abolsamia 126 (mai/jun 21)

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maio / junho 2021

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NOVO

A REVISTA DA MECANIZAÇÃO AGRÍCOLA

Ano XXVIII . Nº 126 | Bimestral maio / junho 2021 | Diretora: Catarina Gusmão

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Nº126 - Ano XXVIII

REVISTA DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS

HORSCH MAESTRO 8CV E 8CX

Opinião

Robots de ordenha

10

MOTIVOS PARA COMPRAR

10

ISOBUS: Como criar e importar um mapa de VRA?

MOTIVOS PARA PENSAR DUAS VEZES

Comprar um trator novo ou usado?

APOIO À RENOVAÇÃO DO PARQUE DE MÁQUINAS: Tudo o que precisa de saber


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EDITORIAL

SEBASTIÃO MARQUES Chefe de redação

CARO LEITOR, O

Governo decidiu, em final de abril, decretar uma cerca sanitária às freguesias de São Teotónio e de Almograve, no concelho de Odemira, devido à elevada incidência de casos de Covid-19, sobretudo em trabalhadores do setor agrícola. O Presidente da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), Eduardo Oliveira e Sousa, afirmou que compreende a necessidade e a cerca sanitária, em nome da segurança da população, mas pede que seja garantida a entrada de trabalhadores para manter as colheitas. É precisamente sobre este último ponto, a carência de trabalhadores para manter as colheitas e o previsível impacto dos robots, que versa esta breve reflexão. Assistimos nos Estados Unidos, mais propriamente na

Califórnia, a uma enorme pressão por parte dos produtores de frutos vermelhos para que fossem encontradas alternativas aos cada vez mais escassos, e “baratos”, trabalhadores oriundos do México. A resposta foram os robots autónomos de colheita que, a cada dia que passa, se tornam mais perfeitos na sua performance, sem necessidade de descanso (apesar de, também estes, precisarem de um “espacinho” para recarregar baterias- talvez aqui, continuem a perder para os trabalhadores de São Teotónio). Uma questão curiosa é o facto da grande maioria destes robots serem resultado do trabalho dos próprios agricultores ou de novas startups. Os fabricantes de tratores têm tardado a colocar no mercado as suas soluções (algumas já apresentadas em feiras), sendo a Farmtrac, a Kubota e a Yanmar as exceções e apenas em

Quando se navega sem destino, nenhum vento é favorável. Séneca

determinados países. A Monarch, startup californiana que fabricou um trator completamente elétrico e robotizado, acabou mesmo por ser adquirida pelo Grupo CNH. Percebe-se o porquê dos fabricantes de tratores tardarem em colocar as suas soluções no mercado. Em primeiro lugar, a tecnologia de automação ainda é relativamente recente e, portanto, requer um alto nível de pós-venda e suporte técnico. Em segundo lugar, a legislação em todo o mundo ainda dá os primeiros passos, não estando resolvida a questão da admissão oficial de veículos não tripulados na agricultura. Adivinha-se que ambas as questões não tardem a estar resolvidas. Convém então antecipar cenários. As máquinas agrícolas, neste caso os robots, podem ser uma ferramenta importante para a dinâmica da comunidade - um processo muitas vezes secundarizado na análise do ecossistema que nos suporta. No entanto, acreditar que teremos uma agricultura moderna, profissional e capacitada mas esquecermo-nos das pessoas que dela dependem será sempre reducionista. Por isso, para evitar situações como a atual, seria bom começar desde já a pensar sobre o futuro de todas as pessoas que trabalham hoje na agricultura e que serão substituídas pelos robots. Ao nível da agricultura de grande escala esse já não é um “se” mas um “quando”.

DIRETORA Catarina Gusmão ASSESSOR DE DIREÇÃO Bruno Meneses REDAÇÃO Sebastião Marques (sebastiaomarques@revista-abolsamia.com) · João Sobral (joaosobral@ abolsamia.pt) PUBLICIDADE Catarina Gusmão (T. 91 346 9299 · catarinagusmao@abolsamia.pt) · Américo Rodrigues (T. 91 776 9104 · americorodrigues@abolsamia.pt) DESIGN E PRÉ-IMPRESSÃO Victor Manfredo COLABORARAM NESTA EDIÇÃO Isabel Maia (redação), Luis Alcino da Conceição (redação) e Hugo Neves PROPRIEDADE Nugon - Publicações e Representações Publicitárias, Lda (Contribuinte 502 885 203 · Registo ERC 117122 · Depósito legal 117.038/97) · SEDE/EDITOR R. S. João de Deus, 21, 2670-371 Loures ESCRITÓRIO/REDAÇÃO R. Nelson Pereira Neves, Lj.1 · 2670-338 Loures (T. 219 830 130) IMPRESSÃO Jorge Fernandes Lda · R. Q.ta Conde de Mascarenhas 9, 2820-653 Charneca de Caparica TIRAGEM MÉDIA 4.000 exemplares ISSN 2183-7023 GERÊNCIA Nuno Gusmão e Catarina Gusmão SÓCIOS Nuno Gusmão (35%), Ana Gusmão (35%), Francisca Gusmão (15%), Catarina Gusmão (15%). ASSINATURAS Bruno Meneses (brunomeneses@revista-abolsamia.com · T. 21 983 0130) Os textos e fotos de autor são propriedade da Nugon,Lda., não podendo ser reproduzidos sem autorização, por escrito, da mesma. O conteúdo dos anúncios e das publireportagens dos clientes é da sua exclusiva responsabilidade. A abolsamia segue o AO90, embora nem todos os colaboradores tenham adotado a nova grafia. Estatuto Editorial www.abolsamia.pt/estatuto-editorial-e-distribuicao

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10 REVISTA MÁQUINAS AGRÍCOLAS n° 126 DE · maio/junho 2021

SUMÁRIO

EMPRESAS 10 Notícias 14 Ascendum Agro é

o novo importador Valtra

16

ESTATÍSTICAS 16 Mercado Português 18 Notícias

20 TEMA DE CAPA

Reportagem 20 Moto4 da Segway chegam ao Alentejo e Ribatejo 24

PRODUTO Em foco 24 Comparativo Farmtrac de 25 CV. Diesel ou Elétrico, a escolha é sua

28 Valtra N e T 32 John Deere Série 9R 34 Kubota L2 36 Semeadores Horsch

20 MOTO4 DA SEGWAY

Maestro 8CV e 8CX

Chegam ao Alentejo e Ribatejo

42 Notícias 48 PNEUS

Notícias

54

OPINIÃO 54 Comprar um trator novo ou usado?

62

PRODUÇÃO ANIMAL Agricultora Veterinária e Mãe 62 Robots de ordenha

36 SEMEADORES HORSCH MAESTRO

68 CULTURAS ESPECIALIZADAS

Notícias

Maestro 8CV e 8CX

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108 131 ANOS DA KUBOTA Antigamente era assim...

72

TECH 72 Pulverizadores Rocha

com I&D reforçado 74 ISOBUS, como criar e importar para um terminal eletrónico um mapa de aplicação de adubo a taxa variável (VRA)

78 Notícias 82 FLORESTA

Notícias

88 CONCESSIONÁRIOS

88 Regiões 104 Momentos New Holland 106 FORA DA CAIXA Bulldozer submersível 108 ANTIGAMENTE

ERA ASSIM

131 anos da Kubota

110 CLICK!

Rezvani Tank

112 GALERIA DE ARTE

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EMPRESAS

NOTÍCIAS

15 M€ PARA

NOVOS TRATORES

Executivo disponibiliza 15 milhões de euros para a aquisição de novos tratores sendo condição para beneficiar deste apoio a entrega da máquina antiga. O custo máximo elegível é de 50 mil euros e as ajudas serão concedidas sob a forma de subsídio não reembolsável.

N

o âmbito da Operação 3.2.2 - Pequenos Investimentos nas Explorações Agrícolas do PDR 2020 (Apoio Next Generation), o Governo anunciou no passado dia 31 de março um aviso, com 15 milhões de euros de dotação, para a renovação do Parque de Tratores Agrícolas, com o objetivo de modernizar a maquinaria do sector e melhorar a eficiência energética da mesma. Maria do Céu Antunes, ministra da Agricultura, anunciou o apoio numa conferência de imprensa online. “O Governo vai disponibilizar 15 milhões de euros para a aquisição de tratores, de forma a melhorar as condições de vida e de trabalho e promover as nossas explorações agrícolas”, referiu a ministra, lembrando que o processo de candidaturas para a renovação abriu às 19 horas (Portugal Continental) de 30 de março de 2021 e termina às 18:59:59 do dia 31 de maio de 2021.

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O objetivo é a substituição dos tratores com mais de dez anos que, à data de 31 de dezembro de 2020, se encontrem registados em nome do beneficiário e em utilização frequente, sendo esta comprovada com a existência de apólice de seguro ativo na mesma data. As despesas elegíveis terão um custo mínimo de 1.000 euros sendo que o custo máximo vai até 50.000 euros. Com a condição pré-estabelecida de ter de entregar o trator obsoleto para poder receber os apoios, o Governo anunciou ainda que estes serão concedidos sob a forma de subsídio não reembolsável e com custos simplificados que respeitam na íntegra a tabela de custos unitários publicada na OTE 137/2021. A submissão das candidaturas deve incluir os seguintes documentos*: • Apólice de seguro do trator a abater relativa ao ano de 2020 (ativa a 31/12/2020 e em nome do Promotor da candidatura). • Documento único automóvel relativo ao trator a abater (válido e registado em nome do Promotor da candidatura, à data de 31/12/2020). • Registo de propriedade junto da Autoridade Tributária, válido e em nome do Promotor da candidatura (exclusivamente para tratores de rastos). • Fatura de aquisição do trator a abater (exclusivamente para tratores de rastos). • Fotografia do nº de quadro do trator a abater (exclusivamente para tratores de rastos). • Certidão permanente do registo comercial ou código de acesso (no caso de pessoas coletivas) • Folheto promocional do trator a adquirir (quando existente).

Taxas Base: • 50% do investimento total elegível nas regiões menos desenvolvidas e nas zonas com condicionantes naturais especificas; • 40% do investimento total elegível nas outras regiões Majorações: • 10 p.p. nos apoios “Next Generation”; • 20 p.p. nos apoios “Next Generation” em territórios vulneráveis (zonas de montanha ou de risco de incêndio); MINISTRA ESPERA “GRANDE ADESÃO” A titular da pasta da Agricultura no Governo revelou ainda que a intenção do Executivo é “fazer esta operação dando uma discriminação positiva a agricultores detentores do estatuto da Agricultura Familiar e a agricultores cujas explorações estão em territórios vulneráveis e zonas desfavorecidas de montanha”, manifestando ainda esperar “uma grande adesão” a este apoio. Uma das muitas razões para esta decisão do Executivo prende-se com o aumento de acidentes mortais em tratores por capotamento, pelo facto de muitas máquinas não utilizarem o arco de proteção e o cinto de segurança. Estimase que cerca de 80 mil tratores não tenham ainda esta estrutura. Esperando o sucesso desta iniciativa, Maria do Céu Antunes revelou, por fim, que nos próximos meses deverão surgir “outros avisos, também com custos simplificados” para o desenvolvimento do sector agrícola. *Condições de submissão questionadas pela revista abolsamia ao Governo e enviadas pelo Gabinete de Comunicação do Ministério da Agricultura.

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EMPRESAS

NOTÍCIAS

CNH REFORÇA INVESTIMENTO EMTECNOLOGIAS AGRÍCOLAS AVANÇADAS A automação de operações agrícolas e a diminuição de emissões levaram a multinacional, detentora das marcas Case IH, Steyr e New Holland, a investir em empresas que já têm soluções no mercado.

NO INÍCIO DE MARÇO, a CNH completou um “investimento minoritário” na Monarch Tractor, empresa de tecnologia agrícola fundada em 2019 e sediada na Califórnia, Estados Unidos da América. Neste caso, o objetivo passa pela transformação da indústria agrícola rumo à automação e eletrificação. “A Monarch tem uma tecnologia pioneira de tratores que incorpora eletrificação, autonomia e gestão de dados. Esses são três dos pilares principais de sustentabilidade, produtividade e lucratividade, tanto para a CNH Industrial como para os nossos clientes agrícolas”, disse Scott Wine, CEO da CNH Industrial. No decorrer do mesmo mês, a CNH Industrial realizou outros

dois investimentos do mesmo calibre na francesa Augmenta e na inglesa Bennamann, embora com objetivos específicos distintos: se no primeiro caso o foco está na “automação de operações agrícolas utilizando visão computacional e inteligência artificial ‘on the edge’, em que os dados são processados em tempo real, diretamente pelo sistema”, já no segundo a atenção vira-se para as “tecnologias sustentáveis que aumentam a produtividade e que trazem benefícios reais aos agricultores”. A solução de agricultura da Augmenta usa um sistema de câmeras situadas num local bem acima do solo para funcionar como um sensor que percorre o terreno à frente

da máquina em tempo real, por forma a identificar o que a cultura precisa em termos de fertilizantes ou produtos de proteção à mesma. Esta informação é enviada para a máquina, que de imediato aplica o que o solo lhe está a pedir. Já a Bennamann aposta numa abordagem “Independente de Energia”, que está a ser testada em vários terrenos agrícolas no sul de Inglaterra, ou seja, uma energia limpa que beneficia os solos e os próprios agricultores, que veem os custos reduzirem. Desta forma, a CHN reforça o seu papel na área da sustentabilidade e proporciona aos clientes as máquinas que lhes oferecem soluções mais ajustadas às suas necessidades.

Tapal regressa ao futuro A TAPAL,LDA empresa sedeada em Merceana, município de Alenquer, fundada em 1987, mudou de mãos, passando a ser detida por Luis Mendes, empresário de Estremoz. A empresa, especialista em venda e pós-venda de tratores e máquinas seminovas e usadas, iniciou em abril um processo de rejuvenescimento. Na primeira fase do projeto, foi feita uma renovação total das instalações, escritórios, loja, oficina e espaço exterior, de forma a garantir o melhor serviço aos seus clientes. A par das máquinas agrícolas, a Tapal passará também a comercializar veículos multiusos, como ATV’s e UTV’s, das marcas Can-Am, Segway e Hisun. A região do Oeste ganha, assim, um novo centro de distribuição de máquinas agrícolas, um verdadeiro Market Place.

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EMPRESAS

NOTÍCIAS

Goldoni é comprada pela Keestrack No passado recente, desde 2016, a Goldoni foi controlada pelo grupo Lovol Arbos.

S. JOSÉ PNEUS FAZ 55 ANOS EM 1966, José Aniceto fundou com o seu irmão a ‘Recauchutagem S. José’. A 28 de março, a empresa que hoje tem o nome de S. José Pneus cumpriu os 55 anos e, se até aqui muitas mudanças ocorreram, o lema não se alterou e patenteia bem o que representa toda a história da S. José Pneus: ‘Confiança Absoluta’. Sinal disso mesmo são as novas instalações em Cantanhede, inseridas num lote de 54 mil metros quadrados, que incluem um novo armazém de 20 mil metros quadrados. A distribuidora de pneus está igualmente presente em Beja, Faro e Madrid, sendo um dos principais operadores no sector da Península Ibérica, com uma faturação anual de 40M€. De forma a continuar a caminhar ao lado dos seus clientes, o que tem feito desde a fundação, a S. José Pneus tem um novo logotipo comemorativo dos 55 anos, com referência ao símbolo do infinito, mostrando que aposta numa evolução sem fim. Com um stock atual de

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130 mil pneus, a empresa de José Aniceto aposta numa oferta diversificada no mercado para manter um percurso de sucesso. CAMINHO DA SUSTENTABILIDADE No mês do seu 55º aniversário a S. José Pneus assinalou este marco histórico com a instalação de painéis fotovoltaicos, um sistema de autoconsumo. O investimento vai permitir uma redução anual de consumo de eletricidade no valor de 24 mil euros, através de um projeto com 182 kW de potência, que contempla a instalação de 474 painéis solares fotovoltaicos de 385W para produção de energia elétrica a partir do sol que será consumida na fábrica de recauchutagem e no novo edifício sede, que permitirá uma diminuição da emissão de 130 toneladas de CO2 por ano, reduzindo substancialmente a sua pegada ecológica. Os painéis fotovoltaicos instalados na sede e armazém e também na fábrica de recauchutagem permitem agora a produção de pneus recauchutados a partir de energia fotovoltaica.

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COM AS OPERAÇÕES da Lovol na Europa em situação de falência, uma das dúvidas por esclarecer era o que aconteceria à Goldoni. Surge agora a notícia de que a marca tem uma continuidade assegurada, tendo sido adquirida pela Keestrack, um fabricante de máquinas destinadas aos sectores das minas, reciclagem e construção. A Keestrack expande o seu negócio ao setor agrícola e

comunica que pretende retomar muito em breve a produção na fábrica da Goldoni em Modena. A marca italiana tem uma história que remonta a 1926 e um portfólio direcionado à pequena agricultura e às culturas especializadas. Para o futuro, a Keestrack anunciou a pretensão de dispor de uma série de tratores Goldoni destinados à agricultura em campo aberto.

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ASCENDUM É O NOVO AGRO

IMPORTADOR VALTRA A AGCO e a Ascendum celebraram um acordo para que a Ascendum Agro assuma a distribuição da Valtra em Portugal. Desde 1 de março de 2021, todos os funcionários da Valtra Portugal transitaram para esta nova empresa, dedicada exclusivamente ao setor agrícola. João Pimenta, nomeado Diretor Geral, e José Luis Mendes, Administrador, concederam-nos uma entrevista para falar sobre o novo desafio. QUAL É O PROJETO AGRÍCOLA DA ASCENDUM?

João Pimenta (JP) - O projeto agrícola da Ascendum Agro é também, neste momento, o projeto agrícola da Valtra- o que não quer dizer que no futuro este não seja ampliado. É, portanto, o projeto de expansão da Valtra no mercado português. Assim, passa por desenvolver a nossa distribuição no país. As vantagens de termos um acionista como a Ascendum são várias e muito importantes. Em primeiro lugar, podermos contar com um back

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office português, com instalações de que podemos dispor, e com o suporte financeiro de um Grupo forte. Portanto, a Valtra permanece Valtra mas cuidada com a ajuda de um Grupo português. Este projeto levou algum tempo a “cozinhar” até chegar ao “matrimónio”- foram mais de dois anos- mas desde o início ficaram claras as oportunidades que se abriam para ambas as partes. A principal, talvez, está na seguinte questão: a AGCO, detentora da Valtra a nível mundial, é uma empresa grande desenhada para grandes mercados europeus. Já o nosso mercado agrícola é completamente diferente do espanhol, do francês ou do alemão. Tem características muito específicas que não se enquadram na formatação da AGCO. Esta solução, com uma empresa de suporte portuguesa, acaba por fazer bastante mais sentido. José Luis Mendes (JLM) - Com esta parceria com a Valtra e com a Kioti fechámos um processo. Não queremos ter um supermercado de marcas. Temos a Kioti que cobre um segmento de mercado, e a Valtra outro, e não competem entre si. Não queremos acrescentar marcas que venham competir com estas. Em relação a implementos, é prematuro falar sobre o tema. O QUE MUDA PARA O CLIENTE VALTRA E PARA OS CONCESSIONÁRIOS DA MARCA? (JP) A gama de produto da marca até há pouco tempo, bem como

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o volume de vendas no nosso país, não permitia que se fizessem investimentos. Neste momento, não só tem uma oferta de produto mais ampla mas também pode passar a oferecer ao seu cliente e concessionários mais-valias que a Ascendum traz. Por exemplo, agora temos um centro de formação em São João da Talha que usaremos intensamente com concessionários e clientes frotistas . Este centro de formação permite oferecer tanto a componente prática, através da experimentação dos equipamentos, e teórica, na sala de formação. Esta é uma diferença muito significativa porque, até aqui, tínhamos de nos deslocar a Toledo, onde fica o centro de formação da AGCO Iberia. Assim, com mais formação, podemos estabelecer outro tipo de abordagens ao mercado. A formação é não só uma ferramenta mas também uma necessidade. Esperamos aumentar a capacidade de resposta técnica de todas as pessoas no universo Valtra em Portugal, quer seja num ponto de apoio ao pós-venda, quer seja no concessionário. Há uma máxima que aplicamos que é “a pós-venda vende o próximo trator” e quem está satisfeito com o serviço dificilmente considera sair da marca. Ao nível do stock de peças também haverá diferenças, visto que apostaremos em ter um stock maior no país. Esta é outra das medidas que tomaremos de forma a respondermos rapidamente às necessidades dos clientes e concessionários. Custará alguma coisa mas será feito. Teremos também mais tratores de demonstração. A origem do fornecimento de peças passará a ser Ennery, em França, onde a AGCO tem o seu maior armazém de componentes. Esta é uma tendência generalizada a todos os mercados, visto

João Pimenta (à esquerda) mantém-se à frente da marca finlandesa em Portugal tendo sido nomeado Diretor Geral da Ascendum Agro. José Luis Mendes (à direita) faz parte da Administração da empresa.

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EM FOCO

EMPRESAS

TEXTO SEBASTIÃO MARQUES

e também o contrário, clientes Valtra que passem a ser Ponsse. É um trabalho que terá ainda de ser feito mas onde me parece que podemos, claramente, potenciar as vendas das duas marcas.

AS INSTALAÇÕES VALTRA PASSAM PARA SÃO JOÃO DA TALHA?

(JLM) Não existe um prazo, mas a ideia é que os negócios estejam juntos de forma a aumentar a eficiência de processos. Ter um armazém de peças comum, por exemplo, é algo que podemos conseguir.

que, Ennery é onde o Grupo tem mais capacidade de expansão de instalações, equipamento e logística. Para nós também acaba por ser positivo por ser mais perto.

A REDE DOS DEZOITO CONCESSIONÁRIOS TERÁ ALTERAÇÕES?

COMO SURGIU O INTERESSE PELA VALTRA?

(JP) A nossa ideia é reduzir o número dos chamados “concessionários” porque há zonas do país que não têm um volume suficiente de vendas de tratores nos segmentos em que a Valtra trabalha que justifiquem os investimentos que um Concessionário precisa de fazer na sua Concessão e, portanto, não podemos exigir tais investimentos. Nestas zonas com mercado muito pequeno faz mais sentido apostar na qualificação técnica para continuar a prestar cada vez melhor assistência aos tratores no ativo e aos novos modelos mais tecnológicos. Achamos que esta solução é aquela que melhor serve os interesses de todos, cliente final, Concessionário e Ascendum Agro.

(JLM) Há muitos anos que a Ascendum olha para o mercado agrícola como uma oportunidade de diversificação. Queríamos importação e distribuição mas, quando olhávamos para o mercado, não víamos abertura das marcas. Por via da falência da Tractores de Portugal acabámos por conseguir ficar com a Kioti, que ficou englobada na Ascendum Máquinas. No entanto, a Kioti é muito forte no segmento de potência até aos 50 CV mas não cobre segmentos mais altos e, por isso, continuámos atentos ao mercado. Até que, há cerca de dois anos e três meses, fizemos uma abordagem pela Valtra, que estava diretamente no mercado como fabricante. Após negociações com a AGCO, celebrámos um acordo de distribuição exclusiva da Valtra para Portugal a partir de 1 de Março deste ano. Foi criada a Aascendum Agro, uma nova empresa do grupo, exclusivamente dedicada ao segmento das máquinas e dos equipamentos agrícolas que, para já, assume unicamente a Valtra e, no futuro próximo irá incorporar também a Kioti, com o objectivo de tornar a Ascendum Agro num forte "player" no segmento de máquinas e dos equipamentos agrícolas.

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A ASCENDUM É UM PLAYER CONHECIDO NO SECTOR FLORESTAL. A VALTRA, POR SEU LADO, TAMBÉM. QUE SINERGIAS PODERÃO SURGIR DESTE CASAMENTO?

(JLM) Há clientes comuns, há clientes que, não sendo comuns mas pela relação que temos via Ponsse poderemos conseguir fazer com que passem a ser também Valtra,

EM TERMOS DE COMUNICAÇÃO, E EM ESTADO DE PANDEMIA, COM FEIRAS A SEREM CANCELADAS, QUAL O VOSSO PLANO DE COMUNICAÇÃO? CONTINUAREMOS A VALTRA SMART TOUR EM PORTUGAL?

(JP) A digitalização está na ordem do dia, ainda que no nosso setor seja difícil passar sem o contacto presencial. No entanto, enquanto estivermos neste estado de incerteza, a digitalização acaba por ser uma alternativa. A Valtra Smart Tour é uma mais valia da Valtra e é uma iniciativa que aproxima as pessoas. Por isso, queremos continuar a organizar estes eventos e continuaremos a contar com a presença dos técnicos da Valtra nos mesmos.

"O projeto agrícola da Ascendum Agro é também, neste momento, o projeto agrícola da Valtra" Joâo Pimenta Diretor geral

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MERCADOS

MERCADO PORTUGUÊS

1º TRIMESTRE REGISTA SUBIDA NAS MATRÍCULAS

vendidos temos à frente, com 103 unidades, o indiano Solis 26 M5 (4RM, Stage V) seguido dos coreanos Kioti TD 200B (DK 5010N) com 46 e LS R-Series (R50) com 32 matrículas, todos compactos.

PROGNÓSTICOS, SÓ NO FIM DO JOGO

Os primeiros meses de 2021 trouxeram bons resultados às marcas com uma subida de 27% nas matrículas de tratores agrícolas.

A

o contrário de quase todos os restantes sectores da sociedade, não foi registado um declínio significativo no mercado das máquinas agrícolas, em 2020. O ano terminou com uma quebra de 8% mas os primeiros meses de 2021 trouxeram bons resultados às marcas com uma subida de 27% nas matrículas de tratores agrícolas. 2021 iniciou-se com estados de emergência contínuos devido ao Covid 19 que pouco afetaram o setor e o primeiro trimestre teve um crescimento significativo em termos de matrículas de tratores, com mais 408 unidades que o mesmo período de 2020. De janeiro a março foram matriculadas 1.913 unidades: 1.535 tratores, 271 ATV’s e 107 UTV’s.

No final de março, o governo anunciou um apoio de 15 milhões de euros para a aquisição de novos tratores, com candidaturas a decorrer entre abril e maio deste ano. Espera-se que os números de matrículas no final do ano venham a beneficiar deste apoio. No entanto, a subida desmesurada do preço das matérias-primas para o fabrico de máquinas agrícolas, a somar à dificuldade de logística e transportes vão, certamente, provocar atrasos na produção e entrega de máquinas agrícolas na Europa, o que não irá facilitar a vida dos concessionários de máquinas que querem dar uma resposta pronta aos seus clientes.

verificando-se uma variação positiva relativa a 2020 de 37%, 0,8% e 29,1%, respetivamente.

ESCALÕES DE POTÊNCIA Quanto à distribuição do mercado por escalões de potência, a maior fatia fica abaixo dos 54 CV com 1.105 unidades (continuando os portugueses a privilegiar o segmento dos compactos de 40-53 CV, com 413 unidades), seguida do escalão entre 54 e 120 CV com 671 unidades e 137 unidades acima dos 120 CV. No top 3 dos modelos mais

< 54 CV

O COMPACTO mais vendido, com 103 unidades: Solis 26 M5 (4RM, Stage V).

1.105

54-120 CV

671

> 120 CV

137 O CONVENCIONAL mais procurado pelos portugueses, com 19 unidades: New Holland LE (T5.115).

COMPACTOS LIDERAM Por tipo de trator, foram matriculados 680 compactos, 518 convencionais e 337 especiais,

nº total de unidades vendidas

1.913

O ESPECIALIZADO que está no topo das vendas, com 20 unidades: Solis S75N.

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MERCADO PORTUGUÊS

MATRÍCULAS DE TRATORES AGRÍCOLAS NOVOS JAN./ MAR. 2021 janeiro-março unid.

unid.

Marca New Holland Solis Kubota Deutz-Fahr Linhai CFmoto John Deere Kioti Polaris Hürlimann LS Same Lamborghini Landini TYM Farmtrac Branson Iseki Massey Ferguson Case-IH Quaddy Valtra BRP Claas McCormick Hinomoto VST Fendt Antonio Carraro Dong Feng Ferrari Hisun BCS KL Manitou Carraro Preet Corvus DF JCB Kukje Outros

2021 224 183 153 125 125 116 112 101 74 59 58 53 51 51 49 46 38 36 35 24 23 22 19 15 15 13 12 9 8 8 8 7 6 6 6 5 3 2 2 2 2 7

2020 218 69 166 143 76 48 102 88 41 38 63 55 59 35 13 1 25 21 36 25 13 25 19 15 23 0 3 19 8 6 2 0 3 7 7 1 0 0 2 2 1 27

Total do mercado

1913

1505

% Variação

% Mercado

2,75 165,22 -7,83 -12,59 64,47 141,67 9,80 14,77 80,49 55,26 -7,94 -3,64 -13,56 45,71 276,92 4500,00 52,00 71,43 -2,78 -4,00 76,92 -12,00 -34,78 300,00 -52,63 33,33 300,00 100,00 -14,29 -14,29 400,00 100,00 -88,89

2021 11,71 9,57 8,00 6,53 6,53 6,06 5,85 5,28 3,87 3,08 3,03 2,77 2,67 2,67 2,56 2,40 1,99 1,88 1,83 1,25 1,20 1,15 0,99 0,78 0,78 0,68 0,63 0,47 0,42 0,42 0,42 0,37 0,31 0,31 0,31 0,26 0,16 0,10 0,10 0,10 0,10 0,37

2020 14,49 4,58 11,03 9,50 5,05 3,19 6,78 5,85 2,72 2,52 4,19 3,65 3,92 2,33 0,86 0,07 1,66 1,40 2,39 1,66 0,86 1,66 1,26 1,00 1,53 0,20 1,26 0,53 0,40 0,13 0,20 0,47 0,47 0,07 0,13 0,13 0,07 1,80

27,11

100,00

100,00

Os dados fornecidos pela ACAP sobre matriculação de tratores novos em Portugal incluem os ATV e UTV homologados sob a categoria T. Origem: IMT / Fonte: ACAP

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MERCADOS

REBOQUES EM QUEBRA JAN./ MAR. 2021 EM RELAÇÃO AOS REBOQUES, o mercado decresceu 30% nos primeiros três meses do ano (menos 150 unidades em 2021 face a 2020), e a Rates detém a liderança, com 98 novas unidades vendidas contrariando a tendência do mercado, com variação positiva de mais de 100%. O mesmo se passou com a Joper e a Herculano, com um crescimento de 32 e 27%, respectivamente. No total, o mercado absorveu menos 150 reboques nestes três meses (331 unidades), quando em 2020 tinham sido adquiridos 481. Já a Galucho, que apresenta uma quebra acentuada, esclareceu que os primeiros números de 2021 se devem tão somente a “processos administrativos”. Em declarações à nossa revista, a administração afirmou que “na verdade, e fruto das homologações obtidas na transição do ano, houve um iato nos pedidos que não na venda de reboques, cisternas e outro material circulante que temos mantido em bom ritmo”, mostrandose “seguros que as próximas estatísticas darão conta desse facto de forma inequívoca”. janeiro-março % Var.

% Mercado

unid.

unid.

Marca Rates Joper Herculano Galucho Massil Reboal Outeiro Rebossil Camposur Costa Rocha Yunque Basreal Camara Joskin Lopez garrido Rolgranjo Santamaria Toimil Outros

2021 98 94 61 16 14 12 11 6 4 4 2 2 1 1 1 1 1 1 1 0

2020 46 71 48 196 25 34 11 12 0 0 2 3 0 0 0 0 3 3 2 25

2021 113,0 29,6 32,4 28,4 27,1 18,4 -91,8 4,8 -44,0 4,2 -64,7 3,6 0,0 3,3 -50,0 1,8 1,2 1,2 0,0 0,6 -33,3 0,6 0,3 0,3 0,3 0,3 -66,7 0,3 -66,7 0,3 -50,0 0,3 -

Total

331

481

-31,2 100,0 100,0

2020 9,6 14,8 10,0 40,7 5,2 7,1 2,3 2,5 0,4 0,6 0,6 0,6 0,4 5,1

Origem: IMT / Fonte: ACAP

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MERCADOS

NOTÍCIAS

SETOR EM CRESCIMENTO

Preço das matérias-primas dificulta vida a fabricantes de máquinas agrícolas O ALERTA foi feito em Itália: a Federação Nacional de Construtores de Máquinas para a Agricultura chama a atenção para o elevado custo das matérias-primas destinadas ao fabrico de máquinas agrícolas e a grande dificuldade em obtê-las desde o surgimento da pandemia Covid-19. A recuperação económica do mundo parece já estar a dar os primeiros sinais e a procura por novas soluções tecnológicas é cada vez mais uma realidade mas os efeitos da Covid-19 ainda se fazem sentir no mercado agrícola: em Itália, a Federação Nacional de Construtores de Máquinas para a Agricultura (FederUnacoma) alertou para as dificuldades dos fabricantes de máquinas agrícolas em encontrar as matériasprimas necessárias bem como em adquirir as mesmas, face ao aumento de preços dos materiais. Neste momento, a procura por materiais de ferro e plástico

é bem superior à velocidade da produção dos mesmos e um dos motivos é evidente: o preço médio dos materiais para a indústria agrícola em março deste ano é 22% mais alto do que em janeiro de 2020, tendo ainda os preços para o setor mecânico crescido 40% no último ano. E no plástico, o cenário é ainda pior: os custos de aquisição do etileno aumentaram 45% e os do polietileno chegam aos... 121%, segundo registos do primeiro trimestre do mercado europeu. Para além da acentuada subida de preços das matérias-primas, há outras condicionantes que vão certamente provocar graves atrasos na produção e entrega de máquinas agrícolas na Europa: dificuldades de logística e transporte - devido à emergência pandémica e situação de avanços e recuos nos (des)confinamentos - provocadas pelo aumento de custo dos contentores e atrasos nas viagens dos navios de carga.

SABIA QUE... Para fabricar um trator agrícola são necessários, em média, cerca de 1.700 componentes - 80% deles metálicos e entre 10 a 15% plásticos?

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Fabricantes de equipamentos para cultivo do solo com bons resultados em 2020. VOLUME DE VENDAS DE EQUIPAMENTOS PARA CULTIVO DO SOLO NA UNIÃO EUROPEIA EM BILL. € SEMENTEIRA, FERTILIZAÇÃO E PROTEÇÃO DE CULTURAS

1,66

2019

1,67

2018 2017

1,49

2016

1,41

2015

1,54 2,02 2,00

EQUIPAMENTOS PARA CULTIVO DE SOLOS

1,86 1,76 1,84 Fonte: CEMA, VDMA

A PANDEMIA do Covid-19 pode ter impactado o mundo de uma forma tremenda mas os fabricantes de equipamentos para o cultivo do solo não têm razões de queixa: este sector revelou mesmo “desenvolvimentos melhores do que o esperado” desde a primavera de 2020. Esta é a conclusão de uma pesquisa feita pela Associação Europeia da Indústria de Máquinas Agrícolas (CEMA), nos últimos meses. A grande maioria dos fabricantes de equipamentos para mobilização do solo, sementeira e fertilização reconheceu ter tido “desenvolvimentos melhores do que o esperado” desde a última primavera (2020) até porque, ao contrário de outros sectores da sociedade, não faz

sentido falar no termo ‘recuperação’ do impacto da pandemia Covid-19 em virtude de não ter sido registado um declínio significativo no mercado das máquinas agrícolas. O quadro abaixo mostra o resultado de uma pesquisa recente da CEMA, divulgado na reunião anual do Grupo de Produtos, realizada em formato online no passado dia 18 de março. Nesta reunião, os fabricantes foram questionados sobre novas tendências e desafios atuais da indústria e a resposta foi unânime: digitalização e conectividade. Todos os participantes viraram atenções para as novas tecnologias e a sua importância cada vez maior no mercado agrícola, nomeadamente no controlo mecânico das ervas daninhas.

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NOTÍCIAS

MERCADOS

FENDT SUSPENDE PRODUÇÃO Dificuldades de logística levaram Fendt a suspender produção em duas fábricas durante uma semana.

A

paralisação total de um dos seus maiores fornecedores, aliada aos atrasos na entrega de materiais para o fabrico de máquinas agrícolas levou a gigante alemã Fendt a parar a produção durante 7 dias - entre 22 e 30 de abril - nas unidades de Marktoberdorf e Asbach-Bäumenheim. Além de ter perdido um dos maiores fornecedores de metal por paralisação total do mesmo - a Fendt e outras fabricantes

de topo sentem ainda muitas dificuldades no acesso aos materiais, pois a logística em termos de transporte também tem sofrido com os constantes avanços e recuos das fases de confinamento e desconfinamento que a Europa tem atravessado. Esta situação deixa os administradores e trabalhadores da Fendt preocupados porque querem responder ao “elevado número de pedidos dos clientes” e não têm conseguido fazê-lo. “Há um ano que a indústria está em estado de emergência na área

de produção, principalmente devido a paralisações parciais ou mesmo totais de fornecedores ou atrasos no transporte. Claro que isso também nos diz respeito como fabricante”, reconheceu Christoph Gröblinghoff, CEO da AGCO/Fendt, acrescentando: “No entanto, temos carteiras de pedidos cheias de tratores e precisamos urgentemente de tomar várias medidas para concluir a produção nos

próximos meses a fim de podermos abastecer os nossos clientes em todo o mundo, em tempo útil.” Recorde-se que sensivelmente há um ano, a Fendt já se tinha visto obrigada a suspender a produção de tratores agrícolas em certas unidades por terem ocorrido casos de Covid-19 em trabalhadores de empresas fornecedoras.


TEXTO SEBASTIÃO MARQUES FOTOS WORKMOVE

Veja estas e outras imagens em flickr.com/abolsamia

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REPORTAGEM

CHEGAM AO ALENTEJO E RIBATEJO

D

os centros comerciais para o campo, dos seguranças para os agricultores. A marca que se celebrizou pelos veículos de transporte pessoal de duas rodas entrou no mercado das moto4. Tal como nos primeiros, pretende ter equipamentos para todos os tipos de utilização, para lazer ou para trabalho. No Alentejo e no Ribatejo, a marca será representada pela Tractomoz. Depois da Can-Am, CF Moto e Hisun, a empresa com sede em Estremoz decidiu apostar em mais uma marca de moto4. A justificação, dada pelo gerente da empresa, Luis Mendes, é a “procura constante por marcas novas e inovadoras”. A garantia de fiabilidade e a qualidade de construção dos produtos apresentados, ou a tecnologia que trazem de série, são outros argumentos. Finalmente, a perspetiva futura e ambiental, “já que a marca, em muito pouco tempo, terá veículos híbridos e totalmente elétricos”.

TRANSPORTE Equipadas de série com bola de reboque, as Snarler conseguem rebocar 200kg de peso com facilidade.

TEMA DE CAPA

Snarler AT6 S e Snarler AT6 L. São estes os dois modelos da Segway que experimentámos na nova pista de testes da Tractomoz, na sua filial de Muge, a “casa das moto4” da empresa de Estremoz.

de área total, a Tractomoz construiu uma pista de testes para moto4. A medida reforça a posição da filial ribatejana como centro operacional para estes equipamentos, a que se juntam 3 mecânicos “só a dar assistência a moto4, cada um com o seu carro de assistência devidamente equipado para poder intervir em qualquer situação, já que a nossa aposta é na assistência ao domicilio, para que os clientes não percam tempo com as revisões ou as pequenas assistências”, referiu Luis Mendes.

“Queremos os clientes satisfeitos e a beneficiarem de assistência a tempo e horas e peças a chegarem muito rapidamente. Não nos podemos esquecer que muitos destes veículos destinamse ao mercado de trabalho”, acrescentou.

MODELOS Para a Snarler, a Segway aposta em duas versões, a S, curta, e a L, longa. Em ambas estão disponíveis dois níveis de equipamento, o E, standard, e o X, full-extras.

MUGE, A BASE DE OPERAÇÕES DAS MOTO4 Na filial de Muge, que apresentámos na nossa edição 122, e que tem mais de 5000m2

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TEMA DE CAPA

REPORTAGEM

MOTOR E TRANSMISSÃO Nas duas versões o motor é um Segway a gasolina de 567 cc, 44,2 cv, a 4 tempos, monocilíndrico (DOHC), de refrigeração líquida, injeção eletrónica Bosch, e nível de homologação T3b. O sistema de transmissão é On-Demand 2WD/4WD com bloqueio de diferencial, e variador automático P/R/N/L/H.

SNARLER AT6 S Começando pela versão curta (220 x 128 x 132 cm), a AT6 S é uma moto4 mais virada para os trabalhos de campo com apenas um lugar de passageiro. Com uma distância entre eixos de 130 cm e distância livre ao solo de 27 cm. O seu peso seco é de 360 kg e a capacidade grelha (frente/trás) é de 40/60kg. Já o depósito tem uma capacidade de 23L. Este modelo pode, como já foi referido, equipar com dois níveis de equipamento: o pacote SE, ou standard, que conta com amortecedores a óleo, jantes de ferro 12’’, pneus 25x8-12 / 25x10-12, e travões de disco às quatro rodas. As luzes são halogéneas e está disponível nas seguintes cores: Azul e Cinza / Verde e Preto / Vermelho e Branco. Equipa de série com direção assistida, guincho elétrico, bola de reboque e proteção de mãos. Consegue, de acordo com o fabricante, rebocar 200kg de peso com facilidade. A versão full-extras, SX, por sua vez, apresenta amortecedor a gás, jantes de alumínio de 14’’ Beadlock, pneus 26x8-14 / 26x10-14, travões de disco, luzes LED, e homologação T3b e L7e. Conta também com direção assistida, guincho elétrico, bola de reboque e proteção de mãos.

VERSÕES X Travões de disco, luzes LED, direção assistida, guincho elétrico, bola de reboque ou proteção de mãos são apenas alguns equipamentos das versões full-extras.

APLICAÇÕES AGRÍCOLAS Os dois modelos têm homologação de Trator Agrícola com IVA dedutível de 13%.

para o lazer. Destinada para passeios familiares, conta com 2 lugares de passageiros. Tal como a S, tem os mesmos dois níveis de equipamento, LE e LX. As principais diferenças são mesmo ao nível das dimensões (235 x 128 x 143 cm), distância entre eixos (145 cm) e peso (384kg).

PREÇOS Os dois modelos têm homologação de Trator Agrícola com IVA dedutível de 13%. A AT6 SE tem um PVP (IVA incluído) de 7.500€, a AT6 SX de 8.750€, a AT6 LE de 7.750€, e a AT6 LX de 9.000€.

SNARLER AT6 L A versão GL está mais talhada

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PRODUTO

EM FOCO

FARMTRAC DE 25 CV DIESEL OU ELÉTRICO, A ESCOLHA É SUA

N

o catálogo da Farmtrac, o motor elétrico passa a ser uma opção disponível no mercado para os clientes que prefiram uma alternativa aos motores a combustão. O menor ruído e ausência de gases de escape tornam o modelo elétrico uma opção interessante para trabalhar junto a zonas residenciais e em espaços fechados, como estufas ou aviários.

DOS 22 AOS 30 CV O 26, que tomamos como referência de comparação com o 25G, faz parte de um segmento de produto onde encontramos também os modelos 22 e 30, que têm a potência como principal elemento diferenciador.

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No segmento dos mini-tratores, a Farmtrac passa a oferecer dois modelos com um nível de potência semelhante, em torno dos 25 cv, mas com um sistema de propulsão completamente diferenciado. É NO MOTOR QUE ESTÁ A MAIOR DIFERENÇA O 26 tem a propulsão assegurada por um motor Mitsubishi de 3 cilindros, com 1,3 litros de cilindrada, que fornece 24,4 cv de potência nominal às 2500 rpm. Neste motor, a primeira manutenção é feita às 50 horas e as seguintes são feitas a cada 300 horas ou de ano a ano, consoante o que ocorrer primeiro. Quanto ao irmão elétrico 25G, este é impulsionado por um motor trifásico de 15 kW que assegura o avanço e o

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TEXTO JOÃO SOBRAL

acionamento da TDF, e por um outro motor de 2,5 kW que assegura os serviços hidráulicos. Atinge assim sensivelmente o mesmo nível de potência e dispensa manutenções periódicas a nível do motor.

TRAVÃO DE PARQUE COM ALARME O sistema inclui um alarme para alertar o operador quando este abandona o assento e não acionou o travão de parque. A alavanca de acionamento do travão está posicionada do lado esquerdo.

COMO CARREGAR A BATERIA Para ‘reabastecer’ o 25G não é necessário recorrer a um carregador externo. O carregador é uma peça que faz parte do próprio trator, bastando por isso ligar uma extensão doméstica a uma tomada que está posicionada por cima do capot, exatamente no mesmo sítio onde o modelo 26 tem o bocal de enchimento do depósito.

TRANSMISSÃO MECÂNICA OU HIDROSTÁTICA

O modelo 26 a gasóleo está já em comercialização em Portugal . Quanto ao modelo elétrico, a chegada a Portugal do primeiro 25G está prevista para maio.

O 22 está disponível apenas com transmissão mecânica (três relações distribuídas por três gamas) e os modelos 26 e 30 podem ser configurados também com transmissão hidrostática, neste caso com três relações. O 25G elétrico é configurado exclusivamente com transmissão hidrostática.

SOB O CAPOT TUDO É DIFERENTE Apesar de o aspeto exterior ser muito semelhante, é quando abrimos o capot que nos apercebemos de como o 26 e o 25G são diferentes. No 26, está à mão a bateria de arranque e o reservatório do líquido de refrigeração e logo mais atrás o motor e o depósito de combustível. No 25G, temos acesso a um comando corta corrente e o espaço é praticamente todo ocupado pela bateria que alimenta o motor elétrico. No exterior do capot, o 26 possui a saída do sistema de escape orientada para a frente do trator. Naturalmente, no 25G este elemento não existe.

POSTO DE CONDUÇÃO

INSTRUMENTAÇÃO E COMANDOS O painel de instrumentos é de fácil leitura e os comandos apresentam uma disposição lógica. Destacamos o acelerador de mão, à antiga (neste caso, «à antiga» tem um sentido elogioso), posicionado junto ao volante, no qual se puxa para acelerar e se empurra para desacelerar.

Com os comandos muito bem arrumados em redor do operador, o posto de condução inclui um espaço próprio para colocar um telemóvel junto ao volante e uma ficha para carregamento. À esquerda existem ainda dois espaços de arrumação, um em forma circular para colocar uma garrafa e o outro retangular, para diferentes objetos. Numa máquina de tão reduzidas dimensões, a


arrumação dos espaços está bem pensada, com a caixa de ferramentas também bem posicionada, atrás do assento, junto ao arco de proteção.

UTILIZAÇÃO O 25G estará preparado para levar a cabo todo o tipo de tarefas que estão destinadas a um trator a diesel equivalente. Mas, devido ao menor ruído que

FT26 (DIESEL) MOTOR Mitsubishi / MVS3L2 Nº de Cilindros / cilindrada 3 / 1.318 cm³ Potência nominal 24,4 cv Binário máximo 76,3 Nm Nível de emissões Fase IIIB Fabricante / modelo

TRANSMISSÃO Configuração Velocidade máxima (Eco)

Mecânica 9F + 3R 19,4 Km/h

HIDRÁULICO Capacidade de elevação

Traseira: 750 kg

O 26 tem a propulsão assegurada por um motor Mitsubishi de 3 cilindros, com 1,3 litros de cilindrada, que fornece 24,4 cv de potência nominal às 2500 rpm.

Fluxo da bomba (opcional) 21 L/min DIMENSÕES Distância entre eixos Carga máxima admissível

1.550 mm 1.800 kg

FT25G (ELÉTRICO) MOTOR Fabricante / tipo Potência nominal Bateria Tempo de carga total Autonomia

Kirloskar / Trifásico AC por indução 18 kW (+/- 25 cv) Iões de lítio 72V 300 AH 8 horas 5 a 7 horas

emite e devido a não libertar gases poluentes, a sua utilização à beira de habitações ou dentro de estufas, viveiros ou aviários apresenta vantagens. Num contexto de diversificação energética, o recurso a eletricidade produzida numa exploração pode ser também um fator que joga a favor do modelo elétrico. Já o modelo a diesel tem a vantagem de estar sempre

preparado para trabalhar, ao contrário do elétrico, que tem de respeitar um período de paragem para recarregar as baterias.

PREÇO O modelo 26 a gasóleo está em comercialização em Portugal por um PVP de 12.700 Eur + IVA. Quanto ao modelo elétrico, a chegada a Portugal do primeiro 25G está prevista para maio e o seu PVP será de 33.500 Eur + IVA.

TRANSMISSÃO Configuração

Hidrostática 3F + 3R

Velocidade máxima (Eco)

18,2 km/h

HIDRÁULICO Capacidade de elevação

Traseira: 450 kg

Fluxo da bomba (opcional) 15,9 L/min DIMENSÕES Distância entre eixos Carga máxima admissível

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1.551 mm 1.414 kg

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BATERIA DE 21,6 KWH A recarga da bateria é feita recorrendo a uma simples extensão ligada à corrente doméstica. O carregador está integrado no próprio trator.

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bEM-vINDO À NOVA ERA DA

FARMTRAC 25G FARMTRAC 25G

Gestão avançada Gestão avançada de bateria Facilidade de conduçãode bateria

Baixos Baixos custos de manutenção custos Menos ruído de manutençã

Vila do Conde . Leiria . Lisboa . Setúbal . Faro

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para profissionais.

entrepostomaquinas.pt para profissionais.

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Vila do Conde . Leiria

maio/junho 2021 abolsamia 27 entreposto.maquinas@entreposto.pt entrepostomaquinas.p


VALTRA N E T

COM POSTO DE CONDUÇÃO RETOCADO E NOVAS FUNCIONALIDADES Com uma renovação que incide muito no posto de condução, os Valtra N e T passam a dispor de um ambiente a bordo mais contemporâneo. E com novas possibilidades de comando ao dispor do operador. 28

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A

s séries N e T da Valtra fazem uma transição para a sua 5ª geração no momento em que recebem diversas atualizações e ostentam a designação de cada modelo terminada no algarismo ‘5’. “A agricultura de precisão está no centro desta geração e cada novo modelo é disponibilizado com o serviço Valtra Connect”, adiantou Mikko Lehikoinen, vice presidente da Valtra para a área de vendas e marketing.

NOVOS COMANDOS E INSTRUMENTAÇÃO CONCENTRADA À DIREITA A coluna de direção e o painel de instrumentos dos Valtra, inalterados desde há muitos anos, estavam datados e claramente a necessitarem de uma revisão. E foi o que a marca agora fez. A coluna é totalmente nova, integra um

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volante de diâmetro ligeiramente maior (obrigado Deus!...finalmente) e a manete de inversor rompe com a anterior mas mantendo a funcionalidade de travão de parque, acionada precisamente do mesmo modo. Os utilizadores da marca irão sentir-se em casa a esse nível. Já no que respeita à instrumentação, esta desaparece da frente do condutor e migra toda para o lado direito. Fica repartida entre o monitor principal SmartTouch (disponível em algumas das variantes de equipamento) e um monitor ‘ao alto’ posicionado no pilar A da cabine.

AJUSTE DE DEFINIÇÕES FEITO NUM BOTÃO DE RODA Este monitor a cores situado no pilar é controlado através de um botão de roda que está mesmo à mão, junto ao volante. Na parte superior deste monitor existe uma área imutável que exibe a velocidade de

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EM FOCO

PRODUTO TEXTO JOÃO SOBRAL

SÉRIE T A série T preenche um intervalo de potência máxima com boost entre os 170 e os 271 cv.

MAIS POTÊNCIA NO ARRANQUE COM CARGA

SÉRIE N A série N preenche um intervalo de potência máxima com boost entre os 145 e os 201 cv.

A Valtra estreia a função Start Boost que fornece maior disponibilidade de potência no momento do arranque, quando é necessário reiniciar a marcha com carga e tendo como ponto de partida as gamas B e C da transmissão. Este boost destina-se a recuperações de velocidade mais rápidas, por exemplo após a paragem num cruzamento ou num semáforo.

avanço, o regime do motor e a hora. Imediatamente abaixo existe uma área configurável onde o operador pode monitorizar outros dados referentes ao funcionamento do trator e das alfaias. Este monitor mostra ainda a estação de rádio que estiver a ser ouvida e informações do smartphone através de Bluetooth. Nos modelos HiTech e Active, que não dispõem de um monitor SmartTouch, o monitor do pilar da cabine é usado para fazer ajustes às definições do motor, do hidráulico e da transmissão. Já nos modelos Versu e Direct, o ajuste de definições é repartido por ambos os monitores disponíveis, com o operador a poder alcançar o mesmo destino por um caminho ou pelo outro.

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CONSOLA DIREITA REDESENHADA Nos modelos com interface SmartTouch, a consola de comandos do lado direito foi redesenhada, encontrando-se aí um novo suporte para smartphone e pontos USB para pôr dispositivos eletrónicos à carga. Além disso, o assento permite agora um maior ângulo de deslocação para a direita, inclusive ao nível do encosto superior para proporcionar um melhor apoio quando o condutor está parcialmente virado para trás, a monitorizar a alfaia.

O INVERSOR FOI REPENSADO O inversor é comandado através de uma manete redesenhada mas que mantém o mesmo princípio de funcionamento. Para acionar o travão de parque, puxa-se para fora o conhecido colar e empurrase para baixo. O que muda é o regresso da manete à posição neutral. Em vez de ficar fixa nas posições de avanço ou recuo, passa a ser acionada com um ligeiro toque para a frente ou para trás, que dá a ordem para o trator avançar ou recuar. Esta alteração vem facilitar a alternância entre as diferentes formas de controlar o avanço e o recuo, seja no modo de condução invertida TwinTrac, seja através do interface SmartTouch.

AMBIENTE MAIS ESCURO A renovação da cabine não se ficou pelos comandos. Na versão de equipamento Premium, diversos elementos surgem em cor escura

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PRODUTO

EM FOCO

(plásticos, assentos, forro do teto…), os compartimentos para arrumos dispõem de uma base em borracha (existe um novo compartimento junto ao para-brisas), os pedais são parcialmente cromados e o volante surge forrado a pele.

SÉRIE N COM MENOS MODELOS Com o recente lançamento da série G, a série N passa a ser composta por menos modelos. João Pimenta, Director Geral da Ascendum Agro, evidencia um aspeto desta nova disposição. “O modelo G135 sobrepõe-se ao N135 e o mercado pode escolher na mesma classe de potência duas gamas muito diferentes, sendo o G a opção mais leve e ágil e o N a opção mais pesada e super robusta”, afirma. Assim, a série N passa a integrar três modelos – N135, N155 e N175 – que preenchem um intervalo de potência máxima com boost entre os 145 e os 201 cv. Quanto ao N155, tal como o N154, este continua a ser um trator de ‘dupla personalidade’, existindo a possibilidade de alternar entre os modos de funcionamento Eco e Standard. “O operador escolhe em que modo quer operar. Basicamente é dizer ao sistema de controlo do trator qual a curva de potência e binário que o motor deve usar”, explica João Pimenta.

Um monitor a cores no pilar A da cabine passa a concentrar toda a instrumentação que estava junto ao volante.

com boost. Tal como na série N, existe um modelo, o T175, que comporta dois modos de funcionamento, Eco e Standard.

DISPONIBILIDADE NO MERCADO

Quanto à série T, esta mantémse inalterada com um total de 7 modelos. Os T cobrem um amplo segmento entre os 170 e os 271 cv de potência máxima

Os novos modelos das séries N e T já estão a ser produzidos em Suolahti, na Finlândia, e ficam disponíveis no mercado de imediato.

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“Hoje em dia, dois em cada três tratores Valtra são configurados com condução automática ou com soluções avançadas de agricultura de precisão”, esclareceu a marca durante o evento de apresentação. É seguindo esta tendência que o portfólio de novas soluções vem sendo alargado. Passa a incluir a funcionalidade Auto U-Pilot para gestão de cabeceira que funciona em combinação com a condução automática Valtra Guide.

MODELOS NET

SÉRIE T COM O MESMO NÚMERO DE MODELOS

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MAIS AGRICULTURA DE PRECISÃO

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POTÊNCIA

BOOST

BINÁRIO NM

N135 N155 ECO (STD) N175

135/99

145/107

155/114

165/121

165/121

201/148

570/620 610/660 (660/700) 680/800

T145

155/114

170/125

640/680

T155 T175 ECO (STD) T195

165/121

180/132

175/129

190/140

195/143

210/154

680/740 740/850 (780/900) 800/870

T215

215/158

230/169

870/910

T235

220/162

250/169

930/1000

T235

220/162

250/169

900/930

T255

235/173

271/199

930/1000

(CV/KW)

(CV/KW)

(STANDARD/BOOST)

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PRODUTO

EM FOCO

NOVOS JOHN DEERE SÉRIE 9R

A

John Deere lançou a sua nova gama de tratores da série 9R para 2021, encabeçada pelos modelos de referência 9R 640 e 9RX 640 de 691 hp. As mais recentes máquinas 9R, 9RT e 9RX, beneficiam de maior conectividade e mais funcionalidades de automatização.

MOTOR Todos os tratores estão equipados com o novo motor John Deere de 13,6 litros, o mesmo que equipa a ceifeiradebulhadora X9, à exceção dos modelos topo de gama de 640 CV, que ainda são equipados com motor Cummins de 15 litros. Para transferir a enorme potência do motor para o solo, todos os modelos oferecem opções de lastragem adicionais que permitem um peso bruto de 30,4 toneladas.

SISTEMAS DE AUTOMATIZAÇÃO Ao nível da automatização, o recetor StarFire™ 6000 encontra-se integrado no teto da cabine e é incluído de série,

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juntamente com o monitor Command Center™ 4600, totalmente compatíveis com AEF ISOBUS e ativação do AutoTrac™. A John Deere também oferece um pacote de ativação total para máxima automatização por um preço adicional de 1500 €. Isto inclui Automatização em curvas, Controlo de secções, Controlo de taxa variável, Guiamento passivo de alfaias, Partilha de dados em campo, MachineSync e agora também AutoPath™.

SUSPENSÃO E CABINE Além de contar com sistemas de suspensão desenvolvidos individualmente para o 9R, 9RT e 9RX, os séries 9 têm também uma nova cabine. A suspensão de eixo dianteiro HydraCushion™ da John Deere está agora disponível em todos os modelos 9R, enquanto as funcionalidades da nova cabine se equiparam às introduzidas nas novas séries 7 e 8 apresentadas na Agritechnica 2019. O assento ActiveSeat™ de segunda geração está disponível com acabamento em pele, aquecimento, circulação de ar ativa, função de mas-

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REDUÇÃO DE RUÍDO De acordo com o fabricante, o motor de seis cilindros, com sistema de injeção de combustível HPCR, apresenta uma redução dos níveis de ruído na ordem dos 50%.

MODELOS

POTÊNCIA MÁX.

9R 440

356 kW/484 hp

9R/9RX 490

396 kW/539 hp

9R/9RX 540

437 kW/594 hp

9R/9RX 590

477 kW/649 hp

9R/9RX 640

508 kW/691 hp

9RT 470

380 kW/517 hp

9RT 520

421 kW/572 hp

9RT 570

461 kW/627 hp

(ECE-R120)

sagem e várias funções ajustáveis. O rádio com ecrã tátil de 6,5 pol. DAB+ com sistema de som 6.1 é compatível com Apple CarPlayTM, enquanto a iluminação é em LED. Graças à dimensão reduzida do sistema de pós-tratamento dos gases de escape e a câmaras opcionais, a visibilidade em toda a volta foi melhorada.

TRANSMISSÃO A transmissão e18™, os eixos, os mecanismos de acionamento dos rastos e o chassi foram significativamente reforçados. Com o objetivo de reduzir o esforço e os custos de manutenção, os intervalos de manutenção foram prolongados; por exemplo, o novo ventilador apenas requer manutenção a cada 5000 horas, tal como acontece com o amortecedor de torção. A John Deere duplicou ainda a garantia de fábrica para dois anos ou 2000 horas.

AUTOSETUP O novo sistema AutoSetup da John Deere permite aos agricultores e aos alugadores pré-agendar trabalhos no Operations Center personalizado do cliente. Os trabalhos aparecem automaticamente no monitor da cabine quando a máquina entra no campo e o operador apenas tem de confirmar com um único clique num botão. O sistema suporta definições como cliente, exploração agrícola, campo, limites de campo, pistas, compensações/larguras de alfaias, produtos, velocidades de aplicação, aplicações específicas do local, definições de documentação e nome do operador. Uma vez concluído o trabalho, é possível transferir todos os dados através de ligação sem fios para o Operations Center. Para além de poupar até 90% do tempo de configuração no campo, o AutoSetup também produz documentação clara e evita erros e perdas de dados.

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PRODUTO

EM FOCO

KUBOTA L2

PORQUE OS PROFISSIONAIS NÃO SE MEDEM AOS PALMOS

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Kubota apresentou a sua nova Série L, que compreende tanto os L1 como os L2. A Portugal, no entanto, apenas chegará a versão mais equipada, a L2. Neste modelo, o fabricante japonês procurou combinar conforto e eficiência, descrevendo-o como “um trator compacto para profissionais”. Com opção de escolha entre cinco saídas de motor diferentes, versões de cabine ou ROPS, transmissão mecânica ou hidrostática, este é um trator que tanto pode ser equipado como polivalente ou um verdadeiro especialista.

MOTOR Os motores diesel Kubota com 3 (L2-372) ou 4 cilindros estão disponíveis com potências entre 37 cv e os 61 cv. São equipados com um sistema de injeção common rail, recirculação dos gases de escape e um filtro de partículas diesel para atender ao estrito padrão de emissões Stage V da UE. Além disso, o filtro de partículas diesel só precisa de ser limpo a cada 6000 horas - o intervalo de limpeza mais longo da sua classe. A nova série L2 está ainda equipada com duas memórias de velocidade

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do motor como padrão, bem como cruise control (Modelos HST) e um dispositivo anti- roubo protegido por código. A TdF tem duas velocidades disponíveis: 540 e 540E.

TRANSMISSÃO A marca disponibiliza dois sistemas de transmissão: uma transmissão HST (hidroestática) com mudança de grupo de três estágios ou uma caixa de velocidades manual 16/16 sincronizada. O eixo dianteiro tem transmissão cónica e direção hidráulica integrada.

CABINE OU ROPS Os modelos com cabine são dotados de ar condicionado automático, a nova pala de sol e duas tomadas de carregamento USB. Mais espaço, controlos ergonomicamente posicionados e boa visibilidade a toda a volta são outros dos pontos fortes destacados pelo fabricante. Luzes de trabalho LED montadas na cabine também estão disponíveis. Em alternativa à versão cabinada pode optar por um sistema de proteção dobrável contra capotamento (ROPS) montado no meio ou na parte traseira.

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L2 Com opção de escolha entre cinco saídas de motor diferentes, versões de cabine ou ROPS, transmissão mecânica ou hidrostática, este é um trator que tanto pode ser equipado como polivalente ou um verdadeiro especialista.

CARREGADOR FRONTAL E HIDRÁULICOS Os carregadores frontais Kubota para esta série têm uma capacidade máxima de elevação de até 1400 kg e estão disponíveis para os modelos L2-372 (LA 555), L2-452 (LA 805) e L2-522, L2-552 e L2-622 (LA 1055). As novas máquinas da Série L2 apresentam uma bomba hidráulica com um fluxo máximo de óleo de 37 l/min e duas válvulas de controlo de série. A capacidade de elevação traseira é de 1.750 kg (1.700 kg para L2-372). As versões cabinadas têm também controlo externo do elevador traseiro - se precisar de engatar e desengatar implementos com frequência, apreciará o controlo mecânico externo do hidráulico traseiro.

DISPONIBILIDADE E PREÇO As primeiras unidades já se encontram no nosso país desde meados de abril e os preços de venda ao público variam entre os 25.000€ e os 40.000€ consoante a versão escolhida.

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A

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Rural, Técnico de Gestão Equina e, este ano pela primeira vez, Técnico Vitivinícola, curso que surge para dar resposta às necessidades evidenciadas pelos empresários do setor, face à escassez de diplomados qualificados nesta que é a área do Vinho Verde, por excelência. Aos jovens que procuram terminar o 9º ano, a EPAMAC oferece o Curso de Operador de Jardinagem que é um Curso de Educação e Formação (CEF) de Tipo 2; este curso permite o ingresso em qualquer curso do ensino secundário.

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PRODUTO

EM FOCO

SEMEADORES HORSCH MAESTRO 8 CV E 8 CX A aplicação de taxas variáveis, o controlo automático e constante da pressão ao solo, o controlo de secções, bem como a recolha e a transferência de dados, são conceitos que fazem parte do léxico em torno dos semeadores Horsch Maestro. Fomos conhecer duas máquinas para entrelinhas largas, recentemente entregues pela Lagoalva a dois grandes produtores de milho que estão a implementar um minucioso ‘road map’ nos domínios da precisão e da otimização de recursos.

E

m abril, nos primeiros dias de sementeira do milho, visitámos duas casas ribatejanas que estão a fazer nesta campanha de 2021 a estreia de novos semeadores monogrão de precisão da Horsch. Ainda que sejam ambas de 8 linhas, de configuração rebocada, e semelhantes a nível de chassis, são várias as características técnicas que diferenciam as duas máquinas. Mas o ponto mais relevante é a missão que ambas têm de assegurar às respetivas casas onde estão colocadas o cumprimento de um ‘road map’, no qual as práticas de agricultura de precisão estão a ser aprofundadas e são indissociáveis da estratégia agronómica.

MAESTRO 8 CV COM SISTEMA DE VÁCUO Ambrósio Raposo tinha apenas 50 hectares semeados com o novo Horsch quando o visitámos, num campo onde estava a trabalhar, junto a Alpiarça. Anualmente, faz cerca de 400 hectares de milho, a sua cultura principal, mas vai utilizar o Maestro também para girassol e soja, em menor área. “Tínhamos um semeador mecânico, mais pequeno, com dez anos. Com este conseguimos aumentar muito a capacidade de trabalho”, começou por dizer.

APLICAÇÃO DE TAXAS VARIÁVEIS E CONTROLO DE SECÇÕES Outro ponto que realçou é a possibilidade de aplicar densidades variáveis – de adubo, semente e microgranulado –, uma funcionalidade que está agora a usar, tendo por

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base os mapas de produção de anos anteriores e em alguns sítios também o levantamento da condutividade elétrica e as análises de solo. Adicionalmente, como o sistema inclui controlo de secções, Ambrósio está a utilizar esta funcionalidade para abolir o desperdício de semente com sobreposições indesejadas e para redefinir a abordagem aos contornos dos pivots e outros obstáculos.

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EM FOCO

PRODUTO TEXTO E FOTOS JOÃO SOBRAL

TÊM COMO MISSÃO APROFUNDAR AS PRÁTICAS DE PRECISÃO E OTIMIZAÇÃO DE RECURSOS

PRESSÃO ATÉ 350 KG EM CADA LINHA CONTROLO AUTOMÁTICO DA PRESSÃO AO SOLO O agricultor falou ainda do controlo de pressão AutoForce e da autonomia. “É muito importante nesta máquina porque consegue deixar todas as sementes à mesma profundidade, e isso é determinante depois para garantir emergências uniformes. E acho que é assinalável a capacidade das tremonhas. Consigo pôr muito adubo e muita semente

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e fazer logo muitos hectares sem reabastecer. Antes tinha de parar muito mais vezes”, explicou. Abílio Pereira, responsável pelos produtos Horsch na Lagoalva, acompanhou-nos nesta visita e realçou a este propósito que “a questão principal é colocar a semente no solo a uma profundidade uniforme e o sistema AutoForce garante que 80 a 90% das sementes emergem em dois dias”.

O sistema AutoForce regula a pressão ao solo em função das condições que o semeador vai encontrando ao longo do campo, podendo aplicar uma pressão máxima de 350 kg por linha. “A máquina adapta-se, quer esteja perante uma areia fofa ou uma argila em sementeira direta”, refere Abílio Pereira. É um processo automático e constante, gerido por sensores de pressão instalados em duas linhas de sementeira (a linha 2 e a linha 7).

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PRODUTO

QUINTA DA CHOLDA AZINHAGA

EM FOCO

João Coimbra adquiriu pela primeira vez uma máquina da Horsch. No ano passado, parte da sementeira foi feita por um prestador de serviços com um semeador desta marca. O resultado desse trabalho convenceu-o a optar pela Horsch no momento de substituir o seu semeador antigo.

COMPATIBILIDADE IMEDIATA COM O TRATOR Adiantou também que presentemente é muito fácil pôr estas máquinas a funcionar. “São ISOBUS, ligam-se ao trator e estão prontas a trabalhar. Depois há a parte de formação dos agricultores e dos operadores, mas ao final do primeiro dia todas as máquinas estão a semear e a andar a uma velocidade já razoável”.

DISTRIBUIÇÃO POR VÁCUO, PARA MILHO E SEMENTES SENSÍVEIS O Maestro 8 CV de Ambrósio Raposo é servido pelo sistema hidráulico do trator e está equipado com distribuição por vácuo. Este sistema faz a sucção do ar que passa pelos orifícios do disco distribuidor de semente, levando a que os grãos fiquem colados ao disco na superfície oposta. “O sistema de vácuo ainda tem muito para se aprofundar. É mais versátil para alguns tipos de semente mais sensíveis, como amendoim, beterraba, colza e girassol, porque não as sujeita a uma pressão excessiva”, referiu o especialista de produto da Lagoalva. A Horsch estabelece que a velocidade de trabalho dos semeadores com sistema de vácuo pode ir até aos 12 km/h. Ambrósio Raposo continuou a jornada aos comandos do seu Fendt 516 Vario e nós rumámos ao outro lado do Tejo.

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Ambrósio Raposo alargou o parque de máquinas com a aquisição de um Horsch Maestro 8 CV. Esta máquina substitui o semeador mecânico que utilizavam e junta-se a duas outras da marca alemã que já existem na casa: um semeador Pronto para as culturas de outono-inverno e um cultivador Tiger 5 LT. AGROPECUÁRIA DOS RAPOSOS ALPIARÇA

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MAESTRO 8 CX COM SISTEMA DE SOBREPRESSÃO NA AZINHAGA, fomos assistir ao avanço da sementeira na exploração de João Coimbra, onde também se faziam os primeiros dias de trabalho com um Horsch Maestro. Por coincidência, a fazer igualmente parceria com um Fendt 516 Vario, neste caso operado por David Marques. Com tremonhas pressurizadas e com distribuição por sobrepressão, o Horsch adquirido por João Coimbra é um Maestro 8 CX, modelo que chegou ao mercado este ano e o primeiro colocado em Portugal. Na Quinta da Cholda, este semeador vai fazer exclusivamente sementeira de milho numa área total de 500 hectares, dos quais 20 hectares em sementeira direta. João Coimbra começou por indicar alguns motivos que sustentaram a decisão de adquirir esta máquina. “O Horsch tem VRT nos três

níveis de distribuição, e tem controlo de profundidade, que é fundamental nos nossos solos muito heterogéneos”, disse.

VARIABILIDADE DAS CONDIÇÕES DE SOLO “Por exemplo aqui onde estamos, temos uma parcela com terra forte numa ponta e areia na outra. A mesma regulação de um semeador convencional não funciona. Vamos ter de fazer compromissos. Vai ser mal semeado numa zona e mal semeado na outra e fica estatisticamente na média. Mas ficam todas as zonas mal semeadas. O que pretendemos é diminuir esses erros e o semeador da Horsch pareceunos bastante equilibrado para poder gerir esta variabilidade”, explicou, enquanto ia coordenando com a sua equipa algumas tarefas logísticas que estavam a decorrer em paralelo com a sementeira.

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EM FOCO

PRODUTO

SEMEAR EM CAMAS POUCO MOBILIZADAS A robustez estrutural é outra característica realçada. “Parece-me uma máquina extremamente robusta, que é o que nós precisamos porque fazemos mobilizações muito simplificadas. Nas zonas de sementeira convencional praticamente já quase não fazemos operações. Quando vamos semear, temos uma terra ainda torta e com cama de sementeira mal preparada porque é assim que estamos a abordar a redução de mobilizações”. Das seis a oito passagens com grade de discos, nesta casa passou a fazer-se entre uma a três passagens. Este semeador está preparado para garantir ainda o trabalho de sementeira direta, um outro argumento que pesou na decisão. E além disso, por ser rebocado “torna todo o sistema mais ligeiro”, embora também vá obrigar a alguma reorganização fora do perímetro dos pivots – nas cabeceiras e nas zonas onde a rega é feita com aspersores – a pensar na operação de sacha. João Coimbra tem vindo a obter produções entre as 16 e as 18 toneladas por hectare de média global, mas com variações entre os 14 e os 22 hectares dentro das parcelas. E o objectivo é utilizar o máximo de informação para melhorar naquelas zonas onde as produções são mais baixas.

Pretendemos atingir um grau de conhecimento daquilo que estamos a pôr no campo muito superior ao que estávamos habituados. É um avanço extraordinário. João Coimbra Quinta da Cholda

A maior equidistância de plantas na linha é visível nas primeiras emergências.

VELOCIDADE MAIS ALTA DE SEMENTEIRA

USAR INFORMAÇÃO PARA TENTAR OBTER GANHOS NA PRODUÇÃO “As nossas produções estão muito estabilizadas e na maioria dos casos já é muito difícil acrescentar grande produção. Desde que introduzimos a agricultura de precisão, em 2014/15, o objetivo é manter a produção nestes níveis e reduzir drasticamente os custos em todos os aspetos. Mas há casos pontuais onde estamos a tentar detetar qual é o fator limitante [para aumentar a produção]. Estamos numa fase em que já é preciso muita informação. Precisamos de perceber se há técnicas ou fatores limitantes que possamos compensar. É o que estamos a fazer neste solo ao aplicar VRT na semente”, referiu.

UMA EQUIPA DE PROFISSIONAIS PRONTA A COLABORAR CONSIGO

Embora a velocidade não seja o aspeto mais importante, anteriormente era usado um semeador que fazia velocidades entre os 4 e os 5 km/h e a expectativa é usarem o novo a velocidades entre os 6 e os 10 km/h. Vão testar, vai ficar registado e de futuro vão comparar com as

Para adaptação ao calibre da semente, a Horsch fornece três diferentes discos de sementeira para milho.

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PREÇO

produções para verificar qual é a correlação que existe entre velocidade de sementeira e produção obtida. Com a velocidade a passar para o dobro e a largura de trabalho a ser cerca de 30% superior, João Coimbra vai tentar que este semeador faça todo o trabalho, embora admita que possa recorrer a prestadores de serviços nas campanhas em que o intervalo de tempo para semear seja muito curto.

€48 250 + IVA

TREMONHA CENTRALIZADA FACILITA ABASTECIMENTO

MAESTRO 8 CV

Junto ao Maestro 8 CX, Abílio Pereira explicou-nos que “a base é a mesma [do 8 CV] mas o sistema de armazenamento e de distribuição de semente é completamente diferente”. “A semente está numa tremonha centralizada. Isto permite ter sempre semente em todas as linhas e o abastecimento é mais rápido”, adiantou. Outra vantagem que Abílio antevê é que de futuro a semente venha a ser vendida em big bags também no mercado europeu, como já acontece nos Estados Unidos, o que a verificar-se pode representar uma economia de 25 a 27 Eur/ hectare, e este tipo de tremonha adequa-se a esse formato.

No segmento de semeadores de precisão de oito linhas da série Maestro, os clientes podem optar por diferentes variantes. Os PVPs propostos pela Horsch são os seguintes:

MAESTRO 8 RV em configuração montada aos três pontos e tremonha frontal

em configuração rebocada Cada unidade de sementeira do Maestro 8 CV possui uma caixa com capacidade para 70 litros de semente. A tremonha apresenta capacidade para 3000 litros de adubo e 300 litros de microgranulado.

SOBREPRESSÃO OBTÉM MAIOR EQUIDISTÂNCIA DE SEMENTES NA LINHA Mas a diferença mais relevante do CX está num sistema hidráulico próprio, acionado através da TDF do trator, e sobretudo no sistema

de distribuição que em vez de vácuo funciona por sobrepressão. “O sistema de sobrepressão permite transportar a semente desde a unidade de distribuição até ao solo por uma corrente de ar na ordem dos 50 km/h. A semente, em vez de ser sugada contra os orifícios do disco, é empurrada. Quando dá a volta no disco, em vez de cair livremente, é empurrada para o solo pela mesma corrente de ar, encaminhada por um tubo condutor mais fino, que induz a uma maior precisão. Existe depois uma roda de compactação que é indispensável para a semente não ressaltar quando entra em contacto com o solo e estabilizar no local exato pretendido”, concretizou Abílio Pereira. A Horsch estabelece que a velocidade de trabalho dos semeadores com sistema de sobrepressão pode ir até aos 15 km/h.

€76 800 + IVA MAESTRO 8 CX em configuração rebocada

€82 500 + IVA LAGOALVA REPRESENTA A HORSCH Com sede em Alpiarça, a Lagoalva representa a Horsch nos mercados de Portugal e Angola. O processo de venda passa por definir as características adequadas à situação de cada cliente, o que numa marca como a Horsch significa entrar num vasto universo de possibilidades, desde os elementos principais da máquina aos pormenores mais minuciosos, e passa pelo acompanhamento ao cliente a nível de formação e assistência técnica.

O Maestro 8 CX foi configurado com uma ferramenta que está a ser estreada pela Horsch no campo da digitalização. A telemetria HorschConnect assenta num módulo que faz a ligação entre o cliente, a máquina e o fabricante. Permite fazer testes de linha única, assegura a transferência de dados para a nuvem e para dispositivos móveis onde o utilizador tenha instalada a App Horsch MobileControl, permite fazer atualizações de software, bem como executar diagnósticos remotos. E estão a ser desenvolvidas outras funcionalidades. João Coimbra mostrou-se entusiasmado com as possibilidades do sistema. “Estamos apenas no quarto dia de sementeira e, basicamente, pretendemos que o telemóvel vá ajudando às calibrações. Esperamos, de futuro, tirar todo o partido desta tecnologia”.

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PRODUTO

Valtra G135 ganha prémio de design de produto

O

tractor valtra G135 apresentou características que fizeram a diferença na atribuição do reputado Prémio Red Dot Design 2021. Elogiado pelo juri do Red Dot Design em categorias como qualidade do design e planeamento, além das várias inovações incorporadas, este multifunções para explorações de tamanho médio apresenta especificações mais avançadas do que um Valtra A e não tem tanta envergadura como o Valtra N.

A qualidade do design e planeamento bem como as inovações introduzidas foram determinantes para que o Trator Valtra G135 recebesse o Prémio Red Dot Design 2021. O Valtra G135 mostra ser uma máquina multifunções, capaz de encaixar como uma luva nas pretensões dos agricultores que precisavam de um modelo com especificações mais desenvolvidas do que um Valtra A e consideravam a série N demasiado grande.

Apresentado em agosto de 2020, o Valtra G já fora eleito Melhor Utilitário em 2021, uma das categorias do concurso Trator do Ano: é visto como um pequeno gigante, um multifuncional compacto adequado para explorações de tamanho médio e com características singulares, como já lhe havíamos dado conta na pág. 28 da nossa edição de março/abril. Este é o 6.º Prémio Red Dot Design conquistado na história da gigante marca finlandesa, numa altura em que acaba de lançar a 5.ª Geração de tratores agrícolas. Os 70 anos da Valtra são celebrados com maior dose de motivação. “O Red Dot Design Award atribuído à nova Série G é muito encorajador, especialmente porque este é o primeiro produto da Valtra numa geração de tratores completamente nova e, até, no que poderia ser considerado um novo segmento de produtos. O Série G é um trator popular que já foi nomeado Trator do Ano, o que sugere que estamos realmente a fazer bem as coisas. O agradecimento pelo prémio vai também para toda a equipa da Valtra, pois é necessária a colaboração de centenas de pessoas para tornar um produto tão bem sucedido”, afirmou Kimmo Wihinen, responsável do departamento de Design da Valtra.

AUTOMAÇÃO INTELIGENTE Trimble estabelece parceria para garantir uma automação inteligente em ambientes de trabalho complexo. A AGRICULTURA beneficia cada vez mais de contributos provenientes do ramo tecnológico. Um dos mais recentes passos dados neste domínio diz respeito à parceria firmada entre a Trimble, especializada em instrumentação de precisão, e a VayaVision, uma empresa israelita do ramo tecnológico que tem vindo a desenvolver soluções para assistência à condução e automação de veículos em contexto urbano. Com o contributo da VayaVision, o resultado esperado é que os sistemas de controlo de máquinas que são fornecidos pela Trimble

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ganhem recursos para garantir um maior grau de operação autónoma em ambientes de trabalho que são complexos. A parceria terá como enfoque não apenas as máquinas agrícolas mas também as dos sectores de minas e da construção. A fusão avançada de dados para sistemas que recorrem a múltiplos sensores, tais como a tecnologia LiDAR, câmaras e GNSS, será usada pela Trimble e pela VayaVision para produzir um mapeamento fiável do espaço onde as máquinas trabalham. Na prática, para o utilizador

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Sistemas de otimização de trajetórias, desvio face a obstáculos e reconhecimento espacial.

final, ambas as empresas preveem vir a oferecer um portfólio de ferramentas – para otimização de trajetórias, desvio face a obstáculos e reconhecimento espacial – que pode ser adaptado à escala de cada cliente, a começar em funcionalidades de assistência à condução e a terminar na automação completa das máquinas.


NOTÍCIAS

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MANTER AS ALFAIAS LIMPAS Há coisas que não se compreende como não foram inventadas antes. MAL VEM A CHUVA, as alfaias ficam numa lástima por causa da lama projetada pelas rodas dos tratores. Perante isto, os técnicos da marca britânica Chafer, que está dedicada aos pulverizadores, puseram mãos à obra e saiu o resultado. Inventaram uns aventais que prolongam os guarda-lamas dos tratores. Não é necessá ria nenhuma adaptação, pois instalam-se no engate de três pontos, e são ajustáveis para servirem em tratores com diferentes larguras de via. No fundo, uma ferramenta simples e útil para manter as alfaias limpas.

SABIA QUE... A Chafer Machinery Ltd oriunda de Gainsborough, Lincolnshire, Reino Unido, conta com mais de 100 anos de experiência no fabrico de aplicadores de precisão de químicos e fertilizantes?

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POUPAR ÁGUA Sistema de calhas articuladas com rolamentos para sistemas de rega muito eficientes.

O

objetivo do carro de rega de precisão da Rathmakers Gartenbautechnik é utilizar os recursos hídricos de forma sensata, protegendo ao mesmo tempo os recursos de água subterrâneos. Com o novo sistema de rega automática, a água chega exatamente onde deve: diretamente às plantas. Para uma condução segura e compacta de mangueiras e cabos, existe agora o sistema da IGUS composto por uma calha articulada com rolamentos e uma guia. A escassez de água é um grande problema a nível mundial, razão pela qual são necessárias soluções, especialmente na agricultura, que levem água de uma forma direta às plantas. Assim, a Rathmakers G. desenvolveu um carro de rega de precisão juntamente com a Landwirtschaftskammer NRW. Enquanto os carros de rega convencionais com um jato contínuo desperdiçam muita água, o carro de rega de precisão irriga e fertiliza de uma forma determinada. O sistema é especialmente

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adequado para o cultivo de plantas em vasos ao ar livre e assegura que a água é entregue de forma precisa no meio do vaso da planta. Ao utilizar esta nova tecnologia, é possível poupar entre 50 a 75 por cento de água na rega, na proteção de plantas e nos fertilizantes, dependendo do tamanho dos vasos. Isto também reduz a entrada de azoto nas águas subterrâneas. O sistema de rega de precisão tem uma largura de 40 m e uma extensão com curso de 208 m. Até agora, os cabos e mangueiras para o abastecimento de água eram puxados por carrinhos. Foi criado um canal, que exigiu cerca de 2m de espaço entre a guia de carruagem e as plantas. Era necessário um guiamento seguro para a mangueira e que ocupasse pouco espaço. Portanto, Ralf Hormes, CEO da Rathmakers G., entrou em contacto com a IGUS. “Juntamente com os especialistas da IGUS, decidimos projetar uma calha articulada com rolamentos numa guia”, explica Ralf Hormes.

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Uma calha articulada com rolamentos numa guia garante um transporte seguro de mangueiras e cabos no carro de rega.

MAIS 343 M2 DE ESPAÇO ÚTIL A principal vantagem do sistema: ao guiar as mangueiras e cabos, a área útil é aumentada em cerca de 343 metros quadrados. Também aumenta a duração de vida dos componentes do

sistema. A calha articulada com rolamentos da série 3500R, com uma largura de apenas 35 cm, é utilizada numa Guia guidelite. A calha articulada é baseada tecnicamente na integração de rolamentos nos elos da calha para reduzir o coeficiente de atrito em cursos longos. Desta forma, pode ser poupada até 57% da energia de acionamento necessária durante o movimento do sistema de calha articulada. A guia guidelite é uma solução económica e de instalação rápida, feita em polímero resistente à corrosão, com elevada duração de vida e performance. “Um sistema versátil que deu provas técnicas e também a nível de custos”, diz Hormes. Desde novembro de 2019, que a IGUS tem recebido calhas articuladas inutilizadas, que atingiram o fim de vida útil, para as reciclar. Em contrapartida, o utilizador recebe uma nota de crédito baseada no seu peso líquido.

Casquilhos deslizantes inteligentes Os casquilhos deslizantes isense da IGUS detetam o desgaste e alertam atempadamente as falhas das máquinas. Após apresentação do protótipo na Feira de Hannover, em 2019, a IGUS desenvolveu a sua primeira série de casquilhos deslizantes isense para manutenção preditiva. A tecnologia integrada no casquilho deteta o desgaste e avisa o utilizador antes de ser atingido o limite máximo. A manutenção pode ser planeada antecipadamente e as substituições desnecessárias e falhas imprevistas das máquinas e sistemas podem ser evitadas.

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PUBLIREPORTAGEM

Decorridos vários testes no seu laboratório, com 3800 metros quadrados, a IGUS apresenta agora a primeira gama standard isense de casquilhos deslizantes iglidur isentos de lubrificação. “A gama de catálogo inclui cinco materiais com os quais conseguimos abranger uma grande parte de aplicações com cargas elevadas”, afirma Stefan LoockmannRittich, Gestor da Divisão de casquilhos deslizantes iglidur na IGUS GmbH. Estão incluídos o material iglidur A180 em conformidade com as normas FDA, especificamente concebido para a utilização na indústria alimentar, o casquilho iglidur Q2E para aplicações exigentes, utilizado em máquinas de construção e na engenharia agrícola, o material universal iglidur G, o casquilho como elevada duração de vida iglidur J, assim como o iglidur P210, especializado em aplicações oscilantes e rotativas. A IGUS fornece todos os casquilhos deslizantes inteligentes em três dimensões, com um diâmetro interior de 20, 30 e 40 milímetros. De futuro, serão disponibilizados mais tamanhos e materiais.

De empilhadores a máquinas de embalamento, os casquilhos deslizantes isense fornecem informações sobre o seu desgaste e avisam atempadamente o utilizador antes da necessidade de realizar uma paragem na instalação ou máquina.

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LIGAÇÃO DO SISTEMA DE ACORDO COM OS REQUISITOS DO CLIENTE Para ligar os casquilhos deslizantes isense, a gama da IGUS inclui quatro cabos adequados com um revestimento exterior em PUR resistente a óleos e a ambientes agressivos, em quatro comprimentos standard de um a dez metros. Adicionalmente, o utilizador pode escolher entre dois tipos de conectores. Os dados medidos pelos sensores podem ser integrados pelos operadores das máquinas e equipamentos nos seus sistemas de diversas formas. A IGUS disponibiliza três unidades de leitura para este fim: leitura manual de todos os pontos de desgaste através do plug-in ou instalação no equipamento de uma unidade de controlo com um ecrã com um painel vermelho/verde, que fornece informações sobre o estado dos casquilhos deslizantes. Também é possível a ligação ao icom.plus. Neste modo, um módulo de rádio envia os dados dos sensores para o módulo de comunicação via wireless. A partir daí, é possível a integração dos dados na IoT, num sistema de cloud ou na rede do cliente através de uma ligação por cabo. “O cliente pode ler os dados da forma que lhe for mais conveniente”, explica Stefan Loockmann-Rittich.

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PUBLIREPORTAGEM

MANGUEIRAS CONTINENTAL DESTINADAS AO SECTOR ALIMENTAR

As mangueiras para alimentos Continental asseguram a pureza de todo o processo.

E

m Novembro de 2019 o Grupo Merlett e a divisão de tubos industriais da Continental decidiram formar uma parceria. Com esta aquisição, a Continental expandiu a sua presença regional, particularmente na Europa, expandindo a sua experiência em materiais para soluções e tecnologias de termoplásticos de alta performance. Os tubos alimentares são agora fornecidos em duas versões para apoiar a indústria alimentar: termoplástico e borracha. Quase toda a vasta gama de

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mangueiras da Continental, de ambos os tipos de materiais, são certificadas para o transporte de alimentos, assegurando a conservação das propriedades originais do produto. As COLLECTOR, assim como as LACTOPAl apresentam-se como soluções de borracha para a indústria láctea, e são um exemplo do que a Continental pode oferecer, onde se pode também encontrar as VACUPRESS FOOD, solução termoplástica. Devido ao seu revestimento interno NR branco – completamente liso e neutro em termos de odor ou sabor–

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Com um revestimento perfeitamente liso, sem plásticos, odor ou sabor, estas mangueiras são sujeitas a regras de higiéne rigorosas, e têm elevada resistência a processos de limpeza CIP.

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estas mangueiras são as mais apropriadas para recolha e descarga de leite até porque o NR branco é ainda resistente à radiação UV, ozono e à erosão. Estas duas gamas de mangueiras Continental foram especialmente trabalhadas para o transporte de gorduras e outro tipo de produtos oleosos, sendo sujeitas a regras bastante apertadas de higiene, mantendo elevada resistência ao leite cru ou mesmo ao rigoroso processo de limpeza CIP - “Clean in Peace”, um processo de limpeza agressivo. A Continental tem outras gamas preparadas também para transportar alguns alimentos (BLAUDIECK, CONTI FOOD & DRINK, OREGON e SUPERFLEX) bem como água (AQUAPAL ou RAGNO ACQUA), vinho (VACUPRESS ENO e NEVADA PHF), azeite (ARMORVIN TOTAL PU OIL), cerveja (PURPURSCHLANGE), bebidas alcoólicas fortes e até sumos de fruta. Para qualquer tipo de alimento, ou líquido alimentar, existe uma solução adequada para o seu transporte.

CABINE

FendtONE o novo conceito de trabalho

OFFBOARD

ONBOARD

FendtONE combina trabalho de campo e tarefas administrativas FendtONE inclui FendtONE onboard, os serviços FendtONE na máquina — e FendtONE offboard, os serviços FendtONE disponíveis em casa ou em movimento. Em Portugal, a CYR - Comércio Ibérico de Rolamentos, Lda, empresa sediada em Torres Vedras, iniciou a comercialização destas duas gamas de mangueiras da Continental para a indústria alimentar no início de dezembro de 2020.

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FendtONE onboard já está disponível no Fendt 200, 300 e 700 Vario.

Lagoa da Amentela, EN 118, km 38,6 2130-063 Benavente Tel. 263 519 806 Assist. Técnica 263 519 823 Peças: Tel. 263 519 800 E-mail: geral@forte.pt

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CONTINENTAL TRACTOR MASTER RECEBE APROVAÇÃO DA FENDT As combinações de pneus TractorMaster da Continental 600 / 65R38 e 540 / 65R24, bem como 540 / 65R34 e 440 / 65R24 receberam a aprovação da Fendt. A partir de agora, todos os modelos de tratores das séries 200 Vario e 300 Vario estão disponíveis nessas combinações - e mais se podem seguir. A APROVAÇÃO significa que os pneus Continental serão futuramente listados nas listas de preços da Fendt e, portanto, estarão disponíveis para os clientes para os seus tratores Fendt. A tabela de preços associada, que já está disponível nas lojas, entra em vigor no final de março.

NOTÍCIAS

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NOVAS MEDIDAS

PARA O MICHELIN ROADBIB Apresentados no Campeonato Europeu de Tratoristas, em 2017, na altura equipando oito John Deere 6250R, os pneus RoadBib têm-se afirmado na Europa. LANÇADO NO MERCADO EM 2018, o MICHELIN RoadBib é o primeiro pneu para máquinas agrícolas de mais de 200 CV concebido especificamente para proporcionar elevadas prestações, tração e duração numa utilização intensiva em estrada. As cinco novas medidas –540/65 R 30, 650/60 R 34, 650/65 R 34, 650/65 R 42 e 710/75 R 42– aumentam para sete as opções que integram a gama, e estão disponíveis

tanto como equipamento original como no mercado de substituição. Os agricultores que já testaram o MICHELIN RoadBib sublinham as vantagens deste pneu, destacando a sua capacidade de tração e aderência por comparação com pneu convencionais, tanto em terrenos pedregosos como em terra argilosa ou arenosa, assim como a ausência de ruido e vibrações em estrada, e ainda a sua resistência.

A empresa, com origem em Marktoberdorf na região de Allgäu, na Alemanha, faz parte do grupo de máquinas agrícolas dos EUA ACGO GmbH desde 2009. A Fendt é, portanto, a segunda marca da ACGO que a Continental conseguiu conquistar como cliente, depois da Valtra, cujos tratores já estão equipados com pneus Continental desde 2018. Em linha com a estratégia de crescimento agrícola da Continental, a Fendt também busca uma expansão abrangente das suas estruturas de vendas na América do Norte.

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PNEU TRELLEBORG NOMEADO “MELHOR PNEU AGRÍCOLA DE 2021” O PNEU TRELLEBORG TM1000 Progressive Traction bateu a forte concorrência de outras 6 marcas do sector e recebeu o prémio de “Melhor Pneu Agrícola de 2021” do mercado espanhol, na eleição ‘Pneu do Ano’, organizada pela Revista especializada “Neumáticos y Mecánica Rápida”. Numa eleição que selecionou os 79 melhores pneus no mercado para a mesma categoria, o Trelleborg TM1000 destacouse dos demais e um membro do júri identificou os fatores que terão estado na origem do prémio: “São pneus que oferecem excelente tração e aumentam a produtividade no campo, reduzindo ao mesmo tempo a compactação do solo para um trabalho mais rápido e sustentável.” Desenvolvido especialmente para diminuir as vibrações, o design da banda de rodagem – adequado à última geração de máquinas - reduz a dissipação de energia, minimiza o consumo de combustível e prolonga a durabilidade, de acordo com o fabricante. O TM1000 Progressive Traction recebeu a mesma distinção no Hevea Tire Industry Awards 2019, organizado pela EuroPneus, outra publicação no sector.

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OS PNEUS CERTOS PARA SOLOS AGRÍCOLAS PEDREGOSOS E ARENOSOS A BKT partilhou a experiência em primeira mão de Matthew Hawthorne, diretor da exploração Euston Farm, em Inglaterra, que escolheu os pneus os Agrimax V-Flecto, Agrimax Teris e FL 630 para a sua frota de máquinas.

C

omeçou por ser um refúgio campestre para a temporada de caça e foi depois transformada numa quinta. Falamos da propriedade

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de Euston, na fronteira entre os condados de Norfolk e Suffolk no leste de Inglaterra, rodeada de uma encantadora paisagem caracterizada por bosques e rios. O atual gerente do negócio é o diretor da quinta Matthew Hawthorne, que apresentou o seu contexto: “Temos mais de 4200 hectares para o cultivo de cereais, legumes, leguminosas mas, sobretudo, beterrabaaçucareira (mais de 280 hectares).” Todos os anos, Matthew Hawthorne e a sua equipa colhem mais de 16 500 toneladas de beterraba. O cultivo das plantas começa em março com a sementeira e a colheita ocorre todas as semanas ou meses entre setembro e o início de fevereiro. Durante a sementeira, cerca de 50% da terra é lavrada,

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enquanto 50% é trabalhada sem lavoura. Conforme explica Matthew Hawthorne, é essencial escolher um pneu que facilite o trabalho e se adeque ao tipo de solo: “Os nossos campos caracterizam-se pela

Matthew decidiu equipar as suas máquinas com os populares pneus da BKT Agrimax V-Flecto, Agrimax Teris e FL 630.

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NOTÍCIAS

O Agrimax Teris foi concebido para ceifeiras e picadoras. Possui excelente capacidade de flutuação, limitando assim os danos no solo e garantindo excelente desempenho na colheita.

combinação de solos argilosos no norte e solos arenosos no sul da exploração. O desafio é, por isso, encontrar um produto flexível que seja eficaz em todas as condições.” “Estou sempre à procura de soluções com lona de carcaça robusta para reduzir o risco de furos, uma vez que o solo de Euston está cheio de sílex, uma rocha bastante afiada. Robustez, eficácia e fiabilidade são três características obrigatórias em qualquer pneu.” Para corresponder a estas necessidades, Matthew decidiu equipar as suas máquinas com os populares pneus da BKT Agrimax V-Flecto , Agrimax Teris e FL 630. O Agrimax V-Flecto é a solução desenhada para tratores de elevada potência, que garante o melhor desempenho em todos os tipos de solo. Com tecnologia VF, o pneu permite maximizar as cargas sem mudar a pressão, seja qual for

a velocidade. Assim, é possível transportar 40% mais de carga do que com um pneu padrão na mesma classe. Graças à pegada e piso mais largos, o pneu reduz a compactação do solo. A grande mais-valia do Agrimax V-Flecto é a sua robustez, que se traduz num ciclo de vida 10% mais longo do que pneus equivalentes, graças também à lona de carcaça de elevada resistência e ao talão especial reforçado. O Agrimax Teris foi concebido para ceifeiras e picadoras. Possui excelente capacidade de flutuação, limitando assim os danos no solo e garantindo excelente desempenho na colheita, além de ter capacidade para cargas muito pesadas. Além disso, o Agrimax Teris é especialmente resistente a cortes e impactos provocados, por exemplo, pela presença de restolho no chão, garantindo

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assim um ciclo de vida longo e reduzindo os períodos de inatividade do veículo. Por último, o FL 630 é um pneu Flotation caracterizado pela excelente capacidade de flutuação, a qual reduz o impacto no solo. Graças à sua estrutura robusta, este pneu garante excelente tração e aderência, inclusive nas curvas e durante as manobras. O design especial do piso assegura boa estabilidade em todos os tipos de solos e dota os pneus de excelente capacidade de autolimpeza. “Outra característica de que gostei muito nos pneus da BKT é o baixo nível de ruído durante a utilização, um aspeto muito importante para nós tendo em conta as casas e aldeias em redor da quinta”, acrescentou Matthew Hawthorne. A BKT conseguiu mesmo satisfazer as minhas necessidades na perfeição.”

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NOTÍCIAS

APOLLO VREDESTEIN AUMENTA PRODUÇÃO DE PNEUS AGRÍCOLAS NA EUROPA

A

Apollo Vredestein reforçou a produção de pneus agrícolas na sua fábrica de Enschede, Holanda, para responder a um forte aumento da procura de pneus de trator Vredestein Traxion XL, proveniente do continente

europeu e da América do Norte. Em meados de março, a empresa sediada em Amesterdão passou a produzir sobretudo pneus para tratores para o segmento XL (diâmetro até 2,30M e peso até 550 kg), adequado para tratores entre 200 e 500 cv com o objetivo de fornecer utilizadores finais, prestadores de serviço e

agricultores e ainda fabricantes de máquinas agrícolas. Esta aposta da Apollo Vredestein é o primeiro passo de um investimento de 5 anos nas instalações de produção de pneus agrícolas que visa aumentar a linha de produtos premium na Europa e a quota de mercado internacional.

GROUND KING TEM NOVAS DIMENSÕES

TAMANHOS

420/70R28 480/65R28 480/70R28 540/65R28 600/65R28 600/70R28

expandida para cobrir 20 tamanhos - ficando disponível para a maioria dos tratores de média e alta potência.

540/65R30 600/70R30 600/65R34 600/70R34 650/65R34 600/65R38 520/70R38 580/70R38 650/65R38 710/70R38 650/85R38 650/65R42 710/70R42 710/75R42

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VREDESTEIN TRAXION XL Empresa sediada em Amesterdão passou a produzir sobretudo pneus para tratores para o segmento XL.

O NOKIAN GROUND KING, lançado em 2019, é a aposta do fabricante finlandês no segmento de pneus “mistos”, isto é, o mesmo pneu apresenta boas performances tanto em solos macios como em transportes rodoviários. Para chegar ao maior número possível de

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tratores, a gama de pneus Nokian Ground King cresceu, passando a um total de 20 tamanhos disponíveis. Assim, durante o último trimestre de 2020, bem como no início de 2021, a família de pneus Nokian Ground King foi

“É claro que tivemos milhares de horas em testes”, disse Tero Saari, gerente de produto da Nokian Tyres. “Mas a prova final para mim foi quando o pneu foi testado por uma universidade alemã e provou ser superior a um padrão de pneu standard. Mais ainda, a palavra do campo, a experiência dos

agricultores, tem sido muito, muito positiva”, acrescentou. “A tendência atual dos prestadores de serviço vai no sentido de trabalhos mais versáteis que mudam ao longo do ano. O Nokian Ground King responde a essa tendência, e estes novos tamanhos tornam os pneus mais versáteis disponíveis para a maioria dos tratores de média e alta potência.”, finalizou o responsável ainda a propósito do Ground King.

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USADO OU NOVO? Cada caso é um caso

T

odos os agricultores têm contextos diferentes e, por isso, necessidades diferentes. Não pretendemos, com este artigo, defender a opção por tratores novos ou usados. O intuito deste caderno não é a defesa dos tratores usados ou dos tratores novos. Antes, quisemos expor os argumentos de ambos os lados da barricada, de forma a que o agricultor possa ter em sua posse informação que o ajude a decidir a opção que mais melhor

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lhe serve. Por falta de dados públicos oficiais em Portugal, pegámos no caso do país vizinho, onde esta informação está atualizada e disponível ao público. Em Espanha, a venda de tratores usados triplica, ano

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após ano, em relação à venda de tratores novos, concentrando-se a maior percentagem de tratores usados vendidos em veículos com mais de 20 anos. Num texto da autoria de Heliodoro Catalán Mogorrón, doutorado em agronomia graduado pela Universidade Politécnica de Madrid, descreve-se o fenómeno de procura no mercado espanhol por determinados tratores usados de 15 a 20 anos. Ainda que muito centrado no segmento de potência entre os 120 e os 150 CV, o artigo elenca vários argumentos que, repetidamente, se apresentam a favor das máquinas usadas. Ouvimos três representantes de marcas de tratores em Portugal, que descreveram o cenário no nosso país, assinalando as diferenças em relação ao país vizinho, e nos deram o seu ponto de vista sobre questões mais técnicas relacionadas com com o envelhecimento e a vida útil de uma máquina.

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USADO OU NOVO?

Porquê tanta procura por usados de 15-30 anos?

OPINIÃO

HELIODORO CATALÁN MOGORRÓN

graduado pela Universidade Politécnica de Madrid como Doutor em Agronomia. Nos 30 anos de carreira trabalhou como engenheiro de design em fábricas de tratores e em empresas mecânicas. Também trabalhou na construção e manutenção de material móvel. Sempre combinou a sua atividade profissional com o ensino universitário e com diferentes cursos tanto a técnicos como a agricultores. Participa ativamente na publicação de artigos de divulgação, em revistas especializadas, blogs e sites de máquinas agrícolas.

S

e forem analisadas as estatísticas de venda de tratores usados* dois fatores chamam a atenção: A venda de tratores usados triplica, ano após ano, em relação à venda de tratores novos; a maior percentagem de tratores usados vendidos concentra-se em veículos com mais de 20 anos.

USADOS 3 – NOVOS 0 Na tabela em anexo (Tabela 1) observa-se a mesma tendência nos dois últimos anos e a transferência de tratores usados quase triplica em face das novas matriculações (Esta tabela foi elaborada com números próprios a partir das cifras oficiais da ROMA (Registros Oficiales de Maquinaria Agrícola).

TABELA 1 Venda de tratores em 2ª mão e comparativo com venda de tratores novos.

IDADE DA 2ª MÃO A maioria das transações realizouse entre tratores com mais de 20 anos (13.254 em 2020; 17.601 em 2019; 16.734 em 2018) Em Itália, os valores não andam longe e, por cada trator novo, vendem-se dois usados; 20.000 tratores novos para 40.000 usados. França também tem percentagens novos-usados similares. O que explica esta tendência? Está claro que, se se vendem tanto é porque existe procura, o quer dizer

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TRATORES USADOS DE 15-30 ANOS

que é um produto procurado pelos compradores. Porquê? Talvez porque tenhamos que reconhecer que são tratores eficientes, capazes de fazer o mesmo trabalho que os seus jovens herdeiros que têm entre 15 e 25 anos a menos. Porém, há um outro fenómeno que chama a atenção: não são “especialmente baratos”. Ao analisar os preços praticados no mercado de segunda mão, comprova-se que estão próximos dos preços pelos quais foram vendidos em novos…quase não perderam valor, mas, apesar disso, a sua vantagem competitiva está na enorme diferença que, ainda assim, têm em relação ao preço dos tratores novos.

ANO

UNIDADES

2ª MÃO

NOVO

NOVO/USADO

2013

25569

8859

34,6

2014

26304

10004

38,0

2015

26526

10587

39,9

2016

27372

11365

41,5

2017

28836

12403

43,0

2018

28980

11266

38,9

2019

29736

12029

40,5

2020

22915

10044

43,8

UNIDADES

%

Neste artigo não se pretende “ressuscitar” os tratores “avôs”, as velhas glórias que lideraram a “tratorização” da agricultura espanhola; essas velhas glórias estão bem onde estão. Falamos, antes, dos tratores que se desenharam nos anos 80 e 90 e que se fabricaram na última década do século XX e nos primeiros anos do XXI, ou seja, dos que tratores que foram fabricados e vendidos entre 1990 e 2005. Trata-se de tratores com um conceito “moderno”, com cabines e assentos que pouco têm a invejar aos atuais, com boas embraiagens e transmissões sob carga, tratores, muitos deles já com suspensão e com bons hidráulicos.

PORQUE ESTÃO TÃO BEM COTADOS? Em muitos casos, observase que estes tratores estão a ser vendidos a preços “semelhantes” aos de venda quando eram novos. Hoje, estes tratores, com mais de 8.000 horas, e entre 130 e 150 CV, têm preços que, em alguns casos, estão entre os 45.000 e os 55.000€ quando, no seu tempo, eram vendidos por 50.000-65.000€... Qualidades: nestes tratores usados, fabricados e vendidos entre 1990-2005, existem denominadores comuns bastante apreciados pelos potenciais clientes:

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OPINIÃO

USADO OU NOVO?

facilidade de reparação e manutenção dos tratores “antigos” que podem ser na sua maioria realizados por um proprietário experiente ou oficinas locais:

1

ABATE? Tratores, em média, de 25 anos, podem continuar a ser válidos para a agricultura europeia.

receio dos DPF, AdBlue, DOC; receio a que se junta o derivado do custo de manutenção de componentes de milhares de euros;

2

os tratores modernos, altamente “digitalizados”, tornam o agricultor dependente da própria marca. Os fabricantes tendem a impor “políticas” através das quais o agricultor fica obrigado a utilizar o seu software, ou seja, a utilizar, “sim ou sim”, o serviço técnico da marca que, por vezes, se encontra a bastantes quilómetros do local de residência e a pelo qual é cobrado um valor de 120-150 €/h em muitas ocasiões, tampouco poderão eles resolver as questões, sendo necessário esperar pela chegada do técnico da central nacional ou... da fábrica.

gases de escape, EGR, précombustão, nos motores (common rail, turbos de geometria variável, biturbos...), a pós-tratamento de gases de escape (DPF, DOC, SCR);

3

descida do rendimento agrícola na última década, juntamente com o preço. Um cavalo motor (CV) de um trator tecnológico dispara para cima dos 500€, enquanto que esse mesmo CV num trator “mecânico” fica pelos 430€, e um CV do trator “velho” depende das horas de trabalho e do seu estado, mas é muito inferior.

2

Eletrónica de gestão: motor-transmissão; comunicação ISOBUS; preparação de sistemas de condução;

3

Lançamento de séries e modelos novos em pouco tempo, tentando seguir a concorrência que, por sua vez, segue outra concorrência... originando-se um ciclo de lançamentos impossível de amortizar;

4

5

O PREÇO EXORBITANTE DOS TRATORES NOVOS Afirmava linhas acima que chama a atenção o facto destes tratores “velhos”, de 15-30 anos, terem uma vantagem competitiva face aos novos na grande diferença de preço, visto que o preço de aquisição destes últimos disparou. Porquê? As razões são várias: As normativas de emissões de gases contaminantes, cada vez mais restritivas, foram obrigando os fabricantes a várias ações, como a recirculação de

1

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Transmissões cada vez mais sofisticadas;

EVOLUÇÃO DO PREÇO O preço médio do trator novo vendido em Espanha em 2019 foi de

55.544€,

a potência do “trator médio” foi de 110 CV. Houve uma forte subida nos últimos anos; considerando apenas o período desde 2014, o CV do “trator médio” subiu de 432 para

504 €/CV

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E com um problema adicional neste sector: as poucas unidades que são lançadas, pelo que qualquer alteração deve ser amortizada nessas escassas unidades, ao contrário do que acontece no sector automóvel. As “horas de engenheiro”, de gastos de marketing... são suportadas por poucas unidades, o que faz com que o preço dispare;

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existe, não justifica a aquisição do trator novo. Um trator de hoje em dia não duplica a capacidade de trabalho dos “antigos” e a realidade é que, se os tratores evoluíram muito nos 30 anos decorridos entre 1950 a 1980, não o fizeram na mesma proporção nos últimos 30 anos (nomeadamente em matéria de capacidade e eficiência em trabalho). Assim, sou um defensor dos tratores desenhados e fabricados na última década do século XX por serem máquinas altamente eficazes no seu trabalho e com algumas qualidades de fiabilidade, facilidade de manutenção, relação peso/potência, dificilmente igualáveis por tratores atuais.

O “ABATE” É PECADO! Admitindo o meu posicionamento a favor dos tratores fabricados em 19902005, pelas suas indiscutíveis qualidades de fiabilidade e

MAIS CAPACIDADE DE TRABALHO? Definitivamente, podemos afirmar que um trator moderno tem mais capacidade de trabalho que os fabricados nos anos 90. Aspetos como conforto, ergonomia e automatismos, entre outros, assim o justificam. O problema aparece quando tal incremento, que sem dúvida

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fácil manutenção, questiono-me em relação aos planos da Administração para abater alguns tratores. Penso que, em grande medida, este plano de “abate” pode ser “contranatura” (refiro-me aos decretos dos sucessivos Plan PIMA Tierra e Plan Renove). Tratores, em média, de 25 anos, podem continuar a ser válidos para a agricultura europeia. Substituir estes tratores por novos baseando-se apenas no argumento “o novo polui menos” poderá ser falso; e não porque o trator atual não polua menos, algo indiscutível e manifesto, mas sim porque, como sempre nestes temas, há que ver o processo em todo o seu conjunto. O fabrico de um trator pressupõe uma poluição inerente ao seu processo produtivo. A política de “usar e deitar fora” não foi um exemplo de conservação ecológica no passado. Mais ainda, não se pode perder de vista o duplo padrão de alguns fabricantes, capazes de vender à Europa e ao “paradigmático EEUU” um trator pouco poluente enquanto realizam macro-investimentos em África ou Ásia para fabricar tratores sem controlo de emissões que se repartirão pelo resto do mundo.

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QUANDO ERAMOS OS MELHORES A indústria do sector, olhando para trás, vinha de alguns designs que, podemos afirmar, resultaram nas melhores soluções. Tratores, de várias marcas, que foram tremendos concorrentes, inimigos temíveis, e também os melhores tratores que partilharam uma época. Considero que nunca na história do sector coincidiram na mesma altura tantos tratores com aquele nível de qualidade, neste caso refiro-me aos conceitos que nos anos 80 e 90 invadiram os nossos campos: as séries 40 ou 50 da John Deere; as séries 66, 80 ou 90 da Fiat Agri; Ford 6000 e 7000. Tratores onde se reuniam qualidades como durabilidade, robustez, peso (relação peso/potência superior à atual) pouco “glutões”. Se a tudo isto juntarmos que já tinham uma linha moderna, quer dizer, que eram e continuam a ser bonitos, então temos a “equação perfeita”. A geração seguinte teve a tarefa simplificada, era apenas necessário avançar em algumas questões de ergonomia, caudal hidráulico, algumas caixas sob carga e o necessário inversor.

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OPINIÃO

USADO OU NOVO?

Comparar o trator de há 15-30 anos com o atual Se é certo que são a mesma ferramenta, e também é certo que existem algumas diferenças importantes, tudo o resto é “ruído”, pura parafernália. Examinemos as maiores diferenças.

Motor

A popularização do common rail, o turbo (biturbos, geometria variável, válvula de descarga...) injetores multiponto, multiválvulas... tudo faz com que vejamos o motor atual como uma unidade de potência muito mais depurada que a dos nossos tratores 1990-2005, com o fim de melhorar as emissões poluentes que se somam aos pós-tratamentos que sofreram os gases expulsos. Uma consequência desta batalha para “poluir menos” trouxe detalhes que não convencem totalmente: por exemplo, as baixas cilindradas. Ao comparar um motor de 6000 cm3 com os “downsizing” de 3500 cm3, para proporcionar os mesmos 130150 CV, não posso senão optar pela “cilindrada”. Já sei que sou injusto e “arcaico”, mas... Potência: Existiram muitas mudanças na forma da curva de potência e, a par dos motores, antes as curvas eram mais “em contínuo crescimento” até chegar ao máximo; agora, pelo contrário, são curvas mais planas, com a entrega de potência máxima a menores rotações. A mudança na curva de potência veio marcada pela alteração na forma de “homologar” a potência do trator. Tampouco posso ocultar que preferia, achava mais fiável, o procedimento anterior de ensaio à “acreditação” da potência do trator.

Emissões

Nada têm que ver as emissões de um motor de 1990 e as de um motor atual. As alterações foram tantas e tão reiteradas que abordar o tema daria para vários artigos. Em resumo, os tratores de 1990 com injeção mecânica, ou até aqueles de 2005 com injeção eletrónica, até aos atuais com sistemas de pós-tratamento (recirculação de gases de escape EGR, catalisador de oxidação DOC, filtros de partículas (DPF), utilização de agentes redutores, AdBlue ou DEF, nos gases de escape (SCR) com o objetivo de realizar uma redução catalítica seletiva (RCA), significaram uma adição de custosos sistemas anexos ao próprio motor. Claro está que, se analisarmos as emissões poluentes, os tratores atuais ganham por goleada aos “avós”, mas se analisarmos sobrecustos ao sistema, complexificação de tarefas de manutenção, então ganham os “avós”.

Eletrónica

Generalizou-se a sua utilização e está presente em quase tudo: seleção automática da relação da caixa; paragem ativa; eleição

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do melhor mapa motor; automatização de sequências repetitivas como as que costumam ocorrer nas cabeceiras. Com a entrada do novo século, todos os grandes fabricantes foram introduzindo na sua oferta avanços em matéria eletrónica. Hoje, quase se tornaram imprescindíveis a automatização de funções com ação eletrónica, como a conexão automática da DT, a gestão de cabeceiras, ou a comunicação com o implemento, entre outras. Também se foram introduzindo ecrãs de informação no painel de instrumentos ou como “satélites” independentes. Apenas poucos anos depois, chega a integração dos implementos a partir do trator com linhas de comunicação Can Bus que foram os antecedentes do sistema Isobus utilizado hoje em dia.

Transmissão

Também neste aspeto foi conseguido um desenvolvimento notável. Popularizaram-se as caixas de velocidades sob carga, quer dizer, aquelas caixas onde, enquanto se realiza a mudança não se interrompe a transmissão de potência. Se nos tratores de final do século eram habituais as caixas de velocidades sincronizadas e algumas “hi-lo”, hoje estão na moda as caixas de velocidade sob carga, sucedendo-se desenhos com embraiagens hidráulicas e duplas embraiagens. Também, em tratores de gama alta optou-se por substituir as caixas de velocidades escalonadas ou “discretas” (a mudança de relação de transmissão implica mudança no regime do motor) por caixas de velocidades sem escalonamentos ou “contínuas”. Implementaram-se sistemas com ação da eletrónica para chegar a caixas robotizadas e à gestão conjunta motortransmissão, de tal forma que se podem selecionar diferentes níveis de potência ao mesmo tempo que se oferece ao condutor diferentes tipos de condução. O inversor tornou-se imprescindível e, sejam mecânicos ou electro-hidráulicos, encontram-se em quase qualquer trator atual, por mais humilde que seja.

Hidráulica

Os sistemas hidráulicos são agora muito mais completos, aumentando o caudal, controlo eletrónico de válvulas de serviço externas (caudal e tempo), elevador eletrónico.

Condução assistida

Também nestes primeiros anos do século XXI começaram a ser apresentados os sistemas de condução assistida através do posicionamento de satélite com referências visuais e sonoras. As melhorias na condução autónoma foram constantes, assim como a baixa de preço, e chegámos à situação atual com estações de referência RTK ou internet móvel.

Comodidade e ergonomia

Suspensões na cabine, assentos e apoia-braços, nível de ruído, entre outras melhorias.

Segurança

Linha de dupla travagem, suspensão no eixo dianteiro, iluminação.

Pneus

Também se avançou bastante neste componente e, sobretudo, encontramos hoje pneus capazes de trabalhar com baixa pressão, como os VF e os IF.

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I M P O R T A D O R E X C L U S I V O P AR A P OR TU GA L

Concluindo Torna-se claro que os tratores usados de 15 a 30 anos, são tratores com muito mercado e deve ser reconhecido que são tratores eficientes, bastante cómodos e capazes de fazer o mesmo trabalho que os seus jovens herdeiros com 15-25 menos. São tratores desenhados já com um conceito “moderno”, com cabines e assentos de alta qualidade, com boas embraiagens e transmissões sob carga e inversor, bons serviços hidráulicos... e com qualidades que podem justificar a grande procura e, por isso, o seu elevado preço, nomeadamente pelas seguintes razões: Facilidade de reparação e manutenção com baixa dependência da “digitalização” que tornam o agricultor “dependente” da própria marca

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O receio dos atuais DPF, AdBlue, DOC...

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Os preços dos novos tratores acima dos 500€/CV (antes de impostos)

E, atenção, não esquecer o mau momento do mercado agrícola que se estende já por mais de uma década...

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Resta agora a questão “decisiva”: tendo em conta as qualidades dos tratores desenhados nos anos 90, poderíamos construir um trator eficiente, robusto, simples na sua manutenção, capaz de cumprir as normativas de segurança e emissões, mas por um preço em torno dos 400-450 €/CV? * Por “usado” em Espanha entende-se que não se trata de uma nova matriculação, ou seja, já esteve matriculado em nome de outra pessoa, em Espanha, ou noutro país. Assim, dentro da categoria “usado” estão os tratores que mudam de proprietário e que já figuravam nos registos de Espanha (ROMA, Registro Oficial de Maquinaria Agrícola, del Ministerio de Agricultura y DGT, Dirección General de Tráfico del Ministerio del Interior) ou tratores provenientes de outros países mas que já tenham sido utilizados.

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OPINIÃO

USADO OU NOVO?

A opinião dos representantes de marcas de tratores Fomos ouvir três representantes de marcas de tratores em Portugal, que descreveram o cenário no nosso país e nos deram o seu ponto de vista sobre questões mais técnicas relacionadas com o envelhecimento e a vida útil de uma máquina: Fernando Garcia, Presidente da Divisão de Máquinas Agrícolas e Industriais da Associação do Comércio Automóvel De Portugal (ACAP)e Diretor Geral da CNH Portugal, Arnaldo Caeiro, Diretor Geral / CEO SDF Portugal, e João Pimenta, Diretor Geral Ascendum Agro.

Portugal não é Espanha

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m Espanha, “a venda de tratores usados triplica, ano após ano, em relação à venda de tratores novos; a maior percentagem de tratores usados vendidos concentra-se em veículos com mais de 20 anos”. Itália e França registaram cifras parecidas. Já em Portugal, Arnaldo Caeiro e Fernando Garcia revelam que “de acordo com os registos de transferência de propriedade (fonte ACAP), a proporção entre a venda de tratores novos a venda de tratores usados foi de 1:1,49 em 2020, e de 1:1,43 em 2019”, portanto, muito abaixo dos valores espanhóis. João Pimenta ressalva que “eem Portugal não existe algo parecido com a publicação espanhola MOMA que compilava informação sobre tratores usados.

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Hoje existe a TractorOcasion, para além de que o Ministério de Agricultura Espanhol fornece informação estatística detalhada. As mudanças de proprietário não aumentam a frota e normalmente essa mudança tende a implicar a compra de um novo por parte de quem vende”. Outra grande diferença entre os dois mercados é a potência dos tratores usados procurados num e noutro país. Enquanto que Heliodoro Catalán se refere no artigo, sobretudo, a “tratores, com mais de 8.000 horas, e entre 130 e 150 CV”, no mercado português, explica Arnaldo Caeiro, “considerando que em Portugal 73 % das explorações agrícolas têm área inferior a 5 ha, os tratores usados com maior procura, e mais valorizados, são os modelos até 100 CV”. Já relativamente à desvalorização, “esta é maior nos modelos com potência superior aos 120 CV devido à menor procura no mercado de usados”.

Finalmente, Arnaldo Caeiro abordou o impacto dos apoios. “Em Portugal a venda de tratores usados também está diretamente relacionada com a disponibilidade de verbas nos programas de apoio ao investimento na agricultura (PDR2020), ou seja, nos períodos em que a disponibilidade de verbas permite apoiar financeiramente a compra de tratores novos, a venda de tratores usados tende a diminuir em proporção”.

TRATORES COM 15 A 30 ANOS? SIM, MAS… Olhando então para questões mais técnicas, nomeadamente sobre a passagem do tempo pelos tratores, João Pimenta começa por explicar que “o que define o envelhecimento e a vida útil de uma máquina é o número de ciclos a que ela esteve sujeita devido a um fenómeno chamado “fadiga” dos materiais. Para além da fadiga que altera as propriedades mecânicas dos materiais, existem dois outros fenómenos que também alteram as propriedades geométricas e a consequente compatibilidade com os restantes componentes que interagem, que são o desgaste superficial e a corrosão química. Estes fenómenos abrangem todos os materiais, tais como os principais órgãos de um trator (motor, caixa, eixos e semieixos, tubagens, borrachas, bombas hidráulicas, pistons e cilindros hidráulicos, etc). Um trator com 15 a 30 anos que tenha trabalhado em média 800 h/ano terá alcançado facilmente entre as 12.000 e as 24.000 horas de trabalho e portanto, sujeito a um número considerável de ciclos de fadiga (fenómeno não visível a olho nu) e facilmente apresenta problemas de vedação e retenção de fluidos (vedantes, juntas, retentores, borrachas, ainda que tenha sido muito bem mantido conforme recomendações de fábrica.

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Uma revisão completa ao trator, implica a inspeção dos órgãos internos, que para além de bastante onerosa em mão de obra, também se pode revelar igualmente onerosa em peças de substituição, coisa que poucos ou nenhuns fazem. Mesmo assim, existe sempre o risco de falha súbita de um órgão vital devida a fadiga, esta não visível à vista desarmada. Não é difícil antever que um trator com esta idade e caso tenha trabalhado normalmente ao longo da sua vida, possa trazer uma desagradável “surpresa” escondida que, a somar ao preço de compra, pode revelar-se afinal numa aposta errada. Apenas, sabendo o histórico do trator, quem o operou, como foi mantido, quais as intercorrências, podem sustentar algum conforto a quem compra. Escusado será dizer que estes casos são a minoria para não dizer raros”, finalizou. Já Arnaldo Caeiro, destaca que “se considerarmos a média de horas de trabalho, inferior a

300 h/ano, os tratores agrícolas quando atingem um número de horas de operação que justifica a troca por um novo é, na grande maioria dos casos, superior a 15 anos. Esta situação não se aplica às explorações empresariais de agricultura intensiva (culturas horto-industriais, fruticultura, viticultura e olival) onde os tratores trabalham mais de 1.000 horas ano e são usualmente trocados entre os 6 e os 8 anos”.

O PREÇO EXORBITANTE DOS TRATORES NOVOS Outro dos argumentos em favor dos tratores usados elencado por Heliodoro Catalán, é aquilo que considera ser “o preço exorbitante dos tratores novos”. Sobre este tema, João Pimenta explica que “o fator que mais peso tem tido no aumento do custo dos tratores tem sido os sistemas de controle de emissões para cumprimento das exigências legais”. Já os sistemas de comunicação ISOBUS e CAN-BUS, controlo de secções,

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Não é difícil antever que um trator com esta idade e caso tenha trabalhado normalmente ao longo da sua vida, possa trazer uma desagradável “surpresa” escondida que, a somar ao preço de compra, pode revelar-se afinal numa aposta errada. controlo de débito variável, condução assistida por satélite, ou a documentação de tarefas, ainda que também contribuam para um aumento do preço, são, ao mesmo tempo “uma tendência e exigência da agricultura moderna permitindo aumentar a eficiência e eficácia das operações agrícolas, coisa que na década de 2000 a 2010 não era ainda possível”. Para terminar, Arnaldo Caeiro destacou que “no mercado português, devido ao maior peso dos tratores até 100 CV (75 a 80% do mercado total), não é visível o “efeito negativo da tecnologia” como potenciador da venda de usados”.

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PRODUÇÃO ANIMAL

ROBOTS DE ORDENHA 10 10

MOTIVOS PARA COMPRAR MOTIVOS PARA PENSAR DUAS VEZES

A qualidade do serviço prestado pela máquina, muitas vezes!, depende mais de quem a trabalha do que da máquina em si. Os sistemas voluntários de ordenha, vulgarmente designados de robots de ordenha, são um bom exemplo disso.

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PRODUÇÃO ANIMAL

MOTIVOS PARA COMPRAR

por ISABEL MAIA

1.

QUALIDADE DE VIDA DO PRODUTOR “Mais tempo para a família”, “Possibilidade de ir levar ou buscar os filhos à escola” são alguns dos argumentos mais usados pelos agricultores. “Não ter de fazer ordenhas”, para quem não gosta do trabalho rotineiro da ordenha, também. Parecemme alegações legítimas e razoáveis. Os robots flexibilizam os horários. O trabalho não desaparece, simplesmente muda.

ISABEL MAIA, Gonçalves por casamento. 38 anos. Abracei o desafio de trazer, para o século XXI, os negócios agrícolas da família que vêm a passar de geração em geração. Estando a construir um estábulo, há um estudo inevitável que tenho de fazer sobre a tecnologia disponível no mercado. É essa partilha que pretendo fazer a cada número de abolsamia. Se quiserem seguir o meu dia-a-dia, podem fazê-lo através do meu blog, em www.agricultora veterinariaemae.pt, e/ ou respectivas páginas de facebook e Instagram com o nome “Agricultora, Veterinária e Mãe”.

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2.

MAIS LEITE Esse aumento de produção que se verifica, com a instalação dos robots, está essencialmente relacionado com a passagem de 2 para 3 ordenhas. Para quem já faz 3 ordenhas, não é expectável uma subida de 10-15%. As marcas vão mostrar os robots com as melhores médias. No entanto, já vi robots com médias a variar dos 18 aos 45 L/ vaca/ dia. Aconselho a que visite quem está com boas médias, mas também os das médias mais baixas. Aprende-se com ambos.

3.

CONFORTO ANIMAL Ter a possibilidade de ir 3 ou 4 vezes à ordenha, por dia, pode não ser importante para uma vaca próxima da secagem, mas para uma vaca recém-parida é. Assim que a pressão do leite, no úbere, se tornar desconfortável, a vaca vai procurar ser ordenhada. Além disso, na ordenha robotizada, cada teto é tratado como uma unidade de produção. Nas ordenhas convencionais, com retiradores automáticos, existe alguma sobreordenha dos tetos da frente, os quais têm menos leite. Isto acontece porque o retirador é accionado em função do fluxo de leite agregado dos 4 tetos. Já nos robots, o vácuo é desligado teto-a-teto, pelo que existe uma personalização do sistema para cada vaca e, num segundo plano, para cada teto. Não existe um valor padrão definido para todos os animais. Isto torna a ordenha mais confortável, para o animal.

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4.

CONSISTÊNCIA DOS PROCEDIMENTOS As vacas são animais de rotina. Gostam de consistência nos procedimentos. Uma ordenha robotizada vai eliminar a ocorrência de falhas humanas, tornando o procedimento de ordenha perfeitamente previsível para o animal.

5.

MAIOR EFICIÊNCIA DA MÃO-DE-OBRA Nas vacarias, as ordenhas consomem muitas horas de trabalho. Nem sempre a instalação dos robots irá gerar uma redução do pessoal. Contudo, frequentemente torna essas horas de trabalho mais eficientes.

6. MAIS INFORMAÇÃO E MELHOR INFORMAÇÃO Existem softwares muito completos a processar os dados recolhidos, nas vacarias robotizadas. A Lely, para mim, continua a ter a interface mais intuitiva (Lely Time For Cows – T4C). Todavia, o Delpro (DeLaval) e o DairyPlan (GEA) não podem deixar de ser referidos, atendendo à qualidade dos mesmos. O Delpro, em particular, é notável como ferramenta de análise de dados. A utilização de inteligência artificial, para optimizar os resultados de cada efectivo, será o futuro. Na verdade, já é o futuro para quem usa alguns softwares. O software da Boumatic merece uma referência porque tem a funcionalidade do GPS, tornando mais fácil a localização de cada vaca. Na Lely, também existe, mas é opcional.

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7.

LIMPEZA AUTOMÁTICA DAS TETINAS A possibilidade de lavagem das tetinas, a cada ordenha, é uma opção básica, nos robots. Nalguns equipamentos, existe a opção de desinfecção a vapor ou com uma solução de ácido peracético. Esta é uma vantagem, desde que os sistemas de lavagem e/ ou desinfecção a vapor estejam ligados. Hoje em dia, muitas das ordenhas convencionais são montadas com retiradores automáticos e sem desinfecção entre as linhas, o que potencia a disseminação de agentes contagiosos. (Futuramente escreverei sobre os sistemas de desinfecção entre linhas, nas ordenhas convencionais).

8.

DETECÇÃO DAS MASTITES TETO-A-TETO A detecção do aumento da contagem de células somáticas (CCS) é feita teto-a-teto, pela condutividade eléctrica e cor do leite. Nas ordenhas convencionais electrónicas, o despiste (se existir) é feito no leite misturado dos 4 tetos. Assim, para identificar o(s) teto(s) afectados é necessária intervenção humana, para realizar o teste californiano de mastites (TCM) ou teste da raquete.

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PRODUÇÃO ANIMAL

9.

simple | intelligent | feeding

MENOR CUSTO EM INFRAESTRUTURAS Efectivamente o espaço onde o robot está alojado implica um menor investimento do que a construção de uma sala de ordenha. No caso da Boumatic, o robot oferece acesso à box por ambos os lados, o que pode ser uma mais valia no momento da escolha do local de instalação. Tal é possível porque o robot da Boumatic está patenteado por colocar as tetinas por trás e não de lado.

UNIFEEDS AUTOMOTRIZES de 13 m³ a 32 m³

NOTÍCIAS

CRIADA PARA VENCER

10.

POSSIBILIDADE DE INTEGRAÇÃO COM OUTROS EQUIPAMENTOS Para além da desinfecção a vapor, um extra exclusivo das ordenhas robotizadas, existem pelo menos mais 4 equipamentos possíveis de integrar. (1) As balanças de pesagem, que vejo frequentemente no piso dos robots Lely, são equipamentos acessíveis e que podem dar alertas, quando se verificarem variações significativas do peso de uma vaca. (2) Agradam-me as câmaras que medem a condição corporal de cada animal (DeLaval BCS). Estas podem ser montadas associadas ao robot (mas não só) e a informação por elas recolhidas é processada pelo software Delpro. (3) O Navigator da DeLaval é um equipamento sem equivalente no mercado, que consiste num mini-laboratório que pode dizer ao produtor, sem qualquer intervenção humana, se as vacas estão gestantes ou não, pelo doseamento da progesterona no leite, entre outras análises possíveis. (4) O Orbiter da Lely é um mini-processador de leite que, integrado com uma ordenha robotizada, permite embalar leite fresco, fazer iogurtes, etc., potenciando uma integração plena da cadeia do produtor ao consumidor.

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No final do mês de agosto, no 38º Concurso Nacional da Raça Holstein Frísia que decorreu na AgroSemana, sagrou-se Jovem Grande Campeã Nacional a novilha M&S Jordy Adya, do produtor Miguel Matias, da Sociedade • Desde máquinas adequadas para uso em espaços confinados, Agrícola Matias & Silva. até Oàs indicadas explorações de mais de 1000 animais. sucesso desta novilhapara com 12 meses já era expectável, uma vez que conta • Gama completa caracterizada pela alta manobrabilidade, com uma genética de elite: filha de Jordy excelente funcionamento e mistura de alimentação rápida e Red e Pereira Archrival M&M Arianna (embrião importado dos Estados Unidos) está desenhado 4 fases, ajustandoexpressar todo o seu potencial genético homogénea, que economiza tempo e em combustível. e neta de MS Doorman Armani. se aos requisitos dos animais em cada e a tornarem-se altas produtoras. Ainda assim, o produtor quis assegurarfase de crescimento, e acompanhando A novilha tornou-se assim uma grande -se de que, ao crescer, este animal tiraria as vitelas e novilhas nos primeiros 24 vencedora e um exemplo dos excecionais o melhor proveito desta genética. Para meses de vida. Com este programa resultados que se pode alcançar aliando isso, contou com a ajuda do programa de é possível recriar vitelas de forma uma genética de excelência à melhor recria Kaliber (De Heus). Este programa económica e eficiente, ajudando-as a nutrição.

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O sistema de alimentação de precisão, com tecnologia NIR, permite ao agricultor distribuir uma alimentação equilibrada aos animais, segundo o determinado pelo nutricionista, isto graças a uma análise contínua dos ingredientes utilizados e o ajuste ótimo e em tempo real do seu peso.

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PRODUÇÃO ANIMAL

MOTIVOS PARA PENSAR DUAS VEZES

1. 2.

4.

CUSTOS DE MANUTENÇÃO

NECESSIDADE DE ESTAR SEMPRE LIGADO AO TELEMÓVEL

O custo de manutenção de uma ordenha robotizada é considerável. É significativamente mais elevado face ao de uma ordenha convencional. Para quem dá bastante importância a este item, sugiro que investiguem o robot da dinamarquesa SAC, em que existe um braço mecânico para 2 boxes e onde este custo poderá estar mais optimizado do que na concorrência.

Apesar de um robot oferecer flexibilidade em termos de horários, vai exigir proximidade 24/24h. Deverá existir alguém, na exploração, com disponibilidade e know-how para esvaziar os baldes de separação e corrigir qualquer erro/ alerta de funcionamento.

5.

CONHECIMENTOS MÍNIMOS DE INFORMÁTICA

INVESTIMENTO

Para muitos produtores, a decisão de investimento não será entre uma ordenha com robot ou sem robot. Para muitos produtores, fruto das suas circunstâncias, a decisão será entre ordenha com robot ou abandonar a actividade. Por isso, apesar do investimento ser avultado, para muitos não será uma opção evitá-lo. O custo de um litro de leite obtido numa ordenha robotizada face a uma convencional é tendencialmente superior porque o investimento global é superior. O retorno do aumento de produção, em muitas vacarias vai ser “engolido” pelos encargos financeiros acrescidos e pelos custos de manutenção. Esta pressão financeira pode ser menor para quem recorrer a robots recondicionados/ usados.

3.

ARRANQUE TRABALHOSO Começar com uma ordenha robotizada, implica um período de habituação para os animais e para o proprietário. É uma fase stressante para ambos. Todos os animais terão de ser treinados nos robots e a posição dos tetos identificada na primeira visita. Daí em diante, apenas as primíparas passarão por esse ritual.

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6.

Penso que este título dispensa uma explicação mais prolongada.

CONSUMO ENERGÉTICO E DE ÁGUA

Este é um dos aspectos que tem vindo a ser melhorado ao longo dos anos. Para fazer face aos consumos energéticos dispersos ao longo do dia, não será má ideia considerar, a par com o investimento no(s) robot(s), o investimento em painéis fotovoltaicos.

7.

CRESCIMENTO EM MÓDULOS

As ordenhas convencionais têm a flexibilidade de permitir crescer além do inicialmente previsto. Quem investe em robots, fica condicionado no crescimento e quando opta por crescer tem de optimizar a compra da nova unidade. Por isso, o crescimento ocorre em blocos. Serve de excepção a esta regra a opção da ordenha robotizada em carrossel/ rotativa, onde a GEA é pioneira.

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8.

NECESSIDADE DE GERADOR ELÉCTRICO Muitas vacarias com ordenhas convencionais também farão essa opção de compra, mas para quem tem robots, é altamente recomendável.

9.

MASTITES CONTAGIOSAS Em vacarias com agentes de mastite de carácter contagioso, os robots podem proporcionar grandes dores de cabeça. As escovas e as tetinas, quando contaminadas, podem aumentar a velocidade de disseminação de um agente no efectivo, entre vacas, pelo que um produtor com agentes contagiosos identificados tais como S. aureus, Strep. Agalactiae e Mycoplasma bovis deve consultar a opinião do seu médico veterinário assistente sobre a decisão de compra.

10.

NÃO SEPARAÇÃO DO LEITE POR QUARTOS Apenas um robot no mercado (GEA), está dotado com um sistema que permite ordenhar 3 tetos bons para o tanque e um teto com CCS alta para fora. Os restantes robots obrigarão o proprietário a tomar a decisão de ordenhar os 4 tetos para o tanque ou a desprezar os 4 tetos para os baldes de separação. Esta tomada de decisão poderá precipitar a decisão de refugo de alguns animais.

Quando me perguntam a minha opinião sobre as ordenhas robotizadas, costumo responder que são o futuro. Acredito mesmo que, com os avanços tecnológicos que virão, esta tecnologia será incontornável, cada vez mais perfeita, menos falível e com um custo/ benefício mais vantajoso para o produtor. As vacas… Essas parecem gostar.

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CULTURAS ESPECIALIZADAS

NOTÍCIAS

SW5 E DISTRIBUIDOR DE DISCO MONTADO PARA POMARES, VINHAS E CAMPO ABERTO A CÉLULA DE CARGA DO SISTEMA DE PESAGEM PERMITE DIFERENCIAR AS DOSAGENS para os distribuidores do lado direito e esquerdo, apresentando ainda o implemento comunicação com o trator via ISOBUS. Redução do impacto ambiental e melhoria dos resultados agronómicos graças ao alinhamento com os princípios da agricultura 4.0: taxas de aplicação variável, precisão na aplicação, troca de dados, configuração através de uma aplicação. Foi distinguido como Inovação Técnica e Blue Award no concurso de inovações da EIMA.

Atomizador e destroçador totalmente elétricos O T4.110V foi combinado com um gerador externo como fonte de energia.

A combinação entre um gerador elétrico acionado pela tomada de força de um trator elétrico especializado e dois implementos alimentados unicamente por eletricidade, um destroçador e um atomizador, foi distinguida como Inovação Técnica na EIMA 2021.

A

novidade, da autoria conjunta da Nobili SpA e da CNH Industrial, prendese, sobretudo, com a eletrificação de ambos os implementos, mantendo a possibilidade de continuar a utilizá-los num trator com motor de combustão desde que equipado com o já mencionado gerador. Refira-se também que o protocolo ISOBUS está implementado nestes equipamentos.

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Se a Ceres 440 for configurada com ligação ao serviço AVR Connect, entre outras funcionalidades, estarão disponíveis as seguintes: definir e monitorizar a distância entre plantas; visualizar a área feita e por fazer; estimar a quantidade de plantas necessárias para cada parcela; e consultar a área total plantada numa campanha. A AVR é representada em Portugal pela firma Jopatricio Comércio e Reparação, com sede em Salvaterra de Magos.

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Distribuidor PELLENC

TORO ISOTRONIC ROTOTERRA COM PROTOCOLO ISOBUS

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PRÉ-PODADORAS VINDIMADORAS REBOCADAS

DESPAMPANADEIRAS DE FACAS DESFOLHADORAS O EQUIPAMENTO APRESENTA INOVAÇÕES TANTO AO NÍVEL MECÂNICO COMO ELETRÓNICO. Conta com um novo sistema de rolamentos tanto para o eixo de transmissão como para os rolos traseiros, prevenindo contaminações externas e melhorando a performance mecânica. Mais ainda, utiliza o protocolo ISOBUS para comunicar a absorção de potência, a temperatura do óleo nas caixas de engrenagens, a velocidade dos rotores, a derrapagem dos eixos cardan, a profundidade real de trabalho, o desalinhamento dos rolos, o alinhamento correto das juntas do cardan durante o fechamento (“poupança de eixos”) e o número de horas trabalhadas por hectare (Horas / ha). A intenção da Maschio Gaspardo passa pelo aumento da vida útil e produtividade do equipamento. Também o Toro foi distinguido como Inovação Técnica na EIMA 2021.

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TESOURAS ELÉTRICAS

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PUBLIREPORTAGEM

Hubel Verde apresenta solução com tecnologia NanoCarbonTech A nova geração de adubos BluDiamond, líquidos e sólidos, com tecnologia NanoCarbonTech (NCT), é uma das mais recentes e inovadoras adições à oferta de produto da Hubel Verde, e destaca-se por permitir uma gestão mais eficaz da energia das plantas na absorção de nutrientes e a sua canalização para a produção, ao mesmo tempo que reduz os custos unitários dos produtores. 70

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E

sta tecnologia consiste na incorporação de nano partículas de origem vegetal no adubo que, graças às suas características, atuam como um veículo ultra eficiente de nutrientes e exponenciam a sua disponibilidade nas plantas. Com estes adubos é possível aumentar a capacidade de troca catiónica do solo, aumentar a disponibilidade de nutrientes para a planta, diminuir a “despesa” energética na assimilação de nutrientes, focar a energia da planta na produção e adubar por medida do longo do ciclo vegetativo. Trata-se, portanto, de uma linha de soluções de nutrição avançada que representa um passo inovador na utilização dos nutrientes aplicados.

Dividida entre Adubos Líquidos e Adubos Sólidos, ambas as opções apresentam as suas vantagens. No que toca à opção líquida, a sua utilização apresenta um conjunto de mais-valias efetivas entre as quais a capacidade molhante, que permite uma maior abrangência do solo molhado, por alargamento do bolbo húmido. O seu composto orgânico permite otimizar a disponibilidade e aproveitamento desses nutrientes por parte das plantas, permitindo assim, mais do que antes, adaptar a adubação às necessidades vitais da cultura. A exclusiva gama de Adubos BluDiamond tem à sua disposição diferentes equilíbrios sendo possível aportar macronutrientes e micronutrientes às mais variadas culturas.

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AJAP

Associação dos Jovens Agricultores de Portugal


TECH

PULVERIZAÇÃO

Pulverizadores Rocha com I&D reforçado O ano de 2020 foi fortemente marcado pela pandemia resultante do COVID 19, contudo, a Pulverizadores Rocha, SA manteve a aposta realizada durante os últimos anos na inovação. Na realidade durante o ano de 2020 e início de 2021 o foco manteve-se e inclusivamente o departamento de I&D acabou por ser reforçado. É dentro deste contexto que a equipa de I&D da Pulverizadores Rocha em conjunto com entidades externas como o INESC TEC, ESAD, Universidade de Valladolid (EECAS), entre outras, tem trabalhado para desenvolver soluções cada vez mais eficientes, mais precisas, mais sustentadas e adaptadas às reais necessidades do mercado.

Robot para vinhas de montanha

U

m exemplo deste tipo de parcerias é o Robot para vinhas de montanha que resulta do projeto Prysm, onde a Rocha e o Inesc Tec unem esforços. Motivados pelos desafios impostos pela realidade das vinhas do Douro e tendo em consideração a necessidade de uma agricultura de maior precisão e com baixos níveis de impacto ambiental, a Pulverizador Rocha promoveu o projeto PRYSM - PRecision Sprayer Ground Robot. Neste projeto, foi concebida de raiz uma solução robótica com capacidade de realizar tratamentos de baixo débito, 100 litros por hectare. Esta solução robótica é capaz de receber um mapa de prescrição (fornecido por um sistema de apoio à decisão) e ajustar a aplicação de acordo com esta prescrição, velocidade do robot e de

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acordo com o real volume da canópia presente no local de pulverização. De salientar, que este robot é competente para estimar a trajetória mais segura, tendo em consideração o declive do terreno e o centro de massa do robot e de se localizar autonomamente mesmo na ausência de sinais GNSS (GPS). O projeto PRYSM teve o financiamento do Projeto ESMERA, financiado através do programa Europeu H2020. A dinâmica criada no departamento de I&D da Rocha e a proximidade com os distribuidores e clientes, permite o ajuste do produto às reais necessidades do mercado, como podemos verificar pelos seguintes exemplos.

MITTOS 4 E 6 FACES A pensar nas vastas áreas de cultura da vinha e no seu enorme potencial,

MITTOS É um equipamento nebulizador rebocado, com capacidade para transportar entre 1000 e 3000 litros de calda de agroquímicos, com possibilidade de montar barra para 4 ou 6 faces.

o departamento de I&D desenvolveu o novo MITTOS 4 e 6 Faces. É um equipamento nebulizador rebocado, com capacidade para transportar entre 1000 e 3000 litros de calda de agroquímicos, com possibilidade de montar barra para 4 ou 6 faces. Dotado de geometria variável, elevação, abertura e fecho hidráulicos, este equipamento visa alcançar as três componentes mais importantes para ao sucesso, rentabilidade, eficácia e elevada qualidade na aplicação nos tratamentos fitossanitários. À

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PRYSM O robot para vinhas de montanha resulta da parceria entre a Rocha e o Inesc Tec e tem capacidade de realizar tratamentos de baixo débito, até 100 litros por hectare.

semelhança de outros produtos Rocha, este modelo pode ser fornecido com computador.

MITTOS DOURO O projeto Mittos DOURO surge para fazer face as características específicas da região do Douro e da necessidade de um equipamento com maior eficiência e precisão. A existência de patamares de dois bardos (tradicional) e mais recentemente de um bardo provocam enormes dificuldades aos tratamentos fitossanitários nas faces exteriores da parede vegetativa,

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EM DISCURSO DIRETO Sérgio Oliveira, Marketing Technician da Pulverizadores Rocha, sobre a aposta na inovação.

esta situação deu origem a um processo de desenvolvimento de um equipamento preparado para trabalhar nos modelos de tratores vinhateiros e de rastos existentes na região. O nebulizador pneumático misto modelo Mittos Douro, construído nas capacidades 300 e 400 litros, equipado com uma barra de aplicação com elevação e abertura/fecho hidráulicas permitindo desta forma a perfeita adaptação e tratamento das faces exteriores dos bardos. À semelhança de outros produtos Rocha, este modelo pode ser fornecido com computador.

MITTOS DOURO Construído nas capacidades 300 e 400 litros e equipado com uma barra de aplicação com elevação e abertura/fecho hidráulicas permitindo desta forma a perfeita adaptação e tratamento das faces exteriores dos bardos.

“Na Pulverizadores Rocha acreditamos que a agricultura esta a passar por uma revolução e que os próximos anos serão determinantes para o futuro da agricultura. Os desafios são enormes: a escassez de mão-de-obra, a necessidade de maior eficiência dos equipamentos, a aplicação seletiva de agroquímicos... no fundo a necessidade de uma agricultura mais sustentável. Esta realidade é acompanhada pela estratégia da Política Agrícola Comum no pós-2020, que passa por um sistema alimentar mais saudável e sustentável, tornando essencial a racional gestão de recursos naturais e promovendo a transformação digital do setor, tornando-o mais moderno e sustentável. A tecnologia já faz parte do dia a dia de grande parte das explorações agrícolas, apesar do longo caminho que todos os agentes envolvidos no processo têm de fazer rumo ao futuro. É dentro deste contexto que a equipa de I&D da Pulverizadores Rocha em conjunto com entidades externas como o INESC TEC, ESAD, Universidade de Valladolid (EECAS), entre outras, tem trabalhado para desenvolver soluções cada vez mais eficientes, mais precisas, mais sustentadas e adaptadas às reais necessidades do mercado. Acreditamos que a relação entre academia, fabricantes e utilizador final será determinante para os avanços da agricultura nos próximos tempos. Na Rocha continuamos a trabalhar em novos produtos e esperamos em breve apresentar mais novidades. O Futuro passa seguramente pela aposta na Inovação e pela capacidade de disponibilizar um conjunto de equipamentos capazes de responder às reais necessidades do setor.”

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TECH

ARTIGO TÉCNICO

ISOBUS, COMO CRIAR E IMPORTAR PARA UM TERMINAL ELETRÓNICO UM MAPA DE APLICAÇÃO DE ADUBO A TAXA VARIÁVEL (VRA) Como criar um mapa de aplicação a taxa variável, que critérios usar e como o importar para um terminal eletrónico são os objetivos deste artigo, escrito com base no trabalho experimental realizado na herdade da Comenda em Caia, no âmbito do projeto ISOmap Forragem ALT20-03-0246-FEDER-000062.

TEXTO LUIS ALCINO CONCEIÇÃO1,2,3, LUÍS SILVA1 JOÃO RAMOS 1 RUTE SANTOS1,2 NOÉMIA FARINHA1,2 SUSANA DIAS1,2 LUÍS LOURES1,2 VERA BARRADAS1,2 PEDRO MONTEIRO1 JOÃO PAULO CARNEIRO4 NUNO SIMÕES4 BENVINDO MAÇAS4 TERESA CARITA4

INSTITUTO POLITÉCNICO DE PORTALEGRE ESCOLA SUPERIOR AGRÁRIA DE ELVAS (ESA-ELVAS) TERESA CARITA4

1

VALORIZA CENTRO DE INVESTIGAÇÃO PARA A VALORIZAÇÃO DE RECURSOS ENDÓGENOS

2

INOVTECHAGRO CENTRO NACIONAL DE COMPETÊNCIAS PARA A INOVAÇÃO DO SETOR AGROFLORESTAL

3

INSTITUTO NACIONAL DE INVESTIGAÇÃO AGRÁRIA E VETERINÁRIA, I.P. ESTAÇÃO DE MELHORAMENTO DE PLANTAS (INIAV-ELVAS)

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A

presença no mercado de tratores e máquinas agrícolas equipadas com tecnologia para uso em agricultura de precisão é hoje uma realidade. Urge, contudo, potenciar o conhecimento junto dos utilizadores finais destas máquinas sobre como tirar partido da mesma de forma a dar resposta a uma agricultura mais verde e digital. O atual rumo a um sistema alimentar europeu mais saudável e sustentável no seio do Pacto Ecológico Europeu, das estratégias da biodiversidade e do «Prado ao Prato» apontam para um novo e melhor equilíbrio entre natureza, sistemas alimentares e biodiversidade. Para isso a Comissão Europeia prevê a regulamentação de nova legislação que conduza a uma redução até 2030 em 50 % da utilização dos pesticidas

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químicos, 20% de fertilizantes e simultaneamente na redução de perda de nutrientes e não deterioração da fertilidade do solo. Esta realidade passa pelo uso de novas metodologias na monitorização do solo e na gestão dos itinerários técnicos das culturas para as quais a mecanização e a agricultura de precisão podem ser instrumentos decisivos. A aplicação a taxa variável, tradução do termo anglo-saxónico Variable Rate Application (VRA) tem como objetivo de, ao contrário da realização de uma operação em que se debita uma quantidade fixa de um fator de produção ao longo de toda a parcela, realizar uma operação em que um dado fator (semente, fertilizante, herbicida) pode ser aplicado em doses variáveis atendendo a zonas uniformes da parcela e ou cultura previamente

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ARTIGO TÉCNICO

Figura 1. Conjuntos mecanizados, tratores New Holland T5 120 e Jonh Deere 7260 R, e distribuidor de adubo centrifugo montado de discos Amazone ZAV-4200.

estabelecidas para o mesmo. No caso da aplicação de um fertilizante, a taxa variável pode realizar-se por atuação de sensores óticos em linha com o distribuidor de adubo, ou através da criação de um mapa de prescrição importado para o terminal eletrónico que comanda o distribuidor de adubo, o caso de estudo deste artigo. Nesta opção o processo compreende 2 Fases, uma de carisma agronómico e outro instrumental. Do ponto de vista agronómico importa definir qual(s) a(s) camada(s) de informação georreferenciadas que se pretende utilizar na delimitação de zonas homogéneas da parcela para as quais pretendemos definir a aplicação a taxa variável (VRA) do fertilizante. A avaliação pode ser mais direta ou mais aprofundada considerando apenas o estado da cultura num dado momento (ex. índice de vegetação com diferença normalizada - NDVI) ou o resultado da interseção de dados com diferentes origens (ex. NDVI x condutividade elétrica do solo x produtividade). De acordo com o critério definido, torna-se necessário recorrer a

uma plataforma eletrónica que possibilite a georreferenciação das parcelas agrícolas e a sua monitorização no tempo e no espaço, ou usar um software de Sistemas de Informação Geográfica (SIG) que permita a construção do modelo que desejamos alcançar para aplicar o fertilizante a taxa variável nas zonas definidas. Do ponto de vista instrumental, uma vez criado o ficheiro do mapa VRA torna-se necessário importá-lo para o monitor eletrónico da máquina operadora (distribuidor de adubo) ou para o respetivo terminal virtual no monitor do trator. Em ambas as opções, os terminais devem ser standard à Norma ISO 11783 (ISOBUS) que compatibiliza a comunicação entre dispositivos eletrónicos em tratores e máquinas operadoras, e entre estes e aplicativos informáticos.

TECH

demonstrar a tecnologia VRA aplicada à distribuição de adubo, utilizamos 2 metodologias para a criação do mapa e 2 conjuntos mecanizados (Quadro1 e Figura 1). A carta de NDVI da cultura é obtida por deteção remota a partir de imagens de satélite e a carta de condutividade elétrica a partir de um levantamento geoelétrico da parcela. A ligação dos dados da máquina operadora ao trator em ambos os casos realizase através de uma tomada ISOBUS, sendo que no caso do conjunto com o trator New Holland o monitor Intelliview funciona como terminal virtual do distribuidor de adubo e no John Deere a dimensão de controlador do monitor de bordo do trator tornou necessário o uso do Amatron 4.

O NOSSO CASO DE ESTUDO O projeto ISOmap Forragem onde decorrem os ensaios e o treino de utilização da tecnologia descrita neste artigo situa-se na herdade experimental da Comenda em Caia, Elvas. Para

Quadro 1. Métodos e conjuntos mecanizados utilizados na demonstração de VRA em adubo MÉTODO I

MÉTODO II

Critério do VRA

Carta de NDVI

Carta NDVI + Carta de CEa do solo

Plataforma/SIG

One soil Crop monitoring

Qgis

Produto aplicado

Adubo azotado de cobertura Nitro 27%

Cultura agrícola

Forragem anual consociada

Trator New Holland T5 120 Conjuntos Mecanizados c/ monitor Intelliview IV (ambos com ISOBUS + Trator John Deere 7260R c/ Green Star 3 controlo de tarefas e corte de secções ativada)

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Distribuidor de adubo Amazone ZA-V 4200 com controlador AMATRON 4

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TECH

ARTIGO TÉCNICO

CRIAR O FICHEIRO Para o método I, usámos duas plataformas digitais na sua versão gratuita: “One Soil” disponivel em https://onesoil.ai/pt/ e “Crop monitoring” disponível em https:// eos.com/cropmonitoring/login.

Uma alternativa ao uso do índice NDVI para delimitação das zonas uniformes, é o uso de diferentes camadas de informação georreferenciada. Neste caso, o método II passa pelo uso de um SIG que no nosso exemplo escolhemos o software livre QGis disponível em https://www.qgis.org/ en/site/ Neste software procedeu-se à criação do mapa VRA a partir da interseção de um ficheiro shp do NDVI da cultura carregado de uma das plataformas anteriores, com um ficheiro shp da condutividade elétrica do solo criado previamente a partir do levantamento geoelétrico da parcela com um sensor EM38 (Geonics Limited). Uma vez delimitadas as 3 zonas uniformes da parcela foram definidas as respetivas taxas de aplicação do adubo e extraído o ficheiro VRA também no formato shp. Em qualquer dos exemplos, as quantidades do adubo definidas foram de 100, 150 e 180 kg/ha atribuídas à zona melhor, média e mais fraca da cultura, respetivamente.

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O Quadro 2 mostra para cada uma das plataformas as etapas através das quais foram definidas as zonas uniformes da parcela, que no caso em estudo foram 3. O mapa de prescrição para a aplicação do adubo teve com base o índice NDVI da cultura à data de aplicação do mesmo.

PLATAFORMA

SEQUENCIA DE OPERAÇÕES P/DELIMITAÇÃO DE ZONAS UNIFORMES DA PARCELA

1. Delimitação da parcela (podem ser delimitadas várias parcelas) ONE SOIL* Extrair o ficheiro em formato: isoXML ou SHP (shapefile)

2. Escolha do índice NDVI e data da observação 3. Selecionar número de zonas uniformes (3) 4. Definir para cada zona a quantidade de fertilizante a aplicar 5. Criar o mapa 1. Delimitação da parcela (só pode ser delimitada uma parcela)

Figura 2. Sequência de operações necessária ao carregamento do ficheiro VRA no monitor Intelliview IV e o respetivo mapa no terminal virtual em que as taxas variáveis de 100, 150 e 180 kg/há estão representadas pelas cores encarnado, amarelo e azul do mapa.

CROP MONITORING*

2. Escolher dos índices disponíveis o índice NDVI

Extrair o ficheiro em formato SHP (shapefile)

3. Selecionar número de zonas uniformes (3) 4. Definir para cada zona a quantidade de fertilizante a aplicar 5. Criar o mapa

Importação do mapa VRA na máquina

No caso do monitor Intelliview IV além do formato shp e ISO XML é possível o carregamento de ficheiros voyager 2 extensão cn1. Assim a primeira etapa no carregamento de ficheiros com outra extensão é a sua conversão em cn1.

1 2 3 maio/junho 2021

A figura 2 e 3 mostram o conjunto de etapas seguidas para a importação de um ficheiro VRA no monitor Intelliview IV e no monitor AmaTron 4, respetivamente.

Shp ou ISO XML MENU GESTÃO DE DADOS

SEPARADOR “IMPORT2”

Passo A: Escolher a prescrição carregada na pen USB, a forma do produto (granular, líquido), e as unidades de medida (kg/ha, I/ha) Passo B: “IMPORTAR” (no canto superior direito) e converter o ficheiro importado em Voyager 2 (CN1)

Voyager 2 MENU RENDIMENTO

SEPARADOR “CONFIGURAÇÃO PRESCRIÇÃO”

Voyager 2 MENU EXECUTAR

SEPARADOR “MAPA”

Passo C: Escolher o mapa de prescrição importado para ativá-lo

Passo D: Selecionar as taxas de produto a aplicar nas diferentes zonas, tal como definidas na construção do mapa em software ou plataforma própria.

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ARTIGO TÉCNICO

TECH

EM CONCLUSÃO O uso de taxas variáveis na aplicação de fatores de produção é hoje uma realidade disponível nos parques de máquinas agrícolas nacionais traduzindo-se essa tecnologia numa forma mais racional de gestão de recursos, com menor impacto ambiental e custos de operação. Neste caso prático foi possível demonstrar as etapas necessárias para a criação de um mapa de prescrição e a sua importação tanto para o monitor próprio da máquina operadora como para um terminal virtual disponível no trator. Em ambos os casos a facilidade de comunicação dos sistemas eletrónicos só é possível pela sua compatibilidade através da Norma ISOBUS.

Figura 3. Sequência de operações necessária ao carregamento do ficheiro VRA no monitor AmaTron 4

Formato ISO XML

1

Inserir a pen USB

2

Menu “Mapas”

3

Ícone “ISO XML” para importar o mapa

4

Separador “Campos”

5

Adicionar a prescrição importada

Formato Shp

1

Menu “Mapas”

2

Criar novo “campo”

3

Inserir a pen USB

4

Abrir o “campo” criado e importar o ficheiro da pen USB

5

Selecionar o mapa de prescrição e definir as unidades de medida

6

Confirmar e ativar os dados do mapa

AGRITERRA CAPACIDADE DE CARGA HERÓICA E SUPER ESTABILIDADE EM VELOCIDADE MAIS ALTA

Soluções de hoje para o mundo de amanhã: a Mitas trabalha duro todos os dias para oferecer aos agricultores uma ampla gama de pneus que os ajudam a acompanhar o ritmo do mundo dinâmico. Qualidade e fiabilidade são a força motriz da marca. Mitas: pneus resistentes fabricados na Europa desde 1932.

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TECH

NOTÍCIAS

PIRUETA Através de um modo de direção pirueta, que é inédito, o EOX pode girar em torno de si próprio. São 4 os modos disponíveis.

EOX é um trator elétrico para agricultura de tráfego controlado Sucessor do projeto Multi Tool Trac, de que falámos algumas vezes nestas páginas, o EOX 175 é um projeto que está em marcha pelas mãos da firma holandesa H2Trac.

V

ai estar disponível em versão com cabine, para utilização convencional, e também em versão autónoma, sem cabine. Com 3200 mm de distância entre eixos (para ter uma ideia, o Claas Axion 960 Cemos, de que falamos na passada edição, tem uma distância entre eixos de 3150 mm) pode trabalhar com

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largura de via fixa, mas uma das suas características distintivas é o ajuste hidráulico da largura de via entre 2250 e 3200 mm, para aplicar ao conceito de agricultura de tráfego controlado (CTF). Recorde-se que o conceito de CTF pretende fazer o maior número possível de passagens por um mesmo trilho, deixando o resto do campo livre de compactação. A tração é assegurada por

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motores elétricos (um motor por roda) e, embora possa contar com um motor extensor de autonomia propulsionado a diesel ou a biogás, que é fornecido pela FPT e disponibiliza 130 cv, a H2Trac afirma que este é “um projeto para a transição energética”. Por isso, a intenção é maximizar o uso da energia fotovoltaica ou eólica produzida numa exploração e direcionar o projeto sobretudo para uma utilização elétrica.

ESPECIFICAÇÕES 203 cv

de potência máximas às rodas

30 km/h

de velocidade máxima

120 L/min

de fluxo hidráulico www.abolsamia.pt


NOTÍCIAS

TECH

Ao fazer parceria com um plantador de batata da Dewulf, alarga-se o número de aplicações que são possíveis com o autónomo da Agrointelli.

ROBOT DE CAMPO PLANTA BATATAS NA HOLANDA PELA PRIMEIRA VEZ Integrado num projecto de pesquisa para perceber se a batata pode ser cultivada de forma mais eficiente com máquinas menos pesadas, a Agrointelli Roboti acoplou um robot a um semeador Miedema e, embora tenha havido dificuldades no arranque, a ação parece ter-se revelado um sucesso já que as batatas foram plantadas a bom ritmo.

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F

oi em solo holandês que, pela primeira vez, foram plantadas batatas com a ajuda de um robot de campo, uma ação integrada no projecto de robotização da Universidade de Wageningen, Agrointelli e Dewulf. Parte do terreno de demonstração que está reservado à Feira ‘Potato Europe’ - que se realiza todos os anos no início de setembro na Bélgica, França e Alemanha, além do país de origem, Holanda - foi utilizado neste teste em que a Agrointelli Robotti acoplou um robot a um semeador Miedema CP 42 de quatro fileiras para o efeito pretendido.

Embora tenha sentido algumas dificuldades em fazer mover o semeador quando este estava parado - segundo informou Bram Veldhuisen, especialista em robôs da Universidade de Wageningen, que esteve presente nos testes - o robot de campo Robotti, que possui dois motores a diesel, ambos da Kubota, conseguiu depois dar alguma velocidade ao semeador parcialmente cheio - ele que, vazio, pesa aproximadamente 2,4 toneladas. O teste teve sucesso - este foi mais um sinal claro da crescente mudança do panorama das máquinas agrícolas, de que já lhe tínhamos dado conta na última edição, pelo que outra demonstração ficou agendada para 1 e 2 de setembro de 2021 (dias em que decorre a ‘Potato Europe’ em solo holandês) e, nessa altura, além de plantar as batatas, o Robotti também irá colher batatas numa demonstração a todos os presentes na feira internacional dedicada exclusivamente a toda a cadeia da batata.

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TECH

NOTÍCIAS

ROBOT CEOL VAI UTILIZAR DESERVADORA LASER O projeto WeLASER, financiado pela União Europeia, estará disponível no Trator Robot CEOL, de criação francesa, por forma a matar as infestantes através de um sistema de laser. Embora possa trabalhar em qualquer cultura, será inicialmente aplicado no milho, trigo e beterraba sacarina.

O

robot multifunções CEOL, que está a ser desenvolvido pela empresa francesa Agreenculture, vai poder equipar com um sistema de deservagem por laser que, agregado a um equipamento de Inteligência Artificial e visão inteligente, permitirá eliminar

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infestantes ainda num estágio inicial nas condições de solo mais difíceis. O WeLaser é um projecto financiado pela União Europeia. Pablo González de Santos, membro da equipa de desenvolvimento - pertencente ao Centro de Automação e Robótica, um centro conjunto do Conselho Nacional de Pesquisa da

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O robot multifunções CEOL vai poder equipar com um sistema de deservagem por laser que permitirá eliminar infestantes ainda num estágio inicial.

Espanha (CSIC) e da Universidade Politécnica de Madrid (CAR-CSICUPM) -, coordena o projecto e explicou o objectivo do mesmo. “Este sistema é composto por uma fonte de laser de alto desempenho, basicamente uma extensão das utilizadas na área médica. O raio laser gerado é focado nos meristemas da planta [infestante] por tempo suficiente para queimá-las e, em pouco tempo, também eliminá-las dessa maneira. Será desenvolvido um scanner de precisão para que o feixe de laser acerte os meristemas. As posições dos meristemas serão então determinadas com a ajuda de um sistema de visão inteligente. Este sistema tira fotos da cultura e com o uso de técnicas de inteligência artificial, ele irá identificar as plantas cultivadas a partir das infestantes reais e, finalmente, a posição do meristema de cada infestante usando métodos de inteligência artificial”, afirmou ao site Innovation Origins. Ainda segundo González de Santos, “pode ser adaptado para operar em qualquer cultura mas será inicialmente aplicado ao cultivo do milho, trigo e beterraba sacarina”, sendo que o sistema inovador permitirá identificar e irradiar pelo menos 90% das infestantes e dos meristemas, mostrando a máquina uma eficácia global de 65,61%. Relativamente ao multifunções CEOL, o seu sistema híbrido permitelhe reduzir o consumo de combustível (diesel) entre 3 a 5 vezes o que é praticado por um trator convencional e, por ser equipado com esteiras, reduz os danos na superfície do solo, evitando ainda os sulcos. Nos próximos três anos, o robot de campo será movido a diesel e desenvolverá o hardware e software, seguindo-se depois a 2ª fase do projecto: transformar a máquina para 100% elétrica, de forma a que depois seja comercializada.

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NOTÍCIAS

TECH O seu concessionário John Deere para os distritos de Lisboa, Coimbra, Leiria, Santarém (parcial) e Setúbal

SÉRIES 9R/RT/RX DE 420 A 670 CV

RAZOL UTILIZA CÂMARAS NA LUTA CONTRA AS INFESTANTES O desenvolvimento tecnológico da maquinaria agrícola é uma ferramenta cada vez maior para o agricultor na luta contra as infestantes. Por isso, a Razol, fabricante de cultivadores, adotou a estratégia de colocar câmaras na estrutura da máquina para poder identificá-las de forma mais rápida e proceder à remoção mecânica das mesmas. A luta contra as infestantes e o aproveitamento de soluções tecnológicas para a ganhar tem sido uma das preocupações mais recentes dos agricultores - manifestada mesmo num evento online da Associação Europeia da Indústria de Máquinas Agrícolas (CEMA) e noticiada no nosso site - e a Razol já tratou de dar os primeiros passos nesse sentido. A fabricante

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francesa de cultivadores fez várias inovações na mais recente máquina ao aperfeiçoar a capacidade de mobilização no solo e projetou a acoplação de câmaras Weeder Pilot em duas rodas de controlo de 400 mm. A fabricante sedeada em Lot-et-Garonne, sensivelmente a 100kms de Bordéus, possui ainda um sistema de mobilização no solo que permite erradicar as infestantes mais profundas e oferece vários tipos de relhas: pés de galinha, lâminas Levièvre, dentes Kress, grades de pente, discos de proteção de plantas ou relhas-guia. A instalação de câmaras no cultivador permite que este identifique a localização das infestantes e, assim, uma mobilização na linha para a sua remoção mantendo-se o operador apenas preocupado com a condução.

Série 7R

SÉRIES 8R/RT/RX

DE 290 A 388 CV

DE 326 A 458 CV

SÉRIE 6R

DE 135 A 300 CV

SÉRIE 6M

DE 114 A 216 CV FINANCIAMENTO www.jinaciolda.pt • jinaciolda.concessao-jd.com LISBOA: Vermelha (Cadaval) – SEDE T. 262 699 000 • F. 262 299 009 jinaciolda@jinaciolda.pt SANTARÉM: Golegã T. 249 976 495 golega@jinaciolda.pt

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março/abril 2021

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NA FLORESTA Limpeza em pendentes até 45° Fowarder da Cintoc Enfardadeira Florestal Destroçador de cepos para giratórias 82

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maio/junho 2021

Reboques Igland com rodas direcionáveis


A GAMA MAIS INOVADORA NO SETOR DAS MÁQUINAS FLORESTAIS, BIOMASSA E AGRÍCOLAS

REBOQUES IGLAND COM RODAS DIRECIONÁVEIS Contornar árvores, pilhas de troncos, cepos ou rochedos é sempre um desafio nos trabalhos de rechega de madeira. Alguns fabricantes de reboques florestais dão ao cliente a possibilidade de configurar a lança com um movimento de deslocação lateral, para melhorar a manobrabilidade. Mas há outras abordagens. Para alcançar o mesmo objetivo, a marca finlandesa Igland desenvolveu o sistema Swingtrac, que consiste num direcionamento

hidráulico do eixo tandem do reboque. A partir da cabine, o operador pode virar as rodas do reboque para se desviar de obstáculos ou para que o reboque siga a mesma trajetória das rodas do trator. Esta funcionalidade permite ainda realizar as manobras de recuo em menor espaço. O trem de rodas Swingtrac inclui travões de disco e um sistema de tração auxiliar que funciona através de rodas dentadas acionadas hidraulicamente.

ESTILHAÇADORES COM MOTOR A GASOLINA OU A DIESEL TRITURADOR FLORESTAL

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FLORESTA

NOTÍCIAS

RoboFlail faz limpeza em pendentes até 450 Propulsionado por um motor Yanmar de 38 cv, que faz parceria com uma transmissão hidrostática, o RoboFlail foi desenvolvido para trabalhar em zonas de difícil acesso, com até 45° de inclinação.

ESTE MODELO PROPOSTO PELA ALEMÃ KOMMTEK é manobrado através de controlo remoto, pode atingir os 8 km/h e possui um engate de três pontos convencional, e TDF, sendo por isso compatível com a generalidade das alfaias. Com uma capacidade máxima de elevação de 450 kg, o elevador beneficia de um movimento lateral de 40 cm. Esta funcionalidade permite uma aproximação a vedações ou muros, reduzindo o número de manobras necessárias.

Os trabalhos com destroçador, processadores de estilha e trituradores de cepos estão entre as principais aplicações pensadas para este modelo. Através de uma parceria com a Ritter Maschinen, os clientes podem configurar o RoboFlail com proteções para floresta e guincho de rechega. Uma das particularidades desta máquina de 1200 kg é o movimento pivotante da secção central, que corrige o centro de gravidade e mantém o motor mais nivelado quando opera em pendentes.

A MELHOR GAMA COM A MELHOR ASSISTÊNCIA TÉCNICA

EFICÁCIA

SEGURANÇA

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ANOS

março/abril 2021

CONFORTO DESEMPENHO

ECONOMIA DURABILIDADE

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NOTÍCIAS

FAZER DESBASTE E ENFARDAR OS SOBRANTES Um forwarder destinado a recolher os sobrantes das operações de desbaste é o conceito proposto pela Cintoc, da Suécia.

F

az lembrar um canivete suíço, e é mesmo assim, com todos os acessórios a trabalharem em simultâneo. De acordo com a publicação alemã Forst Praxis, o projeto resulta de uma parceria entre a Sampo-Rosenlew, a Compia Industri, e a Universidade de Ciências Agrárias da Suécia (SLU), estando atualmente a ser construídas duas unidades de pré-série que devem ser exibidas em demonstração até ao final deste ano. A máquina de base é um forwarder FR68 da finlandesa Sampo-Rosenlew, a que são adicionados alguns acessórios para utilização em simultâneo. O primeiro desses acessórios é uma cabeça processadora para

cortar e agrupar pequenas árvores, resultantes de uma operação de primeiro desbaste. Esta cabeça está instalada numa grua telescópica e pode cortar árvores com diâmetro entre 7,5 e 15 cm à altura do peito. Logo que as pinças da cabeça processadora tenham um molho completo, este é cortado em partes de 5,5 metros e transferido, através de uma segunda grua, para uma enfardadeira que está instalada no compartimento de carga. Esta enfardadeira faz a compactação dos molhos e, através de um processo rotativo, ata-os com corda e ejeta-os. A única tarefa que fica a cargo do operador é o manuseamento

FLORESTA

da cabeça de corte, com a parte restante do processo a ser feita de forma automatizada. O fowarder Cintoc faz ainda o registo GPS do local onde são colocados os molhos, para que não fiquem perdidos quando uma segunda máquina os venha recolher. Este projeto envolve um investimento de 20 milhões de euros, financiado a 25% pela UE e prevê uma meta muito ambiciosa: produzir anualmente 300 máquinas, destinadas sobretudo aos mercados nórdicos. A justificação para este apoio público é o contributo para um melhor aproveitamento da biomassa como substituto dos derivados do petróleo.


FLORESTA

NOTÍCIAS

FARDOS A Fixteri permite o enfardamento de madeira de diâmetro pequeno ou copas de árvores.

ENFARDADEIRA FLORESTAL A Fixteri é uma solução inteligente que junta pequenas árvores durante o desbaste. A máquina, uma espécie de enfardadeira, é utilizada como complemento à maquinaria florestal “tradicional”, como harvesters e forwarders.

A

s principais vantagens desta solução são a recolha e agrupamento de madeira que, de outra forma, apenas poderia ser estilhaçada. De forma eficiente, tanto no primeiro desbaste, como no corte de regeneração, a Fixteri permite aumentar o fornecimento de madeira e reduzir, de forma significativa, os custos logísticos e de estilhaçamento.

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Rama e folhas são deixadas no solo para enriquecer o nível nutricional. Permitindo colher e limpar na mesma passagem, acaba por contribuir também para a redução do risco de incêndio. A Fixteri é fabricada na Finlândia mas tem representação em Espanha e no Brasil.

As copas das árvores podem também ser “enfardadas” com a colhedora CTL, deixando o chão imediatamente preparado para nova plantação. O enfardamento de madeira de diâmetro pequeno ou copas de árvores aumenta também o rendimento de madeira colhida de 10% a 200% por hectare, dependendo do tipo de floresta.

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Dipperfox propõe destroçador de cepos para giratórias Após o corte das árvores, põe-se o desafio de retirar os cepos que ficam no terreno. A pensar nisso, a Dipperfox propõe o acessório destinado a fazer parceria com escavadoras giratórias de 14 a 30 toneladas. Pesa 575 kg e perfura até 900 mm abaixo do solo, destroçando os cepos através de um movimento rotativo, sendo o corte da madeira assegurado por lâminas. A madeira fica destroçada, não sendo necessária nenhuma tarefa adicional. A marca anuncia que é possível destroçar até 180 cepos numa hora com este acessório que para funcionar corretamente requer um fluxo hidráulico mínimo de 220 L/min a uma pressão entre 180 e 350 bar.

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Em termos de compatibilidade, é proposta um encaixe universal mas a marca comunica que personaliza o engate consoante as necessidades do cliente. Este equipamento será comercializado em Portugal pela Bioenergia, sediada em Paredes de Coura, estando prevista para breve a sua apresentação ao público.


REGIÕES

CONCESSIONÁRIOS CLASSIFICADOS POR DISTRITO Nos anúncios com este símbolo, consulte as máquinas para venda em:

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BRAGA - VILA REAL

Usados: Claas Celtis 446 RX • Deutz Agroplus 85 • John Deere 5400 • Kubota M135 GX • MF 240 2 RM • Fendt (2) Farmer 309 LSA c/ cab., 260S 4RM • Fiat 4566 DT • Same (2) Delfino 35, Minitauros 60 2RM • Steyr 975 c/cabina

Usados: Agrifull Jolly 50 • Deutz DX3700 DT • JD 2200 c/carr. frontal • Lamborghini Crono 56460 4RM c/ c. front • NH 3566 • Pasquali 441 4RM • Renault 461• Armador camalhões C.Magli • Motoc. Bertolini MTC 318 • Triturador Agrimaster 200

USADOS Mini trator corta-relvas Kubota, G26 HD Motogadanheira Kubota, TK 600, 3.500€

Usados: Charrua Potinger 3F-20” • Cisterna Reboal de 6000L • Grade de discos Galucho 20 discos 22” • Unifeed Gilioli 5 m3

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BRAGANÇA

USADOS: Tratores Deutz DX3 5005 • Fendt Farmer 411 Vario • Ford 5610 • Kubota (4) M 8950, B2110, L345 DT, M135 GX • MF 5450 Dyna 4 • NH TS100 • Same Rock 70N rastos • Charruas: Galucho (2) 2F-13”, 3F-13” • Ribatejo 2F-13”- 850€ • P&G 4F • Enfardadeiras: Vicon RV 1501 - 7.800€ • Krone Combi-Pack 1500 • Gadanheiras Cond. Kuhn FC 283 • Mini-giratórias: Yanmar Vio 33 - 24.800€ • Retro: Terex TLB 850 • Vibrador azeitona Jorfão Agro Mira • Escarificadores: Galucho 9F • P&G 9F • Vários distribuidores de adubo

Usados: David Brown 1190 • John Deere 1750 • Landini Trekker 85 rastos • MF (2) 2415, 240 • New Holland (4) TN70VA CC, 4835 DT, TCE 50, TN75 NA, Enfardadeira BB940, Retroescavadora NH95 LE • Renault Cergos 330 CC

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BRAGANÇA - PORTO - AVEIRO

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AVEIRO - VISEU

Usados: Iseki TS 3510 D • Lamborghini Runner 450 • Same Solaris 45DT • Shibaura S330

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Usados: Tym R503 • Autocarregante Durante 16 m3 • Bio-triturador Sicma EC100 • Ceifeira rotativa 5 discos Gaspardo • Charrua Ribatejo 1F10

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VISEU - GUARDA - CASTELO BRANCO - COIMBRA

Usados: Ferrari 1100 DT • JD 1046 • Kioti LX500L • Kubota (2) 175, L2850 DT • Lamborghini (2) 674/70N, R503 DT• MF 390 • MT 230 • NH (4) TN 65 DT, Boomer 40, T4 95 LP c/cab., T3.75F • Shibaura (2) S320, ST440 • Same Delfino 35

Usados: Steyr 958DT -16.000€ • Iseki TX 2160 F (c/ alfaias) - 6.750€ • Fiat 2366DT - 8.750€ • Ford 1520DT- 8.750€

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COIMBRA - LEIRIA

USADOS: Tratores: Ford, 1710 • Iseki, 2160 • Iseki, 4300 • TIseki, 3210 • New Holland, TN70 A • Daedong, T2600 4 WD • Hinomoto, E23 • Gadanheira Gaspardo, BF 940 • Grua florestal Costa, G3000

Usados:Ceifeira debulhadora Claas Lexion 415 • Ensiladora Claas Jaguar 870 Shredlage • Semeador Monosem 6 linhas monoshox.

USADOS: Same Minitaurus 60 – 2RM, equipado com fresa Galucho FR1 – 2000 (2m) • Tesoura de poda Pellenc Lixion em muito bom estado, com carregador colete e mala de transporte original.

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LEIRIA - LISBOA

USADOS: • Ferrari Raptor 30 - 9.300€ • Fiat 55-66 DTF - 10.000€ • New Holland 1920 - 10.000€ • Same Solaris 35 - 10.000€ • Trator p/ peças NH TS115A - 5.500€ • Trator p/ peças Valpadana 3675

USADOS: Deutz-Fahr Agrotron 90 • Fendt 209 P • Fiat 55-66 • McCormick F90 Cab. • Lamborghini (2) RS 100, 87490 • NH TNF 90 • Hurlimann F60 • Same (3) Rubin 120, Solaris 40, Vigneron 62 • Krone (2x) Gad. reb. 3mts. e 2,5 mts. • Rocha reb.1500L • Stagric reb. 1000L

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LISBOA

Usados: New Holland Boomer 30 • John Deere (2) 5515 V, 20 C • Lovol 354

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LISBOA - SANTARÉM

Usados: Tratores: MF 5455 DYNA4 • Same Explorer 80 • JD 6430 PREMIUM • Landini rastos 7800 • Triturador Agrimaster, 2MTS rev. • Ceifeira New Holland, TC56 • Charruas: Kverneland PB100 • Galucho OVLAC SF6 • Galucho 2F 16 • Galucho CHF 3-10-14H • Enfardadeiras: Krone, Comprima CF 155xc Xtreme • John Deere 578RC • Ensiladora Claas Jaguar 690 • Fresa Maschio A180 • Pulverizador Kverneland XTER B18 1.800L

Usados: Reboques: Galucho 12.000Kg / PB 5.000Kg • Grade discos: Galucho (x2) NA2C 16-20, NA2C 20-22 • Pijuca vinh. 4 c. - 2.250€ • Rototerras: Pegoraro 2,5 - 5.750€ • Maschio S Cobra 2,5Mts. e 3,0Mts. - 5.500€ • Charruas: Galucho 2F-10”- 900€ • Galucho 3F-14” • Escarif. Galucho E7D - 800€ • Tesouras: Pellenc Vinion • Electrocoup F3010 - 800€ • Despamp. corte horiz./ vert.- 3.250€

Usados: Case-IH MXU 125 4WD cab. • Hürlimann Prince 435 • International 644AH DT • Lamborghini (2) 774- 70 N, 874-90 DT • MF 275 2RM • NH TN75 • Same (2) Dorado 86 Solaris 45

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SANTARÉM

USADOS: Hürlimann H491XF • Leyland (2) 154, 253 • MF 265 reforçado • Mitsubishi (2) MT250D, MT 300D• NH TD5030 DT c/ cab. e car. frontal • Same Explorer 90 DT

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PORTALEGRE - SETÚBAL - ÉVORA

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ÉVORA

USADOS: Tratores: Case-IH JX60 • Claas Ares 836 RZ • Deutz-Fahr Agrotron 1160 TTV, 38.000€ • Lamborghini, Premium 850 • Chisel Horizont 9-11 • Cisterna 4000 lts • Enfardadeiras: Fiatagri Heston 4700 • NH BB960 RT • Escarificador de relvados 15 MOL • Gadanheiras: Claas WM-250F • Vicon 6 discos Extra 428 • Gadanh. condic. John Deere 324 • Gadanh. discos Krone EASY CUT R 280 • Grade discos: Galucho, GPR 20x26 • GPR 14X28 • GPR 20x28 • Pulverizador Tomix, P9 600 • Volta-fenos: Vicon, RS/4V • Krone Swadro 42 • Krone Swadro TS740 Twins.

Usados: Renault (2) 340 Ceres 70-14LB • Máquina de vindimar Alma Selecta 2 rebocável

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ÉVORA - BEJA QUERO ASSINAR A REVISTA - PÁG.114

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BEJA - FARO | EUROPA

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Usados: Tratores: New Holland T5120 • Enfardadeiras: JD S440R • Krone Fortima F1250 • Kuhn Bio combinada • McHale S5500 • Unifeed Zago 17 m3

25 € 5 revistas (1 ano)

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MOMENTOS NEW HOLLAND

CONCESSIONÁRIOS

MOMENTOS

NEW HOLLAND ETELGRA

New Holland DiscCutter 320P Primeira venda realizada em Portugal da Nova Gadanheira da New Holland DiscCutter 320P. Da esquerda para a direita, Pedro Rita e Luís Profeta (Etelgra) com o cliente João Sequeira (Matisul, Lda).

TRACTORUSSEIRA New Holland T5.120 DC Cliente: Joaquim da Silva Pedrosa.

EPL - EMPILHADORES DE PORTUGAL ALGARVE

New Holland T4.100F CAB Cliente: João Santana Unipessoal, Lda.

VARANDA & CORDEIRO New Holland T4.75S. Cliente: José Joaquim de Oliveira Pereira de Cabeça de Casal de Herança, Mogadouro.

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MECÂNICA AGRÍCOLA New Holland T5 115 vendido à Semad Coruche. Nuno Diogo (Mecânica Agrícola) e o operador, Ezequiel Baila.

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CONCESSIONÁRIOS

MOMENTOS NEW HOLLAND

ETELGRA New Holland BR 6090 SUPERFEED Cliente: António Sardinha Lopes Esq. p/ dir: Mário Cananão (Etelgra), Jorge Lopes (cliente), Tiago Paulo (Etelgra) e André Reis (Etelgra).

CAMEIRINHA New Holland T4 110 LP. Cliente: Agrícola de Manantiz da família Morais de Almeida.

SEAC

AUTO AGRÍCOLA SOBRALENSE

New Holland T4.90N BlueCab4. Cliente: Miguel (Quinta da Lavandeira).

BRÁS & VASCONCELOS New Holland T5.120 DINAMIC COMAND ao cliente Ruben Silva e Joaquim Silva, de Sto Torcato Guimarães.

New Holland T4.80LP entregue ao cliente Caminhos da Cotovia (Grupo Hortipor).

SILVAGRIAUTO New Holland Boomer 35 Dir. p/ esq.: Fernando Luís (cliente), Rui Silva (Gerente da Silvagriauto) e esposa do cliente.

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FORA DA CAIXA

F

abricado pela Clayton Engineering ltd., empresa fundada em 1973 e sediada em Knighton, uma pequena cidade e comunidade comercial em Powys, no País de Gales, este “bulldozer submersível”, como é designado pelo seu atual dono, chegou a Portugal pelas mãos da Ligação Direta, Lda. “Foi comprada num leilão. Tendo em conta a qualidade, o preço e as horas de trabalho, pareceu-nos uma compra interessante”, começou por explicar Rui Oliveira, gerente da Ligação Direta, Lda. Mas, afinal, “qual a história desta máquina?”, quisemos saber. “Pertencia aos salva-vidas ingleses (Royal National Lifeboat Institution). Existem 5 ou 6 máquinas destas em toda a Inglaterra. Têm vindo a ser substituídas por outras mais recentes, motivo pelo qual foi vendida. Servia sobretudo para empurrar e puxar barcos de dentro de água”, contou Rui Oliveira.

BULLDOZER SUBMERSÍVEL A caminho da Ericeira, mas ainda a alguns quilómetros do oceano Atlântico, existe uma máquina quase única no mundo e, tanto quanto pudemos apurar, única no nosso país. Entre o bulldozer e o submarino, desenhada no Reino Unido - onde prestou serviço de salva-vidas-, procura continuar a carreira em Portugal, onde se acredita que pode ser um verdadeiro “game changer” nos portos de pesca. BULLDOZER HIDROSTÁTICO Equipado com um motor Cummins, trata-se de um Bulldozer hidrostático, com cabine pressurizada (o que o torna capaz de andar debaixo de água enquanto trabalha), com guincho hidráulico com poder de puxo de 15 toneladas, e barra de puxo dianteira com poder de rebocar 15 toneladas (barra de puxo amovível caso seja necessário). Desenhada para rebocar barcos, tanto em terra como no mar, também permite fazer o controlo/ limpeza dos areais, marinas ou portos.

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BULLDOZER SUBMERSÍVEL

FORA DA CAIXA

“E quais as diferenças em relação a um bulldozer “comum”?”, questionámos. “A principal diferença em relação a um bulldozer dito “normal” é o facto de ser submersível, o que o torna tão útil em portos e praias. Além disso, tem um guincho de 15 toneladas na traseira, tem uma lâmina à frente que lhe permite também empurrar os barcos. A máquina é toda blindada, nomeadamente tudo o que são tampas do motor, está tudo blindado de forma a que a água não entre”. Fabricada no ano 2000, com 444 horas de trabalho realizadas, uma manutenção semelhante a qualquer outro bulldozer, a possibilidade de equipar tacos de borracha nos rastos metálicos, e pronta a trabalhar, a ideia de Rui Oliveira passa por “colocá-la num porto de pesca, onde é necessário colocar e retirar barcos de dentro de água. Esta é a máquina indicada”, finalizou Rui Oliveira.

Gama de alfaias Kubota. Sementeira

Tratamento das culturas Soluções eletrónicas Equipamento para alimentação do gado Equipamento forrageiro

EQUIPAMENTO Um guincho de 15 toneladas na traseira, uma lâmina à frente que lhe permite empurrar os barcos e uma blindagem completa , de forma a que a água não entre, são características diferenciadoras.

O preço está tabelado nos

56.000€ + (IVA) Ligação Directa, Lda Endereço: Estrada Apeadeiro dos Moinhos, 2640-747 Telefone: 961 844 571

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ANTIGAMENTE

ERA ASSIM...

A multinacional japonesa tem uma história rica. O surgimento e a aposta no nome “Kubota” é apenas um dos interessantes episódios que a marcam. Gonshiro Ohde e Toshiro Kubota souberam criar bases fortes para a implementação de uma marca que hoje, tantos anos após a fundação, é uma das líderes de mercado no fabrico de máquinas agrícolas.

A

131 ANOS DA KUBOTA

3 de abril de 1890 nascia, no Japão, uma empresa que arrancou como uma fundição fabricou os primeiros tubos de ferro para utilização em obras hidráulicas - mas que poucos anos depois se tornaria numa marca de referência no desenvolvimento de maquinaria inovadora para apoio aos agricultores.

O NOME “KUBOTA” Se hoje todos a conhecemos por Kubota, o primeiro nome da empresa foi ‘Ohde Casting Iron Works’, fundada por Gonshiro Ohde que trabalhava o ferro, e só em 1897 mudou o nome para Kubota. A história é curiosa: a ‘Kubota Match Machine Manufacturers’, cujo proprietário Toshiro Kubota era cliente da casa, revia-se na forma de ser do senhor Gonshiro Ohde e, após saber que este era órfão de pai, pediu para o perfilhar. Gonshiro aceitou tornar-se filho de Toshiro Kubota e trabalhar diretamente com ele, com uma condição: continuar a fabricar os tubos metálicos de ferro. Chegados a um acordo, mudaram o nome da empresa para ‘Kubota Iron Works’.

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Cultivador Kubota K-1: Ano de produção: 1947, 4 cv, motor a 4 T, com 2 velocidades F, largura de trabalho: 64 cm; peso: 350 kg.

Em abril de 2020 celebraram os seus 130 anos de existência, num ano marcado pelo surgimento de uma pandemia que, ainda assim, em nada ofuscou a pujança de uma empresa estabelecida como uma das principais líderes de mercado a nível mundial, no sector da maquinaria agrícola.

PRIMEIROS MOTORES AGRÍCOLAS AO FIM DE 30 ANOS Mas se hoje são os tratores e a inovação em torno da construção dos mesmos a principal fonte

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Gonshiro Kubota, fundador da empresa, tinha como princípio que o negócio devia contribuir para a melhoria da sociedade.

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...ERA ASSIM

de receita da Kubota, a missão da empresa japonesa nos seus primeiros 30 anos foi a fabricação de tubos metálicos de água não só para consumo interno (Japão) mas também externo – a primeira exportação deste tipo de material data de 1917, tendo 2.000 tubos como destino Java (Indonésia). Em 1922 foram fabricados os primeiros motores agrícolas a querosene e já nessa altura vigorava a máxima incutida desde sempre pelo fundador da Kubota: “A missão da Kubota não passa por ser somente superior [à concorrência] a nível tecnológico, mas ser igualmente algo útil para toda a sociedade.”

O SALTO DEU-SE NOS ANOS 60 O crescimento foi notório nos anos 30 e 40 do século XX com a criação dos primeiros motocultivadores mas foi no início dos anos 60 que a Kubota atingiu um patamar superior ao fabricar o primeiro trator agrícola - modelo T15 com assento -, mantendo-se, ainda assim, bastante ativa nos sistemas de abastecimento de água. De então para cá muito aconteceu: começou a exportar tratores para o estrangeiro, nomeadamente EUA e Alemanha; construiu as próprias fábricas na Europa para chegar a mais países; mudou de nome para Kubota, em 1990 aquando do 100º aniversário; estabeleceu em 1998 uma parceria com a China para construção e venda de tratores naquele país; atingiu os 3 milhões de tratores produzidos em 2005 no Japão; e a expansão é tem sido cada vez mais global, com a compra sucessiva de fabricantes em vários países do mundo, tal como a do Grupo Kverneland.

‘PELA TERRA, PELA VIDA’ Seguindo as máximas de ‘One Kubota’ - cada elemento da Kubota é de extrema importância para que a empresa cresça como equipa – e ‘On Your Side’ - que demonstra a preocupação de todos quantos trabalham na

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ANTIGAMENTE

A KUBOTA EM NÚMEROS

2020

EMPRESAS CONSOLIDADAS

187

41.027

EMPREGADOS

Visita do Dr. Eugene Diesel à fábrica de Sakai, em 1954. (filho do Dr. Rufolf Diesel, inventor do motor diesel).

empresa em responder às necessidades do cliente, sendo exemplos claros a criação do trator autónomo e do sistema Bi-speed -, a Kubota tornou-se num dos maiores fabricantes de máquinas agrícolas, não deixando de parte o tema da sustentabilidade do meio ambiente, de forma a criar um mundo melhor para as gerações futuras. O lema ‘Pela Terra, pela Vida’ é respeitado ao máximo e todas as inovações que possam beneficiar o ambiente são vistas com bons olhos por Yuichi Kitao, atual presidente e diretor administrativo da Kubota Corporation: “Queremos olhar para o futuro com os olhos dos nossos clientes”, disse, no evento da comemoração dos 130 anos da Kubota. Um ano depois, a multinacional japonesa mantém um olhar ambicioso sobre o futuro.

OFERTA GLOBAL DE TUBAGENS DE FERRO

1º motor Kubota (modelo A) arrefecido a água, produzido em 1922. - 3 cv a 650 rpm. - Peso: 140 kg.

+4m un. PRODUÇÃO GLOBAL TOTAL DE MOTORES

+70 países

PRODUÇÃO GLOBAL TOTAL DE TRATORES

30m un.

Kubota T15, primeiro tractor Kubota produzido em 1960 com 15 cv, a diesel, e velocidades 4F+2T, com 900 kg de peso.

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UM JIPE À PROVA DE APOCALIPSE No mundo automóvel, há nichos de mercado que estão a ser preenchidos por novos construtores, como é o caso da Rezvani.

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ascido na América, o modelo Tank é, como o nome indica, um jipe com aptidão para as maiores adversidades. O motor de base é um 6 cilindros de 3,6 litros, mas a marca propõe duas alternativas: um V8 com 6,4 litros e 500 cv, e um V8 com 6,2 litros, sobrealimentado, que atinge os 1000 cv.

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maio/junho 2021

O interior é luxuoso e a marca propõe os extras mais inesperados, como: blindagem e vidros à prova de bala, pneus anti-furo, travões de alta performance, guinchos, e até, imagine-se, uma bomba de fumo. Objetivo é despistar veículos que sigam em perseguição, mas, aplicado ao nosso contexto, parece-nos que isto só podia servir para dispersar enxames de abelhas.

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Imagens que marcam

NICHOS DE MERCADO

MAS…E O PREÇO?

O valor base deste veículo à prova de apocalipse começa nos 130.000 Eur, mas sobe bastante à medida que se adicionam opcionais.

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Este não é propriamente um jipe agrícola, mas a emergência destes novos construtores, focados em franjas específicas do mercado, faz renascer a esperança de que, mais dia menos dia, os jipes agrícolas voltem a ver-se por aí.

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Arte

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O

nosso leitor e fã Nº1, Joaquim Silva, de 9 anos, escreveu-nos da Bajouca (Leiria) e enviou esta obra de arte que publicamos. Este desenho fazia-se acompanhar duma pequena história de como a nossa revista lhe foi parar à mão: “Sempre gostei de desenhar e colorir tratores por isso, há dois anos atrás, o meu pai trouxe uma revista d´abolsamia que lhe deram numa exposição. Queria agradecer-vos por me terem enviado dois calendários e por isso, envio-vos um desenho. Eu sou o vosso maior fã!”

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Ano XXVIII . Nº 126 | Bimestral maio / junho 2021 | Diretora: Catarina Gusmão

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Nº126 - Ano XXVIII

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Opinião

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MOTIVOS PARA COMPRAR

10

ISOBUS: Como criar e importar um mapa de VRA?

MOTIVOS PARA PENSAR DUAS VEZES

Comprar um trator novo ou usado?

APOIO À RENOVAÇÃO DO PARQUE DE MÁQUINAS: Tudo o que precisa de saber


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