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Nº116 MAIO / JUNHO 2019

abolsamia.pt

anos

A REVISTA DA MECANIZAÇÃO AGRÍCOLA

VALTRA SMART TOUR // FÁBRICA VERDE DA CLAAS // COLEÇÃO À PROCURA DE MUSEU Ano XXVI . Nº 116 Bimestral maio / junho 2019 Diretor Nuno de Gusmão Preço: € 6,00 Cont. / ISSN 2183-7023

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EDITORIAL

anos

A amizade e o bom relacionamento entre clientes e empresas são o elo mais importante da sustentabilidade para quem opera no mercado

FOI HÁ 25 ANOS EXEMPLAR Nº 1 D’BOLSAMIA, 1993

Há 25 anos, numa das paragens de trabalho que por hábito diariamente fazia, através de uma curta meditação, à procura de soluções para vender mais e melhor, cheguei à conclusão, embora desconfiado, mas quase convencido a acreditar, que era capaz de contribuir de uma forma mais activa para o desenvolvimento da actividade que exercia como profissão. Egoísta como também sou, claro que pensava na minha pessoa, mas acho, com modéstia à parte, que a alteração da minha vida para melhor se deveu igualmente ao facto de saber que a mecanização agrícola representava, e representa, um meio por excelência para o aumento da rentabilidade e do maior conforto de trabalho para quem nos dá o pão-nosso de cada dia. Ainda sobre o que me levou a fundar a minha querida revista abolsamia, direi que fui altamente motivado pelos exemplos herdados do meu pai, que tendo sido um grande agricultor licenciado foi o primeiro importador de tractores para o nosso país (em 1932 com os tractores americanos da marca Oliver), assim como exerceu as funções de direcção da separata agrícola de um jornal de Torres Vedras (1925), e depois num jornal de Lisboa (Época Agrícola) com o pelouro da informação sobre a Lavoura Portuguesa. Em meu entender, a razão que explica o aparecimento no mercado e o sucesso que a abolsamia realmente tem tido deve-se, em primeiro lugar, ao facto de as revistas agrícolas portuguesas de então e as actuais, vivendo em grande parte da publicidade à base de tractores e máquinas agrícolas, só raramente tratarem de temas relacionados com a mecanização do campo. De resto: o que é também evidente no que se refere ao lucro do aluguer dos espaços das feiras agrícolas. Com outras razões passíveis de serem citadas e gabadas por nós sobre a nossa revista, por serem do conhecimento geral dos nossos leitores, excusamo-nos de as apresentar, como

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se estivessemos, como agora sucede, em eleições políticas; pelo que sinceramente nos cabe apenas citar o que a seguir queremos dizer. Porque, com a idade a que chegámos, já termos visto tantas das melhores firmas e marcas desaparecerem, somos levados a concluir que a amizade e o bom relacionamento entre clientes e empresas são o elo mais importante da sustentabilidade para quem opera no mercado. E é este o segredo principal que nos leva a acreditar onde reside a preferência que nos é dada. Assim e como ponto final: pelo tanto que devemos a quem continua a apostar em nós, desde ininterruptamente há 25 anos, como pelos novos clientes que lhes seguem na sua peugada, estamos muito gratos a todos. Por último, e em boa verdade, há ainda que reconhecer e agradecer a Quem de direito, a Sorte que não nos tem faltado. Nunca me esqueço de alguém que me disse que o Napoleão jamais passaria para a História, como acontece a milhões de soldados desconhecidos, se não tivesse nascido naquele dia. Por isso, para que possamos continuar a existir, seguimos fiando-nos na Virgem mas, não vá o Diabo tecê-las, por lema e ao mesmo tempo em que Nela acreditamos, corremos em trabalho como galgos disparados. Este editorial foi escrito por mim com a expressa intenção de agradecer a todos os meus excelentíssimos amigos: começando por ordem de importância, pelos Clientes d`abolsamia, pelos Leitores, pelas minhas duas Filhas e Netos, pelos Colegas e Colaboradores externos da revista, pois sem eles não teria a alegria que me é oferecida de dois em dois meses, sem já ter algo que fazer para a receber —, uma vez que ao reformar-me, a Sorte pôs no meu lugar quem garanta a continuação de uma empresa que ajuda Portugal a crescer. Nuno de Gusmão, Director

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SUMÁRIO

MAIO / JUNHO 2019

REGUL ARES

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EMPRESAS 06 Notícias 10 Stihl assinala presença de 20 anos em Portugal 12 Casa Santos Lima

exporta Vinhos de Lisboa para cinco continentes 16 Lubrificantes Valvoline

A nova aposta da Krautli para Portugal

PRODUTO 20 Opinião

Um alfaiate para o habitáculo? Por João Sobral

40 Gestão de Parque de Máquinas

Uma exploração leiteira em Canha

52 Steyr regressa a Portugal

pela mão da Farming Agrícola

74 Restauro

52

Uma coleção à procura de um museu

TECH 80 Projeto MechSmart Forrages

FLORESTA 84 Projeto BioTecFor

O difícil negócio da biomassa 88 Gestão Florestal

O declínio do montado discutido em Évora

ANTIGAMENTE ERA ASSIM 90 Os 100 anos da Ribatejo

40 48

CONCESSIONÁRIOS 92 Regiões

74

110 SEAC em foco ESPECIAIS

22 Prova de campo

Deutz-Fahr 6185 Agrotron RC Shift

48 Fábrica Verde da Claas

Jornada galega com toda a família forrageira 60 Valtra Smart Tour

O camião com todo o universo Valtra passou por Coruche

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60 www.abolsamia.pt



EMPRESAS // notícias

FEIRAS

SIMA E EIMA

realizam-se na mesma semana em 2020? Já circulavam os rumores e agora veio a confirmação: o SIMA decidiu mudar-se de fevereiro para novembro e agendou a próxima edição para a mesma semana da EIMA International. Os italianos reagiram rapidamente e acusam os franceses de ato nocivo e hostil

N

o calendário dos grandes salões europeus, a EIMA costuma abrir portas em Bolonha no mês de novembro (em anos pares) e o SIMA costuma realizar-se em Paris apenas três meses mais tarde, no mês de fevereiro do ano seguinte (em anos ímpares). Mas a organização do SIMA decidiu alterar esta sequência e no dia 4 de abril lançou a “bomba”. Numa nota de imprensa que fala de “uma ambição renovada”, é dito que “o salão vai, daqui em diante, realizar-se em novembro dos anos pares, em resposta à procura por parte dos expositores e visitantes internacionais, encaixando-se de forma mais lógica com o ciclo de decisão dos negócios”. Passadas poucas horas, no dia 5, a EIMA, que é a feira diretamente afetada por esta decisão, reage em comunicado: “A decisão, que gera estragos no calendário internacional de eventos dedicados a máquinas agrícolas, tem como objetivo manchar a liderança da feira de Bolonha, prejudicando a indústria ao nível do planeamento da sua atividade e investimentos promocionais”. Neste momento, e enquanto não há novos desenvolvimentos, as datas previstas de realização daqueles salões são: SIMA 2020 - de 8 a 12 de novembro de 2020; EIMA 2020 - de 11 a 15 de novembro de 2020. A FederUnacoma (entidade responsável pela EIMA) relembrou que os organizadores do SIMA comunicaram ainda durante a realização do SIMA 2019, em fevereiro último, que não iriam mexer no calendário e usam palavras duras, considerando esta decisão como “um acto nocivo e hostil”, inclusivamente por não ter sido discutida pela AXEMA (a associação francesa de fabricantes), no interior da CEMA (Associação Europeia de Maquinaria Agrícola). A FederUnacoma refere ainda que a EIMA, “afirmada na sua tradição e nos formidáveis resultados alcançados nas últimas edições da feira, confirma as datas que estão

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definidas, de 11 a 15 de novembro de 2020, no complexo de exposições de Bolonha”. Parece pouco plausível que em 2020 se venham a realizar dois salões europeus, em dois mercados de tamanha grandeza, como são os italiano e francês, em datas parcialmente sobrepostas. Interessa agora perceber de que forma irá a indústria reagir e eventualmente condicionar esta anunciada alteração de calendário.

O SIMA SUSTENTA QUE AS ALTERAÇÕES DÃO RESPOSTA À PROCURA DOS EXPOSITORES E VISITANTES INTERNACIONAIS

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EMPRESAS // notícias

BKT RENOVA SEDE EUROPEIA EM MILÃO O fabricante indiano de pneus BKT inaugurou a sua nova sede de operações na Europa, em Seregno, nos arredores de Milão, obra alicerçada no objetivo Next

Level , nome de código do projeto estratégico para conquistar a liderança do mercado do velho continente. Segundo a BKT, não se tratou de uma deslocalização, mas antes de uma mudança radical de imagem. Os novos escritórios para a equipa de 15 pessoas que conduzem a filial europeia (fundada em 2006) possuem uma área de 500 m2 e estão separados por áreas de competência: intervenções técnicas, logística, gestão dos equipamentos de topo, marketing e direção. O novo armazém, que anteriormente se situava em locais dispersos, é de grandes dimensões e integra agora a mesma estrutura para melhorar o fluxo logístico das mercadorias. O Espaço BKT, um centro de informações e tecnologia para pneus específicos, único no seu género e que já é uma referência importante em termos concorrenciais, também está integrado na nova estrutura, apoiado por um auditório e uma sala de formação com capacidade para 50 pessoas, destinado à organização de conferências, meetings para técnicos e pequenos eventos.

JOHN MAY é o novo presidente e diretor de operações da Deere & Company

A multinacional norte-americana Deere & Company, onde se insere a John Deere, fabricante de maquinaria agrícola, designou John May, de 49 anos, presidente e diretor de operações da companhia, com efeitos desde 1 de abril. May será o responsável pela liderança das iniciativas do grupo, de forma a maximizar a excelência das operações, determinou o conselho de administração na sua última reunião. O novo presidente trabalha há 22 anos na Deere & Company, e no passado ainda recente desempenhou funções de diretor de Sistemas de Informação e Soluções Agrícolas. No ano passado era então o presidente da divisão de Agricultura e Jardinagem para a

Nova delegação de Évora reforça aposta da Moviter a Sul A Moviter, representante da Massey

equipamentos industriais, na área do

Ferguson e uma das principais

pós-venda. A essas valências junta

empresas do país a atuar no mercado

a experiência da Movicortes, que

dos equipamentos industriais e

iniciou a atividade em 1980 e que em

agrícolas, com presença firmada

1989 criou a Moviter para o negócio

em Lisboa, Porto e Funchal, está a

dos equipamentos. No setor agrícola,

comemorar 30 anos de atividade

com a representação da Massey

e acaba de inaugurar uma nova

Ferguson, a Moviter tem uma gama de

delegação no Sul, em Évora, situada

tratores ajustados às necessidades

na zona industrial Horta das Figueiras.

do Ribatejo, Alentejo e Algarve.

A Moviter sustenta que a abertura

Nesse sentido, a Moviter participou

da delegação é uma prova da

na recente edição da Ovibeja

atenção para com o Alentejo e toda

com uma mostra da gama Massey

a região meridional. A nova unidade

Ferguson. A presença na feira foi mais

serve de âncora para a afirmação

uma forma de dizer ao Alentejo, aos

da Massey Ferguson no Sul e é um

clientes e admiradores da marca que

ponto de apoio para o setor dos

está disponível para os servir.

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América e Austrália, mas também responsável pelo departamento de colheitas, jardinagem e utensílios, cuidados com o cultivo e pelas soluções inteligentes do grupo. John May também dirigiu as operações da JD na China, foi gerente de fábrica em Dubuque Works e vice-presidente da divisão de utensílios e jardinagem. “Tem uma trajetória profissional repleta de êxitos e as capacidades de liderança fazem de John May o melhor candidato a aspirar a tal aumento de responsabilidade, reconheceu Samuel Allen, então presidente e diretor executivo. A par de John May, a Deere & Company fez outras nomeações: Cory Reed, de 48 anos, assume o anterior cargo de May; Rajesh Kalathur, de 50 anos, passa a presidente dos pelouros financeiro e de informação, enquanto que Ryan Campbell, de 44 anos, será o vicepresidente da direção financeira.

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EMPRESAS // Em foco

STIHL CELEBRA 20 ANOS EM PORTUGAL

COM ANÚNCIO DE NOVA SEDE

A NOVA CASA, A EDIFICAR ATÉ 2021, SITUAR-SE-Á NA ABRUNHEIRA, NO CONCELHO DE SINTRA, INVESTIMENTO QUE RONDARÁ OS SEIS MILHÕES DE EUROS

A

celebrar 20 anos de presença em Portugal, a Andreas Stihl, fabricante alemão de ferramentas para trabalho florestal, de pomar, jardinagem e de limpeza, anunciou à sua rede de concessionários, reunida em Lisboa na Convenção Nacional anual, a construção de uma nova sede, a edificar até 2021, na Abrunheira, Sintra, não distante das instalações que atualmente ocupa, na Quinta da Beloura. Dirigindo-se aos cerca de 130 concessionários presentes no auditório da Feira Internacional de Lisboa, no Parque das Nações, Juvenal Martins, diretor geral da Stihl Portugal, anunciou que a nova casa, que ocupará uma área aproximada de dois hectares, representará um investimento de seis milhões de euros.

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Em contínuo crescimento a partir do momento em que se instalou em Portugal, em 1999, a evolução da faturação da Stihl Portugal desde aquela data é estimada em 331%. Disso se congratulou aquele responsável, para quem os resultados obtidos no exercício de 2018 são o corolário e estão na razão direta de um ano excecional de vendas.

Juvenal Martins, diretor geral da Stihl Portugal

gasolina (HS 82/HS 87), a podadora a bateria (HLA 56) e o varejador de gancho a gasolina (SP 452/SP 482). Foi igualmente anunciada a nova geração de baterias AK (Lithium-low compact), a guia de corrente Carbon 06, os capacetes Dynamic X-Ergo & Ergo e os manguitos Protect MS.

QUOTA DE MERCADO A SUBIR

Presente com um stand de exposição na estreia da Expojardim em Lisboa, a Stihl exibiu como mote para os certame e convenção “Laranja é o Novo Verde”, prosseguindo com a estratégia de descontinuidade da linha verde da marca Viking (apetrechos para jardinagem) e a sua inclusão no mundo laranja da Stihl. Para o ano em curso, os objetivos da marca para Portugal são claros: colocação de produtos estratégicos, formação técnica/ comercial, melhoria do serviço pós-venda e melhoria dos pontos de venda. As máquinas a bateria deram, novamente, um grande impulso às vendas da marca. Como novidades respeitantes a produtos foram destacadas as novas correntes originais Stihl, a motosserra a gasolina para resgate (MS 462 C-M-R), as podadoras profissionais a

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VINHO DE ALENQUER

PARA OS CINCO CONTINENTES Quinta da Boavista, na Aldeia Galega da Merceana, Alenquer, é o centro operacional da Casa Santos Lima, uma máquina a exportar os Vinhos de Lisboa. Continua a plantar, no Alentejo, Algarve, Douro e nos verdes e a adquirir mais maquinaria

E

m pouco mais de 20 anos, desde que reformulou as vinhas plantadas pelo seu bisavô, José Luís Santos Lima, que deixou a banca para se dedicar ao negócio da família, dignificou os vinhos da Região de Lisboa, fê-los subir de patamar, fê-los conquistar prémios e exporta 90% da produção para 50 países em cinco continentes. Este ano, a casa já produziu o equivalente a 20 milhões de garrafas. “Digo o equivalente, pois uma parte é comercializado em bag-in-box, para os países escandinavos, mas também para os EUA e extremo Oriente”, explica Santos Lima, na sala cénica do núcleo habitável da herdade, que mescla o edificado original com o contemporâneo. A Boavista foi o ponto de partida da atividade da Casa Santos Lima e que lhe permitiu alargar a atividade a outras regiões, do Algarve, dos vinhos verdes, Alentejo e Douro, em terrenos alugados, ou por parcerias. Em absoluto, com as casas da Boavista e a Quinta do Conde, também em Alenquer, tem perto de 500 hectares. Os EUA é o principal mercado externo da casa. Segue-se a Suécia e o Reino Unido. Para ali seguiu, em 1996, após a

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colheita de 95, a primeira exportação da nova fase da Companhia das Vinhas. Agora, a China já entrou para o top5 das vendas. “Não foi uma opção, foi acontecendo. Aproveitámos bem o facto de não haver tantos vinhos portugueses como os há hoje nos mercados externos. Havia tanto desconhecimento quanto curiosidade pelo tipo de vinho que começámos a produzir, frutados, fáceis de beber. Fomos sendo bem acolhidos, com boa imprensa, com destaques e alguns

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EMPRESAS // Em Foco

“QUANDO LANÇÁMOS O PRIMEIRO VINHO DA COLHEITA DE 95, JÁ COM MÁQUINA DE VINDIMAR, VINHA AQUI GENTE SÓ PARA A VER TRABALHAR” prémios conquistados. Isso suportou a marca da casa e a própria imagem dos vinhos portugueses”, historiou. “Temos que continuar a supreender, com novos tipos de produtos e caraterísticas, mais frutados, ou com mais estágio em madeira e mais estrutura. Temos para cima de 200 referências vínicas, com castas maioritariamente nacionais, mas sem pruridos em utilizar as estrangeiras - “dão-se bem na região”, diz o gestor, que não se diz inebriado com tais galardões: “Obviamente que ter o troféu de melhor vinho português é interessante, mas há vinhos muitos bons, de outras empresas, que não têm esse tipo de prémios. Simplesmente, nem concorrem.” Tamanha demanda por estes vinhos requer mais uvas, mais vinho. Terreno existe, mas as licenças são entrave.” Ela chega da China. José Luís Santos Lima explica que há obstáculos: “Não podemos plantar tudo o que queremos. A UE condiciona a plantação, pois só permite plantar, todos os anos, o equivalente a 1% da superfície vitícola nacional, que é de 1900 ha, o que não chega sequer para repor a mortalidade natural das plantas. E também é pouco porque alguns dos critérios de atribuição dessas licenças dão excessivo peso aos jovens agricultores e associações de produtores, que nem sempre utilizam os direitos que lhes são concedidos. Este ano estamos a acabar de plantar nos vinhos verdes e no Douro, mas sobretudo aqui, em Alenquer, perto de 500 hectares.” MAIS UVAS, MAIS MÁQUINAS Homens e mulheres acabam a faina e vão regressando ao centro da herdade. Regressam, também, os pulverizadores, mantém-se a preparar o solo um T7.290 com grade e rolo. Fora da quinta, um velho Fiat 604 de lagartas despedregava o solo para preparar nova plantação. Uma marca precursora da New Holland, como são todos os outros tratores da casa, frutos da longa relação com a Auto Agrícola Sobralense. São 14 ao todo, só na casa da Boavista. O mais recente é um T4 N,

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João Penedo, da Auto Agrícola Sobralense e José Luís Santos Lima celebram mais um acordo para reequipar a Quinta da Boavista com tratores da New Holland

com 100cv. Há duas máquinas de vindimar e muitas alfaias, fornecidas pela Sobralense: trituradores, escarificadores, chísel, podadoras, despampanadeiras, levantadoras de sebe, intercepas, mobilizadoras de linha. A maior procura por estes vinhos requer grandes meios, com uma particularidade: o parque de máquinas não está a ser renovado, mas tão-só aumentado. E a prova disso mesmo é que, após o encontro com abolsamia, José Luís Santos Lima haveria de finalizar com a Sobralense novas aquisições - dois tratores T4 100N cabinados, dois trituradores TMC Cancela, dois pulverizadores pneumáticos Stagric, duas grades rápidas Agromet e uma cisterna de 5000 litros da Herculano. Sucedem-se, pois, os acordos para compra de uvas

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em todas as regiões para complemento de produção, para além das uvas próprias. “Continuamos a crescer a um ritmo superior à capacidade que temos de plantar. Mesmo que pudessemos plantar sem restrições não teríamos mão-de-obra suficiente para plantar mais que 100 hectares por ano. Tal escassez de mão-de-obra faz com que a empresa continue a apostar forte no reforço do parque de máquinas. No final dos anos 90 plantámos todos os anos novas áreas com novas castas, saímos um pouco das castas comuns na região e em 1996 lançámos o primeiro vinho da colheita de 1995 na nova adega, com vinhas bem plantadas e mecanizadas. Todo o parque agrícola foi novo, até à máquina de vindimar. Terá sido das primeiras máquinas do género em Portugal e vinha aqui gente para ver a máquina a trabalhar. Era da Sobralense, uma Braud 2420. Hoje já as temos mais sofisticadas. Agrada-nos o fornecedor e o fabricante, a assistência e o apoio fornecidos. Até mesmo as relações pessoal e comercial.”

Q U I N TA D A B O AV I S TA A Casa Santos Lima é dirigida por José Luís Santos Lima, neto de Joaquim Santos Lima, precursor da produção de vinho na Quinta da Boavista, situada na Aldeia Galega da Merceana, Alenquer, e centro nevrálgico de toda a operação vitivinícola. A vinha foi reabilitada a partir de 1990 e em 1996 foi engarrafado o primeiro vinho do novo ciclo da herdade, que teve Inglaterra como destino.


EMPRESAS // Em Foco

LUBRIFICANTES VALVOLINE

procuram visibilidade no mercado agrícola A Krautli, multinacional suíça especialista em representações, assegura que em apenas dez minutos qualquer utilizador poderá aceder a um produto Valvoline. A agricultura está agora no seu horizonte

A

Valvoline, marca norte-americana de lubrificantes, começou a sua relação com Portugal através da Casa Catela, em 1985, tomando-lhe o lugar a Krautli, a partir de 1990, ano em que a multinacional suíça, desafiada pela VDO, deu curso à legalização e certificação dos instaladores de tacógrafos, obrigatórios desde então. O trabalho com os lubrificantes Valvoline, em exclusividade, começou apenas em 2010, centrando-se a atividade nos veículos ligeiros, camiões, náutica, duas rodas e industrial, incluindo-se a agricultura neste ramo, mas sem a visibilidade desejada. Uma lacuna que a empresa quer ver preenchida. Especialista em representações, para além dos lubrificantes e dos tacógrafos e sistemas de sensorização de motores, a Krautli desenvolve boa parte da sua atividade com peças para mercado de reposição, com 170 mil referências de 160 marcas. “Temos que trabalhar o mercado agrícola, pois temos os produtos e uma rede de 33 distribuidores no continente e ilhas”, diz Paulo Santos, gestor de marca da Valvoline, para quem esta área é uma prioridade. PRESENÇA NA FNA DE SANTARÉM

A operação já está em marcha. Na próxima edição da Feira Nacional da Agricultura, em junho, a marca terá um stand próprio. “Temos estratégia e slogan, segundo o qual em qualquer ponto do país, e em apenas dez minutos, qualquer utilizador poderá aceder a um produto Valvoline”, sublinha Paulo Santos. “Sabemos, também, que todos os agricultores têm um veículo ligeiro, ou um pesado, e que já poderão ter uma relação com a nossa rede de distribuição.

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Paulo Santos, responsável por vendas e marketing

VA LV O L I N E T E V E A BÊNÇÃO DO FORD T A Valvoline é a mais antiga marca registada de óleo para motores nos EUA. Foi em 1896 que o físico norte-americano John Ellis, fundador da Continuous Oil Refining Company e precursora da Valvoline, desenvolveu um lubrificante à base de petróleo para máquinas a vapor, numa altura em que estas usavam gordura animal. Coincidindo com o início da produção automóvel em massa, tal facto gerou um grande crescimento da marca. Em 1920, outro impulso para a Valvoline foi dado pela Ford, ao abençoar a Valvoline como o único óleo recomendado para a lubrificação do famoso modelo T. “O motor deste carro foi preenchido com óleo Valvoline. Recomendamos o seu uso. Nenhum outro deverá ser usado no carro”, lia-se no tablier.

É uma questão de intensificarmos essa relação e mostrarmos aos agricultores que temos soluções para as suas máquinas. E temos também uma rede de serviço de 60 instaladores de produto. Queremos agora intensificar essa relação”, justificou. UMA LINHA COMPLETA

Mas qual a mais-valia da Valvoline e o que a diferencia dos demais lubrificantes? Paulo Santos não tem dúvidas e afiança: “Temos a solução e uma linha completa para tudo o que seja lubrificação para um trator, desde o anti-congelante, aos óleos de motor e para os sistemas hidráulicos. Tudo o que chega a Portugal é produzido em fábrica na Holanda, não produzimos em outsourcing. Recomendamos o que o equipamento precisa e não trabalhamos em função do preço. Sabemos que existe muita venda feita com base em preço e pouco pensada para as necessidades dos equipamentos. É frequente fazer aplicações indevidas do produto. E aí nós podemos ser a melhor solução.”

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MF 4709 GLOBAL

391€/MÊS * 20% ENTRADA

84 RENDAS MENSAIS / 2% VALOR RESIDUAL / 1,925% TAXA FIXA

PVP 38.650,00€ A acrescentar o IVA à taxa legal em vigor. (*) TAN de 1,9250% e TAEG: 2,2353% calculada para contrato de leasing com rendas mensais base em taxa fixa, trator Massey Ferguson MF4709 Cab no montante de 38.650,00€ com entrada inicial de 20% e um valor residual de 2%, corresponde uma renda de 389,46€. Campanha realizada em conjunto com Deutsche Leasing EFC – Suc. em Portugal. Válida para clientes finais e para modelos novos. Duração do contrato 84 meses. Seguros de equipamento a fazer pelo cliente com direitos ressalvados ao Deutsche Leasing EFC. Comissões de portes 1,50€ e despesas de estudo 195,00€. Todos os valores sem IVA. Financiamento sujeito a aprovação pelo Deutsche Leasing EFC. Campanha válida até dia 31 de Outubro 2019. As condições apresentadas poderão ser alteradas sem aviso prévio. Mais informação nos concessionários MF.

CAMPANHA MF GLOBAL

MF 5711 GLOBAL

461€/MÊS *

20% ENTRADA

84 RENDAS MENSAIS / 2% VALOR RESIDUAL / 1,925% TAXA FIXA

PVP 45.600,00€ A acrescentar o IVA à taxa legal em vigor. (*) TAN de 1,9250% e TAEG: 2,1907% calculada para contrato de leasing com rendas mensais base em taxa fixa, trator Massey Ferguson MF5711 Cab no montante de 45.600,00€ com entrada inicial de 20% e um valor residual de 2%, corresponde uma renda de 459,50€. Campanha realizada em conjunto com Deutsche Leasing EFC – Suc. em Portugal. Válida para clientes finais e para modelos novos. Duração do contrato 84 meses. Seguros de equipamento a fazer pelo cliente com direitos ressalvados ao Deutsche Leasing EFC. Comissões de portes 1,50€ e despesas de estudo 195,00€. Todos os valores sem IVA. Financiamento sujeito a aprovação pelo Deutsche Leasing EFC. Campanha válida até dia 31 de Outubro 2019. As condições apresentadas poderão ser alteradas sem aviso prévio. Mais informação nos concessionários MF.

CAMPANHA MF GLOBAL

MF 6713 GLOBAL

531€/MÊS * 20% ENTRADA

84 RENDAS MENSAIS / 2% VALOR RESIDUAL / 1,925% TAXA FIXA

PVP 52.550,00€ A acrescentar o IVA à taxa legal em vigor. (*) TAN de 1,9250% e TAEG: 2,0809% calculada para contrato de leasing com rendas mensais base em taxa fixa, trator Massey Ferguson MF6713 Cab no montante de 52.550,00€ com entrada inicial de 20% e um valor residual de 2%, corresponde uma renda de 529,53€. Campanha realizada em conjunto com Deutsche Leasing EFC – Suc. em Portugal. Válida para clientes finais e para modelos novos. Duração do contrato 84 meses. Seguros de equipamento a fazer pelo cliente com direitos ressalvados ao Deutsche Leasing EFC. Comissões de portes 1,50€ e despesas de estudo 195,00€. Todos os valores sem IVA. Financiamento sujeito a aprovação pelo Deutsche Leasing EFC. Campanha válida até dia 31 de Outubro 2019. As condições apresentadas poderão ser alteradas sem aviso prévio. Mais informação nos concessionários MF.

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Parque Movicortes · 2404-006 Azoia · Leiria

Tel. 244 850 240

moviter@movicortes.pt www.moviter.pt abolsamia maio / junho 2019 17 www.facebook.com/moviter.grupo.movicortes


EMPRESAS // Em foco

SOLEMAI

NA ALTURA DA REGA OS ACESSÓRIOS GALVANIZADOS VÃO SAINDO COMO PÃEZINHOS QUENTES

L

uís Rodrigues e Luís Silva, pai e filho, são os rostos da Solemai, empresa de Milheirós, na zona industrial da Maia, que há mais de 22 anos se lançou na produção de acessórios para a rega agrícola e de jardinagem. Fabricam à medida os acessórios de ferro que depois serão galvanizados para melhor servirem as necessidades da irrigação das culturas, bem mais fiáveis e duradouros que o plástico. Não falta matéria-prima na zona de produção da empresa, onde o maquinar é constante. Ali, a preocupação é só uma: produzir sem parar, durante nove meses, para que à entrada do estio exista a quantidade suficiente de stock para dar resposta a qualquer necessidade da rega, na maioria para as culturas de milho. As colunas de rega, os seus aspersores, os engates, uniões, ligações mais ou menos complicadas, de tudo dispõe a Solemai, com clientela fixa bem identificada, entre outros, nos concelhos de Braga, Barcelos, Vila do Conde. É uma empresa já madura, mas que quer crescer, procurando sempre não deixar os clientes sem resposta. Está de boa saúde, a pensar em contratar e na expansão para sul. “ENSINAR” OS CLIENTES

A Solemai tem adoptado uma cultura comercial preventiva, ao mesmo tempo que didática, também muito rigorosa no controlo de crédito dos clientes, e com isso tem educado a própria clientela, que se habituou a ‘boas contas’. Diz o seu fundador, Luís Rodrigues, que a prova disso mesmo é que em 22 anos de trabalho não teve mais que mil

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euros considerados incobráveis. Segurança e robustez de tesouraria é palavra de honra para o filho, Luís Silva, que para este ano apostou na divulgação da empresa e na contratação de um seguro de crédito, e para o próximo já tem outro objetivo: “Se quisermos, poderemos duplicar a faturação, basta que para isso deixar que alguns clientes levem o material a pagar em 30 dias. Só que a nossa ideia e crescer com sustentabilidade. É não dar um passo maior que a perna. Para o ano vamos apostar em melhorar a maquinaria.” A inovação está no ADN da empresa. O pai Rodrigues, em tempos comercial e conhecedor do mercado, imaginava naqueles idos que produtos poderiam ser feitos com a prata da casa e não, simplesmente, importar, como o material para rega, em plástico, que atualmente vendem. “Sempre tive a ideia que não podemos parar e tenho pensado que para este ano ainda temos que apresentar uma peça nova, uma novidade, toda feita por nós”, anunciou, ao que o filho acrescentou: “O cliente fica logo com uma ideia e depois não esquece.” Acresce o pai

ao dizer que se existir material para entrega ele sai, ao que o filho junta, com entusiasmo: “Sai mesmo. Os galvanizados vão saindo como pãezinhos quentes, se não for no início de junho é a meio ou no final, mas sai.”

“O CLIENTE GOSTA DE VER A ÁGUA A CORRER” Por que razão o cliente volta, todos os anos, a procurar os galvanizados? Porque a ‘frota’ carece de renovação. O material dura, no mínimo, dez anos, se for bem utilizado e dependendo da qualidade da água que lhe passa, mas os agricultores vão renovando ou aumentando as canalizações, justificam os responsáveis pela Solemai. Depois, há outros fatores que pesam: o plástico, mais barato, também parte com

facilidade. Há clientes que mudam para o gotaa-gota, mas no final do ano a fita que esticaram vai fora, ou entope e acabam por voltar aos galvanizados. “Ao fim e ao cabo, o cliente gosta de ver a água a correr”, diz Luís Silva, lamentando que o problema, por vezes, sejam os roubos, mesmo que seja uma simples peça do fundo do furo, para vender a peso. Com clientes fidelizados e “educados” é altura de procurar clientes a Sul.

“Peças como estas ninguém as faz como nós. Por vezes, o cliente leva-a em preto, realiza o trabalho, quando é urgente, e depois volta cá para a galvanizar. Ou então encomenda-nos uma peça única, à medida. Temos essa capacidade, flexibilidade e rapidez. E não prometemos tempos-recorde, prometemos apenas aquilo que podemos cumprir. Sempre foi assim, e assim será”, garante Luís Silva.

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PRODUTO // opinião

"Acontece-me com frequência estar num grupo de pessoas em redor de um trator e as opiniões a propósito do posto de condução divergirem muito"

TALHAR A GOSTO O

HABITÁCULO

POR JOÃO SOBRAL

A agricultura é um sector vasto e diverso, e cada exploração tem características tão únicas, que cada agricultor o que gostaria de ter era um trator feito à sua medida. E em parte já é um pouco assim. No catálogo de algumas marcas é possível escolher o tipo de suspensão na cabine, e se esta é de quatro ou de cinco pilares, o tipo de assento, o número de distribuidores hidráulicos, se são de atuação elétrica ou não, o nível de fluxo da bomba, o tipo de transmissão, se o eixo dianteiro tem suspensão, e uma série de outras especificações. A par destas opções, vão surgindo edições especiais com diferenciações na estética e nos acabamentos. E para algumas marcas até o tempo da cor única ficou para trás. Por vezes, dentro do mesmo segmento há a possibilidade de optar por motorizações com diferente número de cilindros, mas situadas num mesmo nível de potência. Não é pouca coisa. Usualmente, a cada nível de especificações ou a cada versão da transmissão estão associadas diferentes arrumações do habitáculo. Sem apoio de braço e comandos dispostos na consola direita, ou com um tabuleiro de comandos concentrado num apoio de braço. Há até modelos que não têm instrumentação na coluna de direção, ao estilo americano, e outros que ali posicionam uma grande parte dos visores de monitorização, seguindo um estilo mais europeu. E aqui entramos no campo da ergonomia. As mudanças têmse feito com rapidez e melhorias, surgindo novas versões em intervalos que por vezes não excedem os dois anos. Mas por mais que se aperfeiçoe não é possível agradar a todos. Acontece-me com frequência estar num grupo de pessoas em redor de um trator e as opiniões a propósito do posto de condução divergirem muito. ‘Está mesmo bem

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conseguido’, ou então ‘com esta arrumação não me dá jeito nenhum’. Quando visitei a fábrica da marca suíça AEBI houve quem achasse que o joystick do modelo Terratrac era demasiado pequeno. E outros disseram que era demasiado grande. No ano seguinte, os responsáveis da marca comunicaram-nos que passaram a ter dois tamanhos de joystick. É um simples exemplo de como é possível ajustar aspetos de ergonomia. Em máquinas simples, de baixo preço, para uma utilização ocasional, a ergonomia não é um elemento de tão grande importância. Ora, quando as marcas redesenham os comandos dos seus modelos mais premium é natural que os submetam à apreciação de uma amostra de utilizadores. Se o trator ou a máquina se destina a ser manuseada por mais do que uma pessoa este tipo de abordagem faz sentido. Mas, de uma amostra não sai um resultado ideal para cada pessoa em particular. Se se trata de um agricultor ou prestador de serviços que compra uma máquina para ser manobrada por si próprio numa utilização intensiva, a ergonomia assume um diferente peso. Para quem investe 150.000 Eur ou mais, e que para além de uma máquina está a comprar um posto de trabalho onde vai passar milhares de horas, é muito importante que o dimensionamento e a arrumação dos comandos corresponda às suas expectativas e às suas preferências. A máquina pode ser o non plus ultra do que precisa, mas para quem estivesse disposto a pagar o serviço, idealmente cada fabricante de topo deveria dispor de um alfaiate que talhasse a gosto os principais elementos de um habitáculo onde o utilizador vai trabalhar durante os próximos anos. Algum dia virá a ser assim?

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A BELA E A BESTA. A BELA E A BESTA.

A série Terrus CVT até 313 CV.

A série Terrus CVT até 313 CV.

Distribuidor exclusivo para Espanha e Portugal www.farmingagricola.com

Distribuidor exclusivo para


PRODUTO // Prova de campo

AUTOMATISMOS

PARA USO PROFISSIONAL DEUTZ-FAHR AGROTRON 6185 RC SHIFT

Dois dias de sol a sol foi o que dedicámos a conhecer ao pormenor o Deutz-Fahr Agrotron 6185 RC Shift. Este trator posiciona-se numa série da Deutz-Fahr que faz o acesso ao segmento de 6 cilindros. Uma das suas maiores inovações é a transmissão RC Shift, uma powershift robotizada que comporta várias funcionalidades automatizadas

AGRADECIMENTOS Same Deutz-Fahr Portugal: Arnaldo Caeiro e José Luís Mendes Concessionário Deutz-Fahr: Tractosorraia Joper, INIAV

EQUIPA Produção executiva: Revista abolsamia Operadores: Luís Alcino Conceição, João Sobral e Francisco Banza Produção e edição de vídeo: workmove.net

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// Deutz-Fahr Agrotron 6185 RC Shift

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Veja a Galeria de Fotos em

PRODUTO // Prova de campo

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»

Espelhos com regulação elétrica a partir do interior

A

Estação Experimental António Teixeira, do INIAV, em Coruche, foi o local que acolheu esta Prova de Campo realizada pel’abolsamia ao Deutz-Fahr Agrotron 6185 RC Shift nos dias 11 e 12 de março. Com vocação para uma utilização profissional, este trator permite deslocações rápidas em estrada e boa capacidade de tração em trabalho de campo. O pack de tecnologia proposto pela marca pretende servir as necessidades associadas à agricultura de precisão, com destaque para a compatibilidade ISOBUS e para a condução automática Agrosky. O conforto para o operador foi pensado a vários níveis, muito contribuindo para isso o sistema Comfortip destinado a fazer a gestão de tarefas repetitivas nas voltas de cabeceira, assim como as funcionalidades automatizadas da transmissão RC Shift.

milho, cujos resultados da análise sumária a partir de amostras obtidas até aos 20 cm de profundidade revelaram os valores que apresentamos na tabela (dados do Laboratório Rebelo da Silva gentilmente cedidos por ANPROMIS). Com recurso a um penetrómetro de cone, fizemos ainda a avaliação da resistência do solo ao rompimento. A média de valores em 20 pontos obtidos até 20 cm profundidade com um penetrómetro de cone marca/modelo Dickey John soil tester indicaram 150 PSI, sinónimo de ausência de compactação do solo.

CONDIÇÕES DE CAMPO

Com base nos valores da estação meteorológica de Coruche (IPMA), as condições meteorológicas nos dois dias de ensaio caracterizaram-se por céu limpo, velocidade do vento de 4.2m/s e uma temperatura média de 15°C e céu pouco nublado com 6.7 m/s de velocidade do vento e temperatura média de 13°C para o primeiro e segundo dia, respetivamente. O trabalho com charrua foi realizado à profundidade de 35 cm numa parcela de um fluvissolo (Classificação FAO) com restolho de

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SOLO

CAMBISSOLO

pH (H2O)

5,6

Classe textural

Areno-Franco

Matéria Orgânica

1.15 (baixo)

Humidade (%) a 60°

5%

Densidade aparente (Dap)

1,6

Resistência média ao rompimento*

150 psi*

O 6185 DENTRO DA SÉRIE 6

Os tratores da série 6 com motor de 6 cilindros vão dos 156 aos 226 cv de potência máxima. As variantes de transmissão disponíveis são três: Powershift, RC Shift (powershif robotizada) e TTV (variação contínua). Com 188 cv de potência máxima, o 6185 é um modelo intermédio dentro da série e pode ser configurado com qualquer uma das referidas transmissões.

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// Deutz-Fahr Agrotron 6185 RC Shift

Em todas as estratégias de condução – manual, semi-automática, automática para campo e automática para estrada – o operador pode definir uma velocidade objetivo

DEUTZ-FAHR AGROTRON 6185 RC SHIFT Preço: € 186.920,00 Motor: Deutz de 6 cilindros, 6.057 cc, 188 cv às 1.900 rpm, 818 Nm às 1.500 rpm Transmissão: ZF, powershift robotizada, 5 grupos e 6 gamas, 50 km/h de velocidade máxima Carga máx. admissível: 12.500 kg Distância entre eixos: 2.767 mm www.abolsamia.pt

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PRODUTO // Prova de campo

MEDIÇÕES PESO SEM LASTRAGEM

8.200 kg

»MOTOR

O bloco Deutz que equipa este trator apresenta uma arquitetura de 6 cilindros, com 6057 cm³ de capacidade. A potência nominal é de 181 cv e a potência máxima é de 188 cv. São possíveis duas memorizações de regime para trabalhos onde se tenha de regressar constantemente a um nível exato de rotações após as viragens nas cabeceiras. REFRIGERAÇÃO E ADMISSÃO DE AR

O sistema de refrigeração é inteiramente construído em alumínio para uma melhorada dissipação térmica, e permite uma abertura basculante para facilitar a limpeza dos diferentes elementos que o compõem. A filtragem de ar é de tipo PowerCore, com pré-sistema de limpeza.

RELAÇÃO PESO/POTÊNCIA

43 kg/Cv* * Tomando como referência a potência máxima

TRATAMENTO DE GASES DE ESCAPE

Para responder às exigências anti-poluição da Fase IV/Tier 4F, este motor inclui uma combinação EGR+DPF+DOC+SCR. O sistema implica o consumo de AdBlue e o DPF (filtro de partículas) é de regeneração passiva. Nos casos em que seja feita uma utilização prolongada a regimes muito baixos do motor, o sistema poderá ocasionalmente dar indicação ao operador para ser feita uma regeneração em modo estático. DESEMPENHO

O motor revelou um funcionamento suave e silencioso e uma grande disponibilidade de potência sempre que no decorrer da prova as condições se tornaram mais severas.

Fabricante / modelo

Deutz TCD 6.1 L06

Sistema de injeção

Common-rail com gestão eletrónica

Sistema de tratamento de gases

EGR + DPF + DOC + SCR

Nível de emissões

Fase IV/ Tier 4F

Nº de Cilindros/cilindrada

6/6057 cc

Potência nominal

181 cv (às 2100 rpm)

Potência máxima

188 cv (às 1900 rpm)

Binário máximo / reserva

818 Nm às 1500 rpm/ 35%

Intervalo de manutenção

500 horas

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NÍVEL DE RUÍDO NA CABINE As medições do nível sonoro no posto de condução foram realizadas com um medidor de som da marca CEM DT-8820 programado para leitura de dados na faixa A no modo rápido na escala de 35 a 100 dB. Nas situações avaliadas os valores de ruído máximo não ultrapassaram o valor de 72.3 dB com a simulação de utilização do trator às 1900 rpm do motor e o ar condicionado da cabine ligado, tendo sido o valor mais frequente de 66.8 a 69.8 dB com o motor utilizado nos regimes de 1500 a 1600 rpm.

DIÂMETRO DE VIRAGEM

2RM - 13,80 m // 4RM - 14,15 m

A medição do diâmetro de viragem foi feito em chão de terra compactado, com uma charrua engatada no hidráulico. Escolhemos a relação de caixa 2D e mantivemos ligada a suspensão do eixo dianteiro www.abolsamia.pt


// Deutz-Fahr Agrotron 6185 RC Shift

funcionalidade pode ser desativada através de um botão.

DIMENSÕES E PESOS Pneus traseiros

650/65 R38

Pneus dianteiros

540/65 R28

Comprimento

4.317 mm

Largura mínima – máxima

2.472 – 2.543 mm

Altura ao topo da cabina

3.082 mm

Altura mínima livre ao solo

555 mm

Distância entre eixos

2.767 mm

Peso total do conjunto trator+reboque

15.660 kg

Depósitos (combustível+AdBlue)

280+35 litros

Carga máxima admissível

12.500 kg

TRÊS ESTRATÉGIAS DE FUNCIONAMENTO Manual O trator testado estava equipado com dois aros de lastragem em cada roda traseira, totalizando os quatro aros um peso total de 820 kg. Na frente, tinha instalado um bloco de lastragem de 1.400 kg

O operador terá de recorrer sempre ao joystick MaxCom para fazer a alternância entre relações e entre grupos. Toques sequenciais para a frente fazem subir as gamas e toques sequenciais para trás fazem descer as gamas. Para os grupos, o princípio é o mesmo, bastando que ao mesmo tempo se pressione um botão de permissão que está ergonomicamente integrado no MaxCom. Neste modo, não é possível fazer uso da funcionalidade Stop&Go. Em contrapartida, o operador pode configurar uma relação predefinida para restart, que será automaticamente engrenada ao retomar a marcha após uma paragem. A estratégia de condução em modo manual é usada sobretudo para realizar manobras apertadas ou aproximações que requerem um controlo mais minucioso do trator. Semi-automática

TRANSMISSÃO

A transmissão do modelo testado é uma powershift robotizada desenvolvida em parceria com a ZF e que assume a designação RC Shift. Apresenta um escalonamento de cinco grupos para a frente e para trás (1 a 5) e de seis gamas (A a F) para a frente e três gamas (A a C) para trás. Totaliza 30 relações para a frente e 15 relações para trás. Caracteriza-se por possibilitar um grau de automatização que até aqui não estava previsto numa transmissão powershift.

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Entre as características diferenciadoras está a possibilidade de ser definida uma velocidade objetivo. FUNCIONALIDADE STOP&GO

Com esta funcionalidade ativada o operador pode imobilizar o trator pressionando apenas os pedais de travão. Na prática, a embraiagem é ativada eletronicamente, sem que o operador tenha de atuar sobre o pedal respetivo. Para retomar a marcha, basta que retire o pé dos pedais de travão e acelere. Esta

O operador define o grupo (1 a 5) e cabe ao sistema eletrónico que gere a transmissão fazer a alternância automática entre gamas (A a F) em função da carga. Pode definir-se um intervalo mínimo e um intervalo máximo de alternância entre as gamas. Na operação de lavoura, definimos que a transmissão poderia descer até 2A e que ficaria limitada a 2E, não podendo passar para 2F. Tal como nas outras duas estratégias de condução, é possível definir uma relação para restart, à qual o sistema volta sempre para iniciar a marcha. No decorrer da prova, 3C foi a relação escolhida para os arranques após imobilização. Sempre que parávamos num cruzamento (com o Stop&Go acionado, sem recorrer ao pedal de embraiagem), a transmissão ia buscar esta relação pré-selecionada para retomar a marcha. Este modo é usado em operações de mobilização, ou outras tarefas que impliquem maior esforço de tração. Não

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prevê a passagem automática entre grupos, mas gere totalmente a alternância entre gamas.

Tecnicamente preparada para uma velocidade de 72 km/h, a RC Shift está limitada a 50 km/h. No escalonamento, algumas relações sobrepõem-se para uma maior eficiência de trabalho

»

»

PRODUTO // Prova de campo

Automática

Em modo automático, a transmissão escolhe o grupo e também a gama no decorrer do trabalho. A sensibilidade de troca das relações pode ser regulada através de um potenciómetro, que estabelece o nível de carga a que a transmissão pode ser exposta até passar para outra relação. Se o potenciómetro estiver definido para Eco, as relações são passadas mais suavemente e com maior frequência. Este ajuste aponta para regimes mais baixos do motor e deve ser escolhido para deslocações em estrada, efetuadas sem carga. Se o potenciómetro estiver definido para Power, a transmissão tenderá a esgotar mais cada relação e o motor estará disponível para funcionamento a regimes mais altos. É o ajuste que deve ser escolhido para tarefas que exijam grande disponibilidade de potência. Este modo subdivide-se em full auto field e full auto road. Apesar de o princípio de funcionamento ser o mesmo, o primeiro destina-se à passagem automática entre os grupos 1 e 3 e o segundo entre os grupos 3 e 5. Esta diferenciação serve também para o sistema suportar uma memorização distinta de configurações para ambos os tipos de utilização: campo e transporte. O modo full auto field é aconselhado apenas para situações que não obriguem a uma alternância entre grupos (1 a 5) com a transmissão exposta a elevado esforço. Pode ser utilizado em operações ligeiras, como trabalhos de forragem ou tratamento de culturas com pulverizador. VELOCIDADE OBJETIVO

O operador pode fixar uma velocidade objectivo (cruise) em qualquer uma das estratégias (manual, semi-automática, automática para campo ou automática para estrada). COMPORTAMENTO

Na operação de lavoura, em modo semi-automático a caixa foi fazendo

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alternância de gamas em função da resistência encontrada e do esforço que consequentemente ia sendo solicitado. Os operadores ficaram totalmente livres dessa tarefa que é convenientemente gerida pelo sistema. Em estrada, o modo full auto road também revelou um funcionamento correto e cómodo. Na deslocação com reboque, sem carga, em percurso totalmente plano, conseguimos alcançar uma velocidade de 40 km/h a um regime económico mínimo de 1230 rpm e uma velocidade de 50 km/h a um regime económico mínimo de 1500 rpm. São valores ligeiramente acima dos anunciados pelo fabricante referentes à deslocação do trator sem carga, havendo neste caso que considerar o peso do

reboque monocoque. A sensacão de condução assemelha-se à de um automóvel com caixa automática. À medida que ganhamos velocidade, as relações vão subindo; se retirarmos o pé do acelerador a caixa começa a fazer reduções. Apesar de concebida para uma velocidade máxima de 72 km/h, esta transmissão está programada para não ultrapassar os 50 km/h. Notámos ainda que a relação 1A, a mais baixa do escalonamento, gera constragimentos nas manobras de aproximação por ser demasiado rápida. Para realizar este tipo de manobras, ou para utilizações que requerem velocidades mais lentas, o operador pode recorrer ao creeper (superlentas) que é disponibilizado de série.

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// Deutz-Fahr Agrotron 6185 RC Shift

TRANSMISSÃO Tipo

Powershift Robotizada

Configuração

5 grupos e 6 gamas

Inversor

Eletro-hidráulico

Bloqueio dos diferenciais

Eletro-hidráulico

Velocidade mínima sem creeper

3,02 km/h

Velocidade máxima

50 km/h

Regime Eco a 40 km/h *

1158 rpm

Regime Eco a 50 km/h *

1447 rpm

* Os regimes económicos anunciados pelo fabricante referem-se à deslocação do trator sem carga

DIREÇÃO O circuito de direção é assistido por uma bomba dedicada. Como extra, o trator testado estava configurado com pré-instalação para condução automática Agrosky. A coluna de direção é regulável em altura e também em profundidade, com o painel de instrumentos a acompanhar este último ajuste Bomba

Dedicada de 42 L/min

Ângulo de viragem

52°

TRAVÕES

Os discos de travão em banho de óleo instalados no eixo traseiro são auxiliados pelo acionamento do eixo dianteiro (4RM). A configuração do eixo dianteiro com travões de disco em banho de óleo está entre os equipamentos extra. O travão de estacionamento é de acionamento mecânico. Tipo

Discos em banho de óleo

Travagem

No eixo traseiro + ativação 4RM

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Os modelos da Deutz-Fahr que são totalmente construídos na fábrica de Lauingen, na Alemanha, estão identificados com a submarca Agrotron

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PRODUTO // Prova de campo

»SISTEMA HIDRÁULICO É muito amplo o leque de parametrização do sistema hidráulico. Os principais comandos estão localizados no apoio de braço e tanto o InfoCenter como o iMonitor dão acesso à personalização de diversos detalhes. Como exemplo, os distribuidores eletrónicos podem ser programados a nível de tempo e percentagem de fluxo, e podem ser bloqueados ou tornados prioritários. Além disso, os comandos dos distribuidores não são fixos, podendo ser ‘deslocados’ para procurar formas de trabalhar mais confortáveis para o operador. O próprio joystick MaxCom inclui dois botões programáveis para onde pode ser transferido um distribuidor ou aos quais

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podem ser associadas funções digitais contidas no monitor. No fundo, trata-se de transferir funções digitais do monitor para botões, associando-as a um movimento físico, que por vezes se torna mais prático. No iMonitor é ainda possível memorizar o perfil de diferentes alfaias, dispensando assim a reprogramação de cada vez que cada alfaia volta a ser utilizada.

COMFORTIP

Esta funcionalidade de automatização permite memorizar as sequências de comandos a realizar durante as manobras nas cabeceiras, ao sair e reentrar na linha. Durante o trabalho de lavoura configurámos o Comfortip, bastando a partir daí que pressionássemos um botão para alterar o regime do motor, levantar o hidráulico e voltar a charrua.

Tipo (Centro Fechado)

Regulação eletrónica e Power Beyond

Fluxo da bomba

160 L/min

Distribuidores hidráulicos

Até um máximo de 10 vias

Comando dos distribuidores

Proporcional, eletro-hidráulico

Capacidade máxima de elevação

Traseira: 9.700 kg; Frt: 4110 kg

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// Deutz-Fahr Agrotron 6185 RC Shift

CABINE É no apoio de braço que estão concentrados os principais comandos, inclusive o joystick MaxCom para controlo da transmissão, hidráulico e outras funções programáveis. Ligado ao apoio de braço está ainda o monitor tátil iMonitor de 12”

»

INFOCENTER E IMONITOR

É no InfoCenter de 5”, um visor TFT a cores situado no painel de instrumentos, que o operador pode fazer a maior parte das configurações do motor e da transmissão, e onde tem ainda acesso à visualização de dados de rendimento, consumo ou diagnóstico. Na variante de cabine MaxiVision 2, o 6185 RC Shift está ainda equipado com iMonitor 2 de navegação tátil e 12” de dimensão. No decorrer deste ano, esta série irá receber atualizações de equipamento, sendo uma delas a introdução do iMonitor 3 como equipamento standard. Com um processador mais rápido, o iMonitor 3 incluirá também novas funcionalidades como a possibilidade de gerir quatro câmaras ou a funcionalidade XTEND, para extensão do monitor a tablets e smartphones.

TDF

ILUMINAÇÃO

São quatro os regimes disponíveis na TDF traseira. Os dois regimes económicos (Eco) destinam-se a operações mais ligeiras e têm o potencial de contribuir para uma redução do consumo.

O acionamento da TDF é feito de forma proporcional à carga exercida pela alfaia que está a ser utilizada. Esta solução permite um acionamento mais suave, protegendo a alfaia e o trator.

Acionamento

Eletro-hidráulico

Regime (rpm)

540, 540 Eco, 1000, 1000 Eco

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A habitabilidade no posto de condução é facilitada por um ambiente de trabalho intuitivo e prático, com comandos diferenciados por cores, como é habitual na marca. A separação entre a cabine e o compartimento do motor contribui para uma melhorada insonorização. No lado esquerdo da cabine existem caixas de arrumação, um compartimento refrigerado que pode albergar uma garrafa de 1,5 litros e um espaço para colocar o telemóvel.

No decorrer dos trabalhos, tivemos oportunidade de fazer condução para lá das horas de sol. O pack de luzes externas é composto por faróis LED na cabine e por faróis de halogéneo no capô. Em conjunto, proporcionam uma correta iluminação. Uma excelente surpresa está no interior da cabine, onde os principais comandos possuem contornos com iluminação. CONFORTO

O trator ensaiado dispunha de suspensão pneumática na cabine. Adicionalmente, dispunha ainda de suspensão no eixo dianteiro com três níveis de amortecimento e curso de 120 mm.

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PRODUTO // Prova de campo

»DESIGN

A vanguardista linha estética desta série, assim como o bem trabalhado ambiente ergonómico no habitáculo da cabine MaxiVision 2, foram concebidos pela Deutz-Fahr em parceria com a Giugiaro Design. O resultado deste trabalho conjunto foi distinguido pelo prémio internacional Tractor of the Year na categoria ‘Melhor Design 2017’, atribuído ao Deutz-Fahr 6215 RC Shift, o modelo de topo da série 6.

PREÇO Com o nível de equipamento que configurava a unidade em teste, incluindo elevador e TDF frontais, e suspensão no eixo, o PVP (+IVA à taxa legal em vigor) proposto no mercado português para o Deutz-Fahr 6185 RC Shift é de 186.920,00 Eur

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Em modo automático o software da transmissão escolhe o grupo e também a gama no decorrer do trabalho www.abolsamia.pt


// Deutz-Fahr Agrotron 6185 RC Shift

EFICIÊNCIA DE TRABALHO E CONSUMO UMA PROVA DE CONSUMO EM CAMPO

O primeiro dia foi dedicado à experimentação em campo, com uma charrua Ribatejo. Ultrapassada a fase de afinação da alfaia, o objetivo era trabalhar uma parcela com restolho de milho, de modo a prepará-la para a campanha seguinte. Após várias tornas já realizadas, e com os operadores mais feitos ao Agrotron, às 15H40 deu-se início a um período de trabalho em contínuo durante uma hora (mais precisamente durante 1:04:30) para determinar o consumo e a produtividade em campo. Francisco Banza fez o primeiro turno. Com a profundidade de trabalho regulada para cerca de 35 cm, a carga do motor esteve sempre entre os 90 e 100% de binário. A temperatura do motor ao nível da refrigeração também foi oscilando entre os 67 e os 74 graus. A velocidade alvo definida foi de 8 km/h. Este valor foi quase sempre atingido no decorrer do trabalho, só baixando até aos 7,7 km/h quando havia maior resistência do solo.

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Veja a Galeria de Fotos em

PRODUTO // Prova de campo

João Sobral fez o segundo turno, mantendo a transmissão em semiautomático. As gamas foram limitadas ao intervalo entre 2A e 2E. No decorrer do trabalho, a relação 2E foi resistindo, apenas baixando ocasionalmente até 2C. O regime do motor manteve-se em redor das 1600 rpm. Nestas condições, o consumo médio obtido foi de 24,6 l/hora. Esta leitura foi obtida por consulta do painel InfoCenter do trator. EFICIÊNCIA DE CAMPO

Com base nos valores obtidos de velocidade de trabalho (programada através do cruise control do trator) e no valor de largura de trabalho da alfaia utilizada (2 metros), as capacidades efetivas alcançadas observaram-se num intervalo de valores entre 12320 m2/hora e 12800 m2/hora, considerando um rendimento de campo de 80% para a operação de lavoura [ASAE Standard

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D407]. Para estas capacidades efetivas, os consumos de campo por hectare situaramse entre os 19,2 l e 20,1 l. DUAS PROVAS DE CONSUMO EM ESTRADA

Na manhã do dia seguinte, já com o reboque engatado, o combinado era sair da Tractosorraia, atravessar as pontes de Coruche, e subir até à Fajarda. Assim fizemos. Com Luís Alcino Conceição no posto de condução, foram feitos os 7 km com o reboque sem carga. Metade do percurso em trajeto plano, a outra metade com subida acentuada. O modo full auto road foi o escolhido e o potenciómetro foi definido para power. O trator mostrou-se perfeitamente à vontade para enfrentar as subidas. De acordo com o infoCenter do trator, o consumo registado foi de 13,2 l/ hora. Na Fajarda, a caixa monocoque do reboque Joper foi carregada com arroz destinado às instalações da Cigala. No regresso, manteve-se a estratégia de

condução. Dado o percurso ser maioritariamente a descer, apesar das 11 toneladas de carga, o consumo registado foi de 12,9 l/hora. Com muito arroz ainda por transportar, voltámos a subir até à Fajarda. A temperatura exterior rondava os 23°C. Com João Sobral ao volante, manteve-se o modo full auto road, mas o potenciómetro foi agora definido para o modo ‘eco’. O motor ficou menos vivo nas subidas e as passagens de caixa foram mais frequentes. Não foi a estratégia mais correta termos enfrentado as subidas com o motor limitado em ‘eco’, já que o consumo aumentou para 16 l/hora. No regresso demos mais fôlego ao trator rodando o potenciómetro para 50% num modo intermédio entre ‘eco’ e power. A estratégia resultou. Devido à carga e às descidas acentuadas, o regresso foi mais demorado. As 11,4 toneladas de arroz foram transportadas com um consumo de 11,6 l/ hora. Mais uma vez, as leituras foram obtidas por consulta do painel InfoCenter.

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// Deutz-Fahr Agrotron 6185 RC Shift

APRECIAÇÃO DOS OPERADORES Luís Alcino Conceição

CONSUMO » »

CONSUMO MISTO (ESTRADA E CAMPO) - 15,6 l/hora CONSUMO/HECTARE - Entre 19,2 l/ha* e 20,1 l/ha** *O consumo mais baixo corresponde à maior velocidade de trabalho verificada (8 km/h) **O consumo mais alto corresponde à menor velocidade de trabalho verificada (7,7 km/)

»

EFICIÊNCIA DE CAMPO ESTIMADA - 1,23ha/hora* a 1,28ha/hora** *A eficiência de campo mais baixa corresponde à menor velocidade de trabalho verificada (7,7 km/h) **A eficiência de campo mais alta corresponde à maior velocidade de trabalho verificada (8 km/)

EFICIÊNCIA DE TRABALHO »

CAPACIDADE TEÓRICA DE TRABALHO: 8000m*2m = 16.000m²/h

CAPACIDADE EFETIVA DE TRABALHO: 16.000*0.8 = 12.800 m²/h CAPACIDADE TEÓRICA DE TRABALHO: 7700m*2m = 15.400m²/h Considerando Rendimento de campo (ASAE Standard D407) 80%

»

CAPACIDADE EFETIVA DE TRABALHO: 15.400*0.8 = 12.320 m²/h * Os valores de consumo que apresentamos foram os obtidos nas condições exatas que descrevemos, não podendo estes ser considerados como referência para outro tipo de tarefas e em diferentes condições de trabalho Nota: O consumo teórico de AdBlue comunicado pelo fabricante corresponde a 10% do consumo de combustível, embora tenda a ser inferior, variando em função das condições de trabalho

• Disponibilidade

• Qualidade de

VEREDICTO FINAL

do motor/tração

• Indicadores

analógicos e digitais no painel de instrumentos

+

equipamento de série

gestão de cabeceiras

da transmissão

• Primeira relação de caixa demasiado rápida

estacionamento mecânico hidráulico partilham o mesmo óleo

• Comfortip para

• Automatismos

• Travão de

• Rádio não é

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construção

• Equilíbrio e estabilidade

• Transmissão e

Gostei particularmente da insonorização da cabina, da combinação analógica e digital do painel de instrumentos, do uso standard de cores para identificação de órgãos de comando e da automação de funções nas manobras de cabeceira – Confortip, de programação simples e que assim reduz os tempos mortos de trabalho. Em estrada, o ponto que menos gostei foi a direção, muito assistida, que requer alguma habituação à sua utilização. No geral, achei o trator bem construído, sem ruídos parasitas e do ponto de vista de segurança já contemplando um conjunto de requisitos de acordo com a tractor mother regulation para veículos agrícolas previstos a partir de 2018.

João Sobral

Considerando Rendimento de campo (ASAE Standard D407) 80%

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É Professor Adjunto do Instituto Politécnico de Portalegre e da Escola Superior Agrária de Elvas, onde tem a seu cargo a docência das áreas de Mecanização e Inovação Tecnológica. Colabora com a revista abolsamia.

-

• Direção muito leve em estrada

É licenciado em Relações Internacionais e redator na revista abolsamia. Tem experiência de vários anos como operador de máquinas, em trabalhos agrícolas e florestais.

Estabilidade, solidez e prontidão de resposta são traços de personalidade que reconheci neste trator desde os primeiros momentos que o conduzi, mesmo quando exposto a condições mais severas. Os automatismos da transmissão tornam o trabalho mais confortável, em especial os modos semi-automático e automático, a possibilidade de definir uma velocidade objetivo, a relação predefinida para restart e o stop&go. Seria bem-vinda a opção de um travão de parque de acionamento elétrico ou hidráulico como a marca já disponibiliza noutros modelos, assim como o rádio fazer parte do equipamento de série.

Francisco Banza É licenciado em Agronomia pela Escola Superior Agrária de Beja e sócio gerente da J.Banza, sociedade agrícola Lda. Trabalha também na Agro Vale Longo Lda. Entre as principais culturas que faz estão o milho, a cevada, a colza, o girassol e mais recentemente o olival.

Sendo um amante das caixas de variação contínua, com as quais sempre tenho trabalhado, fiquei surpreendido pela positiva com o desempenho da caixa RC Shift. É suave na transferência de mudanças e rápida. O facto de ser totalmente automatizada é ótimo, tornando-a prática de usar, e os 50km/h tornam mais rápidos os serviços de transporte. O conforto e a estabilidade foi algo em que reparei logo quando andei os primeiros metros com o trator e tem bom poder de travagem. No início, tive algumas dificuldades com o software, mas após alguns minutos a tentar perceber como funcionava achei-o intuitivo. Depois de algumas afinações na charrua, resolvi dar mais profundidade ficando a trabalhar a cerca de 40 cm de profundidade. Queria ver como se comportavam em condições mais extremas o consumo, a relação da caixa/motor e a tração, e fiquei bastante satisfeito. De modo geral, achei o trator interessante, bem acabado quer na estética quer no desempenho. Foi uma experiência positiva. abolsamia maio / junho 2019

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PRODUTO // notícias

KUBOTA VENCE DIESEL OF THE YEAR

MONITORIZAR A FERMENTAÇÃO VIA WIRELESS Vigiar a temperatura dos produtos que são alvo de fermentação é uma prática

A Kubota tornou-se a primeira marca japonesa a receber

necessária na agricultura.

a distinção Diesel of the Year, atribuída pela revista Diesel

Tradicionalmente fazem-se

International. O motor premiado é o novo V5009, que foi

medições periódicas, mas

desenvolvido para dar resposta aos desafios impostos pelas

quebrar esta rotina é o que

normas anti-poluição vigentes.

propõe a Quanturi.

Assente numa configuração de 4 cilindros e 5 litros de capacidade,

Esta firma finlandesa

este motor permite à Kubota ultrapassar o patamar dos 200 cv de

comercializa sondas wireless

potência através de um bloco compacto.

que registam e transmitem a

A dimensão dos motores é hoje um fator crucial tanto na agricultura

evolução da temperatura em

como no setor da construção, já que dentro

matérias-primas agrícolas

dos compartimentos é necessário

armazenadas.

acomodar sistemas de

O tipo e formato das sondas

refrigeração de maior

varia consoante a matéria

capacidade e sistemas

que se pretende monitorizar,

de tratamento de gases

seja biomassa para compostagem, fardos de feno ou os

constituídos por vários

cereais acomodados em silos.

elementos.

No caso do feno, o seu valor nutricional diminui bastante se

Com o V5009, a Kubota

durante a fermentação atingir temperaturas superiores a 50°C.

passa a disponibilizar um

Assim, se os valores captados se desviarem do intervalo

nível de potência que antes

pretendido, o agricultor recebe no telemóvel uma mensagem

só era possível através de

de alerta. Um transmissor e dez sondas para fardos são

motores mais volumosos.

comercializados por cerca de 650 Eur.

Kubota estabelece parceria com a Versatile Quando é que a Kubota ultrapassa a fasquia dos 200 cv de potência? Esta pergunta pairava no ar pelo menos desde que o fabricante japonês lançou os M7001, que depois evoluíram e assumiram a designação M7002. Em fevereiro, a marca confirmou que desvendaria uma série de maior potência na Agritechnica, mas alguns contornos deste projeto acabaram por ser revelados. A nova adição à gama resultará de um acordo de cooperação com a Versatile, marca pertencente à Buhler Industries. Pouco conhecida em Portugal, esta marca originária do Canadá tem um percurso bem afirmado nos tratores de alta potência, sobretudo na América do Norte. O modelo da Versatile que deverá servir de base ao futuro trator comercializado pela Kubota é o Nemesis. Com motor Cummins de 6 cilindros e 6,7 litros e transmissão ZF, esta série deverá cobrir um segmento de potência entre os 175 e os 250 cv.

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PRODUTO // notícias

ETAV CHOLLET

ESPALHAR ESTRUME COM UMA VINDIMADORA Por serem direcionadas a um

instalação de motores hidráulicos

fim muito específico, a utilização

em substituição dos veios de TDF.

das vindimadoras acaba por ser

Também a New Holland se

apenas sazonal. Mas em França

envolveu nas afinações para

o prestador de serviços ETAV

que o operador possa gerir as

Chollet decidiu conferir às suas

funções do espalhador (entretanto

New Holland Braud um uso mais

batizado Optium CV 50) através do

alargado.

painel de comandos da Braud.

A nova tarefa associada a estas

Como resultado, a ETAV Chollet

máquinas consiste em espalhar

passou a fazer uma utilização mais

estrume dentro de vinhas com

alargada das vindimadoras, assim

um compartimento espalhador

transformadas numa espécie de

desenvolvido pela marca francesa

porta-alfaias, e o espalhamento

Pérard.

de estrume é agora feito a

Começou por ser apurada a ideia

uma velocidade mais elevada.

e depois foi preciso ultrapassar

Segundo os responsáveis daquela

alguns obstáculos para a pôr em

firma, com um trator estreito e

prática. Este alugador lançou o

reboque espalhador espalhavam

desafio a diversos fabricantes e

80 toneladas por dia e através do

apenas a Pérard respondeu, mas

novo método passaram a espalhar

pondo na resposta o empenho

em média 150 toneladas por dia.

para construir uma solução.

Num setor onde tudo parece já

O ponto de partida foi o

ter sido inventado, este exemplo

trasfega tenderá a ser cada vez mais praticada. Isto para

compartimento de carga de um

mostra que ainda há lugar para

evitar que as máquinas de recolha tenham de interromper

reboque da série Optium. Este foi

desenvolver soluções criativas,

o trabalho para irem descarregar junto à estrada. E

redimensionado, as rodas foram

associadas a ganhos de

postas de parte, e procedeu-se à

produtividade.

Blum desenvolve reboque Multiloader O MULTILOADER TEM POR BASE UM REBOQUE MONOCOQUE DA MARCA HOLANDESA BECO, MAS INCLUI UM MÓDULO PARA TRASFEGA DESENVOLVIDO E APLICADO PELA FIRMA BELGA BLUM MACHINERY. Os responsáveis da Blum entendem que a operação de

também para evitar a situação inversa, em que um veículo entre na parcela em condições de muita humidade e depois saia para a estrada deixando muita lama na via, o que levanta problemas de segurança. Isto acontece muito na recolha da batata, da cenoura ou da beterraba. Aliás, foram estas as culturas que motivaram a Blum a arquitetar o Multiloader. Mas tratandose de um equipamento dispendioso, a ideia é prepará-lo para que possa ser aproveitado ao longo de todo o ano, em diferentes culturas. Assim, o módulo de trasfega pode ser desmontado e adaptado a produtos de menor calibre como o feijão ou a ervilha, ou retirado para que o reboque transporte silagem ou estrume, por exemplo. O Blum Multiloader apresenta uma estrutura de dois eixos e capacidade de carga de 22 toneladas. Todas as funções são controladas através de um monitor de 7”, combinado com um joystick multifunções.

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PRODUTO // Gestão de parque de máquinas

P O R C A R LO S B R A N CO // FOTO S C ATA R I N A G U S M ÃO

+ ALIMENTO + VACAS + LEITE QUEREM MÁQUINAS FIÁVEIS Produzir, diariamente, 25 mil litros de leite não é tarefa fácil. Vacas felizes, saudáveis e produtivas requerem muito alimento, muita forragem e milho, algo que a AgroLeite tem em abundância em Canha, onde se investe muito, na mesma medida que se cuida da maquinaria

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// AgroLeite – sociedade agro-pecuária

A Merge Maxx 950 em ação

A New Holland tem sido a marca predileta da Agroleite

Esta encordoadora pode juntar ao centro ou atirar para qualquer um dos lados

C

hoveu, finalmente, sobre a Herdade do Olho de Bode de Baixo, em Canha, concelho do Montijo, mas foram necessários uns 15 dias para a erva, mais o azevém, a luzerna e aveias (estas esporadicamente) que ali se produzem, ganharem a maturidade e a altura necessárias para se proceder à colheita da forragem. A revista abolsamia ficou a saber como é gerida a maquinaria da AgroLeite, de Hélder Duarte, membro da família proprietária da Montiqueijo, queijaria que abastece, diária e exclusivamente, com 25 mil litros de leite. Entre o chaparral e o grande hangar onde se acolhe a maquinaria, diante das vacarias onde a ordenha mecânica, três vezes por dia, recolhe o leite de 700 vacas, Hélder Duarte fala sobre a mais recente aquisição, uma encordoadora Kuhn Merge Maxx 950, marca representada pela Auto-Industrial e vendida pela OVS, concessionária de Benavente. E levou-nos a ver o trabalho.

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MARCAS PREDILETAS “Podia ter optado por outra marca, mas sempre gostei mais da Kuhn. Talvez, também, porque o concessionário fica perto e porque gosto da forma como trabalha. Mas, obviamente, também pela marca, que é boa. A anterior máquina era a Kuhn GA7501, mas só trabalhava até 7,40 metros. Esta faz dez metros e pode juntar para onde quisermos – direita, esquerda ou centro – e faz paveias com intervalos de 20 metros. Quando começámos aqui, em 1999, tínhamos máquinas mais pequenas, mas à medida que fomos crescendo fomos aumentando as suas dimensões”, diz Hélder Duarte, adepto confesso, também, dos tratores New Holland, que preenchem o resto do parque, e que agora fazem os trabalhos que requerem mais energia. O mais recente é um T7.315, que rebocava a Merge Maxx. Abastecese na AMC Igreja Nova (Mafra). Porquê, disse não saber, mas assim o é, e desde sempre: “Ainda era solteiro e já era adepto da Fiat. O primeiro trator que tive foi um 420 DT, depois um 70-106 DT, depois troquei

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PRODUTO // Gestão de parque de máquinas

o 420 por um 45-66. Este, para mim, era o rei dos tratores. Tinha tudo bom: travões de qualidade, mobilidade, equilíbrio. Era espetacular. A empresa começou a crescer e comprámos um 8066, em segunda mão. E mais dois, que ainda cá estão, que devem ter entre 25 a 30 mil horas. É chegar lá e dar à chave, pois demos sempre boa manutenção. Temos ainda um TS 115 com mais de 20 mil horas, um TM 155 com juntador, um Ford 7810 usado para rebocar o unifeed.” E ainda outro Fiat, um 160-90, mas este tem uma história muito própria que o anfitrião também contou (ver outro texto). As vacarias têm mais animais que não os de elevada produção de leite. Todos bovinos, 1500 no total. Abastecer a queijaria de Lousa (Loures) não é brincadeira. Fundada em 1963 pelo casal Carlos e Ludovina Duarte, pais de Hélder Duarte, esta começou por vender queijo fresco em Lisboa, por si distribuídos, nos tempos de maior juventude. Fresco, em requeijão, ou curado, todo o queijo é produzido com leite de vaca, e de proveniência exclusiva da Herdade de Canha. E para isso é preciso muito campo para garantir tanta forragem para alimentação. As distâncias são longas e seguimos de pick-up. Ao lado corre um extenso campo de produção de energia por sistema fotovoltaico. A exploração está segmentada, que no total soma mais de 400 hectares, e ainda há outros 700, dois pivôs para milho, estes alugados. “Algum deste é para vender, pois não necessitamos de tanto, mas a maior parte é para a alimentação do gado”, justifica Hélder Duarte, que diz só comprar o núcleo para as vacas de leite, que engloba rações de soja e ainda outro feito por nutricionista na fábrica de rações e que adequa a farinha à forragem. Uma unifeed Matrix faz toda a mistura. “Plantamo-la com as caraterísticas desejadas e se fazemos

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“Tentamos adequar a maquinaria às verdadeiras necessidades da exploração, na medida certa. O modelo maior nem sempre é necessário”

A gadanheira FC3525 DF+FC 10030 D tem trabalhado muita forragem

O Kubota ‘pernalta’ na companhia da New Holland FR700

luzerna aos cinco anos, embora a sua vida útil seja de sete anos, trabalhamos a aveia consoante os anos e o preço da semente. Este ano foi cara, pois há dois anos tivemos seca. Tudo indica que as azevéns andarão à volta de

1,50/1,60 o kg. Metemos 30 kg por hectare”, explica, lembrando sempre que a AgroLeite produz diariamente 25 mil litros de leite. “Acumulamos ao fim-de-semana 50 mil litros que expedimos de dois em dois dias, pois a

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PRODUTO // Gestão de parque de máquinas

queijaria requer 40 mil litros por dia”, explica Hélder Duarte, que se detém a ver o trabalho da gadanheira Kuhn, um conjunto triplo, a frontal com lift control (FC3525 DF) e duas traseiras (FC 10030 D). NEM MAIS NEM MENOS, APENAS O ADEQUADO Segue-lhe a Merge Maxx, o que nos leva à questão seguinte - o que mais pesa no ato de escolha das máquinas? “Tentamos adequar a maquinaria às verdadeiras necessidades da exploração, na medida certa. O modelo maior nem sempre é necessário. Neste caso, faço uma passagem com esta gadanheira, que já tinha, e a segunda passagem com a encordoadora e está feito”, reage Hélder Duarte, que se assume extremoso nos cuidados de manutenção do material: “A gestão do parque é feita pelas horas de trabalho e pela manutenção atempada. Estas máquinas da Kuhn não causam grande preocupação. É normal as peças sofrerem desgaste, sejam os patins, os discos, as facas. Com as caixas, carretos e cremalheiras, não tenho tido problemas. São fiáveis.” Ato contínuo, especifica que a ensiladora New Holland FR700 fez 400 hectares num ano. “Se fosse alugador já teria feito 1500 ou 2000 hectares. Tudo tem a ver com o trabalho e a estima que lhe damos. Esta [a gadanheira] trabalhou ontem e amanhã já a vamos lavar. Se ficar aqui erva dentro, nos cantos, esta começa a fermentar e a criar ferrugem. Ora, sem resíduos não há perigo para a máquina. Também faço de mecânico, ainda que para algo mais complicado recorra ao torneio em Pegões. A nível de assistência sirvo-me no Etelgra [concessionário New Holland em Vendas Novas]”, acrescentou. MAIS INVESTIMENTO, MELHOR CONTROLO A AgroLeite deixou de recorrer à prestação de serviços, a não ser para a campanha do milho, pois precisa de mais reboques. O que implica o reforço do investimento em aquisições para o parque de máquinas. Hélder Duarte, que viaja frequentemente para ações de formação nos EUA, ao Texas e Califórnia, onde tem muitos amigos produtores, revela agora acentuado pragmatismo na abordagem financeira da exploração: A ensiladora New Holland para a silagem do milho custou 700 mil euros. Ora, por ano eu pagava 70 mil euros a um alugador para cortar o milho, o que me ficaria mais barato, pois as peças de desgaste

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PERFIL DA EXPLORAÇÃO AGROLEITE – SOCIEDADE AGRO-PECUÁRIA LOCALIZAÇÃO Herdade do Olho de Bode de Baixo, Canha (Montijo) ATIVIDADE Exploração de bovinos para produção de leite COLABORADORES 17 CULTURAS Azevém, luzerna e milho ÁREA 300 HECTARES (PRÓPRIA); 700 HECTARES (ARRENDADA) BOVINOS 1500 animais, dos quais 700 vacas de elevada produção

PARQUE DE MÁQUINAS TRATORES: Kubota KT22; New Holland 80-66 S (2), TS 115, TSA 135 A, TM 155, T7.030, T7.315; FIATAGRI 160-90. MÁQUINAS: Retro New Holland LB 95 B; Bulldozer Caterpillar D 6 B; Unifeed Automotriz Matrix 24 m3; Manitou MLT 7 35, MT 9 36; Ensiladora New Holland FX 60, Ensiladora New Holland FR 700. REBOQUE/CISTERNA: Reboque Gili 14 ton, 18 ton, 30 ton; Reboque Galucho 16 ton; Reboque Unifeed Marmix de 17 m3; Cisterna Joper 6000l; Cisterna Galucho 8000l; Cisterna Gili 20.000l. FORRAGEIRAS: Gadanheira de Discos Kuhn GMD 24, Gadanheira de Martelos Kuhn IGMD 10030, Gadanheira de Martelos Frontal Kuhn GMD 3525 F; Juntador de Feno de 2 rotores Kuhn GA 7501; Gadanheira Condicionadora Kuhn FC 350 RG; Juntador Kuhn Merge Maxx 950; Enfardadeira New Holland 548 Cropcutter; Enfardadeira Vicon 8100; Plastificador Galignani de Fardos Redondos; Plastificador de Fardos Quadrados de Tanco. E outras máquinas para mobilização de solos. 44

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são por conta dele. Mas por uma questão de qualidade da comida para os animais, e pelos dias mais adequados para que possamos proceder ao corte, passo a ser eu a controlar a operação, pelo que me decidi pela compra. Ganhamos qualidade na alimentação que se traduz em mais litros de leite. Também, se mandar o alugador cortar o milho com 12 cm e se o esmagador trabalhar bem os bagos, a máquina vai comer mais 200 litros de gasóleo. Ora, nem sempre o alugador faz o melhor trabalho, pois não quer gastar tanto. A vida útil de uma máquina destas é de dez anos, mas se esta trabalhar só para nós provavelmente vai durar mais. À cabeça, é um grande investimento, mas por outro lado será uma segurança para todo esse período.”

UPGRADE TECNOLÓGICO Máquina que já não utiliza é máquina para dar à retoma, na compra de uma nova. Quando assim acontece, a AgroLeite opta pelo upgrade tecnológico. Não é despiciendo: “A tecnologia, a eletrónica e as ajudas à condução e ao trabalho são muito importantes. Quando trabalhamos em grandes espaços temos que os ter [os tratores] munidos com sistemas de GPS, para nos guiarmos.” E dá um exemplo: “Temos um espalhador que faz 38 metros de largura e para não termos erros numa cobertura de azevém temos que nos guiar com as novas tecnologias. Não pode ser a olho, pois se estimamos que 30 metros são para além, quando avançamos uns 50 metros já estamos longe da linha ideal.” Se Hélder Duarte faz formação de forma recorrente, a sua exploração acaba também por ser uma sala de aula viva, em ambiente real. O proprietário explica porquê: “Temos operadores com o 12º ano de escolaridade, outros com o curso da escola agrícola de Vendas Novas. O problema é que na escola agrícola eles aprendem com a máquinas muito antigas, pois não têm os modernos recursos. Acaba por ser nas explorações que se familiarizam e evoluem com o material recente.”

O unifeed Matrix em trabalho na vacaria

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// AgroLeite – sociedade agro-pecuária

O FIAT CHAMADO TUBARÃO

E O KUBOTA PERNALTA Tem um tubarão decalcado à cabeça, nas laterais, feito por um funcionário que lhe deu nome, como a outros – o New Holland T7.030 é o rinoceronte -, e tem uma história já madura, contada na primeira pessoa. “Quando era miúdo ia à Feira de Santarém e gostava da Fiat. Montava naqueles tratores enormes, de 160 cv e pensava que nunca conseguiria ter um trator daqueles. Até que um dia ele lá estava, na Etelgra, um Fiatagri 160-90. Vou comprar este trator, disse para mim mesmo, pensando que me daria jeito para andar na herdade. Está aqui há quase dez anos e é espetacular”, disse Hélder Duarte, tão sorridente quanto orgulhoso. “Tem os cavalos todos lá dentro, mas já não é desta época, pois não tem ar condicionado, e aqui, com as portas abertas, apanha-se muito pó e calor. Que até dá para instalar - e se calhar ainda vou fazer isso -, pois todo o pessoal gosta de o conduzir. Depois comprei os New Holland T7.030, e um TS135 e este T7.315, que é o mais recente. A este quase só falta falar, e é preciso que quem o conduza perceba

O velho ‘tubarão’ Fiat atrelado ao reboque Gili com caixa basculante

o que tem em mãos, que perceba de eletrónica. O mal que tem, quando comparado com o ‘tubarão’, é que se este tem um problema eu abro o capô e vejo o que se passa. Nesta nova geração já não é assim, não somos nós que lhe podemos mexer.” Homem de oportunidades, Hélder Duarte tem outras relíquias no hangar. A um cantinho está algo estranho, pela forma, estreita, de rodas finas e altas, com caracteres japoneses gravados (ver

pág. 42). “É um Kubota e funciona. Vi-o no ferro-velho, e pareceu-me porreiro para entrar nas terras quando estão atascadas. Tem ar condicionado, tem inversor. Tudo trabalha. Inicialmente vinha com um atomizador de 1000 litros atrás. E as barras estão à frente. Andava no arroz, mas como tem aquelas rodas muito altas ninguém o quis. Percebi que estava ali uma oportunidade para terrenos alagados. Utilizo-o para fazer adubações”, explicou.

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PRODUTO // notícias

PÖTTINGER

TEM NOVOS ESPECIALISTAS NA PREPARAÇÃO DE SOLOS Os novos preparadores de solos da Pöttinger, as grades de discos com larguras de trabalho entre os oito (Terradisc 8001 T) e os dez metros (10001 T), novidades para 2019, asseguram uma boa incorporação no solo dos restolhos da colheita, ao mesmo tempo que mantém os discos livres de bloqueios por resíduos ou pedras. O fabricante austríaco de alfaias diz garantir que os novos produtos permitem uma operação confiável nas mais diversas situações de operação, com velocidades de trabalho até 18 km/h, mesmo com condições de palha muito alta, permitindo ótimas penetração no solo (ajustável hidraulicamente entre os 5 e os 15 cm) e preparação da sementeira. Para um acabamento uniforme do trabalho e boa mistura do solo muito contribuem a geometria, diâmetro e ângulo de

Apesar da generosa largura de trabalho, as Terradisc T são

penetração dos discos, graças ao sólido sistema de braços

compactas no transporte em estrada. O sistema de dobra do

duplos, assegurando que os discos mantêm sempre a sua posição

chassis leva o conjunto aos 4 m de altura, não ficando mais largo

e ângulo, sem desvios, mesmo em condições de solo pedregoso.

que 3 m.

MAIS VERSÁTIL

Bola da MX revoluciona a forma de gerir o carregador Nas tarefas com carregador frontal, o condutor não tem braços que cheguem para controlar a transmissão do trator (inversor e mudança de relações), o volante, e o joystick que manuseia o carregador. Em trabalho intensivo é cansativo fazer a sequência dos movimentos necessários. A marca francesa MX, especializada em carregadores, apresentou

GADANHEIRA PÖTTINGER

mistura após o corte e dispensa condicionador O mais recente desenvolvimento técnico das gadanheiras Pöttinger permite que a forragem cortada seja misturada pela primeira vez sem o auxílio de um condicionador, graças a um novo transportador cruzado sem-fim. Esta versatilidade é assegurada pela tecnoclogia

Cross Flow que equipa o Novacat 352 e o Novacat A10. O design fechado do equipamento evita as perdas de forragem

um dispositivo que permite controlar trator e carregador, mas mantendo sempre uma mão no volante e outra no joystick . Chama-se Tract-Pilot e apresenta-se sob a forma de uma ‘bola de volante’. Através de um micro-joystick de 3 eixos posicionado na bola, com o polegar da mão esquerda o condutor pode controlar a transmissão: subir ou descer relações powershift , inverter o sentido de marcha, e passar a neutral para acelerador e obter mais caudal hidráulico. Quer isto dizer que a mão esquerda fica sempre no volante e que a direita fica dedicada a manuseio do carregador. O

e a tecnologia de mistura não permite o contacto com o solo,

Tract-Pilot funciona com

evitando-se dessa forma a eventual contaminação da forragem.

bateria de lítio,

Em termos de eficiência e como vantagens adicionais do sistema

comunica via rádio e

Cross Flow deixa de ser necessária uma nova passagem para

requer uma ligação à

condicionar a forragem, pois a colheita poderá ser realizada de

rede CanBus . É

imediato pela enfardadeira ou pelo vagão recoletor. Por outro lado,

compatível com tratores

em dias muitos quentes, a colheita não seca tão rapidamente antes

de qualquer marca ou

de ser recolhida.

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modelo.

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Busa lança sachador para entrelinhas Apresentado na feira britânica Lamma Show 2019, este sachador foi desenvolvido pelo fabricante húngaro Busa e introduzido nos mercados do Benelux pela firma holandesa Landkracht. Existe uma razão por detrás da colocação desta alfaia em tais mercados. Segundo a revista Trekker, na Holanda passa a ser obrigatório que os restolhos de milho tenham instalada uma cultura de cobertura a partir de 1 de outubro. Naturalmente, isso obriga a que essa cultura seja semeada nas entrelinhas ainda com a planta de milho em fase de crescimento. Composta por rotores, esta alfaia pode ser usada apenas para efetuar a sacha, para controlo das infestantes. Mas quando chegar a hora de instalar a cultura de cobertura, o sachador pode ser combinado com uma tremonha (na frente do trator ou acoplada à própria alfaia) e elementos de sementeira para colocação da semente entre as fileiras do milho. Segundo a Landkracht, permite uma velocidade de trabalho entre os 8 e os 12 km/h, e completa dois hectares/h. Está disponível em três diferentes versões, para seis, oito e dez linhas.

O sachador completa dois hectares/hora e permite uma velocidade entre 8 e 12 km/h www.abolsamia.pt


PRODUTO // Claas

TODA A FAMÍLIA CLAAS FOI TRABALHAR

NA ‘FÁBRICA VERDE’

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PRODUTO / notícias

As máquinas forrageiras da Claas não tiveram descanso na jornada de exibição promovida pela filial ibérica da marca alemã nos prados galegos de Castro de Rey, em Lugo. A estrela da companhia foi a ensiladora Jaguar, que exibia no dorso o número 40.000, tantas quantas já foram fabricadas T E X TO C A R LOS B RA N CO /

FOTO G R A F I A C ATA R I N A G US M ÃO

ava já março os últimos suspiros e estavam verdejantes os prados da Galiza, um pouco mais que aqueles que, aquém fronteira, deixavam os agricultores preocupados com a míngua de chuva. Ali perto, em Lugo, corre o rio Minho, com nascente próxima na Serra de Meira, nos Montes Cantábricos. Em Castro de Rey, dir-se-ia que um vale de cenário quase alpino, mas sem o manto branco da neve, a pacatez matinal é subitamente açoitada por um bulício de homens e máquinas, empoeirada pela chegada de autocarros e castigada pela vozearia do mestre de cerimónias. A família Claas estava pronta e a Fábrica Verde preparada para a função: produzir forragem fresca. Jose Ignacio Vega, diretor geral de Claas Ibérica, explica o modus operandi: “Isto não é uma demonstração de campo, não é um teste de campo. É uma ‘Fábrica Verde’, a nossa ‘Fábrica Verde’, apenas destinada aos fiéis clientes da família Claas e aos nossos concessionários, aos jornalistas especializados, com a certeza que ficarão cientes que tudo o que aqui apresentaremos é o máximo da indústria agrícola. Não falta nada

D

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para as operações forrageiras e tecnologicamente é o que existe de mais avançado. Tudo o que for feito no campo pelas máquinas será registado pela telemetria, pelo sistema Easy da Claas, que agrupa todos os sistemas de gestão de dados e de agricultura de precisão, e que poderão acompanhar pelo ecrã de televisão.” SILAGEM DE PESO

A estrela da companhia, a ensiladora Jaguar, surgiu na versão 960 com cabeça de recolha 300 Pick Up, com pilotagem GPS, com rodados e rastos Terra Trac. As atenções centraram-se não só pela imponência e aparato – é que o seis cilindros da Mercedes com 626cv faz mesmo sentir a sua presença -, mas acima de tudo pelo desempenho e por seguir com o reboque-carregador Cargos 8400, atrelado a um Axion 830. Sob olhar atento dos portugueses, à volta de uma centena, em parte conduzidos por viagem organizada pela Agros, concessionária da Claas, mas também pela Agrovergeira, Samuel Salgado, Pulvilava e Socimavis. OLHO CLÍNICO

Liliana Guerreiro, prestadora de serviços agrícolas em São Teotónio,

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PRODUTO / notícias

O DESFILE DA MAQUINARIA COMEÇOU COM A GADANHEIRA DISCO. TUDO SEGUIU UMA ORDEM, UMA SEQUÊNCIA DE TRABALHO, COMO NUMA FÁBRICA Odemira [também retratada nesta edição, na rubrica ‘Dois Dedos de Conversa’] esteve muito atenta aos trabalhos, dir-se-ia que por feitio profissional, de quem gosta das coisas bem feitas. O “desfile” da maquinaria começou com a gadanheira Disco (duas laterais 1100 C e uma 3600 FC Profil frontal), acopladas a um trator Axion 960, a que se seguiu o volta-fenos Volto 900, atrelado a um Arion 440. Tudo teria uma ordem precisa, uma sequência de trabalho, como numa fábrica, pelo que o encenador mandou depois entrar o encordoador Liner 2900, puxado por um trator Arion 530. Ao perfume da erva fresca e

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húmida cortada dificilmente alguém ficaria indiferente, mesmo que para os profissionais da agricultura não passe de odor do quotidiano. Mas que não deixam de dar a devida importância ao tacto, que mexer na erva e testar a sua textura é um dever do ofício. Assim, aos molhos, o produto cortado foi apreciado por mãos sabedoras. O mesmo fez Liliana Guerreiro que, com olho clínico, admitiu que a afinação das alfaias poderia não ter sido a mais correta. E justificou por que o disse: “A forragem parece estar misturada com alguma terra.” O autocarregador Cargos 8400, rebocado pelo trator Axion 830, fez o seu trabalho, recolhendo a carga até então produzida. Outros quinhões da parcela ficaram a cargo das enfardadeiras, primeiro a Rollant 455, em duo com o Arion 660, produzindo e envolvendo fardos redondos com filme plástico. Depois, a Quadrant 5300 RC, atrelada a um Axion 950, foi depositando no terreno fardos quadrados. Finalmente, a Jaguar fez a silagem que descarregava no Cargos. O trator Arion 630 com o carregador FL 120 C deu o melhor destino aos

fardos e levou-os para o proprietário da quinta, para dar de comer ao gado. A Claas também deu de comer aos seus convidados – o tradicional cozido galego. Mas com tanta verdura que colheu naquele campo não colocou nem uma couvezita no prato dos convivas. Um dia (quase) perfeito!

Fo r ra g e m f re s ca , co r t a d a p e l a D i s co , e n co rd o a d a p e l a Liner e testada por mãos co n h e ce d o ra s

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PRODUTO / notícias

A J a g u a r n ú m e ro 4 0 .0 0 0 fo i o ce n t ro d a s a t e n çõ e s d a m a i o r i a d o s p re s e n t e s e m C a s t ro d e R ey, f i é i s d a C l a a s

EASY

A TELEMÁTICA DA CLAAS Um grande ecrã possibilitou a visualização, em tempo real, via Internet, dos dados de rendimento das máquinas durante o trabalho de campo. A Claas chama Easy ao sistema de telemática que permite controlar as operações. O dispositivo analisa os resultados do dia anterior e encontra os locais onde a máquina trabalhou com menor eficiência, indicando onde e quando novas passagens deverão ser realizadas, otimizando assim a frota, poupando tempo e consumos. O sistema permite, também, se autorizado pelo seu operador, a transmissão de dados para o portal da Claas e ao concessionário, para que este possa identificar mais rapidamente algum problema com a utilização da máquina e se requer uma eventual intervenção rápida no local.

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40 MIL JAGUAR

MOTIVO DE ORGULHO O responsável da Claas para a Península Ibérica, Jose Ignacio Vega, expressar-se-ia orgulhoso – já depois de se congratular com a presença de mais de um milhar de convidados, a maioria espanhóis, mas também com uma centena de portugueses de permeio -, pelo facto de poder mostrar em ação a unidade número 40.000 da ensiladora automotriz Jaguar: “Espero que a 5ª edição da Fábrica Verde – o evento sempre se realizou na Galiza, alternando entre Castro de Rey e La Coruña – possa já contar com a unidade número 50.000.”

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PRODUTO / notícias

LANÇAMENTO

REGRESSO DA STEYR A PORTUGAL MARCADO PARA A FEIRA DE SANTARÉM

Joel Marques é o novo diretor comercial da Farming Agrícola

A FARMING AGRÍCOLA, IMPORTADOR DOS TRATORES STEYR PARA PORTUGAL E ESPANHA, ESTARÁ PRESENTE NA FEIRA NACIONAL DA AGRICULTURA COM ALGUNS MODELOS DOS TRATORES STEYR QUE IMPORTARÁ PARA PORTUGAL

Q

uestionada pela revista abolsamia

de Palência, agora na função de diretor

cabimento. Os modelos da gama Kompakt

a respeito dos contornos deste

comercial, a que se juntam na equipa um

são tratores preparados para realizar

processo, a empresa espanhola

especialista de produto e um diretor técnico.

trabalhos em vacarias, como o trabalho

anunciou que o lançamento oficial dos

“Desta forma, pretendemos garantir que o

com carregadores frontais, pois são tratores

tratores da Steyr para estes dois países

pós-venda fica à altura do perfil premium

compactos com grande manobrabilidade,

ocorrerá na feira de demonstrações de

dos nossos clientes”, adianta a FA.

mas ao mesmo tempo possuem a robustez

campo Demoagro, a realizar entre 21 e 23 de

O importador espanhol não esclareceu,

necessária. Por outro lado, a gama Terrus é

Maio, em Huesca (Espanha), 15 dias antes

ainda, que modelos passarão a ser

ideal para operações extensivas, já que

da FNA de Santarém (8 a 16 de junho).

comercializados , nem tão pouco a data do

possui a tecnologia mais avançada em

início das operações, mas admite que as

sistemas de agricultura de precisão.”

Em respostas por escrito às questões colocadas por abolsamia, a Farming

gamas Kompakt (os mais pequenos) e

Agrícola (FA) esclarece que está a trabalhar

Terrus (os de topo) adequam-se à

Agrícola admite que, numa fase inicial, “os

“para que a introdução da marca Steyr em

agricultura praticada nos dois países.

tratores Steyr serão comercializados através

Portugal ocorra o mais rápido possível”, e

A respeito da distribuição, a Farming

das filiais da empresa. Simultaneamente, e

que já foi operada uma mudança na

MANOBRABILIDADE E ROBUSTEZ

para Portugal, começaremos a trabalhar

estrutura do pessoal da empresa, para que

A FA explicou um pouco mais sobre a

com concessionários que se juntarão à

a entrada da nova marca no seu portfólio

inclinação por tais gamas: “Dada a

rede Farming. Para nós é importante ter

seja uma operação de sucesso. Uma delas

diversidade da agricultura e pecuária em

parceiros da maior confiança e que estejam

foi a incorporação do português Joel

Espanha e Portugal, todos os modelos

identificados a 100% com a filosofía da

Marques, anterior chefe de vendas da firma

comercializados pela Steyr podem ter

Farming Agrícola”.

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Steyr desvenda Expert CVT No segmento a partir dos 100 cv, a gama da Steyr é muito forte, com as séries Kompakt, Multi e Profi a sobreporem-se. Apesar do catálogo existente nesta categoria dos tratores utilitários multitarefas, a marca austríaca decidiu reforçar a oferta com o lançamento da nova série Expert CVT (ver foto na página anterior), composta por quatro modelos com motor FPT NEF de 4 cilindros, a preencher uma faixa entre os 100 e os 130 cv, todos eles equipados com transmissão de variação contínua e a mesma sofisticação tecnológica dos Steyr de segmento mais alto. “Elegemos deliberadamente o nome ‘Expert’ porque queríamos destacar o equilíbrio perfeito entre o seu desenho compacto e a sua inigualável potência nominal”, destacou David Schimpelsberger, diretor de marketing de produto da Steyr para a Europa.

Steyr propõe câmaras laterais para ver tráfego A segurança é uma daquelas áreas onde todas as inovações que contribuam para reduzir acidentes são muito bem-vindas. Na condução de tratores, as entradas nas vias públicas, são sempre momentos críticos devido ao reduzido campo de visão. O mesmo acontece nos cruzamentos. E o risco aumenta ainda mais quando se utiliza um equipamento (alfaia ou carregador) instalado na frente do trator. A pensar nestas situações, a marca austríaca apresentou a ‘Steyr Q-KMS Camera’, solução que foi premiada pela feira Demopark 2019 com uma medalha de prata. Trata-se de um dispositivo fixo que não precisa de ser trocado ou reconfigurado de cada vez que se muda de alfaia, e que é compatível com carregador frontal. O sistema inclui duas câmaras de vídeo fixas com 70° de ângulo, e um monitor para monitorização a partir do posto de condução. Com este extra, o condutor beneficia antecipadamente de um campo de visão sobre a lateral do trator, o que contribui para uma

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PRODUTO // notícias

VALTRA

Valtra fornece setor militar A Valtra tem vindo a afirmar-se como fornecedora do setor militar. Há alguns anos, as forças de defesa da Finlândia, bem como as forças militares de países vizinhos na região escandinava, entre os quais a Noruega, a Estónia e a Suécia, adquiriram várias unidades do Valtra N163 Direct. Mais recentemente, o Valtra N174 tem sido o modelo eleito pelas forças militares finlandesas. Equipados com carregador frontal, os tratores adquiridos para o setor militar destinamse a movimentar e transportar cargas em zonas de difícil acesso, a fazer

transporte de material de apoio em reboques porta-contentores ou ainda a abrir e reparar caminhos. No passado, o apoio logístico era assegurado por outro tipo de máquinas, como pás carregadoras ou telescópicos. A versatilidade dos tratores Valtra é incomparavelmente maior, bem como o conforto e a velocidade de deslocação, motivos que têm levado a um reforço da frota. A pintura e as adaptações aos requisitos solicitados pelas forças militares são concretizados pelo estúdio de personalização Valtra Unlimited.


Imparável.

Apenas quem permanece em movimento e continua a desenvolver-se é capaz de manter a posição de liderança. Portanto, 40.000 ensiladoras fabricadas não são razão para abrandar, mas uma grande motivação para lhe facilitar o trabalho no futuro. Porque é você quem realmente importa.

A JAGUAR é a referência.

Eficiência e conceito de transmissão.

Fiabilidade.

Acondicionamento do material de colheita.

• DYNAMIC POWER: Poupança de até 10% de combustível.

• Tecnologia e componentes comprovados.

• SHREDLAGE® CORN CRACKER DE MILHO original. Até um litro a mais de rendimento lácteo diário pelo melhor acondicionamento do alimento.

• Conceito de transmissão pelo menos 5% mais eficiente que o da concorrência.

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EMPRESAS // Entregas

JOPAUTO

As eq u i pas da Jopa uto e da New Hol la nd Por tuga l co m a fa m í l i a d e A n d ré R i b e i ro

TRABALHO PESADO AGUARDA O T7 EM TRANDEIRAS A MAIS RECENTE ENTREGA DA JOPAUTO

A

aquisição de um novo trator e o ato, ainda que simbólico, da entrega das chaves ao seu proprietário, constitui sempre um motivo de orgulho, não só para o vendedor, mas acima de tudo para a família que o adquiriu. Para a Jopauto, concessionária New Holland em Vila Real, é motivo de regozijo acrescido se se trata de um novo cliente. E a verdade é que André Ribeiro, gerente de várias empresas, não podia estar mais satisfeito com a chegada do resplandecente T7.275. É que, de agora em diante, o trabalho vai ser facilitado. André Ribeiro é de Trandeiras, concelho de Vila Pouca de Aguiar, Vila Real, e as atividades das suas empresas vão da construção civil, extração e transformação de granito, à agropecuária, passando também pela prestação de serviços agrícolas. Ele próprio cultiva cereal, e utilizará o T7 para o seu transporte e para a silagem. “Essencialmente, este T7 Heavy Duty destina-se a trabalhos de reboque, sendo que será utilizado também na prestação de serviços, nas campanhas de silagem, a rebocar e a ensilar”, diz André Ribeiro, justificando a escolha deste modelo.

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ROBUSTO E REFORÇADO E não o fez de ânimo leve, ou por mero capricho, pois levou em linha de conta uma série de fatores que considera fundamentais para o desempenho da sua atividade no campo: “Escolhi este modelo porque, dentro deste segmento de potência [o T7.275, de 6 cilindros e motor FPT, disponibiliza 273cv de potência máxima, com transmissão CVT AutoCommand], me pareceu o mais robusto e mais reforçado. O equipamento extra que tem, nomeadamente travões a ar, suspensão no eixo da frente e caixa de 50 Km/h foram escolhidos por causa dos serviços de reboque. Colocámos também uma TDF frontal para me permitir trabalhar com uma ensiladora à frente, alfaia que já tenho no meu parque de máquinas.” André Ribeiro não possuiu, anteriormente, qualquer trator New Holland - “é o meu primeiro New Holland, mas já tinha um Case, um Massey Ferguson e um Renault”, precisou -, ainda que disponha de uma enfardadeira New Holland, para fardos gigantes, máquina que diz trabalhar muito bem e que lhe permite enfardar a velocidades muito respeitáveis.

PARCEIRO SÓLIDO É, portanto, um novo cliente de tratores da New Holland, mas também da concessão Jopauto. E a verdade é que ali chegou mercê de um passa-palavra: “Foi o primeiro negócio que fiz com a Jopauto. Esta empresa foi-me referenciada por um amigo como sendo um concessionário muito profissional, com qualidade e rapidez na assistência pósvenda, que são atores decisivos para um negócio deste tipo. A proximidade e o apoio no serviço pós-venda são mesmo dos mais importantes e como prestador de serviços tenho que ter parceiros sólidos e sempre disponíveis, para que na altura de campanha não falhe nada.” Com a família por perto, a mulher e os filhos, e estes a saltarem para o interior da cabina, André Ribeiro já pensa em nova aquisição de trator para reforçar o seu parque de máquinas, ainda que para uma faixa de potência compreendida entre os 70 e os 90 cv. E uma enfardadeira combinada (com plastificadora) também tem andado nos seus pensamentos, ainda que as limitações na largura dos modelos disponíveis estejam a dificultar a sua escolha.

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PRODUTO / notícias

GENERAL COM INOVADOR SISTEMA DE MISTURA

UM MANITOU MAIS COMPACTO

PLATAFORMA DOT

Premiado como novidade técnica destacada pelos certames Tecnovid

VAI ESPALHAR FERTILIZANTE

e Oleotec, este atomizador da firma espanhola General monta um inovador sistema de mistura à saída do circuito de pressão. A dosagem, a mistura e a injeção da calda é feita diretamente à saída do circuito de pressão de água, imediatamente antes dos bicos, permitindo assim uma dosagem perfeita de um até cinco produtos sólidos ou líquidos com o menor desperdício possível. Em simultâneo, esta solução protege o utilizador, ficando este dispensado de realizar a manipulação ou mistura dos produtos dentro do depósito principal, o qual apenas terá no seu interior água limpa.

A DOT Technology tem vindo a desenvolver uma plataforma automotriz e autónoma para trabalhos sem trator. Em síntese, é um chassis com motor que se movimenta de forma autónoma e que comporta alfaias habitualmente usadas em tratores. Para alargar o leque de tarefas que é possível realizar com a Plataforma DOT, esta empresa canadiana da SeedMaster celebrou uma parceria com a New Leader Manufacturing, dos EUA. A parceria pretende desenvolver um espalhador de fertilizante que seja compatível com o conceito. Contará com 16 secções independentes para minimizar a sobreposição. Para já, a Plataforma DOT pode ser associada a um semeador de linhas para 9 m de largura de trabalho, a um pulverizador com barra de 18 m e 3800 litros de capacidade, e ainda a uma tremonha de trasfega.

Recém-chegado à gama da Manitou, o MLT 420-60 H é um novo telescópico para aplicações agrícolas com capacidade de elevação de duas toneladas a uma altura de 4,30 m. As dimensões são das mais compactas do mercado, com 1,94 m de altura e 1,49 m de largura, e a motorização é a condizer. No compartimento lateral está um bloco Kubota Fase V com 57 cv de potência, e a transmissão é hidrostática, possibilitando uma velocidade máxima de 25 km/h. A

performance hidráulica destinada à lança e acessórios é de 77 L/min, tem 4RM, quatro modos de direção, e um raio de viragem de 2,95 m. Adequa-se à deslocação de fardos e ao apoio em estábulos, na limpeza e distribuição de alimento. Estará disponível nos mercados europeus a partir do próximo verão.

TOPCON LANÇA CONTROLO DE PROFUNDIDADE BY NORAC A Topcon Agriculture anunciou o lançamento de

de mobilização se mantenha homogénea.

um sistema para controlo de profundidade em

Designada como “Norac TDC”, esta tecnologia

alfaias de mobilização de solo.

surgiu aplicada a uma grade de discos de 4

Esta novidade surge na sequência da aquisição

corpos da Sunflower (Agco), tendo sido aplicado

da firma canadiana Norac e baseia-se em

um sensor em cada corpo. Este sistema

sensores ultrassónicos que de forma automática

acrescenta precisão à operação de preparação

sinalizam as diferenças de solo e calculam as

de solo e tem a particularidade de poder ser

compensações necessárias.

aplicado em alfaias de qualquer marca ou idade,

As ordens são transmitidas de forma automática e

e sejam utilizadas em tratores com baixas

contínua à alfaia, de modo a que a profundidade

especificações tecnológicas.

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A “família” dos Tigre nasce com o objetivo de igualar, em escala reduzida, os padrões qualitativos e estruturais dos tratores AC de gama alta. Tigre 3200, Tigre 4000 e Tigre 4400 F São tratores compactos que otimizam as tarefas dos agricultores em estufas, viveiros, manutenção e trabalhos especializados do fim de semana. As descrições e ilustrações deste folheto são informativas, não contractuais e podem ser modificadas em qualquer momento sem aviso prévio.

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PRODUTO // Valtra Smart Tour 2019

VALTRA SMART TOUR 2019

TODO O UNIVERSO VALTRA EM PORTUGAL

Um stand interativo sobre rodas, seis tratores com as mais recentes inovações, técnicos especialistas da Valtra e visitantes profissionais ligados ao setor agrícola. Estes quatro elementos deram forma a um evento de demonstração onde a palavra Smart foi pronunciada muitas vezes. Smart por vários motivos. Fique a conhecê-los

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// Valtra Smart Tour 2019

P O R J OÃO S O B R A L // FOTOS J OÃO S O B R A L E C ATA R I N A G U S M ÃO

R

egistado com matrícula finlandesa, o camião Valtra Smart Tour percorre as estradas europeias desde o início do ano para dar apoio a mais de 20 eventos de demonstração em campo. A 13 de abril foi a vez de Portugal. Ao início da manhã, este gigante rodoviário de cor vermelha chegou a Coruche e abriu as portas ao universo da Valtra. Lá dentro, os clientes e fãs da marca puderam tirar partido de um autêntico stand interativo sobre rodas. Através de monitores e tablets foi possível conhecer em detalhe cada série e as opções de personalização que a marca disponibiliza no estúdio Unlimited. Os visitantes ficaram a saber que estas vão para além da diferenciação estética e de acabamentos. Entram também no domínio da adequação dos Valtra a aplicações tão diversas como os serviços municipais, a floresta ou a agricultura. Lá fora, no campo, estavam já os seis tratores que iriam trabalhar em parcelas previamente delimitadas. E também os técnicos da Valtra, alguns deles vindos propositadamente da Finlândia, para darem resposta às dúvidas e solicitações apresentadas pelos agricultores e alugadores portugueses. Neste dia, quem esteve no Valtra Smart Tour não viajou até às instalações da marca na Finlândia. Mas o oposto aconteceu. Uma fiel amostra do que é o universo Valtra veio a Portugal e deu-se a conhecer. Se na série A a maior novidade era a transmissão HiTech 4, nas séries maiores (N, T e S) as atenções dividiram-se entre o interface de comandos SmartTouch e as novas ferramentas para gestão de frotas e para agricultura de precisão. Full autoguidance (condução automática), variable rate (aplicação a taxa variável), section control (controlo de secções), valtra connect (serviço de telemetria), task doc pro (sistema de documentação), hill-hold (assistente de arranque em subidas), ou Valtra Care (contrato de extensão de garantia). Estas foram algumas das expressões

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ouvidas durante toda a jornada de trabalho e que têm por detrás realidades muito concretas, a nível de funcionalidades ou de serviços, presentes nos aperfeiçoamentos adicionados à geração de produtos que chega ao mercado no decorrer de 2019. A palavra Smart (inteligente) está associada ao novo interface de comandos e à própria designação do Tour. A razão dessa escolha tornou-se óbvia para quem em Coruche se ambientou às novas funcionalidades. É que os Valtra estão mesmo cada vez mais inteligentes!

J o ã o P i m e n t a , d i re t o r co m e rc i a l d a Va l t ra p a ra P o r t u g a l , e m d i á l o g o co m o s t é c n i co s d e p ro d u t o

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PRODUTO // Valtra Smart Tour 2019

MODELOS EM DEMONSTRAÇÃO NO SMART TOUR

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A1 1 4 H i Te c h 4

A104 HITECH 4 E A114 HITECH 4

Partilham o mesmo motor Agco Power de 4 cilindros, havendo apenas uma diferenciação de potência (100 e 110 cv). A transmissão é a nova HiTech 4 de 16 relações. O modelo 104 HiTech 4 trabalhou com um chisel Galucho CHV NonStop de 11 bicos. O modelo A114 HiTech 4 fez deslocação de fardos com um carregador frontal Valtra G4L. » NOVIDADES Painel de instrumentos redesenhado; apoio de braço com joystick para carregador; suspensão na cabina; elevador dianteiro + TDF.

N 1 74 Ve r s u Fa se V

N174 VERSU FASE V

O mais potente dos N estava equipado com estofos em pele, elevador dianteiro + TDF, condução automática, entre outras especificações. Sob o capot, um bloco Agco Power de 4 cilindros que disponibiliza 201 cv de potência máxima. A fazer conjunto com uma grade rápida Amazone Catros XL 3003, foi possível explorar as muitas potencialidades da transmissão robotizada Versu de 20 relações e do sistema de gestão de cabeceiras U-Pilot. » NOVIDADES Motor Fase V; suspensão pneumática no eixo dianteiro; Task Doc Pro; controlo de secções; aplicação a taxa variável, sistema de escape redesenhado. T234 DIRECT FASE V E T254 VERSU FASE V

Os motores da Fase V chegaram também à gama de 6 cilindros. Com motor Agco Power de 7,4 litros, os modelos T234 e T254 disponibilizam 250 e 271 de potência máxima, respetivamente. » NOVIDADES Task Doc Pro; controlo de secções; aplicação a taxa variável. O T234 Direct (transmissão de variação contínua) trabalhou com um pulverizador montado Amazone UF 1501 e foi possível verificar o funcionamento da condução automática e do controlo de secções. O T254 Versu (transmissão powershift robotizada) trabalhou com um distribuidor de fertilizante Amazone Profis Tronic, tendo sido possível verificar as potencialidades do Task Doc Pro e da aplicação a taxa variável.

T 2 5 4 Ve r s u Fa se V

S 394 S m a r t To u c h Fa se V

S394 SMARTTOUCH FASE V

Propulsionado por um motor Agco Power de 6 cilindros e 8,4 litros que disponibiliza 405 cv de potência máxima, é o modelo de topo da Valtra. A transmissão é de variação contínua, controlada através do interface SmartTouch. » NOVIDADES Motor Fase V; sistema de escape redesenhado; novos faróis LED atrás; acesso do lado esquerdo aperfeiçoado. Fez conjunto com uma grade rebocada Galucho GVR de 52 discos.

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FERRAMENTAS VALTRA » SMARTTOUCH

Nas versões SmartTouch, os comandos incluem um apoio de braço ao qual está associada uma alavanca multifuncional e um monitor de 9”. Com uma navegação entre menus onde nunca nos perdermos, permite gravar diversos perfis para diferentes condutores e tarefas. Há a possibilidade de fazer a extensão a um segundo monitor touch sempre que for necessário visualizar e gerir mais funções em simultâneo. » VARIABLE RATE E SECTION CONTROL

A tecnologia para aplicação a taxa variável está disponível a partir deste ano nos modelos SmartTouch. Na pulverização ou na aplicação de fertilizante, permite que, em conjugação com o controlo independente de secções, seja distribuída a quantidade exata pretendida, em zonas diferenciadas de uma parcela, de acordo com um mapa de prescrição. » TASK DOC PRO

Esta tecnologia de documentação permite registar os dados de mapeamento referentes às tarefas realizadas em cada parcela. Faz a ligação entre um plano definido no computador da exploração e o trator. Os dados podem ser transferidos via Bluetooth ou via ligação GPRS. » VALTRA CONNECT

A telemetria da Valtra permite monitorizar à distância 56 funções do trator, incluindo o nível de combustível e AdBlue, consumos, horas de trabalho, e horas a completar até à próxima revisão. Serve também como ferramenta de diagnóstico. O utilizador pode ainda visualizar num mapa o percurso/parcela onde o trator está a trabalhar.

ORGANIZAÇÃO

C O N T I N E N TA L PAT R O C I N A S M A R T TOUR

O evento foi organizado pela Valtractor, o importador da marca para Portugal, com o apoio logístico do concessionário Agrogaspares.

Todos os tratores estavam configurados com pneus da Continental. A marca alemã associou-se à Valtra como patrocinadora oficial do Smart Tour 2019.

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Rua Mariana de Andrade, nº7, Armazém C, 2840-196 SEIXAL Telefone. 212 253 284 masterflow@masterflow.pt • www.masterflow.pt COMERCIAL: pedro@masterflow.pt ESCRITÓRIO: financeira@masterflow.pt LOGÍSTICA: logistica@masterflow.pt


PRODUTO / notícias

PRECISION MAKERS

É o fim do kit de autonomia X-Pert John Deere 8R e de tratores Fendt 500 Vario. Porém, estes desenvolvimentos não irão prosseguir e a firma não dará resposta a novas encomendas. “A Precision Makers decidiu retirar do mercado os kits aplicados em máquinas de outros fabricantes, como os kits que tínhamos para os modelos da Fendt. Para termos a melhor solução é preciso existir uma cooperação mais estreita A Precision Makers tem vindo a desenvolver o pack de tecnologia X-Pert, que consiste em dotar de condução autónoma, sem condutor, qualquer trator que possua transmissão CVT. A maior parte das preparações realizadas desde 2012 incidiram sobre os modelos especializados da Fendt, que eram programados para pulverizar autonomamente em pomares e vinhas. A firma fez ainda a preparação de tratores

entre a Precision Makers e os fabricantes em causa”, explicou à revista abolsamia Joost Somers, responsável pela área de vendas daquela empresa. A Precision Makers continuará, no entanto, a desenvolver outro tipo de soluções e anunciou recentemente um

FILANIC PARA SELAR CORTES DE PODA Este utensílio portátil permite pintar e selar os cortes de poda em vinhedos e em pomares. Ainda que o trabalho

acordo exclusivo com a John Deere.

continue a ser feito manualmente, a

O acordo tem como enfoque os

rapidez obtida é muito maior se

equipamentos autónomos para corte

comparada com o método tradicional,

de relva em campos de golfe e outros

com lata e pincel.

recintos desportivos.

Com nome comercial Filanic Prevenma, esta ferramenta desenvolvida pela firma espanhola Agrícola Urturi, sediada

FEDE MOSTROU NA TECNOVID PULVERIZADOR LIGADO À INTERNET

em La Rioja, permite selar até 4800 cortes de poda no período de uma hora e tem uma autonomia para entre 7.000 a

Um nebulizador inteligente ligado à

tablet vinculado ao nebulizador,

8.000 selagens. Arrecadou uma

Internet e novos sistemas para a

provido de geolocalização GPS, realiza-

proteção de vinhas e culturas especiais

se operação, ao mesmo tempo que se

distinção no concurso de novidades

foram as novidades apresentadas pela

receberão avisos no caso da aplicação

Fede, especialista em pulverização, na

não estar a ser processada da forma

feira Tecnovid, realizada em Saragoça,

correta. A esta novidade acrescem os

A selagem dos cortes de poda com uma

entre o final de fevereiro e 1 de março.

sistemas Ozono - tratamento contra

massa fungicida é uma operação

fungos, vírus e bactérias, reduzindo-se

benéfica para a longevidade e

precisão e a digitalização do campo

o uso de fitossanitários - e de Injeção

levou a Fede a desenvolver o

Direta - adição direta do fitossanitário

sanidade das plantas, prevenindo a

nebulizador Tecnovid Qi H3O, máquina

sem necessidade de realizar

que adapta a aplicação do produto em

previamente a mistura.

O grande impulso da agricultura de

técnicas, nos certames Tecnovid e Oleotec 2019, em Saragoça.

propagação de patologias. “Para nós, o mercado português é

função do estado da vinha graças ao

considerado importante. Não temos

seu sistema inteligente, ligado via-

distribuidor em Portugal, mas já fizemos

Internet. A funcionalidade deste sistema

vendas para explorações portuguesas

permite que o operador receba do

que nos visitaram nas feiras, em

técnico agrário, através de ferramenta digital de gestão, a prescrição para o preciso tratamento da cultura. Uma vez configurada a ordem de trabalho num

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Bordéus e Bolonha”, explicou Victor Saenz de Urturi, responsável pela empresa.

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COMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS PARA AGRICULTURA E ESPAÇOS VERDES

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Évora Z. Ind. Horta Figueiras, R. Armando A. Silva, 47 T. 266 701 558 • F. 266 777 250

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COMECA

GADANHEIRA TRIPLA DA ELHO REFORÇA A MAQUIFATACA A ERVA DOS CAMPOS DE SÃO TEOTÓNIO, EM ODEMIRA FICOU À MERCÊ DOS GUERREIRO, PRESTADORES DE SERVIÇO EM FATACA, QUE ALARGARAM A ÁREA DE TRABALHO DE CORTE PARA NOVE METROS E SÓ VÊEM VANTAGENS COM A AQUISIÇÃO DA NOVA ELHO: É SIMPLES, FIÁVEL E LEVE reportagem da revista abolsamia. João Guerreiro já tinha outra máquina da mesma marca, uma Deuett 7300, com 7m de largura, considerando que, para quem trabalha no setor, “é muito importante ter um stock de

A nova gadanheira, com três unidades de corte, tem uma largura de trabalho de nove metros e é simples de operar

P

restadora de serviços à agricultura desde 2015, a Maquifataca de João e Liliana Guerreiro investiu em nova gadanheira da construtora finlandesa Elho, representada em Espanha e Portugal pela Comeca e vendida pelo concessionário Agro121, de Beja.

A nova máquina, uma condicionadora de rolos canelados, de três corpos e 16 discos, com largura total de trabalho de nove metros, é a Arrow NM 9000 Delta Sideflow, montada e afinada no local por técnico espanhol da Comeca e testada num Fendt 818 (180 cv) na presença da

peças em casa, logo é uma grande vantagem, pois se tivermos maquinaria de diferentes marcas isso obriga a ter diferentes stocks.” Numa explicação mais detalhada enumera outras vantagens: “É simples, fiável e leve. Temos por aqui terrenos complicados e quanto mais peso carregarmos pior é. Depois, muita eletrónica envolvida é estar a comprar problemas. A eletrónica é boa e funciona, mas quando as máquinas estão bem resguardadas. No nosso caso, que trabalhamos sempre expostos aos elementos e em períodos longos, poderia criar-nos problemas. Mais tarde ou mais cedo, muita eletrónica, muitas eletro-

“MÁQUINA SIMPLES E ÚNICA NO MERCADO”

66

Borja Sevilla, filho do fundador da

duplo, que foi para o Norte do país.”

material e oferece elevado rendimento.

Comeca, acompanhou os processos de

A trabalhar com a Elho desde 2006, a

Construída na Finlândia, onde os solos

entrega e instalação da forrageira e

Comeca diz-se com os objetivos

são pedregosos, o equipamento está

estava visivelmente satisfeito: “Esta será,

centrados no cliente profissional, para a

preparado para operar nas piores

provavelmente, a venda mais importante

prestação de serviços, para trabalho em

situações. “Esta máquina em particular é

desde que iniciámos a comercialização

grandes áreas. “Estamos satisfeitos com

a única do mercado que junta a função

em Portugal. Em fevereiro e março

os resultados, e é um mercado em franco

encordoadora ao condicionamento da

fizemos duas vendas, esta em Odemira,

crescimento, pois estes equipamentos

forragem”, sublinha Borja Sevilla, para

um equipamento triplo para o João

facilitam o trabalho aos pequenos

quem outro dos pontos fortes é a

Guerreiro e com o concessionário Agro121,

agricultores, uma vez que são de

suspensão acionada pelo sistema

com David Simão e Francisco Horta

elevado rendimento”, diz Borja Sevilla.

hidráulico, que levanta os elementos de

Machado, responsável de vendas da

Segundo o responsável da empresa, a

corte assim que encontra algum

Comeca em Portugal, aqui presentes,

Elho Sideflow é de simples

obstáculo, evitando que sejam

mas também um outro equipamento

funcionamento, sofre pouco desgaste de

danificados.

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válvulas originam problemas. E isso é tudo o que não queremos.” A simplicidade a que fez alusão tende a ser desarmante, explicando João que a gadanha da frente tem um tubo de óleo e as gadanhas de trás têm dois tubos. “Liga-se a TDF e os tubos de óleo e está o assunto arrumado.” A Elho já existente no parque de máquinas da Maquifataca, de modelo diferente, é acoplada à traseira do trator, mas que obriga este a laborar em marchaatrás. Vantagem: “Deixa um cordão de erva de cada lado do trator, deixando o centro livre para este, que não a pisará. Mais tarde, quando juntamos a erva, o trator fará uma passagem sobreposta e voltará toda a erva. Com este novo modelo faremos três cordões, sendo que as gadanhas laterais juntarão a erva para cima da do meio, que não mexe. Tudo em apenas uma passagem.” Para João Guerreiro, a função condicionadora, representa a vontade dos clientes em acelerar a secagem.

CONFORTO RENTABILIDADE EFICIÊNCIA MANITOU

JANELAS DE TRABALHO CURTAS O corte e recolha de forragem para a alimentação animal constitui a ocupação principal da Maquifataca, com base em erva e milho, razão pela qual foi necessário investir numa nova gadanheira. João Guerreiro, que em tempos trabalhou na Alemanha, conta um pouco de uma conversa com um prestador local de serviços: “Eu na altura tinha uma Claas Jaguar 870, relativamente pequena, e ele perguntou-me quantos hectares eu fazia de silagem. Disse-lhe que naquela campanha tinha feito 1300ha, ao que me respondeu que era impossível, com aquela 870. Repeti que o fizera, justificando que fizemos tal área em três meses. Ele estranhou tal prazo, pois a janela de trabalho para forragem, na Alemanha, é de apenas um mês. Ora, a janela de trabalho em Portugal está a encolher, e já passou para dois, até mês e meio, pelo que temos que aumentar a rapidez da colheita. Como prestador de serviços não podemos estar dependentes de uma máquina, pois são muitas horas seguidas e a qualquer momento a máquina pode ter um problema.” Estávamos em abril, e naquela altura trabalhou-se sem parar, de manhã à noite, sábados, domingos e feriados. “É por isso que a segunda máquina é um escape”, justifica João Guerreiro, que conta novo episódio de pressão a que por vezes se vê submetido: “Trabalhamos aqui com duas vacarias e em determinada altura quiseram cortar erva, e em simultâneo. Foram 250 hectares para cortar em dois ou três dias. Conseguimos fazer isso, desde que não dependamos apenas de uma máquina.”

Na hora da entrega, a satisfação das equipas, da Comeca, da Agro121 e da Maquifataca

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NOVAS MLT

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THE VI

SION

A nossa prioridade é tornar o seu negócio rentável! A vantagem das novas MLT NewAg: as máquinas mais cómodas do mercado, que otimizam o tempo investido no seu manipulador telescópico e melhoram a sua eficiência com um acesso de cabine simples, visibilidade total e uma redução significativa dos níveis de ruído da cabina (73dB). Manitou, a opção mais inteligente para a sua jornada de trabalho!

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PRODUTO // notícias

REFORM

CNH Industrial já produz peças impressas em 3D Descrito como parte do seu esforço contínuo para agilizar os processos de fabricação, aumentar a produtividade e encontrar formas mais sustentáveis​ de trabalho, a CNH Industrial anunciou que deu um passo significativo na implementação da tecnologia Additive Manufacturing ao produzir as primeiras peças de reposição impressas em 3D (três dimensões) Neste processo, os componentes são criados a partir de um arquivo

REFORM METRON P48 RC O Metron P48 RC da empresa austríaca Reform é a primeira plataforma para suporte de equipamento

digital para construir camadas de material, processo que é controlado por computador. Uma vez impressa, cada peça é submetida a testes rigorosos para garantir que atende aos requisitos e especificações da marca. Um dos principais benefícios da impressão 3D é que esta permite a

controlada por rádio, um veículo híbrido baseado

fabricação local sob pedido, o que é vantajoso quando apenas uma

num motor a gasolina Kubota de 48cv, ligado a um

pequena quantidade de peças é necessária para atender a pedidos

gerador de 48 volts que abaste quatro motores

urgentes específicos e também leva a uma gestão mais eficiente do stock.

elétricos, um para cada uma das rodas.

Cada produto pode ser impresso entre 24 e 36 horas com a quantidade

Com variadas aplicações possíveis, o Metron

ideal de recursos. Os primeiros componentes criados por este novo processo

pode ser utilizado para trabalhos de limpeza de

incluem quatro peças para uso em autocarros e equipamentos agrícolas.

campo, mas também de estrada. Para isso dispõe

Todas as peças são fabricadas em plástico.

de elevador dianteiro e, opcionalmente, um elevador traseiro. A versatilidade do veículo e a adaptação dos eixos às mais variadas condições do terreno é assegurada pelo singular chassis, com a particularidade de ter a parte dianteira separada da posterior, todavia interligadas por pivot central. A fonte de energia para operação estritamente elétrica é assegurada por um bloco NexSys, uma bateria de chumbo de 8,5 kWh, sobejamente comprovada no segmento dos empilhadores, capaz de suportar 1500 ciclos de carga.

Um polivalente da Yanmar para o sudeste asiático Em Banguecoque, na Tailândia, a Yanmar

rendimento. Segundo o líder da marca,

lançou o seu novo trator, o YM, que a

a série YM é de grande polivalência e

marca japonesa diz estar preparada para

atende a tais demandas, munido de um

a agricultura do séc. XXI, para acrescentar

pacote funcional e design atraente.

valor ao trabalho no sudeste asiático. Como destacou Hiroaki Kitaoka,

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Não só está apto a trabalhar arrozais e campos secos, mas também para

presidente da companhia, muitos

transportar cargas. Tem funções

agricultores cultivam tanto o arroz como

avançadas de geolocalização para

uma variedade de culturas em campo

melhorar a eficiência e rentabilidade dos

seco, do milho à cana-de-açúcar. Esses

agricultores. O bloco diesel (Yanmar) de

campos costumam ser cultivados por

injeção direta surge em duas versões, de

quem exige tratores leves e confiáveis,

51 e 57cv, com caixa de velocidades 8+8 e

com potências entre 50 e 60 cv, para

inversor sincronizado. O sistema hidráulico

reduzir custos e maximizar o seu

tem três pontos de ligação.

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PRODUTO // notícias

JOHN DEERE

JOHN DEERE DIGITALIZA A PRÉ-COLHEITA DE CULTURAS ESPECIAIS Specialty Crops Gateway (SCG) é o

ter dados que ajudem a antecipar

A partir desta plataforma online, as

dispositivo criado pela John Deere e

proativamente os resultados e tomar

parcelas são delimitadas, e são

projetado para digitalizar o trabalho de

decisões. Esta acaba por desacelerar a

descarregadas as tarefas a executar

campo na fase de pré-colheita. O SCG é a

gestão administrativa das empresas

(adubação, pulverização, etc) e de

primeira ferramenta de integração 4.0 no

agrícolas e não permite o controle correto

seguida enviadas para o trator onde os

setor de culturas especiais, que permite a

do trabalho.

dados são configurados. O operador

recolha e processamento de dados para

O SCG é um pequeno dispositivo que está

visualiza num tablet as informações exatas

ter um controle detalhado do trabalho a

instalado no trator e que está ligado à

da tarefa a ser executada. Os dados de

realizar em campo, bem assim como os

ferramenta Crops Platform , de gestão

trabalho no campo são armazenados e

custos associados.

agronómica digital, o que implica uma

exibidos na plataforma, podendo a

Atualmente, a colheita de dados é feita

ligação direta entre o trator agrícola e

qualquer momento ser consultados pelo

manualmente, o que significa atrasos para

qualquer alfaia acoplada.

gestor da exploração.


PRODUTO // notícias

IDEIA DA JOHN DEERE PARA EVITAR ROUBOS: O SIMPLES PIN Os dispositivos no interior da cabine, sejam monitores ou recetores GPS, são muito suscetíveis da cobiça alheia, razão pela qual a John Deere protegeu os seus específicos equipamentos dotando-os de código PIN, inviabilizando a sua utilização se indevidamente utilizados. Como em qualquer smartphone, o código PIN para o monitor e o recetor poderá ser inserido pelo operador através do ecrã dos monitores universais 4240 e 4640, mas também para o recetor StarFire 6000. Este recurso de segurança complementa a gama de precauções já disponibilizadas pela John Deere para dissuadir os roubos. Estas incluem o sistema de segurança CESAR Datatag, bem como um sistema imobilizador em que a chave tem um transponder exclusivo e individual para cada trator.

GAMA DE PRODUTOS

ALFAIAS KUBOTA

CLAAS MELHORA O SEU AFIADOR DE FACAS DE FORRAGEM

Destinado a aguçar as facas dos dispositivos de corte de forragem, sejam as enfardadeiras, ou os reboques autocarregadores, a Claas acaba de anunciar melhoramentos na máquina Aqua non Stop Comfort, uma amoladora agora dotada com luz LED interior e um compartimento para limpeza automática das peças de corte. Assegurar que os gumes fiquem uniformemente afiados para que a operação de corte seja de superior qualidade, que poupe combustível e proteja a unidade forrageira é o objetivo desta máquina, segundo a Claas a primeira do género a funcionar de forma completamente automática. O dispositivo acomoda 51 facas em cada ciclo de funcionamento, e de até 90 formatos diferentes, da maioria dos fabricantes. Uma emulsão húmida circula em circuito fechado e garante uma operação precisa, sem perda de dureza do aço da faca, e mantendo a qualidade de corte mesmo após várias operações de afiação. Nenhuma intervenção manual é necessária durante o ciclo de operação.

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Sementeira Tratamento das culturas Soluções eletrónicas Equipamento para alimentação do gado Equipamento forrageiro

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PRODUTO // notícias

Tribine a caminho da Europa

ENFARDADEIRA FENDT 2125F PROFI vai operar em Alcáçovas A Fendt, através do distribuidor Forte e do

Com uma arquitetura que rompe com o habitual conceito de ceifeiras-debulhadoras, a Tribine é uma máquina concebida totalmente a partir do zero. Surgiu pela primeira vez à luz do dia em 2016, nos Estados Unidos, no decorrer da Farm Progress Show, na altura ainda como um protótipo. Daí para cá tem sido alvo de vários aperfeiçoamentos e já está em comercialização na América. É impulsionada por dois motores Cummins de 9 litros que alcançam uma potência combinada de 650 cv, possui articulação central, eixo traseiro direcional, e um tegão de grande capacidade (35.000 litros). Na Tribine, os diversos componentes estão compartimentados de uma forma que não esperamos. O tegão está na metade traseira da máquina, podendo ser despejado em apenas 2 minutos, enquanto a saída de palha é feita a meio da máquina, na parte final da secção dianteira. Tudo é em grande. O depósito de combustível tem capacidade para mais de 1.800 litros, a apontar para uma autonomia de 18 horas em trabalho contínuo sem reabastecimentos. Até a velocidade, pois pode alcançar os 48 km/h. De acordo com a revista Profi, a marca está a desenvolver um modelo especificamente pensado para o mercado europeu. Ainda não existe uma data prevista para o lançamento, sabendo-se apenas que terá uma motorização com menos potência e dimensões mais contidas, para poder circular por estrada sem restrições.

concessionário Agrimagos, fez a entrega, em março, de mais uma enfardadeira 2125F Profi. A máquina foi vendida a um cliente fiel da marca, a Tractorfialho, de Alcáçovas, onde passará a produzir fardos redondos.

Trituradoras para a agricultura profissional, para a manutenção de espaços verdes e silvicultura

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RESTAURO

UMA COLEÇÃO A EM BUSCA DE UM MUSEU Em Beja há uma coleção de máquinas representativas do início da mecanização no Baixo Alentejo. Entre tratores raros e ceifeiras estacionárias, conversámos com os cuidadores destas relíquias. Garantir a sua conservação e torná-las acessíveis ao público é o objetivo

POR JOÃO SOBRAL

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ntónio Francisco Carapinha era natural de Beja e dedicava-se à prestação de serviços agrícolas. Entrou neste ramo numa época que foi de transição. Para as tarefas que eram realizadas exclusivamente por mão-de-obra humana, ou com recurso a tração animal, foram surgindo soluções mecanizadas. António Carapinha identificou a oportunidade e aos poucos foi investindo em equipamentos. O seu parque estava dirigido sobretudo aos cereais de sequeiro, a cultura dominante à época na região do Baixo Alentejo, para realizar todas as operações desde a sementeira até à debulha. Associada à atividade de alugador veio depois a oficina e a comercialização de máquinas e alfaias.

O INTERESSE PELO COLECIONISMO

À medida que o uso de máquinas se generalizou, a oficina foi ganhando maior peso. E com a tecnologia a evoluir a passos largos, os primeiros tratores, as

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n MUSEU DE ENTRADAS

No Museu da Ruralidade, sediado em Entradas, estão expostas algumas peças mais pequenas que fazem parte desta coleção.

MCCORMICK INTERNATIONAL 650 Foi o primeiro trator adquirido por António Francisco Carapinha para a atividade de prestação de serviços. Com motor a diesel de 63 cv, não possuía elevador hidráulico. E.L. LEON Originária de Espanha, esta ceifeira-atadeira remonta à década de 60. FERGUSON TE20 Com motor a diesel, este trator de 1947 foi o primeiro modelo a ser lançado com sistema hidráulico de três pontos. O motor de arranque é acionado através da alavanca das mudanças.

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RESTAURO

»

António Carapinha e Ana Carapinha, respetivamente filho e neta de António Francisco Carapinha

primeiras debulhadoras, as primeiras alfaias, foram ficando no armazém dos fundos das casas agrícolas. António Carapinha via nestas máquinas um interesse que outros não viam. António e Ana Carapinha, respetivamente filho e neta de António Francisco Carapinha, são hoje os proprietários e cuidadores desta coleção de máquinas agrícolas antigas. “O meu avô fazia prestação de serviços agrícolas. Com o avançar da idade, quando começou a dedicar-se menos aos trabalhos de campo e à oficina, começou a interessar-se mais pelo colecionismo”, explicou Ana Carapinha. Por representarem a memória de um tempo que já ia distante, foi mantendo as suas máquinas antigas conservadas e foi adquirindo outras quando as oportunidades surgiram. “São peças com que ele lidou toda a vida porque assistiu à mecanização desta zona do Alentejo”, acrescentou Ana Carapinha. Até 2012, ano do seu falecimento, António Francisco Carapinha foi compondo a coleção. A última compra, a que se seguiu o trabalho de restauro, foi o Ferguson TE20. TORNAR A COLEÇÃO ACESSÍVEL AO PÚBLICO

Peça por peça, a coleção foi fazendo algumas aparições em público, em especial na Ovibeja e na RuralBeja. Mas as deslocações a estes certames não eram a melhor coisa para a saúde destas máquinas. Ao carregar e descarregar, iam

n ANTÓNIO FRANCISCO CARAPINHA Foi quem deu início a esta coleção de máquinas agrícolas. Na foto, junto à debulhadora Clayton durante uma edição da Ovibeja.

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LANDINI REX 4 design. conforto. produtividade A série REX 4 é formada por cinco diferentes modelos, com potência máxima compreendida entre os 76 e os 112 cv. A versão 120 GT, esta com maior largura de via, concebido para pomares de linhas largas, esteve entre os finalistas do prémio “Tractor of the Year 2019”, na categoria de Melhor Utilitário. As versões F, GE e V, com vias mais estreitas, são as adequadas para a maioria dos pomares e vinhas. O bloco propulsor é um Deutz de 4 cilindros, com 2,9 litros de capacidade e cumpre a norma de emissões Fase IIIB/Tier 4i, através de uma combinação EGR+DOC. São várias as opções de transmissão, desde a caixa sincronizada 12/12, com inversor mecânico, à mais completa, uma 48/16 com três níveis de powershift e inversor eletrohidráulico. A nível hidráulico, a capacidade de elevação traseira atinge os 3400 kg, enquanto a elevação frontal tem capacidade para 1400 kg.

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RESTAURO

inevitavelmente sofrendo alguns estragos. É por isso que ultimamente não têm saído. “O objetivo é que a coleção se mantenha conservada, se possível com um nível de restauro mais perfeito e acessível a quem a queira ver”. É desta forma que Ana sintetiza o que pretende para este legado que vem do seu avô. A empreitada não tem sido propriamente fácil. “A ideia de se fazer um museu já tem mais de 20 anos”, adiantou. “Houve projetos entregues na Câmara de Beja, mas com a mudança dos executivos era preciso retomar sempre os contactos”, e isso fez com que a intenção nunca se concretizasse.

BELARUS DT 75 Com rastos baseados nos carros militares de combate, este trator dos anos 70 foi oferecido pela União Soviética para a reforma agrária.

COCKSHUTT D-MO Originário dos Estados Unidos, este D-MO de 1951 tem motor de 6 cilindros e uma cilindrada de apenas 3,8 litros.

FORDSON P6 Para trabalhar em terrenos alagadiços, como por exemplo em arrozais, este trator está equipado com motor Perkins de 6 cilindros.

JOHN DEERE R Com apenas 2 cilindros e 6,8 litros de cilindrada, foi o primeiro trator a diesel da John Deere.

PEÇAS PEQUENAS EM CASTRO VERDE

As peças de maior dimensão estão guardadas num armazém em Beja e deverão ser transferidas para uma ala da empresa Vulcabeja, que é dirigida por António Carapinha. As peças mais pequenas estão confiadas ao Museu da Ruralidade, sediado em Entradas, Castro Verde. A ideia é reunir o que está disperso e criar uma área de visita na Vulcabeja. Outra possibilidade seria estabelecer uma parceria com uma

O OBJETIVO É QUE A COLEÇÃO SE MANTENHA CONSERVADA E ACESSÍVEL A QUEM A QUEIRA VER entidade que ajudasse a suportar o esforço associado ao restauro e conservação destas máquinas e que tornasse a coleção acessível ao público. ASSOCIAR À COLEÇÃO UM MUSEU VIRTUAL

MCCORMICK 10-20

As origens deste trator remontam à década de 20 do século passado. Fabricado nos Estados Unidos, está equipado com um motor de 4 cilindros de funcionamento a petróleo.

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A criação de um museu virtual onde os utilizadores possam consultar as informações relativas a cada peça é outra hipótese em aberto. Mas, para já, a prioridade é ir cuidando de cada peça, para que a coleção se mantenha em boas condições. E insistir na busca de parcerias. “Se as coisas ficassem ligadas a uma entidade oficial, haveria uma continuidade”, concluiu Ana Carapinha.

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TECH // Entrevista a Luís Alcino

MECHSMART FORAGES ESTUDA INTENSIFICAÇÃO SUSTENTÁVEL DA PRODUÇÃO DE FORRAGENS A análise sensorial do solo, a sementeira direta e as aplicações a taxa variável estão entre as práticas adotadas por um projeto que junta academia e empresas. Luís Alcino, coordenador do MechSmart Forages, explica o percurso realizado e antecipa as próximas etapas P O R J OÃO S O B R A L

O que motivou a criação do projeto MechSmart Forages? O motivo que deu origem ao projeto prendeu-se com a procura de soluções que respondam à necessidade de intensificação sustentável da produção de forragens para suporte dos sistemas extensivos de produção animal na região do Alentejo, atendendo às condicionantes edafoclimáticas das regiões mediterrânicas, mesmo em parcelas sob pivot, e o atual cenário de alterações climáticas que se tem vindo a acentuar. Neste caso, num projeto à escala da parcela, e onde temos de produzir alimento para 147 cabeças (CN) da Associação de Criadores Bovinos Mertolengos, que é parceira do projeto, a

Vi sta d a pa rce l a no fi m d e cicl o, a p ó s e n f a r d a ç ã o e p l a s t i f i ca çã o

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proposta é o uso integrado de tecnologias em agricultura de conservação e de agricultura de precisão numa ótica de ganhos agronómicos, ambientais e energéticos. A agricultura de conservação está presente pela condução das culturas forrageiras em itinerários de sementeira direta e a agricultura de precisão através de técnicas do uso de instrumentação e técnicas para monitorização georreferenciada do solo, água, plantas e aplicação a taxa variável de fatores de produção ou monitorização de animais em campo. No limite, o projeto alcança o conceito de circularidade ao avaliar o reaproveitamento de restolhos e a potencialidade de incorporação de resíduos orgânicos no solo.

Onde está a ser aplicado o projeto? O projeto desenvolve-se numa parcela da Herdade Experimental da Comenda, em Elvas, numa área de 30 hectares. É constituído por um consórcio entre o Instituto Politécnico de Portalegre (IPP), o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária (INIAV), a Associação Criadores de Bovinos Mertolengos, a CNH Portugal, a Fertiprado, a AgroInsider, a TerraPro, a Herdade Nave do Grou, a APOSOLO, o ICCAM e a Farming Agrícola. Em que fase se encontram os estudos e que resultados é possível evidenciar? O projeto tem a duração de dois anos, mas tivemos um ano zero preparatório pelo que estamos a consolidar os resultados de três anos de ensaios. Em paralelo com as ações de transferência de conhecimento já realizadas são muitas as variáveis em estudo, entre elas as características físico-químicas do solo para a criação de zonas de maneio diferenciado, a curva de produção da forragem e respetiva composição florística, a avaliação vegetativa ou a relação de custo/qualidade da forragem quando se opta pela aplicação diferenciada de um herbicida. Alguns resultados parciais já foram alvo de publicação, sendo inegável a importância que a condução

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TECH // Entrevista a Luís Alcino

A s a çõ e s d e d e m o n s t r a ç ã o e m ca m p o c o m m á q u i n a s p a r a a p l i ca ç ã o a t a x a va r i á ve l

A fo r r a g e m e s c o l h i d a é u m a m i s t u r a b i o d i ve r s a S p e e d m i x , co m p o s t a p o r a z evé n s e l e g u m i n o s a s a n u a i s

da cultura em sementeira direta tem tido na recuperação da estrutura da camada superficial do solo da parcela, mantendo-se os valores de produção da forragem (7.5 e 9.2 toneladas de matéria para os I e II anos de produção, respetivamente) dentro do intervalo previsto pelo respetivo fornecedor para sistemas convencionais de produção. O conhecimento obtido é facilmente transmissível? Tem sido objeto de demonstração em dias de campo, em que ressalvo

PERFIL Luís Alcino Conceição é professor do Instituto Politécnico de Portalegre e da Escola Superior Agrária de Elvas, e Investigador do VALORIZA/IPP e do ICAAM/ UÉvora. Tem dirigido o seu trabalho de investigação no sentido de associar novas práticas de mecanização e agricultura de precisão tanto à produção animal como à gestão de culturas. Em 2017 abraçou a coordenação do projeto MechSmart Forages.

Luís Alcino, coo rd ena d o r d o MSFo ra g es

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o Dia do Agricultor promovido pelo INIAV, a presença na AgroGlobal com a CNH Portugal e Farming Agricola na demonstração de tecnologia de taxa variável em máquinas agrícolas com ISOBUS e em seminários e workshops onde têm sido abordados parcialmente os temas em estudo. O projeto foi reconhecido pelo AgroIn 2019. Qual a sensação de ser distinguido desta forma? É gratificante perceber que a mensagem passa para o exterior, para o agricultor. Também é uma responsabilidade acrescida para fazer melhor e ir ao encontro de novos desafios. Estão agendadas novas ações de divulgação? Está prevista para os dias 14 e 15 de maio uma sessão de encerramento do projeto com discussão em sala e demonstrações de campo. O programa será divulgado em breve no site do projeto em http:// mechsmartforages.ipportalegre.pt/

Prevê que o projeto se estenda para lá de 2019? Está feita candidatura nesse sentido ao Programa Alentejo 2020, liderada pelo IPP e pelo INIAV, que esperamos venha a ser aprovada, para que possam ser consolidados os conhecimentos e postas em prática novas soluções do sistema de produção em curso. Que possibilidades podem ser exploradas se se concretizar essa extensão? Entre outras, novas opções de fertilização do solo e de rotação de culturas forrageiras com culturas de regadio e a digitalização de todo o processo de produção, da produção de forragem ao controlo do efetivo pecuário e gestão do parque de máquinas.

O p rojeto reco rre a u m a e s t a çã o p a r a m o n i t o r i z a çã o de água no solo

Que potencialidades fornece o projeto aos agricultores? O facto de este campo constituir uma unidade experimental viva que pode ser visitada e dessa forma serem acompanhadas as tarefas em curso. E a possibilidade de se aprender a usar as tecnologias em campo, constatar os resultados obtidos com as mesmas e, no caso particular da Escola, permitir um contacto prático dos alunos de Agronomia, tanto ao nível de licenciatura como de mestrado, com o delineamento e instrumentos utilizados.

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FLORESTA // notícias

BIOMASSA RECURSO ECONÓMICO RENOVÁVEL

OU OPORTUNIDADES DE BIONEGÓCIO EM RISCO? Produtores, empreiteiros, fabricantes e indústrias não conseguem fechar o virtuoso ciclo económico florestal devido à formação dos preços da biomassa. O negócio não está a correr bem e dizem alguns atores que o problema é o mesmo de sempre, a economia P O R C A R LOS B RA N CO

P

or massa total dos seres vivos que subsistem em equilíbrio numa superfície de solo ou volume de água entendemos a biomassa; se esta for florestal saberemos que resulta da gestão e exploração do material lenhoso resultante de cortes fitossanitários, de medidas de defesa contra os incêndios e ainda do controlo de áreas com espécies invasoras. É um recurso que pode ser valorizado e um combustível que está a ser aproveitado para a produção de energias elétrica e térmica. Mas por que razão não está toda a gente satisfeita? Diz-se que pelo baixo preço pago aos proprietários florestais. Não foi a pensar no valor de cada fardo de biomassa florestal que em março se juntaram para um workshop, no Porto, alguns daqueles atores, convocados pela Forestis – Associação Florestal de Portugal, promotora do projeto BioTecFor, no qual participam a congénere da Galiza e o Instituto de Engenharia de

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Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC). O objetivo era dar contributos para tal projeto, que pretende informar e promover a bioeconomia e desenvolver ferramentas e tecnologias inovadoras para melhor aproveitar e valorizar os recursos florestais. Só que, na hora do debate, foi a economia que mais pesou na balança. “[Com o BioTecFor] preocupa-nos a bioeconomia que daí pode resultar através da exploração de recursos florestais, para lhe acrescentar valor. Mas também não tem havido motivação económica dos proprietários para melhor gerirem a floresta. E se os resíduos florestais podem ter um bom destino, para a valorização energética, é preciso haver mercado e logística para a formação de preços”, sustentou Luís Braga da Cruz, antigo ministro da Economia, que já dirigiu a CCDR-Norte e é o atual presidente da Forestis. MAIS CORTE QUE REFLORESTAÇÃO

Pedro Serra Ramos, presidente da

Associação Nacional de Empresas Florestais, Agrícolas e do Ambiente (ANEFA), colocou o dedo na ferida: “A economia é que move o setor, que de momento se encontra praticamente parado, pois o nível de corte é muito superior ao da reflorestação, e quando só estamos muito preocupados com as limpezas do mato caminhamos para um destino insustentável.” “Em Portugal temos um monopólio. Aqui não há a lei da procura e da oferta, mas alguém que, de cima, define o preço, até chegar ao produtor florestal, a quem quase nada chega. Tem sido assim nos últimos 30 anos”, acusou o dirigente dos ‘empreiteiros florestais’, identificando os perigos: “A biomassa e a sustentabilidade estão em risco, pois nós não plantamos. Temos associados que têm viveiros florestais em trespasse e hão-de passar a ser viveiristas agrícolas.” Segundo Pedro Ramos, a biomassa pode ter outras utilizações e a solução é incorporá-la no solo - “sempre aprendemos que os nossos solos não são ricos e se não devolvermos parte do

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FLORESTA // notícias

C E N T R A I S D E VA LO R I Z AÇ ÃO D E B I O M A S SA

Aprovada por Decreto-Lei (nº

indústrias do setor florestal.

64/2017), o regime especial para a instalação de novas centrais de

COMO SE TRANSFORMA

valorização de biomassa define

EM ELETRICIDADE

medidas de apoio e incentivo e

Após a descarga da biomassa na

tem por objetivo fundamental a

central, o combustível é

defesa da floresta, o

armazenado para depois ser

ordenamento e preservação

queimado. Os gases são limpos e

florestais e o combate aos

libertados para a atmosfera. A

incêndios. A sua localização,

produção de eletricidade é

porém, terá de ter em conta os

obtida por um alternador

concelhos com proximidade de

acionado por turbina alimentada

zonas críticas de incêndio ou com

por vapor da caldeira onde

povoamentos florestais e ainda a

circula água. A energia produzida

proximidade com outras centrais

é depois injetada no sistema de

de biomassa florestal ou

abastecimento elétrico.

Luís Braga da Cruz, presidente da Forestis

que lá retiramos não é com a adubação artificial que o fazemos.” FORMAÇÃO DO PREÇO

Braga da Cruz, desta vez mais crítico, expressou dúvidas: “Qual o preço do metro cúbico da biomassa? Não temos forma de o saber. Com a potência instalada das centrais já não há biomassa suficiente, mas o preço do mW/h continua a aumentar. Quanto está a ser remunerada a biomassa sobrante, residual, de um corte. Há por aqui sítios em que é zero euros. Quase é preciso dar

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uma gratificação ao motorista para levar a madeira dali para fora. De quem é a responsabilidade?” A ANEFA já tinha as contas feitas: 8 euros por tonelada de resíduos, pela rechega, trator, reboque e grua; descarga, 2 euros/ton; produção de estilha, 10 euros/ton; transporte (-de 30km), 27 euros/ton. Total, 47 euros/ ton. Disse Pedro Ramos que em França a biomassa é paga a 60 euros/tonelada. A resposta, espera-se que possa ser dada durante a próxima Conferência e Exibição Europeia de Biomassa, que


FLORESTA // notícias

O EXEMPLO VEM DA GALIZA

Francisco Dans, presidente da Associação Florestal da Galiza, diz que a busca por novos produtos florestais já deu os seus frutos, uma vez que a agricultura e a silvicultura conquistaram maior visibilidade na indústria. Não só a região cortou dez milhões de metros cúbicos de madeira, no valor de 270 milhões de euros, como a indústria automóvel já se manifestou interessada em utilizar produtos concebidos a partir da biomassa. No concreto, o grupo francês PSA (Peugeot e Citroen), ali instalado, está a querer fugir dos plásticos e substituí-los por biomassa nos componentes interiores. A utilização da biomassa para aproveitamento energético residencial e para aquecimento em indústrias turísticas não teve impactos negativos na floresta, sublinhou Dans.

e

o

e

270

milhões de euros é o valor da madeira cortada na Galiza

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Pedro Serra Ramos, presidente da ANEFA

se realizará em Lisboa, entre 27 e 31 de maio e que reunirá os principais especialistas continentais na matéria. ESCALADA DO PREÇO?

Só que há notícias contraditórias. Em fevereiro, e citado pelo diário digital Dinheiro Vivo, Carlos Alegria, presidente da Associação dos Produtores de Energia com Biomassa (APEB), lançou o alerta: “Se o preço dos resíduos florestais chegar aos 40/50 euros por tonelada, que é o valor pelo qual são vendidos à indústria da pasta de papel, porque tem

INESC TEC

um maior valor económico, eu fecho a central. Não foi para esse valor que ela estava prevista”. Num espaço de menos de um ano, o preço da matéria-prima que alimenta as centrais a biomassa que estão a nascer por todo o país praticamente duplicou: de 25 a 27 euros por tonelada, para o dobro.” Isto é, quando essa matéria-prima existe: ainda em janeiro, o mesmo líder da APEB disse ao Jornal de Negócios: “Com os incêndios que ocorreram nos dois últimos anos, a quantidade de biomassa existente reduziu significativamente.” Talvez por isso, Pedro Ramos disse no debate que “muita madeira está a ser consumida como biomassa florestal. Madeira pura.” Outro participante, da fileira dos prestadores de serviços florestais exclamou: “Não matem a galinha dos ovos de ouro!”, justificando que enquanto não houver valorização não há incentivo para nada. “Quando se olhar para a biomassa como um negócio a sério, tudo bem. Quando se plantar biomassa como se planta milho, colher-se-á biomassa. Quando se der uso a terrenos desaproveitados teremos incentivos. Quem planta não irá virar costas, vai tratar,

HÁ 20 ANOS A FAZER ROBÔS

Os técnicos de robótica do INESC TEC fazem robôs há mais de 20 anos para a indústria, mas foi desde 2014 que se lançaram na agricultura e floresta e já têm máquinas autónomas a trabalhar nos difíceis e acidentados terrenos das vinhas do Douro. Filipe Neves dos Santos é um dos rostos da equipa, que é parte do projeto BioTecFor. O contexto do trabalho para a fileira florestal está bem identificado: a maioria da área florestal está na posse de 400 mil agricultores, mas são áreas muito pequenas onde as máquinas grandes não entram. Também o roteiro ficou estabelecido: fazer máquinas que consigam interpretar o ambiente, que consigam fazer a limpeza,

procurar soluções de pré-processamento, realizar limpeza de taludes, autofertilização, poda do pinheiro, seleção de varas e rearborização. E com o pressuposto de terem menor peso e provocarem a mínima compactação do solo. “Há escassez de mão-de-obra para a limpeza, os custos por hectare

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vai garantir que o espaço estará limpo, pois no fim sabe que a madeira que vender será valorizada. Aí sim, haverá investimento em mecanização. Quando esta madeira queimada se acabar, não tendo havido novos plantios, iremos buscar madeira onde?” SEM INCENTIVOS, NADA FEITO Os fabricantes e representantes de maquinaria e prestadores de serviços que participaram na sessão – Vicort, Herculano, ForestCorte, Agriduarte, Seppi e Fravizel – também manifestaram desconforto com a atual situação, e se revelaram que estão à altura do desafio, na medida em que dispõem de material adequado às tarefas, disseram que, sem incentivos, não estão em condições de seguir o muito dispendioso caminho da inovação. O presidente da ANEFA foi mais longe: “Isto tem um grande impacte na fraca capacidade dos prestadores de serviços, que investiram imenso na nova tecnologia. Quando falamos de equipamentos que nos custam 400 mil euros procuramos saber qual é a estratégia, mas ela não existe.” “Tudo isto é um problema complexo e há que o segmentar. O que aconteceu em 2017 repetir-se-á, pois o nosso problema é de combustível a mais. Mas se não há racionalidade económica o problema subsistirá. O certo é que é preciso reduzir o volume de combustível”, rematou Luís Braga da Cruz.

multiplicaram-se por quatro e há acidentes com máquinas agrícolas e com queimadas. A exemplo do que se faz na Noruega, onde se trabalha com máquinas teleoperadas [custam 1000 euros por cv], temos aqui potencial para os fabricantes portugueses e também há robôs capazes de executar replantação. Estamos a estudar como é possível automatizar este processo.” No exterior do edifício estava uma máquina autónoma, de 1200kg e 75 cavalos, onde a equipa testou a automatização de processos e o desenvolvimento de novas alfaias que permitam fazer tais operações, não tão rápidas, mas que podem operar por 24 horas, sendo também capaz de mapear a floresta em 3D. “É bom que o robô saiba onde se encontra, pois nem sempre há GPS na floresta e para isso usamos câmaras térmicas que permitem detetar pessoas e animais, evitando que os coloquem em perigo. E sendo térmicas, pode igualmente realizar agricultura de precisão, pois perceberá se há stress nas plantas durante da limpeza da biomassa, precisa Filipe Neves dos Santos.

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FLORESTA // notícias

O DESERTO ESTÁ A PASSAR o Mediterrâneo para norte

INVESTIGADORES E DIRIGENTES REUNIRAM-SE EM GRÂNDOLA PARA DEBATER O DECLÍNIO DO MONTADO. NUM MEIO ONDE HÁ PROBLEMAS, MAS NÃO HÁ SOLUÇÕES, A CAP APRESENTOU DUAS PROPOSTAS A PENSAR NA SUSTENTABILIDADE P O R J OÃO S O B R A L

“Gestão Florestal, território e riscos naturais – montados, sobreirais e azinhais”. Foi este o tema de uma conferência realizada em

da investigação adequado ao ritmo de Eduardo Oliveira e Sousa, presidente da CAP

perda de vitalidade dos montados?” Já João Soveral alertou que “não está

Grândola, a 17 de abril, pela CAP e pela

ao alcance do proprietário fazer o

Associação de Agricultores de Grândola

que lhe apetece, sem considerar as

(AAG), que contou com a presença do

condicionantes da economia.”

Presidente da República.

Quase a encerrar os trabalhos, Eduardo

Começaram os investigadores.

Oliveira e Sousa alertou: “A floresta da

Conceição Santos Silva alertou que, sobre

nossa região, a região mediterrânica,

a floresta, “o presente que presumimos

atravessa uma das mais graves crises

conhecer tem dez anos”, porque o último

forma transversal, não sabemos qual é o

da nossa existência […] O desafio é

Inventário Florestal Nacional é de 2010.

atual estado do montado em Portugal.

gigante, mas não o enfrentar é criminoso.

E se quisermos ver dados relativos à

A meio dos trabalhos, Luís Dias, da

As expectativas da sociedade levam os

densidade de árvores por hectare é

AAG, levantou uma dúvida. “Estará o ritmo

decisores públicos, através da força da lei,

preciso recuar a 2005. Ou seja, de uma

de produção de conhecimento do lado

a impor à gestão florestal uma extensa e


pouco razoável lista de obrigações e impedimentos. Não só se diminui a liberdade de atuação dos produtores como se impõe

A GAMA MAIS INOVADORA NO SETOR DAS MÁQUINAS FLORESTAIS, BIOMASSA E AGRÍCOLAS

um modelo pouco produtivo e por vezes contraproducente face aos objetivos”, disse o presidente da CAP. “Os meteorologistas dizem que o deserto vem aí, que está a passar o Mediterrâneo para Norte. E o clima evidencia isso mesmo. O avançar do deserto traz-nos mais calor, menos água, em especial menos períodos de chuva, o que dá origem a toda uma reação em cadeia de diminuição de árvores, menos sombra, maior temperatura no solo, logo menos matéria orgânica, menos capacidade de reter água, pastagens pobres, erosão intensa, outra vez morte de mais árvores e assim sucessivamente até à imagem do deserto que retemos na nossa imaginação”, concluiu. A CAP sugeriu, então, a criação de medidas necessárias para dar resposta aos problemas: - Criar um programa de compensação pelos serviços do ecossistema proporcionados

ESTILHADORAS COM MOTOR A GASOLINA OU A DIESEL

pelos montados. A compensação paga aos produtores florestais seria suportada pelo fundo ambiental; - Montar um programa específico de investigação e experimentação de gestão dos montados, dotado financeiramente, para dar resposta aos problemas de natureza fitossanitária e adaptação às alterações climáticas. Estilhadoras a trator

Triturador Florestal

PRESIDENTE DA REPÚBLICA CRITICA COMUNICAÇÃO Antes de chegar ao auditório onde decorriam os

Fresa e trituradora de pedra

Triturador lateral

trabalhos, Marcelo Rebelo de Sousa visitou uma zona do concelho de Grândola onde o montado está em calamitoso declínio. Já no evento criticou a postura dos media. “Naquilo que é muito um retrato do país, verificou-se que a grande comunicação social lá estava [na visita de campo], ouviu as explicações

Triturador agrícola

Trituradora agrícola com desplaz. hidráulico

todas dos especialistas e depois fez questões que não tinham nada a ver nem com o ambiente que nos rodeava, nem com o propósito que presidia à nossa presença, nem com o encontro de hoje. Isso explica o porquê da dificuldade de fazer passar mensagens”. E nas televisões foi mesmo o que aconteceu. No contexto de hoje, o que urgentemente

Triturador hidráulico

Destroçador florestal agrícola

interessa discutir a propósito da floresta é a sua sustentabilidade. Mas, por mais meritório que seja o trabalho, como o que foi desenvolvido pela CAP e pela AAG, o tema dificilmente tem lugar na agenda cultural, mediática e política. Trituradora autoalimentada de olivo

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ANTIGAMENTE ERA ASSIM...

1919: era assim a equipa inicial da Metalúrgica Benaventense. Em baixo, a fábrica em instalações modernizadas e de grande área coberta (1963)

Chama-se Ribatejo, faz 100 anos E É PRODUTO NACIONAL APRECIADO PELO MUNDO T E X TO C A R LO S B R A N CO

À BEIRA DO CENTENÁRIO, A RIBATEJO É PARTE INTEGRANTE DO GRUPO JOPER E CONTINUA A ORGULHAR-SE DE PRODUZIR UTENSÍLIOS NACIONAIS DE QUALIDADE. DE BENAVENTE PARA A AGRICULTURA DE TRÊS CONTINENTES E EM 14 PAÍSES

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P

ela estrada plana, a EN118, que corre por entre várzeas e a apenas 50 km de Lisboa, quase à beira do Sorraia, o edifício baixo, tão branco quando longo, destacase pela placa que encima os portões de correr da unidade fabril - “Ribatejo”, a marca de alfaias agrícolas que a Metalúrgica Benaventense registou em 1962. A sua história fora iniciada bem antes, em agosto de 1919. A Metalúrgica Benaventense, Lda. foi fundada por Joaquim

Baptista de Almeida e João Marques Ribeiro, era então o ambiente cultural nos campos muito diferente, demasiado distante da motorização agrícola, que só ocorreria nas décadas de 60 e 70. Os utensílios e alfaias eram manufacturados em madeira, mas já o seu fundador tinha na sua posse uma patente (datada de 1903) de um descarolador de milho, projeto com que deu início à produção, em 1919, mas também de enfardadeiras mecânicas. O Ribatejo, região agrícola por excelência, com áreas extensas

MARKETING

A Ribatejo sempre teve uma forte presença comercial e publicitária em Portugal e também nos mercados internacionais

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GRANDES DATAS 1921 Início da construção de descaroladores de milho.

1928

Ajude-se a si mesmo preferindo sempre os artigos nacionais EXPRESSÃO UTILIZADA EM PUBLICIDADE DA METALÚRGICA BENAVENTENSE AOS SEUS PRODUTOS

e solos planos e férteis, ocasionalmente alagados pelas águas do Tejo - ainda hoje acontece, mas fundamentalmente antes das obras de hidráulica -, assistiu à chegada dos primeiros tratores agrícolas a Benavente, zona privilegiada para o desenvolvimento de indústrias ligada à mecanização da agricultura. E foi devido à intensificação da cultura do arroz que a metalúrgica iniciou, em 1930, o fabrico de bombas centrífugas para água, e que a curto prazo se implantaram em todo o mercado nacional. As máquinas tornaram imperativo o desenvolvimento de alfaias mecânicas que melhor se adaptassem aos tipos de cultura da região. E por essa razão deu-se início ao fabrico de charruas e grades de discos, charruas de aivecas fixas e reversíveis, charruas especiais para o cultivo do arroz, debulhadoras, derregadores, caixas de carga, grades de bicos rígidas e articuladas. Mais os margeadores/abre regos, pás niveladoras, porta alfaias, semeadores, subsoladores e todo um conjunto de aparelhos que permitissem o melhor rendimento pela aquisição do trator. REGISTO E ESPECIALIZAÇÃO A Metalúrgica Benaventense haveria de registar o nome da marca Ribatejo em 1962, altura em que, pelo crescente sucesso da mecanização agrícola e consequente aumento do número de vendas de tratores foi necessário optar pela especialização do fabrico de gamas de produto para o

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trabalho do solo, fundamentalmente através do fabrico de charruas de aivecas, escarificadores e subsoladores. A aceitação do mercado pelos produtos Ribatejo, que se firmava no panorama industrial agrícola nacional, levaram a empresa a um esperado crescimento e à mudança, em 1963, para as instalações que atualmente ocupa. Os mercados agrícolas externos sempre se desenvolveram mais rapidamente que intramuros, pelo que não foi de estranhar a bem sucedida ofensiva comercial fora de portas. De tal forma que a empresa, em franco desenvolvimento, se viu forçada a investir no desenvolvimento industrial, socorrendo-se de maquinaria tecnologicamente avançada, apetrechando-se com instrumentos de robótica para soldadura. Em 2013, o sucesso dos produtos Ribatejo levou a Joper a integrar a marca no seu grupo, formando um aglomerado muito homogéneo (Joper, Tomix e Ribatejo) de fabricantes de equipamento para mobilização do solo e tratamento de culturas. O mais recente desafio – o da internacionalização – está longe de ter terminado, pois o grupo tem criado uma dinâmica produtiva e de inovação capazes de despertar a atenção internacional, razão pela qual exporta para 14 países dos continentes europeu, americano e africano.

Fabricam-se as primeiras enfardadeiras mecânicas de braços articulados.

1940

As debulhadoras de arroz começam a sair da linha de montagem.

1945 Charruas rebocáveis de aivecas são produzidas até 1958, simultaneamente com idênticas alfaias destinadas a tratores, já reversíveis e munidas de sistema hidráulico a três pontos.

1962 A marca Ribatejo é registada na repartição da Propriedade Industrial. No mesmo ano começam a ser produzidas charruas de dois e três discos e grades de disco montadas e rebocáveis.

1963 Início da atividade nas atuais instalações de Benavente, onde passa a ser possível fabricar rodas de ferro específicas para tratores destinados a trabalho em zonas orizícolas.

1974 Expansão das linhas de charruas e escarificadores e cria-se um rachador de lenha. Inicia-se a prospeção de mercados potenciais, seja no norte de África, seja em França ou no Reino Unido.

1987 Em associação com a Joper e a Mano conquista-se uma forte penetração comercial no mercado marroquino.

2000 A Ribatejo investe em avançados equipamentos de produção (Oxicorte, CNC, robô de soldadura, C.A.D.).

2013 A Metalúrgica Benaventense, Lda. é adquirida pela JOPER, empresa de referência no fabrico de máquinas e equipamentos agrícolas, consolidando um grupo homogéneo (Joper, Tomix e Ribatejo) na área da mecanização agrícola.

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USADOS: Kubota 2050DT • Kubota 2850DT • Kubota L295DT • Kubota B2100 • NH T4050 • NH T3030 • NH TN55V • Kioti FX50 c/cab. • Hurlimann H-481-XF • MF 1230 • MF 253 • Shibaura S330 • Shibaura S435

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USADOS: JD (x2) 5500 17.000€, 1446F - 12.000€ • Case IH 2140 DT 9.500€ • Same Solaris 55 • NH TN95FA cab. 22.000€ • Trator p/ peças NH TS115A - 6.000€ • Adubador Rocha kc 500

CENTRO

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LEIRIA | SANTARÉM

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“SE OS TRATORES SEMPRE FORAM A MINHA SEGUNDA CASA, AGORA SÃO MESMO A PRIMEIRA” SEAC CONCESSIONÁRIO NEW HOLL AND Diz quem sabe que o distrito de Aveiro é dos mais difíceis para vender máquinas agrícolas, mas foi o eleito por um sub-30, que ao começar pelos “Distritais” já está a jogar para o título. João Antão, líder da SEAC, também já chegou ao Porto e é um dos pontas-de-lança da New Holland

É

em Pardilhó, vila do concelho de Estarreja, distrito de Aveiro, entalada entre a ria, cujos braços se estendem até Ovar, a Norte, e as grandes ligações viárias, as A29 e A1, e no centro de um triângulo que a Sul tem vértices na Murtosa e em Estarreja, que a New Holland encetou, há cinco anos, uma parceria tão sui generis quanto proveitosa. Ali nasceu a SEAC, concessionária para Aveiro e Porto, ideia de dois irmãos que sempre conviveram com tratores. Netos e filhos de homens ligados à

reparação e comércio de tratores, José e João Antão fundaram a SEAC há cinco anos, ainda não tinham 30 de idade. Mas teve que ser assim, após a morte do pai, tornando-se adultos à força. É João Antão quem agora conduz, a solo, a empresa depois de ter comprado a quota da sociedade que cabia ao seu irmão. “Sempre tivemos o gosto pelos tratores e em particular pela New Holland. Um dos primeiros tratores que o nosso pai comprou foi um Ford. Daí o gosto pelas máquinas e o interesse em abrirmos este negócio e sermos concessionários

A linha New Holland utilitária em exposição e uma enfardadeira Roll Baler a aguardar entrega

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da New Holland. Contactámos o João Bizarro [inspetor de vendas] e as coisas NNewproporcionaram-se”, conta João Antão, que recorre à memória da infância: “Na nossa vida houve sempre maquinaria metida ao barulho e se os tratores sempre foram a minha segunda casa, agora são mesmo a primeira.” E teria mesmo que a ser, pois manter uma parceria com a New Holland tem as suas exigências. João Bizarro explica porquê: “É pouco usual aparecer alguém com esta idade a vender máquinas agrícolas e a criação desta empresa até vai contra os padrões da New Holland, que por norma não teria necessidade de avançar com uma concessão a iniciar do zero. Foi um projeto impressionante, por terem menos de 30 anos. Há quem viva há 30 anos neste negócio e sinta dificuldades em sobreviver. Mas também é um desafio, pois este meio está algo envelhecido e a necessitar de gente jovem.” SEMPRE EM FORMAÇÃO Tal desafio é alimentado e nutrido todos os dias. Segundo João Antão, a New Holland obriga-o a trabalhar e a crescer. “Temos apoio fantástico, mesmo a nível de formação, mas também a nível de gestão. Eu não tinha experiência em gerir uma empresa, pelo que todos os dias são dias de formação. Ainda que já tivesse relacionamento com clientes, pois já

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CONCESSIONÁRIO EM FOCO // Seac

Parte da equipa técnica e administrativa

DOS UTILITÁRIOS À CEIFEIRA, UM FEITO HISTÓRICO Já se disse que a filial do Porto tem maior apetência para os clientes profissionais, para as máquinas de maior potência, mas em Pardilhó, ainda que essa franja se situe entre os 75 cv e os 120 cv, o modelo mais procurado é o T5.95 Utility Power Shuttle. “São as potências e o produto-tipo desta zona. Daí a importância de alargarmos o nosso leque de clientes, para que possamos despertar interesse em toda a gama”, salienta o jovem empresário, que não esquece alguns dos êxitos já obtidos: “No ano passado vendemos uma ceifeira debulhadora para Ovar” – talvez a única vendida nos últimos 20 anos no distrito de Aveiro, disse João Bizarro -, “e temos agora para entregar, no Porto, uma enfardadeira de fardos gigantes. E no ano passado também vendemos duas enfardadeiras de fardos redondos. Estamos a fazer um esforço para colocar mais máquinas no terreno.” Para o gestor da New Holland, a SEAC tem feito um esforço notável, até mesmo na área industrial, seja na comercialização de mini-giratórias ou mini-carregadores e retroescavadoras. Se ainda falta uma máquina de vindimar, a ceifeira vendida foi um facto tão impensável quanto histórico nesta altura e nesta região, também já se disse, de difícil penetração.

A equipa da filial do Porto

os equipamentos New Holland, sem exceção”, sustenta João Antão.

acompanhava o meu pai com os negócios [geria a Casa Rola, muito conhecida e prestigiada], toda a gente aqui me conhece, desde garoto.” Ao que foi dito por João Antão, João Bizarro acrescentou-lhe outro fator – o mérito: “[O João] já nos demonstrou que os desafios com ele são concretizáveis. Os riscos, hoje, seriam menores. É verdade que não estamos habituados a este tipo de desafios em outras bandas, mas gosto que assim seja e por isso digo que não foi um salto no escuro. A SEAC já cresceu de 3 ou 4% de quota nesta zona para a quota de mercado que a NH tem a nível nacional.” CHEGADA AO PORTO Há cinco anos com porta aberta, nas mesmas instalações – uma antiga carpintaria, toda reformulada e adaptada, a SEAC dificilmente ainda se encaixa naquele espaço. João Antão diz que assim que ali chega, pela manhã, pensa no assunto. Mas isso é algo que ainda vai ter que esperar. O que não esperou foi a abertura de uma filial, e logo no Porto, apenas dois anos decorridos após a união com a New Holland. “As coisas funcionam a grande velocidade e nós pensamos com ambição”, atira João Antão. João Bizarro contextualizou: “Tínhamos terminado uma concessão no Porto, mas há um parque de máquinas excelente em Vila do Conde, e aqueles agricultores diziam-nos

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João Antão, líder da SEAC

que se sentiam algo desacompanhados. Pois o João [Antão] disse-nos que tinha um projeto para a zona, e depois que o analisámos não tivemos dúvidas que era o melhor e decidimos arrancar, e rapidamente. Estamos muito satisfeitos. Estes jovens jogavam nas Distritais com os tratores usados e passaram a jogar para o título com a New Holland. E logo a seguir foram convidados para disputar a Liga dos Campeões, no Porto, numa nova área que lhes era desconhecida.” “O mercado do Porto é mais profissional, onde os equipamentos são de maior potência, e foi um projeto para levar a SEAC para outro nível e também para mostrar que estamos para ficar, alargando o leque de produtos e de potenciais clientes. Desta forma conseguimos ter mais hipóteses de comercializar todos

EQUIPA EXPERIENTE A concessão conta com 16 colaboradores (12 em Pardilhó e quatro no Porto), tem um grande stock de peças e os serviços técnicos têm experiência acumulada de décadas, podendo proceder a reparações na concessão e no terreno. Como João Antão diz, o agricultor gosta de ser assistido ontem. “Temos disponibilidade para ir ao local. A nossa prioridade serão sempre os New Holland, e tudo faremos para que a máquina fique parada o menor tempo possível. A maior parte dos nossos técnicos trabalha com a marca há 20 anos.” João Bizarro enfatiza a questão da difícil natureza do mercado e dos seus atores: “O concessionário é apertado pelos clientes e a região permite margens pequenas e por norma as empresas com menores estruturas são as que sobrevivem, pois têm menores custos. Dito isto, e depois de termos estado quase no zero, em 2018 chegámos aos 15 ou 16%, com mais de 25 matrículas novas. Só é pena que dêem pouco valor ao que o concessionário lhe oferece, como não acontece em outras áreas do país, onde o cliente olha com outros olhos para as especificações do produto e todo o serviço pós-venda. É uma zona difícil e já tivemos aqui concessões que deixaram de trabalhar connosco.” João Antão perspetiva o futuro com otimismo: “O objetivo é consolidar a marca New Holland e a casa SEAC nos dois distritos e dinamizar todos os produtos do portfólio da New Holland. Para isso, agradeço a toda a equipa Seac pelo esforço diário pela empresa e aos clientes que têm confiado no nosso trabalho.”

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EVENTOS // Gincana de Creixomil

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GINCANA DE CREIXOMIL

GANHA PESO E ESTABILIDADE E ASSIM SE FAZ UMA TRADIÇÃO Começou por ser uma brincadeira, nunca deixou de o ser e se a malta toda de Creixomil, uma pequena freguesia de Guimarães, continua a entusiasmar-se com a força dos tratores e a perícia dos seus operadores, então o melhor ainda está para vir. Para o ano, a 5ª edição poderá ter mais novidades. O pessoal acredita FOTOS A M É R I CO R O D R I G U E S E B R U N O M E N E S E S

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EVENTOS // Gincana de Creixomil

I m p e cá ve i s o s M a s s ey F e rg u s o n q u e s e p a s s e a ra m n o co r t ej o , o n d e m a i s d e 1 0 0 t ra t o re s f i ze ra m a s d e l í c i a s d a a s s i s t ê n c i a . E a l g u é m re p a ro u n o a r d i ve r t i d o d o d o n o d o m o t o c u l t i va d o r B a r b i e r i co m re b o q u e?

N

ão foi o adiamento por uma semana, de 6 para 13 de abril, devido a anúncio de chuva forte, que fez esmorecer os ânimos da rapaziada de Creixomil, pois que até choveu no dia da função. E se havia charcas e lama, também os mais de mil convivas estavam com uma vontade férrea de ver máquinas à desfilada. Só não quiseram foi sujar a roupa, deixando vazia a lista de inscritos da prova de arrasto humano – uma dezena de homens fortes, um cabo de tração e um trator. Mais a gritaria e o ronco da máquina. Daniel Salgado, um dos organizadores do evento, sabia que a Gincana iria ter sucesso: “Estamos muito ocupados profissionalmente, mas vamos buscar forças onde não as temos para executarmos este convívio da melhor forma possível. Somos louvados pelos amigos. Há sempre quem não goste de uma ou outra coisa, mas para isso já temos uma caixinha de sugestões. Só queremos é que as ideias sejam construtivas.” Os apoios concedidos à organização surgem cada vez com mais naturalidade. “À medida que vamos ganhando peso e estabilidade, torna-se cada vez mais fácil montar a prova, pois o pessoal acredita no nosso trabalho e evento. Para além do apoio de abolsamia na divulgação da Gincana, a Câmara Municipal e a Junta

de Freguesia não faltaram à chamada, mas também a Bridgestone, a Fam, J.S. Gomes, Torre Marco, Mecagriminho, Brás e Vasconcelos e a Novais Ferreira juntaram algo mais ao “bolo” da organização. O cortejo matinal que antecedeu o almoço contou com 100 inscritos, e entre eles algumas preciosidades. Alguém reparou na gadanheira de facas de acionamento manual com grade em madeira, montada num Renault laranja? O tractor pulling, já se sabe, bem assim como a prova de perícia com trator e reboque captaram a atenção da vasta plateia. Um Fendt prometia a vitória, mas foi um New Holland que “limpou” o percurso de força. Diz Daniel que tudo isto vem do norte da Europa e a equipa foi à Alemanha ver como se fazia. “Inventámos a máquina, fizemos horas noturnas, ao jeito amador, mas o melhor possível. E se para o ano

já pensamos em coisas novas não vamos ainda falar delas, pois também gostamos de criar surpresas.” O que também não irá mudar é o local de realização da Gincana. “É do melhor que há. É jóia!”, afiança Daniel Salgado.

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EVENTOS // Gincana de Creixomil

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P re c i o s i d a d e : u m R e n a u l t D 2 2 e n g a t a d o n u m a g a d a n h e i ra co m t a b u l e i ro p a ra fo r m a r m o l h o s d e fe n o . E s t e t a b u l e i ro e m m a d e i ra e ra a c i o n a d o p o r u m o p e rá r i o q u e s e g u i a n a p ró p r i a a l fa i a

O CORTEJO MATINAL QUE ANTECEDEU O ALMOÇO CONTOU FOTO ANDRÉ MATOS

P ú b l i co n ã o fa l t o u n o re c i n t o e n a m a n g a p a ra a s p rova s d e fo rça

R a p i d ez e m u i t a p e r í c i a s ã o a c h a ve p a ra u m a b o a o p e ra çã o

A b o l s a m i a vo l t o u a m a rca r p re s e n ça n a 4ª G i n ca n a d e C re i x o m i l

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Este New Hol la nd ve n ce u a p r i n c i p a l ca t e g o r i a d a p rova d e fo rça

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EVENTOS // Gincana de Creixomil

M a n o b ra r t ra t o r e re b o q u e e m m a rc h a - a t rá s n ã o é t a re fa fá c i l e m e s p a ço del i m itado

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DOIS DEDOS DE CONVERSA COM...

apresentação Nome

Liliana Guerreiro Idade

38 anos Onde trabalha

Maquifataca, Lda. (Fataca, São Teotónio, Odemira) Por conta própria ou por conta de outrem?

Por conta própria Qual é a atividade da exploração/empresa?

Prestação de serviços à agricultura Usa as redes sociais para divulgar o dia-a-dia no campo?

Uso o Facebook, Instagram e Youtube

Liliana Guerreiro [prestadora de serviços na zona de Odemira]

B

em-vindo à “Dois dedos de conversa com”, uma rubrica onde conhecemos um pouco melhor os agricultores e tratoristas do nosso país. Porque “se o campo não planta, a cidade não janta”. Desta vez estivemos à conversa com Liliana Guerreiro, prestadora de serviços em Odemira.

A sua família trabalha no campo e é daí que vem a ligação ao setor?

Até aos 17 anos de idade não tinha absolutamente nenhuma ligação ao sector agrícola. Estava emigrada na Alemanha, onde conheci o homem com que me casei. Aos 19 anos regressei a Portugal e foi quando me comecei a integrar na agricultura. O meu sogro tinha umas máquinas e prestava serviços para fora e foi nessa altura que o meu marido se juntou a ele e começámos a realizar a prestação de serviços. Com que idade se começou a interessar por máquinas agrícolas?

Em 2001/2002 evoluímos um pouco as máquinas e tratores e devido à falta de

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manobradores decidi tirar a carta e juntarme à equipa. Pensei que não seria nada que eu não conseguisse fazer. Como descreve a sensação de as manusear?

De início tinha medo, devido ao tamanho das máquinas, mas neste momento lido com elas como se já tivesse nascido ensinada [risos]. O que é que há nas máquinas com que trabalha que mais lhe facilita a vida?

As máquinas, com a evolução que têm tido, estão cada vez mais autónomas, fornecem mais informação, são mais rápidas e confortáveis. Quais as tarefas que mais gosta de realizar?

O que gosto mais de fazer é enfardar com a minha combinada, carregar silagem com o trator e o reboque e cortar erva e milho com a automotriz. Quando está no trator, o que prefere ouvir?

Quando ando a trabalhar quem me faz companhia os dias inteiros é a RFM, pois adoro ouvir música.

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Dar massa e limpar o filtro fica para outro dia?

A manutenção é um dos fatores mais importantes da vida das máquinas e da qualidade de trabalho que vão desempenhar. E sabemos que não se deve deixar para amanhã aquilo que se pode fazer hoje. Dar massa e limpar o filtro fica para outro dia?

Não, sou muito cautelosa quando toca a evitar avarias. É fundamental para o bom desempenho da maquinaria que esteja sempre lubrificada, limpa e com todos os níveis retificados. Qual é a melhor parte de trabalhar na agricultura?

É trabalhar no campo ao ar livre, é a cultura que se fez com qualidade, é a satisfação do cliente com o trabalho realizado. Qual é a parte mais frustrante de trabalhar na agricultura?

Sem dúvida, o horário de trabalho em campanhas, pois não há fins-de-semana, feriados, nem tão-pouco um horário bem definido. Mas também a desvalorização do trabalho agrícola, pois se o que se produz vale cada vez menos, tudo o que se consome está cada vez mais caro. Tem intenção de procurar trabalho noutro ramo?

Em 2015 iniciámos esta empresa Maquifataca. Lda. e estamos focados no profissionalismo e qualidade de trabalho que temos vindo a construir, com sucesso, com trabalho árduo, pelo que não me vejo a desistir. E para lá da agricultura? O que faz quando não está a trabalhar para a exploração/empresa?

Sou mulher, mãe, dona de casa, como qualquer outra mulher. O que é que o faz rir?

A boa relação com a equipa de trabalho, companheirismo, o valorizar todos da mesma maneira sem levarmos uma relação patrão/empregado. Somos uma família e zelamos pelo bemestar de todos. Brincar também faz parte. Muitas vezes temos que levar o bom humor para o trabalho visto passarmos muitas horas juntos e é graças a essa cumplicidade que chegámos onde estamos. O que é que o chateia?

Não conseguir chegar a todo lado ao mesmo tempo, mas também as avarias imprevistas. Se ganhasse a lotaria, qual seria a primeira coisa em que ia investir?

Se ganhasse a lotaria comprava máquinas novas, tudo topo de gama e metia-as em cada exploração para satisfazer toda a gente [gargalhada] É leitora da revista abolsamia? De que rubricas?

Sim. Somos muito curiosos e estamos sempre à procura de novidades do melhor que exista no mercado.

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O GRUPO JOPER, do qual fazem parte a JOPER (94 colaboradores), a TOMIX (68 colaboradores) e a RIBATEJO (14 colaboradores), é hoje um grupo de referência na Península Ibérica, na conceção e fabrico de equipamentos agrícolas e industriais. Apresenta-se hoje no mercado com uma das mais vastas gamas de produtos, tendo como principal prioridade o investimento no desenvolvimento tecnológico. A JOPER, fundada em 1941 inicia a sua atividade em Torres Vedras, com a reparação e o fabrico de Carroças e Alfaias Agrícolas manuais. Alguns anos mais tarde, com o aparecimento dos primeiros tractores, inicia o fabrico de Reboques e Alfaias Agrícolas, paralelamente com o fabrico de Carroçarias para camiões. A TOMIX, fundada em 1924, iniciou a sua atividade com o fabrico de Pulverizadores de dorso manuais, numa pequena aldeia, perto de Torres Vedras. Em 1997, a JOPER adquiriu 75% do capital da TOMIX, permitindo criar um grupo homogéneo na área da indústria da mecanização agrícola, obtendo-se assim, um melhor aproveitamento das sinergias de ambas as empresas. Em 2013, JOPER adquire 100% do capital da RIBATEJO Metalúrgica Benaventense, Lda., empresa fundada em 1919, com elevado Know-how no fabrico de Charruas. Em conjunto, a JOPER, a TOMIX e a RIBATEJO produzem mais de 5.000 máquinas/ano, as quais se destinam a 16 países na U.E, África e América, tendo como principais mercados, Espanha, França, Marrocos, Angola e Moçambique.

Dep. Comercial: +351 261 330 901 | Fax: +351 261 330 904 E-mail: joper@joper.com.pt | comercial@joper.com.pt Sítio online: www.joper.com.pt

Dep. Comercial: +351 261 335 621 | Fax: +351 261 335 625 E-mail: tomix@tomix.com.pt | comercial@tomix.com.pt Sítio online: www.tomix.com.pt

Dep. Comercial: +351 263 516 444 | Fax: +351 261 516 487 E-mail: ribatejo@ribatejo.com.pt | comercial@ribatejo.com.pt Sítio online: www.ribatejo.com.pt Telef Deleg. NORTE: +351 253 605 840 | Fax: +351 253 286 354 E-mail: joper@tomix.com.pt

Em conjunto, o GRUPO JOPER produz mais de 5.000 unidades agrícolas e industriais por ano, daquela que é a MAIS COMPLETA GAMA do MERCADO!!

16 PAÍSES

Espalhados pela União Europeia, África e Américas. Destes, destacam-se países como a Espanha, França, Marrocos, Angola e Moçambique.



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