abolsamia 92

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Kubota M135GX o Grande Samurai Diretor: Nuno de Gusmão • 6,00€

Ano XXI • nº 92 • julho/agosto 2014

Feira de Santarém Reportagem

Arroz português 5º Encontro de Orizicultura

Energia elétrica em máquinas agrícolas

Condução por GPS Sistemas de apoio

prova de campo Kubota M135GX

vídeo


Kubota M135GX o Grande Samurai Diretor: Nuno de Gusmão • 6,00€

Ano XXI • nº 92 • julho/agosto 2014

Feira de Santarém Reportagem

Arroz português 5º Encontro de Orizicultura

Energia elétrica em máquinas agrícolas

Condução por GPS Sistemas de apoio

prova de campo Kubota M135GX

vídeo


f o g n i k a M X

kubota M135G

Em campo com o mais potente da Kubota

N

o dia 21 de maio metemo-nos à estrada logo bem cedo em direção à Asseiceira, no concelho de Tomar, onde tínhamos à espera o Kubota M135GX que a Tractores Ibéricos, Lda. reservou para fazermos a Prova de Campo. O trator apresenta duas particularidades que despertaram logo de início a nossa atenção: uma distância entre eixos relativamente longa, tendo em conta a categoria em

que se insere, e uma cilindrada também acima da média. Poderia isto significar uma menor agilidade e também um nível de consumo mais alto? Submetêmo-lo a prova e encontrámos respostas! Os trabalhos decorreram numa propriedade pertencente à empresa Caçabrava, que está integrada na Zona de Caça Turística de Santa Cita, e onde a produção agrícola se destina à alimentação de espécies cinegéticas como

patos, perdizes e faisões. O trator foi-nos entregue com um pouco mais de 200 horas, por já fazer parte do parque de máquinas da Caçabrava, onde está em operação há vários meses. O reboque que utilizámos também pertence àquela exploração. Já as duas alfaias Kuhn, uma charrua e um Strip-till para mobilização mínima em linha, foram cedidas pela Tractores Ibéricos, Lda.

pag 84

Vídeo disponível em:

www.youtube.com/abolsamia


f o g n i k a M X

kubota M135G

Em campo com o mais potente da Kubota

N

o dia 21 de maio metemo-nos à estrada logo bem cedo em direção à Asseiceira, no concelho de Tomar, onde tínhamos à espera o Kubota M135GX que a Tractores Ibéricos, Lda. reservou para fazermos a Prova de Campo. O trator apresenta duas particularidades que despertaram logo de início a nossa atenção: uma distância entre eixos relativamente longa, tendo em conta a categoria em

que se insere, e uma cilindrada também acima da média. Poderia isto significar uma menor agilidade e também um nível de consumo mais alto? Submetêmo-lo a prova e encontrámos respostas! Os trabalhos decorreram numa propriedade pertencente à empresa Caçabrava, que está integrada na Zona de Caça Turística de Santa Cita, e onde a produção agrícola se destina à alimentação de espécies cinegéticas como

patos, perdizes e faisões. O trator foi-nos entregue com um pouco mais de 200 horas, por já fazer parte do parque de máquinas da Caçabrava, onde está em operação há vários meses. O reboque que utilizámos também pertence àquela exploração. Já as duas alfaias Kuhn, uma charrua e um Strip-till para mobilização mínima em linha, foram cedidas pela Tractores Ibéricos, Lda.

pag 84

Vídeo disponível em:

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Editorial por Francisca Gusmão franciscagusmao@abolsamia.pt

Quantas quer?

A

Feira Nacional da Agricultura (FNA), como pode comprovar quem lá esteve, teve uma edição em glória. O motivo: o facto de a agricultura ter voltado a ser considerada a par dos setores importantes da economia do nosso país. E foi assim que a Feira de Santarém foi honrada, como há muito não se via, pela visita de governantes, políticos e acompanhantes de todos os quadrantes, para além de ter registado o maior número de visitantes de sempre. Também de encontros temáticos a ementa foi bem recheada: colóquios, workshops e seminários juntaram muita gente interessada em volta das várias fileiras aqui reunidas. Mas foi na zona exterior que se concentraram os expositores de máquinas e equipamentos agrícolas que também este ano vieram em maior número e em alguns casos com áreas de exposição aumentadas. Uns porque têm Santarém na sua zona de influência, outros por entenderem que o tipo de produtos que representam se coadunam com um determinado tipo de cliente que continua a gostar de fazer negócio na Feira; e ainda outros por ser este um evento com uma tradição arreigada, onde a presença funciona como prova de vida e de saúde.

Ainda que a agricultura tenha voltado a estar na moda, e que a Feira de Santarém tenha registado este ano uma afluência sem precedentes, a realização de dois eventos (FNA e Agroglobal) com uma componente prevalente de máquinas agrícolas, no mesmo ano, na mesma zona, num país com a dimensão do nosso, e com as finanças no estado em que estão, continua a ser um assunto a pedir reflexão. Pois, se é verdade que a união faz a força, todos teríamos a ganhar se, em vez de dispersarmos meios em duas exposições tão próximas no tempo, investíssemos de alma e coração, alternadamente, numa só; como acontece, aliás, em países europeus onde o setor da mecanização agrícola tem uma dimensão incomparavelmente maior do que o nosso. Isto, claro, se não fossemos nós, portugueses, tão avessos a soluções consensuais mesmo quando o bom senso o exige.

“Todos teríamos a ganhar se, em vez de dispersarmos meios em duas exposições tão próximas no tempo, investíssemos de alma e coração, alternadamente, numa só.”

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Sumário

julho / agosto 2014

76 Juntos pela cortiça I Congresso da Fileira do Sobreiro e da Cortiça.

Nesta edição Antigamente era assim... 6

O nascimento de um novo motor.

Mercados

29 Indústria abranda, mas pouco.

Tecnologia 34

Estacionar um reboque com smartphone.

36

Energia elétrica em máquinas agrícolas.

38

Sistemas de comunicação entre tratores e alfaias. Os novos progressos.

24

50

Condução por GPS

Máquinas agrícolas

72

Arroz carolino tem nicho de mercado diferenciado.

Sistemas de apoio à condução por GPS nas máquinas agrícolas.

Evolução do mercado das máquinas agrícolas em Portugal.

74

Gerir canteiros de arroz.

Culturas

Estatísticas 83 O mercado de tratores agrícolas em Portugal.

Prova de Campo 84 Kubota M135GX.

Empresas 32 BKT, 10 anos de crescimento.

40

70

58

Arroz português

Alqueva

5º Encontro de Orizicultura portuguesa evidencia as questões que afetam o setor.

Seminário internacional “Investir no Potencial Agrícola do Alqueva”.

Goldoni, a nova representada do Entreposto Máquinas.

124 Momentos New Holland.

Calendário 120 Agenda para julho e agosto.

Regiões 126 Concessionários / Máquinas usadas.

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Diretor Nuno de Gusmão • Propriedade Nugon - Publicações e Representações Publicitárias, Lda. • Contribuinte 502 885 203 • Registo 117122 • Depósito legal 117.038/97 • Sede R. S. João de Deus, 21, 2670-371 Loures Escritórios R. Nelson Pereira Neves, Lj.1 e 2 — 2670-338 Loures • T. 219 830 130 • F. 219 824 083 • Email: abolsamia@abolsamia. pt • Redação Nuno de Gusmão, Francisca Gusmão, João Sobral, Ângelo Delgado • Colaboraram nesta edição João Pedro Rego, Luís Alcino Conceição, Rui Santos Bento • Publicidade Francisca Gusmão, Américo Rodrigues, Catarina Gusmão • Cartoonista Nelson Martins • Pré-impressão Sílvia Patrão, Catarina Gusmão • Assinaturas João Correia • Impressão Jorge Fernandes, Lda, Rua Quinta Conde de Mascarenhas, Nº9, Vale Fetal - 2825-259 Charneca da Caparica - Tel. 212 548 320 • Tiragem 10.000 ex. Os textos e fotos, bem como os anúncios registados com “a bolsa m.i.a.®” são propriedade da Nugon,Lda., não podendo ser reproduzidos sem autorização, por escrito, da mesma. O conteúdo dos anúncios e das publi-reportagens dos clientes é da sua exclusiva responsabilidade.

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Assinatura

Envie este cupão para: NuGon, Lda - Rua Nelson Pereira Neves, Ljs. 1 e 2 — 2670-338 Loures

Boletim assinatura PORTUGAL / EUROPE

46

94

Explorer e Dorado

Feira Nacional da Agricultura

Same renova gama média.

Reportagens.

1 ano/year ( 5 Revistas + 1 Anuário ) 38€/ 70€ 2 anos/years ( 10 Revistas + 2 Anuários ) 70€ / 120€

Nome/ Name

Morada/ Address

Cód. postal Tel.

Cont. nº Email

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Tractor of the Year 2015

Transmissões

O começo de um novo desafio.

Das tradicionais transmissões mecânicas às modernas CVT.

A vida no campo

Pagamento por transferência bancária: NIB: 0007 0000 0182 8400 2402 3 Envie comprovativo para fax: 219 824 083 ou e-mail: joaocorreia@abolsamia.pt Por cheque nº Envie para: R. Nelson Pereira Neves, Lj.1 e 2 2670-338 Loures bank transfer to IBAN PT: PT50 0007 0000 0182 8400 2402 3 SWIFT: BESCPTPL send an e-mail to: joaocorreia@abolsamia.pt

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Antigamente era assim... por Nuno Gusmão*

O nascimento de um novo motor Os primeiros engenhos inventados pelo Homem, capazes de produzir trabalho com ampla vantagem em produtividade e conforto sobre o esforço manual, utilizavam como recursos naturais a força motriz eólica e a hídrica.

A primeira máquina a vapor

E

m 1705, Thomas Newcomen, baseado na força elástica do vapor de água (marmita de Denis Papin) que convertia o calor em energia, inventou a primeira máquina a vapor, destinada a bombear a água acumulada nas minas de carvão, a qual, necessariamente, ainda tinha muito por melhorar. Ao fim de meio século, as máquinas a vapor, já então com todos os problemas técnicos resolvidos por James Watt, vieram a dar origem à primeira Revolução Industrial. O comboio surgiu, com toda a justiça, como símbolo do progresso, assim como muitas outras máquinas motorizadas, para além do aparecimento de inúmeras fábricas. Mas a grande revolução teve lugar a partir de meados do século XIX, depois do nascimento de um novo motor: o Motor de Combustão Interna (seguido pelo motor de Rudolf Diesel). Até à segunda metade de 1800, o petróleo, descoberto antes da era de Cristo, era utilizado para outros fins, com a curiosa particularidade de ser previamente destilado

para retirar e eliminar a gasolina, considerada e tratada como lixo. Desde o aparecimento do motor de combustão interna, os poços para a exploração do combustível desejado começaram a surgir. A extração começou no Azerbeijão, seguida pela Roménia, Canadá e Estados Unidos. A atribuição da maioria das grandes descobertas científicas, consideradas como indispensáveis para a manutenção da vida no nosso planeta pelo aumento da população terrestre é, de um modo geral, tarefa de difícil desempenho, na medida em que, na maioria dos casos, são apontados vários inventores. Geralmente aparece o que primeiro descobre o princípio básico, depois o que desenvolve o sistema e/ou o que finalmente consegue melhorar o produto inventado a ponto de o aplicar, na prática, em prestações úteis e sem problemas. Dos principais intervenientes, entre outros, destacamos: Samuel Morey, Alphonse Beau de Rochas, Joseph Étienne Lenoir, Nicolaus August Otto e John Froelich.

* A versão original foi escrita segundo a antiga ortografia.

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O pioneiro motor Otto de combustão interna.

A partir da 2ª Revolução Industrial disparou o número de fábricas.


Antigamente era assim...

1762-1843

Samuel Morey Segundo reza a História, foi um cientista americano que, paralelamente com outras importantes descobertas, dedicou a vida inteira a melhorar a tecnologia de motores a vapor adaptados à navegação. No final

Viatura anfíbia motorizada.

das suas pesquisas, apercebendo-se que a terebentina misturada com ar se tornava explosiva, fez uma série de estudos que resultaram num protótipo de motor de combustão interna por explosão. É de sua autoria a viatura anfíbia motorizada da figura abaixo. Nos EUA, em abril de 1826, foi-lhe atribuída a distinção “Gas or Vapor Engine”, sendo considerado como o primeiro a patentear um motor de combustão interna. Apesar do princípio básico ser o mais correto, a complexidade envolvente do projeto ficou por resolver-se, pelo que só muito tempo depois o motor a gasolina se veio a impor como alternativa.

1815-1893

1822-1900

Alphonse Beau de Rochas Em 1862, o engenheiro francês patenteou, embora de uma forma teórica, o princípio do motor de combustão interna de 4 tempos, deixando posteriormente o seu desenvolvimento para terceiros. A sua abordagem deu ênfase à importância da compressão da mistura de combustível e ar antes da ignição.

Joseph Étienne Lenoir

Motor a gás de Lenoir, 1860.

Cientista belga, conhecido por desenvolver e patentear um motor de combustão interna em 1860, a ponto de o comercializar em quantidades suficientes para ser considerado um sucesso. O motor, a funcionar mediante ar dilatado pela combustão de gases inflamados eletricamente, foi aperfeiçoado em 1863 para ser ajustado ao ciclo de 4 tempos de Beau de Rochas. Para além das aplicações mais usuais, Joseph Lenoir motorizou também um automóvel de sua inteira autoria, que não passou de um protótipo.

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Antigamente era assim...

Motor Otto para uso estacionário.

1832 – 1891

Nicolaus August Otto O inventor alemão autodidata, apesar de ter começado a trabalhar aos 16 anos de idade numa mercearia, passando em seguida para vendedor ambulante de alimentos, veio a ser quem mais desenvolveu o motor de combustão interna. É disso exemplo a série de melhoramentos técnicos a que o seu motor foi sujeito e o grau de aperfeiçoamento atingido para a adaptação em montagens de automóveis, tratores, barcos, motocicletas e fábricas das marcas mais importantes do mercado. Apaixonado por este novo tipo de motores, depois de tanto estudar em teoria e na prática o ressurgimento da nova tecnologia, apercebendose que poderia resolver as avarias e lacunas naturalmente então ainda por desvendar, acabou por ser considerado, não como o Pai do Motor a Gasolina, mas como o Rei do Motor a Gasolina.

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Baseado no projecto de Étienne Lenoir, em vez de gás natural o inventor alemão optou por utilizar combustível líquido, descobrindo substanciais vantagens no valor da compressão da mistura com ar, antes da ignição. Daí nasceu a ideia do ciclo a 4 tempos, que passou a ser universalmente conhecido por ciclo de Otto. O motor por ciclo de Otto foi lançado no mercado em 1861, altura em que se formou

uma empresa industrial com o engenheiro Eugen Lange. Originalmente conhecida como N.A. Otto & Cia, a empresa veio a tornar-se na maior fábrica do mundo da especialidade: a gigantesca Deutz AG. Em 1892, da fábrica Deutz AG (Colónia, Alemanha) foi produzida a primeira locomotiva agrícola Deutz (foto abaixo) com motor de combustão interna de ciclo Otto a 4 tempos e o primeiro trator Deutz data do ano 1926.

Deutz-Fahr, a marca combinada da fusão da Deutz AG com a sua congénere Fahr AG teve lugar em 1968. Por sua vez, em 1995, a KHD — Divisão Agrícola do Grupo Deutz — foi adquirida pelo grande construtor italiano de tratores de Treviglio, a SAME, que passando a designar-se por Same Deutz-Fahr tem mantido viva a designação da marca original DeutzFahr e ao mesmo alto nível de qualidade de sempre.


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Antigamente era assim...

Motor estacionário de combustão interna Waterloo.

1849 -1933

John Froelich Em finais do século XIX, o engenheiro americano John Froelich, farto dos problemas que tinha com a sua máquina a vapor, pela frequência de incêndios ocasionados com a libertação de fagulhas, resolveu adaptar à sua locomotiva um motor a gasolina. Apesar de inúmeras experiências terem resultado num mau desempenho

do produto acabado, ao ter conseguido que a locomotiva funcionasse com o novo motor de combustão interna, Froelich criou a possibilidade de vir a montar a nova motorização num aparelho de volume reduzido. Começando por conceber um motor de utilização estacionária (figura acima), fundou a Waterloo Gasoline

Traction Engine Company e, em seguida, lançou no mercado uma máquina autopropulsionada (figura em baixo à esquerda), para trabalhar, como deve ser, a terra. E assim, com o novo motor, nasceu o Waterloo Boy, que deu nome ao tipo de máquina que a partir daí se passou a chamar Trator. A data de 1918 é um marco dos mais

importantes da John Deere, por ao fim de 81 anos de existência ter começado a fabricar tratores, quando nessa data comprou o exclusivo de fabrico do protótipo Waterloo Boy (figura abaixo, à dir.), que depois de contínuos desenvolvimentos contribuiu para vir a liderar, a nível mundial, o mercado da especialidade.

o primeiro trator, com as cores verde e amarelo, da John Deere.

Primeiro protótipo do trator da Waterloo Gasoline Traction Engine Company.

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23 razões para poupar combustível. A nova transmissão e23 totalmente automática nos tratores séries 7R e 8R está equipada com 23 velocidades de avanço com espaçamento homogéneo. Combina uma potência suave com a eficiência da transmissão mecânica no que se refere à poupança de combustível.

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Esta é uma das importantes melhorias de rendimento para 2014. Solicite uma demonstração no seu concessionário hoje e sinta a diferença.


Empresas 7250 TTV Agrotron ganha Compasso d’Oro Deutz-Fahr O modelo 7250 TTV Agrotron da Deutz-Fahr conquistou o prémio Compasso d’Oro 2014, um dos mais prestigiados prémios mundiais de design. O Compasso d’Oro é atribuído desde 1954 para distinguir o valor e a qualidade dos produtos com um design distinto. A atribuição do prémio é organizada há 50 anos pela ADI - Associazione per il Disegno Industriale - Associação de Design Industrial. Este trator foi selecionado pelo júri internacional da 23.ª edição do Compasso d’Oro de entre mais de 270 produtos, confirmando-se mais uma vez na vanguarda pelo seu elevado conteúdo tecnológico e, ao mesmo tempo, pela atenção dada à funcionalidade e eficiência, no estilo único assinado por Giugiaro Design. Este reconhecimento vem enriquecer o palmarés da Série 7 Deutz-Fahr, já vencedora de outros prémios de prestígio internacional como Trator do Ano, Good Design e Red Dot Product Design Award.

SDF recebe prémio Mercurio 2014

Amazone inaugura centro de investigação

Same Deutz-Fahr

A Associação Económica Italo-Alemã Mercurio atribuiu à SDF o prémio Mercurio 2014. Este galardão distingue empresas ou projetos que se tenham destacado no contexto das relações económicas e comerciais entre Itália e a Alemanha. O prémio coube à SDF “devido à sua contribuição sustentável na cooperação económica italo-alemã e pelo exemplar compromisso em matéria de inovação e transferência de tecnologia e pelo impulso positivo dado ao Made in Itália”, explicou a associação. A distinção foi entregue a Francesco Carozza, vice-presidente do Grupo SDF, no dia 20 de maio, em Dusseldorf, Alemanha, pelas mãos do embaixador italiano naquele país, Elio Menzione. “Estamos muito orgulhosos por ter recebido este prémio, que representa um reconhecimento do investimento feito nos últimos anos pela nossa empresa na área de pesquisa, desenvolvimento e inovação de produtos”, comentou Carozza.

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Beja recebe novo polo da Tractomoz Tractomoz A Tractomoz abriu, em abril, um novo polo em Beja. As instalações estarão equipadas com um departamento de peças, de serviços e de vendas. O espaço tem uma área total de 2100 m², com 1300 m² de área coberta e 800 m² de área descoberta. A zona dedicada às peças conta com uma área de 400 m², para o dos serviços estão disponíveis 900 m², tendo o espaço de exposição 800 m². Segundo os responsáveis da Tractomoz, “trata-se de um investimento a pensar no desenvolvimento do regadio do Baixo Alentejo”.

Amazone A Amazone inaugurou, no passado mês de maio, o novo centro de Investigação e Desenvolvimento em Hasbergen-Gaste, Alemanha, num evento que teve a presença dos irmãos Christian e Justus Dreyer, donos da companhia. Este departamento criou 120 postos de trabalho para engenheiros e técnicos especialistas na área da investigação e desenvolvimento, continuando a marca, a aumentar o número de colaboradores. Além de favorecer um ambiente de trabalho confortável, o espaço pode agrupar todos os trabalhadores no mesmo local, permitindo vias de comunicação mais curtas e rápidas, o que, numa perspetiva de médio prazo, irá aumentar a capacidade de inovação da marca. O edifício foi construído em oito meses e tem uma área total de 1650 m². A Amazone é importada com exclusividade para Portugal e Espanha pela DELTACINCO.


Desenhado a partir do teu trabalho.

“Explorer: um nome de confiança.”

“Um tractor feito para trabalhar em todas as condições não é apenas uma máquina - É um colega de trabalho.”

EXPLORER

80 | 90 | 90.4 | 100 | 105.4 | 115.4

A resposta adequada às suas exigências. A família Explorer foi sempre conhecida pela sua flexibilidade e versatilidade. Por isso a SAME decidiu renovar e ampliar esta famosa gama de produtos. Três versões diferentes, um total de 11 modelos e inúmeras possibilidades de configuração, permitem aos clientes escolher o tractor que melhor se adapta ao seu trabalho. Os novos motores FARMotion, de 3 ou 4 cilindros, entre os 80 e os 115 CV, com sistema de injecção Common Rail garantem um elevado desempenho e baixos custos de operação. A nova cabina assegura um conforto extraordinário, mesmo nos dias de trabalho mais longos. Feito à medida das suas necessidades, para trabalhar mais e melhor.

Recomendamos a utilização de lubrificantes, fluidos de refrigeração e peças originais.

SAME é uma marca de same-tractors.com


Empresas Amatechnica mostra produtos Amazone O grande evento mundial da Amazone, a Amatechnica, teve lugar no dia 22 de maio em Hasbergen-Gaste, Alemanha, localidade onde se encontra a sede central da marca. Mais de 5.500 agricultores e importadores de todo o mundo puderam apreciar nas 12 horas de exposição a mais recente demonstração em campo de toda a gama de produto Amazone. Entre os equipamentos presentes, apresentados pela marca na última feira Agrotechnica em Hannover, destacaramse a nova charrua Cayron 200, que é a primeira reversível fabricada nas instalações de Leipzig, o novo semeador Cirrus 03, pulverizadores com Isobus ou os novos distribuidores de adubo ZA-TS até 54 metros de largura. Os presentes puderam também fazer visitas guiadas às fábricas para assistir à produção de distribuidores de adubo, pulverizadores e até do pulverizador automotriz Amazone Pantera 4502.

Trelleborg expande a sua atividade nos EUA Trelleborg

A Trelleborg prepara-se para abrir a sua primeira fábrica, dedicada à produção de pneus radiais premium para máquinas agrícolas, situada na América do Norte.

Investimento de 36 M€

A fábrica estará localizada nas instalações que a companhia já possui em Spartanburg, na Carolina do Sul, e ocupará uma área de 40.000 m². Representa um investimento de 36 milhões de euros e criará cerca de 150 postos de trabalho até 2018. Maurizio Vischi, presidente da área de negócio da Trelleborg, explicou as razões do investimento: “A América do Norte é o maior mercado agrícola do mundo e a procura de pneus agrícolas extra-grandes, em que a Trelleborg é um líder de mercado, está em progressão. Ainda que já vendamos os nossos produtos nos Estados Unidos e no Canadá, a produção local oferece condições muito mais favoráveis, melhorando a nossa competitividade”.

Europa lidera pneus radiais À revista abolsamia, Paolo Pompei,

presidente da unidade de negócios de pneus agrícolas e florestais da Trelleborg, acrescentou que a expansão também se baseia na expetativa de que o mercado americano de pneus radiais venha a progredir: “A América do Norte continua a ser um mercado onde a tecnologia radial ainda não é completamente maximizada. Na Europa os pneus radiais representam 82% do mercado, enquanto na América do Norte essa percentagem é de apenas 44%. Há, de facto, espaço para crescimento”.

Plena produção em 2018

Com estas novas instalações, a marca aumentará a sua capacidade de produção a nível mundial e garantirá a disponibilidade de pneus premium no mercado americano, tanto para os fabricantes de máquinas como para os revendedores. A produção começará já no final de 2015, devendo a capacidade plena ser atingida até 2018, de modo a responder ao crescimento do mercado e a assegurar que fabricantes, revendedores e agricultores beneficiem da disponibilidade de produto da Trelleborg.

Errata à edição anterior

Kubota lança modelos M6060 e M7060 Kubota

A Kubota acaba de lançar dois novos modelos da série M: os Kubota M6060 e M7060 vêm substituir, respetivamente, os modelos M6040 e M7040. Por lapso, noticiámos na última edição d’abolsamia (página 26) que o Kubota M7060 só estaria disponível em versão cabina, quando também estará disponível no mercado português na versão com arco de proteção. Ambos os modelos contarão, pois, com versão arco e cabina. As nossas desculpas à Tractores Ibéricos pela imprecisão da notícia.

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Empresas SSAB celebra 20 anos em Portugal

SDF inaugura fábrica na Turquia Same Deutz-Fahr

O Grupo SameDeutz-Fahr (SDF) inaugurou a sua nova fábrica em Bandirma, Turquia, no passado dia 14 de maio. Na prática, trata-se de uma renovação, dotando de melhores condições aquele espaço que é vital para a presença da empresa no mercado turco e na região do Médio Oriente. A renovação da fábrica segue-se à aquisição de 100% do capital das operações da SDF na Turquia e representa um passo fundamental para estabelecer uma presença a longo-prazo naquela região. Lodovico Bussolati, CEO da SDF, falou sobre a renovação desta fábrica em solo turco. “O investimento neste país é uma etapa crucial para o reforço da nossa estratégia de internacionalização. A empresa acredita, de forma sólida, neste mercado em constante crescimento”.

SSAB Ao celebrar os 20 anos em Portugal, a SSAB continua a fornecer uma gama diversificada de aços, desde chapa laser (preta e decapada), Anti Desgaste HARDOX, alto limite elástico WELDOX e DOMEX que são marcas reconhecidas internacionalmente. Graças ao stock localizado em Santarém, a SSAB pretende continuar a ser um parceiro fiel aos seus clientes, garantindo uma entrega rápida e eficiente. A SSAB é líder mundial em aços de alto limite elástico e antidesgaste, e está presente no mercado português há 20 anos. Todos os seus produtos apresentam tolerâncias rigorosas, bem como um nível de qualidade transversal. Com o escritório e armazém localizados em Santarém, de onde é expedido material para qualquer ponto do território nacional e internacional, António Ramos, responsável pela SSAB em Portugal afirma:

“é nosso objetivo mantermos uma presença forte junto dos atuais e futuros clientes, e seus respetivos mercados.” A SSAB em Portugal está vocacionada para o Wearparts e Wear Service, tendo nas suas instalações equipamentos que permitem fornecer o produto final ao cliente, com elevados padrões de qualidade. Com o intuito de continuar a aumentar a oferta, a SSAB procura incrementar os seus níveis de stock, com os quais pode responder eficazmente às solicitações regulares, e às mais urgentes. Neste contexto, António Ramos constata: “As marcas dos nossos produtos são reconhecidas a nível mundial, e no caso do HARDOX, que celebra este ano 40 anos de existência, dispensa qualquer tipo de apresentações”. Da sua gama de produtos, António Ramos destaca o seguinte: • WELDOX e DOMEX são aços de alto limite elástico que podem ser aplicados em várias indústrias, onde a redução do peso, aumento da resistência e maior durabilidade são fatores de sucesso. • HARDOX é um aço antidesgaste, com diversas aplicações nos diferentes setores da indústria de reciclagem, mineira, construção civil, papel, cimentos e outras. O HARDOX é uma mais valia tanto para a SSAB como para os clientes.

20 milhões de motores desde 1932 Perkins A Perkins fabrica motores desde 1932 e alcançou a meta histórica de 20 milhões de unidades produzidas. O número foi atingido quando a 28 de abril saiu da linha de produção situada em Peterborough, no Reino Unido, um motor Perkins modelo 1206 Tier4. Este feito foi assinalado com uma cerimónia onde o presidente da Perkins, Ramin Younessi, falou perante cerca de 70 funcionários: “Vinte milhões de motores é um feito significativo de que estamos muito orgulhosos. Atualmente, a Perkins é um dos principais fornecedores a nível mundial de motores diesel para equipamentos destinados a uma utilização fora de estrada. Os nossos motores servem mais de 800 diferentes aplicações, nos setores agrícola, marítimo, da construção, da geração de energia, da indústria e da movimentação de cargas”. A Perkins é, desde 1998, uma subsidiária da Caterpillar Inc. e possui fábricas nos EUA, Brasil, China e Reino Unido.

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Opinião por João Sobral*

TRANSMISSÕES

Do bacalhau com grão ao avanço coordenado V2V

Há um mundo de diferenças a separar as tradicionais transmissões mecânicas e as modernas transmissões CVT. queixava-se com um violento «kkrrrrrrrr» quando em andamento tentávamos meter uma mudança. Nem todas eram igualmente más, mas a maioria tinha tendência para arranhar por mais cuidado que tivéssemos em pisar a fundo a embraiagem. Numa altura em que, além de caixas muito rijas, alguns tratores ainda não tinham direção assistida ou travões de disco em banho de óleo, o melhor lubrificante para estas engrenagens era comer ao almoço um prato de bacalhau com grão ou um bom cozido à portuguesa.

Inversor mecânico e eletro-hidráulico

S

endo muito variadas as soluções existentes no mercado, é importante que o cliente tenha uma ideia acerca das funcionalidades de que necessita.

A função das transmissões Seja de que tipo for, a transmissão tem a função de transferir para as rodas a força gerada pelo motor, convertendo-a em esforço de

tração. Ajuda a colocar a potência no chão de um modo controlado e gerido pelo operador. Acessoriamente, é também através da transmissão que a potência é transferida para a TDF.

Transmissões mecânicas convencionais As caixas de velocidades na configuração 8/2, com quatro relações para a frente e uma para trás, distribuídas por uma gama alta e uma gama baixa,

foram durante muitos anos, nas décadas de 60 e 70, a solução mais adotada pelos fabricantes. Era o caso dos Massey Ferguson série 100 ou dos Ford 5000. Havia marcas com diferentes variantes – a Leyland tinha transmissões com configuração 10/2 e 9/3 – mas não andavam longe do que era habitual para a época. Antes de aparecerem as caixas sincronizadas, que trouxeram maior conforto ao permitirem a passagem entre mudanças de forma mais suave, a mecânica

Ter apenas duas ou três marchas-atrás dava muito pouca margem de manobra. Na maioria das vezes a lenta era demasiado lenta, e a rápida era demasiado rápida. Foi o inversor que veio resolver este incómodo. A Renault disponibilizou-o logo nos anos 80. Passámos a ter a mesma conta de mudanças para trás que temos para a frente, o que agilizou imenso as tarefas em que se faz constantemente inversão de marcha, como por exemplo nas tornas curtas ou nos trabalhos com carregador frontal.

* A versão original foi escrita segundo a antiga ortografia.

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Opinião Os inversores também evoluíram. É já comum possuírem acionamento eletro-hidráulico, com ajuste de sensibilidade de resposta, além de dispensarem o uso de embraiagem.

Transmissões Semi-Powershift

Com o aparecimento das caixas semi-powershift passou a ser possível alternar entre dois ou três ‘níveis’ dentro de uma mesma relação, sob carga e sem recorrer à embraiagem. Estes ‘níveis’ correspondem a pequenos ajustes, e afiguram-se bastante úteis para recuperar potência sem mudar de relação. É aquilo a que costumamos chamar as meias mudanças. O Grupo SDF disponibiliza esta solução nos Deutz-Fahr série 5 e nos modelos correspondentes das marcas irmãs, Same, Lamborghini e Hürlimnan. Nestes tratores, cada mudança é repartida por três níveis powershift. Mas uma transmissão deste tipo poderá não ter meias mudanças. Sempre que concilie uma parte mecânica que implique a utilização de embraiagem, e uma parte de acionamento electro-hidráulico, que dispense o uso de embraiagem, também dizemos que se trata de uma transmissão semi-powershift. É o que acontece com a caixa Intelli-Shift da Kubota, em que as gamas são mecânicas mas as

mudanças dentro de cada gama são acionadas por tecla e sem embraiagem. Nos trabalhos com TDF, estas transmissões tornam possível manter mais constante o nível de rotações, nos trabalhos de mobilização reduzem a quebra de tração que se gera ao mudar de uma relação para outra, e em transporte também contribuem para diminuir a perda de ritmo nas subidas. No entanto, para se alternar entre diferentes relações mecânicas continua a ser necessário utilizar a embraiagem. O uso das caixas de velocidades semi-powershift generalizou-se durante os anos 90.

Transmissões Full-Porwershift

As transmissões Full-Powershift, também conhecidas apenas como Powershift, tornam possível que se alterne entre relações e entre gamas através de comando eletro-hidráulico, e dispensam completamente o uso de embraiagem. Possuem já algumas possibilidades de parametrização que as aproximam das transmissões CVT. São disso exemplo os diferentes modos de condução que algumas delas comportam. É frequente que o operador possa escolher entre passar as relações manualmente ou conduzir em modo automático.

Transmissões de variação contínua

Falámos delas em pormenor na última edição d’abolsamia. Possibilitam ao operador um doseamento minucioso e suave da velocidade, e um leque de parametrizações capaz de as adequar a qualquer tipo de trabalho. Além disso, os sistemas de paragem ativa, em que a transmissão sustém o trator em declives, e sem que seja necessário usar os travões, trouxeram um acréscimo de segurança. Começaram por aparecer nos segmentos de alta potência mas os fabricantes têm vindo a introduzi-las em gamas cada vez mais baixas. Embora ainda continue a ser muito pouco comum encontrá-las em tratores com menos de 120 cv, a Fendt, que foi a pioneira a comercializar tratores com este tipo de caixa, esteve novamente na vanguarda ao equipar a sua linha de especializados – entre os 70 e os 110 cv – com transmissão Vario.

Nas transmissões Hexashift da Claas, um sistema de gestão eletrónica adequa a relação engrenada às condições de esforço a que a cada momento o trator está exposto.

Ao lançar a caixa de velocidades Synchro, a Leyland foi das primeiras marcas a dispor de mudanças sincronizadas com alavanca ao lado do assento do condutor.

Avanço coordenado V2V A agricultura de precisão e a eletrónica associada às transmissões, permitiram agilizar tarefas onde diferentes máquinas operam em paralelo. A tecnologia V2V (vehicleto-vehicle), assente na comunicação de veículopara-veículo, permite por ex. que uma ceifeira e um trator entrem em modo de avanço sincronizado, durante a transferência de cereal em andamento, sem que os respetivos condutores tenham constantemente de ‘acertar o passo’.

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Tecnologia Continuação da edição anterior - página 40

A Case IH (AFS), a Fendt (GuideConnect) e a John Deere (Machine Sync) já dispõem de comunicação V2V. A Claas está a desenvolvê-la. A Fendt torna mesmo possível que um trator sem condutor reproduza, avançando a uma determinada distância, todas as manobras feitas por um tractor com condutor. Na prática, uma pessoa pode controlar duas máquinas em simultâneo e sem precisar de comer bacalhau com grão ao almoço.

Quando se justifica a Variação Contínua Em entrevista à revista abolsamia, a Claas e a Massey Ferguson dão-nos a conhecer a sua perspetiva a propósito das vantagens associadas às transmissões de variação continua. Em maio, falámos acerca das características que diferenciam as transmissões CVT, e entrevistámos representantes de várias marcas de tratores, que nos deram a sua opinião sobre as vantagens associadas a esta tecnologia. Por não ter sido possível contarmos com os testemunhos da Massey Ferguson e da Claas antes do fecho da edição, divulgamo-los agora seguindo a sequência de entrevistas iniciada no último número nas páginas 40 a 44.

Em síntese Temos vindo aos poucos a beneficiar de um maior conforto associado ao manuseamento das transmissões, dispomos agora de variadas possibilidades de parametrização da máquina que conduzimos, e mais recentemente passámos a poder assumir o controlo de uma segunda máquina que opere à nossa volta em trabalho de campo. A associação entre a mecânica e a eletrónica tem encetado possibilidades que não param de nos surpreender. E embora ainda nos deparemos com tratores de segmento mais baixo, equipados com caixas convencionais, em que alternar entre gamas ainda nos dá que fazer, o que se tornou mais importante, nesta era das transmissões CVT e dos sistemas de avanço coordenado, é que o operador saiba retirar partido das possibilidades que a tecnologia põe à sua disposição, de maneira a que realize cada tarefa de forma mais eficiente.

Nota: Embora neste artigo usemos indiferentemente as expressões ‘caixa de velocidades’ e ‘transmissão’ para falarmos da mesma realidade, em bom rigor a caixa de velocidades é um dos componentes que compõem a transmissão, juntamente com o bloco de engrenagens a que estão acoplados os eixos.

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Claas Gilles Mayer, Diretor de Marketing e Vendas.

1

Do ponto de vista do cliente, em que situações, e para que tipo de aplicações, é mais apropriado escolher uma transmissão CVT? A escolha da transmissão depende

principalmente de quais são as expectativas do cliente em relação ao seu trator. Se o cliente pretende uma tecnologia simples, a CMatic não é claramente a transmissão de que ele está à procura. Obviamente, são os clientes que exigem mais dos seus tratores que compram este tipo de caixas de velocidades. A principal vantagem das transmissões CMatic é serem capazes de seleccionar a velocidade do motor de modo separado da velocidade de avanço. Isto é ideal para todas as aplicações com TDF, como ceifar, semear ou pulverizar…. além de que irá aumentar a performance das alfaias usadas com o trator. A transmissão CMatic é também muito fácil de usar. Para as longas horas de trabalho que os clientes estão a fazer com os tratores Claas, eles consideram esta opção como essencial. Mais conforto significa que o cliente pode trabalhar durante mais tempo e de forma mais eficiente, melhorando consideravelmente a sua produtividade. 2 Comparando um modelo com e sem transmissão CVT, em quanto é que esta tecnologia faz subir o preço final? O aumento no preço ronda os 9.000 Eur. Este aumento é o custo da tecnologia. No entanto, o cliente recupera rapidamente o investimento


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Tecnologia graças ao desempenho melhorado desta caixa. Este desempenho inclui ainda um consumo de combustível mais baixo. 3 A transmissão CVT necessita de uma manutenção mais frequente do que as convencionais? É uma manutenção mais dispendiosa no longo prazo? Pelo contrário, a caixa CMatic tem menos peças de desgaste que uma caixa PowerShift ou mecânica, portanto a necessidade de manutenção é menor. Nós iremos encontrar melhorias naquelas aplicações que requerem velocidades muito baixas ou paragens frequentes. Nessas condições,

Massey Ferguson Carlos Rocha, Diretor Geral do Grupo Tractores de Portugal, importador nacional da Massey Ferguson.

1 Quando é que se justifica optar por uma transmissão CVT? A utilização de uma transmissão CVT justifica-se em muitas situações. Não considero

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como a colheita de batata, a caixa CMatic é a escolha ideal já que não faz uso de embraiagens para cumprir esses requisitos, e portanto não gera desgaste na caixa. 4

Na sua opinião, num futuro próximo que tipo de evolução, e em que sentido, é de esperar para as transmissões CVT da Claas? A atual tendência do mercado é de crescimento do número de clientes preparados para investir na tecnologia CMatic. No sentido de satisfazer este crescimento do mercado, especialmente nos segmentos de potência mais baixa, lançámos o Arion Cmatic, de variação contínua. É uma

que exista uma situação específica para a sua utilização. Este tipo de transmissão é muito fácil de utilizar e funciona extremamente bem em todas as situações. Não é necessário mudar de velocidade, nem se verificam quaisquer saltos ou interrupções em relação à tração ou potência. É evidente que a escolha depende da experiência do cliente, pois um cliente com experiência neste tipo de transmissão fica muito fidelizado à CVT. Este tipo de transmissão constitui o desenvolvimento natural das transmissões automáticas tradicionais. 2

Em média, uma transmissão CVT inflaciona o preço de um trator em que percentagem? Em média a diferença de preço é de 10%. 3 Uma transmissão CVT exige uma manutenção mais

transmissão 100% desenhada e fabricada pela Claas, depois de não termos encontramos no mercado nenhuma caixa de velocidades que se adequasse aos rígidos critérios que definimos. Graças às nossas engrenagens compostas e baixos níveis de óleo, introduzimos um novo nível de performance. No futuro, iremos continuar a melhorar a eficiência das nossas transmissões mas não existe uma resposta única acerca de como podemos alcançar esse desempenho. Vamos continuar a trabalhar em todos os pequenos detalhes, desde o software às peças, para garantir que a próxima geração de tratores

atinja sempre novos limites. Para resumir, a transmissão CMatic combina: alta performance, baixo consumo de combustível, facilidade de uso, e baixo custo de manutenção. Isto está completamente em sintonia com a filosofia CPS (Claas Power Systems). É por isso que estamos a aumentar a gama de tratores que podem beneficiar desta tecnologia. Para nos certificarmos de que oferecemos o melhor aos nossos clientes, fornecemos esta transmissão como standard em todos os modelos da gama Axion 900 e Xerion.

frequente do que uma transmissão convencional? No longo prazo, é mais dispendiosa? Não, não há qualquer alteração no que diz respeito ao plano de manutenção.

6 É de que esperar que num futuro próximo a série MF 5600 também venha a estar disponível com transmissão CVT? Acreditamos que num futuro próximo também esteja disponível na serie 5600 a possibilidade de versões Dyna VT, ou seja, com transmissão CVT.

4 No mercado europeu, qual é a percentagem de tratores MF vendidos com transmissão CVT? E no caso português? Em termos de mercado Europeu, cerca de 25% das vendas dos tratores MF acima dos 130 cv são equipados com transmissão CVT. Em Portugal, esta percentagem é de cerca de 5%, mas com tendência para aumentar num futuro muito próximo. 5 No mercado europeu, qual é a percentagem de tratores MF vendidos com transmissão CVT? E no caso português? Este tipo de transmissão é mais solicitado no segmento de potência acima dos 130 cv.

7

Na sua opinião, em que sentido é que as transmissões CVT da MF irão evoluir nos próximos anos? Devido às suas excecionas características, é de prever que nos próximos anos este tipo de transmissão seja utilizado em cada vez um maior número de modelos. No fundo, acredito que nas potências acima dos 100 cv esta transmissão passe a ser a mais utilizada e responsável pela maior percentagem de vendas da MF na Europa.



Tecnologia por Luís Alcino Conceição

Máquinas agrícolas

Sistemas de apoio à condução por GPS O custo e impacto ambiental de alguns fatores de produção na agricultura têm levado os agricultores a adotarem soluções tecnológicas que lhes permita a otimização da utilização de energia e de consumíveis como fertilizantes e agroquímicos, nomeadamente.

S

imultaneamente, o preço cada vez menor dos sistemas de apoio a condução por GPS tem feito com que esta tecnologia seja uma das com maior expressão na recetividade pelo agricultor quando se fala em tecnologias de agricultura de precisão em máquinas agrícolas. Sendo uma tecnologia de fácil utilização, as principais vantagens destes sistemas são a redução do custo de operações de fertilização, sementeira e aplicação de agroquímicos pelo menor número de falhas e sobreposições de terreno nos trajetos realizados; menor fadiga do operador e a possibilidade de realização de trabalhos com reduzidas condições de visibilidade. A adoção de tecnologias de agricultura de precisão assume um pressuposto de que é possível realizar o maneio das parcelas no espaço e no tempo, bem como permite a gestão de tarefas diárias com recurso à georreferenciação numa ótica tripartida de: • Utilização de práticas mais próximas às necessidades das culturas, objetivo técnico; • Otimização dos fatores de produção, objetivo económico; • Redução do impacto ambiental da atividade agrícola Sustentabilidade, objetivo ambiental. Os sistemas de apoio à condução por GPS, cujo objetivo principal é manter o trator numa trajetória definida evitando falhas e

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sobreposições de terreno entre passagens, constituem atualmente a mais difundida dessas tecnologias em máquinas agrícolas, sendo que se podem considerar 3 níveis distintos: • Sistemas de orientação ou barras e luzes; • Sistemas de condução assistida; • istemas robotizados. Destes, dedicamos especial atenção neste artigo aos dois primeiros. Os sistemas de orientação ou barras de luzes e sistemas de condução assistida podem apresentar-se como equipamentos portáteis ou

integrados no trator ou máquina agrícola. Os equipamentos portáteis de sistemas de orientação ou barra de luzes são em regra constituídos por um monitor e uma antena de GPS (figura 1). No caso dos sistemas de condução assistida, ao equipamento anterior junta-se um motor elétrico e um módulo de compensação de terreno constituído por um conjunto de

acelerómetros e giroscópios, cuja função é calcular a diferença entre a localização da antena GPS e a posição de trabalho pretendida do ponto central do trator independentemente do ângulo de inclinação do veículo quando este é conduzido em declives ou planos irregulares (figura 2).

Recetor GPS Posição sem compensação de terreno

Posição corrigida

Ângulo Antena

Barra de luzes

Figura 2 -Correção da posição de localização do trator pelo módulo de compensação do terreno quando o traçado de trabalho se faz em planos declivosos.

Figura 1 - Monitor, antena GPS e respetivos cabos de ligação (à esquerda) e localização da antena no topo e centro da cabina do trator (à direita).


Tecnologia

Figura 3 - Modelos de diferentes monitores de sistemas de condução em que se observa a localização do trator relativamente à linha de trajetória e na parte superior as barras de luzes em que os leds de cor verde indicam o alinhamento do trator com passagem de trabalho.

Monitor e informação disponibilizada

Os monitores são constituídos pelo monitor propriamente dito onde num esquema gráfico monocromático ou policromático é possível ver a posição do trator relativamente ao trajeto que esta a realizar e por uma barra de luzes policromática que permite orientar o operador para a localização certa de onde deve estar o trator na respetiva passagem de trabalho. Habitualmente estas barras apresentam um conjunto de leds verdes ao meio indicando que o trator se encontra alinhado com o traçado de trabalho e de leds vermelhos à direita e à esquerda daqueles que consoante se encontrem uns ou outros ligados assim o operador deve conduzir nesse sentido para alinhar com o trajeto pretendido (figura 3). É no monitor que são feitas as principais calibrações para uso do equipamento, nomeadamente: • Distância entre passagens pretendida, de acordo com

a largura de trabalho da máquina com que se está a operar; • Distâncias longitudinais e transversais de localização da antena à máquina acoplada; • Tipo de traçado de trabalho pretendido; • Linha de guia do traçado selecionado. No que se refere ao tipo de traçado, atualmente a grande maioria dos fabricantes permite a utilização de traçados lineares ou curvilíneos segundo diferentes padrões conforme mostra a figura 4.

Refira-se que nos modelos onde os traçados incluem a opção de “bordadura”, permitem a marcação e visualização das cabeceiras de trabalho para reduzir as perdas de rendimento nas viragens. Alguns monitores permitem ainda a utilização de dispositivos de armazenamento de dados através de portas USB para transferência e visualização num computador pessoal dos trabalhos realizados conforme mostra a figura 5. Este tipo de aplicação permite ainda gravar um ficheiro com os dados de campo (nome do proprietário, nome da parcela, áreas realizadas, produtos distribuídos) e caso se deseje fazer a impressão dos mesmos em papel.

Antena e grau de precisão

A antena tem como função a receção do sinal de localização do veículo de acordo com a constelação de satélites disponíveis nessa área geográfica, que tal como em qualquer outro sistema de geoposicionamento pode apresentar diferentes níveis de precisão (figura 6), métrica, submétrica ou centimétrica. A precisão submétrica é a obtida por GPS de correção diferencial (DGPS) cujo fornecimento de sinal pode ser obtido a partir do sistema

Figura 5 - Layout do software PLM para visualização do traçado de trabalho realizado. As faixas contiguas mostram a ausência de falhas e sobreposições e as diferentes cores identificam neste exemplo as variação de velocidade ao longo do trajeto de trabalho.

EGNOS ou OmniSTAR, sendo que, o primeiro de forma gratuita garante que o erro de localização não é superior 20 cm, normalmente o tipo de sinal utilizado em operações de distribuição centrífuga de adubo e em pulverizadores de jato projetado na aplicação de agroquímicos. O sinal OmniSTAR pode ser adquirido por subscrição oferecendo uma precisão de 10 cm a 12 cm para trabalhos que assim exijam esse grau de precisão. Recorde-se que nestas operações com a utilização desta tecnologia

Figura 4 - Exemplos de padrões de trabalho retilíneos tipo AB (figura da esquerda) e curvilíneos tipo curva adaptativa e pivot (figura ao centro e à direita).

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Tecnologia RTK

OmniSTAR HP

2,5 cm

OmniSTAR XP

10 cm

Precisão entre passagens (cm)

Antena

Serviços

Distribuição de adubo

12 a 20

DGPS

OmniSTAR/EGNOS

Pulverização

12 a 20

DGPS

OmniSTAR/EGNOS

Marcação de cabeçeiras

12 a 20

DGPS

OmniSTAR/EGNOS

Sementeira/Plantação

2,5

RTK

RTK/VRS

A

b

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20 cm

12 cm

Tarefa

Figura 7 - Monitor (A) e motor eletrico com engrenagem (B) de comando do volante do sistema de condução assistida.

EGNOS

se dispensa por completo a utilização de um segundo operador para balizamento do campo ou qualquer outro tipo de marcadores como sejam os tradicionais marcadores de espuma, que além de constituírem mais um consumível limitam em certa medida a velocidade de operação. A precisão centimétrica utilizada em operações de sementeira e plantação pode conseguir-se pela utilização de equipamentos compatíveis com correção cinemática em tempo real (RTK) que permite obter uma precisão até 2,5 cm recorrendo a um terminal móvel que contém um cartão SIM ligado ao recetor GPS e envia a posição recebida para um servidor VRS central através da rede de telemóvel GPRS ou através uma estação terrestre local que recebe os mesmos dados relativos à posição do que a unidade móvel e comparando a posição recebida com a sua posição atual determina o erro em tempo real transmitindo-o por uma onda curta de radio à unidade móvel.

Figura 6 - Precisão do sinal GPS, tipo de dispositivo e serviço necessário de fornecimento de sinal em função do tipo de tarefa a realizar.

nas cabeceiras o operador pode atuar sobre o volante, (figura 7). Outros modelos podem incorporar um sistema electrohidráulico acoplados ao sistema de direção do trator permitindo mesmo a realização das cabeceiras em modo automático. A vantagem deste sistema é a de principalmente permitir reduzir a fadiga de trabalho do operador na tarefa de condução para que a sua concentração se centre na tarefa de campo que está a realizar. A grande vantagem dos sistemas portáteis prendese com a possibilidade da sua utilização em diferentes máquinas da exploração

Módulo de condução assistida

Os sistemas de condução assistida portáteis equipam um pequeno motor elétrico possível de montar junto ao volante do trator e que recebendo o sinal do equipamento anteriormente descrito, comandam o trator através de uma pequena engrenagem de borracha, sendo que em qualquer situação de emergência ou

Figura 8 - Exemplo de sistema integrado de condução assistida por GPS num trator agrícola com comando de acionamento da função (A) e layout no monitor de informação (B).

b A



Tecnologia agrícola, possíveis de desmontar e montar de forma expedita, apenas requerendo um ponto de fixação da antena e do monitor, e o seu baixo preço de aquisição.

Sistemas integrados de apoio à condução

Os sistemas integrados de apoio à condução por GPS apresentam constituição semelhante à descrita anteriormente, incorporando simultaneamente o sistema de barra de luzes e de condução assistida mas os respetivos componentes encontramse agora montados de fábrica nos painéis de instrumentos e comandos dos tratores ou máquinas agrícolas. Normalmente constituem um opcional de algumas gamas de potencia e o seu funcionamento está integrado no monitor de informação do trator quando selecionada essa função. Nos comandos do painel de instrumentos o símbolo de um pequeno volante é sinonimo da existência ou da pré instalação deste tipo de dispositivo que após calibração da distância entre passagens pretendida e do tipo de traçado de trabalho aciona ambos os sistemas, barra de luzes e condução (figura 8). A ausência de cabos distribuídos pela cabina e a integração do comando de direção com o sistema hidráulico próprio do trator permitindo uma maior precisão de resposta e fiabilidade funcionamento são algumas das vantagens desta opção relativamente aos modelos portáteis.

Em campo Uma vez calibrado o sistema, o operador apenas tem de se adaptar a visualizar num segundo plano a barra de luzes colocada em regra por meio de uma ventosa no vidro dianteiro da cabina do trator ou inserida no monitor de informação do trator, consoante o modelo, e conduzir de acordo com as indicações de direção que recebe. Atualmente a boa receção de sinal GPS em praticamente todo o território nacional permite utilizar

estes sistemas em qualquer região, 24h por dia, já que os próprios monitores têm modos de iluminação para dia e noite. Outra característica interessante é o de alguns modelos poderem evoluir para outras aplicações como as tecnologias de aplicação de taxa variável (VRT) ou simplesmente poderem controlar de forma automática o fecho de setores de uma barra de pulverização em caso de sobreposição. Sendo equipamentos bastante

intuitivos, o treino do operador faz-se em média num dia de trabalho, ao final do qual é significativa a diferença de qualidade de operação (figura 9) em área de falhas (faixas a vermelho) e sobreposições (faixas a verde claro) conforme ficou provado num ensaio realizado em 2007 pela Escola Superior Agrária de Elvas. Atualmente é um tema com enfoque na formação em Mecanização de alunos e operadores de máquinas.

Figura 9 - Treino de condução (ao lado) e avaliação da qualidade de operação comparando o método clássico sem sistema de apoio à condução com o uso de um sistema de apoio à condução portátil (em baixo).

Método clássico

sistema de balizamento electrónico

Recomendações de leitura

Basso, B; Sartori, L; Bertocco, M. (2006). Coordinadores Ed. Espanola: Sierra, J.; Remesses A. (2006) Manual de Agricultura de Precisión – conceitos teóricos y aplicaciones prácticas. Ministério da Agricultura Pesca y Alimentacion / Eumedia. University of Nebraska Licoln. Satellite Based Auto-Guidance. Disponível em : http://ianrpubs. unl.edu/live/ec706/build/ec706.pdf Gestão da precisão do terreno da New Holland. Disponível em: http://agriculture.newholland. com/pt/pt/PartsServices/Documents/ PLM_118001_POO.pdf Braga, R. e Conceição L.A. (2004). Sistemas de condução apoiados por GPS: Descrição, Características, Vantagens e Custos de Utilização. Vida Rural, Nº 1700, Setembro de 2004, 30-33.

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Legenda: Aplicação de uma densidade inferior à pretendida

Sobreposição

Aplicação da densidade pretendida

Aplicação fora da parcela


Mercados Máquinas agrícolas

Indústria abranda, mas pouco A VDMA diz que a indústria de máquinas agrícolas regista uma pausa no crescimento após quatro anos de recuperação económica, mas que o nível continua muito elevado. Após quatro anos de forte recuperação económica, a indústria de máquinas agrícolas regista atualmente uma ligeira quebra no volume de vendas. “Após se ter registado um crescimento global de sete por cento na indústria no ano passado, espera-se uma diminuição de três a cinco por cento este ano, apesar de continuarmos num nível claramente elevado”, disse Bernd Scherer, diretor da VDMA Landtechnik, em junho passado, na apresentação do relatório económico da VDMA que decorreu em Frankfurt, Alemanha. No entanto, a VDMA acredita que esta baixa não será preocupante, uma vez que a procura nos mercados emergentes continua a crescer.

Fabricantes europeus de máquinas agrícolas alcançaram recorde de vendas em 2013

A indústria europeia de máquinas agrícolas atingiu um novo nível recorde em 2013, com um volume de negócios de 30 biliões de euros. Na Alemanha, a produção aumentou em 10% para 8,4 biliões de euros. Nos EUA, no Brasil e no Extremo Oriente as empresas também alcançaram um crescimento acima da média. De acordo com informações da VDMA, a participação do volume de produção de máquinas agrícolas da China ronda atualmente 20 por cento. Até à primavera, as encomendas nas grandes unidades de produção foram,

no total, ainda ao nível do ano anterior. A tendência atual, no entanto, mostra um desenvolvimento mais fraco. O volume de encomendas dos fabricantes de máquinas e tratores agrícolas na Alemanha, de janeiro a abril 2014, foi dez por cento inferior ao do ano anterior, enquanto que o nível de vendas se manteve.

Desenvolvimento heterogéneo do mercado na Europa Na Europa, o desenvolvimento do mercado foi muito heterogéneo. Em 2013, os dois pesos-pesados, a França e a Alemanha, representaram 42 por cento do mercado de tecnologia agrícola na União Europeia. As explorações agrícolas e as empresas de prestação de serviços nestes países nunca antes tinham investido tanto em mecanização. Este ano, está a ocorrer uma tendência correspondente na direção oposta. O mercado francês encolheu no primeiro trimestre cerca de um quarto. Na Alemanha, apesar de as vendas se terem mantido estáveis até ao momento, registou-se uma quebra nas novas encomendas desde fevereiro. De acordo com a estimativa da VDMA, o mercado francês está cerca de 15 por cento abaixo do seu nível recorde em relação ao ano anterior, e na Alemanha, a quebra pode chegar a cerca de 10 por cento. Atualmente, existe uma tendência de crescimento em

Espanha, na Grã-Bretanha e nos mercados escandinavos. As vendas para a Rússia e para a Ucrânia, os principais mercados da Europa de Leste da indústria de máquinas agrícolas alemã, continuarão a ser difíceis devido à política comercial e à situação política global.

A VDMA espera uma quebra nas vendas do setor de cerca de cinco por cento para 8 biliões de euros. A previsão para as vendas globais em 2014 é de 93 biliões de euros, que corresponde a uma diminuição de quatro por cento.

Maquinaria agrícola na União Europeia - 2013 Valores em milhões de euros, incluindo tratores Países

Produção

Export.

Import.

Volume de mercado

França

4308

2749

4087

Alemanha

8388

6124

3294

5557

Reino Unido

2083

1791

1797

2089

Itália

5083

4050

916

1948

Áustria

1592

1417

881

1205

Holanda

1087

1899

929

1119

Espanha

744

557

777

964

Dinamarca

742

629

766

879

Suécia

624

631

692

830

Bélgica-Luxemb.

996

1703

1421

828

Finlândia

987

687

377

677

Irlanda

165

190

328

364

Portugal

94

54

215

255

Grécia

55

43

106

119

UE 15*

26947

10821

4120

22481

Polónia

5646

1170

893

1201

1478

República Checa

646

582

588

658

Hungria

541

453

439

527

Roménia

66

82

446

430

Bulgária Restantes novos membros UE UE 13* UE 28*

51

99

416

368

348

640

1109

1050

2823

2070

3613

4510

29769

8691

3307

26991

* excluindo o comércio intra-comunitário Alguns países incluem transferências (ex. Holanda, Bélgica razão pela qual valores de exportação excedem os da produção) Fontes: Eurostat, VDMA, CEMA

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KRONE EASY CUT* Gadanheira de discos

*

• Modelos suspendidos, rebocadas e combinação tripla. • Disponível em todas as larguras de trabalho (desde 2 até 10 m). • Barras de corte completamente soldadas e fechadas, para uma maior resistência. • Suspensão EASYCUT DUOGRIP com suporte no centro de gravidade.

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BKT, dez anos de crescimento no mundo Marienfeld foi o sítio escolhido pela BKT Radial Tires para a celebração do seu 10º aniversário.

F

oi nesta localidade alemã, que acolheu a seleção portuguesa de futebol no verão de 2006 para a realização do Mundial, que este fabricante de pneus indiano juntou a imprensa especializada para mostrar, entre outras novidades

para o segmento da movimentação de terras e as suas novas linhas da gama Flotation para agricultura. A ocasião serviu também para comunicar os resultados alcançados pela Balkrishna Industries Ltd. (BKT) que continua a crescer a bom ritmo.

Arvind Podar, presidente e diretor geral da BKT.

Um esforço recompensado No que toca a resultados, Arvind Podar, presidente e diretor geral, referiu que o volume de negócios da BKT atingiu 780 milhões de US dólares no ano financeiro que terminou em 31 de março passado, prevendo-se o crescimento deste resultado também este ano para 950 milhões de US dólares. Em 2020, a empresa pretende

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atingir o objetivo dos 2 biliões de US dólares através do desenvolvimento contínuo de novos produtos. Referiu também que o setor agrícola representa atualmente 65% das vendas da empresa, seguido pelos setores de indústria e construção e OTR. Por mercados, referiu, “continua a ser a Europa a concentrar a maior parte das

vendas (50%), embora nos EUA a penetração tenha aumentado de 2 para 20% nos últimos 10 anos.” A gama radial Agrimax começou a fabricar-se em 2004, ano em que pouco ultrapassou as 3200 unidades e o seu crescimento tem sido uma constante de ano para ano: em 3013 ultrapassou as 325 mil unidades. O esforço produtivo deste

fabricante indiano estendese também à preocupação com o meio ambiente: mais de 60% da energia necessária para alimentar os estabelecimentos da BKT no norte da Índia é gerada a partir de fontes alternativas. A BKT ficou classificada em 239º lugar entre as 500 melhores empresas indianas, pela Business Today.


Empresas por Francisca Gusmão

receitas das vendas

Milhões dólares 1000 900 800 700 600 500 400 300 200 100 0

vendas por região 950 700 610

434

80

111

162

215

2004

780

272 302

Europa Américas Outros Total

vendas por segmento

2014

2004 %

M$

%

M$

90

72

65

617

Ind. e Construção

5

4

14

133

OTR (Fora de estrada)

0

0

13

124

%

M$

%

M$

95

76

50

475

Agrícola

190

2

1.6

20

1

2.4

30

285

100

80

100

950

2014

Outros Total

5

4

8

76

100

80

100

950

04 05 06 07 08 09 10 11 12 13 14 Anos

Novos produtos

As raízes da BKT

A apresentação dos novos produtos em Marienfeld decorreu em simultâneo com a feira alemã de Reifen Essen, a principal mostra internacional dedicada ao setor dos pneus em que a BKT marcou presença com três novas linhas de pneus agrícolas.

A BKT (Balkrishna Tires) foi fundada em 1987 e tem sede em Bombaim (Índia), onde detém atualmente cinco unidades de produção: Aurangabad, Bhiwadi , Dombivali, Chopanki e Bhuj. Possui também três divisões comerciais (Europa, EUA e Canadá), um efetivo de 7 mil pessoas e mais de 2.100 referências de produtos que são vendidos em mais de 130 países em todo o mundo. O centro de produção mais recente da empresa foi construído na cidade de Bhuj e constitui um marco tecnológico no desenvolvimento da BKT. Em abril deste ano, foi ali produzido o primeiro pneumático Agrimax mas até ao final do ano a fábrica de Bhuj deverá estar a produzir 34 dimensões Agrimax e em 2015 o número de unidades fabricadas deverá situar-se na ordem das 1000 por dia. A BKT refere que vendeu, até hoje, 1.8 milhões de pneus da gama Agrimax a qual está hoje disponível em masi de 120 países no mundo.

Agrimax Force Na dimensão IF 710/75 R 42, ideal para tratores de grande potência, desenvolvido com a tecnologia IF e adaptado para trabalhar com cargas elevadas a baixas pressões.

Agrimax Spargo Na dimensão VF 380/90 R 46, concebido para pulverizadores e aplicações em culturas em linhas. Possui uma tecnologia que permite trabalhar com cargas elevadas a uma pressão invariável comparativamente com pneus standard de medida equivalente, reduzindo a compactação do solo e oferecendo maior conforto de condução no campo e em estrada.

Apresentação detalhada aos jornalistas das capacidades de cada modelo de pneu, tanto para o segmento da movimentação de terras como para as suas novas linhas da gama Flotation para agricultura.

FL630 Super Na dimensão 750/60 R 30.5, fabricado para reboques e indicado para utilização múltipla em qualquer superfície ou na estrada.

A fábrica de Bhuj é envolvida por uma zona residencial para os empregados da fábrica, que também contempla uma série de serviços, desde zonas comerciais, a escola e hospital, para além de zonas destinadas à prática desportiva e jardins.

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Tecnologia por João Sobral*

Estacionar reboque com smartphone ZF e Bosch desenvolvem nova aplicação

Ouvimos falar com muita frequência da ZF por se tratar de um importante fornecedor de eixos e transmissões para o setor da maquinaria agrícola. Mas a atividade da empresa alemã é bastante mais ampla, pois dedica-se ao desenvolvimento e ao fabrico de elementos mecânicos e de dispositivos eletrónicos para praticamente todo o tipo de veículos.

E

ntre muitos outros projetos em que está envolvida, a ZF acaba de desvendar, juntamente com a Bosch, uma aplicação eletrónica (app) para ‘Estacionamento Inteligente de Reboques’. Os utilizadores de máquinas agrícolas são muito experientes a fazerem marcha-atrás com implementos rebocados. E os que não são, ou ganham prática ou então abrem uma mercearia. Mas os condutores de automóveis, que

ZF e a Bosch desenvolveram uma app através da qual o condutor pode estacionar uma viatura com reboque apenas deslocando os dedos no ecrã de um smartphone ou de um tablet.

só ocasionalmente utilizam um atrelado, muitas vezes não têm experiência suficiente para recuar com o conjunto carro/reboque. Com a agravante de que num carro a visibilidade costuma ser menor. Foi a pensar neles, e para reduzir os riscos de acidente, que as duas empresas desenvolveram uma app através da qual o condutor pode estacionar uma viatura com reboque apenas deslocando os dedos no ecrã de um smartphone ou de um tablet. O condutor sai

do carro para ver melhor os obstáculos, ajusta a velocidade na app, posiciona o ecrã a par do veículo para se orientar mais facilmente, e depois fá-lo avançar ou recuar deslizando apenas um dedo no aparelho. E se afastar o dedo o veículo imobiliza-se. A ZF explicou que todos os componentes necessários para pôr um veículo a funcionar desta maneira – um sistema de direção assistida elétrica Servolectric e um engate de reboque com sensor de ângulo, ambos desenvolvidos pela ZF, e uma transmissão automática – já existiam, e que apenas foi necessário fazer com que comunicassem uns com os outros e assegurar que a app era capaz de processar e transmitir as ordens dadas pelo utilizador. O sistema não deverá ser comercializado, a menos que algum fabricante tenha interesse nele, mas serve para demonstrar o que é possível fazer com os meios tecnológicos que a ZF e a Bosch possuem. Não há dúvida de que o resultado é impressionante. Mas é caso para nos questionarmos. Quando existirem app que fazem coisas inimagináveis, o que é que precisamos de aprender a fazer? E num mundo em que tudo à nossa volta tende a ser inteligente, nós também seremos?

* A versão original foi escrita segundo a antiga ortografia.

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Tecnologia

Energia elétrica em máquinas agrícolas A tendência aponta em que sentido?

A aplicação de sistemas de acionamento elétrico em equipamentos agrícolas pode vir a revolucionar o modo como os tratores transferem potência para as alfaias.

O protótipo X Concept, apresentado pela Fendt na última Agritechnica, concilia um motor diesel com um alternador elétrico de alta performance.

N

estes últimos anos, ouvimos falar muito da eletricidade aplicada ao setor automóvel. Os veículos híbridos, que combinam dois motores, um de combustão e o outro elétrico, estão já bastante difundidos no mercado. E até mesmo os

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100% elétricos começam a afirmar-se. Mas em ambos os casos, os motores destinam-se a gerar força de tração, que é transmitida às rodas, para impulsionar o veículo. Já na agricultura e na floresta, não é bem nesse sentido que o uso da eletricidade está a

ser pensado. É verdade que há máquinas que recorrem a energia elétrica para gerar força de tração. É o caso do forwarder desenvolvido pela El Forest AG, em que um motor diesel de baixa potência aciona um gerador que, através de baterias, fornece energia a motores elétricos instalados em cada uma das seis rodas. É também este o princípio de funcionamento do trator híbrido Rigitrac fabricado na Suíça, ou do recém-divulgado Multi Tool Trac de origem holandesa.

Num futuro mais longínquo não sabemos como é que este tipo de solução híbrida pode evoluir e vir a ser acolhida pelo mercado. Mas por agora, não é este o caminho escolhido pelos principais fabricantes. Embora interessantes, estes projetos estão a ser desenvolvidos por empresas que atuam de forma algo isolada e em nichos de mercado muito restritos. Mas há uma outra tendência de aplicação de energia elétrica em máquinas agrícolas que parece reunir maior consenso por parte das principais marcas e que pode vir a revolucionar não só o modo como os tratores funcionam como também o modo como as alfaias são acionadas. E em que consiste essa tendência? Em manter o esforço de tração a cargo de motores diesel e destinar a potência elétrica produzida por um gerador ao abastecimento de


Tecnologia

A tendência é reservar aos motores diesel o esforço de tração e aos geradores elétricos o acionamento das alfaias.

alguns elementos do próprio trator, como o sistema de refrigeração, mas também, e sobretudo, ao acionamento das alfaias. Até agora, os tratores podem acionar as alfaias de diferentes formas, consoante as características da própria alfaia. Podem rebocá-las, acionandoas através da força de tração, podem movimentar cilindros hidráulicos através do fluxo da bomba hidráulica, e podem transmitir potência através da TDF. Mas os cabos e os motores elétricos podem vir a substituir

os tubos de óleo, os cilindros hidráulicos, e os veios de cardan. Em 2007, a John Deere lançou a linha E Premium, equipada com um gerador capaz de produzir 20 kW de corrente eléctrica para uso externo a uma tensão de 230 ou 400 V. No Verão passado, a Fendt apresentou o protótipo X Concept equipado com um alternador de alta performance, capaz de produzir 130 kW a uma tensão de 700 V. Mas há outras marcas a trabalhar neste domínio. Inclusive vários fabricantes de alfaias. É o caso da Fella, da Grimme, da Lemken, da Krone e também da Amazone, que trabalham conjuntamente com a Fendt no aperfeiçoamento do X Concept. Também as empresas fornecedoras de componentes para a indústria da maquinaria agrícola estão a apostar nesta via. O fabricante de transmissões ZF já possui uma transmissão Terramatic com gerador integrado, a que deu o nome ZF-Terra+, capaz de produzir 70 kW de corrente contínua. Além disso, também disponibiliza geradores externos, para uma corrente contínua de 50 kW, que podem ser ligados à TDF de qualquer tractor convencional. Mas o

leque de oferta da ZF não se fica por aqui. Do seu catálogo já constam também as peças destinadas à electrificação dos implementos. O mesmo acontece por ex. com a Linde Hydraulics que dispõe de um conjunto de dispositivos destinados ao mesmo fim. Nota-se pois que há uma vaga de fundo a rumar no sentido da electrificação. Embora muito ainda esteja por definir, parece claro que a indústria está empenhada em adoptar sistemas de acionamento elétrico em tratores cuja

A ZF já dispõe de uma transmissão com gerador elétrico incorporado.

propulsão continua a ser assegurada por motores diesel e em alfaias que deixarão de depender do hidráulico e da TDF. Se o seu uso se generalizar, é uma grande transformação que se dá no modo como o trator e as alfaias funcionam em conjunto.

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Tecnologia Alta voltagem e sistemas de câmaras

Modelos de conexão padronizados A AEF está a aperfeiçoar os sistemas de comunicação entre os tratores e os implementos. São agora conhecidos novos progressos ao nível da corrente elétrica e das câmaras de vídeo. personalizadas com opções, para acolher melhoramentos específicos desenvolvidos por cada fabricante.

O potencial que existe para melhorar o rendimento das máquinas agrícolas é muito limitado se continuarmos a usar cardans e tubagens hidráulicas. Ficha de conexão para alta voltagem

O uso de motores elétricos nas alfaias é um caminho onde há muito por explorar. Atualmente, as alfaias são acionadas por via mecânica, muitas vezes com o auxílio da TDF, ou através do sistema hidráulico. Mas, segundo a AEF (Agricultural Industry Electronics Foundation), o potencial que existe para melhorar o rendimento das máquinas agrícolas é muito limitado se continuarmos a usar cardans e tubagens hidráulicas. O recurso à corrente elétrica de alta voltagem, uma solução que é compatível com o sistema de comunicação ISOBUS, é a alternativa que se afigura mais viável e que os fabricantes parecem estar dispostos a desenvolver. Basicamente, consiste em instalar um gerador no trator, motores elétricos nas alfaias, e arquitetar um sistema standard para que ambos comuniquem.

Instalação de câmaras facilitada

Com o objetivo de explorar esta via, a AEF possui um grupo de trabalho sobre alta voltagem, que é dos maiores dentro da fundação, com 48 companhias aderentes. Este grupo tem estado a preparar um sistema capaz de estabelecer a conexão elétrica entre o trator e os implementos, e que seja aceite pela indústria. Recentemente, um passo importante já foi dado, tendose alcançado um consenso para desenvolver uma ficha comum de conexão elétrica com funcionalidade DC e AC. Esta conexão desenhada pela AEF será agora proposta como modelo padrão a ser usado por todos os fabricantes. É a base para os futuros desenvolvimentos neste domínio. A intenção é que esta ficha possua também um conjunto mínimo de funcionalidades, que possam depois ser

O modelo de ficha padrozinada desenvolvido pela AEF.

Estão a ser alcançados progressos a nível da compatibilidade dos sistemas de câmaras.

O grupo de trabalho da AEF que se ocupa dos sistemas de câmaras também regista progressos. Acaba de criar um documento que especifica as principais linhas de orientação acerca do interface de conexão entre o trator e os implementos. Logo que os fabricantes apliquem as diretrizes deste documento, os proprietários das máquinas poderão ligar câmaras aos terminais ou monitores, independentemente da marca ou do fornecedor dos componentes. Os utilizadores beneficiarão assim de maior liberdade para escolherem a combinação de dispositivos que preferem, sem que fiquem dependentes de um fornecedor. A AEF espera que a facilidade de instalação de câmaras torne o seu uso mais generalizado, e também que contribua para que a utilização dos tratores e dos implementos se faça de modo mais seguro e com menor número de acidentes.

Fonte: AEF – Agricultural Industry Electronics Foundation

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Entrevista

Goldoni,

a nova representada do Entreposto M谩quinas Entrevista a Nuno Santos

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Entrevista por Francisca Gusmão

No seguimento da apresentação da gama Goldoni à nova rede de concessionários, em maio passado, entrevistámos Nuno Santos, responsável comercial pela marca, para sabermos como será a sua reentrada em Portugal.

Abolsamia Porquê a escolha da marca Goldoni? Nuno Santos A Goldoni surgiu como uma escolha natural para o Entreposto Máquinas por vários fatores: Primeiro, porque a Goldoni possui uma gama de fabrico que se adapta especialmente bem às exigências e caraterísticas procuradas por grande parte do nosso mercado. Tanto a nível de dimensões, como de funcionalidades e caraterísticas técnicas, os tratores Goldoni encaixam como uma luva no que precisam os nossos clientes. Segundo, porque a Goldoni é uma marca com uma imagem já construída em Portugal. Não é novidade para ninguém que são equipamentos de qualidade e funcionais com muitos anos de experiência na investigação e desenvolvimento, tratores agrícolas especializados em determinados cultivos como pomares e vinha, por exemplo. E ainda porque existe uma afinidade que resulta de laços anteriores entre o Entreposto Máquinas e a Goldoni que tornou esta nova aproximação muito fácil; o entendimento entre as duas partes foi rapidamente alcançado. A Goldoni insere-se em segmentos

de mercado com grande expressão no nosso mercado e em algumas regiões de Portugal será um player de absoluta referência. Como é atualmente composta a gama? Podemos dividir a gama da Goldoni em três grandes famílias: - tratores convencionais, com os modelos Ronin40/50, a série Star 3000, a série Energy60/80, a série Star 90/100 e os Quasar 90, que oferecem múltiplas soluções desde os 40 aos 100cv, com as mais variadas caraterísticas, especialistas em pomares, vinhas, trabalho em socalcos e grandes declives; bem como modelos polivalentes, para jardinagem, etc.; - tratores de rodas iguais, com as séries Base, Euro e Maxter, com potências nominais dos 20 aos 60 cv, para condições de trabalho ainda mais particulares, sobretudo com uma grande capacidade de manobra e aptos a trabalhar em espaços exíguos, com rodas direcionais ou articulados, ou com posto de condução reversível; - motocultivadores, motoenxadas e tratores de transporte, acionados por motores gasolina ou diesel e equipados com uma ampla gama de implementos, tais como charruas, fresas, grades e escarificadores. Em que segmentos de mercado esperam vir a crescer? Será expectável que o crescimento da Goldoni surja nos segmentos onde a marca mais investe os seus recursos e onde são reconhecidamente das melhores ofertas ao alcance dos nossos agricultores e empresários agrícolas, desde logo nos tratores especializados e nos segmentos de potência dos 50 aos 90cv. As gamas Star 90 e Star 100 contam ainda com argumentos fortes para singrar junto dos empresários agrícolas mais profissionalizados com graus de exigência mais elevados nos equipamentos que tem

na sua frota. A gama Ronin é especialmente adaptada para clientes que queiram versatilidade nos seus equipamentos, quer trabalhando no pomar, quer em tarefas com carregador frontal, ou ainda nos trabalhos em espaços verdes onde podem ser montados acessórios frontais ou ventrais específicos para estes segmentos. As Gamas Star 3000 e Energy serão os nossos cavalos de batalha especialmente aptos para trabalhos nos campos de Portugal em pomares, olivais e vinhas. Quais as novas tecnologias, entretanto introduzidas pela Goldoni, que realça como positivas, tendo em conta as caraterísticas do mercado português? A Goldoni tem uma filosofia de desenvolvimento contínuo e progressivo, introduzindo melhorias mais ou menos subtis no sentido de melhorar cada vez mais a sua gama. Por exemplo, a inclusão da transmissão 16x8 Dual Power, a introdução das plataformas de operador com suspensão, os novos eixos dianteiros com maior ângulo de viragem ou ainda as cabines low profile e super low profile entre muitos outros desenvolvimentos, que contribuem para o aumento de produtividade e conforto que torna os tratores Goldoni uma escolha mais acertada e duradoura para os nossos clientes. Existem ainda modelos especialmente desenvolvidos de raiz no sentido oferecer soluções únicas no mercado, como o Quasar90, uma máquina com um baixo centro de gravidade e um grande poder de tração que lhe permite trabalhar seguramente em locais onde outros tratores convencionais não conseguem, quer pela capacidade de vencer declives acentuados quer pela grande eficácia em terrenos mais dificeis de trabalhar.

Como está a ser montada a rede de distribuição? A rede Goldoni está numa fase muito adiantada de construção, conta já com cerca de 20 concessionários nomeados, cobrindo grande parte do território nacional, com especial ênfase onde a marca tem já uma sólida imagem, nomeadamente no Interior Norte e Centro, e no Litoral Oeste. Coincidentemente, em zonas com maior exigência nos tratores agrícolas especializados no cultivo de pomar, olival e vinha. A composição desta rede é um misto de concessionários tradicionais Goldoni que desde há muito tempo trabalham com sucesso a marca, com concessionários parceiros do Entreposto Máquinas que têm as outras duas marcas por nós representadas e que com esta importante adição têm uma oferta para os seus clientes mais forte e completa, ganhando mais “músculo” para crescer no futuro a curto/médio prazo. Como será estruturada a equipa responsável pela Goldoni? No Entreposto está já montada a equipa que vai trabalhar a marca Goldoni. Ao nível comercial, com os gestores de produtos e gestores de área que darão o suporte comercial e treino à nossa rede de concessionários e farão o acompanhamento de proximidade junto dos clientes. Ao nível técnico, com os especialistas técnicos que se encarregarão do suporte na assistência após venda e peças de reserva e na formação técnica da rede Goldoni. Esta equipa será dedicada à marca Goldoni e será inserida no seio da restante estrutura do Entreposto Máquinas com as valências necessárias a um bom suporte e acompanhamento das atividades da Goldoni em Portugal, como por exemplo as áreas financeiras e áreas de desenvolvimento de rede.

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Produto por Ângelo Delgado / João Correia

Entreposto Máquinas

Apresenta a sua gama Goldoni Em maio último, a Goldoni apresentou, nas instalações do Entreposto em Setúbal, a sua vasta gama de produtos. Pela mão do Entreposto Máquinas, os presentes ficaram a conhecer os tratores, tratocarros, motocultivadores e motogadanheiras da empresa italiana.

N

a edição anterior, a abolsamia publicou uma entrevista exclusiva com o general manager da Goldoni, Andrea Goldoni. Nesse artigo, ficámos a conhecer a estratégia da marca – que em parceria com o Entreposto de Máquinas – volta ao mercado português com a sua nova gama de produto. Ainda que na entrevista à nossa revista se tenha levantado um pouco o véu relativamente às máquinas a comercializar em solo nacional, aqui ficam, em definitivo, as séries que a insígnia transalpina disponibilizará. Nuno Santos, responsável de produto do Entreposto de Máquinas, perspetivou os modelos que mais vendas terão em território nacional. “Os Star 3080 e 3050, e os modelos

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de topo desta gama, Star 90 e 100, bem como os Ronin de 40 e 50 cavalos são, claramente, os tratores que maior aceitação terão no mercado”. No que se refere aos modelos Star 100 e 90, Nuno Santos frisou que estes tratores podem vir equipados de fábrica com várias opções de cabinas: A Standard, a Low Profile e a SuperLow Profile, que garante o trabalho em alturas inferiores a 1,8 metros. São ainda equipamento standard, nestes modelos, 4 saídas hidráulicas ventrais e 6 traseiras, para além de guarda lamas dianteiros dinâmicos, travão hidráulico de reboque e pendural hidráulico. Trata-se de um trator especialmente habilitado para trabalhar em culturas de linhas estreitas e em espaços apertados”, referiu.

Andrea Goldoni (à esq.) e Nuno Santos.


Produto Apresentação dos produtos à rede de Concessionários.

Série Star 3080.

Séries apresentadas

Série Quasar 90

Modelo com cabina de 2,14 metros de altura, com perfil rebaixado com 1,84 metros ou, ainda, de perfil super-baixo com 1,74 metros. É produzido com um motor VM Turbo de quatro cilindros com injeção direta, caixa de velocidades 8+8 com inversor sincronizado ou 16+8 com transmissão Dual Power e capacidade de elevação traseira de 2,4 toneladas.

Série Star

Série Energy Série Ronin 40.

Série Ronin

Ronin 40 e Ronin 50, com respetivamente 38 e 48 cavalos, com arco de segurança ou cabina. Equipados com motor Lombardini de 3 cilindros, 1,3 metros de largura, 1,35 metros de altura com arco rebaixado, 300mm de altura livre ao solo, caixa de velocidades 12+12 com inversor sincronizado. Tem ainda uma capacidade de elevação de 1600 Kg.

Série Energy 80.

Energy 60 e Energy 80, com respetivamente 58 e 75 cavalos, ambos com arco ou cabina. Entre os principais destaques, motorização com injeção direta de três cilindros, caixa de velocidades 8+8 com inversor sincronizado ou 16+8 com transmissão Dual Power.

Star 3050 e Star 3080, com respetivamente 48 e 75 cavalos, ambos com arco de segurança. Motorizações com injeção direta de 3 e 4 cilindros, caixa de velocidades 8+8 com inversor sincronizado, ou 16+8 com transmissão Dual Power e capacidade de elevação de 2,4 toneladas. Star 90 e Star 100, com respetivamente 81,3 e 95,2 cavalos. Os dois modelos têm arco ou cabina e um motor turbo de quatro cilindros com injeção direta. A caixa de velocidade é de 8+8 com inversor sincronizado ou 16+8 com transmissão Dual Power e uma capacidade de elevação traseira de 2,5 toneladas.

Tratores isodiamétricos

Nos tratores isodiamétricos, a Goldoni traz para o mercado português o Base 20 articulado, o Euro 30, 40 e 45, todos com quatro rodas direcionais e ainda o Euro 45, articulado. Teremos

Série Star 100 Cabinada.

ainda o Maxter 60 articulado e o 60 com quatro rodas direcionais. Esta categoria fica completa com o Cluster 70 de quatro rodas direcionais e um outro, também 70, articulado.

Outros equipamentos Relativamente aos Tratocarros, a marca italiana disponibiliza o Transcar em seis modelos, todos articulados ou com quatro rodas direcionais. O Entreposto Máquinas comercializará também em Portugal a sua gama de motocultivadores e motogadanheiras.

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Seminário

Notícias

Inovação e Mecanização Agrícola 02 de maio de 2014, Estremoz.

por Ângelo Delgado

Inovação e Mecanização Agrícola

Caminhos para uma agricultura inovadora e sustentável No âmbito da Feira Internacional de Agropecuária e Artesanato (FIAPE), em Estremoz (30 de abril a 4 de maio), decorreu, no passado dia 2 de maio, o seminário sobre Inovação e Mecanização Agrícola. O certame teve a organização a cargo da Escola Superior Agrária de Elvas e da Câmara Municipal de Estremoz. A abolsamia foi um dos apoios, esteve lá e conta como foi.

Mesa com os oradores do primeiro painel, moderado pelo jornalista da abolsamia, João Sobral (centro).

último tema, Ricardo Braga, professor no Instituto Superior de Agronomia, referiu-se à importância da utilização de drones na agricultura. Segundo este docente, “a Discutir alguns dos novos paradigmas associados à agricultura. Fazer mais com menos e mostrar projetos concretos para aplicação no terreno. Ou, por outro lado, abordar o estado atual do universo das máquinas agrícolas em Portugal. Foi por aqui, aliás, que o seminário deu o pontapé de saída, numa apresentação conduzida por Rui Santos Bento. Segundo o mesmo, “a não existência de estatísticas fiáveis divulgadas em tempo oportuno e que permitam avaliar com segurança a evolução do mercado de máquinas agrícolas” continua a ser um grande handicap para a indústria. Paulo Brito, do Instituto Politécnico de Portalegre (IPP), deu seguimento ao seminário e apresentou as suas ideias no

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que diz respeito ao “Papel dos biocombustíveis nas empresas agrícolas”. Energias renováveis, redução da emissão de gases de efeito estufa e as diretrizes europeias nesta matéria foram alguns dos temas escolhidos pelo docente. Em representação da Escola Superior Agrária de Elvas, o professor Luís Alcino trouxe a debate os “Sistemas de condução de máquinas por GPS”. Um assunto que ganha cada vez mais importância, numa altura em que a agricultura de precisão é uma alternativa para quem trabalha vastos campos de cultivo. Conforto, segurança, otimização das operações e redução do impacto ambiental são as principais mais-valias. Com alguns pontos de contacto relativamente a este

Rui Santos Bento abordou a temática do mercado das máquinas agrícolas em Portugal.

agricultura de precisão não é possível de ser concretizada sem a incorporação de informação sobre a variabilidade espacial da parcela/cultura”, acrescentando ainda que esta ferramenta “traz inúmeras vantagens aos gestores agrícolas quer a nível agronómico, económico e ambiental”. “Tecnologia vrt (aplicação de taxa variável) na fertilização de pastagens” foi o tema apresentado por João Serrano, professor na Universidade de Évora. Aqui, as palavras chaves foram: monitorização da variabilidade, sensores e sistemas

Luís Alcino falou sobre os sistemas de condução de máquinas por GPS.


Em exposição com as suas principais marcas representadas esteve o concessionário NH, Miraldino Filipe Mendes & Cª, Lda.

de localização no terreno, aplicação diferenciada de fertilizantes. A segunda metade do seminário teve início com o tema “Mecanização da colheita em contínuo de azeitona”, apresentado por José Oliveira Peça, também docente da Universidade de Évora, que mostrou aos presentes a Máquina de Colheita em Contínuo de Azeitona (MCCA) já na sua última fase de desenvolvimento pela Universidade de Évora com a Victor Cardoso Lda, com o apoio técnico da Reynolds de Sousa. Referir que a MCCA é constituída por duas unidades idênticas que trabalham simetricamente à direita e à esquerda da linha das oliveiras, sendo cada uma das unidades semi-rebocada por um trator

agrícola. Pedro Nunes representou o Centro Operativo e Tecnológico Hortofrutícola Nacional (COTHN) e abordou a temática da “Inspeção e certificação de pulverizadores”. O responsável optou por uma lógica cronológica, mostrando aos presentes a evolução na inspeção de pulverizadores desde a década de 60 até aos dias de hoje, abordando ainda as normas europeias atualmente associadas a este processo. A última intervenção ficou a cargo de Nuno Alas, do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) de Évora, que fez questão de salientar a importância da formação profissional na área agrícola, que tem sido uma das áreas com um forte incremento nos últimos anos.

Nota: Além da organização a cargo da Escola Superior Agrária de Elvas e da Câmara Municipal de Estremoz, o Seminário teve o apoio da Universidade de Évora, New Holland, Instituto do Emprego e Formação Profissional, Universidade de Évora, COTHN, Centro Interdisciplinar de Investigação e Inovação do Instituto Politécnico de Portalegre, Cooperativa Agrícola do concelho de Estremoz, Instituto Superior de Agronomia da Universidade de Lisboa, Área 400 e a abolsamia.

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Novas Séries

Produto

Treviglio, Itália, 20 de maio de 2014.

Explorer e Dorado

Same renova gama média Foi na sede do Grupo, em Treviglio, Itália, que a Same Deutz-Fahr (SDF) recebeu a imprensa especializada europeia para apresentar as novidades das suas referências na gama média: Explorer e Dorado. Entretanto, o Grupo divulgou os bons resultados financeiros que obteve no ano transato.

A

SDF fechou o exercício de 2013 com um volume de negócios de 1,2 mil milhões de euros, o que representa um crescimento de 2% face a 2012. Este aumento deveu-se principalmente à contribuição positiva dos mercados europeus e à introdução de novos produtos no segmento de alta potência. Os resultados líquidos foram de 60,6 milhões de euros, notandose um crescimento significativo de 21% relativamente a 2012. Já os investimentos, registaram um acréscimo de 39,5%, para 67,3 milhões de euros. Relativamente à dívida, a posição financeira é positiva, situando-se nos 24,3 milhões, representando por isso uma melhoria de 37,7 milhões de

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euros. Ludovico Bussolati, CEO da Same Deutz-Fahr, afirmou: “Estamos satisfeitos com os resultados obtidos em 2013 em termos de margem e rentabilidade, bem como de robustez financeira. Estes são os primeiros efeitos da estratégia de internacionalização que, graças à maior aceleração nos últimos anos e à introdução de novos produtos, manteve as vendas em alta nos vários mercados em que estamos presentes”. O CEO da SDF revelou também que o Grupo tem dedicado uma fatia cada vez maior ao desenvolvimento de produto que, em 2013 representou mais de 34 milhões de euros. Atualmente, A SDF está presente em todo o mundo com 13 filiais/JV, 141 importadores e 3.120 concessionárias.

Ludovico Bussolati, CEO da Same Deutz-Fahr.


Produto por Francisca Gusmão

De onde provêm as receitas Por região, as receitas do Grupo provêm maioritariamente da Europa Ocidental (74%), sendo que o Leste representa 10%. (ver gráfico - Receitas por Região). Por tipo de produto, destacamse os Tratores com 77%, as peças e componentes com 17% e as ceifeiras debulhadoras e outras máquinas com 6%. (ver gráfico - Receitas por Produto). Finalmente, numa análise por marca, é a Deutz-Fahr que encabeça a lista com uma quota de 71% nas receitas do Grupo (ver gráfico - Receitas por Marca).

Peças e componentes 17%

Resto do Mundo 8% Extremo Oriente 3% Turquia 3%

Ceifeiras debulhadoras e outras máquinas 6%

Alemanha 25%

Europa do Leste 22%

Receitas por PRODUTO

Receitas por REGIÃO França 16% Outros países da Europa Ocidental 22%

Tratores 77%

Itália 11%

1%

3%

Volumes de produção por fábrica

Tratores

2011

2012

2013

Total

25.516

30.557

32.969

Itália

15.098

14.186

12.929

3.930

4.960

5.440

Alemanha

…---

…---

1.598

Índia

Turquia

6.488

5.731

4.651

China

……---

5.680

8.351

Ceifeiras debulhadoras

Croácia

271

343

345

Colhedoras Vinha/Olival

França

204

180

171

Motores

Total

21.049

17.443

10.459

Transmissões

Itália

6.045

2.425

585

Índia

15.004

15.018

9.874

Total

19.506

23.671

27.675

Itália

13.027

12.259

13.063

Índia

6.479

5.732

6.261

China

……---

5.680

8.351

14.186

12.929

Localização da produção de tratores Tratores

Itália

15.098

Ceifeiras debulhadoras

Croácia

271

343

345

Colhedoras Vinha/Olival

França

204

180

171

Motores

Itália

6.045

2.425

585

Transmissões

Itália

13.027

12.259

13.063

8%

Receitas por MARCA

71% 17%

Novas fábricas na China

Um investimento de 40 milhões de euros proporcionará uma capacidade de produção anual de 30.000 tratores, principalmente para o mercado chinês. Através da Changlin Deutz-Fahr, uma joint venture 50/50 com o grupo chinês Changlin, a Same Deutz-Fahr inaugurou duas novas fábricas na China que representam um investimento de 40 milhões de euros. As novas instalações de Linshu ocupam uma área total de 200.000 m2, dos quais 40.000 são cobertos, e produzem tratores desde os 25 aos 170 cv. As instalações de Suihua,

com uma área coberta de 6.000 m2, fazem a montagem e a distribuição de tratores de alta potência com mais especificações técnicas e um desempenho em conformidade com o mercado europeu, para serem utilizados nas zonas agrícolas da província chinesa de Heilongjiang. O primeiro modelo desenvolvido pela joint venture foi também apresentado: tratase de um novo trator, que faz parte de uma gama de modelos com motores entre 140 e 170 cv, concebido e fabricado na China, que será lançado no mercado em setembro de 2014.

ABOLSAMIA · julho / agosto 2014

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Produto Mais opções na gama média A Same renovou as duas referências da sua gama média com a apresentação dos Explorer e Dorado.

Os novos Explorer Novo Explorer, disponíveis em três versões, num total de 11 modelos com seis motores, de 75 a 109 cv.

Os novos Explorer estão disponíveis em três versões, desde os modelos mais estruturados até aos mais leves e compactos, num total de 11 modelos com seis motores, de 75 a 109 cv, todos disponíveis com transmissão mecânica ou Powershift. No que toca aos melhoramentos. Por fora, as linhas seguem as dos tratores mais recentes da Same, inspirado no design Giugiaro. Depois,

A cabina foi completamente renovada.

48

julho / agosto 2014 · ABOLSAMIA

na cabina, há mais espaço e uma nítida melhoria na qualidade dos materiais e na disposição dos comandos. Por dentro também houve mudanças: a nova gama Explorer está equipada com os motores de última geração FARMotion, de 3 ou 4 cilindros, conformes à norma Tier 4i e com sistema de injeção Common Rail. Todos os modelos estão disponíveis com inversor mecânico sincronizado (sob o volante) ou com inversor hidráulico Powershuttle com modulação da intensidade. A caixa de velocidades, com 4 ou 5 velocidades, pode-se integrar com os módulos sob carga Powershift (Hi/Lo/HML), para além das gamas ultra-lentas,

oferecendo desde um mínimo de 8F+8T até um máximo de 60F + 60T. A TDF está disponível em 4 velocidades (540, 540 Eco, 1000, 1000 Eco). Consoante a versão, a capacidade de elevação do hidráulico varia de 3.500 a 4.800 kg, e a carga autorizada de 5.500 a 7.400 kg.

A nova série Dorado

A nova série Dorado apresenta-se em quatro modelos de 75 a 102 cv, com motor FARMotion de 3 ou 4 cilindros conforme à norma Tier 4i, que substituem os modelos de topo das gamas Dorado3 e Dorado3 Classic. Globalmente, a família Dorado aumenta de 8 para 12 modelos.

A nova série Dorado apresenta-se em quatro modelos de 75 a 102 cv.



Mercados por Santos Bento

Em Portugal

Mercado de máquinas agrícolas Com certeza aceitam que, falar sobre o presente e o futuro da mecanização agrária em Portugal, requer uma bola de cristal de muito boa qualidade. Quem se interessa pela mecanização agrária sabe que, em Portugal, não há estatísticas fiáveis divulgadas em tempo oportuno que permitam avaliar com segurança a evolução do mercado de máquinas agrícolas. As únicas fontes de informação são as estatísticas divulgadas pela Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural – níveis de mecanização, as últimas foram divulgadas em meados de 2013 e dizem respeito ao ano de 2012 – e pela ACAP (Associação Automóvel de Portugal) com base nas matrículas de tratores, que são conhecidas com 12 meses de atraso por imposição da União Europeia.

50

julho / agosto 2014 · ABOLSAMIA

Números de tratores inscritos no gasóleo verde Vamos começar por analisar a evolução das quantidades de tratores que anualmente, entre 2003 e 2012, foram inscritos para obter gasóleo verde, segundo a informação divulgada pelo serviço de estatísticas da DGADR. O gráfico 1 evidencia que entre 2003 e 2009 houve uma diminuição sensível e progressiva da quantidade de tratores que utilizaram gasóleo verde, diminuição que foi particularmente acentuada em 2009, 2010 e 2011. Em 2010 houve uma ligeira recuperação mas, em 2011, com o acentuar da crise que afetou a economia do país, perdeu-se a quase totalidade da recuperação constatada no ano anterior. Finalmente em 2012 registamos uma recuperação muito evidente

TOTAL DE TRATORES por ano, entre

Gráfico 1

2003 e 2012

165,000 161,513 160,000

158,959

157,725 154,553

157,911

155,000

155,343

155,784

151,568

150,000 149,315 147,710

145,000

140,000

2003

2004

2005

2006

2007

da quantidade de tratores que utilizaram gasóleo verde, tendo sido o melhor ano desta década. Vejamos agora com base na mesma fonte, como se

2008

2009

2010

2011

2012

repartiram as quantidades anuais de tratores inscritos para utilização do gasóleo verde, pelos vários segmentos de potência (ver gráficos 2 a 6).


Número de tratores POR segmento de poTÊncia

100

100

95

95

75

75

25

25

Gráfico 2 - Tratores com menos de 35 cv DIN 40,000

36,833

35,000

35,216 36,004

31,594

30,000 25,000

31,066 2003

2004

2005

2006

2007

5 31,153

29,372

33,361

2008

0

30,045 2009

2010

2011

5

31,970

0

2012

Gráfico 3 - Tratores com 36 a 50 cv DIN 54,000

53,287

53,000

52,208

51,579

52,000

52,055

51,000

50,657

50,000

50,474

49,943 49,855 48,796

49,000 48,000 47,000

47,434 2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

GVR

Gráfico 4 - Tratores com 51 a 80 cv DIN 56,000

55,140

55,000 54,000 53,000

53,641

53,446

53,121

53,926 54,064

53,456

53,255

52,000

52,233

51,000 51,012 50,000

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

Gráfico 5 - Tratores com 81 a 100 cv DIN 14,000

12,660

12,000 10,341 10,000

2003

10,864

2004

12,668

12,008 2006

12,934

2007

100

100

95

95

13,441

11,393

2005

13,885

13,343

2008

2009

2010

75 2011

2012

75

25

8,310

25

Gráfico 6 - Tratores com mais de 101 cv DIN 9,000 7,560

8,000

7,154

7,000 6,000 5,000

6,485 5,377 2003

5,733

2004

7,224 6,715

8,036 5

5

0

0

6,091 2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

abolsamia Junho 2014 segunda-feira, 16 de Junho de 2014 10:51:23

ABOLSAMIA · julho / agosto 2014

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Mercados ANálise dos gráficos Nº de tratores por

segmento de potência

O segmento de potência de menos de 35 cv acompanhou mais suavemente a tendência anteriormente referida. O segmento dos 36 a 50 cv tem um comportamento semelhante ao evidenciado no primeiro gráfico apresentado. O segmento de potência dos 51 a 80 cv, também replica a quebra de quantidade de tratores que usaram gasóleo verde evidenciada em 2009, ano a partir do qual denota um aumento sustentado. Nos segmentos de maior potência, o aumento de unidades que usam gasóleo verde tem tido um crescimento sustentado e apesar da crise de 2009, 2010 e 2011, já teve em 2012 o melhor ano dos últimos dez. Tal como no gráfico de 81 a 100 cv, o segmento dos tratores de maior potência, tem tido um crescimento muito regular e interessante. Com o aumento da área das parcelas, a crescente utilização de alfaias de maiores dimensões e o aparecimento de mais empresas alugadoras, há a tendência para dar a este segmento de potência uma boa probabilidade de crescimento. O gráfico 6, de 2003 a 2012, elucida bem a importância crescente do segmento dos tratores de maior potência no nosso país.

Evolução do parque de máquinas Vejamos agora como tem evoluído a distribuição de tratores em função do ano em que entraram em atividade. A estatística que podemos retirar da informação anual divulgada pela DireçãoGeral de Agricultura e Desenvolvimento Rural – níveis de mecanização, segmenta a idade dos tratores em quatro níveis: mais de 20 anos e 10 a 20 (no quadro 1 agrupamos estes dois segmentos porque dez anos é o período ideal de vida de um trator que trabalhe cerca de 1.000 horas ano, ou seja, em média 3,3 horas dia) e mais dois segmentos, de 5 a 10 anos e menos de 5 anos de entrada em atividade. Como podem constatar pelo quadro 1, o parque de tratores com mais de 20 anos aumenta substancialmente nos últimos anos da década em análise, o que é um mau sinal pois significa que estarão em funcionamento muitas máquinas já obsoletas, muito poluentes, pouco seguras e de baixa rentabilidade (em 2012 serão cerca de 46% do

tratores anos > 20

Quadro 1

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

55737

56198

55751

55724

57333

61782

60434

64230

71991

74398

50754

47748

46703

45685

44897

42587

39778

40697

42338

45483

106491

103946

102454

101409

102230

104369

100212

104927

114329

119881

5 a 10

22126

24450

27097

28293

29358

30274

29163

28689

27465

24773

<5

30342

29515

28174

26082

22965

20700

18335

18154

17394

16859

10 a 20 sub-total

TOTAL

julho / agosto 2014 · ABOLSAMIA

comporta o mercado. É, por exemplo, o caso da vizinha Espanha, que através do “ROMA – Registo Oficial de Máquinas Agrícolas” permite aos interessados nesta matéria conhecer atempadamente a situação do mercado e prever com mais segurança a sua evolução. No que se refere a máquinas automotrizes as de colheita assumem particular relevância e dentre esta as ceifeiras debulhadoras, vulgo “combinadas”, que por esta razão tratamos em separado. O Alentejo conhece bem as razões que estão na base da redução anual de ceifeiras que permanecem operacionais. Assim mesmo, é de estranhar que estejam cerca de 1420 destas máquinas com mais de 20 anos inscritas para utilizar gasóleo verde. São com certeza máquinas muito antigas e consequentemente de baixo rendimento e com elevado grau de risco para os operadores e auxiliares (ver gráfico 7).

Idade do Parque de Máquinas

sub-total

52

parque total inscrito para usar gasóleo verde). O parque de tratores com 10 a 20 anos de idade tem tido um ligeiro decréscimo neste mesmo período, o que interpretamos como um sinal de que a renovação do parque de tratores não tem o ritmo desejável para assegurar a entrada em atividade de máquinas modernas, seguras e com tecnologia mais recente que assegure maior rendimento para os agricultores. Todavia, a mecanização agrária vai para além dos tratores mas, no que respeita a outras máquinas, a informação disponível é ainda mais escassa e limita-se à que anualmente é divulgada pela Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural – níveis de mecanização. Em muitos países europeus as máquinas agrícolas automotrizes ou têm uma matrícula geralmente verde, ou têm um registo que é divulgado regularmente, o que permite saber como se

52468

53965

55271

54375

52323

50974

47498

46843

44859

41632

158959

157911

157725

155784

154553

155343

147710

151770

156072

161513


Evolução do parque de máquinas automotrizes de colheita ceifeiras debulhadoraS

Gráfico 7

3500 2911

3000

2784

300 microns

2641

150 microns 75 microns Gotas em quantidade

2530

2410

2500

2309 2019

2000

1899

1937

1900

1500

=1 gota

=8 gotas

=64 gotas

Com um volume de líquido igual, gotas de 75 microns cobrem 4 vezes mais de superfície que uma gota de 300 microns.

1000

Um resultado claro

500

Em 1 cm de calda aplicada quantas gotas, quantos cm2 tratados? 3

0

2003

2004

até 5 anos

2005

2006

2007

>5<=10 anos

2008

2009

>10<=20 anos

2010

2011

>20 anos

2012 Total

Dimensão das gotas

Número de gotas

Superfície tratada (cm2)

1.000 microns 500 microns 200 microns 100 microns

1.900 15.000 240.000 1.910.000

15 30 75 150

O parasita é o alvo da gota e não o contrário.

OUTRAS máquinas de colheita anos

1

3

1

1

1

1

1

1

1

0

Colhedoras de beterraba

3

5

7

6

9

7

3

2

0

0

Colhedoras de ervilha

10

11

10

8

8

16

17

9

14

16

Colhedoras de tomate

177

181

195

195

201

209

212

228

238

235

Colhedoras de tabaco

0

4

4

4

4

3

4

2

3

3

Máquinas de vindimar

47

56

69

74

76

88

90

99

113

155

9

9

9

13

15

18

22

22

28

31

247

269

295

301

314

342

349

363

397

440

total

Win AIR com rampa vitiflex

Speedair CLASSIC com rampa Vitiflex

Depósito de 3.000 L 4 carreiras completas fácil montagem/desmontagem

Depósito de 1.500 L 3 carreiras completas

Depósito de 600 L 2 carreiras completas

2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

Colhedoras de batata

Vibradores de tronco

MAV SUPAIR com rampa AB Most intensive

4 Qualidades de pulverização pneumática, produtividade e autonomia 4 Respeito pelo meio ambiente e pelas normas de segurança 4 Conforto de trabalho, economia e eficácia

Entregas e assistência técnica em todo o País

Quadro 2

O quadro 2 dá-nos conta da evolução do parque de outras máquinas de colheita. As colhedoras de tomate e as máquinas de vindimar que, como sabemos, também são utilizáveis na colheita de azeitona nos olivais super-intensivos, destacam-se claramente das restantes. Sendo a cultura do tomate industrial uma das que contribui para o aumento das nossas exportações, é muito provável que a tendência de aumento

das importações e venda destes equipamentos se mantenha. De igual modo é previsível o aumento do parque de máquinas para vindimar, sobretudo dada a sua crescente utilização na colheita de azeitona nos olivais super-intensivos. De realçar que, depois da euforia inicial da divulgação dos olivais superintensivos, há uma crescente opção pelo olivais intensivos, para os quais ainda não há colhedoras em contínuo da azeitona.

MIRALDINO FILIPE MENDES & Cª., LDA. Alto da Boavista – Sousel • Tel: 268 551 170 | Fax: 268 551 374 E-mail: comercial@miraldino.pt • Site: www.miraldino.pt

ABOLSAMIA · julho / agosto 2014

53


Mercados Tanto nas colhedoras de tomate como nas de azeitona nota-se a tendência para a importação de máquinas usadas, o que se pretende justificar pelo elevado preço das unidades novas; há que seguir com atenção esta tendência, porque as máquinas em segunda mão podem originar uma falsa economia se as máquinas não incorporarem a tecnologia mais recente, que garanta boa qualidade e alto rendimento da colheita.

Evolução do número de agricultores O quadro 3 informa sobre a quantidade de agricultores que cada ano beneficiam do preço especial do gasóleo verde e das variações tendo como base o ano de 2003. De realçar que entre 2003 e 2009 a quantidade de inscrições diminuiu e, a partir deste ano aumentou gradualmente, mas sem atingir a quantidade registada em 2003. Em 2012 há menos 10.596 agricultores a utilizar gasóleo verde do que em 2013. Quadro 3

Agricultores inscritos Anos

qtd.

variação anual %

variação sobre 2003 qtd.

2003

152.327

base

base

2004

149.453

-1,89%

-2.874

2005

146.548

-1,94%

-5.779

2006

141.978

-3,12%

-10.349

2007

139.358

-1,85%

-12.969

2008

137.369

-1,43%

-14.958

2009

130.578

-4,94%

-21.749

2010

133.172

1,99%

-19.155

2011

138.132

3,72%

-14.195

2012

141.731

2,61%

-10.596

Variação dos registos de tratores na Europa País

2013

Finlândia

(unidades)

(unidades)

2012

(unidades)

2011

Variação 2011 vs 2013 (%)

6.232

2.828

3.199

94,8

Dinamarca

2.507

1.795

1.837

36,5

França

38.261

33.577

29.726

28,7

Portugal

4.938

3.986

4.699

5,1

Áustria

7.936

8.139

7.612

4,3

Eslovénia

1.504

1.463

1.490

0,9

Alemanha

36.248

36.264

35.977

0,8

Rep. Checa

2.304

2.078

2.321

-0,7

Suíça

2.386

2.686

2.512

-5,0

Lituânia

1.867

1.544

1.987

-6,0

Espanha

8.894

8.625

10.010

-11,1

Polónia

15.038

19.315

17.035

-11,7

Bélgica

2.162

2.142

2.653

-18,5

Itália

19.017

19.339

23.442

-18,9

Noruega

1.810

3.639

3.816

-52,6

Suécia

3.425

3.603

4.266

-19,7

Croácia

405

495

577

-29,8

Bulgária

ND

2.308

ND

-

Luxemburgo

ND

197

ND

-

TOTAL EUROPA

174.435

115.626

118.397

47,3

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Nos últimos três anos, vejamos agora qual tem sido na Europa a variação dos registos de tratores (esta informação só foi possível com a colaboração d’abolsamia, a única revista dedicada à mecanização agrária publicada em Portugal. Os dados apresentados no quadro 4 baseiam-se nas matrículas de tratores, que não correspondem exatamente às vendas,

mas dão uma ideia muito aproximada do comportamento dos mercados. Em Portugal as matrículas de tratores cresceram 5,1% entre 2011 e 2013. Segundo a ACAP e de acordo com a nova segmentação de potências e classificação dos tratores novos matriculados em convencionais, compactos e especiais, a informação recolhida para o ano de 2013 é a seguinte:

Total de matrículas no ano 4.938

2.318 Convencionais novos

Quadro 4

1.873 Compactos novos (minis)

747 Especiais (vinhateiros e fruteiros)


Mercados Considerações finais Como repetidamente temos informado noutras intervenções, a informação detalhada e fiável sobre o mundo das máquinas agrícolas é escassa e desatualizada, o que dificulta a avaliação correta do mercado e a previsão da sua evolução.

E porquê? Pergunto eu e naturalmente perguntarão também todos os que se interessam pela mecanização agrária. Vou procurar responder, sem querer ser exaustivo, focando os pontos que considero mais relevantes, sem ordenamento da importância que lhes atribuo: Porque ao longo dos últimos anos e de forma crescente, o Ministério da

Agricultura, presta cada vez menos atenção à mecanização agrária. A “Estação de Cultura Mecânica” desapareceu pura e simplesmente e os organismos que lhe sucederam não a substituíram minimamente. Os recursos humanos, quadros técnicos com larga experiência e saber acumulado, sentiram-se cada ano mais desamparados o que contribui para a sua desmotivação. Porque a competência para deliberar e tomar medidas que protejam a mecanização agrária está repartida por vários ministérios que, pelo menos aparentemente, não dialogam. Segurança dos operadores e dos trabalhadores que circulam perto das máquinas, circulação em estradas e caminhos, formação e informação de tratoristas e de quadros de nível médio e universitário e investigação

são matérias importantes, que deveriam requerer a intervenção ativa do Ministério da Agricultura. Porque qualquer indivíduo habilitado com carta de condução de ligeiros ou pesados, está apto a ser tratorista e a operar qualquer máquina agrícola, mesmo que nunca tenha tido formação específica. Como é evidente, esta “distração” dos legisladores abre a porta a acidentes quase sempre graves e está na origem do menor aproveitamento das máquinas e equipamentos agrícolas. Porque em Portugal, ao contrário do que acontece noutros países, nomeadamente em Espanha, não há incentivos para o abate e substituição de máquinas muito antigas. Já vimos hoje que em 2012 cerca de 46% dos tratores

que beneficiam do uso de gasóleo verde, têm mais de 20 anos. Porque Portugal abandona os agricultores à sua (má) sorte, deixa-os desamparados quando as intempéries os castigam e arruínam e esquece que, cada dia que passa entre a atribuição de um subsídio compensatório e sua concretização, é um pesado contributo para a perda de uma colheita. Mas a mecanização agrária continuará a resistir e vai ser capaz de ultrapassar todas as dificuldades que lhe apareçam. O uso das máquinas agrícolas poupa o esforço do homem, valoriza os verdadeiros operadores de máquinas agrícolas e contribui decisivamente para melhorar o rendimento das explorações agrícolas.

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Trator do Ano 2015

Notícias

A revista abolsamia é membro do júri em representação de Portugal.

por João Sobral*

O começo de um novo desafio

Tractor of the Year 2015 Foi no início de maio que a revista abolsamia participou no evento ‘Let the Challenge Begin’, que anualmente marca o começo dos trabalhos para a eleição do Trator do Ano. Os fabricantes propuseram os seus modelos e nós demos início à pré-seleção para obter a lista de tratores nomeados.

A atribuição dos prémios concedidos pelo ‘Tractor of the Year®’ tornou-se num dos eventos mais aguardados da indústria da maquinaria agrícola.

Os 23 membros do júri, representantes de 23 diferentes projetos editoriais, reunidos em França.

Parceria estratégica entre TOTY e a Trelleborg O evento “Tractor of the Year 2015: Let the challenge begin” teve lugar no resort Terre Blanche, em Tourrettes, na região francesa de Provence-Alpes-Côte d’Azur, nos dias 6 e 7 de maio. A organização desta importante reunião de trabalho resulta de uma parceria estratégica entre o ‘Tractor of the Year®’ [TOTY] e a Trelleborg, que é o patrocinador oficial do prémio, e marca o ponto de partida para a atribuição das distinções referentes a 2015.

Fabio Zammaretti, coordenador do TOTY, transmite instruções aos jornalistas que integram o júri.

Em representação da Trelleborg, Paolo Pompei, presidente da unidade de negócio de pneus agrícolas e florestais na Trelleborg Wheel Systems, comentou: “A Trelleborg sempre trilhou um caminho de liderança quando está em causa a inovação para os profissionais do setor agrícola. Como tal, estamos muito satisfeitos por podermos fortalecer ainda mais a nossa parceria de longo prazo com o prémio ‘Tractor of the Year®’”. * A versão original foi escrita segundo a antiga ortografia.

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Trelleborg

Notícias

O fabricante de pneus Trelleborg é patrocinador oficial do Tractor of the Year.

Os membros do júri tomam conhecimento dos novos modelos propostos pelos fabricantes.

Novos modelos apresentados ao júri As marcas apresentaram quinze diferentes modelos, candidatos às três distinções que serão atribuídas: “Melhor Especializado 2015”, referente aos tratores pomareiros, vinhateiros e destinados a outras tarefas específicas; “Melhor Design 2015”, que premeia a componente estética; e “Trator do Ano 2015”, na categoria convencional, destinado aos tratores para trabalho em campo aberto. Ao júri do TOTY, que a revista abolsamia integra, cabe agora fazer uma primeira seleção de modo a apurar a lista final de nomeados. Esses modelos finalistas serão depois analisados presencialmente e em maior detalhe, inclusive em trabalho de campo.

177 tratores avaliados desde 1998

Na receção que fez a todos os elementos que viajaram até França, Fabio Zammaretti, coordenador do TOTY, comentou: “A atribuição dos prémios concedidos pelo ‘Tractor of the

Year®’ tornou-se num dos eventos mais aguardados da indústria da maquinaria agrícola. E, com a cada vez mais forte parceria estratégica que temos com a Trelleborg, é seguro dizer que o ‘Tractor of the Year®’ não só irá continuar a crescer, mas estará também cada vez mais bem posicionado para servir as necessidades da agricultura moderna.” Relembrou ainda o importante percurso trilhado até aqui:

A revista abolsamia está entre as publicações europeias de referência que selecionam e avaliam os tratores candidatos.

“O desafio começou em 1998. Ao longo destes anos, acompanhámos a evolução tecnológica dos tratores, vimos 102 tratores na lista de finalistas da categoria Trator do Ano e 75 tratores na lista de finalistas da categoria de Especializados”. Fabio Zammaretti relembrou ainda o património de experiência adquirido ao longo dos anos por toda a equipa: “Isto significa que o júri tem uma experiência única e conhecimentos para avaliar cada trator e para fazer um trabalho notável na seleção dos finalistas e depois declarar os vencedores em cada uma das categorias”.

Os parâmetros que são avaliados

Os principais parâmetros avaliados são: motor, transmissão, eletrónica, conforto na cabina, características técnicas inovadoras, design, e rácio preço/ potência. São as mais influentes publicações especializadas em maquinaria agrícola a nível europeu que integram o júri, como bem relembrou: “Como sabem, o júri é composto por 23 membros, representando 23 diferentes projetos editoriais, incluindo todos os tipos de media, como revistas em papel, programas televisivos sobre agricultura, websites, e redes sociais, muito difundidos por toda a Europa, chegando aos agricultores do Continente Europeu”.

Modelos propostos e tendências

Na categoria dos tratores convencionais: Challenger

MT775E, Deutz-Fahr série 9, Fendt 939 Vario S4, John Deere 7310R,MF 8700, Same Explorer, Steyr Profi CVT,e Valtra S4. A Case IH e a Claas também propuseram modelos que estão sob reserva de divulgação. Na categoria dos especializados: Aebi TT 211, António Carraro SRH 9800 Infinity, Lamborghini CV.80, New Holland T3F, e um modelo da John Deere que também está sob reserva. Se é possível identificar uma tendência, é que na maioria dos casos, apesar de nem sempre assim ser, as marcas optam por propor modelos de grande potência mesmo quando têm em catálogo modelos muito recentes de segmento inferior, o que de certa forma se compreende pois à partida terão uma probabilidade maior de chegar mais longe na competição devido às suas especificações técnicas e avanços tecnológicos.

Quem venceu o prémio no passado

Considerando a categoria principal, relativa aos tratores convencionais para campo aberto, há uma marca que leva vantagem. É a Fendt, com quatro distinções atribuídas. Mas há outros fabricantes que têm um score muito próximo. É o caso da John Deere e da New Holland que venceram por três vezes. Mais atrás seguem a Massey Ferguson e a Case IH com duas distinções, e a McCormick, a Deutz e a Claas com uma.

Vencedores serão conhecidos em novembro

Nos próximos meses teremos pela frente um trabalho de avaliação dos tratores candidatos, de que iremos dando notícias. As decisões serão conhecidas no dia inaugural da EIMA International, que se realiza em Bolonha, Itália, de 12 a 16 de novembro.

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Notícias por Ângelo Delgado

Alqueva

o futuro

O Museu do Oriente, em Lisboa, foi palco de mais uma discussão sobre o potencial agrícola do Alqueva. Presentes, setor privado e público, abordaram as várias estratégias a adotar no projeto que estará concluído em finais de 2015. “O Alqueva pode ser a Autoeuropa da Agricultura. Um em cada quatro investidores estrangeiros procuram esta zona do país!”, afirmou, categoricamente, Paulo Portas, vice-primeiro-ministro, sobre o potencial da região. A frase remonta aos primeiros dias de maio e tiveram eco ainda no final do mesmo mês, através da sua colega de governo, Assunção Cristas, ministra da Agricultura e do Mar. “O projeto do Alqueva estará terminado em finais de 2015. Queremos, portanto, tornar este setor dinâmico e passar ao exterior a mensagem que aqui se trabalha com um alto nível de qualidade e rigor”. As declarações da governante foram feitas durante o 2º Seminário Internacional “Investir no Potencial Agrícola do Alqueva”. Última oradora do evento e também última a chegar ao Museu do Oriente, é por ela, ainda assim, que começamos. “Quando o assunto é o Alqueva, devemos abordar, igualmente, a agro-

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O Alqueva pode ser a Autoeuropa da Agricultura. Um em cada quatro investidores estrangeiros procuram esta zona do país!

Assunção Cristas, ministra da Agricultura e do Mar.

indústria. É imperativo procurar alianças entre a produção regional e a indústria. Só assim conseguiremos criar valor no país e na nossa economia”, alertou. A questão do associativismo foi, aliás, ponto de ordem e de maior consenso entre as várias

vozes que se foram fazendo ouvir. Luís Vasconcellos e Sousa, da Agromais, foi uma delas. “A agro-indústria local é uma necessidade. Devemos fomentar o associativismo entre indústria e produtores locais. Mostrar à população o que se está passar



Notícias

Um dos painéis do seminário.

na região e integrá-los na nossa dinâmica é um papel do setor público e privado”. O tema continuou com José Salema, da Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva, S.A. (EDIA). “Cerca de 20 por cento da produção da zona já é feita nesses moldes. A organização de produtores é visível na fruticultura e olivicultura, sendo que quem trabalha os cereais começa, também, a agrupar-se nesse sentido. Só assim é possível que os nossos produtores consigam competir com o mercado europeu e mundial”, revela. Aproveitando a alusão aos mercados internacionais, António Souto, administrador do BES, sublinhou a importância de as entidades competentes “conhecerem melhor os casos de sucesso ocorridos na Bélgica e Holanda na agricultura, por se tratarem de territórios com

Existe uma enorme invisibilidade de alguns produtores portugueses com produtos de qualidade, mas que não conseguem chegar lá fora. Se eu for a um supermercado austríaco não vou encontrar nada português. É este quadro que é necessário alterar.

Wolfgang Braunstein, consultor especialista em organizações de produtores.

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dimensões similares a Portugal”. Já sobre o desenvolvimento do potencial da agro-indústria no Alqueva, o responsável refere que é “absolutamente vital para a economia do país”. A faceta internacional do seminário foi garantida com a presença de Wolfgang Braunstein, consultor especialista em organizações de produtores. Conhecedor da

realidade portuguesa, deixou alguns conselhos para a classe política e empresarial presentes no auditório. “Em Portugal, é importante melhorar a organização entre produtores, garantir uma boa comunhão entre produtor, indústria e retalho, e chamar a atenção dos mercados internacionais através de uma comunicação eficaz”, enumerou.

A dinâmica que não havia Ponto assente: a classe política, empresarial e uma nova juventude qualificada olham atualmente para a agricultura como um setor com potencial. Porém, nem sempre foi assim. António Souto, do BES, fala sobre este paradigma. “O setor agrícola possui hoje uma dinâmica que antes não tinha. Este fenómeno tem que ver com a maior preparação dos profissionais à frente das explorações, que trazem uma lufada de ar fresco a este universo através de uma

maior inovação, produtividade e conhecimento do mercado de destino”, adiantou, continuando, de seguida, no mesmo registo: “o potencial de produção nas nossas terras e as exigências dos mercados são diferentes de quando aderimos à CEE. Não estávamos, na altura, tão consciencializados”. Através de uma maior preparação para enfrentar os novos desafios apresentados por um mercado cada vez mais global e competitivo, urge, então, a necessidade de criar estratégias


Notícias que tornem os produtores nacionais mais visíveis. José Salema deu algumas pistas. “A criação de uma marca territorial denominada Alqueva e juntar toda a produção sob o chapéu dessa insígnia são passos que devem ser dados. Dessa forma, daremos mais valor aos produtos oriundos daquela zona do país”, esclareceu. Relativamente a este tema, Braunstein foi direto. “Existe uma enorme invisibilidade de alguns produtores portugueses com produtos de qualidade, mas que não conseguem chegar lá fora. Se eu for a um supermercado austríaco não vou encontrar nada português. É este quadro que é necessário alterar”, criticou.

Produtores e o Alqueva Luís Mesquita Dias, da Vitacress, foi um dos oradores presentes no evento. Durante a sua intervenção, falou sobre a importância em abraçar aquela região, bem como dotá-la de mais e melhores recursos humanos. “Continuaremos na hortofrutícola e é com um contacto nessa área que iremos investir no Alqueva. Por outro lado, seria importante que a EDIA desenvolvesse uma base de dados completa com a mão-de-obra disponível para trabalhar as várias culturas ali existentes”, sugeriu, frisando que a “Vitacress está já a trabalhar na área da formação com o IEFP – Instituto do Emprego e Formação Profissional”. Já Mauro Cardoso, da Monliz, é

A escassez de mão-de-obra e a ausência de conhecimento do regadio para as diferentes culturas são problemas agudos. perentório na importância da região alentejana para a sua empresa. “O Alqueva é, para nós, o futuro. A insuficiência de áreas disponíveis em Santarém

fez com que avançássemos nesse sentido. Estamos ali há três anos e trabalhamos com produtores locais para assegurar uma melhor e maior produção”, explica. Ciente da importância do Alqueva, Luís Vasconcellos e Sousa, da Agromais, realça a necessidade de uma maior concertação entre todos os atores envolvidos no projeto. “A escassez de mão-de-obra e a ausência de conhecimento do regadio para as diferentes culturas são problemas agudos. É urgente encontrar soluções a nível social, financeiro e político, pois a grande escala do Alqueva irá fazer com que haja uma maior exigência a todos os níveis”.

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Produto O salto para a gama premium Bridgestone

MT775E em edição limitada Challenger O novo MT775E obteve uma recetividade muito boa quando foi desvendado pela primeira vez na Agritechnica, no final do ano passado. A pintura em cor preto fosco foi bem acolhida pelo público e agora a Challenger decidiu produzir uma edição limitada à Europa de 28 unidades; é uma edição comemorativa porque 28 é também o número de anos que já passaram desde que a marca deu início à produção de tratores com rastos de borracha. O MT775E, com 438 cv de potência máxima, é o modelo maior de uma série cujo modelo de entrada, o MT755E, apresenta 384 cv. Estes tratores são produzidos na fábrica do Grupo AGCO, em Jackson (Minnesota - EUA), e chegam em breve à Europa.

A Bridgestone lançou-se em força no mercado dos pneus agrícolas premium com o lançamento do pneu VTTRACTOR. Enquanto todos os pneus radiais agrícolas fabricados anteriormente pelo Grupo Bridgestone foram vendidos sob a marca Firestone, este pneu recentemente desenvolvido marca uma clara declaração de intenções por parte da Bridgestone Europa para competir ao mais alto nível no segmento dos pneus agrícolas. Tendo sido desenvolvido para satisfazer as exigências das operações culturais que envolvem a utilização de equipamento com elevado nível de sofisticação mas também de grande peso, a gama agrícola premium da Bridgestone promete aos agricultores e aos prestadores de serviços maior produtividade, eficiência e proteção dos solos. O mercado de pneus agrícolas está a mudar de forma rápida, desafiando os fabricantes de pneus a encontrarem soluções para as exigências de hoje no que se refere a maior eficiência, mas também a uma maior proteção do solo para aumentar a produtividade de amanhã. Em resposta a este desafio, a Bridgestone surge com uma nova gama de pneus agrícolas

premium capazes de funcionar a pressões de enchimento mais baixas e com uma maior área de contacto, reduzindo a compactação do solo. O pneu VT- TRACTOR, emblema da nova gama Bridgestone premium agrícola, foi apresentada pela primeira vez em Reifen Essen. Testes preliminares realizados em março 2014 pela organização independente DLG* confirmaram a superioridade do VT- TRACTOR sobre outras marcas líderes de mercado numa série de parâmetros, incluindo a tração e o consumo de combustível.** Segundo os testes realizados, a maior tração deste pneu permite uma maior velocidade

de trabalho resultante em mais 0,9 hectares em dez horas de trabalho, e uma poupança de combustível de até 36 litros por 50 hectares comparativamente com os seus principais concorrentes. Para a Bridgestone, a característica mais importante do VT-TRACTOR é, contudo, a distribuição equilibrada da sua pressão de contacto. Testes realizados internamente mostraram também que este pneu oferece uma área de contacto 26% maior que os pneus concorrentes testados, com vantagens na compactação do solo. O VT-TRACTOR foi desenvolvido no centro europeu de desenvolvimento da Bridgestone em Roma e vai ser fabricado na fábrica espanhola de Puente San Miguel. No outono, estará disponível no mercado, de 28 a 42 polegadas. * DLG-Test Center Technology and Farm Inputs ** Pneus testados: dimensões IF 600/70 R30 & IF 710/70 R42 (pressão 1.2 & 1.0 bar) e VF 600/70 R30 & VF 710/70 R42 (pressão 1.0 & 0.8 bar) sob as mesmas condições de carga. *** Realizada no Centro DLG’s International Crop Production março, em 2014 com as dimensões IF 600/70 R30 & IF 710/70 R42 (pressão 1.2 & 1.0 bar) e VF 600/70 R30 & VF 710/70 R42 (pressão 1.0 & 0.8 bar) sob idênticas condições de carga utilizando a tecnologia XSENSOR™ .

Agrisem com discos mulcher Agrisem

Os modelos Disc-O-Mulch Gold e Disc-O-Mulch Platinum da Agrisem passam a estar disponíveis com discos mulcher. Este perfil mais agressivo aumenta a penetração no solo, o que garante uma maior produtividade de corte e esmiuçamento dos resíduos resultantes das culturas. Estes discos são ainda mais eficientes em solos húmidos. A sua forma acanelada favorece a auto-limpeza e evita que o solo se cole ao disco. A marca garante que um disco com 610 mm de diâmetro manterá a capacidade de corte inalterada ao longo da sua vida útil até aos 350 mm, o que representa uma duração significativamente superior à de um disco normal. Estes dois modelos da Agrisem, agora equipados com discos mulcher, são o resultado de testes feitos ao longo de três anos em diferentes tipos de cultura e condições de solo e já se encontram disponíveis no mercado.

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Produto Todo-o-terreno com queda para a agricultura Polaris A Polaris apresentou, no passado mês de maio, novos produtos com aplicações possíveis na agricultura. Para o efeito, a marca norte-americana organizou uma prova todo-o-terreno na Herdade do Monte da Ribeira, em Reguengos, propriedade da Ervideira. Na gama ATV, a Sportsman 570 - modelo testado pela abolsamia - apresenta-se interessante para deslocações no interior de herdades, devido à sua rapidez e versatilidade. Este veículo está disponível para homologação como trator. Na gama RANGER, o modelo XP900 de 60 cavalos (off road) – testado pela revista abolsamia– apresenta-se mais potente, com o motor localizado sob a caixa de carga, fazendo com que a condução seja mais silenciosa. É possível efetuar a alteração de AWD (All Wheel Drive) para 2WD em andamento, sendo apenas

necessário desacelerar. Este modelo tem a possibilidade de desbloquear o diferencial e permitir que as rodas de transmissão traseiras funcionem de forma independente. Esta inovação facilita a rodagem em pisos sensíveis como estufas e relvas, permitindo ainda manobras em espaços apertados.

A linha Full Size desta gama tem ainda uma versão a diesel, com motor Yanmar 900cc 3 cilindros, possuindo mais de 40 por cento de autonomia que o XP e uma maior capacidade de reboque. Este veículo tem bastante interesse para a utilização de gasóleo agrícola. A versão Crew, por sua vez, apresenta-se com a 570, 800 e 900. Esta última é idêntica à RANGER 900, atinge os 80 quilómetros/hora e tem mais espaço para os passageiros atrás. A Polaris é uma empresa de origem norte-americana que nasceu em 1954, em Roseau, no estado do Minnesota, como fabricante de motos de neve. Está presente a nível mundial com mais de 12 filiais e 41 distribuidores. Em Portugal, as operações são geridas pela Polaris Ibéria, que tem quatro concessionários e oito agentes, dependentes do Grupo MASAC.

19542014

O futuro tem sempre uma história para contar.

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Produto Novas grades rotativas Rotodent Alpego A marca italiana Alpego introduziu alterações na sua gama de grades rotativas, que apresentam agora um quadro reforçado e engrenagens de transmissão adaptadas a serviços pesados. Estão ainda equipadas com um sistema twin force, composto por dois rotores montados em rolamentos cónicos e unidos por um único apoio, uma solução patenteada que é exclusiva da Alpego. São vários os opcionais disponíveis para estes modelos. Entre eles estão o ajuste hidráulico de profundidade, o kit de substituição rápida dos bicos, e o suporte hidráulico para montagem de um semeador. Na traseira, podem ser montados quatro diferentes tipos de rolos. A gama Rotodent começa nas versões RA, indicadas para tratores entre os 25 e os 70 cv, e termina nas versões RH, indicadas para modelos entre os 120 e os 300 cv. Pelo meio, a marca disponibiliza mais 5 versões para potências intermédias, onde estão incluídos os modelos RM (na foto), com larguras de trabalho que variam entre os 2980 e os 3480 mm, indicados para um segmento entre os 80 e os 170 cv.

Pneu para Tractor Pulling

Acesso Remoto através do Monitor John Deere Uma ferramenta que permitirá ao concessionário auxiliar, em tempo real e sem deslocações, o operador de um trator, ceifeira debulhadora ou picadora de forragem. Esta tecnologia, desenvolvida pela John Deere, denomina-se Acesso Remoto através do Monitor (RDA) e, segundo a marca, irá reduzir os custos de assistência técnica em cerca de 30%. “O lançamento do RDA significa um passo firme no nosso caminho, que pretende aumentar a oferta de soluções John Deere FarmSight”, afirmou Christoph Wigger, vice-presidente para a área de vendas e marketing no mercado europeu. Relativamente aos ganhos mais relevantes, deve realçar-se o aumento do tempo útil de vida da máquina, o acréscimo de produtividade e ainda a poupança de tempo que possibilita aos operadores e concessionários. Com o RDA ativo, os concessionários poderão controlar à distância a evolução das principais funções da máquina e guardar em arquivo os dados mais relevantes sobre o seu rendimento. Através destes relatórios, a marca poderá ajudar a solucionar problemas e sugerir ao cliente alterações de comportamento para melhorar a eficiência e eficácia de cada máquina.

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Mitas A Mitas vai desenvolver um novo pneu especificamente direcionado para as competições de Tractor Pulling. Para entrar nesta modalidade, a marca checa assinou um acordo de patrocínio com o Comité Europeu desta modalidade. A experiência da Mitas no desenvolvimento de pneus agrícolas para tratores de alta potência é, segundo os seus responsáveis, garantia de know-how neste segmento, pois o processo de fabrico é idêntico.“Temos total confiança no sucesso que será para nós o desenvolvimento e lançamento deste novo produto. A vasta experiência da Mitas neste ramo é uma grande mais-valia”, afirma Andrew Mabin, diretor de marketing e vendas da empresa. Sobre as características que estarão presentes no Mitas Powerpull, Mabin destaca “a durabilidade, a longevidade e a resistência”. O pneu estará disponível ainda no decorrer deste ano.

Sistema de controlo de bicos de pulverização John Deere Os pulverizadores rebocados John Deere M900i e R900i passam a estar disponíveis com um sistema opcional de controlo dos bicos de pulverização a partir da cabina. O sistema TwinSelect permite ao operador alternar, em andamento, entre bicos de pulverização, através do monitor GreenStar. É possível escolher entre dois tipos ou tamanhos de bicos, de modo a produzir características de pulverização distintas ou obter diferentes taxas de aplicação, consoante as necessidades da cultura, o que é válido tanto para pesticidas como para fertilizantes. Alternar manualmente entre bicos de uma barra de pulverização de 36 metros demora sempre vários minutos. O TwinSelect permite poupar esse tempo e fazer a operação sem sair da cabina. A John Deere dispõe ainda de uma ferramenta online [http://nozzleselector.deere.com/ pt_BR/] que ajuda a identificar os bicos de pulverização mais adequados a cada aplicação.



Produto Requisitos do aço no corte a laser

Série S produzida em Zweibrücken John Deere

A gama de topo de ceifeiras-debulhadoras da John Deere passou a ser produzida na fábrica de Zweibrücken, na Alemanha. A série S é composta por 3 modelos: S680 (540 cv), S685 (570 cv) e S690 (617 cv). “Já temos uma experiência de 50 anos na produção de ceifeiras para o mercado europeu e mundial, e investimos perto de 20 milhões de euros nas nossas linhas de montagem, em infraestruturas e em processos de garantia de qualidade”, sublinhou Ralf Gaa, diretor da fábrica. “A partir de agora, a gama completa de debulhadoras da John Deere, séries W, T e S, tem selo ‘Made in Germany’. Ao produzirmos a série S em Zweibrücken, podemos reagir melhor à procura crescente de ceifeiras não convencionais de alta capacidade”. A série S possui uma tremonha de 14.100 litros, e um sistema de gestão dos resíduos que responde a uma grande variedade de exigências. Pode equipar com um novo dispositivo de regulação interativa que foi estudado para limitar as perdas e obter uma excelente qualidade do grão e da palha.

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SSAB O aço de elevada resistência (HSS) e a chapa antidesgaste oferecem vantagens em relação ao aço macio. No entanto, quando se trata do corte a laser, ambos respondem da mesma forma. O Hardox e o Domex da SSAB cumprem todos os requisitos para o corte a laser, podendo ser trabalhados com os mesmos parâmetros que as qualidades de baixa liga, tais como a S235. Anders Ivarson, especialista em soldadura e corte térmico da SSAB, explica a ideia. “Um raio laser produz o mesmo efeito, seja em material duro ou macio”, começa por dizer, dando depois um ex. prático. ”A temperatura de fusão do aço de elevada resistência

Domex 700 é exatamente a mesma que a do S235GR, que não inclui quaisquer tipos de elementos de liga”. Ao contrário do que sucede com outros fornecedores, a SSAB não exige qualidades especiais de aço para corte a laser. As propriedades consistentes do aço, a tolerância de espessura reduzida, a excelente

planicidade, o acabamento de superfície, a baixa liga e a composição química otimizada fazem com que todos os aços Hardox e Domex possam ser cortados a laser. A qualidade do aço permite raios mais pequenos, assegurando dessa forma resultados precisos durante a quinagem.

TM3000 tem nova medida Trellleborg A Trelleborg acaba de lançar uma nova medida na gama de pneus TM3000: o IF800/70R38TL CFO 184 A8. Este pneu foi desenvolvido para realizar trabalhos cíclicos no campo (Cyclic Field Operations – CFO), sendo uma resposta da marca para as necessidades das ceifeiras debulhadoras mais recentes e evoluídas. O novo design da banda de rolamento, bem como o design avançado da carcaça deste pneumático aumentam a sua capacidade de carga sob baixa pressão, não danificando o solo e evitando níveis de poluição elevados. Através de um comunicado de imprensa divulgado pela empresa especializada em pneus, Emiliana Vesco, diretora de produto na área agrícola, explicou algumas das características do novo lançamento. “A gama TM3000 foi desenhada de acordo com a tecnologia BlueTire, que garante uma baixa compactação do solo, capacidade de carga elevada e aumento da sua resistência aos danos e impactos. Trata-se da gama perfeita para maximizar a produtividade das ceifeiras debulhadoras”. Com este lançamento, a gama Trelleborg TM3000 está agora disponível em três medidas: IF800/65R32, IF800/70R38TL e IF800/70R38TL. Ainda segundo os responsáveis da marca, esta gama irá ser alargada proximamente.

Movimentação de vários fardos MX A MX desenhou um acessório capaz de carregar em simultâneo três fardos redondos ou quatro fardos retangulares. A sua configuração assemelha-se à de uma forquilha, pois na base tem três bicos compridos, e adicionalmente incorpora duas garras laterais de acionamento hidráulico sincronizado com sete dentes cada. Os bicos podem ser ajustados de três diferentes formas: posição fixa, flutuante e transporte. O mastro de três metros de altura é composto por uma secção tubular resistente e por um mecanismo hidráulico que permite expulsar os fardos ao descarregar. É um acessório com características interessantes para quem faz muito trabalho de carga e movimentação de fardos. Pesa 740 kg.



Produto Pulverizadores Sirius com controlo Isobus Lemken Os pulverizadores montados Lemken Sirius 10, que estão no mercado há já dois anos, contam agora com um nova unidade eletrónica Megaspray, compatível com Isobus, que permite o controlo individualizado de todos os bicos. A marca garante que este controlo Isobus, que é gerido a partir do terminal universal (TU) do trator ou através de um terminal CCI 200, pode contribuir para poupar significativas quantidades de produto e para definir taxas de

aplicação muito precisas, especialmente nas beiradas das parcelas onde as culturas crescem de forma mais desigual. O resultado é uma maior precisão e um modo de operação mais confortável. Os modelos Sirius 8 e 10 vão na 2ª geração e possuem depósitos com as seguintes capacidades: 900, 1300, 1600 e 1900 l. Os Sirius 8 possuem barras de pulverização em aço que abarcam entre 12 a 15 m e os Sirius 10 possuem barras de alumínio com perfil retangular (SEH), que podem atingir os 30 m de largura de trabalho. Foi empregue em ambos um novo modo de arrumação das tubagens que ligam o depósito às barras, o qual resulta numa menor altura ao solo e num centro de gravidade mais baixo. Esta característica, associada ao facto de as secções esquerda e direita poderem oscilar de forma independente, contribui para um aumento de estabilidade do trator.

Pulverizador Altis 2002 Kuhn A Kuhn lançou uma solução combinada para pulverização com uma capacidade total de 3500 litros. Ao pulverizador suspendido Altis 2002, que tem um depósito de 2.000 litros e barra de alumínio de até 28 metros, é possível adicionar agora um depósito frontal PF de 1.000 ou 1.500 litros. A utilização destes dois depósitos permite transportar dois diferentes tipos de produto e garante uma capacidade máxima combinada equiparável à dos pulverizadores automotrizes. O Kuhn Altis 2002 possui controlo das válvulas segundo três diferentes níveis de operação, Manuset, Diluset e E-set, e engate rápido easy-hitch que permite transferir o peso da alfaia para o trator, e não apenas para os braços do hidráulico. Ambos os equipamentos veem equipados de série com faróis para circular em estrada e em opção podem incluir iluminação lateral para melhorar a visibilidade durante o trabalho noturno.

Séries 5G e 5D completam gama Deutz-Fahr

A Deutz-Fahr lançou para o mercado os novos modelos 5G e 5D, da Série 5, de que fazem parte ainda os modelos 5TTV e 5C. Esta linha destaca-se no segmento de média potência pela sua ampla gama e especificações técnicas. A série 5G encontra-se no topo da sua categoria, com máquinas concebidas para a máxima versatilidade operacional, conforto e design, possuindo um novo motor FARMotion Tier 4i concebido essencialmente para utilização agrícola. Está equipada com três níveis distintos de transmissão: a versão HD estruturada, uma evolução natural da gama Agrofarm, e as mais compactas e leves MD e LD. São 11 modelos no total, com seis motores FARMotion Tier 4i de 75 a 109 cv. Consoante a potência, estes motores estão

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disponíveis na versão de três ou quatro cilindros, com injeção Bosch Common Rail a 2000 bar, controlo eletrónico, turbocompressor com intercooler e sistema DOC de pós-tratamento dos gases de escape. Os modelos que compõem esta série apresentam o novo estilo Deutz-Fahr da Giugiaro Design e têm a nova cabina de quatro apoios, o que proporciona um ambiente de trabalho funcional. Já a nova Série 5D reflete a evolução das gamas Agroplus. Inclui quatro motores FARMotionTier 4i de 75 a 102 cv, que substituem os modelos topo de gama Agroplus e AgroplusEcoline. A Deutz-Fahr alarga assim a oferta neste segmento, passando de oito para doze modelos.



Culturas por João Sobral*

www.portugalfotografiaaerea.blogspot.pt/2011/09/comporta.html

arroz PORTUGUES

pode reforçar presença no mercado mundial

Os profissionais da fileira do arroz reuniram-se em Alcácer do Sal, a 23 de abril,no 5º Encontro da Orizicultura Portuguesa, para uma vez mais porem em evidência as questões que afetam o setor. O encontro tocou em vários temas, desde as qualidades culinárias do arroz, à multifuncionalidade dos arrozais, inclusive na perspetiva do lazer e do turismo, mas o principal enfoque foi posto no lado da produção.

A produção enfrenta dificuldades

João Reis Mendes, presidente da Aparroz1 e da AOP2, partilhou algumas preocupações com os parceiros presentes no encontro. “O momento é delicado. A conta de cultura é negativa para a maioria dos produtores e as ajudas do novo

quadro vão diminuir”. Acontece que “os preços praticados na venda do produto final não são compensadores, os fatores de produção, de uma forma mais ou menos regular, sobem todos os anos, a organização dos agricultores é ainda incipiente, tirando algumas exceções, e o consumidor português ainda não valoriza o arroz produzido em Portugal, que é o arroz carolino”, relembrou. O lado da produção queixou-se ainda do forte poder negocial de que o setor da distribuição dispõe, e da incapacidade revelada pela indústria em definir uma estratégia conjunta para enfrentar esse contexto.

Menor eficácia dos herbicidas

As dificuldades a nível dos agroquímicos foram também mencionadas. Tem-se assistido

5º Encontro da Orizicultura Portuguesa em Alcácer do Sal.

* A versão original foi escrita segundo a antiga ortografia.

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Culturas

João Reis Mendes, presidente da Aparroz e da AOP.

a uma “diminuição gradual das substâncias ativas autorizadas para controlo de infestantes na cultura e a reduzida disponibilidade de substâncias ativas com diferentes modos de ação tem conduzido nos últimos anos à aplicação massiva de herbicidas de elevada vulnerabilidade à ocorrência de fenómenos de resistência”, disse João Reis Mendes. Acrescentou ainda que “as grandes empresas multinacionais químicas deixaram de investir na procura de novas moléculas para o arroz, por razões económicas e por progressiva retirada de produtos tradicionalmente utilizados, o que deixa os produtores de arroz sem soluções”. Em suma, são retirados produtos sem serem repostas soluções alternativas verdadeiramente eficazes.

Condições favoráveis à cultura Apesar de enfrentar dificuldades, o arroz é uma cultura ecologicamente

equilibrada, que tem um importante papel na manutenção da biodiversidade e dos ecossistemas das zonas húmidas, e em que possuímos vasta experiência. “Produzimos em produção integrada, com regras apertadas de controlo de aplicação de produtos e de operações culturais”, recordou Reis Mendes, o que dá origem a um produto diferenciado, de qualidade superior quando comparado com o arroz importado de países asiáticos – nos anos mais recentes tem entrado na Europa arroz branqueado proveniente de países como o Cambodja e Myanmar, determinando uma quebra de preços nalgumas regiões produtoras europeias. Mas o que é certo é que a fileira se tem vindo a organizar, com a Casa do Arroz a “permitir limar alguns aspetos da relação entre os vários agentes” e o Cotarroz a trabalhar na procura de novas variedades que estão prestes a entrar no mercado.

Investigação Agroalimentar, “a produção mundial de cereais é altamente influenciada pelas alterações climáticas, estimandose que a produção de arroz na China poderá diminuir até 2050 cerca de 19% se a temperatura aumentar 1°C e cerca de 32% se o aumento global da temperatura for de 2°C”. A concretizar-se, este cenário produziria um impacto muito negativo nos países que são os maiores produtores mundiais de arroz. O mesmo relatório sugere que “os países europeus com um clima mais temperado e chuvoso, como é o caso de Portugal, podem sair beneficiados destas alterações climatéricas”, o que se traduziria num papel mais relevante do nosso país no mercado mundial. Ainda que sejam previsões algo incertas e a muito longo prazo, há uma realidade que se começa a evidenciar. É o que nosso arroz, por ser produzido de acordo com boas práticas agrícolas, possui características diferenciadas que são apreciadas por um target de consumidores mais exigentes. Há cada vez mais nos mercados de exportação janelas de oportunidade a explorar.

O arroz em Portugal A cultura ocupou em Portugal uma área de 31.174 hectares e atingiu uma produção superior a 182.524 toneladas, de acordo com dados de 2012. Se por um lado importamos cerca de 40% do arroz que consumimos, por outro as exportações de arroz nacional têm vindo a subir, fundamentalmente para países como a França, Espanha, Reino Unido e Angola. Somos o único produtor de carolino, variedade que representa cerca de 75 a 80% da produção nacional, embora os orizicultores se queixem que o consumidor ainda não valoriza suficientemente este arroz. A nível dos hábitos alimentares, aparecemos como o povo europeu mais apreciador deste cereal, com um consumo médio de 16 kg por pessoa/ano.

(1) Agrupamento de Produtores de Arroz do Vale do Sado. (2) Associação de Orizicultores de Portugal.

Cenário promisso na exportação

Segundo um relatório internacional da IPPC (Convenção Internacional para a Proteção das Plantas), citado neste encontro por Nuno Vieira e Brito, o atual Secretário do Estado da Alimentação e da

Nuno Vieira e Brito, o actual Secretário do Estado da Alimentação e da Investigação Agro-Alimentar.

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Culturas Entrevista a Manuel Etelvino

Arroz carolino tem nicho de mercado diferenciado Na época da sementeira do arroz estivemos em Alcácer do Sal e falámos com um orizicultor que cultiva uma área total de 110 hectares. Na entrevista que deu à revista abolsamia, falou das dificuldades associadas à cultura, das suas expectativas relativamente à campanha deste ano, e também da esperança que põe no arroz carolino.

Temos de fomentar um carolino monovarietal que seja bom para todos: para o produtor, para o industrial e para o consumidor.

Que parque de máquinas possui? Abolsamia

Manuel Etelvino é engenheiro agropecuário, vice-presidente da Associação de Agricultores de Alcácer do Sal, e orizicultor.

Manuel Etelvino Tenho dois tratores John Deere (6930 e 6130), quatro Massey Ferguson (dois 399 e dois 390), duas ceifeirasdebulhadoras (uma New Holland TC 56 e uma Laverda 112), uma retroescavadora Case 580 LE e um secador Strall com silos de armazenagem.

Qual é a sequência de operações culturais que realiza? A primeira operação que faço é patear o terreno com as rodas de rebaixa, para regularizar os buracos deixados pela ceifeira

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e enterrar o restolho. O terreno fica mais nivelado permitindo uma secagem homogénea dos canteiros. Depois, com a terra seca, faço duas passagens cruzadas com chisel, ou charrua, dependendo do tipo de solo, a seguir faço gradagem, e depois o nivelamento dos canteiros com o laser. Espalho o adubo, que enterro com uma fresa ou com um TMR, e de seguida faço a aplicação de um herbicida pré-emergente. Usa sempre o pré-emergente? Sempre. É fundamental.Se não o usar, as ervas infestantes começam logo a competir com o arroz assim que ele nasce e

atrasam o seu desenvolvimento. Passados 21 a 30 dias da sementeira, é quando se dá o outro herbicida, já têm aparecido outra vez infestantes. Até porque temos de pôr o arroz em seco para não se arrancar por ação do vento, e nessa altura, ao retirar a água, perde-se o efeito da monda. Há vários herbicidas, uns mais seletivos para uma coisa, outros para outra, mas cada vez menos eficazes porque as ervas vão criando resistência. E depois também têm aparecido infestantes novas oriundas de outros países, como a Leptochloa ou a Heteranthera. É essencial dar as mondas no tempo certo, para serem o mais eficazes possível e conseguir controlar as infestantes. E por que é que aparecem estas novas infestantes? Até agora temos apanhado tudo o que vem de onde importamos a semente. Acho que é importante termos semente própria, especialmente carolinos. O Estado descurou muito essa área. Mas em princípio, para o ano, já teremos semente nacional, que está a ser multiplicada no Cotarroz em conjunto com a Casa do Arroz. O arroz bravo é também um problema por resolver… Sim, é um problema. Temos os terrenos infestados com arroz bravo.


Culturas Por vezes aconselha-se a lavoura, para pôr o arroz bravo para o fundo e assim ter mais dificuldade de germinar... E há também quem diga o contrário. Que ao fazer a lavoura vamos desenterrar o arroz bravo e pomo-lo em cima. Nós temos queimado a palha, temos feito sementeiras falsas, fazemos tudo e mais alguma coisa mas não tem sido fácil combatê-lo. Apareceu o clearfield, que é uma variedade de arroz que tolera um herbicida capaz de combater o arroz bravo. No início tinha um ciclo longo e produzia pouco. Agora surgiram outras variedades com melhor produção. Tem sido uma solução, até porque já há uma variedade de arroz carolino clearfield. E como é que faz a sementeira? Quando a terra não está entorroada, nos solos mais arenosos, faço em seco porque é a maneira mais económica. Nos outros faço com avião. Há também quem faça dentro de água, com rodas de ferro. Mas eu tenho parcelas separadas, em quatro sítios, o que me cria a dificuldade de mudar os tratores de um lado para o outro com as rodas de ferro instaladas. A campanha deste ano está a ser feita na época normal ou está atrasada? Eu costumo começar a semear

Ter um bom setembro e também um bom outubro pode ser a chave da sementeira deste ano.

no início de maio e depois ir semeando ao longo do mês. Não estou atrasado. Estou é a semear tudo mais junto, mais concentrado. Temos tido temperaturas baixas. Que consequência é que isto pode ter? O arroz não nasce tão bem. Não tem temperatura. Parece que fica adormecido e não se desenvolve normalmente. Nesta altura [24 de maio] já devíamos ver os arrozais por aí a verdejar nos canteiros, mas só vemos água. O que fazemos é baixar as águas para o arroz ter mais luz e a água aquecer um pouco mais. Não podemos fazer mais nada.

Perspetiva que isso possa ter implicações na produção deste ano, ou ainda pode recuperar? Eu acho que pode recuperar. Ter um bom setembro e também um bom outubro pode ser a chave da nossa sementeira. Em termos gerais o setor atravessa um momento bom? Acho que não atravessa. Nós que estamos metidos na cultura, acreditamos sempre que vai melhorar. Mas o arroz não paga a cultura. É uma tristeza fazermos uma cultura que não se paga. Nós em Portugal trabalhamos bem. A produtividade média anda na ordem das 6,5 toneladas/ hectare e agora temos que atingir 7 toneladas/hectare para cobrir as despesas da cultura. Temos que procurar variedades muito produtivas e tentar que não haja falhas na seara, senão pode ser irrecuperável para o agricultor. Mas há já várias pessoas aqui no vale do Sado que não vão fazer arroz. Têm os terrenos em pousio. Com a ajuda desligada, há tendência para não se fazer. A venda do arroz está sempre garantida. Mas há margem para ficar com a produção em casa e jogar com a evolução do preço? Essa é uma parte muito importante na nossa atividade. Quem não tem secador precisa de vender em

verde e o industrial fica abastecido por uns meses. No meu caso, como tenho instalações e secador, o que tento fazer é desviar a venda da altura da campanha, esperando por dezembro que é quando o arroz tende a valorizar. Há anos em que valoriza mais, outros menos, o que também depende do mercado internacional,mas valoriza sempre. Mas é uma estratégia que tem custos. Temos de acompanhar a conservação do arroz, monitorizando-o através de sondas de temperatura, e temos de o ventilar. Produz mais do que uma variedade de arroz? Nos últimos dois anos fiz só arroz agulha porque havia excesso de carolino. Mas este ano já vou fazer metade de carolino por uma questão de tendência do mercado. O carolino é uma variedade mais difícil de fazer, que produz um pouco menos e que tem mais tendência para acamar. Já o arroz agulha produz mais, é mais fácil de ceifar e de secar, e não acama. Mas nós somos o único país com condições para fazer o carolino, que vendo bem é um arroz de maior qualidade. Fazermos arroz carolino pode ser a nossa sobrevivência porque tem um nicho de mercado diferenciado, inclusive para exportação.

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Culturas

10 passos

para o sucesso dos herbicidas

Gerir canteiros de arroz

A Lusosem, uma empresa que comercializa produtos destinados ao setor orizícola, nomeadamente semente e agroquímicos, divulgou recomendações para obter uma maior eficácia dos herbicidas nos arrozais.

Consciente de que o controlo das infestantes é um tema complexo mas onde ainda muito se pode fazer para aumentar a produtividade da cultura, a Lusosem, que foi um dos patrocinadores do 5º Encontro da Orizicultura Portuguesa, aconselha os produtores a seguirem um conjunto de dez boas práticas que podem ajudar a potenciar a eficácia dos produtos para combate das infestantes.

2

Rede de rega Uma rede de rega está bem dimensionada se permitir a existência de uma lâmina de água de 3 a 5 cm ao fim de 48 horas. Um caudal fraco retira a eficácia do herbicida e favorece o aparecimento precoce de infestantes. Um caudal muito forte pode provocar arrastamentos, o que é mais grave quando se aplica um herbicida de pré-sementeira.

3

Preparação do solo

1

Nivelamento dos canteiros É importante fazer anualmente as correções necessárias. Um canteiro bem nivelado possibilita uma entrada e saída de água mais uniforme. E uma lâmina de água de altura igual em todo o canteiro permite uma germinação e um desenvolvimento mais homogéneo do arroz.

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Um grande período de inundação dos canteiros durante o inverno cria condições favoráveis à proliferação de pragas. Para contrariar esta tendência, é aconselhável a incorporação de palhas, restolhos e infestantes com roda arrozeira durante o outono.

4

Rede de drenagem

5

A existência de valas de drenagem facilita uma rápida e homogénea circulação da água e evita arrastamentos. Uma rede de drenagem está bem dimensionada se permitir a saída da lâmina de água ao fim de 48 horas.

Conhecimento da flora infestante Conhecer o histórico do canteiro e identificar precocemente as infestantes presentes na cultura ajuda a que se tome a decisão certa sobre quais os herbicidas a aplicar em pós-emergência.

6

Herbicidas Programação Deve previamente ser feita uma programação das aplicações (pós-emergência ou também pré-sementeira) consoante, entre outros fatores, a presença de infestantes em anos anteriores.


7

Herbicidas Quando aplicar? Nos casos em que foi aplicado herbicida de pré-sementeira, deve antecipar-se a aplicação do herbicida pós-emergência para melhorar a eficácia do tratamento. Quando não se fez esse tratamento prévio, o herbicida de pós-emergência deve ser aplicado quando o arroz tem entre 14 a 17 dias de semeado, e dois a três dias após se ter feito a drenagem do canteiro.

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Tratamentos A aplicação dos tratamentos é feita apenas com uma fina lâmina de água sobre o solo, devendo encher-se os canteiros 24 horas após a aplicação. Manter uma lâmina de água adequada é fundamental para evitar reinfestações. Em alternativa, pode fazer-se uma aplicação mais precoce (14 a 17 dias após a sementeira) com o canteiro drenado.

9

Herbicida de pré-sementeira A aplicação de herbicida em présementeira diminui as infestantes na fase inicial de desenvolvimento do arroz. É essencial numa estratégia anti-resistências.

10

Pulverização

O volume de calda mais indicado para herbicidas de pósemergência em arroz situa-se entre os 180 e os 250 L/ha. Para bicos de leque de 80° ou 100°, a pressão de trabalho deverá situar-se entre 2 e 3 bar. A qualidade da água também é importante. As águas alcalinas ou duras diminuem a eficácia dos produtos fitofarmacêuticos. Segundo a Lusosem, a utilização de um adjuvante (Ex: Li-700) otimiza a eficácia da pulverização, porque ajuda a reduzir a deriva e corrige o ph das caldas.

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Floresta I Congresso da Fileira do Sobreiro e da Cortiça

Juntos pela Cortiça O título do artigo faz jus ao que sucedeu no passado dia 30 de maio, em Coruche. O I Congresso realizado nesta área viu nascer o Centro de Competências do Sobreiro e da Cortiça através da assinatura de um acordo de cooperação entre o governo e várias instituições ligadas ao setor.

N

ão se trata de começar pelo fim, mas antes por um dos pontos altos do congresso: a assinatura do acordo de cooperação para o Centro de Competências do Sobreiro e da Cortiça (CCSC). Um momento que contou com a presença da ministra da Agricultura e do Mar, representando o Executivo neste pacto que agrega várias instituições de ensino e/ou ligadas à fileira do sobreiro e da cortiça. “Este protocolo será desenvolvido numa perspetiva de nove anos, com avaliações de três em três. Todos sabemos que qualquer projeto relacionado com a área florestal requer períodos longos de implementação”, explicou Assunção Cristas, salientando a necessidade de “articulação

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entre todos os atores envolvidos na assinatura do protocolo, desde governo, universidades, organismos públicos e privados”. A finalizar, a governante lançou um dado que atesta a relevância do setor para o país. “Exportamos entre 80 a 90% do que produzimos. É, por isso, um pilar fundamental para a economia portuguesa”. Já o secretário de Estado das Florestas e Desenvolvimento Rural, Francisco Gomes da Silva, elogiou a assinatura do protocolo, afirmando “tratarse de um passo importante e, atualmente, a melhor forma de trabalhar com menos recursos”. O governante chamou a atenção para a necessidade de todos os signatários darem as mãos para um melhor funcionamento do Centro

de Competências. “Devemos congregar os recursos humanos que, ao contrário dos financeiros, são muitos! E, por outro lado, quanto menos protagonismo as entidades tiverem – num plano estritamente individual – melhor”, alertou, dizendo ainda que esta declaração “não é um recado”, antes “um pensamento”.

A ministra da Agricultura, Assunção Cristas, falou sobre a criação do Centro de Competências do Sobreiro e da Cortiça.


Floresta por Ângelo Delgado

Lider mundial na produção de cortiça

Lá fora, e cá dentro Carlos de Jesus, diretor operacional da Companhia Intercork/APCOR, manteve a tónica no elogio daquela matériaprima. “Quando promovemos internacionalmente a cortiça, temos que perder o medo e entender que esta tem um valor premium, algo que lá fora já é reconhecido”. Para o empresário, é “fulcral que a cortiça não seja apenas uma moda”. Estados Unidos, China, Brasil e Canadá são, segundo o diretor da Intercok/APCOR, “os principais mercados”. João Rui Ferreira, presidente da Filcork, optou por fazer uma pequena radiografia ao setor, apresentando alguns números relativos aos últimos anos. “Somos líderes mundiais na produção de cortiça, com 100 mil toneladas ao ano. Envolvidos nesta indústria, temos 635 empresas e mais de 8000 trabalhadores e representamos ainda 64,7% das exportações a nível mundial”, revela. O presidente da Filcork lembra também que o setor, em 2013, “representou 835 milhões de euros na exportação de bens, totalizando, dessa forma, dois por

100 mil toneladas ao ano

Produtos oriundos da cortiça Exportação

EXPORTAÇÃO MUNDIAL cortiça

PORTUGAL 64,7%

27,6%

4% Restantes Artigos

EMPRESAS 635 TRABALHADORES 8000

cento das exportações nacionais e um ponto percentual relativo ao Produto Interno Bruto”. Outro dado revelado teve que ver com a forma como se divide os produtos oriundos da cortiça ao nível da exportação. “As rolhas representam 68,4 por cento, os artigos de decoração ficam com 27,6 e os restantes artigos com quatro pontos percentuais”.

Investigação e produção A primeira fase do congresso foi dedicada ao tema da Produção, Conhecimento e Desenvolvimento Tecnológico. João Santos Pereira, professor no Instituto Superior de Agronomia (ISA) da Universidade de Lisboa, incidiu a sua apresentação naquilo que considera ser um dos principais obstáculos nesta área: a comunicação entre investigadores e produtores. “A aplicação prática do trabalho de investigação depende sempre dos executores das tarefas no terreno e é aqui que está a falhar a comunicação e, por conseguinte, a emperrar todo o processo”, começa por afirmar. Segundo o professor catedrático, “é necessária uma maior

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Floresta interação entre aquelas duas fações”. “As regras da transmissão de conhecimento devem ser feitas de forma mais calculada, para que quem for aplicar no terreno as técnicas desenvolvidas possua total conhecimento dos processos”, acrescentou. Para resumir a problemática, o docente lançou o seguinte repto: “o emissor deve, sempre, alcançar o recetor adequado”. Relativamente aos relatórios desenvolvidos nos gabinetes e laboratórios académicos, João Santos Pereira lembra que “a informação deve ser tornada pública, mas adequada e especializada no caso da intervenção no terreno”. A finalizar, mais uma ideia para estudo: “É necessário criar uma instituição que regule esta matéria”. António Gonçalves Ferreira, presidente da União Florestal Mediterrânica (UNAC), abordou alguns tópicos que, segundo a sua análise, irão alavancar a produção de cortiça no país. O responsável começou pelo controlo de matos. “Devemos diminuir o risco de incêndio e facilitar a exploração florestal. É vital, também, que controlemos os danos de extração e das fortes pancadas dadas pelas máquinas ou, por outro lado, ao extrairmos a cortiça cedo demais, um erro que é irreparável na árvore”, começou por dizer.

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Máquina de extração de cortiça desenvolvida pela COVELESS para a FILCORK.

Somos líderes mundiais na produção de cortiça, com 100 mil toneladas ao ano. Para combater este problema, o presidente da UNAC sugere que “os profissionais no terreno tenham formação adequada”. A proteção da fileira do sobreiro e da cortiça, segundo António Gonçalves Ferreira, passa, igualmente, “por um controlo dos níveis de fertilidade do solo, minimização da propagação de pragas e doenças, reconversão das zonas de mortalidade e pela gestão do sob coberto”. A finalizar, enumerou uma lista de ações mais relevantes a serem levadas a cabo pelos subericultores. “Controlar o risco de incêndio sem mobilização do solo, dar especial atenção às extrações e movimentações das máquinas, proteger e potenciar a regeneração natural, controlar os níveis de fertilidade do solo, minimizar a propagação de pragas e doenças, garantir a reconversão das zonas de mortalidade e promover o uso múltiplo do sistema”.

Propriedade da FILCORK

Último grito da extração mecânica de cortiça Rafael Paniagua, diretor da CovelessIngeniería, S.L. foi um dos convidados a participar no I Congresso da Fileira do Sobreiro e da Cortiça. Com ele, trouxe o protótipo de uma máquina para extração mecânica da cortiça, projeto desenvolvido há dois anos. Objetivo é comercializar este protótipo em 2015.

Características da máquina: • • • • • • • • •

Corte preciso; Máquina não necessita de formação prévia por parte do operador; Bateria com duração de 8 horas; Bateria carregável; Baseada numa motosserra de poda; Peso de 3 quilogramas; Profundidade de corte de 7 centímetros; Adaptada para ser utilizada apenas com uma mão; Ruído reduzido (em comparação com modelos anteriores).


Empresa portuguesa presente na Expoforest Fravizel

A Fravizel fabrica acessórios para máquinas, sobretudo para os setores da extração e transformação de pedra e movimentação de terras. Mas este fabricante português de equipamentos metalomecânicos também inclui no seu catálogo produtos destinados à floresta. É o caso de dois acessórios que a empresa promoveu na feira brasileira Expoforest: um rachador arranca-cepos para instalar no braço de uma escavadora, e um balde pinça para manusear madeira, destinado a pás carregadoras. Esta empresa sediada em Alcanede, no concelho de Santarém, está a celebrar em 2014 os seus 30 anos de existência e exporta já para 15 países.

Nova processadora Logset 8H GTE Logset O novo modelo da marca finlandesa foi apresentado pela primeira vez ao público na feira francesa ‘Sommet de la Forêt et du Bois’ em maio passado. Equipa com cabeça de corte TH75 e lança Mesera M240H. A cabina foi melhorada e possui agora depósitos de maior dimensão, tanto para o combustível como para o óleo do sistema hidráulico. Segundo a marca, com mais duas rodas do que a processadora 8H GT, a nova 8H GTE demonstra uma grande estabilidade e uma boa

performance no trabalho em encostas. Jukka Kivipelto, diretor técnico da Logset, falou acerca da nova máquina: “Mantivemos o mesmo compartimento do motor e simplesmente alongámos o chassis traseiro desde a junta central até à extremidade para acolher mais duas rodas extra”. A série GTE destina-se a uma maior produtividade em todas as condições de terreno e vem reforçar a gama deste construtor, que conta com oito modelos de processadoras, seis modelos de forwarders e seis modelos de cabeças de corte.

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Floresta Programa Operacional de Sanidade Florestal [2014-2020] CAOF

O Programa Operacional de Sanidade Florestal (POSF) é um documento com mais de cem páginas do qual consta uma caracterização dos problemas sanitários que afetam as fileiras florestais no território continental. O principal objetivo da estratégia definida no programa é garantir a defesa da floresta contra uma grande variedade de agentes bióticos nocivos que podem causar danos tanto em árvores adultas como em plantas jovens. Elaborado pelo ICNF, em coordenação com outras entidades ligadas à agricultura e à floresta, define objetivos e

linhas de ação concretas, tanto a nível de proteção como a nível de controlo de pragas e doenças, a implementar no período 20142020. É um documento do maior interesse para todos os profissionais ligados à gestão florestal, até porque a atribuição de apoios financeiros a integrar no âmbito dos mecanismos de financiamento que venham a ser estabelecidos para o período 2014/2020 será enquadrada com a observância e cumprimento das medidas e ações aí apresentadas. O POSF está disponível no site do ICNF ou através do site da ANEFA: www.anefa.pt/pdf/POSF.pdf

Trelleborg apresenta nova dimensão na gama T418 Logset

Os pneus T418, direcionados para operações florestais, têm agora uma nova dimensão: 30.5L-32 26 PR, que se junta às já existentes 23.1-26 16 PR, 28L “6 20 PR, 24.5-32 16 PR, 30.5L-32 20 PR e 30.5L-32 26 PR. Esta nova dimensão da gama de pneus Trelleborg foi especificamente concebida para “log skidding”. O pneu possui uma estrutura de aço que o protege de obstáculos como ramos, pedras ou rochas de maiores dimensões. Lars Eriksson, diretor de produto da Trelleborg para o departamento de pneus florestais, falou sobre o novo lançamento. “Estamos a investir no desenvolvimento da nossa gama de pneus florestais através de atualizações ou novos produtos. O nosso objetivo passa por fornecer aos clientes as melhores opções no mercado, tendo sempre

em conta a durabilidade do pneu, a sua vida útil e o respeito para com os solos”, refere. Para o responsável, a proximidade com clientes e produtores é uma das chaves do sucesso da marca. “O desenvolvimento dos nossos produtos é sempre acompanhado de uma proximidade muito grande com os clientes e produtores. Apenas dessa forma conseguimos oferecer soluções completas”.

Preços de referência dos Trabalhos Florestais CAOF Gostaria de ter acesso a preços de referência de trabalhos florestais, tanto no que respeita a tarefas manuais como mecanizadas, mas não sabe a quem recorrer? As bases de dados publicadas pela CAOF (Comissão de Acompanhamento para as Operações Florestais (CAOF) podem conter a informação de que necessita. Este órgão procede regularmente à atualização da matriz de referência com os custos máximo e mínimo para as principais operações de (re)arborização (manuais, mecânicas, mistas e execução de infraestruturas) e de beneficiação (manuais, mistas e mecânicas) das superfícies florestais. Os ficheiros podem ser descarregados no site da ANEFA: www.anefa.pt/pdf/Matriz.zip

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Floresta Suécia usa sobrantes florestais para produzir biogás GoBiGas

Na Suécia, o biogás é visto como o combustível proveniente de fontes renováveis mais bem posicionado para assegurar a transição energética das frotas de veículos. A inauguração de uma unidade de produção de biogás, nos arredores de Gotemburgo, no passado mês de março, é a prova de que esta alternativa está a ser levada muito a sério. O objetivo da GoBiGas é a produção de biogás em larga escala, a partir de matérias florestais, inclusive sobrantes, o que é feito através de um

processo de gaseificação térmica. A biomassa florestal é transformada num gás combustível chamado syngas, que depois é purificado, alcançando uma qualidade comparável à do gás natural. Este gás proveniente da madeira pode ser misturado com o gás natural para uso doméstico ou industrial, ou ainda destinado ao consumo em veículos de modo a reduzir a dependência dos combustíveis fósseis. Os resíduos que resultam do processo são devolvidos à floresta como fertilizante.

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Floresta Área expositiva supera edição anterior em 10% Galiforest

Novo skidder totalmente hidrostático Forest Tract

A marca francesa Forest Tract foi criada em junho de 2013 e acaba de apresentar, na feira ‘Sommet de la Forêt et du Bois’, que se realizou em maio, a sua primeira máquina destinada à floresta. O Skid T4 XXL é um skidder com lança extensível que integra componentes de diferentes origens: motor John Deere, grua Hultdins com sistema de nivelamento automático para correções até 20°, e sistema hidráulico Poclain. Uma particularidade interessante é o facto de não possuir nem transmissão nem eixos. O seu funcionamento é totalmente hidrostático, sendo cada roda motorizada por um

circuito hidráulico independente composto por motor e bomba. Nesta máquina, não faz sentido falar de bloqueio do diferencial pois cada roda é autónoma e pode assumir uma velocidade diferente das restantes. Toda a estrutura é construída em aço Weldox, caracterizado pelo seu elevado limite de elasticidade e resistência. Possui dois chassis, ligados por um articulação central, capaz de oscilar entre +/- 15°, o que lhe permite transpor os relevos mais acidentados. Na cabina, existe um volante que fica reservado para as deslocações em estrada. Em modo de trabalho, o Skid T4 XXL é controlado por joystick.

A terceira edição da Galiforest, evento que aborda a área florestal, e que se realizou de 26 a 28 de junho, no Centro Agroflorestal de Segude, Espanha, registou um aumento de 10 por cento no que diz respeito ao espaço de exposição quando comparado com a edição anterior. Segundo os organizadores do certame, “trata-se de um dado que mostra a cada vez maior importância da Galiforest no universo florestal”. Paralelamente, decorreu um fórum de debate sobre o setor, onde se discutiram as principais inovações tecnológicas, bem como algumas demonstrações, concursos e jornadas técnicas, enriquecendo, assim, a

experiência dos visitantes. Durante os três dias do evento organizado pela Feira Internacional da Galiza, foram ainda galardoados os melhores projetos vocacionados para a floresta, através de um concurso que premiou máquinas, produtos e serviços que mostraram evoluções, sobretudo, no design e eficiência.A análise dos projetos em concurso foi feita pela administração da feira, bem como por alguns especialistas na área florestal e académicos. Recordar que na passada edição, o vencedor foi um sistema de deteção automática de incêndios, que permite a sua localização ainda numa fase precoce.

Komatsu Forest tem novo CEO Komatsu Forest A Komatsu Forest AB, sediada em Umeå, na Suécia, tem um novo CEO. O nome escolhido para o cargo é Mitsuru Ueno (à dta na foto). Ueno sucede a Toshio Miyake (à esq. na foto), que deixa a Suécia após sete anos como CEO, para regressar à sede da Komatsu em Tóquio, onde continuará ligado à estratégia de desenvolvimento de máquinas florestais. Ueno foi ainda diretor de desenvolvimento na Komatsu America. Tem 56 anos e adquiriu uma vasta experiência nas funções que desempenhou na fábrica de motores de Oyama, no Japão, antes de se transferir para a Komatsu America, sediada em Chicago.

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Estatísticas

Portugal

O mercado de tratores agrícolas Matrículas de tratores agrícolas novos baixam 20% face ao mesmo mês do ano anterior. No mês de maio de 2014 foram matriculados 445 tratores agrícolas novos, o que significa um decréscimo de 20 por cento, face ao mesmo mês do ano anterior. Por tipo de tratores, foram matriculados 209 tratores convencionais, 167 tratores compactos e 69 tratores especiais (fruteiros e vinhateiros) o que significa variações homólogas negativas de 18,4 por cento, de 22,3 por cento e de 18,8 por cento, respetivamente. Em termos de valores acumulados de janeiro a maio de 2014, foram matriculados um total de 2.040

tratores novos o que representa um acréscimo do mercado de 2,5 por cento, relativamente ao mesmo período do ano anterior. Nestes valores acumulados, registouse uma subida do mercado de convencionais (+4,1%) e de espaciais (+5%). Quanto à distribuição do mercado por classes de potência, os escalões que vão dos 40 aos 88kw representaram 45,7 por cento do total das matrículas, os escalões até aos 30kw representaram 44,7 por cento e os escalões com mais de 88kw representaram 9,6 por cento.

Matrículas de Tratores Agrícolas Novos janeiro e maio de 2014. 2014 2013

843

913

Organized by FEDERUNACOMA Surl in collaboration with BolognaFiere Spa

2040

950

736 337

Compactos

EIMA INTERNATIONAL 2014 FEIRA INTERNACIONAL DE MAQUINARIA AGRÍCOLA E DE JARDINAGEM

FederUnacoma Surl - Italia - 00159 Roma - Via Venafro, 5 Tel. (+39) 06.432.981 - Fax (+39) 06.4076.370 federunacoma@federunacoma.it - www.federunacoma.it

2093

Origem: IMTT Fonte: ACAP

Convencionais

354

Especiais

Total

Bologna 12-16 novembro 2014

www.eima.it ABOLSAMIA · julho / agosto 2014

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Galeria de imagens Para visualizar mais fotos desta prova de campo consulte o nosso site www.abolsamia.pt/net/galerias-imagens

Prova de Campo Kubota M135GX

O trator mais potente até agora desenvolvido pela Kubota foi o escolhido para a nossa terceira Prova de Campo. Este modelo é inteiramente desenvolvido pelo fabricante japonês e possui características que o diferenciam no seu segmento: uma distância entre eixos relativamente longa, uma altura livre ao solo acima da média, e um inovador sistema de viragem Bi-Speed. Testámo-lo em campo e também em estrada e fizemos várias medições de consumo. Contamos-lhe tudo ao longo das próximas páginas.

Agradecimentos: Tractores Ibéricos, Lda: Rui Videira, Paulo Vieira, Carlos Ramos e Manuel Baioneta. M.J. Nalha - Concessionário Kubota. Fernando Jorge Ferreira (Caçabrava).

A equipa envolvida na Prova de Campo: Revista abolsamia (Produção executiva), João Sobral, João Pedro Rego e Luís Alcino Conceição (operadores abolsamia), e workmove.net (Produção e edição de vídeo).

Vídeo disponível em:

www.youtube.com/abolsamia

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N

o dia 21 de maio metemo-nos à estrada logo bem cedo em direção à Asseiceira, no concelho de Tomar, onde tínhamos à nossa espera o Kubota M135GX que a Tractores Ibéricos Lda. reservou para efetuarmos a Prova de Campo. O trator apresenta duas particularidades que despertaram logo de início a nossa atenção: uma distância entre eixos relativamente longa, tendo em conta a categoria em que se insere, e uma cilindrada também acima da média. Poderia isto significar uma menor agilidade e também um nível de consumo mais alto? Submetêmo-lo a prova e encontrámos respostas!

Os trabalhos decorreram numa propriedade pertencente à empresa Caçabrava, que está integrada na Zona de Caça Turística de Santa Cita, e onde a produção agrícola se destina à alimentação de espécies cinegéticas como patos, perdizes e faisões. O trator foi-nos entregue com um pouco mais de 200 horas, por já fazer parte do parque de máquinas da Caçabrava, onde está em operação há vários meses. O reboque que utilizámos também pertence àquela exploração. Já as duas alfaias Kuhn, uma charrua Multi Master e um cultivador para mobilização mínima em linha Striger, foram cedidas pela Tractores Ibéricos Lda.


Condições de Campo Os dois dias da prova apresentaram-se com temperaturas entre os 15°C e os 18°C e o estado do tempo alternou entre períodos de sol e alguma chuva moderada. O ensaio decorreu numa parcela caracterizada por um solo do tipo Mediterrânico Vermelho cujos resultados da análise sumária a partir de amostras obtidas até aos 20 centímetros de profundidade revelaram como características de pH, textura de campo, matéria orgânica, humidade gravimétrica e densidade aparente (Dap) os valores que apresentamos na tabela. Solo

Mediterranico Vermelho

pH (H2O)

7 neutro

Textura de campo

pesada

Matéria Orgânica (%)

1,4 baixo

Humidade (%) (60º)

10,3

Dap

1,4

Procedeu-se ainda à avaliação de resistência do solo ao rompimento com recurso a um penetrómetro de cone, sendo que os resultados não revelaram valores superiores a 150 psi.

A série Grand X A série de topo da Kubota é composta por dois modelos: o M110GX com motor de 3.8 litros, que perfaz 116 cv, e o M135GX com motor de 6,1 litros, que perfaz 140 cv. Estes tratores são fabricados no Japão e enviados por via marítima para a Europa, onde lhes são montadas apenas as rodas. A marca está a instalar uma nova fábrica em França onde a partir de 2015 serão produzidos modelos de maior potência.

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Kubota M135GX

Motor O motor de origem Kubota possui 4 cilindros, tem o binário máximo disponível logo às 1200 rpm, injeção common-rail a 1800 bar, e apresenta 6.124 cm³ de cilindrada. Ao darmos à chave, a primeira impressão é de que estamos perante um motor relativamente silencioso e que produz muito pouca vibração. Numa altura em que a generalidade dos fabricantes tem vindo a descer a cilindrada neste segmento, este motor destoa dessa tendência. Mas ao contrário do que seria de esperar, notámos que os seus 6,1 litros de capacidade não são penalizadores do consumo.

Nas operações que realizámos, o trator pareceu-nos equilibrado a nível de estrutura, com a lastragem na frente a conferir boa capacidade de tração. O motor também revelou uma boa aptidão de resposta, sem quebras significativas de regime.

Regulações do motor

Possui duas memorizações de regime, o que permite por exemplo virar nas cabeceiras a um nível de rotações mais baixo e retomar o trabalho a um nível de rotações mais elevado. É também possível aplicar uma limitação do regime máximo, o que significa que não ultrapassaremos o nível de rotações configurado mesmo que pisemos a fundo o pedal de acelerador.

Manutenção de regime constante

É ainda disponibilizada uma funcionalidade que reduz as flutuações de regime. Ao visar

Motor Fabricante / modelo

Kubota / V6108-CR-TIE4

Sistema de injeção

Common-rail com gestão eletrónica

Sistema de tratamento de gases

EGR + DPF + DOC

Compatibilidade com biodiesel

5%

Nível de emissões

Fase IIIB/ Tier 4i

Nº de Cilindros/ cilindrada

4 / 6124 cm³

Potência nominal

140 cv às 2200 rpm

Binário máximo / reserva

567 Nm às 1200 rpm/ 33%

Manutenção

A cada 400 horas

Medições Peso total:

5680 kg Pesámos o trator com o depósito de combustível atestado, com água nas rodas da frente a ¾, e com 540 kg de pesos frontais instalados. O peso máximo anunciado pela marca para este modelo é de 4.780 kg.

Relação peso/potência:

40,6 kg/cv 86

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manter as rotações constantes, revela-se útil para trabalhar com alfaias ligadas à TDF. Um exemplo são as operações de tratamento das culturas, onde é importante manter estável o débito de aplicação.

Sistema de tratamento de gases

Imagem ‘Tratamento de gases’. É opcional!: O sistema de tratamento de gases requer que se cumpram as instruções relativas à regeneração. É composto por uma válvula de recirculação externa (EGR), por um filtro de partículas (DPF) e por um catalisador de oxidação diesel (DOC). Dispensa o consumo de aditivos mas requer que se cumpram as indicações de regeneração dadas pelo sistema. O operador pode escolher que a regeneração seja feita automaticamente no decorrer

O motor revelou uma boa capacidade de resposta, sem quebras significativas de regime.

do trabalho ou pode optar pelo modo de inibição, que é assumido por defeito quando ligado motor. Em zonas insuficientemente ventiladas, é aconselhado o modo de inibição, devido aos gases quentes libertados durante o processo, e nas restantes situações o modo de regeneração automática.

Sistema de refrigeração

É constituído por quatro elementos permutadores de calor destinados à refrigeração do motor, do gasóleo, do ar condicionado, e do óleo da caixa de velocidades. Um dos elementos pode ser deslocado para facilitar a limpeza.

4RM – 12,1 m Nível de ruído: Recorrendo a um sonómetro, procedemos à medição do nível de ruído no interior da cabina, com a porta fechada. Obtivemos os seguintes valores: 61 dB às 900 rpm (ralenti), 72 dB às 1500 rpm, e 73.4 dB às 2100 rpm. No exterior, com o motor às 1500 rpm, registámos um valor de 85 dB a uma distância de 2,5 m da roda dianteira.

2RM – 11 m 4RM com Bi-Speed – 9,4 m Diâmetro de Viragem*

*Procedemos à medição do diâmetro de viragem em chão não mobilizado, e com o cultivador para mobilização mínima engatado.


Prova de Campo botão de embraiagem elétrica, situado na própria alavanca, que cumpre exatamente a mesma função.

Modo automático

Transmissão A transmissão Intelli-Shift 8 tem um escalonamento de oito relações powershift distribuídas por três gamas de acionamento mecânico, o que dá um total de 24 relações. Uma configuração de oito velocidades dentro de cada gama não é muito habitual noutros fabricantes mas revela ser uma solução bastante prática. Ganhase em conforto porque não é necessário mudar de gama com tanta frequência. A qualquer momento, o operador pode visualizar através do painel de instrumentos qual é a mudança que está engrenada.

A Intelli-Shift 8 dispõe de um modo automático de 4 etapas. Isto significa que num intervalo de até 4 mudanças pré-selecionadas é o sistema que escolhe a mais adequada ao esforço a que o trator está sujeito. A transmissão reage de forma diferente consoante o tipo de tarefa que o operador defina: estrada, trabalho de tração em campo, ou trabalho com TDF. O modo auto conta com um ajuste de sensibilidade de resposta.

Direção O eixo dianteiro de engrenagens hermeticamente seladas já faz parte da identidade da marca. Mas além de evitar a entrada de pó, lama e outros detritos, neste modelo inclui como inovação um sistema denominado Bi-Speed.

Viragem Bi-Speed

Quando se liga a dupla tração, o operador pode optar pelo modo normal ou com Bi-Speed ativado. Quando ativado,o BiSpeed aumenta a velocidade das rodas dianteiras logo que estas superam um ângulo de 35°. Ao fazê-las rodar com 60%

maior rapidez do que as rodas traseiras, o efeito é semelhante ao que experimentamos quando num trator de tração simples pisamos o travão do lado de dentro da curva. Como fica demonstrado pelas nossas medições, o BiSpeed permite descrever um diâmetro de viragem menor do que em 2RM. Para proteger a componente mecânica e também os pneus, só atua abaixo dos 10 km/h e desde que a mudança engrenada seja a 3ª alta ou inferior.

Suspensão dianteira

A suspensão no eixo frontal, que é uma novidade na Kubota, possui ajuste do nível de amortecimento e três modos de funcionamento: ativo, bloqueado e automático. Em modo automático a suspensão é ligada e desligada em função da velocidade e da posição dos braços do hidráulico.

Embraiagem elétrica

A passagem entre relações powershift dispensa o uso de embraiagem e pode ser feita através dos botões situados tanto na alavanca de mudanças como no apoio de braço. A passagem entre gamas é feita na alavanca da transmissão e requer o uso de embraiagem. O operador pode utilizar o pedal ou então um

Direção Bomba

Partilhada com a TDF e 4RM

Ângulo de viragem

50°

Inovações

Viragem 4RM c/ Bi-Speed

Eixo frontal

Com suspensão (opcional)

A alavanca de transmissão possui embraiagem elétrica.

Transmissão Tipo

Semi-powershift

Configuração

Modo manual e auto (até 4 relações)

Inversor

Eletro-hidráulico

Bloqueio dos diferenciais

Modo manual

Velocidade mínima

84 m/h

Velocidade máxima

40 km/h

O Bi-Speed permite descrever um círculo de viragem mais pequeno em 4RM do que em 2RM.

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Consumo e Capacidade de trabalho Consumo misto* :

17,36 L/hora

Capacidade de trabalho com charrua: Duas provas de consumo em campo

Realizámos duas provas de consumo em trabalho de mobilização, com charrua de aivecas Kuhn Multi Master, de 3 ferros e 16”. A lavoura foi realizada a 35 cm de profundidade, abarcando 1,20 m de largura de trabalho. A 1ª prova foi feita por João Pedro Rego (JPR), que alternando as relações 3 e 4M (3ª e 4ª média), realizou o trabalho a uma velocidade média de 5,7 km/h. Ao fim de 21 minutos reatestámos no depósito 5,4 litros de gasóleo, o que representa um consumo de 15,4 L/hora. Obteve uma capacidade efetiva de trabalho de 0,55 ha/ hora**. De seguida, foi Luís Alcino Conceição (LAC) que tomou os comandos do trator. Escolheu a relação de caixa 3M, e a uma velocidade média de 5,2 km/h gastou 5,6 litros de combustível ao fim de 22 minutos de trabalho, o que representa um consumo de 15,27 L/hora. Obteve uma capacidade efetiva de trabalho de 0,5 ha/hora***. Ambos realizaram a prova de consumo com o sistema BiSpeed acionado.

0,53 ha/hora

Duas provas de consumo em estrada

Fizemos também duas provas de consumo num percurso de 12 km em estrada, num itinerário constituído por uma zona plana de retas alternadas com algum declive e curvas. Utilizámos um reboque de dois eixos, versão plataforma, carregado com 17 fardos redondos. O ticket impresso pela balança registou que o peso total do conjunto [trator+reboque+carga] era de 21.260 kg. Na 1ª prova em estrada, JPR fez o percurso de ida e LAC o percurso de regresso. Escolheram o modo automático da transmissão e adotaram uma estratégia de condução moderada, destinada a poupar combustível. Completaram o percurso em 34 minutos, tendo sido necessário repor no depósito 8,65 litros de gasóleo, o que representa um consumo de 15,26 L/hora. Na 2ª prova em estrada, JS subiu para a cabina e escolheu o modo manual da transmissão. Adotou uma estratégia de condução destinada a completar o percurso num menor período de tempo, o que se refletiu no consumo. Os mesmos 12 km foram percorridos em 25 minutos mas desta vez foi necessário repor no depósito 9,8 litros de gasóleo, o que representa um consumo de 23,52 L/hora. Em ambas as provas, a relação de caixa mais baixa a que foi necessário recorrer foi a 5H (5ª alta).

Pneus traseiros:

Altura ao topo da cabina:

520/70 R38

2.885 mm

Pneus dianteiros:

Altura livre ao solo:

420/70 R24

565 mm

Via mín. - via máx.:

Carga máx. admissível:

2.125 - 2.325 mm

9.200 kg

Distância entre eixos Depósito de combustível: * Os valores de consumo que apresentamos foram os obtidos nas condições exatas que descrevemos, não podendo estes ser considerados como referência para outro tipo de tarefas e em diferentes condições de trabalho. Capacidade de trabalho = Velocidade x Largura de Trabalho x Rendimento de Campo x 0.1 ** 5.7 x 1.2 x 0.80 x 0.1 = 0.55 ha/h *** 5.2 x 1.2 x 0.80 x 0.1 = 0.5 ha/h

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2.690 mm Comprimento:

4.400 mm

190 litros


Prova de Campo Sistema de Travagem Travões Tipo

Disco em banho de óleo

Travagem

Rodas traseiras + ligação automática da dupla tração

Quando ambos os pedais de travão são pressionados ao mesmo tempo, a tração do eixo dianteiro é ligada automaticamente para auxiliar a travagem às rodas traseiras. O travão de estacionamento é de

tipo convencional. Este trator possui travão hidráulico de reboque. Quando este travão está ligado, a travagem do reboque é proporcional à força aplicada nos pedais de travão do trator.

Sistema Hidráulico Sistema hidráulico Tipo

Com regulação eletrónica

Fluxo da bomba

82,5 L/min

Distribuidores hidráulicos (até 8 vias)

Válvulas mecânico-hidráulicas

Capacidade máxima de elevação

6.100 kg

O sistema hidráulico do M135GX possui regulação eletrónica e duas bombas cujo caudal combinado é de 82,5 L/min. A de maior performance, com 54,5 L/ min de fluxo, serve os braços de elevação e os serviços externos, e a de menor performance, com 28 L/min de fluxo, serve a

direção, a TDF, a suspensão e as 4RM. O sistema hidráulico é regulado através de comandos simples e intuitivos, e em ambas as operações que realizámos com alfaias – a lavoura e a mobilização mínima em linha - o seu funcionamento revelou-se correto.

Contudo, apercebemo-nos de um ponto que merece ser corrigido. Durante a lavoura, procedemos à afinação da charrua sem qualquer dificuldade, mas quando engatámos o cultivador Kuhn Striger, que é um implemento largo, apercebemo-nos de que os braços do hidráulico são curtos em relação ao limite da roda, o que nos deixou sem espaço entre o trator e a alfaia, impossibilitando tanto o acesso aos pontos de afinação da alfaia como aos pontos de regulação do trator. Esta situação obrigou-nos a fazer uma certa ginástica, umas vezes passando por cima da alfaia, outras vezes com o motor desligado e o hidráulico em baixo, passando por baixo dela para chegar aos estabilizadores ou ao terceiro ponto.

Modos de funcionamento

Pode funcionar em modo controlo de esforço, sempre

O hidráulico possui comandos de regulação intuitivos.

que queiramos regular a profundidade – podendo ajustar-se a sensibilidade do esforço de tração –, e em modo controlo de posição, sempre que se pretende uma posição fixa da alfaia ao solo. Se deslocarmos a alavanca de controlo hidráulico para a posição máxima de descida, obtemos a posição flutuante, na qual os braços do hidráulico se movem livremente, adaptandose ao relevo.

Regulações do hidráulico

Na consola de comandos existe ainda um seletor para controlar o limite inferior dos braços de elevação, um outro para proceder ao ajuste do seu limite superior, e finalmente podemos ainda regular a velocidade de descida.

Distribuidores hidráulicos

Vem equipado de série com dois distribuidores hidráulicos mas em opção podem ser adicionados mais dois, até um total de oito válvulas. As válvulas hidráulicas com controlo de caudal são um opcional, sendo o ajuste feito manualmente no próprio distribuidor através de uma torneira de regulação.

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Kubota M135GX

Tomada de Força TDF Engrenamento

Eletro-hidráulico

Regime

540 / 1000 rpm

A TDF liga-se e desliga-se num interruptor situado na consola direita, bem ao alcance do braço, e dispõe de dois regimes: 540 e 1.000 rpm. Apesar de não termos feito uso da TDF, tendo em conta as suas características e o seu modo de funcionamento, que simulámos, pensamos que a marca deveria dar maior atenção a este componente introduzindo aperfeiçoamentos. Seria bem-vinda a inclusão de um regime 540 Eco, para trabalhar com alfaias que não necessitem de muita potência, bem como tornar mais suave o manuseamento da alavanca onde se muda de regime. Verificámos que é preciso exercer uma certa pressão para a deslocar. A nível de instrumentação, para que não seja induzido em erro e

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visualize a velocidade correta da TDF, o operador deve configurar no ecrã o regime que está engrenado. No campo da segurança, há um fator positivo a destacar. Sempre que a TDF estiver ligada, se o operador se ausentar do assento será emitido um sinal sonoro de alarme.

Cabina A TDF possui dois regimes e embraiagem eletro-hidráulica.

A cabina assenta em quatro pilares e possui uma ampla área envidraçada que garante boa visibilidade. O interior é espaçoso, o volante é ajustável em inclinação e em profundidade, e o assento do condutor, fornecido pela Grammer, possui suspensão a ar e integra várias regulações. Pode rodar para a esquerda, de modo a facilitar a entrada e saída do operador, e também para a direita, para que este beneficie de uma ligeira inclinação sobre a área de trabalho. Porém, a qualidade dos plásticos está um pouco aquém do esperado e há alguns pormenores que mereciam ser revistos a nível de ergonomia. São disso exemplo a chave de ignição, que se encontra numa posição muito baixa, e o


Prova de Campo Nível de equipamento O modelo testado estava equipado com suspensão no eixo dianteiro, pesos frontais, proteção do depósito de combustível, e assento de passageiro. É possível optar por diferentes medidas de pneus, cilindros hidráulicos de maior diâmetro, pesos nas jantes traseiras, entre outros.

Preço

A consola direita e o apoio de braço acomodam os comandos da TDF, do hidráulico e da transmissão.

Kubota M135GX *PVP - 90.400 EUR

Manutenção apoio de braço, que apesar de ser regulável em altura não pode ser deslocado para a frente e para trás, ficando muito recuado sobretudo para as pessoas de maior estatura. Apesar de terem uma aparência pouco contemporânea, os comandos são intuitivos e fáceis de operar. Os botões do sistema de climatização, bem como o rádio, estão situados na consola do lado direito, não existindo qualquer instrumentação no teto. Aí existe apenas uma escotilha que pode ser aberta para garantir ventilação e alguma visibilidade para trabalhar com carregador frontal. As principais informações sobre o funcionamento do trator são fornecidas pelo painel de instrumentos principal junto ao volante, e por um pequeno ecrã situado junto à alavanca das mudanças.

* Preço na versão de equipamento testada. Ao PVP acresce o IVA à taxa legal em vigor. A versão base, sem suspensão no eixo dianteiro, pode ser adquirida por 85.400 EUR + IVA.

Os principais pontos de manutenção do trator estão bem posicionados e com acesso facilitado. O filtro do ar de tipo cartuxo, o reservatório do líquido de refrigeração, a bateria (com capacidade de 160 Ah), e as redes do sistema de refrigeração destinadas à retenção de partículas, são elementos que ficam facilmente acessíveis assim que se abre o capot. A substituição do óleo e filtro do óleo do motor é feita a cada 400 horas. Já os óleos do eixo frontal, do diferencial e da transmissão devem ser substituídos a cada 600 horas. O trator possui quatro filtros de combustível: dois de limpeza e dois de substituição. Estes últimos devem ser trocados a cada duas mudas do óleo do motor.

Os principais pontos de manutenção estão bem situados.

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Kubota M135GX

Apreciação dos Operadores João Sobral

É licenciado em Relações Internacionais e redator da revista abolsamia para a área das inovações na indústria dos equipamentos agrícolas e florestais. Tem experiência de vários anos como operador de máquinas agrícolas. “É um trator com tecnologia acessível e a que nos adaptamos com facilidade. O escalonamento da caixa com 8 velocidades em cada gama e a eficácia do Bi-Speed são os aspetos de que gostei mais. Há detalhes ergonómicos que podem ser melhorados, mas em tudo o que é essencial este Kubota cumpre as expectativas. É certo que a estética apela a considerações muito pessoais, mas penso que os faróis inferiores da grelha destoam do conjunto e da imagem de marca a que a Kubota nos habitou.”

Pontos +/-

• Escalonamento da caixa de velocidades. • Eixo dianteiro de engrenagens estanques. • Diâmetro de viragem com Bi-Speed. • Distância entre eixos e altura livre ao solo. • Tecnologia acessível e fácil de manusear. • Visibilidade proporcionada pela cabina.

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João Rego

• Braços do hidráulico curtos em relação ao limite da roda. • Ausência de um regime económico de TDF. • Acabamentos na cabina e ergonomia de alguns comandos. • Caixa de ferramentas em material frágil.

É licenciado em Agronomia, foi, em 3 edições, monitor do Curso de Operadores de Máquinas Agrícolas realizado em parceria pela Univ. de Évora e o Centro de Formação Profissional de Évora e desempenha as funções de técnico de campo na Herdade do Barrocal, em Évora. Colabora com a revista abolsamia.

“Como pontos fortes, quero destacar o dispositivo Bi-Speed que permite reduzir o raio de viragem mesmo com a tração acionada. Isto confere uma redução do tempo nas voltas de cabeceira, sendo claramente uma mais-valia. A intuição e simplicidade dos comandos, e a fácil programação das funcionalidades, é outra das vantagens. Por fim, quero destacar o equilíbrio do trator, quer em trabalho de campo quer em estrada, bem como o seu ótimo poder de tração na operação de lavoura.”

Luís Alcino

É Professor Adjunto da Escola Superior Agrária de Elvas, onde tem a seu cargo a docência das áreas de Mecanização e Inovação Tecnológica. É Investigador do Centro Interdisciplinar para a Investigação e Inovação do Inst. Politécnico de Portalegre e membro do Instituto de Ciências Agrárias e Ambientais Mediterrânicas da Univ. de Évora. Colabora com a revista abolsamia. “Gostei do trator. A cabina é espaçosa, e apesar de alguns pormenores de acabamentos que a marca pode melhorar, os comandos são na sua grande maioria bastante funcionais. Gostei particularmente da função Bi-Speed que permite a diminuição do raio de viragem. Também achei os consumos bastante interessantes, tanto em trabalho de campo como em estrada.”



Feira de Santarém

Especial Nas páginas que se seguem, mostramos a quem não foi à Feira Nacional de Agricultura, em Santarém, os equipamentos em destaque nos stands das principais empresas ligadas ao setor.

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Feira de Santarém Agridirect

Soluções para a agricultura A Agridirect apresentou-nos uma seleção de produtos das suas representadas. Recentemente, a Agridirect passou a ter a concessão da marca de ATV’s Polaris que expôs em Santarém.

Caffini Pulverizador rebocável

2.800 litros com manga de ar e largura de trabalho de 18 metros.

Polluzzi Rastos de borracha

Ultron, modelo com a maior superfície de contacto ao solo. Rastos de borracha com tensor a gás. Possui adaptador aos 3 pontos do trator.

Gerighoff Frentes de milho

Também há para cereais.

Lemken Grade rápida Modelo Rubin 9.

Polaris Gama de ATV’s

Dois dos modelos que constituem a gama de ATV’s da Polaris.

Cancela Triturador florestal Modelo THF-150.

Agridirect • T: 243 589 222 • E: geral@agridirect.pt • www.agridirect.pt ABOLSAMIA · julho / agosto 2014

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Agrifaia - Desde 1972

Dongfeng apresenta novos detalhes Marco Matos foi o porta-voz da Agrifaia na Feira Nacional de Santarém. A Benassi e a Dongfeng foram as marcas em destaque. Nesta última, os seus tratores apresentam uma caixa de velocidades sincronizada e inversor como novidades.

Dongfeng Modelos DF404 e DF304

O trator Dongfeng DF404 tem 40 cavalos de potência, sendo que o DF304 apresenta 30 cavalos. Ambos estão equipados com uma caixa de velocidades sincronizada e inversor. As restantes características mantêm-se inalteradas.

Dongfeng Modelo DF 224 G3

Uma das máquinas expostas no stand da Agrifaia: trator Dongfeng DF 224 G3 equipado com carregador frontal - modelo FEL-205. Possui uma aplicação à tomada de força para acoplamento de corta relvas ou outros acessórios e vem equipado com barras extensíveis para colocação de quaisquer alfaias e quatro tomadas de hidráulicos. Está máquina encontra-se equipada com uma caixa de velocidades sincronizada e inversor.

Benassi A Agrifaia, além dos tratores, apresentou uma vasta gama de equipamentos Benassi: motocultivadores, motoenxadas, motogadanheiras e corta-relvas.

Agrifaia • T: 261 321 018 • E: geral@agrifaia.com • www.agrifaia.com

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Feira de Santarém BCS Portugal

Máquinas para cultivos especiais No ano em que comemora 25 anos em Portugal, a BCS Portugal apresentou a sua gama, nas cores azul e verde das suas marcas BCS e Ferrari.

Cromo K60.

Cromo

Vega 95 Dualsteer.

Em conversa com Samuel Caniço, o responsável comercial destacou as várias séries de tratores projetados para cultivos especiais onde os espaços de manobra são reduzidos, como vinhas, pomares ou estufas.

Vega 95

“O melhor raio de viragem do mercado, posto de condução reversível e chassis Os-Frame”. Estas foram as principais vantagens apontadas por Samuel Caniço relativamente ao isodiamétrico Vega 95 Dualsteer, “o trator da marca que mais vende no nosso país.” A sua estrutura compacta e o perfil baixo, assim como o seu raio de viragem reduzido de 2200 mm, referido como o mais reduzido do mercado, foram outras caraterísticas realçadas.

“O Vega tem vindo a conquistar um mercado próprio”, disse o gerente da BCS Portugal, referindo que o principal melhoramento entretanto introduzido nesta série foi a oscilação Os-Frame, que permite um melhor desempenho em terrenos irregulares na transposição de obstáculos. “É bom para o Douro, para a zona Oeste da Pera Rocha, zonas da maçã de Armamar, laranjais do Algarve, vinhas do Alvarinho… onde temos muitos tratores a trabalhar. O nosso mundo está aí”, concluiu. O Vega existe com motorizações de 79 e 91 CV, na versão articulada ou rígida.

O trator isodiamétrico Cromo K60, com motor Kubota e articulação central, está disponível na versão monodirecional e reversível. Entre as suas prestações destacase a sua estrutura compacta e um perfil baixo, assim como o seu raio de viragem reduzido de 2,4 m. Equipa com motor de 48 CV. A gama Cromo também integra modelos articulados e rígidos com motores de 25.2 e 35.6 CV.

Cobram 60 RS

O trator Cobram 60 isodiamétrico de chassis rígido equipa com motor de 49 cv. Está disponível na versão monodirecional e reversível. Apresenta estrutura compacta, perfil baixo, e raio de viragem reduzido de 2,45 m. A gama integra outros modelos articulados e rígidos de 56 cv.

Cobram 60 RS.

Gama completa de motocultivadores, gadanheiras para trator e motoganheiras.

BCS Portugal • T: 263 509 090 • E: geral@bcsportugal.pt • www.bcsagricola.com • www.tractoresferrari.com ABOLSAMIA · julho / agosto 2014

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Deltacinco

Perto do cliente e consumidor final A Deltacinco pretende, em Portugal, trilhar o percurso - de sucesso - feito em Espanha. Para isso, diz Jorge Iglésias, “deve-se apostar em recursos humanos portugueses”. A nível de produto, a Deltacinco trouxe novidades de várias marcas. Importador de maquinaria agrícola, a Deltacinco trabalha há mais de 30 anos com algumas das marcas do seu portfólio. Jorge Iglésias, chefe de vendas, lembra a “importância em estar perto do distribuidor e cliente final não só nas vendas, mas também no apoio pósvenda”. Um procedimento já utilizado em Espanha, mas que Iglésias pretende implantar em Portugal e com recursos humanos portugueses, já que, segundo o responsável, “só assim se consegue entender as particularidades do mercado”. Para a Deltacinco, um dos fatores que a distinguem no mercado é a “forte aposta nos recursos humanos”. Joel Marques, delegado comercial em Portugal, explica o conceito. “Temos três especialistas de produto para as marcas BvL, Amazone e Krone, o que mostra a importância que damos ao nível técnico. Esta opção dá-nos uma perspetiva ampla e bastante profissional de toda a gama dos produtos por nós comercializados”, explica, acrescentando que “a Deltacinco, a nível técnico, tem uma proximidade muito grande com os clientes”. Já sobre o comportamento da empresa no mercado, Jorge Iglésias toma novamente a palavra. “Há oito anos consecutivos que aumentamos as vendas e, com isso, a faturação da Deltacinco. A Krone e a Amazone têm tido as maiores responsabilidades neste aspeto, pois apresentam regularmente várias novidades no mercado”, finaliza.

Jorge Iglésias, chefe de vendas e Joel Marques, delegado comercial em Portugal.

Amazone

Amazone

EDX 6000-2

Cayena 6001-C

Semeador suspendido monogrão, com novo sistema de distribuição e tremonha centralizada Xpress. Para semear à mais alta velocidade com máxima precisão.

Semeador de sementeira direta e convencional. Tem uma largura de trabalho de seis metros e adapta-se a todos os tipos de cultivo.

BVL V-MIX Carro Misturador

Unifeed vertical com 17m3 e dois senfins, aconselhado para vacarias, duas portas laterais, facas ajustáveis em aço de alta resistência.

Amazone Catros 5001-2

Grade rápida com rolo de anéis de borracha e rodas de transporte.

Krone Trident EasyCut

Gadanheira tripla com condicionador de rolos de borracha. Largura de trabalho ajustável de 8,60-8,90m, consegue altos rendimentos devido a esta característica.

Deltacinco • T: 00 34 979 728 450 • E: maquinasagricolas@deltacinco.es • www.deltacinco.pt

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Feira de Santarém Entreposto Máquinas

Destaca Goldoni e Case IH A abolsamia ouviu Nuno Santos, responsável de produto da empresa, e ficou a conhecer melhor as máquinas apresentadas no evento. A viagem começou na Goldoni e finalizou na Case IH.

Ceifeira Axial Flow Case IH.

“Trouxemos quase toda a gama Goldoni, pois estamos em fase de implantação no mercado nacional. É importante que os potenciais clientes vejam que máquinas estão disponíveis”, lembrou o responsável, que naquele stand dedicado tinha a gama Ronin, Star e Energy. Ainda sobre esta marca, Nuno Santos perspetivou os modelos que mais vendas terão em território nacional. “Os Star 3080 e 3050, os modelos de topo desta gama (90 e 100 cavalos) e os Ronin de 40 e 50 cavalos são, claramente, os tratores que terão uma maior aceitação no mercado”.

versão cabinada), equipados com carregador frontal”. Do Farmall U para o Maxxum de transmissão contínua com motor CVX, novo trator lançado pela Case IH, o responsável de produto da Entreposto Máquinas destaca as suas principais características. “Esta gama terá potências de 110, 120 e 130 cavalos com transmissão variável e equipado com elevador frontal”, explica, acrescentando ainda que o “Maxxum está integrado num programa de demonstração”.

Outros dos destaques da Case IH em Santarém foi o Magnum 340 Powershift. Nuno Santos explica o que podemos esperar da máquina. “Em gestão de potência chega aos 400 cavalos, sendo por isso um dos nossos maiores tratores em Portugal. É utilizada para trabalhar dezenas de hectares por dia, essencialmente na preparação ou acondicionamento de solos. Possui um depósito de quase mil litros e opera maioritariamente nas zonas do Alentejo e Ribatejo”. Ainda nos tratores, destaque para o Quantum N de 75 cavalos com cabine. “É bastante utilizado no Oeste, Viseu e Algarve, onde há trabalho em pomar e vinha”, explica, referindo ainda que “o segmento dos tratores especializados é o que mais cresce no país”. A finalizar, Nuno Santos falou

sobre a ceifeira Axial Flow 6130. “É uma máquina com 400 cavalos de potência nominal, conseguindo atingir um pouco mais em gestão de potência. Possui um reservatório de grão com capacidade de 10 500 litros e adapta-se muito bem às explorações do milho e arroz”, afirma.

Quantum 75N Case IH.

As máquinas Case IH

Percorrendo alguns metros, chegamos ao espaço onde as máquinas Case IH estavam expostas. Aqui, segundo Nuno Santos, destaque para o Farmall U, trator com atributos para “trabalhos exigentes”. “Vem equipado com transmissão ZF ou semi-automática com caixa de 32x32. Estão disponíveis em motores Tier4 de 4 cilindros de 95, 105 e 115 cavalos (apenas em

Case IH, Farmall U.

Entreposto Máquinas • T: 218 548 200 • E: entreposto.maquinas@entreposto-maquinas.pt • www.entreposto-maquinas.pt ABOLSAMIA · julho / agosto 2014

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Expansão

Para terrenos de grandes dimensões Entre uma vasta gama de máquinas agrícolas apresentadas na Feira Nacional de Agricultura, em Santarém, a Expansão deu destaque a duas marcas: Vicon e Quivogne.

Gadanheira frontal de discos rotativos Vicon.

David Nogueira, gerente da empresa, falou com a abolsamia e explicou as principais caraterísticas dos modelos em destaque no evento. “Um dos principais destaques do nosso stand é a gadanheira Vicon 328F. Necessita, no mínimo, de uma máquina com 55 cavalos para operar de forma eficaz”, diz. Ainda sobre a alfaia, o gerente da Expansão refere que “serve para montar frontalmente em tratores para trabalhos em herdades de grandes dimensões, podendo trabalhar em conjunto com um modelo traseiro”.

Segundo o responsável, “este modelo é mais sofisticado que os anteriores e tem tido imenso sucesso a nível europeu”, revelando, também, que em Portugal, nomeadamente nos Açores, a Vicon 328F tem tido grande saída. Da Vicon para a Quivogne, David Nogueira fala da grade rápida de rolo atrás modelo Diskator, lançada em 2013. “É mais rápida no que toca ao volume de trabalho que as grades de discos convencionais. Começa a ser utilizada de forma bastante regular no nosso mercado”, aponta. Ainda sobre este modelo, com três metros de largura – podendo ir até aos oito – David Nogueira afirma que “serve, essencialmente, para trabalhos em terrenos de grandes dimensões e com tratores de grande potência”. A finalizar, mais um

dado que atesta a qualidade da grade da Quivogne: “faz o trabalho em metade do tempo que uma grade normal e pode ser utilizada em todo o tipo de culturas”.

Incorporador de restolho Quivogne.

Vista geral do stand.

Expansão • T: 263 516 573 • E: expansaolda@net.sapo.pt • www.expansaolda.pt

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Feira de Santarém Galucho

Destaca grades, reboques e chiseis A Galucho esteve presente mais uma vez na Feira Nacional de Agricultura com uma vasta área de exposição representativa da sua gama de produtos. Desde a entrada do senhor Comendador João Justino, a Galucho não tem poupado esforços ao nível de investimentos, quer em infraestruturas, quer em novos equipamentos de ajuda à produção, no sentido de modernizar e dinamizar a sua gama de produtos aumentando a incorporação de componentes de fabrico próprio em mais de 85% nas máquinas que produz. João Rosa, gestor de clientes da empresa na zona sul, apresentou os equipamentos mais representativos da gama Galucho expostos no stand. A nova Grade modelo GVL, que estará disponível para entrega a partir de finais de setembro, difere do modelo anterior por equipar com sistema de abertura e fecho hidráulico em posição de transporte. Trata-se duma grade rebocada pesada, para acoplar tratores de 150 a 200 hp. Ainda nas Grades, João Rosa destacou a nova grade pesada rebocada NGVR, (modelo exposto NGVR 40/11). Ao contrário da GVL, é totalmente nova, com 2 opções de espaçamento entre discos (9 e 11 polegadas), podendo equipar com discos de 26, 28 e 30 polegadas, com larguras de

trabalho de 3,5 a 6,5 metros conforme o modelo, refere. Esta grade virá substituir o modelo GVR atual e estará disponível para entrega apenas em 2015. Finalizando o “dossier” Grades de Discos, João Rosa falou sobre a grade rápida exposta, a GDM 600. “É um incorporador de restolhos após a colheita, podendo também fazer gradagens mais superficiais e preparar as camas de sementeira, com velocidade ideal de trabalho, a partir dos 10 km/hora. Monta discos de 24” e uma das suas principais vantagens prende-se com a possibilidade da afinação conjunta do ângulo de trabalho dos discos”, explicou. A Galucho apresentou também a sua nova gama de Chíseis montados e rebocados. O modelo analisado foi o CH3LR 700 de 7 metros, desenvolvido para o mercado internacional. “um modelo para tratores acima de 400hp, existindo atualmente apenas meia dúzia de fabricantes na Europa que conseguem produzir este modelo”, afirma. Começa nos quatro metros e vai dos 4 aos 7 metros de largura de trabalho”. Nesta gama de chíseis, os modelos disponíveis vão desde 3 metros, montados, até aos 7 metros de trabalho, rebocados.

Expositor de peças totalmente fabricadas e produzidas pela empresa.

Nos reboques, dois destaques: o R24 e o novo modelo 10 000kg 500x240 eixo simples de roda dupla. João Rosa começa por este último: “É um novo modelo de 10.000kg peso bruto, com 5 metros de comprido por 2,40 de largura. Possui apenas 1 eixo, podendo montar roda dupla com molas ou simples sem molas. Também apresentamos 2 modelos de menor capacidade, vocacionados para o mercado do Norte do País, zona de minifúndio, com preços bastante competitivos.” Sobre o R24, o responsável da Galucho explica que “é um reboque de três eixos, dois deles direccionais, com capacidade de 24 toneladas de peso bruto, construído em aço de alto limite elástico, cerca de 30% mais flexível do que o aço normal.

Grade GVL.

Comendador João Justino Presidente do Conselho de Administração da Galucho.

Reboque R24.

Galucho • T: 219 608 500 • E: info@galucho.pt • www.galucho.com ABOLSAMIA · julho / agosto 2014

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Sagar

Gama Landini de cara nova A Landini tinha em Santarém a sua gama de convencionais renovada. Um novo design de família, novas motorizações e melhoramentos a todos os níveis são denominador comum nestas séries.

Landini 4-105

100-110 e 115 com potencias entre 85 e 113 cv, em duas versões: “Top” com transmissão eletro-hidráulica e “Techno” com transmissão mecânica. Em ambas a TDF é controlada eletrohidraulicamente. O interior da cabina também foi completamente renovado.

Landini série 4

Landini 5-100H

Landini série 5 Esta série da Landini, que substitui a anterior Powerfarm, adota novos motores de 4 cilindros Perkins Common Rail de 2 válvulas e 3400 cm3 de cilindrada, compatíveis com a normativa de emissões Tier 4. Disponibiliza 4 modelos, 90-

A Série 4 substitui as anteriores Tecnofarm e Alpine. Os três modelos, de 90 a 107 cv equipam com novos motores de 3,6 litros Tier 4 Interim. Também configurável, oferece como equipamento standard uma nova cabina de quatro apoios, transmissão com 24+24 velocidades, inversor mecânico e bloqueio do diferencial eletrohidráulico do diferencial traseiro. O eixo frontal vem de série com acionamento hidráulico das 4RM. O elevador hidráulico tem capacidade de elevação standard de 2700 kg, e de 3900 kg com cilindros opcionalmente assistidos, o elevador frontal de 1750 Kg e o circuito hidráulico alcança 57 litros por minuto.

de 4,5 litros, dotados de Dual Power que lhes permite alcançar, respetivamente, 121 e 133 cv. Tem nova transmissão 36+12 83 velocidades Powershift), elevador posterior com controlo eletrónico com 5900 kg de capacidade, e circuito hidráulico com capacidade de 66 litros por minuto na versão standard. A cabina e o eixo anterior têm suspensão.

Landini série 6 T4i

A nova Série 6 T4i oferece 3 modelos (6-145, 6-160 e 6-175), com potências de, respetivamente, 143, 160 e 166 cv. No modelo 175 a potencia máxima do motor com Dual Power vai até 175 cv. Os motores FTP são de 4 cilindros e 16 válvulas. A transmissão “Roboshift” com 24 velocidades e 6 gamas oferece 4 marchas Powershift com mudança de gamas eletrónica e inversor sob carga. Possui TDF com 4 velocidades (540/540E/1000/1000E rpm). Estão disponíveis 6

distribuidores eletro-hidráulicos. O elevador posterior garante uma capacidade de elevação até 9300 kg. A cabina “Lounge Cab” é nova e está dotada de todas as comodidades.

Landini série 7-T4i

A nova Série 7 Tier 4 da Landini está vocacionada para as tarefas mais exigentes. Os 3 modelos da gama são alimentados pelo novo motor turbo FTP NEF de 6 cilindros, com sistema Dual Power para proporcionar potência adicional em aplicações exigentes. A transmissão Roboshift com 24 velocidades em 6 gamas oferece 4 velocidades powershift. A TDF dispõe de 4 velocidades (540/540E/1000/1000E) com monitorização eletrónica. O elevador traseiro garante uma capacidade máxima de elevação de 9300 kg, e o dianteiro permite levantar até 3500 kg.

Landini Série 6 e 7

Landini série 6C

Vem substituir a gama Powermondial. Disponível em dois modelos, 120C e 130C, de 111 e 121 cv, com novos motores FPT NEF (Tier 4 Interim) Sagar • T: 210 009 752 • E: jcarlos@forte-lda.pt • www.agriculturaemaquinas.com

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Feira de Santarém Forte

Para uma agricultura profissional No stand da Forte, para além dos modelos Fendt, já apresentados noutras edições d’abolsamia, estavam expostos alguns equipamentos representativos das marcas representadas pela empresa.

Kverneland Qualidisc 5000

Vista geral da gama Fendt

Série 200 V/P/F

A bem conhecida Série 200 V/P/F (Vinhateiros, Pomareiros e Fruteiros) dotada de série com a transmissão de variação contínua Fendt, está disponível em 5 modelos com três versões, numa faixa de potências de 75 a 115 cv.

Fendt 514 Vario

A nova série 500 Vario, com os modelos 512 Vario, 513 Vario, 514 Vario e 516 Vario, cobre o intervalo compreendido entre 125 e 165 CV. Os novos tractores 500 Vario obtêm a sua força através de um motor Deutz de 4 cilindros e 4 válvulas por cilindro de nova geração, com 4,04 litros de cilindrada e injecção CommonRail, assim como uma potência máxima de 165 CV no modelo topo de gama 516 Vario.

de alta potência. Um máximo rendimento combinado com dimensões excecionalmente compactas, permite um amplo espetro de aplicações. Disponível de 145 a 240 cv.

Bogballe

Na gama de distribuidores de adubo estavam expostos os modelos M2Plus (3000 kg) e L1 Plus (1600 kg).

Industrias David

Da vasta gama de equipamentos da marca para culturas especiais, estavam em exposição um cultivador semi-chísel e um intercepas.

plástico. Alternativamente, o embalamento pode ser feito por rede. Com esta técnica, a McHale anuncia fardos mais densos e mais duráveis. Para além disso, a marca desenvolveu um sistema de aplicação do filme que adapta automaticamente a taxa de estiramento às condições de trabalho, nomeadamente às condições meteorológicas. A Fusion 3 Plus pode ser controlada a partir do monitor McHale iTouch instalado na cabina do trator. Quanto a outras caraterísticas, este modelo incorpora um pick-up de 2 metros de largura, assim como a unidade de corte com 5 facas e uma câmara de compressão com 8 rolos.

Joskin Drakkar 9600/41T180

da Joskin, com 9,6 metros de comprimento e 45,5m³ de capacidade.

Kverneland Qualidisc 5000

Cultivador de discos com um desenho extremamente robusto, máxima eficácia e versatilidade com resultados perfeitos. A distância reduzida entre a 1ª e a 2ª fila de discos faz com que se possa trabalhar com uma capacidade menor de elevação do 3 ponto ou seja com tratores mais pequenos.

O maior reboque tridem McHale Fusion 3 Plus

McHale Fusion 3 Plus

A Fusion 3 Plus distingue-se pelo sistema de atadura por filme plástico: a tecnologia “filme sobre filme”, que permite aplicar várias camadas de filme

Fendt 700

Esta série incorpora toda a moderna tecnologia dos modelos

Equipamento para viticultura Industrias David

Forte • T: 210 009 752 • E: jlopes@forte-lda.pt • www.agriculturaemaquinas.com ABOLSAMIA · julho / agosto 2014

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Grupo Ferpinta

Herculano mostra-se em Santarém Novidades e alguns produtos ainda em fase de implantação. Assim se apresentou a Herculano na Feira Nacional de Agricultura, na capital do Ribatejo. e dispositivos de segurança, iluminação e sinalização de acordo com a legislação em vigor”.

Grade de Discos

Teixeira Marques, comercial da Herculano, falou da Grade de Discos HGR. “Os últimos testes ainda decorrem, e já cumprem aquilo que nós, na Herculano, pretendemos”, explica. Entre destaques da grade, realce para grade rápida montada de 3 metros, a grade articulada de 4/4,5/5m, discos recortados de 20 polegadas, espaçamento entre discos de 245 milímetros, sistema mecânico de regulação de espaçamento entre a linha da frente e a linha de trás,

Após ter mostrado alguns dos equipamentos na FIMA, em Saragoça, Espanha, a Herculano trouxe as suas novidades para a Feira Nacional de Agricultura, em Santarém. Tal como em solo espanhol, a marca [agora ao ar livre] dispôs de um amplo espaço para mostrar o seu portfólio. Teixeira Marques e José Santos, ambos do departamento comercial da Herculano, estiveram à conversa com a abolsamia.

Cisterna CH

“A Cisterna CH, não sendo um produto novo, é uma novidade no que diz respeito ao design. O utilizador deste tipo de equipamento é cada vez mais exigente e devemos estar atentos a esse tipo de pormenor”,

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A Cisterna CH tem um novo design.

afirmou José Santos. Entre as características mais relevantes da Cisterna CH, destaque para o depósito galvanizado, porta traseira autoclave para limpeza, válvulas de segurança, travão hidráulico, descanso de cabeçalho de fuso, dois tubos flexíveis com engates rápidos e eixo tandém.

Espalhador de Estrume

Outro dos produtos apresentados pela Herculano, em Santarém, foi o Espalhador de Estrume H2RS11 RG que,

“não sendo uma novidade”, conforme José Santos fez questão de frisar, “o mercado tem dado sinais de grande aceitação”. Sobre as principais detalhes deste equipamento, o responsável destaca “a esteira hidráulica com corrente de alta resistência, indicador de abertura de porta, descanso hidráulico, cardan homocinético, porta hidráulica, caixa monocoque

O Espalhador de Estrume tem tido uma enorme aceitação no mercado.


Feira de Santarém

braços independentes Non Stop livres de manutenção e ainda cubos dos discos com sistema de lubrificação desenvolvido para permitirem uma manutenção periódica. Ainda nas Grades de Discos, mas no modelo HVRG, José Santos admite que se trata de “um segmento onde a Herculano tem vindo a crescer”. Sobre a grade, o responsável refere tratar-se de um equipamento “mais leve e bastante adequado para a sementeira”. “Com esta grade temos uma maior largura de trabalho, ou seja, com um maior número de discos, mas não ultrapassando aquilo que é o limite da lei, que são 2,55 metros”, revela. “É uma grade, dada a sua largura, que facilita o acesso e transporte aos campos”, acrescenta Teixeira Marques.

Carregadores Frontais

À esquerda, Grade de Discos Rápida HGR e à direita a Grade de Discos HVRG.

A nova coluna de Carregadores Frontais H1/2/3 também esteve presente na Feira Nacional de Agricultura. Segundo os responsáveis da Herculano, “a fixação, que era feita através de uma cavilha, é agora realizada através de um sistema de engate automático”. Cilindros de duplo efeito, dois cilindros aos acessórios, engate rápido dos acessórios, braços de aço de alto limite elástico e comando joystick

Carregador Frontal.

por cabos com duas funções são algumas das características dos novos Carregadores Frontais.

Reboque Plataforma HP

Para último, ficou a menção ao Reboque Plataforma HP. José Santos falou sobre o produto, já apresentado em Saragoça. “É uma novidade, mas apenas no mercado nacional, já que mostrámos esta Plataforma de Fardos na FIMA. Este modelo, com eixo giratório, comercializase mais em Espanha, sendo que em Portugal a preferência vai para o produto sem aquela característica”. Chassis em tubo estrutural, travão hidráulico, caixa de ferramentas, depósito de água, fundo em chapa

O Reboque Plataforma HP foi apresentado pela primeira vez no mercado português.

de 4 milímetros, sistema de amarração de carga a cada dois metros e Eixo Giratório sobre esferas são alguns dos destaques desta Plataforma.

Herculano • T: 256 692 515 • E: herculano@herculano.pt • www.herculano.pt ABOLSAMIA · julho / agosto 2014

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J. Inácio

Uma referência no mercado de Usados Para além da gama de tratores e equipamentos das suas representadas, John Deere, Hardi, Camara, Noli e Corbins a J. Inácio trouxe algo mais ao Ribatejo: A Apresentação da marca J. Inácio Usados. A Feira Nacional de Agricultura, em Santarém foi, mais uma vez, um dos palcos escolhidos pela J. Inácio para mostrar algum dos produtos das suas representadas. A empresa revelou na capital do Ribatejo apresentação de uma imagem de marca para a comercialização de Usados: J. Inácio Usados A J. Inácio dispõe de um Centro de Usados, com uma vasta oferta de tratores e outras máquinas como

ceifeiras, pulverizadores etc... Este Centro dispõe de uma identidade própria através da marca J. Inácio Usados que a empresa tem vindo a divulgar com várias iniciativas. Deste modo, não poderíamos deixar de estar presentes pelo 2o ano consecutivo na Feira Nacional Agricultura apresentando uma vasta gama de máquinas usadas. A J. Inácio Usados garante aos seus clientes a qualidade dos produtos assim como dos serviços associados

aos mesmos. Estes serviços encontram-se disponíveis nos vários Centros de Serviços da J. Inácio e incluem recondicionamento, reparação e manutenção dos equipamentos usados vendidos. Colocamos ainda á disposição dos nossos clientes uma linha de financiamento com taxas de juro fixas bonificadas, resulta do protocolo celebrado entre JDF e o BPI. J. Inácio • T: 262 699 000 • E: jinaciolda@jinaciolda.pt • www.jinaciolda.pt

Jopauto

Novidades vinhateiras Novidades dedicadas, essencialmente, à vinha. Assim se apresentou a Jopauto na Feira Nacional de Agricultura, onde destacou a Levantadora/Amparadora Provitis e o Entre Cepas da Boisselet. Virgílio Lopes, gerente da empresa sediada na região do Douro, sentou-se para uma conversa com a abolsamia sobre as mais recentes novidades. A Levantadora/Amparadora da Provitis foi o primeiro destaque. “Vendemos, até agora, quatro máquinas que estão, diga-se, a trabalhar em pleno”, começa por dizer, passando, de seguida, para as características do aparelho. “Destaco a sua capacidade em levantar os sarmentos sem que haja prejuízo para a vinha. A máquina coloca-os na vertical

deixando ficar um fio de nylon de cada lado e, dependendo da densidade da vegetação, surgem uns agrafos que fazem com que a vinha fique direita e amparada, substituindo, assim, o trabalho manual de levantamento”, explica. Ainda sobre a máquina, Virgílio Lopes sublinha que “pode ser incorporado um disco de corte, possibilitando à Levantadora/Amparadora levantar e amarrar a vinha, fazendo depois uma primeira desponta ao cortar as pontas dos lançamentos”. Já sobre o Entre Cepas,

da Boisselet, o gerente da Jopauto refere que “está montado num quadro extensível traseiro, abre e fecha hidraulicamente para as várias medidas de embardamento, podendo ainda ser montado com um suporte frontal, ventral ou ainda numa alfaia”. Segundo Virgílio Lopes, este equipamento pode ser equipado em alfaias como a “aiveca, de lâmina, disco, fresa rotativa em L e capinadeira se não houver intenção de movimentar o solo e apenas deixar as ervas debaixo da vinha”, detalha.

Jopauto • T: 254 489 150 • E: geral@jopauto.pt • www.jopauto.pt

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Feira de Santarém New Holland / Apolinários Máquinas

Estreias e demonstrações no terreno Os modelos T4, T5 e T6 foram os destaques apresentados pela New Holland na Feira Nacional de Agricultura, em Santarém. de quatro cilindros, cilindrada de 4485cm3, potência máxima de 161 cavalos com EPM, transmissão de variação contínua.

Demonstrações New Holland

A New Holland/Apolinários apresentou-se em Santarém, na Feira Nacional de Agricultura, com um conjunto de tratores “pouco vistos em solo português”, conforme diz, à abolsamia, João Bizarro, da New Holland. “A série T4 é a primeira vez que está exposta numa feira em Portugal. Existe a versão com e sem cabine”, revela, apontando para um modelo T4.85, de

86 cavalos, 3400 cm3, caixa de velocidades 12x12 Syncchro Shuttle com super redutor e com quatro cilindros. Já a série T5.115 ElectroCommand, “além de Santarém, tinha estado em Braga”. “É uma máquina com carregador frontal e faz parte de um plano de demonstrações que temos preparados para o cliente final”, afirma. Este trator possui quatro cilindros, 3400cm3, sistema de combustível Common Rail de alta pressão e 114 cavalos. O T6.160 AutoCommand também esteve pela primeira vez em Portugal. Equipado com sistema de auto condução GPS, motor

New Holland T4.85.

New Holland T6.160 AutoCommand.

Mostrar a New Holland a potenciais clientes. É este o objetivo da New Holland, junto dos seus concessionários. A ideia é veiculada por João Bizarro. “Com estas demonstrações, queremos, de certa forma, complementar o trabalho do concessionário”, começa por dizer, explicando, depois, como se processam as demonstrações. “O concessionário solicita-nos o trator pretendido para três ou quatro clientes durante um determinado número de dias. Depois de aprovado todo o processo, o técnico dirige-se a casa do cliente, explica as características da máquina e deixa-a, durante um dia, à disposição”, detalha. New Holland T5.115 ElectroCommand.

Tratores disponíveis para demonstrações: • T5.115 ElectroCommand, equipado com carregador frontal, auto condução GPS; • T6.160 AutoCommand, equipado com auto condução GPS; • T7.210 AutoCommand, equipado com auto condução GPS.

New Holland • T: 214 245 940 • E: portugal@newholland.com • www.newholland.pt ABOLSAMIA · julho / agosto 2014

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Grupo Joper

Administração e Equipa de vendas.

“Continuamos a crescer” O Grupo Joper esteve na Feira da Agricultura com as suas marcas Joper, Tomix e Ribatejo. Em entrevista à revista abolsamia, Jorge Pereira, administrador do Grupo, fez um balanço do último ano de atividade da empresa.

Que balanço faz do último ano de atividade? O ano de 2013 foi muito bom, não só para a Joper e Tomix, mas também para a Ribatejo. As 3 empresas cresceram em média 28 %. Este crescimento teve ainda uma importância mais acentuada, pois verificou-se um aumento de vendas, quer no mercado interno, quer no mercado externo.

Jorge Pereira, administrador do Grupo Joper.

Como tem evoluído a marca Ribatejo desde a sua aquisição há pouco mais de um ano? Adquirimos a Ribatejo em Janeiro de 2013, pelo que as ações desenvolvidas em todas as áreas, comercial, administrativa, produção e técnica, tiveram um efeito muito positivo, não só no acentuado crescimento das vendas (40%) mas também na imagem da empresa agora integrada no grupo Joper. Tal como na Joper e na Tomix, também a Ribatejo cresceu no mercado interno e externo e expandiu as suas vendas para novos mercados.

As três empresas cresceram em 2013 em média 28%. A representatividade dos mercados externos tem continuado a crescer? A Joper, Tomix e Ribatejo, exportam hoje cerca de 40% do seu volume de vendas, valor que tem vindo a subir e que pretendemos fazer crescer nos próximos anos.

Joper • T: 261 330 900 • E: joper@joper.com.pt • www.joper.com.pt

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Feira de Santarém Para além dos mercados de exportação tradicionais, como Espanha, França, Marrocos, Angola e Moçambique, começamos também a exportar para a Bélgica, Suíça, Tunísia e Argélia. Exportamos ainda para outros mercados, embora de forma pontual, como a Venezuela e Panamá, que podem vir a ser mercados muito importantes num futuro próximo. Ainda na sequência da questão anterior, quais são os produtos das vossas gamas que maior investimento representaram em I&D tendo em vista os mercados mais exigentes para onde exportam? O desenvolvimento de novos produtos e as melhorias técnicas nas máquinas existentes são uma preocupação das três empresas. Para melhor se perceber a forma como encaramos estas ações, as três empresas investem mais de 2% do seu volume de vendas na área de I&D.

Os últimos projetos de I&D focaram-se mais nas turbinas de aspiração inversa (Tomix) e nos chíseis, quer para vinha, quer pesados (Joper). Quanto a melhoramentos de modelos já existentes, estamos permanentemente a centrar-nos na sua evolução, auscultando as opiniões dos agricultores e colaborando em ações de campo. Existem novos projetos “na manga”? O Grupo Joper apresentase hoje no mercado com uma ampla e vasta gama de produtos, pelo que, temos que permanentemente pensar em novos projetos. Obviamente que temos limites, quer técnicos, quer humanos, pelo que, aqui também estabelecemos prioridades.

Pulverizador Gondomar 1600BP150 PM e barra BDX15mt.

Em relação ao nosso país, sente que a atenção dada recentemente ao setor agrícola se tem repercutido nas vendas? Portugal tem vindo a olhar para a agricultura de uma forma diferente do que fazia há 20 anos. Tem-se verificado um maior incentivo direcionado aos jovens e existem hoje culturas que têm vindo a ter uma maior atenção por parte das entidades governamentais. Falo concretamente da vinha e do olival.

Chisel Pesado CP-9 com rolo.

Naturalmente que nos equipamentos para estas culturas, tem-se verificado um acréscimo na procura.

Turbo Rebocavel 1500IDS14 Palmeta.

Tomix • T: 261 335 620 • E: tomix@tomix.com.pt • www.tomix.com.pt | Ribatejo • T: 263 516 436 • E: alfaias@ribatejo.online.pt • www.ribatejo.online.pt ABOLSAMIA · julho / agosto 2014

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Maschio Gaspardo

“Apostamos forte no mercado português” Nicola Franco, diretor-geral da Maschio Gaspardo na Península Ibérica, recebeu a abolsamia no stand da marca. Um espaço de 700 metros quadrados, onde mostrou a vasta gama de novos produtos da companhia transalpina. A Maschio Gaspardo (MG) apresentou-se em Santarém com uma vasta gama de produtos, provando estar a apostar forte no mercado nacional. Disso mesmo deu conta Nicola Franco, diretorgeral da MG para o mercado ibérico, que, em declarações à abolsamia, revelou que a marca italiana apresentou na feira “uma vasta e nova gama de pulverizadores, charruas e máquinas de mobilização”. A aposta em Portugal também teve seguimento no stand de grandes dimensões que a insígnia mostrou aos visitantes da Feira Nacional de Agricultura, conforme explicou Nicola

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Franco. “Temos um stand de 700 metros quadrados, há espaço para que cada máquina tenham a sua importância na exposição e possuímos ainda uma estrutura montada que facilita a receção de clientes interessados nos nossos produtos”. Outro tema em debate foi a realização de mais uma edição do Dia Nacional Maschio Gaspardo, dia 27 de setembro, na Casa Cadaval. Um evento que, à semelhança de anos anteriores, servirá para mostrar a vasta gama de máquinas pertencentes à MG junto de importadores, agricultores e responsáveis de marcas de tratores. A finalizar, destaque ainda para

A MG organiza, em setembro, o Dia Nacional Maschio Gaspardo na Casa Cadaval.

a aquisição por parte da MG do Grupo Feraboli, “fabricante reconhecido de enfardadeiras de fardos redondos de câmara fixa, variável e variável com geometria variável, ampliando ulteriormente desta forma a sua gama de produtos. Esta operação permite também que a MG se posicione cada dia mais no mercado da foragem, tão importante e estratégico no plano de crescimento do Grupo MG. João Montez e Vitor Ildefonso, responsáveis pelo mercado português, agradecem aos seus clientes e concessionários a visita ao stand da Maschio Gaspardo durante a realização da Feira


Feira de Santarém Pulverizador suspenso

Modelo Giove Work, capacidade para 1200L, barras de 15m, bomba Poly 2210, elevador hidráulico de 1000mm, Pré-misturador.

Rotofresa

Modelo Aquila 600 com rolo Packer, regulação hidráulica da profundidade de trabalho, desengate rápido das facas, modelos até 8metros de largura de trabalho.

Cultivador

Modelo Terremoto 3R com discos preparadores e com rolo gaiola duplo, sistema de disparo non-stop, barra niveladora de discos, com e sem alhetas explosivas.

Subsolador

Modelo Pinocchio 250/5, com rolo duplo de dentes, profundidade de trabalho até 40cm, sistema de segurança com cavilha.

Subsolador

Modelo Artiglio 300/7, hidropneumático, com regulação hidráulica da profundidade de trabalho através de rolo duplo de dentes, profundidade de trabalho até 55cm, sistema de segurança com circuito hidropneumático com acumulador duplo de azoto.

Charrua

Modelo LelioVario M3D95, com segurança fusível, cabeçote oscilante, roda de profundidade e raspadeiras de milho.

Semeador monogrão

Para sementeira em alta densidade, modelo MT Twin Rows 8F4X2 -25 300 R6, linha pareada (milho) com micro granulador e monitor de sementes.

Grade de discos rápida

Modelo UFO 300 com Rolo Packer, discos de 610mm de diâmetro montado em braços de molas independentes, cubos estanques de fabrico MASCHIO garantido até 10.000 hectares sem manutenção, discos laterais de contenção.

Maschio Gaspardo • M: 917 322 764 • E: jmontez@maschio.com • www.maschionet.com ABOLSAMIA · julho / agosto 2014

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Same Deutz-Fahr

Tratores para o mercado nacional Com uma forte representação na Feira Nacional da Agricultura, em Santarém, a Same Deutz-Fahr esteve presente com as suas três marcas do grupo: Same, Lamborghini e Deutz-Fahr.

Arnaldo Caeiro, diretor comercial da SDF em Portugal, foi o porta-voz da marca no evento. A Same foi a insígnia escolhida para o pontapé de saída. “O Fortis é uma linha de tratores que vai dos 120 aos 190 cavalos e pode equipar com motores de 4 ou de 6 cilindros. O modelo que temos aqui exposto tem 150 cavalos, motor Deutz Tier 4i de 6 cilindros, caixa Powershift de 4 velocidades, suspensão na cabina e no eixo da frente”, detalha. Sobre a mesma máquina, afirma que “esta gama possui uma excelente relação preço/qualidade, sendo utilizado essencialmente em campo aberto, transporte em estrada ou mobilizações de solo”. Outro Same em destaque foi o Virtus 120, trator de gama média. “Nesta linha, as potências existentes são de 100, 110 e 120 cavalos. Tem uma conceção mais simples que o Fortis, mas é um trator que pode ser equipado com uma série de opções que o tornarão a máquina mais rica e versátil”, começa por dizer. Sobre o trator em exposição, Arnaldo Caeiro lembra que se trata de “um Virtus 120,

Deutz-Fahr 5130 TTV.

Same Virtus 120.

motor Deutz de 4 cilindros, 3,6 litros, Tier 4i e suspensão na cabina”. Sobre a sua utilidade para o agricultor, o diretor comercial frisa que “o trator está direcionado para operações de campo aberto e muito adaptado ao trabalho com carregador frontal, pois é relativamente curto e com boa capacidade de manobra em espaços apertados”. “Os tratores Lamborghini, além das suas funcionalidades, apresentam um novo valor: o estilo”, elogia Arnaldo Caeiro, fazendo referência à Série Nitro. “Tem uma cor pouco convencional para tratores e os acabamentos e interiores destacam-se pelo seu estilo e diferenciação de nível superior. Na Agritechnica 2013, venceu o Prémio Design”, recordou. Sobre as características, o responsável foi sucinto. “É um modelo de 100 cavalos com motor Deutz de 4 cilindros, 3,6 litros, Tier 4i”. Na Deutz-Fahr, Arnaldo Caeiro destacou dois tratores: Deutz-Fahr Série 5C e o Deutz-Fahr Série 5TTV. “O Série 5TTV tem uma transmissão de variação contínua, motor Deutz de

Lamborghini Nitro 100.

4 cilindros, 3,6 litros, Tier 4i e é um modelo com potências de 100, 110, 120 e 130 cavalos. O Deutz-Fahr Série 5C significa um novo paradigma no fabrico de tratores no grupo. Tem como base a Série 5, mas foi projetado de forma modular, isto é, a mesma motorização tem disponível várias opções de transmissão”, começa por dizer. “Possui um motor Deutz de 4 cilindros, 3,6 litros, Euro 4i, com motorizações de 90, 100, 110 e 120 cavalos”. Este modelo, segundo Caeiro, “combina uma excelente ergonomia da cabina com uma robustez de construção e umas dimensões que lhe permitem ser um trator muito versátil. Pode ser utilizado desde as operações em campo aberto até ao trabalho com carregador frontal. Em termos de custo é um modelo mais económico”. Acrescenta ainda “a Deutz-Fahr é neste momento uma das marcas que a partir dos 100 cavalos disponibiliza tratores com várias opções de transmissão: mecânica, Powershift ou variação contínua (TTV)”.

Same Deutz-Fahr Portugal • T: 263 100 500 • E: sdf.portugal@samedeutz-fahr.pt • www.same-tractors.com

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Feira de Santarém Socimavis

“O nosso mercado não era conhecido” A Socimavis marcou presença na Feira Nacional de Agricultura. A representá-la, esteve João Pedro Pires, diretor-geral, que, em conversa com a abolsamia, foi desfilando as novidades de produto. divulga. “Deste trabalho, nasce o 80W-90 simples, direcionado para carretos e o 80W para carretos com discos banhados a óleo, onde estão integrados todos os aditivos para não provocar ruído”, completa a explicação sobre o óleo.

Motores Mitsubishi

Novo óleo Carraro.

Óleo da Carraro

O pontapé de saída na conversa deu-se com o novo óleo da Carraro. “A Carraro, em parceria com a Fuchs, desenvolveu um produto em que encaixaram as principais exigências das marcas que utilizam os seus óleos”,

Uma breve passagem pelos motores Mitsubishi leva João Pedro Pires a referir que “pode-se encontrar a marca em toda a linha Caterpillar até às 20 toneladas, exceto na série E”. Ainda sobre o mesmo motor, o diretor-geral da Socimavis afirma que “possui uma infinidade de aplicações no mundo agrícola e industrial, sendo igualmente utilizado no universo marítimo”.

Outro dos destaques

Outro dos destaques apresentados pela Socimavis prende-se com o denominado Driveshaft Division – veios de transmissão Dana Spicer. João Pedro Pires explica do que se trata. “A Dana é o maior fabricante do mundo de veios de transmissão e cruzetas. Não querendo exagerar, a marca cobre, atualmente, 100% das máquinas do setor agrícola”, afirma. No que respeita às cruzetas, “há um consumo anual de 7 a 8 milhões, um número bastante positivo”. Representantes da Dana para os PALOP´s e Namíbia – e com a África do Sul a partir de 2015 – a presença da Socimavis

faz-se através de distribuidores concessionados com jointventures realizadas com colaboradores locais. “Fazemos, no entanto, visitas frequentes a todos estes mercados para avaliar o andamento das coisas. Realizamos também algumas sessões de coaching, de forma a dotar os nossos colaboradores de maior conhecimento técnico”.

Mercado português

“Até há bem pouco tempo, este mercado ou não era conhecido ou não era aceite. Quando alguém adquire um trator John Deere – de montagem Carraro – dirige-se a quem lhe vendeu o trator. Não se trata de uma crítica, pois o cliente faz muito bem, mas estamos presentes no mercado não para matá-lo, mas para melhorar a qualidade/preço”, diz. Segundo o responsável, “existem imensas marcas que sobrevalorizam o preço final das peças fazendo com que o cliente vá a torneio”, critica, lembrando que “é aqui que a Socimavis entra, fazendo com o cliente possa comprar a mesma peça, mas sem passar pelo circuito do distribuidor”. A finalizar, uma revelação.

Cruzetas Dana.

“Estamos a fazer obras. Após esse trabalhos teremos disponível uma secção de peças maior e uma cabine de pintura e lavagem. Com estas alterações nas nossas instalações, teremos igualmente uma maior preocupação e obrigatoriedade com os aspetos ambientais, hoje tão importantes em qualquer setor de atividade”.

Eixo frontal Dana de aplicação agricola.

Motor Mitsubishi. Socimavis • T: 232 922 230 • E: info@socimavis.com • www.socimavis.com ABOLSAMIA · julho / agosto 2014

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STET/Caterpillar

Temos soluções adaptadas ao Cliente Da construção para a agricultura. O posicionamento da Barloworld STET sofreu algumas alterações nos últimos tempos, fazendo uma aposta mais forte no setor agrícola e florestal. Produtos STET

Em conversa com a abolsamia, durante a realização da Feira Nacional de Santarém, Carla Pereira, gestora de marketing, falou da forma como é feita a distribuição dos produtos STET/Caterpillar. “É realizada através das nossas filiais e concessionários”, começa por dizer, para depois falar sobre a distribuição geográfica. “São seis filiais espalhadas pelo país, uma das quais nos Açores. Existem ainda dois concessionários, um

na zona de Viseu/Guarda e outro na Madeira. Em África, temos uma sucursal em Cabo Verde. Convém, no entanto, realçar que este processo não se cinge apenas a equipamentos agrícolas, mas também aos outros produtos”. A finalizar a sua intervenção, a responsável sublinhou o que, na sua opinião, são as mais-valias da empresa. “Possuímos uma vasta gama de equipamentos que podem ter aplicações agrícolas, pois a flexibilidade, fiabilidade e segurança associadas à Caterpillar são vantagens competitivas no mercado.

Os geradores Caterpillar têm uma autonomia de 12 a 20 horas.

Dando mais uma prova que a STET pretende estar cada vez mais presente no mundo agrícola, foram apresentados alguns equipamentos com aplicação ao setor. Hugo Bexiga, gestor do segmento de retalho, é a voz autorizada neste assunto. “Na nossa estratégia de diversificação os grupos geradores surgem como um equipamento essencial para este nicho de mercado”, afirma, passando para as especificações técnicas do produto. “São geradores da Caterpillar com uma autonomia de 12 a 20 horas de trabalho, tempo suficiente para o seu utilizador reabastecer. À falta da rede elétrica, este gerador arranca automaticamente, permitindo que os trabalhos não parem. Este equipamento tem uma garantia de dois anos”. O compressor da Sullair, igualmente ligado à Caterpillar, é outro equipamento destinado à agricultura. Hugo Bexiga fala do equipamento. “Na agricultura há muita aplicação de ar comprimido, daí a nossa forte presença atualmente no setor. Estes compressores têm igualmente um motor Caterpillar, mas também podemos fornecer o equipamento com motorização John Deere, marca mais familiar para os agricultores”, explica. A finalizar, Pedro Matos, gestor comercial Pós-Venda da Barloworld STET, falou sobre um novo serviço de Gestão de Manutenção dos equipamentos e da sua utilidade para os seus utilizadores. “Tendo em

conta as novas tecnologias de telemática, GPS e monitorização à distância, a Caterpillar e a BW STET disponibilizam serviços de aconselhamento ao cliente para uma gestão mais eficaz dos seus equipamentos, refere. E, de que forma esta tecnologia poderá ajudar um agricultor nas suas operações? Pedro Matos explica. “Um agricultor está mais focado na sua atividade, e nós temos profissionais que no backoffice estão a analisar a performance dos seus equipamentos. Desta forma é possível identificar anomalias ou necessidades de manutenção em tempo real e que passamos ao proprietário do equipamento, para poder tomar uma ação”. Ainda sobre este sistema, o gestor comercial diz que “é possível fazer análises mensais sobre a utilização dos equipamentos, como por exemplo, tempos de trabalho e consumos ao ralenti vs em trabalho produtivo. Pode-se assim, tomar medidas para minimizar os custos de operação dos equipamentos”.

Compressor Sullair.

STET • T: 219 409 300 • E: stet@stet.pt • www.stet.pt

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Feira de Santarém Tractomoz

Tudo para a Agricultura A empresa Tractomoz esteve presente na Feira da Agricultura com as marcas representadas que reportamos abaixo. Expostos estavam equipamentos tanto para a agricultura em campo aberto como para culturas especializadas.

Sola Distribuidor de adubo

Gama de modelos suspensos e rebocados.

Sola

Semeador de linhas mecânicos

Vários modelos, de 19 a 33 linhas e larguras de trabalho de 2,68 a 4,31 m.

Sola

Halcon

Semeadores pneumáticos

Grade de discos

Semeadores pneumáticos Sola Prosem K, de sementeira convencional, mobilização mínima ou sementeira direta. 4 modelos com larguras de trabalho de 4 a 6 metros, 25 a 37 braços, distância entre linhas de 16 cm, capacidade da tremonha 2000 L.

Grade de discos Halcon VCRI semimontada monochasis. Esta série equipa com 24, 28, 32 , 36, 40, 44, 48, 52, 56 ou 60 discos, e requer uma potência aproximada entre 110 e 290 cv consoante o modelo.

Halcon Vibrador telescópico/giratório

Pode equipar com aparador de frutos. É instalado sobre braços de carregador.

Tractomoz • T: 268 337 040 • E: geral@tractomoz.com • www.tractomoz.com ABOLSAMIA · julho / agosto 2014

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Grupo Tractores de Portugal

Tratores para todo o tipo de exigências Entre as quatro marcas que representa em Portugal, o Grupo Tratores de Portugal expôs no seu stand uma completa oferta de tratores para todo o tipo de exigências e aplicações.

MF 2615

MF 5612

No alvo das atenções esteve o novo modelo 2615 da Massey Ferguson que promete tornarse no best-seller da marca. Assim nos contou Carlos Rocha, diretor geral do Grupo Tratores de Portugal, que deposita grandes esperanças naquele a que já chamam “o sucessor do [saudoso] MF 240”. Fabricado na Índia através de uma joint venture do Grupo Agco, o MF 2615 vem equipado com soluções simples, motor licenciado pela Perkins e linhas agradáveis e modernas, sendo já um best-seller nos países onde é comercializado, nomeadamente nos EUA e na Turquia, como nos referiu o diretor geral do Grupo. Em exposição também estava o MF 5612, da nova série de

tratores MF 5600, entre 85 e 130 cv, com versões de 3 e 4 cilindros. Dos “grandes” da Massey Ferguson estava presente o modelo 7620, da nova série 7600, equipado com sistema de auto-condução do grupo AGCO. Da marca coreana Kioti destacavam-se as séries NX e RX, lançadas no início deste ano e já apresentadas na nossa revista, com motorizações tier 4 entre os 45 e os 73 cv, em várias versões. Estes tratores estão a ter uma boa aceitação por parte dos clientes, segundo Carlos Rocha, “pois aliam a um moderno design excelentes consumos de combustivel”. A Yanmar continua com a mesma gama: o modelo GK e o modelo EF, entre os 16 e os 33 cv, em 5 versões. A Iseki tem 2 novidades: - os tratores grandes, TJA, agora nas versões de 80, 90 e 100 cv, com motor Agco power com a mais recente tecnologia de controlo de emissões. Estão disponíveis 6 versões (cabinadas e plataforma). - a nova entrada de gama da Iseki, o TM 3185, que substitui o 3160, com novo design e ergonomia como principais melhoramentos.

Iseki TM 3185

Yanmar EF 227

Kioti NX 5510

Grupo Tractores de Portugal • T: 218 551 000 • E: geral@tractoresdeportugal.com • www.tractoresdeportugal.com

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Feira de Santarém Vinomatos

Foton tem gama alargada A Vinomatos alargou a sua gama de tratores da marca Foton com a introdução do modelo 854, equipado com motor Perkins de 85 cv e transmissão Carraro.

MF 5612

José Caseiro, diretor comercial da empresa, referiu-nos que o modelo 854 é “um modelo adaptado ao mercado europeu”. Da Foton, Caseiro destacou ainda o modelo Foton 504, com 50 cv, cabinado de série e que vem ajudar a marca a posicionar-se nesta faixa de potência dos 50 cv.

No stand da Vinomatos estavam também em exposição vários modelos de rachadores de lenha, com gamas a gasolina (20 a 28 ton.), gasóleo (28 a 38 ton.) e acoplados ao trator. Em relação ao setor da vitivinicultura, este responsável da Vinomatos disse que a empresa se continua a posicionar como líder de mercado no trabalho de plantação assistida por GPS, em Portugal e noutros países, nomeadamente em França, trabalhando também na área da fruticultura e do olival. A Vinomatos é também concessionária da Landini

Rachador de lenha de 38 ton.

e da Fendt, com toda a gama de equipamentos destas duas marcas. “Na Vinomatos estamos a trabalhar num projeto de consolidação de imagem, pela qualidade. A Vinomatos é uma marca portuguesa, fabricamos em Portugal e trabalhamos com marcas estrangeiras conceituadas.”

Rachador de lenha de 28 ton.

Fendt 936 Vario com charrua de 9 ferros

Vinomatos • T: 249 534 999 • E: vinomatos@vinomatos.com • www.vinomatos.com ABOLSAMIA · julho / agosto 2014

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Dispnal Pneus

Novidade: Galaxy Earth-Pro A empresa Dispnal Pneus, SA, esteve presente na Feira Nacional da Agricultura para promover e dar a conhecer as marcas que representam: Petlas, Galaxy, e Taurus. No que se refere à Peltas, a marca ampliou este ano a sua gama de produtos tendo neste momento capacidade de satisfazer em 80% as necessidades do mercado. Quanto à Galaxy, trata-se de uma marca que começou a ser comercializada pela Dispnal no início deste ano, estando especialmente vocacionada para os pneus agroindustriais. Os Galaxy Earth-Pro foram o seu lançamento mais recente. Prometem uma condução

suave devido ao seu design inovador, elevada durabilidade e excelente nível de tração, a par com uma elevada estabilidade. A conceção do pneu foi reforçada conferindo uma excelente durabilidade. A marca Taurus, reconhecida a nível mundial, é comercializada pela Dispnal Pneus desde 2006 e oferece um produto de elevada durabilidade e qualidade de serviço superior. Dispnal Pneus • T: 255 617 480 • E: dispnal@dispnal.pt • www.dispnal.pt

Pulverizadores Rocha

“O balanço é positivo” Para culminar um “semestre em que a empresa registou um crescimento interessante, com balanço positivo”, a Rocha marcou presença na Feira Nacional de Agricultura, em Santarém, para mostrar as novidades ao mercado português. Para Sérgio Oliveira, diretor de marketing e vendas da Pulverizadores Rocha, era vital mostrar aos clientes finais Portugueses as “novidades apresentadas na FIMA, em Saragoça”, pois tratavam-se de “máquinas ainda desconhecidas para quem não teve a oportunidade de se deslocar a Espanha”. Assim, o responsável chamou a atenção para os Distribuidores de Adubo de grande capacidade: o KC RD 2000, “com uma distribuição a lanço de adubos e sementes de 34 metros”. Outro dos destaques referenciados foi a nova linha

Polimaster de pulverizadores rebocados com turbina, destacando a linha NVS, “onde existe uma combinação de fatores capaz de apresentar elevadas performances, reduzindo o nível de ruído e o consumo de combustível”. A Rocha apresentou também o Ellegance Depósito Frontal. “O que está exposto no stand é o de 1500L com bomba de 600l/ minuto. No exterior, esta exposto a combinação do depósito frontal de 1000L, com o acoplado aos três pontos ELLEGANCE TX de 1600L”, finalizou.

Pulverizadores Rocha • T: 229 601 793 • E: info@pulverocha.pt • www.pulverocha.pt

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Feira de Santarém Outras presenças na Feira de Santarém: 2AB

Agroribatejo

Cabena

Cimertex

Formigável

Herkulis

Lisagri

Pinto & Filho

Tractoponte

Terralis

Tractores Ibéricos

Valtractor

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julho

Julho sem pulgas no cão, vento norte e muito frio é sinal de pouco pão.

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Campeonato Mundial de Lavoura 2014

www.lesterresdejim.com

5 e 6 de Setembro, St Jean D’Illac, França

É

já no início de setembro, nos dias 5 e 6, que se realiza em França a 61ª edição do Campeonato Mundial de Lavoura. As provas serão realizadas numa área de 300 ha situada nos arredores de Bordéus, mais precisamente em St Jean D’Illac. A lavoura é uma operação que requer uma grande perícia para ser feita com perfeição, sobretudo quando não se recorre

dias mais relevantes Dia 1 – Dia Mundial da

Arquitectura; Dia da Força Aérea; Dia Mundial do Salvamento • Dia 6 – Dia Internacional das Cooperativas • Dia 7 – Dia Mundial da Cooperação • Dia 8 – Dia Mundial das Alergia • Dia 11 – Dia Mundial da População • Dia 14 – Dia da França • Dia 20 – Dia do Amigo • Dia 25 – Dia da Galiza • Dia 26 – Dia dos Avós • Dia 28 – Dia Mundial da Conservação da Natureza • Dia 30 – Dia Internacional da Amizade.

a instrumentação, como ditam as regras da prova. As duas categorias em competição são a lavoura com charrua convencional e com charrua reversível. Como é tradição, os participantes chegam alguns dias antes para poderem ensaiar e adaptarse às condições de solo da região. No total, entre visitantes e o staff que acompanha as equipas, são esperadas 250.000 pessoas neste importante

Carregal do Sal; Lajes das Flores; Paredes • Dia 22 – Madalena; Porto Moniz • Dia 24 – Condeixaa-Nova; Pedrógão Grande • Dia 25 – Cantanhede; Celorico de Basto; Mira; Mondim de Basto; Ovar; Santiago de Cacém • Dia 26 – Loures • Dia 28 – Lousada. agenda fiscal Até ao dia 10: IRS: Entrega da

Declaração Mensal de Remunerações relativas ao mês anterior. IVA: Envio da Declaração Periódica pelos

feriados municipais Dia 2 – Almeida • Dia 3 – Seia;

Povoação • Dia 4 – Castanheira de Pêra; Coimbra (Distrital) • Dia 7 – Figueira de Castelo Rodrigo • Dia 8 – Amarante; Chaves • Dia 10 – Miranda do Douro • Dia 11 – Arcos de Valdevez; Santo Tirso • Dia 14 – Maia • Dia 17 – Penacova • Dia 18 – Nordeste • Dia 21 –

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26 de julho Dia dos avós Àqueles que têm muita sabedoria, ternura, carinho, paciência, compreensão e têm muitas histórias para contar… a nossa sincera homenagem!

evento que junta os campeões nacionais da modalidade, vindos de diversas partes do mundo. A edição deste ano representa uma boa oportunidade para os

sujeitos passivos do regime normal mensal relativa às operações efetuadas em maio; Pagamento do imposto apurado na declaração respeitante a maio, pelos sujeitos passivos abrangidos pela periodicidade mensal do regime normal. Até ao dia 15: IRC: Entrega da Informação Empresarial Simplificada - IES / Declaração Anual e correspondentes anexos. IRS: Entrega da Informação Empresarial Simplificada - IES / Declaração

portugueses que pretendam ver as provas, já que a maioria das vezes o campeonato do mundo de lavoura realizase em países bem mais longínquos.

Anual e correspondentes anexos. IVA: Entrega da Informação

Empresarial Simplificada - IES / Declaração Anual e anexos. Até ao dia 21: IRC / IRS / Selo:

Entrega das importâncias retidas, no mês anterior. IRS: Primeiro pagamento por conta do Imposto de titulares de rendimentos da categoria B. Até ao dia 25: IVA: Comunicação, por transmissão eletrónica de dados, dos elementos das faturas emitidas no mês anterior (Ficheiro SAFT-PT). Até ao dia 31: IRC: Primeiro pagamento por conta. Derrama: Primeiro pagamento adicional por conta da derrama estadual. IUC: Liquidação relativo aos veículos cujo aniversário da matrícula ocorra no presente mês. IMI: Pagamento da 2.ª prestação. www.portaldasfinancas.gov.pt


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1º curso de Operadores Florestais Escola Superior Agrária de Elvas, 28 a 31 julho

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os dias 28 a 31 de julho irá decorrer, pela primeira vez, uma formação em Operadores Florestais, organizada pelo Núcleo de Formação Contínua do Instituto Politécnico de Portalegre. Consta de dois módulos, Módulo I - Utilização, manutenção e segurança de motosserras e motorroçadoras e Módulo II - Equipamento de abate e

duração dias e noites Dia 1: em Lisboa, o sol nasce às 6h16min e põe-se às 21h05min. • Dia 31: nasce às 6h37min e põe-se às 20h49min. Dia 1: no Porto, o sol nasce às 6h05min e põe-se às 21h11min. • Dia 31: nasce às 6h29min e põe-se às 20h52min. Neste mês os dias diminuem: em Lisboa 37min e no Porto 43min.

processamento de madeira. O custo de 1 módulo são 60,00 € ou 100,00€ pela formação completa (MI+MII). A equipa de formadores é coordenada pelo Engº. João Fernandes do COTF (Centro de Operações e Técnicas Florestais. Contactos: Tel. 268 628 528 (Amélia Canhoto e Paula Ricardo) Email: nucleoformacao@esaelvas.pt

feiras internacionais Datas

Designação

País - Cidade

Página web

2a3

Dairy Event & Livestock Show

R. Unido - Birmingham

www.livestockevent.co.uk

3a6

5ª Feira Agro-Pecuária e Industrial do Uíge

Angola - Uíge

5a6

Agro-Tech Minikowo

Polónia - Bydgoszcz

www.agro-tech-minikowo.pl

8 a 13

Hampton C. P. Flower Show

Reino Unido - Surrey

www.rhs.org.uk

18 a 21

Agri Intex

Índia - Coimbatore

agriintex.codissia.com

25 a 28

Agricultural and Forest Fair of Libramont

Bélgica - Libramont

www.foiredelibramont.be

25 jul. a 3 ago.

XXV Expofacic

Portugal - Cantanhede

www.expofacic.pt

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agosto

Em Agosto, toda a fruta tem seu gosto. 1

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Innov-Agri celebra 25 anos 2 a 4 de setembro, Outarville, França

F

oi há 25 anos que o Grupo France Agricole idealizou um evento em pleno campo no qual o principal objetivo seria aproximar os agricultores e os fabricantes de equipamentos. Desde então, a Innov-Agri tem-se afirmado como uma das principais feiras europeias onde os agricultores e prestadores de serviços podem descobrir, em condições reais de uso, as novas tecnologias empregues em máquinas agrícolas. A feira realiza-se a cada dois anos. Em 2012 foram 90.000

dias mais relevantes Dia 9 – Dia Internacional dos Povos Indígenas • Dia 10 – Dia do Emigrante • Dia 12 – Dia Internacional da Juventude • Dia 13 – Dia Internacional do Canhoto • Dia 15 – Assunção da Virgem

Santa Maria (Feriado Nacional) • Dia 19 – Dia Mundial da Fotografia; Dia Mundial da Ajuda Humanitária • Dia 23 – Dia Internacional da Recordação do Tráfico Negreiro e da sua Abolição • Dia 30 – Dia Internacional das Pessoas Desaparecidas. feriados municipais Dia 4 – Peniche • Dia 10 – Paredes de Coura; Vimioso • Dia 11 –

Gouveia; Oleiros; Oliveira de Azeméis; Praia de Vitória; Santa Cruz da Graciosa • Dia 13 – Góis • Dia 14 – Batalha • Dia 16 – Peso da Régua; Ribeira de Pena; São Roque do Pico; Vila Viçosa • Dia 17 – Coruche • Dia 19 – Albergaria-

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os visitantes que se dirigiram aos campos de Outarville, nos arredores de Orléans, para conhecer as novidades e para ver e experimentar as máquinas em campo. A feira conta com uma área total de 160 ha, dos quais 50 são parcelas cultivadas onde se faz a colheita de milho, silagem, colza, beterraba, entre outras culturas. Em complemento ao que se vai passando ao ar livre, vão decorrendo em grandes tendas instaladas no recinto, várias conferências sobre temas atuais ligados ao setor.

a-Velha; Esposende • Dia 20 – Albufeira; Alcobaça; Sátão; Viana do Castelo (Distrital) • Dia 21 – Funchal • Dia 22 – Bragança (Distrital) • Dia 24 – Baião; Ponte da Barca; Vila Flor • Dia 25 – Penalva do Castelo; Pinhel; Vila Velha de

Ródão • Dia 28 – Barrancos • Dia 29 – Aljezur • Dia 31 – Carrazeda de Ansiães. agenda fiscal Até ao dia 11: IRS: Entrega

da Declaração Mensal de Remunerações relativas ao mês

anterior. IVA: Envio da Declaração Periódica pelos sujeitos passivos do regime normal mensal, relativa às operações efetuadas em junho. Pagamento do imposto apurado na declaração respeitante a junho, pelos sujeitos passivos abrangidos pela periodicidade

feiras internacionais Datas

Designação

País - Cidade

Página web

8 ago. a 14 set.

Feira de S. Mateus

Portugal - Viseu

www.feirasaomateus.pt

15 a 24

35ª Fatacil

Portugal - Lagoa

www.fatacil.com.pt

22 a 24

Agritech Índia

Índia - Bangalore

www.agritechindia.com

22 a 31

Agrival

Portugal - Penafiel

agrival-penafiel.blogspot.pt

23 a 31

Agroruss

Rússia – S. Petersburgo

agroruss.lenexpo.ru

26 a 29

Fenasucro & Agrocana

Brasil - Sertãozinho

www.fenasucro.com.br

28 a 30

FinnMetko

Finlândia - Jamsankoski

www.finnmetko.fi www.spogagafa.com

31 a 2 Set.

Spoga + Gafa

Alemanha - Colónia

12 a 15

Semana Verde da Galiza

Espanha - Silheda

www.semanaverde.es/web

14 a 16

CXIAF

China - Urumqi

www.cxiaf.com.cn

18 a 20

Western Canada Farm Progress

Canadá - Regina

www.wcfps.com

19 a 21

Euroforest

França - Burgundy

www.euroforest.fr

23 a 26

European Biomass Conf. & Exhib.

Alemanha - Hamburgo

www.conference-biomass.com

26 a 29

Inter Agrar

Áustria - Wieselburg

www.messewieselburg.at

26 a 28

Galiforest

Espanha - Galiza

www.galiforest.com

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Calendário

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GAleria de Arte Se tens até 12 anos de idade, concorre e ganha prémios!

Estamos de volta!

O 1º prémio ganha uma T-shirt estampada com desenhos de ‘A vida no campo’ d’abolsamia, feita pelo cartoonista Nelson Martins.

mensal do regime normal. Até ao dia 18: IVA: Entrega Declaração Periódica pelos sujeitos passivos do regime normal trimestral, relativa às operações efetuadas no 2.º trimestre. Pagamento do imposto apurado na declaração respeitante ao 2.º trimestre, pelos sujeitos passivos abrangidos pela periodicidade trimestral do regime normal.

Até ao dia 20: IRC / IRS / Selo:

Até ao dia 25: IVA: Comunicação,

Entrega das importâncias retidas no mês anterior. IVA: Entrega da Declaração Modelo P2 ou da guia Modelo 1074 relativa ao 2.º trimestre. Pagamento do imposto apurado na declaração respeitante ao 2.º trimestre, pelos sujeitos passivos abrangidos pelo regime especial dos pequenos retalhistas.

por transmissão eletrónica de dados, dos elementos das faturas emitidas no mês anterior (Ficheiro SAFT-PT). Até ao dia 31: IUC: Liquidação relativo aos veículos cujo aniversário da matrícula ocorra no presente mês. www.portaldasfinancas.gov.pt

P

ois é! Estamos de volta com o concurso Galeria de Arte. Queremos que nos envies os teus melhores desenhos, bem coloridos e inspirados no que vês no campo! Vai ver os tratores e as máquinas a trabalharem, pega numa folha de tamanho A4 e desenha o que vês. Depois só tens que nos enviar o desenho com os teus dados (nome, idade, morada e email) para a seguinte morada: Rua Nelson P. Neves, lojas 1 e 2- 2670 -338 Loures.

duração dias e noites Dia 1: em Lisboa, o sol nasce às

6h38min e põe-se às 20h48min. • Dia 31: nasce às 7h05min e põe-se às 20h09min. Dia 1: no Porto, o sol nasce às 6h30min e põe-se às 20h51min. • Dia 31: nasce às 7h00min e põe-se às 20h09min. Neste mês os dias diminuem: em Lisboa 1h06min e no Porto 1h12min.

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New Holland 2014

Momentos New-Holland 2014 Retratos do Mundo New-Holland em Portugal de lés-a-lés.

Momentos

New-Holland Jopauto New Holland T4030V

Cliente: Quinta do Vallado - Sociedade Agrícola, Lda. Esq. p/ dir.: Carlos Barreleiro (comercial da Jopauto, SA), Fausto (Caseiro/Tratorista) e António Pinto.

Apolinários Máquinas New Holland T7.270 e T7.210 Cliente: Silvatejo. Localidade: Cortiçóis-Almeirim.

Auto Agrícola Sobralense New Holland Máquina de Vindimar 9040L Cliente: Sérgio Neto (Casa Santos Lima).

Agro Mecânica das Meãs New Holland T7.210 AutoCommand

Cliente: Horizonte do Mondego. Esq. p/ dir.: João Palmar (CNH Industrial Portugal), António Freitas (operador), Armindo Valente (sócio-gerente da empresa Horizonte do Mondego), José Carlos (Agro Mecânica das Meãs).

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Etelgra New Holland T4050

Cliente: Nuno Vacas - Lavre. Esq. p/ dir.: Pedro Rita (Etelgra, Lda) e Nuno Vacas (cliente).


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New Holland 2014

www.facebook.com/NewHollandAgriculture

Flores & Parreira

DB Tractores Agrícolas

New Holland T6.175

Esq. p/dir.: João Palmar (CNH Industrial Portugal), Jorge Machadinho (proprietário),Pedro Machadinho, Agostinho Machado, David Machadinho e Ricardo Machadinho.

Fialho, Correia e Lampreia, Lda

New Holland TD3.50

Sebastião Duarte Ferros e esposa.

SEAC

New Holland CX8000

New Holland T5.115 Electrocommand

Cliente: Sociedade Agrícola Central da Amendoeira. Manuel e Nuno Cavaco.

Esq. p/ dir.: Zé Luciano, filho, nora e neto. Localidade: Bunheiro, Murtosa.

O Prado New Holland T5.95 Electrocommand

Cliente: Paulo Botelho. Esq. p/ dir.: Carlos Massa Flor, Paulo Henrique Botelho, Paulo Botelho, e António Massa Flor (O Prado).

Tractorusseira New Holland T6.160 AutoCommand Carlos Fernandes (Tractorusseira) e Frederico Serafim (cliente).

Apolinários Máquinas New Holland T8.360

Cliente: Luis Miguel Gonçalves. Localidade: Cortiçóis-Almeirim.

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Viana do Castelo • Braga

Máquinas usadas

REGIõES + Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/servimor

Classificados por distrito Os anúncios com este símbolo têm microsite. No microsite das empresas (internet) pode consultar a lista detalhada das máquinas usadas, com preço e foto.

Microsite

www.abolsamia.pt/clientes/silvaepenas

USADOS: Tractores: John Deere 1070 DT (40 cv) (1993) - 8.500€ • Kubota 2250 DT (30 cv) (1987) - 7.500€ • Kubota L345 II DT (40 cv) (1988) - 12.000€

USADOS: Tractores: Fiat 70-66 DT c/ carregador frontal • Lamborghini Crono 55 DT • Motocultivador Goldoni 16 cv c/ reboque e volante

+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/agripalmeira

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julho / agosto 2014 · abolsamia

+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/mecagriminho


Braga • Vila Real

Tractor New Holland 4635 - 13.500€ • Fresa p/ motoenchada • Semeadores: Monosem PNU - 3.250€ • Nodet 2.50 mts - 2.000€ • Sulky 3N - 1.250€ • Plantador hort. Monosem 2F - 1.000€ • Distribuidores adubo: Nodet - 1.750€ • Sulky DPAX1503 - 1.500€ • Reboque auto-carregador Poettinger 2.250€ • Reboque Galucho 5000 - 2.000€ • Reb. espalhadores estrume: 9800 - 2.250€ • Herculano 4000 - 4.000€ • Volta-fenos: Deutz-Fahr - 950€ • Morra H2M (p/ peças) • Vicon Fanex 522 - 2.300€ • Colhedores p/ milho: Benac - 1.500€ • PZ - 800€ • Abre-valas: Agrobig - 1.695€ • Debulhadora Alma - 2.000€ • Mais máquinas e peças em stock • Consulte-nos

+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/anibalmacedo

Tractores: Deutz-Fahr 4807 c/ alfaias • Ford 3000 - 3.000€ • New Holland TD90D DT 16.500€ • New Holland TS110 DT c/ cab. • Shibaura SE2500 c/ fresa - 5.350€ • Valtra 6400 DT (1994) • Valtra 6400 DT (2003) • Valtra 8150 DT c/ grua e reboque florestal • Valtra A 85 DT - 22.500€ • Valtra A75 c/ cab.

USADOS: (2x) Corta-silos Agrovil • Semeador pneumático p/ erva • Tractores: Carraro 8000 • DeutzFahr Agroplus 70 DT

+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/adj

Tractores: Agrifull 55C - 9.500€ • Case IH JX95 • Fiat 465C - 8.000€ • Goldoni Star 3050 - 11.000€ • Itma C60 - 8.500€ • Jinma 244E 6.250€ • Kubota L1501DT - 3.850€ • Kubota ZB1400 - 4.500€ • Lamborghini Runner 450 DT - 10.500€ • Massey Ferguson 274C - 15.000€ • Valpadana 300 DT - 3.500€ • Várias alfaias usadas em stock - Consulte-nos antes de comprar

+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/repoutiz

+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/alfaidouro

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Vila Real • Bragança • Porto

directório de empresas importadores e fabricantes

abolsamia.pt

Tractores: David Brown 1190 - 3.000€ • Ford 3910 DT c/ car. fr. • Kioti LX500L c/ 138 h. - 14.500€ • Landini 4035 DT • Landini 6060 DT - 13.000€ • Landini 6860 DT c/ car. fr. - 15.500€ • Landini Powerfarm 85 • McCormick MTX 125 - 24.800€ • Vasto stock de alfaias usadas - Consulte-nos

Consulte em www.abolsamia.pt/products.php

+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/acastanheira

+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/alonsosebranco

Tractores: Ford 6600 • Goldoni C75 (rastos) • International A480 • Lamborghini R235 DT • Massey Ferguson 134C (rastos) • Massey Ferguson 135 • (2x) New Holland 55-85 (rastos) • New Holland 72-85 (rastos) • New Holland TK65V (rastos) • New Holland TN55 DT • New Holland TN60VA DT • New Holland TN70A DT, c/ car. fr. • New Holland TN85A DT • New Holland TN95A DT • Same Silver 80 DT • Corta-forragem JF FH1300 • Enfardadeiras: Fiatagri 8500 • Galignani 2600

USADOS: Tractores: Ford 6600 • Kubota L345 DT • Kubota M85 c/ cab. • Retroescavadora Komatsu (totalmente reparada)

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Porto

+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/tractorave

+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/adelinolopes

abolsamia 路 julho / agosto 2014

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Porto • Aveiro

Tractores usados: Agrifull 40 • Daedong T2600 DT • Fiat 35-66 • Ford 1700 • John Deere 6620 • Kioti CK35 • Lamborghini R235 DT • Massey Ferguson 1230 DT • Massey Ferguson 165 • Massey Ferguson 253 • Pasquali 956/603 • Toselli rastos • Ursus 3512 • Yanmar KE160

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julho / agosto 2014 · abolsamia

Tractores usados: Agria 9900 • John Deere 1020 • Mitsubishi MT270 D

USADOS: Tractores: Carraro 7.1000.2 • UTB 300 DT c/ alfaias e reboque • Yanmar 246D • Semeadores: Gaspardo SP520 • Sulky 2,50 mts • Fresa Galucho FR2200


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Renault Ares 550 • 18.500,00 €

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Massey-Ferguson 174F • 7.000,00 €

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Colaboração da Mat Cichy (França)

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Aveiro

+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/danielmota

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julho / agosto 2014 路 abolsamia


Viseu • Guarda • Coimbra

Microsite

www.abolsamia.pt/clientes/mota

Usados: • Tractor Ford 34-35 • Reboque Galucho 35 GAEE 50

Usados: Claas Ares 616 RZ • Fiat 450 V • Fiat 480 • Fiat 640 • Ford 1900 • Hürlimann Prince 435 DT • John Deere 2650 • Kubota B7001 • Landini DT 8860 • Massey Ferguson 165 • New Holland TN 55 • Same Falcon • Same Falcon 50 • Same Solar 50 • Same Solaris 35 • Shibaura 2240

+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/mta

abolsamia · julho / agosto 2014

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Coimbra

USADOS: Tractores: Deutz-Fahr D5006 • Ford 6640 DT • Hürlimann H305 XE DT • Iseki 321 DT • Landini 5500 • New Holland 70-56 DT • Shibaura SP6040 DT turbo

USADOS: Tractores: Ebro 6040 • John Deere 6430 c/ cab. • Same Delfino 35 • Grade de Discos Galucho 18x20” hid.

Microsite

www.abolsamia.pt/clientes/agrisoure

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julho / agosto 2014 · abolsamia


Coimbra • Castelo Branco • Leiria

Tractores: Branson 2100 (2014) - 10.000€ • Ferrari 30 cv articulado - 2.350€ • Hinomoto E23 c/ fresa - 3.400€ • Iseki TU1700 - 4.250€ • Mitsubishi MT210D - 6.750€ • Same Falcom 50 - 4.000€

USADOS: Auto-carregadores: Timberjack 1110 (6 rodas) • Timberjack 1410D • Timberjack 230 • Máquinas de corte: Timberjack 1270 A • Timberjack 870 B • Máquinas de Rechega: Timberjack 1110 D • Timberjack 1110C (8 rodas) • Skiders: Timberjack 225 • Timberjack 240 B c/ pinças • Tractor Massey Ferguson 298 DT c/ guincho

+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/novapercampo

+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/pccondeixa

Tractores: Goldoni 921 DT - 3.750€ • Iseki TU 1701 - 4.000€ • Kubota L245 3.250€ • Massey Ferguson 165 - 4.250€ • Same Explorer 70 DT - 9.750€ • Shibaura 215 DT • Valtra T130 c/ reboque e grua

USADOS: Tractores: David Brown 990 • Ford 1710 • Ford 4610 • Tractocarro Agric • Retroescavadora p/ tractor + 60 cv

+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/silvagriauto

USADOS Tractores: Tractor Fendt 614 LS Turbomatik • Fiat 750 • Massey Ferguson 595 • Arrancadores de batata • Cabina • Cavadora • Ceifeiras debulhadoras • Charruas • Chisel • Corta-silos • Encordoador de feno • Enfardadeiras • Ensiladoras • Espalhador de estrume • Estilhaçador • Frentes de cereal • Frentes de milho • Fresas • Gadanheira de discos • Grade de bicos • Grua industrial • Pá niveladora • Plantador • Pneus agrícolas • Porta-paletes • Pulverizadores • Reboques espalhador de estrume • Retroescavadora para tractor • Rotorfresa • Rototerras • Semeador • Triturador de palha • Unifeeds • Volta-fenos • Veículos comerciais

+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/maquifetal

abolsamia · julho / agosto 2014

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Leiria

USADOS: Tractores: Antonio Carraro Tigrone 5000 • Bertolini 433 • Carraro 7.1000 4F • Carraro 8.1000 4F • Landini Rex 100F (semi-novo) • Shibaura SE2240 • Shibaura SL1643 (1998) - 3.800€

Tractor Pasquali 956 - 2.800€ • Charruas: Galucho 1F 10/12 90º - 650€ • Galucho 1F 17x90 - 700€ • 3F vinhat. - 350€ • Escarificador Joper 5D - 450€ • Fresas: Goldoni 21M - 400€ • Goldoni 22M - 400€ • Joper JFO-D 1,4 mts - 800€ • Pasquali 1,20 mts - 750€ • Valpadana 80cm - 450€ • Pulverizadores: Paulject 200 L - 600€ • Rocha 300 L c/ turbina - 1.400€ • Rocha 400 L c/ turbina - 1.750€ • Tomix 200 L c/ turbina - 1.100€ • Reboque 1200 kg - 550€

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Tractor MF 390 DT • Ceifeiras debulhadoras: Fiatagri 3350 (M/T) • Fiatagri L521 • John Deere 6920 S • Laverda 3700 • Enfardadeira Fiatagri rolos • Ensiladora John Deere 5460 • Frentes de cereal: 6 L • Laverda L575 • Moresil 5 linhas • Gadanheira Vicon 8 discos • Gadanheira condicionadora 2,80 mts • Reboque 18.000 kg + Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/imapal

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USADOS Tractores: Agrifull A80 DT - 9.500€ • Carraro 80F • Ford 1920 DT - 7.500€ • Ford 2910 - 6.500€ • Ford 3600 • John Deere 1550 - 6.000€ • Landini 4500 (rastos) - 4.500€ • Landini 6500 - 4.500€ • New Holland TN60A STD DT - 16.000€ • New Holland TS100 - 15.500€ • Renault 461 - 4.000€ • Corta-mato Joper CM 1500 - 1.400€ • Distribuidor de adubo Vicon PS303 800€ • Pulverizador Rocha 600 L - 1.500€ • Reboque Galucho 5T • Retroescavadora New Holland NH95 - 12.000€

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Leiria • Santarém

USADOS Tractor Fendt 211 Vario • Charruas: Huard 3F • Fresas: 3,00 mts • Joper 2,30 mts • Rototerras: Lemken Zircon 300 • Maschio D11 • Pulverizador Amazone UF901 • Semeador Nodet 3,00 mts • Mais alfaias usadas em stock - Consulte-nos

USADOS Tractores: Lamborghini 1106 DT • Lamborghini Crono 564-60 • Massey Ferguson 165 • Massey Ferguson 274C (rastos) • UTB DT c/ car. fr. • Valmet 6400 DT c/ car. fr. Tenias • Charruas: Galucho 1F-90º • Kverneland EG160-8 4F Non-Stop • Kverneland EG240-8 Non-Stop

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USADOS • TRATORES: Barreiros 70 • Case-IH: 285 - 585 DT • DF: 5506 - 8006 DT • Fendt 309 DT • Ford: 4600 - 4830 • JD: 2030 - 2250 DT - 3040 • Landini 10000 • MF: 3630 DT • NH: TN 85A DT - TN60A DT - T4050 DT • Same: Frutteto 75 DT - Explorer 90C R - Silver 80 DT - Silver 110 DT • Universal 445 • MINI-ESCAVADORA: Bobcat LS170 • RETROESCAVADORAS: Case 580 Super K • MF 50 • EMPILHADORES: Isuzu 2,5 t (diesel) • Manitou: 2 t (diesel) - MB 3 t (diesel) • ÚLTIMAS AQUISIÇÕES P/ PEÇAS: Tratores: Case-IH CS • DF: Agroplus 85 DT - Dx 3.50 DT - Agrotron 130 • Ebro 6079 DT • Fendt: 280 - 307 DT - 308 DT • Fiat: 35-66 DT - 45-66 DT - 60-66 DT - 80-66 DT 100-90 DT - 110-90 DT • Ford: 1720 DT - 2600 - 5640 DT - 6610 - 7740 DT • Hinomoto C144 DT - C174 • Hürlimann: Prince 45 DT - XA306 DT • Iseki 4320 DT • JD: 946 DT - 3040 DT - 3350 DT - 4400 DT - 5500 DT - 6100 - 6300 DT - 6620 DT - 6800 • Kubota: L285 - L2550 DT • Lamborghini: 235 - Premium 950 DT - 874-90 DT • Landini: 65 DTF - Globus 60 - Trecker 55 (rastos) - 8860 DT • MF: 174 DT - 3650 DT - 396 TC (rastos) - 1030 - 2640 DT - 3090 DT - 4270 DT - 6180 DT • NH: TDD90D - TS115A DT - M100 DT - M160 DT - TNF95 DT - TL90 DT • Renault 120-54 DT • Same: Solar 60 DT - Laser 110 DT - Solaris 45 DT - Delfino 35 DT - Laser 150 DT - Minitaurus - Argon 50 DT Dorado 70 DT - Rock 60 (rastos) • Steyr: 9094 DT - 975 DT • Valmet: T130 DT - 455 DT - 655 DT - 805 DT - 6400 DT - 8000 DT • Yanmar 336D DT – 241 • Telescópicas: JCB 525-67 • Manitou MLA 627 Maniscopic • Retros: Case: 580 G - 580 Super K • CAT 428 • Fermec 860 DT • JCB 3CX • Komatsu WB97R • NH LB110 DT • Eixos: Merlo tracção

Charruas: 1F-20” p/ vinha • Galucho 1F-17” • Galucho 2F-12” • Galucho 2F-13 hid. • (2x) Galucho 3F-13” hid. • Galucho 3F-16” • Charrua de discos Galucho vinhateira • Escarificadores: Galucho 5 D • Galucho 9 D • Fresa Joper 1,40 mts descentrada • Grades de discos: 7D p/ vinha • 4 corpos em X • Galucho 18D • Galucho GLHR 24x24” • Multifresa 3 linhas c/ rolos p/ tomate • Mais alfaias usadas em stock - Consulte-nos

Tractores: Agrifull 50 S DT (1993) - 10.000€ • Ford 2000 - 3.250€ • John Deere 6420 (2005) - 23.500€ • Yanmar F16D c/ fresa 4.000€ • Vasto stock de alfaias usadas de todos os tipos - Consulte-nos

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USADOS: Tractores: Agrifull A80 DT • Carraro 80F • Ford: 1920 DT • 2910 • 3600 • John Deere 1550 • Landini: 4500 (rastos) • 6500 • New Holland: TN60 A STD DT • TS100 • Renault 461

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Santarém

USADOS: Tractores: Deutz-Fahr Agrotron 85 MKII - 17.500€ • Ford 7610 DT - 12.500€ • Ford 7840 - 15.000€ • Ford 7840 - 15.000€ • Ford 8240 - 15.000€ • Lamborghini 110 DT - 12.500€ • Massey Ferguson 4245 - 15.000€ • New Holland M135 - 15.000€ • Cisterna Joper C8000DE - 8.500€ • Distribuidor de adubo Euro Spring - 1.500€ • Ensiladora JF - 2.000€ • Semeador Solá 19 L p/ cereal - 2.000€ • Semeador de batatas 2 linhas - 3.500€

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USADOS: Tractores: Fendt 308 LSA Turbomatik • Fendt 412 Vario • Fendt 712 Vario • Fendt Xilon 524 • John Deere 5100 • John Deere 6430 Premium • John Deere 6920S • John Deere 7810 • New Holland T7040 • New Holland TS 125 A • Renault Temis 610X • Valtra N163 • Charruas: Galucho 5F • Galucho CHF 4F • Kverneland VD85 • Reboque Galucho SFV-5T • Reboque auto-carregador Claas 6800P • Distribuidor de adubo Solá 3000 L • Semeador Agricola Italiana 2L • Carregador frontal Tenias • Depósito Rau 200L • Mais máquinas e alfaias usadas em bom estado - Consulte-nos antes comprar

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USADOS Tractor Hürlimann XT909 c/ car. fr. Tenias B3 • Grade de Discos Herculano HVR 22x26”

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julho / agosto 2014 · abolsamia


Santarém • Lisboa

USADOS: Reboques: Herculano D1ET10000 • Joper 10.000 kg • Colhedora de batata Barigelli Universal T • Pulverizador Hardi NK600 c/ barra • Transplantador Checchi & Magli Wolf 2 • Charrua Galucho Europa CHF 4-12/18 • Destroçador Kuhn BNG270 (2,7 mts) • Grade de discos Galucho GAHR 32x26” • Rototerra Rau RWP 30 • Ceifeira debulhadora John Deere 1075 (p/ peças)

Tractores: Massey Ferguson 135 (1970) • Massey Ferguson 188 (1972) • Same Argon 70 (2008) • Same Delfino 35 DT (1988) • Same Silver 80 DT (1999) • Satoh S750D (1979)

USADOS: Tractores: Ford 2000 - 2.500€ • John Deere 1850 DT (1989) - 10.000€ • Kubota L185 • Shibaura S330 DT (1998) - 9.000€

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USADOS: Tractores: Iseki TE3210F DT c/ fresa • Iseki TH 4290 c/ 570 h. • Landini Rex 80 DT c/ fresa e triturador • Motocultivador 10 cv c/ fresa e charrua • Motoenxada 8 cv (diesel) • Charrua Ribatejo 2F-10”

USADOS - Tractores: John Deere 6120 • John Deere 6920S • John Deere 7530 AutoQuad • John Deere 7930 AutoPower • John Deere 8200 • McCormick MTX 135 (2005) • New Holland T4050 F (2009) • New Holland TN85FA • Enfardadeiras: McHale Fusion c/ plastificador (2005) • New Holland BB9060 c/ CropCuter (2012) • Gadanheira Claas Disco 3100 FC • Telescópica JCB 530-70

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Lisboa

USADOS: Tractor Deutz-Fahr 80 cv c/ cabina A/C e carregador frontal • Enfardadeira Welger D4000 (fardos grandes) • Fresa Joper 2,40 mts

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USADOS: Tractores: Agrifull • Carraro F80 • Deutz-Fahr Agrotron K110 • Fiat 605 (rastos) • Goldoni 933 S • Hürlimann XF481 • Iseki TS3110 • John Deere 5510 • Lamborghini Plus 75 • Landini 6830 DT • MF: 1260 - 8130 • Same: Antares 130 - Centurion 75 DT - Delfino 35 DT - Frutteto 275

USADOS: • Tractores: David Brown 990 • New Holland TN90 F • Same Delfino 35 DT • Escarificador Galucho 9B • Fresa Galucho FNL 14/16 c/ rodas e abre-regos • Motocultivador Pasquali 14 cv • Pulverizadores: 1500 L (rebocável) • 200 L c/ turbina • Tomix 200 L • Reboques: Galucho 3000 kg (basculante) • Galucho 3500 kg (tribasculante) • Vindimadora Pellenc 3050 c/ garantia

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USADOS: Tractores: International 434 • International 484 • Cavadora Gramegna 1,70 mts • Pulverizador 2000 L (rebocável) • Reboque espalhador de estrume 6000 kg

Tractores: Case-IH JX 1090 U • Claas 456 RX • David Brown 885V • David Brown 995 • Fiat 100-55 (rastos) • Fiat 450 V • (2x) Fiat 70-65 (rastos) • Lamborghini C553 (rastos) • Massey Ferguson 1260 DT • Same Explorer II 90 DT • Same Frutteto 75

USADOS: Tractor New Holland TN75F c/ cabina (1999) • Grade de discos Galucho A2CP 22-24” • Alfaias usadas em stock Consulte-nos antes de comprar

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julho / agosto 2014 · abolsamia


Lisboa • Setúbal

Tractores usados: • Case-IH 733 DT • David Brown 880 • David Brown 995 • Landini 75 cv • Massey Ferguson 135 • Massey Ferguson 165 • M. Ferguson 35X • Renault 60

Tractores: Case-IH 845 DT • Fiatagri L75 DT c/ cab. • Ford 7600 • Lamborghini R503 DT • New Holland 55-86 DTF • New Holland TCE50 • New Holland TN75 F c/ cab. A/C • Same Solaris 50 DT • Cavadora Gramegna 6 pás • Reboque espalhador de estrume Galucho 5 ton. c/ porta hidráulica.

USADOS: Charruas: Galucho 1F-13” 45º • Galucho 1F-13” 45º • Despampanadeiras: IDavid • Terral hidr. • Intercepas Spedo • Pulverizador Tomix 300 L • Reboque cisterna Bauer 4000 L • Tractor Hürlimann 6115 c/ cab.

USADOS: Motoenxada Honda F560 • Semeador Monosem 4 L • Tractocarro UFO

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Setúbal • Évora

USADOS: Tractores: John Deere 2450 DT c/ car. fr. - 11.500€ • Universal 643 DT (2001) - 6.500€ • Carregador frontal John Deere 6680 4XD/II - 6.800€ • Enfardadeira Claas Rollant 250 Roto Cut (2000) - 11.800€

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Mercado agrícola USADOS: Tractores: Case-IH 845 DT • Deutz-Fahr Agrotron K110 DT • Ebro 470 • Massey Ferguson 290 c/ car. fr. • Massey Ferguson 375 c/ car. fr. • Charrua Kverneland EG 4F • Grades de discos: Galucho GLHR 22x24” • Galucho GLHR 24x26” • Galucho GPR 16x28” c/ rodas • Escarificadores: Galucho E-13D • Galucho E-9D • Rolos-destorroadores: Fialho 3 mts • Fialho 4 mts • Destroçador Berti 1,80 m • Gadanheira condicionadora New Holland 447 • Reboque Fialho 6500 kg (basculante)

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Évora • Beja

USADOS Tractores: Kubota M5030 DT (6 cilindros) • Same Dorado 85 DT c/ cab. A/C USADOS: Tractores: Deutz-Fahr Agrokid 45 DT • Massey Ferguson 210 • Massey Ferguson 394 DTS • Tractor Renault 80-14 F • Renault Ceres 330 DT

Tractores: Fendt 312 - 17.500€ • Fiat 55-56 - 9.500€ • Fiat 80-66 - 8.250€ • John Deere 2850 - 11.000€ • John Deere 3650 - 6.000€ • John Deere 5075E - 17.500€ • John Deere 5100 GF Super Star - 30.000€ • John Deere 5215 - 18.500€ • John Deere 6110 - 12.500€ • John Deere 6110P - 17.500€ • John Deere 6220 basic - 16.500€ • John Deere 6310 9.500€ • John Deere 6310 - 9.500€ • John Deere 6320 Premium - 25.000€ • John Deere 6420 SE - 27.500€ • John Deere 6520SE - 30.000€ • Massey Ferguson 4245 - 19.990€ • Massey Ferguson 4270 - 19.990€ • New Holland TM155 32.500€ • New Holland TN75F - 13.500€ • New Holland TS100A - 19.990€ • Same Antares 100 Vasto stock de alfaias usadas

Máquinas usadas: Tractor: Valmet 862

USADOS: Tractor Fiat 80-90 DT Tractor Same Panther 70 cv Tractores: Deutz-Fahr DX 4.70 • Hürlimann H478 Prestige • Atomizador Fede 2000 L • Charrua Galucho CH2-16 H • Compressor Berardinucci p/ 8 tesouras • Semeador Monosem 4 L • Unifeed Luclar Titan 17 • Vibrador Berardinucci Tornado • Volta-fenos: Fella TS 455 • Kuhn GA 7822 + Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/agrivilhena

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Beja TRACTORES: Agrifull: 110 DT - 12.500€ • 140 - 8.000€ • 65 DT - 8.500€ • 80 - 6.500€ • 80 DT • 80 DT 12.000€ • Carraro 920 - 7.500€ • Case-IH: 1125 - 7.500€ • 1394 DT - 5.000€ • 70 cv c/ car. fr. Galucho - 8.000€ • 7455 - 7.500€ • 90 cv - 9.000€ • 955 - 6.000€ • Caterpillar: D3 (rastos) - 9.000€ • D4D (rastos) - 7.000€ • D5D (rastos) - 10.000€ • Deutz-Fahr: 110 cv c/ car. fr. - 10.000€ • 130 cv c/ cab. - 8.000€ • 70 cv - 8.000€ • 7806 DT - 7.000€ • D40 S - 1.500€ • Ebro: 1025 - 7.000€ • 684 - 1.000€ • Fiat: 110-90 c/ cab. A/C - 17.000€ • 140-90 c/ cab. A/C - 17.500€ • 420 - 2.000€ • 55-65 R • 80-66 - 10.000€ • 80-66 DT • 90-90 - 11.000€ • 90C (rastos) - 15.000€ • Fiatagri 140-90 c/ cabina • Ford: 5000 - 2.500€ • 5610 DT - 10.000€ • 5610 DT - 10.000€ • 6600 3.000€ • 6610 - 7.000€ • 6610 DT - 6.000€ • 6810 DT - 6.000€ • 7600 DT - 5.500€ • 7610 • 7610 DT - 6.000€ • 7610 DT - 10.000€ • 8210 • 8210 - 10.000€ • TW 25 - 5.000€ • International 745-S • Itma 80 cv (rastos) - 5.500€ • John Deere: 2030 • 2130 - 2.500€ • 2850 • 3040 - 5.000€ • 3150 • 3350 - 10.000€ • Lamborghini: 106 - 7.500€ • 80 cv (rastos) - 10.000€ • 874-90 - 12.000€ • Landini 7680 - 7.500€ • Massey Ferguson: 390 DT - 10.000€ • 4370 DT • New Holland: 6640 • 80-66 DT - 15.000€ • 8670 • 8670 c/ cab. A/C - 30.000€ • TD90D • TK100 (rastos) - 20.000€ • TL100 - 17.500€ • TL100 c/ cab. A/C - 20.000€ • TM165 • Renault: 120 cv - 10.000€ • 95 cv c/ cab. A/C - 10.000€ • Same: 100 - 6.000€ • 70 cv - 5.000€ • 80 cv - 5.000€ • 85 cv - 5.000€ • 95 cv 7.500€ • Valmet 1180 - 15.000€ • Zetor: 70 cv - 5.000€ • 80 cv - 5.000€ CEIFEIRAS DEBULHADORAS: Case-IH 1440 - 20.000€ • Claas 68 (rastos) (A) - 7.500€ • Fiatagri 3500 (rastos) (A) - 10.000€ • John Deere: 1055 - 12.500€ • 1075 - 12.500€ • Laverda: 112 (rastos) (A) - 7.500€ • 132 (rastos) (A) - 7.500€ • 3400 - 15.000€ • 3650 - 15.000€ • M100 - 10.000€ • M120 - 4.000€ • M132 - 10.000€ • M152 - 10.000€ • New Holland: 8040 - 10.000€ • 8050 - 12.500€ • 8050 (rastos) (A) - 7.500€

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USADOS: Tractores: Case-IH 5150 (1997) • Claas Ares 697 ATZ (2007) • Claas Arion 640 (2008) • Fendt Farmer 310 LSA turbo (1987) • Ford 7610 (1989) c/ car. fr. • John Deere 2140 • Charruas: Galucho CH 2F-16” H. • Joper vinhateira • Nardi • Fresa Galucho hidráulica • Grade de discos Galucho GVL36x28” (2008) • Semeadores: Solá Super Combi 194 (2005) • Solá Super Combi 888 (1998) • Amazone Primera • Galucho SD 4000 • Mais alfaias e máquinas usadas em stock

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Faro • Açores • Europa • Máquinas Indústriais

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USADOS: Tractores: Fiat 480 • Massey Ferguson 135 • Massey Ferguson 35 X • Charrua Safisal 2F-10 • Fresa Galucho FN1700 • Mais máquinas usadas em stock - Consulte-nos

USADOS: Tractor Ford 8210 + Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/automecaalvorgense

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GAleria de Arte Se tens até 12 anos de idade, participA ENVIando os teus desenhos.

O 1º prémio ganha uma T-shirt estampada com desenhos de ‘A vida no campo’ d’abolsamia, feita pelo cartoonista Nelson Martins.

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julho / agosto 2014 · abolsamia

Estamos de volta!

Pois é! Estamos de volta com o concurso Galeria de Arte. Queremos que nos envies os teus melhores desenhos, bem coloridos e inspirados no que vês no campo! Vai ver os tratores e as máquinas a trabalharem, pega numa folha de tamanho A4 e desenha o que vês. Depois só tens que nos enviar o desenho com os teus dados (nome, idade, morada e email) para a seguinte morada: R. Nelson P. Neves, lj 1 e 2- 2670 -338 Loures.


abolsamia 路 julho / agosto 2014

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Assine a Ruminantes a revista da agro-pecuária

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