abolsamia 115

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Nº115 MARÇO / ABRIL 2019

abolsamia.pt

A REVISTA DA MECANIZAÇÃO AGRÍCOLA

AGRICULTURA 4.0 // GESTÃO DE PARQUE DE MÁQUINAS // NOVIDADES VALTRA

MERCADO DE TRATORES 2018 FECHOU COM QUEBRA DE 3,6% New Holland recupera liderança

JOHN DEERE

APOSTA NO ALQUEVA LUCROS EM ALTA

TESTES EM CAMPO CASE IH FARMALL 75A MCCORMICK X7.690 P6-DRIVE

ESPECIAL SIMA 2019

Novidades premiadas O software já reclamou o seu espaço

Ano XXVI . Nº 115 Bimestral março / abril 2019 Diretor Nuno de Gusmão Preço: € 6,00 Cont. / ISSN 2183-7023


ENFARDADEIRAS F441R ALTA CAPACIDADE — DESIGN ROBUSTO

S I S T E M A D E A L I M E N TAÇ ÃO D E A LTA C A PAC I DA D E ( D E D O S D O R O T O R F E I T O S D E P L AC A D E D E S G A S T E H A R D OX ® ) *

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Rolamentos de esferas robustos da câmara de 50 mm

* Hardox ® é uma marca registada do grupo de empresas SSAB.


EDIÇÃO 115 março 2019 / abril 2019 EDITORIAL

AGORA, O DIGITAL QUE NOS SURPREENDA Estimado leitor, As máquinas agrícolas começaram por ser puramente mecânicas (hardware), e aos poucos a componente eletrónica (software) foi ganhando peso. Apesar de, nos anos mais recentes, as marcas terem vindo a criar gamas básicas, os produtos que se posicionam na vanguarda da tecnologia continuam a fazer o seu caminho. Vem isto a propósito da nossa ida ao SIMA, onde, como era de esperar, foi este segundo grupo que esteve mais representado. Ainda assim, num primeiro olhar poderíamos ser tentados a dizer que o salão não foi rico em novidades. Algumas renovações de produto que eram aguardadas não se concretizaram ainda, tendo sido adiadas para a Agritechnica. Mas quando secundarizamos o hardware e olhamos para a mecanização também como software, podemos dizer que foram várias e relevantes as apresentações feitas em Paris.

Nos dias de hoje, as inovações nem sempre surgem na forma de uma máquina, identificável num primeiro olhar, mas sim como novas funcionalidades. Estamos a assistir a uma revolução na qual as inovações mais surpreendentes tendem a surgir menos no domínio do hardware e mais no domínio da tecnologia digital. Uma nota também para os pneus. Em edições recentes do SIMA, os rastos de borracha estavam em toda a parte. Em 2019, continuavam a ocupar algum espaço, mas as marcas de pneus introduziram padrões alternativos de piso e o funcionamento com baixas pressões abre novas possibilidades. Nota-se, claramente, que os pneus se reinventaram. E para terminar, uma revelação. Estamos a planear uma saída do escritório por dois dias, o que significa que haverá uma Prova de Campo no próximo número d’abolsamia. Até lá, desejamos-lhe bom trabalho. Em segurança! João Sobral

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SUMÁRIO REGUL ARES

EMPRESAS 06 Notícias

18 Resultados da John Deere 20 Entrevista a Enrique

Guillén, diretor geral da John Deere Ibérica 22 Fendt entrega 7 novos tratores à Casa Ortigão Costa

22

MERCADOS 24 Mercado português

encerrou 2018 com quebra de 3,6%

24

29 Mercados mundial e

europeu em decréscimo

PRODUTO 34 Testes em campo

Case IH Farmall 75A McCormick X7.690 P6-Drive

40 Tractor of the Year@

Nova categoria Sustentabilidade

20

80 Gestão de Parque

de Máquinas A agricultura extensiva em Grândola

86 Novidades Valtra

34

Série A aumentada com dois novos modelos

92 Notícias

TECH 88 Agricultura 4.0

A automação dos tratores agrícolas

90 Guss

O pulverizador autónomo para pomares

4

abolsamia março / abril 2019

40 www.abolsamia.pt


MARÇO / ABRIL 2019

80

FLORESTA 96 Notícias

ANTIGAMENTE ERA ASSIM 102 Noventa anos do pneu agrícola da

Continental

CONCESSIONÁRIOS 104 Regiões 122 Silvagriauto em foco 126 Cinquenta anos de Matos & Prata 128 Dois dedos de conversa

ESPECIAIS

42 SIMA 2019

90

Inovações técnicas premiadas 58 Herculano com forte aposta na

internacionalização

61 Case IH mostrou nova série Versum 62 Entrevista a Mike Nyren,

responsável de comunicação do grupo Bepco

88

64 Novidades dos expositores

96 126

42 www.abolsamia.pt

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EMPRESAS // notícias

NEW HOLLAND

TRATOR DO FUTURO DA NEW HOLLAND premiado por design inovador Um modelo conceptual de trator da New Holland com motor alimentado por gás metano recebeu o Prémio Good Design 2018, distinção atribuída pelo Chicago Athenaeum, uma associação entre o Museu de Arquitetura e Design e o Centro Europeu de Arquitetura, Design de Arte e Estudos Urbanos. Pioneiro na tração a gás há mais de 20 anos, o grupo industrial CNH desenvolveu um bloco de seis cilindros NEF alimentado a metano,

STEIGER EM FARGO DESDE HÁ 50 ANOS

6

abolsamia março / abril 2019

com potência e binário semelhante ao do motor diesel standard equivalente. Com poupança de 30% nos custos de operação e com ruído de funcionamento reduzido em 50%, a combustão do metano reduz em 10% as emissões de CO2 e em 80% no total de todas as emissões relativamente às do motor diesel. A performance ambiental poderá ainda ser melhorada quando alimentado por biometano produzido a

O primeiro trator Steiger 4RM articulado foi construído em 1958 por John Steiger e pelos seus filhos, Maurice e Douglass. A aventura começou no Minnesota, de onde eram naturais, mas em 1969, quando o negócio começou a crescer, mudaram a produção para Fargo, no Dakota do Norte.

partir de resíduos de culturas energéticas e fecharia o ciclo de virtudes do projeto da exploração energeticamente independente, ao utilizar a energia produzida a partir da terra e dos produtos residuais, uma visão da New Holland com o foco na sustentabilidade da agricultura do futuro. A equipa de designers do grupo industrial CNH redefiniu o estilo do trator com uma abordagem vanguardista, onde o capô, os pára-lamas

e o tanque de combustível criam uma aparência fluida e elegante. O aumento em 20% da área envidraçada da cabina, com tejadilho também em vidro, proporciona visibilidade a 360 graus. O júri internacional do Prémio Good Design é constituído por designers profissionais, especialistas industriais e por jornalistas e críticos de design. Para a edição de 2018 concorreu um número recorde de submissões de projetos oriundos de 47 países.

A empresa acabaria por ser comprada pela Case IH em 1986. A cor verde pistácio deu lugar ao vermelho e preto, mas como legado dos seus fundadores e do que caracterizava os produtos que eles criaram, o nome Steiger permanece associado a esta série até aos dias de hoje.

A Case IH continuou a desenvolver a série Steiger e em 1996 lançou pela primeira vez as variantes de rastos Quadtrac. No presente ano, a Case IH celebra o 50º aniversário da fábrica de Fargo, local onde continuam a ser produzidos estes gigantes de alta potência.

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NOVO T4 FNV

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A New Holland escolhe lubrificantes

SEGURO E PRODUTIVO.


EMPRESAS // notícias

AMAZONE

Amazone adquire gama de sacha à Schmotzer

VENDAS DA KRONE ATINGEM OS 2100 MILHÕES DE EUROS O grupo alemão Krone, fabricante de maquinaria agrícola e atrelados comerciais, voltou a surpreender o meio industrial europeu ao anunciar um resultado de vendas no útlimo ano financeiro (entre agosto de 2017 e Julho de 2018), na ordem dos 2100 milhões de euros, ultrapassando o seu próprio recorde estabelecido no exercício anterior, fixado em 1900 milhões de euros. O maior volume de vendas foi obtido através de exportação – 1500 milhões de euros -, superando em 171 milhões de euros (mais 12,4%) o resultado do anterior ano financeiro. Daquelas vendas ao exterior, 71% foram geradas pelo negócio de veículos comerciais, cabendo 29% à divisão de maquinaria agrícola. As contas globais do mercado alemão foram fechadas com um resultado de 582,9 milhões de euros e contaram com um aumento de negócio em 13,1%. No que respeita à divisão agrícola, a Alemanha voltou a ser o principal cliente, com 29,6% das vendas, seguindo-se o conjunto dos mercados da Europa ocidental (35,1%) e a América do Norte (11,9%). O investimento do grupo no último exercício totalizou 67 milhões de euros, dos quais 40 milhões foram empregues num novo centro de pintura na fábrica de Werlte, no norte do país.

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abolsamia março / abril 2019

A alemã Maschinenfabrik Schmotzer GmbH vendeu à Amazone a sua gama de sofisticadas alfaias para sacha em culturas instaladas em linha. Tais sachadores continuarão a ser produzidos na mesma fábrica e comercializados sob a marca Schmotzer, mas desde 1 de janeiro de 2019 esta unidade de negócio passou a ser gerida pela recém-criada Schmotzer Hacktechnik, sob gestão da Amazone. “A sacha está a passar por um renascimento, especialmente na agricultura de larga escala. Para além da destruição mecânica de infestantes, tem associada outros aspetos positivos no que respeita à estrutura do solo, crescimento de raízes e mobilização de nutrientes”, alegam Christian Dreyer e Justus Dreyer, diretores da Amazone, que alarga a gama para trabalho de solo, depois de em 2016 ter adquirido a marca de charruas Vogel & Noot. Estes equipamentos têm beneficiado com os avanços técnicos recentes, como a combinação de câmaras e sistemas de guiamento. Estas tecnologias permitem trabalhar com maiores velocidade e precisão e a um custo por hectare mais baixo. Com este passo, a Amazone quer desenvolver alfaias que combinem na mesma passagem a sacha e a aplicação seletiva de fertilizante líquido.

40 MIL

Foi o número de visitantes da edição de 2019 da Lamma Show, feira de máquinas agrícolas de Birmingham, que se mudou para recinto fechado devido às difíceis condições do inverno em Inglaterra

300 milhões de euros foi quanto já investiu o grupo AGCO na fábrica francesa de Beauvais, onde a Massey Ferguson passou a dispor de um centro logístico alargado para armazenamento de componentes

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SÉRIE 6 CSHIFT. MENOS ESFORÇO ENQUANTO TRABALHA.

Design de topo. Tecnologia de topo. Conforto de topo. Não é segredo que a Série 6 da DEUTZ-FAHR é um dos tratores com melhor design da sua classe, e que apresenta alguns dos mais avançados equipamentos montados de série. Com motores Deutz de elevado binário, transmissão Powershift, TDF de quatro velocidades, sistema hidráulico de centro fechado com sensor de carga e um potente sistema de travagem, a Série 6 consegue desempenhar uma grande variedade de operações de forma altamente eficiente. Ao mesmo tempo, a cabina S-Class 2 assegura um elevado nível de conforto e uma excelente visibilidade. A transmissão Cshift melhora a experiência de condução e permite mudanças de velocidade precisas e suaves com o mínimo esforço, movendo simplesmente o joystick para a frente ou para trás, sem necessidade de utilizar a embraiagem. A Série 6 Cshift é o trator ideal para o operador que procura dias de trabalho com a máxima eficiência. Para encontrar o concessionário mais próximo e solicitar uma demonstração da Série 6 Cshift, visite o website. deutz-fahr.com Recomendamos a utilização de lubrificantes e fluídos de refrigeração originais.

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Transmissão Cshift. Mude confortavelmente de velocidade.


EMPRESAS // notícias

SORRISOS EM DÜSSELDORF PELOS LUCROS DA

CLAAS

TAFE E ISEKI DE MÃOS DADAS A TAFE estabeleceu um acordo com a Iseki para fabricar tratores compactos na Índia. Sob este acordo, a Iseki oferecerá tecnologia de produto à TAFE para a fabricação desses tratores para o mercado indiano. O contrato cobre também o fornecimento de componentes/montagens através da TAFE, que também venderá os compactos utilitários da Iseki na faixa de 35 a 54 cv na Índia. Os primeiros modelos deverão sair da linha produção da fábrica da TAFE em Madurai até 2020. “Este acordo reúne a grande experiência da Iseki no segmento de tratores compactos utilitários de baixa potência com a forte posição da TAFE no mercado indiano, oferecendo aos clientes indianos uma linha de produtos internacionais“, disse o presidente e CEO da TAFE, Mallika Srinivasan. A Iseki foi fundada em 1926 e os seus produtos desfrutam de uma forte presença no mercado no Japão, Sudeste Asiático, Austrália e EUA. Também fabrica tratores para a AGCO, com quem a TAFE compartilha um acordo de 50 anos. “Vamos entrar no maior mercado de tratores do mundo, a Índia e o subcontinente indiano com o maior parceiro, a TAFE“, disse o presidente da Iseki, Akio Kikuchi, acrescentando que as duas empresas vão passar a estreitar relações não só para o mercado indiano, mas também para o fortalecimento da Iseki numa estratégia de longo prazo.

SAMSON SAMSON ABSORVE PICHON PARA LIDERAR NA EUROPA Empresas familiares com tradições

Pretende a Samson tornar-se líder

na agricultura, tanto a

europeu do setor, alargando o seu

dinamarquesa Samson como a

portfólio de cisternas de chorume e

francesa Pichon se têm dedicado

espalhadores de estrume, com

ao fabrico de cisternas e utensílios

capacidades de 5 a 40 metros

para utilização agrícola, a primeira

cúbicos. “As duas empresas

com propensão para as

complementam-se e este

explorações de grande dimensão,

desenvolvimento vai acelerar a

a segunda com uma gama mais

consolidação entre os fabricantes e

adequada aos pequenos e médios

assegurar a solidez financeira

produtores. Era assim até 4 de

necessária para financiar o

janeiro deste ano, dia em que o

desenvolvimento de novos

grupo Samson adquiriu o controlo

produtos”, justificou Christian Junker,

da sociedade de Michel Pichon.

presidente do grupo Samson.

10

abolsamia março / abril 2019

A direção executiva da Claas não poderia estar mais satisfeita com os resultados financeiros de 2018, que encerraram com aumento de vendas, melhoria dos lucros, forte investimento e perspetivas de mais negócio em 2019. O gigante de maquinaria agrícola de Düsseldorf reportou um aumento de 3,4% no volume de vendas, atingindo 3.880 milhões de euros (no ano anterior contabilizara 3.761 milhões de euros), enquanto os lucros antes de impostos subiram 22,3% para 226 milhões de euros (184 milhões em 2017). Quem mais contribuiu para estas contas foram os mercados alemão, francês e do Reino Unido. Nos demais países da Europa ocidental verificou-se uma ligeira quebra, mas se o sucesso de vendas nos EUA também foi mencionado, embora com menor ênfase, já o mercado chinês entrou em declínio, o que a Claas atribui à incerteza do mercado. Com a pesquisa e desenvolvimento foram investidos 233 milhõs de euros, mais 7,3% que em 2017, da mesma forma que também aumentou o quadro de colaboradores, de 10.961 para 11.132. Segundo o porta-voz da administração, Hermann Lohbeck, é previsível que o ano comercial em curso fortaleça ainda mais o volume de negócio, o mesmo não se aplicando aos ganhos, que devem permanecer estáveis.



EMPRESAS // notícias

GRIMME

Bye bye identidade ASA-LIFT

A experiência e a união de 50 anos fazem muita força na Joskin A Joskin, fabricante belga de reboques agrícolas, completou em novembro 50 anos de existência e para sublinhar a efeméride desafiou a sua rede de concessionários, na sede em Soumagne, na província de Liège, com uma ação tão inédita quanto simbólica: elevar uma cuba de chorume de 12 toneladas a um metro do solo, à força de braços.

Em 2013 a marca alemã Grimme assumiu uma posição maioritária no capital da Asa-Lift. E daí para cá a cooperação entre as duas empresas intensificou-se, não só a nível de rede de vendas, mas também a nível técnico. Alguns modelos Asa-Lift passaram a incorporar componentes fabricados pela Grimme, nomeadamente plásticos e tapetes transportadores. Agora, um próximo passo vai ser dado, desta vez a nível da imagem. A firma alemã decidiu que a Asa-Lift passa a ostentar o vermelho Grimme. Assim, ao longo de 2019, as máquinas Asa-Lift irão

gradualmente trocando o azul pelo vermelho. Continuarão a manter a diferenciação do nome, mas não é de estranhar que seja apenas uma questão de tempo até que esse elemento de identidade venha também a submergir no universo Grimme. Fundada em 1936, a marca dinamarquesa Asa-Lift especializouse na tecnologia para recolha de vegetais como cenoura, batata, beterraba, alho, couve, ou ervilha. Na sua gama propõe máquinas montadas, rebocadas e autopropulsionadas, muitas delas com um alto nível de especialização e tecnologia.

A motivação dos 330 concessionários que a ela se lançaram deu razão à chave do êxito que a marca vem propalando – a força da experiência. Colaboradores de 160 concessões de 27 países participaram nos visita à fábrica, conferência e oficinas técnicas. A Forte, do grupo Auto-Industrial, representa a Joskin em Portugal.

Kubota e Escorts firmam joint venture O fabricante indiano de tratores e

Faridabad, no norte da Índia, prevendo-

máquinas agrícolas Escorts Ltd e a

se o início das operações em janeiro de

Kubota Corporation firmaram uma joint

2020. A nova fábrica deverá produzir 50

venture global para fabricar tratores de

mil unidades/ano.

tecnologia de ponta na Índia para os mercados interno e de exportação. Através desta joint venture (60%:

12

abolsamia março / abril 2018

O objetivo das empresas é assumir uma posição de liderança nos mercados doméstico e de exportação a médio

40%) com a denominação de Escorts

e longo prazo. Sob este acordo, os

Kubota India Ltd., os dois parceiros

tratores da Escorts serão exportados

visam partilhar tecnologia. Uma nova

através da rede de distribuição global

unidade de produção de tratores está

da Kubota para mercados específicos

a ser construída na sede da Escorts em

conforme acordo mútuo.

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PVP 35.500,00€ A acrescentar o IVA à taxa legal em vigor. (*) TAN de 1,9250% e TAEG: 2,2617% calculada para contrato de leasing com rendas mensais base em taxa fixa, trator Massey Ferguson MF4707 Cab no montante de 35.500,00€ com entrada inicial de 20% e um valor residual de 2%, corresponde uma renda de 357,72€. Campanha realizada em conjunto com Deutsche Leasing EFC – Suc. em Portugal. Válida para clientes finais e para modelos novos. Duração do contrato 84 meses. Seguros de equipamento a fazer pelo cliente com direitos ressalvados ao Deutsche Leasing EFC. Comissões de portes 1,50€ e despesas de estudo 195,00€. Todos os valores sem IVA. Financiamento sujeito a aprovação pelo Deutsche Leasing EFC. Campanha válida até dia 31 de Outubro 2019. As condições apresentadas poderão ser alteradas sem aviso prévio. Mais informação nos concessionários MF.

CAMPANHA MF GLOBAL

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391€/MÊS *

20% ENTRADA

84 RENDAS MENSAIS / 2% VALOR RESIDUAL / 1,925% TAXA FIXA

PVP 38.650,00€ A acrescentar o IVA à taxa legal em vigor. (*) TAN de 1,9250% e TAEG: 2,2353% calculada para contrato de leasing com rendas mensais base em taxa fixa, trator Massey Ferguson MF4709 Cab no montante de 38.650,00€ com entrada inicial de 20% e um valor residual de 2%, corresponde uma renda de 389,46€. Campanha realizada em conjunto com Deutsche Leasing EFC – Suc. em Portugal. Válida para clientes finais e para modelos novos. Duração do contrato 84 meses. Seguros de equipamento a fazer pelo cliente com direitos ressalvados ao Deutsche Leasing EFC. Comissões de portes 1,50€ e despesas de estudo 195,00€. Todos os valores sem IVA. Financiamento sujeito a aprovação pelo Deutsche Leasing EFC. Campanha válida até dia 31 de Outubro 2019. As condições apresentadas poderão ser alteradas sem aviso prévio. Mais informação nos concessionários MF.

CAMPANHA MF GLOBAL

MF 5711 GLOBAL

461€/MÊS *

20% ENTRADA

84 RENDAS MENSAIS / 2% VALOR RESIDUAL / 1,925% TAXA FIXA

PVP 45.600,00€ A acrescentar o IVA à taxa legal em vigor. (*) TAN de 1,9250% e TAEG: 2,1907% calculada para contrato de leasing com rendas mensais base em taxa fixa, trator Massey Ferguson MF5711 Cab no montante de 45.600,00€ com entrada inicial de 20% e um valor residual de 2%, corresponde uma renda de 459,50€. Campanha realizada em conjunto com Deutsche Leasing EFC – Suc. em Portugal. Válida para clientes finais e para modelos novos. Duração do contrato 84 meses. Seguros de equipamento a fazer pelo cliente com direitos ressalvados ao Deutsche Leasing EFC. Comissões de portes 1,50€ e despesas de estudo 195,00€. Todos os valores sem IVA. Financiamento sujeito a aprovação pelo Deutsche Leasing EFC. Campanha válida até dia 31 de Outubro 2019. As condições apresentadas poderão ser alteradas sem aviso prévio. Mais informação nos concessionários MF.

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MF 6713 GLOBAL

531€/MÊS *

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84 RENDAS MENSAIS / 2% VALOR RESIDUAL / 1,925% TAXA FIXA

PVP 52.550,00€ A acrescentar o IVA à taxa legal em vigor. (*) TAN de 1,9250% e TAEG: 2,0809% calculada para contrato de leasing com rendas mensais base em taxa fixa, trator Massey Ferguson MF6713 Cab no montante de 52.550,00€ com entrada inicial de 20% e um valor residual de 2%, corresponde uma renda de 529,53€. Campanha realizada em conjunto com Deutsche Leasing EFC – Suc. em Portugal. Válida para clientes finais e para modelos novos. Duração do contrato 84 meses. Seguros de equipamento a fazer pelo cliente com direitos ressalvados ao Deutsche Leasing EFC. Comissões de portes 1,50€ e despesas de estudo 195,00€. Todos os valores sem IVA. Financiamento sujeito a aprovação pelo Deutsche Leasing EFC. Campanha válida até dia 31 de Outubro 2019. As condições apresentadas poderão ser alteradas sem aviso prévio. Mais informação nos concessionários MF.

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EMPRESAS // notícias

25%

VÄDERSTAD

Foi a percentagem de aumento do volume de vendas da Farming Agrícola no ano de 2018

Väderstad com volume de negócios recorde A empresa familiar sueca Väderstad, especialista em maquinaria de cultivo,

Farming Agrícola com aumento na faturação

encerrou o ano de 2018 com um volume de negócios recorde, ultrapassando

A Farming Agrícola, importadora e comer-

pela primeira vez a faturação de 300 milhões de euros e um lucro próximo dos 12

cializadora espanhola de maquinaria para a

milhões de euros.

agricultura, sediada em Palência, encerrou o

Apesar do norte da Europa também ter sido afetado pela seca, a subida dos

exercício fiscal de 2018 com um aumento de

preços dos cereais no outono fez disparar a venda de maquinaria de cultivo e

25% de volume de vendas, ao atingir pela

plantio, mas também para sementeira e fertilização, aumentos que atingiram 27%

primeira vez, em 39 anos de atividade, 34,3

na parte de maquinaria e 26% para o mercado de peças de substituição. As

milhões de euros de faturação.

principais ordens de compra partiram do Canadá, Suécia e Rússia, seguindo-se

Histórica importadora das marcas alemãs Krone e Amazone, com rede de distribuição

a Inglaterra, Alemanha e Ucrânia. Fundada em 1962 pelo casal agricultor Rune e Siw Stark, a partir de uma

que abrange todos os distritos portugueses,

exploração de 30 hectares no município de Mjölby, no sul da Suécia, da simples

a Farming Agrícola juntou àquelas marcas, em

grade de dentes rígida a Väderstad especializou-se na produção de utensílios

junho de 2018, a portuguesa Galucho, e na

de cultivo, sementeira, plantio e fertilização.

mesma altura celebrou acordo de importação para Espanha e Portugal dos manipuladores telescópicos da italiana Faresin.

GRUPO SDF EXIBE FUNCIONALIDADES DOS FRUTEIROS COM TRANSMISSÃO DE VARIAÇÃO CONTÍNUA O Grupo SDF, chapéu das marcas Same, Deutz-Fahr, Lamborghini e Hurlimann realizou, no Cadaval, uma demonstração de campo destinada a exibir as funcionalidades dos seus tratores especialistas, comummente designados por “fruteiros”, equipados com a transmissão de variação contínua (CVT). Grande parte dos tratores em prova estavam equipados com o tão inovador quanto destacado sistema de suspensão do eixo

14

abolsamia março / abril 2019

dianteiro (ActiveDrive) e com as novas funcionalidades do sistema hidráulico (Setting-flow, High-flow e Power-flow).

A empresa impulsionou no último ano novas linhas de negócio, como a Farming Park (maquinaria usada), a Farming Riego (irrigação) e Farming Fruits (culturas especiais), esta para o tratamento de pomares, vinhas e olivais. Para além da Krone e Amazone, da Galucho e Faresin, a Farming Agrícola já detinha no seu portfólio de importação e comercialização as marcas Tanco, BVL, Teagle e Bauer.

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EMPRESAS // notícias

FARMING AGRÍCOLA STEYR REGRESSA AO MERCADO PORTUGUÊS PELA MÃO DA FARMING AGRÍCOLA A Steyr, marca austríaca de tratores, desde 1996 sob o controlo do grupo CNH Industrial, está de volta aos mercados português e espanhol com a responsabilidade de representação da Farming Agrícola, através da sua própria rede de concessionários, implantada nos dois países. A empresa Farming, sediada em Palência, com 40 anos de experiência em maquinaria agrícola, acordou com aquela marca a importação, exclusiva, para Portugal e Espanha dos tratores da Steyr, veículos com potências compreendidas entre os 58 e os 300 cv. A Steyr, que lançou o seu primeiro trator em 1947,

Grupo Argo e ITL celebram parceria

desenvolve atividade produtiva nos setores agrícola,

Sucedem-se, uns atrás dos outros, os acordos de parceria. Um dos

específica para a agricultura de precisão (S-Tech).

mais recentes foi celebrado entre a companhia italiana Argo Tractors e a companhia indiana International Tractors Limited (ITL). A Argo Tractors fabrica as marcas Landini, McCormick e Valpadana

florestal e de manutenção urbana, e dispõe de divisão A “Farming Agrícola é um forte parceiro para a Steyr, que oferece todas as soluções para as operações agrícolas. A nossa filosofia é ofererecer aos nossos clientes a mais

e a ITL, um dos maiores construtores mundiais de tratores em volume

elevada qualidade e inovação”, destacou o CEO da

de vendas, tem no seu portefólio as marcas Solis e Sonalika.

empresa, Juan Carlos Delgado, em comunicado da marca.

No âmbito do acordo, a ITL irá fornecer ao Grupo Argo seis modelos de tratores, entre os 45 e os 90 cv, que serão comercializados sob licença da Landini e pela McCormick em países com baixas exigências em matéria de regulamentação. A ITL é um gigante da indústria, com fábricas não só no país de origem, a Índia, mas também no Brasil, Turquia e Argélia. Os tratores que fabrica são caracterizados por um nível de especificações básico, o que permite complementar a oferta da Landini e da McCormick dirigida aos mercados extra-europeus.

BKT SPOTech estuda interação máquinas-pneus SPOTech é o nome comercial de uma nova

no setor mineiro realizam ciclos repetitivos,

mineira e portuária. Graças a sistemas

diz a BKT que foi fácil fazer a recolha de da-

GPS, câmaras GoPro e acelerómetros,

dos. Já no setor portuário foi determinante a

permite monitorizar camiões ao longo do

perspetiva obtida por câmaras GoPro, para

seu percurso de transporte. Com os dados

verificar quantos contentores se encontram

recolhidos são criados relatórios de produ-

em movimento a cada hora, a velocidade

tividade destinados a auxiliar as empresas

média ou a distância percorrida.

a reduzirem os custos operacionais.

16

abolsamia março / abril 2019

Uma vez que as máquinas que operam

tecnologia da BKT dirigida às indústrias

Sendo a BKT, um destacado fabricante

Os relatórios produzidos pela ferramenta

de pneus agrícolas, não é de admirar que

SPOTech mostram o padrão de utilização

algo semelhante venha a surgir com vista

dos pneus e os impactos que daí podem

a melhorar a interação máquinas-pneus

resultar para a máquina.

também neste setor.

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estar ao teu lado.

MODelo

características MOTOR TRANSMISsão | V.MÁX. CAUDAL HIDRÁULICO CAPACIDADe Do ELEVADOR Distância entre eixos | L.TOTAL largura da via traseira pneus

MODelo

2025

2035

3 3cil., 1.530 cm y 25 CV 8+8 | 30 km/h 24+12 l/min 720 kg 1.639 mm | 3.480 mm 1.160 - 1.360 mm 240/70R16 & 280/85R24

3 4cil., 2.160 cm y 35 CV 8+8 | 30 km/h 24+12 l/min 810 kg 1.805 mm | 3.558 mm 1.160 - 1.468 mm 260/70R16 & 320/85R24

MODelo

3055 3 4cil., 3.168 cm y 50 CV 12+12 | 40 km/h 45+14 l/min 950 kg 1.990 mm | 4.136 mm 1.200 - 1.500 mm 260/70R20 & 380/85R24

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EMPRESAS //

John Deere com vendas e lucros em alta A John Deere, fabricante norte-americano de tratores agrícolas, anunciou que 2018 foi o seu segundo melhor ano de sempre em vendas e o quinto em lucros. Na apresentação dos resultados, na sede da filial Ibérica, em Parla, Madrid, a marca disse que as vendas em Portugal aumentaram quase 2%. T E X TO C A R LO S B R A N CO

s vendas da John Deere (JD) em Portugal tiveram um incremento próximo dos dois por cento, o que fez elevar a quota da marca no mercado nacional para os 11,1%, numa tabela que volta a ser liderada pela New Holland, sucedendo à Kubota, que finalizou 2017 como campeão de vendas. Em linha com os resultados globais de vendas do fabricante norte-americano, também em Espanha se registou crescimento da JD, com três pontos percentuais acima dos valores do ano anterior, mas com uma quota de mercado bem superior, na casa dos 28%. “Foi um ano muito bom”, exclamou Enrique Guilén, diretor geral para a Península Ibérica, dirigindo-se aos media dos dois países, no início de janeiro,

A

18

abolsamia março / abril 2019

onde enumerou alguns dos principais indicadores globais da JD. Os sublinhados foram para a faturação global, que aumentou 26% relativamente ao exercício anterior, fixando-se em 37.358 milhões de dólares (32.398 milhões de euros), enquanto os lucros das operações subiram 10%, para 2300 milhões de dólares (1994 milhões de euros). Nos mercados da península, Portugal encerrou o ano com o valor aproximado de 5400 novas matrículas, distante das 6000 de 2017. “Será forçoso dizer que 500/600 unidades que contribuíram para este valor são artificiais em virtude da entrada em vigor da mother regulation, o que nos leva a dizer que o mercado cresceu na ordem dos 5%”, precisou Enrique Guillén, que se serviu da mesma argumentação quando avaliou a praça

espanhola: “Os números ainda não são finais e por agora apontam para 10.300 unidades, contra 11 mil de 2017, ainda que inflacionados em 600 ou 700 pela mesma razão.” A MESMA LINHA EM 2019

O ano em curso deverá ser em tudo semelhante ao pretérito, e também em alta. O responsável ibérico elencou os fatores que para ela hão-de contribuir: uma meteorologia favorável; a subida dos preços agrícolas; o melhor acesso ao crédito; a manutenção das subvenções e as emissões e normas. Como argumentos próprios do fabricante para a melhoria dos seus resultados, Enrique Guillén destacou o enorme sucesso que a gama 5R está a ter em ambos os países, com tratores

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// Entrevista Enrique Guillén

especiais para culturas de elevado valor e rendimento. “Tomemos o exemplo de Espanha e Portugal, onde o cereal tem cada vez menos peso, quando comparado com as culturas arborizadas, como o olival intensivo, a vinha, toda a fileira da fruta, a amêndoa, o pistachio”, nota o responsável ibérico, que aponta outras transformações: “A tipologia dos tratores também começa a ser diferente, com baixa de potências necessárias para estas culturas. Se o cereal carece de um trator de 150cv, as culturas arborizadas precisam de tratores de 100cv.” Acresce a isto o facto de o fabricante ter vindo, nos últimos anos, a preparar o futuro através de forte investimento no setor de Investigação e Desenvolvimento, que a JD aplica na invulgar grandeza de cinco milhões de dólares por dia, boa parte dedicados à digitalização e precisão da agricultura e à aplicação da Inteligência Artificial, que está a cargo da start up tecnológica de Silicon Valley, a Blue River (erradicação localizada de ervas daninhas), adquirida pela JD por 300 milhões de dólares.

espanhola FEDE, de Valência, produtor de veículos de pulverização para proteção de culturas, que passou a fornecer a JD em exclusivo. Outras parcerias importantes já ocorrem com os carregadores telescópicos dos alemães da Kramer e com a holandesa Kramp, fabricante e fornecedora de peças de substituição. “O que não fazemos bem, ou não fazemos de todo, fá-lo-emos com os especialistas, através de compra ou através de parcerias, mas sempre em exclusivo. Para benefício dos agricultores, a JD anunciou também a extensão da garantia de consumo de combustível para tratores das séries 6R, 7R e 8R, em aplicações de campo e modo de transporte. A marca garante que fará o reembolso da diferença entre o combustível realmente consumido e o que está previsto, atribuindo igualmente um bónus por eficiência se o consumo for inferior ao anunciado.

corresponde à quota que a marca tem no mercado nacional

28%

é a percentagem de quota de marcado que a marca detém em Espanha

milhões de euros é o resultados dos lucros das operações que subiram 10%

O desenvolvimento de produtos prosseguirá com aquisições e alianças estratégicas, vide os casos da Monosem, líder francesa de semeadoras, das especialistas em pulverização automotriz, Mazzotti (italiana) e Pla (argentina), de outra argentina, King Agro, que se dedica ao fabrico de lanças de pulverização para automotriz em fibra de carbono, ou da

5.400

é o número de novas matrículas registadas em 2018

Trator autónomo e elétrico

www.abolsamia.pt

11%

1.994

SE NÃO TENS JUNTA-TE A QUEM O TENHA

A John Deere está a desenvolver o seu segundo trator elétrico, e que será o primeiro autónomo, sem cabina ou linha de baterias, uma vez que a alimentação é fornecida por cabo. Depois do SESAM, apresentado em 2016, o protótipo GridCON transporta um tambor de mil metros de cabo, que fornece energia contínua, a mais de 300Kw, fornecendo 405 cv de potência, podendo operar de forma autónoma a uma velocidade de 20 Km/h, ou em alternativa por operador com controlo remoto.

JOHN DEERROES EM NÚME

Um braço robotizado vai desenrolando o cabo que é depositado no solo, paralelo à linha de trabalho. Nas viragens de cabeceira, o mesmo braço impedirá que o cabo seja calcado pelas rodas, ao mesmo tempo que o tambor passará a enrolar a linha de energia. Projeto conjunto da John Deere, pelas alemãs Universidade de Kaiserslautern e a consultora BAUM, o GridCON opera de forma silenciosa e sem emissões, e os engenheiros estudam agora a possibilidade de lhe aligeirar a massa, já que o seu peso, incluindo tambor e cabo, está estimado em 8,5 toneladas.

10.300

é o número de novas matrículas registadas em 2018 no mercado espanhol

26%

é a percentagem de aumento da facturação global da marca face ao exercício anterior

abolsamia março / abril 2019

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EMPRESAS //

3

Perguntas a Enrique Guillén

Alqueva é um motor impressionante Di retor gera l da Joh n Deere I bérica

A aposta nas culturas de elevado valor, o maior enfoque na agricultura de precisão e o bom aproveitamento dos projetos de regadio de Alqueva fazem com que a John Deere perspetive um bom ano agrícola em Portugal e mais negócio reestruturação da rede de concessionários, a maior regularidade de encontros com aquela estrutura e a constituição de equipas para assessoria técnica são tidas como essenciais para melhorar serviço a prestar ao consumidor final, que tem à disposição a maior e melhor gama de sempre

A

Os mercados espanhol e português têm diferentes grandezas, mas os crescimentos em 2018 seguiram uma trajetória comum. Que performance poderemos esperar da John Deere, este ano, em Portugal? Enrique Guillén – O mercado irá continuar numa linha semelhante a 2018. Temos que ter em conta que os números de 2017 foram

20

abolsamia março / abril 2019

algo artificiais, e por razões alheias ao próprio mercado. Em 2018 já tivemos mais estabilidade e a Jonh Deere cresceu a quota de mercado, nomeadamente acima dos 80cv, faixa tida como a nossa fortaleza comercial. De agora em diante, as perspetivas são boas, e estamos convencidos que o mercado irá ter um ligeiro crescimento, entre três e cinco por cento. E acima de tudo porque a produção agrária em 2018 foi boa e deverá continuar a evoluir – como em Espanha já o foi -, também pelo melhor acesso ao crédito, mas muito particularmente pelo grande e especial desenvolvimento dos projetos de regadio de Alqueva, que é um motor impressionante e que importará bem aproveitar, pois são milhares de hectares que permitem

colocar culturas de elevado valor, casos do olival, da vinha, da amendoeira. Tal desenvolvimento pressupõe uma nova estratégia da John Deere? Ela assente em dois pilares fundamentais. Em primeiro lugar, a nossa rede de concessionários. Temos vindo a operar uma grande reestruturação, com encontros regulares para o mercado português. Temos seis concessões em Portugal – cinco no continente e uma nos Açores – muito profissionais e bem adaptadas ao mercado, com as melhores equipas de técnicos, de vendas, de assessoria agronómica, para apoiarem da melhor forma os agricultores. Já estivemos presentes na Agroglobal, no ano passado, de forma direta, mas com

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// Entrevista Enrique Guillen

O construtor norteamericano investe, diariamente, mais de 4,3 milhões de euros no departamento de investigação e desenvolvimento todas as concessões e no ano passado aqui tivemos uma iniciativa com 300 clientes portugueses de referência. Em segundo lugar, a nossa gama de produtos, que é a maior e mais completa de sempre. Para a cultura arbórea que está em desenvolvimento no sul do país ela adaptase perfeitamente, sejam as séries 5M e R, os tratores 30 e 38E, as 4M e R, de média e alta potência, a partir de 80cv, mas também as séries 1,2, 3 e 4, de 40 a 60cv. Para os trabalhos mais exigentes temos as séries 5 e 6, bem vocacionadas para Portugal. Esta proposta de valor complementa-se com agricultura de precisão, o que permite grandes poupanças de insumos. Já temos muitas unidades pulverizadoras John Deere a trabalhar em Portugal, desenvolvido em colaboração com a FEDE, que demonstram muito bem as poupanças de que podem beneficiar os agricultores.

O staff da John Deere Ibérica

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Disse que a John Deere está a investir cinco milhões de dólares [4,38 milhões de euros] por dia no setor de Investigação de Desenvolvimento [I&D]. Onde é aplicado esse dinheiro e que produtos daí resultarão? Falamos de Inteligência Artificial, agricultura de precisão, novas formas, conceitos e aplicações. Para continuarmos a ser líderes mundiais teremos que ser líderes em I&D. É uma aposta muito forte. Temos uma divisão de agricultura de precisão que utiliza boa parte desse orçamento, mas também outras linhas de atuação, como o trator elétrico, o trator alimentado por cabo, as tecnologias com drones, como o que está a desenvolver a empresa Blue River. Algumas não terão possibilidades de aplicação, mas outras acorrerão ao futuro da agricultura.

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EMPRESAS // Entregas Fendt

FENDT COM MAIORIA ABSOLUTA NA CASA ORTIGÃO COSTA

Os ho mens d a Fo r te e d a Ag ri magos sela m ma is u ma p a rce r i a d e s u ce s s o co m a s o c i e d a d e O r t i g ã o Co s t a

Sete novos tratores Fendt reforçam o parque de máquinas da Sociedade Agrícola Ortigão Costa, que os conduzirá para as culturas de tomate do Ribatejo e Alentejo. Hão-de laborar dia e noite para alimentar a engrenagem industrial do grupo Sugal.

A 22

T E X TO C A R LO S B R A N CO

Forte, através do seu concessionário Agrimagos, de Foros de Salvaterra, procedeu, no final de fevereiro, à entrega de sete tratores Fendt à Casa Ortigão Costa, aumentando para 16 (de um total de 19) o número

abolsamia março / abril 2019

de máquinas do grupo AGCO que operam na unidade produtiva. Os novos reforços – quatro unidades 724 Vario e três 313 Vario – irão operar exclusivamente na cultura do tomate, com uma área de cultivo em Portugal de 1500 ha, no Ribatejo (de Muge ao Montijo) e no Alentejo (núcleos produtivos de Évora e Estremoz). A

empresa opera também 530 ha de arroz, 450 ha de nogueiras, 250 ha de amêndoas, um viveiro de plantas (tomate, hortícolas e nogueiras) e uma vacaria (900 cabeças) GIGANTE AGROINDUSTRIAL

Na vertente agrícola, o grupo está igualmente presente em Espanha, onde

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// Entregas Fendt

trabalha 50 ha de tomate e no Chile, com 850 ha de área para tomate. No campo industrial é o terceiro maior exportador mundial de concentrado de tomate, opera duas fábricas em Portugal (Azambuja e Benavente), uma em Espanha (Sevilha) e duas no Chile (Talca e Tilcoco, esta também para processamento de fruta) Tecnologia, fiabilidade, consumo e assistência pós-venda continuam a ser os argumentos que pesaram na decisão do diretor da exploração agrícola, Pedro Pinho. Este destacou a polivalência e versatilidade dos modelos adquiridos, a gama mais baixa (313, Profiplus RTK de 140 cv) irá trabalhar com pulverizadores (colocando rodas mais estreitas) e enxofradeiras, mas também nos viveiros e para auxílio de outras empresas agrícolas do grupo, na cultura do tomate, e em operações muito específicas como tratamentos fitossanitários, armações do terreno, sachas e reboques de galeras no campo. Já os 724 (Profiplus RTK de 248cv) serão utilizados para uma gama mais vasta de utilização, para as alfaias de grades e rototerras. Na estrada, os transportes para as fábricas serão feitos pelos camiões.

empresa deverá operar a troca das três unidades não-Fendt que restam... por novas Fendt. “Estamos em constante renovação, pois a utilização é intensa. Recorremos a prestadores de serviços em picos de campanha, onde chegam a operar mais de 60 tratores”, justificou. As chaves dos sete novos tratores foram entregues pelo gerente da Forte, João Lopes, e pelos responsáveis do concessionário Agrimagos. EQUIPADOS A RIGOR

Os novos tratores adquiridos pela Casa Ortigão Costa estão profusamente equipados. Segundo João Lopes, têm full-extras, o que pelas palavras de Pedro Pinho significa que foram dotados com tudo o que exigiu em termos de tecnologia. “Para além dos requisitos para a agricultura de precisão precisamos de sistemas de auxílio à gestão de precisão, e foi isso que encontrámos na Fendt”, justificou. Para além do sistema de auto-condução eletrónica proporcionada pelo sistema RTK – de origem da marca -, com recetor

NovAtel, os sete tratores dispõem de VRC, para comando das secções da alfaia, e do sistema de contorno, que permite ao operador gravar o trabalho realizado, para depois o poder retomar seguindo os mesmos parâmetros do campo. João Lopes destacou igualmente o sistema TIM (Variotronic TI automática), segundo o qual a alfaia pode requerer mais ou menos potência e velocidade do motor, o conjunto de iluminação de LED (requer menos energia aos alternadores) e o sistema hidráulico e TDF frontal. “O hidráulico é eletrónico e regulável, distribuindo equitativamente o peso para menor compactação do solo”, destacou. Para Pedro Pinho, o sistema de gestão CommandFarm assume idêntica importância à dos demais: “Temos que controlar o processo de uma ponta a outra. Podermos extrair dados das máquinas permitir-nos-á ser mais eficientes para melhor controlar os custos. Em explorações deste tipo, com faturações internas, é importante poder tirar partido destas tecnologias.”

EFICIÊNCIA E RENTABILIDADE

Segundo Pedro Pinho, pesaram na opção pela Fendt os itens tecnologia, fiabilidade e consumos. “A marca é conhecida pelos baixos consumos e numa agricultura em que as margens são cada vez mais curtas, a nossa preocupação corre atrás da rentabilidade. A eficiência energética é fundamental. Não menos importante, a assistência pós-venda, pois há máquinas que irão trabalhar 24 horas/dia. A Fendt e o concessionário Agrimagos têm sido fundamentais no sucesso desta parceria”, advoga Pedro Pinho. A Fendt já está em maioria no parque de máquinas da exploração. Às 12 que a compunham juntam-se os novas sete e em breve, segundo Pedro Pinho, a

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Os sete novos tratores estão equipados com a mais recente tecnologia da Fendt e irão operar na cultura do tomate

abolsamia março / abril 2019

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MERCADOS // Estatísticas

MERCADO DE TRATORES AGRÍCOLAS EM PORTUGAL

Os últimos 5 anos T E X TO F R A N C I S C A G U S M ÃO FO N T E DA D O S G E N T I L M E N T E C E D I D O S P E L A AC A P

2018 Mercado caiu 3,6%

O

mercado de tratores caiu cerca de 200 unidades em 2018, correspondendo a uma descida da ordem dos 3,6%. Com um total de 5788 unidades matriculadas no ano passado, os Minis e os Convencionais representaram fatias quase idênticas na ordem dos 39% do total, ficando os Especializados com pouco mais de 20%. Da análise dos números sobressaem duas tendências: um decréscimo acentuado dos Especializados e um aumento dos Minis (também denominados “Compactos”). A quebra nos Especializados, da ordem dos 25%, inverte a tendência crescente dos últimos anos e poderá ser explicada, na opinião de Fernando Garcia, Diretor da New Holland Portugal, pela introdução dos motores Tier4A que provocou um aumento significativo no preço destes tratores e, consequentemente, uma diminuição da procura, diminuição esta que tenderá a esbater-se à medida que os tratores forem necessitando de ser trocados. O responsável da New Holland comentou também o crescimento dos mini tratores: “o segmento dos compactos em geral cresceu em reação à maior disponibilidade financeira que esta tipologia de cliente apresentou o ano passado. O segmento entre 20 e 30 CV também beneficiou deste fenómeno.”

24

abolsamia março / abril 2019

(ver gráfico 1). Numa análise por marcas, a New Holland volta a ganhar o primeiro lugar que conquistou ininterruptamente durante quase 20 anos, embora tenha registado uma quebra de 15% no número de unidades matriculadas. Tendência esta partilhada com a segunda marca mais vendida, a Kubota, que caiu ainda de forma mais acentuada. Em terceiro lugar e mantendo a posição de 2017, a John Deere teve um crescimento positivo de 5%. Mas se somarmos os resultados por grupo, a SDF soma 1080 unidades no total das 4 marcas que detém.

25%

foi a percentagem de quebra nos especializados

AS GRANDES SUBIDAS

Entre as dez primeiras, a Kioti, a Solis e também a LS continuam a sua escalada ascendente, destronando marcas tradicionalmente fortes. Em 2018 conquistaram, respetivamente os 5º, 6º e o 8º lugares com mais unidades matriculadas! AS POTÊNCIAS MAIS REQUISITADAS

Embora se constate que nos últimos 5 anos tenha vindo a crescer a aquisição de tratores na faixa de potência acima dos 74 kW (100 cv), ainda prevalecem maioritariamente as potências situadas entre os 30 e os 59 kW (40 a 80 cv) que perfizeram em 2018 um total de 2347

menos 200 unidades no mercado de tratores

5788

total de unidades matriculadas em 2018 www.abolsamia.pt


MERCADOS // Estatísticas

New Holland, John Deere e Deutz-Fahr nos 3 primeiros lugares acima dos

unidades (+ de 40%) das unidades matriculadas nesse ano (ver gráfico 2). ATÉ 40 CV E MAIS DE 40 CV

Se dividirmos o total de unidades matriculadas em dois grupos (até aos 40 cv) e acima de 40 cv, percebemos que o grupo até aos 40 cv representa cerca de 25% do total de unidades matriculadas, em que a marca Kubota se destaca ainda em primeiro lugar, secundada pelos UTV da marca CF Moto (atualmente classificados na categoria Tratores), e pela New Holland. No segundo grupo, que soma 4328 unidades, temos a New Holland, a John Deere e a Deutz-Fahr, respetivamente, nos primeiros 3 lugares do pódio.

Houve um crescimento no segmento dos compactos

4328

40 cv

o número de unidades matriculadas acima dos 40cv

GRÁFICO 1

EVOLUÇÃO DAS MATRÍCULAS de tratores agrícolas novos, por categoria 2014

2015

2016

2017

2018

Total ESPECIALIZADOS

829

918

1355

1750

1304

Total MINIS (COMPACTOS)

1687

1581

1855

1952

2247

Total CONVENCIONAIS

2152

2045

2067

2303

2237

Total MATRICULADOS

4668

4544

Total ESPECIALIZADOS 5277 6005

Total MINIS (COMPACTOS) 5788

Total CONVENCIONAIS

Total MATRICULADOS

7000 6005

6000

5788

5277 5000

4668

4544

4000 3000 2152 2000 1000

2045

1687

1581 918

829

1855

2067 1750

1952

2247

2303

1335

2237

1304

0

2014

www.abolsamia.pt

2015

2016

2017

2018

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MERCADOS // Estatísticas

Matrículas de tratores agrícolas NOVOS por marca 2018 vs 2017 MARCA

2018

NEW HOLLAND KUBOTA JOHN DEERE DEUTZ-FAHR DAEDONG/KIOTI SOLIS SAME LS LAMBORGHINI LANDINI HURLIMANN CF MOTO VALTRA CASE IH ISEKI 7000 MASSEY FERGUSON TYM 6000 MC CORMICK QUADDY 5000 BRANSON FENDT 4000 CLAAS GOLDONI 3000 A. CARRARO DONG FENG 2000 1687 LOVOL CARRARO 1000 829 FERRARI

2152

871 620 605 495 310 278 261 233 230 199 194 158 132 109 106 103 95 87 83 4668 73 63 54 48 43 42 31 19 38

2017

918

1026 1041 575 524 253 174 336 223 246 273 186 22 105 130 77 61 89 139 18 59 64 57 56 40 46 2045 1581 6 16 20

0

2014

VAR%

MARCA

-15,11 BCS -40,44 MITSUBISHI 5,22 BOMBARDIER -5,53 JCB 22,53 YANMAR 59,77 SHIBAURA -22,32 ARBOS 4,48 YAGMUR -6,50 LS MTRON -27,11 OUTROS 4,30 TOTAL 618,18 25,71 Total-16,15 ESPECIALIZADOS Total MINIS (COMPACTOS) 37,66 68,85 6,74 -37,41 5277 361,11 OUTROS 23,73 49,88% 4544 -1,56 -5,26 -14,29 7,50 2067 -8,70 1952 1855 1750 416,7 1335 18,75 90,00 DAEDONG/KIOTI 5,36%

2015

2018

2017

VAR%

17 17 16 12 9 8 4 4 3 12 5788

19 32 1 9 10 29 0 5 16 12 6005

-10,53 -46,88 1500,00 33,33 -10,00 -72,41 ? -20,00 -81,5 0 -3,61

15+11+109550

2016

NEW HOLLAND Total MATRICULADOS 15,05%

Total CONVENCIONAIS

6005

5788 KUBOTA 10,71%

2247

2303

1304

DEUTZ FAHR 8,55%

2017

GRÁFICO 2

JOHN DEERE 10,45%

2237

2018

Tratores Agrícolas Novos POR ESCALÕES DE POTÊNCIA (kW) ANO

<19

19-25

26-29

30-39

40-59

60-73

74-88

89-110

111-147

148-184

>184

2014

376

328

279

1103

1123

650

414

203

129

24

39

TOTAL 4668

2015

381

337

264

1023

1056

636

427

216

143

24

37

4544

2016

457

318

334

1267

1276

707

545

157

150

29

37

5277

2017

456

325

398

1383

1598

779

704

156

144

30

32

6005

2018

471

569

420

1233

1114

704

771

252

166

57

31

5788

2018 1400 1233 1200

1114

1000 800

704

600 471

771

569 420

400 252 166

200

57

31

0

<19

26

19-25

abolsamia março / abril 2019

26-29

30-39

40-59

60-73

74-88

89-110

111-147

148-184

>184

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MERCADOS // Estatísticas

NOVIDADE

Talento natural. A nova TUCANO. A natureza apresenta-nos sempre novos desafios. A nova TUCANO está preparada com a tecnologia MONTANA e DYNAMIC POWER para todos os trabalhos. Um novo conceito de trabalho aumenta a inteligência e o conforto, melhorando o rendimento. A possibilidade de escolha é ainda maior: seis novos modelos juntam-se aos já existentes. Equipadas com motores Mercedes que cumprem com a normativa “Stage V”, oferecem potências entre os 245 e 381 CV. Um autêntico talento natural. tucano.claas.com

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abolsamia março / abril 2019

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MERCADOS // Estatísticas

350 350

<29 KW (38,9 CV)

300 350 300

MARCAS

2014

2015

2016

2017

2018

KUBOTA

218

246

297

333

222

200 250 200

CFMOTO

0

0

0

21

139

150 200 150

NEW HOLLAND + CNH

48

50

88

123

136

SOLIS

0

5

5

59

123

DAEDONG/KIOTI

89

82

69

85

122

100 150 100 50 100 50 0 50 0

101

LS

80

99

96

106

250 300 250

0 KUBOTA KUBOTA

2014

2014 2014

KUBOTA

LS

2015

2016

2015

2016

NEW HOLLAND + CNH

2015

LS

NEW HOLLAND + CNH

LS

NEW HOLLAND + CNH

2017

2018

2017

DAEDONG/KIOTI

2016

2017

2018 SOLIS

CF MOTO

2018

DAEDONG/KIOTI

SOLIS

CF MOTO

DAEDONG/KIOTI

SOLIS

CF MOTO

600

30 A 59 KW (40,2 A 79,1 CV)

600 500 600 500 400 500 400 300

MARCAS

2014

2015

2016

2017

2018

NEW HOLLAND

357

344

424

449

343

400 300 200

DEUTZ-FAHR

215

212

259

332

236

300 200 100

KUBOTA

279

246

341

552

233

200 100 0

SAME

191

184

251

260

194

100 0

DAEDONG/KIOTI

127

119

170

168

188

0

LAMBORGUINI

128

140

198

190

177

LANDINI

180

102

165

181

126

2014

2015

KUBOTA 2014 DEUTZ-FAHR

2016

2017

2018

2015 2017SAME NEW HOLLAND 2016 DAEDONG/KIOTI

2016 2017 LANDINI 2014 LAMBORGHINI 2015 KUBOTA DEUTZ-FAHR NEW HOLLAND DAEDONG/KIOTI SAME KUBOTA LANDINI

DEUTZ-FAHR LAMBORGHINI

LANDINI

LAMBORGHINI

NEW HOLLAND

DAEDONG/KIOTI

2018 2018

SAME

450

MARCAS

2014

2015

2016

2017

2018

NEW HOLLAND

186

228

324

389

350

400 450 350 450 400 300 400 350 250 350 300 200 300 250 150

JONH DEERE

183

210

217

265

237

250 200 100

DEUTZ-FAHR

119

134

136

146

189

KUBOTA

83

108

116

132

137

SOLIS

8

17

20

67

85

CASE IH

42

44

68

66

73

60 A 88 KW (80,4 A 118 CV)

28

abolsamia março / abril 2019

200 150 50 150 0 100 100 50

2014

50 0 JOHN DEERE 2014 0 2014

2015 DEUTZ-FAHR

2015 2015

2016 NEW HOLLAND

2016

2017 CASE IH

2016

2018

KUBOTA

2017 2017

SOLIS

2018 2018

JOHN DEERE

DEUTZ-FAHR

NEW HOLLAND

CASE IH

KUBOTA

SOLIS

JOHN DEERE

DEUTZ-FAHR

NEW HOLLAND

CASE IH

KUBOTA

SOLIS

30 25

www.abolsamia.pt


JOHN DEERE

DEUTZ-FAHR

NEW HOLLAND

CASE IH

KUBOTA

SOLIS

LANDINI

LAMBORGHINI

MERCADOS // Estatísticas 450

30

400 25

350

20

89 A 147 KW (119,4 A 197 CV)

300

15

250

MARCAS 10

2014 110

5 JOHN DEERE 0 VALTRA

2014

2015

19

DEUTZ-FAHR JOHN DEERE

VALTRA

55

>148 KW (198,5 CV)

2015

2016

107

71

50

41

20

28

2016

NEW HOLLAND

FENDT

2017 77 46

2017

29 CASE IH

2018 177 56

2018

39 DEUTZ-FAHR

200MARCAS

2014

2015

2016

2017

2018

5

5

12

12

25

14

12

11

9

22

15 2017

18

2018 18

KUBOTA 5

SOLIS 10

150

VALTRA

100

FENDT 50 0

2015 16

2014 JOHN DEERE

2016 17

NEW HOLLAND

73

90

72

56

37

KUBOTA

9

12

18

24

28

CLAAS

7

8

7

24

24

NEW HOLLAND

9

14

12

9

5

FENDT

29

26

30

19

22

CASE IH

5

6

8

5

4

JOHN DEERE DEUTZ-FAHR

NEW 8 HOLLAND 3

DEUTZ-FAHR

CASE IH 6

200 180

30

160

25

140

20

120 100

15

80

10

60 40

5

20 0

2014

FENDT

VALTRA

2015 NEW HOLLAND

2016 KUBOTA

2017 DEUTZ-FAHR

2018 CLAAS

JOHN DEERE

0

2014

JOHN DEERE

2015 VALTRA

MERCADO MUNDIAL DE TRATORES DECRESCEU

2016

NEW HOLLAND

180 160

G

lobalmente, o mercado de tratores decresceu em 2018, mas com sinais mistos. Os dados que publicamos foram divulgados na conferência de imprensa da FederUnacoma, que decorreu em fevereiro último durante o SIMA de Paris.

EUROPA FECHA ANO COM MENOS 10% DE TRATORES

No balanço final de 2018, o mercado de máquinas agrícolas apresenta uma tendência certamente menos positiva que a do ano anterior. A Europa viu uma redução significativa nos registos de matrículas, especialmente de tratores, cujo aumento acentuado no final de 2017

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120

CASE IH

DEUTZ-FAHR

número total de matrículas registadas na Europa em 2018

- devido à necessidade dos fabricantes 80 stock antes registarem os veículos em da entrada em vigor das60novas regras de 40 homologação estabelecidas pela Mother Regulation - foi seguido 20 por uma redução 0 média de 10%, com um total de 2014 177.300 2015 unidades (dados CEMA). FENDT a VALTRA A redução ocorrida envolveu maioriaNEW HOLLAND dos países europeus e, em particular, os que representam os maiores mercados, respetivamente, a França -9% (24.700 unidades registradas), a Alemanha -18% com 27.700 unidades, a Itália -19% com 18.400 unidades e finalmente Espanha, que registou uma redução de 5% com 11.400 máquinas registradas. Além do mercado europeu, também o 100

FENDT

2018

177.300

200

140

2017

2016 KUBOTA

2017 DEUTZ-FAHR

2018 CLAAS

JOHN DEERE

Espanha registou uma redução de 5% com 11.400 máquinas registadas abolsamia março / abril 2019

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MERCADOS // Estatísticas

»

A China e a Índia representam mais de 50% do mercado mundial de tratores com mais de 1,1 milhões de unidades.

mercado internacional foi geralmente menos positivo do que em 2017, quando as vendas de tratores alcançaram 2,154 milhões de unidades, com um crescimento de 13% comparativamente com o ano anterior. CENÁRIO GLOBAL COM SINAIS MISTOS

Os dados fornecidos pela Agrievolution revelam tendências diferenciadas de país para país, com resultados particularmente positivos nos Estados Unidos da América, que fecha 2018 com um total de 235 mil tratores registados, o que representa um aumento de 7% em relação a 2017, seguindo a tendência de crescimento que já se verificara no ano anterior. O Brasil também fechou com nota positiva (39.000 unidades registadas, e um aumento de 5% quando comparado com o ano anterior), assim como a Rússia (23.300 unidades com um aumento de 3%). Já na Turquia, as vendas de tratores caíram 34% totalizando as 48.000 unidades devido à crise económica e à desvalorização da moeda que se traduziu na desaceleração significativa dos investimentos na agricultura.

as vendas de tratores registaram um crescimento de 13% 30

abolsamia março / abril 2019

Quanto aos dois gigantes asiáticos, Índia e China, que sozinhos representam mais de 50% do mercado global de tratores com mais de 1,1 milhões de unidades no total, ainda se aguardam os números finais para 2018; no entanto, com base nos dados atualizados para os primeiros nove meses do ano verifica-se um decréscimo significativo para a China (-26%), devido aos efeitos das tensões comerciais com os Estados Unidos, que influenciam vários setores económicos, inclusive o agrícola de forma direta. Por outro lado, a Índia cresceu alcançando a cifra de 600.000 tratores vendidos até setembro, estimando-se o número recorde de quase 800.000 unidades no balanço final de 2018, confirmando-o como o país com o maior mercado do mundo em termos de número de unidades absorvidas. AS PREVISÕES ECONÓMICAS PARA 2019

Os números sobre os preços de mercado dos produtos agrícolas, e particularmente o montante dos lucros, que tanto influenciam a capacidade de investimento das empresas, parecem estar subindo ligeiramente, e isso pode

235 mil

tratores registados no E.U.A que representa um aumento de 7%

representar um fator positivo para o mercado das máquinas agrícolas. No entanto, o declínio do comércio global, que já ocorreu em 2018 e que também se refletiu no mercado de máquinas agrícolas, deverá continuar no ano em curso, pelo menos até que seja possível superar alguns problemas sérios. O surgimento de novas políticas protecionistas, a questão espinhosa do Brexit e a grave situação dos países que têm um papel chave na geografia económica, como a Venezuela, o Irão e a Turquia, terão efeitos significativos sobre os fluxos comerciais. TARIFAS EUA VS CHINA GERAM CENÁRIO DE INCERTEZA

Mas, acima de tudo, os Estados Unidos e a China influenciarão o cenário internacional, em parte devido às tensões entre os dois países ligados às tarifas de importação de produtos, em parte devido às dinâmicas económicas internas. Apesar de viverem uma fase positiva em termos de emprego, os Estados Unidos ainda estão a lutar com um declínio nos índices de confiança e consumo, enquanto a paralisação da administração pública (800.000 empregados sem salário desde dezembro) poderá levar a uma queda do PIB numa base anual de um mínimo de 0,5% a 1%. A China, por sua vez, registou um declínio geral tanto nas exportações quanto nas importações, e prosseguiu na sua estratégia de reequilibrar a sua capacidade de produção excessiva, restringindo o crédito.

estima-se que a Índia alcançou o número record de 800.000 unidades www.abolsamia.pt


MERCADOS // Estatísticas

CONSIGO NO TERRENO.

CAMPANHA 0% DE JUROS TAE 1,0%

Taxa Anual Efetiva (TAE) calculada nos termos do Decreto-Lei n.º 220/94, de 23 de agosto.

CRÉDITO DESTINADO A EMPRESAS AGRÍCOLAS. Campanha válida de 1 de março a 30 de abril de 2019. Exemplo representativo para um crédito de equipamentos (estado novo) PVP 10 000,00€. Montante financiado de 10 233,17€. Acresce comissão de processamento da operação de 4,42€. (Inclui comissão de montagem da operação de 182,00€ + Imposto de Selo pela Utilização de Crédito de 51,17€). Prazo: 24 meses. Prestação de 426,38€. Total financiamento e encargos 10 339,20€. Crédito sujeito à aprovação. Informe-se no Montepio Crédito.

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Comercial E: dep.comercialherculano@ferpinta.pt T: +351 256 661 913 F: +351 256 692 497 abolsamia março / abril 2019

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MERCADOS // Estatísticas

EUROPA

A PROCURA DE TRATORES MANTEVE-SE ESTÁVEL FO N T E : CO M I T É E U R O P E U D E M ÁQ U I N A S AG R Í CO L A S (C E M A )

N

o total, cerca de 177.000 tratores foram matriculados em toda a Europa em 2018, de acordo com números provenientes de autoridades nacionais. Destes registos, 39.784 tratores estavam abaixo de 50 cv e 137.503 acima de 50 cv. O CEMA considera que 146.927 do total de veículos matriculados são tratores agrícolas, sendo os restantes quads, telescópicos ou outros equipamentos. O número de matrículas de tratores agrícolas diminuiu cerca de 12% em comparação com 2017. Apesar desse declínio, 2018 é considerado um ano positivo para a venda de tratores. O declínio nas matrículas deveu-se ao número elevado de tratores prématriculados em dezembro de 2017. A

nova legislação para tratores entrou em vigor em 1 de janeiro de 2018, o que significa que todos os tratores que estavam em conformidade com a legislação anterior tiveram que ser matriculados antes da entrada em vigor das novas regras. Isso resultou num pico nas matrículas em dezembro de 2017 sem que tivesse havido um aumento na procura subjacente. Estes tratores pré-registados terão sido maioritariamente vendidos em 2018, mas as vendas dos mesmos não entraram em conta para as matrículas de 2018. O Gráfico 1 mostra claramente que, em dezembro de 2017 as matrículas atingiram um pico e, subsequentemente, foram relativamente baixas no primeiro

trimestre de 2018. Ao estimar a tendência sem esse pico e sem essa quebra fora do normal, percebe-se que a procura de tratores recuperou ligeiramente em 2018. DIFERENÇAS NAS TENDÊNCIAS ENTRE CATEGORIAS DE POTÊNCIA

Comparando as tendências por categoria de potência, vê-se que o número de matrículas de tratores acima de 175hp aumentou ainda em 2018 em comparação com 2017, apesar do impacto negativo das pré-matrículas. Nas categorias abaixo de 175hp, as matrículas diminuíram. Isso deve-se em parte ao número relativamente maior de prématrículas nas categorias de menor potência abaixo de 75hp. O gráfico 2 mostra que a volatilidade na procura é muito maior na categoria de potência abaixo de 100hp. DIFERENÇAS ENTRE PAÍSES

G R Á F I C O 1 : M AT R Í C U L A S D E T R AT O R E S A G R Í C O L A S 60000 55000 50000 45000 40000 35000 30000 25000 20000

Q1 2015

32

abolsamia março / abril 2019

Q2 2016

2017

Q3 2018

Q4

Como pode ser visto no gráfico 3, os dois maiores mercados de tratores são a Alemanha e a França. As matrículas de tratores nesses países caíram em 12% e 9%, respetivamente, em 2018. A principal razão deveu-se, conforme explicado anteriormente, às prématrículas por razões legislativas. O mercado francês está mais otimista para 2019. As expectativas são positivas devido ao maior rendimento dos agricultores franceses. Os agricultores italianos não estão confiantes acerca da situação económica e os investimentos estão em baixa. O que se verifica na menor procura de tratores, ceifeiras debulhadoras e reboques verificada em 2018. Para 2019, espera-se que o mercado italiano permaneça estável no mesmo nível dos últimos anos. O ano de 2018 foi bom para o mercado britânico de máquinas agrícolas. A procura por tratores aumentou em 1% e poderia ter aumentado muito mais se não fossem as pré-

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MERCADOS // Estatísticas

G R Á F I C O 2 : M AT R Í C U L A S D E T R AT O R E S P O R C AT E G O R I A D E P O T E N C I A M O T O R , P O R A N O . 40000 35000 30000 25000 20000 15000 10000 5000 0

<29 hp 2015

29-49 hp 2016

50-79 hp 2017

80-99 hp

100-129 hp

130-147 hp

148-177 hp

178-197 hp

198-246 hp

246-296 hp

>295 hp

2018

matrículas. Para o mercado do Reino Unido, a evolução em 2019 depende principalmente do resultado das negociações do Brexit, sendo por isso difícil de prever. O mercado espanhol foi fortemente impactado pelos novos requisitos europeus para tratores, bem como pelos requisitos nacionais para equipamentos rebocados. Portanto, um grande número de pré-matrículas ocorreu em reboques e máquinas rebocadas em dezembro de 2018. Esse aumento na procura em 2018 terá um resultado negativo em 2019. O impacto das pré-matrículas de 2017 de tratores levou a uma quebra de 10% nos tratores registados em 2018. No entanto, espera-se algum crescimento em 2019. As colheitas belgas foram atingidas pelo longo período de seca no verão. Consequentemente, o mercado de máquinas agrícolas diminuiu em aproximadamente 5% em 2018 e para 2019 espera-se que permaneça no mesmo nível. As matrículas de tratores, especificamente, caíram 6% em 2018. Em outros mercados monitorizados pelo CEMA, as matrículas de tratores mostraram fortes quedas na Áustria (-19%), Turquia (-43%) e Dinamarca (-20), enquanto nos Países Baixos houve uma redução menor (-5% ).

16+14+108640

G R Á F I C O 3 : M AT R Í C U L A S D E T R AT O R E S E M 2 0 1 8

ALEMANHA 16%

RESTO DA EUROPA 49,88%

FRANÇA 14%

POLÓNIA 6%

ESPANHA 6%

ITÁLIA 10%

REINO UNIDO 8%

DISTRIBUIDOR

EXCLUSIVO COMÉRCIO E INDÚSTRIA DE MÁQUINAS E AUTOMÓVEIS, S.A.

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PRODUTO // Teste em campo

CASE IH FARMALL 75A

Compacto nas dimensões e com especificações simples, o Farmall 75 A é o trunfo da Case IH para as pequenas e médias explorações. Pode também assumir o papel de trator de apoio para fertilizar, gadanhar, encordoar, recolher hortícolas, entre muitas outras operações ligeiras.

A

T E X TO J OÃO S O B RA L /

convite da Case IH, viajámos para Viena, na Áustria, para contactarmos de perto com este convencional compacto de 75 cv. Começámos por fazer condução livre e simular a deslocação de carga com um carregador frontal LRA75 com as cores da Case IH e originário do fabricante alemão Stoll. Mas havia outro Farmall 75A à nossa espera, a fazer parceria com um voltafenos rebocado Pöttinger HIT 8.9. Este trator integrou o lote de finalistas do prémio TOTY 2019 na categoria ‘Melhor Utilitário’.

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abolsamia março / abril 2019

FOTO G R A F I A F RA N C IS CO M A R Q U E S

A SÉRIE FARMALL A

Na entrada desta série, a Case IH propõe três modelos de idêntica dimensão e distância entre eixos. O que diferencia os Farmall 55 A, 65 A e 75 A é apenas a nível de potência do motor. Acima deste patamar, a série abrange mais quatro modelos numa faixa de potência entre os 86 e os 114 cv. MOTOR FTP DE 2,9 LITROS

Fornecido pela FPT, que tal como a Case IH pertence ao universo CNH Industrial, o bloco de 3 cilindros que propulsiona este Farmall 75 A perfaz 75 cv de potência.

O Farmall 75A pode ser configurado com pré-instalação de fábrica para carregador frontal

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PRODUTO // Teste em campo

O motor conta com um sistema turbocompressor e tecnologia de injeção common rail. O intervalo de manutenção para mudança do óleo é de 600 horas. TRANSMISSÃO 12/12

As quatro velocidades da alavanca principal multiplicam-se por três gamas, o que dá um total de doze relações. Esta transmissão permite uma velocidade máxima de deslocação de 40 km/h. Na versão standard, a marca propõe um inversor mecânico sincronizado. O cliente pode optar por configurar o trator com inversor eletro-hidráulico, especialmente vantajoso nos trabalhos com carregador, e com super-redutoras (20/20), para as tarefas que exijam uma deslocação muito lenta, abaixo de 100 m/h.

CABINA

A cabine assenta numa estrutura de quatro pilares e permite o acesso por ambos os lados. No habitáculo encontramos um joystick para carregador desenhado pela Stoll (na pré-instalação para carregador com carimbo Case IH) e uma coluna de direção ajustável em profundidade. O painel de instrumentos é composto por elementos analógicos e por um visor digital. Este visor indica as horas de trabalho, o regime do motor e da TDF, a velocidade de avanço, temperatura exterior, entre outras informações úteis.

distância entre eixos (2085 mm) e uma transmissão 8/8 que alcança a velocidade máxima de 30 km/h. Os clientes podem optar ainda entre a versão cabinada e a versão de plataforma com arco. PREÇO

Na versão com cabina e transmissão 12/12 com inversor eletro-hidráulico, o PVP do Farmall 75A no mercado português é de 48.813,00 Eur. Numa configuração similar, mas com inversor mecânico sincronizado, o PVP situa-se nos 46.372,00 Eur.

EM VERSÃO 2RM E PLATAFORMA

O Farmall 75A está disponível nas versões de 2 e de 4 rodas motrizes. A versão 2RM apresenta uma menor

HIDRÁULICO E TDF

Na versão standard, o sistema hidráulico pode elevar 2700 kg de peso. Com a adição de um cilindro auxiliar, a capacidade sobe para os 3000 kg. A bomba proporciona 47 L/min de fluxo hidráulico para abastecer até 3 distribuidores traseiros (de controlo mecânico) e 2 distribuidores ventrais. Como equipamento base, o Farmall A apenas contará com uma velocidade de TDF, para 540 rpm. Em opção pode ser configurado com o regime 540E, para funcionamento a um regime económico do motor em trabalhos de menor carga, ou com um regime proporcional ao avanço.

O painel de instrumentos concilia elementos analógicos e um visor digital.

A transmissão apresenta um escalonamento de 4 relações repartidas por três gamas.

A bateria e o filtro de ar estão posicionados à frente do sistema de refrigeração, com excelente acesso.

APRECIAÇÃO Na experimentação que realizámos,

Como trator simples que é, mas

o trator revelou-se funcional e

onde a marca recorre a detalhes

prático. Sem transmitir aquele ‘toque’

iminentemente contemporâneos, este

dos modelos da Case IH de gama

modelo convencional compacto, cujo

mais alta, que se destinam ao uso

peso é inferior a 3 toneladas,

profissional e intensivo, o Farmall A

destina-se a quem faz uma utilização

não desilude se for entendido como

agrícola mais esporádica, ou a uma

um produto orientado para um

utilização regular, mas apenas para

segmento de mercado específico.

tarefas ligeiras.

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abolsamia março / abril 2019

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»

PRODUTO // Teste em campo

CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS MOTOR Fabricante / modelo Nº de Cilindros/ cilindrada Potência nominal /máxima com boost Binário máximo / reserva Nível de emissões

FPT / TTF S8000 3 / 2.930 cm3 75 cv 341 Nm / 48% Fase IIIB / Tier 4i

TRANSMISSÃO Configuração Velocidade máx.

Mecânica 12/12 40 km/h

DIMENSÕES

HIDRÁULICO Capacidade de elevação

Traseira: 3.000 kg

Fluxo da bomba (opcional)

47,7 L/min

Distância entre eixos

2.123 mm

Carga máxima admissível

4.800 kg


McCORMICK X7.690 P6-DRIVE

Configurado exclusivamente com a transmissão robotizada P6-Drive, o X7.690 é o modelo mais potente da série X7. Com tecnologia para personalização de diversos parâmetros, confere ao operador a possibilidade de adequar o funcionamento às suas preferências e às particularidades do trabalho.

T E X TO A M É R I CO R O D R I G U E S & J OÃO S O B RA L /

J

untamente com os restantes membros do júri do TOTY, estivemos em Florença, Itália, para conhecermos de perto o McCormick X7.690 P6-Drive. Este modelo foi um dos finalistas na categoria principal do prémio ´Trator do Ano’, destinada aos tratores para Campo Aberto. A marca pôs o trator à nossa disposição engatado numa charrua Lemken.

FOTO G R A F I A A M É R I CO R O D R I G U E S

A SÉRIE X7.6 P6-DRIVE

MOTOR FTP DE 6,7 LITROS

Na variante deste trator com transmissão P6-Drive e motor de 6 cilindros, a série X7 desdobra-se por cinco modelos e abrange um segmento entre os 166 e os 225 cv de potência máxima com boost. O X7.690 foi o último modelo da McCormick a ser adicionado no topo da série X7 e que não tem equivalente na variante VTDrive (variação contínua).

Sob o capot acomoda um bloco de 6 cilindros fabricado pela FPT, com 6,7 litros de cilindrada, que perfaz uma potência máxima de 205 cv para trabalhos de tração, como mobilização de solo. A gestão de potência com boost fornece 20 cv adicionais para transporte e tarefas com TDF. Através de um sistema de tratamento de gases DOC+SCR que não requer regeneração, cumpre as normas de emissões Tier 4F. As mudanças de óleo são feitas com intervalos de 500 horas. Na manutenção, merece destaque o correto ângulo de abertura para limpeza do pack de radiadores. Tal como os restantes McCormick de 6 cilindros dispõe de um chassis com dispositivos para absorção de vibrações. O travão-motor, acionado através de um pedal colocado entre os travões e a embraiagem, visa aumentar a segurança nas deslocações com carga em descidas. TRANSMISSÃO

De origem ZF, a caixa robotizada P6-Drive 30/15 é proposta pela marca como uma alternativa à variação contínua. Com 6 relações powershift distribuídas por 5 gamas robotizadas, pode alcançar os 50 km/h a um regime económico de 1860 rpm. O cliente pode ainda optar pela variante com creeper, cujo escalonamento é de 54/27 relações.

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PRODUTO // Teste em campo

A caixa pode ser gerida em modo manual ou automático (APS-Campo e APS-Estrada). Neste caso, o operador define o intervalo de variação do regime do motor, conduz através do pedal de acelerador e a caixa gere automaticamente a passagem de relações e de gamas. A sensação de condução é muito próxima da que experienciamos com uma caixa de variação contínua, o que se deve também à funcionalidade Stop&Action que ativa a embraiagem quando pisamos o travão. Por razões de segurança, dependendo do nível de carga, o software pode desativar esta funcionalidade. O operador também a pode desativar manualmente.

No habitáculo, a monitorização do funcionamento do trator é feita no painel de instrumentos e no monitor tátil de 12”.

Na versão Premium, os principais comandos estão posicionados no apoio de braço.

HIDRÁULICO E TDF

O hidráulico de controlo eletrónico pode ser configurado com uma bomba de 123 L/min, ou com uma bomba de 167 L/min. A TDF conta com dois regimes normais e com dois regimes económicos, para trabalhos mais ligeiros. O elevador e a TDF na frente fazem parte dos opcionais. CABINA E TECNOLOGIA A BORDO

A McCormick propõe dois níveis de equipamento. A versão Premium é configurada com hidráulico CCLS, distribuidores de acionamento eletro-hidráulico, monitor tátil DSM de 12” e sistema de gestão de cabeceiras.

Do lado esquerdo existe um compartimento refrigerado. A refrigeração pode ser desligada.

A versão Eficiente, mais básica, tem o sistema hidráulico de centro aberto como configuração de base (CCLS em opção) e distribuidores mecânicos. Sem apoio de braço, os joysticks da transmissão e do hidráulico surgem posicionados diretamente na consola direita. A cabina de quatro pilares pode assentar sobre uma suspensão mecânica, ou sobre uma suspensão hidráulica semi-ativa com três níveis de amortecimento. O assento pneumático inclui um ângulo de deslocação lateral,

O X7.690 dispõe de um completo painel de comandos para controlo do hidráulico e da TDF a partir do exterior.

para os trabalhos em campo. Entre os opcionais, e resultante da parceria com a Topcon, a McCormick disponibiliza algumas soluções para agricultura de precisão, como condução automática e software para gestão de frotas. PREÇO

Na versão Premium, de equipamento mais completo, com creeper e 16x45kg de lastragem na frente, este modelo é comercializado no mercado português por um PVP de 138.000,00 Eur.

APRECIAÇÃO A partir do posto de condução, o X7.690

automatismos da transmissão. Já nos

transmite-nos uma sensação de solidez

trabalhos em campo, o sistema de

e de potência à espera de ser usada.

direção PSM (que reduz o número de

A instrumentação é de rápida

se uma boa ajuda para realizar

layout dos menus do monitor, e permite

manobras a baixa velocidade.

fazer diversos ajustes para adaptar a

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voltas do volante para metade), revela-

adaptação, o que muito se deve ao

Em síntese, o trator é fácil de usar, e

máquina às preferências de cada

inclui detalhes práticos, como é o caso

operador.

do rádio Bluetooth compatível com

Em transporte, beneficiamos dos

smartphone.

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PRODUTO // Teste em campo

O sistema de tratamento dos gases de escape apresenta-se volumoso, mas sem comprometer a utilização da porta direita nem a visibilidade a partir do posto de condução.

CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS MOTOR Fabricante / modelo Nº de Cilindros/ cilindrada Potência nominal /máxima Binário máximo / reserva Nível de emissões

FPT / NEF N67 6 / 6.728 cm3 199 cv / 225 cv 897 Nm / 37% Fase IV / Tier 4F

TRANSMISSÃO Configuração Velocidade máx.

Powershift robotizada 30/15 55,8 km/h

HIDRÁULICO Capacidade de elevação Fluxo da bomba (opcional)

Traseira: 9.300 kg Ft: 3.500 kg 123 (ou 160) L/min

DIMENSÕES Distância entre eixos Carga máxima admissível

PARA CULTURAS ESPECIALIZADAS Pensados para a vitivinicultura e para a fruticultura, na série X4 os agricultores encontram a solução à medida da sua exploração. Com motores de 4 cilindros, os seis modelos desdobram-se nas variantes F e XL e preenchem um segmento dos 70 aos 112 cv de potência. Entre um leque muito alargado de configurações, o cliente tem ao dispor a evoluída caixa 48/16 com inversor electro-hidráulico, o eixo dianteiro com suspensão e ainda os distribuidores de comando eletrónico.

SÉRIE X7

PARA OS TRABALHOS MAIS EXIGENTES 2.820 mm 13.000 kg

Nos trabalho em campo, o sistema de direção PSM é uma boa ajuda para manobrar a baixa velocidade

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SÉRIE X4

McCormick é uma marca de Argo Tractors S.p.A.

Diferentes especificações tecnológicas, duas ofertas de transmissão, e motores de 4 ou de 6 cilindros. Com modelos entre os 140 e os 225 cv, os X7 estão disponíveis com caixa robotizada P6-Drive ou com caixa de variação contínua VT-Drive. Na série X7 é fácil encontrar o parceiro que se adapta às suas necessidades, para os trabalhos mais exigentes.

Lagoa da Amentela EN 118 Km 38,6 - 2130-073 Benavente abolsamia março / abril 2019 39 Tel. 263 519 800 | E.mail: miguel.vieira@auto-industrial.pt www.tractorluso.pt


PRODUTO // Toty 2020

NOVA CATEGORIA PREMEIA A SUSTENTABILIDADE

Sai o Design, entra a Sustentabilidade. É esta a grande mudança que vai acontecer no ‘Trator do Ano’ já em 2019. A nova categoria visa distinguir os tratores que se evidenciem pela inovação do ponto de vista da sustentabilidade. Atribuirá um prémio pela primeira vez na Agritechnica, em novembro deste ano. T E X TO J OÃO S O B R A L

N

a celebração das duas décadas de existência, o TOTY renovase. “Queremos celebrar os 20 anos não apenas como o alcance de uma meta, mas também como um ponto de partida para os próximos 20 anos”,

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disse Fabio Zammaretti, chairman do TOTY, durante a última cerimónia de entrega de prémios, realizada na EIMA 2018. A AGRICULTURA TEM DE ALCANÇAR MAIOR PRODUTIVIDADE

A população mundial que atualmente ronda os 7,6 mil milhões, está em

crescimento, e as estimativas da ONU apontam para que essa tendência se mantenha. Em 2050, esta esfera suspensa no espaço deverá ser habitada por 9,8 mil milhões de pessoas. A projeção mais longínqua feita por aquela organização tem como alvo o ano 2100, com uma estimativa de 11,2 mil milhões de pessoas.

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// Toty 2020 O Q U E B A L I Z A A S 4 C AT E G O R I A S TRATOR DO ANO: Tratores para campo aberto cuja carga máxima admissível seja superior a 8900 kg. MELHOR UTILITÁRIO: Tratores convencionais com potência acima de 70 cv, motor no máximo com 4 cilindros, e carga máxima admissível até 8.900 kg. MELHOR ESPECIALIZADO: Tratores destinados a pomares, vinhas e zonas montanhosas. SUSTAINABLE TOTY: Tratores que se evidenciem pela inovação do ponto de vista da sustentabilidade. REQUISITOS PARA SUBIR A BORDO: Na edição TOTY 2020 podem concorrer às primeiras três categorias (campo aberto, melhor utilitário e melhor especializado), os modelos de produção em série que venham a estar disponíveis para entrega no mercado europeu até dezembro de 2020.

Fabio Zammaretti, chairman do TOTY

NEW HOLLAND FOI O MAIS GALARDOADO Na categoria ‘Melhor Design’, o TOTY atribuiu prémios anualmente desde 1998, tendo a última distinção de Design sido atribuído na EIMA 2018. O lugar passa a ser ocupado pela nova categoria Sustainable TOTY. Ao longo de 20 anos de distinções para o Melhor Design, a New Holland foi o fabricante mais vezes galardoado, com cinco tratores a serem premiados. Logo a seguir no ranking aparecem a Deutz-Fahr e Valtra com quatro distinções, e depois a Lamborghini com três galardões.

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Perante este cenário, torna-se urgente aumentar a produção de alimentos em 70% nos próximos 30 anos. Não é coisa pouca. Este é um desafio que implica comprometimento com as questões ambientais e com um modo de trabalhar que seja sustentável.

A produção alimentar terá de crescer 70% em 30 anos antes um prémio de inovação sob o ponto de vista da sustentabilidade”. Foi assim que Fabio Zammaretti sintetizou a identidade desta nova categoria no momento da sua apresentação. Avaliar um trator em matéria de sustentabilidade é uma tarefa que implica interpretar à luz de outras ideias o trabalho que é desenvolvido em contexto agrícola. E é um desafio que convida a observar as inovações desenvolvidas pelos fabricantes através de uma lente de diferente graduação.

DESIGN DÁ LUGAR À SUSTENTABILIDADE

É com estas estimativas que a organização do TOTY decide arrumar a categoria Design na prateleira da história. Na verdade, ela não se divorciará por completo do Design, pois continuará a ser um dos parâmetros de avaliação de cada modelo, a par de muitos outros. Mas perde o estatuto de categoria autónoma que teve até aqui, e que atribuía anualmente um prémio, para dar lugar, já nesta próxima edição do prémio – Tractor of the Year 2020 – à entrada da categoria ‘Sustainable TOTY’. “O Sustainable TOTY não vai ser um prémio de inovação para o trator mais verde, mas

AS PERGUNTAS A QUE VAMOS DAR RESPOSTA

Quais são os tratores que apontam para uma prática agronómica mais sustentável? Que características e que inovações devem incorporar para serem premiados como ‘Sustainable TOTY’? Quais serão os modos de propulsão alternativos aos combustíveis fósseis que vai permitir trabalhar mais, com menos custos e deixando uma menor pegada ecológica? As respostas a estas e a muitas outras questões vão ser dadas em novembro de 2019, na Agritechnica, quando for conhecido o primeiro trator premiado como ‘Sustainable TOTY’.

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27 PREMIADAS

INOVAÇÕES

Os prémios de inovação do SIMA antecipam as tendências apresentadas em cada edição deste reconhecido salão internacional de maquinaria agrícola. Sem surpresa, o campo das aplicações digitais dominou claramente esta edição de 2019, tendo conquistado quase metade das medalhas atribuídas.

Para lá do âmbito digital, outra tendência está relacionada com a necessidade de garantir a segurança dos utilizadores. Neste domínio, os fabricantes apresentaram algumas respostas que recorrem a tecnologia muito avançada e outras que são simples abordagens de bom senso.

Por fim, os requisitos relacionados com a qualidade de trabalho e com a performance das máquinas representam a terceira grande tendência. Esta necessidade derivada, sobretudo, da crescente variedade de culturas e da complexidade associada à rotação que é praticada

pelos agricultores. A missão destes prémios, que são atribuídos de dois em dois anos, é revelar as tendências mais marcantes que estão a ser aplicadas no desenvolvimento de equipamentos para agricultura e que dão resposta aos anseios dos utilizadores.

42 países


1.800 empresas 15

sectores em exposição


SIMA 2019

3 A TECNOLOGIA DIGITAL NA AGRICULTURA, DESDE A RECOLHA DE DADOS FIÁVEIS ATÉ À SUA UTILIZAÇÃO PARA MELHOR APOIAR A TOMADA DE DECISÃO E POTENCIAR A AQUISIÇÃO DE NOVOS CONHECIMENTOS AGRONÓMICOS. Na área da criação de gado em extensivo, a Beiser Environment propõe um reboque-manjedoura conectado. Permite alertar o criador na eventualidade de a manjedoura estar quase vazia e, mais importante, monitoriza o consumo diário do efetivo. Também neste domínio, a monitorização da atividade das máquinas é um assunto que as marcas vêm a abordar desde o começo da década de 80. Este ano, são vários os fabricantes que apresentam soluções destinadas a registar de forma automática e fiável a rastreabilidade de operação das máquinas e das alfaias. O uso generalizado deste tipo de tecnologia é o passo que falta para que a indústria venha a progredir ainda mais na mensurabilidade da agricultura de forma a retirar o maior proveito dos dados agronómicos. Ainda dentro desta tendência, um dispositivo completamente autónomo apresentado pela Karnott destina-se a monitorizar a atividade dos equipamentos agrícolas. Com base no registo do posicionamento (movimentação), um poderoso algoritmo calcula depois a atividade de cada equipamento, como os dias

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MAIORES TENDÊNCIAS dedicados a campo ou a transporte, e a área trabalhada em hectares. Esta ferramenta ajuda a traçar um perfil sobre o tipo de utilização e facilita o cálculo dos custos associados a uma dada atividade. Com uma abordagem diferente, a Trimble desenvolveu um marcador Bluetooth para identificar alfaias sem ISOBUS. Permite que o monitor de trator sinalize a sua presença e ajuste automaticamente as definições da condução automática em função da largura de trabalho da respetiva alfaia. Um último destaque é a plataforma Climate FieldView, que faz o armazenamento de informações provenientes de diferentes origens. A grande vantagem é proporcionar ao utilizador uma interpretação de forma simplificada de todos esses dados num único interface.

AS CONDIÇÕES DE TRABALHO MAIS SAUDÁVEIS E SEGURAS SÃO REQUISITOS CADA VEZ MAIS TIDOS EM CONSIDERAÇÃO PELOS FABRICANTES.

A segurança é transversal a todos os setores da produção agrícola. Há muitas situações que podem originar acidentes ou problemas músculoesqueléticos. Para dar uma resposta a este cenário é frequente os fabricantes lançarem soluções que estão muito para lá do que exige a legislação. A New Holland apresenta uma funcionalidade que reverte o sistema de alimentação das ceifeiras debulhadoras. Em caso de empapamento, o operador pode assim fazer a desobstrução da frente de corte sem ter de sair da cabine, sem ter de enfrentar uma tarefa que costuma ser arriscada quando feita diretamente. A segurança é também posta em causa quando os operadores têm de lidar com produtos potencialmente perigosos para a sua saúde. Para reduzir estes riscos, a Kverneland redesenhou o microgranulador para semeadores de precisão. O operador pode intervir na máquina sem ter de contactar diretamente com o produto.

A SEGURANÇA É TRANSVERSAL A TODOS OS SETORES DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA E HÁ MUITAS SITUAÇÕES QUE PODEM ORIGINAR ACIDENTES OU PROBLEMAS MÚSCULO-ESQUELÉTICOS

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ESPECIAL // Sima 2019

Nas máquinas de segmento alto, a tarefa de engate/desengate de alfaias ligadas aos três pontos é sempre um momento crítico. Os riscos aumentaram a partir do momento em que há máquinas cada vez maiores e com elementos móveis mais pesados, como é o caso do terceiro ponto hidráulico ou dos veios de cardan. Um guincho elétrico da Hydrokit vem tornar esta operação mais leve e mais segura.

A PERFORMANCE E A QUALIDADE DE TRABALHO DAS MÁQUINAS, TENDO EM VISTA A REALIZAÇÃO DE OPERAÇÕES CULTURAIS MAIS COMPLEXAS E O DESEMPENHO NUMA VARIEDADE MAIS ALARGADA DE CULTURAS. O sistema Dynatrac da Laforge é um dispositivo universal de guiamento de alfaias engatadas na traseira do trator. Permite que a alfaia faça movimentos laterais autonomamente para corrigir desvios feitos pelo trator. As trajetórias

passam a ser bastante mais precisas e o resultado do trabalho, feito com o mesmo conjunto trator/alfaia, sai aperfeiçoado. A Claas consegue contornar uma das dificuldades associadas aos rastos: a abertura de rodeiras no local onde as máquinas fazem as manobras de viragem. Aplicado em ensiladoras, um engenhoso sistema eleva a parte dianteira do rasto logo que é ultrapassado um certo ângulo de viragem. Também para proteger o solo, a Sodijantes propõe uma solução que reduz o tempo de enchimento dos pneus quando no campo se faz uso de sistemas de ajuste de pressão. Ao criar um reservatório de ar sob pressão no interior da jante, o enchimento é substancialmente mais rápido e contribui para que se use a pressão mais apropriada às condições de solo. Ainda no que respeita à qualidade de trabalho, a Amazone aperfeiçoa a

A TAREFA DE ENGATE/ DESENGATE DE ALFAIAS LIGADAS AOS TRÊS PONTOS É SEMPRE UM MOMENTO CRÍTICO E OS RISCOS AUMENTAM COM MÁQUINAS MAIORES E COM ELEMENTOS MÓVEIS MAIS PESADOS

distribuição de fertilizante ao incluir nos distribuidores centrífugos um sistema que analisa o vento e aplica ajustes à máquina para que o espalhamento seja homogéneo ao longo do campo.

CLAAS (FRANÇA)

Jaguar 960 Terra Trac Rastos de borracha com frente elevatória Os sistemas de rastos Terra Trac da Claas são já bastante conhecidos da gama de ceifeiras-debulhadoras. Agora, a marca alemã adiciona uma inovação a estes sistemas de rastos e aplica-os na ensiladora automotriz Jaguar 960. Quando a máquina segue em linha reta, o rasto apoia a totalidade da sua superfície. Quando vira, um sistema automático eleva cerca de 1/3 da parte dianteira do rasto, de modo reduzir a superfície total que fica em contacto com o solo. Esta funcionalidade atua só a partir de um determinado ângulo de viragem e contribui para minimizar as irregularidades na estrutura do solo provocadas pelas manobras feitas na linha de cabeceira. A marca comunica que a pressão exercida pela superfície de rasto que permanece em contacto com o solo

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(aproximadamente 60% do comprimento) é mais baixa do que a pressão exercida por um par de pneus. Combinada com um sistema de controlo remoto da pressão dos pneus do eixo traseiro, esta solução representa uma significativa vantagem em termos de

proteção da estrutura do solo. A aplicação deste tipo de rastos aumenta o comprimento total da ensiladora em cerca de 1 metro. Esta alteração torna mais espaçoso o acesso a pontos de manutenção e permitiu ainda à Claas aumentar o limite de carga de 13 para 14 toneladas.

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SIMA 2019 LAFORGE (FRANÇA)

DYNATRAC INTERFACE PARA GUIAMENTO DE ALFAIAS A agricultura de precisão ajuda a reduzir custos e a melhorar a rentabilidade das explorações agrícolas. O dispositivo DynaTrac desenvolvido pela Laforge, uma marca especializada em sistemas de engate, instala-se entre o trator e qualquer tipo de alfaia (cultivadores, semeadores, sachadores, etc) e faz ele próprio ajustes laterais para compensar as forças/oscilações a que o conjunto está sujeito durante a operação. Composto por um chassis com cilindros hidráulicos para desvio lateral, este acessório é de grande utilidade, sobretudo para neutralizar os desvios em terrenos de solo irregular ou em pendentes. Nas parcelas planas e regulares, este

interface vem tornar ainda mais apurado o trabalho de precisão com alfaias, o que é manifestamente importante em culturas de alto valor. Para manter a precisão próxima de 1 cm, o DinaTrac funciona com base no dispositivo GPS e em câmaras de vídeo. A grande vantagem deste acessório é ser compatível com qualquer marca de trator e com qualquer alfaia, permitindo que mesmo os modelos menos recentes possam realizar um trabalho de grande precisão. Além disso, facilita a vida ao operador que necessitará de aprender a lidar apenas com um tipo de sistema de guiamento em vez de entender e configurar diversos sistemas.

JOHN DEERE (FRANÇA)

Live NBalance Monitorização de azoto via satélite e dados de campo BOSCH FRANCE (FRANÇA)

FIELD SENSOR BY BOSCH MONITORIZAÇÃO DA VEGETAÇÃO ATRAVÉS DE SENSORES

Live Nbalance é o nome de um serviço desenvolvido em conjunto pela John Deere e pela Airbus, um destacado fabricante de aeronaves. Esta ferramenta junta os dados de satélite com os dados recolhidos pelas máquinas agrícolas para monitorizar o azoto (N) no solo de forma mais precisa durante o ciclo de crescimento das culturas. Através dos mapas que produz, os agricultores podem verificar a quantidade de

azoto aplicado, o estado de absorção de azoto pelas culturas, a reserva de azoto disponível, bem como informações sobre a biomassa. Podem assim avaliar a eficácia da fertilização, a extensão de possíveis desvios no campo, fazer correções, e definir estratégias para o ano seguinte. Uma versão beta deste serviço irá ser testada ao longo deste ano junto de alguns agricultores para avaliar o seu potencial.

Vários sensores concentrados num poste tornam este dispositivo um ‘sistema tudo-em-um’ que é capaz de monitorizar as características fenológicas da cultura, e parâmetros do solo e do clima. Inclui uma câmara que fotografa diariamente a evolução da cultura e sensores que em conjunto calculam diversas variáveis agronómicas que são enviadas para um smartphone. Tem como vantagem aumentar a pertinência dos conselhos fornecidos ao utilizador.

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JOHN DEERE (FRANÇA)

JOHN DEERE CONNECTED SUPPORT APOIO COLABORATIVO E PROACTIVO PARA MAQUINARIA AGRÍCOLA Este sistema permite detetar os comportamentos suspeitos de um equipamento e comparar esses dados com ocorrências anteriores registadas em equipamentos semelhantes. Faz uso do historial de ocorrências em equipamentos John Deere ligados ao serviço JD Link. Os dados emitidos por uma máquina por si só são importantes, mas não são suficientes. Em contrapartida, os dados do conjunto das máquinas ligadas ao serviço geram benefícios para cada utilizador. Com base nesta ferramenta, e sempre que for emitido um alerta via JD Link, os concessionários podem propor aos seus clientes que façam intervenções preventivas e programadas, o que lhes permitirá diminuir o tempo de imobilização das máquinas.

KUHN (FRANÇA)

REDVISTA ASSISTENTE VIRTUAL PARA AJUSTES E MANUTENÇÃO DE ROTINA

Fendt 313 Vario Forte, Lda. Est. da Circunvalação - 2794-065 Carnaxide Tel. 210 009 752 | Assist. Técnica 210 009 775 Fax. 214 187 542 www.agriculturaemaquinas.com

Esta app, disponível na plataforma MyKUHN, faz uso da tenologia de realidade aumentada para auxiliar os utilizadores de máquinas Kuhn e a rede de distribuição, nas tarefas de definir ajustes e cumprir a manutenção de rotina. O utilizador faz o scanning de um identificador na máquina e a app fornece acesso a diversas informações, como a localização dos pontos de lubrificação. Os principais ajustes disponíveis são também sinalizados.

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Lagoa da Amentela - EN 118, km 38,6 2130-073 Benavente Peças e Assist. Técnica: Tel. 263 519 800 Fax. 263 519 810


SIMA 2019 SODIJANTES INDUSTRIE (FRANÇA)

TANK AIR WHEEL JANTE COM RESERVATÓRIO DE AR INTEGRADO O volume de ar em pneus agrícolas é elevado, o que faz com que os sistemas de enchimento que hoje já equipam algumas máquinas sejam de atuação demorada. Para auxiliar os compressores associados a estes sistemas, a Sodijantes criou uma jante com reservatório de ar mantido à pressão de 6 bars. Esta solução pode ser associada a qualquer pneu e permite reduzir o tempo necessário para atingir a pressão desejada o mais rapidamente possível.

ARBOS FRANCE (FRANÇA)

ARBOS BLASTER PULVERIZADOR COM CHASSIS ARTICULADO, SUSPENSÃO INDEPENDENTE E AJUSTE DE VIA AMAZONE (FRANÇA)

WINDCONTROL SISTEMA PARA MONITORIZAR E COMPENSAR O EFEITO DO VENTO Um sensor montando num mastro telescópico permite identificar as características e a intensidade do vento. Este dispositivo pode equipar os distribuidores centrífugos de fertilizante mineral da Amazone. Independentemente da direção do vento e da sua intensidade, com base nos dados recolhidos pelo sensor, a máquina irá ajustando continuamente a dispersão de fertilizante de modo a cumprir os parâmetros definidos pelo operador. O objetivo é compensar a deriva provocada pelo vento e fazer uma distribuição homogénea.

O pulverizador Blaster assenta sobre um chassis cuja articulação não está na lança, mas sim junto ao eixo, muito perto da barra de pulverização. A articulação de 28° faz-se através de dois atuadores hidráulicos que respondem à ‘ordem’ de sensores de direção colocados no engate. Esta nove solução garante que o pulverizador irá seguir a trajetória do trator, o que permitirá a operação de pulverização numa maior extensão da largura de trabalho pretendida antes e após as viragens em U. O dispositivo inclui ainda ajuste da largura de via e suspensão independente a cada roda, o que possibilita a utilização da barra a menor altura, obtendo-se assim uma redução da deriva.

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A “família” dos Tigre nasce com o objetivo de igualar, em escala reduzida, os padrões qualitativos e estruturais dos tratores AC de gama alta. Tigre 3200, Tigre 4000 e Tigre 4400 F São tratores compactos que otimizam as tarefas dos agricultores em estufas, viveiros, manutenção e trabalhos especializados do fim de semana. PROMOÇÃO VÁLIDA ATÉ 30/06/2019 PARA OS CONCESSIONÁRIOS DE PORTUGAL ADERENTES À PROMOÇÃO E ATÉ O ESGOTAMENTO DO ESTOQUE. As descrições e ilustrações deste folheto são informativas, não contractuais e podem ser modificadas em qualquer momento sem aviso prévio.

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SIMA 2019 BEISER ENVIRONNEMENT (FRANÇA)

FOURRAGE LIB REBOQUE-COMEDOURO COM PESAGEM TRANSMITIDA À DISTÂNCIA É um reboque para evitar que os criadores que têm animais em vários locais no campo façam deslocações desnecessárias. Na prática, é um comedouro em aço galvanizado, com duas rodas e uma lança. Mas a inovação está num sistema de pesagem da forragem que transmite a informação ao criador via App. Para além de um relatório sobre a quantidade consumida diariamente, o criador pode receber alertas, por exemplo quando a carga estiver a 50% e um segundo alerta quando já só restar 30% da carga. Tem um dispositivo de geolocalização para prevenir roubos.

CASE IH (FRANÇA)

CASE IH XPOWER EQUIPAMENTO PARA ELIMINAÇÃO ELÉTRICA DE INFESTANTES Para controlo de infestantes por via elétrica, este sistema é uma alternativa aso uso de herbicidas químicos. Desenvolvido pela firma suíça Zasso Group e comercializado sob a marca Case IH, o XPower converte força mecânica em eletricidade de alta voltagem. A eletricidade é transmitida às infestantes danificando-lhes a clorofila. O efeito nota-se ao fim de 30 minutos, mas a sementeira pode ser realizada imediatamente após a monda elétrica. O sistema inclui a alfaia, uma estação meteorológica e sensores de humidade do solo. A sua utilização é possível tanto em campo aberto como em culturas em linha, podendo a alfaia ser utilizada separadamente, com largura de trabalho a variar entre os 1,20 e os 3 m, ou combinada com um semeador. CLAAS (FRANÇA)

CONVIO FLEX FRENTE DE CORTE FLEXÍVEL BERTHOUD (FRANÇA)

BERTHOUD RENT SOLUÇÃO DE LEASING DE LONGO PRAZO Este contrato de leasing pode abranger a manutenção regular das máquinas. A Berthoud prevê a possibilidade de incluir no contrato a substituição de peças de desgaste, incluindo os bicos de pulverização, e duas visitas anuais para verificação técnica. Está ainda prevista a possibilidade de modular as mensalidades em função da efetiva utilização da máquina. Nos dias de hoje, alguns agricultores e prestadores de serviços chegam a fazer a colheita de mais de 18 variedades de culturas numa única campanha. A rotação de culturas é mais complexa e diversificada, o que fez surgir a necessidade de uma frente de corte mais polivalente. Na nova frente Convio Flex, a velocidade do elevador é proporcional à velocidade de avanço da máquina e com a tecnologia Autocontour Flex todos os elementos são flexíveis. Preparada para se adaptar aos contornos do terreno, esta frente pode trabalhar mais perto do solo, o que reduz as perdas de grão.

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SIMA 2019 CLAAS (FRANÇA)

TORION SINUS PÁ CARREGADORA COM DOIS MODOS DE DIREÇÃO Neste tipo de máquinas, os fabricantes costumam usar um destes dois modos de direção: (1) Articulação central, que tem a vantagem de operar um acessório sempre alinhado com o eixo da frente, mas cujo inconveniente é a instabilidade quando a direção atinge o ângulo máximo; (2) Quatro rodas direcionais aumentam o raio de viragem, mas têm o inconveniente de nem sempre o acessório ficar alinhado com as rodas do eixo dianteiro. Para eliminar os inconvenientes, a Sinus incorpora um eixo traseiro direcional e uma articulação central limitada a 30%. Ao ‘dobrar’ menos, o que é compensado pelas rodas traseiras direcionáveis, a máquina mantém-se mais estável.

CLIMATE FIELDVIEW (SUÍÇA)

CLIMATE FIELDVIEW™

HYDROKIT (FRANÇA)

KIT 3E MAIN POUR 3E POINT

Plataforma digital para interpretação de dados agronómicos, é uma ferramenta concebida para analisar o grande volume de dados que os agricultores recolhem a partir de diferentes origens. Através de um dispositivo wireless, pode ser ligada aos monitores de bordo para recolher os dados das redes CAN de tratores e alfaias. O sistema faz o cruzamento com outros dados, como mapas de solo ou imagens de deteção remota e fornece ao agricultor uma interpretação simplificada e intuitiva. Tendo uma perspetiva de síntese quanto à variabilidade das suas parcelas, o agricultor toma decisões fundamentadas que contribuem para o aumento da produtividade.

Um assistente para barra de terceiro ponto e veio de cardan. À medida que os tratores e as alfaias ganharam dimensão, também os componentes acompanharam esta tendência. É o caso das barras de terceiro ponto hidráulicas dos tratores, que nos modelos de alta potência são muito pesadas, e é o caso dos veios de cardan. Para facilitar a vida ao operador e minimizar acidentes, a Hydrokit propõe aquilo a que chama uma “terceira mão”. Na prática trata-se de um guincho elétrico que é acionado por meio de dois botões, um para subir e outro para descer, e que permite manusear componentes pesados sem esforço e em segurança.

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ESPECIAL // Sima 2019

DE SANGOSSE (FRANÇA)

LIMACAPT SENSOR A ENERGIA SOLAR PARA CONTAGEM DE LESMAS Destinado a fazer a contagem de lesmas durante a noite, este dispositivo recorre a uma câmara e a iluminação infravermelha. Alimentado por painel solar e bateria, faz a contagem de lesmas com uma margem de erro de apenas 5%. Faz, inclusive, o reconhecimento dos indivíduos que entram e saem do campo de visão do sensor, de modo a evitar duplas contagens. As imagens são processadas através de um algoritmo que permite a transmissão da contagem total de lesmas por noite para um smartphone. JOURDAIN SAS (FRANÇA)

WIDE GATE WITH SURLOCK PORTA AUTOMÁTICA DE DUPLO SENTIDO COM BLOQUEIO Nos estábulos, as portas são abertas e fechadas muitas vezes ao longo do dia. Neste contexto, os criadores estão sempre à procura de formas mais simples e mais seguras de lidar com os animais. O dispositivo Surlock garante que, com um simples empurrão, a porta fique bloqueada em ambas as direções. Pode ser aplicado em qualquer porta de estábulo.

BETTER VALUE. SMARTER CHOICE.

RESILIENTE

A vida de um agricultor é uma vida difícil. Mas oferece muitas satisfações. Nenhum agricultor quereria trocá-la. Mesmo sendo cada vez mais difícil. Com condições ambientais cada vez mais rigorosas e tempo imprevisível. É por isso que a Alliance continua a desenvolver pneus para todo o tipo de terreno e condições atmosféricas. Mais de 2300 pneus diferentes para tratores, ceifeiras-debulhadoras, pulverizadores, tanques e reboques. Qualidade topo de gama a um preço justo. E isso agrada a todos os agricultores. Porque sabem dar valor ao dinheiro. BETTER VALUE. SMARTER CHOICE.

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SIMA 2019 ISAGRI (FRANÇA)

FERNAND L’ASSISTANT ASSISTENTE DE VOZ PARA AGRICULTORES O agricultor pode fazer perguntas ao assistente de voz Fernand através do smartphone. Recorrendo a inteligência artificial, esta App irá em busca de resposta para a questão colocada. Faz uso de uma base de dados armazenada na Cloud e pode ter acesso ao software de

gestão da exploração. Decisões do dia-adia relacionadas, por exemplo, com as condições climatéricas adequadas para uma certa operação cultural, ou com a dose recomendável de um fitofármaco, são tomadas com base em informação mais precisa.

KARNOTT (FRANÇA)

KARNOTT MEDIDOR DO TIPO DE UTILIZAÇÃO DAS MÁQUINAS É um dispositivo que recolhe informação acerca da posição geoespacial e movimentação de equipamentos agrícolas. Através de um recetor GPS e de um módulo que envia dados para um servidor, o Karnott regista os locais e períodos em que a máquina esteve em utilização ou inativa, bem como os períodos intermédios (cargas, descargas, abastecimentos), o que contribui para uma melhor gestão. Fornece ainda uma estimativa da área trabalhada, para cálculo de margens em função do tempo dedicado a cada cultura. Pode ser aplicado em qualquer máquina ou alfaia, independentemente do modelo ou da idade.

MANITOU GROUP (FRANÇA)

RE-USE OF TELEHANDLERS REUTILIZAÇÃO DE TELESCÓPICOS MANITOU EM FIM DE VIDA O Grupo Manitou passa a encarar o fim de vida dos seus telescópicos como uma missão e uma oportunidade. A marca aborda a otimização dos ciclos de desmantelamento para avaliar o desenvolvimento de peças recondicionadas. Esta abordagem tem em vista a valorização e a reciclagem de peças. Desta forma, a marca retira lições para a conceção

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de máquinas novas e alarga a disponibilidade de peças para máquinas descontinuadas.

KVERNELAND GROUP FRANCE SAS (FRANÇA)

MICROGRANULE DISTRIBUTOR APLICADOR DE FERTILIZANTE MICROGRANULADO Os microgranuladores equipam mais de 70% dos semeadores de precisão disponíveis no mercado. Em 78% dos casos, a exposição ao produto ocorre durante a preparação. O novo aplicador eletrónico de microgranulado está desenhado de forma a garantir a segurança. Graças a uma escotilha de isolamento, o utilizador pode trocar o disco doseador mesmo com o depósito cheio de microgranulado e sem se expor ao risco de entrar em contacto com o produto. Este sistema de tração elétrica controlado por ISOBUS destina-se aos semeadores Optima HD-II e SX.

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MANITOU GROUP (FRANÇA)

ECO STOP PARAGEM DO MOTOR PROGRAMÁVEL EM TELESCÓPICOS A Manitou analisou a utilização dos seus telescópicos e estima que entre 15 a 30% do tempo de utilização, as máquinas funcionam ao ralenti e com o condutor ausente. A função Eco Stop permite adaptar a máquina a esta situação, desligando o motor automaticamente sempre que este fique ao ralenti e o condutor abandone a cabine. Contribui para diminuir o consumo de combustível, bem como o número de revisões, e é ajustável entre 1 e 30 minutos de ausência. Pode ser ativada/desativada através de um simples botão.

REX 4

O REI DOS ESPECIALIZADOS

RABAUD (FRANÇA)

LAVICOLE MÁQUINA DE CONTROLO REMOTO PARA LAVAR INSTALAÇÕES

Lavar as instalações onde se criam aves é um trabalho difícil, porém necessário. Esta máquina com controlo remoto vem tornar a operação mais leve, protegendo o operador de ser atingido pela sujidade. Este veículo com rastos de borracha possui um braço articulado com cinco jatos rotativos e quatro modos de lavagem. Está ligado a uma bomba de alta pressão com depósito de 1000 litros cionada por motor ou através da TDF do trator. Pode lavar a uma altura de 4,5 metros.

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Forte, Lda. Est. da Circunvalação - 2794-065 Carnaxide Tel. 210 009 752 | Assist. Técnica 210 009 775 Fax. 214 187 542 www.agriculturaemaquinas.com Lagoa da Amentela - EN 118, km 38,6 2130-073 Benavente Peças e Assist. Técnica: Tel. 263 519 800 Fax. 263 519 810


SIMA 2019 NEW HOLLAND AGRICULTURE (ITÁLIA)

DFR REVERSER INVERSOR DE ROTAÇÃO DO ROLO ALIMENTADOR Quando há uma sobrecarga de entrada de palha, o sistema de alimentação de uma ceifeira-debulhadora bloqueia. A New Holland passa a equipar a gama CR com um sistema que pode inverter o sentido do rolo alimentador. Quando o regime do rolo alimentador desce abaixo de 100 rpm, os sistemas de alimentação e debulha desligam-se. A partir daí, o operador só tem de parar a máquina e acionar a reversão do rolo através do monitor IntelliView. O operador passa a fazer a desobstrução da máquina sem sair da cabina, sem se expor ao risco de acidentes e sem enfrentar um processo moroso. Em dez minutos fará o que usualmente demora duas horas.

TRIMBLE (ALEMANHA)

A-100 ASSET MARCADOR PARA DETEÇÃO AUTOMÁTICA DE ALFAIAS Este marcador Bluetooth é um dispositivo de baixo custo e com baixo consumo de energia que recorre a uma bateria (substituível) com vida útil de cinco anos. Pode ser usado para identificar uma alfaia, um trator, uma automotriz ou até mesmo um condutor (se aplicada a um porta-chaves, por exemplo). Quando um marcador específico está presente (associado a um condutor ou equipamento), o software de agricultura de precisão da Trimble irá adaptar as suas configurações em conformidade. Por exemplo, se o operador desengata uma alfaia com 3 m de largura e engata outra com 5 m de largura, o monitor do trator fará automaticamente a respetiva atualização.

TRIMBLE (ALEMANHA)

AUTOSYNC SINCRONIZAÇÃO E PARTILHA AUTOMÁTICA DE DADOS Esta solução permite atualizar automaticamente os dados no monitor do trator, em tempo real, a partir do computador da exploração ou o oposto. Antes, os dados recolhidos por uma máquina tinham de ser transferidos para uma pen, ou ser transferidos para um servidor ou para a Cloud, até chegarem ao computador. Com a sincronização AutoSync, o gestor da exploração pode intervir remotamente numa máquina, no decorrer do trabalho, adicionando ou apagando informação. Permite ainda a transmissão de dados entre máquinas. Cada elemento da equipa concentra-se na sua função: os operadores no manuseamento das máquinas, o gestor no tratamento de dados.

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SIMA 2019

H E RC U L A N O

CONQUISTAR NOVOS MERCADOS COM GAMA MAIS SOFISTICADA Com oito equipamentos expostos no SIMA 2019, a Herculano foi o único fabricante português a participar neste importante salão europeu. A presença em França enquadra-se numa estratégia que visa o reforço da internacionalização através de produtos mais sofisticados. o decorrer do certame, visitámos o espaço da Herculano. Com os responsáveis da marca falámos da afirmação que tem vindo a ser feita nos mercados internacionais e fomos conhecer em detalhe as mais recentes evoluções de produto.

N

EM MERCADOS EUROPEUS COM SOLUÇÕES ESPECÍFICAS Com uma posição bem firmada na

A grade HGR

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Península Ibérica, a Herculano pretende expandir a sua atuação a outros países. “A estratégia foi iniciada por França. Mais recentemente, abordámos com assinalável sucesso o mercado belga e já chegámos à Bulgária, Roménia e Dinamarca. O objetivo é termos alguns grandes distribuidores por mercado, para podermos adaptar os produtos às necessidades locais e crescermos com eles”, começou por explicar Pedro Martins, responsável pelo mercado externo da Herculano. “Esta feira dá-nos grande visibilidade, pois vêm cá muitos possíveis compradores importantes para nós, inclusive da África lusófona” referiu João Montez, diretor comercial da Herculano. A nível europeu, a marca pretende vir a afirmar-se em novos mercados do centro e norte da Europa.

A aposta nestes mercados está associada a uma gama que continuamente tem vindo a ser expandida e aperfeiçoada. “Os equipamentos que estamos a desenvolver já têm qualidade para podermos competir com outras marcas nesses países. Quando entramos num mercado, temos que nos adaptar. A nossa engenharia está preparada para desenvolver as alterações que nos são solicitadas” acrescentou João Montez.

UMA GAMA COM PRODUTOS MAIS SOFISTICADOS

Reboque HTP para agricultura e construção

Dirigido essencialmente à exportação, o reboque HTP é um modelo de grande robustez e capacidade de carga, que inclui detalhes diferenciadores. Entre

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ESPECIAL // Sima 2019 Herculano, Alfaias Agrícolas, SA / www.herculano.pt / Tel. 256 692 515 Reboque HTP

50 anos de Herculano

Meio século de existência é um marco que merece ser comemorado. “Temos um novo logotipo e teremos uma série de comemorações internas para os nossos clientes” afirmou João Montez. O percurso começou numa pequena oficina no Loureiro (Aveiro). Aos poucos, os trabalhos de manutenção foram dando lugar ao fabrico, com os reboques a assumirem o estatuto de produto estrela.

Reboque HMB

A equipa da Herculano no SIMA

eletrónica e lubrificação automática”, acrescentou João Montez.

João Montez

eles está a caixa em chapa hardox de 6mm, a iluminação LED, o sistema hidráulico independente de 127 L/min acionado pela TDF, para maior rapidez de basculamento, as jantes de 30,5”, a suspensão hidráulica na lança, e um para-choques que recolhe sempre que a porta traseira abre. “O HTP começou a ser comercializado há um ano e é muito usado no setor da construção. Surgiu por necessidade do mercado de exportação para a Bélgica”, explicou Rúben Ribeiro, gestor de mercado externo. “O HTP adequa-se também à Nova Zelândia e à Austrália, para onde é exportado com caraterísticas especiais, como pesagem

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Reboque HMB para agricultura Já existente na gama, o modelo monocoque HMB foi exposto numa versão atualizada que chegou recentemente ao mercado. Conta com uma nova janela frontal para visualização da carga e o compartimento foi aumentado, mantendo as dimensões exteriores. Permite agora uma capacidade extra de 2 m³. O sistema hidráulico é independente na versão de 3 eixos, de forma a proteger o trator face à mistura de óleos. A bomba apresenta uma performance de 72 L/min. Grade rápida HGR com rolo

As alfaias de mobilização HGR têm sido alvo de aperfeiçoamentos. Esta grade pode ser configurada com dois tipos de discos e são disponibilizadas diversas opções de rolos. A série HGR é composta por modelos com seis diferentes larguras de trabalho entre os 2.5 e os 6 metros.

Cisterna CH 20000 Tridem “As cisternas são uma preocupação, pois envolvem o meio ambiente e o bem-estar das pessoas. Queremos torná-las mais modernas para prevenir alguma arbitrariedade na distribuição dos chorumes, daqueles cujas origens não são identificáveis” explicou Teixeira Marques, gestor de produto e de serviço pós-venda. Para dar um salto tecnológico, a Herculano celebrou um acordo com o INESCTEC (Universidade do Porto). Numa primeira fase, está a ser desenvolvida a aplicação de um condutivímetro, que fornece informação sobre a composição química do líquido embarcado. “Uma vez alcançada essa meta, queremos reunir condições para termos uma leitura de espectómetro, para identificarmos os níveis de azoto, potássio, fósforo e matéria orgânica do líquido. Também pretendemos detetar metais pesados, para que os nossos campos não venham a sofrer com poluições que entrem no consumo humano”, concretizou.

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ESPECIAL // Sima 2019 Entreposto Máquinas, SA / www.entrepostomaquinas.pt / Tel.218 548 200

DETALHES

CONFORTO A BORDO Na cabina, o operador dispõe de um posto de trabalho ao puro estilo da Case IH. A instrumentação está no pilar da cabina e num monitor situado no suporte da porta direita. O apoio de braço concentra os principais comandos.

E N T R E P OS TO M ÁQ U I N A S

DEFINIÇÕES PREMIUM EM FORMATO COMPACTO Variação contínua logo a partir dos 100 cv e definições semelhantes às séries de alta potência. São estes os traços que definem a nova série Versum da Case IH. A apresentação dos novos modelos foi uma das mais importantes revelações do SIMA 2019. s Versum são tratores compactos que apresentam as caraterísticas de topo já disponibilizadas pela marca nas séries de maior potência. Inserida entre os Luxxum e os Maxxum, esta nova série é composta por quatro modelos: 100, 110, 120 e 130 CVXDrive.

O

Motor FPT Fase V

Aplicado nos Versum, o bloco FPT de 4,5 litros permite um intervalo de potência entre os 110 e os 140 cv de potência máxima.

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Cumpre as normas de emissões Fase V, recorrendo a um sistema de póstratamento all-in-one (DOC+SCR) que dispensa manutenção. Variação contínua CVXDrive

Mais compactos e mais leves que os Maxxum, os modelos Versum trazem ao segmento a partir dos 100 cv a possibilidade de contar com uma transmissão de variação contínua CVXDrive. Com tecnologia de dupla embraiagem e modo Eco.

Hidráulico

O carregador frontal assume um papel central numa série bem versátil. Para tal, a marca disponibiliza pré-instalação de fábrica e um sistema hidráulico de centro fechado com sensor de carga (CCLS) com 110 L/min de caudal máximo. O elevador e TDF frontais estão entre os extras.

DEFINIÇÕES Tida como importante revelação deste salão de Paris, a nova série Versum insere-se entre os compactos com definições premium, isto é, com caraterísticas só disponibilizadas pela marca nas séries de maior potência.

Machine of the Year

No decorrer do salão, a série Versum foi distinguida pelo prémio ‘Machine of the Year’ na categoria de trator de classe média.

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SIMA 2019 B E P CO

PEÇAS DE REPOSIÇÃO PARA ENTREGA NO DIA SEGUINTE Mike Nyren, gestor de marketing e comunicação do grupo Bepco, destacado fornecedor de peças de reposição, falou à revista abolsamia sobre a estratégia de adaptação à crescente especialização determinada pela indústria e explicou como responde a empresa às solicitações dos seus clientes no mercado ibérico. Como atuam de forma coordenada a TVH, a BEPCO e a GDI?

O Grupo Bepco e a GDI são membros da TVH Parts Holding, o fornecedor global de peças e acessórios para movimentação de cargas, máquinas industriais e equipamentos agrícolas, sendo uma organização internacional com clientes em mais de 170 países e 72 filiais em todos os continentes. A TVH Parts faz parte do Grupo TVH, criado em 1969 e que emprega mais de 6000 pessoas em duas unidades de negócio: a TVH Parts Holding e a MATECO Holding. Desde as suas origens em 1958, a Bepco evoluiu e hoje é um dos maiores revendedores de peças no mercado e um importante player no cenário agrícola mundial. A Bepco está a crescer a um ritmo acelerado, apoiada pelo dinamismo e agilidade da TVH. A nossa cooperação muito próxima e uma estratégia comum permitem-nos colaborar para explorar novas oportunidades, investir no desenvolvimento de novos produtos e aumentar a nossa presença local e global. A GDI é o fornecedor especializado e centro de pesquisa do grupo para vidros de cabinas, para todas as aplicações agrícolas e industriais. Os produtos de vidro são vendidos e distribuídos fora da França sob o marca Glassinter, com a Bepco Ibérica a vender a gama de vidros

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para todas as aplicações agrícolas a clientes de Espanha e de Portugal. Os clientes portugueses acedem aos vossos serviços através da rede ibérica, ou existe uma rede de parceiros locais em Portugal?

A Bepco tem uma forte rede de distribuição com seis armazéns em Espanha, o que nos permite fazer chegar os produtos até ao dia seguinte a clientes em Espanha e em Portugal, a partir de qualquer filial. Temos também uma representação de vendas em Portugal para que os clientes sejam visitados regularmente pelo representante da

Bepco. Além disso, fornecemos suporte técnico de vendas por telefone em português, com base em Almendralejo e Santiago de Compostela, para que os clientes tenham sempre acesso aos nossos serviços no idioma local. A gama de produtos da Bepco é ideal para o mercado português e em conjunto com o suporte técnico e entregas no dia seguinte, tem provado ser uma boa aposta para os clientes, o que torna Portugal um mercado cada vez mais importante. Quando falamos de peças de reposição, o preço de aquisição, a qualidade do produto e os tempos de

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ESPECIAL // Sima 2019

Com a entrada do vidro para cabinas na nossa gama, angariámos novos clientes em todos os países

resposta são fatores cruciais. De que forma é que a Bepco assegura competitividade face à concorrência?

A Bepco tem uma reputação de mais de 60 anos de experiência e know-how no serviço de entrega de peças de reposição de qualidade e a preços competitivos. Isto deve-se às nossas equipas, que têm o conhecimento técnico necessário para entender as necessidades dos clientes e darmos resposta a nível local. Juntamente com a solidez financeira e o dinamismo da TVH, podemos investir no desenvolvimento de novos produtos, fornecendo peças a preços competitivos, e colocando-as no mercado rapidamente com stock disponível a nível local Oferecemos alcance global e serviço local. A experiência em Portugal e nos outros mercados ensinou-nos a importância de oferecermos um serviço local e personalizado. Com os muitos armazéns regionais em toda a Europa, oferecemos um serviço de logística líder na indústria e somos o único fornecedor de peças que oferece um serviço local. Que necessidades dos clientes é que mais frequentemente a empresa se vê obrigada a dar resposta e quais os produtos mais vendidos?

Essas necessidades dirigem-se a uma gama alargada de peças de reposição a preço competitivo que disponibilizamos para entrega no dia seguinte. Falamos de peças para todos os tipos de máquinas,

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idealmente disponíveis a partir de uma única origem. Seguindo o crescimento dos últimos anos, temos condições para fornecer produtos e serviços que dão resposta à maioria das necessidades. No entanto, o que nos distingue é o reconhecimento atual da Bepco na indústria como especialista em peças para tratores e para motores, sendo estes os principais produtos e aqueles que geram a maior fonte de receita. Após a entrada do negócio do vidro para cabinas na nossa gama, angariámos novos clientes em todos os países, e temos disponível um stock de mais de 8.000 produtos de vidro para todas as marcas de tratores, ceifeiras e carregadores telescópicos, sendo o vidro uma das nossas gamas mais vendidas. As máquinas agrícolas têm evoluído muito nos anos mais recentes. Como é que a Bepco se está a adaptar a esta evolução e em que novas áreas antevê que poderá vir a entrar?

A maquinaria está a tornar-se cada vez mais técnica, exigindo maior sofisticação no conhecimento e no diagnóstico. Os clientes esperam que os fornecedores possuam este nível de know-how. Com o conhecimento do nosso pessoal, a Bepco consegue oferecer o nível de especialização técnica exigido, investindo ainda na formação de novos técnicos com conhecimento especializado do setor e dando formação à equipa atual, de forma a atualizar as suas competências. Seguindo de perto a evolução da indústria, nas máquinas e em tecnologia, continuamos a trazer novos produtos para o mercado para as máquinas mais modernas. Exemplos recentes incluem a nossa linha de peças de motor para modelos recentes de tratores New Holland e Case IH, peças para ceifeirasdebulhadoras Claas, vidros para cabinas de carregadores telescópicos e novas peças para alfaias de trabalho de solo.

Mike Nyren

Vemos uma relutância crescente dos revendedores e das oficinas em fazerem armazenamento de peças. Isto significa que esperam que sejam os fornecedores a armazenar e a fornecer as peças quando precisam delas. Isto coloca importância crescente no armazenamento regional e no investimento em stock a nível local. Devido ao desenvolvimento da Internet e do e-commerce, assistimos a um aumento de agricultores que procuram peças online e que as tentam comprar diretamente. Isto pressiona os fornecedores e os clientes profissionais, mas em contraste com a concorrência a estratégia e o foco da Bepco permanecem claros. Trabalhamos com profissionais, somente clientes B2B [transações empresa a empresa], com o objetivo de desenvolver parcerias e relacionamentos de longo prazo.

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SIMA 2019 ADR Como fabricante de eixos e sistemas de suspensão, a ADR está sempre na vanguarda das soluções técnicas. A gama Teknoax é das que mais tecnologia incorpora, incluindo um sistema de rastreabilidade eletrónica.

CLAAS

MERLO Força bruta para destroçamento florestal é o que caracteriza o modelo Treemme MM350X da Merlo. Até aqui pouco divulgado pela marca em certames internacionais, foi agora exibido no SIMA 2019 a fazer conjunto com um destroçador Seppi M. Starforst. Nos telescópicos, a Merlo apresentou o TR 65.90, com maior capacidade de elevação.

Na gama da Claas, destacamos a ceifeira-debulhadora Tucano 560 Montana. Trata-se de uma variante da Tucano com funcionalidades de auto-nivelamento para adaptação a zonas de declive. A compensação é feita ao nível do eixo dianteiro (até 18%) e na frente de corte (até 20%). No campo da agricultura de precisão, a Claas oferece agora uma maior

integração entre a instrumentação das suas máquinas e a plataforma 365FarmNet. Este dispositivo simplifica a análise e o tratamento de dados produzidos pelas máquinas. A Claas deu ainda a conhecer o lançamento de dois novos sinais de correção por satélite: Stacor 5, para 5 cm de precisão, e Satcor 15, para 15 cm de precisão. É compatível com os sistemas GPS, Glonass e Galileo.

SOLIS No seu espaço, a Solis expôs a linha de mini-tratores, a linha de tratores convencionais com e sem cabina, e ainda o especializado estreito N75. Este último equipado com motor de 4 cilindros, com 4 litros de capacidade e 75 cv de performance. A transmissão é uma 12/12 sincronizada.

LANDINI No stand da Landini falámos com Antonio Salvaterra. O diretor de marketing da marca italiana destacou as novas funcionalidades do modelo Rex 4. “O sistema avançado de condução é uma solução que centra as rodas do trator após uma manobra de viragem. Além disso, à medida que a velocidade aumenta, o sistema reforça a dureza da direção, como acontece nos automóveis.

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Permite ao condutor fazer a configuração do sistema de condução e concentrar-se no manuseamento das alfaias. Decidimos tornar a vida a bordo mais confortável também com uma cabina de base plana. Por experiência própria, sabemos que hoje, com muita frequência, os clientes usam um trator destes durante 1000 horas por ano e o aumento do conforto é muito importante” sintetizou.

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70 ANOS DE EXPERIÊNCIA A TRABALHAR O SOLO

AS NOSSAS REPRESENTAÇÕES

IMPORTADOR PARA PORTUGAL

Casal das Arcadas - E. N. 118 - Apartado 62 - 2130-999 BENAVENTE (PORTUGAL) Telef.: 263 516 573 / 117 Casal – Tlm.:das 919 853 618 355- Apartado 124 – Fax:62 263 516 573 BENAVENTE (POR Arcadas - E./ 919 N. 118 - 2130-999 E-mail: expansaolda@net.sapo.pt - Site: www.expansaolda.pt Telef.: 263 516 573 / 117 – Tlm.: 919 853 618 / 919 355 124 – Fax: 263 51 E-mail: expansaolda@net.sapo.pt - Site: www.expansaolda.pt

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SIMA 2019 NEW HOLLAND Num stand de grandes dimensões, a New Holland expôs as mais recentes novidades. A série T6 passa a dispor de maior oferta em modelos de 6 cilindros. Desde a última atualização desta série, nos T6 havia apenas um modelo com este tipo de propulsão: o T6.180, com transmissão Electro Command. A partir de agora, o T6.180 ganha mais duas variantes de transmissão: Auto Command e Dynamic Command. Mas há mais: a marca acrescentou a esta série um novo modelo de 6 cilindros, num segmento de potência onde ultimamente a oferta se cingia aos 4 cilindros. Desvendado pela primeira vez no SIMA 2019, o T6.160 Electro Command equipa com motor FPT NEF de 6,7 litros e fornece 165 cv de potência máxima com boost. Comparativamente com os modelos de 4 cilindros, fornece um binário mais elevado a baixas rotações, estabilidade melhorada e um maior efeito de travão-motor. Pode ainda incluir um travão de escape como extra.

Para já, está disponível apenas numa variante de transmissão. A New Holland comunicou ainda a inclusão de novas funcionalidades associadas aos modelos configurados com transmissão Dynamic: ISOBUS III, um mais sofisticado sistema de gestão de cabeceiras e novo ajuste de velocidade na alavanca CommandGrip. O protótipo de trator a gás metano estava no centro do stand juntamente

com um conjunto de acessórios destinados ao abastecimento de gás. À medida que o projeto ganha contornos de solução com viabilidade para ser usada no dia-a-dia, a marca mostra como se processa a logística. Em colaboração com a Cirrus, um reconhecido fabricante de compressores, a New Holland exibiu no SIMA uma estação de abastecimento de gás natural comprimido a ser usada como um acessório para este trator.

SAMASZ Presente em Paris estava um importante fabricante de alfaias da Polónia, a Samasz. Apesar de o mercado doméstico ser o mais significativo para a marca, a exportação começa a assumir cada vez maior peso, com as alfaias da linha verde, para fenação, a serem as mais procuradas. A marca é representada no mercado ibérico pela Ausama, empresa sediada na Galiza.

LS BASAK A marca turca volta a marcar presença num grande salão europeu. O 5120 foi apresentado na EIMA, mas sem permissão de acesso à cabina. No SIMA foi mostrado com os acabamentos interiores já finalizados. À primeira vista, a qualidade dos materiais parece interessante.

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No que respeita a modelos de produção em série, a LS expôs em França a série XP. Equipados com motores FPT Fase IV, estes tratores contam com uma transmissão 40/40 e inversor electro-hidráulico. No segmento dos mini-tratores, a marca apresentou o protótipo MTX, com estática mais arrojada. Este modelo faz uma antevisão do rumo que a LS pretende seguir em matéria de design.

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Máximo desempenho e continuidade operacional. Fazer com que funcione bem e por muito tempo. Esta é a nossa missão. Os elevadores telescópicos para a agricultura são máquinas para a mobilidade dos materiais, capazes de garantir e aumentar a produtividade das empresas agrícolas. Potência, conforto e tecnologia, mas também personalização máxima, são os aspectos fundamentais dos telescópios Faresin Industries. Uma gama que propõe modelos com comprimentos do braço de 6 a 11 metros, com capacidade de elevação de 2,6 a 7 toneladas, capaz de oferecer a solução certa para cada tipo de trabalho.

Novo i m p o r t a d o r e xc l u s i vo p a r a E s p a n h a e Portugal

SMALL RANGE

COMPACT RANGE

MIDDLE RANGE

HEAVY DUTY RANGE

Configurações disponíveis: CLASSIC / AGRITOP Capacidade máxima de elevação de 2,6 t

Configurações disponíveis: CLASSIC / AGRITOP / GLS / VPS

Configurações disponíveis: CLASSIC / AGRITOP / GLS / VPSe

Configurações disponíveis: CLASSIC / GLS / VPSe

Capacidade máxima de elevação de 3 t

Capacidade máxima de elevação de 3 t para 4,5 t

Capacidade máxima de elevação de 6 t para 7 t

Altura máxima até 6 m O elevador telescópico 6.26 da gama Small Range é o modelo indicado para todas as situações em que as estruturas e os

Altura máxima de 7 m a 9 m A gama Compact Range pode-se utilizar onde são necessárias as características da máquina standard, garantindo assim a manobrabilidade com

Altura máxima de 7 m a 11 m A gama Middle Range tem 24 configurações, adaptadas para empresas de construção que procuram uma máquina dúctil e que, graças às novas

Altura máxima de 9 m a 10 m Os três modelos da nova gama Heavy Duty, criados para o sector da construção, oferecem potência, precisão e controle. Disponíveis com vários tipos de

ambientes de trabalho têm espaços

d i m e n s õ e s r e d u z i d a s . To d o s o s

tecnologias aplicadas, permita

transmissão, velocidade máxima de 40 km /h e

limitados. Com 1,93 m de altura e 2 m de largura, permite ter desempenhos tanto em obras como em espaços fechados sem comprometer o seu desempenho.

desempenhos em dimensões compactas.

poupar o manuseio e altos desempenhos. A gama multifunção com soluções aptas para todos os usos na agricultura.

4 modalidades de orientação nas configurações GLS e VPSe. Grande capacidade de mobilidade de material sem reduzir o desempenho de uma máquina standard,. Especialmente solicitada

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SIMA 2019 FENDT A marca alemã expôs em França uma gama de produtos que nos tempos mais recentes se alargou a novas áreas como as alfaias de fenação, os reboques auto-carregadores, os equipamentos para tratamento de culturas e os tratores de rastos de borracha. Na frente do stand estava um 938 Vario MT de rastos. Este trator é o modelo mais ligeiro de uma série de tratores de rastos que vai dos 380 aos 600 cv de potência. Também em grande destaque no espaço da Fendt estava um pulverizador automotriz Rogator 645, com motor Agco Power de 224 cv e 4000 litros de capacidade do depósito.

AMAZONE Num ano em que comemora o 50º aniversário de presença no segmento da pulverização, a Amazone levou até ao SIMA o novo UX 4200 AmaSpot. Este modelo representa a transferência de tecnologia da gama automotriz para a gama rebocada. O sistema AmaSpot possibilita o tratamento individualizado e preciso das plantas em função das variações observadas por sensores ao longo do campo.

VALTRA Apesar da variedade de cores que disponibiliza, no seu espaço no SIMA 2019 a Valtra exibiu um lote de tratores em cor única. À exceção de um série A preto com transmissão HiTech 4, todos os restantes modelos expostos eram brancos. Foram exibidas as primeiras unidades com motores Agco Power Fase V. Para mostrar o grau de estilização que é possível encomendar através do estúdio Valtra Unlimited, a marca expôs um série T com interior em pele.

KUHN KVERNELAND No ano em que comemora o 140º aniversário, entre diversas outras soluções, a Kverneland levou ao SIMA sua mais recente gama de pulverizadores rebocados: o ixTrack T3 e o ixTrack T4. Com capacidade de depósito entre 2600 e 4600 litros, a gama ixTrack T pode equipar com lanças em aço ou alumínio entre os 18 e os 40 m.

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Variação contínua em reboques misturadores. É o que propõe a Kuhn ao disponibilizar a nova caixa de

velocidades CVT IntelliMix. Esta inovação patenteada permite adaptar a velocidade do sistema de mistura à potência do trator. Na prática, esta tem a vantagem de tornar possível o emparelhamento de reboques misturadores de grande capacidade de carga com tratores de menor potência. Diminui, também, o risco de sobrecarga na fase de arranque. Esta tecnologia é agora disponibilizada nos reboques misturadores de dois e de três sem-fins verticais.

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JOHN DEERE Na versão 2019, as séries 5R e 6R recebem algumas melhorias. Entre elas está a direção com ajuste do número de voltas do volante e modulação variável em função da velocidade. Nestas séries, a marca disponibiliza ainda novos monitores táteis para a tecnologia AutoTrac que podem facilmente ser removidos e utilizados noutros tratores para gerir a condução automática e o armazenamento ou transferência de dados. A nova série 9000 de ensiladoras automotrizes esteve em posição central num stand de grandes dimensões onde a marca exibiu também os gigantes 9RX e a sua gama de alfaias.

GAMA DE PRODUTOS

ALFAIAS KUBOTA

ARTEC

Os modelos automotrizes da firma francesa Artec são máquinas especializadas para tratamento de culturas em grandes extensões. Com a apresentação do modelo RSC, a marca revoluciona a arquitetura habitual dos seus pulverizadores. O motor passou para a parte de trás da cabina e na frente foi instalado um elevador hidráulico para 3 toneladas e respetivos distribuidores. Com todos estes acessórios, a máquina pode ser utilizada como porta-alfaias.

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Sementeira Tratamento das culturas Soluções eletrónicas Equipamento para alimentação do gado Equipamento forrageiro

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SIMA 2019 KUBOTA A presença da Kubota no SIMA 2019 assumiu um peso bem diferente do que teve em edições anteriores deste salão. A marca disponibiliza ATV’s, a gama de tratores é agora mais extensa, e também a oferta de alfaias é cada vez mais diversificada. O fabricante japonês fez a apresentação inédita de um pulverizador rebocado. Proveniente da Kverneland, os dois modelos XTS3 ostentam as cores e marca Kubota e têm capacidades de depósito que variam entre os 2600 e os 3200 litros. A largura de via é ajustável entre 1,50 e 2,25 metros e as barras de pulverização podem ir dos 18 aos 30 metros. Nos tratores, a Kubota fez a apresentação da série M5001 Utility Narrow na versão de plataforma com arco. Constituída por dois modelos, M5091 e M5111 Utility Narrow, com respetivamente 92 e 112 cv, esta série destina-se a vinhas largas, pomares ou olival. São propulsionados por um motor Kubota de 4 cilindros com 3,8 litros de capacidade. A transmissão é uma 18/18 com inversor eletrohidráulico de série. Nos ATVs, o modelo RTV–X1110 é novo

na gama, substituindo o RTV-X900. O motor tem mais 250 cm³ e mais binário. Os assentos são independentes e ajustáveis, pode ser configurado com ou sem cabina, e conta com báscula. Na conferência de imprensa, os responsáveis da marca afirmaram que “o objetivo é subir, patamar a patamar, e consolidar cada passo”, sendo de antever que na Agritechnica a linha de tratores passe a contar com modelos de maior potência.

ARMATRAC A juntar à linha de tratores convencionais, a marca turca exibiu o modelo 804.2 Fruit Garden. Equipado com motor Perkins de 3 cilindros e transmissão ZF, apresenta uma arquitetura de baixo perfil para operação entre copas.

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KIOTI Em grande destaque na frente do stand estava a série DK10 SE, nas versões com arco e com cabina. O modelo mais potente desta série (DK6010 SE) equipa com motor Daedong de 58 cv e transmissão hidrostática de três gamas. No habitáculo, os materiais empregues revelam um design contemporâneo. A linha de ATVs agrícolas Kioti tinha também uma forte presença no stand.

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ESPECIAL // Sima 2019

SDF O Same Frutteto CVT 115 ActiveSteer era uma das principais estrelas do espaço da SDF. Ao conjugar o eixo dianteiro com suspensão independente, a transmissão CVT e o eixo traseiro direcional, este trator sobe a fasquia no segmento dos especializados. A série Dorado com cabina também foi renovada, apresentando agora uma estética renovada. Integrados num segmento entre os 80 e os 100 cv, estes tratores são configurados com motores FARMotion de 3 ou de 4 cilindros, consoante o modelo. Na SDF ficámos ainda a conhecer o upgrade feito ao iMonitor, que passa à 3ª geração. Este terminal tátil de 12” apresenta agora um processador dual core, para maior rapidez, pode ser dividido em quatro zonas e integra ainda a nova funcionalidade Xtend, que permite a interconexão com um tablet. Pode ser incluído nos tratores Deutz-Fahr das séries 6, 7 e 9. Na área dedicada à Lamborghini estava exposto o modelo Spark 185 VRT já com motor adequado à Fase V e iMonitor 3.


SIMA 2019 MASSEY FERGUSON Apesar de a marca ter comunicado recentemente que ia reduzir a presença nos grandes salões para apostar, sobretudo, em tecnologia virtual, o stand no SIMA era de considerável dimensão e eram várias os equipamentos disponíveis. Mas, numa área central, entre as máquinas expostas, os visitantes podiam embarcar na MF Experience. Através de óculos especiais que permitem ver a 3D num smartphone ou através de capacetes, a Massey Ferguson tinha em mostra toda a gama, inclusive produtos e variantes que não estavam fisicamente no SIMA. Quanto a novidades, no topo da gama, a série MF8700 passa à Fase V. Também a série MF7700 adota agora motores Agco Power Fase V e recebe um novo modelo de potência intermédia: o MF 7719 S. Este é propulsionado por um bloco de 6 cilindros com 6,6 litros que disponibiliza 190 cv de potência máxima, e 30 cv adicionais com boost. Disponível apenas na variante Dyna-VT (variação contínua) este trator inclui mais tecnologia a bordo já que a marca junta ao pack um monitor tátil Datatronic de 5ª geração. A série MF 7700 é agora composta por nove modelos. Na conferência de imprensa, os responsáveis da MF referiram a recente expansão das instalações de Beauvais e a intenção de adquirirem ainda mais espaço em redor daquela fábrica. Falaram ainda da MF Experience Tour, que consiste em eventos de “distância zero” face aos clientes e parceiros, onde as máquinas serão demonstradas em campo.

VÄDERSTAD No SIMA, a marca sueca exibiu uma evolução do semeador de precisão Tempo L. As alterações feitas a nível do chassis permitem fazer mais facilmente a conversão de 8 para 12 linhas. Na linha Tempo L, para além da tremonha de 5.000 litros para fertilizante passa a ser possível configurar os semeadores com uma tremonha de apenas 3.000 litros. Com sistema de dosagem Fenix III, a uma velocidade de trabalho de 15 km, faz uma aplicação de 350 kg/hectare. Em destaque na Väderstad estava ainda um cultivador de discos Carrier 650. Pensado para a preparação da cama de sementeira, este Carrier estava configurado com um módulo de sementeira BioDrill e com os novos discos ondulados CrossCutter para incorporação e mobilização ultra-superficial.

Questionados pel’abolsamia, os responsáveis da marca confirmaram que numa primeira fase Portugal não faz parte deste roteiro, embora considerem a possibilidade de expandir o formato futuramente.

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EVRARD Especializada no segmento da pulverização, a Evrard é uma marca francesa pertencente ao Grupo Hardi. Expôs no SIMA a sua gama de máquinas rebocadas e automotrizes para pulverização em grandes áreas.

TRIOLIET

MCCORMICK

Trabalhar sem parar em estábulos e vacarias e fornecer alimento aos animais a qualquer hora é tarefa para o robot WB 2 250 da Trioliet, alimentado a bateria. Com um depósito de 2,5m3 de capacidade, o robot tem uma bateria de níquel de 600 V com ciclo curto de carga, e a locomoção é feita por rodas sobre uma linha de indução ou através de transponders colocados no solo.

O espaço da McCormick estava reservado aos modelos de maior potência do Grupo Argo, onde se incluíam os X7 e os X8. “Apresentamos aqui no SIMA uma área que se destina a reunirmos com os concessionários para apresentarmos os serviços Argo 4.0 que disponibilizamos. É o caso do configurador de produtos, do sistema de gestão de frotas, do serviço de peças de substituição, através do acordo com a Granit, e é o caso das soluções de agricultura de precisão, através do acordo que temos com a Topcon. Os nossos parceiros podem inteirar-se de todas as soluções que disponibilizamos para que melhor possam serviços os seus clientes”, explicou à revista abolsamia Antonio Salvaterra, diretor de marketing da Argo Tractors.

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SIMA 2019 KRAMP O especialista holandês no fabrico e distribuição de peças de substituição para maquinaria agrícola apresentou uma nova linha de vestuário dedicado às atividades no campo e voltou a sublinhar a vantagens da ligação online entre as explorações e a sua webshop. Comodidade e rapidez no envio são os seus maiores argumentos.

MANITOU Há a Internet das coisas e há a ligação digital das máquinas, que no caso da Manitou significa saber o que fazem, por onde andam e o que consomem. O tema da marca no SIMA foi mesmo a ligação wi-fi e o lema “Máquina adquirida é máquina conectada”, significando que o agricultor passa a dispor da app MyManitou que lhe fornece dados fundamentais para a melhor gestão da sua frota e substanciais poupanças nos custos de operação. Em destaque no stand estiveram as novas gamas de carregadores telescópicos MLT 420-60H, entre os mais compactos do mercado, e os carregadores articulados, oito modelos com capacidades de carga entre 875 kg e 5 t e alturas de elevação entre os 2,5 e 5,20m.

ATG A Alliance Tire Group apresentou uma nova medida para o A389 VF, destinado ao transporte agrícola, agora com a dimensão 800/60R32, da série Agriflex, resistente a furos, com auto-limpeza e aplicação on e off-road. Também novidade foi o lançamento do A551 para multiuso profissional e adequado para todas as estações, mas particularmente para o inverno. Para pisos duros foi exibido o versátil A585 e também aquele que é tido como o primeiro pneu florestal de baixa pressão, o F344 Forestar Elit.

TRELLEBORG/MITAS “A procura de melhor produtividade tem merecido da indústria o desenvolvimento de novos motores e transmissões para máquinas de média/ alta potência. É por isso que a nossa tecnologia de pneus Progressive Traction a tem acompanhado, melhorando a transmissão de potência e reduzindo a compactação do solo e os consumos de combustível”, disse Piero Mancinello, diretor da Divisão de

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Pesquisa e Desenvolvimento da Trelleborg, durante a apresentação do novo TM1000 Progressive Traction. Desenvolvimentos futuros estão a ser preparados pela marca, tal como a adoção do mesmo design premiado para pneus de trator de média potência, das gamas TM700, TM1060 e TM3000. A Mitas pertence à Trelleborg e ambas partilharam o mesmo stand no SIMA, embora em alas separadas.

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MCCONNEL O construtor britânico reformulou o seu pulverizador automotriz ultra-ligeiro Agribuggy e dotou-o com uma rampa alargada para 28 metros e com tanque de 2000 litros de capacidade. Com tração integral e equipado com um propulsor Cummins de 2,8 litros e 148 cv para 4,9 t de peso em vazio, apresenta uma boa relação peso/ potência e um centro de gravidade consideravelmente baixo.

ARBOS Para além do Blaster, um pulverizador com chassis articulado, uma das inovações premiadas no SIMA, este construtor italiano de tratores tem apostado forte no desenvolvimento nas gamas de acessórios e alfaias, que são cada vez mais extensas. Para além das soluções inovadoras em pulverização apresentou-se em Paris com carregadores frontais, descompactadores de solo e semeadores de precisão.

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SIMA 2019 BKT Preparado para para poder equipar os tratores de potência elevada com mais de 250 cavalos, a BKT escolheu o SIMA para expor, como novidade mundial, o novo gigante e nunca até então produzido, o agrícola radial Agrimax Force IF, na medida 750/75 R46, com 2,30 metros de diâmetro. Não foi a única novidade no stand da BKT, pois também se destacou o FL 630 Super, a última versão com o composto de borracha HD e a nova medida 710/70 R42, que equipou o trator gigante em plexiglass transparente.

SEKO O novo Unifeed atrelado da Seko, o Samurai 7 600/230, corta e mistura com dois sem-fins e 188 lâminas e tem uma capacidade máxima aumentada para 23m3 de forragem destinada à alimentação animal.

KRONE

MASCHIO-GASPARDO Seja com a Gigant Pressure, seja com a Corona X-Force SC, a Maschio-Gaspardo honrou as semeadoras sob pressão. A Corona, máquina inteiramente nova, dispõe de sistema de dupla distribuição pneumática de semente e fertilizante, e está equipada com discos de 510mm de diâmetro. A rampa de sementeira (X-Force) exerce 160 kg de pressão sobre cada elemento. A distribuição é elétrica e ISOTRONIC e é pilotada por ISOBUS.

Com a Bale Collect, a Krone desenvolveu um acumulador de fardos cúbicos para seguir atrelado à enfardadeira Big Pack, que tem a particularidade de pesar cada fardo, informação que poderá ser logo visualizada pelo operador do trator. A máquina coletora recebe os fardos e pode deixá-los entre um a três no solo, simultaneamente, consoante o desejo do operador.

NOKIAN Os pneus agrícolas com padrão de piso diferente do convencional eram uma das grandes tendências desta edição do SIMA. No stand da Nokian estava exposta a linha Tractor King, pensada para deslocações de longa distância, a velocidades até 65 km/h, e com carga elevada. Com um padrão de piso constituído por tacões duplos e uma estrutura reforçada, este pneu adapta-se aos trabalhos florestais.

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CONFORTO RENTABILIDADE EFICIÊNCIA MANITOU ESPECIAL // Sima 2019

ESTREIA MUNDIAL PARA A MARCA MANCEL Criada pela subsidiária francesa do fabricante chinês YTO, a Mancel é uma nova marca de tratores destinada a competir nos mercados do velho continente. O mais recente neófito da maquinaria agrícola anunciou-se no SIMA como um trator europeu, pois será produzido em Saint-Dizier, no nordeste de França, numa fábrica adquirida à McCormick em 2011. A gama dividir-se-á em três séries, com potências compreendidas entre os 80 e os 145 cv. No salão foi mostrada a maior destas séries, que se desdobra em cinco modelos, a cobrir um segmento de potência que vai dos 110 aos 145 cv. Todos os modelos expostos serão propulsionados por motores FPT Fase V e contam com transmissão ProfiShif 16/12 desenvolvida pela própria empresa. De fabrico próprio é também o eixo traseiro.

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MICHELIN Proclamado em 2017 no SIMA com a medalha de ouro pela inovação, o EvoBib da Michelin, o pneus que evolui, cuja forma e a marca no terreno se adaptam em função das necessidades do agricultor, continua a recolher os louros de tal modernidade. Em Paris voltou a ser a estrela da companhia.

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SIMA 2019 QUIVOGNE A Quivogne, uma construtora de ferramentas de preparo do solo, oferece a grade HRP para resolver problemas de compactação de pastagens. A configuração dos discos, facas, dentes e pentes permite trabalhar o solo sem danificar o prado.

HRP A nova grade de pradaria é especialmente projetada para prados com problemas de assentamento. Para compensar a compactação, a QUIVOGNE propõe uma grade, equipada com uma fileira de discos de abertura, para cortar o tecido radicular nos primeiros 5 centímetros, a fim de evitar puxar a tampa; seguido por duas filas de dentes de faca, que escarificam, arejam e soltam o solo graças ao seu efeito vibratório; duas fileiras de dentes de nivelamento, que limpam e nivelam os montículos, são independentes para evitar o efeito de neve; e grade de pente de Ø 7 mm, linha dupla, que embota e distribui os resíduos. Esta configuração garante um ótimo trabalho sem danificar o prado e sem rasgar a cobertura.

VISITANTES PORTUGUESES COMENTAM

O SIMA 2019

João Banza e Francisco Banza são pai e filho. Ao longo do ano dedicam-se à Agro-Vale Longo, em Montes Velhos (Aljustrel), mas por ocasião dos grandes salões fazem uma pausa nos trabalhos e colocam-se a par das novidades. Saiba o que estes agricultores portugueses acharam do SIMA 2019.

JOÃO BANZA

Já veio a muitas edições deste salão?

Já deve ser a quinta ou sexta vez que venho à feira de Paris. Gostamos de estar sempre atualizados, para estudarmos bem aquilo de que precisamos para as nossas empresas. Tentamos andar entre as feiras de Paris e de Hannover. O que está a achar desta edição?

Já vi aqui algumas novidades a nível da agricultura de precisão. As margens são cada vez mais curtas e temos de apostar mais na rentabilidade.

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ESPECIALISTAS EM FILTRAÇÃO Algumas possíveis compras?

Sim, poderá haver. Estivemos a ver sistemas para ventilação de armazéns com empresas francesas e também equipamentos para o transbordo de cereais no campo. Por que é importante marcar presença?

Aproveitamos para falar com as marcas para propor algumas necessidades que vamos detetando no nosso trabalho. Visitamos as marcas com quem trabalhamos e aproveitamos para propor algumas melhorias porque há coisas que não se adaptam às nossas condições.

FRANCISCO BANZA

Já viu muitas novidades?

Uma coisa que me despertou a atenção logo quando entrei na feira foi uma alfaia para controlo das infestantes de modo elétrico. Vejo que há a preocupação de fazer agricultura de modo mais ecológico. Qual é a maior utilidade de vir à feira?

Noto que nestas feiras há muita abertura para falarmos com as marcas. Em termos práticos, no campo temos poucos técnicos com experiência em agricultura de precisão. E nós aqui facilmente comunicamos com o pessoal das marcas e conseguimos resolver problemas com que nos deparamos. A razão de virmos cá não é só para ver as novidades. É também para esclarecermos algumas dúvidas e obtermos conhecimentos. A vinda ao SIMA é também um passeio?

É quase uma viagem relâmpago e vimos aqui mais por trabalho. Ao todo somos dez pessoas. Por virmos num grupo de amigos, em que todos são agricultores, acabamos por juntar o útil ao agradável.

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PRODUTO // Gestão de parque de máquinas

AGRICULTURA EXTENSIVA

COM PREOCUPAÇÃO AMBIENTAL T E X TO E FOTO S J OÃO S O B R A L

Nesta exploração, as leguminosas e o gado entrecruzam-se com a gestão das áreas de montado. Com um parque de máquinas dimensionado para as operações culturais feitas anualmente, a cada trator estão reservadas tarefas concretas.

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esta exploração agroflorestal situada nos arredores de Grândola, as intervenções mecanizadas são restringidas ao mínimo necessário e na constante procura pelo mais baixo impacto. Esta estratégia tem por detrás

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a premente preocupação de assegurar o equilíbrio e a sustentabilidade ambiental do espaço rural. UMA LIGAÇÃO AO CAMPO QUE VEM DE FAMÍLIA

Para António Rocha, de 59 anos, a atividade agrícola foi uma escolha natural, mesmo quando os tempos conturbados pós-25 de Abril

aconselhavam outros rumos. “Na minha geração, aquilo que toda a gente dizia era ‘tens de estudar para arranjares um emprego e de preferência no Estado’. Eu olhava para o campo de outra forma e achei que não era exatamente assim. Cá estou até hoje e ainda não me arrependi” começou por explicar. É presidente da Associação de Agricultores de Grândola desde há 12

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anos e integra também a direção dos Bombeiros. Mas é ao Outeiro da Venda Nova, uma propriedade que está há muito tempo na família, que dedica a maior parte do seu trabalho. “Esta propriedade vem do meu trisavô. Ao longo do tempo foi dividida pelas várias gerações e neste momento temos aqui 178 hectares. Com mais duas propriedades que temos, aquilo que perfaz o nosso património rústico é uma área à volta de 300 hectares”. Mas contando com as parcerias, os arrendamentos e as cedências, ao todo a área gerida ascende a cerca de 1200 hectares. O QUE SE FAZ NO OUTEIRO DA VENDA NOVA

“A criação de ovinos sempre fez parte da história da família” e António Rocha tem vindo a associar a este ramo do negócio um nível de organização mais apurado. A par, há a componente florestal, que é a mais importante na exploração. “Os sobreiros são o que mais pesa do ponto de vista financeiro e aquilo que nos dá aqui algum conforto”. A preservação

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PRODUTO // Gestão de parque de máquinas

e o melhoramento das manchas de montado estão no topo das prioridades. Áreas de melancia convertida para montado

“Penso que não há mais ninguém no país a produzir serradela, a separá-la e a torná-la comercializável como eu faço”

Em 2005 decidiu terminar a produção de melancia, devido a constrangimentos de mercado e de mão-de-obra. Nessas áreas deixadas livres tem vindo a instalar sobreiros. “Vou fazendo aquilo a que normalmente se chama plantações, mas a que eu chamo sementeiras. Eu não planto sobreiros, eu semeio sobreiros”. Em 2016 foi preenchida com sobreiros uma área de mais 10 hectares “onde a maior parte das árvores está muito boa”. Serradela com tremocilha e trevos

A serradela é uma das culturas de eleição deste agricultor. É semeada juntamente com tremocilha e trevos, e assume duas valências: pastagem e venda de semente. “Tem a caraterística de ser elástica. Imaginando que se semeia num pivot, como pastagem, ela não termina o ciclo. Vai-se regando, os animais vão comendo e mantém-se”. Mas António Rocha também vende serradela. O casão onde durante o inverno guarda a ceifeira e outras alfaias fica completamente vazio durante o verão para receber a semente. Nesse espaço, é passada à tarara, separada, limpa e desinfetada. “De que eu tenha conhecimento, penso que não há mais ninguém no país a produzir serradela, a separá-la e a torná-la comercializável como eu faço”, afirma. Em termos de irrigação, recorre à água de uma charca e de furos. Mas vai fazendo uma cuidada gestão deste recurso. “Evito ao máximo consumir água durante o verão. Prefiro regar no inverno, nas alturas em que não chove”, apenas para manter as áreas onde os animais pastam.

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Erva do Sudão

A erva do Sudão é outra das culturas que António Rocha instala. Usa-a por ter vantagens em comparação com o sorgo. “No sorgo não se pode fazer um pastoreio direto porque tem um problema de toxicidade. A erva do Sudão pode ser pastoreada em qualquer momento, pode ser fenada e pode ser ensilada. Eu normalmente faço uma delas e em alguns anos ainda colho alguma semente, o que depende de haver ou não disponibilidade de água”. Como cultura de desenvolvimento rápido pode chegar a atingir uma altura de 2 metros. “Se a tratar bem, faço um corte para silagem, depois aplico rega e adubação e faço outro corte. Durante o verão posso fazer três cortes e funciona muito bem”, explica. Assegurar o equilíbrio

António Rocha olha com preocupação para o rumo da agricultura na região,

nomeadamente a instalação de grandes extensões de olival no perímetro de Alqueva. “O olival superintensivo devia estar condicionado a fazer-se também outras culturas”. O tipo de abordagem aplicada nessa zona contrasta fortemente com a atividade que desenvolve. “Nesta exploração não existe qualquer atividade intensiva. Nela tudo funciona de forma extensiva, desde a produção animal até à produção de forragens, palha e grão. Nas forragens semeamos leguminosas biodiversas, serradela com trevos, e tremocilha com serradela. Utilizamos os estrumes provenientes do ovil, que apenas necessitam de uma pequena adubação à base de fósforo e calcário”, esclarece. E na área florestal, as intervenções realizadas são de baixo impacto. “Só entra o trator com roça-mato a cada quatro anos, uma operação muito rápida onde antecipadamente deitamos

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PRODUTO // Gestão de parque de máquinas

algumas sementes de leguminosas. Esta operação e a passagem do gado é suficiente para conseguir uma sementeira perfeita”, assegura. Todas as tarefas são feitas com meios próprios. “Temos equipamento para tudo o que é a nossa ocupação cultural. A contratação de pessoal é só para a extração de cortiça, tosquia das ovelhas e apanha de pinha, nos anos em que há”, acrescenta. EM SÍNTESE…

…a produção animal está dirigida a mercados muito exigentes que reclamam qualidade. O mesmo acontece com a produção de semente e com os produtos florestais, nomeadamente a cortiça. A estratégia na propriedade do Outeiro da Venda Nova é assegurar a sustentabilidade económica, mas gerindo o espaço rural de modo a que se mantenha ambientalmente equilibrado.

SÓ TRATORES AZUIS NO PARQUE DE MÁQUINAS De tempos recuados, António Rocha recorda-se do trator que movimentava a máquina da debulha nas eiras. “Era um trator que tinha rodas de ferro e uma chaminé que parecia uma automotora”. “Quando se iniciou a mecanização, o primeiro trator que veio para esta casa, ainda com o meu avô, foi um Ferguson 25”. Ainda hoje possui um escarificador Ferguson e outras alfaias que eram desse trator. “Acabaria por ser trocado por um Fordson Dextra de 35 cv, que veio de alguma forma revolucionar todos os trabalhos agrícolas. Já trabalhava com

maior à vontade com as alfaias”. A lembrar esses tempos, na casa existe ainda uma ceifeira atadeira que era ligada ao Fordson, mas que hoje já não funciona. Depois disso, e até há pouco tempo, houve na exploração um Ford 4600. COMO É ORGANIZADO O PARQUE Trator Ford 4610

Foi o trator que se seguiu e que ainda permanece na casa. Trabalha com um Unifeed Tatoma de 10 m³ e é ainda usado para tratar as oliveiras com um pulverizador Puljet de 400

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Beja Z. Ind. - Pç. da Cooperação, 10 T./F. 284 329 278

Évora Z. Ind. Horta Figueiras, R. Armando A. Silva, 47 T. 266 701 558 • F. 266 777 250

Ferreira do Alentejo Z. Ind. - Lote 23 T. 284 739 944 • F. 284 739 946

Coruche Z. Ind. -Monte Barca, Lt.6 T. 243 678 041 • F. 243 689 206


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PRODUTO // Gestão de parque de máquinas

A caixa Tramagal está adaptada para dar apoio aos rebanhos, recolhendo as crias recém-nascidas.

litros. Por continuar a desempenhar bem as funções, não está planeada a sua substituição. “Enquanto não tiver alguma doença grave é para continuar na casa”, afirma. Tem a particularidade de estar calçado na frente com pneus que foram oferecidos a António Rocha por um seu amigo piloto de ralis. Já inúteis para a competição, têm ainda borracha para fazer muitas horas neste Ford. Trator New Holland TN 75 S

Com cabina e ar condicionado, o TN 75 S “é neste momento a máquina que mais horas faz” no Outeiro da Venda Nova. Com cerca de 8000 horas registadas no visor, ficam a seu cargo a sementeira, as coberturas, os trabalhos com roça-mato, com gadanheira, com encordoador, e com reboque espalhador de estrume. Tem inversor eletro-hidráulico e um eixo SuperSteer que vira não só as rodas, mas também o próprio eixo. “São duas caraterísticas que agilizam muito as manobras”, sobretudo quando se tem de fazer muitas marchas-atrás para limpar com o roça-mato à volta das árvores.

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E por ser leve pode ainda entrar em zonas onde os outros tratores não vão. “Há poucos dias fez as operações de cobertura nas pastagens e nas áreas que estão semeadas. Tenho a cedência de uma várzea com 12 hectares, que é uma zona muito alagadiça, e este é o único trator que consegue lá andar”. Isto devido ao peso, mas mais uma vez, lá está, por causa do eixo. “Mesmo em caso de dificuldade, como tem aquele eixo, ao movimentarmos o volante tiramos as rodas da frente completamente do sítio onde estavam. Muda toda a forma de funcionar”, esclarece. Trator New Holland TS 100

O trator de maior potência ao serviço da casa é um TS 100. A ele ficam reservados os trabalhos mais pesados. Faz o transporte do rolo compactador, quando tem de ser transportado no hidráulico para as parcelas mais distantes, e trabalha com uma charrua de três ferros, com o corta-forragens e com a enfardadeira.

“Começou-se na Fordson, passou-se para a Ford e agora é a New Holland. A linha mantém-se assim”

Trator New Holland TN 75

Equipado com carregador, faz a carga das paletes das sementes, e junta as lenhas sobrantes que vão para queima. Ainda carrega e arruma os rolos e faz a limpeza do curral. Quando é necessário, dá apoio aos rebanhos, fazendo a recolha das ovelhas parideiras e respetivas crias para o curral. Nestas alturas, anda engatado numa caixa Tramagal modificada para este fim, com compartimentos próprios para os borregos recém-nascidos.

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PERFIL DA EXPLORAÇÃO ATIVIDADE PRINCIPAL Floresta (sobreiro e pinheiro), pastagens e criação de ovinos PESSOAL EFETIVO 2 pessoas Ceifeira-debulhadora Fiatagri Laverda 3400

É com ela que recolhe tudo o que semeia. Parte das culturas são instaladas dentro de áreas florestais e por isso a frente de corte com apenas 3,60 m com que está equipada dá-lhe maior capacidade de manobra entre árvores. Outra particularidade são os bicos levantadores. “Fazem toda a diferença na cultura da serradela e dos trevos. Desliza completamente sobre a terra e tudo o que esteja acamado, vai para dentro”, explica. “É uma máquina com quase 30 anos, mas para as horas que faço está perfeita. Trabalho, limpo-a, guardo-a, trato-a bem…”. A sua substituição não faz parte dos planos a breve prazo. Até porque, no ano passado, com a campanha a iniciar, partiu completamente o motor e a reparação foi dispendiosa. Foi uma mola de válvula que se partiu. “É a chamada avaria estúpida. Uma peça de 5 euros arranjoume uma despesa de 10.000. O motor estava a trabalhar a fundo, pulverizou-se lá dentro e partiu tudo”. Ficou sem préstimo para reparação. António Rocha conseguiu comprar um motor recondicionado que já fez 110 horas. A troca do motor foi feita pela firma Cordeiro, Ramos & Romão, no local onde a máquina parou, dentro da seara. É a esta casa

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que recorre quando são necessárias intervenções mais técnicas.

CULTURAS Serradela, Tremocilha, Trevos e Erva do sudão

MANUTENÇÕES CASEIRAS

ÁREA PRÓPRIA 300 hectares

Nos períodos de menos aperto, durante o inverno, há sempre trabalho. Quando chegámos, António Rocha tinha acabado de soldar as peças que dão forma às novas manjedouras para alimentar o rebanho. Quanto às manutenções, não é por sorte que as máquinas e alfaias, algumas delas já a contarem muitas campanhas, continuam a trabalhar na perfeição. “Usa-se, lava-se, guarda-se, lubrifica-se e está sempre impecável”, disse-nos este agricultor quando falava do seu espalhador Vicon. Mas, no fundo, o princípio aplica-se a tudo o resto. Para potenciais aquisições, para os próximos tempos apenas está na mira a vinda de um novo semeador para substituir o atual Fiona que já tem muitas horas de serviço.

COM PARCERIAS 1200 hectares

EM SÍNTESE…

…o parque de máquinas está dimensionado em função dos trabalhos desenvolvidos. Ao longo do calendário cultural cada trator tem tarefas e alfaias que lhe estão associadas. Mesmo as máquinas que contam muitas horas são bem mantidas, o que explica que continuem em perfeito estado de funcionamento.

ÁREA IRRIGADA 50 hectares OVINOS 580 animais adultos Animais de reposição de produção própria

PARQUE DE MÁQUINAS Trator New Holland TS 100, Trator New Holland TN 75 S, Trator New Holland TN 75 com carregador Leon , Trator Ford 4610 com carregador Galucho, Semeador de linhas Fiona V78, Rolo destorroador e compactador Fialho, Espalhador Vicon, Máquinas de rega Ocmis, Ceifeiradebulhadora Fiatagri Laverda 3400, Corta-forragens Spragelse de 1,40 m, Gadanheira Kuhn de 4 discos, Enfardadeira de rolos Welger RP10, Unifeed Tatoma Bravo de 10 m3 , Reboques Galucho (com extensores para silagem), Reboque espalhador Herculano, Cortamato Galucho , Grade Galucho de 22 discos de 24”, 2 Pick-ups Isuzu, Outras alfaias


PRODUTO // em foco

VALTRA SÉRIE A

RECEBE ESPECIFICAÇÕES MAIS EVOLUÍDAS

A série A da Valtra expande-se com a chegada de dois novos modelos. A uma nova transmissão powershift HiTech 4, a marca juntou ainda outros detalhes que tornam estes tratores mais evoluídos e mais configuráveis.

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T E X TO J OÃO S O B R A L

série A vai dos 75 aos 130 cv de potência. Os modelos de entrada (A74, A84 e A94) são propulsionados por motores Agco Power de 3 cilindros. Os restantes (A104, A114, A124 e A134) contam com motores produzidos na mesma fábrica, em Linnavuori, na Finlândia, mas com 4 cilindros. A única transmissão disponível

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nesta série era uma 12/12 mecânica sincronizada. Mas a Valtra anunciou agora um maior leque de escolha, especificamente para os modelos de 100 e 110 cv, (A104 e A114). NOVA TRANSMISSÃO HITECH 4

Estes dois modelos estreiam uma transmissão Full Powershift 16/16, com quatro relações e quatro

gamas, podendo o cliente optar ainda por uma variante com creeper de 32 relações. A HiTech 4 reduz ao mínimo a utilização da embraiagem e é comandada através de interruptores posicionados numa alavanca fixa, como acontece com as transmissões HiTech 5 das séries N e T.

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// Novidades Valtra

UMA CABINA MAIS PROFISSIONAL

No habitáculo, o operador beneficia de um painel de instrumentos mais completo, com display ao estilo das séries superiores da marca. A suspensão mecânica da cabina com níveis de amortecimento pré-ajustáveis está entre os opcionais.

OUTRAS NOVIDADES M OTO R E S FA S E V SÉRIES N, T E S

3 A marca lança o pack ‘Connect, Care & Go’ para que os clientes acedam a serviços como a telemetria Valtra Connect, a extensão de garantia Valtra Care ou o contrato de manutenção Valtra Go, para máquinas novas e usadas.

COMANDOS ELETRÓNICOS DO CARREGADOR

A marca finlandesa inclui nestes dois modelos um apoio de braço onde fica posicionado o joystick hidráulico com 3ª e 4ª função opcionais. MOTORES TIER 4FINAL

Com tecnologia de emissões Tier 4Final, o bloco Agco Power de 4 cilindros presente nos A104 e A114 HiTech 4 baseia-se apenas na tecnologia SCR. Requer o consumo de AdBlue, mas dispensa a necessidade de fazer regeneração. TDF E ELEVADOR DIANTEIRO

A TDF dianteira e o elevador hidráulico dianteiro são opcionais que na série A estão reservados exclusivamente a estes dois modelos, tornando-os mais versáteis.

A transmissão HiTech 4 é a grande novidade nestes modelos. É gerida através de botões posicionados numa alavanca fixa.

SERVIÇOS PERSONALIZADOS

1 Ao longo de 2019, a Valtra atualiza as motorizações dos tratores das séries N, T e S. Os T e S passaram para a Fase V no início do ano, o N174 estará em conformidade com este mesmo nível de emissões a partir da primavera, e os N134 e N154 a partir do outono.

SEGUNDO TERMINAL

SUSPENSÃO DIANTEI RA NA SÉRIE N

2 É um extra que passa a estar disponível nos modelos SmartTouch das série N, T e S. Pode ser instalado em qualquer lugar da cabina e, entre outras possibilidades, permitirá a gestão da condução automática ou o acesso a uma câmara externa.

4

A suspensão pneumática no eixo dianteiro é um extra disponibilizado em todos os Valtra N que este ano serão atualizados com motores Fase V. Recorrendo a um fole de ar ea dois amortecedores, esta suspensão Aires é semelhante à empregue na série T.

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TECH //

“AINDA HÁ O MEDO DE CARREGAR NOS BOTÕES”

A digitalização agrícola está em curso e a automação é irreversível. É esta a Agricultura 4.0 e é urgente mergulhar na sua essência. Em boa hora, a indústria participou numa oficina técnica que juntou agricultores, empresários, prestadores de serviços e formadores. Se uns têm que acertar o passo com a tecnologia, a outra tem a responsabilidade de a dar a conhecer. T E X TO C A R LO S B R A N CO

na Estação Experimental António Teixeira, às portas de Coruche, sob o frio cortante das 8h dos finais de janeiro, que se concentram 85 agentes agrícolas cuja particularidade comum seria estarem recetivos a saber mais sobre a automação de máquinas, a agricultura de precisão, a digitalização, tudo sob o grande e pomposo chapéu do momento – Agricultura 4.0. A DGADR e a Associação Nacional dos Produtores de Milho e Sorgo (Anpromis) fizeram o convite e a indústria não faltou à chamada. Teoria e prática de mãos dadas em dois dias proveitosos que merecem réplicas em outras latitudes. Luís Alcino Conceição, professor adjunto da Escola Superior Agrária de Elvas, fez desfilar a história e a técnica do processo de mecanização agrícola, os novos instrumentos que acorrem para maiores conforto e segurança do operador, para as melhores produtividade e eficiência, as tendências, as vantagens da atualização de conhecimentos. Sem conclusões académicas, mas tão-só um lamento):

É

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“Andámos muitos anos a perder tempo. O país deixou de ministrar, durante anos a fio, formação profissional dedicada a máquinas agrárias.” Daí a importância destas ações, mesmo sem a chancela da formalidade. “Foi o que levou a DGADR e a Anpromis a realizar estas ações e há a intenção de as replicar a Norte, pois é notório que há procura de informação para perceber a tendência e estes grupos tentam

ir ao encontro de soluções para as dificuldades que vão encontrando”, disse Luís Alcino à revista Abolsamia. INDÚSTRIA PRESENTE

Os motores aquecem para a vertente prática. Deutz-Fahr, John Deere, Case, New Holland, Valtra, com equipamentos disponibilizados pela Farming Agrícola, concitam as atenções da classe. Da conversa com os técnicos far-se-á luz

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// Agricultura 4.0

AINDA E SEMPRE U M A U T O D I D ATA

UMA NOVA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

e a familiaridade com os sistemas de automação de funções (caixa de velocidades, controlo de patinagem, sistema hidráulico). Mas também com as práticas da agricultura de precisão (georreferenciação, balizamento electrónico, auto condução, interfaces de comunicação para utilização de mapas de prescrição/VRT) e da digitalização (Isobus e telemetria). “Ainda há um bocado de medo de carregar nos botões, um medo que se confunde ainda com as potencialidades que podemos tirar dos equipamentos”, observa o professor, para quem a indústria deverá pensar o seu papel organizacional e a forma de passar a mensagem. “Mas é bom que esteja presente nestas ações e a nossa função é regular a informação”, enfatizou o docente da ESAE. Na base, o processo de ensino não está isento de culpas. Como diz Luís Alcino – que também passou pela formação profissional -, “o ensino da mecanização foi feito de estagnações e resistências, o próprio Modelo de Bolonha retirou unidades curriculares ligadas à mecanização. Não há paralelismo com o que aconteceu em França, Alemanha ou Reino Unido, pois mantiveram uma linha dura na capacitação profissional e técnica do seu pessoal. Mas é certo que estamos sedentos de retomar o processo.”

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Manda o bom-senso que haja ações futuras, pois já se sabe que o processo é irreversível. Luís Alcino explica os perigos que estão ao virar da esquina: “Se a Europa nos quer impor este conceito de agricultura digital, ou apostamos forte neste exercício, ou a médio prazo haverá uma grande décalage da qualidade da atividade agrícola entre aqueles que ainda assim conseguem realizá-la, pelo facto de serem autodidatas, e os que não o são. O passo seguinte é a robotização, uma nova revolução industrial, com tudo o que terá de bom e menos bom.” Se a passagem de conhecimento tem conhecido demasiados obstáculos, qual será o papel da indústria neste paradigma. Estará preparada para o desafio, ou tão-somente interessada em vender maquinaria? Haverá sempre dualidades, até pelo facto de o agricultor ser ainda pouco exigente nos requisitos de compra. “Há mais procura, mas o volume ainda é pequeno, e por consequência as empresas não têm, ainda, que faça esse suporte técnico em exclusividade. Fica depois o agricultor preocupado com o tempo que perde a ler os manuais, a experimentar uma e outra vez as funcionalidades. É claro que há exceções, há marcas mais preocupadas, que têm apostado neste segmento e que podem ganhar bom dinheiro. Há outras que ficam para trás, pois o agricultor acaba por comprar determinado trator a um concorrente que tenha determinado sistema.

A virtude de ações que combinam a teoria com a prática, iminentemenrte didáticas, como a que ocorreu em Coruche, é que o networking dali decorrente é considerado fundamental para os agentes envolvidos. Salvo algumas honrosas exceções, quer isto dizer que o agricultor tem que ser um autodidata… “A partilha de conhecimento é fundamental”, diz o professor da Escola de Elvas. “Mas também o autodidatismo o é. O agricultor tem que o ser, necessariamente. Em tempos, quando queríamos instalar um programa no computador tínhamos que ir à loja adquiri-lo, inserir um CD, o que parecia complicado. Hoje, em casa, descarregamo-lo da cloud [nuvem]. Quem nos ensinou? Ninguém. Agora, isto requer algum tempo, mas acima de tudo autodidatismo. Não estejamos à espera que a indústria, como em tempos idos, venha a nossa casa e explique tudo. Isso não vai acontecer. Este tipo de transferência de conhecimento estimula as pessoas e não nos faz mal. Há logo aqui um networking entre parceiros de sessão que facilita a compreensão e a resolução de pequenos problemas.”

Luís Alcino, Professor da Escola Superior Agrária de Elvas

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TECH //

CRINKLAW FARM SERVICES INC

GUSS PULVERIZADOR AUTÓNOMO PARA POMARES A novidade chega dos Estados Unidos. O primeiro pulverizador não tripulado para pomares está em fase final de desenvolvimento. De características vanguardistas, esta máquina vem à luz do dia pela mão de uma casa sem nome afirmado na indústria. a língua inglesa, GUSS é a sigla que sintetiza o nome deste veículo: ‘Sistema Global Não Tripulado para Pulverização’. E GUSS é também a marca comercial que o identifica.

N

CONDUÇÃO AUTÓNOMA

Fazendo uso de uma combinação de

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sensores, condução automática por GPS, laser para deteção de obstáculos e software de monitorização, este veículo permite fazer a aplicação de tratamentos em pomares de forma mais segura para as pessoas envolvidas no processo. Opera de forma autónoma, sendo monitorizado remotamente através de um software dedicado. Uma

única pessoa pode acompanhar o funcionamento de dez pulverizadores GUSS a trabalharem em diferentes localizações. MOTOR CUMMINS

Propulsionado por um bloco Cummins de 6 cilindros com 173 cv de potência e 6,7 litros de capacidade, o veículo possui tração às 4 rodas e ambos

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// Guss

FILTROS / LUBRIFICANTES / BATERIAS

MAIS I N FO MAÇÃO

os eixos são direcionais para agilizar as manobras de reentrada nas linhas. Com uma estrutura de baixo perfil, pode avançar inclusive sob copas baixas. AUTOMATISMOS

Entre outras funcionalidades, está programado para antever a necessidade de regressar ao ponto de reabastecimento. Além disso, à medida que vai progredindo numa parcela, um mapa virtual vai sendo preenchido. O aparelho não voltará a zonas já tratadas.

CFS COMEÇOU COMO ALUGADOR A empresa responsável pelo desenvolvimento do GUSS é a CFS (Crinklaw Farm Services Inc), com sede na Califórnia. Fundada em 1982, tem concentrado a sua atividade como alugador, prestando diversos serviços agrícolas, incluindo a pulverização. O processo inventivo aplicado

7 UNIDADES PRODUZIDAS

O desenvolvimento do GUSS teve início em 2015. Por agora, apenas existem sete unidades de préprodução. Estas estão a ser utilizadas pela CFS como parte integrante da sua frota de máquinas dedicadas à prestação de serviços. Atualmente, a empresa está a modernizar as suas instalações em Kingsburg, na Califórnia. O investimento visa dar resposta às encomendas provenientes tanto do mercado doméstico como do exterior.

a máquinas teve início mais tarde por iniciativa de David Crinklaw, o gerente da empresa.

GUSS NÃO É A PRIMEIRA CRIAÇÃO Entre outras soluções, a CFS desenvolveu o Sistema de Pulverização Tree-See. Baseado em sensores que

Equipado com componentes hidráulicos Rexroth, o GUSS estará disponível na Europa dentro de 2 anos.

continuamente detetam a presença de árvores e os espaços vazios no entremeio, o Tree-See permite pulverizar apenas à passagem pela copa da árvore, interrompendo a nos intervalos SEDE R. Dr. Francisco Silva Pinto, 80-90,aplicação Z. Ind.da Formiga, 4445-403 ERMESINDE Telefone. 229 759 610 • FAX. 229 759 611entre árvores. eurofiltros@eurofiltros.pt • www.eurofiltros.pt FILIAL ALPENDORADA • T. 255 611 334 • balcaoalpendorada@eurofiltros.pt

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FILIAL AVEIRO • T. 234 243 931 • balcaoaveiro@eurofiltros.pt

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FILIAL BATALHA • T. 244 249 238/9 • balcaobatalha@eurofiltros.pt

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PRODUTO / notícias

KRONE REBOQUES FORRAGEIROS ZX DA KRONE AJUSTAM RECOLHA A PARTIR DA CABINA A recolha de forragem de forma sustentável sempre foi uma prioridade para a Krone, pelo que as mais recentes melhorias dos reboques forrageiros ZX centram-se na conservação da fertilidade do solo. A atualização mais recente inclui novos recursos para os modelos ZX 430, ZX 470 e ZX 560. O controlo eletro-hidráulico da suspensão para os rotores de recolha vem agora de fábrica, em benefício do conforto do operador, pois permite que a pressão de captação seja ajustada continuamente a partir da cabina. Este sistema de controlo mantém uma pressão

Tegosem Multiline da Pöttinger é um polivalente para as baixas potências

constante no conjunto de recolha, girando de forma mais suave e otimizando a entrada da colheita. Os reboques ZX são disponibilizados com duas rodas de 30,5’’ para as versões com eixos tandem e triplos,

O sistema Multiline da Pöttinger, que pode reunir uma grade de disco

facultando a possibilidade de escolha entre os pneus

compacta ou um cultivador de restolho com uma semeadora, está agora

710/50 R 30.5 e 800/45 R 30.5, com um piso especial. A

disponível com a unidade de sementeira de cobertura vegetal Tegosem,

versão de eixo triplo do ZX 470 pode ser equipada

aumentando a polivalência e a possibilidade de operações com tratores

apenas com rodas de 26,5”.

de baixa potência. Usado sozinho ou em conjunto com uma unidade Tegosem, ou como uma combinação de semeadora de solo com uma furadeira mecânica Vitasem ou uma furadeira pneumática Aerosem, este Terradisc Multiline permite larguras de trabalho de três a quatro metros. A unidade Tegosem tem dois eixos de medição que garantem uma distribuição pneumática precisa, com recurso a placas de distribuição, rigor esse que é assegurado independentemente das condições do vento. A calibração do sistema é simples, e faz-se mediante pressão de um botão localizado na cabina.

Grégoire premiada pelo sistema AutoPinch O sistema AutoPinch regula automaticamente a distância entre sacudidores numa vindimadora automotriz. O utilizador pode definir no terminal da máquina uma distância mínima e uma distância máxima entre sacudidores. A partir daí, o sistema fará continuamente um ajuste de distância consoante o volume de ramagem. O objetivo é manter um nível ótimo de pressão e evitar estragos desnecessários na vegetação. Esta solução que já tinha sido premiada no SITEVI 2017, em França, volta agora a ser galardoada mas em Espanha, pelo certame Oleotec 2019.

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PRODUTO / notícias

Amazone fertiliza com um simples toque de botão A série ZA-M, distribuidora de

A CNH Industrial já deu o primeriro passo para o início do processo de fabrico de peças de reposição impressas em 3D destinadas a maquinaria agrícola

fertilizante de duplo disco da Amazone, ganhou um novo elemento para a família com a chegada da versão EasySet, um pequeno dispositivo computorizado colocado na cabina do trator e que permite ao operador uma operação mais simplificada, ao alcance dos dedos, podendo este optar pela

projeção do produto consoante as

abertura ou fecho do obturador, para

necessidades da cultura.

distribuição à esquerda ou direita, com maior

O ZA-M Easy dispensa serviço hidráulico e usa apenas o cabo elétrico. O distribuidor de

ou menor alcance de trabalho. Luzes indicadoras LED dispostas no terminal

fertilizador da Série ZA-M está disponível com

EasySet assinalam qual das rampas está

três modelos básicos e depósitos de

aberta ou fechada, da mesma forma que o

1000/1200/1500 litros de capacidade, com

rácio de distribuição do fertilizante pode ser

possibilidade de expansão até aos 3000 litros.

ajustado individualmente, para cada um dos

Os dois discos de distribuição têm largura de

lados, tornando-se mais fácil adequar a

trabalho variável entre os 10 e os 36 metros.

A ceifeira combinada Ideal do grupo AGCO conquistou o prémio AE50, galardão da Sociedade Americana de Engenheiros Agrónomos e Biólogos

VALTRA SMART TOUR 2019 UMA EXPERIÊNCIA TOTALMENTE NOVA PARA UM TRABALHO MAIS INTELIGENTE

13

ABR

2019

Cruzamento Monte da Barca, 2100-051 Coruche, Santarém Coordenadas GPS: 389455.21; -8,494902


PRODUTO / notícias

GRIMME EVO 280 com três separadores para oito toneladas de batata

A EVO 280 é a nova colhedora de batata de duas linhas apresentada no salão técnico da Grimme, em Dezembro último, em Damme, Alemanha. Evolução da série SE, destaca-se pela generosa tremonha, que comporta oito toneladas e pelos três bancadas separadoras. Segundo a marca, foram atendidas as necessidades de mercado para maior capacidade de colheita e conservação do solo, permitindo níveis elevados de desempenho, incorporando a tecnologia da bem sucedida SE 150-60. O volume do

depósito foi aumentado em 33% e a área de crivo é significativamente maior - o primeiro separador tem uma área aumentada em 15% e o segundo em 78%. O terceiro separador é o ClodSep ou, para condições mais leves, o EasySep. O Speedtronic, opcional, ajusta automaticamente a velocidade dos separadores e da mesa de separação. A altura de queda entre as redes principais de crivo e a primeira unidade separadora foram reduzidas. Graças ao ajuste automático da velocidade dos separadores e da mesa de classificação face às condições de colheita (função Speedtronic), aumentam-se o cuidado na recolha e o rendimento. Com o eixo de pórtico integrado foi alcançada uma largura de transporte rodoviário de apenas três metros.

NEW HOLLAND TK4.110M RECEBE DISTINÇÃO Os certames Tecnovid e Oleotec 2019 atribuiram ao modelo de topo da renovada série de tratores de rastos TK4 uma distinção de novidade técnica. Nesta série, a New Holland propõe modelos que vão dos 74 cv até aos 107 cv de potência, com larguras de via entre os 1170 mm e os 1750 mm. Seja para vinha, pomares ou campo aberto, é fácil encontrar nesta gama um modelo com a combinação de características

KVERNELAND

necessárias para trabalhos específicos.

COM GAMAS DE PULVERIZADORES COMPLETAS E ATUALIZADAS

Os modelos mais estreitos estão disponíveis apenas com plataforma e

A celebrar 140 anos de existência, a

e iXtrack T4), da mesma forma que

arco. Os modelos com maior largura de

norueguesa Kverneland, especialista

foram apresentados o pulverizador

via e maior potência, a partir dos 98 cv,

de implementos agrícolas, desde

montado da gama iXtra, também com

podem ser configurados com

2012 controlada pelo Grupo

a variante de tanque frontal, agora

plataforma e arco ou com cabine.

Kubota, anunciou ter as suas linhas

com novos design, esquema de

Posicionado no topo da série, o

pulverizadoras de culturas tão

cores e especificações atualizadas.

completas quanto atualizadas, fáceis

A modernização técnica beneficiou

de utilizar e apropriadas para todo o

igualmente o pulverizador automotriz

tipo de agricultores.

iXdrive.

As mais recentes novidades

TK4.110M, com 107 cv de potência, foi o trator distinguido pelos certames espanhóis. No que respeita ao sistema de tração, há duas opções disponíveis:

foram reveladas em setembro

rastos tradicionais metálicos; e rastos

último, em França, na Innov-Agri

SmartTrax, que combinam a flexibilidade

de Outarville, um nova e completa

da borracha com a durabilidade do

linha de pulverizadores de campo,

aço.

montados e atrelados (iXtrack T3

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PRODUTO / notícias

CLAAS

Claas com dois novos recordes Guinness em colheita de milho

Uma exploração familiar do Illinois, nos Estados Unidos, estabeleceu em setembro de 2018 dois novos máximos do livro Guinness de recordes ao colher 1.620 toneladas de grão de milho em 12 horas e 1.111 em oito horas. A ceifeira combinada utilizada foi a Claas Lexion 760 Terra Trac. No registo das oito horas, Craig Stewart e os filhos Bob e Brad, que se revezaram aos comandos da Lexion com cabeça de 16 linhas de 30 polegadas (76,2 cm), já tinham acumulado 43.739 alqueires de grão, atingindo as 12 horas com o total de 63.770 alqueires. O valor médio do trabalho da Claas foi de 135 toneladas/hora, ou um reboque cheio a cada 12 minutos. O anterior máximo em oito horas de colheita, fixado em 2001, também nos EUA, era de 19.196 alqueires. Um novo valor de referência para dez horas de trabalho também foi estabelecido, com 54.302 alqueires recolhidos, superando em 6% a anterior marca estabelecida em 2010 (51.153 alqueires). No acompanhamento da ceifeira foi utilizado o trator Xerion 5000 com um atrelado Kinze de 1.100 alqueires de capacidade. No total, a equipa recordista utilizou uma ceifeira combinada, três tratores e três reboques para grão.

O valor médio do trabalho da Claas foi de 135 ton/hora, ou um reboque a cada 12 minutos www.abolsamia.pt

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FLORESTA // notícias

ROTTNE

Rottne passa a usar FARÓIS LED DIMÁVEIS “Anteriormente, a

proximidade da máquina,

preocupação era termos

mas sem se encandear.

muitas luzes. Agora,

colocação das luzes e os

certos”. Esta afirmação foi

ângulos. E passou a usar

feita por David Selstam,

algumas lâmpadas LED

designer dos sistemas

dimáveis. Desta forma, o

elétricos na Rottne Industri.

operador tem a

A marca sueca comunicou

O OPERADOR TEM A POSSIBILIDADE DE REGULAR A INTENSIDADE DA LUZ PARA EVITAR OS REFLEXOS PROVOCADOS PELO COMPARTIMENTO DE CARGA

intensidade da luz para

melhorias na iluminação das

evitar os reflexos

suas processadoras e dos

provocados pelo

seus forwarders.

compartimento de carga ou

Tipicamente, são máquinas

pela própria madeira.

que incorporam cerca de 20

implementada resulta de um

conseguir uma boa

trabalho de testes

iluminação a longa distância

desenvolvido ao longo de

e em simultâneo permitir ao

dois anos em parceria com a

operador ver na

Hella.

A Vimek C12 é uma cabeça para

e de menor potência, como

corte secundário ou limpeza de

tratores agrícolas, ou então em

vegetação, composta por uma

máquinas de maior dimensão,

corrente de motosserra instalada

como processadoras de corte ou

numa lâmina circular.

escavadoras. uma cápsula em formato de

tem um diâmetro de 795 mm e

estrela, destinada a impedir o

pode cortar vegetação com caule

embate em pedras. Devido à sua

até 160 mm de diâmetro.

configuração, tem a

j

particularidade de poder fazer

de apenas 66 L/min pode ser

limpeza de vegetação em todas

usada em máquinas mais ligeiras

as direções.

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A LÂMINA TEM UM DIÂMETRO DE 795 MM E PODE CORTAR VEGETAÇÃO COM CAULE ATÉ 160 MM DE DIÂMETRO

A corrente está rodeada por

firma sueca pesa 160 kg, a lâmina

96

A solução agora

luzes e o desafio é

para corte secundário e limpeza

Por requerer um fluxo hidráulico

possibilidade de regular a

recentemente que introduziu

VIMEK C12

Este acessório patenteado pela

A marca repensou a

queremo-las nos sítios

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FLORESTA // notícias

ELMIA WOOD

60ª ELMIA WOOD terá concorrência e prepara resposta em modo estático, mas com uma vantagem competitiva face à Elmia. “A nova feira pretende afirmar-se como um local de reunião de fácil acesso”, explicou Björn Bäckström, CEO da MaskinLeverantörerna, a associação responsável pela organização. Fabricantes como a John Deere, a Ponsse, a Ecolog, a Komatsu ou a Rottne, já têm lugar assegurado na edição inaugural deste certame. Por seu lado, a organização da Elmia Wood emitiu recentemente um comunicado onde informa que irá investir na construção de um novo pavilhão de exposições. As obras começam no próximo outono e prevêem ainda a criação de uma A Swedish Forestry Expo abrirá ao

Suécia, e continuará a ser o local para

zona de restauração, espaços para

público pela primeira vez em 2021,

as demonstrações de maquinaria em

armazenamento logístico e melhorias

em datas que são coincidentes com

campo.

nas acessibilidades.

as da Elmia Wood. Por seu lado,

Mas recentemente surgiu a notícia

A juntar às experiências em campo,

a organização da mais famosa

de que uma outra feira se realizará

a Elmia pretende criar uma estrutura

feira florestal com demonstrações

naquele país entre 3 e 5 de junho de

logística que permita aos visitantes

dinâmicas de maquinaria irá investir

2021, a três horas e meia de caminho

um acolhimento mais confortável e

em novas infraestruturas.

para norte, em Estocolmo. Chama-se

que ofereça novas potencialidades

Swedish Forestry Expo e o espaço de

para as empresas expositoras. As

exposição será um hipódromo.

instalações devem ficar prontas a

No setor de maquinaria florestal, a Elmia Wood, que é considerada a feira das feiras, volta a realizar-se de 2 a 5 de junho de 2021. Jönköping, no sul da

Pelo local escolhido percebe-se que será uma feira para expor máquinas

tempo de acolher aquela que será a 60ª edição da Elmia Wood.


FLORESTA // notícias

GALUCHO

PÁ NIVELADORA

DE 3 MOVIMENTOS As pás niveladoras são daqueles equipamentos muito versáteis que

niveladora.

trator) de 50 cm para um dos lados, e ainda um movimento de inclinação

O novo modelo assume a

dão um jeitão no parque de alfaias

denominação PN3, por permitir três

(abicamento da ponta da lâmina) para

das explorações (sejam agrícolas ou

movimentos hidráulicos, e tem

um ângulo máximo de 66°.

florestais), bem como no parque dos

por base uma estrutura tubular

alugadores.

inteiramente diferente.

A juntar ao conhecido modelo PN1,

O modelo PN3 está disponível em três variantes: com lâmina de 2m, para

Para além do movimento horizontal

um intervalo de potência entre os 50

nas versões de regulação mecânica

máximo de 60° (efeito giratório), o

e os 70 cv, com lâmina de 2,5 m, para

e de regulação hidráulica, a Galucho

PN3 permite uma oscilação lateral

o segmento dos 70 aos 90 cv, e com

passou a disponibilizar uma nova pá

(descentramento em relação ao

lâmina de 3 m para tratores até 110 cv.

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EQUIPAMENTOS DE QUALIDADE

ASSISTÊNCIA GARANTIDA

EFICÁCIA PARA QUALQUER TIPO DE TRABALHO E TERRENO


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VALTRA

Recebe proteção anti-pinhas Para enfrentar a apanha mecanizada de pinha, um Valtra T144 recebeu uma cobertura integral em rede metálica. O projeto foi desenhado e executado pela firma AgroGaspares, que representa a marca finlandesa na região do Ribatejo. Este trator recém-entregue junta-se a um outro Valtra já em utilização que também recebeu uma rede semelhante. Ambos os tratores pertencem a uma exploração do Couço, no concelho de Coruche. Durante a campanha da pinha, entre dezembro e março, estes Valtra trabalham com um vibrador para pinheiros acoplado ao carregador frontal, e andam revestidos com a armadura. Nesta operação, é indispensável dotar os tratores com estruturas que protejam os elementos mais expostos ao embate de pinhas, como o capot, os guarda-lamas, o teto, os faróis e os vidros. A estrutura é inteiramente removível, o que permite libertar o trator para outras funções sem que o condutor tenha de abrir duas portas, a de rede e a original, e sem que tenha de ver o mundo aos quadradinhos durante o ano inteiro. A apanha mecanizada de pinha é um daqueles nichos que impõem uma preparação muito específica. Este trabalho da AgroGaspares mostra que não é só no estúdio Valtra Unlimited que se fazem preparações à medida em tratores Valtra.

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FLORESTA // notícias

SAMPO ROSENLEW

TRÊS MÁQUINAS SAMPO ROSENLEW

de uma assentada

OTL JAROCIN

inventa abre-covas non-stop Volta e meia lá surge alguém a pensar fora da caixa. Nestes últimos anos, a feira polaca Eko-Las tem servido de palco ao lançamento de alfaias florestais inovadoras produzidas por uma casa polaca que não é propriamente um fabricante. Referimo-nos ao OTL Jarocin (Centro de Tecnologia Florestal de Jarocin) que, apesar de funcionar como um serviço de extensão florestal, possui na sua estrutura uma unidade de desenvolvimento e fabrico de alfaias destinadas exclusivamente à floresta. Na Eko-Las 2018, o centro apresentou um abre-covas que foi distinguido com uma medalha de inovação. A alfaia tem em vista a abertura de covas para replantação em áreas de corte raso, e sem necessidade de

A Sampo é famosa, sobretudo devido

A nova HR86 é uma processadora

às ceifeiras-debulhadoras de

de corte com 20 toneladas e

segmento médio que comercializa

chassis articulado de oito rodas.

em diversos países. A marca

Equipada com uma grua Mesera,

finlandesa fabrica máquinas de

trata-se de um peso pesado entre as

recolha para o segmento agrícola

processadoras para corte raso e irá

desde 1957. Uma unidade de negócio

competir com modelos de marcas já

mais recente são as máquinas para

afirmados neste segmento de topo.

floresta, setor onde se posicionou só 40 anos mais tarde, em 1997. Até ao ano passado, a gama

limpar completamente os resíduos do corte.

Nos forwarders, a marca finlandesa fez dois lançamentos. O FR 48 é uma máquina de segmento médio, com

florestal era composta apenas por

cabina fixa e capacidade para 12

um modelo de processadora de

toneladas. Já o FR 68, com cabina

corte, a HR46X, com 8 toneladas e

giratória, e capacidade de carga

chassis de 4 rodas, e por um modelo

de 14 toneladas, eleva a fasquia da

covas em contínuo, sem paragens,

de forwarder, o FR28, com

marca no que respeita a máquinas

graças a um rotor de três pás que vai

capacidade de carga de 10

de rechega.

alternando entre a posição de

toneladas. Mas na feira FinnMetko 2018 o

Estes desenvolvimentos surgem

Tem a particularidade de abrir

bloqueado e desbloqueado. A alfaia

como reflexo da aquisição da

permite controlar o espaçamento

cenário mudou. De uma assentada, a

Logman. Também originária da

pretendido, pesa 600 kg e está

Sampo Rosenlew apresentou uma

Finlândia, a Logman entrou em

recomendada para tratores com

nova processadora e dois novos

falência, mas possuía know-how que

potência de 90 cv ou superior.

forwarders, todos com capacidade

interessava à Sampo Rosenlew para

superior comparativamente com a

reforçar a sua gama de máquinas

é de 1,4 hectares/hora, para um total

gama existente.

para floresta.

de 8000 covas.

100

abolsamia março / abril 2019

O rendimento de trabalho anunciado

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VIMEK

VIMEK DUO

A GAMA MAIS INOVADORA NO SETOR DAS MÁQUINAS FLORESTAIS, BIOMASSA E AGRÍCOLAS

para duas funções O modelo Duo da Vimek junta as funções de processadora de corte e de forwarder numa única máquina. Tem por base a processadora 404 SE, de 4 rodas, que equipa com um motor CAT de 68 cv de potência e bomba hidráulica de 120 L/min. A transmissão é hidrostática e o chassis articulado permite um ângulo de viragem de 80°. Com apenas 4,4 toneladas de peso total é uma máquina ligeira destinada sobretudo a operações de

ESTILHADORAS COM MOTOR A GASOLINA OU A DIESEL

desbaste ou corte final de árvores com pequena ou média dimensão. O que diferencia o modelo 404 Duo é possuir um sistema de engate que permite a ligação a um reboque de tipo forwarder. Permite ainda a troca da cabeça de corte por uma pinça para efetuar as cargas e descargas da madeira.

Estilhadoras a trator

Triturador Florestal

Com esta solução, os profissionais que façam trabalho de desbaste têm a oportunidade de fazer um investimento mais modesto, adquirindo apenas uma máquina em vez de duas. A Vimek não possui ainda representação no nosso país, mas poderá vir a considerar essa possibilidade.

Fresa e trituradora de pedra

Triturador lateral

“Estamos num processo de procurar mais clientes e talvez Portugal seja um mercado interessante”, declarou Urban Lundström, diretor de marketing da companhia, à revista abolsamia.

Triturador agrícola

Trituradora agrícola com desplaz. hidráulico

Triturador hidráulico

Destroçador florestal agrícola

Trituradora autoalimentada de olivo

Triturador florestal para carregadoras

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ANTIGAMENTE ERA ASSIM...

90 anos de

pioneirismo Continental TUDO COMEÇOU COM PNEUS PARA BICICLETAS

F

T E X TO C A R LO S B R A N CO

oi a visão de um grupo de financeiros e industriais de Hanover com interesses no negócio da borracha que conduziu à fundação da Continental, em Outubro de 1871. Não se conhece (a historiografia não o indica) um rosto, um nome, a quem se deva a sua fundação, originalmente “Continental – Caoutchouc und Gutta-Percha Compagnie”, que se iniciou com o fabrico de simples produtos em borracha para uso doméstico e pneus maciços para

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carruagens e bicicletas. Mas foi em 1928 que a companhia alemã lançou o pneu inflado para trator, uma novidade na Europa. A Continental celebra 90 anos no mercado agrícola. A visão daqueles empresários, mas também a onda de euforia provocada pela segunda Revolução Industrial, desembarcada na Europa continental no último quartel do séc. XIX, e um galopante desenvolvimento sócioeconómico conduziram a uma grande demanda de produtos

CURIOSIDADE Depois de vender a marca à GM, a família Opel terá tido responsabilidade no nascimento do pneu agrícola da Continental

Wilhelm von Opel

de borracha. E de pneus para bicicleta, ao que a Continental não ficou indiferente, tornou-se o primeiro produtor alemão a fabricar pneus tubulares inflados com ar. EXPANSÃO PARA A AGRICULTURA O negócio desenvolveu-se bem (2200 colaboradores em 1903) e da grande agitação da indústria automóvel alemã surgiu a família Opel a adquirir parte substancial das ações da Continental,

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GRANDES DATAS

As atuais instalações de Lousado

1928 O início de uma longa história: a Continental produz o primeiro pneumático agrícola na Europa, o T2.

1932 O primeiro desenvolvimento tecnológico ocorre quatro anos mais tarde. O T3 AS impressiona com o desenho otimizado da banda de rodagem e pela melhoria de tração.

assumindo Fritz, um dos netos de Adam Opel – patrono da família, que desenvolveu a indústria Opel a parte do fabrico de máquinas de costura e bicicletas -, a direção da empresa, enquanto o pai, Wilhelm, dirigia o quadro supervisor. Os Opel tinham acabado de vender o negócio dos carros à norte-americana General Motors, por volta de 1932, pelos que este clã terá contribuído para a produção do primeiro pneu para trator agrícola produzido na Europa, anos antes, em 1928, com o nome de código T2 – pneu para trator agrícola (AS). É uma história de inovações que desde então se conta, pois quatro anos mais tarde já a Continental lançava o T3 AS, impressionando o mercado com o pneu de banda de rodagem e tração melhoradas. Uma dinâmica de desenvolvimento tomou conta da empresa, pois em 1938, o pneu T4 AS apresentava já a separação dos tacos na banda central, garantindo ainda mais tração e menor deslizamento. Até que, em 1955, o Continental Farmer (AS) chega ao mercado, mais robusto, de elevada aderência, com banda mais larga e talões cónicos reforçados. O pneu Farmer aumentou em

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FOCADA EM TORNO DO AUTOMÓVEL

Os 13 anos de quebra de ligação da Continental com o setor agrícola ficaram a dever-se ao foco expansionista dirigido aos mercados norteamericano e europeu na vertente automóvel, pelo que o segmento agrícola foi mantido em stand by, vendendo o negócio à CGS/Mitas. Mas um novo volteface da indústria mexeu com o mercado, pois em 2016, quando a Trelleborg adquiriu a Mitas, a Continental achou que deveria voltar a colocar os pés na terra e retomou os direitos das licenças de construção de pneus agrícolas, dando continuidade à tradição iniciada em 1928.

20 por cento a eficácia de tração relativamente aos seus antecessores. DE PORTUGAL PARA O MUNDO Um hiato de 13 anos na produção para a agricultura (ver outro texto), não esgotou a capacidade de inovação tecnológica da marca, pois em 2017, da fábrica portuguesa de Lousado, em Famalicão – onde nasceu a Mabor General, absorvida pela Continental em 1990 -, começaram a ser produzidos os pneus radiais standard Tractor70 e Tractor85, caraterizados pela robustez e durabillidade, conforto de condução e preservação do solo. Com apresentação mundial na Agroglobal, em 2018, esta associação da Continental com a fábrica de Lousado, deu a conhecer dois novos produtos premium, o TractorMaster (tratores) e CombineMaster (ceifeiras), que passaram a combinar a tecnologia N.flex, de grande absorção de impactos da carcaça, com o sistema D.fine, que aumenta em 5% a superfície dos tacos, com sobreposição dos mesmos no centro do piso, proporcionando desgaste uniforme e maior conforto de condução.

1938

Com o T4 AS, a Continental apresenta na Alemanha o primeiro pneu de perfil aberto. Os tacos deixam de ser interligados, mas separados quando se encontram no centro da banda.

1955 É graças ao novo padrão e desenho da banda de rodagem e com o alargamento dos tacos que o pneu Farmer AS assegura melhor tração em qualquer tipo de solo. O novo design também garante a autolimpeza do pneu.

1990 A década da internacionalização. A Continental passa a estar presente em grande parte dos mercados fora da Alemanha, associado a fabricantes de tratores e ceifeiras. Os seus pneus passam a fazer parte do equipamento de origem.

2004 Mudança de estratégia: a divisão agrícola é vendida à Mitas.

2016 A Mitas é comprada pela Trelleborg e a os direitos de produção regressam à Continental.

2017 Uma nova geração de pneus da Continental começa a sair de Lousado. A fábrica de Famalicão beneficia de avultados investimentos e em 2019 estará em condições de poder oferecer 100 medidas de pneus para tratores e ceifeiras.

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ALENTEJO Usados: Carraro 8.1000-4 • Deutz Agroplus 70 • Fiat 55-56 • Ford 1910 • Same Delfino 35 • Valpadana 550 • Universal 643 DT

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Usados: Tratores - NH: TN65D; 80-66 DT; TL 90; 55-65 CF (Rastos); TK65F (R); TK70 (R); TK80 (R); TK100 • Ford 2600; 3600; 2910 • JD: 1030; 5400; 6310 • Kubota L 295 • MF: 135; 220 DT; 134C (R) • Same: Solaris 35; Argon 70 • Hurlliman 306 XE • Abre Valas 3 pontos: Enorossi – EBM 230; U.EMME – E24 • Apara frutos Herculano c/vibração Vario 1

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Claas Ares 617 ATZ • Claas Ares 616 RZ • Claas Arion 430 CIS • Same Falcon 50 • Same Solaris 45 - semi novo • Iseki Landleader 275 • Reboque Herculano HMB 8Ton. • Várias Charruas e fresas Galucho.

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USADOS: John Deere 1630 • Iseki 4320 • Same Solaris 25 • Deutz-Fahr Agro Kid 25 • Iseki TF 4300 • Landini MISTRAL 40 • Massey Ferguson 1030 • Grua florestal Costa G3000 • Motoenxada Agrico 6 LD 360 • Reboque agrícola Herculano SIE

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USADOS: Case IH 2140 dt 9.500€ • Deutz-Fahr 230 - 14.500€ • Same Solaris 55 • New Holland TN95FA cab. 22.000€ • John Deere, 1446F - 12.000€ • Trator p/ peças New Holland TS115A - 6.000€ Adubador Rocha kc 500

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MF 5455 DYNA4 • Case MXM120 • Fendt 720 Profi • Ceifeiras Claas Mega 204 - Claas 68 SR • Charrua Galucho CHF 3/4F • Cisterna 4000lt • Depósitos Rau 200L p/Fendt GTA • Enfardadeira Claas Rollant 255 Roto cut • Grades discos: Galucho 32X26 - Herculano 28X26 • Pulv.Hardi MAS-1800-FLE • Rastos Cantone • Subsolador Pegoraro 7F

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Grade discos Pijuca vinh. 4 corpos - 2.250€ • Rototerras: Pegoraro Pegolama 2,5 - 5.750€ • Maschio Super Cobra 2,5Mts - 5.500€ • Reboque Joper 5000Kg tribasculante - 1.750€ • Triturador Herkulis BR-160 - 3.500€ • Charrua Galucho 2F-10 - 900€ • Charrua discos CDV 3+3 2.000€ • Escarificador relvados Galucho E7DC - 800€ • Tesouras poda Electrocoup F.3005 - 750€ • Armador camalhões 3 camas - 7.500€ • Chisel XL5-7 3.250€ • Despamp. corte horiz./ vert. - 3.250€ • Descavadeira - 450€

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USADOS Iseki 4270 DT • Leyland 154 • Ford 2600 Narrow • Lamborghini Crono 80 DT • Carraro 6 000.4 • Same Explorer 90 • NH 6.65 DT • Mitsubishi MT 250 D

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USADOS NH T4030 N • NH TNF 90 • Hurliman XF 80 • Fiat 55-76 F • Same Centurion 75 DT • Same Rubin 120 • Carraro Agriup 80F c/ 8 500 h • A.Carraro Tigrone 5 500 (Isodiamétrico) • NH TN 95F c/2 886 h • NH TN 95F c / 7 000 h

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CONCESSIONÁRIO EM FOCO //

“CONVENCERAM-ME A VESTIR DE AZUL E FOI UM BEM QUE ME FIZERAM” S I LVAG R I A U TO

CONCESSIONÁRIO NEW HOLL AND Na Silvagriauto trabalha-se com grande dedicação, desde o início de 2012 concessionário da New Holland e bastião da marca na Sertã, onde a seriedade não é mero argumento comercial. É muito mais que isso. T E X TO C A R LO S B R A N CO // FOTO S A M É R I CO R O D R I G U E S

S

ertã, distrito de Castelo Branco, confluência geográfica das regiões de Coimbra, Santarém e Leiria, zona deprimida pelos incêndios, onde os sonhos tendem a ser menos garridos, mas também onde a resiliência prevalece. Ali se encontra a Silvagriauto, empresa familiar de raízes tão fortes quanto as convicções dos seus componentes. O pai fundou-a, a mulher não lhe negou o apoio, os filhos dãolhe a juventude que a fará perdurar. É a concessionária New Holland em destaque, com uma história peculiar na sua génese. Rui Silva é o rosto da empresa, e foi no

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decurso do estio de 1997, em Cernache do Bonjardim, que o antigo funcionário da Renault montou o negócio de tratores na parte de baixo da sua casa. Estava por conta própria com a Silvagriauto.” GRANDE IMPULSO A esposa Alcídia deu-lhe todo o apoio, deixou o seu emprego e acudiu ao marido, a quem os braços não eram suficientes para tratar de tudo – compras, vendas, contas, transportes, as entregas ao fim-de-semana. Mas a família Silva não se dava mal com tamanha lida. Tanto assim foi que começou a dar nas vistas. “Eram tratores e alfaias” - diz Rui Silva -, “eramos sub-agentes pela

Massey Ferguson e em 1999 passámos a concessionário com a Terralis, do grupo Movicortes, até finais de 2011, quando apareceu a New Holland”, acrescentou um dos filhos, Ricardo. A Silvagriauto estava confiante, mais que em si própria, pela que outrem lhe ia manifestando. Emocionado, Rui Silva recorda o decisivo empurrão de alguém a quem sempre estará grata a sua família: “Foram o engenheiro Marçal, da Joper e o Francisco Penedo [recentemente falecido] da Auto Agrícola Sobralense, que muito nos ajudaram, pois convenceram-me a vestir de azul [a cor da New Holland] e foi um bem que me fizeram. Aperceberam-se que

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A AMIZADE E UM PROBLEMA DE CONSCIÊNCIA Ricardo Silva

Um staff familiar

Alcídia Silva largou tudo para ajudar o marido

Rui Silva

poderíamos mudar para a New Holland. Foi assim que começámos este projeto, no início de 2012. Estou-lhes eternamente grato.” A New Holland já se apercebera da qualidade do trabalho e do serviço prestado aos clientes daquele concessionário da Sertã. Descreve Ricardo Silva os argumentos de força: “A NH queria uma concessão perto das pessoas e a verdade é que esse empurrão foi dado pelo nosso trabalho com as outras marcas, pelas atuais infraestruturas, e por constatar que o nosso pai não estava só, pois o resto da família daria sempre continuidade ao seu trabalho.” SERIEDADE ACIMA DE TUDO Daniel Francisco, delegado comercial da NH para a região dá uma achega: “A localização geográfica, as instalações, a proximidade ao cliente, todo o trabalho e seriedade da família são e serão fulcrais para o sucesso”. “É verdade que também não havia grande mercado, pois isto é mais pinhal, mas nós fizemos muito serviço”, recorda Rui Silva, olhando o horizonte para atingir o raio de ação da empresa: Castanheira de Pêra, Oleiros, parte de Proença-a-Nova, Pampilhosa da Serra, Pedrogão Grande, Mação, Vila de Rei, Sardoal, Tomar, Ferreira do Zêzere, Alvaiázere, Figueiró dos Vinhos. Excetuando o Alentejo, é no pinhal interior que a NH tem das mais elevadas quotas de mercado no país. Os resultados comerciais têm beneficiado com tamanha dedicação e seriedade: 42 tratores vendidos em 2017, mais de 30 em 2018. A estrutura foi

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crescendo. Desde 2010 que a Silvagriauto ocupa as atuais instalações, na cintura industrial da Sertã, com uma frente de exposição bem identificativa da marca, zona de escritório e de receção, atrás a oficina e os veículos para assistência e na lateral equipamentos e alfaias. O futuro desta empresa será aquilo que a família quiser. “Sem extravagâncias, preferimos dar mais atenção aos clientes. Tentamos ir a todo o lado, e às vezes pecamos por não visitá-los tanto quanto queríamos. Há que manter esta dinâmica, ainda que por aqui as pessoas não estejam otimistas”, constata Rui Silva. Ricardo é mais positivo: “Temos tudo para que o futuro seja risonho - empenho, uma marca que nos oferece uma das melhores gamas do mercado e gente competente nos diversos setores. O cliente da linha Boomer (mini) – a de maior força de vendas - ali chega com mais dúvidas que certezas quando pretende adquirir um trator. Pai e filhos encarregam-se de o elucidar convenientemente: “É o nosso lema, Esclarecemos o objetivo daquele trator, o que o cliente vai fazer com a máquina e de que área de trabalho se fala. Aí reside a diferença. E é assim que ele toma a decisão, quando já não sente dúvidas”, assenta Rui Silva. Há pela região gente desmotivada, com tratores por repor, com promessas de ajudas do Estado que tardam, mas também há resiliência e quem arregace as mangas para investir em novas indústrias. É uma mescla a quem a Silvagriauto atende diariamente, como se fosse o primeiro dia da sua vida.

A amizade entre conhecidos de longa data pode revelar episódios tão estranhos quanto bizarros e é a história que Rui Silva conta. Decididamente baseada na amizade, sem qualquer outro sentido, o final desta é feliz. O dia-a-dia de uma concessão também se faz assim. O homem andava acabrunhado, enfiado e dizia -”Epá, ó Rui, ando doente!”. -”Então amigo, mas o que é que tu tens ?, perguntava Rui Silva. Tão contristado estava, que maleita teria? Rui perguntou-lhe repetidamente que problema o apoquentava e como o poderia ajudar. Nada. Até que um dia depois de mais uma insistência o amigo acabara por se abrir. -”Às vezes um homem faz cada coisa...” -” Não me digas que compraste um trator?”, questiona Rui Silva - “Depois falamos”, rematou o amigo. -” Se compraste diz-me!” Tinha-se confirmado o prognóstico que Rui Silva deduzira! Mas este entendeu a questão: o trator era da concorrência e o amigo sentia-se vergado a tal peso de consciência. Tanto que não fez qualquer lavoura com ele durante 3 anos. Simplesmente, cobriu-o com uma manta tal qual chegara do stand com “0” horas de trabalho. Depois de saber disto Rui Silva trocou o trator ao amigo que assim se libertou de fardo simples que já se estava a tornar demasiado difícil de suportar. Por aquelas bandas da Sertã a amizade vale muito. Talvez mais que tudo!


CURIOSIDADES //

ATRAVESSAR A ALEMANHA NUM FENDT FARMER 2D

CURIOSIDADES Pequenas coisas ou grandes números do maravilhoso mundo das máquinas agrícolas

Ir desde Allgäu, no sul da Alemanha, até à costa Norte, banhada pelo Mar Báltico. Remigius Kirchmaier decidiu concretizar o seu sonho de longa data e meteu-se a caminho no seu Fendt Farmer 2D de 1964. Este diretor escolar aposentado segue viagem sozinho, tendo como apoio uma caravana que usa atrelada ao trator. O plano de Remigius é conduzir pouco mais do que três horas por dia, o equivalente a cerca de 60 km, e aproveitar para conhecer cada local onde irá passar. A viagem foi iniciada a 16 de maio e teve como ponto de partida a sede da Fendt em Marktoberdorf, que dista apenas 35 km de Allgäu. O percurso de ida deverá ser completado em oito semanas. Atingido o objetivo, o antigo Fendt será deixado aos cuidados de uma transportadora que o levará de volta ao sul da Alemanha. Já o dono fará de comboio a viagem de regresso a casa. O Fendt Farmer 2D foi produzido entre 1961 e 1967, contando com um

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mil foi o número de tratores matriculados na Europa durante o ano do 2018 “É importante assegurarmos que continua a existir inovação. Mas temos também de assegurar que os utilizadores finais, os agricultores, têm capacidade para investir nas tecnologias que se estão a desenvolver”

afirmou Jérôme Bandry no decorrer da EIMA.

De nacionalidade francesa, Jérôme Bandry desempenhou várias funções na Caterpillar ao longo de 28 anos. Em janeiro de 2018, assumiu o cargo de secretário geral do CEMA. 124

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motor MWM de 3 cilindros e 2 litros de cilindrada, para uma potência de 30 cv. A transmissão empregue é uma 8/4 de origem ZF que permite uma velocidade de 28 km/h.

Segundo os dados do CEMA, foram 39.784 os registos de tratores em 2018 abaixo de 50cv

O mercado decresceu 12% relativamente a 2017. O CEMA diz que a razão foram os préregistos em Dez 2017 www.abolsamia.pt


CURIOSIDADES //

O projeto da MAN (abreviatura de Maschinenfabrik Augsburg Nürnberg AG) com vista a construir uma charrua com motorização própria começou em 1916. O curso da I Grande Guerra ditou a interrupção do projeto. Findo o conflito, a intenção foi retomada e a máquina acabou por ser apresentada em 1921. Apenas com um eixo, era impulsionada por um motor de 4 cilindros a gasolina, que debitava 20 cv às 700 rpm. Mais tarde, a potência foi afinada para 30 cv. Foi comercializado até 1925 e chegou a ser equipado com um motor diesel de 4 cilindros com40 cv às 900 rpm. Originalmente era uma máquina pensada para a lavoura, mas desde que lhe fossem associados os acessórios adequados podia assumir as funções de gradar, colher batata ou deslocar máquinas estacionárias. Para deslocação em estrada era associada a um reboque com direção no eixo da frente, requerendo a presença de dois condutores. O fabrico desta charrua automotriz marcou a entrada da marca alemã no setor agrícola, tendo desenvolvido os seus próprios tratores, na década de 30, conhecidos pelo nome MAN Ackerdiesel.

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27.670

CHARRUA DA MAN

tratores vendidos na Alemanha em 2018, o maior mercado europeu do setor

-43%

Foi o valor da quebra de vendas de tratores na Turquia em 2018. Dinamarca (-20%) e Áustria (-19%) ocupam os lugares seguintes no ranking das novas matriculações no ano passado, segundo dados do CEMA

O PLANO DE IRRIGAÇÃO

que fez desaparecer um mar

Talvez não saiba que um plano de irrigação implementado de forma irrefletida fez praticamente desaparecer um mar. Situado entre o Cazaquistão e o Uzbequistão, até aos anos 60 o Mar Aral figurava entre os quatro maiores lagos do mundo. Mas as autoridades soviéticas decidiram pôr em prática um grande plano de irrigação, para dar serventia a gigantescas plantações de algodão instaladas em zonas muito áridas. A água dos dois principais afluentes daquele Mar foi desviada para alimentar os novos canais então construídos. Sem afluentes, o recuo das margens do lago fez-se de forma contínua e irreparável. Nos dias de hoje, é possível encontrar barcos abandonados em chão firme a dezenas de quilómetros do pequeno lençol de água que ainda perdura. Em imagens de satélite captadas ao longo dos anos, é possível ver como as águas foram recuando. Com 68.000 km2 em 1960, o mar está reduzido a cerca de 10% dessa área. E é difícil prever como evoluirá no futuro, apesar dos esforços que estão a ser feitos para reverter a tendência. Este exemplo mostra que as coisas podem correr mesmo muito mal quando o Homem intervém nos equilíbrios formados pela natureza.

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Veja a Galeria de Fotos em www.flickr.com/abolsamia

CONCESSIONÁRIOS //

MATOS & PRATA COMEMORA 50 ANOS

FOI BONITA A FESTA, SENHOR LAURINDO E A GUARDA DISSE-LHE BEM-HAJA! A 2 de março de 1969, no Cartório de Pinhel, foi constituída a empresa Matos&Prata. Eram então quatro jovens com vontade de vingar na área da mecanização agrícola, que vendiam tratores como quem deita plantas à terra, já lá vão 50 anos. Um sucesso de gente que em cada cliente fez um amigo. T E X TO C A R LO S B R A N CO

M

ais de mil pessoas, antigos funcionários, amigos, clientes e fornecedores, cantaram os parabéns e ergueram as suas taças em saúde à Matos&Prata e ao seu fundador, Laurindo Prata, pela celebração dos 50 anos da empresa, mais que um caso raro de longevidade e

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perseverança, um exercício de sucesso a que ninguém fica indiferente. A New Holland, representada pela empresa desde 2000, também lhe está reconhecida, pois se em 18 dos últimos 19 anos é líder do mercado de tratores em Portugal em boa parte o deve à empresa da Guarda. A cidade tira-lhe

o chapéu, e aos fundadores e à atual administração agradeceu-lhes, ao jeito da Beira interior: Bem-hajam! “Cheguei aqui há 50 anos como um ilustre desconhecido. Eramos poucos (enumerou os co-fundadores, Gabriel, Cordeiro, “que Deus o tenha”, Mateus), hoje somos 89 e a firma está

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// 50 anos Matos & Prata Póvoa de Mileu, Apartado 44, 6301-956 Guarda • Telefone: 271 208 600/608 • Email: info@matoseprata.com

de boa saúde. Vendemos 377 tratores no distrito em 1977, mas hoje as marcas todas juntas não conseguem essa performance. Continuamos no topo, temos instalações em Figueira de Castelo Rodrigo, Trancoso e Gouveia, pois desde sempre encarámos o trabalho não como um negócio, mas como uma missão”, disse o patrono da família Prata, agora com 86 anos, emocionado. De José Prata, seu filho, agora número um da empresa, disse estar preparado para os desafios vindouros, tal como os demais administradores, com ascendência nas famílias fundadoras, Prata e Cordeiro. “Dizer é uma coisa, fazer é outra. Para mim, a obra é que interessa e não o palavreado”, atirou Laurindo Prata

antes de subir à cabina de um trator para experimentar a auto-condução, e depois de citar Henry Ford, segundo o qual, “quem serve a agricultura serve a humanidade”. Explicou então José Prata que de um capital social inicial de 900 contos, a trabalhar primeiro com a Massey Ferguson, e a partir de 2000 com a New Holland, a empresa faturou 23,5 milhões de euros em 2018, e da sombra do castanheiro da Tapada do Coelho, nos idos de 1969, hoje labora em 33 mil m2. A empresa passou a representar a Datsun/Nissan a partir de 1972, e desde 1987 tem a BMW (primeiro na Guarda, e depois Castelo Branco, em 2013 e Covilhã, em 2018), e a Isuzu, desde 2014.

O presidente da Câmara Municipal da Guarda, Álvaro Amaro, não poupou o termo gratidão como sentimento comum das gentes da Guarda por tais comemoração e sucesso da Matos&Prata e terminou, entre outros encómios, com uma passagem de Mar Português, parte da obra “Mensagem”, de Fernando Pessoa: Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.

Laurindo Prata feliz e emocionado com a presença de tantos amigos e clientes

Ti Hermínio, antigo funcionário da casa durante 36 anos, com José Prata

A administração da Matos & Prata com o fundador, Laurindo Prata

Fundadores e administrador apagaram as velas, cortaram o bolo e fizeram um brinde aos anos vindouros

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Fernando Garcia, diretor da New Holland,entregou placa assinada pelo mais alto responsável da marca

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DOIS DEDOS DE CONVERSA COM...

apresentação Nome

José Afonso Raposo Idade

19 anos Onde trabalha

Exploração agrícola Manuel Raposo Afonso Por conta própria ou por conta de outrem?

Por conta própria

Qual é a atividade da exploração/empresa?

Culturas Arvenses

Usa as redes sociais para divulgar o dia-a-dia no campo?

Sim. Facebook e Instagram

JOSÉ AFONSO RAPOSO [jovem Agricultor, Ervidel]

B

em-vindo à “Dois dedos de conversa com”, uma rubrica onde conhecemos um pouco melhor os agricultores e tratoristas do nosso país. Porque “se o campo não planta, a cidade não janta”. Desta vez estivemos à conversa com José Afonso Raposo, que trabalha por conta própria na exploração de família, no Alentejo, em Ervidel. Os trabalhos que maioritariamente costuma ter em mãos são a mobilização de solos, mas também a enfardação e o transporte. A sua família trabalha no campo e é daí que vem a ligação ao setor?

Sim. A minha família paterna trabalha no sector vitivínicola na Vidigueira e a minha família materna, que acompanho mais, trabalha no sector das culturas arvenses em Ervidel. Tenho estado desde sempre muito próximo das tarefas agrícolas e quando terminei o 9º ano decidi ir estudar na Escola Profissional de Desenvolvimento Rural de Serpa. E de momento frequento a Escola Superior Agrária de Beja. A agricultura estáme no sangue. Com que idade se começou a interessar por máquinas agrícolas?

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Desde sempre. Comecei a realizar tarefas agrícolas como escarificação e enfardação a partir dos 12 anos. E esta paixão tem vindo sempre a crescer. Como descreve a sensação de as manusear?

É espectacular. E quanto mais modernas o forem e mais potência estas tiverem, melhores são as sensações. O que é que há nas máquinas com que trabalha que mais lhe facilita a vida?

Desde logo a potência das máquinas ser a adequada às alfaias com que se trabalha, mas também a reversão eletro-hidráulica, as transmissões, assim como o conforto que as máquinas hoje proporcionam. Quais as tarefas que mais gosta de realizar?

Sem qualquer dúvida tudo o que esteja relacionado com mobilização de solo, como a lavoura, a gradagem, ou as passagens de escarificador e vibrocultor. Mas também as debulhas e, desde que tenho licença de condução de tratores agrícolas, efectuar transportes. Quando está no trator, o que prefere ouvir?

Existem trabalhos em que nos dá prazer ouvir

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o barulho do motor, mas normalmente oiço música. Dar massa e limpar o filtro fica para outro dia?

Depende bastante da hora a que se termine o dia de trabalho. Se não for feito à chegada, será feito antes de começar o novo dia. Qual é a melhor parte de trabalhar na agricultura?

A melhor parte é quando nos conseguimos superar. Quero com isto dizer que na nossa empresa estabelecemos metas diárias, e quando conseguimos terminar as tarefas antes do tempo estabelecido, ou conseguimos ir um pouco mais além, torna-se bastante gratificante.

máquinas têm avarias e somos obrigados a fazer deslocações para repará-las nas nossas instalações ou em oficinas, e não conseguimos cumprir as metas diárias que estabelecemos. Tem intenção de procurar trabalho noutro ramo?

De forma alguma. Adoro o que faço. E para lá da agricultura? O que faz quando não está a trabalhar para a exploração/empresa?

Além de trabalhar, estudo, e divirto-me como qualquer jovem da minha idade faz. O que é que o faz rir?

Os pequenos momentos de diversão na companhia do meu pai que é o meu colega de trabalho.

Qual é a parte mais frustrante de trabalhar na agricultura?

O que é que o chateia?

Primeiro, as condições climatéricas adversas. Demasiada chuva em épocas de sementeira e em outras ocasiões períodos de seca prolongada. Segundo, quando as

Certos dias em que tudo parece correr mal. Chegou-me a acontecer pela manhã uma alfaia partir-se e durante a tarde um tubo de combustível romper-se. Pior

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era impossível. Se ganhasse a lotaria, qual seria a primeira coisa em que ia investir?

Na agricultura, renovando algumas alfaias já com alguns anos e muitas horas de trabalho. Aproveitando o facto de todas as parcelas estarem inseridas no perímetro de rega de Ervidel, investiria na implantação de estruturas de rega que me permitissem realizar outra culturas temporárias, como colza e cebola, e culturas permanentes mais rentáveis, como olival superintensivo. É leitor da revista abolsamia? De que rubricas?

Sim, sou leitor da edição em papel. Lembro-me de haver desde sempre em casa a revista abolsamia, trazida pelo meu avô ou pelo meu pai, cedidas por comerciais de maquinaria agrícola. Sempre me fascinou. Temos alguns exemplares em casa datados de 1994, autênticas relíquias. As minhas rubricas favoritas são as Provas de Campo e Antigamente era Assim.

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