Abolsamia 110

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MÁQUINAS AGRÍCOLAS

março / abril 2018

abolsamia.pt

A revista da mecanização agrícola

ESPECIAL

FIMA 2018

110

Novidades Técnicas premiadas e outras inovações

MULHERES DE MÁQUINAS Maria Júlia

A. A. Alburitelense

Entrevista a

ENRIQUE GUILLÉN

Ano XXV . Nº 110 março/abril 2018 Diretor Nuno de Gusmão Preço: € 6,00 Cont. ISSN 2183-7023

Nº110 - Ano XXV

Diretor da John Deere Ibérica

TESTES EM CAMPO Arbos 5130 Valtra T254 Versu SmartTouch


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EDITORIAL edição 110

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MARÇO / ABRIL 2018

DIRETOR Nuno de Gusmão REDAÇÃO Nuno de Gusmão, Francisca Gusmão, João Sobral, Sebastião Marques e Carlos Branco PUBLICIDADE Francisca Gusmão, Américo Rodrigues e Catarina Gusmão DESIGN E PRÉ-IMPRESSÃO Ana Maria Botelho MULTIMÉDIA Francisco Marques CARTOONISTA Nelson Martins PROPRIEDADE Nugon - Pub. e Rep. Publicitárias, Lda. CONTRIBUINTE 502 885 203 REGISTO 117122 DEPÓSITO LEGAL 117.038/97 SEDE R. S. João de Deus, 21, 2670-371 Loures ESCRITÓRIOS R. Nelson Pereira Neves, Lj.1 e 2 2670-338 Loures • T. 219 830 130 Email: abolsamia@abolsamia.pt ASSINATURAS T. 219 830 130 João Correia - joaocorreia@abolsamia.pt IMPRESSÃO Jorge Fernandes, Lda R. Qta. Conde Mascarenhas, Nº9, Vale Fetal 2825-259 Charneca da Caparica TIRAGEM MÉDIA 7.000 exemplares ISSN 2183-7023 Nº DE REGISTO ERC 117122

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ABOLSAMIA É MEMBRO DO JÚRI POR PORTUGAL

Filhos da Mother

A

n ossa edição de março/abril dedica, desde há alguns anos a esta parte, especial atenção à análise retrospetiva do comportamento do mercado internacional de tratores. Em 2018, as instituições foram unânimes em reconhecer que houve uma tendência positiva em 2017, ainda que com percentagens muito diferentes de país para país e de região para região. Se na Índia se vão fazendo apostas em relação ao mercado poder atingir o milhão de unidades novas vendidas em 2020, na Europa também se fechou o ano com resultados positivos. No entanto, não se pense que tal se deveu única e exclusivamente a um princípio de recuperação do sector do leite ou a um bom ano nos mercados de Leste. Não. Os números são também condicionados pela entrada em vigor da nova legislação, mais uma, que acelerou de forma marcada a matriculação da maquinaria que já se encontrava em stock — a Mother Regulation. Regulamentos e diretivas como a Mother Regulation ou aqueles que versaram sobre emissões e ruído dos motores envolvem uma constante atualização das máquinas pelos fabricantes o que produz um aumento dos custos de produção e, consequentemente, do preço final cobrado ao agricultor. Estima-se que a Mother Regulation e a legislação sobre emissões produza, no período 2015-2021, um aumento de custos total de 40%. Isto num sector que não tem, nem de perto nem de longe, os volumes a nível de vendas do sector rodoviário (mas que tem de conviver com regulações transpostas dos camiões quase sem adaptações). Ora, pensa-se que o resultado esperado pelo legislador fosse uma redução da poluição. No entanto, parece que, no imediato, os agricultores terão trocado as voltas às

pessoas nas secretárias de Bruxelas. Segundo Enrique Guillén, diretor geral da John Deere Ibérica, em Espanha, comparando o mercado de tratores novos e usados há dez anos e atualmente, verifica-se que passou de 16.000 novos para perto de 13.000, e de 16.000 usados para perto de 30.000 (!). O mesmo se passou em Itália. “A queda acentuada do mercado que marcou os últimos anos - explicam os especialistas - deveu-se largamente ao aumento dos preços da maquinaria agrícola, o que acabou por incentivar a venda de máquinas usadas, o que certamente não ajuda a tornar o setor agrícola mais competitivo”. “Só em 2016 foram vendidos em Itália perto de 30.000 tratores usados, com uma média de idades de 20 anos, comparado com apenas 18.300 matriculações novas” - disse Alessandro Malavolti, Presidente da Federeção Italiana de Fabricante FederUnacoma. Conclusão: estamos então a poluir mais? A agricultura em Espanha, Itália, ou mesmo Portugal é caracterizada por um grande número de pequenas explorações que têm uma capacidade limitada de investimento, e a indústria de maquinaria agrícola dedica-se ao fabrico de máquinas muito especializadas sobre as quais a aplicação de novas regras sobre emissões dos motores é tecnicamente de muito difícil aplicação constituindo também um fardo muito pesado economicamente. Obviamente, é unânime a utilidade de os veículos serem cada vez menos poluentes e mais seguros, não é isso que está em causa. É a necessidade de compreender que cada setor tem as suas especificidades e que tratores não são carros! Para já, vamos convivendo com os impactos da Mother Regulation. É caso para dizer “filhos da Mother”! Sebastião Marques

Equipa abolsamia redacao@abolsamia.pt ABOLSAMIA março / abril 2018

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março /abril 2018

40. ESPECIAL FIMA 2018 Neste Especial apresentamos as 36 novidades premiadas pelo Concurso de Novidades Técnicas da FIMA 2018. Damos também a conhecer a nossa seleção de novos produtos em exposição na FIMA.

CONCESSIONÁRIO EM FOCO 118. Momentos New Holland CULTURAS ESPECIALIZADAS 35. Máquina de colheita em contínuo de azeitona 36. Descomplicar com a AVR Spirit 5200 36. New Holland testa especializado autónomo 36. Micro-trator Elfurbo para horticultura

82. ENTREVISTA A ENRIQUE GUILLÉN CURIOSIDADES

Totaliza já mais de 20 anos ao serviço da John Deere, mas foi em setembro de 2015 que assumiu as funções de diretor geral para Portugal e Espanha. Fluente em português, foi precisamente na língua de Camões que percorremos uma variedade de temas relacionados com a atividade da John Deere. Falámos da gama, falámos do mercado, falámos de tecnologia, mas o melhor mesmo é o leitor tirar uns minutinhos, entrar também na conversa, e pôr-se a par de tudo.

120. Yanmar testa tratores sem condutor 120. Um JCB Fastrac para excursões EMPRESAS 8. 8. 8. 8. 8. 10. 10. 10.

10. 10. 10. 12. 12. 12.

12. 12. 80. 82. 88.

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Grupo TVH compra Comercial Agrinava MAN motores passa a ser departamento independente Claydon representada em Portugal pelo AG-Group Amazone aumenta volume de negócios Máquinas CNH com tecnologia Microsoft Deere&Company assina acordo com Fede Claas bate record de vendas na Europa de Leste Alliance Tire Americas reconhecida pela John Deere como “Partner-Level Supplier” Grupo Joskin celebra Pro Days Nardi passa para mãos britânicas Grupo Arbos renova parceria com gigante da eletrónica ACTIA Krone aumenta vendas Kubota é a marca preferida dos concessionários europeus Manitou premeia os seus distribuidores na Convenção Ibérica de Concessionários 2017 Kubota España e Tenías anunciam parceria Kuhn com subida de 15% 15º Encontro Nacional de concessionários Stihl e Viking Entrevista com Enrique Guillén, diretor geral John Deere Ibérica John Deere põe o foco no pack de serviços

ABOLSAMIA março / abril 2018

14. MULHERES DE MÁQUINAS “Nunca um negócio difícil me fez desistir” É cada vez mais difícil e impróprio continuar a advogar a desigualdade de género e as diferentes oportunidades criadas no meio laboral entre homens e mulheres, mas a empresária Maria Júlia soube como erradicar esse anátema do vocabulário da indústria das máquinas agrícolas, ao vencer e convencer até os mais céticos. Mais que uma ‘mulher de armas’ é uma “mulher de máquinas’, para quem a reforma não é o mesmo que aposentadoria.

ESTATÍSTICAS

MULHERES DE MÁQUINAS

18. Mercado nacional de tratores

14. Maria Júlia: “Nunca um negócio difícil me fez desistir”

FLORESTA 93. 96. 96. 96. 97. 97.

A geografia do fogo em Portugal Komatsu compra Quadco e Southstar Corta-mato Kronos predator Cabena fornece municípios ribatejanos Condução invertida Kneidinger 1880 Compasso e App para medir madeira - Tajfun 98. Processadora compacta H8D - Rottne 98. Suokone Suocco disponibiliza 786 cv de potência

OFICINA 90. Antecipação do trator PRODUTO 26. 26. 26. 26.

Reboques Record com elevação a 4,80 m Trioliet Triotrac substituído às 20.000h Dynium Robot em fase de testes Nova gama de reboques autocarregadores Krone 28. Distribuidores Amazone com WindControl


edição 110 SUMÁRIO

PRODUTO 28. 29. 29. 30. 30. 31. 31.

ESPECIAL FIMA 2018 38. Novidades Técnicas 49. Case IH 50. Agricortes 52. Galucho 54. Hardi 56. Herculano 58. Grupo Joper 60. Kramp

62. Manuel Fialho 64. Manitou 66. New Holland 68. Pulverizadores Rocha 70. SDF 72. Stagric

32.

73. Seleção Fima 2018

32. 32. 32. 34. 34. 34. 34.

Trator convertido a eletricidade Kubota renova Séries B e L Väderstad apresenta Ferox 500-900 Novas medidas para o Alliance 389 VF Hürlimann desvenda novo XL Bobcat introduz melhorias na T870 Mais precisão nos semeadores Mzuri Volcan L80 com motor Kohler e motocultivador com transmissão hidrostática Sensores de temperatura nos rastos da Continental Case IH Optum ganha mais um modelo New Holland T9 Auto Command, a evolução das espécies Pneus Trelleborg com o nome do cliente Gonselmash desenvolve ceifeira a gás natural Lely adota cortador de blocos de silagem Joskin- Quatro novos limpadores

REGIÕES 100. Concessionários - Novos e Usados TECNOLOGIA 38. VALTRA T254 VERSU SMARTTOUCH

24. ARBOS 5130

‘Trator do Ano 2018’ e ‘Melhor Design 2018’. O Valtra T254 Versu, na versão equipada com interface de comandos SmartTouch, foi distinguido com os dois prémios do TOTY que é possível acumular numa edição. Fomos até ao país das flores para conduzirmos o mais potente dos Valtra T e falamos-lhe da experiência.

Fomos até Itália a convite deste fabricante para uma experiência em campo. Foi nos arredores de Piacenza que pela primeira vez tivemos contacto com os Arbos série 5000 destinados ao mercado europeu, ainda numa versão pré-série.

ASSINAR Nome Data nascimento

22. Trator a gás, uma realidade para breve TESTE EM CAMPO 24. Arbos 5130 38. Valtra T254 Versu SmartTouch

1 ano 5 revistas - 25€ 1 ano ( 5 revistas + 1 anuário ) 38€ 2 anos ( 10 revistas + 2 anuários ) 70€ Anuário 15€

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EMPRESAS

Grupo TVH compra Comercial Agrinava O grupo ao qual pertence a Bepco, Grupo TVH, concluiu a aquisição da Comercial Agrinava. Desta forma, Bepco e Agrinava passam a fazer parte da mesma “equipa”, obtendo sinergias importantes ao nível do serviço aos clientes, conhecimento e catálogo de produtos e serviços. www.tvh.com

MAN Motores passa a ser departamento independente A MAN Trucks & Bus AG anunciou que o seu departamento responsável pelas áreas de motores e componentes, a MAN Engines passou a ser uma unidade de negocio independente dentro da companhia desde o dia 1 de janeiro de 2018. Com este passo a MAN Engines faz face ao seu crescimento nos anos recentes e aproveita para reorganizar e melhorar a sua gestão. www.mantruckandbus.com

Claydon representada em Portugal pelo AG-Group

Amazone aumenta volume de negócios A Claydon é uma marca britânica especializada em alfaias para mobilização mínima e para sementeira direta. Originária de Suffolk, iniciou actividade em 2002 e está presente em mais de 20 países. As alfaias Claydon chegam agora à Península Ibérica pela mão da AG-Group, uma firma de Huesca que passa a deter a representação para Portugal e Espanha. Para além de coordenar a distribuição de alfaias novas pela rede de concessionários, o AG-Group garantirá também o fornecimento de peças e o acesso aos serviços de pós-venda. Os semeadores Claydon, tanto na versão rebocada como na versão suspensa, são compostos por um sistema patenteado que permite a instalação da cultura sobre restolho. Segundo a marca, comparativamente com a mobilização convencional o sistema Claydon permite realizar a sementeira em 20% do tempo e com apenas 30% dos custos. www.claydondrills.com

A escalada na procura de equipamentos novos para trabalho do solo e proteção de culturas ajudou o Grupo Amazone a aumentar o seu volume de negócios em 12.6% no ultimo ano para um valor record de €457 milhões (2016: €406 milhões). As exportações foram responseveis por 80% deste volume, com aumentos significativos na Polónia, Roménia, Ucrânia, Cazaquistão, África do Sul e Bielorrússia. Mantendo a tendência positiva

seguem o Reino Unido, a Alemanha e a Áustria, e tendo-se verificado resultados melhores do que o esperado em França. Christian Dreyer and Justus Dreyer, diretores da Amazone, estão confiantes num desenvolvimento positivo em 2018, mantendo-se a procura por equipamentos ainda mais modernos. A companhia investiu 7% do seu volume de negócio em Investigação&Desenvolvimento. www.amazone.net

Máquinas CNH com tecnologia Microsoft No âmbito de um novo projeto de transformação digital, a Microsoft celebrou com o Grupo CNH um acordo que abrange a Case IH e a New Holland. O projecto visa equipar as máquinas agrícolas destas duas marcas com tecnologias de conectividade. Na gama de serviços disponibilizados pela tecnologia Microsoft Azure Cloud, está prevista a recolha de um amplo leque de dados sobre o funcionamento das máquinas e a transferência de dados agronómicos. A ‘nova geração de máquinas conectadas’ deve permitir que os utilizadores consigam mais facilmente aceder à informação, de modo a obter melhorias de eficiência e de produtividade, e de modo a antecipar as paragens para manutenção preventiva. www.cnhindustrial.com

Climate FieldView nas máquinas da CNH 'The Climate Corporation’, uma subsidiária do Grupo Monsanto, anunciou uma nova parceria com o Grupo CNH. O acordo prevê que esta firma disponibilize os serviços da sua plataforma Climate FieldView™ nos sistemas de agricultura de precisão AFS (da Case IH) e PLM Connect (da New Holland). Através da plataforma Climate FieldView™ os clientes destas marcas irão beneficiar de acesso em tempo real a informação agronómica, num sistema de conectividade bidirecional que permite receber e enviar dados úteis para melhor definir as prescrições a aplicar. www.cnhindustrial.com

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90 CV, motor de 4 cil. de 4,5 l. Cabina com ar condicionado. Transmissão PowrReverser 16/16. Sistema hidráulico de centro aberto

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EMPRESAS

Claas bate record de vendas na Europa de Leste

Deere & Company assina acordo com Fede A multinacional americana de maquinaria agrícola assinou um acordo global com a empresa Pulverizadores Fede - firma valenciana com sede em Cheste - para que os concessionários John Deere possam comercializar os seus atomizadores nos mercados mais importantes de culturas especializadas - sob a marca John Deere - que completa e consolida assim o seu portfólio de produtos. O principal foco da parceria deve ser, para já, o Smartomizer - o primeiro atomizador de agricultura

de precisão desenvolvido pela Fede, que combina o atomizador e uma plataforma de gestão agronómica de precisão (Specialty Crops Platform), e vencedor de uma medalha na FIMA 2018. Federico Pérez, Diretor Geral da Pulverizadores Fede mostrou-se bastante satisfeito com o acordo alcançado. “Uma referência mundial confiar em nós para desenhar e fabricar atomizadores sob o seu selo é um aval de qualidade da nossa equipa”.

As vendas da empresa alemã subiram 3.6% para €3.76 biliões (2016: €3.63 biliões) no ano passado, praticamente dobrando o Ebitda do ano anterior (passou de €93 milhões em 2016 para €184 milhões em 2017). Este forte aumento deveu-se sobretudo ao mercado do Leste europeu, onde as boas colheitas conduziram a uma maior procura de máquinas agrícolas e a um record de vendas

para a empresa. As vendas também aumentaram na América do Sul, tendo sido os resultados obtidos na Europa um pouco mais modestos, com um ligeiro aumento na Alemanha e, tal como esperado, uma queda acentuada em França. Grandes mercados como a China e os EUA também registaram quedas acentuadas. A nível do investimento em Investigação & Desenvolvimento verificou-se um aumento, passando de €211 milhões em 2016, para €217 milhões em 2017. Relativamente ao futuro, a firma espera uma ligeira melhoria dos mercados globais de maquinaria agrícola durante 2018. Os principais motivos apontados são o reforço dos preços do leite e a recuperação do mercado francês. www.claas.pt

www.deere.com

Alliance Tire Americas reconhecida pela John Deere como “Partner-Level Supplier” A Alliance Tire Americas foi reconhecida como Partner-level pela Deere&Company em 2017, a mais alta distinção do John Deere Achieving Excellence Program para fornecedores. A empresa baseada no Massachusetts foi selecionada devido “à sua dedicação em fornecer produtos e serviços de alta qualidade e pelo seu compromisso em melhorar constantemente”. Este programa da Deere&Co avalia os seus parceiros anualmente em vários parâmetros tal como qualidade, entregas, apoio técnico e velocidade de resposta. Criado em 1991 fornece avaliação e feddback aos fornecedores, permitindo-lhes melhorar constantemente. https://atgtire.com

Nardi passa para mãos britânicas A Nardi, construtor de equipamento para lavoura e sementeira italiano fundado em 1895, por Francesco Nardi foi oficialmente adquirida pela sociedade de investimento britânica Xete Investment, que passou a deter 89,3 por cento das ações. Permanecem as interrogações quanto ao futuro da empresa. Para já, o que é certo é que a Nardi vai sofrer uma reestruturação que se afigura particularmente pesada. www.grupponardi.it

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Grupo Joskin celebra Pro Days No início de janeiro o Grupo Joskin abriu pelo 17º ano consecutivo as portas da sua sede em Soumagne, para a celebração dos “Pro Days”. O evento contou com a presença de 10 000 visitantes, entre belgas e estrangeiros, que vieram satisfazer a sua paixão por maquinaria agrícola. Este pequeno “salão agrícola” com mais de 15000 m² confere aos visitantes a oportunidade de, por exemplo, descobrir o material Joskin e Distriech, ou visitar a sala Outlet que oferece excelentes oportunidades de negócio. www.joskin.com

Grupo Arbos renova parceria com gigante da eletrónica ACTIA O desenvolvimento de sistemas de diagnóstico dos produtos do Grupo Arbos fica a cabo do colosso mundial da eletrónica, a ACTIA. Isto depois da parceria entre as duas companhias ter sido renovada. A

ACTIA, com mais de trinta anos de experiência no setor off-highway, desenvolverá uma série de soluções que vão desde o gerenciamento eletrónico até linhas de produção, até sistemas de atualização e diagnóstico em revendedores locais. Tudo isto ao serviço dos marcas do Grupo, a Arbos, a Goldoni e a Matermacc. www. arbos.com



EMPRESAS

Kubota é a marca preferida dos concessionários europeus

Krone aumenta vendas O grupo alemão, que compreende uma Divisão de maquinaria agrícola e outra de veículos comerciais, apresentou os seus resultados relativos ao ano 2017 no passado mês de janeiro. Seguindo em contracorrente, a empresa voltou a bater o seu record de vendas, atingindo um total de 1900 milhões de euros (que se contrapõem aos 1800 milhões do ano anterior). No que á maquinaria agrícola diz respeito, responsável por 30% das vendas no mercado estrangeiro, a recuperação sentida no setor do leite desde finais de 2016 teve um impacto positivo. A Krone aumentou a receita em vendas para 582,8 milhões de euros (569,8 milhões no exercício anterior), sendo particularmente positiva a segunda metade do exercício. O mercado alemão contribuiu com 27,3% das vendas (ano anterior 25,1%), os mercados da Europa Ocidental com 33,1% (ano anterior 32,4%), a América do Norte com 15,4% (registando-se aqui uma descida em face do ocorrido em 201620,4%), a Europa de Leste com 9,9% (em 2016 10,6%), e Outros mercados com 14,3% (ano transato 11,4%). Bernard Krone, Sócio-gerente do Grupo, mostrou-se satisfeito com os resultados apresentados. “Os baixos preços do leite causaramnos, inicialmente, uma certa preocupação; felizmente, houve uma recuperação significativa ao longo do ano”. https://gruppe.krone.de/english/

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A Kubota ficou em primeiro lugar no Índice Europeu de Satisfação do Revendedor 2017, o índice que “mede” a satisfação dos concessionários europeus de máquinas agrícolas desenvolvido pelo CLIMMAR (Centro de Ligação Internacional de Comerciantes e Reparadores de Máquinas Agricolas). O “Índice Europeu de Satisfação do Revendedor” resulta da média estatística dos pontos atribuídos a cada marca pelos concessionários europeus de máquinas agrícolas. Vários países participam na pesquisa, incluindo Bélgica, Dinamarca, França, Alemanha, Itália, Polónia, Holanda e Reino Unido. Entre os diferentes aspectos considerados, a Kubota

distinguiu-se nas seguintes áreas: assistência pós-venda e garantia, condições de administração e pagamento, relações produtor-retalhista e disponibilidade para melhorar as suas fraquezas. “Estamos orgulhosos deste importante reconhecimento e agradecemos aos concessionários que reconheceram o trabalho árduo realizado pela equipa da Kubota todos os dias para servir seja os concessionários, seja os clientes. Continuaremos neste caminho para continuar a melhorar as relações e os níveis de serviço “, comentou Kazunari Shimokawa, presidente da Unidade de negócios de tratores na Europa. https://ke.kubota-eu.com

Kubota España e Tenías anunciam parceria

Manitou premeia os seus distribuidores na Convenção Ibérica de Concessionários 2017 A Manitou Portugal e a Manitou Espanha celebraram nos passados dias 24, 25 e 26 de janeiro a Convenção Ibérica de Concessionários onde foram premiados os melhores do ano 2017. O evento, que congregou 80 profissionais oriundos dos distribuidores da marca em Portugal, Angola e Espanha, teve lugar em Ancenis, França. Celebrada anualmente desde 2012, a Convenção premeia os melhores concessionários do ano nas categorias de vendas, aluguer, agricultura, construção e indústria, entre outras. A empresa Equidráulica Lda foi galardoada pela Manitou Portugal como melhor concessionário do ano 2017 em Portugal. www.manitou.com

Kuhn com subida de 15% O mercado de maquinaria agrícola voltou a conhecer uma ligeira recuperação em 2017 após três anos complicados. Não insensível a esta tendência positiva foi o Grupo Kuhn que aumentou o seu volume de negócio em 15.7%, passando de €805 ,milhões em 2016 para €928 milhões em 2017. A subida do preço do leite e da carne na Europa promoveram um aumento na procura de equipamentos de fenação, erva e camas para animais. Já no que concerne aos equipamentos para trabalho do solo, o ano não foi tão positivo devido aos preços baixos e voláteis. Ano complicado tiveram também os mercados francês e norte americano, onde os agricultores foram particularmente cautelosos nos investimentos. Relativamente ao próximo ano, os responsáveis do Grupo Kuhn prevêem mais um ano de procura moderada nos equipamentos para trabalho do solo. Na América do Norte não esperam que seja já este o ano da recuperação. Ainda assim, o Grupo prevê continuar aumentar as vendas no próximo ano. www.kuhn.com

A Kubota España S.A. e a Tenías S.A. assinaram um acordo para que o fabricante de carregadores frontais e implementos agrícolas passe a fornecer os seus carregadores à rede de concessionários da Kubota, em Espanha e Portugal. A Kubota España é a subsidiária da Kubota Holding Europe responsável pelos mercados de Espanha, Portugal e Israel para máquinas de espaços verdes, veículos multiusos e tratores agrícolas. A Kubota España agrega desta forma a gama de carregadores frontais da Kubota-Tenías aos seus modelos de carregadores Kubota, integrando-os nos processos de produção e montagem, entrega de produtos e processos de vendas, como um produto da Kubota. https://ke.kubota-eu.com www.tenias.com



Maria Júlia

Nunca um negócio difícil me fez desistir Texto por CARLOS BRANCO e fotos FRANCISCO MARQUES

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Maria Júlia MULHERES DE MÁQUINAS

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É

cada vez mais difícil e impróprio continuar a advogar a desigualdade de género e as diferentes oportunidades criadas no meio laboral entre homens e mulheres, mas a empresária Maria Júlia soube como erradicar esse anátema do vocabulário da indústria das máquinas agrícolas, ao vencer e convencer até os mais céticos. Mais que uma ‘mulher de armas’ é uma ‘mulher de máquinas’, para quem a reforma não é o mesmo que aposentadoria.

É por entre montes e vales que se chega a Alburitel, pequena freguesia do concelho de Ourém com pouco mais de 1100 habitantes, famosa pelo azeite e pelos vinhos ali produzidos pelos monges de Cister, particularmente o branco e o palhete – os Medieval de Ourém, DOC -, e pelos petiscos servidos nas tabernas de beira de estrada, que outrora se sucediam às dezenas. Se uns e outras foram perdendo fôlego, de pedra e cal à frente da Auto Agrícola Alburitelense permanece a popular Dona Júlia, que há 42 anos se dedica de corpo e alma à venda e reparação de tratores e alfaias, e cujo horizonte comercial há muito ultrapassou os limites concelhios. Se é uma mulher que muito lutou para vencer num mundo dito de homens e se o seu rosto continua a irradiar tanta simpatia como tenacidade como no primeiro dia de trabalho, o mais difícil é mesmo dizer-lhe ‘não’.

A fundação desta empresa [Auto Agrícola Alburitelense] resulta de casualidade, ou já havia algum antecedente familiar? Foi uma casualidade. Não tínhamos ninguém na família ligado ao sector das máquinas e iniciámos o processo pela base. Eu e o meu marido fundámos a empresa em 1976, pois após o 25 de Abril eram escassos os empregos disponíveis, pelo que decidimos abraçar esta atividade ligada ao sector agrícola, para venda de máquinas e alfaias e oficina para reparação das

mesmas. À época, iniciámos com os motocultivadores e motoenxadas. Posteriormente adquirimos outras máquinas, e de momento as principais têm origem no Grupo SDF, com os tractores Same e Deutz. A ligação filial à terra também teve influência… Nasci nesta freguesia, numa aldeia rural ligada à agricultura. Os meus pais cultivavam a terra, produziam azeite e vinho branco. Alburitel e o concelho de Ourém são reconhecidos pela excelência do vinho branco e do azeite. Eu sempre me dediquei mais às vendas. Fui atraída pela parte comercial, sendo que quanto mais difícil seja a concretização do negócio mais gosto sinto por ele. Mas como aprendeu esta arte de ‘amanhar’ a terra? Não tive formação específica. Digamos que foi a própria atividade que me deu a aprendizagem necessária. Fiz o liceu até ao 12º ano, de noite, numa altura em que já tínhamos a empresa. Fui ganhando conhecimentos, tirei cursos de contabilidade para estar mais bem preparada para o negócio.

Foi muito difícil no início, mas quem faz por gosto fá-lo bem. Foi trabalho árduo, é verdade, até porque nessa altura trabalhava-se aos fins-de-semana e feriados. Havia pouco tempo para descanso e as máquinas eram vendidas e entregues ao domingo. Não se perdia tempo. O gosto veio por si, mesmo tratando-se de uma atividade que é comummente descrita como de domínio masculino? É verdade, mas nunca me assustei com isso. É que não me assusto com pouca coisa. Além disso, sempre fui bem tratada e respeitada pelos homens deste meio. Depreende-se, então, que nunca foi olhada com desconfiança pelos mais céticos… Há um episódio curioso. Uma vez chegou aqui um cliente para adquirir um trator, e como não havia qualquer homem para o atender apresentei-me e conduzi-o ao parque de maquinaria e a sua primeira reacção foi taxativa: ‘Com mulheres não quero nada, só negoceio com homens.’ Está claro, perdi o negócio. Paciência. Ele haveria de voltar, mais tarde,

Parque de exposições de máquinas.

ABOLSAMIA março / abril 2018

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MULHERES DE MÁQUINAS Maria Júlia

e fui eu novamente a atendê-lo, outra vez por não haver homens na casa. Lá lhe vendi o trator, ao que ele me disse: ‘Já perdeu um negócio comigo, pois não quero negócios com mulheres, mas hoje abro uma exceção.’ Desde então, aquele cliente revelou-se um grande amigo e sem qualquer outra motivação ou interesse arranjou-me posteriormente diversos clientes que procuravam adquirir tratores. Entre esses episódios não ficou preocupada com a sua função na empresa, pelo facto de ser mulher? De todo, não sou mulher de desistir. Nunca um negócio difícil me fez desistir. Aliás, fiquei ainda com mais vontade, pois eu sempre gostei do meu trabalho e os clientes teriam que o compreender. A mulher já então tinha, como sempre terá, tanto valor como o homem. De onde vinha essa resiliência? Nunca precisei de incentivos, pois sempre tive força interior que me dava o alento para continuar. Ainda hoje, à beira de me

reformar, gosto de estar aqui, pois isto faz parte da minha vida, é isto que eu gosto de fazer. Apenas me vou reformar e não aposentar. Fala de reforma, o que não é o mesmo que reformar o negócio… O negócio vai continuar. Se me saí bem com o negócio das máquinas agrícolas melhor me saí como mãe de dois rapazes – o Hugo e o Francisco. O Hugo, o mais velho, trabalha aqui connosco, é um excelente profissional e será o meu sucessor. O mais novo optou pela carreira na indústria farmacêutica. Uma vez que aprendeu a lidar com situações invulgares, também sentiu vontade de saber mais sobre as máquinas? Todos os dias vamos aprendendo algo. Fui-me informando e formando, reuni-me com fabricantes e fornecedores. Fui aprendendo, como faz toda a gente quando envereda por uma atividade nova. Ainda hoje aprendo. Acompanhou o processo de mecanização agrícola da região. Que diferenças

Loja e Secção de peças

existem de então para cá? Estou aqui há 42 anos e pode dizer-se que a grande viragem foi com a chegada dos motocultivadores e motoenxadas, pois até então o transporte das uvas e das azeitonas era feito com burros e mulas e carroças. Aqueles dois tipos de máquinas, a que se atrelava um reboque, passaram a fazer o serviço dos animais. Nós também fabricávamos reboques e recordo que nessa época de mudança vendemos 30 motoenxadas em um só mês. Hoje há o trator… E com ele fomos crescendo. Tem muita tecnologia e na Alburitelense estamos bem preparados. Temos toda a ferramenta para o reparar e perceber a sua complicada eletrónica.

O que mais se adequa à região, nesta acidentada orografia? A zona é de minifúndio e, como tal, apropriada para pequenas máquinas agrícolas, de 35 a 100cv. No entanto, a nossa área de concessão é grande – vai até à zona de Torres Novas e Santarém, Tomar, Alvaiázere -, e já começámos a vender máquinas de grande porte e potência. Neste momento, é esse o fator de grande suporte da empresa. O vinho e o azeite continuam a ser as produções dominantes na região? É difícil, pois o regime agrícola continua a ser de pequenas parcelas. Mesmo as pequeninas produções de milho, feijão, batata - uma agricultura

Carro-oficina para serviço de pós-venda, para revisão e/ou reparação no local da avaria.

A Auto Agrícola Alburitelense para além das representações do Grupo SDF, também está credenciada para venda de produtos Galucho, Herculano, Joper, Tomix, entre outros.

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ABOLSAMIA março / abril 2018

de subsistência - foram desaparecendo. O que também torna difícil fazer desenvolver (expandir) o negócio… Nunca pensámos nisso. Este tipo de empresas comporta grandes gastos em instalações e para se abrir uma filial é preciso que haja contrapartidas monetárias. Prefiro fazer, aqui, um trabalho bem feito, do que ter filiais e não conseguir acompanhar convenientemente o trabalho comercial. Ficamos por aqui, onde estamos a crescer, especialmente nos tratores de maior potência. Estamos bem junto das nossas raízes, onde nasci e fui criada. Com tão longa carreira neste sector, como analisa a agricultura pelo


Maria Júlia MULHERES DE MÁQUINAS

país? Está tudo por fazer, ou faz-se algo bem, ainda que lentamente?

com as marcas?

A agricultura sempre foi encarada como o parente pobre da economia nacional. Mas dão-se pequenos passos, pois há mais gente a trabalhar no setor, e com mais eficiência, pois este está cada vez mais profissional.

Dizem que eu sou muito exigente. No entanto, tenho uma excelente relação com as marcas que represento, sendo que tenho imenso prazer em negociar, seja na compra ou na venda. Concretizar um negócio ou fazer uma boa negociação é algo que me dá muito prazer.

Mas os serviços e o turismo [Fátima fica bem perto] teimam em ganhar terreno ao setor primário…

Percebe-se que, em 42 anos de actividade neste ramo, não há qualquer sinal de arrependimento…

A economia tem espaço para todos. Este dinamismo de crescimento dos serviços e turismo pode bem ajudar a agricultura, pois aquelas empresas poderão ser boas consultoras desta, a que coloca a comida na casa dos portugueses e no prato dos turistas. Chega para todos. Qual o papel dos mais jovens neste processo? Continuam a demandar outras paragens, ou já procuram fixar-se nas terras dos seus pais e avós? Já são os netos dos nossos primeiros clientes que aqui vêm procurar as ferramentas de trabalho, que nos consultam sobre os equipamentos necessários a uma agricultura moderna, que tem fundos específicos para comparticipações. Muitos já estão familiarizados com esses processos, em outros casos somos nós que os auxiliamos. Há alguma verdade quando se diz que a empresária Maria Júlia é ‘dura’ nas negociações

Não, de todo. É verdade que houve tempos mais difíceis, alguns ainda recentes, desde 2010, com a quebra acentuada de vendas. A recessão tocou a todos e nós também fomos penalizados. Mas sempre nos reerguemos e com força para continuar. A partir de 2013 já notámos alguma retoma, o que nos deixa optimistas, pois há gente nova interessada em continuar e outros a enveredar por este setor. Quando olho para trás vejo que valeu a pena, pois esta actividade trouxe-me muita coisa boa, grandes amigos, bons clientes e todo um staff que me tem apoiado muito durante todos estes anos, a quem deixo, a todos, os meus agradecimentos. O mesmo se passa em relação a outros concessionários, com quem ainda hoje formo uma equipa de amigos, independentemente das diferentes marcas que representamos. Esta atividade deu-me tudo, conhecimentos e viagens pelo mundo fora. Conheci gente muito interessante e fiz amizades que perduram até hoje.

A mulher e a agricultura Nos primórdios, à mulher cabia o papel de recolher as folhas, frutos e as raízes para sua alimentação e dos seus, enquanto o homem caçava. Milénios se sucederam até que o sedentarismo transformou a ocupação de ambos com a evolução do processo agrícola, da observação do grão a germinar e o advento do arado, a utilização de animais no processo e a invenção da roda. E a mulher continua firme no processo da agricultura familiar de subsistência. Com a chegada e desenvolvimento da mecanização, do trabalho mais árduo ou pesado, é a mulher quase totalmente subtraída à equação. No entanto, a agricultura moderna e a decadência do sexismo têm aberto novas oportunidades à mulher no trabalho com as máquinas agrícolas, com especial predominância na Europa central e do norte, nas Américas e Oceânia. Em Portugal, conta a empresária Maria Júlia, nota-se atraso. Pelo menos no meio que melhor conhece: “Por vezes, ao

Maria Júlia

conversar com outras mulheres sinto que uma grande maioria não gosta da actividade agrícola. Noto que parte delas participam e apoiam o trabalho familiar no campo, mas não gostam o suficiente para o abraçarem com gosto.” Variadas vezes tem-se cruzado com mulheres nas instalações da Alburitelense, mas estas, na maioria das vezes, na condição de acompanhante do marido que pretende adquirir uma máquina. “É um facto, são mais os homens que nos visitam. É preciso gostar muito daquilo que se faz, e se assim gostarmos teremos força para abraçar a atividade que escolhemos. E por que não esta? Para mim foi fácil, pois gosto muito do que faço”, sintetiza a Dona Júlia.

Auto Agrícola Alburitelense Fundada em 1976, em Alburitel, a Auto Agrícola Alburitelense começou com cinco funcionários, onde se mantém, com instalações únicas. Atualmente ocupa nove funcionários. Opera numa área de 4500m2 (1500m2 em área coberta), compreendendo stand de exposição e oficina para reparações. Dispõe de carrooficina para serviço de pós-venda, para revisão e/ou reparação no local da avaria. Para além de veículos de retoma e da venda de alfaias de todos os tipos, de fabricantes nacionais e estrangeiros, comercializa tratores Same com potências variáveis entre os 35cv e os 340cv. Para além das representações do Grupo SDF, também está credenciada para venda de produtos Galucho, Herculano, Joper, Tomix, entre outros. ABOLSAMIA março / abril 2018

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ESTATÍSTICAS

MERCADO PORTUGUÊS DE TRATORES O mercado português continuou a apresentar uma tendência positiva no que à matriculação de tratores diz respeito. Num ano em que a legislação europeia voltou a condicionar o mercado, registou- se em Portugal uma subida de 728 unidades em relação a 2016. Exceptuando o segmento de potências inferiores a 40 cv, todos os outros subiram, com especial destaque para o segmento entre 40 e 80 cv.

Marcas

Matrículas de tratores agrícolas novos 2012 a 2017 900 800 700 600

John Deere Deutz Fahr

500 400

Same

300

Nas marcas, a New Holland cedeu o primeiro lugar à Kubota, tendo ambas as marcas ultrapassado a barreira das 1000 unidades vendidas e com aumentos superiores a 100 unidades para ambas. Por Grupos, o grupo SDF volta a ocupar o primeiro lugar com 1292 unidades, posição que ocupa desde 2012.

Landini Daedong/Kioto Lamborghini LS

200 100

Massey-Fergunson

0

2012

2013

2014

Evolução das marcas em Portugal 2013 a 2017 KUBOTA NEW HOLLAND JOHN DEERE DEUTZ-FAHR SAME LANDINI DAEDONG/KIOTI LAMBORGHINI LS HURLIMANN SOLIS MC CORMICK CASE IH VALTRA TYM ISEKI FENDT MASS. FERGUSON BRANSON CLAAS DONG FENG A. CARRARO SHIBAURA FERRARI YANMAR CNH OUTROS TOTAL

18

ABOLSAMIA março / abril 2018

Kubota New Holland

1.000

UNIDADES

Números gerais

2013

2014

2015

2016

2017

TOTAL

506 868 622 339 321 311 198 187 221 139 4 160 102 84 76 101 64 224 86 19 34 30 56 19 51 30 86 4.938

589 742 454 367 274 248 220 176 211 157 12 151 86 95 78 104 60 234 62 26 43 22 42 18 38 90 69 4.668

612 726 487 375 240 181 203 180 180 153 30 126 100 100 58 102 54 246 74 27 35 23 59 31 34 22 86 4.544

772 920 472 443 329 245 239 257 220 187 68 144 120 115 67 120 57 135 61 14 34 29 61 26 33 0 109 5.277

1041 1026 575 524 336 273 253 246 223 186 174 139 130 105 89 77 64 61 61 57 46 40 29 20 10 0 220 6.005

3520 4282 2610 2048 1500 1258 1113 1046 1055 822 288 720 538 499 368 504 299 900 344 143 192 144 247 114 166 142 570 25.432

2015

2016 2017

ANOS

As 4 marcas com mais unidades matriculadas representam mais de 50% do mercado.

+ 710+ 856+ 492 KUBOTA 17,34%

OUTROS 28,83%

Quotas de mercado por marca 2017

LAMBORGHINI 4,10%

DAEDONG/KIOTI 4,21%

LANDINI 4,55%

NEW HOLLAND 17,09%

JOHN DEERE 9,58%

SAME 5,60%

DEUTZ FAHR 8,73%



ESTATÍSTICAS

Matrículas de tratores agrícolas novos por escalões de potência em 2016

Quotas de mercado por escalões de potência 2012 a 2017 QUOTA DE MERCADO (%)

60

< 40 CV 1053

40-80 CV

50 40 30 20

80-120 CV

80-120 CV 1521

120-200 CV

10 0

40-80 CV 3008

< 40 CV

>200 CV

2012

2013

<29 kW (<40 cv) 30-59 kW (40-80 cv)

2014

2015

2016

2012

2013

2014

2015

2016

2017

923

713

809

911

1.109

1.053

1.032

1.416

1.621

2.018

2.543

3.008

60-88 KW (80-120 CV)

844

695

691

1.048

1.252

1.521

89-147 kW (120-200 cv)

254

201

198

309

307

349

>148 KW (>200 CV) TOTAL

120-200 CV 349

2017 ANOS

33

38

49

56

66

83

3.086

3.063

3.368

4.342

5.277

6.014

> 200 CV 83

nº total de unidades vendidas

6014

Matrículas de tratores novos em Portugal, por marcas e escalões de potência 2017

+ 82+ 86+ 683 + 62 81 0+ 965+ 481 81 5+ 96+ 632 + 93614+ 6+ 51 + 03 719+ 87+ 45 + OUTROS 704

OUTROS 271

KUBOTA 552

NEW HOLLAND 393

KUBOTA 290

OUTROS 411

SOLIS 67

<40 CV TOTAL 1053

JOHN DEERE 167

LS 89

SOLIS 59

ISEKI 61

NEW HOLLAND 449

CASE IH 15 KUBOTA 25

80-120 cv TOTAL 1521

SAME 68

CASE IH 72

DAEDONG/KIOTI 169

LANDINI 89

LANDINI 182 LAMBORGHINI 191

NEW HOLLAND 81

TYM 62

40-80 cv TOTAL 3008

OUTROS 18

DEUTZ FAHR 333

DEUTZ FAHR 5

JOHN DEERE 104

KUBOTA 133

SAME 261

CLAAS 4

JOHN DEERE 282

DEUTZ FAHR 146

LAMBORGHINI 1

CASE IH 5

CLAAS 25

FENDT 27

120-200 cv TOTAL 349

DEUTZ FAHR 30

NEW HOLLAND 59

VALTRA 46

20

ABOLSAMIA março / abril 2018

>200 cv TOTAL 83

NEW HOLLAND 11

VALTRA 12

FENDT 13

JOHN DEERE 32


ESTATÍSTICAS

Matrículas de reboques agrícolas novos

Em Portugal a marca mais vendida de tratores agrícolas novos, em 2017, foi a Kubota com 1041 unidades.

Matrículas de tratores agrícolas novos em 2016 e 2017

2017

+13,8% 2017

6005 5277 +13,8%

+11,4%

+5,2%

2303 1855

1952

2067

MARCA

Unid.

%

Unid.

%

Unid.

GALUCHO

510

26,1

436

23

74

17

HERCULANO

444

22,7

436

23

8

1,8

RATES

286

14,6

244

12,9

42

17,2

MASSIL

164

8,4

154

8,1

10

6,5

Convencionais 2017

%

JOPER

141

7,2

129

6,8

12

9,3

REBOAL

108

5,5

161

8,5

-53

-32,9

OUTEIRO

56

2,9

47

2,5

9

19,1

AGRIDUARTE

27

1,4

31

1,6

-4

-12,9

REBOSSIL

27

1,4

27

1,4

0

0

ROCHA

24

1,2

20

1,1

4

20

COSTA

23

1,2

39

2,1

-16

-41

BASCONTRIZ

13

0,7

0

0

0

0

GILI

13

0,7

11

0,6

2

18,2

PREMETAL

13

0,7

8

0,4

5

62,5 450

CAMARA

11

0,6

2

0,1

9

YUNQUE

6

0,3

8

0,4

-2

-25

1750

AÇORES

5

0,3

3

0,2

2

66,7

ESTRAGA FERRO OUTRAS

Minis

∆ 2017/16

+29,2% 1355

2016

2016

Especializados

Total Origem: IMTT - Fonte: ACAP

TOTAL

5

0,3

6

0,3

-1

-16,7

77

3,9

130

6,9

-53

-40,8

1.953

100

1.892

100

61

3,2

Origem: IMTT - Fonte: ACAP

ABOLSAMIA março / abril 2018

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TECNOLOGIA

TRATOR A GÁS NO MERCADO NUM MÁXIMO DE 3 ANOS

O trator a gás metano e a exploração energeticamente auto-suficiente estão quase a ser uma realidade, isto de acordo com a New Holland. Em declarações prestadas na conferência Alternative Fuels da empresa, o Global Product Manager for Alternative Fuels, Mark Howell, confirmou que o New Holland Methane Power Tractor estará à venda nos próximos três anos, acrescentando que a procura pelo trator a gás tem vindo a crescer, especialmente por parte empresas que já possuem uma fábrica de biogás na exploração. “Não há dúvida de que essas explorações produtoras de biogás serão as primeiras a adotar tratores a gás metano. Para eles, o trator é o elo perdido”, disse o Sr. Howell. “Tome o exemplo de um grande agricultor com um biodigestor para gerar gás e energia. Essa exploração pode ter também uma frota de camiões e uma frota de tratores, passando

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ABOLSAMIA março / abril 2018

por isso agora a ter o potencial de alimentar essas duas frotas com biometano gerado pelo biodigestor, em vez de diesel, reduzindo drasticamente a sua conta de combustível no processo”. Curiosamente, no entanto, o custo não é o único motivo apontado, sugere Howell. “Tão importante e, em alguns casos, ainda mais importante para as empresas que cultivam vegetais é “ser visto como verde”. Ao utilizar os tratores a biometano, o impacto do carbono é praticamente zero e isso torna-se um trunfo importante para o produtor quando se trata de negociar com os seus compradores nos supermercados “. Esta realidade também se aplica às unidades leiteiras em grande escala com biodigestores, que novamente podem ter frotas capazes de serem alimentadas a biometano “doméstico”. No entanto, não só para explorações de grande escala esta pode ser uma solução importante. É também possível

que agricultores mais pequenos da zona já estejam a produzir e a fornecer as suas colheitas ao biodigestor das grandes empresas. É concebível que esses pequenos agricultores também possam comprar biometano para os seus tratores como parte do pagamento, sendo o principal benefício uma redução aproximada de 30% nos custos de funcionamento do trator em relação ao diesel. Outras reivindicações feitas em comparação com o diesel são uma redução de 80% nas emissões globais e redução de 50% no ruído.

Num período de três anos, a New Holland pretende apresentar dois modelos do Metane Power Tractor. Estes serão baseados nos tratores diesel T6.155 e T6.180 já existentes, com potências de 155hp e 175hp. Outra possibilidade para o motor a metano são os T7. Já para tratores de menor potência é improvável que a propulsão do metano apareça, pois tal implicaria que a “empresa irmã” da New Holland, a Fiat Powertrain Technologies (FPT), desenvolvesse um motor completamente novo.


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TESTE EM CAMPO Arbos 5130

ESQUADRÃO DA ARBOS EM CAMPO Por JOÃO SOBRAL

Arbos 5130 Em 2017, a Arbos expôs a sua gama na Feira de Santarém. Passado algum tempo fomos nós até Itália a convite deste fabricante para uma experiência em campo. Foi nos arredores de Piacenza que pela primeira vez tivemos contacto com os Arbos série 5000 destinados ao mercado europeu, ainda numa versão pré-série.

Inversor na versão eletro-hidráulica e painel de instrumentos TFT de 7”.

Acompanhar a emergência de um novo player da indústria de fabricantes tem o seu quê de fascinante. A organização desta demonstração em campo foi mais uma meta alcançada pela Arbos, num percurso que tem em vista a afirmação nos mercados europeus. A marca arregimentou cinco tratores – modelos 5100 e 5130 – engatados em diferentes alfaias comercializadas pelo grupo, a maioria delas provenientes da MaterMacc. Já sob roupagem Arbos, numa combinação de verde com branco, foram disponibilizados os seguintes equipamentos: um subsolador, uma grade rotativa com semeador, um cultivador combinado com semeador pneumático, um distribuidor de fertilizante e um pulverizador. Os ensaios decorreram ainda durante o Verão, num solo

muito compactado e debaixo de uma nuvem de pó.

Série 5000 Fazem parte desta série os modelos Arbos 5100, 5115, e 5130, situados num segmento de potência entre os 110 e os 136 cv. Para além do diferencial de potência, o Arbos 5130, a que damos destaque nesta reportagem, é ligeiramente mais longo do que o modelo de entrada da série.

Motor Kohler Tier 4F Os modelos Arbos da série 5000 são montados em Itália mas quase todos os componentes são enviados a partir da China por contentor. O motor é uma exceção. Para cumprir as mais exigentes normas de emissões poluentes, a Arbos recorreu à Kohler Engines. O bloco fornecido para estes tratores é um 4 cilindros com 3,4 litros

APRECIAÇÃO

O elevador frontal e o bloco de lastragem são opcionais fornecidos pela Zuidberg.

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ABOLSAMIA março / abril 2018

Ao Arbos 5130 estava dedicada uma alfaia exigente: uma grade rotativa de 3 metros combinada com kit de sementeira MSD 2.0 Combi. O motor Kohler mostrou um desempenho agradável e a insonorização da cabine pareceu-nos adequada. Interessante pareceu-nos também o eixo dianteiro, a proporcionar um bom ângulo de viragem. Nos aspetos a rever, ficámos com a impressão de que a Arbos precisa de encontrar um tunning mais suave para a transmissão, que se adeque melhor às expectativas dos clientes europeus. A merecer um aperfeiçoamento está também o painel de instrumentos digital TFT (atrás do volante) já que espelha a luz em demasia, tornando difícil a sua consulta. A propósito destes e de alguns outros detalhes, fica o benefício da dúvida por se tratar de unidades de pré-série, das poucas que a marca tinha prontas à data da demonstração em campo.


Consola direita de comandos.

de capacidade que cumpre as normas Tier 4Final.

Transmissão made by Lovol Esta série conta com uma transmissão mecânica, e inversor sincronizado (ou eletro-hidráulico, como opção). As velocidades são 5, repartidas por 3 gamas, e por 2 níveis de powershift na variante Global. A variante Advanced dispõe de 3 níveis de powershift e na manete é incluído um botão elétrico para acionar a embraiagem.

Hidráulico com fluxo de 110 L/min O sistema hidráulico possui uma bomba de 40 L/min que serve a direção e a transmissão, e uma outra bomba de 70 L/min para abastecer o serviço externo, isto é, os distribuidores. Na

Os tratores foram postos à nossa disposição engatados em alfaias MaterMacc estilizadas com as cores da Arbos.

Manete de mudanças com embraiagem elétrica e botões de powershift.

versão standard o hidráulico é de regulação mecânica mas o cliente pode optar por uma configuração com regulação eletrónica.

num futuro não muito distante, sobretudo no que diz respeito à qualidade e à cor dos materiais empregues.

Cabine

Apesar de todas as unidades em campo estarem equipadas com pneus Mitas e Trelleborg, os responsáveis da marca esclareceram que irão envolver também outros fornecedores de pneus. E quanto ao preço? Quanto terá o cliente de pagar para adquirir um Arbos? Por um 5100 na variante Global, tem de pagar 52.900 Eur + IVA. Por um 5130 Global, tem de pagar 61.800 Eur + IVA. Quem pretenda a variante Advanced, com inversor eletro-hidráulico e alguns acabamentos mais cuidados no interior da cabine, o valor extra a pagar é de aproximadamente 3.800 Eur + IVA.

A cabine de 4 pilares foi desenhada pela unidade da marca em Itália embora, tal como a transmissão e os eixos, seja fabricada na China. A visibilidade e estrutura revelamse adequadas. Nos interiores, é de esperar que a marca introduza alguma melhorias

Pneus e preço

A Arbos apresenta uma linha estética bem conseguida e distinta.

Interior da cabine na variante de equipamento Advanced.

ARBOS NA EUROPA Em território europeu, o Grupo Lovol está focado em três grandes áreas: os tratores convencionais, os tratores especializados, e as alfaias para sementeira e tratamento de culturas. As marcas ocidentais foram para a China e a Lovol fez o percurso inverso. Está a recuperar a Arbos, uma marca que estava desativada, e fez duas importantes aquisições: a Goldoni e a MaterMacc. Desde 2012, a Lovol investiu nas operações em Itália um montante que ascende aos 121 milhões de euros.

ARBOS 5130 MOTOR

Fabricante / Modelo

Kohler / 3404 TCR SCR

Nº de Cilindros/ cilindrada

4 / 3400 cc

Potência máxima

136 cv

Nível de emissões

Fase IV / Tier 4F

Binário máximo /Reserva

410 Nm / 36 %

TRANSMISSÃO

Configuração

Semi-Powershift 30/30

Velocidade máxima Eco

40 km/h às 1840 rpm

HIDRÁULICO

Capacidade máx. de elevação

Traseira: 4.400 kg Ft: 2.000 kg

Fluxo da bomba

70 L/min

DIMENSÕES

Distância entre eixos

2397 mm

Peso total

4200 kg ABOLSAMIA março / abril 2018

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PRODUTO

Reboques Record com elevação a 4,80 m

Esta marca belga especializada em reboques passa a incluir no seu catálogo de oferta a série RHLS. É composta por dois modelos, ambos com plataforma

elevatória traseira capaz de fazer trasfega para um camião a 4,80 metros de altura. O modelo de entrada (RHLS 7500) possui dois eixos e um compartimento de carga com 23.100 litros. O modelo maior (RHLS 9500) assenta sobre três eixos e tem uma capacidade de 28.100 litros. Destinados ao transporte de legumes, silagem, batata ou beterraba, estes reboques podem ser configurados com um taipal que se eleva na dianteira e nas laterais. É acionado hidraulicamente e evita que a carga seja projetada para fora do

reboque pela parte dianteira. A Record propõe um tapete de descarga com barras em metal. Quando os produtos a transportar são mais sensíveis, o cliente pode optar por um tapete em borracha. Numa caixa de comandos, o operador pode escolher entre duas velocidades de descarga. O reboque possui suspensão hidráulica e uma função para correção da inclinação, destinada a obter estabilidade durante a trasfega. Mais info: www.record-trailers.com

Trioliet Triotrac substituído às 20.000 horas Recentemente, a Trioliet anunciou a entrega de um misturador automotriz Triotrac a uma exploração alemã. Este novo misturador tem a missão de substituir o primeiro Triotrac vendido pela marca, que conta já com mais de 20.000 horas feitas ao longo de nove anos e meio. Durante esse tempo ao serviço desta exploração, para alimentar as 1080 vacas de leite e as 900 crias aí existentes, o Triotrac fazia doze cargas, processando diariamente um total de 50 toneladas de silagem. O cliente voltou a comprar um Trioliet, salientando o facto de o novo modelo permitir retirar silagem a 6 m de altura. Nesta nova geração, os Triotrac podem ser equipa com tremonha de 17, 20 ou 24 m³ de capacidade e beneficiam de um monitor eletrónico onde o operador configura vários parâmetros de desempenho da máquina. O motor é um JCB Power Systemas de 4 cilindros, com 163 cv, a transmissão é hidrostática, e a cabine possui ajuste hidráulico em altura. Este fabricante holandês produz e comercializa equipamentos para vacarias, como misturadores nas versões rebocadas ou automotrizes, sistemas automáticos de alimentação e estações de biogás. Mais info: www.trioliet.com

Nova gama de reboques autocarregadores A Krone lançou a sua nova gama de reboques autocarregadores, a Krone MX, composta por 5 modelos com volume de carga de 33, 37 e 40 metros cúbicos. Três modelos, com as iniciais GL, possuem estrutura inteiramente em aço; Dois modelos de 33 e 37 metros cúbicos, distinguidos pela sigla GD, oferecem também rolos doseadores. Todos têm em comum o quadro EasyFlow e a fila de dentes de 5 fileiras com uma largura de trabalho de

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1,8 metros. Uma das novidades é que está também disponível com o sistema patenteado com disposição em W, que melhora a qualidade do corte, aumenta a capacidade de recolha e otimiza o enchimento do reboque. O rotor de corte de 8 linhas é conduzido por uma transmissão lateral em banho de óleo e tem uma largura de trabalho de 1.580 mm. As 41 facas permitem comprimentos de corte teóricos de 37 milímetros, que podem ser ajustados

usando o interruptor de lâmina centralizado. A superestrutura é feita inteiramente de aço com um fundo móvel inclinado à frente. Os eixos são auto-direcionados, com uma carga máxima admissível de 18 toneladas. Opcionalmente, pode vir equipado com o eixo em tandem com sistema de compensação hidráulica que distribui uniformemente a carga nas quatro rodas. Mais info: www.krone-uk.com

Dynium Robot em fase de testes Uma firma britânica de Oxford está a desenvolver um trator que se orienta de modo autónomo através de visão artificial, mapeamento e tecnologia LIDAR. Não é um produto ainda em fase de comercialização. A Dynium vai agora iniciar os ensaios em campo, e o objetivo é torná-lo acessível aos agricultores, apesar da tecnologia de ponta que incorpora. Será propulsionado por um bloco a diesel, embora a Dynium equacione também a uma versão elétrica. Quanto ao sistema de tração, está prevista a existência de duas variantes: rodas e rastos. Uma particularidade do Dynium é que na frente tem um cabeçote, como se de uma alfaia se tratasse. Este cabeçote permite que seja transportado de uns campos para outros no hidráulico de um trator convencional. Esta ideia pretende ser uma piscadela de olho aos alugadores, para que venham a ponderar incluir na sua frota um trator autónomo que é fácil de deslocar. Mais info: www.dyniumrobot.com



PRODUTO

Trator convertido a eletricidade

Distribuidores Amazone com WindControl A Amazone passa a disponibilizar a tecnologia WindControl nos espalhadores montados ZA-TS e nos espalhadores rebocados ZGTS. Este opcional tem por função compensar a influência do vento no padrão de distribuição. A unidade eletrónica do espalhador faz uso de informação enviada por um sensor de vento, para determinar se a incidência de vento está a produzir um desvio em relação ao padrão normal de distribuição do fertilizante. Se isso estiver a acontecer, o sistema elétrico de distribuição aplica automaticamente ajustes de compensação (grau de abertura e rotação dos discos, em ambos os lados individualmente), no sentido de manter a distribuição uniforme. No painel de controlo, o operador pode monitorizar em tempo real a direção do vento, a força do vento, e se está perante rajadas

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que mudam constantemente de intensidade e direção. Sob vento muito forte ou rajadas, em que o sistema já não pode fazer compensações adequadas, é enviado ao operador um sinal de alarme para que suspenda o trabalho. O sensor de vento está instalado no topo de uma haste acima do nível da cabine, para obter leituras fidedignas. Quando os discos são desligados, o sensor é recolhido para ficar protegido de embates. Ainda a nível de proteção, possui uma capa que deve ser colocada pelo operador, para evitar que a lama projetada pelos pneus do trator atinja o dispositivo. Ao garantir bons resultados mesmo em dias ventosos, o WindControl confere aos agricultores uma janela de oportunidade maior para espalharem fertilizante. Mais info: www.amazone.co.uk

A Zeppelin Power Systems, subsidiária da Caterpillar na Europa, é um fornecedor de motores que está a expandir a sua oferta para lá do gasóleo e do gás. As soluções híbridas ou puramente elétricas são o próximo caminho a explorar. Para dar visibilidade a essa divisão de negócio, a companhia apresentou na Agritechnica 2017 um trator Holder B12 de 1958 convertido a eletricidade. A conversão do e-Trecker, como foi batizado, ficou a cargo da firma alemã eCap Mobility. O motor diesel de 12 cv foi retirado, bem como o depósito de combustível e o sistema de escape. No espaço

que ficou livre, foi instalado um motor elétrico de 13 kW, um módulo de baterias, e componentes de transmissão adequados, que permitem agora alcançar uma velocidade de 40 km/h, em vez dos 6 km/h de velocidade máxima permitidos com a mecânica original. No posto de condução, existe também uma alteração evidente. No painel de instrumentos, os velhinhos mostradores analógicos deram lugar a visores digitais onde o operador pode consultar informação sobre o sistema elétrico e autonomia das baterias. Mais info: www.ecap-mobility.com


PRODUTO

Kubota renova Séries B e L A gama de tratores compactos Kubota foi renovada e atualizada para atender aos mais recentes requisitos de segurança do operador. A nova nomenclatura dos modelos é ainda adaptada à iniciada com a série M7001. A primeira série dos novos tratores compactos da marca japonesa é a Série B1 (11-21 CV) que substitui a Série B20 anterior (16-18 CV); e o novo modelo da Série L é o L1361 (37 HP) que irá substituir o popular L3200 e L4100. Estas novas séries seguem a mesma nomenclatura introduzida com o M7001. Na nova denominação, os dois primeiros carateres indicam a série, os dois do meio a potência máxima, e o último a geração. As principais mudanças da Série B1 são o design mais moderno, com o mesmo capot para todos os modelos, alterações no motor para atender à futura Fase V, e melhorias ao nível da segurança. Além disso, surge o novo modelo B1121 com 11

cv. Graças às suas dimensões compactas, os modelos B1121, B1161 (15 HP) e B1181 (17 HP) também se adaptam perfeitamente ao trabalho em estufas. O modelo L1361, com linhas mais modernas, mas mantendo a robustez, simplicidade, e com maior potência do que seus predecessores, destina-se a agricultores com pequenas áreas, bem como a empresas de serviços à procura de um trator simples, robusto, fiável e económico. Mais info: www.kubota.com

Väderstad apresenta Ferox 500-900 Para instalar culturas que impliquem um eficaz trituração de sobrantes e uma cama de sementeira bem trabalhada, a Väderstad lançou um cultivador multilinhas de bicos. Ao cliente é dada a possibilidade de escolher o número de linhas dos bicos (5 ou 6) e o espaçamento entre bicos (11 ou 12 cm). Esta alfaia pode fazer eliminação de restolho ou infestantes antes da sementeira, mas pode também ser usada para enxugar o terreno mais rapidamente. O cultivador Ferox com pontas de 50 mm destina-se a profundidades de trabalho que variam entre os 10 e os 12 cm, e pode ser adquirido em quatro diferentes tamanhos, entre os 5 e os 9 m de largura. Possui ainda regulação hidráulica da intensidade de trabalho e um sistema de nivelamento do solo. Mais info: www.vaderstad.com ABOLSAMIA março / abril 2018

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PRODUTO

Novas medidas para o Alliance 389 VF

Hürlimann desvenda novo XL

O pneu de alta flexão para reboques que a ATG apresentou no ano passado tem agora mais medidas à disposição para além das incialmente oferecidas pelas marca (650/55R26, 600/55R26.5, e 750/45R26.5). Assim, a ATG passa a disponibilizar o 389VF em seis tamanhos. A saber: VF 560/60R22.5, VF 600/55R26.5, VF 650/55R26.5, VF 710/50R26.5, VF 750/45R26.5, VF 750/60R30.5. Para além destes, a marca informou que estão em processo de desenvolvimento o VF 650/60R26.5 e o VF 800/60R32. Recordamos que a principal vantagem da tecnologia VF é permitir ao agricultor equipar para além do seu trator também o seu reboque com pneus que reduzem a compactação do solo por permitirem transportar a mesma carga com uma pressão de ar 30% inferior. Também disponibilizado pela marca é o 363VF, o pneu de alta flexão para culturas em linhas. Mais info: http://press.atgtire.info

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Na atualização para os motores Tier 4F, a marca de origem suíça acompanha a restante gama que consta do portfólio SDF. Com a designação XL, serão três os modelos desta série, com potência entre os 116 e os 136 cv. O bloco propulsor é um FARMotion de 4 cilindros com 3,9 litros de capacidade. Na transmissão, os clientes da Hürlimann podem optar pela V-Drive, de variação contínua, ou por caixas de configuração semi-powershift até 60 relações. Uma nova funcionalidade desenvolvida pela marca para esta série que virá substituir os XM é um travão motor hidráulico, para uma segurança acrescida nas operações de transporte com carga em zonas declivosas. Mais info: www.huerlimann-tractors.com


PRODUTO

Bobcat introduz melhorias na T870 A T870, máquina que ocupa o lugar cimeiro da gama de minicarregadora de rastos da Bobcat, é agora proposta numa nova versão. As maiores inovações estão no trem de rastos, equipado agora com novos eixos de torção que fazem o amortecimento de vibrações. A suspensão de torsão permite ainda uma capacidade de elevação 10% superior, comparativamente com o sistema usado anteriormente. Uma outra característica a destacar é o sistema Auto Track que faz o tensionamento automático das bandas dos rastos, deixando de ser necessário fazer ajustes manualmente. Segundo a marca, estes melhoramentos resultam num melhorado desempenho da máquina e num maior conforto para o utilizador.

Além da revolução implementada no trem de tração, esta máquina de 100 cv sofreu ainda outras melhorias, entre elas uma maior capacidade hidráulica e um reforço do veio de transmissão no interior da caixa de velocidades. Este veio é agora 15% maior em diâmetro, a apontar para uma maior durabilidade. Mais info: www.bobcat.com

Mais precisão nos semeadores Mzuri Um semeador de precisão Pro-Til 3T Xzact foi apresentado e distinguido com um prémio de inovação na feira Lamma Show, em Inglaterra. Esta alfaia da marca britânica Mzuri está associada à técnica strip-till, em que o solo é mobilizado apenas nas linhas onde a semente é instalada, e inclui uma tecnologia de precisão que pode ser adicionada como extra a qualquer outro semeador Mzuri Pro-Til convencional. Tem a particularidade de incluir mini tremonhas que vão sendo automaticamente abastecidas a partir da tremonha principal. A conversão para a tecnologia Xzact inclui uma unidade eletrónica de sementeira de precisão que faz uso de um sistema de vácuo para manter um espaçamento uniforme em função do tamanho da semente. As unidades Xzact funcionam através de um motor elétrico que mantém o mesmo espaçamento, independentemente das oscilações de velocidade verificadas ao longo do trabalho. Mais info: http://mzuri.eu

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PRODUTO

Volcan L80 com motor Kohler e motocultivador com transmissão hidrostática A BCS lança o 11º modelo da sua gama de tratores que fica, assim, completa. O novo trator especializado, o Volcan L80, equipa com motor Kohler com potência de 55 quilowatts (75 cv), Stage IIIB, com sistema Egr e filtro Doc. O motor é o Kohler Kdi 2504 Tcr e possui 4 cilindros em linha de 2.4 litros e 16 válvulas. Tem uma injeção direta Common Rail e Turbo Intercooler. O L80 vem juntar-se ao já conhecido Volcan K105, este com motor Kubota. A transmissão pode ser equipada com um inversor eletrohidráulico EasyDrive,

o que permite ao operador mudar a direção de deslocamento sem atuar no pedal de embraiagem do travão, mas apenas com a operação de uma alavanca à esquerda do volante.

770Hy Powersafe Outra novidade apresentada pelo fabricante italiano é o cultivador de transmissão hidrostática de alimentação contínua 770HY PowerSafe que permite ao operador, graças a uma única alavanca

Sensores de temperatura nos rastos da Continental Um sistema de rastos equipado com sensores é o que propõe a Continental. Com esta tecnologia, torna-se possível medir e monitorizar a temperatura interna das bandas de borracha. Por exemplo nas deslocações em estrada, onde há um maior efeito de fricção, a temperatura da borracha tende a aumentar. A informação enviada pelo sensor colocado no interior da banda pode ser lida no monitor da máquina. Além disso, o sistema gera um alerta no caso de a temperatura atingir um nível crítico. Perante essa situação o operador deverá ajustar a velocidade de trabalho para evitar um desgaste excessivo. Este tipo de tecnologia, capaz

de monitorizar um alvo muito específico e fornecer essa informação ao operador, tem em vista prolongar o período de vida útil dos componentes, aumentar a sua eficiência e diminuir os custos com reparações. Mais info: www.continental-pneus.pt

na pega do guiador, fazer mudanças de direção e velocidade. O cultivador rotativo 770HY está também equipado com a embraiagem de óleo multi-disco PowerSafe. Mais info: http://pt.bcsagricola.com

Case IH Optum ganha mais um modelo

A Case IH expande a série Optum com a introdução de um terceiro modelo: o novo Optum 250 CVX, com potência nominal de 250 cavalos e potência máxima de 273 cavalos, é adicionado aos dois primeiros modelos, o Optum 270 CVX e Optum 300 CVX. Essencialmente, esta é uma calibração mais parcimoniosa do motor; o novo modelo Optum 250 CVX possui a mesma distância entre eixos de 2,995 mm e o mesmo motor de seis cilindros FPT Hi-eSCR Stage IV de 6,7 litros como os modelos maiores. Não há diferenças também em relação à transmissão e eixos. Igualmente inalterado é o circuito hidráulico, caracterizado por uma bomba com uma capacidade máxima de 165 litros por minuto e uma elevação traseira de 11.058 quilos de capacidade. Mais info: www.caseih.com

New Holland T9 Auto Command, a evolução das espécies Tal como o Case IH Quadtrac, também a New Holland equipa a transmissão de variação contínua no seu trator de tração articulada. A nova gama do T9 contará com cinco modelos (T9.435, T9.480, T9.530, T9.565 e T9.600), com potências máximas entre os 435 e os 613 cavalos de potência. Mais info: www.newholland.com

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TECNOLOGIA PARA IRRIGAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO DE CHORUME

ADE CALIDACIÓN V O INN DESDE

1930

Importador exclusivo para Espanha e Portugal

Consulte a nossa rede de distribuidores 964 442 249 - www.farmingagricola.com


PRODUTO

Pneus Trelleborg com o nome do cliente

Lely adota cortador de blocos de silagem

Através de uma ferramenta online para configuração de produto, a Trelleborg dá aos seus clientes a possibilidade de personalizarem os pneus que vão encomendar. Este serviço permite ao cliente dar indicações para que no fabrico do pneu seja incluído o seu nome, o nome da sua empresa ou mesmo um logotipo. Na Agritechnica 2017 a marca expôs um pneu IF900/65R46 TM1000 personalizado com o nome Blunk, que corresponde à designação de uma firma alemã de prestação de serviços com maquinaria agrícola. Mais info: www.trelleborg.com

Gomselmash desenvolve ceifeira a gás natural

A Joskin completou a sua gama de hidro-limpadoras com quatro novos modelos adaptados a usos convencionais. Este permitem um esvaziamento eficaz de fossas sépticas, mesmo das menos acessíveis graças a uma bomba de vácuo industrial. A sua bomba de alta pressão garante a desobstrução e limpeza de drenos e tubulações. O tanque galvanizado é composto por duas partes (água / lama). Cada modelo também possui um tanque de água (1.500 L ou 2000 L) e uma capacidade de armazenamento de lama de 6900, 8500 ou 12000 L.

A companhia bielorussa Gomselmash tem estado a desenvolver uma ceifeiradebulhadora movida a gás natural comprimido. Um protótipo desta máquina esteve já a ser testado durante a campanha deste verão. O objetivo é encontrar uma solução de propulsão mais económica e menos poluente. A Gomselmash é uma holding que produz maquinaria agrícola sob a marca Palesse. As ceifeirasdebulhadoras estão no centro da sua atividade, mas fabrica também outros equipamentos.

A Lely vendeu a sua divisão de equipamentos forrageiros à AGCO de forma a poder concentrar- -se apenas em tecnologias e equipamentos relacionados com o leite e alimentação. O primeiro resultado visível desta opção é a junção ao portfólio da empresa do cortador de silagem TU 180 XL, fabricado pela Trioliet sob acordo com a empresa holandesa. O bloco de 1,10 m de profundidade (volume máximo 3,4 m³) cortado pelo renomeado Lely BC 180XL é ideal para fornecer sistemas de alimentação automática, como o Vector da Lely. Vendido através da rede de revendedores Lely, o 180XL pode ser montado em carregadores de rodas, manipuladores telescópicos e carregadores de tratores.

Mais info: www.joskin.com

Mais info: http://eng.gomselmash.by

Mais info: www.lely.com/pt

Quatro novos limpadores

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CULTURAS ESPECIALIZADAS

MÁQUINA DE COLHEITA EM CONTÍNUO DE AZEITONA No âmbito do projecto PRODER “Avaliação do desempenho da Máquina de Colheita em Contínuo da Azeitona (MCCA)” financiado pelo PRODER Medida 4.1. “Cooperação para a Inovação” - Promoção do conhecimento e desenvolvimento de competências decorreu no passado dia 20 de Dezembro de 2017, na Herdade da Torre das Figueiras em Monforte uma demonstração de colheita de azeitona. Durante os quatro anos de duração do projecto PRODER foi avaliado o desempenho do protótipo da Máquina de Colheita em Contínuo de Azeitona, desenvolvida no âmbito do projecto MCCA II – Máquina de Colheita em Contínuo de Azeitona, executado em parceria pela empresa Victor Cardoso Lda. e pela equipa de mecanização do Departamento de Engenharia Rural da Universidade de Évora. Esta avaliação foi efectuada em olivais intensivos com o objetivo de maximizar a eficiência de destaque de azeitona, a capacidade de trabalho do equipamento tendo em vista minorar as perdas de azeitona para o solo.

Foram avaliados: • parâmetros de funcionamento da MCCA; • resistência do material de desgaste da MCCA no que se refere ao mastro vibratório, à interface com a árvore e aos tapetes transportadores; • adequação do olival para otimizar a colheita por vibração da copa em contínuo. A solução inovadora, proposta pela MCCA, pretende contribuir para a implementação da colheita contínua de azeitona nos olivais intensivos, em alternativa à tradicional colheita com vibrador de tronco. É um equipamento constituído por duas unidades idênticas que trabalham simetricamente à direita e à esquerda da linha de oliveiras, sendo cada uma das unidades semi-rebocada por um trator agrícola. O facto de o equipamento abordar as árvores lateralmente, não impõe limitações ao desenvolvimento das mesmas, pelo que poderá ser utilizada em olivais intensivos sem limitações na variedade de azeitona utilizada. A equipa de projeto é composta por: José Maria Falcão e José Manuel Reis, da Carrilha de Palma Sociedade Agrícola, Lda e António Bento Dias, José Oliveira Peça e Anacleto Cipriano Pinheiro, da Universidade de Évora/ICAAM. Para os interessados que não tiveram oportunidade de participarem na demostração poderão ver o equipamento através do vídeo no site www. icaam.uevora.pt, bem como a adequação da poda para a colheita. Outros links e também no espaço do You Tube do ICAAM.

Demoagro 2019 A principal Feira de demonstração de máquinas agrícolas espanhola, organizada pela ANSEMAT (Asociación Nacional de Maquinaria Agropecuaria, Forestal y de Espacios Verdes) vai realizar-se na próxima edição em Huesca, entre 21 e 23 de maio de 2019. A configuração do espaço do evento é outra novidade, visto que vai passar a ter uma forma circular (pivot de 50 ha), contando com uma zona comum de demonstrações.

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CULTURAS ESPECIALIZADAS

Descomplicar com a AVR Spirit 5200

New Holland testa especializado autónomo

A marca belga apresentou ao público na Agritechnica 2017 um novo modelo de colhedora rebocada para a cultura da batata.

Os T8 foram os primeiros tratores da marca a receberem a tecnologia NHDrive, de condução autónoma, que está a ser desenvolvida. Mas a marca pretende vir a aplicá-la noutras séries, como mostra a recente parceria que estabeleceu com uma empresa dos Estados Unidos, sua cliente de tratores espacializados. No âmbito desta parceria, a ‘E. & J. Gallo Winery’, que é a maior empresa vinícola familiar do mundo, passa a acolher um projetopiloto com vista a testar a tecnologia autónoma NHDrive aplicada aos tratores vinhateiros New Holland T4.110F. A marca vai recolher a opinião de agrónomos e operadores sobre a utilização desta tecnologia nas atividades quotidianas, com o objetivo de fornecer soluções autónomas, ditadas pelas necessidades reais dos viticultores. Este programa-piloto é a última fase do Programa de Veículos Autónomos da New Holland, no qual se exploram as diversas aplicações que mais podem beneficiar de condução autónoma. A solução autónoma NHDrive foi apresentada em 2016, aplicada aos T8. Depois disso a marca já a aplicou

Trata-se de uma máquina de duas linhas (para espaçamento de 75 ou 90 cm), em configuração offset, que dispensa a instalação de pneus estreitos no trator. Segundo a marca, a Spirit 5200 foi concebida para ter uma construção sólida e fiável, e um esquema de manutenção simples e descomplicado. Nesta máquina, o elevador de descarga consegue esvaziar o tegão de 6 toneladas em apenas 50 segundos. Pode inclusive fazer descarga até 4 m de altura. O eixo conta com direção hidráulica e tem instalados pneus largos da medida 650/65 R30.5 para menor compactação. No estrado de seleção, há lugar para 4 pessoas Pesa 8,5 toneladas e requer um trator com potência mínima de 90 cv. Situa-se na gama da marca, abaixo dos modelos Spirit 6100, de uma linha, e do modelo Spirit 6200, de duas linhas, que equipam também com tegão de 6 toneladas.

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Micro-trator Elfurbo para horticultura Em Bari, Itália, na feira Agrilevante 2017, a Oliver Agro apresentou ao público uma nova máquina para horticultura. O Elfurbo é um microtrator propulsionado por um motor Lombardini de 12 cv a diesel. Assenta numa estrutura em arco tubolar que protege o operador, e apresenta uma largura de via variável entre 60 e 100 cm. Destina-se às operações de controlo de infestantes nas culturas instaladas em linha. A marca propõe igualmente dois tipos de acessórios para mobilização do solo. O Rotoblizz é composto por dois rotores inclinados a 28° que mobilizam junto à planta a uma profundidade até 4 cm. É apropriado para culturas instaladas a uma distância de 30 cm entre filas ou superior. O Rotovert é composto por dois rotores em posição vertical que mobilizam até 3,4 cm. É apropriado para culturas com distância entre filas entre os 15 e os 35 cm.

aos T7 HD e estes testes com o trator T4.110F demonstram que a condução autónoma pode ser aplicada a toda a gama de tratores da marca. Carlo Lambro, Presidente da Marca New Holland Agriculture, explicou: “Acreditamos que operações especializadas, em particular as operações executadas em vinhas, podem beneficiar significativamente com a introdução de tecnologia autónoma, tanto em termos de produtividade como de sustentabilidade”. Os dados gerados durante o programa-piloto irão enriquecer esta tecnologia, fornecendo informações reais sobre a ampla variedade de possíveis aplicações automatizadas e autónomas. Entre elas, encontrase a ‘Autonomia Assistida’, que se limita a apoiar o operador, a ‘Autonomia Monitorizada’, na qual o operador estará no terreno e supervisiona veículos não tripulados e, por fim, a ‘Autonomia total’, que abdica da supervisão do operador no local.



TESTE EM CAMPO Valtra T254 Versu SmartTouch

MAIS POTÊNCIA E NOVO INTERFACE SMARTTOUCH Por JOÃO SOBRAL E SEBASTIÃO MARQUES Fotos SEBASTIÃO MARQUES

Valtra T254 Versu SmartTouch ‘Trator do Ano 2018’ e ‘Melhor Design 2018’. O Valtra T254 Versu, na versão equipada com interface de comandos SmartTouch, foi distinguido com os dois prémios do TOTY que é possível acumular numa edição. Fomos até ao país das túlipas para conduzirmos o mais potente dos Valtra T e falamos-lhe da experiência.

A marca finlandesa disponibilizou o T254 Versu aos membros do júri do prémio Tractor of the Year [TOTY] em junho, na Holanda. A experiência consistiu essencialmente em conduzir o trator para comprovar como é manuseada a transmissão através do novo joystick multifunções, e em explorar as funcionalidades do interface SmartTouch igualmente introduzido como novidade pela Valtra.

No topo da série T O T254 é um novo modelo produzido na linha de montagem de Suolahti. Vem completar uma gama que reúne agora sete modelos, abarcando um

Vidro frontal em peça única com escova que percorre 270° de ângulo.

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Motor com boost de 2 passos Num trator que leva a carimbo ‘made in Finland’, os dois componentes não fabricados em Suolahti são o motor e a cabine. O motor é expedido a partir da fábrica da Agco Power, situada em Linnavuori, a três horas de caminho de Suolahti para sudoeste. Este bloco disponibiliza uma potência nominal de 235 cv e boost de duas etapas para uma potência máxima de 271 cv.

Transmissão robotizada Versu

A distância entre eixos é de +33 cm em comparação com um Valtra N.

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segmento de potência que vai dos 170 aos 271 cv. Todos os T equipam com motor de 6 cilindros, embora com diferenciação de cilindrada. Nos dois modelos de entrada o bloco é de 6,6 litros. Nos restantes é de 7,4 litros de capacidade.

Os fabricantes apostam cada vez mais em transmissões powershift robotizadas. Fazemno por o estilo de funcionamento se aproximar do que é oferecido pelas transmissões CVT e também porque são substancialmente mais acessíveis para o cliente. A Valtra acompanha esta tendência e disponibiliza aos seus clientes a transmissão


Versu, cujo escalonamento é de 6 relações e 5 níveis de powershift, o que totaliza 30 relações. Ao condutor é dada a possibilidade de definir as mudanças manualmente, cabendo a si neste caso definir também o regime do motor. Se optar pelo modo automático, é definida por si uma velocidade alvo, através do pedal de condução ou através do joystick, e o sistema calcula qual o regime e a relação mais apropriados em função da carga. Dependendo da pressão que se exerça sobre o pedal ou sobre o joystick, assim a transmissão gere o funcionamento do trator para que a deslocação se aproxime da velocidade alvo ou a atinja.

Apoio de braço SmartTouch O SmartTouch é um interface composto por um apoio de braço com comandos redesenhados, e um novo monitor SmartTouch de 9”, no qual o operador gere, entre outras, as funcionalidades de controlo de secções, controlo de taxa variável, ou gestão de cabeceiras U-pilot. A navegação foi simplificada para que até mesmo os operadores menos dados à tecnologia localizem com facilidade o menu pretendido, sem se perderem em atalhos. O terminal permite ainda guardar o perfil de diversos utilizadores e alfaias. Para os agricultores mais exigentes, que trabalhem com equipamentos complexos, se o terminal de 9” não for suficiente, há a possibilidade de instalar um monitor adicional.

nas cabines resultam de um planeamento articulado entre as duas empresas. Entre outras particularidades, esta cabine pode ser encomendada com condução invertida TwinTrac, ou com abertura Skyview na secção posterior do tejadilho. Entre as opções estão os espelhos de ajuste elétrico, o parabrisas aquecido, a caixa de refrigeração, as câmaras para visualização traseira, a suspensão pneumática, ou o limpa para-brisas com 270° de curso.

Preço Numa versão com equipamento standard, o T254 Versu é comercializado no mercado português por 185.896 Eur + IVA. Numa versão ‘Smartour’, o preço praticado é de 216.392 Eur + IVA. Trata-se de uma versão mais recheada de equipamento que inclui o elevador + distribuidores hidráulicos na frente, o sistema Auto-Guide, a suspensão do eixo dianteiro, entre vários outros extras.

VALTRA T254 VERSU SMARTTOUCH MOTOR

Fabricante / Modelo

AGCO Power / 74AWF

Nº de Cilindros/ cilindrada

6 / 7,4 L

Potência máxima / com boost

235 cv / 271 cv

Binário máximo

1000 Nm

Nível de emissões

Fase IV / Tier 4F

TRANSMISSÃO

Configuração

Powershift robotizada 30/30

Velocidade máx.

57 km/h

HIDRÁULICO

Capacidade máx. de elevação

Traseira: 9500 kg Ft: 5100 kg

Fluxo da bomba (opcional)

115 L/min (160 L/min)

DIMENSÕES

Distância entre eixos

2.995 mm

Carga máxima admissível

13.500 kg

APRECIAÇÃO

Visor LCD no pilar B da cabine.

Monitor tátil SmartTouch de 9” com navegação simplificada.

Cabine configurável Tal como o motor, a cabine provem de um fornecedor externo. É enviada a partir de Ylihärmä, a três horas de caminho para Leste em relação a Suolahti, onde se situa a fábrica da MSK, cuja ligação à Valtra vem de longa data. Todos os progressos feitos Nova disposição de comandos num apoio de braço redesenhado. Caixa de refrigeração entre os opcionais.

Estivemos na primeira sessão de testes para a imprensa, realizada às portas do Natal de 2014, num campo frio e chuvoso da Alemanha. Dessa ocasião, conservamos na memória o desempenho equilibrado e muito agradável desta 4ª geração dos ValtraT, tanto em estrada como nos trabalhos de solo e no manuseamento de carga com carregador frontal. Mas também nos recordamos de um pequeno senão. A única manete de transmissão proposta pela Valtra era minúscula. Por vezes surgia a necessidade de desviar o olhar para a localizar e para não a confundir com o comando do hidráulico/ carregador. É por isso bem-vindo este joystick agora apresentado por estar mais corretamente dimensionado, e por permitir tirar maior proveito das potencialidades da caixa Versu. Ainda assim, e concretamente no que respeita à ergonomia, a opinião das duas pessoas que n’abolsamia tiveram contato com o trator não são coincidentes, havendo quem considere que a Valtra precisa de trabalhar ainda mais alguns detalhes ergonómicos do apoio de braço e do joystick. O que acolhe unanimidade de opinião é o monitor SmartTouch vem claramente tornar mais fácil a consulta e a regulação dos parâmetros de funcionamento do trator, comparativamente com uma solução anterior que acusava já o peso da idade. Num modelo que está aprimorado ao detalhe, merece ainda destaque a função ‘hill-hold’ da transmissão, que permite arrancar numa subida pisando apenas o pedal de condução ou empurrando o joystick, tal como se faz numa transmissão de variação contínua.

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FIMA 2018

ESPECIAL Fima 2018 Neste Especial apresentamos as 36 novidades premiadas pelo Concurso de Novidades Técnicas da FIMA 2018.

FIMA - 40ª EDIÇÃO

Damos também a conhecer a nossa seleção de novos produtos em exposição na FIMA.

16,1 hectares de superfície 1.572 marcas representadas Expositores provenientes de 40 países

Novidades técnicas No mundo das máquinas agrícolas, a inovação é imparável. A prova disso é que para esta edição de Novidades Técnicas FIMA 2018, cresceu o número de fabricantes a apresentarem-se a concurso, com um total de 68 empresas, e cresceu também a quantidade de propostas submetidas, com um total de 115 produtos. As bases do concurso estabelecem que se premeiem as máquinas ou sistemas que introduzam melhorias a nível de segurança, eficiência energética e ambiental, ou que simplifiquem o trabalho aos operadores. No final, o júri internacional que avalia as propostas apurou um total de 36 novidades, provenientes de 26 diferentes empresas.

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ABOLSAMIA março / abril 2018

242.000 visitantes de 72 nacionalidades 11 pavilhões

Próxima edição em 2020

CATEGORIA

Tratores, máquinas automotrizes e energia

NOVIDADE TÉCNICA DESTACADA JOHN DEERE

Quick-Knect – Engate rápido da TDF É um dispositivo que permite ligar o cardan de uma alfaia ao veio de TDF de um trator, de forma muito mais cómoda do que até aqui. O operador começa por instalar uma peça no veio de TDF do trator, apenas através de um sistema de encaixe, sem recorrer a ferramentas. Com

esta peça instalada, já não é preciso alinhar as estrias do veio para que batam certo com as estrias do cardan. Como a maior parte das vezes o acesso à zona da TDF não é o mais fácil, este engate rápido representa uma solução simples mas capaz de facilitar o trabalho aos operadores de

máquinas. Com o Quick-Knect, colocar ou retirar um cardan passa a ser uma tarefa mais limpa, mais rápida, e que requer menos esforço. O dispositivo pode ser aplicado a qualquer trator e a qualquer alfaia.


NOVIDADES TÉCNICAS ADR

Retrosystem para controlo do ângulo de rotação de eixos ao recuar O dispositivo Retrosystems direciona os eixos para minimizar as forças em curva. Está completamente integrado no reboque, dispensando os dispositivos de ligação ao trator que tradicionalmente são usados para determinar o ângulo de articulação entre o trator e o reboque. O veículo pode virar de forma suave num espaço apertado,

com menos força exercida sobre os eixos e o trator. Isso faz com que seja reduzida a fricção dos pneus, o que naturalmente resulta num menor desgaste do piso. Esta inovação para eixos autodireccionais funciona de modo automático e dispensa manutenção. O grau de articulação é igual tanto em avanço como em recuo. ABOLSAMIA março / abril 2018

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FIMA 2018

CASE IH

Controlo adaptativo da direção A Case IH passa a disponibilizar um controlo adaptativo da direção que permite ajustar o rácio de voltas do volante em relação ao ângulo de viragem das rodas. Com o sistema desativado, são necessárias 5,5 voltas do volante para obter a viragem completa das rodas. Com o sistema ativado, a velocidades baixas o condutor pode regular no monitor a rapidez de resposta que pretende para a direção. Existem três rácios predefinidos. A regulação máxima permite obter o ângulo máximo de viragem das rodas, de ponta a ponta, com uma única volta do volante.

NEW HOLLAND

Sistema de engate ventral para alfaias As séries de especializados T4N e T4V podem ser configuradas com um sistema de engate e respetivos distribuidores hidráulicos para instalação de alfaias em posição ventral. Este sistema ventral está disponível para as versões de cabine e é comandado através do joystick. Inclui duas tomadas elétricas de 8A para electroválvulas e para funções elétricas requeridas pela própria alfaia.

SDF

Sistema de direção ativa SteeringPro

Sistema de debulha Axial nas ceifeiras Ideal

Este novo sistema de direção para tratores da SDF combina componentes mecânicos, hidráulicos e elétricos que resultam numa unidade muito compacta e simples. Permite dedicar à direção uma mais baixa disponibilidade de fluxo hidráulico, o que se consegue com a instalação de uma engrenagem planetária entre o volante e os cilindros de acionamento da direção. Um motor elétrico controla o ângulo e a velocidade da direção consoante as circunstâncias de trabalho. Este sitema oferece maior ou menor disponibilidade de fluxo em função de variáveis como: a velocidade de avanço, o ângulo da direção ou a velocidade de rotação do volante. Ao longo de uma torna reta, o SteeringPro previne que o trator se desvie, conseguindo-se uma trajetória 100% paralela à passagem anterior. O SteeringPro é compatível com o sistema de condução automática Agrosky sem que exista a necessidade de instalar componentes externos adicionais.

A linha Ideal de ceifeiras-debulhadoras da Fendt equipa com um sistema de debulha Axial, composto por rotor longitudinal duplo (e apenas um rotor no modelo de menor potência). A grande vantagem é que requer menos 50% de energia do que outros sistemas de debulha e o seu ajuste é feito em função da abertura do côncavo e do regime do motor. Nas características que diferenciam esta máquina destacam-se a segunda base de retorno na frente da unidade de debulha, os rotores com bicos de separação em espiral, a tremonha de 17 m³, a capacidade de descarga de 210 L/s, e uma largura de transporte de 3,3 m quando se utiliza o sistema de rastos de borracha de 26”. Dispõe ainda de sensores de massa acústica com câmaras que verificam a qualidade do grão recolhido, o que permite o ajuste da máquina em tempo real, em função do tipo de cereal e das condições de debulha. A frente de corte pode ir até aos 12,2 m de largura e engata-se em apenas 5 segundos através de sistema AutoDock.

CLAAS

Travão de inércia para reboques agrícolas Uma unidade de controlo eletrónico instalada no trator controla de forma automática a travagem do reboque. O trator monitoriza vários sinais a nível da transmissão e motor. No caso de o trator estar a ser empurrado pelo reboque, o sistema envia a quantidade apropriada de fluxo de ar para fazer acionar a travagem pneumática do reboque. Ou seja, sempre que o reboque empurra o trator o sistema atua sem que o condutor tenha de pisar o pedal de travão. Esta tecnologia traz mais conforto a quem conduz e maior segurança do conjunto durante o transporte.

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FENDT


FIMA 2018

FENDT

Engate Vario Pull dos braços inferior do hidráulico Ver edição Nº108, pág 28

FENDT

Trator movido a eletricidade E100 Vario Ver edição Nº108, pág 31

KEMPER E JOHN DEERE

Rodas de lastragem EZ Ver edição Nº108, página 27.

Máquinas acionadas e instalações

Tecnologia destruidora de restolho StalkBuster

NOVIDADE TÉCNICA DESTACADA

Ver edição Nº108, página 26.

Grasskiller Twin – Alfaia para eliminação de infestantes através de água a alta pressão.

NEW HOLLAND

O equipamento é composto por uma bomba de êmbolos que funciona a uma pressão máxima de 1250 bar, por um depósito de água e por um cabeça giratória com controlo hidráulico, situada no parte lateral da máquina. Esta cabeça é acionada por um motor hidráulico que permite uma performance de 600 rpm, e integra quatro bicos em posição vertical. A velocidade de avanço prevista é de 2,5 km/h e o produto utilizado é unicamente água, com um consumo variável de 1000 a 1500 L/ha em filas com espaçamento de 2,5 m. A projeção de água a uma pressão tão elevada elimina as ervas e o seu sistema radicular.

Sistema de direção CustomSteer Ver edição Nº108, página 58.

JOHN DEERE

CATEGORIA

TRELLEBORG

Sensores de partilha de dados ConnecTire

CAFFINI

COMPACTO, É KIOTI

Ver edição Nº109, página 46.

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FIMA 2018

NOVIDADE TÉCNICA DESTACADA

NOVIDADES TÉCNICAS

ligação ao trator, graças a uma bateria própria com autonomia para 100 ciclos de abertura e fecho. O cone pode ser deslocado para junto da fossa engatando-se nos três pontos do hidráulico.

AGRIEST

AMAZONE

GENERAL

SwingStop Pro – Sistema de amortecimento ativo das oscilações nas barras dos pulverizadores

Nebulizador pneumático com sistema de tratamento Awasulf

O SwingStop concilia um sistema ativo de suspensão de barras, para redução ao mínimo dos movimentos horizontais, com um sistema para modulação da frequência da amplitude de pulverização, o qual regula muito rapidamente o caudal de cada bico da barra. Os bicos abrem e fecham em 2 milésimos de segundo com um intervalo de frequência entre 0 e 50 Hz. A combinação de ambos os sistemas permite que a aplicação da dose seja feita de forma homogénea em toda a largura de trabalho, isto porque a dose de cada bico é ajustada para compensar o movimento da barra.

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Agri-Power – Cone de enchimento de chorume com controlo remoto Comporta tubagens de 6 ou 8” e possui um tanque intermédio com 113 litros de capacidade. Este sistema gera uma alta pressão mesmo nas condições mais difíceis de bombeamento. Ao operar este equipamento, o tratorista pode abrir a válvula a partir do posto de condução através de controlo remoto, sem cabos de

Esta alfaia para tratamento fitossanitário permite a aplicação de produtos líquidos ou sólidos de forma independente, ou ambos em simultâneo. Conta com um sistema hidropneumático de pulverização ao qual foi adicionado, a nível da turbina, um sistema para pó.


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Ao depósito de líquido junta-se um depósito de pó. A turbina está preparada para fazer a aspiração de ar (com maior ou menor quantidade de pó associada) e projetar o produto ao nível da barra junto aos bicos de pulverização de líquido. Esta tecnologia permite a realização de tratamentos localizados com pó e líquido ao mesmo tempo.

JOHN DEERE

Lavagem a ar comprimido R-Rinse para pulverizadores O R-Rinse é um novo sistema de lavagem de pulverizadores que utiliza ar comprimido. Procede à lavagem de todas as condutas e do indutor de químicos, de forma automatizada e sequenciada, e expulsa os resíduos resultantes da lavagem através dos bicos de pulverização. Os resíduos depositados no tanque são

expulsos pelo sistema e aproveitados no decorrer do trabalho. O operador controla e ativa o R-Sinse e os subsequentes programas de limpeza através de um monitor. Esta solução permite minimizar o tempo de limpeza e ainda poupar água. A actuação do R-Sinse é calculada especificamente para cada aplicação, em função do nível de enchimento do tanque e do caudal verificado nas condutas de pulverização.

JOHN DEERE E TAMA

Sistema de atamento de fardos redondos com plástico Silage-Wrap É uma nova solução para o atamento de fardos redondos, disponibilizada nas enfardadeiras de câmara fixa da John Deere. Este plástico tem secções predefinidas e fecho através de banda adesiva. Permite reduzir o tempo de atamento comparativamente com os sistemas tradicionais, e também o consumo de plástico, já que apenas são necessárias 1,5 voltas de cobertura. Este sistema foi desenvolvido em parceria com a TAMA e prevê um filme de plástico com 35 microns. Cada rolo de Silage-Wrap tem 140 secções com bandas adesivas para atar fardos com 1,35 m de diâmetro.

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KUHN

LECHLER

Speed Servo, sistema de abertura de doseadores em distribuidores centrífugos

Bicos e dispositivos de limpeza de depósitos série Cleaner1

As comportas de doseamento são controladas por abertura elétrica, com base num princípio de funcionamento giratório. Os motores Speed Servo são três vezes mais rápidos do que o sistema de abertura/fecho linear utilizado

anteriormente. Aplicado aos distribuidores de fertilizante Axis-4, a eficiência de distribuição aumenta em 25%. A sua estrutura é mais simples e robusta, o que os torna mais resistentes ao desgaste e mais fáceis de limpar.

É uma série de bicos e dispositivos de agitação para limpeza dos depósitos de pulverizadores. Estão desenhados para permitir a limpeza em cinco minutos, sem que o operário tenha de sair do trator.

ARBOS

Unidade de sementeira Magicsem 3D Esta unidade pneumática conta com um motor elétrico e não necessita de transmissão mecânica. Pode trabalhar a um regime máximo de 300 rpm, com definição da velocidade de trabalho entre 1 e 20 km/h através de um monitor. Está pensada para linhas estreitas com um mínimo de 15 cm. O tubo Magic Pipe com espiral interior proporciona uma colocação constante, mantendo estável o tempo de descida de semente.

KVERNELAND

Unidade de sementeira Optima SX de alta velocidade O desenho da unidade de sementeira e do dispositivo de descarga da semente permitem manter a precisão de sementeira mesmo a velocidades até 18 km/h. A Optima SX incorpora os sistemas de controlo de sementeira Geoseed e Geocontrol possui ainda um inovador sensor de infravermelhos que tem a particularidade de detetar grãos duplos. Uma vez que quase não existe atrito no núcleo desta unidade de sementeira, a solicitação de potência elétrica é reduzida.

VALMONT

Motor de acionamento central Valley X-Tec para pivots KUHN

MASCHIO GASPARDO

Controlo de secções de uma charrua com recurso a GPS

Unidade de sementeira Chrono de alta velocidade

Ver edição Nº108, página 38.

Edição 109, página 54.

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Este motor para sistemas de rega permite uma velocidade máxima em ciclos de rega curtos e fornece potência continua para se adaptar aos terrenos mais difíceis. O ritmo de avanço é suave e uniforme mesmo em terrenos com variações, devido ao binário constante num amplo leque de velocidades.


FIMA 2018

CATEGORIA

Soluções de gestão agronómica

NOVIDADE TÉCNICA DESTACADA FEDE

Atomizador inteligente Smartomizer Através da aliança entre um pulverizador e uma plataforma de gestão agronómica de precisão, a Fede concebeu o Smartomizer que em função da massa vegetal sugere a dose e o volume de ar adequados. Com isto, reduz-se aproximadamente em 48% a deriva, segundo ensaios realizados por duas Universidades espanholas. Com ligação à Internet, permite registar todos os dados de pulverização, para se obter uma adequada traçabilidade e fazer a aplicação onde ela é necessária. Permite também que o operário receba ordens de trabalho enviadas pelos técnicos a partir de outro local. O operador pode monitorizar a qualquer momento, através de um tablet, diversos parâmetros associados ao tratamento que está a realizar, o que permite maximizar a utilização correta do atomizador.

NOVIDADES TÉCNICAS CIMNE

Simulador SpreaDEM para distribuidores centrífugos É uma ferramenta capaz de gerar resultados com interesse como o padrão de distribuição do fertilizante sobre o terreno, a distribuição transversal obtida com as diferentes passagens, assim como coeficientes de variação. Trata-se de um interface intuitivo e fácil de usar que possui todos os ingredientes necessários para se fazer uma simulação de aplicação de fertilizante.

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FIMA 2018

JOHN DEERE

KVERNELAND

Sistemas de comunicação e aviso de funcionamento em tratores e ceifeiras

Controlo automático de gadanheira condicionadora Vicon Extra

YARA O John Deere Connected Support fornece informação telemática em tempo real, a qual é analisada por algoritmos avançados. Os dados recolhidos são comparados com os dados de referência de fábrica para que possam ser geradas notificações (Expert Alert) preditivas de falhas de componentes. O John Deere ConnectedHarvest oferece a possibilidade de remotamente se fazer a avaliação e comparação da performance instantânea da ceifeira-debulhadora. Permite ainda fazer remotamente modificações para otimizar os parâmetros de funcionamento da máquina.

Estado hídrico da cultura para programação da rega Geomow é o nome dado a uma aplicação ISOBUS para as gadanheiras condicionadoras Vicon Extra R/T Vario que automatiza algumas funções da alfaia tanto nas cabeceiras como dentro da própria parcela. Para obter a automatização de funções, este sistema faz uso do Task Controler Isobus, que é compatível com muitos terminais existentes no mercado, onde se incluem os terminais Isomach Tellus Go da Kverneland. A aplicação permite por exemplo registar a linha de bordadura da parcela e levantar automaticamente um módulo lateral da gadanheira quando existir sobreposição. Permite ainda obter uma posição semilevantada nas voltas de cabeceira, para beneficiar do sistema de suspensão QuattroLink.

A solução Yara Water Solution controla e fornece continuamente informação acerca do estado hídrico da cultura. Fá-lo mediante a medição das oscilações na pressão de turgescência. Os dados recebidos a partir das parcelas são avaliados por um sistema online, e os resultados, onde estão incluídas as recomendações de rega, ficam acessíveis via pc ou num dispositivo móvel. Na posse destes dados, o gestor da exploração pode tomar as decisões de rega mais adequadas. Para uma correta monitorização, devem ser instalados pelo menos 10 sensores, divididos por 5 árvores que sejam representativas do setor a controlar.

UNIVERSIDADE DE SARAGOÇA E RIGUAL

Sistema de gestão logística para aplicação de chorume É composto por três peças: um sistema de gestão na nuvem, uma aplicação móvel, e equipamento hardware de controlo instalado na cisterna. Com o chorume já colocado na cisterna, o operador pode solicitar à aplicação que o guie até à parcela onde tem de aplicar o produto. Essa informação foi introduzida previamente como uma ordem de trabalho.

JOHN DEERE

AutoTrac Implement Guidance – Sistema de direção ativa para alfaias Ver edição Nº108, página 33.

GRUPO ARGO KUBOTA

Trator autónomo Agrirobo O mesmo trator pode ser operado manualmente ou de forma autónoma. Em colaboração com a Topcon e a Universidade do Kansas, foi desenvolvido um software para manutenção de parcelas, especialmente desenhado para máquinas autónomas. Através de tecnologia Sonar e Scanner, está assegurada a deteção segura de obstáculos fixos e móveis. O Agrirobo permite ao operador planear, modificar e controlar todas as operações realizadas em modo autónomo.

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Otimização da condução em tratores Ver edição Nº104, página 30.

CLAAS

Sistema autónomo de debulha para ceifeiras de sacudidores e híbridas. Ver edição Nº108, página 26.


FIMA 2018

FIMA 2018

Case IH

com oferta de média e alta potência

Quadtrac 540 CVX

O Quadtrac com transmissão CVX impunha respeito no centro do stand CASE IH da marca. Eram ainda presenças de peso o Magnum Rowtrac, com sistema de rastos no eixo traseiro, e o Puma com tonalidade diferenciada, comemorativa dos 175 anos da marca. Nos segmentos mais vocacionados para a agricultura mediterrânica, a oferta de produto da Case IH nesta FIMA 2018 era igualmente forte. Da gama exposta no stand, damos destaque a três tratores de média potência.

de funcionamento, a ActiveDrive8 assemelha-se muito a uma transmissão de variação contínua.

distingue-se por ser constituída por componentes reforçados, como a transmissão, eixos e cubos das rodas. Consequentemente a carga admissível é superior, quando comparada com a dos seus irmãos da versão standard assim como a capacidade máxima de elevação, que vai até aos 4400 kg, em vez dos 2500 kg dos modelos Farmal C mais pequenos. Em exposição estava o modelo mais potente da série, o Farmall 115 C (115 cv), cuja opção mais evoluída de transmissão é uma 24/24 com inversor eletrohidráulico. Os Farmall C Heavy Duty posicionam-se na gama da Case IH imediatamente abaixo da linha Luxxum.

Farmall 115 C HD

Quantum 110 CL

(Heavy Duty)

Da série de especializados Quantum, a Case IH levou a Saragoça o modelo mais potente da variante CL. Em contraste com

Maxxum 145 Multicontroller

Maxxum 145 ActiveDrive8 O modelo mais potente dentro do segmento de 4 cilindros era uma das estrelas do stand da Case IH. Estava equipado com a nova transmissão powershift robotizada que foi distinguida pelas ‘Novidades Técnicas’ da FIMA. Esta transmissão ActiveDrive8 é uma 24/24 de dupla embraiagem, com 8 velocidades distribuídas por 3 gamas. Entre as novas funcionalidades, existe a possibilidade de imobilizar o trator apenas através do pedal de travão e sem que o operador tenha de pisar a embraiagem. É especialmente útil na utilização estrada (em modo automático) ou nos trabalhos com carregador frontal. Em termos

A linha Farmall C começa logo nos 58 cv e acaba nos 115 cv. A variante HD – Heavy duty

Farmall 115 C

as outras variantes Quantum (N, V e F) os CL são tratores de baixo perfil com características a meio caminho entre os especializados puros e os modelos convencionais. Equipam com motor FPT de 4 cilindros, com 3,4 litros de cilindrada, transmissão 32/16 (a mais evoluída), distribuidores hidráulicos também em posição ventral e cabine com proteção de nível 4. Devido ao seu baixo centro de gravidade e possibilidade de equiparem com pneus largos, são tratores ideais para o trabalho em zonas inclinadas, seja filas com espaçamento largo, seja noutro tipo de tarefas onde a estabilidade é um fator a ter em conta.

Quantum 110 CL

Interior da cabine

Entreposto Máquinas, SA. • Tel. 218 548 200 • www.entrepostomaquinas.pt ABOLSAMIA março / abril 2018

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Carraro na FIMA pelas mãos da Agricortes Nesta 40ª edição da FIMA, a Agricortes teve em grande destaque no seu stand a nova geração de especializados da Carraro. A marca ‘dei tre cavallini’ procedeu a uma atualização da tecnologia de emissões dos motores e na mesma ocasião introduziu outros melhoramentos nos seus modelos Agricube. Em Saragoça, na visita ao stand da Agricortes, fomos recebidos pelas administradoras desta empresa de Leiria que representa a Carraro nos mercados português e espanhol.

AGRICORTES

Susana Vieira, diretora de marketing da Agricortes, falou-nos do posicionamento da marca italiana em nichos muito especializados. “São tratores para culturas especializadas e o agricultor sabe o que quer quando procura este tipo de produto”, explicou. Por seu lado, Ana Sofia Vieira, diretora de produto, evidenciou outra particularidade da gama disponibilizada pela marca:

Equipa Agricortes

Carraro Agricube - VLB 105 Pergola Cab O Vigneto Largo Basso (VLB) é um especializado de baixo perfil que está disponível numa versão de base com arco e plataforma e numa versão com cabine Pergola. Como o nome indica, esta cabine está pensada para trabalhar nas culturas em pérgola, como a uva de mesa e o kiwi, em estufas, debaixo de árvores e em todo o tipo de culturas em linha. O desenho abaulado e uma altura que se fica pelos 1880 mm são características que facilitam a passagem entre a vegetação. Todos os cinco modelos da linha VLB partilham a mesma

geometria de chassis e cobrem um segmento que vai do modelo 75 ao 115. Com 103 cv, o modelo exposto em Saragoça (VLB 105) é o segundo mais potente, imediatamente abaixo do VLB 115. O bloco empregue é um FPT de 4 cilindros (Fase IIIB/ Tier 4i), com 3,4 litros, e injeção common-rail. A marca optou por colocar o sistema de tratamento de gases (DOC+DPF) fora do compartimento do motor, o que permite continuar a ter um capot baixo e um bom ângulo de visibilidade. São duas as ofertas de transmissão: 24/12 com inversor EH e 24/24 com

Agricortes - Com. M. e Equipamentos S.A. • Tel. 244 819 110 • www.agricortes.pt

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ABOLSAMIA março / abril 2018

inversor sincronizado. O modo como hoje são realizadas as tarefas agrícolas faz com que seja fundamental dispor de uma maior performance hidráulica. “Está a mudar muito a maneira de trabalhar nas vinhas e nos pomares porque prevê-se uma cada vez maior utilização de alfaias em simultâneo, na frente, em posição ventral e na traseira, para maximizar a produtividade do trator e das alfaias”, adiantou Leonardo Dalla Vecchia. Neste contexto, a marca propõe um sistema de 3 bombas hidráulicas que aumentam o fluxo combinado para 127 L/min.

“Os modelos da Carraro dão resposta aos clientes que procuram soluções à medida, porque são tratores com muitas possibilidades de configuração”. Também presente no stand da Agricortes esteve Leonardo Dalla Vecchia, diretor de engenharia e inovação da Carraro, que apresentou à revista abolsamia as novas especificações da gama proposta pelo fabricante de Rovigo.


FIMA 2018

Carraro Agricube VL 115 Os Vigneto Largo (VL) partilham com a linha VLB o mesmo motor, atualizado para o nível de emissões Fase IIIB/Tier 4i. Cobrem a mesma faixa de potência e diferenciam-se sobretudo pela sua geometria, que se reflete no tipo de cabina, na altura, na largura do eixo dianteiro, nas medidas de pneus, entre outras particularidades. O VL 115 exposto na feira é o modelo de topo desta série que está disponível apenas em versão cabinada. No que respeita à transmissão, são três as possibilidades: 24/24 e 24/12 com inversor eletro-hidráulico ou 24/24 com inversor sincronizado. As versões com inversor eletro-hidráulico incluem a funcionalidade de embraiagem elétrica na alavanca principal da transmissão. Para além do aspeto estético, o capot foi redesenhado também quanto à sua funcionalidade. Passa a incluir duas tampas laterais amovíveis que facilitam o acesso aos pontos de verificação e manutenção. “É aqui que estão todos os filtros, a caixa de fusíveis, o reservatório do líquido do radiador e o óleo de travões”, explicou Leonardo Dalla Vecchia.

“Reduzir a distância das linhas é uma tendência”, afirmou o responsável da marca, razão por que a Carraro reduziu ligeiramente a largura da cabine standard dos Agricube VL. Esta alteração minimiza os danos nas culturas e implicou uma reconfiguração do interior para manter o conforto do operador e a visibilidade. Tal como nos restantes Agricube, a consola direita de comandos foi repensada e passa a incluir iluminação, como apoio aos trabalhos realizados durante a noite. Outra novidade é o acionamento automático das 4RM em função do ângulo de viragem, o que melhora a manobrabilidade mesmo nas cabeceiras mais apertadas.

O acesso aos pontos de verificação e manutenção foi melhorado. Coluna de direção ajustável e inversor eletro-hidráulico. Consola de comandos redesenhada para receber todos os comandos de trabalho do veículo. Nova configuração da gestão eletrónica. Controlo eletro-hidráulico dos distribuidores e dos elevadores dianteiro e traseiro. Os quatro distribuidores eletro-hidráulicos são comandados por um joystick proporcional de dois eixos e duas patilhas.

Nova tonalidade Carraro Os especializados Agricube passam a sair da linha de montagem de Rovigo com uma nova aparência. Como complemento à atualização das especificações técnicas, a marca introduziu nestes tratores vários retoques estéticos e um ajuste de cor, com o cinza Carraro a ganhar uma tonalidade mais intensa.

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FIMA 2018

Galucho

Aposta reforçada no mercado espanhol “Nesta Feira vendemos todas as máquinas expostas, o que demonstra a qualidade do nosso produto”, começou por nos dizer Manuel Carvajal que nos acompanhou numa visita pelo stand. É ele o novo responsável comercial para Espanha e avança com ideias bem definidas relativamente ao país vizinho onde, faz questão de frisar, “há todo um mercado por desenvolver”. GALUCHO

No âmbito da alteração de estratégia que a Galucho delineou para abordagem aos mercados externos, nomeadamente na vizinha Espanha foi nomeado um coordenador de vendas de nacionalidade espanhola para facilitar o contacto com as especificidades daquele mercado. Outras medidas a implementar pela Galucho passam por “definir áreas com um maior raio de ação para os distribuidores”. Ao nível das ações de marketing a levar a cabo, “iremos ter várias novidades ao longo do ano que, só como um exemplo, permitirão aos agricultores testar as nossas máquinas no campo para que as possam avaliar”, reforçou. Manuel Carvajal conclui reforçando “a importância estratégica do mercado espanhol para o crescimento e consolidação internacional da Galucho”. Os equipamentos em maior destaque foram o subsolador SRD em linha, a grade NGVR de maior capacidade ideal para empresas de prestação de serviços, a grade rápida GDM com regulação da inclinação de trabalho e a grade de discos NA2CP rebocada offset ou “v” com abertura hidráulica.

Subsolador SRD em linha Quadro de estrutura tubular 150×100 mm, de 3 e 4 m de largura, com abertura para passagem de cardan.

Grade NGVR de maior capacidade ideal para empresas de prestação de serviços Grades de discos pesadas, rebocadas com rodas no centro, offset ou “v”, abertura e nivelamento hidráulico dos corpos transporte longitudinal, disco apagador. Potência exigida: 140-320 cv.

Grade rápida GDM com regulação da inclinação de trabalho Potência exigida: 80-220 cv; Chassis: versões rígidas de 3,00 e 3,50 m, e articuladas de 4,00, 5,00 e 6,00 m de largura de trabalho, assegurando uma largura de transporte máxima de 3,00 m; Sistema de 3 pontos para maior maneabilidade em trabalho e transporte.

Galucho - Indústrias Metalomecânicas, SA • Tel. 219 608 500 • www.galucho.com

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Grade de discos NA2CP rebocada offset ou “v” com abertura hidráulica Potência exigida: 80-150 cv; Chassis: paus em tubo 150x100x8 mm; Casquilhos auto-lubrificados; Cavilhões nitrurados e de maiores dimensões; Pilares em chapa com dupla estampagem; Kit de sinalização e de iluminação; Discos: conjunto 24” ou 26”, montados em vergalhão de maiores dimensões (Ø 38 mm).



FIMA 2018

HARDI na FIMA Optim“u”s perspetivas A Ilemo-Hardi, filial da Península Ibérica da Hardi Internacional, está sediada em Espanha, mais concretamente em Lérida. A sua área de ação são os mercados de Portugal, Espanha e todo o sul de França, que vai desde a fronteira até Bordéus, Toulouse e Montpellier. Possui uma fábrica em Lérida, com cerca de 6000 m2. No stand que expôs na FIMA, falámos com Jose Maria Godia, Diretor Geral da Hardi Ibérica, que nos apresentou “quase toda a gama”. “Para apresentarmos toda a gama, precisávamos de um pavilhão!”, começou por elucidar. “Assim, como o espaço é pouco resolvemos apresentar 12 máquinas, 9 modelos existentes com melhorias incorporadas e os restantes 3 com inovações. Dentro das inovações destacamos a família da linha Optimus para a vinha”. Foi por aí que começámos.

HARDI

OPTIMUS

Difusor avançado “A maior inovação dos últimos tempos”, foi assim que Jose M. Godi começou por se referir ao Optimus. “Segundo estudos do Instituto Francês da Vinha, de dez partes de produto químico pulverizadas na vinha somente quatro ou cinco partes são depositadas na vegetação, perdendo-se duas partes no solo, duas no ar e outra por refluxo contrário à marcha. Quarenta e cinco por cento do que é depositado na vegetação depende da máquina. Destes, apenas 15% acaba por chegar à parte central da planta. No fundo, deposita-se muito no exterior e muito pouco no interior da planta”, explicou. Com vista a melhorar a recuperação do que se perde e a penetração nos cultivos, a Hardi criou a família Optimus. É uma gama de máquinas em que o coração é um difusor avançado montado em condutas modulares ou em painéis recuperadores. O difusor Optimus é adaptável ao estado vegetativo da planta e permite não apenas controlar o

caudal de água mas também o de ar. Segundo a marca, é possível reduzir até 50% a secção de saída. O que significa que podemos projetar em ângulo aberto como também em jato.Na mesma conduta podemos ter difusores em ângulo aberto e em jato, intercaladamente. Podemos também ter, para além de jatos contínuos, jatos com múltiplas direções, o que permite que o produto entre pela parte frontal e pela parte traseira da vinha através de turbulência. Os primeiros testes com o Optimus 15 apontam para uma eficácia melhorada de até 15% em comparação com as soluções convencionais. A manutenção e a limpeza são simples de executar. Mais ainda, não há qualquer elemento nesta máquina fabricado em metal, pelo que não oxida. O Optimus na versão de condutas modulares mais longos tem a designação de Optimus 35 e aponta para melhorias até 35% ao nível da

recuperação de calda. Este mesmo sistema pode ser montado em dois painéis pelo meio dos quais a vinha passa, criando assim uma espécie de peça monobloco em polietileno com cinco jatos de ar: o frontal, que abre a vegetação, o superior, o inferior, para evitar perdas, e o traseiro, para evitar o ressalto. Falamos de quatro jatos de ar de perímetro que fecham a pulverização, e de um jato principal que efetua a pulverização propriamente dita. Existe depois um compartimento onde fica depositado o produto químico recuperado e que é depois aspirado para voltar a ser utilizado. Neste caso, de acordo com o fabricante, a grande vantagem deste sistema em comparação com os concorrentes é que, ao invés de utilizar um motor hidráulico para gerar ar, recorre a uma turbina central traseira. É um equipamento muito fácil de limpar e manter. É

ainda o painel recuperador mais leve do mercado: 45 kg com tudo incluído. Tal deve-se ao facto de ser um sistema monobloco sem estrutura e sem motor hidráulico. Este é o Optimus 55, que consegue poupanças de produto químico até 55%.

Ilemo-Hardi, SA • Tel. +34 973 208 147 • www.hardi.es

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MASTER GEO FORCE

Pulverizador suspendido com barra até 30 m para hortícolas, cereais de inverno de milho

SOLDIER PLUS

MASTER GEO FORCE TWIN

Toda a parte frontal foi desta máquina adaptada para melhorar a comodidade do operador. Assim todos os comandos estão concentrados, facilitando o seu manuseamento, criando uma “zona de trabalho”. Toda a plataforma frontal foi reforçada para puder suportar as barras de pulverização que são cada vez maiores. Foi adicionado um depósito de 30 litros para água limpa. A bomba de cárter a seco, sem oléo, com bielas com rolamentos fechados em banho de óleo estanques, dispensa manutenção. Toda a lubrificação é feita pelo exterior através de copos de lubrificação, sem necessidade de desmontar a bomba. A versão Plus, que sofreu uma atualização do design, pode equipar com barras de maior dimensão, até 28 metros.

Esta é a mesma máquina que a Master Geo Force mas com incorporação de manga de ar, com ventilador com manga de ar com carris de alumínio (para melhor condução do ar), o que permite ter uma cortina de ar ao lado da cortina de água aumentando a eficácia da pulverização. O modelo exposto estava equipado com barra de 18 metros mas pode ser equipado com barras de 15 ou 21 metros. A velocidade de trabalho é incrementada em cerca de 20%, conseguindo-se também maior penetração de produto em vegetação mais densa. A velocidade média de saída do ar dos bicos de alumínio é de 40 km/h o que permite trabalhar com ventos até 20 km/h.

Pulverizador rebocado preparado para tratamentos em culturas extensivas

Pulverizador com manga de ar para hortícolas, tomate de indústria e batata

Pulverizador suspenso com barra Geo Force, preparado para trabalhar a uma velocidade de até 25 km/h non-stop. À barra, que chega agora aos 30 metros face aos 27 anteriores, foram adicionadas duas pontas em alumínio com acionamento elétrico. A barra Geo Force caracteriza-se pelo seu amortecimento. Está equipada com 2 amortecedores, um em pêndulo e outro em trapézio cujo funcionamento combinado garante uma elevada estabilização. A barra é construída por uma estrutura reforçada de 4 tubos que permite suportar as vibrações causadas pelas irregularidades do terreno.

ATOMIZADOR JUPITER com defletor para nogueiras Para pomares de árvores de grande porte como as nogueiras, que facilmente atingem 12, 15, e até 18 metros de altura, a Hardi desenvolveu um defletor que projeta todo o ar para o semi-círculo superior da máquina. Consiste num kit de ar composto por dois canais e por um sistema monobloco em aço inoxidável que pode ser aplicado em qualquer atomizador da gama Jupiter, de 1500 a 3000 litros. O fluxo de ar é completamente regulável.

Da fábrica diretamente para o campo

DETEÇÃO DE AVARIAS E ASSISTÊNCIA REMOTA Os atomizadores passam a equipar com computador e ecrã. Qualquer caixa de comandos simples passa a ter um modem com bluetooth que permite ao agricultor controlar a máquina a partir do telemóvel. Em caso de problemas com a máquina, passa a ser possível ter uma verdadeira assistência remota através do contacto direto com a fábrica. Por exemplo, se surgir no ecrã a mensagem “Erro 212”, pode partilhar todos os dados da avaria com os técnicos da fábrica e obter informações e dados para a correção da mesma. No fundo, é uma verdadeira assistência da fábrica diretamente para o campo. Outros melhoramentos feitos nos atomizadores foram a incorporação de sensores de humidade, velocidade por GPS, e também um sistema de autoguiamento ao ponto de retorno. ABOLSAMIA março / abril 2018

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GreenPrecision

Precisão consigo no terreno Consigo no terreno. A Herculano não perde de vista a sua missão e faz-lhe cada vez mais jus. O fabricante de Loureiro apresentou dois produtos inovadores para agricultura de precisão, desenvolvidos em colaboração com o INESC TEC.

HERCULANO

O

stand da Herculano encontrava-se dividido em quatro áreas - os quatro setores em que a empresa opera -, transportes (reboques), fertilização do solo (cisternas e reboques espalhadores), mobilização do solo (fresas e grades) e equipamentos de apoio à exploração (ensiladoras, carregadores frontais, entre outros). No entanto, o centro de todas as

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atenções era uma cisterna e um reboque espalhador. É que estes não são produtos “normais” e marcam o início de uma nova era na empresa, a da Agricultura 4.0.

Cisterna equipada com DPA

Relativamente à cisterna, está equipada com sistema DPA (Débito Proporcional ao Avanço) e Isobus, o que confere uma maior precisão

NOVA LINHA DE EQUIPAMENTOS TECNOLÓGICOS E AMIGOS DO AMBIENTE, QUE PERMITE AO UTILIZADOR SER MAIS EFICIENTE E PRECISO NA FERTILIZAÇÃO DOS SOLOS.

Monitor iHerculano Monitorizar e gerir o seu equipamento a partir investigadores afiliados. desta consola táctil

no espalhamento mas sobretudo uma aplicação mais adaptada às necessidades da cultura. Cumprindo com todas as normas de segurança e ambientais europeias, permite ao agricultor um aumento e melhoramento da sua produção, espalhando a quantidade certa, no momento certo, no local certo. Constitui o primeiro produto de agricultura de precisão da Herculano, dando origem à linha Green Precision.

Parceria com INESC TEC

De referir que este sistema de digitalização da agricultura foi desenvolvido no âmbito de uma parceria com o INESC TEC, instituição que agrupa mais de 700 investigadores integrados (cerca de 350 doutorados), incluindo investigadores contratados, investigadores de instituições de ensino superior, bolseiros e

Tem como missão promover avanços científicos e tecnológicos, assim como inovação de base tecnológica, através da transferência de novos conhecimentos e tecnologias para a indústria, serviços e administração pública.

Reboque Green Precision

O reboque espalhador também equipa com o sistema DPA, ou seja, em função da velocidade de avanço deposita maior ou menor quantidade de estrume no solo. Também faz parte do “plantel” Green Precision. Ricardo Teixeira, Administrador da empresa, mostrou-se bastante satisfeito com os progressos alcançados, nomeadamente na procura de soluções cada vez mais eficientes para o agricultor. “É com grande satisfação que apresentamos uma das mais completas gamas de


FIMA 2018

Cisterna CH 24000 – GreenPrecision Cisterna para a agricultura de precisão, aplica a quantidade certa, no momento certo, no local certo. Menos desperdício, mais amiga do ambiente

Carta de precisão

ECU

Condutivímetro Análise de dados

Caudalímetro Adufa Prop. Elétrica

• Uma consola para múltiplas alfaias graças à compatibilidade com o standard ISOBUS • DPA (Débito Proporcional ao Avanço) - Ajuste automático da aplicação do chorume em função da velocidade • VRT (Variable Rate Technology) ready Partindo de uma carta de prescrição é possível aplicar a quantidade certa, no momento certo, no local certo. • NPK sensor (azoto, fósforo e potássio) para chorume de porco e vaca, satisfazendo as mais exigentes normas europeias. produto premium, tanto na área de transporte, com os reboques, como na fertilização, com os espalhadores e as cisternas, não esquecendo também a nossa

Medição de velocidade e sentido de movimento

Medição da variabilidade

Aplicação Tecnologia de taxa variável (VRT - DPA)

CARACTERÍSTICAS: • Precisão de espalhamento • Cumprimentos das normas europeias • Proteção do meio ambiente • Consola de monitorização • Melhoramento e aumento da produção • Quantidade certa, no momento certo, no local certo.

importante área de mobilização de solos, com as grades de discos e as fresas. Destaco os dois principais produtos que aqui apresentamos na FIMA, e que são os primeiros

produtos que a Herculano fabrica para agricultura de precisão. Com estes procuramos que o agricultor seja mais eficiente, controlando a quantidade de NPK

Ricardo Teixeira, Administrador da Herculano, falou-nos das novidades tecnológicas apresentadas na FIMA.

que está a depositar no solo. É uma solução que está preparada para trabalhar com e sem ISOBUS, sendo portanto altamente tecnológica e que acreditamos que vai ser o futuro da Herculano”, sintetizou.

Herculano - Reboques e Máquinas para a Agricultura. • Tel. 256 692 515 • www.herculano.pt ABOLSAMIA março / abril 2018

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Uma gama cada vez mais completa O Grupo Joper marca presença no certame espanhol há mais de trinta anos. Na edição de 2018 as novidades na gama de produtos foram várias, destacando-se o triturador descentrado de braço, a grade de discos rápida para vinha em X, o pulverizador suspendido compacto com turbina, e o descompactador de 1 linha. Samuel Pereira, Administrador do Grupo Joper, guiou-nos pelo stand na Feira de Saragoça. GRUPO JOPER

Joper Tomix reforçam presença nos mercados externos Porquê a presença do Grupo Joper na FIMA?

Qual a importância do mercado espanhol?

A FIMA sempre foi uma feira importante, que fazemos há mais de trinta anos. É um evento que nos catapulta não só para o mercado espanhol como também para outros mercados porque é visitada por pessoas e empresas de outros países.

O mercado espanhol é um mercado que tem crescido. Esteve em queda durante alguns anos mas, mais recentemente, tem apresentado uma tendência positiva que se vem consolidando.

Temos notado que todos os fabricantes espanhóis têm acompanhado esse crescimento e, para nós portugueses, Espanha acaba por ser uma extensão do mercado nacional, por ser mais fácil exportar devido à proximidade geográfica mas também pela similaridade de alguns produtos. Por exemplo, o que se utiliza no

norte de Portugal é similar ao que se utiliza na Galiza. Claro que fazemos algumas pequenas adaptações em função da região. Na parte da pulverização temos modelos específicos para o mercado espanhol, como é o caso do pulverizador de turbina Albacete.

Triturador modelo TDB “Já tínhamos trituradores fixos e descentrados que permitem triturar ervas, sarmentos, restolhos e restos de poda até um máximo de 12cm de diâmetro. Agora desenvolvemos o triturador descentrado de braço.” comentou Samuel Pereira. Útil para trabalhar como limpa-bermas ou taludes, também pode ser usado para trabalho em pomares de árvores com copa grande, permitindo chegar mais próximo da árvore. Disponível em 1.40, 1.70 e 2.00 metros de largura de trabalho.

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grupo joper em números

FIMA 2018

99 Anos de experiência 34.000 m de área coberta 180 Colaboradores +290.000 Máquinas produzidas 2

Descompactador modelo D1 L A gama de subsoladores e descompactadores tem vindo a ser aumentada. Este é um descompactador em linha de 3 metros e seis braços, existe também de 4 metros. É uma máquina que permite descompactar o terreno, e permite ainda o acoplamento de uma rototerra ou de um rolo, por exemplo.

Grade de discos rápida para a vinha modelo GRV Esta grade está disponível com 8, 12 e 16 discos, variando a largura de trabalho de 1,30 a 2,35 metros, conforme o modelo. Pode ser equipada com abertuda mecanica ou hidraulica, permitindo ajustar a largura de trabalho em função do estado vegetativo da vinha.

Pulverizador suspendido compacto modelo kiwi Com uma capacidade de 400 litros, este pulverizador Tomix é uma máquina muito baixa e compacta, ideal para as culturas do kiwi ou vinha de uva de mesa.

Grupo JOPER • Tel. 261 330 900 • www.joper.com.pt ABOLSAMIA março / abril 2018

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“It’s that easy”

Sob o lema “É tão fácil” a Kramp continua a apostar na qualidade do serviço como imagem de marca. O stand que apresentou na FIMA refletia a postura do gigante holandês de distribuição de peças e componentes.

KRAMP

Um stand que convidava a entrar, mais próximo do cliente final A Kramp convidou a imprensa para um pequeno-almoço informal e apresentou o seu stand, agora com imagem renovada, numa área total com maior dimensão que na edição anterior da FIMA. Encontravase dividido em duas zonas: uma mais dirigida aos clientes atuais, concessionários distribuidores e oficinas que na Península Ibérica formam uma rede de 53 pontos; e outra reservada aos clientes finais, agricultores e gestores de explorações agrícolas e pecuárias, onde a Kramp procura um maior reconhecimento, como referiu Ricard Escayola, Diretor de Vendas da Kramp Agriparts Ibérica: “A Kramp é uma marca

muito reconhecida nas redes de concessionários, tanto de maquinaria como de tratores, distribuidores ou oficinas, mas faltava-nos um maior reconhecimento por parte dos clientes finais”. Em grandes ecrãs colocados nas paredes do stand, a marca holandesa dava destaque aos pilares em que assenta o seu “Valor acrescentado”, nomeadamente através duma loja web muito funcional, serviço de encomendas e de entregas rápido e fácil, e uma gama de peças com mais de 500.000 referências, a maioria das quais de marcas conhecidas no mercado.

José Luis Lage, gerente para Galiza e Norte de Portugal, destacou como um dos trunfos da Kramp a facilidade e rapidez na entrega de pedidos, em 24 horas para praticamente qualquer ponto da Península, graças ao grande armazém que empresa abriu há pouco mais de um ano na cidade espanhola de Algete.

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Eddie Perdok, CEO do Grupo.

Grupo, Eddie Perdok, que se mostrou satisfeito com os resultados globais obtidos em 2017 pese as dificuldades sentidas devido às condições de seca que afetaram a região. Referindo-se aos resultados obtidos pela empresa no exercício anterior, Perdok referiu um aumento da faturação relativamente a 2016, acompanhada por um lucro “satisfatório” que permitiu à Kramp um investimento record de 50 milhões de euros em I+D, infraestruturas e logística.

Ricard Escayola, Diretor de Vendas da Kramp Agriparts Ibérica.

“A Kramp é uma marca muito reconhecida nas redes de concessionários, tanto de maquinaria como de tratores, distribuidores ou oficinas, mas faltava-nos um maior reconhecimento por parte dos clientes finais”.

Foto gentilmente cedida por: Agrotécnica

A propósito, Ricard Escayola enfatizou a evolução que a empresa tem vindo a conquistar desde 2012, passando de 134.000 referências de peças em 2012 para as 560.000 que oferece atualmente. Destacou também a facilidade e rapidez na entrega de pedidos, em 24 horas para praticamente qualquer ponto da Península, graças ao grande armazém que empresa abriu há pouco mais de um ano na cidade espanhola de Algete. Na conferência de imprensa decorrida durante a FIMA esteve presente o CEO do

Equipa Kramp Kramp Agri Parts Iberica, S.L. • Tel. +34 916 517 377 • www.kramp.com ABOLSAMIA março / abril 2018

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Kubota

com planos ambiciosos A ambição da marca japonesa para os mercados ocidentais não se fica pelos 175 cv de potência do M7172. Foi esta a perspetiva transmitida na FIMA. A marca tenciona adicionar ceifeiras-debulhadoras ao seu portfólio e vir a dispor de motores mais potentes, com 6 cilindros. Mas para já, os destaques foram a apresentação dos M4002, do M6121 e do M5001 Utility Narrow. Também um modelo da recém-desvendada série M7002 despertou grande interesse a quem visitou o stand.

KUBOTA

M7002 Os M7001 foram considerados um sucesso e a Kubota reforçou a aposta com uma atualização. Os três modelos desta série adotam agora a designação M7002. Por muito que olhemos, as diferenças em relação aos M7001 não estão à vista. Mas são importantes: velocidade máxima a um regime mais económico,

carga máxima admissível mais elevada, aperfeiçoamentos na condução automática, entre outros detalhes. São os modelos de topo no catálogo da marca.

M4002 Os M4002 passam a ser os tratores mais compacto da Série M da Kubota e vêm substituir os M6060 e M7060. Ao nível da cabine foram feitos melhoramentos, tanto na

qualidade dos materiais como no espaço para o operador, assemelhando-se mais aos M5001. A transmissão também é nova, com uma configuração 36/36 (2 níveis de powershift) no modelo mais potente. O motor é um Kubota Tier 4i de 4 cilindros, com 3,3 litros, que debita 65 cv (M4062) ou 75 cv (M4072). O eixo dianteiro é estreito de forma a adaptar-se melhor a culturas especiais.

M6121 A apresentação inédita que a Kubota levou à FIMA foi o M6121, situado abaixo do M7132. Num primeiro olhar é exatamente igual aos M7002 mas apresenta especificações mais ligeiras. Para já, a marca não divulgou muitos detalhes acerca deste M6 mas o trator exposto estava equipado com um carregador frontal MX T410, camuflado sob a cor da Kubota, e com uma gadanheira condicionadora. A exposição em conjunto com estes dois equipamentos denuncia uma vocação para uso misto, em campo aberto e no apoio a estábulos. Equipa com um motor de 4 cilindros, com 6,1 litros de capacidade e 130 cv de potência máxima. A transmissão é uma semi-powershift de cinco gamas e seis relações fornecida pela ZF. O sistema hidráulico é de centro fechado com sensor de carga e caudal de 110 L/min.

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M5001 Utility Narrow São tratores concebidos para as aplicações típicas de cultivo intensivo como o olival, a vinha e os pomares. Nestes modelos, o bloco instalado é de 3,8 litros e conta com duas memorizações de regime. Quanto à transmissão, trata-se de uma 36/36 com tecnologia Dual Speed (2 níveis de powershift). Apesar de ter a mesma cabine dos M5001 convencionais, os M5091 UN (95 cv) e M5111 UN (110 cv), apresenta uma largura reduzida (1.700 mm). Esta característica deve-se à instalação de um eixo dianteiro estreito, pensado para o trabalho entre fileiras.

Planos para o futuro Na conferência de imprensa realizada na FIMA, Germán Martínez, diretor de vendas da Kubota Holding Europe, referiu a intenção de acrescentar ao portfólio da marca os motores de 6 cilindros, para “atacar” novos segmentos de potência. Quanto às ceifeiras-debulhadoras, também estão na lista de ambições. A este nível, as hipóteses em jogo passam pelo desenvolvimento e fabrico próprio, valendo-se da experiência com as ceifeiras para arroz que comercializa na Ásia, ou por comprar no mercado, caso surja a oportunidade. “Temos dinheiro para investir, mas para comprarmos é preciso que alguém queira vender. Se aparecer uma oportunidade que seja integrável no modelo de negócio da Kubota, a empresa estará interessada”, reforçou. Germán Martínez aproveitou para reiterar o caráter de full-liner da marca, cujo objetivo é tornar-se um player global. Para além de fornecer motores para outros fabricantes, a aposta nas alfaias (que conta já com uma divisão própria) tem em vista dar mais soluções aos concessionários para que estes consigam cada vez mais dar resposta aos clientes.

Kubota M7002

Finalmente, enalteceu a prestação da Kubota em Portugal como marca mais vendida, feito festejado com vinho português. Tractores Ibéricos, Lda. • Tel. 210 009 730 • www.tractoresibericos.pt

Kubota M4002 ABOLSAMIA março / abril 2018

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Inovações de três marcas representadas MANUEL FIALHO

O nosso roteiro na FIMA incluiu a visita a três marcas representadas pelo importador Manuel Fialho Lda. Na Seko pudemos ver em detalhe um dos mais evoluídos reboques misturadores que faz parte da sua gama, na Tenías ficámos a saber que a linha de carregadores ganhou um novo modelo para tratores compactos, e na Forigo ficámos a conhecer um novo protótipo de semeador para agricultura de baixo impacto ambiental.

Reboque misturador Seko Samurai 7 A linha de reboques misturadores Samurai evidencia-se pelo seu sistema de mistura horizontal e é composta por modelos a começar nos 4 m³ de capacidade de carga e a terminar nos 30 m³. Com os modelos maiores mais vocacionados para as grandes explorações de gado bovino, os modelos mais pequenos pode também servir as explorações de gado ovino e requerem um nível de potência do trator a partir dos 60 cv. O modelo em exposição, com capacidade para 23 m³, está recomendado para tratores a começar nos 110 cv. A linha Samurai dispõe de um painel eletrónico onde o operador pode programar diversos parâmetros a nível de pesagem,

preparação de receitas e descarga. As versões mais sofisticadas incluem a possibilidade de fazer transferência de dados. Segundos os responsáveis da Seko, os principais pontos fortes deste reboque são: 1. a qualidade da mistura, porque é dessa qualidade que resulta uma melhor produtividade do efetivo animal; 2. a fiabilidade, porque são máquinas que têm de trabalhar todos os dias do ano; 3. e a qualidade dos materiais, para que o cliente continue satisfeito ao fim de 10 ou

15 anos e considere novamente a marca na hora de substituir por um equipamento novo. Como opção, os reboques misturadores Samurai podem ser configurados com fresa desensiladora capaz de atingir os 5 m de altura.

Automotriz para recolha de amêndoa.

Carregador frontal Tenías Te5

Pá niveladora Tenías.

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A marca espanhola acrescentou à sua já extensa linha de carregadores Evolution um modelo mais pequeno (Te5). Com electroválvula e balde de 1,20 metros de largura foi desenhado para mini-tratores. Enquadrando o Te5 na gama da Tenías, será o modelo de entrada, imediatamente abaixo do Te7 que já existia. No stand estava ainda a sempre impressionante automotriz para recolha de amêndoa, bem como a restante gama de carregadores. De destacar o modelo Te40 para tratores até 220 cv, a pá niveladora, e uma completa gama de acessórios para carregadores frontais.


FIMA 2018

Forigo Sensor TP Sens A Forigo apresentou também uma linha de sensores de temperatura para as caixas de engrenagens das alfaias. Numa cabine insonorizada, o operador dificilmente pode identificar ‘de ouvido’ alguma anomalia numa alfaia. Deixa-se assim de ter perceção quando alguma coisa não está bem. Funcionando com uma aplicação de telemóvel, o Forigo Sensor TP Sens vem ajudar a diminuir o risco de acidentes causado por esta realidade.

A linha de reboques misturadores Samurai evidencia-se pelo seu sistema de mistura horizontal e é composta por modelos a começar nos 4 m³ de capacidade de carga e a terminar nos 30 m³.

Forigo

Este sensor pode ser aplicado em qualquer equipamento com caixa de transmissão acionada pela TDF. Basta retirar o bujão de óleo e enroscar o TP Sens. Este comunicará ao telemóvel a temperatura de funcionamento da alfaia, que no caso de ser demasiado alta, devido a um sobre-esforço, emitirá um alerta para se evitar um desgaste prematura dos componentes. Este dispositivo alimenta-se por pilha ou através de uma pequena placa solar.

Forigo Semeador de precisão Modula Destinado ao cultivo de arroz biológico sob plástico biodegradável, o Forigo Modula é um semeador de precisão inédito e sem termo de comparação no mercado. Nasceu para o arroz, cultura em que está a ser testado, mas pode no futuro vir a ser utilizado para a sementeira de milho, tomate, entre muitas outras culturas. Num cultivo que se repete ano após ano, é normal que se tenha de fazer cada vez mais tratamentos para controlo de infestantes. De um ponto de vista agronómico, esta técnica visa romper esse ciclo e obter um arroz mais são. Numa primeira fase, procede-se à colocação do plástico no terreno e só posteriormente é que a semente é introduzida através de um orifício feito no plástico. A alfaia é constituída por 3 módulos de sementeira elétricos e reguláveis, mas a intenção é que a estrutra seja modular, até um máximo de 9 módulos e com diferentes espaçamentos entre linhas. O exemplar apresentado na FIMA é ainda um protótipo mas estão a ser feitas experiências no campo, em Itália, e a Forigo vai avaliar se avançará para o desenvolvimento de uma máquina em estádio final para o cliente. Por agora, é representativa do esforço de desenvolvimento feito pela marca no sentido de apresentar soluções para uma agricultura com baixo impacto ambiental.

A linha Samurai dispõe de um painel eletrónico Manuel Fialho, Lda • Tel. 266 759 300 • www.manuelfialho.pt ABOLSAMIA março / abril 2018

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Manitou aposta nas telescópicas articuladas Pouco tempo decorrido desde a apresentação MANITOU da linha de telescópicos New Ag, a Manitou volta a desvendar novas propostas para o setor agrícola. Na FIMA, a marca teve em destaque as telescópicas articuladas, máquinas que estão direcionadas a um ritmo intenso de trabalho. A Manitou já comercializou telescópicas articuladas e após um interregno volta a inclui-las no seu catálogo. Este regresso, com um modelo da Manitou e outro da Gehl, deve-se a uma crescente solicitação de alguns mercados, entre os quais o inglês e o espanhol. No stand, fomos recebidos pelo diretor geral da

Manitou para Portugal e Espanha. João Hébil explicou-nos que o mercado português não tem sido um grande consumidor destas máquinas e que a intenção é recomendá-las a clientes que fazem trabalho intensivo, pois é nesse tipo de utilização que obtêm vantagens de desempenho e produtividade.

Telescópicas articuladas O responsável da Manitou apontou os pontos fortes das articuladas comparativamente aos empilhadores telescópicos. “A grande vantagem é em termos de conforto e visibilidade. Ao terem o braço em posição central, a visibilidade é muito superior à de uma máquina

telescópica normal. São muito versáteis e têm uma manobrabilidade bastante boa”, referiu João Hébil. Devido a estas características e à rapidez de manobra, as articuladas permitem alcançar ganhos de produtividade ao manipular grandes quantidades de carga.

MANITOU MLA-T 533-145 Motor

Deutz de 143 cv

Transmissão

M-Vario Plus (CVT)

Capacidade de carga

3.300 Kg

Altura de elevação

5,20 m

Suspensão da lança Fluxo

158 L/min.

Automatização da lança e acessórios Articulação

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44°


FIMA 2018

GEHL T750 Motor

Deutz de 143 cv

Motor

Deutz de 74 cv

Transmissão

Hidrostática

Capacidade de carga

1.830 Kg

Altura de elevação

5,00 m

Comando proporcional do hidráulico Fluxo

158 L/min.

Cabine ou estrutura de 4 postes Articulação

40°

Carregadores telescópicos New Ag À linha New Ag a Manitou adicionou muito recentemente os modelos MLT 730-115 e MLT 630-105. Este último é compatível com rodas de 20”, ficando com uma altura de apenas 2,11 m, apropriada para entrar em instalações baixas.

Empilhador MC 18-4 Os empilhadores estão na origem da Manitou e voltam a ganhar maior presença no seu portfólio. O MC 18-4 é um novo empilhador todo-o-terreno pensado para aplicações agrícolas, podendo elevar 1800 kg a 4 m de altura. Está disponível nas versões buggy (2m) e cabine (2,38 m).

Manitou Portugal, SA • Tel. 263 200 900 • www.manitou.com

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AzuI Ibérico

Marca reforça a aposta nas alfaias A New Holland apresentouse em força nesta edição da FIMA, com três áreas de exposição. Para além do stand principal, que era um dos maiores e mais concorridos, a marca tinha ainda produtos expostos num átrio exterior e num segundo stand dedicado exclusivamente a alfaias. NEW HOLLAND

Com uma oferta adaptada aos mercados ibéricos, onde não faltavam as vindimadoras, os especializados, e também a gama de convencionais de baixa e média potência, nos espaços de exposição New Holland era ainda visível o reforço da gama de alfaias. A aquisição da Kongskilde reflete-se assim no portfólio da New Holland, cujas alfaias para preparação de solo surgem na cor azul e as de fenação na cor amarela. Apresentamos em seguida aquelas que considerámos as principais atrações.

T4.110F O “especialista” da New Holland, que foi destaque nos EUA neste mês de fevereiro com uma versão autónoma, é o principal argumento da marca num segmento de tratores que está em clara expansão. De relembrar que esta gama foi recentemente renovada, merecendo especial menção a cabine. Esta passa a proporcionar ao operador um nível de proteção de categoria 4, especialmente vantajoso para a aplicação de fitossanitários. O modelo exposto na FIMA equipava com o eixo SuperSteer, um extra sempre muito

interessante por proporcionar um raio de viragem bem acima dos seus principais concorrentes. O elevador frontal e a TDF frontal eram outro destaque, numa máquina que “calçava” os PneuTrac da Trelleborg.

CNH Industrial Portugal, Lda. • Tel. 263 279 220 • www.newholland.com

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PneuTrac da Trelleborg

New Holland T4.110F


ALFAIAS No seu stand da FIMA a New Holland aproveitou também para apresentar ao público ibérico a sua gama de implementos desenvolvida pela Kongskilde Agriculture mas já nas cores New Holland. Na categoria de máquinas para fenação, de cor amarela, apresentaram-se as gadanharias condicionadoras DiscCutter F 320P (frontal) e DiscCutter 320P (traseira),

ambas com suspensão hidráulica, bem como os voltafenos Proted e os encordoares Prorotor. Em azul, da cor dos tratores, as alfaias para preparação de solo. Para além da charrua PXV 6980 H de seis ferros e com um peso total de 3.820 kg, a New Holland desvendou o cultivador ST300R e a fresa Rotavator com características para trabalho entre fileiras.

New Holland encordoares Prorotor 450

T4.110FB Entre as novidades estava a versão cabinada T4 FB de perfil baixo. Este especializado equipa com motor FPT Tier 4 A de 4 cilindros, de 2.970 cc, e depósito de 70 litros. A transmissão é uma 24x12 que atinge os 40 km/h (creeper

T4.110 LP Outro trator em grande destaque era o T4.110 LP. Este é o modelo mais potente de uma série que começa nos 75 cv e termina nos 110 cv de potência e que está disponível tanto em versão plataforma como em versão cabinada. Por ser um trator largo e de baixo perfil, adapta-se às múltiplas facetas da agricultura mediterrânica.

opcional), contando com inversor mecânico sincronizado. A TDF apresenta 3 regimes: 540, 540E e sincronizado com o avanço. O sistema hidráulico é de bomba dupla 61+38 L/min, estando disp onível com até 5 distribuidores traseiros e 4 ventrais. O elevador dianteiro com TDF é opcional.

Outros destaques

New Holland volta-fenos Proted 690

Uma nota também para a presença de outros produtos que merecem ser referidos, como é o caso da ensiladora FR 780 Forage Cruiser, do convencional compacto T4.S, do isodiamétrico TI.100, e da nova vindimadora de Braud 9070L..

New Holland gadanheiras condicionadoras DiscCutter F 320P (frontal)

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Sérgio Oliveira Diretor de Marketing e Comercial da Pulverizadores Rocha, Sa.

Prémio PME Excelência 2017 O IAPMEI atribuiu o prémio PME eExcelência 2017 à Pulverizadores Rocha, SA, em função do desempenho económico e contribuição ativa em prol da economia e do emprego. Desde 2011 que a Pulverizadores Rocha, Sa é distinguida, dentro das PME nacionais, com o galardão PME Excelência. “Para a Pulverizadores Rocha, SA estes galardões representam o reconhecimento das boas estratégias seguidas e são a confirmação do desenvolvimento de um trabalho que assenta na melhoria continua e revela a forma consolidada e sustentada como o crescimento da empresa tem sido efetuado”, referiu Sérgio Oliveira.

Rocha mais Lean termina reestruturação A FIMA 2018 foi um marco especial para a Pulverizadores Rocha, afinal, concluiu o projeto de reestruturação da empresa. Reestruturação essa que englobou áreas tão diversas como o lançamento de uma nova imagem corporativa, o completar da gama de produtos, a ampliação do espaço físico da empresa com a aquisição de dois pavilhões e, por último, a modernização dos processos de produção através da adoção do Lean Production System. Estes foram os principais temas da entrevista que fizemos a Sérgio Oliveira, Diretor de Marketing e Comercial da Pulverizadores Rocha, Sa. ROCHA

São quase quinze horas e o dia ainda vai a meio na Feira de Saragoça. No já habitual pavilhão 2 encontramos o agradável stand da “Rocha”, nome pelo qual Sérgio Oliveira habitualmente chama à empresa que dirige. “É um hábito…” desabafa em início de conversa. E, por hábitos ou alteração destes, começa a nossa conversa. Na última vez que nos encontrámos, contava-nos o Sérgio que a empresa atravessava uma restruturação importante a vários níveis, inclusivamente com a aquisição de novas instalações. Em que fase está? Esta FIMA 2018 acaba por representar para a Pulverizadores Rocha o culminar de uma série de investimentos que foram feitos ao

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longo destes últimos anos, seja ao nível da marca, seja ao nível de produtos, e das instalações, dir-lheia que esta Feira marca a conclusão de todo esse processo. Foram vários anos em que nós fomos investindo nestas diversas áreas e diria que hoje as coisas estão concluídas. Já são visíveis alguns efeitos deste processo de reestruturação? Penso que ainda não, até porque dentro desta reestruturação, fizemos uma alteração do processo produtivo. Nesta alteração do processo produtivo eu diria que o que está concluído, em termos objetivos, é a primeira fase, que foi a parte da construção do edifício. Relativamente às novas instalações, nestes últimos anos a Rocha adquiriu dois novos armazéns, no fundo, duas novas

unidades de produção, cada uma com cerca de 5000 m2, onde desde o final de 2017 ficou concluída a parte de construção. Ou seja, o edifício está munido de todas as valências necessárias para darmos seguimento ao projeto que tínhamos em termos de linhas de produção. Agora, o retorno deste investimento será mais à frente porque neste momento está em curso a mudança das linhas de produção da fábrica antiga para a fábrica nova. Esta mudança não será direta. Pensámos, estudámos, ponderámos uma série de questões, e achámos que, neste momento, a melhor solução para a Pulverizadores Rocha seria aproveitar esta mudança da unidade industrial antiga para a unidade industrial nova para implementar um novo processo de fabrico. Processo esse que nós decidimos, tendo em

conta um estudo que fizemos, que deveria passar por aplicar o Lean Production System (termo ocidental para o Toyota Production System) ao nosso sistema produtivo. Para tal fizemos um acordo com o Kaizen Institute, que nos está a apoiar neste processo de mudança. Não será uma transição tão rápida como se fosse uma simples mudança, porque isso seria apenas retirar aquilo que existia de uma unidade e colocar na outra, e aqui não. Falando em casos concretos: Neste momento já transferimos a linha dos distribuidores de adubo, que já está a funcionar nas novas instalações a 100%. Transferimos também a linha que fabrica as turbinas (apenas a turbina em si). Todas as turbinas que equipam os nossos pulverizadores são fabricadas por nós, e também já está a funcionar nas novas instalações a 100%. Tudo o resto está na


unidade antiga. Esperamos dentro dos próximos dois meses focar nos pulverizadores suspendidos e rebocados, dando depois seguimento ao resto dos produtos. Quando mudámos não foi apenas mudar aquilo que tínhamos no edifício antigo e colocar no novo. Não, antes disso foi realizado um estudo aprofundado de todo o processo de fabrico associado a cada produto.

concreto, de forma a conseguirmos sedimentar a presença da marca em mais países. Por outro lado, e independentemente disso, a Rocha continua a ter como base o mercado português, nunca iremos descurá-lo, e a FIMA acaba por ter essa ligação porque verificamos que hoje grande parte dos clientes portugueses, sejam os clientes finais, sejam os distribuidores (no fundo, o primeiro cliente da Rocha), visitam em grande número a FIMA.

Que factores tem em consideração esse estudo? A qualidade do produto final, a ergonomia e facilidade de trabalho para o operador que está a fazer a montagem, e vários outros factores que, no final do dia, concorrem para a melhoria da produtividade, que é o verdadeiro objetivo. Esse aumento da produtividade acabou por ser definido por nós como um dos pilares do projeto. Porquê? Porque aquilo que nós pretendemos de facto quando tivermos este projeto todo concluído é uma maior rapidez no processo de construção, de forma a termos maior flexibilidade, conseguindo dar uma resposta mais rápida àquilo que é o pedido do cliente. Queremos encurtar os tempos de espera dos clientes após a colocação da encomenda. É o décimo segundo ano consecutivo da Pulverizadores Rocha na FIMA. Qual é a

Nesta estratégia de internacionalização, existe algum mercado prioritário?

importância do mercado espanhol para a Rocha? O nosso investimento na FIMA não visa apenas o mercado espanhol. É verdade que a Feira se realiza em Espanha e não é mentira que o mercado espanhol é uma das nossas prioridades, mas sabemos que este certame recebe a visita de pessoas de outras latitudes, de outras zonas geográficas. Para além disto, a nível de Península Ibérica é uma Feira com um peso muito grande. Portanto, é uma aposta no mercado espanhol mas não só. Completa toda a estratégia que a empresa tem. De facto, foi prioritário para a Rocha ter, nos últimos anos, um projecto de internacionalização bem definido e

Vista geral do stand.

Não, diria que tem havido uma evolução. Primeiro, pela proximidade geográfica, Espanha e França, tornaram-se fundamentais. Em determinada altura, a própria ligação que Portugal tinha com algumas ex-colónias em África também, de certa forma, influenciou os mercados de exportação, e, a partir daí, fomos identificando aqueles mercados que no nosso entender estavam mais acessíveis ao produto que a Rocha tinha e tem. Falando da oferta de Produto da Rocha, qual é o caminho a seguir? Em termos de produto temos o nosso caminho bem trilhado ao nível do que é a “trilogia” que a Rocha oferece em termos de gama.

É composta pela pulverização, e dentro da pulverização os pulverizadores de jato transportado e os pulverizadores de jato projetado, pela área dos distribuidores de adubo, e, finalmente, dos equipamentos para vinha. Este é o caminho que nós queremos seguir. Dentro destas três áreas queremos ter os melhores produtos e todos adaptados aos mercados onde estamos presentes. Neste último ano a estratégia da Rocha passou muito por completar as gamas que tinha, dentro da tal trilogia. Com vista a esse objetivo, fomos introduzindo alguns produtos novos em cada uma destas gamas, e, por outro lado, fomos munindo as já existentes com um leque mais amplo de acessórios ou de equipamentos opcionais, por forma a que o cliente tenha uma possibilidade maior de adaptar as máquinas às suas necessidades. Isto porque, hoje em dia, mesmo estando o produto “pronto” nunca pode ser visto como um produto acabado. O desafio para os próximos meses, passa por concluir a mudança de todas as linhas de produção para a nova unidade industrial, sem afetar o nível de serviço prestado ao cliente. Acreditamos na melhoria continua e acreditamos que no final deste projeto estaremos mais bem preparados para enfrentar os desafios seguintes.

Pulverizadores Rocha, Lda • Tel. 229 601 793 • www.pulverocha.pt

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FIMA 2018

SDF na FIMA

com amplo leque de propostas As três principais marcas do Grupo SDF marcaram presença na FIMA, num grande stand onde cada insígnia ocupou o seu próprio território. As novidades mais relevantes da SDF estão associadas a uma atualização da tecnologia de emissões dos motores, para que os modelos do seu portfólio se enquadrem nas mais recentes normas europeias. Em Saragoça, Arnaldo Caeiro, diretor geral da SDF Portugal, sublinhou que, para além das emissões e da evidente evolução no design, a SDF tem vindo a introduzir também diversas outras melhorias que fazem a diferença para o cliente. Numa área de exposição dominada à entrada pelo verde de vários modelos Deuz-Fahr, onde se incluíam as ceifeirasdebulhadoras, a edição limitada Warrior evidenciava-se como representativa do cuidado que o Grupo tem posto no exclusivismo e na personalização.

SDF

Arnaldo Caeiro diretor geral da SDF Portugal

“O Argon 90 é uma série que reúne as características de que a maior parte das explorações agrícolas portuguesas necessitam. É um trator simples e com uma relação qualidade/ preço muito boa.”

Same Virtus 130

Same Argon 90 A mais recente evolução da linha Argon deu origem a 4 modelos, num segmento de potência que vai dos 65 aos 100 cv. Todos eles equipam com motor FARMotion de 3 cilindros, de 2900 cc de capacidade. Esta série expande-se relativamente à anterior geração Argon, nomeadamente com o surgimento do Argon 100 que eleva a potência ao patamar dos 100 cv. “É uma série que reúne as características de que a maior parte das explorações agrícolas portuguesas necessitam. É um trator simples e com uma relação qualidade/preço muito boa”, destacou Arnaldo Caeiro, diretor geral da SDF Portugal,

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que nos guiou na visita ao stand. “O Argon continua a ser um trator com muito mercado em Portugal, sendo dos tratores que o Grupo SDF mais vende”, acrescentou. Para além da atualização do nível de emissões do motor, os Argon ostentam uma nova estética e melhorias de pormenor no posto de condução, nomeadamente com a criação de espaços para arrumos. Com travagem às 4 rodas, e uma largura inferior a 2 m, são tratores convencionais compactos que se adaptam a qualquer exploração, seja no olival tradicional e na vinha, ou nas operações em campo aberto.

Os Virtus foram alvo de uma atualização cujo maior destaque está na propulsão. Com um bloco FARMotion Tier 4F, de 4 cilindros e 3,8 litros, o Same Virtus 130 (126 cv) exposto na FIMA é o modelo do meio desta série. O modelo de entrada (Virtus 120) disponibiliza 116 cv e o de topo (Virtus 140) disponibiliza 136 cv. Situada num segmento que

é muito importante para Portugal, esta série conta com uma transmissão 30/30 (ou 60/30 opcional), podendo o cliente optar por incluir suspensão na cabine (mecânica ou pneumática) e no eixo da frente. Para além do nível de potência, os Virtus 130 e 140 diferenciam-se do Virtus 120 na distância entre eixos (2540 e 2550 mm) e na carga máxima admissível (8000 e 9000 kg).

Same Deutz-Fahr Portugal, Lda • Tel. 217 653 550 • www.samedeutz-fahr.com/pt


FIMA 2018

Deutz-Fahr 7250 TTV Warrior A cor preta e a proteção do escape em inox são os mais imediatos traços que diferenciam a edição limitada do modelo de topo da série 7. Com 250 cv de potência e transmissão de variação contínua, o Deutz-Fahr 7250 TTV Warrior inclui ainda acabamentos requintados no interior da cabine. Os dois assentos são forrados a pele e o tapete está personalizado com a designação Warrior. “É um trator exclusivo e isso faz com que os clientes demonstrem tanto interesse por este modelo” sublinhou o responsável da marca.

Lamborghini Spark 165 RCShift Na zona dedicada à Lamborghini, o Spark esteve em evidência como distinto representante de uma série que vai dos 155 aos 215 cv. Na cor branca, as linhas desenhadas pela Giugiaro sobressaem ainda mais, revelando um estilo Lamborghini que despertou a atenção de muitos visitantes da FIMA. Na linha Spark existem seis diferentes patamares de potência com a particularidade de nos três modelos de entrada (155, 165 e 175) ser dada ao cliente a possibilidade de optar por motores de 4 ou de 6 cilindros.

“É um trator muito configurável. Pode ir desde uma versão simples até uma versão muito equipada”, explicou Arnaldo Caeiro. A lista dos opcionais inclui o tipo de faróis (LED ou halogéneo), a suspensão da cabine (mecânica ou pneumática), a travagem para reboque (só hidráulica ou também pneumática), e a suspensão no eixo da frente. No que respeita à transmissão, são três as propostas: powershif normal, powershift robotizada (RCShift) ou variação contínua (VRT).

Deutz-Fahr 9340 TTV Warrior A finalização de acabamentos Warrior contempla também o modelo mais potente da série 9. Com 340 cv de potência e transmissão TTV, este trator distingue-se ainda por apresentar discos externos no eixo da frente. A propósito desta edição limitada, Arnaldo Caeiro referiu que “a cada país é atribuído um certo número de unidades, em função do potencial do mercado”.

Lamborghini Strike 115 TB Um trator de baixo perfil da série Strike TB foi outra das apostas da marca para mostrar na FIMA. São dois os modelos disponíveis nesta série. Com 105 e 115 cv de potência, e apenas em versão sem cabine, vêm substituir os R3 TB e apresentam características que os tornam apropriados para a agricultura tradicional mediterrânica. Arnaldo Caeiro mencionou as aplicações típicas dos Strike TB. “É um modelo que tem vindo a conquistar terreno em Portugal, sobretudo nas explorações do sul. Porque é muito polivalente. Permite trabalhar sob o coberto de árvores, nomeadamente no olival tradicional”. Além disso, “tem um desempenho muito bom em tarefas tipicamente para tratores de campo aberto, nomeadamente mobilização de solo e também na utilização de carregador frontal”, sublinhou.

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Stand da Stagric na FIMA 2018 com destaque para a gama Ecológica.

Equipa Stagric.

Prémio PME Excelência 2017 A STAGRIC, Lda. foi distinguida com o prémio PME Excelência 2017, um prémio IAPMEI atribuído às empresas que anualmente apresentam os melhores desempenhos dentro do grupo das PME Líder.

Mais flexível, mais forte STAGRIC

O fabricante da zona de Torres Vedras marcou, uma vez mais, presença no evento espanhol. Continua a apostar na expansão da gama de pulverização, e aproveitou para apresentar a nova geração de equipamentos para a mecanização da vinha. Uma empresa exportadora com ambição internacional, que continua a fazer da flexibilidade o seu principal trunfo para a conquista de novos mercados.

C

om mais de trinta anos de existência, a Stagric é uma empresa especializada em pulverização e equipamentos para a mecanização da vinha. Com uma história de sucesso pautada pela inovação, acaba de expandir e renovar a sua gama ecológica que “apresenta um desempenho superior e duradouro quando comparada com a anterior”, começou por explicar João Elias, proprietário e fundador da empresa. Inserida num sector cada vez mais competitivo, esta mudança associa-se à motivação de desenvolver processos produtivos cada vez mais eficientes. “O lançamento acompanha as atuais preocupações ecológicas e evidencia o nosso compromisso com a satisfação do cliente e a melhoria contínua dos processos”, elucidou. Nos depósitos, o amarelo deu lugar ao cinzento, promovendo uma nova aparência com design único. No que diz respeito aos equipamentos para a mecanização da vinha, o principal destaque em Saragoça foram as despampanadeiras. “Expandimos a nossa gama de despampanadeiras com três novas referências, que tem mais expressão para os mercados

Stagric, Lda. • Tel. 261 740 250 • www.stagric.com

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externos onde atuamos. Os modelos que já existiam foram alvo de grandes melhorias e estão agora mais completos e eficientes”. Outra novidade foi o dispositivo que passa a equipar as prépodadoras, que permite limpar os arames através de um batedor de sarmentos. Em comparação com 2016, destaca-se ainda a mais recente gama de turbinas inversas que equipam todos os modelos de atomizadores, bem como, nos pulverizadores rebocáveis, as novas bombas e comandos elétricos. Relativamente às vendas no mercado espanhol, João Elias afirma que “a gama de equipamentos para a mecanização da vinha é a que tem mais impacto, mas muitos clientes que começaram pelas despampanadeiras e prépodadoras, apresentam atualmente um grande interesse pela gama de pulverização”.

Finalmente, o fundador da Stagric falou sobre o processo de internacionalização da marca. “Espanha é o primeiro mercado de exportação e representa mais de 20% da faturação total da empresa. O mercado francês também tem subido bastante e é já o segundo mercado de exportação tendo ultrapassado o Chile e a África do Sul. É um mercado que procura máquinas especiais, personalizadas, sobretudo despampanadeiras. Somos procurados porque temos muita flexibilidade para dar resposta aos pedidos especiais que nos chegam do nosso distribuidor nesse país, o que nos permite chegar a nichos de mercado que se têm vindo a tornar importantes para nós”, concluiu.

Despampanadeiras próprias para trabalhar em vinhas em socalcos devido à sua capacidade de recolher.

Pré-podadora equipada com batedor de sarmentos para limpeza dos arames.


FIMA 2018 FIMA 2018

Fima A NOSSA 2018 SELEÇÃO ADR GROUP

www.adraxles.com

AG GROUP

Chega a Portugal de forma oficial

será, para já, assegurada por Casimiro (na foto com Pasqual Galindo),que será responsável por uma rede de concessionários que tem vindo a ser desenvolvida e melhorada para o mercado português. Mas a ideia passa pela criação de uma filial com instalações em território nacional para assegurar o melhor serviço possível aos clientes e concessionários das marcas representadas pela empresa. Para já a empresa irá marcar presença nas feiras da Trofa, Santarém e Agroglobal. A empresa representa marcas como a Claydon, a Alpego ou a Strautmann. www.ag-group.es

AGRINAVA

www.agrinava.com

“2018 é o ano de Portugal!”. A afirmação pertence a Pasqual Galindo, gerente da AG Group, empresa que adotou este nome há quatro anos mas que tem já muitos mais de experiência sob outra designação.”O ano de fundação da empresa é 1987, primeiro como Vogel&Noot e, desde há quatro anos, como AGGroup. Como projecto físico a empresa surgiu este ano, para Espanha e também Portugal, sendo portanto um verdadeiro projeto ibérico. Até agora estivemos em Portugal via Espanha, através de parcerias com alguns concessionários, mas definimos que 2018 seria “o ano de Portugal”. A presença

ANTONIO CARRARO

Para além do sempre impressionante Mach4 com rastos de borracha, a Antonio Carraro tinha em grande destaque no centro do seu stand o modelo TRG 10900R. Este rígido reversível é um dos modelos de topo da marcar italiana. Equipa com cabine AIRcab, motor Kubota de 98 cv e transmissão 16/16. Pensado para as vinhas e os pomares, pode também aventurar-se em algumas tarefas em campo aberto. www.antoniocarraro.it

ATG

ANDREAS STIHL www.stihl.pt

O Grupo ATG (Alliance Tire Group) que conta na sua gama com uma ampla variedade de pneus especializados e soluções à medida para todo o tipo de aplicações e operações, é um reputado líder mundial em pneus para diversos sectores, apresentou no seu stand da FIMA o Alliance 389VF, apresentado neste número na

rubrica “Produto”. Outra gama em destaque era a Alliance 350, uma gama especialmente pensada para cultivos em linhas que se caracteriza por ter ombros arredondados para proteger a terra e as culturas, uma carcaça resistente e uma cinta rígida. www.atgtire.com

AGROINTELLI

Apresenta porta-alfaias autónomo

A quantidade de rodas e o engate de três pontos são as únicas semelhanças que existem entre esta máquina e um trator. Tirando isso, tudo é diferente. Desenvolvido pela firma dinamarquesa Agrointelli, o Robotti destina-se precisamente a substituir o trator em tarefas onde não faça falta nem muita disponibilidade de potência nem o emprego da TDF. Embora pese apenas 600 kg, a capacidade de elevação do Robotti é de 750 kg. Possui 4 rodas motrizes, uma velocidade de trabalho até 8 km/h e pode ser conduzido e controlado através de um dispositivo móvel. Na FIMA 2018, junto a um exemplar da máquina, falámos » ABOLSAMIA março / abril 2018

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FIMA 2018

com Kamila Smolucha, diretora de comunicações da marca: “É um porta-alfaias que trabalha de forma autónoma, portanto não há necessidade de uma pessoa a conduzir. No meio dos dois módulos pode instalar-se qualquer alfaia que possua engate de três pontos. É adequado a aplicações como a sementeira, a monda, ou a pulverização”, explicou. A conversa incidiu também sobre as perspetivas para este produto: “Esperamos vir a ter já este ano cerca de 20 agricultores dinamarqueses a usarem esta máquina no campo. Este motor é a diesel mas no próximo ano vamos começar a desenvolver uma versão 100% elétrica”, adiantou. “Nesta fase a nossa presença limita-se ao mercado dinamarquês mas estamos aqui na FIMA 2018 à procura de oportunidades de colaboração para o futuro” concluiu. www.agrointelli.com

ARBOS

Presença de peso Como marca em fase de afirmação, a Arbos surpreendeu

os visitantes da FIMA por um lado devido à imponência do seu stand, por outro devido à dimensão do portfólio de equipamentos. Nos tratores de alta potência fez a estreia absoluta da série 7000, teve em exibição a sua linha de especializados e uma gama de alfaias que está a expandir-se. Estreia da série 7000 A marca levou a Saragoça o Arbos 7260 na sua versão final, como chegará ao mercado. Equipa com um motor FPT de 6 cilindros, com 6,7 litros, preparado para o nível de emissões Fase V. A potência máxima situa-se nos 260 cv, encerrando uma faixa de potência que começa nos 25 cv. A transmissão apresenta-se com uma configuração 60/15 e inversor eletro-hidráulico. O sitema hidráulico (load sensing), com fluxo de 160 L/ min, pode ser configurado com 5 distribuidores de atuação eletrétrica e tem uma capacidade de 11.500 kg. Alfaias em cor Arbos A Arbos pegou nas alfaias provenientes da Matermacc e está a introduzir-lhes melhorias. Mas para além da linha existente, tem em marcha o acrescento de novos

BKT No stand da FIMA, a BKT expôs quatro modelos da sua gama AGRIMAX, já apresentados em edições anteriores d’abolsamia:

produtos. É o caso de um pulverizador rebocado (ainda em versão protótipo) que esteve em exposição no centro do stand. Na conferência de imprensa realizada na FIMA, os responsáveis pela marca reiteraram o propósito de dispor de uma gama de alfaias que, em termos de tecnologia e qualidade de componentes, se posicione num segmento médio/alto. www. arbos.com

BMH

O fabricante espanhol de carregadores frontais deixou de fabricar os carregadores para a John Deere, que passou a fabricá-los “em casa” (a estrutura é construída no México e finalizada na Europa). Neste momento a BMH não tem rede de distribuição em Portugal visto o acordo com a marca de Manheim ter terminado há relativamente pouco tempo, mas estão livres para encontrar um parceiro no nosso país. A BMH fabrica carregadores de todas as dimensões, desde o pequeno V180 (a partir dos 12 cv) até ao eXtrem 480 (280 cv). Fornece também os acessórios que são fabricados por um outro parceiro espanhol. www.bmh.es

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• o Agrimax V-Flecto na medida VF 710/60 R 42 NRO, que se caracteriza por una reduzida compactação do solo, menores custos operativos e uma maior capacidade; • o Agrimax Force, na medida IF 800/70 R 42. Este pneu radial com tecnologia IF, foi especialmente desenvolvido para os tratores de mais de 250 cavalos, assegurando máximas prestações. • o Agrimax Fortis (medida 710/75 R 42) ideal para todas as operações de preparação, plantação e tratamento do terreno. Projetado para os tratores 4RM de elevada potência, destaca-se por oferecer uma excelente tração mesmo nos terrenos mais críticos. • Agrimax Teris (medida 800/65 R 32) é o pneu radial ideal para suportar o peso cada vez maior das ceifeiras debulhadoras e distribuidores de adubo modernos sem causar danos às culturas. • O representante da gama Ridemax, na medida 560/60 R 22.5, Ridemax FL 693 M, é idela para máquinas que se deslocam por estrada com reboques ou cisternas. • Por último, da linha Multimax, o MP 527 na versão 440/80 R 28. Este pneu radial polivalente foi proetado especificamente para os elevadores telescópicos utilizados nas aplicações agroindustriais. www.bkt-tires.com


FIMA 2018

BCS

Os Volcan K105, em destaque no stand do Grupo BCS, já apresentados, são tratores especializados que combinam a mais avançada tecnologia ‘made in BCS’ com a máxima eficiência na produção e em relação ao meio ambiente. Equipam com motor Kubota de 3,8 litros, de gestão eletrónica de 98 CV de potência Tier IIIB que responde às atuais normas europeias sobre emissões: uma supremacia entre os tratores isodiamétricos que se traduz em menores consumos, menores emissões perigosas e maior conforto para o utilizador. http://pt.bcsagricola.com

BEPCO

www.bepcoparts.com

Elios 240 Posicionados no ‘catálogo’ acima dos Nexos e abaixo dos Atos, os Elios são a opção para quem procura um Claas convencional compacto com motor de 4 cilindros. No stand, Guillaume Charlès, diretor de marketing mais carga, tanto no campo como na estrada. A carcaça resistente e flexível, com tacos mais largos e profundos, proporciona uma excelente tração e um vida útil longa. Em conjunto com os pneus VT-Tractor, VT-Combine e VX-Tractor da Bridgestone, a marca Firestone também esteve representada no espaço com os modelos Performer 95, Maxi Traction 65 e Duraforce UT. www.bridgestone.com

CLAAS

Equipamentos à escala Ibérica A Claas levou à FIMA um lote de máquinas representativo da sua gama, onde se incluíam modelos para explorações de pequena ou média dimensão. É o caso da mais pequena das articuladas Torion e do trator Elios. Torion 535

na divisão de tratores da Claas, falou-nos desta série: “Os Elios são da mesma família dos Nexos. Têm o mesmo tipo de transmissão mas mais reforçada, o que permite pôr um maior nível de carga neste trator. Temos esta versão de plataforma mas disponibilizamos também uma versão cabinada. É um tipo de trator que pode ser usado em pomares com espaçamento largo, mas também noutras tarefas, como por exemplo nas explorações criadoras de gado que têm instalações baixas e onde este trator entra com facilidade”, explicou. Com 103 cv, o Elios 240 é o modelo mais potente de uma série que começa nos 75 cv. www.claas.com

FARMING AGRÍCOLA

Apresenta novas marcas

BRANSON

www.bransontractor.com

BRIDGESTONE A Bridgestone esteve presente na feira de maquinaria agrícola de Saragoça, onde apresentou em ante-estreia o novo Premium VX-Tractor, com o qual os agricultores poderão transportar

As carregadoras articuladas estão a afirmar-se no segmento agrícola e a Claas acompanha a tendência ao inclui-las no seu portfólio. Em Saragoça, a marca alemã expôs a Torion 535. Este é o modelo de entrada de uma série composta por 7 modelos. Equipa com motor Yanmar de 63 cv e transmissão hidrostática que alcança os 20 km/h. Pode manusear 3,45 t. de carga no ângulo máximo de articulação.

A importadora em exclusivo para a Península Ibérica das marcas Krone, Amazone, Tanco, BvL, Teagle e Bauer apresentou

novidades na FIMA. A Amazone foi galardoada com uma Novidade Técnica Destacada na categoria de máquinas acionadas e automotrizes, pelo seu sistema SwingStop Pro que apresentamos neste número nas páginas que dedicamos às Novidades Premiadas. A Krone apresentou o seu primeiro agrupador de fardos — BaleCollect — que equipa com uma lança de tração hidráulica única para um funcionamento totalmente seguro do reboque durante as deslocações por estrada. Também apresentou a nova segadora EasyCut B 950 Collect com agrupador de linhas através de senfins transversais sem condicionador o que torna a máquina mais leve e como tal, necessitando de um trator de menor potência. Estavam também expostas as embaladoras Tanco da série 1500, para fardos redondos e retangulares, e ls reboques misturadores BvL. A Farming Agrícola apresentou, nesta edição da FIMA, duas novas marcas, Teagle e Bauer. No stand estava a processadora de palha Teagle Dual Chop, que faz 64.500 cortes por minuto. Apresentou também a sua nova linha de negócio, Farming Water, da qual a marca Bauer é a principal protagonista. Outros equipamentos mostrados no stand foram os separadores de chorume, cisternas de poliéster, equipadas com bomba para a sucção e absorção de chorume, e o pivot Centerstar 9000 de 18 metros. www.farmingagricola.com

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FIMA 2018

FENDT

Evidencia modelos de entrada e de topo Para além da gama forrageira e das linhas de tratores já conhecidas, a Fendt colocou na zona fronteira do seu stand as duas séries que queria mostrar primeiro. Era aí que estava um elemento recém-chegado ao seu portfólio, o aparatoso modelo de rastos 900 MT Vario, e também os renovados 200 Vario. 900 MT Vario

Com motor AgcoPower de 7 cilindros e 9,8 litros, a principal evolução deste trator em comparação com o seu antecessor sob as cores da Challenger é a inclusão de uma caixa de variação contínua. Esta série é composta por três modelos que vão dos 380 aos 430 cv.

200 Vario A linha 200 Vario foi adaptada às mais recentes normas de emissões e renovada em diversos pormenores. Essa renovação abrangeu os 200 Vario especializados (V/N/P) e também os 200 Vario em ‘formato’ convencional. Nesta última variante, a série vai dos 77 aos 111 cv e é servida por um motor Agco Power de 3 cilindros com 3,3 litros. www.fendt.com

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GRIMME

www.grimme.com

MAMUT

Ensiladora Kxon com caixa de carga

pode continuar operar nos intervalos em que um reboque não esteja a acompanhar. O compartimento apresenta 36 m³ de capacidade e porta traseira telescópica. A descarga é feita através de dois tapetes rolantes com duas regulações de velocidade. Todas as funções do compartimento de carga são controladas a partir de um painel dedicado. A tração traseira é hidrostática, independente da tração do eixo principal, e gerida através de um centralina eletrónica. Como opcional, o cliente pode optar por incluir um sistema de pesagem com impressão de ticket. Todos os modelos de ensiladoras New Holland FR são compatíveis com esta alteração. À designação original de cada modelo é acrescentado o nome Kxon, que sinaliza a intervenção feira pela Mamut Technology. www.mamut-tech.com

KUHN

Várias inovações na FIMA A FIMA esteve confinada quase na totalidade aos 11 pavilhões que nesta 40ª edição foram ocupados pelos expositores. Dizemos quase porque algumas empresas marcaram presença também em pátios exteriores. Foi o caso da Durán Maquinaria, que entre várias outras marcas assegura a distribuição de ensiladoras New Holland transformadas pela Mamut Technology. A Mamut é uma firma galega da região de Lugo que executa diversas transformações a pedido dos clientes. Um dos trabalhos mais vistosos do seu portfólio é a adição de um reboque às ensiladoras New Holland FR. O modelo Kxon FR700, que esteve em exposição, altera por completo o conceito de ensiladora, acrescentando-lhe um compartimento de carga que pode bascular para dentro de um reboque a 4,30 m de altura. Com esta configuração, a máquina

A Kuhn continua a adicionar inovação à sua gama de alfaias. Isso ficou claro para quem esteve no stand da marca em Saragoça, desde logo devido às duas distinções atribuídas pelo concurso de novidades da FIMA. As soluções tecnológicas premiadas foram o controlo de secções nas charruas VariMaster L e o sistema doseador Speed Servo nos distribuidores de fertilizante Axis.2, embora o lote de novidades fosse mais extenso. Desse lote, damos destaque à enfardadeira.

melhorias comparativamente com a geração anterior. As correntes foram reforçadas, os rolos são em maior número, e a lubrificação é feita automaticamente. O pick-up é pendular, para copiar o relevo do terreno, e inclui dentes excêntricos. Quando estes atingem a parte superior, recolhem para não continuar a empurrar forragem para trás o que originava perdas. A FB 3130 equipa com um rotor integral fabricado em hardox redesenhado para permitir uma alimentação de forragem mais fluida e em maior quantidade para dentro da câmara. O rotor pode ser configurado sem facas, com 14 facas ou com 23 facas, dependendo do nível de trituração pretendido. Esta máquina está dirigida a clientes que façam forragem para ensilagem, ou que pretendam armazenar feno ou palha em fardos de dimensões mais reduzidas (122x125) do que numa máquina de câmara variável. www.kuhn.com

JOHN DEERE

Dos pequenos especializados ao gigante 9RX No stand da John Deere, que foi dos mais concorridos ao longo de toda a feira, os visitantes puderem apreciar a extensa gama da marca. Desde os especializados da série 5, nas suas diferentes variantes, passando pelo convencional 5R, pelo maior dos 6R e pelo gigante 9RX, o articulado de rastos que encerra a gama deste construtor, pelo meio houve ainda para ver as alfaias forrageiras, as ceifeirasdebulhadoras e as ensiladoras. Série 5 GF

Enfardadeira FB 3130 PowerTrack Nesta enfardadeira de câmara fixa, a Kuhn introduziu diversas


FIMA 2018

Na linha de especializados, destacamos os fruteiros da série 5 na variante GF. Sob esta configuração, são três os modelos propostos pela John Deere, com potência entre os 75 e os 105 cv. Partilham todos o mesmo bloco de 4 cilindros e 3,4 litros. Na transmissão, são três as opções: 12/12 e 24/12 com inversor sincronizado, ou 24/12 com inversor electro-hidráulico. Série 5R

Este articulado de rastos da John Deere é de caras um gigante para áreas muito extensas e para arrastar alfaias a apontar para uma grande largura de trabalho. No stand, estava exposto com a secção traseira sobre um plano inclinado, para exibir o ângulo de oscilação central que lhe permite adequar-se aos contornos do terreno. www.johndeere.com

LANDINI

Afirma linha de especializados

Muito importante também no contexto da nossa agricultura é a série 5R. Composta por quatro modelos, esta série começa nos 90 cv e vai até aos 125 cv. Equipa com motor de 4 cilindros e 4,5 litros, e transmissão Command8, em configuração 32/32, que pode funcionar em modo manual ou em modo automático. Série 6R

O 6250R, com 250 cv de potência nominal (300 cv com boost), é o modelo mais potente de uma família de tratores de 6 cilindros que começa logo nos 175 cv. Neste segmento de potência, a John Deere disponibiliza apenas a transmissão AutoPowr. Série 9RX

Na FIMA, a marca italiana tinha a sua gama alinhada em duas filas: convencionais numa, especializados na outra. Tratando-se de uma feira de perfil mediterrânico, não é de admirar o grande enfoque posto nos especializados e em particular na série Rex 4. Equipada com motor Deutz de 4 cilindros e 2,9 litros, e opção de três transmissões (12/12, 32/12 ou 48/16) esta série é composta por seis modelos entre os 70 e os 112 cv. Cada modelo desdobra-se em diferentes variantes (GB, GT, GE, V e F), que se diferenciam pelas suas dimensões (altura e largura) consoante o perfil da cultura. Os Rex 4 estão disponíveis em versão cabinada (categoria 4 é opcional) ou plataforma. www.landini.it

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FIMA 2018

LEMKEN

MASSEY FERGUSON

S significa premium

Da área de exposição da Lemken, destacamos o novo pulverizador rebocado Vega 12. Pode comportar depósitos de 3.000, 4.000 ou de 5.000 litros e barras dos 15 aos 30 m. O eixo, que pode incluir suspensão, permite larguras de via entre 1,50 e 2,35 m. A lança de engate ao trator inclui ajuste hidráulico em altura. São disponibilizadas duas configurações de bomba: 2x200 ou 2x260 L/min. www.lemken.com

Na sua área de exposição, a MF exibiu uma grande variedade de equipamentos, desde os carregadores telescópicos, passando pelas enfardadeiras e pelos tratores especializados, e terminando nos convencionais. Nesta categoria, o renovado design das séries “S” (que correspondem aos modelos com especificações premium) chamava a atenção dos visitantes.

eletro-hidráulico está disponível em opção. www.masseyferguson.com

MASCHIO GASPARDO www.maschio.com

RECINSA

www.recinsa.es

MF 6715 S Dyna6

MICHELIN

LOPEZ GARRIDO

Dá relevo ao TOTY À execpção de um X7.450, todos os modelos McCormick expostos na FIMA ostentavam uma tonalidade especial, a puxar ao bordeaux. Para além do sempre impressionante X8, a marca pôs em destaque no seu stand um X6.440 VT-Drive com carregador frontal e decorado com autocolantes referentes ao prémio conquistado no Tractor of the Year. Recorde-se que este modelo X6.4 venceu a categoria de Melhor Utilitário, por um conjunto de características onde se salienta a transmissão de variação contínua desenvolvida internamente pela marca. www.mccormick.it

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SAFLOWERS

Apresenta estendedora de rede

www.lopezgarrido.com

MCCORMICK

rápida de facas e suspensão hidropneumática. É compatível com o sistema Cross Flow, um sistema de sem-fim que, sem condicionador, encordoa a forragem ao centro do trator, no mesmo enfiamento de uma gadanheira frontal. O Cross Flow tem um desenho fechado que segundo a marca previne a existência de perdas. www.poettinger.com

Em grande destaque no stand estava o MF 6715 S, que é um dos modelos do meio de uma série que vai dos 140 aos 200 cv de potência. Esta série equipa com motor Agco Power de 4 cilindros, com 4,9 litros. Na variante Dyna6, a transmissão é uma 24/24 robotizada que conta com função de paragem ativa.

A Michelin mostrou no seu stand três produtos que receberam todas as atenções do público: o EvoBib, apresentado pela primeira vez na Feira, o AxioBib 2 e o CargoXBib HF. www.michelin.com

PÖTTINGER

MF 6713 Global

Os MF 6700 são os tratores mais potentes da série Global. Sob esta designação, a MF propõe o 6712 (120 cv) e o 6713 (130 cv), ambos com motor Agco Power de 4 cilindros com 4,4 litros. A transmissão é uma 12/12 sincronizada. O inversor

Entre alfaias para preparação de solo, sementeira e recolha de forragem, havia muito para ver no stand da marca austríaca. Damos destaque à gadanheira Novacat 352 Cross Flow. Com largura de trabalho de 3.46 m, a Novacat 352 apresenta um sistema de substituição

Sediada em Huesca, a Saflowers tem vindo a dedicar-se ao desenvolvimento e fabrico de equipamentos para fruticultura. Propõe ferramentas manuais para monda de frutos mas a maior parte do seu portfólio é composto por utensílios destindos à pulverização com ATV’s, um tipo de veículos cuja utilização agrícola está em crescimento. Um outro ramo de negócio que a Saflowers começa também a explorar são as alfaias para tratores. A esta edição da FIMA levou a estendedora/enroladora de rede Seedless 95 que patenteou recentemente. Esta destina-se a colocar uma cobertura de rede em filas de pomares. Nas laranjeiras, tem por objetivo produzir laranja sem caroço. Mas serve também para proteger as árvores do ataque


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de pragas, e da ação de geadas e granizo. É constituída por um braço telescópico que atinge 5,5 m de altura e requer um trator com potência mínima de 60 cv. Para desenrolar e fixar a rede, são necessárias três pessoas. Uma pessoa manobra o trator e as outras duas fixam a rede em cada um dos lados da fila do pomar. Com este sistema consegue-se fazer a cobertura de 3 a 4 hectares de árvores por dia. http://saflowers.es https://vimeo.com/204390625

SOCIMAVIS

www.socimavis.com

TRELLEBORG

Para além de outras novidades premiadas, como o pneu inteligente Pneutrac, já publicadas em números anteriores da Revista, estava em destaque no stand da Trelleborg o PneuTrac, na medida 480/65T28. Esta é uma nova geração de pneus agrícolas inovadores que combina as vantagens dum pneu agrícola radial com os benefícios dos rastos. Fabricado para oferecer um grande rendimento tanto em pendentes pronunciadas como em terrenos lamacentos. www.trelleborg.com

VENTURA

galardoado pelo Tractor of the Year e pelo Maschine des Jahres, esteve em exibição com uma pintura especial alusiva ao à bandeira finlandesa, país de onde a marca é originária. www.valtra.com

VINOMATOS

VENTURA Especializada no fabrico e distribuição de maquinaria florestal, agrícola e biomassa desde 195, a empresa Ventura participou uma vez mais na FIMA para expor a sua amplia gama mais inovadora. www.venturamaq.com

A Vinomatos apresentou as suas soluções chave na mão para a plantação mecanizada da vinha e outras culturas especializadas. www.vinomatos.com

VALTRA SPAREX

www.sparex.com

A marca escandinava marcou presença na FIMA com as suas séries principais: série A (convencional), série N, T e S. O Valtra T, que em 2017 foi

ABOLSAMIA

www.abolsamia.pt

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EMPRESAS

STIHL E VIKING

15º ENCONTRO DE

NACIONAL

CONCESSIONÁRIOS

Juvenal Martins

Só boas notícias. O Grupo Andreas Stihl continua a crescer no Mundo, a filial portuguesa bateu um novo recorde de faturação e a rede de Concessionários está mais forte. A par com o desempenho, muitas melhorias na gama de produtos. A abrir a 15ª convenção nacional da filial portuguesa Andreas Stihl, Juvenal Martins deu dá as boas vindas aos cerca de 230 presentes. Como é habitual, a convenção que juntou os concessionários portugueses decorreu durante a feira Expojardim, na Batalha. Antes mesmo da apresentação dos novos produtos, o gerente da filial destacou os bons resultados globais do Grupo, nomeadamente no exercício anterior em que o valor de faturação atingiu os 4 mil milhões de euros. Um resultado para

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Viking LE 240 Escarificador elétrico destinado a particulares com jardins de pequena e média dimensões.

EM DESTAQUE

Stihl Portugal estabeleceu um novo recorde de faturação EQUIPAMENTOS MAIS VERSÁTEIS E MAIS INTELIGENTES Apresentamos de seguida uma seleção dos produtos novos ou com melhoramentos. Em termos de tendências, a Stihl tem procurado que a utilização dos seus equipamentos se torne cada vez mais simples para o utilizador, apostando na versatilidade das máquinas em termos de função. A aposta em versões a bateria tem vindo a aumentar.

Stihl MS 462 C-M Motosserra a gasolina convencional, com sistema M-Tronic (gestão totalmente electrónica do motor) e menos 0,7 kg que o modelo 461 que vem substituir. Já disponível.


EMPRESAS

Stihl Arnês florestal Advance X-Treem destinado a todos os utilizadores de motorroçadores profissionais.

Stihl KMA 130 R Sistema combinado a bateria, gama Pro, destinado a utilizadores privados com jardins grandes, utilizadores exigentes, agricultores, jardineiros e paisagistas. (Disponivel no 2º trimestre 2018)

o qual foi decisivo o aumento das vendas de equipamentos a bateria, especialmente por parte do mercado norte americano, que a Stihl quer continuar a impulsionar. Também a filial portuguesa estabeleceu um novo recorde de faturação, com um crescimento da ordem dos 10% face ao exercício de 2016, aproximandose agora dos 20 milhões de euros

de faturação anual. Juvenal Martins disse ainda que a rede de concessionários continua a crescer apoiada pela Stihl Portugal através de ações contínuas de formação técnica e comercial do produto. A Stihl comunicou ainda que quer ser reconhecida no mercado como um fornecedor de “produtos e soluções

inteligentes”. Nesse sentido, apresentou na Convenção o novo sistema digital “Stihl Connected” que tem por objetivo alargar a compatibilidade entre os produtos com as suas marcas e os produtos concorrentes. Para além dos produtos destacados nesta reportagem foram ainda apresentados: Foice a motor de mochila Stihl

FR 131 T, a gasolina, com motor 4-Mix, destinada a jardineiros, agricultores e privados exigentes e o sistema Multimotor Stihl MM 56, com motor 2-Mix, destinada a utilizadores hobby, semi-profissionais e empresas de jardinagem, manutenções de relva, preparação de solos e limpezas de superfícies, disponível no 2º trimestre 2018.

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EMPRESAS John Deere

John Deere

Temos a melhor rede de concessionários do mercado Entrevista a Enrique Guillén Por JOÃO SOBRAL

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John Deere EMPRESAS

PERFIL: ENRIQUE GUILLÉN Começou a trabalhar na John Deere em 1997, assim que terminou a sua formação na Universidade Politécnica de Madrid como Engenheiro Agrónomo. Daí para cá, já desempenhou vários cargos na companhia em Espanha mas também em Portugal. Exerceu ainda funções no departamento de marketing da John Deere em Mannheim, e foi de terras germânicas que regressou há dois anos e meio para liderar a John Deere Ibérica.

N

o seu percurso profissional, totaliza já mais de 20 anos ao serviço da companhia, mas foi em setembro de 2015 que assumiu as funções de diretor geral para Portugal e Espanha. Devido ao contacto próximo que desde há vários anos mantém com a rede de concessionários e com os clientes, conhece Portugal de lés-a-lés e tem vindo a acompanhar a evolução da agricultura portuguesa. Enrique Guillén é fluente em português e foi precisamente na língua de Camões que percorremos uma variedade de temas relacionados com a atividade da John Deere. Falámos da gama, falámos do mercado, falámos de tecnologia, mas o melhor mesmo é o leitor tirar uns minutinhos, entrar também na conversa, e pôr-se a par de tudo.

Considerando a marca, a gama de produtos, e os serviços que disponibiliza, o que diferencia atualmente a John Deere de outros fabricantes full-liners? É todo o percurso de uma companhia que tem 181 anos de história e uma vocação sempre dirigida ao cliente. Dentro do que a John Deere pode oferecer, há muito tempo que não falamos só de máquinas. Falamos de um trator ou de uma máquina, mas falamos também de financiamento, da extensão de garantia, da conectividade das máquinas e de uma gama completa de serviços que é proporcionada pelo profissionalismo da nossa rede de concessionários. No mercado europeu, quem é o cliente típico da John Deere? Depende do país, depende da cultura, e depende do tamanho da exploração.

Felizmente a John Deere pode dar resposta a todo o tipo de agricultura. Por vezes a marca está mais associada às explorações grandes mas esse é um cliché que temos de abandonar, porque a John Deere tem desde tratores de 25 cv até tratores com mais de 600 cv, como estamos a apresentar na FIMA 2018. A John Deere tanto pode dar resposta a um agricultor que tem uma pequena exploração e precisa de um trator simples, como pode dar resposta ao agricultor que necessita de especificações médias ou premium. Temos sempre a possibilidade de fazer a configuração da máquina de acordo com as necessidades do cliente. Como consegue a marca responder a realidades que por vezes são tão distintas? A John Deere procura escutar o cliente e saber do que é que ele precisa. Não começamos por falar

“O paradoxo é que a nova normativa de emissões provocou uma evolução do mercado para uma situação mais contaminante”

das nossas máquinas mas sim do negócio do cliente. O cliente transmite quais são desafios da sua atividade agrícola e a John Deere tem de identificar como é que pode ajudá-lo da melhor maneira possível. Às vezes a solução poderá ser um trator ou uma máquina. Mas normalmente é sempre um conjunto de soluções adaptadas a cada agricultor, numa agricultura que está mais profissional e mais desenvolvida. É a agricultura de precisão, em que somos pioneiros, é um pacote de financiamento, é uma máquina conectada, com tecnologia de diagnóstico... A John Deere continua a obter uma maior afirmação em Espanha do que em Portugal. A que se devem os melhores resultados em território espanhol? O primeiro fator está relacionado com a longevidade da presença direta no país. A John Deere, como marca criada em 1837, desembarcou na Europa em 1956 através da aquisição da histórica marca alemã Lanz. A Lanz tinha uma fábrica em ABOLSAMIA março / abril 2018

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EMPRESAS John Deere

“A gama que a John Deere tem está perfeitamente adaptada às necessidades da agricultura açoriana como região produtora de leite” Espanha, em Getafe, que automaticamente passou a fazer parte da John Deere. É por isso que a nossa rede de concessionários em Espanha está já com mais de 50 anos de presença direta. Há por isso uma história de vínculos muito fortes. Estamos com empresas que vão já na terceira geração da família no negócio. Em Portugal, a John Deere demorou mais tempo a começar atividade. E começou com um modelo de negócio diferente, através de um importador, a Fassio, portanto sem presença direta. Em 1996 é que decide passar a ter presença direta, com uma rede de concessionários, à semelhança do que tinha em Espanha. Agora, já temos em Portugal concessionários com uma relação de mais de 20 anos com a marca. E hoje há exatamente o mesmo nível de profissionalismo em toda a redes de concessionários, seja em Portugal ou em Espanha. A única diferença é em termos de longevidade da presença direta. A abordagem ao mercado português

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em termos de rede de distribuição, composta por concessionários fortes, tem-se revelado uma aposta ganha? A John Deere completou uma restruturação da sua rede de concessionários em Espanha e em Portugal. Esta restruturação terminou em 2016, e a John Deere está onde queria estar. Temos vindo a criar uma estrutura de rede muito forte, que é capaz de cuidar do cliente e de lhe oferecer um nível mais profissional de serviços. Esta abordagem foi uma necessidade imposta pelo cliente, que foi transmitindo à John Deere que iria ser cada vez mais exigente, que iria precisar de um maior nível de profissionalismo e que esperava que a marca estivesse à altura. A John Deere entendeu o desafio e abordou a restruturação da rede. Podemos dizer que temos hoje a melhor rede de concessionários de maquinaria agrícola em Portugal, sem dúvida. É uma rede preparada para, da melhor maneira, prestar serviço a todo o tipo de cliente, e onde o nível de

profissionalismo é 5 estrelas. A John Deere não é só tratores, não é só ceifeirasdebulhadoras, é também ensiladoras automotrizes, é também enfardadeiras e outras alfaias. A rede está disponível para difundir todo este conjunto de equipamentos? Essa é uma das maiores razões para termos restruturado a rede. Se não tivéssemos restruturado, as concessões não estariam preparadas para enfrentar o desafio de marcar uma presença no mercado com a maior gama de produtos e com o máximo nível de exigência. Nós temos a melhor rede de concessionários, com os melhores profissionais, que estão preparados para a especialização. Para isso é preciso também

volume porque se uma concessão vende uma máquina de três em três anos, não há maneira de ter especialização. Ficámos com seis concessões muito fortes em Portugal, com um volume de vendas que permite essa especialização. Têm sido criadas oportunidades para que os clientes, e potenciais clientes, tenham contacto com as máquinas em campo antes de tomarem a decisão de as comprar? A John Deere tem um programa especial de demonstrações que é executado por cada concessão. Há sempre disponibilidade de tratores, de toda a gama. Às vezes há concessionários a fazerem demonstrações individuais e algumas jornadas especiais com clientes. Em Espanha,

estamos na Demoagro a cada dois anos. E em Portugal na Agroglobal. A novidade para 2018 é a presença direta da marca na Agroglobal, com toda a rede de concessões, porque estamos a reconhecer o crescimento da feira em termos de influência e a John Deere vai ter uma presença mais forte do que nunca. A John Deere está representada nos Açores. Como vê a especificidade e a evolução deste mercado? A John Deere tem vindo a ser a marca líder nos Açores desde há muitos anos. Com a Granja, a nossa concessão nos Açores, temos uma representação muito forte em termos de tratores, enfardadeiras, e automotrizes de forragem. A gama que a John Deere tem está perfeitamente


John Deere EMPRESAS

adaptada às necessidades da agricultura açoriana como região produtora de leite. É um mercado realmente específico, numa região ultraperiférica, mas onde o nível de profissionalismo não fica nada a dever à agricultura da Holanda, da França, da Inglaterra ou da Alemanha. Temos de ter uma consideração desde essa perspetiva. Ainda há pouco tempo, tivemos nos Açores uma apresentação do nosso produto estrela, o 5R, e já foram lá entregues as primeiras unidades. É um trator topo de gama para uso profissional e pela primeira vez estamos a apresentar a tecnologia de agricultura de precisão para forragem. Há um grande interesse da parte dos clientes dos Açores e para nós é realmente um exemplo de agricultura profissional, cuja evolução a John Deere tem vindo a acompanhar. A John Deere lidera o mercado português nos segmentos acima dos 100 cv. Do seu ponto de vista, por que é que o nível

de vendas é maior precisamente neste segmento? Pensamos que quanto mais profissional é a agricultura, melhor o cliente percebe o valor da proposta John Deere. Estamos a falar de uma agricultura com mais superfície, com mais alugadores, com maior nível de exigência. Sempre dizemos que não podemos ficar só no preço. A John Deere é premium. Temos um preço que tem de ser visto juntamente com o valor que estamos a entregar ao cliente, e juntamente com o custo de propriedade ao longo de todo o ciclo de vida útil da máquina. Há comparações, feitas por revistas técnicas independentes, a confirmar que a John Deere tem o melhor custo de propriedade do mercado e o agricultor valoriza isso. Temos de juntar sempre o acompanhamento da melhor rede de concessionários do mercado. Se tivermos uma gama de solução cinco estrelas mas não tivermos concessões, não vamos fazer nada. Se tivermos uma rede forte mas não tivermos a gama,

não vamos fazer nada. É essa combinação que é a nossa maior vantagem. A John Deere não é tão competitiva nos segmentos mais baixos? Quais são os planos da marca para estes segmentos? O mercado português é muito fragmentado. Estamos a falar de mais de quarenta marcas, o que é incrível. Se formos ver outros mercados na Europa, são mais uniformes e até mais fáceis de compreender. Em Portugal, praticamente 50% do mercado está composto de tratores compactos, que estão mais vocacionados para o agricultor que é um pequeno proprietário. O nível de exigência de horas por ano é diferente do segmento acima dos 100 cv, onde já vemos uma intensificação das atividades. No segmento dos tratores compactos temos as séries 1R, 2R, 3E, 4M e 4R dos 26 cv aos 66 cv, e estamos a reforçar a gama. É exemplo disso o 5E. É um conceito de trator desenvolvido na Índia

para a cultura do arroz, que é muito exigente em termos de resistência. Para o projeto na Europa, Portugal foi identificado como o maior mercado e tem vindo a ser uma história de sucesso que já leva quase dez anos e é para continuar. Agora, com a introdução do modelo 5050E temos um reforço da oferta num segmento do mercado que é muito importante. Os tratores especializados começam a representar um nicho importante do mercado. A estratégia passa por continuar a parceria com a Agritalia, ou por desenvolver um produto próprio? A John Deere como marca líder mundial, trabalha com plataformas globais de desenvolvimento de produto. Por exemplo na série 5 temos diferentes pontos de fabrico, onde se inclui a parceria com a Agritalia. Essa parceria é mais forte do que nunca porque desde 2017 a John Deere já começou a distribuir os série 5 especializados nos Estados Unidos. Antes, o mercado americano era servido desde outros pontos. Se formos a

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EMPRESAS John Deere

ver, na Califórnia, na Florida, há explorações muito parecidas com a agricultura mediterrânica. Então, por causa das emissões, dos novos desenvolvimentos, e por causa do bom resultado que a série 5 tem vindo a obter na Europa, a John Deere validou a ida deste produto para os Estados Unidos. No setor automóvel as fontes de propulsão alternativas estão a afirmar-se a bom ritmo. Nas máquinas agrícolas nem tanto. Mas a John Deere é uma das marcas que tem mostrado progressos. Como vê o desenvolvimento desta área nos próximos anos? Há já vários anos que a John Deere apresentou os tratores 7530E, em que o “E” significa elétrico, capazes de gerar eletricidade. Esse conceito tem vindo a evoluir e no SIMA 2017 a John Deere apresentou um protótipo de trator 100% elétrico. Está a ser testado no campo e estamos já a falar de um caso de negócio, em que temos de ver a estimativa e a evolução do mercado. A tecnologia está lá mas ainda não está completamente acessível. Às vezes avançamos mais rápido do que o mercado. Talvez seja preciso que antes as explorações desenvolvam a sua

capacidade de produzir energia? Sem dúvida. É um ciclo, e implica também uma transformação da agricultura nesse sentido. O grande desafio é como é que vamos alimentar mais de 9 mil milhões de pessoas em 2050, porque é essa a estimativa. Significa duplicar a produção agrícola que temos hoje. E para atingir esse objetivo só há um caminho: tecnologia e inovação. Nesta indústria, as inovações têm surgido a um ritmo impressionante, sobretudo quando falamos de tecnologia para agricultura de precisão. Como vê os próximos anos a este nível? Estamos a agricultura 4.0, que é uma agricultura da informação. Já não estamos a falar da ceifeira a recolher grão. Estamos a falar de recolher também informação. A tecnologia que hoje é aplicada à agricultura permite gerir a informação e devolver ao cliente a capacidade de tomar decisões. A John Deere tem uma divisão própria de agricultura de precisão e já temos exemplos no campo, em Portugal, a fazer este tipo de agricultura desenvolvida ao mais alto nível. Portugal está também na vanguarda nesse sentido. A nível de legislação europeia,

sente que a introdução da ‘Mother Regulation’ tem constituído um grande desafio? Relativamente à ‘Tractor Mother Regulation’ 167/2013, que entrou em vigor a 1 de janeiro de 2018, a John Deere foi a primeira marca na Europa a atingir as primeiras homologações no âmbito desta norma. Com antecipação de vários meses, ainda no início de 2017. É nossa obsessão chegarmos em primeiro. Mas para o setor tem sido um grande desafio. Logo na altura, [quando esteve em preparação] a indústria da maquinaria agrícola reclamou, porque são normas que vêm da normativa de camiões e que foram aplicadas a este setor praticamente sem adaptações. E em termos de I&D, exige da parte das marcas um nível de investimento muito forte, porque a normativa é muito exigente. No setor dos veículos rodoviários os volumes de vendas são muito maiores e a amortização é mais fácil. Nós somos um setor modesto em termos de números e é mais difícil recuperar o investimento. Mas a normativa é para cumprir e achamos que é sempre bom reforçar a segurança. Mas essas alterações, e também as imposições a nível de emissões poluentes, acabam por tornar o produto mais caro. Isso tem potenciado o mercado de usados? É um paradoxo. Já na altura transmitimos à UE a nossa preocupação porque parte desse valor é transmitido ao mercado. O cliente reclama quando os preços sobem e pergunta onde é que está o valor. A boa notícia é que em cada normativa estamos a entregar também mais valor. Mas tem uma repercussão no preço. Quanto ao mercado de usados, vou falar mais de Espanha porque há informação oficial. Há dez anos, vendiam-se 16.000 unidades novas/ ano e 16.000 unidades usadas/ano. Esse período coincidiu com a entrada em vigor das fases mais fortes de emissões, os preços subiram, e o mercado também caiu por motivos de conjuntura económica.

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Agora, o mercado de novos em Espanha está em 11.000 unidades/ ano e o mercado de usados passou para quase 30.000 unidades/ ano. Mas são tratores com mais de 20 anos de idade, que estão a poluir muito mais do que os novos. O paradoxo é que a nova normativa provocou uma evolução do mercado para uma situação mais contaminante. Temos de trabalhar ainda mais junto dos organismos europeus para que eles possam compreender as repercussões. Está a decorrer mais uma edição da FIMA. Como vê esta feira no contexto ibérico? Nota que há muitos portugueses a visitarem o stand? A FIMA é uma feira internacional, claramente com vocação para o mercado espanhol mas também com muita presença de agricultores portugueses. A agricultura portuguesa está a desenvolver-se a um nível muito profissional e recebemos aqui no stand muitos clientes de Portugal. Para a John Deere é muito importante porque a John Deere Ibérica é responsável por Espanha e por Portugal e a nossa presença na agricultura portuguesa é muito significativa. Sete produtos da John Deere foram distinguidos pelo Concurso de “Novedades Técnicas” da FIMA. Desta lista, há algum que lhe mereça um maior destaque? Houve uma inovação que recebeu a distinção de novidade técnica sobressaliente, o Quick-Knect, que é um sistema para acoplamento da TDF. Com este sistema inteligente, rápido e simples, estamos a ter uma pequena revolução. Recebemos também uma distinção pelo nosso sistema de telemetria que avisa o cliente acerca do estado da máquina e antecipa possíveis situações de risco. No fim do dia, a pior para o cliente é ficar parado. Então temos de proactivamente evitar essa situação. Quando a John Deere está a desenvolver uma solução, o objetivo é entregar valor ao cliente. Quando o comité especializado da FIMA premeia sete inovações, reconhece que estamos a entregar esse valor ao cliente.



EMPRESAS

O CAMINHO A TRILHAR

JOHN DEERE PÕE O ENFOQUE NO PACK DE SERVIÇOS Por JOÃO SOBRAL

No começo deste ano, a John Deere Ibérica organizou uma conferência de imprensa para comunicar os resultados globais de 2017. Para além dos números, que são positivos, e para além da gama de produtos, os responsáveis da marca evidenciaram sobretudo o pack de serviços que a marca hoje pode disponibilizar aos seus clientes através de uma rede profissional de concessionários. Numa conferência de imprensa realizada em Parla, Madrid, a John Deere fez a apresentação dos resultados da companhia a nível global. No ano fiscal de 2017, as receitas líquidas da Deere&Company atingiram os 2.159 milhões de euros, um valor bem acima dos 1.524 obtidos no mesmo período do ano anterior. Em termos de faturação total, os números apontam para um crescimento de 12% em relação ao exercício anterior.

Previsões de crescimento para 2018 Quanto a 2018, as previsões para o corrente ano são de crescimento. A companhia espera alcançar os 2.600 milhões de dólares de receitas líquidas no final do 4º trimestre deste ano. As estimativas internas apontam ainda para um crescimento de 22% na faturação total (em comparação com 2016), devido à entrada do Grupo Wirtgen no universo da John Deere. Este fabricante de equipamentos para construção de estradas foi aliás a aquisição de maior relevo concluída pela Deere&Company em 2017.

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Valor futuro garantido Em Parla falou-se ainda do conceito de ‘custo de propriedade’ das máquinas para explicar que o preço de aquisição não é tudo. A desvalorização foi apresentada como o segundo maior custo de propriedade de um trator, logo a seguir ao combustível e aos fluidos, e a marca citou um estudo independente onde neste aspeto se demonstra a posição de vantagem em relação à concorrência. Realizado em conjunto por três publicações europeias, o estudo incidiu sobre os preços médios de revenda de tratores com mais de 200 cv, tendo-se verificado uma desvalorização média de 12 Eur/hora para o universo das marcas em análise. Na análise isolada referente à John Deere, o estudo refere uma desvalorização que é de 2 Eur/hora inferior à média.

Um pack alargado de serviços Em termos de produto, a John Deere deu relevo às sete inovações premiadas pela FIMA, que foram explicadas em detalhe. Tirando essa referência, não foi de produto que se falou neste dia. A marca pôs ênfase sobretudo num completo pack de serviços que está em condições de disponibilizar aos clientes através da rede de concessionários. Um dos serviços referidos foi a garantia Powergard Plus, que inclui as manutenções e as reparações e pode abranger um período de 4 anos ou um limite de 7500 horas. Associado a este conceito está a ‘Garantia de tempo útil’ que inclui um pack de manutenção e serviços remotos pensado para manter a máquina sempre em funcionamento. Se a máquina tiver uma avaria dentro do período de extensão de garantia e não puder ser reparada num prazo de 48 horas, a marca disponibiliza uma máquina de substituição equivalente.

Alguns dos serviços apresentados só estão disponíveis em concessionários aderentes, mas percebe-se o caminho que a marca pretende trilhar e que só é possível através de uma estratégia de concessionários profissionais, capacitados com ferramentas e formação à altura de dar resposta a um setor aonde a digitalização já chegou. No fundo, como complemento à sua completa gama de produtos, a John Deere dá cada vez mais destaque a uma gama de serviços que aponta para a conectividade entre as máquinas de uma frota e entre essas máquinas e o concessionário que lhes presta assistência.

Adicionalmente, os concessionários que estejam ligados ao programa ‘Expert Alerts’ podem aceder aos dados da máquina e analisá-los remotamente para que potenciais avarias sejam previstas e corrigidas antes de acontecerem. Desta forma, o que se pretende é evitar a paragem numa ocasião que não esteja programada.

Agricultura de precisão para clientes pequenos A John Deere está ainda a propor um pack de preço mensal fixo que inclui os serviços de conectividade AutoTrac (condução automática) e JDLink (telemetria). Eduardo Martinez, diretor de vendas da John Deere, referiu que “é preciso completar o ciclo da agricultura de precisão” e isso passa por disponibilizar packs de serviço à medida das necessidades do cliente, para que a tecnologia chegue também aos agricultores pequenos, que por vezes têm atividades muito especializadas, e não apenas às explorações de grande dimensão.


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OFICINA Antecipação do trator

ANTECIPAÇÃO DO TRATOR SABE O QUE É E A ENORME IMPORTÂNCIA QUE TEM NO COMPORTAMENTO DO SEU TRATOR? Por HELIODORO CATALÁN MOGORRÓN

A relação mecânica e a Antecipação

Somente para tratores com eixo dianteiro motriz (EDM)

O QUE É?

Os tratores de eixo dianteiro motriz, chamados de “dupla tração”, são os únicos afetados pelo tema da Antecipação. Em tratores de tração simples (ST), como o eixo dianteiro apenas serve para conduzir, não existe nenhum problema; quanto aos tratores isodiamétricos (igual diâmetro nas rodas traseiras e dianteiras) tampouco visto que ambos os eixos trabalham com uma relação de 1:1 (ambos vão à mesma velocidade).

Em tratores com o eixo dianteiro motriz (EDM) o diâmetro das rodas dianteiras é menor que o das traseiras pelo que a velocidade de rotação do eixo dianteiro (ED) é maior que a do traseiro (ET). No entanto, em boa verdade, a velocidade de rotação não deve ser o alvo da nossa preocupação. O importante é a velocidade linear de avanço. Num trator “bem desenhado” com EDM a velocidade linear das rodas dianteiras é maior que a das rodas traseiras. A essa diferença percentual entre velocidades dos pneus dianteiros relativamente aos traseiros chama-se Antecipação (A).

MAS PORQUÊ? Porque em carros ou tratores isodiamétricos ambas as velocidades são iguais, mas num trator convencional não. À

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diferença de velocidades teóricas entre o eixo dianteiro e traseiro chama-se “Antecipação”. Na realidade o que se faz é antecipar as rodas dianteiras em relação às traseiras, ou seja, trocando por miúdos: fazê-las andar mais.

PORQUÊ A ANTECIPAÇÃO? Muito simplesmente, visa conseguir que o trator com EDM obtenha melhores prestações. O que se deseja ao conectar a dupla tração é que o eixo dianteiro “puxe” o eixo traseiro e não o contrário, que seria “travá-lo”. Imaginemos um trator com um mau desenho no qual o eixo dianteiro “anda” menos que o traseiro, ao conectar a dupla tração o trator “andaria pior” que sem a dupla tração dado que o eixo dianteiro em vez de ajudar a “puxar” o trator comportar-se-ia como um travão para o impulso que chega das rodas traseiras.

MAS AS VELOCIDADES NÃO SÃO IGUAIS? Como já foi dito as velocidades

de rotação são diferentes, o que é lógico e normal já que o diâmetro das rodas dianteiras é inferior às traseiras. Quanto à velocidade linear, está claro que sendo o trator um “corpo rígido” ambas as velocidades reais são as mesmas; mas não as velocidades teóricas. Se se levantar um trator no ar mantendo as rodas a rodar, será possível observar que a velocidade de avanço das rodas dianteiras é superior às traseiras.

E ENTÃO O QUE OCORRE? Ocorre que o eixo dianteiro patina mais que o traseiro visto que ainda que a velocidade teórica seja maior a sua velocidade real é a mesma.

De quanto é a Antecipação? Um adequado desenho exige que a Antecipação (A) esteja compreendido entre 1 e 6 %. Se A <1 o eixo posterior tende a empurrar o veículo e quando A > 6 provoca muita patinagem nos pneus dianteiros o que se traduz num desgaste do pneu e num esforço mecânico em toda a cadeia de transmissão.


SABIA QUE...

Avanço e Bi-speed da Kubota: O fenómeno da Antecipação observa-se facilmente com o sistema bi-speed da Kubota. Trata-se de um sistema no qual, em algumas ocasiões, o eixo dianteiro “anda” mais que o traseiro, concretamente quando se vira a direção, nessa ocasião o eixo dianteiro anda muito mais rápido para “puxar” o eixo traseiro e conseguir que o trator vire muito mais rapidamente. Quando um sensor de ângulo deteta que já não estamos a virar dá-se a desconexão desta funcionalidade.

DESCONEXÃO AUTOMÁTICA DA DUPLA TRAÇÃO: Por isso mesmo é que a maioria dos tratores desconecta automaticamente a dupla tração quando a velocidade de avanço é superior a 12 km/h. Para evitar que os pneus se gastem prematuramente o trator dispõe de mecanismos automáticos para desconectar a tração do eixo dianteiro se se estiver em transporte ou num caminho duro onde não seja necessária a ação da dupla tração.

A IMPORTÂNCIA DE MANTER SEMPRE OS PARES DE PNEUS RECOMENDADOS PELO FABRICANTE: No manual de usuário de um

Nos tratores isodiamétricos não existe nenhum problema; visto que ambos os eixos vão à mesma velocidade.

trator de EDM observa-se que o fabricante recomenda sempre os pneus aos pares. Não se pode substituir os pneumáticos traseiros por um diâmetro diferente sem mudar também os dianteiros, já que isso afetaria o desenho da Antecipação do trator.

E O QUE ACONTECE SE MEDIR E O MEU TRATOR TIVER UMA TAXA NEGATIVA?

Cálculo da relação mecânica:

Como calculo a Antecipação do meu trator? Os cálculos são muito simples. Recomenda-se que todos os agricultores o calculem pois demora muito pouco tempo e é “para toda a vida”.

A FÓRMULA:

( )

RM A= RR -1 •100= SENDO: • RM (Relaçã o Mecânica): É um parâmetro de desenho e é a relação de transmissão que marca as voltas que deve dar o eixo dianteiro em comparação com o traseiro. É um dado de “dentes” na cadeia de engrenagens e em muitas ocasiões fornece-o o fabricante mas, mesmo que assim não aconteça, é muito fácil de calcular. • RR (Relação de raios): mede-se no campo Medindo: a medição efetuar-se-á

com o trator equipado tal e qual como trabalhe habitualmente no campo (contrapesos, água e pressões). O ideal é medir numa superfície o mais plana e lisa possível, de pelo menos 50 m de comprimento. Em primeiro lugar mede-se a relação de raios (RR) (de rotação das rodas) • Desconecta-se a dupla tração (Assim consegue-se que as rodas dianteiras e as rodas traseiras rolem de forma independente) • Faz-se uma marca, por exemplo com um papel adesivo, tanto no flanco do pneu traseiro como do dianteiro. Esta marca deve ser bem visível porque servirá de referência para contar as voltas • Conte 10 voltas das rodas (dianteiras e traseiras) (na realidade o número de voltas é indiferente mas um número pequeno faz com que o erro acumulado seja grande e um número excessivo podemos

a dupla tração for conectada. O habitual é notar que o trator “salta”. Se isto ocorrer a primeira coisa a fazer é verificar se os jogos de pneus equipados são os recomendados pelo fabricante. Uma vez verificado este ponto deve-se alterar as pressões de enchimento (subindo a do eixo dianteiro e baixando a do traseiro) até conseguir que a Antecipação seja positivo. Imaginemos um trator com pneus 380/70R28 e com pressão de enchimento de 1,6 bar (em ambos os eixos)

Pois não será a primeira vez que ocorre e demonstra que o trator não se comportará bem quando

equivocar-nos na medida, pelo que 7 ou 10 voltas é o adequado) (se não contar com ajuda deve medir primeiro as de um eixo e, depois, as do outro, de forma a não cometer erros) • Medir o comprimento total alcançado nas 10 voltas de ambas as rodas Depois mede-se a relação mecânica (RM): • Conecte a dupla tração • Avance 10 voltas das rodas traseiras e dianteiras e meça e registe os comprimentos de ambas A RM é o quociente entre as velocidades angulares de giro entre rodas dianteiras e rodas traseiras e que depois se transforma num quociente de comprimentos de avanço num número de voltas: RM=Comprimento de rodas traseiras em “n” voltas / Comprimento de rodas dianteiras em “n” voltas

EXEMPLO...

AVANÇO E BI-SPEED DA KUBOTA:

As medidas obtidas num caminho liso foram: • Comprimento em 10 voltas de roda traseira sem DT: 39,17 m • Comprimento em 10 voltas de roda dianteira sem DT: 25,69 m • Comprimento em 10 voltas de roda traseira com DT: 39,215 m • Comprimento em 10 voltas de roda dianteira com DT: 25,60 m

L 39.17 RR= L 1ST = =1.5247; 25.69 2ST L1DT 39.215 RM= L = 25.6 =1.5318 2DT

( ) 1.5318 -1)•100=0.5 (1.5247 RM A= RR -1 •100=

E que é uma percentagem positiva e dentro das margens ótimas indicando que o eixo dianteiro anda ligeiramente mais do que o traseiro.

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FLORESTA FLORESTA

A GEOGRAFIA DO FOGO EM PORTUGAL por JOÃO SOBRAL

A divulgação de conhecimento técnico e científico acerca da prevenção de incêndios tem sido um dos enfoques do AFINET. No final de 2017, este projeto europeu realizou um evento em Grândola, em parceria com a ANSUB, onde um dos temas tratados foi a geografia do fogo. Como se demonstrou, a cartografia do fogo é uma ferramenta útil para ajudar a definir uma estratégia de prevenção.

N

o passado verão, o concelho de Grândola foi atingido por um incêndio de grandes dimensões em que arderam 2.500 hectares de área florestal, a maior parte correspondente a montado de sobro. Na sequência dessa tragédia, a ANSUB, em parceria com o AFINET (projeto a que está associado

o Centro de Estudos Florestais do ISA) realizou um evento com vista a difundir conhecimento técnico junto dos produtores. Deste evento, damos destaque à comunicação apresentada pelo Engº João das Neves Silva, que incidiu concretamente porque temos mais de 40 anos sobre os dados cartográficos de cartografia de áreas ardidas”, sobre os fogos em Portugal. começou por explicar. Essa Cartografia dos incêndios cartografia tem vindo a ser criada por deteção remota, com recurso “Portugal é um caso bastante a imagens de satélite, e contempla único em todo o mundo

todos os fogos que tenham atingido áreas superiores a 5 hectares. Através de tal cartografia, é possível saber a recorrência dos incêndios. “Há sítios em »

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Intervalo mediano entre fogos por região PROF

Oliveira et al., 2011

Portugal que em vinte ou trinta anos arderam mais de quatro vezes, alguns até mesmo seis ou sete vezes”, referiu. Muitas das zonas onde o fogo é recorrente correspondem maioritariamente a zonas de mato e também a áreas de montanha onde o combate está mais dificultado. “Com ferramentas estatísticas, calculámos o intervalo médio entre fogos e vimos que há zonas com um intervalo médio de retorno do fogo que é inferior a 25 anos. Isto é dramático! Se por exemplo plantarmos pinhal, enfrentamos uma probabilidade muito grande de que aquele pinhal arda antes de chegar ao período de ser explorado”, concretizou. Entre as zonas mais complicadas, com intervalos muito curtos entre fogos, e cuja tendência de ocorrência de incêndios é crescente, estão o Minho e o Pinhal Interior.

Análise de um caso de incêndio Os investigadores analisaram a cartografia do incêndio de

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Grândola e verificaram que a zona mais severa de incidência de fogo correspondia a linhas de água. Passaram depois para uma visita ao terreno e verificaram que isso aconteceu por serem áreas onde tendencialmente existe uma tendência para maior acumulação de biomassa. Também houve zonas onde o incêndio foi travado, e verificou-se que correspondiam a caminhos, onde os meios de combate se puderam posicionar bem. Depois houve zonas onde o incêndio teve um comportamento mais agressivo, nomeadamente em áreas de eucalipto e em áreas de sobreiro com muito mato. A equipa de investigadores verificou ainda que na cartografia do incêndio existiam algumas ‘ilhas’ que não arderam. Na ida ao terreno, verificaram que correspondiam a zonas de pastagem ou a áreas ardidas em anos anteriores, onde por isso havia pouca matéria combustível. Uma outra zona que ficou poupada correspondia


FLORESTA

Tendência espácio-temporais da área queimada na Península Ibérica, 1975-2013

Total de área ardida (ha)

Dados: área ardida anualmente (1975-2013), obtida por classificação de imagens do satélite Landsat; células de 10 km*10km.

a uma mancha de eucalipto que estava corretamente protegida com um aceiro e em redor da qual o proprietário instalou duas fiadas de pinheiro manso. O facto de o povoamento estar corretamente gerido, e com a instalação de uma outra espécie a circundar, foram dois elementos que funcionaram na contenção do fogo. “Isto significa que devem existir áreas descontínuas. Vale a pena compartimentar e fazer faixas de gestão de combustível. Vale a pena, à escala da paisagem, fazer mosaicos” reforçou João das Neves Silva. “Neste momento está todo o país a dizer mal do eucalipto, mas o problema do fogo não é pelo eucalipto. Não tem a ver com a espécie mas como nós a utilizamos à escala da paisagem”, sinalizou. A respeito da cartografia, reafirmou que se trata de um instrumento que pode ser bastante útil para se definir onde devem ser postas as faixas de gestão combustível e terminou a sua exposição com uma ideia que

não sendo reveladora, vale sempre a pena ser relembrada: “Além das alterações climáticas, as alterações sociais são um fator muito importante. Se não houver pessoas nestes sítios, as coisas não vão funcionar. A silvicultura preventiva é a chave de tudo!”

Lei de limpeza dos terrenos O pior que podia acontecer à floresta portuguesa é que após a tragédia dos incêndios tivesse também a atacá-la uma lei que desconsidere parte do conhecimento técnico que tem vindo a ser sistematizado, quer pelas associações de produtores, quer pela comunidade científica. A lei sobre a limpeza de matos tem vindo a ser comunicada através de uma campanha que contém algumas informações que induzem as pessoas em erro. É por isso conveniente que, antes de executar os trabalhos se informe junto do número nacional disponibilizado para esclarecer dúvidas (800 200 520) ou junto da sua associação de produtores. ABOLSAMIA março / abril 2018

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Corta-mato Kronos predator Komatsu compra Quadco e Southstar

As boas práticas apontam para que na generalidade das operações de limpeza, à exceção da construção de aceiros, o trabalho seja feito sem mobilização do solo ou então apenas com mobilização superficial. No primeiro caso podem ser usadas as alfaias corta-mato de facas ou correntes, ou ainda as moto-roçadoras. Para limpeza com mobilização mínima deve ser usado o destroçador. Estes métodos, que devem ser escolhidos para as zonas mais declivosas, para conter a erosão do solo, são igualmente vantajosos nas zonas sem declive por preservarem as raízes superficiais das árvores, nomeadamente nas áreas de montado. São desaconselhadas as limpezas feitas com bulldozer à lâmina.

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Trabalhar com um corta-mato ou com um destroçador implica que o operador esteja continuamente a fazer manobras para conseguir chegar a todos os recantos onde pretende fazer limpeza. O modelo Predator da finlandesa Kronos reduz estas limitações devido à sua estrutura fora do comum e versatilidade. Assemelha-se a uma gadanheira em termos de aspeto, e possui várias articulações hidráulicas que lhe permitem trabalhar na lateral do trator a uma distância variável. Até um certo limite, não é o trator que faz a manobra, é a alfaia que se movimenta. Além disso, o próprio corpo deste corta-mato de correntes é regulável em inclinação a partir da cabine, para realizar limpeza em pendentes ou valas. Construído em Hardox 500, um aço mais resistente do que o utilizado na geração anterior de

corta-matos da marca, este modelo apresenta uma largura de trabalho de 1,70 m e pesa 969 kg. A Kronos comercializa a versão 1700 H do Predator, destinada a operar com gruas florestais. Ao contrário do 1700 M, que é acionado pela TDF do trator, o 1700 H é acionado por fluxo hidráulico, requerendo um caudal mínimo de 100 L/min.

Cabena fornece municípios ribatejanos A Cabena entregou recentemente mais duas roçadoras hidráulicas topo de gama da sua representada Ferri para limpeza de bermas taludes e valados. A Câmara Municipal de Ferreira do Zêzere recebeu um equipamento inovador com sistema de corte colocado na frente do trator, com a possibilidade de cortar de ambos os lados e que permite total visibilidade ao operador, comodidade e segurança na operação e maior produtividade. Trata-se da Ferri TSF 600 D. A unidade hidráulica está instalada na traseira do trator ligada à tomada

de força do trator. A Câmara Municipal de Alvaiázere reforçou o parque de máquinas com mais um limpa bermas de acoplamento ventral, o Ferri TV 62 com cabeça de corte de 120 cm, juntando aos

dois equipamentos que já possuía. Numa época em que todos os Municípios têm que reforçar os trabalhos para a prevenção de incêndios florestais, nomeadamente na

limpeza e manutenção das estradas e caminhos, certamente que estas duas Autarquias ribatejanas estão ainda melhor preparadas para a realização desses trabalhos nos seus Concelhos.


FLORESTA

Condução invertida Kneidinger 1880

Nós sabemos. A Áustria não é um sítio que fique em caminho para ir lá kitar o seu trator. Mas se vai comprar um modelo novo e pretende trabalhar com destroçador ou com uma grua florestal, o mais certo é dar-lhe jeito ter condução invertida. Se a sua escolha recai sobre um Case IH ou New Holland, marcas que não disponibilizam esta opção, tem mesmo de recorrer a um fornecedor externo para adaptar o trator a essa funcionalidade. A firma austríaca Kneidinger 1880 é a referência nesta área. São também as próprias marcas de tratores que recorrem aos seus serviços quando necessitam de dar resposta a um cliente que solicita a condução invertida. O sistema da Kneidinger 1880 prevê que se vire o assento, e se alterne entre a condução normal e a condução invertida, sem ser necessário desligar o motor. Inclui ajuste da coluna de direção e um pequeno display digital a ser instalado no pilar traseiro, no qual o tratorista pode consultar as principais informações sobre o funcionamento da sua besta.

Compasso e App para medir madeira - Tajfun

A empresa eslovena Tajfun lançou na Elmia Wood o novo produto TajGO Mx, que possibilita a medição de toros ou de árvores em pé. É constituído por um compasso que ganha funções adicionais quando usado em conjunto com

uma App. Não é no compasso que encontramos a maior inovação mas sim no modo como a informação é processada e apresentada. Permite a medição de toros com diâmetro até 80 cm, sendo os dados transferidos via wireless pelo próprio compasso, de modo a que sejam consultados e tratados num smartphone ou tablet. Desta forma, o utilizador pode associar a estes dados outras informações como por ex, a espécie florestal, ou a identificação do vendedor e do comprador, bem como imprimir ou transferir essas informações para outro dispositivo. ABOLSAMIA março / abril 2018

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A GAMA MAIS INOVADORA E PRÁTICA QUE FACILITA GRANDE DIVERSIDADE DE TRABALHOS

Triturador florestal

Triturador florestal para carregadoras

Triturador autoalimentado para olival

Triturador agrícola

Destroçador florestal agrícola

Triturador hidráulico

Fresa e Triturador de pedra

Triturador de martelos ou facas

Limpa bermas hidráulico

CRTA. VILABLAREIX, 18-20 (POL. IND. MAS ALIU) 17181 AIGUAVIVA (GIRONA) T. +34 972 40 15 22 | F. +34 972 40 01 63 cial@venturamaq.com

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O fabricante sueco Rottne desvendou na Elmia Wood 2017 uma versão renovada da processadora de corte H8, com chassis articulado. Agora com a designação H8D, este modelo de entrada de gama, de apenas 4 rodas, equipa com um bloco John Deere Tier 4F, de 4,5 litros de capacidade, que desenvolve 168 cv de potência. Uma evolução substancial está na transmissão. Em vez de uma transmissão hidrostática convencional, com caixa de velocidades, a Rottne optou por incluir um motor hidráulico no cubo de cada roda. Possui controlo eletrónico de

tração, que gere cada roda de modo independente, para minimizar a patinagem, e braços pendulares, para alcançar locais de difícil acesso. Este sistema pendular permite um nivelamento da máquina tanto perante obstáculos longitudinais como laterais. As relações de transmissão são 3, com velocidade de avanço máxima de, respetivamente, 6, 12 e 24 km/h. No que respeita à cabine, é a mesma utilizada nos modelos maiores, o mesmo acontecendo com os interfaces de comandos.

Suokone Suocco disponibiliza 768 cv de potência

Triturador lateral

Estilhadoras florestais

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Processadora compacta H8D Rottne

A marca finlandesa Suokone tem a sua atividade focada no fabrico de alfaias, algumas delas para fins florestais. Mas do seu catálogo de produtos, também faz parte uma máquina automotriz. O modelo Suocco S500 é um trator de rastos de borracha com uma elevada disponibilidade de potência. Estamos a falar de nada menos que 768 cv, fornecidos por um bloco Volvo de 6 cilindros com 16 litros de capacidade. Segundo a marca, mesmo ao trabalhar com um destroçador em condições severas, com muitos cepos, “o operador tem a sensação de ter 5 jogares a jogar contra três o tempo todo”. Numa máquina com tão elevada potência, a mecânica tem algumas proteções. A TDF está dotada de um sistema de controlo de pressão que a faz regressar a neutral em caso de ser exposta a uma sobrecarga. A TDF também é desligada no caso de o regime do motor descer repentinamente abaixo de um determinado nível. A transmissão conta com duas velocidades de variação contínua, e permite atingir uma velocidade de 20 km/h. Para uma maior visibilidade sobre a alfaia e versatilidade, este trator possui ainda posto de condução reversível, solução particularmente útil nos trabalhos com destroçador. O sistema de tração é por rastos de borracha, havendo a possibilidade de adicionar mais um módulo de rastos em cada lado, para enfrentar terrenos pantanosos. O Suocco pesa 16.000 kg (ou 20.500 com rastos duplos) e tem uma capacidade máxima de elevação de 9.000 kg.


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Regiões BRAGA

USADOS: • Motogadanheira BCS (Motoceifeira) • Gadanheira de discos Kuhn GMD33 • Motocultivador SEP

USADOS: Tratores: Agrifull Jolly 50 • Fiat 540 • Same Delfino 35 • Motocultivadores: Bertolini MTC 318 • Goldoni

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Usados: Tratores: Carraro 81000 • Case IH TIH c/ cab. • Deutz-Fahr Agroplus 60 • John Deere 1140 • John Deere 1850 • John Deere 6100 • Kubota L4630 • McCormick C70 • Valtra 3330

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VISITE O

NOVO SITE Usados: Tratores: Ford 4630 • John Deere 6120 • Renault 70 • Charrua Galucho 2F • Desensilador Agrovil Tico Tico • Encordoador 7 metros (rebocável)

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VILA REAL • BRAGANÇA Regiões

USADOS: Tratores: Case IH JX 85 • Fendt 280 S - 24.800€ • Ford 5610 • John Deere 6130 • Kubota M130X - 35.000€ • Landini Landpower 125 tipTronic • MF 3050 • NH TN 55 • Renault Ceres 95 • Landini Rex 80F • Atomizadores: Rocha Ellegance AP Omega • Tomix • Barra deservagem Tomix • Enfardadeiras: Enorossi RB120 • New Holland BR 750 – 10.900€ • Vicon RV 157 • Pulverizador Rocha Polimaster NVS 1500 – 6.000€ • Retroescavadora Terex 880 Elite • Implemento para conjunto industrial Terex Balde + Usados no Microsite

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USADOS: Tratores: New Holland TCE • 45 New Holland TCE 50 • New Holland 80-66 DT • New Holland TN 85 • New Holland TL 90 • New Holland TL 100A c/ cab. • New Holland T4.75 Powerstar • New Holland TK 70FA • New Holland TK 80M • Fiat 45-66 DT • Ford 2600 • Ford 3910 • John Deere 1030 • John Deere 5615F • Hurlimann 445 • Deutz-Fahr Agrokid 35 • Same Solaris 35 • Enfardadeira Gallignani 6400

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Regiões PORTO

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PORTO • AVEIRO Regiões

Usados: Tractores: Kubota L3200 c/ arco • Kubota L2550 DT • TYM T353 c/ arco • Escavadora Doosan DX30Z hidráulica

USADOS: Trator Massey Ferguson MS265 c/ carregador frontal • Pulverizadores: 800 L c/ barra 12 mts + bomba de baixa pressão • Stagric 800 L Stagric c/ barra 10 mts

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Regiões AVEIRO • VISEU • GUARDA

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GUARDA • COIMBRA Regiões

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USADOS: Tractores: Ferrari 26R9 DT (26 cv) • John Deere 2040S 2RM c/ carregador frontal Galucho, balde e forquilha • Kioti LK 2554 DT c/ fresa e charrua • New Holland TC100 DT • Same Frutteto 70 DT • Same Solaris 55 (680 horas) • Empilhadores: Nissan TX420 (70 horas) • Nissan 2000 kg (eléctrico) • Rototerra Pottinger 3 mts • Tesoura Pellenc

Tractores usados: Fiat 780 • Ford 1700 • Ford 1720 • Ford 6600 • Iseki TE 4270 • New Holland 55-56 • Same Delfino 35 2RM • Same Titan 160 DT

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Regiões COIMBRA • CASTELO BRANCO • LEIRIA

USADOS: Tratores: Goldoni Star 55 • John Deere 5500N • Kubota L2050 • Landini Mistral 40 c/ 300 h. • Massey Ferguson 1260 • New Holland 1720 SSS • New Holland TD3.50 • New Holland TD4.80F • Same Solaris 55 (2008) • Shibaura M330

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Usados: Tratores: Agria 8800 • Ford 1710 • Iseki TM2160 DT • Kubota L295 DT • Grua florestal Costa G3000 • Motoenxada Agrico 6 LD 360 • Reboque agrícola Herculano SIE

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LEIRIA • SANTARÉM Regiões

USADOS: Tratores: Agria 9000 - €5.500 • Antonio Carraro 3200 c/ direção hidraulica - €5.000 • BCS Volcan 750SDT (2011) c/ 1200 horas - €17.500 • Case IH 2140 DT - €9.500 • John Deere 1445F €10.000 • Massey Ferguson 1030 DT (1989) c/ direcção hidráulica e pneus novos - €7.750 • Mitsubishi 270 (1997) - €8.500 • New Holland TC21 (2004) - €8.000 • New Holland TN95FA c/ cab. (2007) - €22.000 • Same Dorado 60 (1997) - €13.500 • Espalhador de estrume Herculano H4R5 - €1.500 (necessita reparação) • Plantador de arvores - €2.500 • Rototerra Maschio Drago DC3000 (2000) c/ rolo Packer - €3.500 Usados: Ceifeira debulhadora Laverda 3400 c/ 4200 horas e cab A/C • Ensiladora Claas Jaguar 860 • Frentes Kemper (várias) • Pickup de erva Claas PU 300 HD

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Usados: Tratores: Fendt 280V c/ cabina • Lamborghini 1106 DT • Massey Ferguson 154 • Massey Ferguson 185 • Same Laser 110 DT c/ cabina • Charrua Maschio Lelio M. 3F” • Juntador de fenos Gaspardo Golia Pro 4,60 mts

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USADOS: TRATORES: Barreiros 70 • Case IH 284 • Deutz-Fahr: 5506, D8006 DT • Fendt 309 DT • Fiat: 70-66 DT, 140-90DT, TKM95M (rastos) • Ford: 4600, 7610 III DT c/ car. fr., 7610 c/ car. fr., 7840 DT c/ grua flor. • John Deere: 2030, 2250 DT, 3040 • Landini: 10000S MK II, 6830 (rastos) • Massey Ferguson: 2640 DT c/ cab., 3050 c/ cab., 3630 DT, 390, 399 DT c/ cab. • New Holland: TD90D, TM135, TN85A DT, TS100A, TM135 • Same: Explorer 90 TOP c/ car. fr. e cab., Explorer 90C (rastos), Explorer 90 TOP II (2002), Frutteto 75, Frutteto 75 DT, Silver 80 DT • Universal 445 • Ursus: 3512, 3512 (MF240) • Yanmar 1300 c/ fresa • Valmet 8100 • MINI-ESCAVADORA Bobcat LS170 • TRATORES P/ PEÇAS: Carraro Agroplus 85DT • Case IH: 284, 845 DT • Deutz-Fahr: Agrotron 130, DX3.50 DT • Ebro 6079 DT • Fendt: 280, 307 DT, 308 DT, 309C • Fiat: 100-90 DT, 110-90DT, 140-90 DT, 35-66 DT, 45-66 DT, 60-66 DT, 70-75, 80-66 DT • Ford: 1710, 1720 DT, 1920, 2600, 5640 DT, 6610, 7740 DT • Hinomoto: C144 DT, C174 • Hürlimann: Prince 45 DT, XA306 DT, XA607 • Iseki: 4270, 4320 DT • John Deere: 1950 DT, 340 DT, 3350 DT, 4400 DT, 5500 DT, 6100, 6110 DT, 6300 DT, 6510, 6610, 6620 DT, 6800, 946 DT, 1070, 2140, 2040, 2650, 2850-3350, 3650, 5300, 5615F, 6200 • Kubota: L2550 DT, L285 • Lamborghini: 235, 874-90 DT, Premium 950 DT • Landini: 6550, 8860 DT, Globus 60, Trekker 90 (rastos), Trekker 90F (rastos), Rex 80, Mistral 50, Mistral 40, Globus 75, Tecnofarm 90 • Massey Ferguson: 1030, 174 DT, 290, 3090 DT, 3650 DT, 375 DT, 390 DT, 394S, 396 TC (rastos), 4270 DT, 4345, 5435, 6180 DT, 6290, 6480, 8130 (1997), 3655 DT • New Holland: M100 DT, M160 DT, T4030, TDD90D, TL90 DT, TNF95 DT, TS115A DT, TD3.50, T4030F, T4.90F, T4050, T5050, TK 4050, TM135, TM160, TN55V • Renault 120-54 DT • Same: Argon 50 DT, Delfino 35 DT, Dorado 70 DT, Laser 110 DT, Laser 150 DT, Minitaurus, Rock 60 (rastos), Solar 60 DT, Solaris 45 DT • Steyr: 9094 DT, 975 DT • Valmet: 1150, 455 DT, 6400 DT, 655 DT, 8000 DT, 805 DT, T130 DT • Yanmar: 241, 336D DT

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USADOS: Abre valas Galucho vinhateiro • Charruas: Galucho 2F-10” - €900 • Galucho 3F-13” hid. • Galucho 3F-16” • Chisel Agripulve XL5-7 - €3.250 • Derregadores: 3 linhas p/ tomate c/ adubador • 3 linhas hidráulico • Descavadeira - €450 • Grades de discos: Galucho A2CP 24x24” c/ rodas • Pijuca em X c/ 4 corpos vinhateira - €2.250

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Regiões SANTARÉM

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USADOS: • Tratores: Fendt 936 • New Holland 4030F c/ cabina A/C • New Holland 4050F c/ cab. A/C • New Holland 7840 • Charrua Galucho Europa 4F • Depósito cisterna 4000 L • Depósito Rau 200 L p/ Fendt GTA • Grade Rápida Kverneland 6 metros • Subsolador Pegoraro 7 dentes

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SANTARÉM • LISBOA Regiões

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VISITE O

NOVO SITE TRATORES USADOS: Case IH JX604WD (2008) • Massey Ferguson 135 (1978) • Mitsubishi MT250 (1987) • Same Delfino 35 DT (1988) • Same Explorer 90 DT (1991)

USADOS: Tratores: IH 644 AH c/ car. fr. • Kubota 7000 c/ fresa • Kubota M9580 c/ cab. • Lamborghini 774-70N c/ car. fr. • Lamborghini 90 cv c/ cab. • Lamborghini Racing 165 c/ cab. • Massey Ferguson 265 • Massey Ferguson 394-4S • Mitsubish MT 210 • New-Holland 1920 • Same Solaris 45 • Same Titan 145 c/ cab. • Shibaura S330 • Suzue M1803 D • Gadanheira de discos BCS Rotex 7 TSB

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Regiões LISBOA

Usados: Tratores: John Deere 6125R • John Deere 6430 Premium • John Deere 6510 Premium • John Deere 6620 Premium • John Deere 6630 Premium • John Deere 6930 Premium c/ carregador frontal • New Holland TN85FA • Enfardadeiras: McHale F550 • New Holland BB9060P • New Holland BB940A

USADOS: Tratores: Massey Ferguson 384S • New Holland TN75VA DT • Pulverizador 1500L (rebocável) • Vindimadora Pellenc 3050

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LISBOA • SETÚBAL Regiões

USADOS: Tractores: (2x) Deutz-Fahr Agroplus F420 (2014) - €30.000 • Deutz-Fahr Agrotron K610 c/ cabina - €30.500 • John Deere 5500N c/ car. fr. - €18.000 • John Deere 5510N - €16.500 • Lamborghini 90 c/ cab. e car. fr. - €14.500 • Massey Ferguson 8130 - €16.000 • Renault • Vindimadora Alma

USADOS: Tractores: Fiat 480 - €4.000 • Massey Ferguson 35 X - €2.750 • Caixas de carga para tractor: CCA100 1,00 mts - €295 • CCA150 1,50 mts - €400 • Charrua vinhateira 5F 1,60 mts - €750 • Retroescavadora Fermec 860 (1998) €10.000 c/ lança extensiva

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USADOS: Tratores: Agrifull (vinhateiro) • Ferrari 95 articulado • Internacional 485 • Shibaura 4060 • Cavadeira Gramegna 1.50mts • Charruas: Galucho 2F-13” • Galucho 2F14” • Enxofrador (vários) • Fresas Galucho

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• Trator Case IH 2140N DT • Trator Case IH 845 DT • Trator New Holland L75 DT c/ cabina • Trator New Holland TNF90 DT


Regiões SETÚBAL • PORTALEGRE • ÉVORA

Usados revistos de mecânica: Charrua Galucho 1F-13” - €550 • Despampanadeiras: Ero LK/UE em U invertido (2003) - €3.500 • Industrias David de corte lateral (2000) - €2.000 • OMD de corte lateral (1990) - €800 • Pulverizador Fantini 500 L (2000) - €600 • Vindimadora Ero (2012) rebocavel c/ tração - €43.000 + Usados no Microsite

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Usados: • Trator John Deere 3650 DT • Ceifeira debulhadora John Deere 1055 c/ cabina A/C • Ceifeira debulhadora John Deere 1170 c/ cabina A/C

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USADOS: Tractores: Deutz-Fahr DX90 c/ cabina • Hürlimann 90 cv c/ carregador frontal Ténias • Lamborghini C653 L (rastos)

USADOS: Tratores de rastos: Lamborghini C674 • Massey Ferguson C294 • Charrua Joper 2F-16” • Chiseis: Torpedo 5-7 • Agrator 11-13 • Horizont 9-11 • Cultivador Kongskilde 9 molas • Destroçador Serrat 1,80 m • Enfardadeira Fiatagri Heston 4700 • Frente de milho Moresil • Gadanheiras: Claas WM-250F • Vicon 6 discos • Vicon 6 discos (Extra 428) • Gadanheira condicionadora John Deere 324 • Grades de discos: Galucho A2CP 22x24” • Galucho GLHR 28x26” • Galucho GLHR 24x26” • Herculano 22x26” • Semeador Solá 25 linhas • Volta-fenos: Ima La Rocca • Vicon, Andex 423 (1 rotor)

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ÉVORA • BEJA Regiões

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USADOS: • Tratores: Claas Celtis 446RC (2005) • Massey Ferguson 174C (rastos) • Massey Ferguson 210 (2RM) • Atomizador Tomix Rebovel de 1500 lts • Vindimadora Alma (rebocável) + Usados no Microsite

VISITE O

NOVO SITE Trator Ford 6610 • Processador Timberjack 1270B • Auto carregador florestal FMG 910

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RegiõesBEJA

USADOS: Tractores: Deutz-Fahr: DX4.50 - €11.500 • DX4.70 - €12.000 • Landini Legend 145 (2001) €19.500 • Landini Legend 145 ∆6 (2001) - €28.500 • Massey Ferguson 4270 (1999) c/ cabina - €11.000

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MÁQUINAS USADAS: Tractores: Agrifull 80 DT • Agrifull 80C (rastos) • Deutz-Fahr • Deutz-Fahr 2850 • Fiat 1000 • Ford 4000 • Ford 5610 • Ford 5610 DT • Ford 6610 • Ford 6810 • Ford TW15 • John Deere 6220 • John Deere 6420 • John Deere 6430 • John Deere 6620 • Massey Ferguson 290 • Massey Ferguson 294C (rastos) • Massey Ferguson 390 • Massey Ferguson 390 DT • New Holland 7840 • New Holland 80-66 S • New Holland 8340 c/ cabina A/C • New Holland 8340 • New Holland T6020 • New Holland TK100 • New Holland TL100 • New Holland TM155 • New Holland TNF90 • New Holland TNF95 • New Holland TS110 • Renault • Same 100 c/ cabina • Same 90 • Ceifeiras debulhadoras: IASA c/ 4,50 mts • WHCX 840 c/ 7,60 mts • Case IH 1440 c/ 4,20 mts • Claas 78 c/ 5,00 mts • Claas 98 c/ 6,00 mts • Fiatagri 3350 (arroz) • Fiatagri 3400 c/ 4,20 mts (arroz) • Fiatagri 3630 • John Deere 1052 c/ 4,00 mts • John Deere 1055 c/ 4,20 mts • John Deere 1175 c/ 6,00 mts • Laverda M152 • New Holland 8040 • New Holland TC 54 c/ 4,50 mts • New Holland TX 32 c/ 5,00 mts • Enfardadeiras: 80/70 • de rolos • Dedra 50/70 • Claas de rolos • New Holland 544 de rolos • New Holland BR8090 • Frentes de milho: John Deere • Laverda • New Holland p/ New Holland TC56 • Gadanheiras: 4 discos • 6 discos • Gadanheira condicionadora Vicon 2,40 mts (rebocável) • Reboques cisterna: 4000 L • 6000 L (p/ água) • Vindimadoras: Alma • Braud 6090 (p/ olival c/ 4,35 mts) • Gregoire (p/ olival).

USADOS: Tratores: Ford 7610 • Same Tiger • Ceifeiras debulhadoras: Laverda M132R • New Holland TX62 • New Holland TX66 • Abre regos Galucho D2C (série: E76) • Carregador frontal El Leon 430 • Charruas: Galucho 1F-18” 90º • Galucho 2F-14” 180º H. • Galucho 3F-18” 180º H. • Galucho CH 2F-16” H. • Cisterna Galucho CG10000 (2 eixos) • Derregador Fialho FI-DHR/2/2000 • Destroçador Belafer T1NEO-200 • Distribuidor de adubo Vicon RS-M • Fresa Galucho FLOH - 1700 hidr. • Giratória de rastos Caterpillar 229D • Máquina de rega Irtec 90/D • Semeador Gaspardo MT6 • Semeador de sementeira directa Amazone Primera

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BEJA • FARO Regiões

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Regiões FARO • AÇORES • EUROPA • INDUSTRIAIS

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CONCESSIONÁRIO EM FOCO

MOMENTOS

NEW HOLLAND 1. ETELGRA New Holland T3.50F

Cliente: WFL Wild Fruits Lda Na foto: Fernando Zacarias (cliente), Mário Cananão (Etelgra).

2. O PRADO New Holland T7.165 F Na foto: Carlos Massa (O Prado) e Fábio Moniz (cliente).

6. VARANDA & CORDEIRO New Holland T3.65F Na foto: Carlos Exposto (cliente).

7. ETELGRA New Holland T4.110 LP Cliente: Reis Moreira e Martins Na foto: João Martins (cliente) e Pedro Rita (Etelgra).

11. JOPAUTO New Holland T3.75F Cliente: Soc. Agrícola Serrinha da Cruz Na foto: Carlos (caseiro) e filho .

12. FIALHO CORREIA & LAMPREIA

New Holland T4.105 Cab. c/ carreg. frontal

3. O PRADO New Holland T5.100

8. A. AGRÍCOLA SOBRALENSE New Holland T4.95F Cab.

NA foto: Moíses e Gertrudes Saldanha (cliente) e Artur Roma (F.C.Lampreia).

Na foto: Carlos Massa (O Prado) e Miguel Oliveira (cliente).

Cliente: Quinta Mascote Bio Na foto: Youssef Ferrão (proprietário), Manuel (tratorista) e João Penedo (A S.Sobralense)

13. JOPAUTO New Holland Boomer 25

4. A. AGRÍCOLA SOBRALENSE New Holland Boomer 35 Na foto: Manuel Lopes (A S.Sobralense), Agostinho José Abrantes Fernandes de Campos (cliente) e José Carlos (A S.Sobralense)

5. ETELGRA New Holland T5.115 Cliente: Samaki, Lda Na foto: Mário Cananão (Etelgra), e Aurélio Fajarda (Operador)

Cliente: Manuel Silva Vilela Na foto: André Vilela (filho)

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9. AGROMECÂNICA DAS MEÃS – Garagem Dupla Tracção

New Holland T7.190 Na foto: João Pedro Rego (CNH Industrial), Joaquim Andrade (cliente) e José Carlos (AgroMecânica das Meãs)

10. VARANDA & CORDEIRO New Holland Boomer 50 Na foto: José Batista (cliente) companhado da esposa.

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CURIOSIDADES

Os agricultores japoneses deverão ter à sua disposição tratores totalmente autónomos até 2020

Yanmar testa tratores sem condutor A empresa japonesa juntou-se a pesquisadores da universidade de Hokkaido para aprofundar o tema dos tratores sem condutor. O primeiro resultado desta parceria é um sistema que permite a um motorista operar dois tratores, e foi exibido em vídeo na Agritechnica 2015. Desde essa altura não existiram mais notícias sobre o tema, nem mesmo na última Agritechnica, em novembro. No entanto, os dois parceiros continuam a testar uma série de sistemas, um dos quais permite que qualquer número de tratores trabalhem juntos, como um enxame. Já em fase

de testes de campo, os quatro tratores Yanmar estão todos conectados via GPS. Ativado remotamente a partir de um tablet, uma vez estabelecida a largura de trabalho da alfaia, os três tratores seguintes usam a mesma linha A-B do trator “líder”. Os sensores de deteção de obstrução frente/traseira/ esquerda/direita parecem funcionar bem, e os quatro tratores desaceleram automaticamente e param

quando um obstáculo é detetado dentro de uma certa distância. Um dos aspetos mais desafiantes é garantir que todos os quatro tratores se voltem na cabeceira sem colidir. Atualmente, os quatro tratores executam apenas tarefas simples, mas o chefe do projeto, o professor Shin Noguchi, considera que este é apenas o primeiro passo, e no futuro os tratores autónomos tornar-seão muito mais inteligentes. Existe uma boa razão para o

Japão estar tão avançado e empenhado na pesquisa de tratores sem condutor. Com dois terços da população trabalhadora do país com mais de 65 anos, o setor agrícola enfrenta uma séria falta de mão-de-obra. O ministério da agricultura do Japão estabeleceu objetivos para os sistemas controlados remotamente estarem comercialmente disponíveis no final deste ano e tratores totalmente autónomos até 2020.

Um JCB Fastrac para excursões Não sabemos como lhe chamar. Um mini-autocarro todo-o-terreno? Uma autocaravana com rodas de trator? Um jipe à séria que dá para levar também os vizinhos? Uma diligência dos tempos modernos que no lugar dos cavalos tem um moderno motor e cabine para o cocheiro? Independentemente de como lhe chamar, desperta a atenção desde que lhe pomos a vista em cima, e é sem dúvida um veículo inédito e espetacular. Como o leitor já deve ter percebido, é um JCB Fastrac da série 4000 que está na base desta estravagância. A Série 4000, recordamos, é propulsionada por

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um motor de 6 cilindros cujo nível de potência começa nos 175 cv, e integra uma transmissão de variação contínua que permite alcançar uma velocidade de 60 km/h. Este veículo especial foi projetado e construído pela marca britânica com o propósito de transportar os hóspedes que visitam as propriedades rurais de Lord Anthony Bamford, o dono e presidente da companhia. Não conhecemos pormenores sobre os acabamentos do habitáculo, mas conhecemos o sistema de suspensão dos Fastrac, o que nos leva a crer que as viajar neste veículo será uma experiência confortável.



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