Abolsamia 109

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MÁQUINAS AGRÍCOLAS

dezembro 2017 / fevereiro 2018

abolsamia.pt

A revista da mecanização agrícola

Crescer ao sabor do Douro

109

INCÊNDIOS FLORESTAIS

Vencedores do Tractor of the Year ®

2018

Aprender com os erros

Ano XXV . Nº 109 dez. 2017 / fev. 2018 Diretor Nuno de Gusmão Preço: € 6,00 Cont. ISSN 2183-7023 EXEMPLAR DE OFERTA

Nº109 - Ano XXV

Entrevista aos gerentes da Jopauto

NOVO SITE www.abolsamia.pt

SITEVI 2017

Tendências e premiados

GESTÃO DE PARQUE MÁQUINAS

Um Viking em Odemira

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EDITORIAL edição 109

109

DEZEMBRO 2017 FEVEREIRO 2018

DIRETOR Nuno de Gusmão REDAÇÃO Nuno de Gusmão, Francisca Gusmão, João Sobral, Sebastião Marques e Carlos Branco PUBLICIDADE Francisca Gusmão, Américo Rodrigues e Catarina Gusmão DESIGN E PRÉ-IMPRESSÃO Sílvia Patrão e Ana Maria Botelho MULTIMÉDIA Francisco Marques CARTOONISTA Nelson Martins PROPRIEDADE Nugon - Pub. e Rep. Publicitárias, Lda. CONTRIBUINTE 502 885 203 REGISTO 117122 DEPÓSITO LEGAL 117.038/97 SEDE R. S. João de Deus, 21, 2670-371 Loures ESCRITÓRIOS R. Nelson Pereira Neves, Lj.1 e 2 2670-338 Loures • T. 219 830 130 Email: abolsamia@abolsamia.pt ASSINATURAS T. 219 830 130 João Correia - joaocorreia@abolsamia.pt IMPRESSÃO Jorge Fernandes, Lda R. Qta. Conde Mascarenhas, Nº9, Vale Fetal 2825-259 Charneca da Caparica TIRAGEM MÉDIA 7.000 exemplares ISSN 2183-7023 Nº DE REGISTO ERC 117122

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Os textos e fotos de autor são propriedade da Nugon,Lda., não podendo ser reproduzidos sem autorização, por escrito, da mesma. O conteúdo dos anúncios e das publireportagens dos clientes é da sua exclusiva responsabilidade. abolsamia segue o AO90, embora nem todos os colaboradores tenham adotado a nova grafia. Estatuto Editorial em www.abolsamia.pt/estatuto-editorial-edistribuicao

ABOLSAMIA É MEMBRO DO JÚRI POR PORTUGAL

EDITORIAL Caro leitor,

C

ompletámos neste mês de dezembro 25 anos de existência. Foi um quarto de século onde muita coisa mudou. Na maquinaria agrícola e não só. Também abolsamia mudou e continuará a fazê-lo. Não por termos atingido uma marca tão simbólica mas sim porque a nossa missão é, desde o início, “sermos uma valiosa fonte de informação para o agricultor nas suas decisões relativas a maquinaria agrícola”. É por isso que ouvimos sempre os nossos parceiros, desde os assinantes até aos fornecedores, e temos vindo a efetuar várias mudanças ao longo do tempo. Continuamos a atualizar os nossos conteúdos, introduzindo rubricas como a Gestão de Parque de Máquinas, que permitem que os agricultores portugueses partilhem e tenham acesso às diferentes formas de trabalhar no nosso país, na nossa realidade. É por isso também que lançaremos um novo site já no início de 2018, completamente direcionado tanto para os profissionais da área como para os apaixonados por máquinas agrícolas. A qualidade dos nossos conteúdos é atestada quando são as próprias instituições de ensino que nos pedem colaboração. Atualizámos o Diretório, um “mapa” com todas as empresas e os produtos que fornecem para que qualquer interessado encontre o que procura facilmente, tornando-o ainda mais completo e intuitivo. Tornámos o site completamente “responsive” em plataformas móveis para que possa aceder desde o seu tablet ou telemóvel. Redesenhámos os microsites, mantendo-nos como um fórum especializado na compra e venda de máquinas agrícolas e florestais. Não é de carros, nem de máquinas da roupa, nem de ténis. É de máquinas agrícolas e florestais. Um site onde quem procura e é procurado são verdadeiros interessados e não “brincalhões”. Otimizámos o nosso código e o nosso SEO: trocando por miúdos, é ainda mais fácil encontrar-nos quando pesquisa no seu motor de busca o que quer que seja relacionado com maquinaria agrícola e florestal. Trabalhámos afincadamente na distribuição da nossa revista porque, por muito que existam os “críticos do papel”, a verdade é que a procura nunca foi tão grande. Finalmente, continuamos a procurar estar onde está a informação que os nossos leitores querem: seja no campo, desde Odemira até ao Minho (isto nas reportagens referentes ao último ano), seja nos testes para o trator do ano (onde, de facto, testamos tratores e já fomos de Espanha até à China), seja nas feiras, nacionais e internacionais, cobrindo os eventos (às nossas expensas) e dando a conhecer, cá e lá fora, o que de melhor se faz no nosso país. Tudo isto apenas é possível porque existem pessoas que nos apoiam. A si, aos nossos assinantes e simpatizantes, o nosso muito obrigado. SEBASTIÃO MARQUES Equipa abolsamia redacao@abolsamia.pt

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SUMÁRIO

Dez. 2017 / Fev.2018 AGENDA

113. Calendário de feiras CONCESSIONÁRIO EM FOCO

108. Momentos New Holland 110. Valtractor, Trator Sul e Frupor

30. Tractor of the Year® 2018 premeia 3 marcas

Este ano, a Valtra conquistou dois reconhecimentos no Tractor of the Year® tendo vencido a categoria principal, para campo aberto, e o melhor design. A McCormick conquistou o prémio para os tratores convencionais utilitários, e a Fendt o prémio atribuído aos tratores para aplicações especializadas.

24. Um viking em Odemira

Entrevistámos Carsten Jensen, um dinamarquês que reside no nosso país desde 1989, e que atualmente é o responsável por todo o equipamento e maquinaria da da Frupor. Sediada em Odemira, a Frupor explora um total de 400 hectares dedicados sobretudo à produção de hortícolas.

em demonstrações de campo

110. Agridirect apoia corrida de Almeirim

110. Jopauto tem filial em Vila Real 112. Auto Alvaladense em Dia de Portas Abertas

EMPRESAS

10. Mahindra compra ArmaTrac 10. MacDon mais perto dos clientes europeus

10. Lemken e AppsforAgri aliam-se 10. Case IH comemora 175 anos de existência

12. Dewulf faz parceria com Mahindra

12. Arbos reconfigura instalações em

14. Crescer ao sabor do Douro

Itália

12. Grupo Argo reforça vertente

Fomos a Vila Real e entrevistámos Virgílio Lopes e Generosa Lopes, gerentes da Jopauto, uma empresa de referência em viticultura sediada na região do Douro.

digital

12. Väderstad investe em nova unidade de corte a laser

12. Michelin compra PTG e Téléflow 12. Segunda edição do Prémio Excelência FIMA

ENTREVISTA

14. Jopauto – Crescer ao sabor do Douro

FEIRAS

34. Agritechnica 2017, Notas de Hanover

65. Sitevi 2017, Tendências e Premiados

FLORESTA

34. Notas de Hanover

Da visita que fizemos à Agritechnica, apurámos mais algumas novidades, para além das que divulgámos na nossa edição anterior, que os fabricantes mostraram nos seus stands e de que nestas páginas damos conta. Como são muitas, prometemos continuar a falar sobre elas nas próximas edições.

72. Hörsch Leeb 4 LT

Um jovem agricultor da zona de Beja está a assumir a dianteira da exploração de família. Esta transição de uma geração para outra envolve também a atualização do parque de máquinas e dos métodos de trabalho. Entre as aquisições conta-se um pulverizador rebocado da Horsch, configurado com especificações avançadas, para um desempenho profissional.

82. Incêndios florestais - Quatro

meses de infâmia, um país em comoção e um ano para acertar o passo 86. Produtotes florestais desmotivados pela baixa execução do PDR2020

ABOLSAMIA dezembro 2017 / fevereiro 2018

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SUMÁRIO

GESTÃO DE PARQUE DE MÁQUINAS

24. Um Viking em Odemira

Foto de capa por: Francisco Marques

PRODUTO

20. Claas adota tecnologia de controlo de pressão de pneus

20. Ferramenta para frotas mistas 20. Rigitrac lança trator de160 cv 20. PneuTrac da Trelleborg é misto de pneu e rastos

22. Tampa de óleo inteligente SmartCap

22. Tenías atualiza colelhedora de

76.Teste em Campo Case IH Quadtrac 540 CVX

amêndoa

23. Deutz-Fahr artilhado com cabine giratória

23. Sistema de condução GPS onTrack 62. Toque de Megant - Kuhn Megant 600

72. Hörsch Leeb 4 LT, um pulverizador compacto para desempenho profissional

78. Fazer trabalho de campo sem um trator

Máquinas agrícolas capazes de trabalhar de forma autónoma. Não se fala de outra coisa! E no caso deste projeto, a ideia é ir ainda mais longe e pôr de parte o trator em certas tarefas como a sementeira de precisão.

A série Quatrac ocupa o lugar de topo na oferta da Case IH e, desde que há duas décadas foi lançada no mercado, já foi sujeita a diversas evoluções. A mais recente melhoria previu a inclusão de uma transmissão de variação contínua, que nós já experimentámos numa grande propriedade em território eslovaco.

REGIÕES

90. Concessionários

82. Incêndios Florestais

TECNOLOGIA

78. Dot Technology Corp – Fazer

trabalho de campo sem um trator

TESTE EM CAMPO

A ausência de respostas, a lentidão do processo de decisão, e a falta de conhecimento da realidade no terreno pelas entidades governamentais são críticas apontadas por algumas das associações deprodutores florestais contactados por Abolsamia a respeito da relação com o Estado e as dificuldades que têm sentido nas candidaturas de projetos no âmbito do PDR2020.

76. Case IH Quadtrac 540 CVX

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30. Tractor of the Year® 2018 premeia 3 marcas

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EMPRESAS

Mahindra compra ArmaTrac A firma turca Erkunt Traktor foi recentemente adquirida na totalidade pela indiana Mahindra & Mahindra. A Erkunt é uma das mais importantes marcas de tratores da Turquia. Comercializa uma gama que vai dos 55 aos 110 cv, ocupa o 4º lugar de vendas no mercado doméstico, e exporta para 24 outros países sob a designação ArmaTrac. Nos anos mais recentes fez-se representar nos principais salões de maquinaria agrícola a nível europeu. Em 2016, vendeu cerca de 4700 tratores. No âmbito deste negócio, a Mahindra passou também a deter 80% do capital da Erkunt Sanayi, uma empresa do mesmo grupo cuja atividade está virada para a fundição de blocos para motores e caixas de velocidades, componentes que fornece a outras marcas. Por seu lado, o Grupo Mahindra é um gigante com negócios em várias frentes, estando presente em 100 países. No que toca aos tratores, lidera as vendas na Índia, com uma quota de mercado superior a 40%, sendo também a marca que

maior número de tratores vende em todo o mundo. Apesar desta pujança, o seu portfólio relativamente básico tem tido fraca aceitação na Europa, onde a exigência é alta, quer em termos de regulamentação, quer a nível das expectativas dos clientes. Porém, pelas suas

MacDon mais perto dos clientes europeus Originária do Canadá, a MacDon Industries Ltd é uma marca especializada em equipamentos para colheita. Entre os seus produtos mais conhecidos estão as gadanheiras rebocadas e as frentes de corte, compatíveis com diferentes marcas de ceifeirasdebulhadoras. Com um percurso que já conta 65 anos, e presença em diversos mercados, a MacDon deu agora o passo de abrir uma representação na Alemanha.

características, o mercado turco é bastante atrativo para a estratégia de expansão da Mahindra. Esta é, aliás, a segunda aquisição concretizada naquele país num espaço de poucos meses. No início de 2017, a firma turca Hisarlar, que fabrica alfaias para mobilização de solo, também passou a ser controlada pelo gigante de Bombaim. Mais info: www.mahindratractor.com

Para alcançar o melhor desempenho das novas oportunidades oferecidas pelas máquinas interligadas, a Lemken chegou a um acordo com a empresa AppsforAgri. Esta união terá inúmeras vantagens para o cliente. As máquinas agrícolas de hoje, inteligentes e interconectadas, oferecem muitas oportunidades para incorporar serviços e produtos adicionais que tornarão a prática agrícola ainda mais eficiente. Para aproveitar esse potencial, a Lemken fez uma parceria com o AppsforAgri com o objetivo de desenvolver esse tipo de aplicações em colaboração com esta jovem empresa holandesa. Os primeiros produtos AppsforAgri estão agora disponíveis através da Lemken. Para o cliente, esta colaboração oferece a vantagem de que a tecnologia de deteção já pode ser usada em máquinas com as aplicações correspondentes. A médio prazo, planeia-se incorporar outras soluções integradas que liguem aplicativos, sensores e máquinas. Mais info: https://lemken.com • www.appsforagri.com

As raízes da Case IH remontam a 1842. Nesse ano, foi criada em Racine, no Estado do Wisconsin (EUA), uma empresa que simboliza o início do que é hoje a Case IH. Os primeiros equipamentos agrícolas produzidos destinavam-se à tração animal. Mas passado pouco tempo, a aposta nos motores a vapor viria a generalizar a tração autopropulsionada. Daí até à produção dos primeiros tratores e das primeiras ceifeiras-debulhadoras foi um pequeno passo. Recentemente, a marca lançou uma edição limitada do modelo Puma, em vermelho brilhante, para assinalar esta meta da sua história. Mas 2017 é também o ano em que se comemoram os 20 anos do modelo Quadtrac, marco que também deu origem a uma versão estilizada. A cabine e o topo do capot em preto são os principais elementos distintivos. Mais info: www.caseih.com

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Mais info: www.macdon.com

Lemken e AppsforAgri aliam-se

A Case IH comemora 175 anos de existência

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Embora a marca esteja já representada em cerca de uma dezena de países europeus, esta nova subsidiária, denominada MacDon Europe GmbH, tem como objetivo aproximar a empresa dos parceiros que já tem no terreno, mas também expandir a rede de distribuição em território europeu. Nesta fase, a marca está à procura de novos parceiros que tenham interesse em representar a sua gama de produtos. A MacDon ainda não está representada em Portugal.



EMPRESAS

abolsamia vai estar na FIMA visite-nos no

Pav.10

stand F/43B

Dewulf faz parceria com Mahindra A Dewulf, full-liner em máquinas de batata e tubérculos, anunciou um acordo de licenciamento com a Mahindra & Mahindra Ltd (M & M Ltd) em novembro passado para o fabrico e comercialização de equipamento de plantação de batata na Índia. A batata é a 4ª maior cultura alimentar do mundo, sendo a Índia o 2º maior produtor. Cada ano, mais de 2 milhões de hectares de batata são plantados na Índia, produzindo cerca de 40 milhões de toneladas. A Dewulf percebeu que existe um foco cada vez maior no processamento da batata na Índia e está convencida de que a procura por batata de qualidade neste mercado vai subir. Isso exigirá que os agricultores indianos locais usem máquinas melhores para a plantação de batata. Para responder a essa necessidade, um plantador de batata desenvolvido em cooperação pelas marcas Mahindra e Dewulf está a ser testado para permitir maiores rendimentos e uma melhoria da qualidade de produção. Mais info: www.dewulfgroup.com

Arbos reconfigura instalações em Itália o início de outubro, a Arbos inaugurou um novo centro de engenharia nas antigas instalações da Goldoni. Ocupa uma área 3100 m², emprega 57 funcionários, e é o resultado da união do centro de engenharia da Goldoni com a Lovol Europa Engineering, que ao longo dos últimos 5 anos se tem dedicado ao desenvolvimento dos tratores Arbos. Nestas instalações em Migliarina di Carpi foi ainda construído um centro de testes para verificação dos principais componentes dos tratores. . Mais info: http://arbos.com

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Grupo Argo reforça vertente digital Não é só na renovação da sua gama de tratores que o Grupo Argo tem vindo a investir. Desde o início deste ano, a empresa que detém as marcas Landini, McCormick e Valpadana tem vindo a apostar num processo de digitalização. Tal processo prevê a implementação de um software CRM para a rede de vendas, e melhorias nos sites corporativos, que passam a dar ao cliente a possibilidade de ensaiar a configuração de produtos. Mais info: www.argotractors.com

A 2ª edição do Prémio Excelência FIMA já está em andamento A Feira Internacional de Máquinas Agrícolas que se realiza de 20 a 24 de fevereiro no próximo ano, destaca o trabalho das empresas agrícolas mais inovadoras e reconheceas com este prémio. Através desta distinção, a FIMA reconhece a pesquisa aplicada e o compromisso com a tecnologia, incorporada em avanços práticos e demonstráveis. O objetivo da segunda edição deste prémio é contribuir ativamente e diretamente para a melhoria da agricultura, bem como para encontrar novos modelos de negócio aplicáveis ​​à indústria e ao mercado. Tudo isso, com base em critérios de rentabilidade, sustentabilidade e através da aplicação de modelos de boas práticas agrícolas. A inovação apresentada deve resultar na melhoria da eficiência, qualidade e aspectos ambientais. Mais info: www.feriazaragoza.es

Väderstad investe em nova unidade de corte a laser A Väderstad irá investir 14,5 milhões de euros na construção de uma nova unidade para o corte de peças através de laser. Este equipamento ocupará uma área do recinto da atual fábrica, e irá permitir a produção de peças para toda a gama de alfaias da marca. “Este investimento irá dar-nos a oportunidade de produzir as nossas próprias máquinas na fábrica, melhorando assim o controlo do processo”, afirmou Jan Engfeldt, CEO da Väderstad. O outono de 2018 é a meta apontada pela companhia sueca para a entrada em funcionamento desta nova unidade. Mais info: www.vaderstad.com

Michelin compra PTG e Téléflow As empresas de sistemas de controlo de pressão de pneus PTG e Téléflow foram adquiridas pela Michelin. Esta operação faz do Grupo um líder nos sistemas de tele-enchimento. A Michelin anunciou a aquisição da PTG e da Téléflow, dois líderes em sistemas de controle de pressão de pneus, ferramentas que permitem aos usuários controlar e ajustar a pressão dependendo do terreno e das condições de uso. Essas aquisições refletem a intenção da Michelin de se tornar no líder mundial no CTIS (Central Tire Inflation Systems) no mercado agrícola. Graças a este investimento, a Michelin ajudará a maximizar o desempenho agronómico e económico dos agricultores, ao mesmo tempo que protege o seu bem mais valioso, o solo. Mais info: http://exelagri.michelin.pt



Jopauto

Crescer ao sabor do Douro Por CARLOS BRANCO e SEBASTIÃO MARQUES

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onsiderado o maior especialista em equipamentos agrícolas para o Douro vinhateiro, a Jopauto está em maré de crescimento e cada vez mais perto dos clientes. Ainda e sempre apoiada numa parceria de sucesso com os tratores da New Holland, é com um pé bem firme em São João da Pesqueira que dá o salto para a margem norte, até Vila Real, onde ganha nova centralidade e acrescenta aos seus serviços a área de pós-venda com a criação de novas instalações. Seguir na esteira da inovação e em busca de novas soluções tecnológicas através de parcerias com a Universidade e grandes empresas de vitivinicultura são mais-valias para trabalhar na difícil agricultura do Douro.


Jopauto EMPRESAS

Está um imponente New Holland T6.180 com carregador frontal a auxiliar a montagem da tenda onde serão recebidos os clientes e amigos. É um dia de estreia, de convívio, de festa, que as lhanas gentes transmontanas ajudam a montar. Colocase uma tarja da Jopauto, que vai inaugurar novas instalações oficinais em Vila Real, na reta que dá acesso ao aeródromo. A empresa, onde nos idos de 1983 eram então funcionários os irmãos Virgílio e Generosa Lopes, e que a viram fundar em Viseu, está em crescimento. Desde 2002 estão os dois ao leme da companhia, que mantém a sede em São João da Pesqueira. O salto até ao

Alto Douro foi dado com o pensamento nos viticultores, na assistência do pós-venda, mas também na captação de novos clientes, e também para a fileira da maçã, que a companhia, aos poucos, vai desenvolvendo. E sempre com o pano azul de fundo, a cor da New Holland, da qual a Jopauto é uma orgulhosa concessionária. Novas instalações significam sucesso e crescimento. Porquê Vila Real? “Crescemos a partir da Vila Real, pois São João da Pesqueira já nos condicionava o serviço pós-venda por causa da falta de centralidade, já que não é lugar de passagem. Acede-se pela estrada do Douro, romântica, é verdade,

Real e nós aceitámos esse desafio. Deu-nos mais raio de acção, casos de Armamar, Lamego e Resende, para além de Vila Real e Murça. Mas a Jopauto é um pouco mais do que tratores, pois representa em Portugal, em exclusividade, as marcas Provitis e Boisselet, ambos especialistas em equipamentos vitícolas. Imaginaria a Jopauto, há 30 anos, o cenário agora materializado com a expansão do negócio e das instalações? Há 30 anos, a mecanização do Douro ainda era incipiente. O grande ‘boom’ surgiu apenas em 1985, por força do programa de novas plantações, 2500 ha de vinha mecanizada em patamares de dois bardos. Quem quisesse plantar teria que mecanizar. Isso era obrigatório, e é o grande salto que se dá no Douro. Mas quem vendia máquinas

só o fazia em Chaves, Viseu e Bragança. Ora, a Pesqueira está mesmo encostada ao Douro e foi assim que começou a Jopauto, apesar de as primeiras vendas terem começado no planalto, onde se produzia batata, algum cereal e pecuária. Vendíamos, então, alguns tratores. Mas foi a partir de 1985 que o próprio Douro se apercebeu que teria que crescer com a vinha. E a Jopauto cresceu ao ritmo do próprio Douro, a todos os níveis, seja em pessoal, seja em instalações. E temos estado atentos a tudo o que sejam novas alfaias e equipamentos, inclusivamente ajudando a desenvolver alguns desses equipamentos. A mecanização e o seu desenvolvimento forçaram a transformação do trator de lagartas para trator de rodas e a Jopauto acompanhou-a. Houve um ano que vendemos 45 lagarteiros e agora vendemos dois ou três. Foto: Francisco Marques

Entrevista a Virgílio Lopes e Generosa Lopes, proprietários da Jopauto

mas cheia de curvas e limitadora. Agora, quando crescemos, para os concelhos de Murça, Vila Real, Lamego, Armamar, ou Resende, temos a centralidade necessária, temos a Universidade [UTAD], é também onde reside a maior parte dos técnicos vitícolas da região do Douro. Começámos aqui há quatro anos só com stand de vendas, mas o nosso pensamento já se dirigia para o pós-venda. Daí termos criado uma oficina, pois era o que os clientes nos faziam sentir. Alugámos estas instalações, centrais e com boas condições [era uma oficina de pneus], com estação de lavagem, saneamento, preparadas para o que for necessário, até para substituição de pneus agrícolas. Mas a empresa continua sedeada em São João da Pesqueira, onde tem instalações próprias, onde os clientes identificam a Jopauto, mas que no futuro também vai ser identificada com Vila Real, agora com este serviço de pós-venda, com dois mecânicos em permanência. É por aqui que voltaremos a crescer, e se for preciso contratar mais mão-de-obra será a partir daqui que o faremos. Para já, temos quatro pessoas, o meu filho Daniel, a cargo da parte comercial, e uma funcionária para as vertentes administrativa e de logística das peças, mais os dois mecânicos. Essa expansão é feita por via da representação da New Holland, ou por força do crescimento natural do negócio? O nosso principal parceiro, naturalmente, é a New Holland. E o crescimento está ligado à representação. Tínhamos menos concelhos atribuídos, mas em boa hora a marca entendeu alterar a situação que tinha em Vila

Virgílio Lopes

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EMPRESAS Jopauto

Que alterações socioeconómicas, e mesmo culturais, da força de trabalho do Douro, tem observado nesta região? O Douro, como a maior parte do interior do país, tem perdido habitantes, e se se juntar a concorrência da colheita de uva e maçã em países como a França e a Suíça, então o problema agrava-se. Muita gente vai à procura de melhores rendimentos, deixando o Douro com menos gente em época de colheita.. Então, é com a mão-de-obra dos concelhos limítrofes ao Douro, que não têm uva, que se fazem as vindimas. Mas também já há muita mão-de-obra que não é local, angariada por ‘empreiteiros agrícolas’, que durante a época movimentam

Generosa Lopes

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centenas de pessoas. E também já se recorre à imigração. Como tem evoluído o tecido empresarial no que se refere ao processo de mecanização e à dimensão da propriedade? As grandes empresas do Douro têm equipamentos próprios e são tão evoluídas como qualquer empresa do sul do país, desde que o terreno permita a movimentação das máquinas nos mesmos. Já o médio agricultor – e falamos de uma média de dez hectares por exploração – tem um trator de rodas com pulverizador, capinadeira, ou um triturador de vides e faz a sua lavoura recorrendo a mão-de-obra familiar, obtendo um nível de qualidade mínima para a sua família. O problema é que temos muitos agricultores que não têm mais que meio hectare, um hectare. Ora, estas propriedades têm tendência a desaparecer, pois os filhos que as herdam não conseguem sobreviver com estas pequenas

parcelas, acabam por vendê-las e deixam a terra. O processo é lento, pois muitos há que ainda têm o amor à terra que era dos pais, mas que não lhes dá o rendimento necessário por falta de dimensão. Daí que vá havendo concentração de terra e também o aumento médio da área por cada explorador. Tem o modelo de negócio da Jopauto sentido os efeitos da redução do número de agricultores? Temos que nos adaptar. Em 1983, quando muitos ainda cultivavam batata, vendíamos retroescavadoras para abrir poços para chegar à água que haveria de as regar. Até vendíamos a prestadores de serviços que abriam esses poços. Aqui em redor [de Vila Real] ainda há muita pecuária e para isso é preciso trator, mas se no Douro, nos anos 80, não tínhamos mercado, pois as vinhas eram trabalhadas com animais, elas hoje estão mecanizadas, muito por força das ajudas do Vitis, e mais vão sendo, mesmo as pequenas áreas, o que

Foto: Francisco Marques

Dizia-se mesmo que o Douro só trabalhava com tratores de rastos. Hoje, os patamares são mais bem feitos, os acessos também. Mas ainda subsiste uma filosofia que perfilha os patamares mais estreitos o que aconselha a utilização do trator de rastos.

vai potenciar uma área de negócio do futuro, pelo que nos fomos adaptando e ajustando às necessidades desse tipo de agricultor, que quer um pequeno trator com pulverizador. Mas eles também crescem e nós queremos estar junto deles. Algumas empresas que tinham dois ou três tratores, hoje chegam a ter 20, e os vulgares pulverizadores que tinham passaram a ser muito mais sofisticados. Vão acompanhando a tecnologia, mesmo a electrónica ligada à lavoura. Nós também vendemos equipamento de agricultura de precisão, com software PLM. Está mais vocacionado para as máquinas de colheita, mas vai chegar à viticultura e temos tido reuniões com alguns clientes interessados. Quando eles lá chegarem, nós também lá estaremos. Como se relacionam as grandes empresas internacionais instaladas no Douro com a Jopauto, são elas que vos procuram, é a Jopauto que vai ter com elas? É um pouco dos dois. Diria que temos o conhecimento e a capacidade para, na maior parte dos casos, podermos oferecer soluções a essas empresas. Quando vemos como eles operam dizemos que poderiam fazer o mesmo trabalho com outro equipamento mais vantajoso. Também acontece o inverso, pois há clientes que têm muito bons técnicos. Daí nasce uma relação de confiança e uma parceria que beneficia ambos. Temos o exemplo de uma empresa que em pequenas áreas e por uma questão de aumento de qualidade da uva faz plantações com espaçamentos muito estreitos 1,20 x 0,60 ao alto o que inviabiliza a utilização de um trator. Mandou-se construir

um guincho, testou-se, adaptou-se, e, puxado pela TDF dum trator, reboca a alfaia que faz a lavoura do terreno. Temos já a promessa da nossa representada Provitis de que para a próxima campanha de desponta iremos testar para afinar um equipamento específico desenvolvido para patamares de um bardo do Douro que, mudando a máquina, faz a desponta ou a pré poda da esquerda para a direita do trator, evitando tempos mortos, pois permite trabalhar nos dois sentidos. Duplica o rendimento do que se faz hoje neste tipo de plantação. Que áreas de trabalho e que máquinas ainda vos fazem falta? Quando se fala em viticultura de montanha há sempre coisas para fazer e equipamento que é necessário.adaptar. No fundo, algo terá que ser criado ou adaptado, já que os fabricantes, ao produzirem de forma massiva, fazemno para a maioria dos modelos vitícolas do mundo, para as planícies. Não especificamente para as montanhas do Douro. Na Alemanha, na zona do Reno e do Mozela, todas as plantações são ao alto e, nessa perspetiva, criaram os equipamentos adequados. Acontece que aqui no Douro não temos uma disciplina como os alemães, do tipo ‘é assim que se faz, ponto final’. Por aqui temos patamares de um bardo, dois, vinhas ao alto, pelo que criar equipamentos adequados à vinha de cada um é complicado. A que outras zonas vão estando mais atentos para procurar novas soluções? As que estão mais próximas e são mais relevantes, casos do Sul de França,


colado aos Pirenéus, a Suíça e a Alemanha, zonas algo montanhosas, mas também a zona do Penedés, na Catalunha, embora sejam pequenas quando comparadas com o Douro. Na Suíça trabalham com tratores muito pequenos, com rastos de borracha e com apenas 85cm de largura, com pulverizadores suspensos, criados especificamente para agricultores que têm quatro ou cinco hectares. Esses têm capacidade financeira para terem equipamento desse tipo, que custa 60/70 mil euros. Aqui não há essa capacidade. Em 2011 foi referido que a fruticultura seria uma aposta da Jopauto para o futuro. Mantém-se essa aposta? Mantém. E tem a ver com o crescimento que tivemos. Armamar, por exemplo, é uma zona de maçã, Lamego e o planalto de Carrazeda também, e um pouco de Vila Real. Daí que, como já estamos bem implantados e reconhecidos no mercado da vinha, é na fruta que temos ainda muito para fazer. Começámos por introduzir nesse mercado o pulverizador Hardi e outros equipamentos ditos convencionais. A relação com a New Holland remonta a 1991. Como tem sido a colaboração entre ambos e que modelos são os mais interessantes para a região? A relação com a New Holland é a melhor e há sempre grande disponibilidade da representação. O modelo mais pretendido é o T3F, nas mais variadas potências. O que melhor aqui se enquadra é o 3F e a série 4000. Os vinhateiros, o 4000V, o M e o F, este mais para as frutas.

O agricultor de menor dimensão não tem capacidade para adquirir o T4. Em relação ao T3F há muito tempo que desejávamos esta série, mais propensa para países como Portugal, Espanha e Itália. É pena que não nos chegue com cabina de origem, pois o cliente quer sempre cabina e ar condicionado. É uma tendência de mercado. Perante esta impossibilidade procurámos junto de um fabricante Italiano, Torincab, o fabrico e adaptação para este tipo de trator de cabinas com ar condicionado que posteriormente montamos, ficando o trator como se fosse de origem . O inconveniente é que nos fica mais caro, mas vamos de encontro ao desejo do agricultor. Temos feito alguma pressão sobre o fabricante para que a situação possa mudar. Já nos foi confirmado que assim será mas ainda não temos um prazo. Mas está um T6 (180cv) à porta das instalações… Em Vila Real já vendemos um T5 e um T4.105 para uma zona de ganadarias. Há clientes que querem muito mais potência, daí estar aqui um de 180cv. [Generosa Lopes entra na conversa] Está nesta indústria desde 1983, um mundo onde não há muitas mulheres… Comecei muito cedo, com apenas 19 anos e até 1988 andei pela área comercial, onde fiz de tudo um pouco. Entretanto, a estrutura cresceu e eu comecei a dar passos maiores. Se o meu irmão [Virgílio] é o perito em produto e parte comercial, eu virei-me para a vertente administrativa, que está centralizada em São João da Pesqueira.

Máquina para vindimar patamares de um bardo e vinhas ao alto no Douro A difícil orografia e a peculiaridade dos patamares onde se produz no Douro colocam desafios aos técnicos e produtores. E se não há máquinas adequadas para realizar o trabalho, inventam-se as soluções. Assim aconteceu com a casa Symington, com o apoio do programa 2020, e em colaboração com a UTAD e o fabricante Alemão Hoffman, sendo a Jopauto, como parceira de décadas da Symington, convidada a fazer parte do projeto. Conta Virgílio Lopes que numa conversa com o diretor de viticultura da Symington, Eng. Pedro Leal da Costa, sobre problemas com a mão-de-obra e a produtividade na colheita das uvas, este lhe transmitiu a necessidade da procura de uma máquina de vindimar para vinhas em patamar, algo que até agora era tido como impensável: “Assim que o director técnico da Symington me mostrou uma publicação com uma máquina semelhante em trabalho numa vinha ao alto fiquei convencido de que finalmente poderíamos ter uma máquina de vindimar no douro”. “A especificação é da Hoffmann e o trator é Andreoli, com 110cv e rastos de borracha com 1,40m de largura. A máquina foi testada, adaptada, e afinada, desde 2015. Esta máquina, fruto deste desenvolvimento conjunto foi adquirida pela Symington e já fez este ano vindima na Quinta do Vesúvio. Foram feitas imensas alterações que lhe foram criando muito valor. Talvez lá para o fim do ano tenhamos preço”, explica Virgílio Lopes. O gestor da Jopauto explica parte da ciência que conduz à eficácia tecnológica: “Como todas

as máquinas, é necessário criar condições para que elas possam trabalhar com eficácia. Todo o embardamento tem que ser feito em esteiros metálicos ou de madeira, e a colheita terá que ser feita, no mínimo, a 60cm do solo, pois se estiver muito rente a máquina não consegue colher as uvas, como qualquer máquina de vindimar, e não é só no Douro. Quanto à tipologia da vinha - se de patamares de um bardo ou dois -, terá que ser de um bardo, pois a máquina não funciona no bardo interior, pois este fica encostado ao talude e há sempre o problema da erosão.” Virgílio Lopes acredita que daqui a uns anos muitas das vinhas do Douro estejam preparadas para as máquinas de vindimar. “Há o problema da dimensão das vinhas, na maioria muito pequenas, o que não justifica o investimento. Poderá ser uma possibilidade para prestadores de serviço. Por último, esta máquina é relativamente lenta, e em terrenos com curvas de nível e muito pedregosos, por agora, só trabalhamos na média de 1,5km/h. Talvez possamos atingir os 2km/h. Tudo depende da experiência do operador e das condições de preparação do solo. Mas ela vem dar resposta aos problemas de falta de mão-de-obra, que é grave, particularmente no Douro. Há contas que nos dizem que seriam necessárias cerca de 12 mil pessoas para fazer toda a vindima do Douro em 22 dias. Parecendo que não, o Douro tem mais vinhas que o Alentejo, mas as condições e as velocidades de vindima são diferentes. Em suma, é esta a grande ideia: [com a máquina] tentar minimizar a falta de mão-de-obra”, rematou Virgílio Lopes.

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EMPRESAS Jopauto

Hoje em dia é mais fácil ser concessionário, atendendo a que cada vez há menos stands? O importante é a evolução. A não evolução resulta na queda. Mas agora é mais difícil, pois temos que entender de tudo, principalmente de fiscalidade. Parecemos funcionários do Estado. Em tempos, algum processo administrativo que nos demorava uma hora, agora custa-nos um dia de trabalho. É uma enormidade o número de documentos que nos são exigidos pela máquina fiscal. É um processo muito mais moroso e que exige muito mais mão-deobra para desempenhar as mesmas tarefas de outrora. Os compromissos e o calendário fiscais não nos dão sossego. Vendem-se mais tratores à medida que mais projetos são aprovados. Nessa perspectiva, o que pensa do sistema de subsídios?

É uma faca de dois gumes. Se por um lado vendemos mais máquinas, por outro há retração, pois o agricultor fica a aguardar que lhe seja aprovado o projecto. Com ou sem aprovação, ele precisa da máquina, mas se soubesse rapidamente que o projecto não lhe seria aprovado ele avançaria à mesma para a aquisição do equipamento, pois não pode ficar parado. Os clientes têm tirado partido do sistema de financiamento CNH? As vendas têm sido muito alavancadas desde que a CNH fez um protocolo com o BNP Paribas. Como já lá vão uns anos que deixou de existir a mesma disponibilidade económica por parte do agricultores do Douro, as campanhas de financiamento sem juros têm ajudado muito à concretização dos negócios para a aquisição de equipamentos. Tem funcionado bem, sendo certo que não venderíamos tanto se não existissem estas campanhas de crédito. Como observa a evolução do mercado de tratores na região e no país? [Virgílio Lopes regressa à conversa] O mercado em Portugal tem estado estável,

Foto da Equipa Jopauto.

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New Holland T3F.

embora as estatísticas, por estranho que nos pareça, falem em subida, mas da qual não nos apercebemos no terreno. A tendência, à exceção do que se passa na zona do Alqueva – incomparável com o resto do país, pois está a crescer de uma forma completamente diferente -, está estável. Com o anterior Governo, no mandato da ministra Cristas, houve uma distribuição maior do dinheiro da UE para os projectos de aquisição de equipamentos. Aquilo funcionava. Agora emperrou tudo e os projetos não saem. Há incerteza que prejudica o mercado e as pessoas retraem-se. Às vezes, a nossa função passa por moralizar os agricultores, dizendo-lhes que não pensem tanto em

projetos, pois com tantos incêndios no país haverá que, necessariamente, desviar verbas para ajudar toda aquela gente que ficou sem nada. A incerteza tem gerado dúvida nas pessoas e, no mínimo, fá-los retardar o investimento. Acho até que vamos ter um abaixamento do mercado nesta fase de final do ano, que tradicional e habitualmente tem sido melhor para nós. Na dúvida, enquanto não há novidades sobre os projectos, os agricultores adiam – e devem continuar a adiar – o investimento. E o mesmo deverá acontecer com as empresas, a avaliar pelas conversas que tenho tido com alguns responsáveis técnicos. Enquanto agricultor, como perspetiva a evolução do negócio do vinho e se julga haver culturas alternativas para a região do Douro? Esse é o drama do Douro. É uma monocultura, quer gostemos ou não da palavra. Frequentemente diz-se que tem boa amêndoa e bom azeite. É verdade, são bons, mas não são rentáveis. E porquê? Porque os terrenos não são mecanizáveis. E porque estamos a falar de terrenos de pequena dimensão – falo da montanha e não do planalto de Trásos-Montes. O Douro, se lhe retirarem o vinho é uma região falida. Diria mais, se lhe retirarem o vinho do Porto e se ficar só com o vinho DOC, o vinho de mesa de qualidade, que tem valor acrescentado, só sobreviveria para nichos de mercado onde este é bem

vendido e divulgado. Vender o quilograma de uva a 30/40 cêntimos, tendo em conta os custos de produção, não é rentável. Quando ouvimos, de ano para ano, que a quantidade de vinho do Porto consumido em todo o mundo está a descer, ficamos preocupados. Mas os grandes operadores da região estão a tentar dar a volta, a tentar criar novos hábitos de consumo dirigidos às camadas mais jovens, seja para os cocktails, seja para o Porto branco, que está a conquistar muitos adeptos. O turismo também será importante, essencialmente pela imagem que é projectada da região. A paisagem será sempre a maisvalia que o Douro transmite à sua marca, que tem estado a crescer. [Se fosse governante…] Que medidas tomaria? Há um distanciamento da realidade da agricultura, também porque desapareceram muitas delegações regionais . Logo, algumas diretivas do ministério não têm nada a ver com a região, pois esses técnicos em Lisboa não a conhecem. Os técnicos locais têm o devido conhecimento, mas o problema é que não são ouvidos. E esse é o maior problema. E muitas vezes o que vem de Bruxelas não funciona cá e não há uma ponte que faça a melhor adaptação dessas medidas à realidade e região. É uma pena, mas é um facto.


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PRODUTO

Rigitrac lança trator de 160 cv

Claas adota tecnologia de controlo de pressão de pneus A Claas passa a adotar a tecnologia de controlo da pressão de pneus concebida pela firma alemã R&M Landtechniksysteme. É a Claas Industrietechnik, departamento da marca que se dedica às transmissões e hidráulicos, que irá gerir o desenvolvimento dos sistemas até agora fabricados pela R&M. Apesar de os termos precisos do acordo entre as duas empresas não terem sido dados a conhecer, o certo é que a Claas passará a disponibilizar nos seus tratores tecnologia que possibilita o ajuste da pressão dos pneus em função da tarefa a realizar. Os operadores poderão alternar entre a pressão de campo e a pressão de estrada, isto tanto para as rodas do trator como para as do reboque, e sem terem de sair da cabine. É um sistema útil para quem por exemplo carregue silagem ou faça distribuição de chorume, trabalhos em que se anda alternadamente em campo e em estrada. O sistema é composto por um compressor de alta performance, por tubagens ligadas às válvulas em cada jante, e por um sistema de válvulas para ligação entre o trator e diferentes equipamentos que também estejam equipados com esta tecnologia. O sistema é comandado através de uma App, na qual os condutores podem memorizar perfis para diferentes combinações trator+equipamento. A pressão é medida e controlada individualmente em cada pneu, o que significa que se pode inclusive ajustar a pressão de todos os pneus do mesmo lado para atravessar uma zona de encosta. Mais info: www.claas-group.com

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A marca suíça Rigitrac subiu mais uns degraus em termos de potência. O SKH 120 era até agora o trator mais musculado, com 120 cv. Mas a oferta passa a incluir um modelo mais potente, o SKH 150, com 160 cv. A transmissão é de variação contínua e o bloco de propulsão é um 4 cilindros fornecido pela FPT. Como é tradição na Rigitrac, este trator possui chassis articulado e quadro rodas iguais. Esteticamente, mantém-se o traço de família da Rigitrac mas com retoques que dão um look mais atual. Mais info: www.rigitrac.ch

PneuTrac da Trelleborg é misto de pneu e rastos Ferramenta para frotas mistas A condução automática é uma das tecnologias de precisão mais consolidadas no mundo agrícola. Mas há uma dificuldade que tem persistido: a possibilidade de fazer uma bem sucedida transferência de dados entre equipamentos de diferentes marcas. Com a ferramenta Wayline Converter Tool, o Grupo AGCO melhora a portabilidade dos dados referentes à condução automática, o que permite poupar tempo sempre que alguém precise de transferir, entre equipamentos de diferentes fabricantes, os dados das parcelas em que costuma trabalhar. Esta ferramenta reconhece o formato dos ficheiros produzidos pelos sistemas VarioGuide e AutoGuide do Grupo AGCO, bem como os ficheiros John Deere, Topcon, CNH, Trimble e ISOXML. A Wayline Converter Tool foi desenvolvida pela firma parceira FarmFacts e está disponível, para utilização gratuita, em: https://mein.nextfarming.de/ waylineconverter/agco/

Na Agritechnica 2017, a Trelleborg apresentou o PneuTrac, um produto a meio caminho entre um tradicional pneu agrícola e um sistema de rastos. Os leitores mais atentos terão a sensação de já ter ouvido falar deste produto, e de facto ouviram. O PneuTrac teve a sua estreia sob a marca checa Mitas, pouco tempo antes de esta ter sido comprada pelo Grupo Trelleborg. Agora, a marca sueca relança o conceito com o seu próprio carimbo. Segundo Lorenzo Ciferri, vice-presidente de marketing e comunicação da Trelleborg, “o PneuTrac combina as vantagens de um pneu agrícola radial com os benefícios de tração e apoio sobre o solo de um sistema de rastos”. O seu elemento mais inovador é a parede lateral, que faz uso de uma tecnologia desenvolvida pela empresa Galileo Wheel Ltd. A arquitetura especial dessa parede permite à carcaça suportar

a carga, providenciando em simultâneo flexibilidade e uma maior base de apoio sobre o solo (pegada), o que resulta em menos compactação. Quando o PneuTrac está cheio de ar, tem uma base de apoio semelhante à de um pneu normal, e quando se esvazia, essa base tornase maior, aproximando-o do tipo de pegada de um sistema de rastos. A marca garante que este design proporciona também uma maior estabilidade lateral no trabalho em encostas. O PneuTrac pode incluir um piso de lingueta dupla (Progressive Traction), exclusivo da Trelleborg. Mais info: www.trelleborg.com



PRODUTO

Tampa de óleo inteligente SmartCap Um novo dispositivo de telemetria para motores foi apresentado pela Perkins na sua fábrica de Seguin, nos Estados Unidos. Trata-se de uma simples tampa de óleo (SmartCap), mas com tecnologia para envio de dados. Esta peça permite monitorizar o funcionamento do motor e enviar informações para um smartphone através da aplicação Perkins My Engine App. Através da SmartCap, que tanto pode ser usada em modelos recentes como em modelos mais antigos, o utilizador pode saber a localização do motor, o número de horas de funcionamento, as horas de arranque e paragem, e ser avisado de quando deve ser

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feita a próxima revisão. Pode ainda fazer o registo do motor e aceder a manuais de peças e consumíveis. A Perkins completa 85 anos de existência, e tal como outros fabricantes, dispõe de motores para máquinas agrícolas adaptados ao mais recente nível de emissões poluentes. É disso exemplo a linha de motores Syncro, de que faz parte um bloco de 4 cilindros, com 3,6 litros de cilindrada, capaz de disponibilizar até 134 cv de potência. Os motores Perkins que têm como destino o mercado europeu são produzidos em Peterborough, no Reino Unido. Mais info: www.perkins.com

Tenías atualiza colhedora de amêndoa Um motor John Deere de 120 cv (Tier 4Final) vem substituir o Deutz de 110 cv empregue na versão anterior da colhedora. Mas as novidades desta geração agora apresentada pela marca espanhola estendem-se a outros componentes. O sistema vibrador está baseado numa arquitetura redesenhada, e conta com um temporizador que o operador regula para adequar o nível de vibração ao grau de maturação do fruto.

E as duas tremonhas cresceram, apresentando uma capacidade de 4 m³ cada. Por fim, foi alterada a forma de descarga das tremonhas, que passa a ser feita pela traseira da máquina. Esta automotriz faz a recolha em contínuo de amêndoa em plantações alinhadas, e que tenham um espaçamento entre filas e entre árvores adequado ao seu funcionamento. Mais info: www.tenias.com www.manuelfialho.pt


Deutz-Fahr artilhado com cabine giratória A firma bávara Paul Nutzfahrzeuge GmbH dedica-se à preparação de camiões. No seu portfólio, tem inúmeras transformações feitas a nível do chassis, da cabine, dos eixos, entre outras, em função das encomendas, que chegam de todo o mundo. Apesar de serem os comerciais pesados que estão no centro do seu negócio, um dos trabalhos mais recentes executado pela Paul foi a preparação de um trator. Um Deutz-Fahr 9340 TTV entrou pelas portas da oficina com características originais e saiu de lá com uma cabine rotativa. À semelhança do conceito empregue nos Claas Xerion, a cabine desloca-se alguns centímetros para cima e depois roda 180 graus, ficando em posição invertida. A transformação não interferiu no sistema de suspensão, que continua em funcionamento.

A diferença é que a cabine, quando virada para a frente, fica ligeiramente mais alta do que a original. E quando virada para trás, essa diferença cresce ainda uns cm, ficando notoriamente numa posição mais elevada. Ao contrário do que acontece no Xerion, em que a rotação da cabine se faz apenas com o trator imobilizado, neste série 9 “by Paul” é possível fazê-lo em avanço a baixa velocidade. Não sabemos se esta particularidade passaria numa homologação, mas isso não diminui todo o mérito que há nesta obra. A transformação foi realizado em cooperação com a Rottenkolber Umwelttechnik, um concessionário que representa a Deutz-Fahr no sul da Alemanha, e terá implicado um investimento na ordem dos 50.000 Eur. Mais info: www.paul-nutzfahrzeuge.de

Sistema de condução GPS onTrack Desenvolvido pela Agricision, o onTrack é um sistema de assistência à condução por GPS, com barra de luzes. Comparativamente com outros sistemas, a grande diferença é que este dispositivo fica instalado fora da cabine. É em cima do capot, na frente do trator, que através de fixação magnética o operador coloca o aparelho. Segundo o fabricante, esta posição é mais vantajosa porque está na proximidade das rodas do trator. O onTrack incorpora um recetor de sinal, uma barra de luzes, e uma bateria com autonomia para 24 horas de funcionamento contínuo. É comandado através de um dispositivo móvel com o qual comunica via Bluetooth. A empresa refere que o onTrack é de instalação rápida, e que pode facilmente ser trocado de umas máquinas para as outras. Tratando-se de um sistema sem subscrição, em que a precisão ronda os 20-30 cm, o onTrack pode ser interessante para quem necessita de fazer uma utilização esporádica de um sistema de condução assistida. Com mais de 300 kits já comercializados, a Agricision participou na Agritechnica 2017 para divulgar internacionalmente este novo produto. Em Inglaterra, o kit tem um preço de aproximadamente 750 Eur + IVA. Mais info: https://agricision.co.uk ABOLSAMIA dezembro 2017 / fevereiro 2018

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Um

VIKING em Odemira Por SEBASTIÃO MARQUES Fotos FRANCISCO MARQUES

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GESTÃO DE PARQUE DE MÁQUINAS

1984

. Não, não estamos a falar da obra de George Orwell mas sim do ano em que um norueguês, de seu nome Ole Martin Siem, chegou a Portugal para ver a sua futura herdade no Brejão, em Odemira. Passados três anos, em 1987, surgiu a Frupor. Desde essa data, a empresa concentrou-se em retirar o máximo partido dos solos arenosos, da ausência de geada assegurada pela proximidade do mar e da existência de água. Tudo para produzir hortícolas destinados, na sua maioria, ao norte da Europa. Durante estes trinta anos houve um outro escandinavo que desenhou e manteve o parque de máquinas da empresa, que conta com trinta tratores. Foi este o viking que fomos conhecer.

A Frupor explora um total de 400 hectares em Odemira, dedicados sobretudo à produção de hortícolas. Carsten é o responsável por todo o equipamento e maquinaria da empresa. Carsten Jensen.

“Eram só seis meses. Afinal vamos em trinta anos”. É assim que Carsten Jensen, dinamarquês radicado no nosso país desde 1989, responde à nossa primeira pergunta, enquanto abre a porta da caixa-aberta em que nos levaria a conhecer a herdade. “Os meu estudos centraram-se no tema da produção em estufas. Depois de dois anos nos Estados Unidos, vim para Portugal trabalhar numa empresa que tinha um acordo com a Frupor na área das flores. Em 1990 acabei por entrar para os quadros desta última. Sou responsável por todo o equipamento e maquinaria da empresa, assim como da sua manutenção. Também supervisiono os projetos da cenoura para snack e da vinha. Faço bastantes coisas aqui”, conta enquanto pára a carrinha junto a uma estufa com um aspeto bastante moderno. “Temos 3000 metros de viveiros em estufas aquecidas. Esta é a mais recente.” Aqui, explica, são produzidas as plantas que depois seguirão para os terrenos circundantes. A exploração tem 280 hectares próprios, perfazendo um total de 400 hectares quando somados os terrenos explorados em regime de arrendamento. “Cada vez mais é difícil encontrar terrenos disponíveis, por isso, e para

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GESTÃO DE PARQUE DE MÁQUINAS

permitir uma rotação de culturas, fazemos trocas de terrenos com vizinhos”, conta Carsten, que segue conduzindo de forma descontraída por entre trilhos de areia que têm o Oceano Atlântico como pano de fundo. “Raramente temos muito tempo para ficar a disfrutar da vista. Afinal, chova ou não chova há plantações para fazer, há colheitas, há trabalho. Aqui nunca paramos”. Este é o resultado de ter uma exploração onde se fazem várias culturas. Após um período de experimentação inicial, ainda no final da década de 80 e início da de 90, decidiu-se que o foco seria a couve chinesa e as ramagens ornamentais. Daí para cá, acrescentou-se a cenoura para snack e, a mais recente aposta, a vinha. Em traços gerais, a produção da exploração está dividida em 150 hectares de couve chinesa, 90 de cenoura para snack, 40 de ramagens ornamentais e 60 de vinha. “Tentamos conjugar a adaptabilidade e produtividade das culturas a esta zona com o acesso aos mercados europeus e aos benefícios económicos

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A Frupor cria nos seus mais de 3000 m2 de viveiros todas as plantas que posteriormente planta.

que dele se podem retirar”, elucida o Sr. Jensen quando nos aproximamos de um pivot instalado recentemente onde trabalha um porta alfaias especializado para hortícolas. “O sistema de rega utilizado varia consoante a cultura, apesar de, por exemplo no caso da cenoura para snack, tanto utilizamos a máquina de rega como o pivot”, explica. Mais difícil do que escolher o sistema de rega é encontrar operadores para as máquinas ou, pelo menos, bons operadores.

É por isso que Carsten prefere contratar jovens (mesmo que sem experiência na área) que depois pode formar para a atividade específica da exploração. É que cada área, explica, “tem as suas especificidades e não é o mesmo trabalhar com hortícolas ou com outras culturas”. Ao todo trabalham na Quinta 200 pessoas mas na altura da colheita esse número sobe para 250 ou 260, todas originárias das aldeias das redondezas.

Uma dessas aldeias é S.Teotónio, para onde Carsten decidiu ir viver com a sua mulher, portuguesa, dez anos depois de ter chegado a terras lusas. “Vivi muito tempo na Quinta... Quando cheguei só havia uma estrada poeirenta, a casa do monte e um barracão lá atrás. Este relvado onde estamos fui eu que o plantei! O parque de máquinas da exploração é constituído por 30 tratores. As aquisições mais recentes foram um Valtra N105H5 (115 cv) e um Valtra N154ED com 155cv e transmissão de variação contínua.


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Todos os dias os tratores vão para o terreno. As horas por ano variam entre as 900 para os menos utilizados e as 1800 para os mais utilizados .

Quando cheguei nem telefone havia”, recorda Carsten, quando chegamos ao final da nossa volta pelas estradas que ligam as parcelas da exploração. “Gosto de viver aqui e a minha família também. Um dos meus filhos joga futebol aqui na terra, é guarda redes”. A pergunta é obrigatória quando se fala em guarda redes dinamarqueses: teremos novo Schmeichel? Deixando o futebol e voltando ao tema dos recursos humanos, perguntamos então se costumam recorrer a prestadores de serviço para alguma tarefa em particular. “Recorremos pouco, apenas nos casos muito específicos de serviços com bulldozer ou giratória”. No entanto, e tal como com os terrenos, trocam serviços com agricultores vizinhos. A união faz a força. Abandonamos o relvado, a sombra das árvores e a vista para o lago, e encaminhamo-nos para a oficina. Um pavilhão em forma semi-cilíndrica, arrumado, limpo e bem guardado por vários tratores Valtra e uma retro Case. “São trinta tratores, dos quais 10 Valtras, 10 Steyr e 6 Zetor. Ainda há uma retro, um porta-alfaias (Rath Mastertrac)”. Sendo Carsten o responsável pela oficina praticamente desde o início, aprofundámos o tema do parque de máquinas e a forma como este tem vindo a evoluir desde 1990. “Cada vez os nossos tratores são mais potentes. Cada vez as máquinas são melhores e cada vez mais queremos fazer tudo numa só

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passagem. Basicamente passámos para o dobro (da potência). Começámos com tratores de 75 cv e o último que adquirimos tem 150 (pelo meio há ainda um Valtra T 191 com 191 cv)”. As aquisições mais recentes foram um Valtra N105H5 (115 cv) e um Valtra N154ED com 155cv e transmissão de variação contínua, estando ainda programada até ao final do ano a chegada de um Valtra A 104H (105 cv). Porquê esta opção pela marca finlandesa? “A marca, para mim, depende da função que o trator vai desempenhar. Temos várias marcas aqui mas aquilo que orienta o meu pensamento é sempre o serviço para o qual eu vou querer aquele trator e, em função disso, escolho a marca. A opção pela Valtra está relacionada com vários fatores. É já uma relação antiga, iniciada com o anterior concessionário e continuada agora com a Trator Sul. Em primeiro lugar, são tratores com uma fiabilidade muito grande. Nestes anos que

Na oficina realizamse quase todas as manutenções menores bem como a construção ou adaptação de várias alfaias e reboques.

levamos de marca, raramente tivemos problemas. São tratores bastante robustos, com selo de qualidade nórdica. Temos vários Valtras e com funções diferentes. Destes mais recentes, um vai para a plantação porque tem uma caixa muito boa, outro vai para a pulverização. Mas temos mais, por exemplo, para os trabalhos pesados, como a lavoura, utilizamos um T 191, o único trator com “rodas largas” que cá temos”. Com uma oficina tão bem equipada e com vários mecânicos na casa, quase todas as manutenções são “caseiras”. No entanto, sempre que é preciso uma reparação maior, recorre-se à marca. Daí a importância, na opinião de Carsten, de “ter um concessionário com uma localização próxima, com um bom serviço de pós-venda e um bom stock de peças”. Outro dos trabalhos que se faz na oficina é a adaptação das alfaias

para os serviços específicos da exploração. É que, se algumas vieram customizadas de fábrica, como o caso da plantadora de couve chinesa, outras são quase construídas de raiz em casa. “Quase todas as nossas alfaias e reboques sofreram adaptações para trabalharem aqui. O melhor exemplo talvez sejam os reboques. O primeiro veio da Dinamarca, e chamamos-lhe o “modelo A”. Daí para cá todos foram desenhados e construídos na nossa oficina para responderem às nossas exatas necessidades. Mas também a máquina de plantar a couve chinesa ou a de adubar foram alteradas para nós. Penso que só mesmo as charruas, as fresas, os chíseis e as rototerras permanecem iguais desde que vieram da fábrica”, confidenciou o Sr. Jensen, contemplando os vários tratores alinhados em frente ao pavilhão. Com tantos tratores e ainda mais empregados, pensámos que a telemetria seria uma tecnologia bastante ansiada por Carsten. Puro engano. “Sinceramente, não pensamos muito nisso. Temos uma forma de trabalhar bem definida com os nossos operadores e com resultados comprovados. Para já, não está nos nossos planos”. Quem fala assim... é dinamarquês (e não é gago).


Um objetivo, uma meta: Facilitar a vida dos agricultores. Na base do nosso trabalho está o agricultor. Desde 1920 que trabalhamos para si. É por isso que a GALUCHO dispõe de uma ampla gama de produtos, para que tenha a melhor opção na tarefa que pretende executar. Consulte o seu concessionário para obter mais informações e consiga soluções concretas para problemas reais. www.galucho.com

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TRATOR DO ANO® 2018

Tractor of the Year® 2018

premeia 3 marcas Por JOÃO SOBRAL

Na abertura da Agritechnica, o júri internacional do prémio Trator do Ano deu a conhecer a distribuição dos prémios atribuídos às diferentes categorias em disputa. A cerimónia de entrega de prémios é o momento mais aguardado em todo este processo, que visa pôr em evidência os tratores mais que estão em produção. Este ano, a Valtra conquistou dois reconhecimentos, tendo vencido a categoria principal, para campo aberto, e o melhor design. A McCormick conquistou o prémio para os tratores convencionais utilitários, e a Fendt o prémio atribuído aos tratores para aplicações especializadas.

Trator do Ano para Campo Aberto VALTRA T 254 Versu Smart Touch A Valtra cria um novo patamar em termos de manuseamento intuitivo. O trator em geral oferece um alto nível de conforto, performance, eficiência e versatilidade. O apoio de braço Smart Touch, com o seu monitor de 9”, e os novos comandos,

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concentram praticamente todos os ajustes disponibilizados ao condutor. O Smart Touch é um interface que mantém simples o manuseamento de um trator que é avançado em termos tecnológicos. O T254 Versu veio posicionar-se no lugar de topo dos T, tendo sido adicionado a esta série como um modelo acima do já existente T234. Em termos de motorização, é impulsionado por um bloco de origem Agco Power de 6 cilindros

e 7,4 litros de capacidade, que alcança os 271 cv de potência através de um boost de duas etapas. A transmissão Versu é uma powershift que em termos de utilização se aproxima da sensação de condução de uma CVT. As 30 relações são robotizadas, o que significa que podem alternar em modo automático. Este modelo apresenta uma carga máxima admissível de 13.500 kg e uma distância entre eixos de 2995 mm.

Melhor Utilitário McCORMICK X6.440 VT-Drive A McCormick introduziu uma transmissão de variação contínua no segmento dos tratores convencionais utilitários. Esta transmissão é comandada através de um interface user-friendly desenvolvido pela própria marca. A transmissão e o interface dão origem a uma condução mais confortável e precisa, num vasto leque de tarefas, incluindo os trabalhos com carregador frontal. O X6.440 é o modelo mais potente da linha X6 com caixa de variação contínua VT-Drive. Alcança uma potência de 140 cv com boost, através de um motor FPT Nef de 4 cilindros, com 4,5 litros de cilindrada. De notar que a transmissão VT-Drive resulta de um esforço de desenvolvimento feito internamente pelo Grupo Argo. Este modelo conta com um novo apoio de braço denominado VT EasyPilot, e na lista de opcionais o cliente encontra: a suspensão de braços independentes no eixo dianteiro, travões às 4 rodas e monitor tátil DSM de 12”. Apresenta uma carga máxima admissível de 8500 kg e uma distância entre eixos de 2540 mm.


2018 TRATOR DO ANO®

ESTREANTES E REPETENTES O prémio Tractor of the Year existe desde 1998. É a primeira vez que a Valtra conquista o galardão principal na categoria de tratores para campo aberto. Embora a categoria que distingue os tratores convencionais utilitários seja ainda recente, é também a primeira vez que a McCormick é distinguida com o selo TOTY neste segmento. Nos especializados, não se trata de uma estreia para a Fendt. Já por duas vezes a marca tinha sido distinguida neste segmento em anos transatos. Isso aconteceu em 2003 e depois novamente em 2010. A Valtra está entre as marcas que já receberam mais distinções do TOTY atribuídas ao design. Esta é a 4ª vez. Os prémios anteriores foram obtidos em 2003, 2005 e 2016.

PRÉMIOS Como se decide a atribuição dos prémios? Como decorre a avaliação? A cerimónia de entrega dos prémios é a última etapa de um processo de seleção e avaliação que se iniciou no mês de maio, e se prolongou pelo verão. Após uma primeira proposta feita pelos fabricantes ao júri, foi feita uma seleção prévia para apurar apenas 5 modelos finalistas por categoria. Tornada pública a lista de finalistas, as marcas com modelos abrangidos passaram à organização de testes em campo. São essas sessões de teste que dão aos 24 elementos do júri a possibilidade de esclarecer dúvidas junto dos especialistas de produto. E acima de tudo são

essas sessões, que lhes permitem pegar no volante –em trabalho de campo, e em deslocação por estrada –, para formarem uma perceção concreta acerca de cada trator. No que diz respeito à revista abolsamia, que tem assento no júri, entre julho e setembro, quatro elementos do nosso staff foram alternando para garantirmos a participação em todos os eventos que foram organizados em diferentes países europeus. Alguns leitores terão curiosidade em saber como é realizada a votação. Nesse aspeto, cada membro do júri é completamente

livre para fazer a sua avaliação independente, que é depois enviada a Fabio Zammaretti, Chairman do Tractor of the Year. Até ao momento da cerimónia de entrega, os resultados são conhecidos apenas pelo Chairman. Como o chairman não vota, não há possibilidade de existir interferência no voto independente de cada membro. Em contraste com outros prémios, o Tractor of the Year resulta de uma avaliação que vai sendo apurada ao longo de meses, e baseada em critérios técnicos muito concretos a propósito de cada modelo finalista.

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TRATOR DO ANO® 2018

Melhor Especializado FENDT 211 Vario V É um trator que inclui um conjunto de especificações fora do usual considerando a categoria em que se insere, a saber: uma transmissão de variação contínua, um pack de equipamento com tecnologia de ponta, onde se inclui o sistema de condução automática para culturas em linha, desenvolvido em parceria com a Reichhardt GmbH, e um eixo dianteiro com suspensão.

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Em termos de motorização, o compacto bloco Agco Power de 3 cilindros e 3,3 litros de capacidade, possibilita que se alcance uma potência máxima de 112 cv. Este modelo equipa com uma ventoinha reversível para uma mais facilitada limpeza do pack de refrigeração e pela primeira vez nesta geração dos 200 Vario V, a Fendt inclui o sistema de direção VarioActive que reduz o número de voltas do volante para metade. Apresenta uma carga máxima admissível de 4500 kg e uma distância entre eixos de 2185 mm.

Melhor Design VALTRA T 254 Versu Smart Touch É impressionante como uma marca pode mudar quando são as pessoas certas que estão a tomar conta da estética e da ergonomia, sobretudo se olharmos para trás no tempo comparativamente com há 10 anos. Depois de ter ganho este galardão há dois anos com o modelo N174 Versu, a Valtra volta a ser premiada no design, agora com o mais potente dos modelos T.

Os vencedores foram escolhidos de entre uma lista de 15 modelos finalistas, 5 por cada categoria. A revista ABOLSAMIA representa Portugal no júri do prémio Tractor of the Year [TOTY], que é composto por 24 jornalistas de vários países europeus. Este prémio conta com o patrocínio da marca de pneus agrícolas e florestais Trelleborg.

Veja a Galeria de Fotos em: www.flickr.com/abolsamia Site oficial: www.tractoroftheyear.org



AGRITECHNICA 2017

Notas de Hanover AGRITECHNICA 2017

Na edição passada, demos a conhecer os premiados da maior exposição do mundo de máquinas agrícolas que acontece, a cada dois anos, em Hanover. Da visita que fizemos, apurámos mais algumas novidades, que os fabricantes mostraram nos seus stands e de que nestas páginas damos conta. Como são muitas, prometemos continuar a falar sobre elas nas próximas edições.

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ATG Alliance 337 Deep Lug: Pneu diagonal com características especiais que lhe conferem grande tração para terrenos lamacentos, desenvolvido a pensar nas culturas do arroz, cana de açúcar e outras culturas feitas em terrenos lamacentos. Mais info: https://atgtire.com


AGRITECHNICA 2017

ADR Group A ADR mostrou no seu stand soluções em conformidade com o regulamento europeu que entrará em vigor no início do ano que vem, conhecido como “Mother Regulation”. A sua gama de eixos Teknoax enquadra-se nesse pressuposto: - nenhum dos elementos principais apresenta soldaduras; - apresenta estrutura oca onde se podem alojar as tubagens para a regulação da pressão dos pneus e o sistema de seguimento RFId. Este sistema consegue registar todas as ocorrências durante a vida útil do eixo, e portanto do veículo, aos quais o utilizador pode sempre

aceder através da utilização dum telefone “inteligente”. A gama de suspensões oleodinâmicas ADR completa o projeto Teknoax com soluções adaptáveis a todas as máquinas agrícolas. Comparativamente com as suspensões tradicionais, estas distribuem as cargas sobre as rodas de igual forma, melhorando a estabilidade ao travar e nas curvas. Para exigências especiais, a ADR conta com a STT, a primeira multilink para a agricultura, e a HydroEvo, uma suspensão independente completamente integrada no chassis do veículo. Mais info: www.adraxles.com

Arbos No stand da Arbos destacavase o novo pulverizador com sistema de direção dupla e suspensões independentes. Para além da gama completa de plantadores de precisão, semeadores combinados; e alfaias para o trabalho do solo, tratamento de culturas e fertilização. Nos tratores a gama também se alargou com a aquisição da Goldoni, e a Arbos conta agora com uma gama de convencionais a partir de 50 HP (série 3000, modelo 3050) a 270 HP (protótipo série 7000), passando por toda a série 5000 (5100, 5115, 5130); tractores vinhateiros e fruteiros até 110 HP, série Q (modelo 4100 Q); e uma nova gama de tratores isodiamétricos de até 100 HP (modelo 4100 E). Mais info: www.arbos.com

Arbos 7000, modelo 7260 (em protótipo), que entrará em produção no final do próximo ano na fábrica italiana do Grupo. Equipa com motor de 6 cilindros até 260 cv, transmissão mecânica de 5 velocidades sincronizadas, 3 gamas e Powershift de 4 stage, inversor hidráulico sob carga, sistema hidráulico Load Sensing e elevador traseiro electrónico.

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AGRITECHNICA 2017

BKT

Basak

A novidade principal no stand da BKT foi o pneu FL 637 (na medida 520/50 R 17) da família Flotation, um produto ideal para distribuidores de adubo, reboques e cisternas móveis. O fabricante garante que este pneu é capaz de prestações excelentes tanto

Os tratores Basak são fabricados na Turquia. A unidade de produção, localizada em Sakarya, produz 10.000 unidades por ano. Os motores, caixas de velocidades e sistemas hidráulicos são de construção própria. Mais info: www.basaktraktor.com

Branson O modelo mais potente da Branson até à data, em pré-produção, estava em exibição no stand da marca coreana: trata-se do P110. Este trator, que virá para a Europa em breve, está equipado com motor de 4 cilindros Doosan Stage IV e transmissão com 12+12 velocidades e inversor. Mais info: www.bransontractor.com

Berthoud A Berthoud apresentou o pulverizador montado Hermes disponível em 3 capacidades (800, 1000 e 1200 litros) com barras de 15, 16 e 18 metros. A Série Hermes completa a gama de pulverizadores montados do fabricante. Comparativamente com as gerações anteriores, ganhou um design mais moderno e compacto, bem como uma melhor distribuição do peso no trator permitindo a sua utilização em tratores de menor dimensão. Mais info: www.berthoud.com

Belarus A atração do stand da Belarus era o modelo 4522, de 466 cv, alimentado por um motor Caterpillar C13. Por enquanto, ainda em fase de protótipo. Numa classe de potencia mais baixa, o Belarus 622,5, com 66 cv de potência, equipa com motorização Yanmar de 4 cilindros, Tier 3B. Mais info: http://belarus-tractor.com/en

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no campo como na estrada, também graças à tração excecional, assegurada por um piso do pneu direcional com ótimas caraterísticas de flutuação, baixa resistência ao rolamento e uma excelente auto-limpagem. A capacidade de carregamento e resistência acrescidas são asseguradas pela estrutura dotada de cinta em aço. Em grande destaque estava um enorme trator transparente, fabricado com 1.500 kg, de plexiglass, equipado com o pneu Agrimax V-Flecto, o primeiro pneu BKT com NRO Technology (Narrow Rim Option), novo padrão experimental do E.T.R.T.O., — (European Tire and Rim Technology Organization). Esta marcação permite utilizar as jantes recomendadas na medida padrão e não jantes específicas que, pelo contrário, são necessárias para pneus VF com as mesmas dimensões. Apresentado este ano em antestreia mundial na SIMA de Paris, o Agrimax V-Flecto reduz a compactação do solo graças a uma pegada otimizada e a um piso do pneu maior em largura. Não exige mudanças na pressão de enchimento, mesmo quando se desfruta no máximo a capacidade de carregamento, dado que aguenta 40% de peso a mais quando comparado com um pneu padrão com a mesma medida e pressão de enchimento. Mais info: www.bkt-tires.com


AGRITECHNICA 2017

Bridgestone O novo pneu Bridgestone Premium VXTractor, apresentado pela primeira vez ao público, promete transportar cargas mais pesadas tanto no campo como em estrada. Graças a uma carcaça rija e flexível, com entalhes mais fundos e longos, o VXTractor, exposto nas medidas 710/70 R42, promete ainda uma ótima tração, aliada a uma maior vida útil. Para além dos pneus em exibição VT-Tractor, VT-Combine e VXTractor da Bridgestone, a marca Firestone também esteve representada no stand com os pneus Performer 95, Maxi Traction 65 e Duraforce UT. Mais info: www.bridgestone.eu

Camso

máquina e o posicionamento da frente de corte para uma colheita Camso CTS High Speed é a mais eficiente e um conforto do última inovação da Camso operador melhorado. A pressão que permite a deslocação, no solo é reduzida em até 70%. de campo para campo, Esta inovação já está disponível de máquinas de colheita nos modelos das ceifeiras equipadas com rastos a debulhadoras S, T e W da John velocidades mais altas. Deere e nas New Holland. Este A transmissão final ajuda a ano, a Camso introduziu as encontrar a engrenagem certa séries de rastos AG2500 para para a velocidade adequada, aplicações agrícolas standard, por forma a que as ceifeiras que permite, de acordo com consigam deslocar-se a o fabricante, poupar 15% por velocidades até 30 km/h. A hora de trabalho. Estas séries sua suspensão, com rodas de rastos estão já disponíveis oscilantes duplas, melhora nos modelos 8RT e 9RT da John o contacto com o solo em Deere bem como nos MT700 e superfícies irregulares, e MT800 da Agco. melhora a estabilidade da Mais info: https://camso.co

Hattat O fabricante turco expôs, entre outras, a sua série B3000, 2 e 4 RM, composta por 3 modelos de 55 a 76 cv de potência e 3000 cm3. Mais info: www.hattattraktor.com

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AGRITECHNICA 2017

Checchi Magli Duas eram as novidades assinaladas no stand do fabricante italiano especializado no fabrico de máquinas para a horticultura: - a colhedora de batatas SP160, que completa a gama em conjunto com os SP50V e SP100 e a transplantadora Wolf Pro, uma máquina muito profissional para o transplante sobre mulching e não só. Mais info: www.checchiemagli.com

Case IH Quem visitasse o stand da Case IH na Agritechnica rapidamente fixaria o olhar no imponente Quadtrack CVX que, com as suas grandes proporções, dominava aquela ala do pavilhão. No entanto, imediatamente a seguir, as atenções virar-se-iam para dois tratores de menores dimensões em tamanho, mas não em tecnologia. São eles o Maxxum e o Farmall 75A.

Maxxum O Maxxum está diferente. Já “ao estilo” do Optum, o primeiro da marca a enveredar pelo novo design, e também com bastantes novidades por debaixo do capot. A começar pela nova transmissão semi-powershift ActiveDrive 8 que se junta às já existentes semi-

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powershift de quatro velocidades e à de variação contínua. A revisão do Maxxum contemplou ainda o surgimento de um modelo de 175 cv de seis cilindros, o Maxxum 150 CVX. Os Maxxum são equipados com motores FPT de 4.5 litros de quatro cilindros e 6.7 litros de seis cilindros.

Farmall 75 A A Case IH já tinha anunciado em setembro o lançamento de três novos multitarefas: o Farmall 55A (55cv), o Farmall 65A(65 cv), e o Farmall 75A(75cv). Tratores leves, com grande manobrabilidade e fáceis de usar e manter, com tração a duas ou quatro rodas No stand já foi possível ver o 75A na sua versão cabinada. Mais info: www.caseih.com

Carraro O Grupo Carraro apresentou o trator Agricube 105VLB low cab, equipado com eixos e transmissão Carraro e o trator Agricube 115 VL cabinado, apresentado em corte para destacar o seu core tecnológico composto por uma transmissão e um eixo frontal com suspensão IFAS. Mais info: www.carrarotractors.com


AGRITECHNICA 2017

Claas A Claas adiantou-se e apresentou a maioria das suas novidades num evento realizado em setembro que trouxemos até ao nosso leitor na edição de outubro da revista. Ainda assim, a marca de Harsewinkel não deixou de reservar algumas surpresas para o salão alemão. O Scorpion, carregador telescópico, e a carregadora de rodas Torion, específica para uso agrícola, frutos da parceria com a Liebherr estiveram em destaque. No entanto, a principal atração do gigantesco stand da Claas foi mesmo o Axion 960 equipado com o sistema de rastos Terra Trac. O mesmo sistema esteve também montado numa picadora Jaguar, outro dos principais focos de atenção dos visitantes. Mais info: www.claas-group.com

Dong Feng O grupo Dong Feng Agricultural Machinery, presente na Agritechnica, está entre os maiores fabricantes de tratores da China. Mais info: www.df-tractor.com

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AGRITECHNICA 2017

Hardi

Kramer

A Farmtrac Tractors Europe revelou a sua mais recente série de tratores, criada em cooperação com o Studio F. A. Porsche, de 20 a 120 hp. Com a designação de NETS, New Tractor Series, os novos tratores Farmtrac são totalmente compatíveis com as normas de emissão Tier 4 da Europa e da América.

A Kramer-Werke GmbH destacou um carregador de rodas todo-oterreno na classe de 9 a 10 toneladas, o KL60.8. O equipamento desta série é muito abrangente e inclui, entre outros, um grande ecrã LCD com câmara reversível integrada, ar condicionado automático e um retorno automático opcional do balde. Está equipado com um sistema hidráulico load-sensing, um sistema de transmissão ecospeedPRO e motorização Deutz.

Mais info: www.escortsgroup.com/agri-machinery

Mais info: www.kramer-online.com

Farmtrac

Kramp No stand da gigante Kramp sobressaíam os manequins com uma linha de roupa de marca própria. A Kramp lançou no mercado um grande sortido de ferramentas manuais, para os profissionais do setor agrícola, composto por cerca de 700 produtos. Mais info: www.kramp.com

John Deere A John Deere tem uma nova série de ceifeiras debulhadoras. A S700, que estará disponível em 2018, conta com uma nova consola, e com um sistema de gestão da qualidade do grão baseado numa câmara fotográfica. Mais info: www.deere.com

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O especialista dinamarquês em pulverização mostrou no seu stand uma linha totalmente nova de pulverizadores automotrizes para explorações de grandes dimensões, de nome Rubicon. A família de automotrizes Alpha, de 3500 a 4100 litros, foi também renovada e conta agora com um depósito de até 5100 litros. Por último, a série Hellios III apresenta um depósito principal de 3000 litros e barras de alumínio de até 38 metros de largura. Mais info: www.hardi-international.com


AGRITECHNICA 2017

Kubota O novo stand da Kubota, que estará presente nas próximas feiras europeias (nomeadamente na FIMA), serviu de palco a vários novos produtos. Destacamos o novo modelo M7002. O trator mais potente da Kubota (até 170 cv) apresenta algumas novas características. Uma nova transmissão Powershift de seis velocidades sob carga com 30/15 velocidades (até 50 km/h), ou 54/27 com super redutor, o aumento da carga máxima permitida para 11.500 kg, e a incorporação dos tamanhos de pneus 600/60 R28 à frente, e 710/60 R38 atrás, são algumas das principais novidades do trator. Mais info: www.kubota-global.net

Krone A EasyCut B 950 Collect, uma gadanheira que forma cordões por meio sem-fins transportadores transversais sem condicionador, foi o principal destaque da marca alemã. Desenvolvida a partir da experiência que os técnicos da Krone têm recolhido da Big M, a EasyCut B 950 Collect é uma máquina ,“em borboleta” com uma largura de trabalho de 9,45 m, especialmente concebida para trabalhos em encostas e solos pesados. Mais info: http://landmaschinen.krone.de ABOLSAMIA dezembro 2017 / fevereiro 2018

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Landini A marca italiana apareceu na Agritechnica 2017 com a sua gama de tratores especializados e utilitários. Os principais pontos de interesse foram a Série Rex 4, a Série 2 e a Série 4 D. Mais info: www.landini.it

Kuhn RW 1810 A embaladora de fardos RW 1810 promete embalar 100 fardos cilíndricos por hora com 6 camadas de filme, e com um tempo de ciclo 30% mais rápido. Graças ao sistema Intelliwrap, a qualidade da silage é mantida. As funções de carregamento, embalamento e descarga são 100% automáticas sem necessidade de premir um botão, devido ao sistema AutoLoad.

ESPRO 4000 R na versão “distribuição dupla” Após a introdução dos semeadores ESPRO 6000 RC com larguras de 6 m (dobrável) na feira SIMA, a gama KUHN é novamente alargada com a chegada de uma versão “C” de 4 m (C de Combiseeder), o ESPRO 4000 RC. Com uma largura de 4 m (dobrável), esta máquina permite não apenas o aporte de fertilizante durante a sementeira, mas também, graças à distribuição dupla, fazer uma mistura de 2 sementes, de igual forma que o modelo 6000RC. Esta máquina adapta-se às necessidades dos agricultores que pretendam colocar o fertilizante mais perto da semente sem correr o risco de queimá-la. É ideal para quando se pretende utilizar dois tipos de variedades de sementes a diferentes profundidades. Mais info: www.kuhn.com

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Lindner A série Lintrac já existia no catálogo da marca austríaca. Era até agora constituída por apenas um modelo, o Lintrac 90. Equipado com motor Perkins de 102 cv de potência, este modelo está disponível em três diferentes versões: convencional, convencional com eixo traseiro direcionável, e estreito para culturas em linha. Na Agritechnica 2017, a Lindner apresentou um novo modelo, ligeiramente mais potente, que vem completar esta série. Lintrac 110 é como se designa. Também propulsionado por um bloco de origem Perkins, alcança os 113 cv de potência, possui uma base (transmissão e eixo traseiro) reforçada, e incorpora pela

Mahindra O maior fabricante de tratores do mundo (ao nível de volume de produção) participou pela primeira vez na Agritechnica. A marca aproveitou para introduzir os seus mais recentes tratores, Série 6000, 7000 e 9000. Para além dos tratores, também estiveram expostos equipamentos para trabalho do solo, ceifeiras e um trator de rastos desenvolvido em parceria com a Mitsubishi. Mais info: www.mahindratractor.com

primeira vez tecnologia de condução autónoma. A funcionalidade TracLink Pilot foi desenvolvida em parceria com a ZF e permite que um trator sem condutor siga atrás de um trator que está a ser conduzido por um operador. Ou seja, uma só pessoa pode conduzir em simultâneo dois tratores Lindner. Esta tecnologia tem

vindo a ser desenvolvida por alguns fabricantes de primeira linha. Mesmo não sendo um feito inédito, é de valorizar que uma marca como a Lindner esteja também a trilhar este caminho. Mostra que, mesmo tendo pouca expressão nos mercados fora da Áustria, é uma marca que se afirma com produtos de vanguarda. Mais info: www.lindner-traktoren.at/en


AGRITECHNICA 2017

Massey Ferguson As séries da MF produzidas em Beauvais surgem com numeração “700 S”, uma estética retocada, e diversas atualizações de pormenor. Nas gamas mais baixas, de utilitários e especializados, surgiram também novos reforços. Todos os tratores de especificações mais avançadas, que são produzidos em Beauvais, França, passam a exibir a designação “S”. Esta letra serve para os diferenciar das gamas mais básicas, produzidas noutras fábricas da marca. Estas atualizações aparecem sob a numeração “700”, que substitui

a numeração “600”, e associadas a uma já aguardada renovação estética. Foram abrangidas as seguintes séries: MF 8700 S (270-400 cv), MF 7700 S (140-280 cv), MF 6700 S (120-200 cv) e MF 5700 S (95-130 cv). A juntar a um design que surge retocado, alguns modelos 6700 S viram a sua carga máxima admissível ser aumentada, e os 7700 S viram reforçada a capacidade de tração, com a possibilidade de se aplicar pneus de maior diâmetro, mas medidas 650/85R38 ou 710/70R42. Também o joystick multifunções foi revisto, com uma disposição de botões mais ergonómica.

cilindrada, e duas opções de transmissão: Dyna-4 ou Dyna-6.

Novo membro na família MF 5700 S

Dois novos reforçam a linha Global

À série 5700 S, a MF adicionou um novo modelo de entrada. O 5709 S, com 95 cv, vem juntarse aos outros 4 modelos mais potentes que já compunham a série na anterior geração MF 5600. Todos os 5700 S contam com motor Agco Power de 4 cilindros, com 4,4 litros de

Na linha 5700 Global, a MF fez o lançamento dos modelos 5708 (85 cv) e 5709 (95 cv) com cabine (suspendida em opção) e caixa Dyna-4. Estes modelos são uma alternativa para quem não precisa de tratores tão evoluídos como são os 5700 S.

Oferta mais alargada nos especializados A linha MF 3700 S (V,S,F,GE and WF), para vinhas e pomares, foi também atualizada e conta com modelos adaptados às especificidades de vários tipos de explorações agrícolas, com larguras que vão de 1,1 a 2,2 m. Passa a estar disponível a nova variante WF (fruteiro largo) para zonas com muito declive. Todos os modelos 3700 equipam com motor FPT de 4 cilindros. Mais info: www.masseyferguson.com

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AGRITECHNICA 2017

Mitas A Mitas, membro do Grupo Trelleborg, apresentou na Agritechnica o maior pneu Super Flexion, o TLL 1250 / 50R32 SFT 194A8 / 191B, agora com maior capacidade de carga. Mais info: www.mitas-tyres.com

Nokian

McCormick A marca do Grupo Argo apresentou-se em Hanover com uma vasta gama de tratores, desde o X8 do segmento de alta potência, até às gamas de Heavy, Medium e Light Utility, que têm sido alvo de renovação. Mais info: www.mccormick.it

Pöttinger A marca austríaca apresentou-se em Hanover com muitas novidades Destacamos a enfardadeira Impress 155 VC Pro e a tecnologia Cross Flow que equipará as Novacat 352 e A10 que permite juntar cordões sem recorrer a um condicionador. Mais info: www.poettinger.at/en_uk

Pronar A Pronar teve 3 stands onde mostrou o novo reboque dumper half pipe com 23T de PB e caixa de carga em Hardox 6mm, o reboque de Gancho T286 (equipado com eixo direcional e uma plataforma de carga para equipamentos/ fardos), o espalhador de estrume N262 com eixo direcional e guilhotina reforçada, bem como o modelo best seller na Alemanha, o T680 de 18T. Para além destes equipamentos estiveram expostos o reboque autocarregante de rolos e a gadanheira frontal de discos PRONAR PDF300C. O terceiro stand da Pronar estava dedicado aos componentes. Mais info: www.pronar.pl/en/

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Um novo conceito de piso para pneus agrícolas foi desvendado na Agritechnica 2017 pela finlandesa Nokian. Segundo a Nokian, existe uma mudança de paradigma no setor agrícola, em que os agricultores se deparam com encargos cada vez mais altos e com subsídios cada vez mais incertos. Neste contexto, alguns pequenos e médios agricultores terão de diversificar a sua atividade, passando a fazer mais prestação de serviços, daí que a tendência seja precisarem mais de pneus pensados para uma diversidade de aplicações, em vez de pneus pensados para uma utilização especializada. O mesmo acontecerá a quem se dedique maioritariamente à prestação de serviços que envolva muitas deslocações e utilizações variadas em campo. O padrão de piso deste protótipo de pneu surge recortado, numa configuração a meio caminho entre um pneu puramente agrícola e um pneu para estrada. Segundo a Nokian, este padrão de piso aponta para um bom desempenho de tração em solos macios, ao mesmo tempo que se obtém ganhos na mobilidade a nível de deslocações por estrada. Mais info: www.nokiantyres.com



AGRITECHNICA 2017

Trelleborg A ConnecTire da Trelleborg é uma roda inteligente, dotada de sensores, que permite partilhar dados, com vista a reduzir a patinagem do pneu na jante. Esta roda monitoriza duas variáveis chave: a temperatura e a pressão do pneu. Fá-lo em tempo real, e transmite os dados para o trator via Bluetooth, podendo também transmitir remotamente. Se houver algum tipo de correção que deva ser feita, o ConnecTire envia um alerta via App. Mais info: www.trelleborg.com/en/wheels/your--industry

Stihl Mais info: www.stihl.com

Solis A marca indiana voltou a marcar presença no certame. Os tratores Solis, fabricados pela ITL (International Tractors Limited) estão presentes em 72 países e têm uma produção diária de 300 tratores e 400 motores. Mais info: http://international.sonalika.com/solis-tractors

Tecnoma Sparex Mais info: www.sparex.com

A marca francesa também se fez notar na Alemanha apostando nos seus produtos de maiores dimensões, rebocados e automotrizes, que têm maior procura na Europa Central e de Leste. De destacar também os bicos com seleção pneumática Pentix SP. Mais info: www.tecnoma.com

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AGRITECHNICA 2017

Syn Trac O surgimento de uma nova marca de máquinas agrícolas é uma notícia que recebemos sempre com muito interesse. Vem isto a propósito da ida até à Agritechnica de uma nova marca originária da Áustria, a Syn Trac, que faz a sua estreia no mercado com um único produto. O modelo apresentado é uma máquina que une as

vantagens de várias categorias de veículos, e que se afasta do conceito tradicional de trator. Nas fotografias parece pequeno, mas atenção ao motor que tem instalado. Trata-se de um bloco CAT de 6 cilindros, com 9 litros de cilindrada, capaz de alcançar os 420 cv de potência. É qualquer coisa! Assenta sobre um evoluído sistema de suspensão hidropneumática independente a cada roda, a direção responde

de acordo com vários modos, e o sistema de engate do hidráulico é removível. A transmissão é de variação contínua e pode alcançar os 60 ou os 80 km/h. A cabine está instalada em posição elevada, para maior conforto e segurança, mas devido ao modo como o conjunto motor/transmissão está arrumado, apresenta um baixo centro de gravidade. Na versão mais simples, 4X4, mede 4.700 mm de comprimento e a distância entre eixos é de 3300 mm. Mas a este chassis pode ser acrescentado mais um módulo nas variantes 4X4+2 ou 6X6. O acoplamento do eixo adicional faz-se de forma automática. Uma das variantes disponíveis permite inclusive o acoplamento de um motor adicional, para reforço de potência à TDF.

TYM A marca de Seoul, Coreia do Sul, esteve na Agritechnica com vários dos seus modelos, nomeadamente o T1054 e o T654. Mais info: http://tym-tractors.com

Mais info: www.syn-trac.at

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AGRITECHNICA 2017

Valtra SmartGlass Através do seu atelier Unlimited, que se dedica a incluir detalhes personalizados nos tratores, a Valtra passa a disponibilizar aos seus clientes uma nova opção no s modelos das séries N e T. Trata-se de um display transparente, instalado no painel frontal da cabine. Posicionado no campo de visão do operador, permite-lhe consultar algumas informações diretamente no vidro, sem desviar a atenção do que está a fazer, e sem comprometer a visibilidade. Neste display é possível consultar informações como: velocidade de avanço, regime do motor, temperatura, posição do carregador frontal, posição de uma alfaia, nível de combustível e de AdBlue, entre outros. A marca indica ainda que o display virá a integrar outros recursos, pensados para melhorar a segurança de manuseamento do

trator, bem como a eficiência e a precisão de trabalho. Esses recursos mais avançados, a serem disponibilizados de futuro, incluem: alerta para a proximidade de outros veículos, no transporte em estrada; alerta para a proximidade de pessoas perto do tractor, nos trabalhos dentro da exploração; alerta para obstáculos nas imediações, durante condições de baixa visibilidade; alerta para local de condução perigosa; entre outras funcionalidades como por exemplo guia de condução em campo. A comercialização da versão avançada ainda não tem uma data definida. Mas para a versão mais simples, a Valtra prevê que esta funcionalidade SmartGlass fique disponível no mercado dentro de um ano.

Valtra Connect disponível em 2018 Um novo serviço de telemetria está a ser testado pela Valtra. Denominado Valtra Connect, permitirá monitorizar uma vasta panóplia de informação sobre o funcionamento do trator. Esses dados podem ajudar a planear operações de manutenção preventiva, podem servir para fazer remotamente o diagnóstico de eventuais falhas, ou para melhor gerir as tarefas do dia-a-dia. Disponível até ao final de 2018. Mais info: www.valtra.com

Ventura A empresa espanhola especializada no fabrico e distribuição de maquinaria florestal, agrícola e biomassa, oferece uma ampla gama de trituradoras aplicáveis a qualquer tipo de trator escavadora. Na Agritechnica, mostrou a sua gama mais recente, nomeadamente as trituradoras florestais e estilhadoras. Mais info: www.venturamaq.com

O vencedor do Tractor of the Year 2018, Valtra Versu T254 Smart Touch.

Ursus A marca oriunda da Polónia apresentou-se na Agritechnica com equipamentos para todos os gostos. Destacamos o C-395 Power e o C-350. Mais info: http://en.ursus.com.pl

Versatile Os gigantes canadianos vieram até à Europa e impressionaram pelas suas dimensões. Mais info: www.versatile-ag.com

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AGRITECHNICA 2017

Zetor A marca checa anunciou recentemente o lançamento de duas novas séries de tratores. A série Utilix HT terá dois modelos, de 43 e 49 cv, e a série Hortus terá apenas um nível de potência, 67 cv, mas com duas variantes que se diferenciam em termos de especificações de transmissão. Ambas as séries deverão chegar ao mercado na primeira metade de 2018. Mais info: www.zetor.com

Yto Group O Grupo chinês Yto colocou em exposição o seu modelo LF2204, um trator de 220 cv.

Workyquad Minicarregadores versáteis, adaptados para uma ampla gama de trabalhos na agricultura, pecuária, espaços verdes e construção. Múltiplos acessórios que se podem mudar com facilidade e uma grande simplicidade de operação são as vantagens destacadas pelo fabricante italiano. O modelo de entrada da série tem capacidade hidráulica de 600 kg, potência motor 12 cv, débito hidráulico 21.6 l/min. Mais info: www.workyquad.it

Mais info: www.yto-pt.com

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Uma onda verde na Agritechnica 2017

Após a antevisão de novos produtos da Fendt que divulgámos em outubro, damos agora destaque a alguns dos lançamentos feitos no decorrer da Agritechnica. A Fendt continua na vanguarda da inovação no segmento dos tratores, e reforça a linha de equipamentos para forragem e cereais.

FENDT

A App IdealHarvest para tablets, permite ao operador selecionar diferentes estratégias de debulha.

Linha de especializados 200 Vario V/F/P ainda com mais requinte Ao longo dos anos, a Fendt tem introduzido melhorias na sua linha de especializados 200 Vario, que está disponível nas variantes V/F/P. A mais recente evolução foi apresentada na Agritechnica e, logo na estreia, foi distinguida na categoria Melhor Especializado pelo prémio Tractor of the Year. O modelo premiado foi o mais potente da série, o 211 Vario, na variante V para vinhas, que fornece uma potência máxima de 112 cv e 483 Nm de binário.

Mas esta série começa logo nos 72 cv do 207 Vario, sendo composta por cinco diferentes modelos que correspondem a cinco distintos patamares de potência. Nas vinhas e pomares, as operações culturais representam em média cerca de 20 passagens por fila ao longo do ano. Isto representa um grande desafio para o operador, no sentido de não causar estragos nas videiras ou árvores. Neste contexto, o

sistema de condução automática é um grande passo. Este permite dois modos de funcionamento: avanço com base na posição GPS; e avanço com auxílio de sensores que mantêm uma distância lateral apropriada em relação à linha da cultura. Em síntese, os 200 Vario incluem a tecnologia dos grandes num pack bastante compacto, a que a Fendt acrescentou especificações que só nesta categoria fazem sentido. Secção de distribuidores hidráulicos ventrais.

Fendt 211 Vario V, modelo premiado na categoria Melhor Especializado pelo prémio Tractor of the Year.

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O sistema de condução automática pode funcionar com base na posição GPS ou através da informação recebida pelos sensores ultrassónicos, instalados acima do eixo dianteiro, que permitem medir em tempo real a posição do trator em relação à linha de cultura.


Ceifeira Ideal é nova referência para debulha A Fendt reforçou a aposta no segmento das ceifeiras-debulhadoras ao desenvolver a linha Ideal, um projeto construido a partir do zero e que pretende ser uma nova referência para os produtores de cereais. A linha ideal é composta por três modelos – Ideal 7, 8 e 9 – que fornecem uma potência máxima de respetivamente 451, 538 e 647 cv. O modelo de entrada, a Ideal 7, tem instalado debaixo da sua carapaça um motor de origem Agco Power e as duas irmãs mais potentes têm instalado um motor fornecido pela MAN. A nível de sistema de debulha e limpeza, a Ideal conta com um duplo rotor em formato de hélice, que é dos maiores disponíveis no mercado, com 4,84 m de comprimento e 600 mm de diâmetro. A juntar a estas especificações está o alto nível de automatização desta máquina. Tendo por detrás a ajuda de 52 sensores de deteção acústica de massa, o operador tem ao seu dispor um dos mais evoluídos interfaces para monitorizar a debulha. A Ideal foi distinguida pelo prémio Machine of the Year na categoria dedicada às ceifeiras-debulhadoras.

MODELOS 200 VARIO CONVENCIONAL RECEBEM MELHORIAS No segmento dos convencionais compactos, imediatamente abaixo dos 300 Vario, a Fendt disponibiliza aos seus clientes a linha 200 Vario. Tal como a restante gama, estes tratores equipam com transmissão de variação contínua, estando a propulsão a cargo de um bloco Agco Power de 3 cilindros que permite aos 5 modelos da série um intervalo de potência entre os 77 e os 111 cv. Entre as principais especificações, encontramos a direção VarioActive, que reduz a apenas uma volta do volante o curso total de viragem das rodas, a pré-instalação para condução automática, a ventoinha reversível, a tomada de fluxo contínuo do hidráulico (power behind), e o aquecimento do piso da cabine.

Outros lançamentos A Fendt reforça a sua linha de equipamentos forrageiros. Fazem parte da lista as gadanheiras condicionadoras de discos, modelo Slicer TLX, as enfardadeiras de fardos cilíndricos e de fardos retangulares, e também os reboques autocarregadores de forragem Tigo XR e Tigo PR. Na eletrificação são dados novos passos com o lançamento do trator e100 Vario, propulsionado a energia elétrica. E a nível de conectividade, uma nova tomada elétrica de 48V torna possível que os tratores transfiram às alfaias uma corrente de até 10 kW. Forte, Lda • Tel. 210 009 752 • www.forte.pt ABOLSAMIA dezembro 2017 / fevereiro 2018

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Acessórios para desempenho de precisão A marca sueca Väderstad levou até à Agritechnica várias inovações, entre as quais um novo modelo da linha de semeadores Tempo. Foram também desvendados acessórios desenvolvidos no pressuposto de conferirem aos modelos de alfaias para preparação de solo e sementeira a que se destinam um melhorado e mais versátil desempenho. VÄDERSTAD

Disco CrossCutter para cultivadores Väderstad Carrier Um novo disco com recorte concebido para moer os sobrantes das culturas que ficam à superfície passa a fazer parte do catálogo da Väderstad. O inovador desenho de recorte do disco CrossCutter visa mobilizar substancialmente menos solo do que um disco convencional, mas com melhor incorporação dos sobrantes de restolho que estejam a uma profundidade de 2 a 3 cm. Isto significa também que requer menor potência do trator, menor consumo de combustível, e que permite velocidades de trabalho mais altas, até 20 km/h. Além disso, abre ao agricultor novas possibilidades a nível de preparação da cama de sementeira, que vão resultar

numa melhor produtividade da cultura seguinte. De construção robusta, pode ser usado para fazer uma prévia incorporação do restolho ou incorporação das culturas de rotação, como a colza. Outra aplicação possível é a preparação da cama de sementeira sobre o restolho de cereais ou depois de uma lavoura. Cada disco é instalado num braço individual suspendido, com amortecimento por sinobloco de borracha, assegurando um melhor acompanhamento dos contornos do terreno ao longo da largura de trabalho da alfaia. O disco CrossCutter foi distinguido com o prémio ‘Machine of the Year’ e estará disponível a partir de março de 2018 para os cultivadores Väderstad Carrier 300-400, Carrier 425-625, Carrier 420-820 e Carrier 925-1225, com larguras de trabalho que vão dos 3 m aos 12,25 m.

Colocação de fertilizante em profundidade Um novo kit desenvolvido para os cultivadores das linhas Väderstad TopDown e Väderstad Opus, permite fazer fertilização em profundidade ao mesmo tempo que se faz a preparação do solo. Através deste kit, o fertilizante é transportado desde um distribuidor, engatado no elevador frontal, até à parte de trás de cada bico do cultivador. Esta solução permite colocar fertilizante até 30 cm de profundidade.

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O disco CrossCutter tem um diâmetro de 450 mm e é produzido em aço sueco V-55 de alta qualidade. Concilia dureza com resistência a embates, o que resulta em menor desgaste. Foi desenvolvido pela firma sueca Svensk Presshärdning, uma subsidiária do Grupo Väderstad que fabrica peças de desgaste endurecidas.

O CrossCutter faz um recorte completo e intensivo dos sobrantes, em simultâneo com uma mobilização a pouca profundidade.

Segundo a Väderstad, o topo de desempenho do CrossCutter é alcançado a uma velocidade ideal entre 15 e 20 km/h.

PONTA BREAKMIX PARA DESCOMPACTAÇÃO E MISTURA A nova ponta BreakMix alia as vantagens da descompactação com uma mistura mais intensiva de resíduos. Esta inovação, exclusiva da Väderstad, aumenta a polivalência das alfaias de bicos e traz vantagens agronómicas às explorações. Esta peça é construída com metal Marathon, para uma maior durabilidade, e destina-se a uma mobilização primária ou secundária, em propriedades que apresentem solos pesados e com risco de compactação. Rompe bancos de compactação até uma profundidade de 30 cm, o que permite um melhor transporte de água (tanto em direção à superfície como em profundidade), e faz mistura de resíduos nos primeiros 10 cm de solo, para uma mais rápida decomposição. A BreakMix foi apresentada na Agritechnica 2017 e ficará disponível para todas as alfaias de bicos da Väderstad a partir de maio de 2018.


AGRITECHNICA 2017

RECORD DE 502,05 ha SEMEADOS EM 24 HORAS Em abril, a Väderstad atingiu o record mundial de 502,05 ha de milho semeados em 24 horas. O feito foi atingido com um semeador Tempo de alta precisão, usado a uma velocidade de trabalho em redor dos 20-22 km/h. A exploração que acolheu esta experiência situa-se na Hungria e tem uma dimensão de 7.000 ha.

Disco CrossCutter para cultivadores Väderstad Carrier.

Semeadores de alta precisão Tempo A linha Tempo recebe um novo modelo de maiores dimensões e um novo kit configurável para a instalação de sementes de baixo calibre.

NOVO MODELO TEMPO L 18 Um novo semeador com espaçamento de 18 linhas foi adicionado à série Tempo L. Denominado Tempo L 18, vem juntar-se aos modelos Tempo L 12 e Tempo L 16, e apresenta uma configuração de 18 linhas com espaçamento de 500 ou 508 mm. Foi concebido para instalar culturas de entrelinhas estreitas, como a colza, mas pode ser facilmente reconvertido

para apenas 12 unidades de sementeira, e assim ficar com versatilidade para um mais amplo leque de culturas, como o milho ou o girassol. Reconvertido para 12 linhas, o espaçamento pode variar entre 700 e 800 mm. Foi desvendado na Agritechnica mas a produção em série começará só em junho de 2018.

KIT PARA SEMENTES DE BAIXO CALIBRE Para o semeador monogrão Tempo, que foi especialmente concebido para velocidades de trabalho altas, a Väderstad passa a disponibilizar um novo kit para pequenas sementes como é o caso da colza ou do sorgo.

Como são instaladas a escassa profundidade, há a necessidade de o semeador ser delicado com a semente, daí que este kit inclua rodas de apoio com suspensão e a possibilidade de ajustar o ângulo das rodas de enterramento. O kit para pequenas sementes vem aumentar a precisão de sementeira e ficará disponível em todos os modelos, desde o semeador de 4 linhas Tempo R4 ao semeador de 18 linhas Tempo R18, a partir de fevereiro de 2018. Este kit pode inclusive ser instalado em semeadores já na posse dos clientes.

O novo kit para pequenas sementes vem aumentar a precisão de sementeira e ficará disponível em todos os modelos.

Novo modelo Tempo L 18 Manuel Fialho, Lda • Tel. 266 759 300 • www.manuelfialho.pt ABOLSAMIA dezembro 2017 / fevereiro 2018

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Chronograma para o futuro MASCHIO GASPARDO

“Muito orgulhosos com a nossa rede de vendas”. Foi assim que Franco Nicola, diretor geral da Maschio Gaspardo para a Península Ibérica, classificou o ano 2017 na entrevista que nos concedeu na Agritechnica, em Hanover. Além do balanço do ano, o responsável da marca falou ainda sobre as novidades de produto - onde se destaca o novo elemento de sementeira Chrono -, o posicionamento da marca quanto a culturas como o olival ou a vinha, bem como a nova estratégia de apoio aos concessionários na implementação de stands.

“Tendo em conta o ano que foi, tenho de estar satisfeito. Não há volta a dar”, afirmou Nicola quando instado a comentar os resultados do ano que agora acaba. Fazendo um apanhado de todas as circunstâncias que marcaram o ano agrícola português, fustigado pela seca, preços baixos em culturas até aqui chave e até incêndios, o responsável italiano revelou estar “apreensivo quanto ao próximo ano” mas “muito orgulhoso e contente com a rede de vendas” onde “a maioria dos grandes concessionários confirmaram o seu potencial”. Aproveitando o tema da rede de distribuição, o responsável anunciou a intenção de trazer para Portugal uma iniciativa que já começou em Espanha: a criação de stands com máquinas para demonstração.

“Começámos um projeto em Espanha de abrir showrooms em conjunto com os concessionários que estejam interessados e que queiram ampliar a sua capacidade. O projeto funciona da seguinte forma: Imaginemos, um concessionário Maschio, consolidado, que pede apoio à marca pois, tendo esta uma vasta gama disponível, não consegue adquirir todos os equipamentos para os poder mostrar aos clientes. Pensámos em conjunto qual seria a melhor solução para ajudarmos o concessionário a vender. Chegámos à conclusão de que, encontrando um local com um mínimo de, mais ou menos quatrocentos metros quadrados, podemos colocar em exposição sete ou oito máquinas, dependendo do tamanho. Nesse local estará um profissional Maschio bem preparado, de maneira que

Franco Nicola, diretor geral da Maschio Gaspardo para a Península Ibérica.

o equipamento possa ser explicado em detalhe, estando completamente preparado para ser testado em campo, se o cliente assim o desejar. As vendas serão sempre do concessionário, que deverá trazer os clientes”, explicou. Quanto ao número total de show rooms que poderão vir a existir, este ainda não está definido. “Depende de quantos concessionários queiram participar no projeto. Mas existem alguns “requisitos mínimos” chamemos-lhes assim. A relação com a Maschio, e um

Chrono No que toca à novidades ao nível dos equipamentos, a principal prende-se com o novo elemento de sementeira da marca, o Chrono. No entanto, não podemos deixar de dar destaque a outros equipamentos que estiveram em exibição no certame e que terão uma palavra a dizer no nosso mercado. Na mitologia grega Chronos era o deus do tempo eterno. Preocupada com o facto de, ao contrário do deus grego, os agricultores não serem donos do tempo eterno, a Maschio desenvolveu o Chrono (sem “s” no fim”), de forma a que estes possam semear muito mais rápido mas mantendo a precisão. Em estreia no salão alemão, o Chrono é o novo elemento de sementeira do fabricante italiano que, de acordo com este, é capaz de atingir velocidades de 15 km/h em trabalho. Já vencedor do prémio “SMAU 2017 para inovação”, está equipado com doseador de sementes elétrico em alumínio. Esta componente consiste numa câmara de sementes com um disco giratório perfurado de lado. Ao sair da câmara, a semente entra no novo transportador pneumático, que deposita a semente no solo. Uma fotocélula posicionada debaixo da câmara, monitoriza a queda, enquanto a roda de borracha acondiciona a semente no preciso local em que é depositada. Ao contrário de outros fabricantes, defende a Maschio que no Chrono, não é a gravidade que força a semente a mover-se do tanque para o chão. Antes, esta é empurrada diretamente para o sulco de sementeira por um potente fluxo de ar.

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AGRITECHNICA 2017

compromisso mínimo de faturação, visto que a marca irá fazer um investimento considerável. O que existe em Espanha está localizado perto de Sevilha, a cerca de duas horas e meia de Beja. Pensamos que pode ser chave para manter o crescimento. Talvez abra o primeiro em Portugal já em 2018”, sintetizou. Aproveitando a referência ao território alentejano e, mais concretamente, a Beja, perguntámos sobre possíveis novidades da marca para culturas especializadas, como o olival ou a vinha. Sem querer adiantar muito, nem fazendo promessas, Franco Nicola não deixou de levantar um pouco o véu. “A gama que se está a desenvolver é na área dos atomizadores. Em Espanha já estão alguns modelos específicos para esse tipo de culturas a ser vendidos e com bons resultados. Nesta fase, é isto que podemos adiantar. Sabemos que são culturas em expansão mas nós temos estado mais focados noutro tipo de culturas, como os cereais. Neste momento, e tirando os atomizadores, temos os destroçadores de mato e um semeador que pode funcionar entrelinhas”. Enquanto realizávamos a entrevista, numa conversa que decorria pelo stand da marca, chegámos à zona dedicada aos equipamentos forrageiros. E é assim que, do Alentejo, “apanhamos o avião” para os Açores, uma região que, de acordo com o diretor executivo para a Península Ibérica, merece muito maior atenção. “Começámos no ano passado com a Agritratores, e temos visto que existe muito trabalho para fazer sobretudo no tema da fenação. Como tal, planeámos uma semana de testes em março de 2018. Temos que colocar as máquinas no terreno e com pessoal especializado para que os clientes possam atestar a nossa qualidade. A gama completa estará disponível e o evento será organizado em parceria com a Agritratores”, revelou.

Gigante Máquina para sementeira direta, de 4, 5 ou 6 metros. A grande novidade é a pressurização de toda a tremonha, que permite uma melhor distribuição da semente por todos os elementos, possibilitando ainda que, em caso de se trabalhar em terrenos inclinados, não se esvazie apenas uma parte desta. Existem ainda dois distribuidores, um para semente e outro para adubo.

Veloce

Uma grade rápida de discos que foi já apresentada no Dia Nacional na Casa Cadaval, nessa altura foi apresentada a versão montada de 3 metros sendo esta a versão rebocada de até 7 metros. A principal característica, à parte das medidas, são as rodas dianteiras de controlo da profundidade de trabalho. Vem também equipada com uma bomba hidráulica que lhe permite, em conjunto com o rolo traseiro, manter-se em trabalho mesmo quando é necessário virar, permitindo uma significativa poupança de tempo. Mantém-se a característica da marca de apenas um disco por braço, e três suportes por elemento.

Mondiale 120 Combi Isotronic À margem do novo Chrono, há também uma versão intermédia que é o Isotronic. É um elemento semelhante aos ditos “tradicionais”, mas com um motor elétrico. Com uma boa aceitação no Alentejo, tem a vantagem de se poder gerir tudo de forma electrónica desde a cabine do trator.

Uma enfardadeira combinada de câmara fixa que enfarda e embala numa só passagem pensada para prestadores de serviço. Apresentada na Demoagro, em Espanha, surgiu na Alemanha já na versão definitiva. O modelo de câmara variável está em desenvolvimento. Para já, destaca-se o novo desenho da lança que permite uma maior manobrabilidade.

Maschio Gaspardo Iberica, SL • Tel. +34 938 199 058 • www.maschio.com ABOLSAMIA dezembro 2017 / fevereiro 2018

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Geoswath - Vicon Andex 1505 A Vicon introduziu o sistema Geoswath no seu volta-fenos encordoador Andex 1505, de 15 metros de largura e 4 rotores. O Geoswath tem por objetivo preparar o cordão de forma ideal para facilitar ao máximo o trabalho da máquina seguinte, o que se torna especialmente útil em campo curvos.

Andex 644 e Andex 644M

Andex 644M, ideal para parcelas pequenas e estreitas.

Nova linha de volta-fenos encordoadores centrados com 6,4 metros de largura, em versão montada ou rebocada. Equipa com carter Compactline com 10 facas por rotor. Com largura de trabalho de 6,4 metros, são ideais para formar 2 cordões a partir duma gadanheira com 3,2 m. A largura do cordão é de 1,20 metros. Andex 644M: versão montada, de rotor duplo, com largura de transporte de apenas 2,8 metros.

Vicon aposta na precisão Os principais desenvolvimentos da gama da Vicon centraram-se na agricultura de precisão. Sistemas inteligentes que permitem uma gestão otimizada das operações culturais estão atualmente disponíveis em toda a gama da marca, permitindo uma maior economia de meios de produção e uma aplicação “à medida” das verdadeiras necessidades das culturas para uma melhor preservação do meio ambiente.

VICON

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Vicon iXflow-E Sistema de circulação para pulverizadores montados

O iXflow-E está disponível nas barras de pulverização Vicon HC 24,27, 28 and 30 metros com um número máximo de15 secções. A combinação do IsoMatch Geocontrol e do GPS permite ao operador reduzir a sobreposição e a sobredosagem.

A Vicon introduziu um sistema de circulação para pulverizadores montados, denominado IXflow-E que, ao contrário daquele que existia para máquinas rebocadas com bicos de acionamento pneumático, possui bicos de acionamento elétrico. Assim que a pulverização termina, existe uma circulação livre dos químicos com o retorno do líquido de pulverização ao depósito. Isto significa que não existe sedimentação nas linhas de pulverização nem zonas mortas para pulverização ou limpeza, mesmo quando a barra está em posição vertical. Cada secção fica sob pressão desde ambas as extremidades das linhas de pulverização, por forma a que o operador possa começar imediatamente a pulverizar sem quebras de pressão.


AGRITECHNICA 2017 TECHNO-PACK Gestão das colheitas

Enfardadeira de fardos cilíndricos Vicon Fastbale – non stop A mais recente evolução da FastBale apresentada na Agritechnica, consistiu na introdução dum dispositivo de aplicação filme-sobre-filme que vem ao encontro da exigência dos utilizadores interessados na melhoria da qualidade da silagem. O sistema de embalamento com filme da Fast Bale é uma evolução do sistema de aplicação de rede atual com mais possibilidades de pré-estiramento, bem como a possibilidade do uso de rolos de filme até 1400 mm de largura, permitindo o recurso a um grande leque de fornecedores de filme. A mudança de filme para rede não requer intervenções mecânicas.

Vicon RO-M GEOSPREAD®

Vicon RO- EDW

Maior volume em combinação com precisão otimizada Vicon RO-M GEOSPREAD® e Vicon RO-EDW A Vicon lançou um complemento de gama nos distribuidores de adubo para explorações de média dimensão de agricultura mista, o RO-M Geospread® com capacidades de 1.300 até 2.800 litros e largura de trabalho máxima de 33 m. A tecnologia GEOSPREAD® permite ajustar manualmente ou de forma automática, com rapidez, a largura de trabalho. Graças à largura de trabalho deste modelo, 245 cm, é possível encher o distribuidor com big-bags. O RO-M Geospread® ajusta automaticamente a largura de trabalho e a taxa de aplicação com base na última aplicação, limites da parcela, cabeceiras e dados das aplicações, através dum sistema de posicionamento GPS para uma sobreposição perfeita e uma cobertura na dosagem certa.

Vicon RO-XXL Geospread® A Vicon apresentou o seu distribuidor de adubo “High Speed”, o RO-XXL GEOSPREAD® com capacidades de 1.875 até 3.900 litros e largura de trabalho máxima de 40 m, desenvolvido para grandes culturas e prestadores de serviço. Apresenta um novo design, bem como novas opções e um sistema RotaFlow completamente redimensionado para velocidades de trabalho mais elevadas. O novo sistema de espalhamento RotaFlow com oito válvulas de grande capacidade em cada disco assegura uma sobreposição perfeita. Com secções de dois metros, 4 células e um sensor de referência, o RO-XXL Geospread® assegura bom desempenho a elevada velocidade de trabalho.

Esta opção estará disponível em todos os modelos compatíveis com Isobus. O sistema baseia-se em dois elementos complementares, nomeadamente, medição de humidade e medição do peso do fardo. Sistema de medição de humidade: o nível de humidade do produto que entra na enfardadeira é continuamente medido e apresentado no terminal, em tempo real, sendo capaz de detetar níveis acima de 50%. O condutor pode assim decidir, a qualquer momento, quando a colheita está pronta para ser enfardada. Sistema de pesagem integrado: compreende duas células de carga, incorporadas nos cubos das rodas da enfardadeira, e uma terceira célula de referência à qual está associada um peso conhecido, localizada no chassis da máquina. As duas células de carga dos cubos das rodas medem continuamente a carga no eixo, enquanto a célula de referência é responsável pela compensação do trabalho em pendentes e o movimento da máquina. A pesagem dos fardos tem uma utilidade óbvia para a gestão da colheita, em que as tonelagens individuais por parcela ou por cliente podem ser registadas, em vez do arbitrário “número total de fardos” para uma determinada área.

AUTOMATIC SECTION CONTROL Precisão otimizada A Vicon oferece a possibilidade do Automatic Section Control (controlo automático de secção) com os modelos de distribuidores adubo com pesagem standard, como o RO-M EW e o ROEDW. Com a introdução do software de controle automático, o número de secções é aumentado de 2 secções grandes (esquerda e direita) para um máximo de oito seções menores para o modelo RO-M EW e 16 secções para o TL maior. Ambos os modelos estão equipados com um atuador elétrico em cada disco para controlar a taxa de aplicação e otimizar o fornecimento de nutrientes às culturas. O controlo de secção do RO-M EW ou do RO-EDW ajusta o sistema de dosagem por um sistema de posicionamento GPS para otimizar a sobreposição e a cobertura com um mínimo de sobre e sob dosagem. Isso resulta num melhor rendimento e numa redução de custos.

Expansão - Gestões Comerciais, Lda • Tel. 263 516 573 • www.expansaolda.pt ABOLSAMIA dezembro 2017 / fevereiro 2018

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O regresso dos guerreiros O Grupo SDF apresentou-se em Hanover com várias novidades. Sendo a Deutz-Fahr a marca global do Grupo, foi possível apreciar novos produtos, desde a linha G, dedicada a mercados como o chinês, até à edição limitada (e altamente equipada) dos Warrior, dirigida aos mercados europeus. Também a Same e a Lamborghini tiveram uma palavra a dizer na Agritechnica e, sobretudo a primeira, em tratores que têm bastante importância no mercado português. GRUPO SDF

Same Na Same, a principal novidade foram os novos Argon Fase IIIB, um dos modelos com maior aceitação no nosso mercado. No entanto, as novidades da marca de Treviglio não ficaram por aqui, existindo também renovações no Explorer TB , no Frutteto Natural, e no Virtus que vê a sua gama chegar agora aos 140 cv. Centrando a nossa atenção nos Argon, os Argon3 vão ceder o lugar aos Argon Fase IIIB. A série passa a ser constituída por quatro modelos em vez de três, e cobre uma faixa de potência mais ampla. A atual série Argon3 vai dos 62 aos 72 cv e

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é constituída por dois modelos de 3 cilindros e por um de 4 cilindros. A nova série Argon Fase IIIB vai dos 65 aos 97 cv, e todos os modelos equipam com o mesmo bloco FARMotion de 3 cilindros e 2887 cm³. Apesar de uma cilindrada mais baixa, este motor ostenta valores de binário máximo que estão bem acima dos fornecidos pelo bloco antecessor. A norma Tier 4i é cumprida através da adição de um catalisador DOC. A transmissão mais completa é, tal como agora, uma 15/15 que alcança os 40 km/h. Na generalidade, as características do hidráulico mantém-se

inalteradas, apenas com um ligeiro acréscimo na capacidade de elevação, que é agora de 3.500 kg. Maiores alterações, podemos encontrá-las no posto de condução, onde o túnel central foi rebaixado, e onde houve uma renovação de comandos e do painel de instrumentos. E também na estética, com as laterais do capot e a frente (luzes e grelha) a assumirem os mais recentes traços da família Same. Os Argon Fase IIIB são tratores marcados pela simplicidade e facilidade de utilização, aptos para múltiplas tarefas em pequenas e médias explorações. Estarão disponíveis nas versões de 2 e de 4 rodas motrizes.


AGRITECHNICA 2017

WARRIOR Os “guerreiros” voltaram. Os tratores em preto da Deutz-Fahr estão de volta depois da primeira aparição lançada em 2015 ter feito furor. Desta vez, os modelos escolhidos foram o 9340 TTV Warrior, de 336 cv, e o 7250 TTV Warrior, com 246 cv.

Deutz-Fahr Lamborghini A marca do touro destacou-se sobretudo pelo renovado design, tendo agora um aspeto semelhante aos Deutz-Fahr, mas também pelos novos modelos do Spark e do Mach. No segmento de média potência, a gama Spark é ampliada, incluindo agora novos modelos 120, 130 e 140, que alargam uma oferta que se estendia já dos 156 aos 226 cv. Equipados com os motores FARMotion de 4 cilindros e com SCR estão em conformidade com o Tier 4 final ao nível de emissões poluentes. No segmento de potência mais elevada, existem agora os novos Mach 230 VRT e Mach 250 VRT. Os Mach integram os novos motores Deutz 6.1 Stage IV que, em relação à geração anterior, são agora mais reativos, com um binário mais elevado nos regimes baixos, uma reserva de binário mais elevada e consumos de gasóleo e de AdBlue mais reduzidos. Os novos motores estão acoplados a transmissões RCShift e VRT.

A marca de Lauingen foi aquela que apresentou mais novidades, ou não estivesse a “jogar em casa”. Começando no pequeno 2E e terminando na nova ceifeira C9300, muitos foram os novos produtos que surgiram no stand de Hanover. Relativamente ao mercado português, o destaque vai para a nova Série 4E, os melhoramentos no 5DS, o alargamento da Série 6, e, como não poderia deixar de ser, a reedição dos Warrior.

5DS Depois da suspensão no eixo da frente (Active Drive) e do renovado design, desta vez é o sistema hidráulico a ser renovado na Série 5DF/DS/DV. Desta forma, o trator passa a contar com três versões diferentes: Setting-Flow, Power-Flow e High-Flow. A versão mais completa, a High-Flow, oferece quatro unidades de controlo diferentes posicionados no lado direito do trator, operadas eletronicamente desde a cabine através de um novo joystick, e mais duas do lado esquerdo do trator também de comando eletrónico. Duas bombas hidráulicas disponibilizam um caudal de óleo total de 131l/min.

SÉRIE 6 A Deutz-Fahr alargou também a sua gama dos multitarefas, fazendo surgir o 6120 (126 cv), o 6130 (135 cv) e o 6140 (143 cv), todos disponíveis com transmissão TTV ou Powershift. A Série 6 passa então a contar com um total de 24 modelos, que vão dos 126 aos 226 cv, com três diferentes tamanhos de motor, três variantes de transmissão, e dois tipos de cabine.

NOVO 4E A Agrolux é agora a nova Série 4E. Com novo design do capot, melhorias ao nível do conforto e mais tecnologia, é esta a nova aposta da marca na gama de baixa potência. Haverá seis novos modelos da Série 4E desde 65 CV (48 kW) até 97 CV (71 kW). Dois deles terão tração simples e os quatro restantes serão de tração dupla. A nova Série 4E vem equipada com motores FARMotion de 3 cilindros e um novo sistema de arrefecimento, estando disponíveis transmissões de 30 km/h e 40 km/h.

Same Deutz-Fahr Portugal, Lda • Tel. 217 653 550 • www.samedeutz-fahr.com ABOLSAMIA dezembro 2017 / fevereiro 2018

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As melhorias do picador da CR, que incluem um rotor reforçado, contra-facas mais compridas e maior velocidade do picador, resultam numa amostra mais fina e numa redução de 50% de palha longa, afirma o fabricante.

New Holland T4S.

Ceifeiras-debulhadoras CX.

CR mais potente

e alfaias já em azul e amarelo NEW HOLLAND

Apresentou-se na Agritechnica com novidades em todas as áreas. Desde o novo T4 S, que promete fazer furor em Portugal, passando pelas novas ceifeiras CX5 e 6, a atualizada CR, a nova gama de alfaias, as atualizações do T7, ou o novo sistema de análise de nutrientes Evo Nir, vários foram os produtos em destaque no salão alemão. Passámos alguns destes equipamentos em análise.

T4S Um trator construído a pensar em explorações pecuárias e pequenas explorações mistas, com uma gama de três modelos e potências de 55, 65 e 75 cv. Equipa com motores de três cilindros e 2,9 litros S8000 Fase IIIB com elevada potência e binário (até 32% de reserva de binário). Os motores apresentam em todos os modelos turbocompressor interrefrigerador. Tem agora uma cabine completamente renovada e uma transmissão de 8 velocidades para a frente e 8 para trás, com quatro velocidades sincronizadas divididas entre as gamas altas e baixas. Uma transmissão opcional 12 x 12 será disponibilizada para toda a gama, podendo ser otimizada com a adição do inversor hidráulico. Tem também uma variante de velocidades extralentas opcional, que permite trabalhar a velocidades de 0,108km/h. Feito na Turquia, o T4S apresenta ainda uma capacidade de elevação traseira da T4S oferece 3000 kg.

CNH Industrial Portugal, Lda. • Tel. 263 279 220 • www.newholland.com

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CR A ceifeira-debulhadora de rotores atinge agora os 700 cv de potência. A CR10.90, a mais potente do mundo e detentora do recorde mundial por maior quantidade de trigo colhido no espaço de oito horas, subiu novamente a fasquia em termos de desempenho com uma atualização de 50 cv. A CR8.80, a maior dos dois modelos CR de 17”, recebeu também uma atualização e, passando a contar com 517 cv de potência máxima. As novas ceifeiras-debulhadoras CR apresentam um novo sistema de gestão de resíduos que oferece uma picagem mais fina, espalhamento mais amplo e melhor distribuição. O espalhador de palha foi completamente remodelado com um sistema patenteado de fluxo de colheita pneumático que substitui o design tradicional baseado no impacto. A largura de espalhamento foi aumentada para 14 metros e pode ser ajustada a partir da cabina.

CX A New Holland Agriculture está a lançar as novas séries de ceifeiras-debulhadoras de cinco e seis sacudidores de palha CX5 e CX6. Com quatro modelos e sete versões, esta ceifeira-debulhadora apresenta uma panóplia de novos argumentos para trabalho em todos os terrenos e todas as culturas.

ALFAIAS No seguimento da aquisição da Kongskilde Agriculture, concluída no início deste ano, a New Holland começou a integração gradual das alfaias agrícolas na sua oferta de produtos e apresentou uma primeira seleção no seu stand. A gadanheira dianteira DiscCutter F 320P e a gadanheira traseira DiscCutter 320P com suspensão hidráulica e libertação de pedras fazem parte da primeira apresentação da seleção de Feno e Forragem que apresentará a cor amarela. Já no segmento da lavoura foi apresentada a charrua montada de 6 ferros PXV. Os equipamentos para trabalho do solo serão oferecidos na cor azul do trator. Também em azul, mas no azul Blue Power, surgiram os carregadores da marca, o que constitui uma novidade já que até agora apenas se encontravam disponíveis no azul “normal” da marca.


Disponível em versões de 2 ou 4 rodas motrizes, o MC18 é indicado para manejar cargas em estufas e viveiros em zonas de acesso difícil. A versão buggy tem uma capacidade máxima de 1,8 toneladas e uma altura máxima de elevação de 5,5 metros. A sua altura livre ao solo é de 30 cm.

Empilhador todo-o-terreno MC18

No stand da Manitou destacava-se uma máquina pequena em dimensão, mas que pode ser de grande utilidade em estufas e viveiros de acesso difícil: o novo empilhador todo-o-terreno MC18. Do lado dos carregadores telescópicos, também houve novidades. MANITOU

Gama NewAg aumentada A gama NewAg, que conta com 13 modelos, foi complementada com a nova MLT 730-115, com 3 ton de capacidade e altura de lança de 7 metros, transmissão hidrostática M-Varioshift, e disponibiliza 2 modelos em que o mais compacto tem uma largura de 2.06 m por

uma largura total de 1.450 mm e uma altura inferior 2 a metros na versão ‘Buggy’, o MC18 promete uma visibilidade ótima graças a um novo teto transparente panorâmico sem estrutura MC18 metálica. A maior distância ao solo Uma das principais novidades que a do mercado de empilhadores, 30 Manitou apresentou na Agritechnica cm, é outras das vantagens que a foi o empilhador todo-o-terreno marca reclama e que lhe confere MC18, concebido para trabalhar em uma grande versatilidade em pomares e culturas hortícolas. Com qualquer tipo de solo, facilitando bastante o contorno de obstáculos. Destaque ainda para a altura do piso, acessível sem degraus, que se mantém graças à otimização de componentes do motor da máquina, para se poder entrar e sair da cabina com mais segurança e sem esforço. O nível acústico na cabina, com a máquina em funcionamento é de apenas 79 dB na cabina, quando a média acústica no mercado se situa em 86 dB. O MC18-4 oferece a possibilidade de mudar de 2 para 4 rodas motrizes com a máquina parada ou em funcionamento. uma altura de 2.14 m. Um outro modelo completa esta gama, a MLT 733-115, disponível em versão homologada para trator.

Articulados telescópicos MLA-T A nova gama de articulados telescópicos MLA-T é especificamente adaptada para a alimentação do gado, limpeza de instalações animais e manuseamento de fardos. A grade do teto permite uma precisão quando se manejam cargas altas, e as portas de ambos os lados da cabina facilitam o acesso à máquina. O joystick JSM vem incorporado nesta gama. O pack “Intelligent Hydraulics”, o sistema “Regenerative Hydraulics” e a suspensão da lança “Active CRC” estão incluídos nas opções da máquina.

MLT 961-145 V+L O MLT 961-145 V+L, apresentado também pela primeira vez na Agritechnica, incorpora muitos desenvolvimentos relativamente ao modelo MLT 960: a facilidade de acesso à cabina, o aumento de capacidade da lança em 40% e o isolamento da cabina que reduziu o nível de ruído até 74 dB (A), o dobro da redução face á gama anterior. O pack “Intelligents Hydraulics” vem como opção neste modelo.

Dimensões: 5.64 m x 2.29 m x 2.70 m; Capacidade máxima: 3.3 ton; Altura máxima de elevação: 5.20 m; Inclinação: 3.30 m.

Dimensões: 6.10 m x 2.48 m x 2.53 m; Capacidade máxima: 6.10 ton; Altura máxima de elevação: 9 m; Inclinação: 5.30 m.

Manitou Portugal, SA • Tel. 263 200 900 • www.manitou.com ABOLSAMIA dezembro 2017 / fevereiro 2018

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PRODUTO Kuhn Megant 600

Toque de

MEGANT Por SEBASTIÃO MARQUES Fotos FRANCISCO MARQUES

“Um centímetro. Nem mais, nem menos”. É esta a profundidade a que Hugo Anjos, agricultor de Corte Vicente Anes, Aljustrel, decidiu depositar as suas sementes de colza. A colza que, acredita, “é mais rentável para o agricultor”. Por isso, decidiu “fazer as coisas como dever ser” e adquiriu um novo semeador, um Kuhn Megant 600, para “dar o toque” que falta.

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S

ão 10h04 quando passamos ao lado do Clube Motard de Corte Vicente Anes. Quatro minutos depois da hora combinada. Avistamos então, ao fundo da estrada, o pavilhão que Hugo Anjos, 35 anos, utiliza para armazenar o seu parque de máquinas. “Tenho quatro tratores e muitas alfaias”, confessou-nos mais tarde, enquanto saboreava o seu café. Mas têm mesmo que ser. São 400 hectares, 340 de sequeiro e 60 de regadio , todos arrendados, e oito culturas diferentes. Do trigo, à aveia e à cevada dística. Da colza, ao girassol, à papoila, à cebola e, agora, ao alho. Todas são produzidas nas terras que Hugo explora sozinho ou, no pico da campanha, com a ajuda de duas pessoas. E todas estas terras são

diferentes, conta-nos. “Tenho terrenos pedregosos e terrenos muito bons, preciso de máquinas que trabalhem nos dois”. “Vai semear a 1 centímetro de profundidade, o que possibilitará uma velocidade de trabalho maior porque teremos os bicos a rasgar a terra apenas ao de leve. Fará colza, 2.6kg por hectare a uma velocidade média de 10km/h”, conta-nos Rodrigo Gonçalves, engenheiro mecânico de 31 anos que é o responsável pela assistência técnica da Kuhn em Portugal. Equipado a rigor com o seu fato de macaco da Kuhn, interrompe por momentos as afinações finais que realiza, antes de o semeador ser testado em campo, para nos introduzir à máquina. “A regulação mecânica das rodas possibilita um trabalho de 0 a 70 milímetros de profundidade. Nos testes estacionários que já realizámos, o erro de débito foi de 20 gramas por hectare, o que é bastante bom”. Levando-nos numa pequena viagem em volta

da máquina, Rodrigo debruçase então sobre dois dos pontos fortes que a máquina de Hugo traz equipados. “A caixa Vario (soprador), e o corte mecânico de meia secção do semeador que possibilita semear apenas a 3 m em vez dos 6 m são fatores a destacar”, menciona. Questionado sobre quais as desvantagens do corte mecânico face ao corte eletrónico, que o Megant também pode ter, Rodrigo explicou de forma sucinta. “Se cortarmos mecanicamente meio semeador, o controlador vai sempre “pensar” que está a semear seis metros, o que, no final do dia, em grandes áreas, dará azo a discrepâncias. Se fosse eletrónico, quando cortássemos na cabine, ele automaticamente fazia as contas e dizia logo o total semeado”, elucidou. “O Rodrigo é incansável. Sempre disponível para ir ao campo.

Veja a Galeria de Fotos em: www.flickr.com/abolsamia


O objetivo da Kuhn com o Megant foi construir uma máquina simples e robusta que permitisse semear a maiores velocidades sem perder precisão.

bem encaminhados”, contou, ao mesmo tempo que via o seu filho António, que já segue as pegadas do pai, empenhado em reafinar o marcador direito do semeador, que estava montado num New Holland T7.210 de 165 cv, seu “parceiro” de futuro.

O semeador pode equipar com dois tipos de bicos. Neste caso, Hugo optou pela versão reta, indicada para trabalhar em terrenos com pedras.

Espero que trabalhe muitos anos connosco”, diz João Caeiro, sócio da Maquirural, horas mais tarde, observando o serviço do semeador que a sua empresa vendeu. “Insistimos bastante para trazer o Megant para Portugal. É um trunfo importante para a nossa zona. É uma máquina muito versátil, muito resistente, e com um preço muito competitivo. Já entregámos este e temos mais dois em casa muito

“Tenho vindo a aumentar a potência dos meus tratores. Permite-me fazer o trabalho mais rápido e isso é fundamental nos dias que correm. A marca é importante mas em primeiro lugar está a qualidade da assistência. Dou-lhe o exemplo deste semeador. Gostei dele mal o vi. É uma máquina forte e robusta, a marca é conceituada, mas, acima de tudo, sei que a Maquirural me dará uma excelente assistência”, afirmou Hugo depois dos últimos acertos feitos em conjunto com Rodrigo no terminal do semeador, o Quantron S2, instalado na cabine do trator. “Este é um terminal já conhecido na Kuhn, utilizado nos espalhadores. Permite-nos saber se temos ou não semente, riscadores no chão ou no ar, se temos ou não a grade de sementeira para baixo. O Quantron S-2 é uma caixa de controlo prática e de fácil utilização que permite o acesso a informação importante para um melhor rendimento da máquina.

CARATERÍSTICAS TÉCNICAS Megant 600

Capacidade da tremonha aprox. (l)

1800

Altura de depósito aprox. (m)

2.15 do chão

Largura de trabalho (m)

6

Largura em transporte (m)

2.95

Largura em posição de trabalho com marcadores recolhidos (m)

6.29

Engate

3 pontos, cat. 2 e 3

Número de linhas

40

Espaçamento entre linhas (cm)

15

Unidade do ventilador

Ou por circuito hidráulico independente a partir de 750 a 1000 min min-1 ou do hidráulico do trator

Elemento do semeador

Braço com bico em posição agressiva ou de arrastamento

Desafogo sob o quadro (cm)

50

Ajuste de profundidade de sementeira

Através das rodas

Dimensão das rodas

26/12x12

Grade de cobertura

Standard

Erradicadores dos rastos do trator

Standard (quatro, non-stop, ajustáveis em profundidade e espaçamento)

Marcadores laterais com proteção*

Standard (recolha para trás)

Equipamento de iluminação*

Standard

Peso (kg)

2150

Equipamento eletrónico*

Conjunto Quantron S-2 incluíndo unidade de medição elétrica, marcha engatada pela roda do semeador ou cabo conectado ao radar do trator

Equipamento hidráulico necessário

1 x DA para os marcadores laterais; 1 x DA para o recolher da máquina, também usado para determinar a pressão no acumulador; 1 x DA para a barra frontal de nivelamento (opcional); 1 x SA com retorno livre quando o ventilador é accionado pelo hidráulico do trator (opcional)

Seletor hidráulico*

Opcional (usado para controlar a barra frontal niveladora, e também funções como recolher e o acumulador de pressão com apenas 1 DA válvula hidráulica)

Equipamento Opcional

Barra niveladora frontal - metade da largura de trabalho desligada - unidade do ventilador controlada através do hidráulico do trator (num trator equipado com Load Sensing, 40 l/min a 80 bars) - marcadores de pré-emergência - seletor de circuito - determinação de dois erradicadores de rastos adicionais - rodas gémeas - cabo de conexão do Quantron S-2 ao aparelho de captura de sinal de radar do trator

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PRODUTO Kuhn Megant 600

Outra informação importante é se estamos ou não a utilizar o modo automático, ou seja, se a deposição da semente vai ser feita de acordo com a velocidade de andamento. Diz-nos também o nome da máquina e que quantidade de semente queremos aplicar por hectare, bem como nos permite alterar a percentagem de semente consoante a zona da parcela”, explica Rodrigo enquanto nos apresenta os vários menus do terminal. “Este controlador tem outra particularidade que é trazer 14 sementes pré-programadas de fábrica, que possibilita que ao escolhermos uma semente o computador nos dizer qual o tipo de canelura que devemos utilizar, para sementes finas ou sementes grossas. Depois de escolhermos o débito por hectare o computador manda-nos fazer o teste com tudo já pré-programado. No fundo, ao escolhermos uma semente, inserimos a velocidade teórica de trabalho, a quantidade que queremos por hectare e ele automaticamente roda, para e diz-nos o que é necessário. Para controlo do trabalho de terceiros, por exemplo de um empregado,

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podemos ver a que horas começou a trabalhar, quando parou, quantos quilos por hectare fez, se fez teste ou não. Podemos controlar tudo aquilo que ele fez”, termina Rodrigo, claramente satisfeito com o resultado do teste em campo. “O objetivo eram 2.60, no final do teste em 0.68 hectares, gastaram-se 1.79 quilos de colza e, portanto, está a fazer 2.63, o que perfaz um erro de

30 gramas por hectare. Muito bom”. Antes de nos explicar o funcionamento do Quantron S2, já Rodrigo realizara com Hugo uma aturada busca das pequenas sementes de colza que se encontravam, efetivamente, a um centímetro de profundidade. “É uma cultura que vem para ficar e à qual temos de nos adaptar, conhecendo-a bem e fazendo

(Da esquerda para a direita): Manuel Baioneta, Rodrigo Gonçalves, Miguel Vieira, Hugo Anjos, João Caeiro, Fernando Trindade, e António Caeiro.

bem a sementeira. Quero fazer todo o processo bem feito e isso começa aqui”, diz Hugo, decidido. “E com um toque de Megant”, acrescentaríamos nós.


SITEVI 2017

Tendências na viticultura, fruticultura e horticultura por FRANCISCA GUSMÃO

Divulgamos os equipamentos e serviços premiados este ano pelo júri do Sitevi, o salão internacional francês dedicado por excelência às fileiras da vinha e vinho, olival, frutas, e hortícolas. Dos prémios ligados à mecanização, que selecionámos, sobressaem algumas tendências. Desenvolvimento digital Muito mais do que uma tendência de fundo, o desenvolvimento da agricultura digital é uma rutura em matéria de agronomia. A viticultura e a enologia, bem como o setor de frutas e vegetais, têm vindo a ser afetados por esse desenvolvimento. O raciocínio agronómico já não depende apenas de alguns dados para cada parcela, mas em milhares de dados, cuja análise permite uma assistência valiosa para a tomada de decisões e para a implementação de ações cada vez mais direcionadas e moduladas na sua intensidade (desde a modulação da fertilização até à colheita seletiva, através do manejo individualizado das plantas).

Eficiência do equipamento de tratamento de plantas O tema da pulverização está na ordem do dia, com o desafio de melhorar significativamente a eficiência dos dispositivos de tratamento em combinação com uma redução dos seus efeitos negativos. Sendo a horticultura e a viticultura setores muito complicados devido à grande diversidade de situações (altura e largura das linhas, volume das folhas, etc. ...), saber como associar o tamanho da gota, a dose do produto, a velocidade e fluxo de ar ... constitui um grande desafio.

É a esta necessidade que o “EoleDrift” (Medalha de Prata) proposto pela IRSTEA e IFV quer responder. Esta ferramenta destina-se a testar novas soluções e encontrar as configurações corretas, para fornecer aos fabricantes elementos concretos para o projeto de pulverizadores inovadores. A peculiaridade desta ferramenta é simular todas as situações que podem ser encontradas durante o trabalho (velocidade e direção do vento, em particular) e assim poder comparar diferentes soluções nas mesmas bases.

Otimização da qualidade das operações e produções A qualidade dos produtos é um requisito cada vez mais importante, mas nem sempre é fácil obtê-la ou mesmo preservála durante todas as fases que vão da produção ao consumidor. Evitar a oxidação das uvas entre a colheita e a receção também é um imperativo de qualidade. O reboque drenante com compartimentos Bucher Vaslin Delta REC (Medalha de Bronze) assegura esse objetivo graças a uma separação dos sucos livres e das uvas durante o transporte, bem como da sulfitagem semiautomática das cubas que servem como recipientes para os sucos livres.

MEDALHA DE OURO AutopincH - Sistema de ajustamento automático da abertura dos sacudidores em máquinas de vindimar GREGOIRE O sistema AutopincH permite que a máquina ajuste, de forma automática e contínua, a abertura entre os sacudidores em função do espaldar. Esta adaptação automática é possível graças a um ajustamento de referência da abertura, no início da parcela, feita pelo condutor a partir da cabina. O condutor define igualmente uma amplitude de “correção da abertura”, na qual a máquina adapta automaticamente a abertura. Este sistema permite a adaptação contínua da abertura entre os sacudidores e garante que a vegetação é bem tratada durante o sacudimento. A tecnologia empregue é simples: um sensor de pressão mede a força lateral exercida pelo espaldar nos sacudidores. Então, o AutopincH ajusta de forma automática e contínua esta força alterando a distância entre os sacudidores. O condutor fica mais livre para se concentrar noutras tarefas, mas ainda assim mantém o controlo da máquina podendo selecionar os ajustes de referência e a amplitude máxima e mínima da regulação dos sacudidores. O fabricante refere que esta inovação também garante uma melhor transferência de potência às partes mecânicas da máquina, e reduz os riscos de avarias.

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SITEVI 2017

MEDALHAS DE PRATA

NEOmap - Sistema de cartografia de rendimento embarcada em máquinas de vindimar GREGOIRE

EoleDrift - Banco de ensaio de avaliação da deriva produzida pelos pulverizadores vitícolas, em condições de vento e de vegetação standardizados IRSTEA / Institut Français de la Vigne et du Vin O banco de testes EoleDrift é inovador e original na medida em que utiliza condições de vegetação e vento artificiais para medir a deriva. Esta standardização das condições de medição oferece uma melhor repetibilidade dos resultados, o que é essencial para comparar de forma fiável as performances dos pulverizadores testados. Isto também significa que os testes podem ser conduzidos num período mais longo de tempo durante o ano. É uma ferramenta crucial para acelerar o processo de homologação oficial dos equipamentos que reduz a amplitude de ZONAS NÃO TRATADAS (ZNT) baseada no ISO 22866 (este método é complicado de montar e requer condições de vento precisas para que o teste seja levado a cabo, significando que muito poucos testes foram realizados na Europa e apenas um pulverizador para vinha foi homologado através deste método nos últimos 10 anos, ao invés das máquinas de pulverização que efetivamente existem. E este sistema deverá permitir que equipamentos sem homologação provisional sejam testados rapidamente e, eventualmente, receberem homologação. Um grande número de testes pode ser realizado num espaço de tempo relativamente curto, permitindo a rápida identificação das técnicas de pulverização efetivas. A IFV* e a IRSTEA** irão oferecer aos fabricantes de pulverizadores um serviço na base do banco de testes EoleDrift para que possam testar os seus novos pulverizadores e protótipos.

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Sistema de lavagem de máquinas de vindimar assistido para uma segurança otimizada do operador NEW HOLLAND Agriculture As novas Braud 9000 são dotadas de um sistema de lavagem totalmente integrado com pré-equipamento de série de uma rede de distribuição de água destinada à lavagem. As operações de lavagem são assistidas e geridas graças a um controlo remoto acionado pelo operador. A segurança do operador é assim aumentada, uma vez que o fornecimento de água integrado na máquina, com um ponto de água na parte superior, dispensa o operador de subir à máquina com uma mangueira de pressão num pavimento escorregadio. Para além disso, possibilita a inspeção total dos componentes da máquina com o controlo remoto das funções necessárias para a lavagem à distância e a toda a volta da máquina. O impacto ambiental também é reduzido graças a uma redução estimada dos volumes de água de lavagem em cerca de 1000 litros/lavagem. O tempo de lavagem da máquina reduz em cerca de 50%.

O sistema de mapeamento de colheitas NEOmap compreende três funções que são necessárias para georreferenciar os rendimentos instantâneos e produzir mapas de variabilidade intraparcelar. Medição do esforço gerado pela quantidade de colheita: posicionado no coração da corrente transportadora, um prato de aço inoxidável equipado com um sensor de esforço mede a quantidade de produto colhido que cai para este prato. Geo-localização por satélite: cada valor de esforço medido acima é associado às coordenadas GPS da posição da máquina quando a medição foi efetuada. Pesagem integrada: as suspensões dos tegões estão equipadas com sensores que pesam o produto colhido a cada descarga. Desta forma, o peso da colheita nos tegões da máquina é relacionado com a distância percorrida para os encher e os esforços instantâneos localizados a fim de convertêlos em pesos. Cada peso de colheita localizada é proporcional ao esforço medido e a soma destes pesos instantâneos é igual ao peso total nos tegões. O mapa de rendimento de uma parcela é de seguida guardado no formato ISOXML (formato normalizado compatível com a maioria do software SIG). O viticultor pode extrair e analisar este mapa de rendimento e tomar as decisões adequadas para otimizar as suas operações. Para além dos aspetos relacionados com a agricultura de precisão, a informação das quantidades colhidas em tempo real facilitam a traçabilidade da produção e a otimização das operações de colheita, em ligação com os locais de receção das uvas e os veículos de transporte da colheita.



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EXPAND R5090 - Recipiente automático para a colheita de frutos

DYNAJET FLEX 7140 Sistema de controlo de pulverização em cada bico TeeJet Technologies A TeeJet Technologies apresesentou o DynaJet Flex 7140 (já desenvolvido para grandes culturas) que permite aos operadores ter o controlo total da dimensão das gotas geradas pelos bicos a pressão de líquido. A dimensão das gotas mantém-se constante – assim como a pressão – quaisquer que sejam a dose aplicada e a velocidade de trabalho (velocidade reduzida no início e no final da linha, ou em passagem difícil). A escolha da dimensão das gotas é feita na cabina, pelo utilizador, de acordo com as condições de aplicação: tipo e formulação do produto aplicado, presença ou não de adjuvante, condições climatéricas no momento da aplicação, proximidade de zonas sensíveis, estado da vegetação, etc. As funções integradas permitem ao operador fazer variar a capacidade dos bicos e obter os resultados de pulverização desejados, e isto com um leque de velocidades e de débitos maiores, respeitando sempre as doses de aplicação desejadas. Esta flexibilidade de volume de aplicação evita que o utilizador tenha que trocar de bico quando pretende alterar a dosagem. O comando de débito ao nível de cada bico permite limitar os riscos de deriva dos produtos, mas também oferece uma função interessante para viticultura e arboricultura: a possibilidade de modular o débito (e portanto a dose) em função do desenvolvimento foliar e da densidade da folhagem. Pode ainda fechar momentaneamente um determinado bico quando há uma planta em falta ou deficit de vegetação.

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O recipiente apresentado pela Pellenc é uma máquina rebocada projetada para colher frutos como cerejas para indústria, azeitonas e outros. O sistema utilizado assenta no princípio bem conhecido de abanar a árvore para fazer cair os frutos em conjunto com uma lona estendida no solo para recolhê-los. A inovação proposta pelo fabricante francês torna o trabalho de recolha mais simples e encurta o tempo de operação, com o objetivo de reduzir o tempo de colheita. É composta por um sistema que estende automaticamente uma lona de 100 metros quadrados no chão em menos de 5 segundos. Assim que a árvore é abanada e a fruta cai, a lona é enrolada de novo, transferindo a fruta para o transportador que coloca o fruto limpo em Palox. Durante esta operação de transferência, um sistema de aspiração remove as folhas e outros detritos vegetais da fruta. O mecanismo de colocação e enrolamento da lona é totalmente automatizado, o que permite que uma só pessoa recolha 300 kg de frutas de cada vez, com um tempo de ciclo, para cerejeiras, de 45 segundos. Com uma altura ao solo de 50 cm, permite colher parcelas em socalcos de 50 cm. Uma câmara ajuda o operador a posicionar a máquina em linha com o centro do tronco.

MEDALHAS DE BEONZE

PELLENC


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EASYpilot - Sistema de condução automático sem GPS para tratores e máquinas automotrizes GREGOIRE O EASYpilot da Gregoire é um sistema de condução automática nas linhas da vinha. A máquina de vindimar (ou a automotriz pernalta polivalente) é automaticamente alinhada no eixo da linha localizada à sua frente, deixando o condutor livre para se concentrar noutras tarefas. A tecnologia utilizada assegura uma condução automática fiável sem recurso a

tecnologias onerosas como o GPS RTK. O princípio baseia-se em detetar e analisar, na frente da máquina, a variação previsível de trajetória comparativamente com a linha da vinha, e corrigir esse desvio automaticamente e de modo adaptado. A deteção da linha é garantida pela combinação dum sensor telemétrico de infravermelhos 3D associado

a um emissor de ondas também chamado “iluminação” que torna o aparelho eficaz tanto de dia como de noite. O sistema mede, ponto por ponto, a distância entre o sensor e os elementos da linha, o que permite modelizar a estrutura da linha de vinha. Os cálculos realizados pelo EASYpilot permitem eliminar os erros ligados à deteção de sarmentos de vinha de crescimento lateral ou de ervas altas. Em modo de colheita, as informações fornecidas pelos apalpadores de entrada do túnel de colheita são combinados com a deteção por câmara para melhorar a precisão do sistema (3 cm). O resultado do cálculo consiste na definição duma linha de condução que é traçada no centro da linha de vinha e na frente da máquina. O software EASYpilot calcula uma trajetória ótima para o seguimento desta linha e deteta igualmente o fim das linhas que assinala ao condutor através dum sinal sonoro e visual. Para terminar, o EASYpilot atua diretamente sobre o circuito hidráulico da direção para assegurar o seguimento da trajetória certa. Por razões de segurança, o controlo da velocidade de avanço e dos outros componentes da máquina continuam a ser controlados pelo condutor.

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Drift Recovery“BAS” 1000 litros Pulverizador com painéis recuperadores para terrenos inclinados Agricolmeccanica SRL

DELTA REC - Reboque drenante com compartimentos Bucher Vaslin A caixa de transporte de uvas com compartimentos do fabricante Buchler-Vaslin é uma resposta ao problema da oxidação e dos sucos livres que surgem quando se enche a caixa e também durante a fase de transporte. Esta produção de suco tende a aumentar com as vindimas precoces que produzem uvas mais quentes e mais frágeis. Esta caixa está equipada com uma estrutura com postigos giratórios a meia altura, reproduzindo o transporte em tabuleiros. Estes postigos estão montados em barras giratórias paralelas. Quando se encontram numa posição fechada, constituem um pavimento a meia altura que reduz a quantidade de uvas armazenadas e limita o esmagamento das bagas durante o enchimento e o transporte. Reduzindo a altura de

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armazenamento, melhora também a circulação dos sucos nas camadas de uva, e como consequência a sua recuperação. Os sucos são automaticamente separados do resto da colheita e armazenados em depósitos laterais, onde sofrem um tratamento por um processo semi-automático com sulfito para prevenir a oxidação, evitando assim a sulfitagem das bagas inteiras. Cabe ao utilizador o controlo do processo de adição de sulfito com uma bomba doseadora. Os depósitos têm uma capacidade de 340 litros cada, ou seja 15% da capacidade da caixa. O esvaziamento da caixa e dos depósitos é feito de forma totalmente independente, o da caixa por basculamento e o dos depósitos por uma ligação fluídica não permanente.

Este pulverizador está equipado de uma estrutura cavalgante com 4 painéis em inox, com separadores de gotas para a recuperação do produto, podendo assim trabalhar em duas linhas ao mesmo tempo. A inovação proposta consiste num sistema de correção do desvio no chassis, que permite trabalhar em terrenos inclinados graças a um mecanismo que mantém uma distância mínima do solo. Duas sondas têm como função detetar se os painéis de recuperação estão sempre a uma distância de segurança do terreno bem como a presença de obstáculos. Se existir um obstáculo imprevisto, ou se os painéis se aproximarem em demasia do solo, a sonda faz levantar automaticamente os painéis de forma a posicioná-los em segurança. Toda a estrutura superior dos painéis é oscilante e, graças ao seu sistema hidráulico automatizado orienta-se de modo a que os painéis se conservem sempre perpendiculares à vegetação que deve ser pulverizada. O pulverizador está equipado com um eixo principal e um segundo eixo posicionado mesmo atrás deste (automaticamente) para melhorar a estabilidade do equipamento. Está homologado para circular a 40 km/h em estrada, com o depósito cheio. Quatro ventiladores de alto rendimento estão posicionados na parte superior do chassis (um por painel), para que os painéis recebam a mesma quantidade de ar na saída. Graças a um regulador de pressão hidráulico, o operador pode regular a velocidade destes 4 ventiladores, para ajustar a quantidade de ar na saída, a fim de obter uma penetração foliar perfeita qualquer que seja o estado vegetativo.


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SMD 50 P - Suporte de máquina com visão integral PROVITIS O suporte de máquina com visão integral SMD 50 P da Provitis pode ser montado na frente dum trator vinhateiro para o engate de uma série de alfaias tais como despontadoras, pré-podadoras ou desfolhadoras. O operador pode trabalhar com uma visibilidade total, em vinhas estreitas ou largas, bem como em terrenos planos ou em socalcos. O suporte da máquina SMD 50 P da Provitis é composto por uma base larga e por dois braços oscilantes, articulados, em cada extremidade da base. A parte superior dos braços oscilantes está equipada com sistemas para a subida/descida e inclinação das alfaias. O comando dos movimentos do suporte SMD 50 P é assegurado por um conjunto eletro-hidráulico (fixado na parte central da base). O suporte SMD 50 P diferencia-se por esta estrutura em forma de U com um centro de gravidade rebaixado, para maior visibilidade, e um campo de visão livre à frente do trator. A inovação reside também na cinemática, garantindo o espaçamento e a inclinação dos braços oscilantes que suportam os vários tipos de alfaias engatadas

Sistema “Vinha Conectada” SDF

IMS 2.0 - Sistema global de otimização em tempo real de todas as funções da máquina de vindimar New Holland Agriculture em particular a regulação da A New Holland assegura que o IMS velocidade do transportador para 2.0 é muito mais do que apenas uma vinhas em terrenos íngremes; nova versão do IMS (Intelligent • Conforto do condutor Management System), já no maximizado através de regimes mercado, pelas funões que oferece: do motor baixos que diminuem o • Custos operacionais mais ruído na cabina e oferecem maior baixos, pela gestão automática suavidade de condução; e permanente do regime • Melhor controlo através da tela motor de acordo com a carga Intelliview IV e seus controlo real, reduzindo o consumo de agrupados num identificador combustível na estrada em 20% multifunções; e apresentando consumos de • A integração de funções de trabalho na ordem de 10l/h; gestão dos órgãos em movimento • Alavancagem máxima do e sua ativação por controlo desempenho da máquina todo o remoto que coloca o operador ano e integração total (através de no centro da máquina com bus CAN) dos equipamentos de segurança otimizada em todas pulverização e manutenção da as fases de utilização (regulação, cultura dos parceiros da marca; condução na parcela e por • Uma melhor qualidade de estrada, manutenção no campo, colheita, resultante do contínuo lavagem). ajuste dos órgãos de colheita,

O sistema “Vinha Conectada” é um sistema completo de Agricultura de Precisão que inclui todos os elementos da gestão, que se baseia na experiência de diferentes parceiros (SDF Group, Pessl Instrument, Topcon). Este sistema associa três eixos indispensáveis a esta abordagem à agricultura de precisão: • a aquisição de dados de caráter agronómico: sobre o clima, sobre as parcelas e sobre a vinha (drones equipados com câmaras multispetrais e/ou hiperspetrais); • um serviço de mapeamento e análise de dados online, permitindo o armazenamento e a análise de dados, bem como o suporte técnico à decisão; • um retorno na forma de mapas de recomendação integrados no terminal Isobus do trator e utilizados pelos equipamentos Isobus capazes de fazer aplicações moduladas (ex: pulverizadores e máquina de colheita Grégoire). A SDF assegura que este sistema permite uma precisão muito maior na monitorização da videira e na análise da complexidade das interações, e constitui uma ajuda preciosa para o agrónomo permitindo articular uma grande quantidade de dados diferentes para ajudar nas tomadas de decisão e, então, poder agir de forma cada vez mais específica e precisa no campo (ex: modular as doses de tratamento de acordo com as necessidades das plantas).

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HORSCH LEEB 4 LT

PULVERIZADOR COMPACTO PARA DESEMPENHO PROFISSIONAL

Por JOÃO SOBRAL

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Horsch Leeb 4 LT PRODUTO

Um jovem agricultor da zona de Beja está a assumir a dianteira da exploração de família. Esta transição de uma geração para outra envolve também a atualização do parque de máquinas e dos métodos de trabalho. Entre as aquisições conta-se um pulverizador rebocado da Horsch, configurado com especificações avançadas, para um desempenho profissional.

Herdade da Gravia Grande situa-se nos arredores de Beja, entre a Salvada e Quintos. É aí que João Maria Bicker da Costa está a dar continuidade à atividade agrícola que tem vindo a ser desenvolvida pelo seu pai, com quem aliás começou a trabalhar desde cedo. João está agora com 25 anos, e há alguns meses recebeu a boa notícia a confirmar a aprovação do projeto que submeteu como jovem agricultor. As ajudas deram-lhe margem para planear a instalação de pivots nos 200 ha de área própria da herdade, e também para adquirir equipamentos mais modernos. Comprou um trator Fendt 516 Vario Profi Plus e apetrechou-se com três alfaias Horsch: uma grade rápida, um semeador de entrelinhas estreitas, e um pulverizador rebocado. A visita que fizemos ao João foi precisamente com o intuito de conhecermos o pulverizador Horsch Leeb 4LT, que é o primeiro desta série a ser entregue em Portugal.

A razão de ter optado pela Horsch A aposta em equipamentos de gama alta tem uma razão de ser. João explicou-nos que essa

A fácil transição para o Horsch Leeb Na casa, tiveram um Fendt 395 GTR, em configuração portaalfaias, que contava já com várias campanhas no currículo a fazer pulverização. Esse trator usava na frente, sobre o chassis, um depósito de 2.000 litros, e no hidráulico traseiro um pulverizador montado com depósito de 1.200 litros. É daí que vêm no que diz respeito a equipamento de pulverização. Um pulverizador rebocado nunca tiveram. É este o primeiro. A transição do Fendt portaalfaias para um pulverizador rebocado foi pacífica. “Foi muito fácil adaptar-me ao funcionamento da máquina. O software é muito intuitivo,

semelhante ao que usamos nos smartphones”, adianta João Bicker. “Tenho de configurar tudo ao iniciar o trabalho, mas depois é um descanso, é tudo muito mais rápido. Não tem nada a ver”, acrescenta. Uma outra grande diferença é notada a nível de produtividade de trabalho. “Há dias em que tenho de pulverizar áreas bastante grandes. Com este pulverizador, em vez de ocupar o dia todo, faço o trabalho mais rapidamente”, reforçou João Bicker, que fica assim com maior margem para levar a cabo outras tarefas na exploração, inclusive na parte administrativa.

Configuração de equipamento Abílio Pereira acompanhou-nos nesta visita, e mal chegámos ao pé do Leeb 4 LT expôs-nos em traços gerais o seu modo de funcionamento. “Este pulverizador, além do sistema hidráulico, tem também um sistema pneumático, que funciona com ar comprimido, para ajudar ao nivelamento da

SABIA QUE...

A

escolha se deveu ao facto de ser apenas ele próprio e mais um funcionário quem trabalha com as máquinas. Mais concretamente no que respeita à marca, referiu: “Estivemos a ver outras marcas mas achámos que este é o equipamento mais bem concebido. Optámos por este modelo por ser o mais pequeno. Para a área que temos, chega perfeitamente”. Acrescentou ainda que um outro argumento que determinou a sua escolha foi o facto de este pulverizador ter todos os elementos mais sensíveis, como as torneiras, o painel digital ou a caixa de arrumos, totalmente protegidos no interior de tampas laterais, e não expostos, como acontece na generalidade das marcas concorrentes.

Gama de pulverizadores Horsch A gama de pulverizadores da Horsch é composta pelos modelos automotrizes Leeb PT, pelos modelos rebocados Leeb GS, vocacionados para explorações de grande dimensão, e pelos modelos rebocados Leeb LT, vocacionados para explorações de média dimensão. Esta série desdobra-se em três modelos – 4 LT, 5LT, e 6LT – cuja maior diferença está na capacidade do depósito principal.

barra, para fazer a limpeza das condutas da barra, e para fazer a abertura e o fecho dos bicos”. Significa isto que, se desse o caso de ser para acoplar a um trator que não tivesse sistema pneumático, o pulverizador teria obrigatoriamente de incorporar um compressor como extra. Ao fazer-se a aquisição de um equipamento como este, é necessário saber qual o trator com que vai ser utilizado.

O QUE SE PRODUZ NA GRAVIA GRANDE Desde que na Gravia Grande foi iniciada a instalação de pivots, João Bicker já produziu milho, milho pipoca, papoila, colza e cevada. E tem mais duas culturas em mente. Quer instalar olival super-intensivo nos cantos livres dos pivots, e está a estudar a viabilidade de apostar no cultivo de cebola para rentabilizar a utilização das máquinas.

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Isto para se fazer uma adequada configuração das especificações do pulverizador, nem excluindo elementos que podem ser necessários, nem adicionando elementos que podem ser dispensáveis por o trator os possuir. “É necessário saber qual é o trator que o agricultor vai usar, porque em função do equipamento que já o trator tiver, teremos necessidade, ou não, de alguns extras no pulverizador”, começou por nos explicar Abílio Pereira, responsável pela assistência técnica da Lagoalva, casa que representa a Horsch em Portugal. Neste caso, tudo ficou muito facilitado porque o Fendt 516 Vario com que está emparelhado, foi já comprado com um nível de equipamento mais avançado. No que diz respeito ao sistema hidráulico, o pulverizador requer um caudal contínuo de 110 L/min que neste caso é garantido pelo power behind do trator. Se porventura o trator não cumprisse este requisito, o pulverizador teria de vir configurado com uma bomba que seria acionada pela TDF. Como cumpre o requisito, o pulverizador foi entregue com menos equipamento extra e ficou a um preço mais acessível.

Compatibilidade ISOBUS Além da fixação da barra de puxo, o emparelhamento ao trator é feito através das seguintes ligações: ar comprimido, tomada do power behind,

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Um sistema de recirculação ao longo de todo o circuito, faz com que a calda chegue a todos os bicos ao mesmo tempo. A barra possui uma proteção que previne a ocorrência de danos na colisão com obstáculos, correspondente a um comprimento de 2 m para cada lado.

sistema auxiliar de travagem, iluminação de estrada e, não menos importante, ficha ISOBUS. Graças à compatibilidade a nível de ISOBUS, como adiantou Abílio Pereira, “foi só ligar e começar a trabalhar”. Para os tratores sem monitor, a Horsch disponibiliza este equipamento como extra. Neste caso, essa opção foi dispensada porque todas as funções são controladas através do monitor do Fendt. Quem não for fã de monitores, pode optar por adicionar um joystick. “Se em vez de carregar nas teclas diretamente no ecrã, a pessoa preferir ter alguns atalhos num joystick, pode ter. É um extra”, adianta Abílio. A maior vantagem do joystick é dispensar o contacto visual com o monitor de cada vez que se emite uma ordem.

Sistemas de suspensão do chassis e da barra Nesta unidade em concreto, a suspensão de chassis é assegurada por dois volumosos sinoblocos de borracha. A marca disponibiliza como extra uma versão autonivelante, para os clientes

HORSCH LEEB 4 LT CARACTERÍSTICAS

Largura da barra

18 a 42 m

Débito da bomba

600 L/min

Volume de carga

4.000 l

Depósito de água limpa

500 l

Depósito para lavagem das mãos

15 l

Altura ao solo

85 cm

Velocidade de trabalho

4 a 20 km/h

Potência mínima requerida

130 cv

que necessitem de uma suspensão mais evoluída. Já no que respeita à suspensão da barra de pulverização, o sistema BoomControl, de série, é uma tecnologia patenteada pela Horsch que neutraliza movimentos bruscos. Qualquer movimento provocado pela direção do trator ou por irregularidades do terreno, chegam à barra com o mínimo grau possível de interferência, o que garante o seu posicionamento exato, próximo do alvo, mesmo a velocidades altas e em terrenos declivosos. A estrutura deste sistema é constituída por um paralelograma com pontos pivotantes de alta resistência, que absorvem as forças laterais e horizontais, e por acumuladores de nitrogénio juntamente com cilindros pneumáticos. Na prática, funciona como A gestão do ângulo de viragem das rodas resulta de informação enviada por um giroscópio colocado sobre o eixo. Nas manobras de marcha atrás, o sistema põe as rodas automaticamente bloqueadas na posição central. Em estrada também ficam bloqueadas a partir dos 15 km/h.


Horsch Leeb 4 LT PRODUTO Assistência Lagoalva Abílio Pereira, da Lagoalva, explicou-nos que num equipamento como este, é natural que durante a primeira campanha o cliente precise de algum acompanhamento por parte da marca. Isso pode envolver ajustes a nível de funcionamento, ou até mesmo a adaptação de alguns procedimentos ao nível da própria exploração. “O primeiro ano é sempre um ano de aprendizagem”, afirmou.

Abilio Pereira e João Bicker

O incorporador de produtos é constituído por uma cuba estanque com interior em inox. Inclui uma escala graduada para medição de quantidades, e permite lavar as embalagens.

se a barra estivesse imune às forças que são exercidas sobre o chassis.

Especificações da barra de pulverização Esta versão com nível de especificação CCS Pro (Sistema de limpeza contínua Pro), caraterizase por todas as válvulas serem de comando elétrico. Segundo o responsável da Lagoalva, “tem o inconveniente de ser mais dispendioso o custo inicial, mas tem a grande vantagem de involuntariamente não cometermos erros durante a utilização”. O Leeb 4LT de João Bicker tem bicos de 50 em 50 cm. Mas a Horsch também fornece barras com bicos de 25 em 25 cm, e nesse caso a distância mínima ao alvo pode ser de apenas 30 cm, o que praticamente elimina a possibilidade de haver deriva (arrastamento da calda). Nesta barra, João dispõe de bicos múltiplos na mesma posição, que abrem e fecham pneumaticamente, e podem abrir e fechar automaticamente. É o operador que define a quantidade de líquido por hectare e o tamanho da gota que quer, características que permitem um modo de utilização profissional. No monitor, o operador define ainda a altura de pulverização, e a que altura quer que a barra fique ao fazer as voltas de cabeceira. Quando fecha as secções todas, automaticamente a barra é levantada, e volta a baixar ao fazer-se a reentrada na linha de

Existe uma caixa reservada à arrumação de bicos e utensílios.

No lado esquerdo, por detrás de um grande tampa que abre lateralmente, está o painel exterior que incluir uma caixa de comandos com diversas funções idênticas às do painel na cabine do trator. Aqui, o utilizador pode gerir todas as operações de enchimento, como fazer a agitação da calda, fazer a mistura de produtos, ou definir qual a quantidade de água a encher em função da área a trabalhar.

O eixo do Horsch Leeb possui travões de tambor com atuação pneumática, sincronizada com a travagem do trator.

passagem seguinte. A configuração da barra para este modelo pode ir até um máximo de 42 m e 6 sensores para adaptação aos contornos do terreno, o que implica uma estrutura de geometria variável, com cilindros hidráulicos a meio. Neste caso, a Lagoalva e o cliente decidiram-se por uma configuração intermédia, como explica Abílio: “Para o tipo de culturas e para os terrenos que temos aqui nesta exploração, achámos que uma barra de 24 m com 2 sensores nas extremidades seria suficiente”.

Velocidade de trabalho No que respeita à velocidade de trabalho, na Gravia Grande os trabalhos costumam ser feitos em redor dos 12 km/h, tendo em conta as características de solo. Mas dependendo das condições, este pulverizador pode ir mais além. “Podemos ir dos 3 aos 30 km/h de velocidade máxima de pulverização, mantendo o mesmo tamanho de gota. À medida que aumentamos ou diminuímos a velocidade de deslocação, assim automaticamente o sistema abre ou fecha bicos segundo o programa que está definido”, concretizou Abílio. Ou seja, mantém-se a qualidade e a eficiência do tratamento, independentemente das variações de velocidade que venham a verificar-se no campo. Veja a Galeria de Fotos em: www.flickr.com/abolsamia

Sensor de distância para adaptação da barra aos contornos do terreno.

EM DESTAQUE

ILUMINAÇÃO PARA TRABALHO NOTURNO Os tratamentos fazem-se cada vez mais durante a noite, por um lado devido às temperaturas, e por outro porque tendencialmente é quando há menos vento. Neste contexto, uma eficaz iluminação da barra é fundamental. “Esta barra tem um sistema de LEDs que é muito importante para pulverizar de noite, para ver se tenho bicos entupidos ou não. Já me deu muito jeito. Se não tivesse os LEDs podia andar a pulverizar com um bico entupido a noite inteira”, disse João Bicker. “Tendo condições de equipamento para pulverizar durante a noite, porque não? É uma maneira de tornar a pulverização mais eficiente. E temos aqui todas as condições desde a iluminação, à abertura e fecho automático das secções por GPS, para evitar erros de sobreposição ou falhas”, concluiu Abílio Pereira. Os LEDs formam um feixe de luz muito concentrado que permite ver perfeitamente os bicos. Um pormenor a evidenciar é que sempre que a barra é ligada, o sistema de iluminação é lavado automaticamente.

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Teste em campo CASE IH QUADTRAC 540 CVX Por JOÃO SOBRAL

Articulado de rastos com variação contínua A série Quatrac ocupa o lugar de topo na oferta da Case IH e, desde que há duas décadas foi lançada no mercado, já foi sujeita a diversas evoluções. A mais recente melhoria previu a inclusão de uma transmissão de variação contínua, que nós já experimentámos numa grande propriedade em território eslovaco.

O assento do condutor inclui climatização e possibilidade de rotação para a direita, para melhor visibilidade sobre a área de trabalho.

Um articulado de rastos do segmento de alta potência recebe pela primeira vez uma transmissão de variação contínua. Nas laterais do capot, os Quadtrac passam a ostentar a designação CVX, indicativa de que a ‘driveline’ passa a ter uma transmissão “sem degraus”, para os clientes que a prefiram em detrimento de uma powershift. N’abolsamia andamos a par com os avanços feitos pelas marcas, para lhe dar a conhecer a si o que de mais inovador está a surgir. Daí termos ido até à Eslováquia, para nos pormos aos comandos deste gigante. O teste em campo realizou-se no âmbito do prémio Tractor of the Year® – o Quadtrac

540 CVX estava entre os finalistas –, nos arredores de Zohor, em terras exploradas pela companhia dinamarquesa FirstFarms, que é detentora de dois Quadtrac de uma geração anterior.

Gama Ao leque dos 5 modelos Quadtrac existentes, com transmissão powershift, a Case IH adiciona 3 novos modelos Quadtrac CVX com transmissão de variação contínua. São eles o 470 CVX, o 500 CVX e este 540 CVX que experimentámos.

Motor O motor FPT Cursor 13 é um 6 cilindros com 12,9 litros de cilindrada, que cumpre a norma de emissões Tier 4Final. Concretamente neste modelo 540 CVX, tem instalados dois turbocompressores, um mais pequeno que dá assistência a baixo regime, e outro maior que atua a rotações mais altas. Cada turbo conta com o seu próprio sistema de refrigeração.

Transmissão CVX Drive

O sistema de rastos inclui agora novos rolos recortados para melhorar a refrigeração e limpeza de resíduos.

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A transmissão de variação contínua CVX Drive permite uma velocidade de avanço de 0-40 km/h e uma velocidade de recuo de 0-18 km/h, sendo possível programar 3 velocidades objetivo. Os 40 km/h podem ser alcançados a um regime económico de 1640 rpm. No apoio de braço, o operador beneficia de um duplo acelerador Eco Drive, onde pode limitar um regime máximo e um regime mínimo do motor. Além disso, pode ainda ajustar três níveis de resposta para a aceleração, desaceleração e sensibilidade do inversor.


Case IH Quadtrac 540 CVX TESTE EM CAMPO CASE IH QUADTRAC 540 CVX Fabricante / Modelo

FPT Industrial / Cursor 13

Nº de Cilindros/ cilindrada

6 / 12,9 L

Potência nominal / máxima EPM

543 cv / 613 cv

Nível de emissões

Fase IV / Tier 4F

Binário máximo /Reserva

2540 Nm / 40%

TRANSMISSÃO

Configuração

Variação Contínua

Velocidade máx.

40 km/h

HIDRÁULICO

Capacidade máx. de elevação

Traseira: 8.949 kg

Fluxo da bomba

212 ou 428 L/min

DIMENSÕES

A Case IH disponibiliza sistemas de rastos de origem Conti ou Camso, conforme a preferência do cliente, nas medidas 30” e 36”.

Hidráulico A performance da bomba standard, com fluxo de 212 L/ min, não impressiona tendo em conta o segmento de potência. Mas em opção o cliente pode optar por uma bomba com 428 L/min de caudal. A capacidade máxima de elevação também não é por aí além surpreendente, mas devemos ter em conta que se trata de uma máquina muito vocacionada para alfaias de grande dimensão em configuração rebocada.

Cabine O ambiente de trabalho assemelha-se muito aos Optum e aos Magnum, sobretudo a nível de comandos, é facílimo de manobrar, e a cabine proporciona uma visibilidade magnífica e muito espaço ‘habitável’ para condutor e passageiro.

Gestão de Cabeceiras À semelhança das outras séries da marca, o Quadtrac pode ser configurado com um sistema dos mais avançados sistemas de gestão de cabeceiras. Na prática, isto significa que depois de o operador ter uma determinada parcela mapeada, pode trabalhar no seu interior quase totalmente em modo

automático, apenas devendo, no final de cada torna, dar a confirmação da manobra a realizar na cabeceira, bem como levantar e baixar a alfaia. A juntar a potência e tração, automatização é outra palavra-chave neste modelo.

Tudo é grande, incluindo o preço O Quadtrac é um gigante destinado às grandes explorações do centro da Europa, com áreas muito extensas, como é o caso dos mais de 9.000 hectares cultivados pela FirstFarms. Não deixa de ser uma máquina impressionante,

O acesso ao compartimento do motor é feito através de uma abertura na parte superior do capot ou então através da elevação deste.

Distância entre eixos

3.912 mm

Carga máxima admissível

32.000 kg

com os seus 7,5 metros de comprimento e 3,8 metros de altura. O preço de aquisição de um Quadtrac com especificações básicas ronda os 550.000 Eur. As duas unidades que experimentámos, por terem especificações mais avançadas, vão além deste patamar, embora a marca não tenha concretizado um valor exato. Segundo a Case IH, considerando todas as anteriores gerações desta série, existem a trabalhar em território europeu cerca de 2.000 unidades dos Quadtrac. O volumoso sistema de tratamento de gases está localizado de modo a não perturbar a visibilidade.

APRECIAÇÃO Devido à produtividade de trabalho que lhe está associada, o Quadtrac é o tipo de máquina que por um lado contribui para reduzir custos de produção, e por outro permite aproveitar melhor a cada vez mais estreita janela de oportunidade das operações culturais. Ao aproximar-me do Quadtrac, tive a sensação de ter à minha frente um enorme e maciço bloco de aço. Não deixa de ser um pouco assim, pois pesa nada menos do que 24 toneladas. Mas uma vez instalado na cabine, esqueci-me dessa sensação. Os mais de 600 cv associados ao sistema de 4 rastos de borracha, proporcionam uma progressão que parece ser muito suave, o que se deve também à ‘lisura’ da transmissão CVX. Mas apenas parece. Quando passei a observar a informação no monitor, facilmente me apercebi da rapidez de progressão entre o ‘ferrar’ a alfaia e o atingir da velocidade alvo. O trabalho de mobilização sobre restolho foi feito com duas grandes rápidas de 12 metros: uma Horsch Joker 12 RT engatada num trator e uma Amazone Catros+ 12003-2TS engatada no outro. A velocidade objetivo de 16 km/h era alcançada a um regime do motor em redor das 1650 rpm. A experimentação do Quadtrac fez-se apenas em campo, que é aliás a sua finalidade principal. Não tive oportunidade de saber como se comporta em estrada. Embora não seja essa a sua vocação, até pelo excessivo desgaste a que as bandas de rastos estão sujeitas em asfalto, a deslocação entre parcelas é uma situação que pode acontecer com alguma frequência e teria sido interessante perceber como se comporta também nesse tipo de utilização.

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TECNOLOGIA

Dot Technology Corp

FAZER TRABALHO DE CAMPO SEM UM TRATOR Por JOÃO SOBRAL “Toda a gente está a trabalhar para que os tratores tenham tecnologia de funcionamento autónomo, mas isto levou-nos a olhar sob outra perspetiva e a questionar para que é que precisamos de um trator” Norbert Beaujot

Máquinas agrícolas capazes de trabalhar de forma autónoma. Não se fala de outra coisa! E no caso deste projeto, a ideia é ir ainda mais longe e pôr de parte o trator em certas tarefas como a sementeira de precisão. Os visitantes da feira Ag in Motion 2017, realizada no Canadá, puderam ver pela primeira vez a trabalhar em campo a chamada ‘plataforma de potência’, desenvolvida pela Dot Technology Corp. A Dot é uma nova empresa fundada por Norbert Beaujot, presidente e também fundador da conhecida marca de semeadores SeedMaster. Como qualquer outro semeador de linhas, os da SeedMaster

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dependem de um trator para funcionarem. Mas a intenção de Beaujot é reescrever essa história. “Toda a gente está a trabalhar para que os tratores tenham tecnologia de funcionamento autónomo, mas isto levou-nos a olhar sob outra perspetiva e a questionar para que é que precisamos de um trator”, afirma este gestor e inventor canadiano. O conceito tem por base uma plataforma de potência que se liga a qualquer alfaia, conferindo-lhe movimento. Comparativamente com um trator, não possui rodas de grande dimensão, nem eixos, nem cabine, nem barras de puxo, entre outros elementos. Há muita coisa que é dispensada. “Se tivermos um trator de 500 cv a ser conduzido no campo, mais de 20% dos seus requisitos de potência são consumidos a fazer-se mover a si próprio. E ainda tem de se lhe acrescentar

peso para que tenha tração para rebocar seja o que for que leve atrás”, refere Beaujot. No caso da plataforma de potência, é a própria alfaia – ou o cereal nas tremonhas do semeador – que satisfaz os requisitos de peso para que exista eficácia de tração. A plataforma tem um chassis em forma de U que ‘atraca’ a

uma alfaia com arquitetura de engate que seja compatível, sendo a alfaia içada para cima da plataforma. Em termos de especificações, pesa 3855 kg, conta com 4 rodas hidrostáticas independentes, e pode ser controlada remotamente por um operador ou então via GPS. A propulsão fica a cargo de um motor Cummins de 4,5 litros de capacidade e 163 cv de potência. Um conjunto de menor peso a circular nas parcelas e com menor consumo associado é a fórmula avançada pelo inventor desta solução. A Dot comunica ainda que vai disponibilizar a plataforma a diferentes fabricantes de alfaias, para que estes possam desenvolver modelos Dot Ready, ou seja, modelos com sistema de engate compatível.



TECNOLOGIA

ALTERNATIVAS À PROPULSÃO A DIESEL Os motores a gasóleo detêm o monopólio no setor das máquinas agrícolas. Mas num futuro não muito distante, é possível que se comecem a afirmar diferentes soluções. Nas últimas semanas surgiram duas notícias que apontam possíveis caminhos: combustíveis sintéticos que poderão vir a substituir o gasóleo nos motores que foram originalmente projetados para consumirem este combustível, e motores a gás metano, desenvolvidos propositadamente para serem usados no setor agrícola. Tudo leva a crer que o gasóleo venha a ceder gradualmente o lugar, não a uma outra fonte de energia mas, a diferentes fontes de energia.

A miragem dos combustíveis sintéticos BOSCH Todo o ‘ferro’ com propulsão própria que as explorações agrícolas têm debaixo dos seus telheiros possuem motores diesel. Hoje estão a ser feitos esforços para desenvolver um combustível sintético, com preço viável, para tornar neutra a pegada destes motores em termos de emissões de CO2. A indústria das máquinas agrícolas tem sido uma das mais pressionadas para adotar sistemas menos poluentes nos seus motores de combustão, o que tem representado custos acrescidos tanto para as marcas como para os

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clientes. O mesmo acontece no setor automóvel, que no entanto se tem deslocado mais rapidamente para formas alternativas de propulsão, seja através de soluções híbridas (motor de combustão + motor

elétrico), seja através de soluções 100% elétricas. Nas máquinas agrícolas, a propulsão 100% elétrica pode não ser tão exequível como nos automóveis, sobretudo por serem máquinas essencialmente de tração, nas quais as oportunidades para carregamento de energia por inércia tendem a ser menores. Há marcas a pensarem no modo elétrico de propulsão para tratores, desde logo a John Deere, cujo projeto SESAM deu origem a um protótipo 100% elétrico. Com 174 cv de potência (130 kW), tem autonomia para trabalhar ao longo de 4 horas em tarefas mistas, ou para percorrer 55 km em trabalho de transporte. No entanto, é um protótipo e não é ainda claro qual o caminho que irá ser feito em termos de produtos preparados para chegar ao cliente final. Além do mais, todo o ‘ferro’ com propulsão própria que as explorações agrícolas têm debaixo dos seus telheiros possuem motores diesel e continuará a ser assim por muitos e bons anos. O ideal seria poder continuar a usar estes equipamentos até

ao final do seu ciclo de vida útil, mesmo que isso implicasse algum tipo de adaptação dos motores, sem termos de enfrentar alguma imposição legislativa que limite ou proíba a sua utilização. E essa possibilidade de limitação parece que já esteve mais longe de acontecer, a ver pelos exemplos do setor automóvel, em que várias cidades europeias limitam ou proíbem a circulação dos veículos mais poluentes. Recentemente, a Bosch difundiu uma notícia que a este nível pode ser esperançosa, ao comunicar que o alcance das metas ambientais apela a outras soluções a acrescentar à propulsão elétrica. E isso pode passar pelo desenvolvimento de combustíveis sintéticos – também conhecidos como eFuel –, que substituam a gasolina e o gasóleo e sejam neutrais em termos de emissões de dióxido de carbono (CO2). A companhia afirma que, atualmente, de um ponto de vista técnico é possível produzir este tipo de combustíveis, embora o processo seja um pouco complexo, o que torna o seu preço por litro


TECNOLOGIA

desinteressante para já. O eFuel é produzido através de uma combinação de hidrogénio, que é extraído da água, e CO2, que pode ser captado de unidades industriais ou da atmosfera. A Bosch prevê que a longo prazo o preço por litro do eFuel, sem impostos associados, se possa situar entre 1 e 1,4 euros. Uma das entidades que está a apoiar o desenvolvimento do eFuel é o ministério dos assuntos económicos e da energia da Alemanha. Ainda não sabemos se esta é verdadeiramente uma solução que vai chegar ao

mercado e, às nossas mãos como utilizadores. Mas ao menos é bom sabermos que há entidades a canalizar recursos financeiros e humanos para encontrar alternativas viáveis aos atuais combustíveis fósseis que hoje fazem mover o ‘ferro’ com que trabalhamos, alternativas essas que permitam deixar para trás uma menor pegada ecológica, e não obriguem a fazer uma conversão para outras formas de propulsão que envolvam custos proibitivos, sobretudo se essa conversão tivesse de ser feita de forma demasiado repentina.

Mais um passo em direção ao gás metano NEW HOLLAND Além da eletricidade e dos combustíveis sintéticos, uma alternativa que os fabricantes têm vindo a considerar são os motores de combustão a gás metano. Em agosto, a New Holland apresentou uma nova geração do seu protótipo de trator impulsionado por este combustível. Ao longo da última década, marcas como a Valtra, a DeutzFahr e a New Holland têm canalizado recursos para que os seus departamentos de I&D tornem exequível o consumo de gás metano em tratores, como alternativa ao gasóleo. A New Holland acaba de fazer a apresentação da sua mais recente geração de um protótipo de trator movido a gás metano. Mas este percurso não começa agora. Começou há alguns anos em La Bellotta, uma exploração

italiana onde a marca teve em funcionamento o chamado New Holland NH2, o primeiro trator a hidrogénio. E continuou com a apresentação do T6.180 Methane Power, com autonomia para meio dia de trabalho, e parte dos depósitos de gás integrados nos pilares traseiros da cabine. Esta terceira geração demarcase por os depósitos estarem colocados em redor do chassis. Mas o avanço mais substancial a reter é que a autonomia anunciada é de um dia inteiro de trabalho.

Em conferência de imprensa, Sean Lennon, Diretor da Linha de Tratores da marca referiu: “O motor, que representa um avanço tecnológico significativo, foi desenvolvido pela FPT especificamente para utilização agrícola. Graças a esta tecnologia, em que a FPT já trabalha desde 1995, o motor desenvolve hoje a mesma potência e binário, a mesma durabilidade e os mesmos intervalos de manutenção que um motor diesel equivalente”. Recordese que se trata de um FPT NEF de 6 cilindros, que fornece 180 cv de potência e 740 Nm. Sean Lennon disse ainda que em condições normais de campo, o trator a metano produz menos 10% de CO2 e menos 80% de emissões, e que os custos de funcionamento que lhe estão associados representam uma poupança total de 30% comparativamente com o diesel. “É mais silencioso e o pode fazer tudo o que um trator a diesel faz”, rematou. Por ocasião da apresentação, também Carlo Lambro, o Presidente da New Holland Agriculture, falou aos jornalistas.

Começou por esclarecer que os tratores foram testados em diferentes climas e em diferentes condições de trabalho, em particular na América do Sul e na Europa. “Tenho orgulho em dizer-vos que estamos prontos para dar início à produção do trator movido a metano dentro de três anos. Com certeza que não vemos isto como o fim do caminho, porque estamos sempre a procurar o próximo passo do nosso percurso em direção a uma agricultura mais sustentável”, acrescentou. “Com estes tratores é possível ser neutral a nível de emissões de carbono ao usar biometano em vez de metano”, combustível que pode ser produzido nas explorações agrícolas com base no aproveitamento de esterco ou biomassa proveniente dos resíduos das culturas. Agora que a autonomia alcançada é já interessante, esta pode vir a ser uma alternativa viável, sobretudo para a explorações que tenham dimensão para instalar um digestor onde produzam o seu próprio gás metano.

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INCÊNDIOS FLORESTAIS

Quatro meses de infâmia, um país em comoção e um ano para acertar o passo

por CARLOS BRANCO

Os incêndios florestais voltaram a bater à porta do meio rural português, primeiro quando ainda não eram esperados, depois quando já não eram expectáveis, e as perdas foram imensas. Enterraram-se os mortos, cuidam-se ainda dos feridos, há palavras de conforto e solidariedade, mas a dor de quem tudo perdeu perdurará por muito tempo no coração do deprimido país.

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FLORESTA

S

erá quase impossível reter os mais jovens no meio que os viu crescer, pois onde sonharam e brincaram, entre o verde e o silvestre, agora apenas existe um deserto de terra queimada. Os relatórios apontam erros e incúrias, mas chegada a hora, novamente, de reerguer as casas e empresas e replantar as florestas a opinião pública exige que políticos e técnicos exerçam o seu magistério com sageza e as melhores práticas para uma reforma que há muito é um imperativo. Que informem e formem. Que se previnam e não apenas reajam. Os incêndios já consumiram este ano mais de 418 mil hectares de espaços florestais, o que equivale a 4,5% da área de Portugal, tendo provocado a morte de 115 pessoas e ferimentos em mais de 300, maioritariamente nos grandes sinistros de Pedrógão Grande (Leiria), entre 17 de 24 de Junho, e em dezenas de concelhos do litoral e dos pinhais interiores do Centro e Norte, em 15 de Outubro. Demasiadas perdas para um país que ficou em comoção durante os quatro meses que durou a infâmia. Segundo o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), 2017 já é considerado o segundo pior ano de sempre em área ardida depois de 2003. Urge repensar para melhor prevenir e atuar, urge adaptar as práticas e os meios aos tempos modernos, sintetizou o Chefe de Estado durante uma das muitas

visitas que tem efectuado às zonas e às populações mais afectadas pelo flagelo. Marcelo Rebelo de Sousa apoiou-se nos testemunhos que foi recolhendo entre os que viveram e combateram o inferno, e muito particularmente no relatório da Comissão Técnica Independente (CTI), constituída sob a égide da Assembleia da República. O documento, produzido em 90 dias, analisa e apura os factos ocorridos nos incêndios de Pedrógão Grande, Castanheira de Pera, Ansião, Alvaiázere, Figueiró dos Vinhos, Arganil, Góis, Penela, Pampilhosa da Serra, Oleiros e Sertã, entre 17 e 24 de junho. Foi o pontapé de saída para as pretendidas reformas da floresta e da proteção civil. A mesma CTI já foi convidada para fazer o mesmo a respeito dos incêndios de Outubro.

No imediato, e por Mais que o apuramento dos decisão ministerial, serão factos, o relatório de peritos e substituídas as linhas aéreas académicos elencou um sem de telecomunicações por número de recomendações. infraestruturas subterrâneas Cabe agora ao Governo atuar, e durante o ano de 2018 redirigir esforços, meios e proceder-se-á à limpeza e à afetar recursos do Orçamento gestão de combustível nas de Estado. A réplica incendiária rodovias e ferrovias. Um dos pinhais do Centro e Norte, sistema de informação cadastral igualmente nefasta e de idêntica simplificada dos prédios gravidade, quatro meses após rústicos e mistos entrou já em os incêndios de Pedrógão, teve fase-piloto em uma dezena de como primeira consequência concelhos do Centro e Norte, direta (e política), um pedido de desculpas do primeiro-ministro, o afastamento da ministra da Administração Interna e quase em simultâneo a exoneração do presidente da Autoridade Nacional de Proteção Civil. Pelo (fogachos <1ha + grandes incêndios florestais >100ha) meio já se tinha demitido o comandante operacional PORTO – 4244 daquele serviço. BRAGA – 1716 VISEU – 1644 VILA REAL – 1365 AVEIRO – 1337

Maior número de ocorrências por distrito

Área ardida Portugal Continental 418.087

ha

4,5% da área do país (de 01/01 a 16/10)

Piores anos de sempre 2017

418,087 ha

2013

152,759 ha

2010 2005

133,090ha

2003

425,839 ha

248.515 ha povoamentos

339,089 ha

169.572 ha

mato

Perdas... humanas

110 mortos; 320 feridos

sociais fonte: ICNF – 9º relatório provisório de Incêndios florestais 2017 - 01 Janeiro a 16 de Outubro de 2017

1135 alojamentos (habitação principal), parcial ou totalmente destruídos; 500 empresas parcial ou totalmente destruídas ABOLSAMIA dezembro 2017 / fevereiro 2018

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FLORESTA

durante um ano e de forma gratuita. Capoulas Santos, ministro da Agricultura, disse em entrevista ao Diário de Notícias, no início de Novembro, que tal procedimento visa identificar o que não tem dono. “No que assim for identificado, o Estado vai assumir a posse administrativa”, disse o governante. “Sem se saber o que existe ou quantos proprietários existem, não é possível organizar o território”, sustenta, a propósito, Luciano Lourenço, diretor do Núcleo de Investigação de Incêndios Florestais da Universidade de Coimbra, citado pela agência Lusa. Mas para aquele investigador, tal cadastro de pouco ou nada valerá “se não for acompanhado de outras ações, como o emparcelamento [união de proprietários e agregação de terras, cedência da exploração de terras, do arrendamento ou da venda de propriedades], medida indispensável para que seja possível tirar rendimento da floresta, mesmo quando dividida por múltiplas parcelas.” Para aquele académico, os pastores precisam de fazer queimadas, “mas para além de as proibir em determinadas épocas e condições, é preciso sensibilizá-los para a importância de procederem de acordo com determinadas regras e apoios. Quero acreditar que desta vez a reforma da floresta vai ser feita”, diz Luciano Lourenço.

“Sem se saber o que existe ou quantos proprietários existem, não é possível organizar o território.” 84

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URGÊNCIA DE MISSÕES As recomendações expressas no relatório da CTI precipitaram a realização de um Conselho de Ministros extraordinário em 21 de Outubro, no qual foi anunciada a celeridade do processo indemnizatório a familiares e herdeiros das vítimas, mas também aos feridos graves pelos incêndios através de procedimento extrajudicial, para a reconstrução de habitação e empresas, bem assim como as compensações financeiras aos agricultores lesados e a abertura de linhas de crédito a fundo perdido, mediante concurso (PDR2020), para a medida de Reposição de Potencial Produtivo. Foram igualmente priorizadas a criação da Unidade de Missão para a Instalação do Sistema Integrado de Fogos Rurais, e da Agência para a Gestão Integrada de Fogos (AGIF), uma e outra, respectivamente na dependência direta do primeiro-ministro e da Presidência do Conselho de Ministros. O Governo deu de imediato posse a Tiago Martins Oliveira, engenheiro florestal e sapador florestal, com anterior ligação à indústria papeleira, e ao novo presidente da ANPC, tenente-general Mourato Nunes, antigo comandante-geral da GNR. Ambos têm 12 meses para apresentar resultados, e o técnico florestal não perdeu tempo para começar a trabalhar com a classe política dirigente. Foi em meados de Novembro, em São Bento, que juntou o chefe do Governo, o seu Adjunto, os responsáveis pela Agricultura, Ambiente e Administração Interna e o secretário da Defesa. Convidou para a palestra dois especialistas norte-americanos – um deles, Mark Beighley, antigo dirigente dos Serviços Florestais do EUA, e que em 2009 previra, para o prazo de uma década, um desfecho catastrófico para a floresta portuguesa -, um alemão e três espanhóis responsáveis pela defesa da floresta contra incêndios das regiões de Madrid, Galiza e Andaluzia. Têm sido muitas e variadas, ainda

que por vezes vagas, as medidas anunciadas nos últimos dois meses, ora no Parlamento, em sede de debate de especialidade do Orçamento de Estado para 2018, ora por resoluções do Conselho de Ministros. Uma delas foi veiculada no Parlamento pelo ministro Adjunto, Siza Vieira – que tutela a Unidade de Missão de Valorização do Interior -, ao referir-se, sem grandes detalhes, a instrumentos que o Governo poderá utilizar para combater a desertificação do interior, como incentivos fiscais para pessoas e empresas, passando pela deslocalização de serviços públicos, ou a revisão de portagens nas vias rodoviárias do interior.

O que aconteceu tem raízes em anos de incúria e abandono, negligência, esquecimento, incumprimento da lei, inépcia, falta de meios, desconhecimento e impreparação.

TRAVÃO AO EUCALIPTO Na mesma sede, o ministro da Agricultura anunciou que vai ser criada, no próximo ano, uma empresa pública para a gestão da floresta, especificando que terá como objetivo arrendar ou comprar terras, sobretudo na pequena propriedade, para ganhar dimensão e criar uma entidade de gestão florestal. Capoulas Santos revelou também já terem entrado, até meio de Novembro, dez mil candidaturas a indemnizações de agricultores afetados pelos incêndios. Já ao Conselho de Ministros coube, em meados de Novembro, aprovar um regime transitório que interdita a plantação de eucalipto em áreas ardidas e que anteriormente eram

ocupadas por outras espécies. Aos militares caberá também um importante papel no futuro do plano de prevenção e combate, acima de tudo à Força Aérea, que passará a gerir a operação de combate aos incêndios florestais já a partir de 2018 – tarefa até agora confiada à Proteção Civil -, com os seus próprios meios, mais os meios do Estado, cabendo-lhe também a gestão dos contratos de meios aéreos privados. Os militares acatam a decisão política, mas não sabem ainda como e com que meios. Os novos aviões de transporte (apetrechados para combate a incêndios) e novos helicópteros ligeiros prevê-se que estejam

DISTRITOS MAIS AFETADOS* Coimbra – 104.744 ha Castelo Branco – 52.718 ha Viseu – 51.929 ha

FREGUESIAS MAIS AFETADAS* Vilarinho (Lousã, Coimbra) – 43.941 ha Travanca de Lagos (Oliveira Hospital, Coimbra) – 43.191 ha Fajão (Pampilhosa da Serra, Coimbra) – 30.142 ha Várzea dos Cavaleiros (Sertã, Castelo Branco) – 29.758 ha Pedrógão Grande (Pedrógão Grande, Leiria) – 27.364 ha

* em área ardida


operacionais apenas em 2019. Também o efectivo do Grupo de Intervenção de Proteção e Socorro da GNR será quase duplicado em 2018, tal como o corpo de guardas florestais, elementos que há dez anos transitaram do ICNF para o Serviço de Proteção da Natureza. Foi também no debate parlamentar respeitante ao Orçamento de Estado para 2018 que o ministro da Administração Interna revelou que há 43 milhões de euros para investir em 68 quartéis de bombeiros e em dezenas de novas viaturas, da mesma forma que será aberta nova discussão com a Liga de Bombeiros a respeito do financiamento das associações humanitárias (bombeiros voluntários). A reforma do sistema de combate a incêndios preconizada pela CTI antecipa uma mudança no

regime da carreira dos bombeiros, com o anúncio, pelo Governo, da criação de núcleos de bombeiros profissionais em todos os 308 municípios, com prioridade para as autarquias onde há mais risco de incêndio. Com esta medida, o executivo pretende reforçar a profissionalização no combate aos fogos, sem descartar a ajuda prestada pela rede de bombeiros voluntários, que conta com cerca de 9 mil operacionais. E foi também o próprio primeiroministro a anunciar que o Estado se tornará acionista da empresa de comunicações de emergência SIRESP, alvo de muitas críticas durante a fase mais aguda dos incêndios devido a frequentes colapsos de operação, uma das lacunas do sistema de defesa apontadas pela CTI.

INCÊNDIOS EM ÁREAS PROTEGIDAS* PN Serra da Estrela – 20.116 ha (22,6% da área total) PN Douro Internacional – 7.392 ha (8,5%) PN Serra da Gardunha – 5.510 ha (52,4%) PN Vale do Tua – 1.265 ha (5,1%) Monumento Natural Portas de Ródão – 693 ha (71,8%)

INCÊNDIOS EM REGIME FLORESTAL* Mata Nacional de Leiria – 8.834 ha (80% da área total) Mata Nacional das Dunas de Quiaios – 3.395 ha (56%) Perímetro Florestal da Serra da Estrela – núcleo de Gouveia – 3.268 ha (46%) Perímetro Florestal das Dunas e Pinhais de Mira – 3.205 ha (60%) Mata Nacional do Urso – 3.139 ha (51%)

* em área ardida

DA CASUALIDADE AOS ERROS As investigações da PJ e GNR que conduziram à produção do relatório da CTI, no tocante à ignição dos incêndios de Pedrógão e Góis, apontam para a casualidade de descargas eléctricas mediadas pela rede de distribuição de energia e por queda de raios em zonas arbóreas mortas, propiciados por trovoadas secas geradas por condições atmosféricas de grande instabilidade. Correntes de ar descendentes, por vezes com rajadas, contribuíram para a propagação rápida dos incêndios.

O que aconteceu de seguida tem raízes em anos de incúria e abandono, negligência, esquecimento, incumprimento da lei, inépcia, falta de meios, desconhecimento e impreparação. A começar pelo território, desertificado, com aglomerados populacionais muito dispersos, na maioria formados por habitantes idosos e reformados. Elevadas cargas de combustível acumulado nos solos, faixas de proteção em redor do edificado e rodovias não limpas, contrariando a lei, e um ABOLSAMIA dezembro 2017 / fevereiro 2018

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estrato arbustivo (dominado por espécies altamente inflamáveis – tojos, urzes, carqueja) de densidade excessiva de pés, que foram pasto fácil para as chamas. Também os postos de vigia não estavam ativos, e sem pré-posicionamento de meios de combate ou vigilância móvel (à exceção dos sapadores), o combate inicial foi ineficaz. As comunicações falharam, a rede eléctrica colapsou, a cadeia de comando também falhou, os bombeiros de reforço desconheciam as zonas, as forças policiais não conseguiram acorrer a todos os locais à medida que o raio dos incêndios aumentava à velocidade de 15km/h. Enquanto a estrutura de missão prepara as reformas de fundo de prevenção e combate aos fogos florestais e a rede de defesa de populações e bens já foi emitido um despacho governamental que estabelece 15 de março como data limite para os proprietários limparem vegetação facilmente consumível pelo fogo. E se os privados não o fizerem essa responsabilidade será transmitida às autarquias, que o terão que fazer até finais de maio. Em suma, as áreas envolventes às casas isoladas, aldeias e estradas terão que ser limpas de vegetação, casos dos eucaliptos, pinheiros, giestas e acácias. “Aproximar a prevenção do combate” para “fazer prevalecer nas populações um sentimento e uma cultura de segurança que não tem havido até hoje”, referiu o secretário de Estado da Proteção Civil, José Artur Neves, durante o debate na especialidade da proposta de Orçamento de Estado para 2018. O governante adiantou que “uma listagem” para que “todos saibam o que têm de limpar” e que terá a preocupação de manter “as espécies autóctones, como carvalhos ou castanheiros”, uma operação que irá “obrigar a uma grande publicitação” e ao “acompanhamento permanente de vários agentes”. “Caso alguns proprietários, por desconhecimento ou algum laxismo, não o façam, entrarão os municípios a desenvolver esse trabalho de modo a que, no final de maio próximo, tenhamos tudo seguro, as aldeias, os espaços verdes, as estradas, as matas e os corredores dos gasodutos”, precisou o secretário de Estado.

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Produtores florestais

DESMOTIVADOS PELA BAIXA EXECUÇÃO DO PDR2020 por CARLOS BRANCO e JOÃO SOBRAL

A ausência de respostas, a lentidão do processo de decisão, e a falta de conhecimento da realidade no terreno pelas entidades governamentais são críticas apontadas por algumas das associações de produtores florestais contactados por Abolsamia a respeito da relação com o Estado e as dificuldades que têm sentido nas candidaturas de projetos no âmbito do PDR2020.

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meio do Programa, a situação agudizase quando se aponta o que se diz ser a falta de isenção dos técnicos e de equidade perante as candidaturas e os critérios exigidos para a aprovação das mesmas. No fundo, as queixas convergem para um generalizado consenso: o dinheiro não chega aos produtores, ou chega tarde, o que gera uma grande desmotivação. O uso florestal do solo no território continental português, ainda que venha a diminuir, à cadência de 0,3% ao ano, entre 1995 e 2010 – muito menos que o uso agrícola, com uma quebra de 12% -, mantém-se dominante (35,4%) face às outras ocupações das áreas mais significativas, matos e pastagens (32%), agricultura (34%) e urbanas (5%). Os dados referem-se ao período 1995-2010 e estão expressos no mais recente Inventário Florestal Nacional, datado de Fevereiro de 2013 e da responsabilidade do ICNF. O mesmo documento especifica que a propriedade florestal é maioritariamente privada, com 2,8 milhões de ha, ou seja,


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84,2% da área total detida por pequenos proprietários de cariz familiar, dos quais 6,5% são pertencentes a empresas industriais. As áreas públicas correspondem a 15,8% do total, e apenas 2% (a menor percentagem da Europa) são do domínio privado do Estado. Os dados são de tal forma importantes que o Instituto Nacional de Estatística estima em 2% do PIB (2,9 mil milhões de euros) o contributo da floresta para a economia nacional, totalizando 5,6% das exportações e capaz de gerar 12 mil postos de trabalho diretos. Expostas estas grandezas e conhecidos os prejuízos humanos e materiais decorrentes dos grandes incêndios entre junho e outubro, o Estado precipitou uma nova reforma das florestas, que está organizada em três grandes áreas: ordenamento do território; combate aos incêndios e defesa das populações; titularidade das terras. Dados deste ano apontam para uma taxa de execução dos programas do PDR2020 destinados ao sector florestal na ordem dos 16,5%, considerando o montante global de 569,65 milhões de euros que lhe está destinado. Há inúmeros projetos entregues que aguardam aprovação, ou que não foram contemplados. “Os fundos demoram a chegar ao proprietário, uma vez que as respostas aos apoios solicitadas são demoradas. A execução está a ser lenta e tudo se atrasa”, considera Rute Santos, engenheira florestal e coordenadora técnica na APAS Floresta, cuja área de intervenção, na região Oeste, abrange 23 concelhos.

DESMOTIVAÇÃO “Existem candidaturas submetidas desde março de 2016 sem resposta, desmotivando os proprietários na manutenção da gestão dos espaços florestais, na reflorestação ou florestação das suas propriedades com a instalação de povoamentos em melhores condições. Existem medidas de fevereiro de 2016 que há cerca de dois meses vieram com decisão de não aprovação por falta de dotação orçamental”, concretiza Rute Santos. Para a engenheira florestal Conceição Silva, coordenadora do departamento técnico da APFC (concelhos de Coruche e limítrofes, com 448 associados e representando mais de 215 mil ha), a ausência de conhecimento do que se passa na floresta é a principal dificuldade na relação com o Estado. “Algumas das medidas e decisões estão desajustadas das realidades que existem no país e são altamente condicionadoras da atividade florestal”, justifica, para depois assinalar: “Candidaturas submetidas em 2014 (por exemplo, na medida 2.3.1) foram aprovadas em 2017, na medida 8.1.3. E destinavam-se a combater pragas e doenças e a realizar intervenções de prevenção de fogos florestais, portanto deveriam ser prioritárias em termos de decisão.” Mais um exemplo: “Dado que a principal área de atuação da APFC se encontra enquadrada em ZIF, existindo também diversos produtores florestais certificados, a pontuação global dos projetos tem conduzido à aprovação da maioria deles. A situação tornase mais difícil quando estas duas condições não se encontram reunidas (ZIF + Certificação da Gestão Florestal). Criaram parâmetros que foram direcionados para um grupo de proprietários que já tinham as propriedades com certificação

florestal, excluindo todos os outros, de certa maneira, as propriedades mais pequenas.” Críticas, na mesma orientação, levantam-se no Alentejo, em Santiago do Cacém. Para o

O QUE FAZER...

“O dinheiro não chega aos produtores, ou chega tarde, o que gera uma grande desmotivação.”

Engenheiro Jaime Guimas, da direção da ASFOALA, “as maiores dificuldades advêm da interpretação das normas internas que as DRAP usam, talvez por falta de informação ou formação, e a forma pouco

REDUZIR A MATÉRIA COMBUSTÍVEL FAZ PARTE DA ROTINA DE GESTÃO Na gestão de uma exploração é normal que a limpeza destinada a controlar a vegetação espontânea se faça por etapas, o que significa que dificilmente as propriedades estarão, durante todo o tempo, libertas de alguma carga de biomassa no subcoberto dos arvoredos. Partindo deste pressuposto, é no entanto crucial que todos os anos, no final da primavera, se proceda à abertura de aceiros, sempre que possível ao longo das extremidades da propriedade e/ou em faixas no seu interior, de acordo com o que a topografia do terreno e a disposição das árvores permitam. Estas operações, que têm em vista manter a propriedade com baixa carga de matéria combustível e com linhas de contenção corta-fogo – e que podem por exemplo prever a remoção de sobras de cortes ou desramas –, não devem ser encaradas como um custo. Estes trabalhos têm de ser encarados como um investimento associado à gestão rotineira do negócio. Quando estes trabalhos não são executados no âmbito de um plano de gestão subsidiado, e o produtor tem de recorrer à contratação de serviços, é útil que faça um planeamento antecipado das operações a realizar e dos encargos que lhe estão associados. Uma ferramenta útil para fazer esse planeamento é a tabela de preços de referência publicada regularmente pelo CAOF e que se encontra disponível online. É necessário ter em conta que a hora de pôr mãos à obra é a partir de agora. É no inverno e na primavera que se faz todo o trabalho de preparação com vista a enfrentar, com menores riscos, a severidade do verão.

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FLORESTA

isenta dos seus técnicos, com tendência para complicar os que não são amigos. Não há relacionamento com o Estado, nem com os associados, nem com as associações, por serem associações.” Enquanto esperam (ou desesperam) por apoios, que fazem estas associações? Que instrumentos têm à disposição para realizarem uma gestão mais profissional e eficiente das propriedades? “Fazemos planos de gestão florestal, orientando o produtor para uma gestão mais adequada à sua realidade; rearborizamos e planeamos intervenções pontuais com as melhores técnicas, com a utilização de plantas, adubos e períodos adequados. A APAS Floresta conta com um grupo de certificação e está envolvida num processo de certificação regional; apostamos na formação dos produtores e proprietários florestais, promovendo ações

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de informação sobre boas práticas florestais”, explica Rute Santos. Pela APFC, Conceição Silva enfatiza a importância que as associações florestais têm, elas próprias um dos principais instrumentos de gestão, apoiadas em planos a diferentes escalas, sejam privados, no caso das propriedades de maior dimensão, sejam as ZIF, nas de menor dimensão, que dispensam o seu próprio plano. “As áreas agrupadas são um instrumento cada vez menos utilizado, pelo menos nesta região”, justificou. A direção da ASFOALA explica que, de forma isolada, são criados Planos de Gestão Florestal, ou as ZIF se em associação com outros produtores.

EUCALIPTO: SIM OU NÃO? O eucalipto é a espécie que ocupa a principal mancha

florestal do Continente (812 mil ha), seguida do sobreiro (737 mil ha) e do pinheiro-bravo (714 mil ha). Sobre os malefícios que lhe têm sido apontados, estas associações desmistificam tais receios: “Não concordamos com a ideia generalizada. Tal como qualquer espécie tem os seus prós e contras, mas desde que gerida de forma sustentável, respeitando os recursos naturais, associada a intervenções com recurso a boas práticas florestais, os malefícios são reduzidos”, sintetiza a representante da APAS. “Muitos dos dogmas associados ao eucalipto, que se mantêm até hoje, decorrem de más práticas de instalação, más práticas culturais e arborizações em solos de fraca aptidão para a espécie. Não faz sentido que passados 165 anos da introdução da espécie em Portugal se prossiga com os mesmos receios”, resume a engenheira da APFC, exemplificando algumas das

“Os problemas da nossa floresta já foram identificados há muito tempo. Pôr em prática as medidas existentes e aprovadas, ajustando-as às várias realidades do nosso país, é a grande dificuldade.” Rute Santos, APAS Floresta


melhores práticas: “Reduzindo a intensidade de mobilização dos solos na preparação para instalação; reconvertendo sem remoção dos cepos (destruição no local); diminuindo a densidade por hectare, o que diminui também a evapotranspiração e possibilita a instalação de sob coberto (900 a 1200 arv/ha); mantendo as entrelinhas de plantação com vegetação espontânea (não mobilizadas); garantindo uma rede viária e divisional eficiente.” “Os malefícios do eucalipto só existem se não for cumprida a legislação”, defende a ASFOALA. Para as três associações, os caminhos a seguir, tidos como medidas prioritárias, para evitar, ao máximo, novas tragédias, passam, necessariamente, pela aposta na prevenção e

ordenamento florestal, bem como na aplicação da legislação existente. “Os problemas da nossa floresta já foram identificados há muito tempo”, advoga a APAS. “Prevenção, educação e sensibilização; aproveitamento da capacidade da engenharia para apoio à prevenção e combate; criação de estrutura dedicada à defesa da floresta; reforço da fiscalização e monitorização efetiva do território; revisão do regime de financiamento das ZIF”, sublinha a APFC. Para os produtores associados do Baixo Alentejo, será necessário “planeamento de forma a manter as infraestruturas com capacidade de uso”, o que passa por conservar os caminhos transitáveis, por ter charcas e barragens que sirvam de apoio nas proximidades, e por abrir linhas de descontinuidade.

BOAS PRÁTICAS DE MECANIZAÇÃO As boas práticas apontam para que na generalidade das operações de limpeza, à exceção da construção de aceiros, o trabalho seja feito sem mobilização do solo ou então apenas com mobilização superficial. No primeiro caso podem ser usadas as alfaias corta-mato de facas ou correntes, ou ainda as motoroçadoras. Para limpeza com mobilização mínima deve ser usado o destroçador. Estes métodos, que devem ser escolhidos para as zonas mais declivosas, para conter a erosão do solo, são igualmente vantajosos nas zonas sem declive por preservarem as raízes superficiais das árvores, nomeadamente nas áreas de montado. São desaconselhadas as limpezas feitas com bulldozer à lâmina.

À exceção dos trabalhos que visem, por exemplo, a reconversão após corte raso, são também desaconselhadas as intervenções com grades pesadas que façam mobilização profunda. É recomendado, sempre que possível, o uso de máquinas ligeiras para fazer a manutenção com o mínimo possível de estragos associados. São estas máquinas – tratores de rodas ou de rastos com potência em redor dos 100 cv ou inferior, ou minicarregadoras com destroçador – que melhor permitem selecionar as pequenas árvores que surgem através de regeneração natural. O uso de máquinas mais potentes deve ficar reservado às intervenções em que o seu emprego é indispensável, como as limpezas com destroçador, por implicarem uma mais alta disponibilidade de potência.

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Regiões BRAGA

USADOS: Tratores: Fiat 540 (revisionado) • Agrifull Jolly 50 • Same Delfino 35 DT (revisionado) • Motocultivadores: Bertolini MTC 318 • Goldoni c/ reboque tracção • Valpadana c/ alfaias

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+ Usados no Microsite USADOS: Tratores: Kubota B2410 DT (2003) c/ direcção Assistida e 3 cilindros • Yanmar YM-1610 DT c/ PowerShift e caixa 4x4 (sem matrícula) • Gadanheira de discos Kuhn GMD33 c/ 3 discos e 1,20 mt • Motocultivador SEP c/ fresa, motor a gasolina e arranque manual • Motogadanheira BCS c/ 1,15 mt, motor a gasolina e arranque manual

USADOS: Tratores: John Deere 1950 DT • Massey Ferguson 240 • Pasquali 441 DT • Shibaura ST445 DT • Biotriturador Green Technik CIP1500

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Usados: Tratores: Deutz-Fahr 4007 (1981) c/ carregador frontal Agriduarte M2 • Deutz-Fahr 4007 • Deutz-Fahr 4507 • Ford 1910 • Ford Super Dexta 3000 • New Holland TS110A (2006) c/ cabina • Valtra A75 c/ cab. (2007)

USADOS: Trator Renault 70 • Charruas: (2x) Vogel & Noot 3F • Fresa Agrovil 1.80 m • Rototerra Maschio 2,50 mts

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BRAGA • VILA REAL • BRAGANÇA Regiões

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USADOS: Tratores: John Deere 6130 (2009) c/ 5700 horas, carregador frontal Manip MP’95A • Kubota M7060 (2015) - €24.800 • Kubota M130X (2010) - €35.000 • Landini Trekker 85 (rastos) • Massey Ferguson 135 - €5.500 • Massey Ferguson 3050 (1993) • Massey Ferguson 355 • Massey Ferguson 362 DT (1995) • Massey Ferguson 5455 (2004) - €29.500 • New Holland TN 55 (2000) c/ 3200 horas • New Holland TN55D (2002) + Usados no Microsite

USADOS: Tratores: Ford 2600 • Ford 3910 • New Holland 70-56 DT (1998) • New Holland 70-66 • New Holland 80-66 DT (2001) • New Holland T4.75 Powerstar (2016) • New Holland T4020V (2011) • New Holland TCE50 • New Holland TK65F (rastos) • New Holland TK65V (rastos) • New Holland TL80 • New Holland TL100A c/ cab. • New Holland TL90 • New Holland TN65 • Same Krypton 105 (rastos) • Same Solaris 35 • Valmet 4100

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Regiões BRAGANÇA • PORTO

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PORTO • AVEIRO Regiões

Tractor usado: Landini Powerfarm75 • Vasto stock de alfaias agrícolas usadas em muito bom estado • Contacte-nos antes de comprar

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USADOS • Tractor Massey Ferguson 1529 c/ 30 horas • Cisterna Joper 6000 L c/ equipamento Garda


Regiões AVEIRO • VISEU • GUARDA

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GUARDA • COIMBRA Regiões

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USADOS: Tractores: TYM T273 DT (2008) c/ carregador frontal + balde + porta paletes e fresa c/ abre regos 1.30 mts • Same Frutteto 75 DT (1998) • Same Corsaro DT (1984) • Empilhador Nissan TX420

Tractores usados: Fiat 780 • Ford 6600 • Iseki 4270 DT • Same Delfino 35 • Same Titan 160 DT • Zetor 6211

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Regiões COIMBRA • CASTELO BRANCO • LEIRIA

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Usados: Tratores: Agria 8845 DT • Ford 1710 • Ford 4000 • Hinomoto E2304 • Hürlimann XT909 (2001) c/ grua Costa 2500 • Massey Ferguson 4270 (2001) c/ grua Costa G3000 • Shibaura SE2540 DT • Reboque agrícola Herculano SIE USADOS: Tratores: Goldoni Star 55 • John Deere 5500N • Kubota L2050 • Landini Mistral 40 c/ 300 h. • Massey Ferguson 1260 • New Holland 1720 SSS • New Holland TD3.50 • New Holland TD4.80F • Same Solaris 55 (2008) • Shibaura M330

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LEIRIA • SANTARÉM Regiões

USADOS: Tratores: Agria 9000 - €5.500 • Antonio Carraro 3200 c/ direção hidraulica - €5.000 • BCS Volcan 750SDT (2011) c/ 1200 horas - €17.500 • Case IH 2140 DT - €9.500 • John Deere 1445F €10.000 • Massey Ferguson 1030 DT (1989) c/ direcção hidráulica e pneus novos - €7.750 • Mitsubishi 270 (1997) - €8.500 • New Holland TC21 (2004) - €8.000 • New Holland TN95FA c/ cab. (2007) - €22.000 • Same Dorado 60 (1997) - €13.500 • Espalhador de estrume Herculano H4R5 - €1.500 (necessita reparação) • Plantador de arvores - €2.500 • Rototerra Maschio Drago DC3000 (2000) c/ rolo Packer - €3.500

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Usados: Ceifeira debulhadora Laverda 3400 c/ 4200 horas e cab A/C • Semeador Monosem NG Plus (2015) c/ 6 linhas, 3 metros de transporte com abertura hidráulica e depósito do adubo 1000 litros

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USADOS: Abre valas Galucho vinhateiro • Charruas: Galucho 2F-10” - €900 • Galucho 3F-13” hid. • Galucho 3F-16” • Chisel Agripulve XL5-7 - €3.250 • Derregadores: 3 linhas p/ tomate c/ adubador • 3 linhas hidráulico • Descavadeira €450 • Grades de discos: Galucho A2CP 24x24” c/ rodas • Pijuca em X c/ 4 corpos vinhateira - €2.250 • Reboques: Joper 5000 kg tribasculante c/ fundo madeira - €1.750 • Galucho 12 ton. • Rototerras: Maschio Super Cobra 2,5 mts c/ discos laterais e rolo Packer - €5.500 • Pegoraro Pegolama 2,5 mts c/ transmissão lateral por carretos - €5.750

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Usados: Tratores: Lamborghini 1106 DT • Massey Ferguson 154 • Massey Ferguson 185 • Same Laser 110 • Ceifeira debulhadora New Holland 8055 (T/M) • Charrua Maschio 3” Lelio • Juntador/Transportador de fardos Gaspardo Golia Pro 4,60mts • Rototerra Maschio 4,00 mts

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USADOS: TRATORES: Barreiros 70 • Case IH 284 • Deutz-Fahr: 5506 - D8006 DT • Fendt 309 DT • Fiat 70-66 DT • Ford: 4600 - 7610 III DT c/ car. fr. - 7610 c/ car. fr. - 7840 DT c/ grua flor. • John Deere: 2030 - 2250 DT - 3040 • Landini: 10000S MK II - 6830 (rastos) • Massey Ferguson: 2640 DT c/ cab. - 2640 DT c/ cab. – 3050 c/ cab. - 3630 DT - 390 - 399 DT c/ cab. • New Holland: TD90D - TM135 - TN85A DT - TS100A • Same: Explorer 90 TOP DT c/ car. fr. e cab. - Explorer 90C (rastos) - Explorer II TOP 90 (2002) - Fruteto 75 - Frutetto 75 DT - Silver 80 DT • Universal 445 • Ursus: 3512 – 3512 (MF240) • Yanmar 1300 c/ fresa • MINI-ESCAVADORA Bobcat LS170 • RETROESCAVADORAS: Case 580 Super K • Massey Ferguson 50E • TRATORES P/ PEÇAS: Carraro Agroplus 85 DT • Case IH: 284 - 845 DT • Deutz-Fahr: Agrotron 130 - DX 3.50 DT • Ebro 6079 DT • Fendt: 280 - 307 DT - 308 DT – 309C • Fiat: 100-90 DT - 110-90 DT - 140-90 DT - 35-66 DT - 45-66 DT - 60-66 DT - 70-75 - Fiat 80-66 DT • Ford: 1710 1720 DT - 1920 - 2600 - 5640 DT - 6610 - 7740 DT • Hinomoto C144 DT - C174 • Hürlimann: Prince 45 DT - XA306 DT - XA607 • Iseki: 4270 - 4320 DT • John Deere 1950 DT - 3040 DT - 3350 DT - 4400 DT - 5500 DT - 6100 - 6110 DT - 6300 DT - 6510 - 6610 - 6620 DT - 6800 - 946 DT • Kubota: L2550 DT - L285 • Lamborghini: 235 - 874-90 DT - Premium 950 DT • Landini: 6550 - 8860 DT - Globus 60 - Trekker 90 (rastos) - Trekker 90F • Massey Ferguson: 1030 - 174 DT - 290 - 3090 DT - 3650 DT - 375 DT - 390 DT - 394S - 396 TC (rastos) - 4270 DT - 4345 - 5435 6180 DT - 6290 - 6480 - 8130 (1997) • New Holland: M100 DT - M160 DT - T4030 - TDD90D - TL90 DT - TNF95 DT - TS115A DT • Renault 120-54 DT • Same: Argon 50 DT - Delfino 35 DT - Dorado 70 DT - Laser 110 DT - Laser 150 DT - Minitaurus - Rock 60 (rastos) - Solar 60 DT - Solaris 45 DT • Steyr: 9094 DT - 975 DT • Valmet: 1150 - 455 DT - 6400 DT - 655 DT - 8000 DT - 805 DT - T130 DT • Yanmar: 241 - 336D DT • RETROESCAVADORAS P/ PEÇAS: Case: 580 G - 580 Super K • Caterpillar 428 • Fermec 860 DT • JCB 3CX • Komatsu: WB93R - WB97R • New Holland LB110 DT • Volvo BL71 • TELESCÓPICAS P/ PEÇAS: JCB 525-67 • Manitou MLA 627 Maniscopic

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Regiões SANTARÉM

MÁQUINAS USADAS: Tratores: Ford 8240 DT - €8.000 • John Deere 6920S (2006) c/ 7000 horas - €38.000 • Landini 7.165 (2012) c/ 3850 horas - €43.500 • New Holland M135 - €7.500 • New Holland TD95D (2007) c/ 4500 horas - €8.500 • Steyr 9145 (2001) c/ 8732 horas - €27.500 • Charruas: Branco & Carvalho 1F - €150 • Fialho 2F - €250 • Galucho 4F - €3.000 • Joper vinhateira - €200 • Chisel Galucho KDR300 - €4.000 • Semeadores: Gaspardo 4 linhas - €5.000 • Gaspardo 6 linhas p/ milho c/ atrelado - €4.000 • Galucho 4 linhas p/ sementeira directa - €7.500 • Unifeed Tatoma MT-7 - €2.500

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USADOS: Tratores: Case IH JX90 (2008) c/ cabina A/C • Fendt 939 Profiplus • New Holland T8050 (2010) • Charrua Galucho CHF 3/4F • Depósito Rau 200L p/ Fendt GTA • Enfardadeira New Holland BB9060 Crop Cutter (2009) • Pulverizador Hardi MAS1800FLE c/ barra 18 mts • Reboque Haith p/ Big Bag • Subsolador Pegoraro 7F

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SANTARÉM • LISBOA Regiões

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Usados: Trator New Holland T8020 (2010) c/ 5000 horas - €70.625 • Frente de milho Moresil MT2090 c/ 6L • Pulverizador Hardi Master 1200 c/ 15 mts - €6.500 • Tratores p/ peças: Fiat 100-90 DT • Fiatagri 70-90 DT • John Deere 4455 (1990) • Ceifeira debulhadora p/ peças John Deere 1075

TRATORES USADOS: Kubota 7200 (1991) • Massey Ferguson 135 • Mitsubishi s/ documentos • New Holland L65 • Satoh S750D (1978) • Yanmar 330

TRATORES USADOS: Kubota 7000 DT c/ fresa • Kubota M9580 c/ cab • Lamborghini 774-70N c/ car. fr. Herculano • Lamborghini Racing 165 (2002) c/ FullPowershift • Same Argon 55 Classic (2007) • Same Explorer3 100 (2010) c/ Powershift • Same Solaris 55 DT • Same Titan 145 (1998)

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Regiões LISBOA

Usados: Tratores: John Deere 6230 Premium • John Deere 6320 Premium • John Deere 6430 Premium • John Deere 6510 Premium • John Deere 6930 Premium • John Deere 5515F • Enfardadeiras: New Holland BB9060P • New Holland BB940A • Giratória de rastos Takeuchi TB180FR • Telescópica JCB 531-70 Agri Plus

USADOS: • Trator Massey Ferguson 384S • Pulverizador 1500 L (rebocável) • Triturador Joper 1,65 mts • Vindimadora Pellenc 3050

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LISBOA Regiões

USADOS: Tractores: (2x) Deutz-Fahr Agroplus F420 (2014) - €30.000 • Deutz-Fahr Agrotron K610 c/ cabina - €30.500 • John Deere 5500N c/ car. fr. - €18.000 • John Deere 5510N - €16.500 • Lamborghini 90 c/ cab. e car. fr. - €14.500 • Massey Ferguson 8130 - €16.000 • Renault • Vindimadora Alma

USADOS: Tractores: Fiat 480 - €4.000 • Massey Ferguson 35 X - €2.750 • Caixas de carga para tractor: CCA100 1,00 mts - €295 • CCA150 1,50 mts - €400 • Charrua vinhateira 5F 1,60 mts - €750 • Retroescavadora Fermec 860 (1998) €10.000 c/ lança extensiva

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• Trator Case IH 2140N DT

USADOS: Tratores: Ebro 30 cv articulado • Ford 3000 • Renault 60 vinhateiro Cavadoras: Gramegna 1.50 mts • Tortella 1,35mts • Tortella

• Trator Case IH 845 DT • Trator New Holland L75 DT c/ cabina • Trator New Holland TNF90 DT

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MÁQUINAS USADOS: • Charrua Galucho 1F-13” - €550 • Despampanadeiras: Ero LK/UE em U invertido (2003) - €3.500 • Industrias David de corte lateral (2000) - €2.000 • OMD de corte lateral (1990) - €800 • Pulverizador Fantini 500 L (2000) - €600 • Vindimadora Ero (2012) rebocavel c/ tração - €43.000 + Usados no Microsite

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USADOS: Tratores: Lamborghini C674 (rastos) • Massey Ferguson C294 (rastos) • Balança p/ gado • Balde para tractor inox 2,00 mts • Bomba p/ água • Charrua Kverneland 2F-14” • Chiseis: Agrator 9/11 bicos • Clam 9 bicos • Cultivador Kongskilde 9 molas • Frente de milho Moresil • Grades de discos: Galucho GLHR 24x26” • Galucho GRLCH 24x28” • Semeadores: Prolavra 21 linhas • Sicam 6 linhas • Solá 25 linhas • Triturador de palha Fialho • Volta-fenos Vicon Andex 423 c/ 1 rotor

www.agrovisul.pt - geral@agrovisul.pt - laboratorio@agrovisul.pt Rua Stº António de Lisboa, Bairro São José da Ponte, 7005-405 Évora

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ÉVORA Regiões

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Usados:Tratores: JD 2650 DT c/ carregador frontal • JD 2650 DT c/ carregador frontal • JD 3650 DT • Ceifeiras debulhadoras: JD 1055 c/ cabina A/C • JD 1170 c/ cabina A/C

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USADOS: Tractores: Deutz-Fahr DX90 c/ cabina • Hürlimann 90 cv c/ carregador frontal Ténias • Lamborghini C653 L (rastos)

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USADOS: • Tratores: Claas Celtis 446RC (2005) • Massey Ferguson 174C (rastos) • Massey Ferguson 210 (2RM) • Atomizador Tomix Rebovel de 1500 lts • Vindimadora Alma (rebocável)


RegiõesÉVORA • BEJA

• Processador Timberjack 1270B

USADOS: Tractores: Deutz-Fahr: DX4.50 - €11.500 • DX4.70 - €12.000 • Landini Legend 145 (2001) €19.500 • Landini Legend 145 ∆6 (2001) - €28.500 • Massey Ferguson 4270 (1999) c/ cabina - €11.000

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MÁQUINAS USADAS: Tractores: Agrifull 80 DT • Agrifull 80C (rastos) • Deutz-Fahr • Deutz-Fahr 2850 • Fiat 1000 • Ford 4000 • Ford 5610 • Ford 5610 DT • Ford 6610 • Ford 6810 • Ford TW15 • John Deere 6220 • John Deere 6420 • John Deere 6430 • John Deere 6620 • Massey Ferguson 290 • Massey Ferguson 294C (rastos) • Massey Ferguson 390 • Massey Ferguson 390 DT • New Holland 7840 • New Holland 80-66 S • New Holland 8340 c/ cabina A/C • New Holland 8340 • New Holland T6020 • New Holland TK100 • New Holland TL100 • New Holland TM155 • New Holland TNF90 • New Holland TNF95 • New Holland TS110 • Renault • Same 100 c/ cabina • Same 90 • Ceifeiras debulhadoras: IASA c/ 4,50 mts • WHCX 840 c/ 7,60 mts • Case IH 1440 c/ 4,20 mts • Claas 78 c/ 5,00 mts • Claas 98 c/ 6,00 mts • Fiatagri 3350 (arroz) • Fiatagri 3400 c/ 4,20 mts (arroz) • Fiatagri 3630 • John Deere 1052 c/ 4,00 mts • John Deere 1055 c/ 4,20 mts • John Deere 1175 c/ 6,00 mts • Laverda M152 • New Holland 8040 • New Holland TC 54 c/ 4,50 mts • New Holland TX 32 c/ 5,00 mts • Enfardadeiras: 80/70 • de rolos • Dedra 50/70 • Claas de rolos • New Holland 544 de rolos • New Holland BR8090 • Frentes de milho: John Deere • Laverda • New Holland p/ New Holland TC56 • Gadanheiras: 4 discos • 6 discos • Gadanheira condicionadora Vicon 2,40 mts (rebocável) • Reboques cisterna: 4000 L • 6000 L (p/ água) • Vindimadoras: Alma • Braud 6090 (p/ olival c/ 4,35 mts) • Gregoire (p/ olival).

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BEJA • FARO Regiões USADOS: Trator Ford 7610 c/ 71250 horas • Ceifeiras debulhadoras: New Holland TX62 (1999) • New Holland TX66 (2000) c/ rastos e frente cereal • Destroçador Belafer T1NEO-200 (2007) c/ martelos novos • Distribuidor de adubo Vicon RS-M 900 kg • Ensiladora John Deere 5820 • Giratória de rastos Caterpillar CAT229D • Máquina de rega Ocmis 90 R2 (1998) 300 mts • Reboque espalhador de estrume Reboal RB12 (2008) • Sachador Fialho FI/SCT/1/2000 • Semeadores: Gaspardo MT6 (1998) • Kverneland Accord Pneumatic DT c/ 6 mts

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Regiões FARO • AÇORES • EUROPA • INDUSTRIAIS

USADOS: Trator New Holland T5050 (2010) c/ pneus Trelleborg (novos) e car. fr Herculano H4 • Enfardadeira Vicon RF119 - €6.500 • Motocultivador Brumital 14 cv (2006) c/ fresa nova - €2.000 • Unifeeds: Luclar Taurus 14 m3 c/ balança PTM FC20 • Zago Sabre 170 WT (2014) 17 m3 c/ balança Zago G250

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O site que vende mais máquinas agrícolas em Portugal www.abolsamia.pt

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ASSINAR Nome Data nascimento

5 revistas - 25€ 1 ano ( 5 revistas + 1 anuário ) 38€ 2 anos ( 10 revistas + 2 anuários ) 70€ Anuário 15€ Assinale com X uma das seguintes opções: Agricultor

Fabricante

Empregado de exploração

Prestador de serviços

Assinale o tipo e a área da exploração:

Importador/Concessionário

Agrícola

Estudante

Pecuária

Professor

Mista

Técnico Especializado

Email

Florestal

Outro - Especifique qual:

NIF

Tamanho da exploração - hectares:

Morada C. P.

Tel.

Pagamento por transferência bancária IBAN PT50 0035 0365 0000 1699 8307 7

Envie comprovativo para o email: joaocorreia@abolsamia.pt | Com cheque à ordem de NUGON, LDA | Morada Rua Nelson Pereira Neves, Lj.1 e 2 - 2670-338 Loures

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1. A. Agrícola Sobralense New Holland Braud 9060L 2016 Cliente: Casa Neiva Correia Na foto: António Gomes (representante da Casa Neiva Coreia), Joao Penedo (A. A. Sobralense Lda), Joaquim António Pinheiro Seca (cliente) e António José (tratorista)

2. Apolinários New Holland T7.270 AutoCommand

4. Fialho Correia & Lampreia New Holland BR6090

8. A. Agrícola Sobralense New Holland T4.85 CAB

10. Jopauto New Holland T4.75V

Cliente: António e José Cartaxo

Na foto: Operador do trator com João Penedo (A.A.Sobralense) e Carlos Fernando (cliente)

Cliente: Soc. vinhos Borges Na foto: Artur Lopes e Francisco (caseiro)

5. A. Agrícola Sobralense New Holland Boomer 25

9. Etelgra New Holland BB870 CropCutter

Na foto: Manuel Joaquim Pereira Loureiro (cliente) e o filho, ao volante colaborador da A.A.Sobralense

Na foto: Luís Profeta (Etelgra), Mário Cananão (Etelgra), Guilherme Danado (cliente) e Rui Atracado (operador).

6. A. Agrícola Sobralense New Holland T3.50F Na foto: Luis De Jesus Figueiredo (cliente) com Manuel Santos (A.A.Sobralense- Viseu)

Na foto: José Carlos (cliente) e Amândio Rato (Apolinários).

7. Etelgra New Holland 9090X OLIVE

3. Jopauto New Holland T3.75 F

Na foto: Semião (operador), Nuno Bernardino (Etelgra), Luís Profeta (Etelgra), Mário Cananão (Etelgra), Jorge Pinto (cliente), Luís Aroteia (encarregado) e João Palmar (CNH Portugal)

Na foto: Francisco Correia (cliente) e filhos de Armamar Jorge Santos (Jopauto)

11. Fialho Correia & Lampreia New Holland T6.175 Cab. c/ carreg. frontal Cliente: Pestana e Filha

12.Mecânica Agrícola New Holland T6.180 Cliente: Manuel Paim Na foto: Jorge Coutinho (representante Manuel Paim), Rui Hipólito (Mecânica Agrícola) e João Rosa (operador do trator)

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CONCESSIONÁRIO EM FOCO

MOMENTOS NEW HOLLAND 8

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CONCESSIONÁRIO EM FOCO

Equipa de funcionários da Frupor.

Momento da entrega dos tratores. (Da esquerda para a direita): Vasco Pombas (Valtractor), Carlos Eugénio (Trator Sul), Carsten Jensen (Frupor), João Viegas (Trator Sul) e Carlos Oliveira (Valtractor).

Valtractor, Trator Sul e Frupor em demonstração de campo finlandesa, nomeadamente, um Valtra T214 Direct de 215 cv de variação contínua e um Valtra T234 Versu de 235 cv, transmissão powershift 30+30 robotizada. A assessorar todos os condutores estiveram Vasco Pombas e Carlos Oliveira, da filial portuguesa da marca, a Valtractor. Paralelamente aos testes, serviu ainda a

No passado dia 28 de outubro, no Brejão, Odemira, teve lugar uma demonstração Valtra, organizada em conjunto entre a Valtractor, a Trator Sul e a Frupor. O evento, realizado na herdade da Frupor, permitiu a 80 pessoas, profissionais de várias empresas agrícolas do litoral alentejano, testarem dois tratores da Série T da marca

ocasião para a entrega de mais dois tratores Valtra à Frupor, que conta já com dez tratores da marca no total, cinco deles entregues pela Trator Sul. Desta vez, os modelos em questão foram um N104H5 de 115 cv e um N154ED de 155 cv e transmissão contínua. Até ao final do ano está ainda prevista a entrega de mais um A104H de 105 cv.

Agridirect apoia corrida de Almeirim No passado dia 29 de outubro correu-se a 31.ª edição dos 20 Kms de Almeirim. Como já é habitual fizeram-se duas provas: a Mini Maratona de 5 km e o percurso de 20 quilómetros, que este ano atravessou pela primeira vez o Tejo pela Ponte D. Luís e foi amadrinhada pela recordista mundial e medalha de ouro dos 50 km de Marcha, Inês Henriques. Pelo facto da prova se desenrolar numa zona agrícola a organização decidiu neste ano colocar um trator agrícola a servir de carro do cronómetro. Assim, a Agridirect apoiou o evento marcando presença na prova dos 20 kms com um Case IH Puma 220 CVX e um Quantum 95F na prova mais pequena.

Jopauto tem filial em Vila Real Considerado o maior especialista em equipamentos agrícolas para o Douro vinhateiro, a Jopauto, sediada em São João da Pesqueira, está em maré de crescimento para estar cada vez mais perto dos seus clientes. Ainda e sempre apoiada numa

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parceria de sucesso com os tratores da New Holland, inaugurou em dezembro uma filial na zona industrial de Vila Real, para ganhar nova centralidade e acrescentar aos seus serviços uma área de pós-venda e oficina.

A festa de inauguração da filial de Vila Real contou com a presença dos muitos clientes, fornecedores e amigos que têm contribuído para que a Jopauto continue a ser uma empresa de referencia da Região do Douro vitícola.


P E Ç A S

PARA TRATORES

DE TODAS AS MARCAS

PEÇAS DE SUBSTITUIÇÃO

ACESSÓRIOS PARA TRATORES

CONSUMÍVEIS E ACESSÓRIOS

BEPCO IBÉRICA S.A.

C/ Torrent de Vallmajor, 82 • 08915 Badalona (Barcelona) T +34 933 810 062 • F +34 933 813 345 • info.es@bepcoparts.com • www.bepcoparts.com SANTIAGO DE COMPOSTELA

Pol. El Tambre, Via Faraday, 36 15890 Santiago de Compostela T +34 981 560 012 · F +34 981 557 753

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Ctra. Badajoz - Pol. «Rayvaz» Nave 21 06200 Almendralejo (Badajoz) T +34 924 664 890 · F +34 924 664 576

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Pol. Ind. La Isla, C/ Hornos, 11 41703 Dos Hermanas (Sevilla) T +34 954 931 546 · F +34 954 930 130

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Pol. Ind. Plaza, C/ Pertusa, 29 50197 Zaragoza T +34 876 903 874 · F +34 876 903 873


CONCESSIONÁRIO EM FOCO

AUTO ALVALADENSE 9 de dezembro

FOI DIA DE PORTAS ABERTAS Veja a Galeria de Fotos em: www.flickr.com/abolsamia

O dia de portas abertas que a Auto Alvaladense promoveu refletiu o empenho que a empresa tem posto neste projeto. Foram cerca de 700 pessoas entre clientes, fornecedores das marcas que a empresa representa e amigos, que se juntaram num dia de convívio, nas instalações sediadas em Alvalade-Sado. Ao leme deste negócio, dedicado ao comércio e reparação de máquinas e alfaias agrícolas, estão António e Fernando Revez, irmãos, e sócios nesta empresa desde 2006. Do conhecimento profundo da região que trabalham — que se estende pelos concelhos de Santiago do Cacém, Grândola, Sines, Odemira, Ourique,

Castro Verde, Aljustrel, Ferreira, e parte do Algarve — foram tendo a perceção das necessidades do mercado, o que os levou a procurar mais representações que complementassem a oferta em máquinas e equipamentos para a agricultura. Hoje são concessionários dos tratores Antonio Carraro, Claas e Kioti, e representantes de várias marcas de máquinas e alfaias como a Amazone, BVL, Galucho, Herculano, Herkulis, Joper, Krone, Ribatejo, Tomix, Maschio Gaspardo, Tanco, Vicon, e Zago.

Equipa Auto Alvaladense da esquerda para a direira: António Revez, Liliana Candeias, Tânia Revez, Fernando Revez, Luis Alão, Marta Silva e Igor Palma.

Auto Alvaladense, Lda. • Tel. 269 595 967

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AGENDA

16 de Janeiro

Nesta edição sugerimos vários Calendários para se organizar em 2018

Dia Internacional da Comida Picante

DEZEMBRO F

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Molho picante caseiro, para ter sempre na cozinha 10 / 15 malaguetas, 1 alho, 1 folha de louro e whisky. Coloque num tacho as malaguetas partidas, deite um copo de whisky e ferva durante alguns minutos. Irá obter uma mistura mais consistente e, assim, fazer com que o álcool se evapore. Deite o líquido num pequeno frasco, junte um dente de alho inteiro e uma folha de louro para dar sabor. Feito!

Olá, 2018! Faça uma pausa, pense o ano que passou e avance com muita inspiração e vontade para atingir os objetivos sonhados para 2018.

A NOSSA AMIGA

TERRA “Como os astronautas descrevem durante as missões espaciais, o nosso planeta é fascinante, delicado e rico em nuances. Mas a impressionante visão obtida a partir de 400 km de altitude não representa apenas a Terra, mas também a espécie humana e a sua presença no planeta“. Esta visão inspirou a 55ª edição do calendário Antonio Carraro 2018, intitulado “Terra”. O calendário pode ser adquirido na web www.antoniocarraro.it

JANEIRO F

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4 de Dezembro

21 de Dezembro

Dia Mundial da Conservação da Vida Selvagem

Início do Inverno

Esta data foi criada em 2012 nos Estados Unidos tendo em vista sensibilizar e envolver os cidadãos na conservação de todo o tipo de vida selvagem. A não perder o documentário, “Arrábida da Serra ao Mar”, realizado por Luís Quinta e Ricardo Guerreiro, que nos mostra as belezas da vida selvagem num paraíso do nosso país. http://bit.ly/1gk2Etp

A hora exata que marca o início do inverno em Portugal é 16h28, no dia 21 de Dezembro. Este momento específico chama-se Solstício de Inverno. O momento em que o sol se encontra mais a sul dita o início do inverno no hemisfério norte e o início do verão no hemisfério sul. Para aproveitar esta época do ano faça aquele cruzeiro, há muito desejado, PinhãoTua-Pinhão e aprecie as paisagens únicas do Douro.

FEIRAS A VISITAR

janeiro 12 – 14 Janeiro Agrarmesse Alpen Adria, Áustria www.kaerntnermessen.at 16 – 18 Janeiro Sival - França, Angers www.sival-angers.com 17 – 18 Janeiro NutriFair Dinamarca, Fredericia www.nutrifair.dk 18 – 21 Janeiro Polagra Premiery Polónia, Poznan www.polagra-premiery.pl 19 – 28 Janeiro International Green Week Alemanha, Berlim www.gruenewoche.com 24 – 27 Janeiro AGROmashExpo Hungria, Budapeste http://agromashexpo.hu 24 – 27 Janeiro Viticulture & Viniculture Hungria, Budapeste http://szpkiallitas.hu 31 Jan – 3 Fev Enovitis Itália, Verona www.enovitis.it 31Jan – 3 Fev Fieragricola Itália, Verona www.fieragricola.it

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Dezembro 2017 / Fevereiro 2018 AGENDA

CALENDÁRIO SOLIDÁRIO 2018

27 de Fevereiro

Pastores da Serra da Estrela

Esta espécie é protegida desde 2001. Os cientistas estimam que existam 25 mil ursos polares no mundo. Apesar de ser o maior animal carnívoro em terra, o urso polar é considerado como uma espécie animal vulnerável, já que enfrenta a ameaça da perda do seu habitat natural, fruto do aquecimento global e do degelo do mar. Visite o site https://polarbearsinternational.org ou siga no Insta em www.instagram. com/polarbearsinternational

Com o objetivo de valorizar os pastores e o pastoreio, nasceu a ideia de fazer um calendário solidário. Esta iniciativa partiu de Liliana Carona, diretora do Notícias de Gouveia. São 12 pastores, com marcas do sol e de um trabalho duro no campo de quatro concelhos da serra: Manteigas, Gouveia, Seia e Guarda, com idades que vão dos 21 aos 80 anos. Pode-se comprar (5 a 7,5 €) em www.facebook.com/NoticiasdeGouveia

Dia Internacional do Urso Polar

As fotos são de Miguel Pereira da Silva.

FEVEREIRO 1

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FEIRAS A VISITAR

fevereiro 1 – 4 Fev Agrotica Grécia, Tessalónica http://agrotica.helexpo.gr 6 – 8 Fev AGROFARM Rússia, Moscovo www.agrofarm.org 7 Fev Dairy – Tech Grã-Bretanha, Kenilworth http://dairy-tech.uk 7 – 9 Fev Fruit Logistica Alemanha, Berlim www.fruitlogistica.com 13 – 15 Fev World AG Expo Estados Unidos, Tulare www.worldagexpo.com 14 – 17 Fev Bio Fach Alemanha, Nuremberga www.biofach.de 20 – 24 Fev FIMA Espanha, Saragoça www.feriazaragoza.com 21 – 23 Fev Expo Agro Sinaloa México, Sinaloa expoagro.org.mx/portal/

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5 de Fevereiro

A NÃO PERDER

Dia Mundial da Nutella Neste dia visite o site www.nutelladay.com e partilhe as suas receitas feitas com Nutella, escreva músicas ou poemas sobre Nutella, tire fotografias com o produto ou participe noutras iniciativas.

AO SERVIÇO DA TERRA

21 – 23 Fev Grain Tech Expo Ucrânia, Kiev www.grainexpo.com.ua 21 Fev – 4 Mar Salon International L’ Agriculture França, Paris www.salon-agriculture.com 22 – 25 Fev Tier & Technik Suíça, St.Gallen www.olma-messen.ch 23 – 25 Fev Fruchtwelt Bodensee Alemanha, Friedrichshafen www.fruchtwelt-bodensee.de

Criado por um conjunto de amigos, todos eles agricultores, naturais de Barcelos, o projeto nasceu com Filipe Figueiredo (mês de dezembro). Os cinco euros que custa cada exemplar revertem na totalidade para a Recovery, uma instituição barcelense que trabalha na área da doença mental. www.facebook.com/aoservicodaterra Pode ser adquirido através dos tels. 253 813 051 / 932 973 693 Email: recoveryipss@hotmail.com


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MÁQUINAS AGRÍCOLAS

dezembro 2017 / fevereiro 2018

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A revista da mecanização agrícola

Crescer ao sabor do Douro

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INCÊNDIOS FLORESTAIS

Vencedores do Tractor of the Year ®

2018

Aprender com os erros

Ano XXV . Nº 109 dez. 2017 / fev. 2018 Diretor Nuno de Gusmão Preço: € 6,00 Cont. ISSN 2183-7023

Nº109 - Ano XXV

Entrevista aos gerentes da Jopauto

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Tendências e premiados

GESTÃO DE PARQUE MÁQUINAS

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