a controlar o IntelliCenter mas sim integrar a sua monitorização nas tarefas diárias da equipa, integrando-o no planeamento do resto do dia. Queremos que seja algo que traga eficiência ao dia a dia dos concessionários, seja por prevenir assistências no local que requerem viagens e que se podiam fazer de forma remota, seja porque quando essa assistência no local é necessária já sabem exatamente o que precisam levar, mas que também não requeira ter um recurso especializado sentado todo o dia quando podia estar a fazer outras coisas. Esta é a nossa visão de implementação destes serviços nos concessionários.

Voltando às máquinas, os últimos anos foram bastante bons para a New Holland em Portugal no que a máquinas de colheita diz respeito, nomeadamente para vinha e olival. Que novidades podemos esperar neste âmbito?

Demos um passo muito importante quando lançámos a Braud 11.90X Multi (colhedora que pode ser utilizada em várias culturas permanentes em modo de produção super-intensivo, como olival e amendoal). É o nosso navio-almirante, um porta-estandarte. O nosso foco agora e onde deverão surgir mais novidades, é ao nível da automação. Se olharmos para as nossas ceifeiras-debulhadoras com o seu sistema IntelliSense (sistema que otimiza contínua e automaticamente as definições das sapatas de debulha, separação e limpeza para reduzir a perda de grãos, aumentar a qualidade dos mesmos e reduzir o consumo de combustível), conseguimos ter operadores com níveis de experiência completamente diferentes e obter a mesma performance. É aqui que veremos evolução nas colhedoras de culturas perenes: máquinas mais inteligentes que deixem de requerer operadores superespecializados. Outra das áreas onde poderemos vir a assistir a algumas novidades é ao nível das culturas que poderão ser colhidas. Atualmente somos muito bons a colher uva, azeitona, ou amêndoa, mas

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poderemos começar a introduzir outras como mirtilo, maçãs, citrinos…. Vemos potencial também aqui para uma futura mecanização da colheita.

A terminar, um dos destaques do stand da Agritechnica é um T4 elétrico, fruto da parceria com a Monarch. Que outras soluções podem surgir no futuro, fruto deste acordo? O nosso investimento minoritário na Monarch Tractor (fabricante americano do primeiro trator totalmente elétrico do mundo e tecnologia de tratores autónomos ou com condutor opcional) constitui uma parceria tecnológica. Aquilo que comercializaremos é o que apresentamos aqui na Agritechnica: um trator New Holland com alguma tecnologia Monarch, proveniente da referida parceria. Existe, no futuro, a possibilidade de utilizar esta tecnologia noutros equipamentos que não tratores.

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CMATIC Forum DPAI/ACAP Days - O próximo Aftermarket

Negócio ‘sexy’ só com gestão profissional e mente aberta Diana Ferreira, Alexandra Afonso, Hélder Pedro e Catarina Correia integraram a equipa organizadora do evento

A Associação do Automóvel de Portugal (ACAP) realizou, em novembro, o Fórum ‘O Próximo Aftermarket’ centrado no futuro do pós-venda do setor automóvel e das máquinas agrícolas. No Museu do Oriente, traçaram-se as linhas orientadoras para que as empresas reflitam, mudem – processos e mentalidades – e obtenham sucesso. POR HUGO NEVES

Dário Afonso questionou o painel composto por Miguel Pereira (Raulauto), David Simão (Agro 121), Artur Queirós (Alento) e Vina Martins (Bewell Pt)

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m despertar de consciências para tornar este negócio mais sexy”. O mote para o Fórum: O Próximo Aftermarket – realizado pela ACAP e orientado para o setor automóvel sem esquecer as máquinas agrícolas – foi dado por Dário Afonso, especialista em gestão e orientador-geral de um evento que teve como principal missão dar indicações sobre como as empresas se devem reorganizar e repensar o modelo de negócio

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para terem sucesso no futuro. Entre as tendências identificadas do aftermarket estiveram a sustentabilidade (normas relativas a veículos em fim de vida; a o direito à reparação, o tão falado ‘right to repair’, entre outros); a crescente comercialização de peças usadas, abordando as diferenças entre OEM (peças originais) e IAM (peças de reposição) e a recente subida destas últimas na cadeia de valor; novas diretrizes para pneus; o crescimento e necessidade de adaptação ao digital (data analytics,

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cibersegurança ou o Marketplace foram abordados). Mas emergiu neste Fórum a questão da gestão dos recursos humanos e a forma como deve ser divulgado o negócio automóvel e das máquinas agrícolas aos jovens, para que a captação e a retenção de talento possam tornar-se um sucesso. Neste campo, Artur Moura Queiroz, que trabalha há vários anos na área dos recursos humanos, fez uma reflexão importante. “Os jovens têm de saber o papel que vão desempenhar no próximo

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feiras e eventos

Sair da zona de conforto e dar ‘apport’ nas escolas aftermarket. E saber que há ali uma hipótese de progressão de carreira. A gestão por parte da empresa deve ser mais ágil, mais personalizada de forma a conhecer o real potencial do trabalhador e encaixá-lo nas tarefas onde ele pode dar melhores resultados. Não é o que acontece em boa parte das empresas”, explicou. Já Miguel Pereira, gerente da Raulauto, revelou ações estratégicas que implementou e o respetivo efeito das mesmas. “Entre as que correram mal estão a definição de objetivos coletivos (só estes não motivam as pessoas), liberdade para faltar e compensar (não é cumprido); centralização de poder (bloqueou evolução de quem quer crescer); e a digitalização (vista como um controlo constante ao trabalho). Outras tiveram sucesso como a formação para gestão de pessoas, definição de uma política clara de recursos humanos; criação de objetivos individuais (sem retirar os coletivos); e poucos indicadores-chave de desempenho mas claros e divulgados a toda a equipa”, esclareceu.

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Para Dário Afonso, a forma de pensar do empresário agrícola deve mudar já para que o setor se torne mais atrativo. “Há muitos empresários ainda na zona de conforto: sempre ganharam dinheiro daquela maneira e quem disser que é preciso mudar, é tonto. Mas vai chegar uma altura em que as coisas não podem continuar como estão. Se não fizerem a gestão de pessoas, vai correr mal”, avisou o moderador do Fórum da ACAP. Já David Simão, gestor da Agro 121 e elemento da Comissão Pós-Venda de Máquinas Agrícolas, salientou igualmente a necessidade de captar talento nas escolas: “Temos feito um levantamento a nível nacional, inédito, da oferta formativa de todos os níveis de ensino que possam ter acesso à área técnica, para atrairmos jovens para o setor. Precisamos de tornar esta área mais sexy e reestruturá-la em termos de carreiras para que o jovem saiba que não vai ser caixeiro ou mecânico de 2ª categoria toda a vida, mas, sim, ter progressão na carreira e na aquisição de conhecimento. Devemos dar um ‘apport’ nas escolas de formação para os estudantes adquirirem

Dário Afonso questionou o painel composto por Miguel Pereira (Raulauto), David Simão (Agro 121), Artur Queirós (Alento) e Vina Martins (Bewell Pt) conhecimento na área agrícola.” Lembrando que, ao contrário de outros tempos, hoje “a alma do negócio é comunicar bem uns com os outros”, David Simão reforçou a importância da formação, alargando horizontes neste campo. “Temos de dar formação às nossas equipas e também aos nossos clientes. Para termos uma organização mais eficiente. Não interessa a ninguém no setor que haja desperdício de tempo e de recursos financeiros pelo que se tornarmos as organizações eficientes vamos subir na cadeia de valor e ter cada vez mais os clientes fidelizados”, finalizou.


Entrevista a Dário Afonso

A tendência é reduzir concessionários agrícolas POR HUGO NEVES

principais desafios no setor das máquinas agrícolas era transformar os empresários em gestores. Como é que se tem desenvolvido o processo desde então?

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Diretor-Executivo da ACM – AutoCoach Management foi o orientador-geral do Fórum organizado pela ACAP – O Próximo AfterMarket, evento onde voltou a alertar para a necessidade de os empresários agrícolas se tornarem gestores tanto das empresas como de pessoas. E deu a sua visão sobre o que irá mudar muito em breve no panorama do setor agrícola

Qual o balanço que faz do Fórum da ACAP – O Próximo AfterMarket e que importância teve para os empresários aqui presentes? Dário Afonso – O balanço é manifestamente positivo pela qualidade e quantidade de pessoas presentes, tivemos casa cheia e é a primeira vez que se faz neste modelo. Tivemos aqui fabricantes, distribuidores de peças, concessionários, o setor esteve muito bem representado. O que é importante é que as pessoas, que no dia-a-dia estão tão agarradas ao negócio, possam receber aqui um compacto de informação que, se tudo correr bem, os alerte para o que têm de alterar nas suas organizações.

Em abril, em entrevista a abolsamia, referia que um dos

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O desafio é muito grande porque os mercados o exigem. Até mesmo o mercado das máquinas agrícolas está numa transformação tão grande que os empresários têm de gerir cada vez mais e mudar a forma de pensar o negócio, de forma a antecipar cenários. Vou dar um exemplo: falámos aqui hoje de peças usadas. Eu em 2008/2010, num simpósio organizado pelo Jornal das Oficinas no Estoril, falei pela primeira vez em peças usadas e disse a 600 pessoas que estavam lá: ‘Vocês, distribuidores de peças, um dia vão distribuir peças usadas. Ia sendo triturado no coffee break. ‘Peças usadas, sucatas? Nem lhe fica bem dizer isso…’ Em 2023 a grande maioria, para não dizer todos, está a vender peças usadas, mesmo que alguns não o assumam, mas é perfeitamente normal. Os empresários que estão à frente de concessionários de máquinas agrícolas têm de mudar a forma de gerir o negócio e as pessoas porque a agir como antigamente ninguém vai conseguir captar pessoas, reter pessoas e ter uma nova geração a trabalhar as tecnologias das máquinas agrícolas de hoje.

As marcas têm apostado em programas de estágio para atrair e reter talento. Face ao seu conhecimento do setor automóvel e agrícola, tem resultado? Que outras estratégias há com igual sucesso? Há situações de sucesso e ainda bem, mas não há um fio condutor que sirva para todas as realidades. O importador pode ter uma ideia de como fazer a coisa, mas Mogadouro é diferente de Braga, esta é diferente do Porto, o Porto é diferente do Alentejo… o nosso País é todo diferente. Um dos segredos do sucesso para este processo poderá ser este: existe uma ideia transversal de como se deve fazer, mas depois é preciso adaptar a estratégia localmente.

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Quais são as grandes diferenças que encontra entre o setor automóvel e agrícola? Os fabricantes de automóveis na Europa já desistiram de ter concessionários, têm agentes e o modelo de negócio mudou totalmente. Não estou a dizer que se vai replicar por inteiro nas máquinas agrícolas, mas tenho uma certeza: não vai haver espaço económico para tanto concessionário. A tendência é reduzir concessionários, e os que ficam, aumentam o seu espaço económico, o que levará a fazer algo que será visto como um drama: abrir filiais. Gerir 100 pessoas debaixo do mesmo tecto é bem diferente de gerir 50 em dez pontos diferentes. E a maior parte das organizações não está preparada para isso pois precisa de um chefe em cada filial, a quem deve ser dada autonomia e confiança para abrir e fechar a porta e negociar com o cliente.

Algumas marcas têm vindo a reduzir concessionários em Portugal, dando formação aos gestores do negócio… Dão formação, é verdade, mas há concessionários a lutar contra esse novo modelo de negócio. Serão criadas várias velocidades dentro das organizações e os concessionários que eram pequeninos há uns anos, mas que revelam mais vontade e maior dinâmica, irão crescer, ficando outros que eram grandes pelo caminho porque estagnaram.

Com quem é que os concessionários agrícolas competem ao dia de hoje pelos recursos humanos qualificados? Competem, desde logo, muito entre eles. Veem onde está o bom mecânico do concessionário X e pagam-lhe mais para ele vir para este lado. Isto vai chegar a uma altura em que vamos ter de criar quadros, os próprios importadores terão de fazer esse trabalho. Estes profissionais trazem competências de fábrica e para além de olhar para a formação do concessionário, deve olhar para a formação dos jovens do ponto de vista transversal na área agrícola. Porque esta hoje já não é só máquinas agrícolas: vai desde o drone a uma série de tecnologia fantástica, que pode ajudar a tornar esta indústria sexy, de forma a cativar os jovens a apostar numa carreira nesta área. E o trabalho começa nas escolas, mas estas têm de ser informadas. Agora, todas as escolas estão importadas em ouvir? Não, temos de ser nós a incutir-lhes isso.

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Maquicorredora e Sulcate Peças

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MAQUICORREDORA E SULCATE PEÇAS alargam horizontes

O

evento, que se realizou no passado dia 14 de outubro, na sede da Maquicorredora e da Sulcate Peças, em Vila Viçosa, contou com a presença dos responsáveis de algumas das marcas que Maquicorredora representa, como o Grupo Same-Deutz Fahr ou a Galucho.

As empresas de Vila Viçosa organizaram um dia de portas abertas que juntou cerca de 300 convidados, entre clientes, fornecedores, colaboradores e amigos. Manuela Busca e Inácio Mira, sócios-gerentes da Maquicorredora e da Sulcate Peças.

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POR SEBASTIÃO MARQUES

A Maquicorredora foi formada em 2001 e dedica-se ao comércio e assistência de máquinas e equipamentos para agricultura e construção. Representa desde 2013 os tratores Lamborghini e Same para os distritos de Évora, Portalegre e parte de Beja. Entre as outras representadas estão marcas como a BCS, Galucho, Herculano, Rocha, Joper/Tomix e Herkulis. A Sulcate Peças nasceu em 1995 e dedicase à comercialização de peças. A área de atuação abrange a zona sul do Tejo até ao Algarve e o distrito de Castelo Branco. A Sulcate teve igualmente o privilégio

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feiras e eventos

de ter presentes membros de algumas das suas representadas como Grupo Alves Bandeira e Case Construction. Inácio Mira e Manuela Busca são sóciosgerentes das duas empresas. Numa breve entrevista à revista abolsamia, Inácio Mira revelou a extensão de área comercial para o distrito de Setúbal, onde serão inauguradas novas instalações, bem como o estabelecimento de novas parcerias. “Passaremos a comercializar a marca Deutz-Fahr no distrito de Setúbal, onde iremos abrir brevemente instalações em Águas de Moura/Marateca. Temos também a representação para o Alentejo da marca CORVUS (ATVs e UTVs), bem como de marcas como a Galucho, a Herculano, Rocha, Joper/Tomix, BCS e Herkulis. Na Sulcate Peças, para além da Case Construction e da representação da ITR, estabelecemos uma parceria com o grupo AB (Alves Bandeira) em óleos, combustíveis e derivados.” derivados.”

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Inácio Mira, Arnaldo Caeiro (Diretor Geral da SDF Portugal), e Rui Rico (delegado comercial da SDF Portugal).

Paulo Faustino (diretor de importação da Sulcate Peças) e Inácio Mira (sócio-gerente) com os responsáveis da Alves Bandeira e ITR.

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Jopauto comemora 40 anos

Jopauto comemora 40 anos com dia de portas abertas A empresa de São João da Pesqueira, especializada no setor da maquinaria agrícola para viticultura e fruticultura, assinalou os seus 40 anos de existência com um evento singular, aproveitando um dia de portas abertas para mostrar os seus equipamentos e juntar clientes, fornecedores e parceiros. Foram mais de 350 pessoas que se reuniram na Cooperativa Agrícola de São João da Pesqueira para participar nesta celebração. POR SEBASTIÃO MARQUES FOTOGRAFIA CÁTIA BARBOSA

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Crescer ao sabor do Douro Este encontro inovador assinalou o regresso das portas abertas da Jopauto, tendo o último evento do género sido realizado há quatro anos, em Vila Real, em 2019. Virgílio Lopes, gerente da Jopauto, “abriu” o evento com um breve discurso onde expressou a gratidão da Jopauto para com os responsáveis da Cooperativa Agrícola de São João da Pesqueira, que acolheu o evento, e o Presidente da Câmara Municipal do mesmo Concelho, e o local de origem da empresa. No dia de comemoração dos 40 anos da Jopauto, o gerente relembrou a fundação em 1983, que coincidiu com o início da mecanização do Douro. Virgílio Lopes prosseguiu, agradecendo aos parceiros, especialmente à New Holland, e enfatizou a importância dos clientes. “Acima de tudo, queremos agradecer aos nossos clientes, o verdadeiro motivo para a existência desta empresa”. Virgílio Lopes terminou, recordando a missão da Jopauto. “Esta empresa foi iniciada por mim e pela minha irmã Generosa há 40 anos mas a nossa missão mantém-se inalterada e é isso que passamos às próximas gerações: os melhores equipamentos para os melhores clientes.”

É um orgulho ter uma empresa como esta com sede no nosso Concelho MANUEL ANTÓNIO NATÁRIO CORDEIRO • PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO JOÃO DA PESQUEIRA

“Em nome pessoal e enquanto Presidente do Município é uma honra poder partilhar convosco estes 40 anos da Jopauto. Esta é uma empresa que vai muito além de São João da Pesqueira, tendo uma dimensão nacional. É recorrentemente distinguida como PME Líder, o que atesta o seu desempenho superior. É a sétima maior empresa do Concelho, e está entre as 1000 maiores do distrito de Viseu. É um orgulho ter uma empresa como esta com sede no nosso Concelho.”

Uma referência a nível nacional JOÃO BIZARRO • DIRETOR COMERCIAL DE TRATORES DA NEW HOLLAND PORTUGAL

“É para nós, New Holland, um orgulho trabalhar com empresas que nos garantem continuidade, sobretudo num negócio como o das máquinas agrícolas, que atravessa gerações. Jopauto significa inovação. Este reconhecimento é fruto do seu trabalho contínuo durante 40 anos. Muito obrigado a uma empresa que é uma referência a nível nacional.”

Uma empresa tecnicamente muito avançada BERNHARD GEIER • CEO DA GEIER

“Trabalhamos há um ano com a Jopauto e rapidamente constatámos que é uma empresa tecnicamente muito avançada, e bastante organizada, a quem desejamos as maiores felicidades.”

No caminho certo para fazer a ligação entre a tecnologia e o agricultor PAOLO LEONARDI • RESPONSÁVEL COMERCIAL DA CLEMENS TECHNOLOGIES

“Gostaria de dar os parabéns à Jopauto pelos 40 anos de existência. São excelentes profissionais, conhecem o mercado, e sentimos que estão no caminho certo para fazer a ligação entre a tecnologia e o agricultor. É bom ver o trabalho em equipa das várias gerações da empresa. A Jopauto está preparada para o presente e o futuro. Para nós, Clemens, é um prazer trabalhar com eles.”

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A equipa Jopauto que esteve presente na celebração dos 40 anos.

Jopauto comemora 40 anos

40 anos a descobrir soluções para o agricultor

Daniel Lopes e Generosa Lopes.

“São 40 anos a trabalhar para encontrar soluções para o agricultor. É este o nosso foco”. Foi assim que Daniel Lopes, responsável comercial da Jopauto, iniciou uma análise das últimas quatro décadas e do papel significativo da empresa na evolução da mecanização na região do Douro.

De “imecanizável” aos patamares de duas linhas O Douro foi durante muito tempo, até 1983, praticamente impossível de mecanizar. Com o surgimento do PEDRITM, um programa de reconversão de vinhas velhas nos anos 80 que permitiu a construção dos patamares de duas linhas, foi possível começar a utilizar tratores de lagartas, e é nesta altura que a Jopauto inicia a sua comercialização. Inicialmente com a Fiat, depois com a New Holland. Em 1989, a Jopauto testa a primeira prépodadora no Douro, no Grupo Taylors, numa parceria com a atual Provitis, marca francesa que a Jopauto passou a representar em Portugal até aos dias de hoje. Às pré-podadoras rapidamente se juntaram despontadoras. Outra das inovações introduzidas no Douro em que a empresa teve um papel de destaque foram os pulverizadores com turbinas redondas e, mais tarde, da turbina Cronos da Pulverizadores Rocha. Também nos tratores, a Jopauto foi acompanhando

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as inovações da New Holland, como a introdução do eixo Super Steer e dos tratores cabinados, e dos TCE. A empresa também foi pioneira na venda de tesouras elétricas no Douro, com a marca Infaco. Ainda na década de 90 a Jopauto inicia a comercialização de desladroadores e desfolhadoras. É também nessa altura que a empresa celebra duas parcerias muito importantes, com a Clemens e a Boisselet, empresas especialistas em mobilização de solo na linha e entrelinha. Finalmente, a Jopauto introduz em Portugal a máquina de tirar-vides da Provitis, na Mealhada. Entretanto, tinham sido lançados tratores como o New Holland T3F e o T4F, Stage IV.

Patamares de uma linha e “máquinas à medida” No entretanto, os patamares de duas linhas passaram a patamares de uma

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linha e com esta alteração também a Jopauto foi obrigada a alterar o seu portfólio de produtos. É nessa altura que é estabelecida uma parceria com a Provitis para o desenvolvimento de uma alfaia rotativa multi-implemento. O objetivo era conseguir trabalhar do lado contrário após a viragem na cabeceira, aumentando a eficiência a todos os níveis. “Podemos conectar despontadoras, pré-podadoras, entrecepas, painéis de recuperação de calda descentrados, máquina de ampara, entre outras”, explicou Daniel Lopes. Com a passagem para patamares de uma linha a Jopauto foi também à procura de uma máquina que pudesse trabalhar o talude do lado direito e do lado esquerdo. É nessa altura que surge a parceria com a Campadelli, “uma máquina feita à nossa medida”, congratulou-se o responsável comercial.

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feiras e eventos Patamares superestreitos de uma linha Uma tendência recente e em crescendo no Douro são os patamares de uma linha super-estreitos, que permitem aplicar cerca de 33% mais de videiras por hectare. “Visto que não tínhamos nenhum veículo no portfólio da New Holland que conseguisse trabalhar em larguras de cerca de 1,5m entre linhas, recorremos a um construtor italiano de um porta-alfaias de rastos, a Geier. Pode trabalhar com diversos tipos de implementos, como pulverizadores, entrecepas, ou máquinas de taludes, e pode também comportar uma cabeça de vindima, que deverá ser testada no Douro em 2024”, explicou Daniel Lopes.

Por fim, a Jopauto está prestes a iniciar testes com a tecnologia UVBoosting ainda neste mês de novembro, visando reduzir em 30% o uso de fitofármacos na vinha através da aplicação de radiação UVC.

Parcerias com escolas e universidades A Jopauto estabeleceu parcerias com diversas instituições, como a Food4Sustainability, a ADVID, o CoLAB, a Associação de Estudantes de Enologia, a AVIP e a ATEVA. Em termos de instituições académicas, o foco nos últimos dois anos e para o futuro é o desenvolvimento de projetos em colaboração com

instituições de ensino, incluindo a UTAD, o INESCTEC, a ESPRODOURO, a Escola do Rodo, a EPA – Carvalhais/Mirandela e a Universidade de Évora. O objetivo é chegar a todo o país, proporcionando aos alunos a oportunidade de explorar máquinas tecnologicamente avançadas. Em colaboração com a UTAD, a Jopauto desenvolveu um dispositivo anti capotamento para tratores como parte de um programa europeu. Este dispositivo consiste num estabilizador acionado por um sensor de inclinação, que dispara uma roda estabilizadora quando a inclinação do trator ultrapassa os 20% (em detalhe na nossa edição 137, página 52).

Viticultura sustentável e Agricultura 4.0 Atualmente, a Jopauto tem centrado atenções na viticultura sustentável, investindo em máquinas inovadoras como os rolos da Clemens, que possibilitam o término das culturas de cobertura, mantendo o solo coberto ao longo do ano. As grades de disco para mobilização superficial da Joper para vinha têm sido também um produto em crescimento na região. No que diz respeito à Agricultura 4.0, a empresa destaca-se como a primeira do setor privado a realizar testes de pulverização em vinhas velhas em encosta através de drones. Além disso, a Jopauto foi pioneira em Portugal ao apresentar o Vitibot Bakus, um robot totalmente autónomo e elétrico, que já esteve em operação na Real Companhia Velha.

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Daniel Lopes e Virgílio Lopes.

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Jopauto comemora 40 anos

Desafiar o clima e impressionar Apesar das condições meteorológicas adversas, a Jopauto surpreendeu os presentes ao expor e até demonstrar em campo uma parte dos seus equipamentos durante o evento. Os participantes tiveram a oportunidade de assistir a demonstrações ao vivo de algumas máquinas, destacando-se a estreia em solo português do New Holland T4 N.

Provitis A representada em exclusivo mais antiga da Jopauto, desde 1989, esteve presente no evento com diversos equipamentos.

Clemens Technologies A parceria entre a Clemens e a Jopauto começou em finais dos anos 90. Nos últimos dois anos a Jopauto tem levado a cabo diversas demonstrações por todo o país, do Alentejo ao Douro. Paolo Leonardi, responsável comercial da Clemens Technologies, destaca a importância destas iniciativas. “Foram eventos que nos permitiram adquirir um conhecimento profundo do mercado e das suas necessidades.”

New Holland A New Holland esteve representada com diversos modelos da sua gama na Cooperativa Agrícola de São João da Pesqueira. No entanto, o destaque foi o primeiro exemplar da versão N do T4 a chegar ao nosso país, um trator que estava equipado com quase todos os extras possíveis neste modelo. Esta série T4 está disponível em mais três versões além da N: a V, a F (o modelo 120 da versão F ganhou mesmo a distinção de Melhor Especializado no Trator do Ano 2023), e a LP. A principal novidade face ao anterior T4 é mesmo o motor, um FPT, Stage V, com 3600 cc (tirando o modelo de entrada, 80 cv, que se mantém com 3400 cc) que equipa os modelos de 90, 100, 110 e 120 cv. Em relação ao sistema hidráulico, os T4 N estão equipados com uma bomba de 80 litros/minuto (a anterior era de 64) independente, com funcionamento de centro fechado. A capacidade de elevação do elevador traseiro são 2500kg e a tomada de força passa a ser elétrica. A transmissão pode ser 16x16 ou 32x16. Com um escalonamento de 4 relações, 4 gamas, e dois níveis de powershift, esta caixa 32/16 alcança os 40 km/h. A cabine VisionView é totalmente nova. Em termos de habitabilidade, está mais ampla, o que é uma boa notícia para os operadores de maior estatura.

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feiras e eventos Boisselet

Lipco

A marca francesa de intercepas também teve equipamentos em exposição no evento.

A utilização de painéis de recuperação de calda descentrados nas vinhas do Douro era tida como “impossível”. A Jopauto tem vindo a provar o contrário com os painéis da Lipco.

UV BOOSTING A Jopauto está prestes a iniciar testes com a tecnologia UVBoosting ainda neste mês de novembro, visando reduzir em 30% o uso de fitofármacos na vinha através da aplicação de radiação UVC.

Pulverizadores Rocha A ligação da Jopauto à Pulverizadores Rocha vem da década de 80, e resultou em várias inovações introduzidas no Douro, como os pulverizadores com turbinas redondas e, mais tarde, da turbina Cronos. Em exposição no evento este um Mittos Douro e também pulverizadores da Rocha equipados com o computador WAATIC.

Joper As grades de disco da Joper para vinha têm sido também um produto em crescimento na região do Douro.

Herkulis A empresa portuguesa que representa a FAE teve diversos destroçadores em exposição, para diferentes trabalhos e tratores de diferentes especificações.

Campadelli Com a passagem para patamares de uma linha a Jopauto procurou e encontrou na Campadelli uma máquina que pudesse trabalhar o talude do lado direito e do lado esquerdo.

Geier A introdução de patamares de uma linha superestreita nas vinhas do Douro levou a Jopauto a procurar uma máquina que pudesse trabalhar nestas condições. A resposta foi a Geier, um construtor italiano de um porta-alfaias de rastos. Bernhard Geier, CEO da empresa, explicou as mais-valias dos seus equipamentos. “Trouxemos para este evento duas máquinas, uma 60 TB e uma 64 TSE (cabinada). Estes equipamentos podem ser equipados com uma multitude de alfaias, como pulverizador ou destroçador, e até mesmo pré-podadoras, ou equipamentos de colheita, que poderá vir a trabalhar aqui também. Consideramos que o Douro, tendo em conta as características da vinha, muito similares ao que encontramos nas zonas onde nos iniciámos, norte de Itália e Alemanha, pode ser um bom mercado para as nossas máquinas.”

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Fórum Robótica

Robótica made in Portugal para vinhas No passado dia 26 de outubro, o INESC TEC, nomeadamente o TRIBE - Laboratório de Robótica e IoT para Agricultura e Floresta de Precisão Inteligente, organizou, em conjunto com o Centro Nacional de Competências InovTechAgro, Sogrape e ADVID, um fórum dedicado a soluções de robótica e IoT (Internet of Things) para vinhas. O evento, que decorreu com a apresentação de cinco projetos europeus de investigação e inovação e uma Agenda do PRR no Museu do Douro na Régua, teve o seu momento alto na sessão prática de campo na Quinta do Seixo, concelho de Tabuaço, onde reuniu cerca de uma centena de participantes. POR LUÍS ALCINO, FILIPE SANTOS, ANDRÉ SÁ E TATIANA PINHO *

Os projetos apresentados SCORPION O projeto SCORPION visa a investigação e desenvolvimento de soluções robóticas para a realização de atividades de pulverização de precisão em contexto de vinha de montanha, e com aplicabilidade em contexto de vinhas e olivais em geral. Neste projeto foi desenvolvido um robot, com o nome WETA, com capacidade de realizar pulverização de precisão com recurso a um pulverizador com capacidade de recuperação da calda. Este robot consegue transportar no sistema de recuperação de calda, lâmpadas UVs para tratamento de doenças fúngicas. De acordo com os investigadores presentes, é uma solução dez vezes mais eficiente do que um pulverizador convencional e cerca de cinco vezes mais leve, tendo a capacidade de navegar em vinhas de montanha de forma autónoma e segura.

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VEJA O SITE DO PROJETO SCORPIO

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VEJA O SITE DO PROJETO NOVATERRA

NOVATERRA O projeto NOVATERRA visa a investigação e desenvolvimento de estratégias inovadoras para eliminação ou redução significativa do uso de pesticidas (e produtos fitofarmacêuticos) em vinhas e em olivais. Neste projeto, o INESC TEC e a Sogrape desenvolveram e testaram em situação real uma ferramenta de manutenção de coberto vegetal, que elimina a necessidade da utilização de herbicidas. Esta ferramenta tem o nome de MOWIT e permite realizar de forma autónoma o controlo e manutenção do crescimento da vegetação em vinhas e olivais. A ferramenta MOWIT pode ser acoplada ao robot Modular-E, desenvolvido pelo INESC TEC.

VINE&WINES O projeto NOVATERRA visa a investigação e desenvolvimento de estratégias inovadoras para eliminação ou redução significativa do uso de pesticidas (e produtos fitofarmacêuticos) em vinhas e em olivais. Neste projeto, o INESC TEC e a Sogrape desenvolveram e testaram em situação real uma ferramenta de manutenção de coberto vegetal, que elimina a necessidade da utilização de herbicidas. Esta ferramenta tem o nome de MOWIT e permite realizar de forma autónoma o controlo e manutenção do crescimento da vegetação em vinhas e olivais. A ferramenta MOWIT pode ser acoplada ao robot Modular-E, desenvolvido pelo INESC TEC. VEJA O SITE DO PROJETO VINE&WINES

Robot Modular-E a transportar o Fertilizador Herculano (projeto Vine&Wines) e a ferramenta Mowit (projeto Novaterra).

Robot WETA do projeto SCORPION.

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PRYSM O projeto PRySM ambicionou o desenvolvimento de um pulverizador de precisão, de muito baixo custo, que pudesse ser acoplado a uma plataforma robótica. Neste projeto, o INESC TEC, em conjunto com a Pulverizadores Rocha, desenvolveu um pulverizador de precisão, chamado pulverizador PRYSM, para acoplar ao robot Modular-E. Este pulverizador é totalmente elétrico e consegue ajustar a pulverização de acordo com um mapa de prescrição e de acordo com a área foliar da videira.

Robot Modular-E a transportar o pulverizador PRySM do projeto PRYSM nas vinhas da Sogrape.

VEJA O SITE DO PROJETO DEMETER

DEMETER O DEMETER (https://h2020-demeter.eu/) foi o projeto europeu para a implantação em larga escala de plataformas interoperáveis baseadas em IoT (Internet das Coisas) para o contexto da agricultura. Este projeto contou com 20 pilotos em 18 países (15 países da UE) e envolveu 60 parceiros. O INESC TEC foi responsável pelo piloto português e neste piloto desenvolveu e testou 6 protótipos de IoT. Todos os dispositivos IoT desenvolvidos, como SmartTrap, PhotonSense, CropSign e AgloT4Power, são equipados com smartmodules ou smartphones que possuem capacidades de processamento de edgeIA. Isto permite processar localmente as informações adquiridas (dados brutos) e a própria gestão dos dados pré processados. Em casos em que o modelo de IA apresenta incerteza na estimativa, os dados brutos são enviados para a nuvem para apoiar a reaprendizagem supervisionada por novos modelos edge-IA.

VEJA O SITE DO PROJETO PRYSM

feiras e eventos

Integração da robótica na atividade agrícola, o papel do InovTechAgro A robótica já não é futuro, é uma realidade do presente. A participação do InovTechAgro num dia aberto dedicado à robótica e IoT para vinhas está alinhado com a sua missão, constituindo um contributo significativo para o avanço da adoção de tecnologia agrícola em Portugal e beneficiando tanto a comunidade agrícola, como a indústria como um todo.

humana é um aspeto crucial da adoção responsável e sustentável.

São oito as razões que justificam a aposta e participação do InovTechAgro nesta ação: Disseminação de Conhecimento, Consciencialização e Educação, Experiência Prática, Networking e Colaboração, Feedback e Melhoria, Credibilidade técnica, Promoção de Práticas Sustentáveis, Impacto Económico.

Ao InovTechAgro, enquanto Centro de Competências para a Mecanização, Agricultura de Precisão e Digitalização compete a proposta de implementação de estratégias que garantam o uso de robótica na agricultura, levando em consideração os processos atuais de produção e a mão de obra que lhe está relacionada. Requalificação e treino, sistemas colaborativos, diversificação de tarefas, trabalho temporário e especializado, redes de segurança e regulamentação, adoção gradual, consulta e participação e comunicação e educação são algumas das estratégias a pôr em prática.

É importante reconhecer que a introdução de robótica na agricultura pode levar a resultados positivos, como o aumento da eficiência, redução do trabalho intensivo e capacidade de lidar com a escassez de mão de obra. No entanto, abordar a potencial interrupção da mão de obra

Em balanço final da ação, fica a vontade de todos os envolvidos de reforçar este tipo de iniciativas, contribuindo para a disseminação de conhecimento numa área tão emergente quanto o é em Portugal a robótica agrícola e aproximando todos os que na cadeia de produção estão envolvidos.

* Luís Alcino da Conceição, Professor do Instituto Politécnico de Portalegre Coordenador do Centro Nacional de Competências InovTechAGro.

AGROBOFOOD O agROBOfood (https://agrobofood.eu/) é um projeto Horizonte 2020, que conta com a participação do INESC TEC, e visa criar um ecossistema europeu para a implementação efetiva de tecnologias robóticas no setor agroalimentar, e apoiar as PME a tornaremse mais eficientes e competitivas. O projeto abrange os domínios da robótica, da agricultura, da I&D e dos negócios, através da criação de uma rede sustentável de Digital Innovation Hubs. Esta rede conta já com 49

VEJA O SITE DO PROJETO AGROBOFOOD

DIH e 12 Centros de Competência, inseridos em sete Clusters Regionais na Europa, que apoiarão as empresas no processo de digitalização, interligando diferentes stakeholders. O núcleo principal do projeto é formado por Innovation Experiments, organizadas e monitorizadas pelos DIH. Nos Clusters Regionais, Innovation Experiments iniciais demonstrarão inovações robóticas no setor agroalimentar, de forma a garantir a sua replicabilidade e ampla adoção a nível europeu.

Filipe Santos, Coordenador do TEC4AGRO-FOOD (Iniciativa para o Agro-Alimentar e Floresta) e responsável pelo Laboratório de Robótica e IoT para Agricultura e Floresta de Precisão Inteligente (TRIBE) do INESC TEC. André Sá, Business Developer do TEC4AGRO-FOOD (Iniciativa para o Agro-Alimentar e Floresta) do INESC TEC. Tatiana Pinho, Investigadora Sénior no Laboratório de Robótica e IoT para Agricultura e Floresta de Precisão Inteligente (TRIBE) do INESC TEC.

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Black Shire RC 3075

O CAVALO DE TRABALHO ROBÓTICO CHEGOU A PORTUGAL F A escassez de mão de obra e as janelas de oportunidade cada vez mais curtas para realizar as operações necessárias são problemas transversais na agricultura. David Gomes, prestador de serviços, e António Vilela, agricultor na zona Oeste do país, decidiram procurar uma resposta “diferente” na mecanização das culturas permanentes e apostaram na importação dos robots Black Shire. POR SEBASTIÃO MARQUES

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oi no dia 16 de novembro, em Torres Vedras (Quinta do Infesto), que os cinco robots Black Shire se estrearam perante mais de 30 responsáveis de Casas Agrícolas dedicadas à vinha, pomar e olival. No dia 20, as demonstrações ocorreram em Pegões (Herdade do Contador), e dia 23 na Vidigueira (Casa Relvas). “Queríamos mostrar a máquina em trabalho em diversos contextos agrícolas. Na zona Oeste, pelas pendentes e declives, apesar de não ser o Douro onde a Terrabot quer estar já em 2024. Pegões e Vidigueira por serem áreas maiores e pelas culturas do olival e amendoal”, explicou António Vilela, gerente da Terrabot, a empresa que criou com David Gomes para a representação exclusiva da marca de robots Black Shire para o mercado português.

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A trabalhar juntos, sobretudo em vinha e olival, António e David desenvolveram um conhecimento profundo da realidade do setor. “Sentimos a necessidade do mercado devido à falta de mão de obra e a janelas de oportunidade cada vez mais curtas, e procurámos trazer para Portugal um conceito completamente diferente do que existia, inovador e que marcasse a diferença na mecanização das culturas permanentes”, explicou David Gomes. É assim que, após intensa pesquisa e diversas visitas a feiras surge o contacto com a Black Shire, fabricante do robot com o mesmo nome, do norte de Itália. “Iniciámos os contactos há mais de dois anos, não apenas numa perspetiva comercial, mas também de recolha de conhecimento. Inclusivamente, trouxemos os engenheiros da Blackshire a vinhas, olivais, e amendoais de norte a sul de Portugal. A máquina foi pensada inicialmente para o trabalho em vinha, mas a verdade é que rapidamente se constatou a sua adaptação ao olival, por exemplo”, revelou António Vilela.

Faz o mesmo que um trator, mas sem operador “Todos os trabalhos que um trator faz, este robot pode fazer. Mesmo trabalhar com alfaias descentradas. Pode também trabalhar com alfaias de qualquer marca. A única diferença é que ao invés de a alfaia ser acoplada à tomada de força deve ser instalado um motor elétrico”. A explicação mais curta e direta possível sobre o Black Shire, dada por David Gomes e completada por Roberto

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produto em foco

Conterno, viticultor na zona de Alba (Itália), e dono da marca Black Shire. “Há mais de dez anos que, enquanto viticultor, acreditava que um operador em cima de um trator era pouco rentável, sobretudo quando se fazem trabalhos muito repetitivos. Foi assim que surgiu a ideia de criar uma máquina que trabalhasse sozinha”, explicou. “Estas máquinas não se destinam a eliminar a necessidade de mão de obra, mas sim a reduzir a sua dependência e levar a uma canalização da mesma para tarefas onde esta é, de facto, necessária”, completou David Gomes.

Black Shire RC 3075 O nome do modelo “RC3075” vem de Robot Cingolato (robot de rastos), 30 (por ser a terceira versão desenvolvida), 75 (cavalos), e está disponível em larguras entre os 1350 e os 1750 mm e um comprimento de 2100 mm. O motor equipado é um Kubota de 75 cavalos de 3300 cc, “por ser a potência máxima disponível sem necessidade de AdBlue”, explicou Roberto Conterno. O motor diesel alimenta um gerador elétrico que, por sua vez, aciona os motores elétricos dos rastos, tomada de força, e a bomba de óleo para todos os movimentos em que seja necessário (como braços ou cilindros). “A disponibilidade de potência dos motores elétricos é sempre 100%, o que não acontece num motor a diesel, sobretudo se a transmissão for mecânica”, recordou David Gomes em relação ao binário disponível. O depósito é de 84 litros, mas pode ser aumentado. Com transmissão elétrica, o robot atinge

velocidades de trabalho até 9,5 km/h, mas existe um opcional que lhe permite chegar aos 12 km/h. Os rastos estão disponíveis em duas versões, de 320mm e 450mm.

Mapear e mandar andar Em relação ao funcionamento, na primeira utilização é necessário fazer o mapeamento das parcelas em que irá trabalhar, sendo definido através de tablet o ponto inicial, os pontos das cabeceiras, e o perímetro externo da parcela. Nas utilizações seguintes a máquina já poderá trabalhar de forma autónoma ou de acordo com aquilo que o operador definir (totalidade da parcela, apenas uma parte, etc.), bastando dar-lhe a indicação para tal. O robot partirá do local em que se encontra e deslocar-se-á para o local pretendido, iniciando depois o trabalho. O software de calibração da máquina permite ter acesso a toda a informação do robot, todos os parâmetros e histórico dos trabalhos. Oferece uma visão 360º e avisa o nível de autonomia (o operador pode mandar regressar para reabastecer). A largura de cabeceiras necessária não é superior ao necessário num trator, mas depende sempre de ter, ou não, alfaias acopladas à frente e atrás (nesse caso será à volta de 5 metros). Os dispositivos de segurança (pára-choques) devem ser montados também nas alfaias. O radar equipado na parte superior do robot reduz a velocidade para 5,4 km/h e quando o pára-choques entra em contacto pára por completo o robot.

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Black Shire RC 3075 Alfaias

Parte da equipa da Blackshire esteve em Portugal durante a semana dos eventos.

O Black Shire, tal como um trator “convencional” pode trabalhar com todas as alfaias que o agricultor possuir, desde implementos para mobilização até trituradores, intercepas ou alfaias descentradas. A única diferença é que, para alfaias que utilizem a tomada de força do trator, deverá ser acoplado um motor elétrico em sua substituição. O curso obrigatório por lei para operar o robot são 30 horas.

BLACKSHIRE

TRATOR ESPECIALIZADO

Peso (kg)

3600

3480

Potência do motor diesel (cv)

75

108

Binário do motor diesel (Nm)

285

463

Binário disponível nos rastos (Nm)

220x2

ND

Depósito de combustível (L)

84 (expansível)

76

Consumo de combustível (L/h)

6,5 (2 implementos)

8 (2 implementos)

Peso máximo de elevação (kg)

3600 (atrás), 3200 (frente)

3134 (atrás), 2540 (frente)

Velocidade máxima (km/h)

9,5

40

Autonomia (h)

12

9,5

CARACTERÍSTICAS

BLACK SHIRE “O primeiro protótipo, com o qual fizemos os primeiros testes em campo, foi montado na adega. Entretanto adquirimos instalações específicas para o fabrico e criámos a Black Shire”, explicou Roberto Conterno. Inicialmente com menos de dez colaboradores, a empresa rapidamente cresceu e hoje já são 40, número que irá aumentar no curto prazo. A ideia é fabricar o máximo possível de componentes “em casa”, seja por questões de controlo de qualidade, seja por uma questão de disponibilidade imediata. A capacidade de produção está nas 70 máquinas/ano, número que deverá chegar às 100 já em 2024. Já com robots a operar em Itália, Portugal é o primeiro mercado de exportação. “A primeira vez que viemos visitar o país foi em Janeiro e acreditamos que o nosso robot se adaptará facilmente. É um mercado com muito potencial para a Black Shire”, afirmou o gerente. Porquê o nome Black Shire: “Gostávamos da ideia de associar a marca a um animal. Pensámos noutros animais de tração, mas já estavam a ser utilizados por outras marcas. Então pensámos nas raças de cavalos de trabalho, e a raça Shire chamou-nos à atenção, por ser a maior raça de cavalos. Black porque a maioria é de pelagem negra”, comentou.

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24h/dia, 7 dias por semana “Esta máquina pode trabalhar 24h seguidas (22h, dadas as paragens para reabastecer, lubrificar, e uma vistoria de rotina). Um trator com um operador faz oito. O custo por hora do robot baixa drasticamente, para metade do valor do trator com operador”, afirmou David Gomes, explicando a que é, na opinião dos responsáveis da Terrabot, a principal vantagem do Black Shire. Para o confirmar, apresentaram um comparativo detalhado com um trator especializado. A análise teve por base uma Casa Agrícola, quinta da empresa, mas a Terrabot está disponível para fazer o mesmo tipo de estudo à medida da realidade de cada

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cliente bastando, para o efeito, entrar em contacto com a empresa. Segundo a empresa o Robot RC3075 pretende ajudar os trabalhadores a gerir melhor o seu tempo, focandoos nas suas tarefas principais. Podem com ele tirar melhor partido das condições climatéricas e portanto vem dar mais eficácia e produtividade à gestão agricola. A Terrabot refere que o Robot precisa de ser parameterizado, reabastecido e naturalmente ter ainda um trabalho de manutenção e portanto o tractorista ganha aqui uma oportunidade de crescimento, para além de poder assim ficar mais liberto para outros trabalhos que o RC3075 não faz.

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produto em foco Comparativo RC 3075 em trabalho vs. Trator especializado (dados fornecidos pela Terrabot): RC 3075

TRATOR ESPECIALIZADO

HORAS/HECTARE

1,5

1,5

HORAS/DIA

22

8

HECTARE/DIA

14,70

5,33

Compactação:

RC 3075

Trator normal

PESO = 3600 KG

PESO = 3480 KG

ARASTOS= 2X (1,6 X 0,31) = 0,99 M

2

COMPACTAÇÃO = 0,36 KG / CM2 HECTARE/MÊS

323

117

APNEUS= 2X (0,31 X 0,321 + 2 X (0,41 X 0,42] = 0,54 M2 COMPACTAÇÃO = 0,64 KG / CM2

RASTOS 450MM -> 0,25 KG / CM

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António Vilela e David Gomes, gerentes da Terrabot.

TERRABOT: A empresa sediada em Torres Vedras foi criada em 2023 por António Vilela e David Gomes, amigos de longa data, ambos profissionais - um prestador de serviços e um agricultor - que realizam todas as operações necessárias em vinhas pomares e olivais (da mobilização à colheita), de norte a sul de Portugal. A Terrabot conta

www.terrabot.pt

info@terrabot.pt

Tel: +351 912 564 570

com uma equipa de técnicos especializados e dedica-se em exclusivo à comercialização, pós-venda, aconselhamento tecnológico e assistência técnica dos robots Black Shire em Portugal. “Há um contacto muito próximo com a fábrica e a equipa de engenharia, o que nos permite assegurar uma resposta muito rápida”, explicou David Gomes.

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Siloking e Dinamica Generale

Encontro Siloking/Dinamica Generale na Fonte Leite A Maciel Máquinas organizou um encontro Siloking/Dinamica Generale, na exploração Fonte Leite, na Azambuja. O evento contou a presença de Andrea Mariani, representante comercial da Siloking, bem como os concessionários da marca, clientes e interessados oriundos de norte a sul do país. POR SEBASTIÃO MARQUES

A

visita à exploração Fonte de Leite, onde foi entregue um unifeed Siloking 4.0 1000+ de 32 mt3, teve como intuito demonstrar o modelo em questão, equipado com um sistema NIR da Dinamica Generale, em todas as fases de trabalho: carregamento, mistura e distribuição. A vacaria Fonte Leite está na família Ortigão Costa desde a década de 1960, tendo começado com um núcleo de 60 vacas. Ao dia de hoje a exploração conta com um efetivo total de 1500 animais, com 830 vacas em ordenha. A perspetiva no curto prazo é de chegar às 1000. Jorge Franco é o diretor de negócio da Fonte Leite. Na empresa desde 2020, explicou aos presentes o processo de alimentação na vacaria e a opção pelo Siloking AutoMotriz 4.0 modelo 1000+ 3225. “Fazemos três unifeeds: produção (5/dia), vacas secas (1/dia) e novilhas (1/ dia). A maior carga, 9,7 toneladas, demora em média entre 20 e 25 minutos (entre

começar e distribuir), e o unifeed opera 7 horas por dia - inicia às 6 da manhã e termina às 14h (uma hora de almoço). Optámos por este modelo, em primeiro lugar, pela sua robustez, atestada pelo chassis construído para camiões que operam em minas. Tendo em conta as características da nossa exploração, em que o unifeed tem de percorrer alguns caminhos mais acidentados, com subidas e descidas, onde o piso não é alcatroado, esta era uma característica essencial. Em segundo lugar, a construção da cuba, e o próprio aço, faz-nos acreditar que é uma máquina com uma durabilidade bastante grande. Por último, a assistência da Irrifarm: há duas operações que não podem falhar diariamente: alimentar e ordenhar as vacas. Por isso, esta é uma máquina que não pode parar. Pelo que ter uma assistência de qualidade é imprescindível.”

NIR da Dinamica Generale há três anos, equipado no anterior unifeed. Quando se decidiu mudar o unifeed, o sistema foi transferido para o novo, pois a exploração já não dispensa a utilização desta tecnologia. “É um equipamento que está em trabalho há três anos e nunca teve nenhum problema, por isso transferimos o equipamento do antigo unifeed para este”, começou por explicar Jorge Franco. “É uma ferramenta essencial. Os ajustes que o NIR faz notam-se na manjedoura, as vacas comem melhor, há menos sobras. Reduzimos praticamente para metade a quantidade de sobras. Quando comparamos com os resultados das análises de laboratório o desvio máximo que registámos foi insignificante. Acima de tudo, permite uma consistência muito grande. É, de facto, impressionante. Sobretudo quando temos silagens heterogéneas no mesmo silo, porque permite um ajuste imediato. Acaba por ser um laboratório móvel com resultados instantâneos. O retorno do investimento deu-se ao fim de um ano e oito meses.”

Fonte Leite - Exploração Agrícola E Pecuária, S.A (Jorge Franco, diretor de negócio da Fonte Leite).

Sistema NIR A Fonte Leite já utilizava um sistema

A MACIEL - MÁQUINAS AGRICOLAS, LDA É REPRESENTANTE EXCLUSIVO EM PORTUGAL DAS MARCAS SILOKING E DINAMICA GENERALE. CONTACTOS: 253 808 420

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produto em foco DG PRECISION FEEDING O sistema de alimentação de precisão, com tecnologia NIR, permite ao agricultor distribuir uma alimentação equilibrada aos animais, segundo o determinado pelo nutricionista, isto graças a uma análise contínua dos ingredientes utilizados e o ajuste ótimo e em tempo real do seu peso. O ponto central do sistema é um analisador de tecnologia NIR (Near-Infrared Spectroscopy ou Espectroscopia de Infravermelho Próximo) que indica o valor dos nutrientes como o amido, proteína, gordura total, assim como a matéria seca de cada ingrediente durante a fase de carga. O sistema, em tempo real e de forma automática, refaz o cálculo do peso que deverá carregar para manter os valores dos nutrientes indicados pelo nutricionista.

O evento de hoje foi, além de uma demonstração, uma oportunidade de juntar clientes e parceiros. Foi importante para a Maciel Máquinas mostrar como está a trabalhar nesta zona com o nosso concessionário, a Irrifarm. Queremos ter um apoio próximo do cliente, que nos permita dar uma resposta rápida e eficaz.

Luis Maciel, gerente da Maciel Máquinas

A Fonte Leite optou por este equipamento após visitar outros que já trabalhavam com Siloking e que lhe facultaram os dados que queria. Outro ponto que também foi importante para a concretização deste negócio é a assistência que a Irrifarm presta. É a terceira vacaria de grande dimensão em que colocamos um unifeed Siloking, depois de Barão&Barão (uma máquina de 22m3) e Quinta do Paraíso (32 m3). Quando vendemos uma Siloking ganhamos um cliente para o resto da vida. Trabalhamos com a marca há cinco anos. É uma marca com um produto líder a nível mundial, com uma robustez e uma qualidade de mistura superiores. A Maciel Máquinas, importador da Siloking, é o parceiro ideal: dá formação e está sempre próximo do nosso cliente.

Daniel Pacífico, gerente Irrifarm

SILOKING AUTOMOTRIZ 4.0 MODELO 1000+ 3225 • Unifeed automotriz XXL altamente manobrável para grandes explorações de 25 m³, 27 m³, 29 m³ e 32 m³. • Chassis de 3 eixos com direção ativa dos eixos dianteiro e traseiro • O contentor de mistura tem uma capacidade de 25 m³ e 27 m³ com dois sem-fins, ou 29 m³ e 32 m³ com três sem-fins.

A passagem de um equipamento rebocado para um automotriz tem permitido às explorações ganhar tempo e eficiência, estando menos dependentes de mão de obra. O modelo 1000+ foi pensado para explorações com 1000 ou mais animais. Esta é a máquina perfeita para a Fonte Leite, em primeiro lugar, devido à velocidade de trabalho – em 20 minutos conseguimos encher a cuba na sua totalidade – o que equivale a servir 290 vacas nesse tempo. Nenhum outro fabricante consegue fornecer esta velocidade de carregamento.

Andrea Mariani, representante comercial da Siloking

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UV Boosting Helios Vigne

UMA TECNOLOGIA PARA TORNAR A VINHA MAIS RESISTENTE A UV Boosting concebe equipamentos para estimular defesas naturais das plantas com flashes de UV-C*. Ao ativar este mecanismo preventivamente, as plantas tornam-se mais resistentes aos danos causados por agentes patogénicos, geadas, ou o stress hídrico. O modelo Helios Vigne, para vinha, esteve em demonstração em Portugal durante o mês de novembro. POR SEBASTIÃO MARQUES

UMA TECNOLOGIA DESENVOLVIDA PELA INVESTIGAÇÃO FRANCESA UV Boosting é o resultado de uma colaboração entre a Universidade de Avignon e a Venture Builder Technofounders. Depois de descobrirem que os flashes UV-C aumentam a resistência das plantas a vários agentes patogénicos, os investigadores da Universidade de Avignon, Laurent Urban e Jawad Aarrouf, registaram a sua primeira patente em 2015. Em 2016, juntaram forças com Yves Matton, cofundador da Technofounders, para criar a UV Boosting.

EQUIPAMENTO PARA PROTEÇÃO DAS CULTURAS POR ESTIMULAÇÃO UV A inovadora tecnologia UV Boosting utiliza raios UV-C para estimular as defesas naturais das plantas. A exposição à radiação UV-C tem por objetivo induzir na planta um sinal temporário. A planta reage a este sinal produzindo compostos de defesa naturais, nomeadamente, metabolitos secundários tais como os estilbenos (ex: resveratrol e piceatanol) e ácido salicílico, reagindo a planta de uma forma mais rápida e eficaz às agressões. Ao ativar este mecanismo

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Alunos do mestrado de viticultura da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD) na demonstração da tecnologia UV-Boosting.

preventivamente, as plantas tornam-se mais resistentes aos danos causados por agentes patogénicos, geadas, stress hídrico, etc. O equipamento desenvolvido pela UV Boosting permite à agricultura reduzir a sua dependência dos produtos fitossanitários e resistir melhor aos danos causados pelas alterações climáticas.

PRIMEIRO NA VINHA, NO FUTURO EM VÁRIAS CULTURAS Após ter comercializado a sua gama de produtos para a vinha em 2020, com uma centena de utilizadores e equipamentos implantados em mais

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de 8 países, a UV Boosting continua a conceber novos equipamentos para novas culturas: morangos, maçãs, relva, etc.

UMA TECNOLOGIA ADAPTADA A TODAS AS VINHAS A UV Boosting desenvolveu ferramentas fáceis de utilizar para todos os tipos de vinhas e todos os tipos de programas de proteção (convencional, biológico, etc.). De acordo com o fabricante, as vinhas estimuladas pelos seus equipamentos são mais resistentes aos stresses abióticos (geada, stress hídrico, etc.) e às doenças fúngicas (míldio, oídio, etc.),

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produto em foco o que permite reduzir a utilização de fungicidas. O equipamento UV Boosting é adequado para tratores de rastos e de rodas, e é alimentado pela tomada de força do trator. Podem ser adaptados a uma vasta gama de espaçamentos entre linhas, alturas e espessuras de folhagem. Ao contrário dos fungicidas convencionais, o processo não é afetado pela chuva ou pelo vento. Assim, as aplicações podem ser feitas a qualquer momento, garantindo uma proteção ótima, independentemente das condições meteorológicas. A marca recomenda entre 3 e 6 passagens por ano a 4 km/h de velocidade de trabalho. DEMONSTRAÇÕES EM PORTUGAL O modelo Helios Vigne esteve no nosso país, por iniciativa da Jopauto, representante da marca em Portugal, tendo realizado apresentações da tecnologia na Symington, Aveleda, Adega Luis Pato, e contado com a presença de outras importantes casas como as Caves Aliança ou Esporão, na Fundação da Casa de Mateus, com a presença dos alunos do mestrado de viticultura da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), e na Sogrape, primeira empresa portuguesa a utilizar a tecnologia UV Boosting, após ter concluído a aquisição de uma máquina que será entregue no início em 2024. Nesta última localização, esteve presente a ADVID/ COLAB**, que elaborou um relatório técnico que chegou às seguintes conclusões sobre a tecnologia UVBoosting: • Segundo resultados obtidos na empresa Domaine Dopff au Moulin, Alsace, registaramse aumentos de rendimento de 17 %. Ainda e segundo resultados obtidos em Weldan, Veneto, citamos: “no final da temporada, atingimos a nossa meta de redução de cobre em 40%”. • O facto de ser inofensiva para a maioria dos organismos auxiliares e de não ter impacto nos biótipos presentes nos bagos à vindima (leveduras, outros), não sendo afetados os processos de vinificação, aliado à ação promissora quanto à redução do número de tratamentos e de resíduos entra em linha com os princípios da Agricultura Biológica.

* No contexto de radiação e tecnologia, UV-C refere-se à radiação ultravioleta do tipo C. A luz UV-C é uma forma de radiação ultravioleta com comprimentos de onda entre aproximadamente 200 a 280 nanómetros. É conhecida por suas propriedades germicidas, sendo capaz de inativar microrganismos como bactérias, vírus e fungos. Dispositivos UV-C são frequentemente utilizados para desinfeção em ambientes como hospitais, laboratórios, sistemas de água e até mesmo em dispositivos domésticos. ** A ADVID é uma instituição sem fins lucrativos, criada em 1982, que tem como objetivo contribuir para a modernização da viticultura da região demarcada do Douro e de Portugal e, consequentemente, contribuir para a melhoria da qualidade e rentabilidade dos vinhos e das vinhas portugueses.

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VEJA O ÁLBUM

Viroc

VIROC: MECANIZAR VINHAS CENTENÁRIAS A venda do Viroc pela Tractoponte à Taylor’s, sendo esta uma das mais antigas casas de Vinho do Porto, iniciou em 2014 a construção de patamares de 1,5m. Esta solução criou o desafio de encontrar uma máquina que se adaptasse e que permitisse a mecanização destas vinhas. Após um longo processo de pesquisa e testagem, a decisão recaiu sobre o Viroc. TEXTO SEBASTIÃO MARQUES

REPÓRTER AMÉRICO RODRIGUES

António Magalhães, diretor técnico da Fladgate

N

a Quinta do Junco, Pinhão, António Magalhães, diretor técnico da Fladgate, holding da qual faz parte a Taylor’s, contou como a arquitetura da paisagem do Douro e preocupação com a sustentabilidade, ambiental e económica, conduziram à aquisição do Viroc.

Como combater a erosão aumentando a produção “Uma das nossas maiores e mais antigas preocupações é a erosão, que ganha ainda maior importância por fazermos viticultura de montanha. Assim, logo em 2001/2002, trouxemos uma inovação para o Douro na arquitetura da paisagem: a construção dos patamares, guiados por laser, de maneira a ter uma inclinação longitudinal de 3%, para escoamento das chuvas torrenciais. Nessa altura, surge o modelo de vinha em patamar estreito, que nos satisfazia sob o ponto de vista ambiental, mas não sob o ponto de vista económico pois não tinha a densidade de plantação suficiente face a uma inclinação normal das vinhas do Douro. No fundo, precisávamos de aumentar a nossa capacidade de plantação por hectare. Os nossos patamares estreitos de um bardo, tinham essa limitação e, nessa altura, só conseguíamos construir sebes de 2,1m de

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largura de patamar. Em 2014, avançámos então para a construção de patamares de 1,5m conseguindo adaptar o solo em 36,5%. Ficámos satisfeitos.”

Mecanizar patamares cada vez mais estreitos “No entanto, continuávamos a ter de resolver o problema da impossibilidade de mecanização de algumas das nossas vinhas e da necessidade de substituição dos tratores que possuíamos desde a época de 80. Assim, entre 2014 e 2022, levámos a cabo um processo de prospeção de fabricantes de máquinas oriundos de zonas da Europa, nomeadamente o Norte de Itália e Suíça, que enfrentassem desafios semelhantes aos nossos mesmos. Definimos três linhas orientadoras na nossa pesquisa: • Eficiência na manutenção da terra de montanha. • Eficiência no trabalho mecânico. • Segurança do operador da máquina. Concluímos o processo de prospeção com uma lista composta por quatro equipamentos de quatro fabricantes diferentes. No final, após um longo processo de testagem, optámos pelo Viroc.”

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A The Fladgate Partnership é a holding que possui negócios no vinho do Porto, turismo e distribuição. A empresa fundadora do grupo é a Taylor’s, que data de 1692. Em Agosto último foi anunciada a incursão também nos vinhos de mesa, tendo sido adquiridas três quintas: uma no Minho, outra no Dão e outra na Bairrada.


DESENHADO PARA AS VINHAS DO DOURO Após mais de dois anos de testes, no Douro e em Itália, os responsáveis da Taylor’s concluíram que o Viroc era o equipamento certo. “Chegámos à conclusão de que este era o modelo ideal para corresponder às questões que nos preocupavam. Uma máquina que se adapta à vinha e não o contrário. Só assim pode dar resultado na montanha”, explicou o diretor técnico António Magalhães. Versatilidade e segurança O Viroc está disponível em duas versões, uma de 60 e outra de 75 cv (motor Hatz), e pesa 1.270kg. Bastante estreito mas confortável — a largura mínima são 90cm, mas pode chegar aos 115cm consoante os pneus montados — é bastante estável (o ângulo de bloqueio Marcos Federer (Responsável da Viroc): A recetividade que a máquina tem tido junto dos clientes tem sido bastante boa, como atesta a venda desta primeira máquina e a um cliente tão importante como a Taylor’s. O Viroc foi especialmente construído para trabalhar em vinhas como as do Douro e, portanto, acreditamos que iremos vender outras no futuro. Temos que enaltecer o bom trabalho que a Tractoponte tem feito em Portugal.

das rodas de 35º garante contacto permanente com o solo. Tem um ângulo de viragem de 82º com um raio de viragem de 1m devido ao sistema articulado. “É realmente muito versátil. Apenas com um jogo de rodas de 90cm, podemos jogar com outras larguras de rodas conforme a nossa conveniência. Outra grande vantagem, é que sendo um trator de rodas, tem uma matrícula, podendo circular na via pública”, explicou António Magalhães. O Viroc atinge uma velocidade máxima de 20km/h. A cabine pressurizada e certificada para categoria 4, gira 180° e a coluna de direção é ajustável em altura e ângulo. “Os operadores sentiram de imediato a segurança que lhes dá o Viroc”, recordou o diretor técnico. O veículo é controlado através de um joystick multifuncional. Existem três pontos para acoplamento de alfaias: frontal, traseiro e ventral. Em relação a alfaias, a marca disponibiliza todos os implementos essenciais para a viticultura, como um pulverizador de precisão, triturador e desladroador descentráveis, despampanadeira, prépodadora (também descentráveis), ou porta-paletes. Está ainda disponível um kit aplicável ao terceiro ponto do Viroc que permite utilizar alfaias não fabricadas pela marca. “Os patamares têm taludes com desnivelamento em terra e há mais de vinte anos que nós abandonámos a limpeza química dos taludes. O Viroc é agora a nossa máquina para a limpeza dos taludes. Adquirimos também o pulverizador inteligente e a caixa de carga, todos eles adaptados ao Viroc”, referiu António Magalhães. Sobre uma possível frota de Virocs, o diretor técnico não colocou a hipótese de parte. “Uma máquina só, não dará conta do recado. Neste momento, temos a quantidade de vinhas suficientes para um Viroc. No entanto, a nossa área total é de 410 ha e apenas metade está mecanizada.”

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Viroc

TRACTOPONTE, MAIOR E MAIS ESPECIALIZADA

Agostinho Frias (Diretor comercial da Tractoponte); Eng. António Magalhães (Diretor Técnico da Fladgate); David Guimarães (Administrador da Fladgate).

A entrega do Viroc foi o culminar de um processo longo e trabalhoso, que contou com visitas ao estrangeiro e demonstrações em Portugal. Ao mesmo tempo, a Tractoponte, que centra a sua atividade no concelho de Aguiar de Beira com clientes de Norte a Sul, duplicou o número de colaboradores em pouco mais de um ano, fruto de um modelo de gestão que proporciona a satisfação das necessidades dos clientes. Agostinho Frias, Diretor Comercial da Tractoponte, ambiciona que esta venda seja “a primeira de muitas.”

Importadora de marcas como a Viroc, Vitrac , Orizzonti , Lochmann, entre muitas outras, a Tractoponte é também concessionária dos tratores Antonio Carraro, Kubota e Solis. “Aplico muito do meu tempo na procura das melhores soluções em maquinaria especializada. A satisfação dos clientes é, e será sempre, o nosso foco”, confessou Agostinho Frias. “Ainda recentemente visitei uma feira em Itália, de máquinas especializadas para vinhas e pomares, e oficializámos mais uma representação através da Tractoponte para Portugal: a Bertoni, máquinas para tratamentos com recuperadores de calda”. A Bertoni é uma adição ao portfólio da empresa, que se tem vindo a apetrechar com máquinas que preencham as necessidades dos viticultores do Douro. O Viroc é uma das nossas imagens de marca. Desde 2020 que criámos sinergias para que esta máquina ofereça uma capacidade de eficiência produtiva com características únicas no mercado. Para apresentar as suas mais-valias a casas vinícolas da região, a Tractoponte organizou quatro demonstrações no terreno no mês de setembro, como a revista Abolsamia reportou na edição 137. “É um produto que foi desenhado para as vinhas do Douro, em patamares estreitos (micro-patamares). Esta venda à Taylor’s dá-nos confiança para o futuro. Agora queremos vender mais e estamos certos de que esta será a primeira de muitas...”

Diretor Comercial da Tractoponte e Staff da Direção da Taylor’s + Equipa técnica e Operacional da Taylor’s.

A Tractoponte é uma empresa com mais de 25 anos de experiência no comércio e exportação de máquinas agrícolas. Sediada em Ponte do Abade, Aguiar da Beira, destaca-se pelo trabalho nas áreas da fruticultura e da viticultura.

Opção: Vitrac

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A Tractoponte tem vindo a reforçar qualitativamente os seus quadros, apostando no serviço pós-venda, quer na assistência permanente quer no acompanhamento dos clientes. “Vender é importante para nós, mas nunca podemos descurar a satisfação do cliente, e estarmos dotados de uma boa assistência é uma forma de o fidelizar”, explicou Agostinho Frias. “Uma das medidas adotadas para aumentar as qualidades dos nossos técnicos é a formação contínua. “Os nossos mecânicos acabaram de receber mais uma formação no âmbito do Viroc/Vitrac, em Itália, de forma a estarem preparados para corresponder às exigências”, exemplificou o responsável.

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Ernâni Lopes Unipessoal, é uma empresa de prestação de serviços sediada no Ribatejo e especializada na produção de forragem. Faz tudo, da sementeira ao corte e embalamento. Sem mãos a medir para o trabalho que lhe ia chegando, precisava de semear em menos tempo e reduzir a necessidade de mobilizações prévias em determinados solos. Foi assim que, já em 2023, decidiu trocar um semeador mecânico montado “convencional” (um Kuhn Premia 300, com 3 metros de largura de trabalho) por um Kuhn Espro 4000R (26 linhas e 4 metros de largura de trabalho). Com uma construção robusta, este semeador foi pensado para semear em terrenos com poucas (ou até nenhumas) mobilizações prévias. É capaz de trabalhar após a lavoura, em mobilização mínima ou até diretamente no restolho. Está disponível em modelos com larguras de trabalho dos 3 aos 8 metros (20 a 52 linhas) e tem compatibilidade com ISOBUS.

POR SEBASTIÃO MARQUES

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produto em foco

Pedro Carão (gerente OVS), Luís Rosa, operador do Espro 4000R da Ernâni Lopes Unipessoal, Carlos Gonçalves, responsável pela Kuhn na Auto‑Industrial Divisão Agrícola.

A baixa necessidade de potência do Espro deve-se à conceção específica das rodas compactadoras que precedem a barra de sementeira.

Mais rápido, mais produtivo “Permite-nos poupar ‘um ferro de grade’ em grande parte dos serviços que fazemos”, começou por explicar Luís Rosa, o operador da Ernâni Lopes Unipessoal que tem semeado com o Espro. Além de ter permitido reduzir o número de mobilizações necessárias, o que só por si já permitiu poupar em horas de trabalho, combustível e desgaste do trator, Luís

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destaca também a velocidade de trabalho. “A grande melhoria que identificamos (face ao semeador que utilizávamos – em Premia 300 já com alguns anos de trabalho) é a produtividade que este semeador nos traz. Seja pela velocidade de trabalho, entre os 10 e os 13 km/h, a capacidade da tremonha, que obriga a muito menos paragens, a largura de trabalho, o menor desgaste do trator ou a poupança de combustível (mobilizar com discos é

diferente de mobilizar com grade rotativa, sem sacrificar a qualidade da cama de sementeira). Tudo isto com um trator de 140 cv”. Apesar da potência mínima recomendada pela marca 160 cv, Luís Rosa tem trabalhado com um trator de 140 e não se mostra dececionado: “Tem um comportamento espetacular. Jogamos com a velocidade em determinadas situações, mas tem uma grande vantagem, sendo ‘à conta’ nada se estraga na alfaia. Se o trator puder, a alfaia também pode”.

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Kuhn Espro 4000R Poupar até na semente

Parcela semeada pelo Espro 4000R com três semanas.

A cabeça distribuidora do Espro conta com quatro válvulas elétricas que permitem fazer o chamado tramlining (não semear nos trilhos onde o próximo trator irá passar). O sistema, a que a Kuhn chama Vistaflow, consiste então numa válvula de portinhola inteligente que controla a passagem das sementes no interior dos tubos. “Podemos alterar a posição das válvulas consoante a largura pretendida ou fazer o de corte de linhas. Permite‑nos poupar bastante semente”, explicou Luís Rosa.

Ernâni Lopes Unipessoal, Lda. PARQUE DE MÁQUINAS KUHN: semeadores: Megant 600, Espro 4000R (que substituiu um Premia 300). Gadanheiras: FC 3125 DFF, FC314 DFF, GMD 280. Enfardadeira combinada: FBP 3135 OC14. Juntador: GA 4321. Faz a zona de Samora, Montemor e Beja, apanhando diversos tipos de solo.

Características Espro 4000R Largura de trabalho (m)

O segredo está nas rodas A baixa necessidade de potência do Espro deve-se à conceção específica das rodas compactadoras que precedem a barra de sementeira. O diâmetro de 900 mm destas rodas reduz a resistência ao rolamento e, portanto, a potência necessária para puxar a máquina em comparação com rodas mais pequenas. Ao mesmo tempo, as rodas são bastante estreitas (210 mm), deixando um espaço de 85 mm entre elas para um excelente fluxo de solo e resíduos. A sua largura estreita tem outro efeito importante: deixa uma maior zona de infiltração entre as rodas e, por conseguinte, evita eficazmente a erosão. As rodas estão deslocadas 200 mm da frente para trás, o que elimina o efeito de bulldozing, reduzindo assim a necessidade de potência e tornando o semeador mais fácil de puxar. A acumulação reduzida à frente das rodas também evita que o semeador salte, assegurando assim uma distribuição

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Largura em transporte (m)

3

Número de linhas

26

Espaçamento entre linhas (cm)

15,38

Capacidade da tremonha (l)

3500

Altura da tremonha (cm)

265

e colocação uniforme das sementes. “Esta linha de rodas é um opcional (poderia ser uma barra niveladora ou até mesmo nada), o cliente optou pelas rodas porque permite uma melhor adaptação do semeador ao terreno e uma melhor compactação e nivelamento do solo”, explicou Pedro Carão, gerente da OVS, o concessionário Kuhn que presta assistência à Ernâni Lopes Unipessoal. A barra de sementeira do Espro é a Crossflex, que pode trabalhar a velocidades de até 17 km/h, dependendo das condições encontradas. As unidades de sementeira são montadas numa barra perfilada sobre blocos de borracha. As rodas de pressão estimulam a transferência de humidade para a semente por ação capilar e asseguram o contacto da semente com o solo atrás da unidade de sementeira. A grade de cobertura cobre e cria também uma superfície de solo solto para limitar o afrouxamento que inibiria a emergência da sementeira.

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IMPORTADOR PARA PORTUGAL: AUTO-INDUSTRIAL

Duas tremonhas disponíveis (para um ou mais tipos de semente) A tremonha que equipa este semeador é a R, com 3500 litros de capacidade e doseador elétrico (igual ao do Megant) que possibilita semear sementes de dimensões muito reduzidas (1kg/hectare), e sementes de maiores dimensões e grandes quantidades (300kg/hectare). No entanto, em alternativa à tremonha R, é possível optar pela tremonha RC que está dividida em duas, com dois sistemas de dosagem e distribuição. Pode depositar o adubo ou semear uma segunda cultura ou variedade à frente da fila de rodas compactadoras.

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COMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS PARA

AGRICULTURA E ESPAÇOS VERDES www.tractomoz.com geral@tractomoz.com

Beja Z. Ind. - Rua da Metalúrgica Alentejana, 10 T. 284 329 278

Muge Z. Ind. de Muge, Rua A - Lote 12 A - Nº 34 2125-363 Muge T. 263 151 608 / 263 098 129

Estremoz - Sede Z. Ind. - Apartado 41 T. 268 337 040

Coruche Z. Ind. -Monte Barca, Lt.6 T. 243 678 041

Ferreira do Alentejo Z. Ind. - Lote 23 T. 284 739 944

CONCESSIONÁRIO

REPRESENTAÇÕES ENVIROMIST

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Évora Z. Ind. de Almeirim, R. Artur Silva Barreiros, 7-8 T. 266 701 558

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Opcionais Herculano

3 novos

OPCIONAIS SISTEMA DE TRANSFERÊNCIA DE CARGA

A Herculano disponibilizou dois opcionais para as cisternas CH. O Sistema de Transferência de Carga, para fazer face à falta de aderência e tração durante o espalhamento, e o Sistema de Vazio Total, que permite esvaziar a cisterna na sua totalidade mesmo em planos inclinados. Para equipamentos de dois e três eixos a marca disponibiliza ainda um Sistema Direcional Forçado Eletrónico mais cómodo e que permite um maior ângulo de viragem ao conjunto.

Quantas vezes sentiu falta de aderência e tração durante o espalhamento de chorume líquido em terrenos inclinados?

Como funciona?

Este é um dos problemas mais recorrentes, especialmente em zonas de inclinação acentuada, devido ao excesso de peso na traseira causado pela concentração chorume líquido. A solução desenvolvida pela Herculano pretende promover a estabilidade da cisterna durante o espalhamento, beneficiando a tração em zonas inclinadas, até que a cuba fique completamente vazia.

Durante o enchimento, ambas as câmaras da cuba enchem em simultâneo, no entanto, durante o espalhamento (por pressão), o líquido existente na antecâmara da frente irá permanecer até que o nível da câmara de trás atinja o bocal inferior de comunicação da divisória. Só depois do nível de líquido atingir esse bocal, é que se inicia automaticamente a descarga da divisória frontal mantendo, desta forma a aderência e tração no trator até ao final do processo de descarga na cisterna.

Este sistema de transferência de carga tem como base uma divisória na zona frontal no interior da cuba, originando uma antecâmara com um volume aproximado de 1/3 do volume total da cisterna. Através deste sistema, consegue-se manter mais peso no dispositivo de engate/puxo do trator durante o espalhamento, melhorando assim a aderência e a capacidade de movimentação do trator.

SISTEMA VAZIO TOTAL

SISTEMA DIRECIONAL FORÇADO ELETRÓNICO

Tem como objetivo o esvaziamento total da cisterna num plano inclinado.

O sistema direcional forçado eletrónico permite controlar os eixos direcionais de um reboque. O controlo é dado a partir de uma centralina, que gere a informação recolhida através do ângulo entre o trator e o reboque. Este ângulo é lido através de um sensor colocado junto do argolão.

Quando a cisterna se encontra numa descida, o líquido concentra-se todo na parte da frente da cuba. O sistema Vazio Total, que é composto por um tubo flexível interior (desde a traseira da cuba até à parte da frente e inferior da cisterna), permite que todo o líquido da cisterna, quando submetido a pressão, seja descarregado.

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Esta tecnologia permite que, a uma determinada velocidade (programada pelo utilizador), seja feito o trancamento automático dos eixos. Da mesma forma que o faz automaticamente, também admite que o controlo seja manual. A gestão dos eixos é realizada na cabine do trator através de um controlador. Em caso de perda de ligação elétrica ou de pressão hidráulica, automaticamente o sistema funciona em autodirecional.

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RESISTENTE E INTELIGENTE

P R O D U T I V IDA D E N U M A S Ó PA S S AG E M Execute diversas tarefas com uma só passagem, graças ao sistema hidráulico com compensação de fluxo e pressão com um generoso caudal de até 117 l/min. Além disso, tire partido do sistema de direção AutoTrac™ integrado e usufrua de maior produtividade, menores custos de operação, mais eficiência e conforto.

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Kuhn Aurock 6000 RC-32

SEMEAR O FUTURO A Herdade da Parreira foi uma das primeiras a adotar a sementeira direta em Portugal. No final dos anos 80 fizeram os primeiros testes com os equipamentos que à data existiam. Com produtividades e eficiência no uso de fatores de produção acima da média europeia, em 2023 adquiriram um semeador único no nosso país, um Kuhn Aurock. Após semear mais de 200 hectares fomos conhecer as primeiras impressões.

POR SEBASTIÃO MARQUES

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uno Marques, engenheiro agrónomo de formação, é o gerente da Bovicer, empresa que gere a Herdade da Parreira desde 2018. No entanto, o seu trabalho na Herdade iniciou-se muito antes, ainda na década de 1980. “Esta exploração começou em 1972 aquando da compra da Herdade da Parreira. Somos produtores de bovinos de carne e cereais, e toda a agricultura que fazemos visa alimentar em 100% as necessidades do nosso efetivo. Temos atualmente à volta de 400 cabeças.”

Agricultura de Conservação Um dos motivos pelos quais a Herdade da Parreira é conhecida é o sistema de agricultura utilizado: a Agricultura de Conservação. Intimamente ligado ao trabalho desenvolvido por dois Professores da Universidade de Évora – Ário Lobo de Azevedo e Mário Carvalho - baseia-se em três princípios: não mobilização do solo e, por isso, na utilização da sementeira direta; rotação de culturas e devolução dos resíduos ao solo de origem. Através da combinação destas três técnicas consegue-se aumentar a matéria orgânica, melhorar a estrutura do solo e a drenagem e, assim, ir conquistando ganhos de produtividade e aumentando a eficiência no uso de fatores de produção. “Olhando a indicadores da agricultura portuguesa e europeia, que podem ser

LOCALIZAÇÃO Herdade da Parreira, Ciborro, Montemor-o-Novo ATIVIDADE Exploração agrosilvopastoril com engorda de bovinos DIMENSÃO 800 hectares (50% montado, 30% regadio, 10% sequeiro, 10% barragens). CULTURAS 64% pastagens, 13% cereal, 16-20% forragens.

consultados no Eurostat ou no INE, este sistema tem-nos permitido constatar que estamos acima da média europeia ao nível da eficiência do uso de fatores (fertilizantes, pesticidas, energia, mão de obra, etc.), bem como em termos de produtividade seja no trigo ou nas forragens”, explicou Nuno Marques.

Sementeira direta “Iniciámos a prática da sementeira direta em 1987, quando ainda era aluno na Universidade de Évora, e do Professor Mário Carvalho, que deu expressão ao projeto formativo lançado pelo seu mentor e ex-Reitor da Universidade de Évora, o Professor Ário Lobo de Azevedo. Em 1988 fizemos os primeiros ensaios na Herdade da Parreira com um semeador Moore, originário da Irlanda, e um Gaspardo. Fomos aumentando as áreas até 1992, mas verificámos que, à data, os semeadores existentes eram pouco fiáveis, sendo impossível fazer um dia inteiro a semear sem ter de parar várias vezes para substituir componentes. Assim, fizemos um interregno até ao ano de 2002 (desde aí que nenhuma parcela é mobilizada), fazendo mobilizações mínimas, altura em que aparecem semeadores de origem brasileira. Adquirimos um que trabalhou até 2012 e passámos a contratar o serviço de sementeira a um prestador que tinha um Kuhn/Metasa (semeadores Kuhn fabricados na fábrica da marca no Brasil depois de comprar a brasileira Metasa, em 2004/05). Em 2022 decidimos passar a fazer nós as sementeiras e, por isso, adquirir um semeador. Entrámos

Rotação de culturas: A rotação utilizada na Herdade da Parreira é trigo-forragem biodiversa-trigo-forragem biodiversa. O trigo é vendido para panificação. As forragens em crescimento já foram semeadas com o Aurock.

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produto em foco

Temos dois tipos de solo: a maior parte de área agrícola é desenvolvida em solos mediterrânicos pardos para-hidromórficos, dificilmente encontra solos mais difíceis porque, como o nome indica, o horizonte B é impermeável. Um dos minerais de argila que faz parte desta composição é a montmorillonite, que é expansível, abrindo fendas no verão, o que facilita bastante a drenagem no inverno. Ao não mobilizar mantemos esses canais de drenagem abertos. Uma parte menor da atividade agrícola desenvolve-se em solos litólicos, pouco profundos e mais arenosos.

O que oferece a sementeira direta? “Sozinha não nos traz nada e pode até trazer problemas (se continuarmos a fazer monocultura). Ajuda-nos a travar a erosão, permite-nos acumular matéria orgânica, e, portanto, a perda de fertilidade do solo, reduzimos as emissões de CO2 porque sempre que mobilizamos promovemos a mineralização da matéria orgânica que se materializa em

CO2 para a atmosfera. Ao nível da operação, ao concentrarmos toda a sementeira numa só operação reduzimos o consumo de combustíveis fósseis, reduzindo ainda mais as emissões. Além disso, ao aumentarmos o teor de matéria orgânica no solo fazemos sequestro de CO2. Assim, às vantagens económicas juntamos vantagens ambientais. A matéria orgânica é o que permite

em contacto com a Auto-Industrial no sentido de comprarmos um equipamento semelhante ao do prestador com que trabalhávamos, por estarmos bastante habituados e sabermos da sua fiabilidade. Na impossibilidade de ultrapassar questões relativas à legislação europeia, foi-nos apresentado o Kuhn Aurock.”

Impressão ao fim de 230 hectares semeados “Este semeador é completamente diferente do equipamento com que trabalhávamos. Tem muito mais tecnologia, os órgãos

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aumentar a eficiência da atividade química, melhorar a estrutura do solo (condições físicas), nomeadamente a drenagem que reduz o encharcamento, permite reter mais água no solo e potencia a atividade biológica no solo, que é bastantes vezes esquecida. São as sinergias que se criam entre estas atividades que promovem a fertilidade do solo, reduzindo o uso de fertilizantes e pesticidas.”

de sementeira são mais evoluídos, o que garante uma operação muito mais segura. A parte da distribuição de semente tem provas dadas. A questão do “ataque ao solo”, que permite colocar a semente na terra, era a que nos levantava maiores reservas. Ao fim de 230 hectares feitos podemos atestar que: com o solo seco ficámos surpreendidos, revelando excelente capacidade de penetração. Com o solo

húmido tem-se mostrado igualmente competente, apesar de termos menos hectares trabalhados nestas condições. Em relação à capacidade de semear com muito restolho no solo, a performance agradou bastante, em especial nas parcelas que tinham tido trigo (com uma camada de palha bastante grande). As forragens que temos nascidas já foram semeadas com o Aurock. O trigo estamos a semeá-lo agora e ainda não teve tempo de germinar.”

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Kuhn Aurock 6000 RC-32

KUHN AUROCK 6000 RC-32

Unidade de sementeira de disco tripl.

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isponível em duas versões: com uma única tremonha e cabeça distribuidora - 6000 R - e na versão com duas tremonhas e duas cabeças distribuidoras - 6000 RC - com uma largura de trabalho de 6 metros e 32 ou 40 linhas (espaçamento entre linhas de 18,75 ou 15 cm). O conceito de disco triplo da unidade de sementeira, com mais de 40 anos de provas dadas, equipa este semeador, que é também compatível com ISOBUS. Rolo dianteiro quebra restolho.

Unidade de sementeira A unidade de disco triplo é composta por um disco de abertura do sulco e um disco duplo de sementeira. A marca disponibiliza dois modelos de discos de abertura para melhor adaptação do grupo de discos triplos às condições existentes. Com esta unidade, o solo na linha de sementeira fica “mais fino” sendo ainda possível regular a abertura do sulco e a pressão de sementeira. O sistema de regulação do disco de abertura encontrase apenas nos cilindros exteriores. Opcionalmente, está disponível uma regulação individual (250 a 300 kg). Com este sistema, poderá semear duas espécies diferentes a duas profundidades de sementeira diferentes. O disco duplo de sementeira está montado numa estrutura em paralelogramo. Um pivot central entre a barra de sementeira e a estrutura permite colocar a semente no sulco mesmo nas viragens. A unidade de sementeira segue sempre atrás do disco de abertura e evita a má colocação da semente mesmo em declives. O ponto de rotação é controlado através do terminal na cabine.

Duas opções de espaçamento entre linhas Disponível em duas versões, de 32 ou 40 linhas, e um espaçamento entre linhas de 15 cm ou 18,75 cm. O sulco é criado por duas filas de discos de abertura montados num rolamento isento de manutenção. Estão disponíveis

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Três tremonhas:

Na agricultura moderna existe uma grande preocupação com a biodiversidade, não apenas por questões ambientais e de paisagem, mas também por razões económicas. No nosso caso, que utilizamos as forragens para a alimentação do gado, permite-nos ter forragens com maior teor de proteína e simultaneamente proporcionar um aumento da biodiversidade do solo através de um aumento dos tipos de raízes e das sinergias destas com os microrganismos do solo e das micorrizas. Assim, com estas tremonhas poderemos, por exemplo, semear colza misturada com azevém, ervilhaca, ou outras espécies que queiramos. Tudo na mesma operação, numa só passagem. Isto se não quisermos misturar as sementes. Se quisermos misturar podemos colocar ainda mais. Dá-nos muitas opções de trabalho, o que é uma grande vantagem, explicou Nuno Marques.

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Nuno Alvito, operador da Bovicer, Tomás Rocha, administrador do Grupo Auto-Industrial, Nuno Marques, gerente da Bovicer, Miguel Vieira, gerente da Auto-Industrial Divisão Agrícola (empresa do Grupo Auto-Industrial), João Fadista e António Fadista (Agri-Tratoral, Lda).

dois modelos adaptados às diferentes condições: um disco ondulado de 460 mm de diâmetro e um disco em relevo de 430 mm para cortar eficazmente os resíduos e reduzir a projeção do solo.

Rolo dianteiro “quebra restolho” O Aurock pode ser equipado com um rolo frontal para aplanar o coberto vegetal e acelerar a decomposição dos resíduos verdes ou para esmagar plantas lenhosas, permitindo assim que a semente seja colocada no fundo do sulco sem obstruções. A pressão do rolo sobre o solo pode ser regulada a partir do terminal na cabine. A manutenção do coberto vegetal na superfície mantém a humidade no solo em condições de seca.

Tremonha dupla O Aurock 6000 RC está equipado com tremonha dupla e duas cabeças distribuidoras. Pode semear uma cultura principal e aplicar fertilizante na mesma linha, semear uma cultura principal e

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produto em foco

It’s not an electric telehandler. It’s an

Tremonha dupla RC.

Tremonha SH.

aplicar fertilizante em cada linha, duas culturas na mesma linha, duas culturas em cada linha (por exemplo, relay cropping), uma cultura principal em cada linha, uma espécie em cada linha (obtém mais espaço entre linhas) ou duas variedades da mesma espécie em cada linha. O 6000 RC está equipado com duas cabeças distribuidoras volumétricas, proporcionais e precisas. O semeador dispõe igualmente de um agitador que pode ser desligado, de série. Dois sensores móveis medem o nível de sementes na tremonha, mesmo quando esta está cheia. Existem quatro posições possíveis para os sensores, dependendo do tipo de semente que está a ser utilizado. Também é possível visualizar o nível da tremonha no terminal da cabina, com a possibilidade de receber um aviso quando o nível está baixo.

…ou tripla Além da tremonha principal, pode ainda ser instalada a tremonha SH1120, podendo ser adicionadas sementes de pequenas dimensões à cultura principal.

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Volvo

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MÁQUINAS ELÉTRICAS: UMA OPÇÃO PARA A EXPLORAÇÃO AGRÍCOLA? A Ascendum Máquinas e a Volvo CE pretendem aumentar a sensibilização e a perceção sobre o papel relevante que o setor de máquinas e equipamentos desempenha no processo de descarbonização. O lançamento oficial das soluções elétricas Volvo em Portugal realizou-se na Quinta da Murta, em Bucelas. Estiveram presentes mais de 90 pessoas, entre clientes e parceiros. POR SEBASTIÃO MARQUES

5 MODELOS JÁ DISPONÍVEIS A Volvo quer atingir emissões líquidas nulas até 2050 na sua cadeia de valor. Para isso, prevê lançar 105 novos modelos até 2040. A transição começa pelas máquinas compactas. Seguir-se-á a gama média em 2024, a gama grande em 2026, e a linha pesada em 2030. Para já são cinco os modelos de máquinas 100% elétricas em comercialização pela marca sueca. Entre estes equipamentos contam-se a pá carregadora L25 Electric, a escavadora ECR25 Electric e também a EC18 Electric. Todas estiveram em exibição na Quinta da Murta.

ESCAVADORA VOLVO ECR25 ELECTRIC • Peso operativo: 2,680 – 2,780 kg • Autonomia: até 4h

PÁ CARREGADORA VOLVO L25 ELECTRIC

APLICAÇÃO AGRÍCOLA João Jordão, gestor de produto Volvo da Ascendum Máquinas, falou sobre o interesse que estas máquinas têm despertado no setor agrícola. “As escavadoras compactas têm sido alvo de grande interesse por parte de quem tem estufas e necessita que as máquinas trabalhem no seu interior, e para quem trabalha com vinha (plantação de cepas, colocação de estacas), e queira ter uma agricultura mais “verde” e sustentável. No que toca à pá carregadora, tem grande relevância para o setor da agropecuária, para quem tenha indústria de rações, e quem necessite que a máquina entre e saia de edifícios. Já fizemos demonstrações e ensaios em vacarias em Portugal, e concluímos que, de facto, é um equipamento muito adaptado, sobretudo para clientes que tenham investido em painéis solares e que conseguem, assim, ter a operação da máquina a “custo zero”. Por regra, numa vacaria as pás

• Peso operativo: 4,900 – 5,270 kg • Capacidade do balde: 0,9m3 • Autonomia: até 8h

carregadoras fazem trabalhos repetitivos e cíclicos. Estão muito tempo seguido paradas, pelo que podem ser carregadas nessa altura, não sendo sequer necessário o sistema de carregamento rápido. Desta forma, na maioria dos casos, não será sequer necessário readaptar a infraestrutura e não existem problemas de autonomia. A par disto, é uma máquina com muita tração, com altura de descarga superior a uma minipá carregadora, e uma manobrabilidade bastante boa em zonas apertadas por ser articulada ao centro. É difícil estabelecer um PVP pois trata-se um equipamento bastante “individualizado”.

Aquilo que fazemos é deslocarmo-nos ao local e analisar parâmetros como os dias de trabalho por ano, horas de trabalho diárias/anuais, ponderação dos custos energéticos (diesel vs eletricidade) e os custos de manutenção, tentando perceber qual a melhor opção naquele caso concreto, se elétrico ou diesel. Apesar do custo inicial mais alto, o custo operativo de uma máquina elétrica é substancialmente inferior, tornando-a a médio prazo uma opção com custo semelhante e acabando por ser economicamente mais viável a longo prazo.”

Importador:ASCENDUM MÁQUINAS 56

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NA AGRITECHNICA SUSTENTABILIDADE FOI A PALAVRA DE ORDEM POR CATARINA GUSMÃO

”Máquinas mais sustentáveis e eficientes” foi este o foco da grande maioria dos fabricantes expositores na Agritechnica 2023. Ainda em destaque estiveram temas como o uso de combustíveis alternativos consoante as potências dos equipamentos, a eletrificação dos implementos, os robots autónomos, a manutenção preditiva e a inteligência artificial, soluções das quais podemos tirar partido como nossas aliadas no trabalho, seja ele qual for.

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VEJA O ÁLBUM

P

lanear a visita de uma feira internacional de máquinas agrícolas, — e não é uma feira qualquer, senão a maior da Europa!, — não é tarefa fácil. Apesar dos anos que temos “a bater” este tipo de eventos internacionais, não deixa de ser um desafio recolher informação e prestar o melhor serviço jornalístico em apenas 3 dias de trabalho. Não queremos que nada falhe, mas o tempo é curto para tantas solicitações — fomos dois jornalistas — e levar mais recursos humanos para um país onde se paga €9 euros por dois cafés, ou melhor, por duas águas castanhas servidas em copo de papel, não é sustentável. Há que tornar a nossa estadia o mais eficiente possível: planeámos cuidadosa e previamente os dias para conseguirmos encaixar nas 10 horas de trabalho diário as conferências de imprensa das marcas, recolher as novidades

das empresas expositoras, visitar clientes para o habitual e proveitoso networking e estar com a atenção máxima para absorvermos tanto conhecimento e inputs tão valiosos. É verdade que a organização da feira “à alemã”, ajuda. Vamos a números: são 2.800 expositores oriundos de 53 países, metodicamente categorizados por setor nos 24 pavilhões da feira e distribuídos pelos 390 mil m2. Assim, os 446.871 visitantes de 144 países e os 1.500 jornalistas de 50 países que ali se deslocaram para fazerem a cobertura do evento, circulam facilmente pelo espaço da feira podendo recorrer a um autocarro para os trajetos mais longos. Ao final dos 3 dias, com uma média de caminhada diária de 12km com mochila às costas (não estou a falar de trekking) damos por terminada a nossa jornada na Agritechnica 2023. Foi proveitosa a estadia, sim senhor! e muito

aprendemos. Trocámos ideias, pensámos no negócio, ouvimos peritos das marcas a falarem das tendências do setor e das previsões de um futuro incerto, cada qual inspirado no seu ‘mantra’: “Hard work, smartly done”, “Wherever there’s a Land”, “Cultivating a New World”, “With you, season after season”, “Leaders drive Fendt”, “Everyone needs agriculture”, “Keeps you going”, e por aí fora.

ARQUIVO ABOLSAMIA

Em 2025, de 9 a 15 de novembro, em Hannover, voltaremos a ter a oportunidade de espreitar a realidade da mecanização agrícola que certamente integrará as tecnologias avançadas para uma agricultura que se quer mais eficiente, sustentável e capaz de enfrentar desafios como mudanças climáticas, escassez de recursos e aumento da procura por alimentos. Nas páginas seguintes damos nota de algumas novidades e tendências que podem moldar o futuro da mecanização.

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A “dobradinha” nos TOTY

A presença dos galardoados nesta edição do “Trator Of The Year 2024”, McCormick X5.120 P3-Drive (Melhor Utilitário) e Landini Rex 4-120GT RoboShift Dynamic (Melhor Especializado), merecia um natural destaque no espaço da Argo Tractors na Agritechnica.

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s responsáveis da Argo Tractors não escondiam o regozijo com o desempenho do Grupo nesta edição do “Tractor of The Year 2024”, prémio do qual a revista abolsamia é jurada. E não é para menos, já que a casa italiana conseguiu uma dobradinha, com a marca Landini a arrecadar o galardão para Best of Specialized (melhor trator especializado) e a McCormick a superiorizar-se à concorrência na categoria de Best Utility (melhor trator utilitário). Os modelos em questão, o Landini Rex 4-120GT RoboShift Dynamic e o McCormick X5.120 P3-Drive, distinguiram-se pelo conforto de utilização e pela sofisticação técnica das soluções oferecidas, com destaque para as transmissões robotizadas que equipam as duas propostas e que foram desenvolvidas, integralmente, pela Argo Tractors. POR RUI REIS

McCormick X5.120 P3-Drive Vencedor da categoria de Melhor Utilitário, o McCormick X5.120 P3-Drive apresenta como principal novidade a transmissão P3-Drive: 36+12 ou 48+16 com creeper. Esta caixa robotizada, concebida e fabricada pela Argo Tractors, permite uma combinação de 3 PowerShifts (HML) com 4 mudanças robotizadas para cada gama, oferecendo 12 relações controladas automaticamente. Tudo é comodamente operado através do joystick SmartPilot, tirando partido da função Auto PowerShift (APS) tanto para as operações no campo (AutoField) como para o transporte em estrada (AutoRoad). Equipada com um motor FPT F36 de 3,6 litros, 4 cilindros, 16 válvulas, que já cumpre as normas Fase V, a gama oferece 95 a 114 CV sempre disponíveis e um binário máximo que varia entre 395 e 460 Nm, tudo isto num trator compacto e com uma distância entre eixos de 2.354 mm. Outras características especiais incluem o Advanced Driving System+, que permite funções de direção avançadas, enquanto a combinação de eixo suspenso e cabina garante um elevado conforto para o operador.

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Landini Rex 4-120 GT RoboShift Dynamic Entre os tratores especializados para vinhas e pomares, o Landini Rex 4-120GT também se destacou pela transmissão Roboshift. Esta conta com uma gama de relações de 48+16, com inversor electro-hidráulico, e 4 mudanças de condução totalmente robotizadas e HML, que pode ser operada em modo automático ou sequencial graças ao ergonómico joystick SmartPilot Plus que reúne os controlos de condução e de trabalho e está localizado no novo apoio de braço multifunções ajustável. A versão Dynamic inclui a opção do sistema de condução autónoma que permite, com a ajuda de sensores integrados, a condução paralela automática entre filas. Esta inclui também o Advanced Driving System, ideal para absorver os desníveis do terreno, diminuindo o esforço na direção e otimizando o desempenho do trator e do operador. Em termos de conforto de utilização, o Rex4-120 GT é o primeiro trator do segmento com uma cabina suspensa o que, juntamente com o eixo dianteiro com suspensão hidráulica regulável, garante um nível de conforto sem paralelo. Já o motor Deutz-AG Stage V de 2,9 litros e 4 cilindros, garante um bom desempenho, com baixos consumos e menores emissões poluentes.

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TRATORES E CEIFEIRAS CASE-IH

UMA MÃO CHEIA de tudo

Importada em Portugal pelo Entreposto Máquinas, a Case-IH abrilhantou a Agritechnica com uma mão cheia de novidades. Do novo Farmall 75C elétrico aos Farmall A 90 e 100, passando pelos especializados Quantum ou pelo Quadtrac 715, a marca americana apresentou soluções para todas as necessidades e carteiras. POR RUI REIS

Quadtrac 715 Este é o trator de rastos mais potente da Case IH. A FPT, empresa do grupo, fornece o motor 16L TST, um seis cilindros com 15 900 cc de cilindrada e um turbocompressor de duas fases. Segundo a marca, o Quadtrac 715 AFS Connect produz uma potência máxima de 778 cv às 1900 rpm e uns colossais 3.255 Nm de binário às 1400 rpm.

Série Quantum de tratores especializados O Quantum V, com uma largura mínima de 1.063 mm, é adequado para a operação em vinhas mais estreitas. Em plantações e pomares mais espaçados, os tratores Quantum N ou Quantum F são a melhor escolha, com uma largura total mínima de 1.228 mm ou 1.382 mm. Por fim, o Quantum CL é a solução mais versátil desta gama de modelos, com 1.569 mm de largura.

Farmall A 90 e 100, versáteis e acessíveis Com uma capacidade hidráulica de até 82 l/m, proporcionam um maior caudal durante o funcionamento com alfaias dianteiras e traseiras, enquanto o potente engate traseiro tem a capacidade de levantar até 4.400 kg. Os motores estão a cargo de unidades FPT F5 (Fase V).

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Farmall 75C Elétrico O novo Farmall 75C Electric é a resposta da Case IH a um grupo alargado de potenciais clientes, já que os 55 kW (74 cv) de potência e os 320 Nm de binário do motor Parker tornam este trator elétrico bastante versátil. De acordo com a marca, o Farmall 75C Elétrico pode trabalhar continuamente durante 4 horas. O novo Farmall 75C Electric só está disponível com cabine e carregador frontal e estará à venda no início de 2024.

Puma AFS Connect Os novos Puma AFS Connect apresentam uma cabine renovada, mais confortável e tecnologicamente evoluída. Entre as novidades está a tecnologia AFS Connect integrada. Entre as funções principais estão a telemetria e o monitor de produtividade.

O futuro hoje Outro tema em destaque no espaço da Case IH eram as novas tecnologias aplicadas ao setor agrícola. O Connect Room é uma das soluções já apresentadas. Na prática, este recebe dados das máquinas conectadas. Os especialistas da Case IH analisam os dados para criar e melhorar constantemente os algoritmos que geram alertas, conselhos sobre o funcionamento das máquinas e informações úteis para o cliente. O concessionário pode também efetuar diagnósticos remotos na máquina do cliente e até ligar-se ao ecrã da máquina e tomar medidas sem sair do seu local.

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CLAAS

TECNOLOGIA SUSTENTÁVEL E AUTÓNOMA para a agricultura de hoje e amanhã CLAAS XERION 12.650 TERRA TRAC vencedor do Trator do Ano 2024.

Com um novo conceito de stand e uma série de novos produtos, a CLAAS pretendeu envolver-se num diálogo inovador com os clientes na Agritechnica deste ano. Os novos produtos foram apresentados no Innovation Alley no centro do stand, enquanto o novo Innovation Lab mostrou as soluções para a agricultura do futuro.

• XERION autónomo • AgXeed, thermalDRONES e CLAAS combinam o corte de erva automatizado e autónomo com o salvamento da vida selvagem • SCORPION 732e elétrico a bateria • Ceifeira-debulhadora semi-eléctrica • Cabina 4.0 e Cab10Future: uma janela para o futuro ambiente do operador em máquinas de colheita e tratores Uma plataforma, várias opções: o novo ecossistema digital CLAAS connect é lançado em 2024 A CLAAS combinou a gestão digital de máquinas, o planeamento de serviços e a gestão de licenças como o mapeamento de rendimento, mapas de aplicação e documentação numa única plataforma baseada na nuvem - a nova CLAAS connect.

Duas medalhas de prata nos Prémios de Inovação Agritechnica Duas soluções da CLAAS foram premiadas na Agritechnica deste ano. Ambos os desenvolvimentos têm como objetivo aumentar ainda mais a automação e a precisão na agricultura.

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Controlo multidimensional elétrico do engate de 3 pontos para tratores Muitas vezes, quando o engate de 3 pontos é elevado ou baixado, os implementos perdem o alinhamento paralelo ao solo fazendo com que trabalhe em diferentes profundidades nas partes dianteira e traseira. Para aprimorar esse processo, a CLAAS passa a disponibilizar um braço de acoplamento superior hidráulico no engate de 3 pontos que determina sozinho a posição ideal para manter o implemento paralelo ao solo.

3A – Software de planeamento e implementação que pode ser usado para controlar robots em colaboração com tratores e implementos Este software foi desenvolvido para ser usado no controlo de robots que trabalham em conjunto com tratores e implementos. É capaz de detetar falhas na combinação trator-alfaia e, quando viável, corrigi-las de forma autónoma.

6 novos carregadores frontais FL C para os tratores ELIOS, AXOS e ARION A CLAAS está a lançar uma nova geração de carregadores frontais, com ligação mecânica autonivelante integrada, para substituir a anterior série FL C. Os novos modelos foram apresentados na Agritechnica.

Aprovação HVO (óleos vegetais tratados com hidrogénio) Desde 1 de outubro de 2023, todas as máquinas agrícolas CLAAS que cumpram a mais recente norma de emissões estão aprovadas para funcionamento com óleos vegetais tratados com hidrogénio (HVO).

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TRATORES E CEIFEIRAS FENDT

O MAIOR STAND de sempre Sob o lema ”Os líderes conduzem Fendt”, a marca alemã apresentou novos produtos, mas também uma variedade de tecnologias orientadas para o futuro, numa impressionante área de mais de 3.000 metros quadrados, o maior stand da Fendt até à data.

O

s destaques incluem a gadanheira Fendt Slicer 960/1010 e, pela primeira vez, o novo trator totalmente elétrico, o Fendt e107 V Vario, vencedor do prémio Sustainable TotY 2024. Outro marco foi o lançamento do Fendt 600 Vario - um trator que não só ganhou o reconhecimento do júri de especialistas do prémio “FARM MACHINE 2024”, como também foi eleito o vencedor do “FARM MACHINE 2024 Audience Choice Award” pela comunidade Fendt.

Fendt e107 V Vario É o primeiro trator elétrico da Fendt em produção em série. O e107 V Vario foi pensado para utilização em culturas especiais, em estufas, em explorações agrícolas com produção própria de eletricidade ou em municípios. O trator incorpora o conceito de funcionamento FendtONE e oferece a possibilidade de continuar a utilizar as alfaias existentes na exploração. Tem 55kw (75 cv) de potência, 5 horas de autonomia, 100 kwh capacidade da bateria, e um binário 347 Nm.

Gadanheira Fendt Slicer 960/1010

Fendt 600 Vario A nova gama de tratores de quatro cilindros, 600 Vario, é composta por quatro modelos com potências que vão dos 149cv a 209cv (com boost de 164cv a 224cv). O motor que equipa a totalidade dos modelos é o AGCO Power Core 50 de 5.0 litros. O binário máximo no maior modelo, o 620, é de 950Nm entre 1.200 e 1.600rpm. O motor fabricado na Finlândia utiliza um sistema de tratamento de gases SCR, DOC e DPF, não utilizando EGR. O motor Core 50 pode ser alimentado com HVO (óleo vegetal hidrotratado). A velocidade máxima do 600 Vario é de 50 km/h, atingidos a 1.350rpm.

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A nova série de gadanheiras combinadas Fendt Slicer está repleta de tecnologia. Uma característica particularmente significativa é o ajuste automático da intensidade do condicionador, que está disponível em todos os modelos KC-Pro da gama. Esta característica foi distinguida com a Medalha de Prata nos Prémios de Inovação da Agritechnica. Ajuste automático do condicionador A quantidade de biomassa é determinada por um mapa com dados de satélite e por um sensor que regista diretamente os dados de rendimento durante a operação de corte. Os dados obtidos são enviados via ISOBUS para o computador de bordo da gadanheira, que calcula as configurações adequadas e envia-as diretamente para o motor elétrico na parte oposta do condicionador. O operador da gadanheira só precisa de se concentrar no processo de corte. As configurações específicas e decisivas do condicionador, por outro lado, são controladas pelo sistema de sensores ou pelo mapa de aplicação.

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JOHN DEERE

INTELIGÊNCIA rima com EFICIÊNCIA No imenso espaço de exposição da John Deere, o denominador comum era a aplicação da tecnologia a uma agricultura que se pretende mais “inteligente” e eficiente ao longo de todo o ciclo, de colheita a colheita. O novo trator 8RX autónomo é um dos expoentes máximos desta estratégia.

8RX autónomo

Sistema AutoPath

POR RUI REIS

O

trator autónomo da John Deere, lançado, para já, apenas nos E.U.A. cumpre dois objetivos específicos: aumentar a produção agrícola mundial e combater a escassez de mão-deobra no setor. Baseado no 8RX, este trator autónomo possui câmaras que permitem a deteção de obstáculos a 360º e o cálculo de distâncias. As imagens captadas pelas câmaras passam por um “cérebro” central que classifica cada pixel em aproximadamente 100 milissegundos e determina se a máquina deve continuar a operar ou parar imediatamente. O trator autónomo também verifica continuamente a sua posição relativamente a uma geocerca, assegurando que está a funcionar onde é suposto e com uma precisão inferior a 2,5 cm. Depois de configurado, o trator opera autonomamente deixando o agricultor livre para se concentrar noutras tarefas, enquanto monitoriza o estado da máquina a partir do seu dispositivo móvel. O Centro de Operações John Deere Mobile permite o acesso a vídeos, imagens, dados e métricas em direto, e permite ao agricultor ajustar a velocidade, a profundidade de trabalho e muito mais. Em caso de anomalias na qualidade do trabalho ou de problemas na máquina, os agricultores serão notificados remotamente e poderão fazer ajustes para otimizar o desempenho do trator.

Sustentabilidade é uma prioridade A John Deere também aproveitou o “palco” da Agritechnica para apresentar o concept de um novo motor de 9 litros movido a etanol. Este é um biocombustível produzido em diferentes partes do mundo (sendo o Brasil um dos principais produtores, com seis mil milhões de litros por ano), uma vez que pode ser feito a partir de diferentes matériasprimas, como o milho, o trigo e a cana-de-açúcar. Por ser um combustível de alta octanagem, é uma opção viável para motores de combustão interna de elevado desempenho.

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Tecnologia gera mais lucro: Sistema AutoPath O AutoPath e o HarvestLab da John Deere são dois bons exemplos da tecnologia ao serviço de uma agricultura de precisão. O sensor HarvestLab permite a fertilização orgânica perfeita através da deteção de estrume. Antes da sementeira, uma faixa de fertilizante orgânico pode ser aplicada no solo através da tecnologia de mobilização por faixas. O AutoPath permite a colocação precisa de sementes na faixa do fertilizante durante o processo de sementeira.

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TRATORES E CEIFEIRAS KUBOTA

Trator autónomo MAIS POTENTE e preparado para a Europa A Kubota apresentou na Agritechnica o AgriRobo MR 1000 A, uma versão aprimorada do trator autónomo, baseado no M5002, agora com 100 cv. Além disso, a marca inovou com o TIM Pack 2.0 para enfardadeiras, carregadores frontais LK-M com autonivelamento e a ferramenta de telemática IsoMatch FarmCentre.

Nova geração de carregadores frontais LK-M Estas novas gamas de carregadores frontais da série LK-M podem ser equipadas nas séries M6002, M6001 U e M5002. A LK-M engloba cinco modelos de carregadores, cada um equipado com autonivelamento mecânico integrado, que permite atingir o equilíbrio entre altura de elevação e potência para aumentar a eficiência nas necessidades diárias de manuseamento de cargas.

“M5002” autónomo e com transmissão CVT O fabricante japonês de tratores apresentou na Agritechnica uma versão maior do AgriRobo, um trator autónomo que conheceu a sua primeira versão, de apenas 60 cv, em 2017. Agora, além deste novo modelo - o AgriRobo MR 1000 A - assentar na base de um M5002 equipado com direção GPS e deteção de obstáculos que lhe permite trabalhar de forma autónoma, conta com 100 cv de potência. Por enquanto, este AgriRobo só está disponível para compra no Japão, onde são comercializados há vários anos. Curioso também é o facto deste M5002 possuir uma transmissão de variação contínua e válvulas elétricas (a marca ainda não adiantou se e quando o M5002 contará com estas valências). Existem três formas de operar o AgriRobo: condução completamente manual, condução através de um controlo remoto, e um modo “segue-me”, em que o utilizador conduz um trator e é seguido por outro trator sem condutor. O AgriRobo só está à venda no Japão mas, de acordo com a marca, o trator autónomo está pronto para trabalhar na Europa assim que a legislação seja clarificada. Este equipamento foi pensado para culturas especializadas, nomeadamente fruticultura e horticultura.

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AgriRobo MR 1000 A com o sachador Kubota IC3480 F

Nova ferramenta de telemática

Enfardadeiras de fardos redondos com novo TIM As enfardadeiras de fardos redondos vêm agora com funcionalidades alargadas de Gestão de Implementos de Tractores (TIM). A Kubota deu um passo em frente com a introdução do TIM Pack 2.0. Esta nova tecnologia inclui um dispositivo automático de alimentação da câmara de fardos e permite também o controlo do rotor em caso de bloqueios inesperados da entrada.

O IsoMatch FarmCentre facilita a comunicação perfeita com as máquinas ISOBUS através do terminal da alfaia, simplificando as operações e assegurando um controlo preciso. Com conetividade independente através de um cartão SIM 4G dongle incorporado, é garantido o acesso constante aos dados, mesmo em áreas remotas. Com as suas capacidades de monitorização em tempo real, garante que cada decisão se baseia nos dados mais actualizados disponíveis.

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MASSEY FERGUSON

DE OLHOS POSTOS no lançamento do 9S Na Agritechnica, a Massey Ferguson apontou todos os holofotes para o novo 9S, um trator topo de gama que vem substituir o anterior 8700S. Com potências compreendidas entre os 285 e os 425 cv, o 9S está equipado com uma transmissão de variação contínua e denota uma especial atenção ao bem-estar e conforto do utilizador. POR RUI REIS

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a Massey Ferguson todos os olhares recaíam na nova linha 9S, um trator topo de gama com o motor de seis cilindros, AgcoPower, de 8,4 litros, associado a uma transmissão CVT. A gama de potências vai dos 285 cv aos 425 cv, sendo que as designações comerciais escolhidas espelham esse mesmo escalonamento de potências: 9S.285, 9S.340 e 9S.425. Todos os modelos que compõem a gama 9S da Massey Ferguson, exceto o mais potente 9S.425, estão equipados com o sistema EPM power boost, que aumenta o binário até aos 1.750 Nm e gera mais 30 cv de potência a velocidades superiores a 15 km/h para

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aplicações hidráulicas e da TDF. Este bloco já respeita integralmente a norma Stage V, sem válvula EGR. Pode aceitar combustíveis HVO. Uma caraterística especial deste motor é o facto de ter um único turbocompressor de geometria variável. O 9.S está equipado com um depósito de GNC de 660 litros e um depósito de AdBlue de 68 litros.

Outras características Todos os modelos 9S estão equipados com uma transmissão Dyna-VT de variação contínua (CVT). Esta foi redesenhada para ser capaz de transmitir mais binário e potência. O sistema hidráulico disponibiliza um caudal de 205 l/min às 1.650 rpm ou 270 l/min às 1.850 rpm.

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A Massey Ferguson também dedicou especial atenção ao conforto do utilizador e a cabina partilha a mesma estrutura que o 8S. Assim, o novo modelo também inclui o espaço de 180 mm entre o motor e o parabrisas, solução que proporciona uma melhor visibilidade, uma redução do calor radiante e uma maior insonorização. O espaço a bordo também é muito generoso, com 3,4m3. Este novo 9S tem um peso bruto máximo com lastro de 18 toneladas. A elevação máxima do elevador traseiro é de 12 toneladas para toda a gama de deslocações, com uma opção de elevador superior para aumentar este valor para as 20 toneladas numa distância de deslocação reduzida.

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TRATORES E CEIFEIRAS NEW HOLLAND

MEDALHA DE OURO

A New Holland aproveitou a Agritechnica para apresentar diversas novidades. A mais notória, não só pelo tamanho, mas também por ter vencido a Medalha de Ouro nos Prémios de Inovação Agritechnica, foi a nova ceifeira-debulhadora CR11.

T4 Electric Power - trator utilitário totalmente elétrico e automatizado Com o trator T4 Electric Power movido a bateria, a New Holland traz interessantes recursos de autonomia e segurança. Sistemas de câmaras montados no teto da cabine e na parte dianteira do capot proporcionam, entre outras coisas, visibilidade de 360° do trator (acessível no terminal da cabine), detetando implementos para facilitar o engate e desengate automático da TDF e se alguém está demasiado próximo do cardã. Além disso, há funções como o “Route Mode”, em que o trator cumpre instruções de rota para se descolar num determinado terreno, por exemplo num pomar. Ou o modo “Invisible Bucket “, que “remove” implementos no ecrã do terminal da cabine proporcionando uma visão geral melhor e desobstruída durante o trabalho com o carregador frontal. Muito interessante é o modo “Follow Me” para atividades como a colheita manual de legumes ou a instalação de cercas, em que os operadores têm que subir e descer repetidamente para fazer o veículo avançar alguns metros. Se o operador ativar o modo “Follow-Me” no terminal do trator e, em seguida, se posicionar na área de reconhecimento frontal para identificação, o trator passará a seguir essa pessoa. Além disso o recurso possui controlo por gestos, permitindo que o trator receba instruções de direção através de sinais manuais.

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Novo conceito da ceifeiradebulhadora de rotor axial duplo CR O aspeto central da nova ceifeira-debulhadora CR é a tecnologia de propulsão com o motor alinhado à posição dos rotores. Rotores e acessórios são impulsionados através da correia de alimentação pela caixa de transmissão central com divisão de potência em forma direta ou por eixo cardã. O rotor esquerdo tem a função de engrenagem intermediária para o tambor do alimentador. O eixo cardã fica no lado direito do chassi, acima do nível da caixa do rotor. Tal possibilita que não existam mecanismos de propulsão nas laterais do chassis (entre a estrutura principal e a suspensão), permitindo ampliar significativamente a sua largura. O espaço agora disponível é aproveitado para alargar o côncavo de debulha aumentando assim o rendimento da ceifeiradebulhadora. Para remover bloqueios ou entupimentos, um sistema automático, controlado por software, não só executa os movimentos habituais de vaivém para soltar o bloqueio, mas também gira o tensor da correia para o lado esticado da correia

O protótipo T7 Methane Power LNG (trator a gás natural liquefeito)

do tambor do alimentador, garantindo uma transmissão precisa do movimento rotativo. O sistema de limpeza patenteado também foi ampliado em 13%; o sistema de elevação de grãos foi aprimorado, enquanto um mecanismo de controlo auxiliado por sensores mede a pressão dinâmica e, separadamente, a distribuição do material coletado nas partes dianteiras e traseiras da peneira superior. A distribuição desigual de grãos e outros elementos é compensada por sacudidelas transversais, de forma que o sistema não apenas garante a distribuição uniforme nas peneiras superiores tanto em terreno nivelado como em declives, mas também pode corrigir, pela primeira vez, o problema de distribuição transversal, típico das ceifeirasdebulhadoras de rotor axial.

Novos tratores T4 LP Stage V completam a gama T4 da New Holland O modelo LP (perfil baixo) , disponível nas versões ROPS ou cabinada, complementa os T4 F, N, e V, já atualizados. É também introduzido um novo modelo de 120 cv, além do novo design, novas luzes LED, novo hidráulico dianteiro integral e tomada de força para aplicações multitarefas.

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SOLIS

2 NOVOS TRATORES 32 e 110 cv

S110 O Solis 110, com 110 cv de potência, assinala a estreia da marca no segmento acima dos 100 cv (o 90 XL era até aqui o mais potente que a Solis disponibilizava no continente europeu). Equipado com motor S-Tech de 4 cilindros, conta com uma transmissão mecânica 24F + 12R. A capacidade máxima de elevação nos braços traseiros é de 4.500 kg.

A Solis, aproveitou a presença na Agritechnica para aumentar a sua gama de tratores, apresentando um novo modelo de 32 cv e aquele que passa a ser o mais potente modelo Solis na Europa: o S110. No stand pontificava também o finalista vencido na categoria Melhor Utilitário no concurso Trator do Ano 2024, o Solis S 90 Stage V. A Solis apresentou ainda dois corta-relvas elétricos.

LOVOL

S38 A Solis fez a sua entrada na Europa através do segmento de tratores compactos. O Solis 26 é mesmo um best-seller em Portugal. Agora, e tal como já anunciado, a marca lança o S38, de 32 cv. Com motor Stage V de 3 cilindros e 1642 cc, binário máximo de 109,4 Nm, o depósito tem capacidade para 38 litros de combustível. A transmissão é mecânica, 8F+8R, com inversor sincronizado, e a velocidade única na tomada de força são 540 rpm. A capacidade de elevação hidráulica nos braços traseiros é de 1000 kg. O espaço para o operador oferece um nível de conforto pouco habitual neste segmento de potência, destacando-se um inovador S-Command Center. TdF 540 Além das duas novidades, a Solis mostrou também no seu stand uma vasta gama de tratores, incluindo os SV 26 EV, S26, S90, S26 HST HVAC, S90 ROPS e S20 ROPS Side-Shift.

TYM

UM FRUTEIRO e dois compactos

NOVIDADES dos 25 aos 130 cv

A Lovol continua a alargar a sua gama de tratores e apresentou na Agritechnica o seu novo vinhateiro, o F4110. A par deste, foi também possível ver os novos P1000 e P2000, de 25 e 40 cv respetivamente, da gama de compactos.

A marca coreana apresentou-se em Hannover com várias novidades. Em destaque o T78, com motor Deutz de 4 cilindros 1900 cc e 74 cv e transmissão 16x16 sincronizada, o T130, também com motor Deutz de 129 cv, e o T25, de 24 cv de potência.

T78

F4110

T25

P1000

T130

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dezembro 2023 / fevereiro 2024 P2000

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TRATORES E CEIFEIRAS SAME DEUTZ-FAHR

POTÊNCIA e luxo A DEUTZ-FAHR apresentou na Agritechnica melhorias na sua linha de tratores, destacando-se o aprimorado 5DF MY24, os versáteis 5KF e 5KM, e os novos modelos 6160.4 TTV a 6180 TTV. A Série 5D recebe atualizações significativas, incluindo um modelo de 75 cv sem AdBlue, enquanto a nova DEUTZ-FAHR Lamborghini edition promete luxo e exclusividade.

Novos adicionais para o 5DF MY24 O 5DF (de 90 - 116 cv) foi melhorado e pode agora ser encomendado com várias opções adicionais. O pacote MY24 da plataforma 5 DF inclui o controlo eletrónico do elevador traseiro com amortecimento das vibrações, saídas hidráulicas adicionais (até 10), elevador dianteiro e tomada de força, bem como a exclusiva suspensão independente do eixo dianteiro.

Novo 5 KF / 5 KM Após o lançamento do 5K em julho, a DEUTZ-FAHR completa a sua oferta de tratores de rastos, acrescentando os novos modelos 5 KF e 5 KM, de 75 a 116 cv. Enquanto o 5 KF foi concebido principalmente para aplicações em vinhas e pomares em condições super acidentadas (largura total de 1,36 a 1,75 m), a série 5 KM tem uma via de rodagem mais larga (largura total de 1,75 a 1,80 m) e um baixo centro de gravidade.

Novo 6160.4 TTV - 6180 TTV A marca aproveitou a Agritechnica para anunciar o completar da Série 6 TTV com cinco novos modelos, com motores de 4 e 6 cilindros entre 161 cv e 192 cv de potência máxima.

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Novo 5D MY 24 e 5D KEYLINE com PowerShuttle A série 5D MY24 mantém as características da geração anterior, mas oferece agora várias novidades, como a nova disposição do depósito de combustível, o carregador frontal ReadyKit, um sistema hidráulico mais potente (aumento de 20% do caudal) e o novo painel de instrumentos InfoCentre+ com um ecrã LCD a cores de 3,5”. Para além dos modelos de 95 cv e 105 cv, foi acrescentado um modelo de 75 cv que cumpre a fase V sem necessidade de AdBlue. Outra gama da DEUTZ-FAHR que foi atualizada é a Série 5D Keyline, com potências de 65 cv a 102 cv. Estes modelos de tratores podem agora ser equipados com um PowerShuttle.

DEUTZ-FAHR Lamborghini Edition O lançamento do primeiro modelo, o DEUTZ-FAHR Lamborghini edition 6190 TTV, foi um dos pontos de atração da feira de Hannover. A partir de agora, todos os modelos DEUTZ-FAHR HHP estão disponíveis com a edição exclusiva DEUTZ-FAHR Lamborghini.

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TAFE

TAFE

estreia-se na Agritechnica A marca indiana apresentou os modelos de 18, 55, 65 e 75 cv, bem como a gama de tratores elétricos e um protótipo de trator a hidrogénio.

Tratores convencionais A TAFE apresentou a sua gama de tratores convencionais entre os 55 e os 75 cv. Composta por três modelos, 5515 de 55 cv, 6515 de 65 cv, e 7515 de 75 cv, equipados com um motor de 2600 cc, Stage V e transmissão mecânica sincronizada com inversor de 12+12. O depósito de combustível tem capacidade para 75 litros. A tomada de força tem duas velocidades (540/540E e 750 rpm). A capacidade de elevação nos braços traseiros é de 2050 kg no 5515 e de 2400 no 6515 e no 7515. A nova cabine HVAC está disponível como opcional nos três modelos.

A

Tratores compactos

TAFE-Tractors and Farm Equipment Limited, um dos maiores fabricantes de tratores do mundo, está a expandir a sua presença nos mercados europeus e a sua estreia na Agritechnica foi aproveitada para apresentar novos tratores compactos e utilitários, bem como soluções na área da agricultura de precisão.

Tratores elétricos Foi a principal atração do stand. O trator elétrico da TAFE está equipado com um motor que debita 27 cv (20 kW) de potência e uma função de carregamento rápido (4 horas) que é totalmente compatível com o sistema europeu de carregamento combinado – o CCS2. Com uma transmissão mecânica, o trator eléctrico TAFE atinge uma velocidade máxima de 25 km/h. Para além do seu uso em contexto agrícola, é ideal também para ser utilizado por municípios e empresas de logística devido ao seu baixo nível de ruído. Este trator deverá estar disponível no mercado em 2024.

Ao nível do portfólio de tratores, a TAFE irá apresentar, no curto prazo, modelos entre os 30 e os 60 cv, nomeadamente fruteiros e especializados.

Soluções agrícolas inteligentes O stand da TAFE tinha também uma área dedicada aos sistemas conectados que a empresa tem vindo a desenvolver. O principal destaque foi o TAFE TERRA, um ecossistema integrado de agricultura inteligente para múltiplas soluções de agricultura de precisão, como o sistema de direção automática baseado em GPS, o gateway telemático, o sistema avançado de informação de gestão agrícola e o conjunto de ecrãs TFT inteligentes. Com uma equipa de engenheiros sediada no Reino Unido e especialmente dedicada ao desenvolvimento destas soluções de agricultura de precisão, a TAFE pretende comercializá-los também para máquinas e equipamentos de outros fabricantes.

A gama de tratores compactos da TAFE era até aqui composta pelo 6028 M, com 24 cv e transmissão mecânica. Na Agritechnica a marca apresentou uma versão do mesmo trator com transmissão hisdrostática, o TAFE 6028 H e acrescentou um modelo de 18 cv e transmissão mecânica, o TAFE 6020 M. O 6020 equipa com um motor de 3 cilindros e 952 cc, tração integral, depósito de combustível com 23 litros de capacidade, e transmissão mecânica 9+3. Com travões em banho de óleo, tem uma capacidade de elevação nos braços traseiros de 650 kg. A tomada de força tem dois regimes: 540 e 750 rpm. Apenas disponível em versão ROPS. Outra novidade nesta gama dos compactos foi o lançamento do carregador-frontal original da marca.

Trator a hidrogénio: Foi um dos tratores que mais atenções despertou no público. No entanto, para já, a marca adianta que se trata apenas de um protótipo que não irá entrar em produção.

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TRATORES E CEIFEIRAS VALTRA

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ão foi só a nova Série S, intitulada “The Boss”, a ser apresentada. A marca finlandesa aproveitou o evento para anunciar a nomeação de um novo vice‑presidente e diretor geral, Mikko Lehikoinen.

O lançamento global da Série S A Série S de 6ª geração teve o seu lançamento global na Agritechnica 2023. A produção em série está a ser aumentada no segundo trimestre de 2024 e as primeiras entregas na Europa podem ser esperadas no verão. A Valtra está desde novembro a apresentar a Série S em eventos de campo para clientes em todo o mundo. Para saber tudo sobre este trator, que foi candidato a Trator do Ano 2024, pode consultar a edição 138 da revista abolsamia.

Novo vice-presidente e diretorgeral da Valtra Mikko Lehikoinen foi nomeado vicepresidente e diretor-geral da Valtra EME a partir de 1 de janeiro de 2024, reportando a Torsten Dehner, Vice-Presidente Sénior da AGCO, Diretor-Geral Fendt/Valtra. Mikko Lehikoinen sucede a Jari Rautjärvi, que se reformará no final de 2023, após mais de 30 anos ao serviço da AGCO e da marca Valtra.

NOVO BOSS apresentado Gasóleo renovável ”Para máquinas de baixa e média potência, a eletrificação e as opções de combustível de hidrogénio podem ser adequadas. No entanto, para tratores de maior potência, é provável que o motor de combustão interna continue a ser o mais adequado, devido às exigências de potência das máquinas. Estes podem funcionar com gasóleo fóssil ou renovável, como o Neste MY Renewable Diesel”, explicou Mikko Lehikoinen. ”A Neste e a AGCO estão a colaborar para melhorar o acesso ao combustível renovável”, continuou. O gasóleo renovável Neste MY é produzido a partir de matérias-primas 100% renováveis, tais como óleo alimentar usado ou gordura animal proveniente de resíduos da indústria alimentar.

Nova app para ajudar a reduzir o tempo de inatividade e consumo de combustível

”Quero agradecer ao Jari pelos últimos anos e pelo trabalho que efetuou ao serviço da Valtra e da AGCO. Ele foi o meu mentor nos últimos 10 anos! Sob a liderança de 17 anos de Jari, construímos a base para o sucesso da Valtra. Estou orgulhoso da Valtra e é uma grande honra continuar a partir daqui”, comentou Lehikoinen.

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A nova e inovadora aplicação Valtra Coach ajuda os condutores a melhorar a eficiência do combustível, monitorizando os hábitos de condução e oferecendo feedback em tempo real de uma forma envolvente. O Valtra Coach funciona utilizando os dados recolhidos através do Valtra Connect (o seu sistema de telemetria) para mostrar aos condutores onde podem estar a utilizar mais combustível do que o necessário. Nos estudos iniciais, a Valtra estima que, para um operador que conduza o seu trator durante 5,2 horas por dia, reduzir o tempo de inatividade em 12% pode poupar

mais de 330 litros de combustível por ano. A Valtra pretende ter o primeiro lançamento da aplicação para o público em 2024.

Maior precisão na aplicação de fertilizantes O Smart Top Link ajusta automaticamente o comprimento do braço superior do distribuidor para assegurar que o distribuidor está corretamente calibrado durante a aplicação. Como resultado de extensos testes de campo, a equipa da Valtra descobriu que a mudança de peso no distribuidor durante o ciclo de distribuição causa uma mudança de ângulo de cerca de 3°. Isto significa que o espalhador está corretamente calibrado apenas em cerca de 20% do ciclo de espalhamento. Tal resulta numa perda de rendimento e numa aplicação excessiva em certas áreas. Numa quinta dinamarquesa, verificou-se que tinha um efeito médio negativo de 20 euros/ ha. O Smart Top Link da Valtra ajusta o top link em tempo real, para assegurar que o espalhador permanece nivelado, o que reduz o efeito negativo numa média de 15 €/ha. Disponível como uma caraterística Valtra Unlimited a partir do início de 2024, o sistema funciona através do ecrã SmartTouch. O Top Link pode ser utilizado com a maioria dos distribuidores de fertilizantes montados, independentemente do fabricante. O Smart Top Link estará disponível a partir do início de 2024, através da Valtra Unlimited, nas novas encomendas de tratores N, T, Q e S, por um PVP de 5.000€. Uma versão de pós-venda do produto será lançada no final do ano.

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Mais opções para

SEMENTEIRA DIRETA

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izemos uma volta completa ao stand com Abílio Pereira, Técnico da Lagoalva Equipamentos, empresa que representa a Horsch em Portugal, e trazemos-lhe as soluções que estarão disponíveis já em 2024, bem como os protótipos em que a marca alemã está a trabalhar para os próximos anos.

Um semeador para todas as culturas Ainda um protótipo e em período de testes, o Solus permitirá fazer sementeiras grão a grão com linhas de 22,5cm até aos 75 cm. Com um só equipamento poderá fazer sementeiras de precisão em praticamente todas as culturas. Contará com todos os sistemas conhecidos da marca, desde controlo de pressão dos corpos ao solo, controlo de secções, e ainda outros que não foram desvendados. Fará aplicação de semente e adubo, poderá aplicar micro-granulados. Tem 10 metros de largura e 47 linhas de sementeira, a tremonha tem uma capacidade de 6000 litros.

Entrelinha variável e precisão num semeador montado Não sendo propriamente uma novidade em feira, mas apenas entrando em comercialização em 2024, o Maestro 6TX é um semeador montado, monogrão, para culturas de entrelinhas de 45 a 80

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A Horsch apresentou-se na maior feira europeia com muitas novidades. Conheça as soluções mais económicas para sementeira direta ou mobilização mínima, equipamentos para instalação de culturas de cobertura, e fertilização de precisão.

cm. Entre as principais características contam-se uma tremonha de adubo de 1300 litros, a possibilidade de colocar adubo micro-granulado e semente, e é telescópico, o que permite ao agricultor, a qualquer momento, mudar a distância entrelinha. O localizador de adubo é de disco simples. Este semeador pode trabalhar em sementeira direta e tem como opcionais um sistema que transfere peso do trator para o semeador de forma a atingir pressões de até 350 kg (podendo assim funcionar com o sistema Auto-Force e funcionar “como uma máquina rebocada”), e controlo de secções linha a linha (para o adubo de três em três). O Maestro TX pode fazer velocidades de trabalho até aos 15 km/h, e requer um trator com uma potência mínima de 120 cv. A versão base (sem adubadores) está disponível a partir de €46.000 euros.

Solução para instalação de culturas de cobertura

Abílio Pereira, técnico da Lagoalva, e Bernardo Ribeiro, diretor-geral da empresa.

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HORSCH

Para incorporação de restolhos ou preparação da cama de sementeira. Com a tendência crescente das culturas de cobertura, a montagem de um MiniDrill (semeador pneumático controlado por computador) constitui uma solução rápida e económica para instalação das mesmas. Em caso de restolhos mais volumosos pode ainda juntar-se a este conjunto um rolo de facas Cultro, montado na frente do trator. Preços: Joker 3 CT a partir de €15 000 euros, MiniDrill a partir de €8700 euros, Cultro 3 TC a partir de €11 000 euros.

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MOBILIZAÇÃO E SEMENTEIRA

Sementeira direta com bicos em vez de discos Um Avatar mais curto O Avatar SL (Short Line ou Linha Curta) é outra opção de semeador montado, com largura de trabalho de 6 metros e os corpos de sementeira, de disco simples (preparados para sementeira direta). Este equipamento contará com duas versões: uma sem tremonha (desenhado para trabalhar com tremonha frontal Partner FT) e outra com duas tremonhas traseiras MiniDrill (400 litros cada) que permitem a utilização de sementes diferentes. Apesar de não ser o equipamento tradicional para sementeira direta, por ser mais compacto, é uma máquina que pode fazer esse trabalho desde que não seja em condições extremas (consoante a necessidade de pressão ao solo dos corpos). Iniciará a comercialização já em 2024 mas o preço ainda não está disponível.

Na linha de alfaias mais económicas da Horsch uma das novidades é o Sprinter SL, uma máquina para sementeira direta que, ao invés de discos trabalha com bicos. Destinase a trabalhar em conjunto com a tremonha frontal Partner. Um semeador montado aos três pontos,

de bico simples ultrafino (2 cm de largura), conta com uma roda simples regulável em profundidade e controlo da pressão hidráulica dos elementos ao solo. Velocidades de trabalho entre 5 e 7 km/h e um trator a partir de 150 cv. No mercado já em 2024, ainda não tem preço disponível.

Leeb Xeric 14FS - Equipamento de distribuição de adubos sólidos A Horsch apresentou na Agritechnica o equipamento que marcará a sua entrada nos equipamentos de distribuição de adubos sólidos, aproveitando muito do conhecimento e da tecnologia que a marca já dispõe nos pulverizadores. Este equipamento chega à feira após mais de um ano e meio em testes pela Europa e deverá entrar no mercado no final de 2025. O chassis é o mesmo do pulverizador

rebocado Leeb, este equipamento distingue-se devido à utilização de uma barra para a colocação do adubo sólido. A opção por uma barra pneumática explica-se pela maior precisão face aos sistemas habituais e será de extrema utilidade para zonas bastante ventosas. A marca acrescenta ainda outra explicação: menor dependência da qualidade do formato dos grãos de adubo, característica da maior importância quando a distribuição é feita através do mais habitual sistema de distribuição. Os distribuidores estão colocados de 1,5 metros em 1,5 metros, com controlo de secções e doses variáveis secção a secção. O controlo da altura da barra ao solo será feito através do sistema já existente Boom Control. Dois eixos tandem, suspensão hidráulica e capacidade de 14.000 litros. As barras estarão disponíveis com larguras de 36 e 48 metros.

Representante em Portugal: LAGOALVA EQUIPAMENTOS E SERVIÇOS www.abolsamia.pt

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MONOSEM

Torre Marco é o novo distribuidor exclusivo DA MONOSEM EM PORTUGAL O fabricante francês especialista em sementeira de precisão marcou mais uma vez presença na Agritechnica. Além da presença do semeador monogrão com sistema elétrico de distribuição Valoterra e do sachador MultiCrop, o evento fica marcado pelo anúncio oficial do novo distribuidor da marca para o mercado português.

Micael Gomes e Sérgio Ferreira, respetivamente, responsável comercial e especialista em agricultura de precisão da Torre Marco.

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Em 2016, a Monosem foi adquirida pela John Deere que, em seguida, direcionou o seu foco para a rede de distribuição da marca. Com a crescente incorporação da tecnologia John Deere nos equipamentos da Monosem, como os semeadores elétricos Valoterra com ISOBUS, a empresa optou por utilizar a sua experiente rede de distribuição, especializada em tecnologias avançadas, para comercializar os produtos da Monosem. Em 2023, a John Deere propôs à Torre Marco tornar-se o distribuidor exclusivo da Monosem em Portugal. “Para a Torre Marco, é extremamente fácil programar e operar equipamentos como o Valoterra, pois a programação é exatamente igual à que utilizamos para os nossos tratores ou qualquer outro equipamento John Deere com ISOBUS. Além disso, já trabalhamos com esta marca há muitos anos através do seu distribuidor anterior. É uma marca de alta qualidade que sempre deixou os nossos clientes muito satisfeitos. Os semeadores desta marca premium destacamse pela precisão próxima dos 100%, tanto na distância entre sementes como profundidade de sementeira, muito importante para uma germinação homogénea. Com os novos semeadores Valoterra, também conseguimos aplicar doses variáveis de semente, adubo e micro, o que nos permitirá aumentar a eficiência e reduzir o desperdício, tornando a produção de milho mais ecológica e ambientalmente mais sustentável.”, explicou Albino Gil Gomes, gerente da Torre Marco.

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MultiCrop: Sachadores mecânicos de precisão Para o controlo mecânico das infestantes, a Monosem apresenta o renovado Multicrop. Com o novo sistema de paralelogramo que permite um melhorado ajuste ao solo, este equipamento tem duas grandes novidades. O corte de secção linha a linha, manualmente ou por GPS, e o guiamento ativo por câmaras, permitindo um ajuste automático da unidade de sacha.

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MOBILIZAÇÃO E SEMENTEIRA

Características • Configuração de 6 a 12 linhas, com largura de trabalho de 4,2 a 6 metros. • Chassis com dimensões de 127 mm por secção, para sementeira sobre solo trabalhado, ou de 180 mm, para sementeira direta.

Abertos a novos concessionários Com a sua atividade no setor agrícola centrada a norte de Portugal, a Torre Marco está aberta ao estabelecimento de acordos para representação da Monosem noutras zonas do país. “Estamos à procura de concessionários comprometidos com a excelência e satisfação do cliente”, explicou o gerente da empresa.

Valoterra: um semeador monogrão com sistema elétrico de distribuição O semeador ValoTerra, que recorre a funcionamento inteiramente elétrico, dispõe de um doseador patenteado, sendo o sistema de distribuição impulsionado por um gerador ligado à TDF, capaz de fornecer 5,6 kW a uma tensão de 56V. A distribuição é feita através de aspiração, mas com uma arquitetura diferenciada face à restante gama, o que inclui discos de sementeira de rápida substituição para alternar entre culturas. Nos elementos de contacto com o solo, a marca francesa propõe discos de 45 cm associados a rodas compactadoras com o mesmo diâmetro. Os primeiros garantem uma melhor penetração no solo, minimizando a projeção de terra, e as segundas visam assegurar uma profundidade regular.

• Caixas individuais com tremonhas de 70 litros de capacidade, para 160.000 sementes de milho. • É possível modular a densidade de sementeira em níveis de caudal de 100 grãos/ha. • Para alternar entre diferentes culturas, basta trocar o disco de cada linha, o que demora menos de um minuto por linha.

Para adaptação a diferentes tipos de solo, a pressão sobre a cama de sementeira pode variar entre 145 e 225 kg por cada unidade de distribuição. “As velocidades de trabalho variam consoante o tipo de unidade de sementeira escolhida, por gravidade ou com transporte da semente desde o disco até ao solo através de uma escova. Na primeira é possível trabalhar entre 10 a 12 km/h (anteriormente entre 7 e 8 km/h), e na segunda até 18 km/h, sempre com alta precisão” explicou Micael Gomes, responsável comercial da Torre Marco.

Compatível com fertilizador e microgranulador O ValoTerra é compatível com o elemento fertilizador FertiSmart, para distribuição

de até 600 kg/ha de adubos minerais ou orgânicos, podendo o agricultor optar por uma distribuição centralizada ou então independente, linha a linha. É ainda compatível com o microgranulador MicroSmart, com tremonha de 20 litros, que dispõe de um doseador por linha e distribui entre 2 a 35 kg/ha.

Conectividade O ValoTerra pode ser controlado através da aplicação de smartphone MonosemPlus para, entre outros parâmetros, ajustar-se a densidade de sementeira. Nesta máquina, o agricultor tem ainda acesso ao portal MyJohnDeere, para gerir a documentação e a traçabilidade bem como ao serviço JDLink, para geolocalização e programação à distância, o que deriva do facto de a Monosem ser detida pela John Deere.

Representante em Portugal: TORRE MARCO, SA www.abolsamia.pt

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KUHN

VICON

UM ROBOT E ALFAIAS para monda mecânica

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KARL, apresentado na Agritechnica, é um protótipo em desenvolvimento pela Kuhn de uma solução autónoma para culturas de campo aberto, que oferece novas possibilidades técnicas e uma grande flexibilidade de trabalho para os agricultores que procuram lidar com problemas recorrentes de mão de obra. Com uma

potência de 175 cv, foi concebido para satisfazer as

exigências da maioria das explorações agrícolas, de média ou grande dimensão. A KUHN lançou ainda uma gama de sachadores mecânicos: o Rowliner, para culturas em linha, e o Tineliner foram oficialmente apresentados na Agritechnica. O primeiro está disponível em configurações de 6 a 12 linhas, já o segundo oferece larguras de trabalho entre 6 e 12 m.

VADERSTAD

MASCHIO GASPARDO

GAMA DE SACHADORES Em fevereiro deste ano, a Väderstad anunciou a aquisição de toda a gama de produtos de sachadores entre linhas da empresa dinamarquesa Thyregod. A nova família de produtos foi denominada Extract e pintada nas tradicionais cores vermelha, amarela e preta da Väderstad. Inicialmente será vendido em dois modelos: o Extract L 16-48 rebocável e o Extract V 8-36 montado. Dependendo do modelo, tanto o Extract L como o Extract V estarão disponíveis com espaçamento entre linhas de 225, 250, 450, 500 e 750 mm. A partir do verão de 2024, os sachadores Extract serão incluídos na ampla gama da Väderstad. A introdução começará com o Extract V 8- 36.

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Num stand com muitas novidades, destaque para a gadanheira frontal EXTRA 332XF Compact, o voltador de feno FANEX 1344C & 1564C, a enfardadeira com plastificador FIXBALE 500 FLEXIWRAP, e a enfardadeira de fardos redondos RV 5216 PLUS.

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“Opera” para tratores de MÉDIA POTÊNCIA A Maschio Gaspardo apresentou em Hannover o Opera 300, um novo modelo da gama de semeadores combinados. O novo tamanho é adequado para quem procura um equipamento ágil e leve para trabalhar com tratores de média potência. O novo modelo foi concebido para trabalhar após uma primeira mobilização. Na parte dianteira, uma série de rodas pneumáticas

(opcionais) desfaz os maiores torrões antes da intervenção de 2 filas de discos de 460 milímetros. Em seguida, entra em ação a barra de sementeira de 24 elementos com um espaçamento de 12,5 cm. Finalmente, a última secção, uma grade de cobertura, assegura uma cobertura correta do sulco.

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UNIFEEDS E EQUIPAMENTO FORRAGEIRO

ELHO

MACIEL MÁQUINAS AGRÍCOLAS é o novo

representante da ELHO em Portugal A ELHO é um fabricante finlandês de maquinaria agrícola fundado em 1968 e presente em mais de 40 países diferentes. O portfólio da marca abrange equipamentos forrageiros, recolhedores de pedra e manutenção de estradas. Já presente em Portugal há alguns anos a marca passou a ser representada pela Maciel Máquinas Agrícolas, e os primeiros equipamentos deverão chegar já no início de 2024.

mais curtas. Assim, ainda que signifiquem um investimento inicial maior, pela tecnologia e capacidade de realizar trabalho que incorporam acabam por ser mais económicas no final da sua vida útil. São máquinas com uma manutenção muito reduzida, com componentes de grande qualidade que lhe conferem uma durabilidade muito

grande”, explicou Luís Maciel, gerente da Maciel Máquinas Agrícolas. Apesar de ser uma marca com um amplo portfólio, numa fase inicial, a Portugal chegarão sobretudo gadanheiras, frontais e traseiras, plastificadoras, e recolhedores de pedras.

DUETT 7300: a maior gadanheira frontal da ELHO, pensada para tratores reversíveis.

“Sentimos a necessidade de procurar uma marca com equipamentos com ainda maior capacidade e qualidade. Isto porque os nossos clientes têm janelas de oportunidade cada vez

Recolhedores de pedra ELHO Scorpio: concebidos e fabricados na costa oeste da Finlândia, onde existem grandes quantidades

de rochas e pedras de todos os tamanhos. Disponíveis em larguras de trabalho entre os 4,3 e os 7,1 metros. O Scorpio 430, de entrada de gama, necessita apenas de 65 l/ min de fluxo hidráulico do trator.

SILOKING

SILOKING traz inovações

para a alimentação animal sustentável

A marca alemã esteve presente em Hannover com as suas máquinas mais recentes, aproveitando para expor as tecnologias que entroncam a visão do futuro da alimentação animal da Siloking.

Luís Maciel, gerente da Maciel Máquinas Agrícolas e Andrea Mariani, Export Sales Manager da Siloking.

O

s já conhecidos automotrizes SelfLine 4.0 estiveram presentes com os modelos de 15, 27 e 32 m3, com vidas-úteis estendidas e intervalos de manutenção longos (de 1000 e 1000 horas). Para reduzir as emissões de CO2 nestes equipamentos, a Siloking apresentou na feira a utilização de motores Volvo Penta que utilizam HVO (Óleo vegetal tratado com hidrogénio), que permite uma redução de 90% nas emissões de CO₂ sem necessidade de alterações no veículo.

Representante em Portugal: MACIEL - MÁQUINAS AGRICOLAS, LDA www.abolsamia.pt

Tlf: 253 808 420

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NOVIDADES BKT

em toda a linha A BKT mostrou-se na Agritechnica como já é habitual, num enorme espaço muito animado e foi um dos polos de atração da feira. A marca indiana líder no seu segmento de mercado destacou a nova gama de pneus Forestland e Forestmax para o setor florestal, o Powertrailer SR 331, um pneu radial com carcaça em aço e uma grande versatilidade de utilizações, e as novas medidas dos rastos Agriforce BK T71. POR RUI REIS

Pneus para o setor da floresta e de transporte Duas novas gamas de pneus dedicadas em especial ao setor agroflorestal estiveram em destaque: o Forestland e Forestmax radial. O primeiro, um pneu extremamente resistente que se destina a uma utilização mais exigente em pisos propensos a cortes e rasgões. Para lidar com este tipo de utilização, os engenheiros da BKT criaram uma carcaça em poliéster reforçada e um novo composto para o piso que, mantendo a capacidade de tração em todo o tipo de terreno, apresenta uma resistência acima da média. As próprias paredes laterais foram concebidas de forma a garantirem uma vida útil mais longa ao pneu, mesmo nas condições de trabalho mais desafiantes. O padrão especial do piso e os blocos rígidos também proporcionam melhores propriedades de autolimpeza. Já o novo Forestmax radial também aposta na extrema resistência, seja nas explorações florestais como em operações agrícolas que exijam uma grande capacidade de resistência a cortes na superfície e a rasgões nas paredes laterais. Para além da carcaça multicamadas em poliéster, o Forestmax conta com uma estrutura de aço nas lonas superiores que permite uma vida útil mais longa, mesmo em terrenos acidentados e particularmente exigentes. Também em exposição o novo Powertrailer SR 331, um pneu radial e com uma estrutura interna integralmente em aço que, graças à acrescida capacidade de suportar cargas elevadas, foi especialmente concebido para atrelados e camiõescisterna, assegurando excelentes capacidades de tração, tanto em estrada como no campo.

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Agriforce com nova medida Ainda no campo das novidades, a BKT apresentou uma nova dimensão, 34” x 6” x 44, para os rastos Agriforce BK T71. Estes são feitos de um composto de alto desempenho que oferece uma grande resistência aos cortes, aos rasgões e ao desgaste e excelente tração e conforto de condução. Os blocos do sistema de tração positiva têm uma forma otimizada para assegurar uma flexibilidade extraordinária.

Agrimaxfactor Série 70 comprometido com a mobilidade elétrica

Agrimaxfactor, na versão E-Ready, com banda de rodagem verde simboliza o apoio da BKT à sustentabilidade

Por fim, a marca tinha ainda um espaço específico para a gama de produtos estrela da BKT, como o novo Agrimaxfactor, o recente pneu da série 70 para tratores que combina tecnologia e design, resultando numa capacidade de condução superior e com mais conforto. A série destacase pelo excelente desempenho de travagem em superfícies molhadas. Adequado para máquinas mais pesadas, incluindo veículos elétricos ‘carrega’ o logótipo “E-Ready” na parede lateral, destacando o compromisso da BKT com a mobilidade elétrica.

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PNEUS MITAS

GAMA VF cresceu A Mitas apresentou os seus últimos tamanhos de pneus agrícolas radiais com tecnologia Very High Flexion (VF) nas suas gamas AGRITERRA 02 Soil Protetor (SP), HC 3000 R, HC 2000 e HC 1000 Narrow Rim Option (NRO). CONTINENTAL

Não é só PNEUS

ALLIANCE

Novo híbrido AGRIFLEX+ 373 O Agriflex+ 373 reúne a tecnologia VF e a tecnologia de camada estratificada da Alliance, procurando reunir características que proporcionem um bom desempenho em terra e em estrada.

Na Agritechnica 2023, a Continental apresentou o seu vasto portefólio de produtos e serviços para o setor agrícola, demonstrando como as soluções tecnológicas inovadoras apoiam tanto os agricultores como os fabricantes a superar os desafios do futuro. Os principais tópicos e destaques apresentados incluem soluções de produtos inteligentes e sustentáveis, como o novo sistema de controlo de infestantes sem herbicida para agricultura de alta precisão, sistemas baseados em IA, sensores e tecnologias de pneus.

TRELLEBORG

NOVO TM1 ECO POWER

OZKA

STAND CHEIO Presente na maior feira mundial de máquinas e equipamentos agrícolas, a Ozka disponibilizou experiências que chamaram a atenção do público, como o “Mind Power” e “Muscle Power”.

Em conferência de imprensa, os especialistas da marca revelaram o mais recente e sustentável produto, o pneu TM1 ECO POWER.

PETLAS

“UMA EQUIPA BELÍSSIMA” O evento, realizado no amplo recinto da Feira de Hannover, viu a Petlas, ocupar o centro do palco no Stand C17 no Pavilhão 20, onde apresentou uma série de tecnologias inovadoras de pneus. Oğuz Ay, o Diretor Internacional de Vendas e Marketing da Petlas Tyres, expressou o seu entusiasmo pela crescente popularidade global da marca. “Concluímos com sucesso mais uma feira Agritechnica com a nossa maravilhosa equipa.”

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CEAT

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CEAT APRESENTA AS GAMAS DE PNEUS Sustainmax e Energymax

proveitando a sua presença na feira de Hannover, a CEAT realizou uma conferência com os jornalistas do setor onde salientou a dedicação da empresa à produção de pneus ambientalmente responsáveis, uma preocupação que considera importante para os agricultores no século XXI. No stand, revelou o seu inovador conceito de pneu sustentável, o Sustainmax - um produto pioneiro no segmento Agri VF (Very High Flexion), incorporando mais de 80% de materiais sustentáveis. O pneu Sustainmax é projetado com materiais sustentáveis provenientes de fontes biológicas, como borracha natural, sílica de casca de arroz, resina de base biológica e materiais reciclados, como poliéster de garrafas PET descartadas e outros.

A CEAT Specialty, fabricante nos segmentos de pneus fora de estrada, apresentou na Agritechnica a sua gama de pneus com forte aposta na sustentabilidade e nos veículos elétricos.

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FLOATMAX VF

A CEAT Specialty tem mais de 95 anos de experiência

A linha de pneus de flutuação VF: aproveitando a tecnologia Very High Flexion (VF), este pneu tem como objetivo estabelecer novos padrões de eficiência e desempenho para pneus de flutuação radial. De compactação do solo reduzida devido à carcaça VF, apresenta um padrão de piso único que oferece excelente manuseamento e auto-limpeza. Os pneus funcionam a uma pressão 30% mais baixa do que os pneus radiais normais.

2 Sobre a CEAT Estabelecida em 1924 em Turim, Itália, a CEAT percorreu um longo caminho desde então. Entrou no mercado indiano em 1958 e foi adquirida pelo Grupo RPG em 1982, uma das principais empresas da Índia com um volume de negócios de 3,7 mil milhões de dólares.

Exporta para mais de 130 países

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A CEAT oferece uma vasta gama de pneus para veículos pesados, comerciais ligeiros, máquinas de terraplanagem, empilhadores, tratores, reboques e motociclos.

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Além disso, a CEAT apresentou a sua gama elétrica de pneus, Energymax, marcando a entrada da empresa no segmento dos veículos eléctricos. Estes pneus foram concebidos à medida dos veículos eléctricos, garantindo

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MULTILOADMAX

7 fábricas na Índia

+5.000 empregados

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Concebidos para serem utilizados em tratores que operam na agricultura, no transporte e em aplicações municipais. O grande bloco central proporciona uma melhor estabilidade em estrada. A estrutura da carcaça com cintas de aço permite uma distribuição uniforme da carga e uma boa resistência à perfuração e ao impacto.

SUSTAINMAX Gama de pneus incorporando mais de 80% de materiais sustentáveis.

Novidade

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PNEUS uma maior duração da bateria e a capacidade de suportar um binário elevado. Amit Tolani, CEO da CEAT Specialty, expressou o seu entusiasmo, afirmando: “O nosso novo pneu sustentável, Sustainmax, e a gama eléctrica, Energymax, reflectem o nosso compromisso com a inovação e a sustentabilidade. Orgulhamo-nos de ser pioneiros no setor, introduzindo um pneu que não só oferece um desempenho excecional, como também contribui para um planeta mais verde.” A CEAT Specialty apresentou ainda uma vasta gama de pneus florestais na Agritechnica 2023, cobrindo segmentos-chave como skidders e forwarders. “A nossa expansão para os pneus florestais é um marco significativo no nosso crescimento. Após o sucesso em aplicações agrícolas, industriais, mineiras e portuárias, e a entrega consistentemente de produtos de alta qualidade, estamos entusiasmados em apresentar aqui a gama de pneus florestais aos nossos clientes”, comentou o CEO.

ENERGYMAX Gama elétrica de pneus.

Novidade

FOREST XL Pneus florestais com maior conforto, produtividade e eficiência. O desenho largo e robusto das saliências oferece uma excelente tração e apoio para utilização em trilhos. A construção com cintas de aço oferece uma excelente resistência aos furos e capacidade de carga.

3 Centros de I&D: na Alemanha, Israel e Índia 15 milhões de pneus produzidos por ano

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6 LOGGER XL Especialmente concebidos para aplicações florestais intensivas. A carcaça de nylon multicamada com amplos separadores de aço oferece uma excelente resistência à perfuração.

A CEAT apresentou ainda rastos de borracha para tractores agrícolas e ceifeiras-debulhadoras. “Em 2023, o nosso objetivo tem sido diversificar a nossa gama de produtos para responder às necessidades constantes dos nossos clientes com produtos de alta qualidade, tudo de uma forma ambientalmente responsável. Continuamos dedicados a este tema e pretendemos crescer de forma responsável”, comentou Amit Tolani.

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Para mais informações, visite:

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CARREGADORES TELESCÓPICOS

Características

DIECI-E nasce o mundo elétrico Depois do empilhador telescópico híbrido Hybrid Boost System, a Dieci apresentou na Agritechnica o seu primeiro modelo 100% elétrico: o Mino Agri-e. Nos equipamentos a diesel, o destaque foi o Agri Max Power X2.

• Capacidade máxima de 2600 kg. • Altura de elevação até 6 metros. • Força de tração igual à de uma máquina a diesel. • Motor de tração de 19 kW (26cv) • Motor do sistema hidráulico de 22 kW (30 cv) • Disponível com uma ou duas baterias de lítio (LiFePo4) para uma potência máxima de até 44 kWh e para um dia inteiro de trabalho com uma única carga;

Mini Agri-e: o primeiro empilhador telescópico Dieci totalmente elétrico A Mini Agri-e é um dos grandes protagonistas da Agritechnica 2023: o novo empilhador telescópico Dieci 100 % elétrico. Fruto de uma investigação aprofundada e de uma atenção constante e meticulosa às necessidades das empresas especializadas, o novo empilhador telescópico DIECI oferece as capacidades operacionais da marca numa versão totalmente ecológica.

Agri Max Power X2 A máquina mais potente da gama agrícola Dieci integra as vantagens mecatrónicas da transmissão HVT1, uma transmissão hidromecânica com divisão de potência e variação automática contínua da velocidade. Fruto da colaboração com a Dana Inc, e à introdução da já mencionada transmissão HVT-1, o Agri Max Power X2 atinge uma velocidade máxima de 50 km/h sem interrupções de binário e com variação automática contínua da velocidade. O novo Agri Max Power X2 está disponível em três modelos 50.8, 60.9 e 65.8, e garante uma capacidade de elevação de até 65 kg e uma altura máxima de 9 m.

A nova tecnologia é uma resposta, por um lado, à crescente consciência ambiental e, por outro lado, à regulamentação cada vez mais rigorosa que proíbe atualmente o acesso dos veículos tradicionais aos espaços interiores, industriais, zonas de baixas emissões e atividades agrícolas. Assim, a par das zero emissões, oferece uma operação sem ruído, uma manutenção otimizada, facilidade de montagem e substituição da bateria.

Vantagens da transmissão HVT-1 • Até 50 km/h • Tração até 30 t • Perda mínima de calor = poluição mínima • Velocidade reduzida do motor = baixo consumo de combustível e baixo nível de ruído • Máxima segurança e conforto

Representante em Portugal: DIECI PORTUGAL 82

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SISTEMAS E COMPONENTES GRANIT

Novidades e inovações da Granit Parts ILGENFRITZ e REP.GUIDE A GRANIT PARTS recebeu mais uma vez os seus clientes, num stand cuidadosamente pensado e com diversas atividades. A empresa alemã pertence ao Grupo FRICKE, que comemora este ano 100 anos desde a sua fundação, aproveitou a ocasião para apresentar as suas mais recentes novidades.

Diagnóstico e reparação de componentes eletrónicos Em 2023 foi reforçada a parceria entre o Grupo Fricke e a Ilgenfritz, que permitiu uma cooperação ainda mais estreita e o fornecimento de mais produtos e serviços. A Ilgenfritz é uma empresa alemã especializada no serviço de diagnóstico, reparação de componentes eletrónicos e serviço de recondicionamento. Oferece um serviço internacional na área da eletrónica e software através da reparação de componentes eletrónicos de máquinas agrícolas e de construção. Segundo a Ilgenfritz, no seu portefólio consta a possibilidade de reparação de mais de 2.500 componentes eletrónicos de mais de 400 fabricantes (centralinas, monitores, joysticks e entre outros) e a resolução eficiente de problemas através do sistema de diagnóstico interno. Sustentabilidade: a palavra de ordem na Agritechnica e exemplificada nos serviços prestados pela Ilgenfritz. Uma reparação profissional permite o funcionamento fiável

dos componentes eletrónicos enquanto garante uma boa relação qualidade-preço, revelando-se desta forma uma excelente alternativa à aquisição de um novo componente. Entre as principais vantagens são apontados um serviço rápido, qualidade equivalente à de um dispositivo novo e boa relação qualidade-preço.

Rep.guide: plataforma multimarcas para informações técnicas e reparações agrícolas É uma plataforma de dados que fornece informações especializadas para o sector agrícola, um acesso fácil a dados técnicos completos, informações sobre reparações e conexões de peças sobresselentes para milhares de máquinas de vários fabricantes.

A base de dados multimarcas fornece uma visão clara através de um computador ou de um telemóvel de uma vasta gama de informações importantes para a reparação e manutenção de um grande número de máquinas e fabricantes. O Rep.Guide oferece uma vasta gama de informações sobre dados técnicos, valores de aperto, quantidade de lubrificante, assistência e manutenção, bem como referências para peças sobresselentes. Em www.repguide.eu poderá aceder e testar a plataforma inovadora. Disponível em português no início de 2024.

A base de dados fornece uma grande variedade de informações nos respetivos idiomas para mais de 6.000 tratores e componentes dos fabricantes mais procurados do sector agrícola. Com a ajuda do Rep.Guide as oficinas beneficiam de uma enorme poupança de tempo, mesmo na reparação de tratores de outras marcas.

GRANIT PARTS S.L.S. COM www.abolsamia.pt

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ADR

ADR apresenta NOVIDADES Foi um stand muito variado, aquele que o fabricante italiano apresentou em Hannover e que acolheu as inovações para 2024. Novos travões e novas suspensões desenhadas com base no lema “manutenção reduzida” que a multinacional lombarda colocou na base de todos os seus projetos mais recentes. Foi apresentada a nova gama de travões “Série HP”, a nova suspensão para terrenos irregulares, Alpha, de construção simples e combinada com os eixos “TeknoAx”, propõe-se como uma solução de rodas interligadas com os eixos fixados à estrutura do reboque através de um braço rígido de aço e uma barra estabilizadora transversal. Finalmente, esteve em exposição o sistema ADR “ EasyDrive” que permite, de forma simples e económica, que um mesmo eixo seja direcional ou direcional autocontrolado, dependendo de como estão configurados os fluxos hidráulicos que atuam no seu cilindro de travagem, ou seja, um bloco unificado capaz de ter duas funcionalidades diferentes. Entre as novidades, vale também a pena mencionar o sistema de enchimento de pneus centralizado “ADR-PTG” que cumpre a sua finalidade sem ter de recorrer a tubos vulneráveis por estarem localizados no exterior do pneu.

TVH PARTS

Peças e componentes PARA TODAS AS NECESSIDADES A empresa especialista em peças fundada em 1969 marcou presença na Agritechnica. Com mais de 47.000.000 de referências na sua base de dados, para todos os tipos de equipamentos, de veículos industriais, equipamento de construção, e agrícola, o stand da TVH permitia vislumbrar as tecnologias em que a empresa está a trabalhar para o futuro.

IGUS

AUTOMAÇÃO low-cost Durante a Agritechnica, a igus apresentou produtos interessantes para a indústria agrícola, desde plásticos de elevada performance isentos de lubrificação até à automação low-cost. A par de soluções para a agricultura “convencional”, a igus teve no stand soluções para agricultura vertical, como calhas articuladas e cabos elétricos, a par dos casquilhos deslizantes e rolamentos lineares para as aplicações mais exigentes, como tratores.

Outro dos pontos em que se concentrou a comunicação da empresa foi a velocidade de entrega em qualquer parte do mundo: com sede em Waregem (Bélgica), existe ainda uma sede regional no Kansas (EUA) e 81 sucursais em todos os continentes.

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SISTEMAS E COMPONENTES

KRAMP

GB RICAMBI

De volta à AGRITECHNICA A Kramp celebrou o regresso da Agritechnica - no pavilhão 2. Com um stand de exposição com 800 m², a área de apresentação foi maior do que nunca naquela que é a principal feira mundial de tecnologia agrícola e é o ponto de encontro de centenas de milhares de visitantes para conhecer as últimas inovações, tendências e novos produtos. Em destaque estava a nova linha de vestuário de traballho ultra-resistente KRAMP ACTIVE.

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A fabricante de peças fundada em Modena, Itália, em 1962, voltou a marcar presença na feira de Hannover, evento considerado pelos responsáveis da empresa como “uma oportunidade única”. “A nossa presença na feira representa uma oportunidade única para estabelecer ligações significativas no mundo agrícola. Mais uma vez, este ano, a Agritechnica foi um grande sucesso e gostaríamos de agradecer a todos os que nos visitaram no nosso stand.”

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GRIMME

MEDALHA DE PRATA em destaque

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Grimme foi distinguida com uma Medalha de Prata nos Prémios de Inovação da Agritechnica. O equipamento de separação ChangeSep da Grimme possibilita, pela primeira vez, a alternância sem a necessidade de ferramentas entre dois separadores ativos numa colhedora. Tal significa que os dispositivos de

separação podem ser adaptados de forma fácil e rápida às mudanças no solo e às condições operacionais, bem como aos diferentes métodos de colheita (direta, convencional ou mista). Este recurso proporciona uma enorme economia de tempo (de conversão) e cria as condições para otimizar o desempenho sem sacrificar o tratamento cuidadoso dos tubérculos.

ROPA

Nova KEILER 2 RK22 A marca bávara apresentou na Agritechnica a nova geração da sua colhedora

de batata de duas linhas rebocada. A ROPA Keiler 2 RK22 abre uma nova era na tecnologia de colheita de batata. As inovações técnicas combinadas com características de design estético e um conceito de operação e hidráulico, valeram a este novo modelo um Prémio Alemão de Inovação 2023.

DEWULF

Máquinas PARA TODOS A DeWulf, especialista em máquinas para o cultivo de batatas e tubérculos, levou uma mistura equilibrada de máquinas para esta edição da Agritechnica. Entre as máquinas que estiveram presentes contam-se a nova enchedora de caixas MB 34, um plantador, o Certa 40 Integral, e uma colhedora de batatas e cenouras, a Enduro.

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FERTILIZAÇÃO E TRANSPORTE

BREDAL

NOVOS DISTRIBUIDORES

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fabricante dinamarquesa esteve na Alemanha onde apresentou a sua mais recente novidade: o distribuidor rebocado K110XESC, com 11 m3. A par deste equipamento estiveram ainda em exposição a gama K, F10 e F4. Jacob Bangsgaard (na foto), responsável comercial que esteve em Portugal recentemente num evento organizado pela Gêbêcê, mostrou-se “entusiasmado com o potencial para o mercado português” dos modelos F4 4000 e K85.

CESTARI

NA FEIRA DE HANNOVER

pela sexta vez

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éstor Cestari, líder da empresa de maquinaria agrícola Cestari, ressalta a participação consecutiva na feira de Hannover. Esta é a sexta vez que a empresa expõe na Agritechnica, evidenciando o compromisso com as últimas tecnologias e tendências do setor. “Queremos seguir o ritmo das inovações anuais”, destaca a Cestari, sublinhando a importância de manter-se atualizado no cenário agrícola global.

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UNIFOREST

GUINCHOS FLORESTAIS

recebem melhorias O dispositivo de desenrolamento instalado na gama de guinchos florestais da Uniforest foi atualizado e tornado ainda mais potente. Além disso, contempla também as funções AUTO STOP (interruptor final) e SMART 3 em 1, que permite o controlo total do dispositivo de desenrolamento a todos os utilizadores dos telecomandos TERRA. Permite instalar diferentes diâmetros de cabo de aço e a força de tração, dependendo do modelo,

O fabricante esloveno fundado em 1992 e especializado em material para floresta tinha o seu stand no pavilhão 26, onde se encontravam os especialistas florestais. Em estreia, na Agritehnica, estiveram o novo dispositivo de desenrolamento para guinchos florestais, uma aplicação Uniforest Connect para diagnósticos em tempo real, além do novo guincho auxiliar 6HWpro.

vai desde os 65 aos 120 kN. Possui embraiagens multidisco da marca LUK. O motor hidráulico é 40% mais potente e foi instalada uma cabeça rotativa de 360º. Finalmente, a Uniforest lançou a aplicação para telemóvel Uniforest Connect, a qual permite ao utilizador fazer um diagnóstico dos guinchos em tempo real. A aplicação Uniforest Connect pode agora ser utilizada com todos os guinchos de engrenagem de tambor único das séries G, GK e H.

FAE

Duas grandes NOVIDADES

A FAE apresentou em Hannover dois equipamentos talhados para o mercado português: um destroçador para escavadoras de pequena dimensão e um triturador de pedra que trabalha até 20 cm de profundidade.

Destroçador BLO/EX Um destroçador para escavadoras entre as duas e as quatro toneladas equipado com rotor com tecnologia Bite Limiter (BL - perfis de aço especiais resistentes ao desgaste que limitam o alcance de trabalho dos martelos). A operar com escavadoras que tenham um caudal de 30 a 70l/min., tritura resíduos lenhosos de até 8 cm diâmetro, este equipamento está disponível em dois modelos: o BLO/ EX-50 e o 75, que diferem na largura de trabalho (560-800 mm), largura total (1012-1252 mm) e peso (213-251 kg).

Triturador de pedra STCM – STCM/HP Apresentaram também um novo triturador de pedra com martelos fixos para tratores. A potência requerida do trator é de 80 a 280 cv, dependendo do modelo do triturador em causa. Destroça pedras até 30 cm de diâmetro e até 20 cm de profundidade. Disponível em sete modelos com larguras de trabalho entre os 1344 e os 2304 (mm).

Representante em Portugal: HERKULIS 88

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TECNOLOGIA FLORESTAL

Tratores com armadura para a floresta NA AGRITECHNICA Steyr 4140 Expert CVT Forestry Gama composta por quatro modelos (4110, 4120, 4130, 4140). Equipado com motores de 4 cilindros com uma cilindrada de 4,5 l e transmissão S-Control™ CVT. Os motores de 4 cilindros common-rail da FPT com 4,5 l de cilindrada e 100140 cv de potência máxima cumprem a norma de emissões de gases de escape da UE de nível V. A Steyr disponibiliza uma gama completa de proteção para as suas séries de tratores de 80 a 340 cv diretamente da linha de produção.

Lindner Lintrac 130 O Lintrac 130 é o primeiro trator Lindner com o novo e especialmente limpo motor Perkins Syncro de nível 5. Com uma capacidade de 3,6 litros e 100 kW (equivalente a 136 CV), bem como um enorme binário de 550 Nm, o Lintrac 130 é o trator mais potente oferecido pela Lindner - com direção às quatro rodas, a pedido.

Unimog Irum TAF 690 S5 Lançado em 2021, equipa com motor Perkins de 4 cilindros common rail turbo, Stage V, de 136 cv. Com um binário de 550NM às 1500 rpm. Tem duas transmissões disponíveis, Powershift 6+1 ou manual 5+1. Tem um peso total de 9300kg. A Irum é uma marca romena fundada em 1953. Atualmente conta com mais de 500 colaboradores.

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Com a tração integral, a cadeia cinemática robusta e a capacidade de torção extrema, o Unimog da Mercedes é ideal para terrenos difíceis. O sistema automático de regulação da pressão dos pneus, disponível de fábrica, garante ao Unimog uma tração excecional. Conta ainda com uma elevada carga útil e a distância ao solo. Igualmente importantes são as velocidades de condução de até 89 km/h em estrada, para uma utilização rápida e rentável. O motor OM 934 LA debita 231 cv de potência e 900 Nm às 1400 rpm. O peso total admissível são 14.500 kg.

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KRPAN

Na vanguarda das INOVAÇÕES FLORESTAIS “Orgulhosamente posicionado entre 2.812 expositores de 52 países e atraindo mais de 470.000 visitantes de 149 nações”, foi assim que os responsáveis da marca descreveram a sua presença na maior feira do setor a nível mundial. “O nosso stand exemplificou os avanços de ponta em tecnologia florestal”, explicaram. A marca apresentou na feira a sua gama completa para a floresta, destacando-se a linha de guinchos-florestais.

PEZZOLATO

FIABILIDADE E INOVAÇÃO TÉCNICA na produção de lenha e estilha Entre as novidades, destaca-se o topo de gama da Pezzolato: o grande e potente triturador automotriz ALL ROAD, na nova versão, adequado para trabalhar em qualquer terreno e sob quaisquer condições ambientais e certificado para circulação até 80 km/h. Outro papel de destaque foi desempenhado pelo PTH 900 G, um biotriturador ligado à tomada de força do trator. No que respeita às máquinas para a produção de lenha, será apresentada a TB 900, unidade de corte vertical independente.

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TECNOLOGIA FLORESTAL

VENTURA

TRITURADORES FLORESTAIS A Ventura, Máquinas Forestales, S.L esteve, mais uma vez, presente na Agritechnica para expor a sua vasta gama de equipamentos florestais. De destacar o triturador hidráulico florestal TFVMFHE Tamesis e o triturador de martelos fixos TFVJMFH Columbia. Este último está equipado com motor hidráulico e preparado para adaptar a escavadoras e minicarregadoras de 12 a 20 ton. e troncos de até Ø 20 cm .

STIHL

NOVO punho, novo arnês e sistema de comunicação Na Agritechnica a Stihl apresentou diversas novidades. Entre estas destacamse um novo punho para as roçadoras profissionais, STIHL ADVANCE Grip, composto por uma mistura de materiais com superfícies mais duras e mais macias e equipado com um aquecedor, um novo arnês de apoio, o STIHL ADVANCE X-Flex, e um sistema de comunicação, o STIHL ADVANCE ProCOM.

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TRACTOR OF THE YEAR 2024

CLAAS DEIXA MARCA

NA 25ª EDIÇÃO DO TOTY

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laas Xerion 12.650 Terra Trac, Landini Rex 4-120 GT Roboshift Dynamic, McCormick X5.120 P3-Drive e Fendt e107 V Vario. São estes os vencedores do Tractor of the Year 2024. Após a realização do evento “Let the Challenge Begin” na Índia, entre o final de maio e o início de junho, seguiram-se os vários Testes em Campo em países como França, Finlândia, Alemanha ou Itália, durante os meses de setembro e outubro. A etapa final dos trabalhos do Prémio Trator do Ano 2024 realizouse em Hannover (Alemanha), com as distinções a serem entregues na Feira Agritechnica, no dia 12 de novembro.

TRATOR DO ANO Claas Xerion 12.650 Terra Trac

Cada edição do Tractor of the Year (TOTY) gera o seu entusiasmo. Com um lote diversificado de candidatos nas quatro categorias em disputa, a edição do Tractor of the Year 2024 celebrou, da melhor maneira, 25 anos de excelência em design e funcionalidade de tratores.

MELHOR ESPECIALIZADO

Landini Rex 4-120 GT RoboShift Dynamic

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MELHOR UTILITÁRIO

McCormick X5.120 P3-Drive

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13 candidatos a bordo da competição Provenientes de dez diferentes fabricantes, estiveram sob avaliação 13 tratores no total. Na categoria Melhor Utilitário, com um número reduzido de candidatos, de apenas três, levou a melhor o McCormick X5.120 que terá convencido o júri graças à nova P3 – Drive, uma transmissão automatizada powershift que permite passagens automáticas até 12 velocidades, tanto no campo como em estrada, controladas pelo ergonómico joystick SmartPilot. Na categoria de Melhor Especializado, o lote de candidatos era mais extenso, com um total de seis tratores a disputarem a distinção. Destinados a diferentes perfis de agricultura especializada, não era óbvio quem sairia vencedor. O mesmo acontecia na categoria principal, reservada aos tratores para Campo Aberto. Apesar de o número de finalistas ser de apenas quatro, a tarefa de avaliação não estava facilitada porque, como é habitual neste segmento de potência, cada um dos modelos comporta argumentos muito fortes. Por fim, a categoria Mais Sustentável (Sustainable TOTY) sofreu uma alteração relevante em relação às últimas edições, em que todos os restantes candidatos estavam automaticamente na lista para este prémio também. Desta vez, o júri fez uma pré-seleção (por votação), tendo ficado apenas 5 candidatos. E se nos últimos anos, a tendência era que ganhasse sempre um dos modelos de campo aberto, desta vez a distinção calhou ao Fendt e107 V Vario, igualmente candidato a Melhor Especializado.

De botas calçadas e mãos no volante Depois do regresso ao campo já no ano passado, este ano voltámos a calçar as botas e a pôr as mãos no volante, de forma a obtermos um contacto direto com vários dos modelos candidatos e com as respetivas equipas de especialistas que foram responsáveis pelo desenvolvimento das máquinas. Começámos por nos deslocar em setembro a França, mais precisamente a Beauvais, onde a Massey Ferguson preparou um evento exclusivo para demonstração do Massey Ferguson 9S.425. O evento que se seguiu teve lugar em Suolahti, na Finlândia, onde a Valtra recebeu a equipa do TOTY para apresentar o S 416 na sua renovada fábrica.

MAIS SUSTENTÁVEL

Fendt e107 V Vario

Rumámos depois a Itália, mais precisamente aos arredores de Bolonha, onde tivemos a oportunidade de presenciar, primeiro, a demonstração do Landini REX 4-120 GT RoboShift Dynamic, que haveria de ganhar o prémio de Melhor Especializado; e mais tarde, pudemos testar o McCormick X5.120 P3-Drive na mesma zona de Itália, acabando por vir a ser também este modelo distinguido em Hannover, mas com o prémio de Melhor Utilitário. Não completaríamos o nosso percurso de ‘observação’ aos vencedores do TOTY 2024 sem voarmos até Harsewinkel, na Alemanha, onde a Claas apresentou o Xerion 12.650 Terra Trac, um modelo equipado com rastos. Neste périplo que efetuámos, o único modelo premiado que não pudemos testar com as nossas mãos foi o Fendt e107 V Vario, o qual veio a ganhar o Prémio de Mais Sustentável TOTY 2024. A 12 de novembro, marcámos presença na Agritechnica, em Hannover, já que abolsamia é o representante português do júri do TOTY desde a 1ª edição.


TRACTOR OF THE YEAR 2024

CLAAS XERION 12.650 TERRA TRAC É O TRATOR DO ANO 2024

O

novo topo de gama da CLAAS é, a todos os níveis, um trator notável. Desenvolvido ao longo de 5 anos e resultado de entrevistas a dezenas de agricultores profissionais clientes de tratores premium XXL, o Xerion 12.650 está disponível nas variantes Terra Trac e Trac e é um verdadeiro compêndio de tecnologia e do know-how da casa de Harsewinkel. Não é assim de estranhar que tenha conquistado o exigente júri do TOTY e tenha arrebatado o galardão de Trator do Ano. POR RUI REIS

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A simples visão do novo CLAAS Xerion 12.650 Terra Trac impressiona. Com praticamente 26 toneladas de peso, quatro rastos de lagartas 400 independentes e amortecidos e uma cabine que parece o cockpit de um moderno avião de passageiros, o topo de gama da CLAAS é o exemplo máximo da capacidade de inovação e conceção da marca alemã. Posicionados no topo da oferta de tratores da CLAAS, os Xerion Série 12 estão acima do Xerion 4200 - 5000 e apresentam potências máximas até aos 653 CV, um sistema de assistência ao operador CEMOS, uma enorme capacidade da bomba hidráulica que pode chegar aos 537 l/min às 1900 rpm e uma nova cabine mais espaçosa e com suspensão de quatro pontos. Desenvolvidos pela CLAAS Industrietechnik e respeitando um rigoroso caderno de encargos, o Xerion 12.650 (e toda a gama Serie 12) foi concebido tendo em vista quatro pontos que a marca de Harsewinkel julgou fundamentais: a redução dos custos de utilização, a capacidade de reboque, o conforto e, por fim, o número e a eficiência das assistências tecnológicas.

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Motor mais eficiente

Transmissão CMATIC

Como referido, a CLAAS dedicou muita atenção à redução dos custos de utilização, a começar logo pela diminuição dos consumos. Graças ao poderoso, mas eficiente, motor Mercedes-Benz OM473 LA, que disponibiliza muito binário em baixos regimes (3100 Nm às 1300 rpm), e à caixa continuamente variável CMATIC da ZF, a marca reduziu substancialmente os consumos de combustível (menos 8 a 10% quando comparado com tratores da mesma classe de potência). Com 16,5l de cilindrada, este seis cilindros em linha anuncia 653 cv de potência (585 cv no modelo 12.590) às 1600 rpm e um regime ao ralenti de apenas 650 rpm. Com um depósito de combustível de 1400 litros (posicionado centralmente para melhor distribuição de pesos) e um depósito de AdBlue de 90 litros permite longas horas de trabalho. O mesmo se aplica aos intervalos de manutenção, com mudanças de óleo apenas a cada 1000h de trabalho, reduzindo os tempos de paragem. O próprio sistema de pós-tratamento de gases de escape, para poder alcançar o Stage V de emissões, é isento de manutenção.

O Xerion 12.650 está equipado com a última geração da transmissão de variação contínua. Graças à fluidez deste tipo de transmissão, em particular nos arranques e nas desacelerações, protege os cultivadores e semeadores ao evitar picos de carga nas estruturas quando os implementos se encontram em operação ou em posição de trabalho. Ainda assim, o Xerion é capaz de manter a totalidade dos 3100 Nm de binário a velocidades tão reduzidas como 0,05 km/h. Graças aos 4 modos de utilização disponibilizados, o trator pode ser sempre utilizado com um elevado grau de eficiência e mantendo um fluxo de potência permanentemente variável entre os eixos. Além disso, graças a uma distribuição de pesos ideal (50:50) em tração, a potência também é transferida ao solo de uma forma otimizada e assegurando o menor impacto possível no mesmo e reduzindo a compactação. O Xerion 12 Terra Trac atinge uma velocidade máxima de 40 km/h, enquanto a versão de rodas (Trac) chega aos 50 km/h a um regime muito favorável de apenas 1400 rpm.

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Sistema hidráulico de topo Até três bombas sensíveis à carga fornecem um débito máximo de 537 l/min às 1900 rpm, uma característica sem paralelo no segmento. Esta imensa capacidade hidráulica significa que até o mais largo dos implementos, com uma permanente necessidade de pressão de óleo, pode ser operado a velocidades reduzidas do motor, assegurando assim uma maior eficiência. Até oito circuitos duplos de controlo mantêm um fluxo contínuo de pressão de óleo para cultivadores ou semeadores de precisão, com circuitos de controlo prioritários a manter até 140 l/min. aos sistemas que exigem mais consumo. O fluxo de cada circuito/válvula é visível no ecrã do CEBIS sob a forma de um gráfico, e assim, quando estiver a trabalhar com implementos que tenham diferentes elementos com elevado “consumo” de óleo, poderá fazer a gestão individual do fluxo e priorizar o mesmo de acordo com as necessidades do momento.

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Uma cabine de luxo Quando concebeu o Xerion Série 12, a CLAAS dedicou uma especial atenção à cabine e ao conforto. Com uma cabine muito espaçosa, luminosa e bem equipada, o operador de um Xerion Série 12 sentirá sempre que estará aos comandos de uma máquina topo de gama. Da suspensão de quatro pontos à excelente visão panorâmica proporcionada pela imensa área vidrada, passando pelo amortecimento dos rastos de lagartas e até pelo comportamento da direção, tudo contribui para tornar a experiência do operador a melhor possível. O próprio espaço habitável

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(4 m3) foi amplamente beneficiado com um aumento em 27 cm no comprimento, tornando a cabine do Xerion 12 o maior centro de comando de qualquer trator do segmento premium. O banco do tratorista pode ser revestido em tecido ou em pele e pode rodar até 40º para a direita para permitir ao operador uma visão desimpedida do implemento e da zona de trabalho. Até as próprias vibrações e o ruído provenientes, quer do motor, quer do chassis, foram reduzidos ao mínimo através do isolamento da cabine face ao chassis.

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O Xerion Série 12 também é fornecido com um pacote personalizável de aplicações ISOBUS e para agricultura de precisão. Os compradores podem escolher entre direção automática por GPS PILOT com diferentes sinais de correção, gestão de tarefas em linha e fora de linha e aplicações de agricultura de precisão com controlo de secção e aplicação de taxas variáveis (VRA). Com o CLAAS connect, as novas licenças ou ativações podem ser transferidas diretamente para o terminal online, tal como as tarefas com faixas predefinidas e mapas de aplicação dos sistemas de informação de gestão agrícola ligados (CLAAS API).

Tecnologia rima com ergonomia Como referimos, o Xerion Série 12 é atualmente o trator de tração às quatro rodas mais potente a recorrer à tecnologia de transmissão continuamente variável no mercado e a apresentar o conhecido sistema de assistência ao operador e otimização de processos CEMOS, com capacidade de autoaprendizagem. Melhorias percentuais de dois dígitos no consumo de combustível e na área de produção podem ser alcançadas através da otimização da potência, da gestão da transmissão e da lastragem. Além disso, o CEMOS incorpora um assistente de configurações de implemento, bem como a aplicação Terranimo®. Uma vez introduzidas as condições de funcionamento, a aplicação calcula e apresenta o risco de compactação em três camadas de solo para ajudar o condutor a otimizar as definições da máquina em favor da maior proteção do mesmo.

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MOTOR Fabricante/modelo

Mercedes-Benz OM473 LA

Nº de cilindros/cilindrada

6/15.600 cm³

Potência máxima

653 cv/1600 rpm

Binário máximo/rpm

3100 Nm/1300 rpm

Nível de emissões

Fase V

TRANSMISSÃO Configuração

CMATIC (CVT)

Velocidade máxima / Eco

40 km/h

HIDRÁULICO Capacidade de elevação

N.D.

Fluxo da bomba

537 l/min.

DIMENSÕES Distância entre-eixos

3600 mm

Peso máximo admissível

32.000 kg

PVP (€)

765,910

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VEJA O ÁLBUM

especial Sitevi

ARQUIVO

ABOLSAMIA

POR RUI REIS

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alão Internacional dos Sectores da Vinha, do vinho, da fruta e da olivicultura, que se realiza a cada dois anos é considerado o evento mais relevante a nível mundial nestas áreas de atividade, tanto em termos de espaço como na diversidade de expositores. Ponto de convergência mundial para os profissionais da vinha, do vinho, da fruta e da olivicultura, a edição de 2023, que decorreu entre 28-30 de novembro no Centro de Exposições de

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O seu concessionário John Deere para os distritos de Lisboa, Coimbra, Leiria, Santarém (parcial) e Setúbal

Montpellier, em França, confirmou o seu estatuto e dimensão internacionais, com 1.000 expositores presentes (23% são internacionais), dos quais cerca de 200 eram novos e dividiam-se entre os setores da vinificação e engarrafamento/ embalagem (65), viticultura (63), proteção das culturas (17) e novas tecnologias (19). Este último sector, juntamente com a robótica, esteve em destaque e particularmente bem representado, juntando as principais empresas mundiais da área. Esta afluência recorde de expositores franceses e internacionais é o culminar de vários anos de esforços. Há mais de 45 anos que os promotores implementam melhorias no SITEVI, tendo em vista um caderno de encargos bem definido: oferecer uma proposta alargada e de qualidade que abranja toda a cadeia produtiva, desde a montante até à jusante das verticais de produção. Esta edição bateu todos os recordes anteriores, com praticamente 60 000 visitantes oriundos de 61 países. Mais relevante ainda é taxa de satisfação dos que visitam o certame e das empresas que marcaram presença na exposição: registando 95% de satisfação dos visitantes e 90% de satisfação entre os expositores. Portugal surge em 6º lugar entre o número de visitantes e em 5º lugar entre os países que expõem, cifras que espelham bem a importância do SITEVI para os profissionais do setor, tanto do lado dos produtores como do lado das empresas que atuam no mercado nacional. Os robots estiveram em grande destaque, assim como as tecnologias que visam a redução da pegada ambiental e o recurso a produtos químicos. Igualmente importantes, foram as máquinas, métodos ou tecnologias que visavam melhorar a produtividade e a eficiência. Em resumo, foi uma feira onde a tecnologia se destacou a todos os níveis e marcou uma tendência que se irá acentuar no futuro.

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SÉRIE 5E OOS (PLATAFORMA) 50 A 75 CV

SÉRIE 5M OOS (PLATAFORMA) 75 A 115 CV

SÉRIE 5E CABINA 50 A 75 CV

SÉRIE 5M CABINA 75 A 115 CV

Tratores da Série 5E e 5M - Um trator para tudo FINANCIAMENTO www.jinaciolda.pt • jinaciolda.concessao-jd.com

Lisboa: Vermelha (Cadaval) – SEDE T. 262 699 000 jinaciolda@jinaciolda.pt Santarém: Golegã T. 249 976 495 golega@jinaciolda.pt

Coimbra: Montemor-o-Velho T. 239 244 420 montemorovelho@jinaciolda.pt

Setúbal: Alcácer do Sal T. 265 619 260 alcacerdosal@jinaciolda.pt

Leiria: Vieirinhos, Pombal T. 233 959 920 pombal@jinaciolda.pt

Centro de Usados: Palhoça, Cadaval - T. 262 741 204 usados@jinaciolda.pt usados.jinaciolda.pt


BERTHOUD

DO PEQUENO APOLO AO CRUIS’AIR 8.50L Da icónica e muito compacta enxofradeira Apolo à completa célula de pulverização Cruis’air 8.50, passando pelos pulverizadores rebocados Win’air, a gama Berthoud abrange um alargado conjunto de soluções para a vinha e adaptadas às diferentes necessidades dos seus clientes. Apolo, um “Deus” entre as enxofradeiras É curioso que uma das soluções em grande destaque na Berthoud seja o APOLO, uma máquina rebocada, de baixa carga, com uma elevada capacidade de trabalho e uma conceção única no mercado que existe (com aquele conceito base) há mais de 30 anos. Apesar da aparente simplicidade, o segredo do Apolo está no seu desenho testado e comprovado que garante uma qualidade de aplicação excecional em termos de regularidade e de dosagem do produto. O Apolo tem uma tremonha com uma capacidade de 600 litros, o que corresponde, consoante as quantidades aplicadas, a uma capacidade de aplicação de 10 a 15 ha de autonomia. Concebido para combater o oídio através da pulverização de enxofre, a enxofradeira Apolo proporciona uma excelente consistência na distribuição de pó, graças às placas vibratórias que alimentam as roscas sem fim. A dosagem e a qualidade da aplicação

são tão precisas como num pulverizador, graças à possibilidade de regulação dos sem­‑fim e às referidas placas vibratórias que impedem a acumulação de produto e a formação de pequenos torrões que prejudicam a sua aplicação, garantindo assim a uniformidade e a consistência desde o começo da aplicação até ao fim. Além disso, o desenho deste sulfatador rebocado e o facto de não ser estanque reduz o risco de produção de eletricidade estática e o perigo de incêndio.

Por outro lado, em zonas muito húmidas e frondosas, a solução hidropneumática também pode ser útil por permitir ter uma gota maior que pode escorrer pela totalidade da planta e evitar a formação de fungos.

Pulverizadores Win’air Já a gama de pulverizadores rebocados Win’air, compreende soluções mais simples, com braços manuais para vinhas mais estreitas, até máquinas Vitiflex com canhões à distância para as partes mais altas, passando pelo modelo que tem recolhido muitos elogios que é a equipada com rampa Abmost telescópica que que pode ir dos 2 aos 3,2 metros (em Portugal, tradicionalmente, utilizamse medidas de 2,6 a 3 metros) e que pode realizar seis lados de vinha em cada passagem. Ainda devidamente adaptadas para zonas como as do Douro, a marca propõe soluções semirebocadas que colocam o grupo de ar e pulverização à frente, junto à fixação do trator. Esta solução reduz o centro de gravidade e melhora o equilíbrio na distribuição de pesos, reduzindo o risco de capotamento. A gama de pulverizadores da Berthoud trabalha tanto com pulverização pneumática como com pulverização hidropneumática (assistida por água). Esta solução pode ser especialmente útil em zonas mais secas e quentes, por exemplo, em que as gotas mais pequenas tradicionalmente produzidas por um pulverizador pneumático, podem ser compensadas pelo hidropneumático.

Células Cruis’air Por fim, destacamos as células Cruis’air que resultam de uma parceria de longa data com a New Holland. Uma das vantagens de trabalhar diretamente com um construtor de máquinas como a New Holland é que o acoplamento desta célula é extremamente fácil, bastando 10 minutos para colocar ou retirar, operação que pode ser feita por uma única pessoa. Em relação à pulverização, o sistema é muito semelhante ao que podemos encontrar nos modelos rebocados ou semi-rebocados, por exemplo, o sistema Abmost. Claro que, com uma maior envergadura é possível trabalhar mais lados de vinha ao mesmo tempo. No caso do modelo em exposição, este podia aplicar em oito faces em simultâneo, recorrendo a uma cuba de 2500 litros. Em Portugal, entre os utilizadores deste tipo de solução, encontrase a Fundação Eugénio de Almeida.

Representante em Portugal: MIRALDINO FILIPE MENDES & Cª, LDA 100

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FERRAND

UM CHASSIS QUE PROMETE POUPAR TEMPO E DINHEIRO

A

pesar da grandiosidade do espaço e das inúmeras soluções expostas, na Ferrand todas as atenções acabavam por recair num inovador chassis que combinava num único suporte as funções de pivotante e de paralelograma. Até aqui, todos os implementos que funcionassem apoiados num pivot ou num sistema de paralelograma, teriam de estar acoplados a diferentes suportes. O que a Ferrand pretende fazer (para já este sistema ainda está na fase de pré-produção e só entrará em comercialização na próxima campanha de 2024) é simplificar esta questão, propondo num único chassis as duas soluções. Até agora, manter um pivot ou passar deste para um sistema de paralelograma, era difícil porque não

se conseguia bloquear o movimento. A Ferrand descobriu uma maneira de, quando estamos a funcionar com o paralelograma, o pivot ficar bloqueado. Se, durante a utilização, o operador quiser passar para um implemento que funciona em pivot, seleciona esta função e o paralelograma fica bloqueado. Tudo será feito de forma automática e sem que o tratorista abandone a cabine. Isto permite uma enorme poupança de tempo e dos custos de aquisição de dois suportes diferentes, já que o sistema, que é maioritariamente mecânico, cumpre eficazmente as duas funções e permite combinar implementos que trabalhem de ambas as maneiras. A solução foi distinguida com um prémio Sitevi Innovation Awards.

SAHER SAHER

PULVERIZADOR COM PAINÉIS RECUPERADORES DE CALDA EM DESTAQUE

N

a Saher, marca também ela representada em Portugal pela empresa Manuel Fialho, tínhamos em exposição um pulverizador com painéis recuperadores de calda. Na prática funciona como um pulverizador normal, mas a presença dos dois painéis opostos (um de cada lado da planta) permite recuperar boa parte do produto que não fica na mesma. Este, por efeito de gravidade, cai no segundo painel e através de uma bomba é enviado novamente para o depósito. Segundo

estudos independentes, em função das condições, esta recuperação pode chegar aos 30 ou mesmo 40%, o que significa uma poupança considerável de fitossanitários. Esta poupança pode ser ampliada graças a um conjunto de sensores que permitem adaptar a distância dos painéis à planta, para minimizar perdas e potenciar o efeito, e por sensores complementares que detetam o tamanho e a quantidade das folhas da planta para reduzir ou aumentar a quantidade de produto a aplicar. Quando a videira está a rebentar, as folhas são

naturalmente mais pequenas e em menor número, e a exigência de produto é menor. Em julho, as folhas estão plenamente desenvolvidas e o produto terá de ser em maior quantidade, conseguindo a máquina adaptar-se automaticamente às diferentes necessidades. Para tornar a manobrabilidade mais fácil, em curva o sistema fecha os dois painéis e torna assim o pulverizador muito mais compacto e estreito. Quando regressa à fileira, os painéis voltam a abrir e a adaptar-se à espessura das vinhas.

Representante em Portugal: MANUEL FIALHO, LDA www.abolsamia.pt

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CLEMENS

UMA NOVIDADE À MEDIDA DO MERCADO PORTUGUÊS Entre os inúmeros pontos em destaque no imenso espaço de exposição da Clemens, a maior novidade para o mercado nacional é uma podadora mais simples, muito eficiente e, acima de tudo, mais acessível, sem penalizar a tradicional qualidade da marca alemã. configuração de três lâminas, 3+1, 4, 4+1 e 5. Na configuração 4+1, a última pode ser regulada em inclinação. As lâminas podem ter duas faces de corte ou três. Já a barra de corte horizontal tem duas lâminas de cada lado. Tanto uma como a outra têm um mecanismo de proteção contra choques que permite a recolha das mesmas em caso de impacto. Com um peso de 320 kg, esta podadora mais simples não põe em causa a robustez ou a qualidade das soluções, sendo que, por exemplo, as cabeças de corte são as mesmas das suas irmãs mais “sofisticadas” e onerosas.

Radius D

Podadora Easy Cut Lite Esta era a grande novidade da Clemens no SITEVI e uma de especial importância para os mercados onde o preço é um fator determinante (como o português), uma podadora com a habitual qualidade de componentes da Clemens, mas mais simples, mais leve, com um chassis mais baixo e,

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claro está, um preço mais competitivo. Esta Trimmer (podadora) Easy Cut Lite tem uma largura de trabalho de 1,3 a 2,6 metros e é especialmente indicada para zonas de trabalho com grandes áreas de vinha, mas quase totalmente planas. Possui duas barras de corte verticais, que podem ter a

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Um dos sistemas em destaque na Clemens (explicado em detalhe na edição 136 da revista abolsamia), até pela validade que pode ter no mercado nacional é o Radius D, uma nova geração de intercepas de dupla ação (o D é de dupla) para o controlo de infestantes. O segredo do Radius D é a tecnologia de válvulas duplas, graças à qual mesmo as alfaias pesadas podem ser guiadas com segurança e sensibilidade à volta da cepa. A funcionalidade inovadora baseiase na capacidade desta máquina de rodar hidraulicamente uma ferramenta para dentro e para fora com um movimento duplo. Controlada mecanicamente pelo

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sinal de uma válvula hidráulica altamente sensível, a lâmina plana pode limpar toda a zona circundante da cepa. Com uma necessidade de potência hidráulica inferior a 10 litros, e graças à conceção modular e ao sistema de troca rápida, o Radius D pode ser equipado com uma lâmina plana, discos hidráulicos, uma grade elétrica ou um corta mato, entre muitas outras ferramentas. Graças ao sistema de controlo C.Control, montado na cabine, o operador pode controlar confortavelmente a ferramenta de trabalho, podendo estendê-la para cortar infestantes mais altas e recolhê-la manualmente para as plantas jovens.

Todos os produtos de tratamento de folhas da CLEMENS também podem ser controlados e operados através do ISOBUS.

Easyfix Outra solução especialmente atrativa para os viticultores portugueses é o Easyfix, uma máquina que permite levantar e atar as vinhas de forma automática, reduzindo a necessidade de mão de obra e o tempo que se despende nesta morosa tarefa (a velocidade de trabalho é de 5 km/h). Com recurso a duas correias, que são suaves e amortecidas, levanta a folhagem, preservando as vinhas contra os danos. O recurso a clips biodegradáveis, permite proteger o meio ambiente. O sistema de travão instalado facilita a fixação do fio no final da faixa. O sistema Easyfix permite ligação ISOBUS e pode ser operado individualmente com recurso a um joystick. Basta colocar duas ligações hidráulicas (uma com pelo menos 25 litros e outra de retorno) ao trator e uma ligação de 12V para a bateria e pode utilizar o joystick.

ao longo do comprimento de toda a cabeça de corte, através da utilização de diferentes espaçadores. O sistema hidráulico especial da pré-podadora permite um trabalho muito preciso e uma rapidez de abertura/fecho inigualável. Especialmente importante é a deteção ótica (uma câmara colocada á frente da cabeça de corte) de estacas que pode ser configurada como opção. Graças à utilização da App da Clemens, que é fornecida a todos os clientes, estes podem definir a distância de segurança para as estacas, reduzindo ou aumentando a margem que pretendem. Inevitavelmente, este sistema disponibiliza uma ligação ISOBUS ao trator, permitindo o controlo dos parâmetros de utilização e da própria máquina no conforto da cabine.

A Jopauto, representante em Portugal da Clemens, já entregou uma máquina Easyfix na região de Viseu.

A pré-podadora A pré-poda é utilizada para remover a madeira com um ano. A cabeça está equipada com um número diferente de pares de corte, consoante as condições. A distância entre as facas é de 100 mm. Esta dimensão pode ser facilmente ajustada

Representante em Portugal: JOPAUTO, S.A. www.abolsamia.pt

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ZEPPELIN

GAMA VIGNERON CUT 360º EM DESTAQUE

“S

e pudesse definir a gama da Zeppelin iria comparála ao café português: tem um preço fantástico para a excelente qualidade que apresenta”. Foi desta forma que Alvaro Bravo, CEO da Zeppelin, descreveu a marca que representa. “A Zeppelin apresenta máquinas especialmente adaptadas para os agricultores do mercado ibérico. Utilizamos a tecnologia suficiente, mas não de forma a encarecer o produto de tal forma que este fique inacessível à maioria dos agricultores. A solução é oferecer soluções fiáveis e eficientes, que permitam uma amortização rápida e ajudar o agricultor a rentabilizar a sua área de cultivo ou vinha”.

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No espaço da Zeppelin, os destaques iam para a gama Vigneron CUT 360º, em especial as capinadeiras e os corta‑mato e desladroadores, para os modelos de trituradores de restos de poda da gama Top Vinha e para os pulverizadores suspensos e rebocados. Mas todos os modelos em exposição obedeciam a um denominador comum: a aposta na relação preço/ qualidade.

Vigneron CUT 360º Entre os sistemas em destaque na Zeppelin temos as capinadeiras, solução que permite eliminar a erva e reduzir a utilização de glifosatos. No caso das versões de braços duplos, estas podem ter reservatório e bomba de óleo, caso o trator não tenha capacidade suficiente, e até um radiador para poder trabalhar em ocasiões de maior calor. Já os corta-mato com desladroadores permitem cortar a erva e os pequenos rebentos que nascem em baixo e “roubam” força à videira.

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Outra importante área de negócio para a Zeppelin são os intercepas. O mais conhecido, o de facas hidráulico, pode ser montado num cultivador, vendido isoladamente (para quem já tem o cultivador ou o suporte) ou ainda num suporte simples ou com dois braços, permitindo montar dois implementos, que podem ser dois discos, dois desladroadores ou duas facas. Este sistema intercepas pode ser equipado com radiador de óleo, para utilizações mais exigentes, e com um reservatório de óleo adicional para situações em que o cultivador não consiga gerar pressão suficiente para alimentar os dois implementos.

Triturador Sahara e Top Vinha Esta gama Sahara de trituradores de restos de poda com martelos tem tido um sucesso assinalável em Portugal. A versão exposta no Sitevi dispunha de depósito de óleo, um radiador e um disco com facas. Este integra um mecanismo de segurança que

evita que atinja a planta e a golpeie. O sistema permite limpar o caminho entre as vinhas e, ao mesmo tempo, a base da planta. Acima desta gama, temos a linha Top Vinha, um triturador de restos de poda reversível fixo que se destina a tratores vinhateiros, compactos, com 80 a 90 cv. Esta máquina recolhe os restos de poda, tritura através dos martelos com maior frequência e, ao fazê-lo, atomiza os restos em partículas muito mais pequenas, podendo estas ficar nos terrenos como composto. Este modelo pode ser montado na dianteira ou na traseira do trator. O Top Vinha conta com um conjunto de espigões que ajudam a introduzir o material a triturar no alimentador. Existe um modelo Top Vinha ligeiro que se adequa a tratores mais pequenos e que não é reversível, poupando no peso e, claro está, no preço.

Pulverizadores rebocados ou suspensos Por fim, a Zeppelin também oferece uma gama de atomizadores suspensos ou rebocados com uma excelente qualidade (bombas de diafragma ou de membrana), potentes e de fácil manutenção. No caso dos rebocados, existem versões com 1000 litros e com 2000l de capacidade. A versão de 1000l, em exposição no espaço da Zeppelin, tem 1,3 metros de largura e conta com uma bomba com um débito de 125l/min. A turbina, montada atrás, tem 800 mm de diâmetro e o peso é de 428 kg. Já nos suspensos, a gama abarca os 300, 400, 600 e 800 litros.

Representante em Portugal: ZEPPELIN MAQUINARIA www.abolsamia.pt

Tel: 938 913 545

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Outras Presenças

ANTONIO CARRARO

LOPEZ GARRIDO

ID DAVID

JOPER TOMIX

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STAGRIC

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VEJA O ÁLBUM

PRÉMIOS DE INOVAÇÃO

2023

POR RUI REIS

Este é um concurso de renome internacional que premeia os equipamentos, produtos, técnicas e serviços mais inovadores apresentados pelos expositores do certame.

LISTA DOS PREMIADOS

A

participação está aberta aos expositores e co-expositores do SITEVI 2023 com um produto, serviço ou tecnologia que constitua um verdadeiro avanço nos seus sectores. Após a votação dos mais de 20 membros de júri, composto pelos melhores especialistas franceses e internacionais para garantir o conhecimento de todos os mercados e sectores presentes no SITEVI, seguese a cerimónia de anúncio dos vencedores dos prémios que teve lugar durante o primeiro dia do salão. Para a análise de cada dossier, os membros do júri recorrem igualmente a peritos técnicos da sua rede. No total, cerca de uma centena de especialistas contribuem com os seus pareceres para a lista dos vencedores. Graças a este exigente e rigoroso processo de nomeação, os Prémios Inovação SITEVI são uma referência no mercado dos equipamentos e do know-how na produção da vinha, do vinho, da azeitona e das frutas e legumes.

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ARQUIVO

ABOLSAMIA

PRÉMIO ESPECIAL

sólidos, líquidos ou gasosos. É o único equipamento capaz de integrar e homogeneizar adjuvantes utilizados na enologia (colagem, MCR, leveduras secas inativadas, nutrientes, etc.) e gases dissolvidos em todas as fases da vinificação (mostos, vinhos em fermentação, vinhos acabados). Graças à sua hélice helicoidal, o DYNA WINE permite poupar tempo e produtos de colagem. Ao contrário dos métodos mecânicos tradicionais, DYNA WINE utiliza a energia cinética de uma bomba para criar vórtices que não só asseguram uma homogeneização perfeita, como também ajudam a melhorar a qualidade sensorial dos vinhos.

“Le Copilote”: Sistema que recorre à inteligência artificial para trabalhar o solo

Ampélos

Empresa: Egretier

MEDALHAS DE OURO DYNA WINE® Vórtice helicoidal: Vórtice helicoidal associado a um sistema de gestão dos gases dissolvidos para uma boa homogeneização dos adjuvantes utilizados em enologia. Este é um misturador versátil que permite homogeneizar perfeitamente os auxiliares enológicos

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Ferramenta de formação para a poda da vinha: Serviço de formação para a aprendizagem da poda da vinha através da simulação digital dos resultados de operações de poda virtuais. Este está a ser concebido em colaboração com profissionais do sector e dará vida à vinha graças ao recurso a óculos de realidade virtual, permitindo assim a formação dos podadores em qualquer altura do ano. O Ampélos não se limita a ensinar a podar: o processo de aprendizagem também tem em conta a prevenção do risco de perturbações músculo-esqueléticas, por exemplo. Empresa: Studio NYX

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Prémios de Inovação SITEVI 2023

MEDALHAS DE PRATA

MEDALHAS DE BRONZE Sistema de descontaminação de contentores por luz pulsada: Sistema de descontaminação por luz pulsada para barris, tonéis e cubas de vinho. O sistema funciona sem recurso a produtos químicos, enxofre ou mercúrio.

GreenManager® X’Pulse Soprador de detritos vegetais nos pulverizadores: Sistema de sopragem dos detritos vegetais (folhas, flores, etc.) que se podem acumular nas grelhas dos tabuleiros de recolha dos painéis recuperadores de calda durante a pulverização.

Semeador para vinhas: Ferramenta modular para a gestão do coberto vegetal nas entrelinhas da vinha (mobilização, sementeira direta, e destruição do coberto). Empresa: Güttler

Empresa: BacchuStorm

FLAVY X-Treme X-Treme 3 em 1: Filtro multiusos para o vinho, as borras e a turfa sem modificação pelo operador. Empresa: Bucher

Cirrus Sistema de transferência por vácuo: Sistema de transferência por vácuo para produtos líquidos e/ou sólidos utilizados para uvas e bagaços.

Empresa: Berthoud

Empresa: Cefinox

BM GO (BM Greffe Omega) Máquina de enxertia automática: Máquina de enxertia automática para plantas de videira, garantindo a segurança dos operadores em relação às partes afiadas ou cortantes. Empresa: BM emballage

Comfort Ride™ Cabine suspensa para tratores estreitos: Cabine suspensa concebida para equipar tratores vinhateiros estreitos, constituída por uma combinação de diferentes tipos de amortecedores (mecânicos, hidráulicos e pneumáticos) sem impacto na largura total do trator. Empresa: New Holland

Intercep para-pivot Intercepas com duplo sistema de retração: Intercepas com retração sobre um paralelogramo combinado com segurança apoiado sobre um pivot, que oferece uma segurança suplementar para evitar a quebra das videiras, mesmo das videiras que não estão plantadas perfeitamente direitas. Empresa: Ferrand

L’Accord Robotique

TRAXX Concept H2 Robot vinhateiro com pilha de combustível de hidrogénio: Robot vinhateiro elétrico que incorpora uma pilha de combustível a hidrogénio para uma maior autonomia energética. Empresa: Exxact Robotics

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Duo de trator e robot elétrico para a vinha: combinação de um trator elétrico e de um robot que trabalham em conjunto, podendo o tratorista supervisionar o robot.

Les Sensorielles

Empresa: Sabi Agri

Empresa: IFV (Instituto Francês do Vinho e da Vinha)

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Kit de formação para o reconhecimento do “cheiro a rato” nos vinhos, concebido para os profissionais do sector aprenderem a detetar estes odores característicos.

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Prémios de Inovação SITEVI 2023 AIS Sensores 3D e I.A. para modulação da pulverização: Conjunto de câmaras 3D e de um sistema de processamento que integra inteligência artificial para modular doses de fertilizante foliar e de pulverização em pomares. Empresa: Kubota

GrowSphere™ Sensores 3D e I.A. para modulação da pulverização: Interface otimizada de monitorização e controlo da irrigação e da fertirrigação. Empresa: NETAFIM C

AIR 3 Transportador pneumático: Sistema de transporte pneumático para a colheita de azeitonas e amêndoas em sebes. Empresa: Pellenc

M

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CM

MY

CY

CMY

K

RX20-H Robot vitícola: Robot vitícola entre fileiras capaz de trabalhar sem supervisão humana graças a um processo de geofencing (cerca virtual).

Rolamentos Kramp

Empresa: Pellenc

Durabilidade e elevado desempenho para as suas máquinas agrícolas. SECURION Armário de segurança para baterias de lítio: Armário de segurança para recarga de baterias de lítio com proteção contra eventuais incêndios provocados por estas. Empresa: Pellenc

E-CAP Tampa totalmente reciclável: Esta tampa sem plástico é totalmente reciclável, substituindo a tradicional tampa de alumínio complexa. Empresa: Ramondin


Prémios de Inovação SITEVI 2023 Dans les bottes Ferramenta de comunicação e de organização de atividades no enoturismo: Aplicação informática destinada a aumentar o diálogo entre os agricultores e o público em geral. Os viticultores que já se dedicam fortemente ao agroturismo encontrarão nesta aplicação um precioso instrumento de comunicação e de organização, bem como uma ajuda preciosa para o desenvolvimento das suas atividades comerciais e turísticas. Empresa: Agriculteur d’aujourd’hui

OUTROS NOMEADOS Este ano, o SITEVI recebeu 107 candidaturas de 76 países e as inovações abrangeram uma vasta gama de equipamentos, produtos e serviços nos sectores da viticultura, enologia, arboricultura e olivicultura. As inovações propostas refletem as necessidades dos produtores e as mudanças em curso no mundo da agricultura. Apesar do vasto leque de necessidades abrangidas, é possível identificar três grandes tendências. Eis os restantes nomeados para cada tendência:

1 - Tecnologia digital e suas aplicações

SAM35-SAM45 Opção AFS Deteção automática da folhagem: Um sistema que deteta em tempo real a presença de vegetação em frente ao bico, permitindo a pulverização. O sistema gere a abertura e o fecho dos bicos em função dos corpos detetados pelos sensores ultrassónicos.

Empresa: Mage Application

Empresa: : AgroSystem by OPTIMA Concept

Azimut Mapeamento automático das linhas de vinha utilizando intercepas elétricos. Empresa: : Vitibot

WINEGRID Sistema de monitorização de vinhos espumantes: Solução de monitorização remota e em tempo real de vinhos espumantes. Empresa: Winegrid

2 - Melhorias da produtividade, assegurando simultaneamente a assistência à condução, o conforto e, sobretudo, a segurança.

INTELLIFLOW

Tesoura de podar eléctrica anti-mutilação: Tesouras de podar eléctricas anti-mutilação que funcionam através de uma pulseira fixada ao pulso da mão livre, criando uma zona de proteção à volta da mão na qual as tesouras são neutralizadas.

Corte da pulverização no final da linha: corte automático da pulverização durante as meias-voltas dos pulverizadores com base no ângulo entre a direção das linhas e a direção de movimento do pulverizador. Empresa: Mage Application

TSV Sistema de transferência por vácuo: Sistema de transferência por vácuo para vinho, mosto ou uvas frescas que elimina a necessidade de operações tradicionais de bombagem que forçam o produto a passar através do corpo da bomba. Empresa: TANDEM

PALO INFINITY CON PINNA

Gestão da distribuição do fluxo de óleo entre as alfaias: Sistema hidráulico para tratores de elevada altura ao solo que gere de forma inteligente a distribuição hidráulica a todas as alfaias ligadas ao trator.

ACOLYTE III Porta-ferramentas em pórtico: Porta-ferramentas com um sistema de monitorização ao nível do solo que reduz a necessidade de supervisão do condutor.

Postes de ancoragem: Sistema de postes com aletas no final das filas que permite a instalação de filas de videiras sem necessidade de sistemas de ancoragem (âncoras, cordas, tirantes).

Empresa: New Holland

Empresa: Boisselet

Empresa: Vignetinox

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Prémios de Inovação SITEVI 2023 3 - Redução da pegada ambiental das atividades agrícolas e, em especial, a descarbonização da agricultura. NATURITY Tratamento das rolhas contra os TCAs: Tratamento das rolhas naturais por dessorção térmica (utiliza calor para separar fisicamente os elementos contaminantes), que elimina os sabores da cortiça provocados pelos TCAs. Empresa: Amorim Cork

LSINC Perivallo360m Impressão UV para garrafas: Um sistema que decora toda a garrafa, do gargalo ao fundo, utilizando a tecnologia de impressão UV. A reciclagem das garrafas é facilitada pelo facto de a tinta utilizada para esta impressão UV arder sem deixar resíduos. Empresa: Modico Graphic Systems

PULSAR™ + STRIPNET™ X Bocal de proteção contra o gelo: Bocal de proteção contra geada que funciona de forma intermitente para concentrar o fluxo de água na fileira e, assim, reduzir o consumo de água. Empresa: NETAFIM

Exployo vit

E-Sprayer Micro-turbinas elétricas para pulverização: Pulverização com microturbinas elétricas que permitem variar a dose de produto e o caudal de ar de forma simples e fácil. Empresa: Pellenc

Kit de eletrificação: Kit para a transformação de ferramentas vitícolas (ex.: aparadoras) em ferramentas elétricas compatíveis com tratores elétricos e/ou robots.

“Confusão sexual” contra o Eudemis: Produto líquido pulverizável para induzir a técnica de “confusão sexual” para proteger as vinhas contra o Eudemis. É constituído por uma emulsão de microcápsulas contendo moléculas de feromona. Na aplicação, cada microcápsula atua como um microdifusor, libertando gradualmente as feromonas.

Aproveitamento dos gases de fermentação durante a prensagem da uva: Processo de recuperação do dióxido de carbono que escapa das cubas durante a fermentação alcoólica para utilização no processo de inertização da prensagem, substituindo o dióxido de carbono de origem fóssil.

Empresa: Vignetinox

Empresa: Syngenta

Empresa: Siprem International

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Usados: (2x) Same Explorer 85, Minitauros 60 2 RM • Deutz DX 3700 c/ carregador frontal • John Deere 2200 • Kubota M108S cabinado • Gad. Kubota c/ 8 discos corte

Viana do Castelo - Braga

Nos anúncios com consulte as máquinas para venda em www. abolsamia.pt/pt/compra-de-maquinas No cumprimento do Decreto-Lei nº59/2021, de 14 de julho, informamos os nossos leitores que linhas geográficas de números começados por 2 são “chamadas para rede fixa nacional”, começados por 9 “para rede móvel nacional” e começados por 00 “para rede fixa ou móvel internacional”.

Usados: Agrifull Jolly 50 • JD2200 carreg. frontal • NH TS.110 • Same Solaris 25 • Steyr 540 • Bomba de água Rodatti • Várias charruas usadas • Colh. milho 1L Mengele • Enfard. NH271 • Reboque fixo • Várias fresas usadas • Sem. Agrovil 2 linhas, Pijuca mec. • Triturador • Volta-fenos 2mts.

Usados: Charrua Galucho 2F 14” • Espalhador de palha Morra • Rotorfresa Lemken 3mts • Semeador de erva Amazone

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Braga - Vila Real - Bragança

Usados: New Holland (8): TN60A, 4566 DT, TS110 DT Cab., TD4030F, T5.115 DC Rops, T4030V, TN70 e TD4.80F • Ford 4100 • Landini Mistral 50 • MF 253 • Same Silver 95 • Shibaura SP2540 • Enfard. (3): NH 640 fard. red., Mascar Corsa 150 e Supertino SR70.120 • Retro JCB 3XC

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Porto - Aveiro

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Aveiro - Viseu - Guarda

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Guarda - Castelo Branco - Coimbra

Usados: Fiat 23-66 DT • Ford (2) 4610, 6610 • JD 5400 DT • Kubota ME 9000 Cab. • NH (4) Boomer 50, Boomer 35, 2120 DT, T4.65V • Shibaura S320 • Hinomoto C144 • Deutz Agrokid 45 • Vários motocultivadores usados em stock

Usados: Ford 4000, 6.500€ • Kioti LK3054 4RM, 8.500€ • Iseki TL1900, 4.800€ • New Holland T4.65S, 31.000€ • Ford 1710 4RM, 9.500€ • Suzue M1803, 4.500€ • Hürlimann, H-305XE, 12.500€ • Ford1920, 13.000€

Usados: Claas Axos 340 • Fiat 420 • Lamborghini R3 100T • Renault Temis 610 X • Charrua Esperanças 10 pol. • Charrua Galucho F16 • Enfardad. Pottinger F125 Pro • Pulverizador Tomix 600L • Rotorfresa 2,60mts. • Tesoura de poda Pellenc Lixion com carregador, colete e mala de transporte original.

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Leiria

Usados: Deutz-Fahr, 5120 TTV, 48.000€ • Claas Ares 656, 28.000€ • Claas Lexion c/ equip. milho, 70.000€ • Charrua Kverneland, LD85, 6.500€ • Ens. Claas Jaguar 850 4x4 (40km/h), 65.000€

Usados: New Holland TN95FA Cab. 25.000€ • New HollandT4040N Cab. 27.500€ • McCormick C70 LC 17.000€ • Case CX80 13.500€ • Valpadana 3675 p/ peças

Usados: Hürlimann XT-909 • Hinomoto E-23 • Solis, 26 • Kubota B 1550 • Yanmar 169 D • Iseki 2160 • Kubota, B 1500 • Suzue 1803 • Grua florestal Costa, G3000 • Motoenxada Gemar MZ 100 - 1040

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Lisboa

Usados: Deutz (2) Agroton 100, Agroplus 100F • Lamborghini 880F Plus • Carraro 4000F • Landini 90 • McCormick F90 Cab. • Krone Gad. reb. 3mts. • Pulv. Rocha 1000L

Usados: New Holland TND 55 4WD • Fiat 605 de rastos • Fiat 5586 DTF • Shibaura S325 • Motocultivador de 21cv c/ reboque

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Lisboa - Santarém

Lugar da Espera, Apartado 3 - 2565-716 Runa

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Usados: Tratores: Case-IH MX220 • McCormick C100 MAX • Renault 640RZ • Fendt 309 LSA • Fendt 260S • Fendt 716 Charruas: Kverneland, PB100 • OVLAC SF6 • Galucho, 2F 16 • Galucho, 3F 12 • Galucho, 3F 13 • Galucho, SF5-4 • Cultivador Maschio DRACULA 4,30MTS • Enfardadeiras: New Holland BB940 • Claas 3200 ROTO CUT

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Santarém

Usados: Reboques Galucho 5.000Kg, 12.000Kg • Grade discos Galucho NA2C 20-22 • Tesoura elétrica Electrocoup F3005, F3010 • Rototerra Maschio S Cobra 2,5m. • Charruas: Galucho (3) SF3 12-20, 2F-10, 3F-14 • Espalhador C. Magli plást. microgranulador • Sachador 3 linhas hidráulico • Gerador Himoinsa 41KVA

Usados: A. Carraro DI G c/ fresa • Bertolini articulado c/ fresa e charrua • Ford 2600 • Ford 1910 c/ tração simples • MF 135 • Same 90 Explorer DT • Iseki 4270 4RM

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Usados: Ford 6610 • Deutz Agroton M610 • Ferrari 40 3W • Lamborghini 774-70 N • NH TN75 VA • John Deere 846 • Juntador de fenos Vicon 424 • Gadanheiras várias

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Santarém - Setúbal - Évora

Usados: Tratores: Deutz-Fahr, Agrofarm 420 • Claas ARES 836 RZ • Fendt Farmer 250 S • Voltafenos Krone SWADRO 42 Charrua Ribatejo 1F • Chiseis: 9 BIC • Hibema 9/13 c/ rolo • Gil 5 braços • Comedouro/bebedouro para vitelos • Cultivador Kongskilde 9 molas • Destroçador Serrat 1.80m • Enfardadeira Krone BIG PACK 1270 • Escarificador de relvados 11/15 • Gadanheiras Vicon 6 discos - Extra 428 • Krone de discos Easy Cut R 280 • Krone Active Mow R200 • Grade de discos Galucho A2CP 20X26 • Galucho A2CP 24X26 • Pulverizador Tomix, P9 600 • Retroescavadora Case, 580SR

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Évora

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Évora - Beja

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Beja - Faro - Açores

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Europa

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MOMENTOS NEW HOLLAND New Holland T5.110 Dual Command entregue ao cliente Fernando Mendes. Esq. para a dir.: Mário Cananão (Etelgra) e Fernando Mendes.

New Holland T5.110 entregue à empresa Paisagem Silvestre, Lda. Na foto esq. p/ dir.: Eduardo Lima e Paulo (colaborador).

Etelgra AA Sobralense

New Holland T4.110F Cab entregue à Quinta do

Cereeiro - Arruda dos Vinhos.

New Holland T5.110DC entregue

a Nelson Correia. Na foto esq. p/ dir.: Rui (operador), Nelson Correia e Luís Bandeira (Fialho, C. Lampreia).

Fialho, Correia e Lampreia

O Prado New Holland T6.180 Dynamic Command

entregue a João M. Pavão Medeiros Unip. (Ponta Delgada)- Na foto esq. p/ dir.: Carlos Massa (O Prado), João Aguiar (cliente) e Sérgio Barreira.

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Matos & Prata

New Holland T4.75S entregue a Paulo Jorge - Casas, Moreira de Rei.

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AA Sobralense

Matos & Prata

New Holland T4.120F cabinado entregue ao cliente Quinta da Chapinheira.

SEAC New Holland T5.100S entregue à

Intergados S.A. Foto da esq. p/ dir.: Mário Cananão (Etelgra), Engª Cristina Carvalho e Leonel (Intergados).

New Holland T5.100 Power Shuttle 1.5 Cab.

entregue ao cliente Antoterras II SA (Póvoa de Varzim).

Etelgra O Prado Jopauto Dois New Holland T7.230 Sidewinder II Stage V entregues ao cliente eng. Bulhão Martins.

New Holland T6.180 Dynamic Command

entregue ao cliente Irmãos Massa, Lda (Ponta Delgada). Na foto esq. p/ dir.: Marcelo Massa (filho do cliente), Carlos Massa (O Prado) e Nélson Massa (cliente).

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New Holland TK4.80V entregue à Soc. Agríc. de Nogueira, na Qta.

da Eira Velha (Sabrosa). Na foto esq. p/ dir.: Filipe Ferreira e Luís Pereira (tratoristas) e Flávio Ferreira (responsável de viticultura da Quinta).

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