abolsamia 101

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MÁQUINAS AGRÍCOLAS

abolsamia.pt

A revista dedicada à mecanização agrícola

Nº 101

Auto agrícola sobralense

“Não somos melhores nem piores. Somos diferentes!”

Dia de Portas abertas

Francisco Penedo

Num início de abril que começou chuvoso, até o São Pedro ajudou para que a tradição se cumprisse de novo e a festa da Auto Agrícola Sobralense (AAS) se realizasse com o êxito de sempre.

Sementeira de precisão com Section Control Testemunho de João Banza, utilizador de um Horsch Maestro 8.80 CC

Gerir um parque de máquinas

Como decidir a compra ou aluguer dos equipamentos

New Holland

Apresenta novos T5 e T6

EXEMPLAR DE OFERTA

PowerShift versus CVT

EXEMPLAR DE OFERTA

Ano XXIII . Nº 101 Ano maio XXII . /Nºjunho 99 | 2016 Dez.‘15 / Fev. ‘16 Diretor de Gusmão Diretor NunoNuno de Gusmão | € 6,00 Cont. € 6,00 Cont. ISSN 2183-7023

Transmissões de tratores

COMPRA E VENDA DE MÁQUINAS USADAS MAIS DE 1.500 EQUIPAMENTOS • PÁGS. 96 a 112 • Mais em www.abolsamia.pt

Francisco Penedo, Gerente da AAS

E assim, no dia 2 de abril que foi um sábado, cerca de 600 pessoas, entre clientes, fornecedores e amigos da Casa, estiveram reunidas em mais um evento de Portas Abertas que Francisco Penedo e os seus irmãos fazem questão de realizar todos os anos, já desde o tempo em que Pedro Rocha Penedo, seu pai e fundador da empresa, era vivo. Sobre a importância deste tipo de iniciativas, Francisco não tem dúvidas: “Esta é uma ação muito importante que todos os concessionários devem fazer, e nós não fugimos à regra. É uma altura em que podemos conversar com os clientes sobre várias situações que não só os tratores, estreitar relações, e em que podemos

...uns têm, outros gostavam de ter... Esta é a frase que Francisco Penedo mandou registar num autocolante com o logótipo da New Holland, e que faz questão de colar em todas as unidades que saem da Sobralense. Porque, como nos contou, sente orgulho na marca que representa e pelo facto de a sua empresa também contribuir para o sucesso que a marca tem alcançado: “A New Holland é uma marca líder europeia, e mundial, e eu sinto-me vaidoso quando vejo a marca lá fora e digo para mim próprio que somos um bocadinho do que ali está. É gratificante.” Apesar de as vendas não estarem a um ritmo tão bom como o dos últimos anos, sobretudo devido ao atraso na aprovação dos projetos, o responsável da Sobralense considera que dispõe ainda assim de alguma vantagem face a outras marcas do mercado: “Contamos com uma campanha muito convidativa, são 7 anos sem juros. Nessa área não temos concorrência que nos combata.” A equipa da AAS uma empresa familiar fundada em 1974 por Pedro Rocha Penedo e Estefânia Penedo, continuada aos dias de hoje pelos seus filhos.

aproveitar para lhes mostrar produtos novos. É uma ocasião importantíssima para o sucesso do negócio, mais tarde ou mais cedo vemos o retorno destas iniciativas.” Por outro lado, como fez questão de realçar, “esta é também uma oportunidade para estarmos com os nossos fornecedores, que hoje fizeram questão de aqui estar, nomeadamente a New Holland que é o nosso principal parceiro, mas também a Cabena, a Expansão, a Felco, a Galucho, a Herkulis, a Herculano, a Joper, a Stagric e a Petronas, para além da financeira com quem trabalhamos, o BNP Paribas.” Um dos momentos altos do dia foi, aliás, um sorteio bem recheado de equipamentos simpaticamente disponibilizados por cada um dos fornecedores presentes neste evento.


MÁQUINAS AGRÍCOLAS

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A revista dedicada à mecanização agrícola

Nº 101

Auto agrícola sobralense

“Não somos melhores nem piores. Somos diferentes!”

Dia de Portas abertas

Francisco Penedo

Num início de abril que começou chuvoso, até o São Pedro ajudou para que a tradição se cumprisse de novo e a festa da Auto Agrícola Sobralense (AAS) se realizasse com o êxito de sempre.

Sementeira de precisão com Section Control Testemunho de João Banza, utilizador de um Horsch Maestro 8.80 CC

Gerir um parque de máquinas

Como decidir a compra ou aluguer dos equipamentos

New Holland

Apresenta novos T5 e T6

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PowerShift versus CVT

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Ano XXIII . Nº 101 Ano maio XXII . /Nºjunho 99 | 2016 Dez.‘15 / Fev. ‘16 Diretor de Gusmão Diretor NunoNuno de Gusmão | € 6,00 Cont. € 6,00 Cont. ISSN 2183-7023

Transmissões de tratores

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Francisco Penedo, Gerente da AAS

E assim, no dia 2 de abril que foi um sábado, cerca de 600 pessoas, entre clientes, fornecedores e amigos da Casa, estiveram reunidas em mais um evento de Portas Abertas que Francisco Penedo e os seus irmãos fazem questão de realizar todos os anos, já desde o tempo em que Pedro Rocha Penedo, seu pai e fundador da empresa, era vivo. Sobre a importância deste tipo de iniciativas, Francisco não tem dúvidas: “Esta é uma ação muito importante que todos os concessionários devem fazer, e nós não fugimos à regra. É uma altura em que podemos conversar com os clientes sobre várias situações que não só os tratores, estreitar relações, e em que podemos

...uns têm, outros gostavam de ter... Esta é a frase que Francisco Penedo mandou registar num autocolante com o logótipo da New Holland, e que faz questão de colar em todas as unidades que saem da Sobralense. Porque, como nos contou, sente orgulho na marca que representa e pelo facto de a sua empresa também contribuir para o sucesso que a marca tem alcançado: “A New Holland é uma marca líder europeia, e mundial, e eu sinto-me vaidoso quando vejo a marca lá fora e digo para mim próprio que somos um bocadinho do que ali está. É gratificante.” Apesar de as vendas não estarem a um ritmo tão bom como o dos últimos anos, sobretudo devido ao atraso na aprovação dos projetos, o responsável da Sobralense considera que dispõe ainda assim de alguma vantagem face a outras marcas do mercado: “Contamos com uma campanha muito convidativa, são 7 anos sem juros. Nessa área não temos concorrência que nos combata.” A equipa da AAS uma empresa familiar fundada em 1974 por Pedro Rocha Penedo e Estefânia Penedo, continuada aos dias de hoje pelos seus filhos.

aproveitar para lhes mostrar produtos novos. É uma ocasião importantíssima para o sucesso do negócio, mais tarde ou mais cedo vemos o retorno destas iniciativas.” Por outro lado, como fez questão de realçar, “esta é também uma oportunidade para estarmos com os nossos fornecedores, que hoje fizeram questão de aqui estar, nomeadamente a New Holland que é o nosso principal parceiro, mas também a Cabena, a Expansão, a Felco, a Galucho, a Herkulis, a Herculano, a Joper, a Stagric e a Petronas, para além da financeira com quem trabalhamos, o BNP Paribas.” Um dos momentos altos do dia foi, aliás, um sorteio bem recheado de equipamentos simpaticamente disponibilizados por cada um dos fornecedores presentes neste evento.


MÁQUINAS AGRÍCOLAS

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A revista dedicada à mecanização agrícola

Nº 101

Auto agrícola sobralense

“Não somos melhores nem piores. Somos diferentes!”

Dia de Portas abertas

Francisco Penedo

Num início de abril que começou chuvoso, até o São Pedro ajudou para que a tradição se cumprisse de novo e a festa da Auto Agrícola Sobralense (AAS) se realizasse com o êxito de sempre.

Sementeira de precisão com Section Control Testemunho de João Banza, utilizador de um Horsch Maestro 8.80 CC

Gerir um parque de máquinas

Como decidir a compra ou aluguer dos equipamentos

New Holland

Apresenta novos T5 e T6

EXEMPLAR DE OFERTA

PowerShift versus CVT

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Ano XXIII . Nº 101 Ano maio XXII . /Nºjunho 99 | 2016 Dez.‘15 / Fev. ‘16 Diretor de Gusmão Diretor NunoNuno de Gusmão | € 6,00 Cont. € 6,00 Cont. ISSN 2183-7023

Transmissões de tratores

COMPRA E VENDA DE MÁQUINAS USADAS MAIS DE 1.500 EQUIPAMENTOS • PÁGS. 96 a 112 • Mais em www.abolsamia.pt

Francisco Penedo, Gerente da AAS

E assim, no dia 2 de abril que foi um sábado, cerca de 600 pessoas, entre clientes, fornecedores e amigos da Casa, estiveram reunidas em mais um evento de Portas Abertas que Francisco Penedo e os seus irmãos fazem questão de realizar todos os anos, já desde o tempo em que Pedro Rocha Penedo, seu pai e fundador da empresa, era vivo. Sobre a importância deste tipo de iniciativas, Francisco não tem dúvidas: “Esta é uma ação muito importante que todos os concessionários devem fazer, e nós não fugimos à regra. É uma altura em que podemos conversar com os clientes sobre várias situações que não só os tratores, estreitar relações, e em que podemos

...uns têm, outros gostavam de ter... Esta é a frase que Francisco Penedo mandou registar num autocolante com o logótipo da New Holland, e que faz questão de colar em todas as unidades que saem da Sobralense. Porque, como nos contou, sente orgulho na marca que representa e pelo facto de a sua empresa também contribuir para o sucesso que a marca tem alcançado: “A New Holland é uma marca líder europeia, e mundial, e eu sinto-me vaidoso quando vejo a marca lá fora e digo para mim próprio que somos um bocadinho do que ali está. É gratificante.” Apesar de as vendas não estarem a um ritmo tão bom como o dos últimos anos, sobretudo devido ao atraso na aprovação dos projetos, o responsável da Sobralense considera que dispõe ainda assim de alguma vantagem face a outras marcas do mercado: “Contamos com uma campanha muito convidativa, são 7 anos sem juros. Nessa área não temos concorrência que nos combata.” A equipa da AAS uma empresa familiar fundada em 1974 por Pedro Rocha Penedo e Estefânia Penedo, continuada aos dias de hoje pelos seus filhos.

aproveitar para lhes mostrar produtos novos. É uma ocasião importantíssima para o sucesso do negócio, mais tarde ou mais cedo vemos o retorno destas iniciativas.” Por outro lado, como fez questão de realçar, “esta é também uma oportunidade para estarmos com os nossos fornecedores, que hoje fizeram questão de aqui estar, nomeadamente a New Holland que é o nosso principal parceiro, mas também a Cabena, a Expansão, a Felco, a Galucho, a Herkulis, a Herculano, a Joper, a Stagric e a Petronas, para além da financeira com quem trabalhamos, o BNP Paribas.” Um dos momentos altos do dia foi, aliás, um sorteio bem recheado de equipamentos simpaticamente disponibilizados por cada um dos fornecedores presentes neste evento.


Dia de Portas Abertas

Entrega de Prémios e Fornecedores

Cerca de 600 pessoas, entre clientes, fornecedores e amigos da Casa, estiveram reunidas em mais um evento que se repete todos os anos.

Um dos momentos altos do dia foi um sorteio bem recheado de valores com que todos os fornecedores quiseram contribuir para a ocasião.

1. Assistência e os esclarecimentos sobre projetos do PRODER.

8. Vista parcial do pavilhão onde teve lugar o almoço.

2. Grupo da Escola de Sevilhanas de Sobral de Monte Agraço.

4. Parque de máquinas e clientes.

9. Daniel, inspetor comercial da Expansão com Jorge Pereira, presidente do Conselho de Administração do Grupo Joper e Samuel Pereira, administrador do Grupo Joper.

5. A banda animou a festa.

10. Um cliente a habilitar-se ao sorteio.

6. New Holland em destaque.

11. João Elias, gerente da Stagric.

7. João Penedo, comercial da Auto Agrícola Sobralense, com clientes.

12. Fernando Garcia, diretor comercial New Holland Portugal.

3. Instalações da Auto Agrícola Sobralense.

13. João Montez, diretor de negócios da Galucho.

14. Lúcia Penedo, administradora da AAS e Diogo Penedo, responsável pela Oficina AAS acompanharam Pedro e Joel, funcionários da AAS, na coordenação do sorteio. 15. A nova geração da AAS também marcou presença ajudando a sortear os prémios.

16

11

6

9 12

16. João Palmar, técnico da New Holland, Virgílio Mindões e Rui Barbeiro (clientes), Diogo Penedo, AAS e José Alberto, New Holland.

10

17. Ana Marta Penedo, filha do gerente da AAS.

3

13

17

19

7 8

18. Os jovens também sabem o que querem (New Holland).

20

19. Lúcia Penedo, administradora da AAS e Pedro Patrício, funcionário da AAS.

1 2

4 5

20. Entrega dos prémios abolsamia a Raimundo Roque, Nuno Aniceto e Luís Galantinho, acompanhados por Francisca Gusmão (abolsamia), José Alberto Quintino (presidente da C.M. Sobral Mte Agraço) e Francisco Penedo.

14

18

21

21. Francisco Penedo e Ricardo Rodrigues da empresa Zona Verde numa ação de esclarecimento sobre o PRODER 2020. 22. O primeiro fruto do evento, entrega de um trator NH TD4.90F ao cliente José Luís Marques.

15

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Dia de Portas Abertas

Entrega de Prémios e Fornecedores

Cerca de 600 pessoas, entre clientes, fornecedores e amigos da Casa, estiveram reunidas em mais um evento que se repete todos os anos.

Um dos momentos altos do dia foi um sorteio bem recheado de valores com que todos os fornecedores quiseram contribuir para a ocasião.

1. Assistência e os esclarecimentos sobre projetos do PRODER.

8. Vista parcial do pavilhão onde teve lugar o almoço.

2. Grupo da Escola de Sevilhanas de Sobral de Monte Agraço.

4. Parque de máquinas e clientes.

9. Daniel, inspetor comercial da Expansão com Jorge Pereira, presidente do Conselho de Administração do Grupo Joper e Samuel Pereira, administrador do Grupo Joper.

5. A banda animou a festa.

10. Um cliente a habilitar-se ao sorteio.

6. New Holland em destaque.

11. João Elias, gerente da Stagric.

7. João Penedo, comercial da Auto Agrícola Sobralense, com clientes.

12. Fernando Garcia, diretor comercial New Holland Portugal.

3. Instalações da Auto Agrícola Sobralense.

13. João Montez, diretor de negócios da Galucho.

14. Lúcia Penedo, administradora da AAS e Diogo Penedo, responsável pela Oficina AAS acompanharam Pedro e Joel, funcionários da AAS, na coordenação do sorteio. 15. A nova geração da AAS também marcou presença ajudando a sortear os prémios.

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16. João Palmar, técnico da New Holland, Virgílio Mindões e Rui Barbeiro (clientes), Diogo Penedo, AAS e José Alberto, New Holland.

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18. Os jovens também sabem o que querem (New Holland).

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19. Lúcia Penedo, administradora da AAS e Pedro Patrício, funcionário da AAS.

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20. Entrega dos prémios abolsamia a Raimundo Roque, Nuno Aniceto e Luís Galantinho, acompanhados por Francisca Gusmão (abolsamia), José Alberto Quintino (presidente da C.M. Sobral Mte Agraço) e Francisco Penedo.

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21. Francisco Penedo e Ricardo Rodrigues da empresa Zona Verde numa ação de esclarecimento sobre o PRODER 2020. 22. O primeiro fruto do evento, entrega de um trator NH TD4.90F ao cliente José Luís Marques.

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Dia de Portas Abertas

Entrega de Prémios e Fornecedores

Cerca de 600 pessoas, entre clientes, fornecedores e amigos da Casa, estiveram reunidas em mais um evento que se repete todos os anos.

Um dos momentos altos do dia foi um sorteio bem recheado de valores com que todos os fornecedores quiseram contribuir para a ocasião.

1. Assistência e os esclarecimentos sobre projetos do PRODER.

8. Vista parcial do pavilhão onde teve lugar o almoço.

2. Grupo da Escola de Sevilhanas de Sobral de Monte Agraço.

4. Parque de máquinas e clientes.

9. Daniel, inspetor comercial da Expansão com Jorge Pereira, presidente do Conselho de Administração do Grupo Joper e Samuel Pereira, administrador do Grupo Joper.

5. A banda animou a festa.

10. Um cliente a habilitar-se ao sorteio.

6. New Holland em destaque.

11. João Elias, gerente da Stagric.

7. João Penedo, comercial da Auto Agrícola Sobralense, com clientes.

12. Fernando Garcia, diretor comercial New Holland Portugal.

3. Instalações da Auto Agrícola Sobralense.

13. João Montez, diretor de negócios da Galucho.

14. Lúcia Penedo, administradora da AAS e Diogo Penedo, responsável pela Oficina AAS acompanharam Pedro e Joel, funcionários da AAS, na coordenação do sorteio. 15. A nova geração da AAS também marcou presença ajudando a sortear os prémios.

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9 12

16. João Palmar, técnico da New Holland, Virgílio Mindões e Rui Barbeiro (clientes), Diogo Penedo, AAS e José Alberto, New Holland.

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17. Ana Marta Penedo, filha do gerente da AAS.

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18. Os jovens também sabem o que querem (New Holland).

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19. Lúcia Penedo, administradora da AAS e Pedro Patrício, funcionário da AAS.

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20. Entrega dos prémios abolsamia a Raimundo Roque, Nuno Aniceto e Luís Galantinho, acompanhados por Francisca Gusmão (abolsamia), José Alberto Quintino (presidente da C.M. Sobral Mte Agraço) e Francisco Penedo.

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21. Francisco Penedo e Ricardo Rodrigues da empresa Zona Verde numa ação de esclarecimento sobre o PRODER 2020. 22. O primeiro fruto do evento, entrega de um trator NH TD4.90F ao cliente José Luís Marques.

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Editorial por Francisca Gusmão

FICHA TÉCNICA Diretor Nuno de Gusmão Propriedade Nugon - Publicações e Representações Publicitárias, Lda. Contribuinte 502 885 203 Registo 117122 Depósito legal 117.038/97 Sede R. S. João de Deus, 21, 2670-371 Loures Escritórios R. Nelson Pereira Neves, Lj.1 e 2 2670-338 Loures T. 219 830 130 | F. 219 824 214 Email: abolsamia@abolsamia.pt Redação Nuno de Gusmão, Francisca Gusmão, João Sobral, Sebastião Marques Colaboraram nesta edição Francisco Marques, Heliodoro Catalán Mogorrón, Luís Alcino Conceição Publicidade Francisca Gusmão, Américo Rodrigues, Catarina Gusmão Design e Pré-impressão Sílvia Patrão, Ana Botelho Cartoonista Nelson Martins Assinaturas João Correia Impressão Jorge Fernandes, Lda Rua Quinta Conde de Mascarenhas, Nº9, Vale Fetal - 2825-259 Charneca da Caparica, Tel. 212 548 320 Tiragem média 10.000 exemplares ISSN ISSN 2183-7023 Distribuição nas bancas Urbanos Press Rua 1º de Maio C. Empresarial da Granja – Junqueira 2625 – 717 Vialonga Os textos e fotos, bem como os anúncios registados com “a bolsa m.i.a.®” são propriedade da Nugon,Lda., não podendo ser reproduzidos sem autorização, por escrito, da mesma. O conteúdo dos anúncios e das publi-reportagens dos clientes é da sua exclusiva responsabilidade. Por opção editorial abolsamia segue o AO90, pese embora nem todos os colaboradores que integram a redação tenham adotado a nova grafia.

Gerir um parque de máquinas

D

edicámos o Especial deste número da Revista ao tema da gestão e dimensionamento de um parque de máquinas. Sendo um tema transversal a todas as explorações agrícolas, é sem dúvida merecedor de atenção já que os custos com a mecanização representam, em média, metade ou mais do total de fatores de produção da atividade agrícola; e porque, numa grande parte das explorações, o parque de máquinas está sobredimensionado por falta de soluções alternativas que permitam fazer face aos períodos complicados de campanha em que as janelas de tempo são muito apertadas para a realização das tarefas que se exigem. É aqui que as empresas de prestação de serviço poderão afirmar-se cada vez mais como uma alternativa interessante para os agricultores, se continuarem no caminho da profissionalização e conseguirem oferecer modalidades mais “à medida” das necessidades dos seus clientes, os gestores das explorações. A ferramenta de trabalho que lhe oferecemos neste Especial pretende ajudálo a ter mais presentes alguns conceitos relacionados com esta questão complexa que é gerir um parque de máquinas,

e a encontrar alguns indicadores de desempenho úteis, para que possa avaliar mais facilmente os custos de utilização dos equipamentos e ponderar a melhor decisão no que respeita ao processo de compra ou aluguer. Durante a realização deste Especial falámos com gestores de explorações agrícolas e de empresas de prestação de serviços para sabermos como olham para esta questão, e percebemos que não existe uma abordagem única: cada empresa tem as suas próprias especificidades e os fatores em jogo nem sempre são os mesmos. Contudo, há questões que são importantes para todos os empresários que nos falaram sobre a sua experiência: a aposta na condução automática e em outros processos de automatização de tarefas, o investimento crescente na medição da eficiência das operações, a maior exigência na qualificação dos operadores de máquinas e ainda a importância dada à manutenção dos equipamentos. Representando o parque de máquinas uma parcela tão avultada do investimento de uma exploração agrícola, é importante fazer uma análise periódica aos indicadores disponíveis e às oportunidades do mercado.

abolsamia é membro do júri por Portugal

ABOLSAMIA · maio / junho 2016

3


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Portugal / Europe 1 ano / year ( 5 revistas + 1 anuário ) 38€ / 70 € 2 anos / years ( 10 revistas + 2 anuários ) 70€ / 120 € Só o Anuário / 2016 YearBook 15€ / 25 €

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Importador/Concessionário Estudante Técnico Especializado

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maio / junho 2016 · ABOLSAMIA


Sumário AGENDA maio/junho 2016

114

ANTIGAMENTE ERA ASSIM Tomix entra na História 6 pela Casa Damião A origem da designação Tomix teve a ver com a enorme popularidade de que gozava, antigamente, o lendário actor cinematográfico americano de filmes do Faroeste, descendente directo de uma família transmontana, de nome artístico Tom Mix.

www.abolsamia.pt

maio / junho 2016

Na gestão de um parque de máquinas assumem desde logo importância os aspetos relacionados com o tipo das instalações e a necessidade de resguardo e manutenção das máquinas, o inventário de ferramentas e equipamentos, o planeamento de stocks, a existência de registos de movimento de consumíveis e a formação dos seus operadores. Testemunhos de agricultores e prestadores 26 de serviços

80

FEIRAS AGROBRAGA 2016

90

EMPRESAS

FLORESTA

PRODUTO

Dia de Portas Abertas na Auto 2 Agrícola Sobralense Grupo Maschio-Gaspardo define diretrizes para 70 continuar a crescer

Alterações climáticas baralham o jogo na Floresta. Entrevista a Pedro Silveira, presidente da ANSUB 81

Novos New Holland T5 e T6 apresentados em Lyon 72

Valtra Demotour 2016

77

ESTATÍSTICAS Mercado de Tratores agrícolas novos e de Reboques - 1º trimestre 2016 56

ESPECIAL

GERIR UM PARQUE DE MÁQUINAS Como decidir a compra ou aluguer de 14 equipamentos

14

PRODUTO Novidades de produto 38 Fendt 1050 Vario 66 Não há volta a dar. Qualquer conversa sobre o novo modelo de alta potência da marca alemã começa pelos 500 cv fornecidos pelo motor. No entanto, ele é muito mais do que força e peso bruto. Fomos experimentá-lo e damos-lhe a conhecer as principais inovações que inclui.

Continuando a renovação da sua gama, a New Holland apresentou em Lyon à imprensa especializada as suas renovadas Séries T5 e T6. Tendo esta otimização tido como principal objetivo cumprir com a norma de emissões Tier 4 B, a verdade é que ambos os tratores apresentam várias inovações importantes, nomeadamente o T5.

www.abolsamia.pt www.facebook.com/abolsamia www.youtube.com/abolsamia www.issuu.com/abolsamia www.instagram.com/abolsamia www.flickr.com/abolsamia

48

72

Culturas especializadas 58

REGIÕES Concessionários/Compra 96 e venda de usados

TECNOLOGIA

Também estamos disponíveis em:

60

Transmissões de tratores, quem as entende? PowerShift versus CVT 48 Na presente edição, propomo-nos ajudar o leitor a encontrar respostas para as suas dúvidas e dificuldades quando tiver que optar pela melhor transmissão para o seu trator, focando-nos na escolha entre uma powershift e uma CVT.

66 Horsh Maestro 8.80 CC Sementeira de precisão com tecnologia Section 60 Control Estivemos em Santa Vitória para conhecermos as potencialidades de um novo semeador rebocado

de oito linhas adquirido pelos Irmãos Banza. Entre outros detalhes, nesta reportagem explicamos-lhe as vantagens do controlo elétrico de secções e de que modo esta tecnologia assegura uma sementeira mais precisa.

ABOLSAMIA · maio / junho 2016

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Tom Mix Tom Mix foi um ator norte-americano, um dos primeiros grandes ídolos do cinema mudo, atuando preferencialmente no género Faroeste.

entra na História

pela casa damião O nome das marcas com História está por vezes ligado a marcos relacionados com determinados modelos de artigos, que no tempo em que foram fabricados se notabilizaram no mercado da sua especialidade. O pulverizador Tomix, concebido e construído pela Casa Damião, faz parte do histórico grupo de máquinas agrícolas que se distinguiram como preciosos auxiliares da Lavoura Portuguesa. 1930

Fachada da Latoaria Damião.

A

origem da designação Tomix teve a ver com a enorme popularidade de que gozava, antigamente, o lendário actor cinematográfico americano de filmes do Faroeste, descendente directo de uma família transmontana, de nome artístico Tom Mix. Para a escolha do logotipo também contribuiu o facto de Torres Vedras ser uma região localizada no Oeste do país e o desejo de Francisco Xavier Damião de levar um dia a empresa além fronteiras.

1890 - 1972 Francisco Xavier Damião, fundador da Casa Damião, teve sempre como alvo prioritário a qualidade dos produtos que construia, consultando, para isso, o parecer da sua clientela sobre o desempenho das suas máquinas.

6

maio / junho 2016 · ABOLSAMIA

E foi assim que nos anos 60 do século passado, por altura do lançamento do novo atomizador de dorso motorizado, o construtor da região de Torres Vedras de equipamentos vocacionados para a prevenção e cura de doenças das plantas, resolveu apelidar a novidade com o nome do famoso cowboy por, em termos de força e desempenho, se equiparar ao herói dos filmes de acção de então. A partir daí e até aos dias de hoje, todas as produções da Damião tiveram e continuam a ter, por marca e qualidade, o nome Tomix.

1930 Pulverizador de cobre,

de dorso, manual, premiado na Feira do Choupal (torres Vedras) prémio de qualidade do produto, frente a concorrentes ao nível da Casa Hipólito.


Antigamente era assim... por Nuno de Gusmão

1962

Pulverizador de dorso, motorizado, com motor ILO 35 cm3 (depois Casal, com 50 cm3), que deu origem ao nome Tomix.

1972

Stand Tomix na feira da Beira, em Moçambique onde, desde finais de 1960 até 1974 a Casa Damião tinha uma fábrica.

1967

Fabrico do 1º pulverizador para trator.

1980

A Lavadora Igneo, com milhares de exemplares fabricados, existia em todas as empresas públicas e privadas de transportes, CP, Rodoviária Nacional, Carris, Câmaras Municipais, nas maiores Indústrias do país, transportadoras nacionais, e concessionários de automóveis.

1970

Festa dos 80 anos de Francisco Damião.

Francisco Xavier Damião, o fundador da Casa Damião, começou a sua actividade artesanal por construir artigos em latoaria, passando à fase industrial com o fabrico de pulverizadores, material enólogo e de bombagem. O período de grande extensão da sua empresa ocorreu depois dos anos 50, quando 4 dos seus 5 filhos, dotados de uma grande vontade de engrandecer o património legado, começaram a trabalhar com afinco, seguindo as peugadas do fundador da empresa—, alargando a gama de ofertas no sector relacionado com a especialização de

construção da Casa Damião, com máquinas destinadas prioritariamente à fitopatologia. Desde então, para além do atomizador de dorso, a marca Tomix passou a prestar serviços por meio de uma gama completa de implementos de pulverização, desde máquinas apeadas de condução manual, às destinadas ao acoplamento a motocultivadores e, sobretudo, a tractores, com um leque de ofertas de máquinas montadas e rebocadas a abranger a classe de tractores mais vendida. E, daí, surgiu a exportação com a criação acrescida de riqueza

1985

Os secadores de cereais da marca SECOMIL, que depois deu nome aos transportadores e silos. A Secomil é hoje uma empresa autónoma.

ABOLSAMIA · maio / junho 2016

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Antigamente era assim... A razão subjacente ao sucesso empresarial usufruído pela Casa Damião deve-se, em particular, ao mérito como o fundador da Casa conseguiu unir os seus filhos para uma boa gerência dos vários sectores da fábrica, bem como o modo como tratava os seus empregados, onde alguns dos quais ali trabalharam por mais de meio século, por amor à camisola. Resta ainda acrescentar que Francisco Xavier Damião, no campo do seu caminho para o êxito, teve sempre como alvo prioritário a almejar, a qualidade dos produtos que construia, encontrando a forma de desenvolver e melhorar o que fazia ao consultar o parecer da sua clientela sobre o desempenho das suas máquinas, durante as feiras e demonstrações onde sempre comparecia. para o nosso País, destinada às nossas províncias ultramarinas, a Espanha, França, Suíça, Marrocos, Argélia, entre outros. Para ir ao encontro de todos os tipos de requisitos, requeridos pela diversidade de situações, a Tomix, para além das diferentes capacidades dos seus depósitos e das múltiplas aplicações de elementos que compõem as máquinas, a marca torreense tem vindo a oferecer: polvilhadores, canhões pulverizadores de jacto único ou múltiplos, motopulverizadores apeados de alta pressão, turbinas dispersoras, etc..

Em 1970 a Casa Damião passou a ter a designação de Indústrias Metalomecânicas Xavier Damião, Lda. E, em 1997, a empresa foi vendida ao conceituado fabricante Joper, Indústria de Equipamentos Agrícolas, S.A. Como anteriormente noticiámos, a Tomix, agora maioritariamente pertencente à Joper, é uma empresa autónoma apetrechada operacionalmente com o que de mais

A Casa Damião, nos últimos anos, continuando a desenvolver os seus modelos de máquinas de pulverização e a criar novas séries, dedicou-se igualmente ao fabrico de lavadoras de alta pressão por jacto de água, assim como fabricou secadores de cereais por recirculação.

moderno oferece o mercado, através das novas instalações recentemente inauguradas no polo industrial Joper/ Tomix, com a área coberta de 9.300 m2.

Imagem de marca patente em todas as máquinas de fabrico Casa Damião.

1970 Apresentação atomizador Tomix na feira de Braga.

1969-2015 Fábrica Tomix,

em Torres Vedras.

1976 Stand de exposição Tomix na feira de Torres Vedras.

1982

Equipa de futebol Tomix. Todos os jogadores eram empregados da empresa, o que mostra o bom relacionamento que havia com a entidade patronal.

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Graças ao bloqueio automático dos braços, as novas pás carregadoras série R podem ser instaladas com facilidade no novo 6M - só é preciso sair da cabina uma vez. O nosso bloqueio automático das alfaias simplifica a troca entre baldes, forquilhas de estrume, garras para fardos e forquilhas para paletes. Os novos tratores 6M que cumprem as normas de emissões Fase IV estão disponíveis com potências de até 195 CV (97/68/CE) e uma ampla variedade de transmissões, incluindo a nova transmissão CommandQuad Plus. Para soluções de “um só clique” que aumentem a sua produtividade, utilize um 6M com a sua pá carregadora correspondente.

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Empresas Novo centro logístico abre em 2017

Fábrica de Beauvais vence prémio em França MASSEY FERGUSON O prémio Exportador Estrangeiro, atribuído por uma agência governamental francesa, foi dado à Massey Ferguson, reconhecendo a importância e contribuição da sua fábrica de Beauvais para a economia do país, e citando-a como um a seguir. Richard Markwell, Vice presidente e Diretor Executivo para a Europa, África e Médio Oriente, recebeu o galardão, definindo-o como “um testamento do trabalho árduo e dedicação dos 2500 trabalhadores da fábrica e da reputação global da Marca”. A infraestrutura premiada desenha e fabrica os tratores Masey Ferguson entre os 80 e os 400 cv. Com um fabrico anual de 14,500 tratores, 85% destes destinam-se a mercados que não o francês.

KUHN Um montante de 17 milhões de euros é quanto a Kuhn vai investir para modernizar a vertente logística nas instalações de Saverne, França, onde trabalham atualmente mais de 1200 funcionários. Em 2008 a companhia abriu um segundo local de produção em Monswiller, dedicado à montagem de máquinas de maior dimensão, e agora decidiu construir um novo Centro Logístico em Saverne para se adaptar à crescente variedade e dimensão da sua linha de produtos. Este novo espaço substitui um bloco de edifícios que já foi demolido, numa área de 10.000 m², e visa receber e armazenar peças e componentes que correspondem a mais de 18.000 referências. Vai ser equipado com modernas técnicas de movimentação de cargas e com o software de monitorização mais recente. Prevê-se que fique operacional a partir da segunda metade de 2017.

Yokohama anuncia acordo para compra da Alliance YOKOHAMA/ ALLIANCE A empresa japonesa Yokohama anunciou que chegou a acordo com o fundo de investimento KKR & Co LP para a compra do Alliance Tyre Group (ATG). A conclusão da operação é esperada para dia 1 de julho, estando avaliada em 1 179 milhões de dólares. Esta aquisição permite à Yokohama reforçar e alargar a sua oferta no sector agrícola. A ATG está especializada na produção de pneus para maquinaria agrícola. Industrial, construção e florestal. Comercializando os seus produtos em 120 países, sobretudo nos mercados europeu e norte-americano. As suas fábricas estão sediadas na Índia e em Israel.

JD associa-se à Hagie Manufacturing JOHN DEERE A Deere & Company anunciou a compra da maioria das acções da marca líder em pulverizadores de alto despeje no mercado norte-americano. No acordo de associação entre as duas marcas ficou estabelecido que a Hagie continuará a fabricar os pulverizadores nas suas instalações em Clarion, no Iowa. As máquinas continuarão a apresentar a marca Hagie, sendo que a rede comercial e de serviço será integrada nos canais globais de distribuição da Deere, processo que ocorrerá durante os próximos 15 meses. John May, Presidente de Soluções Agrícolas e Responsável de Informação da Deere, reforçou que “a experiência da Hagie permite à John Deere servir de imediato os agricultores que necessitam de soluções de precisão que ampliem as suas janelas de aplicação de nutrientes”.

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Empresas Reforço da aposta nos sistemas de rastos ZUIDBERG Na fábrica da Zuidberg em Ens, na Holanda, foi iniciada em maio a construção de uma nova área destinada ao fabrico de bandas de borracha para sistemas de rastos. “As bandas de borracha que atualmente se utilizam em aplicações agrícolas na Europa são desenvolvidas e produzidas noutros continentes”, comentou Jeroen Zuidberg, Diretor Geral da Zuidberg. A companhia entende que este passo lhe permitirá responder melhor aos requisitos técnicos apresentados pelos agricultores e alugadores europeus, o que trará valor acrescentado aos sistemas de rastos que já produz. O reforço da aposta nesta área de negócio implica um programa de I&D focado neste produto e a contratação de mais funcionários. Está previsto que os primeiros sistemas de rastos Zuidberg equipados com bandas de borracha também de origem Zuidberg cheguem ao mercado em 2017.

Plano de responsabilidade social, “We Care” BKT A marca de pneus indiana tem tido um papel activo no que ao compromisso social diz respeito, fazendo parte de inúmeras iniciativas não apenas no seu país de origem mas inclusivamente na Península Ibérica. A este plano de responsabilidade social a marca chamou “We Care”. Nas palavras de Arvind Poddar, Presidente da Marca, “o desafio de hoje em dia é criar um ambiente em que os valores intrínsecos da empresa estejam de facto orientados para o bem comum”. Alguns exemplos de iniciativas levadas a cabo são a criação da BKT Foundation, que financia diversos programas, nomeadamente facultando bolsas de estudo a mais de 800 raparigas indianas. Também na FIMA, em Saragoça, a empresa ajudou uma associação de familiares de crianças com cancro, oferecendo mais de 10,000 euros. Sintetizando, “People, Profit, Planet, se estes fatores estiverem em perfeita harmonia, todos os esforços se transformam em sucesso mútuo”.

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Parceria estratégica para os mercados emergentes SAMPO ROSENLEW E MAHINDRA Com o objetivo de fazer crescer o seu negócio de ceifeiras debulhadoras na Ásia, Médio Oriente e África, a Sampo Rosenlew estabeleceu uma parceria estratégica com a Mahindra. Ao mesmo tempo, a empresa indiana passará a deter 35%da Sampo. Jali Prihti, CEO da Sampo Rosenlew Ltd, realçou “as oportunidades de mercado que poderão surgir com esta nova parceria”, reforçando o intuito da marca em se tornar um “player de dimensão global” e as parcerias que a marca já tem para outros mercados, como os da Europa do Norte.



Especial

Gerir um parque de máquinas Como decidir a compra ou aluguer de equipamentos?

Testemunhos de agricultores e prestadores de serviços 14

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Na gestão de um parque de máquinas assumem desde logo importância os aspetos relacionados com o tipo das instalações e a necessidade de resguardo e manutenção das máquinas, o inventário de ferramentas e equipamentos, o planeamento de stocks, a existência de registos de movimento de consumíveis e a formação dos seus operadores.


Gestão de negócio por Luís Alcino Conceição IPP/Escola Superior Agrária Elvas

Gestão do Parque de Máquinas de uma exploração agrícola

Seguindo a terminologia do Ministério da Agricultura no seu documento “Análise dos encargos com a utilização das máquinas agrícolas” (Albino, 2008), por parque de máquinas de uma exploração agrícola pode entender-se o conjunto de máquinas motoras (tratores), máquinas motrizes, máquinas automotrizes e máquinas operadoras necessárias à realização em tempo útil do plano de atividade agrícola e ou pecuária da exploração. A escolha das máquinas pode ser definida por indicadores de desempenho e pela determinação das necessidades de potência a instalar conducente a uma utilização eficiente das mesmas (Pinheiro et al., 1997).

O investimento em máquinas agrícolas sempre foi e continua a ser um fator importante de desenvolvimento de uma exploração agrícola, desde logo pelos aspetos tecnológicos que lhe estão associados. Em média, os custos em mecanização assumem 50% e por vezes mais, do total de fatores de produção da atividade agrícola (Cañavate, 2012). Assim e de um modo muito prático, na gestão de um parque de máquinas assumem desde logo importância os aspetos relacionados com o tipo das instalações e a necessidade de resguardo e manutenção das máquinas, o inventário de ferramentas e equipamentos, o planeamento de stocks, a existência de registos de movimento de consumíveis e a formação dos seus operadores. Mas, do ponto de vista técnico, os processos de tomada de decisão relativos à compra de uma máquina podem ser mais ou menos complexos dependendo dos fatores técnicos que estejam na

sua origem, bem como financeiros e económicos que viabilizem a sua aquisição. Esta análise é tanto mais importante no arranque de atividade e em momentos de reconversão do plano cultural da exploração. Em alternativa, a existência de um cada vez maior número de prestadores de serviço cria novas soluções nesta área, já que permite quase por completo separar toda a logística associada ao parque de máquinas da demais logística inerente às culturas agrícolas. Importa por isso ter presente alguns conceitos acerca deste tema de modo a melhor avaliar os seus custos de utilização e a permitir uma melhor tomada de decisão no que respeita ao processo de compra e ou aluguer de máquinas.

Fatores a ter em conta A escolha do parque de máquinas pode ser definida por indicadores de desempenho e pela determinação das necessidades de potência a instalar conducente a uma utilização eficiente das mesmas.

INDICADORES DE DESEMPENHO VIDA ÚTIL (Vu) Traduz o número máximo de horas ou anos que a máquina pode trabalhar, desde que sujeita à manutenção programada e reparações adequadas, até ao limite do seu funcionamento. De acordo com Arnal et al. (1993) podem considerar-se três tipos de vida útil consoante o critério através do qual se decide deixar de utilizar uma máquina: vida útil física, vida útil tecnológica e vida útil económica. O conceito de vida útil física corresponde ao conceito anteriormente apresentado,

enquanto o conceito de vida útil tecnológica corresponde ao critério cujo limite de utilização se relaciona com o facto de a máquina ficar tecnologicamente obsoleta antes do seu limite físico de utilização e, a vida útil económica, o critério através do qual o limite de utilização se prende com o limiar a partir do qual se considera a utilização da máquina mais cara do que o custo da sua substituição. Em regra os limites de tempo correspondentes aos conceitos de vida tecnológica e económica são inferiores aos limites de tempo correspondentes ao conceito de vida útil física.

De acordo com Hunt (1983) e Pellizzi et al. (1988) a tabela 1 apresenta alguns exemplos previstos de utilização de máquinas agrícolas em anos e horas de trabalho.

planificação de tarefas necessária à implementação de um determinado calendário cultural. A Ua é a relação entre o período considerado da sua vida útil e vida técnica, conforme mostra a equação 1.

UTILIZAÇÃO ANUAL (Ua)

eq. 1)

Com base no conceito anterior, pode definir-se Utilização Anual (Ua) de uma máquina e proceder à

Ua =

Vu Vt

TABELA 1 Tipo de máquina/equipamento

Vu

Vida útil de máquinas agrícolas em horas e anos Vu

(intervalo em anos)

(nº médio de horas)

Tratores

8 - 10

9000

Mobilização do solo

10 - 12

2000

Fertilização

8 - 10

900

Sementeira

6-8

900

Tratamentos fitossanitários

4-5

450

Colheita de forragens

6-8

1200

Colheita de cereais

8 - 10

1800

Colheita de produtos para indústria

6-8

700

Preparação e distribuição de alimentos para animais

6-8

3500

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Gestão de negócio A título de exemplo, considerando um trator com um período de vida técnica (Vt) de 8 anos e de vida útil (Vu) de 10000 horas, a sua utilização anual prevê que sejam realizadas 1250 horas por ano.

TAXA DE UTILIZAÇÃO ANUAL (TxUA) De acordo com este conceito pode considerar-se uma Taxa de Utilização anual (Txua), a relação entre a número de horas em que efetivamente o trator é utilizado (HrEf) e o número de horas para as quais está previsto (Ua), equação 2. eq. 2)

Txua =

Href Ua

x 100

A planificação das operações de campo requer a determinação das capacidades teórica e efetiva de trabalho e o respetivo rendimento de campo.

CAPACIDADE TEÓRICA DE TRABALHO (Ct) É um indicador através do qual podemos conhecer para uma dada operação, a área ou material processado por unidade de tempo, hectares ou toneladas por hora, respetivamente. A Ct obtém-se através da relação entre a velocidade de trabalho (km/h) e largura de trabalho (m) de uma máquina (equação 3) ou entre a velocidade de trabalho, a largura da máquina e a produção da cultura, respetivamente (equação 4).

eq. 3)

Ct =

vl 10

eq. 4)

Ct =

16

vlp 10

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Mas, a observação apenas desta grandeza não contempla as perdas de operação resultantes do Rendimento de Campo (Ƞ). A tabela 2 apresenta intervalos de variação e valores típicos de rendimento de campo para diferentes tipos de máquinas agrícolas. O intervalo de valores de Rendimento de Campo para cada operação depende essencialmente de três tipos de fatores: • FATORES DE NATUREZA AGRONÓMICA, principalmente no que se referem ao estado do solo e da cultura para uma dada operação. No caso de operações de mobilização é determinante que o solo apresente um teor de humidade que lhe confira o que se denomina por estado de sazão (ponto de encontro entre as curvas de adesão e coesão dos materiais do solo). Já no caso de operações de colheita é importante o estado da cultura, não devendo esta ser afetada por situações relacionadas com elevados graus de infestação ou acama; • FATORES DE NATUREZA ESTRUTURAL relativos à dimensão, geometria e estado de limpeza da parcela. O Rendimento de Campo é substancialmente reduzido em parcelas de formato irregular e reduzida dimensão dado o conjunto de manobras necessárias à realização de trabalho nas mesmas. Já pelo contrário, parcelas de dimensão retangular apresentam fatores máximos do rendimento de campo (Witney,1988); • FATORES DE NATUREZA TÉCNICA como a relação trator/máquina, velocidade de operação, destreza do

Valores típicos de Rendimento de Campo e velocidade de trabalho para diferentes tipos de máquinas agrícolas (Adaptado de ASAE Standard D497.4, 1999)

TABELA 2 Equipamento

Rendimento de campo

Velocidade

intervalo

valores típicos

trabalho

(%)

(%)

(km/h)

Charruas de aivecas

70 - 90

80

4,5 - 7,0

Grades de discos

70 - 90

85

5,0 - 8,0

Chisel/escarificador

70 - 90

85

5,0 - 8,0

Rolo

70 - 90

85

5,0 - 7,0

Sachador

70 - 90

80

3,0 - 8,0

Fresa

70 - 90

85

2,0 - 4,0

Em linhas monogrão

50 - 75

65

3,0 - 10

Em linhas fluxo continuo

65 - 85

70

4,0 - 9,0

65 - 80

70

3,0 - 6,0

Gadanheira

75 - 85

80

4,0 - 6,0

Respigador

70 - 85

80

6,0 - 10,0

Mobilização

Semeadores

Corte e colheita Ceifeira-debulhadora

Macro enfardadeira

55 - 75

65

3,0 - 7,0

Colhedora horticolas

55 - 70

60

4,0 - 5,0

Distribuidor centrifugo adubo

60 -70

70

6,0 - 10,0

Pulverizadores mecânicos

50 - 80

65

5,0 - 10,0

Pulverizadores pneumáticos

55 - 70

60

5,0 - 8,0

Distribuição

operador, sistemas de automação, entre outros. Por exemplo, a adoção de um sistema de auto condução por GPS pode aumentar significativamente o índice de Rendimento de Campo em operações de distribuição centrífuga de produtos (Pernas et al., 2007).

CAPACIDADE EFETIVA DE TRABALHO (Cef) A estimativa do trabalho efetivamente possível de realizar por uma máquina é o resultante do produto da Capacidade Teórica de trabalho pelo valor de Rendimento de Campo conforme mostram as equações 5 e 6. Chama-se a este indicador Capacidade Efetiva (Cef) de trabalho cujo resultado é expresso em área

ou quantidade de produto processado por hora e que apenas não toma em conta fatores imprevistos que resultem na imobilização das respetivas máquinas. eq. 5)

Cef =

vlȠ 10

eq. 6)

Cef =

vlpȠ 10

Atualmente através dos sistemas de telemetria e monitorização por GPS facultados pelos diferentes fabricantes de tratores agrícolas, torna-se cada vez mais possível conhecer em tempo real as capacidades efetivas das operações



Gestão de negócio FIGURA 1 - VALORES DE RENDIMENTO, CAPACIDADES DE TRABALHO, PATINAGEM E AUTONOMIA DE UMA OPERAÇÃO DE SEMENTEIRA OBTIDOS POR GPS (EM CIMA) E VARIAÇÃO DA VELOCIDADE REAL DE TRABALHO NOS TRAJETOS REALIZADOS (ADAPTADO DE DIEZMA ET AL., 2011).

Dados de Rendimento e Capacidades de trabalho obtidos com um sistema de GPS

Velocidade teórica (km/h)

Velocidade real média e desvio padrão (km/h)

Patinagem (%)

Rendimento Campo (%)

Capacidade Efetiva de trabalho (ha/h)

Autonomia de sementeira (ha)

9,5

9,02±0,04

5,05

83,35

3,38

5,51

realizadas permitindo criar históricos úteis na planificação de tarefas em momentos futuros. A título de exemplo, a figura 1 mostra os dados de Rendimento e Capacidades de trabalho obtidos com um sistema de GPS num ensaio de sementeira com um semeador Kuhn SD 4500, bem como o mapa dos trajetos realizados onde é possível observar as respetivas variações de velocidade real de trabalho.

NECESSIDADES DE POTÊNCIA A INSTALAR

Valor de tração e potência necessária para diferentes tipos de máquinas

TABELA 3

Outra questão que se prende com o uso eficiente de uma máquina agrícola passa pelo conhecimento da potência efetivamente utilizada, a qual deve aferir o rigor entre o par trator máquina operadora e o grau de utilização do mesmo.

GRAU DE UTILIZAÇÃO DA POTÊNCIA DISPONÍVEL (PN) Seguindo a terminologia de Pinheiro et al. (1997), o par trator máquina operadora traduz o Grau de Utilização da Potência Disponível (PN) pela relação entre a potência média efetivamente utilizada (Pu) e a potência disponível (Pd), equação 7.

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Máquina

eq. 7)

PN =

(Adaptado do standard ASAE EP496.3, 2006) Força de tração, energia ou potência

Pu

Charrua

Pd

Solos ligeiros

20-30 kPa

Solos médios

30-50 kPa

Solos pesados

50-80 kPa

A título indicativo, a tabela 3 apresenta valores de força de tração, energia ou potência para diferentes máquinas. Com este objetivo os fabricantes de máquinas indicam nos seus catálogos comerciais as potências recomendadas para uma correta utilização das mesmas, cuja tabela 4 apresenta alguns exemplos.

Subsolador Solos ligeiros

125-195 N por braço e cm de profundidade

Solos pesados

195-280 N por braço e cm de profundidade

Escarificador

585-1200 N por m largura

Grade discos pesada

2600-3800 N por m

Grade discos ligeira

750-1300 N por m

Grade discos média

1330-2600 N por m

Fresa

15-25 kW/m

Rolo destorroador

295-2200 N por m

Semeador monogrão

445-800 N por linha sementeira

Semeador fluxo contínuo

445-1500 N linha sementeira

Gadanheira

4kW por m de barra

Gadanheira condicionadora

9,5 kW por m barra


Gestão de negócio

EXEMPLOS DE VALORES DE potência mínima recomendada para diferentes tipos de máquinas TABELA 4 Máquina

Fabricante

Charrua 2F 14"

Galucho

Charrua 3F 14"

Galucho

Charrua 3F 16"

Fialho & Irmão

Chísel 7 braços (Prof. até 0,4m)

Joper

Potência mínima recomendada (cv) 60 90 120 70

Chísel 9 braços (Prof. até 0,4m)

Joper

90

Chisel 11 braços (Prof. até 0,4m)

Joper

110

Escarificador 11 (Prof. até 0,3m)

Galucho

45

Escarificador 15 (Prof. até 0,3m)

Galucho

60

Escarificador 17 (Prof. até 0,3m)

Galucho

70

Vibrocultor 29 braços

Fialho & Irmão

60

Distribuidor centrifugo de adubo (880l)

Fialho & Irmão

60

Semeador em linhas 20 - 3,00m

Fialho & Irmão

70

Semeador SD - 3,00m

Semeato

Rotoenfardadeira diametro até 1,80

New Holland

90

Reboque unifeed 9m3

Fialho & Irmão

80

Grade discos pesada

Joper

120 110

100

Grade discos média

Herculano

Grade discos ligeira

Galucho

30

Fresa, 64 facas - 2,0m

Joper

50

RENDIMENTO DA UTILIZAÇÃO ANUAL DA POTÊNCIA DISPONÍVEL (ȠPN) De acordo com o indicador anteriormente descrito da Txua, pode definir-se Rendimento da Utilização anual da potência disponível (ȠPN) pela equação 8 e, idealmente o seu valor deve aproximar-se o mais possível da unidade, ou seja, utilizar o trator o maior número de horas previstas ao máximo da potência disponível. eq. 8) ȠPN

= PN x Txua

Nalgumas situações a utilização da potência máxima disponível faz-se por curtos períodos de tempo, já que perante um determinado plano cultural a potência limitante é a que corresponde à máquina e operação mais exigente neste parâmetro, muitas vezes relacionado com operações de mobilização do solo. A alternativa a esse baixo grau de utilização pode ser o aluguer da máquina para essa operação.

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Gestão de negócio Dimensionamento do Parque de Máquinas O dimensionamento do parque de máquinas de uma exploração depende uma vez mais do seu plano cultural e das operações que não são diferíveis no tempo atendendo ao número de dias disponíveis para a sua realização.

METODOLOGIA A SEGUIR

DIAS DISPONÍVEIS Dias disponíveis são, segundo Cary e Azevedo (1972) os dias para os quais é possível prever com elevada probabilidade a realização de uma operação em condições técnicas satisfatórias. A tabela 5 apresenta segundo diferentes autores os valores de precipitação diária (R) que limitam a realização de alguns tipos de operações.

Assim, a metodologia a seguir para aferir o dimensionamento do parque de máquinas, deve ser: 1. DETERMINAR O TEMPO DISPONÍVEL (Td) com base nos dias disponíveis de realização das operações, dias uteis e número de horas de trabalho por dia; 2. DETERMINAR O TEMPO NECESSÁRIO (Tn) por cultura e operação de acordo com as características do equipamento (largura de trabalho), velocidade e rendimento de campo; 3. DETERMINAR O RÁCIO Tn/Td que determinará o número de máquinas necessário; 4. DETERMINAR O NÚMERO DE TRATORES. O diagrama da figura 2 mostra o delineamento do processo de dimensionamento do parque de máquinas e a decisão de compra ou aluguer.

Valores de precipitação diária (R) que limitam a realização de diferentes operações

Dimensionamento do parque de máquinas e processo de decisão de compra ou aluguer de máquinas

FIGURA 2

Dimensionamento de Parque de Máquinas (PM)

TABELA 5 Valores de R (mm/dia) limitantes Trabalhos

CNEEMA (1955)

Regato e Mendes (1979)

10

10

Gradagem

5

3

Lavoura

Escarificação

4

nd

Sementeira

5

1

Colheita de cereais

5

nd

Colheita de forragem

1

1

PM adequado

PM subdimensionado

Td ≥ Tn

Td < Tn

Aluguer

Compra

Tn / Td Determina o nº máquinas ∑TN / máx Td Determina o nº tratores

Custo

Fixos (posse)

Variáveis (utilização)

nd - não definido • Amortização

• Combustíveis

• Juros capital fixo

• Lubrificantes

• Seguro + recolha

• Manutenção • Operador

Custos anuais Preço h/ ou hectare

Utilização anual (horas ou hectares) Custos por hora ou por hectares

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Gestão de negócio Variação do custo em mecanização em função da área e custo de aluguer para uma cultura de mirtilo em plena produção FIGURA 3

3000

Aluguer Máquina própria Área

2500

Euros por hectare

O processo de decisão de compra ou aluguer assenta fundamentalmente no custo final por hora ou hectare resultante do somatório de custos fixos e variáveis para o caso da aquisição quando comparado ao valor de aluguer. Efetivamente, torna-se importante conhecer o limiar de rendibilidade, isto é, a área a partir da qual se torna vantajosa a sua aquisição em detrimento do seu aluguer. Existem situações que, ainda assim condicionando o agricultor à aquisição de uma máquina própria com um custo de utilização superior ao seu aluguer, se justificam, quando por exemplo a oferta de prestação de serviços não garante em tempo útil a realização das operações, nomeadamente em produtos agrícola com elevado valor acrescentado. O gráfico da figura 3 (adaptado de Sousa et al., 2013) mostra a diluição do custo de utilização de máquinas próprias na área de trabalho de uma cultura de mirtilo em plena produção comparativamente ao custo de aluguer.

2000 1500 1000 500 0

1 2

3

4

5

6

7

8

9

10

11

12

Área (ha)

Caso Prático Numa exploração agrícola com um pivot de 30 hectares para produção de milho tem-se como objetivo durante a primeira quinzena do mês de abril realizar uma passagem de chísel e duas passagens de grade de discos antes da operação de sementeira. O período de trabalho diário são 8 horas. Do parque de máquinas da exploração constam um trator de tração dupla de 100 cv de potência e as máquinas descritas na tabela 6. Sabendo que para o tipo de solo da exploração valores de 5 mm de precipitação impedem a realização de operações de mobilização (tabela 7), pretende-se saber se o número de máquinas e tratores são suficientes para a realização desta tarefa. TABELA 6 - CARACTERÍSTICAS DAS MÁQUINAS DA EXPLORAÇÃO Máquina

Vt Lt (m) Ƞ (%) R limitante (km/h) (mm)

Chísel

6

2,5

80

5

Grade discos

8

2,45

85

5

TABELA 7 - VALORES DE PRECIPITAÇÃO PARA O MÊS DE ABRIL QUE CONDICIONAM OPERAÇÕES MECANIZADAS R (mm)

Nº dias c/precipitação ≥R

0,1

7

5

1

10

1

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METODOLOGIA A SEGUIR Assim, a metodologia a seguir para aferir o dimensionamento do parque de máquinas, deve ser: 1. DETERMINAR O TEMPO DISPONÍVEL (Td) com base nos dias disponíveis de realização das operações, dias úteis e número de horas de trabalho por dia; 2. DETERMINAR O TEMPO NECESSÁRIO (Tn) por cultura e operação de acordo com as características do equipamento (largura de trabalho), velocidade e rendimento de campo; 3. DETERMINAR O RÁCIO Tn/Td que determinará o número de máquinas necessário; 4. DETERMINAR O NÚMERO DE TRATORES.



Gestão de negócio 1. DETERMINAR O TEMPO DISPONÍVEL (Td) com base nos dias disponíveis de realização das operações, dias uteis e número de horas de trabalho por dia.

Dias disponíveis (Dd) x horas trabalho/dia Dias disponíveis (Dd) = Dias úteis – Dias não disponíveis (dias de valor de precipitação

Calcular os Dias não disponíveis

(R) ≥ precipitação limitante no mês de abril para a realização da operação)

1ª Quinzena de abril Dmês = 15 dias dos quais 4 não são úteis pois correspondem a fins-de-semana Dd Chísel / gradagem (R limitante de 5 mm) 30 dias Abril – 1 dia não disponível (15 – 4) dias – x dias não disponíveis X = 0.37 dias não disponíveis Dias disponíveis (Dd) = 11 (Dias úteis) – 0,37 (Dias não disponíveis) = 10,63 Tempo disponível (Td) = 10,63 (Dd) x 8 (Horas) = 85,04 horas

2. DETERMINAR O TEMPO NECESSÁRIO (Tn) por cultura e operação de acordo com as características do equipamento (largura de trabalho), velocidade e rendimento de campo.

Chísel Cef – 6000 m x 2.5m x 0.8 = 12000 m2/h – 1.2 ha/h Tn – Área total/Cef = 25 horas de trabalho

Grade discos Cef – 8000 m x 2.45m x 0.85 = 16660 m2/h – 1.66 ha/h Tn – Área total/Cef x 2 passagens = 36.14 horas de trabalho 3. DETERMINAR O RÁCIO Tn/Td que determinará o número de máquinas necessário.

Chísel Tn/Td = 25/85.04 = 0.29 = É necessário apenas um chísel

Grade de discos Tn/Td = 36.14/85.04 = 0.42 = É necessário apenas uma grade de discos 4. DETERMINAR O NÚMERO DE TRATORES

(Tn1 + Tn2+...+Tnn)/ Tdmáx = 0.71 = 1 trator é suficiente

Neste exemplo e para a tarefa proposta o parque de máquinas do agricultor está bem dimensionado pois permite realizar as operações pretendidas no tempo disponível.

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Em conclusão A gestão e dimensionamento do parque de máquinas de uma exploração contemplam múltiplos fatores técnicos e, a análise dos seus custos de utilização permite ponderar a decisão de compra ou aluguer. Entre os diferentes fatores considerados na análise de custo hora ou hectare da operação, ressalva para o valor de investimento inicial, grau de utilização e potência disponível. Elevadas taxas de utilização justificam por si a aquisição de uma máquina, pelo contrário, períodos longos de imobilização aumentam o custo final de utilização pelo incremento dos custos fixos sobre o total de custos, sendo nestas situações desejável a opção de aluguer. A redução de períodos de imobilização de máquinas traduz-se pela planificação de tarefas e realização das operações de manutenção programada. Referencias bibliograficas Albino, J.D., 2008. Análise dos encargos com a utilização das máquinas. Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural, Serie Divulgação nº 326,pp.33, ISBN 978-972-8649-84-5. Lisboa. Arnal, A. P. V., Laguna, B. A., 1993. Tractores y Motores Agrícolas. 2ª Edición, Ediciones. Mundi – Prensa, pp. 427. Madrid. ASAE Standard D497.4, Mar1999. American Society of Agricultural Engineers. USA ASAE Standard EP496.3., Feb2006. American Society of Agricultural and Biological Engineers. St.Joseph, MI, USA. Cary, F. C., Azevedo, A. L., 1972. Metodologia dos períodos e dos dias disponíveis para a realização dos trabalhos agrícolas. Anais do Instituto Superior de Agronomia, 33, pp. 21-54. Lisboa. Cañavate, J.O., 2012. Las máquinas agricolas y su aplicacion. Ediciones Mundi-Prensa, 7ªed, pp.545, ISBN 978-84-8476-431-1. Madrid. Diezma, B., Garrido, M., Valero, C., Moya, A., Barreiro,P., 2011. Sembrando en las lomas de Villarrubia de Santiago com una Khun SD 4500. Vida Rural, Maq 324-1, pp. 3 -10. Hunt, D., 1983. Farm Power and machinery management, 8th edition, ISBN 081-38-058-05. Iowa State, University press. USA Pellizzi, G., Cavalchini, G.A., Lazzari, M., 1988. Energy savings in agricultural machinery and mechanization. Elsevier applied Science Publishers, pp.168, ISBN 1-85166-236-7. Essex. Pernas, B., Conceição, L.A., Braga, R., 2007. Avaliação de um sistema de balizamento eletrónico em distribuição centrífuga de adubo. Revista da Associação Portuguesa de Mecanização Agrária, Setembro, pp. 30 - 32. Pinheiro, A.C., Peça, J.O., Serrano, J.M., Dias, A.B., 1997. Contribuição para a utilização racional de energia na mecanização agrícola. Universidade de Évora, Série Ciências Agrárias nº3, pp.42, ISBN 972-9313-80-6. Évora. Sousa, M.M.F., Lena, G.G.G., Rubio, J.C., Martinez, A.M., 2013. Costes de utilización de la maquinaria agrícola en las explotaciones. Tecnología Agoalimentaria. Boletín informativo del SERIDA, Nº12, pp.23-26, ISSN 11356030 Witney, B., 1988. Choosing and using farm machines. Longman Scientifical and Technical, pp. 412. Harlow.


A ACOMPANHAR O AGRICULTOR PORTUGUÊS DESDE 1920 A Galucho juntou-se ao BPI no financiamento à agricultura portuguesa.

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Gestão de negócio

Quinta da Cholda.

por João Sobral

A opinião de agricultores e alugadores Concentrar a atividade numa ou em várias culturas? Comprar máquinas para todas as operações culturais, ou atribuir uma parte dos trabalhos a alugadores? Instalar mais ou menos potência? Qual é a altura certa para trocar uma máquina?

V

isitámos agricultores e prestadores de serviços e encontrámos semelhanças e diferenças no modo como enfrentam estas questões. Os objetivos associados a cada modelo de negócio moldam de forma decisiva a estratégia que cada casa adota para gerir o seu parque de máquinas.

JOÃO COIMBRA

Enfoque centrado na metodologia de cultura João Coimbra recebeu-nos no seu escritório na Quinta da Cholda, na Azinhaga, (Santarém), uma espécie de quartel-general onde diariamente se trabalha uma minuciosa metodologia que serve de suporte ao modelo de negócio. O MILHO COMO ÚNICA CULTURA Intensificar a cultura para obter produções mais altas, e simultaneamente reduzir custos e o impacto ambiental, são os objetivos por detrás da estratégia. Tendo em conta que “os preços do milho vêm marcados pela Ucrânia ou pelo Brasil”, onde os custos de produção são muito mais baixos, no entender de João Coimbra, só com níveis de produção entre as 16 e as 20 ton./ha é que consegue competir no mercado. “Temos só uma cultura e poucos dias de oportunidade para trabalhar. E à medida que temos

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vindo a crescer isto tem-se agravado”. Para não aumentar o número de máquinas, recorre a alugadores. “Nesta fase [7 de Abril] já me atrasei 18 dias devido à chuva, e amanhã entra um semeador alugado, para ter três semeadores a trabalhar ao mesmo tempo”.

FORTE APOSTA NA CONDUÇÃO AUTOMÁTICA No parque de máquinas existe uma ceifeira Claas, seis tratores Massey Ferguson já com muita idade, e seis Fendt, o mais recente de 2014.

“Já temos um trator que transmite online. Na minha renovação de frota era completamente obrigatório ter telemetria”. Nos outros tratores, aquilo em que mais tem investido é em sistemas de GPS com condução automática – já comprou três. “São tratores a que se tira o volante velho e nos quais se coloca um volante de condução automática. Colocase uma pen e está tudo a ser registado”, explica. “Com isto os erros humanos estão a ser evitados. As pessoas têm de estar lá para gerir, mas as tarefas rotineiras são para terminar aqui na exploração”. Há ainda outras vantagens



Gestão de negócio

associadas a este sistema. “Antes andávamos com rodas estreitas, por causa dos erros, e agora pudemos alargar a bitola e instalar pneus de média dimensão”. O aumento da velocidade de trabalho veio por acréscimo. Para além do investimento em volantes, João Coimbra dá uma grande atenção às alfaias por causa da diferenciação que lhe permitem obter no modo como o trabalho é feito. A um subsolador combinado com rototerra de marca Rau, faz muitos elogios por lhe assegurar a preparação do terreno numa só passagem. E como é entusiasta de novas soluções, está para chegar à exploração uma nova alfaia; um espalhador com ISOBUS, calibração automática, débito proporcional ao avanço, aplicação de taxa variável. Mas apesar de mais este avanço, diz-nos que “a adoção da tecnologia tem um período de adaptação que é muito duro”. E explica porquê, baseado na sua própria experiência: “A transferência de conhecimento entre quem está na marca, o

Esta alfaia combinada da Rau (Subsolador + Rototerra + Rolo) permite preparar a cama de sementeira numa só passagem.

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Os sistemas de condução automática têm sido aplicados também em tratores com mais idade, como é o caso deste Fendt Favorit 515 LS.

fornecedor português, entre este e o gestor da exploração e depois o operador, é um ciclo muito longo”.

REGISTO PORMENORIZADO DE TODOS OS CUSTOS Nos escritórios da Quinta da Cholda existem registos atualizados que mostram o custo de aquisição de cada equipamento (máquinas, alfaias, viaturas) e respetivos encargos de manutenção.

Entre outros dados, este complexo registo inclui as horas de cada trator, a área percorrida, a área trabalhada, e o consumo por hectare. “Hoje em dia temos o cuidado de controlar os consumos por unidade. Eu tenho todos os registos do que estou a gastar por folha e por alfaia”. Mas os dados não teriam utilidade se não fossem depois usados para buscar formas mais eficientes de trabalhar. “Uma das coisas que estamos a ver é que subsolar a 22 cm está a gastar 15 L/hora. Mas se reduzirmos para 20 cm, passamos para 13 L/hora”. De acordo com João Coimbra, perceber se aqueles 2 cm compensam o custo, é a abordagem que tem de ser feita, e isto pode aplicar-se a uma série de outras operações realizadas ao longo do ano.

IMPULSIONAR A AGRICULTURA DE PRECISÃO As tecnologias que a exploração vem a adotar enquadram-se numa estratégia de adaptação à agricultura de precisão. “No ano passado aplicámos os mapas de produtividade em toda a exploração e hoje sabemos ao m² o que estamos a produzir”. Sabendo que na mesma parcela há zonas onde se obtém 14 toneladas de milho e outras onde se obtém acima de 18 toneladas, a partir do tratamento

de dados, começam a perceber melhor algumas correlações de fatores. Tudo isto vai ditar alterações na maneira de trabalhar. Na rega também têm sido feitas grandes evoluções. “A ceifeira engolia os aspersores e agora com os mapas sabe-se onde estão os aspersores”. E está tudo informatizado. “Eu já não rego quando acho que é para regar. Montámos uma plataforma extremamente sensível que nos ajuda a tomar essa decisão”, explica. Com base nos mapas de produtividades, na eletrocondutividade do solo, nos dados das estações meteorológicas, ou nas imagens de satélite, João Coimbra pretende “criar modelos de prescrição para apoio à decisão, que inclusive tenham em conta as alterações climáticas”. Estes modelos é que vão determinar a mobilização que é necessário fazer, a densidade de semente a instalar ou a quantidade de adubo a aplicar e em que zonas de cada parcela. Toda esta metodologia assenta em dois projetos de investigação que estão atualmente a decorrer: Milho Amarelo e Smart Crop.

A adaptação de uma bomba de gasóleo para abastecer o pulverizador com os produtos de tratamento é uma nova prática a pensar no conforto do pessoal.


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Gestão de negócio JOÃO BANZA

Explorar a tecnologia e influenciar o seu desenvolvimento Com João Banza falámos em Santa Vitória, no Alentejo. Juntamente com o irmão, Joaquim, gere uma exploração com cerca de 980 ha e também faz prestação de serviços. Recebeu-nos no seu local de trabalho, ou seja, na cabine de um trator.

À exceção destas duas máquinas que foram ficando na casa, o momento em que costuma substituir um trator é por volta das 15.000/16.000 horas. Mas para este agricultor as horas não são o único fator determinante. “Se aparecem tratores com uma nova tecnologia de que nós necessitamos no campo, por vezes não ficamos à espera do número de horas”, afirma. O mesmo acontece com o parque de alfaias. “Não faz sentido termos um trator com o máximo de tecnologia e depois um semeador que não acompanhe. O investimento em alfaias vai acompanhando o investimento que fazemos em tratores”.

TESTE DE NOVOS PRODUTOS Na exploração, trabalham os dois irmãos, três funcionários efetivos e, sempre que pode, também Francisco (filho de João Banza), que está a terminar a formação superior em agronomia. Por se tratar de uma equipa que despacha muito trabalho ao longo do ano, alguns fabricantes têm recorrido à exploração dos irmãos Banza para testarem e obterem um feed-back acerca do desempenho dos seus produtos. “A nossa casa serve um pouco de cobaia. Não só a nível das variedades de sementes mas também a nível das máquinas”. Por ocasião da nossa visita, um dos Fendt 516 estava a usar pneus de teste de uma das marcas mais conceituadas do mercado.

CARLOS MARCOLINO

Várzea de arroz moldada à dimensão das máquinas DIVERSIDADE DE CULTURAS Ao contrário do enfoque apenas numa cultura feito na Quinta da Cholda, nesta exploração o caminho trilhado é o da diversificação. As culturas de eleição são a colza, a soja, a cebola, a papolila, o grãode-bico de regadio, o trigo, a cevadas, o girassol e o milho. “É por uma questão de defesa no mercado, para não estarmos dependentes de apenas duas ou três culturas. E também para mantermos o pessoal e as máquinas ocupados durante o ano inteiro”, esclarece João Banza.

MANTER A FROTA COM TENOLOGIA ATUALIZADA A ceifeira é New Holland, e nos

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tratores é a Fendt que domina a frota. A estratégia tem passado por um aumento da potência. “Como não queremos aumentar o número de pessoas efetivas, temos tratores com cada vez mais potência, temos alfaias maiores, mais fortes, mais desenvolvidas tecnologicamente e com software atualizado”. Seis tratores são de linhas recentes e os dois mais antigos (modelos 309 e 311), por contarem já com cerca de 18.000/19.000 horas, estão retirados dos serviços pesados, com chisel ou charrua. Mas apesar de tantos dígitos no contador, João Banza tem intenção de lhes prolongar um pouco mais a vida útil. “Pensamos em mantê-los mais algum tempo, para carregar fardos ou para deslocar um unifeed, onde não é preciso muita força nem deslocações longas”.

Gere uma extensa mancha de montado onde instala pastagens no subcoberto, e faz arroz numa área com 160 ha. Falámos com Carlos Marcolino em Palma (Alcácer do Sal) quando tinha as máquinas guardadas, mas já inteiramente revisionadas para enfrentar uma nova campanha.



Gestão de negócio ADEQUAR OS TRATORES ÀS ALFAIAS Possui quatro tractores John Deere, dois Fendt, um Massey Ferguson, um Challenger, e duas ceifeiras Claas. Quando compra um trator novo, para determinar a potência, há um fator que acha prioritário. “Eu tenho de levar em conta as alfaias com que o trator vai trabalhar”. Na sua opinião, não chega seguir as indicações das firmas que comercializam as alfaias, e explica como procede: “No meu caso, se me dizem que é necessário um trator de 120 cv para uma determinada alfaia, eu tenho um trator de 150 cv”. Isto porque valoriza a velocidade de trabalho. “A alfaia é a mesma, mas com uma potência maior para a puxar, consigo aumentar a velocidade”. Na cultura do arroz, onde as condições de preparação do terreno variam muito, “se o trator andar em esforço, os consumos sobem muito”, diz-nos.

ADEQUAR A EXPLORAÇÃO À DIMENSÃO DAS MÁQUINAS Frequentemente, as máquinas são adquiridas em função das condições existentes, mas há momentos de transição em que se pode fazer o inverso: moldar a exploração à frota. “Para ter o Challenger e para ter uma ceifeira desta dimensão [Claas Lexion], tive que preparar as minhas terras. Eu tinha canteiros entre 0,5 ha e 1,5 ha que estavam dimensionados para os tratores que havia na altura, e tive de fazer uma alteração de raiz. Adaptei a exploração às máquinas para retirar delas um maior rendimento. Hoje tenho canteiros com dimensões entre 8 e 12 ha”.

INVESTIR EM CONFORTO O conforto é outro aspeto a que dá muita atenção. “Todos

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os tratores que tenho são cabinados e trabalham no subcoberto”. Isto implicou uma adaptação da copa das árvores, para permitir a passagem, e implicou formar o pessoal. Mas o retorno está no rendimento de trabalho. “Em campanha, nas culturas de inverno que tenho em subcoberto, por vezes é preciso trabalhar mais horas. A pessoa, ao trabalhar com cabine, anda com outra disposição”.

NÃO DEIXAR BAIXAR O VALOR COMERCIAL Das pessoas com quem falámos, Carlos Marcolino é quem admite trocar as máquinas mais cedo, em redor das 7.000/8.000 horas, para evitar eventuais paragens. “Quando começam a precisar de oficina, corre-se o risco de a meio de uma campanha a máquina estar parada para reparação”. Mas há um outro motivo que é vender com menos desvalorização. “Você pode chegar aqui e ver como está o interior das cabines das minhas máquinas. Dentro da cabine não se fuma nem se acumula lixo. Tento estimar o máximo possível e trocar quando a máquina ainda tem valor comercial”, conclui.

LUÍS FÉLIX

Grande capacidade para cenoura e batata Foi em Marinhais (Salvaterra de Magos) que falámos com Luís Félix, onde nos mostrou as instalações que acomodam os equipamentos. Este profissional dedica-se maioritariamente à prestação de serviços.

de trabalho seja dedicado à exploração agrícola da família, a que estão mais dedicados os pais. Aí, produzem tomate, batata, cenoura, beringela, curgete, pimento, brócolos, alguns cereais, e forragens. Com duas rotações de hortícolas a serem instaladas na mesma parcela, a área total cultivada ronda os 250 hectares/ ano.

TRATORES A ULTRAPASSAREM AS 20.000 HORAS O parque de máquinas tem uma dimensão considerável. Dezoito tratores, dos quais treze são Fendt, um é Landini, e quatro são Fiat. Entre outros equipamentos, têm uma ceifeira Claas, duas colhedoras Grimme para batata, duas Simon e uma Asa-Lift para cenoura, e ainda uma colhedora DeWulf para ambas as culturas. “Temos tratores que chegam a dar à chave às seis da manhã e a desligar às nove da noite. Os que andam engatados nos semeadores trabalham praticamente todos os dias e fazem perto de 2500 horas/ano. Os que andam com as colhedoras fazem cerca de 1000 horas/ano”. Recentemente, no espaço de pouco mais de um mês, quatro Fendt ultrapassaram a barreira das 20.000 horas. Mas Luís Félix entende que ainda não está na hora de os trocar. Ainda não estão a dar problemas e a sua intenção é que venham a substituir os Fiat nas funções de apoio.

OS PARQUES ESTÃO SOBREDIMENSIONADOS?

É a empresa de prestação de serviços que gere juntamente com o irmão, Sérgio, que mais trabalho dá às máquinas. “O

nosso forte são os serviços de sementeira e colheita de cenoura e batata”, embora cerca de 30% do volume

Na opinião de Luís Félix, “em Portugal quase todos os agricultores estão sobredimensionados”, o que em parte se deve à necessidade de resposta perante as intempéries. “[Agora] as pessoas estão a tentar plantar tomate e não conseguem. Nos dias em que dá para trabalhar têm de fazer áreas enormes”, e isso



Gestão de negócio implica uma grande capacidade para conseguirem plantar a área que têm contratada com as fábricas. Concretamente no caso do parque de máquinas que possui, considera-o adequado para o trabalho que desenvolve. “Em mais de metade das áreas que trabalhamos, fazem-se duas culturas por ano. Acabamos por retirar rendimento das máquinas porque estamos ocupados também no inverno”, esclarece. E há um investimento que foi feito para conseguir assegurar um serviço diferenciado. “O mercado da cenoura é muito exigente. O produto colhe-se para

ser distribuído no dia seguinte e mesmo nas condições mais severas as empresas de lavagem continuam a querer colher”. Foi para enfrentarem essas condicionantes que investiram numa colhedora DeWulff. “Além de colher batata também colhe a cenoura por baixo. Permitenos colher quando falta rama à cenoura, e no inverno, quando as máquinas de recolha por correias não conseguem entrar no terreno”. Mas apesar de tudo, há aqueles dias em que não dá mesmo, e mudam de ofício. “Nós somos tratoristas, e nos dias de chuva somos mecânicos”.

IRMÃOS BRANHA

Enfoque total na prestação de serviços Em Alpiarça visitámos Hugo Branha que, juntamente com o pai, Joaquim, e o irmão, Nuno, gere uma empresa dedicada em exclusivo à prestação de serviços. O milho é a cultura que lhes gera maior volume de trabalho.

Começámos por falar no campo, onde o encontrámos a ensaiar um rodado duplo, acabado de instalar para conferir maior estabilidade ao trator quando opera com semeador de linhas

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e tremonha frontal. Na sua frota, dimensionada para enfrentar entre 6.000 a 7.000 ha/ano, encontramos três ceifeiras Claas, uma ensiladora da mesma marca, e oito tratores Fendt.

APETRECHADOS COM UMA VERDADEIRA OFICINA Para Hugo Branha, a altura certa para trocar os tratores é em redor das 13.000/14.000 horas, porque “a partir daí começam a dar mais problemas e a ficar mais tempo parados”. Um outro fator associado a esse é o valor. “Procuro trocar os tratores ainda com algum valor de retoma”. Na época do ano em que há menor volume de trabalho, o pessoal dedica-se à manutenção e reparação das máquinas. “Os nossos operadores estão preparados para isso”. Para levar a cabo esse trabalho possuem um bem apetrechado espaço de oficina, onde não falta sequer uma completa secção de peças.

A frota de ceifeirasdebulhadoras Claas Lexion.

RETIRAR PARTIDODA TECNOLOGIA Perguntámos se já fazem uso de mapas de rendimento, e Hugo Branha disse-nos que é algo que pretendem implementar cada vez mais. “No ano passado tivemos uma ceifeira a trabalhar com mapas de rendimento e este ano vamos ter outra, porque há cada vez mais clientes a solicitarem este tipo de serviço”.

Às máquinas está sempre associada um parque de máquinas está sempre associada a vertente de logística, que envolve as instalações onde estas são acomodadas durante os períodos de paragem.


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Gestão de negócio Talvez não exista um modelo único? Gerir um parque de máquinas é um desafio a que estão associados investimentos significativos e implica olhar para as necessidades impostas pelo perfil da exploração e pelo volume de trabalho.

Pontos que são comuns aos vários entrevistados Cada exploração em particular encerra um mundo de especificidades, e o mesmo acontece com as firmas de aluguer. Havendo diversos fatores em jogo, nem sempre o que é apropriado para uma casa é igualmente apropriado para outra. Contudo, há pontos que são comuns aos vários entrevistados.

OPERADORES QUALIFICADOS E EFETIVOS A gestão do parque de máquinas envolve também as pessoas que as operam. Os profissionais que falaram connosco têm optado por pessoal fixo, para que exista um acompanhamento da evolução tecnológica, e para que estejam familiarizados com o modo como a equipa funciona em coordenação, e até com o modelo de negócio da casa. Além disso, praticamente todos optam por atribuir uma máquina a um funcionário, para existir maior responsabilização. “O trator é como se fosse do operador”, sintetizou Carlos Marcolino.

ARMAZÉNS E OFICINA É também comum a necessidade de possuir instalações para acomodar a maquinaria e um

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espaço reservado a oficina onde os funcionários fazem a manutenção de rotina e pequenas reparações.

TODA A GENTE A CAMINHO DA AUTOMATIZAÇÃO Ao renovarem as suas frotas, praticamente todos têm optado por adquirir tecnologias mais evoluídas, em busca de maior eficiência e também de maior conforto. Pegando no exemplo da condução automática, ao mesmo tempo que faz alinhamentos perfeitos também evita muitas dores de costas. É como nos disse João Coimbra: “Trabalhar dentro de linhas de milho é extremamente exigente. Logo, tudo o que seja guiar um trator e olhar para ver se o trabalho está torto ou direito, isso acabou”.

Prestação de serviços ou máquinas próprias? Um agricultor pode recorrer só a alugadores e dessa forma focar-se na gestão das culturas, libertando-se também dos encargos associados a uma frota, desde a aquisição aos custos operacionais com combustível, revisões, reparações, seguros, licenças de GPS, e ordenados dos operadores.

Mas como diz o ditado, “quem não tem carros nem bois, ou faz antes ou faz depois”. É certo que recorrer a alugadores não significa necessariamente um desvio

em relação à janela de oportunidade, mas pode acontecer que uma vez ou outra se confronte com esse contratempo. O que costuma acontecer

Condução automática é o próximo passo MÁRCIO SANTOS A ligação à agricultura vem do avô e dos pais, mas foi em 2009 que criou a empresa Cabaz Verde. A cenoura começou por ser a única cultura, mas Márcio Santos tem vindo a diversificar. Já produz brócolos e melancia, e vai também fazer tomate. Encontrámo-lo em Salvaterra de Magos, onde tinha três tratores a trabalhar: dois New Holland, T6.160 e T7.210, e um Fendt 516. Entre outras máquinas, possui também duas colhedoras de cenoura da Asa-Lift. Os tratores dedicados às funções principais estão a fazer cerca de 1.000 horas/ ano, e por agora Márcio ainda não pensa em substitui-los. O que está nos seus planos é incluir na frota um trator com condução automática, para acrescentar mais eficiência a algumas operações.


é um patamar intermédio, em que o agricultor entrega a alugadores parte das tarefas, ou porque as máquinas que as realizam são muito dispendiosas e não se justifica que as adquira, ou para apressar trabalho, que é a situação do gestor da Quinta da Cholda, o único dos

entrevistados que contrata alugadores. A este propósito disse-nos o seguinte: “Ter acesso a poder fazer quando quero tem um custo completamente desmesurado. O agricultor com 10 ha [de milho] não se pode dar a esse luxo de maneira nenhuma”.

A importância de estar bem mecanizado PAULO BÁRTOLO Produz batata e cenoura na região do Montijo. No seu parque de máquinas tem três tratores New Holland, modelos TS90, TSA135 e T7520, um Landini 5860, e uma colhedora de cenouras Asa-Lift. Para a recolha de batata recorre ao serviço de um agricultor com quem trabalha em parceria. Connosco, partilhou a sua visão crítica acerca das candidaturas aos projetos de financiamento. “Em termos do tamanho da máquina, nas candidaturas fazem-nos avaliações de gabinete e não avaliações baseadas na prática”, afirma. E exemplifica com o contexto do seu negócio: “Eu não posso ter uma máquina pequena quando o produto só vale muito durante 20 ou 25 dias”. Ao ter uma máquina de maior capacidade, pode intensificar a recolha quando o preço está alto. “Há uma grande diferença entre estar bem mecanizado e não estar bem mecanizado”, concretiza.

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Produto Braço de escavação para carregador frontal COCHET Não se pode esperar que este acessório tenha um desempenho semelhante ao de um braço de retroescavadora. Mas pode-se esperar que dê muito jeito para trabalhos ocasionais nas explorações que não têm uma retroescavadora. A marca francesa já fabricava um braço de escavação para telescópicos e agora desenvolveu-o de modo a ser compatível com o sistema de engate rápido dos carregadores frontais dos tratores. Denominado Power Arm, este braço articulado é fabricado com aço de alta elasticidade e pesa 300 kg. Possui duas funções (escavação e rotação), vem equipado com um balde de 40 cm e pode escavar até 1,80 m de profundidade.

Telescópico para superfícies sensíveis MOOREND

Com chassis articulado, quatro rastos de borracha, e cabine elevada em posição central, este telescópico Moorend 4T tem características que são pouco habituais neste tipo de máquina. Mas embora pareça um conceito inédito, vendo bem não é assim tanto. Toda a estrutura de base é dos telescópicos de rodas JCB TM320S Agri, e o que faz a Moorend é prepará-los para terrenos de topografia difícil e superfície sensível, procedendo à instalação de rastos de borracha. A velocidade fica limitada a cerca de 20 km/h mas segundo a marca, quando em

zonas alagadas há a necessidade de passar repetidamente pelo mesmo trajeto, com esta configuração o impacto sobre a superfície do solo é menor. Esta firma britânica criada em 2013 está a desenvolver uma segunda variante deste modelo, que no lugar da lança telescópica possui um compartimento de carga com báscula, para transportar materiais a granel.

Cortadores de relva atualizados JOHN DEERE

Modelos C52KS e R54RKB

Ambos estão agora equipados com um motor Subaru que substituiu a unidade anterior da Kawasaki. O C52KS oferece agora uma transmissão de velocidades variáveis. Com uma variedade de grupos de velocidades entre 2,9 e 4,8 km por hora. A transmissão também foi melhorada, permitindo um acionamento mais suave. As rabiças dobráveis, já utilizadas no modelo PRO 47V, facilitam o transporte e o armazenamento. Finalmente, o sistema de transmissão do rolo traseiro do modelo R54RKB foi revisto de forma a melhorar a sua facilidade de uso e durabilidade.

ZTrak

Os cortadores de relva ZTrak com raio de viragem zero permitem realizar viragens sem sair do lugar, graças ao

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controlo proporcionado pelas duas intuitivas alavancas. Os modelos desta série têm várias melhorias para 2016, incluindo novas plataformas de corte, um novo sistema de numeração e uma nova aparência, similar ao dos modelos profissionais. As novas plataformas de corte Accel Deep oferecem a possibilidade de escolher entre as larguras de corte de 107 e 122 cm (42 e 48 pol.). Os modelos mais novos do cortador ZTrak vêm com um maior espaço de armazenamento e dois suportes para bebidas. O painel de controlo foi trocado do lado esquerdo da máquina para o lado direito. Outras melhorias incluem o maior ajuste longitudinal do assento, o travão manual otimizado e um aumento da capacidade do depósito de combustível de 13 a 17 litros.



Produto

1725NT ExactEmerge certificado pela DLG JOHN DEERE O alto rendimento do semeador 1725NT ExactEmerge da John Deere foi atestado pelo centro de testes da Sociedade Agrícola Alemã (DLG) em Groß-Umstadt, na Alemanha. Este modelo tinha já sido reconhecido na feira SIMA 2015, Agritechnica

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2015 e FIMA 2016, como sendo uma abordagem inovadora e que permite melhorar a qualidade e a produtividade na sementeira. Os resultados dos testes realizados pela DLG no campo mostraram um desvio-padrão experimental (uma indicação de sementes extraviadas) inferior a 25 mm ao operar o semeador com velocidades entre 8 e 20 km/h. O modelo 1725NT foi obteve assim uma classificação de “muito bom” nas cinco primeiras categorias de rendimento. As unidades de linhas do semeador são capazes de plantarem sementes de milho com velocidades de até 16 km/h, admitindo a grande maioria dos formatos e tamanhos de sementes de milho. Com uma largura de transporte rodoviário de só 3 m, o conceito do semeador 1725NT ExactEmerge foi concebido para o uso em condições de mobilização convencional e sem mobilização.

Esvaziar parcialmente um big bag VIDBAG Têm vindo a surgir acessórios que tornam mais fácil e prática a manipulação de bigbags. É o caso do Vidbag, uma espécie de torneira que permite iniciar o esvaziamento de um bigbag pelo fundo, e se necessário interromper o despejo do fertilizante ou da semente. Para fixar este dispositivo na base do bigbag, basta colocá-lo no chão com o bico virado para cima. Ao aliviar o saco sobre o bico com a ajuda de uma máquina, este perfura o fundo e fica pronto a ser utilizado. Um sistema patenteado de 4 ‘barbatanas’ fixa o VidBag no interior do saco, é fabricado num material resistente à corrosão, uma característica importante sobretudo quando se lida com fertilizantes, e permite um débito do conteúdo do saco entre 150 a 200 kg por minuto. Em Portugal este dispositivo é comercializado pela GêBêCê.


Produto Mitas Premium com garantia melhorada Novos minitratores hidrostáticos YANMAR A marca japonesa dirige ao mercado europeu uma nova linha de minitratores, para horticultura e jardinagem, composta por dois modelos com motor de 3 cilindros: SA 221, de 21 cv, e SA 424, de 24 cv. A transmissão hidrostática é comum a ambos, mas com diferentes tetos de velocidade máxima: 13 e 22 km/h, respetivamente. A ordem de avanço e recuo é controlada através de dois pedais com o pé direito. Possuem tração às 4 rodas e toda uma estrutura que se assemelha à de um trator convencional de maior tamanho, com uma plataforma desimpedida de modo a que o operador beneficie de uma condução confortável. O vermelho e o preto sobressaem na nova linha estética, que rompe com os modelos anteriores da marca.

MITAS O fabricante checo anunciou uma significativa melhoria nas condições de garantia dos seus pneus agrícolas. Todos os pneus Mitas Premium fabricados e/ou vendidos depois de janeiro de 2014 na Europa terão seis anos de garantia desde a data de produção, uma política de substituição gratuita durante os primeiros 24 meses, e três anos em que serão valorados os danos não intencionais ocorridos durante o trabalho em campo. Estas medidas inserem-se na substituição da Continental pela Mitas Premium no que ao sector agrícola diz respeito, processo iniciado em 2015. “As condições de garantia dos pneus Mitas Premium refletem a nossa confiança na qualidade do produto, oferecendo a melhor garantia global do mercado agrícola”, afirmou Andrew Mabin, Diretor de Marketing e Vendas da Mitas.

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Produto Série Global recebe modelos MF 6700 MASSEY FERGUSON

Fresa de grande dimensão com 2 motores SALGRO Salvador Parede Llorente, um prestador de serviços da região de Múrcia, expôs na FIMA 2016 uma fresa inovadora que patenteou. A alfaia foi-nos apresentada pelo próprio em Saragoça. “É uma fresa rebocada, composta por três elementos independentes. Cada elemento lateral é impulsionado por um motor dedicado, e o elemento central é impulsionado pela TDF do trator”, começou por nos explicar. “A patente que registámos não chocou com nenhuma outra alfaia com estas características, é uma alfaia única”, acrescentou. Os traços distintivos desta fresa comercializada sob a designação Salgro são os seus dois motores John Deere de 140 cv de potência, e o facto de os três elementos poderem funcionar em simultâneo ou separadamente, o que é útil para contornar obstáculos, ou fazer aproximações aos limites das parcelas, sem se interromper o trabalho. “Já leva duas campanhas a trabalhar e está a funcionar muito bem. E a poupança é óbvia. Poupa-se dois tratores e dois operadores”, porque segundo refere, com esta alfaia um trator de 150 cv pode abarcar numa passagem uma largura de trabalho de 8,5 metros. O preço ronda os 90.000 Eur.

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Brno foi o local escolhido pela MF para apresentar os dois modelos de maior potência da série Global, que completa agora um intervalo de potência entre os 75 e os 130 cv. Entre a abertura da FIMA, em Espanha, onde a marca desvendou os modelos MF 5710 e MF 5711, e abertura da TechAgro, em Brno, na República Checa, nem se completaram dois meses. Mas foi o tempo suficiente para a marca fazer a apresentação ao público de mais dois novos tratores da série Global. “Há três anos anunciámos a intenção de apresentar uma nova série abaixo dos 130 cv e fizemo-lo dentro do prazo planeado. O lançamento destes tratores é mais um grade passo em frente no desenvolvimento da marca Massey Ferguson”, disse Campbell Scott, Diretor de Marketing da MF para a região EMEA. Os dois novos modelos, MF6712 (120 cv) e MF6713 (130 cv),

possuem cabine climatizada, desenhada e fabricada nas instalações de Beauvais, e equipam com motores AGCO Power Tier 4Final com 4,4 litros de capacidade. A transmissão 12/12 conta com inversor mecânico na versão standard mas a marca disponibiliza o inversor eletro-hidráulico em opção. O sistema hidráulico de centro aberto, apresenta um fluxo de 58 L/min dedicado ao elevador traseiro e respectivas válvulas, e um fluxo de 27 L/ min dedicado aos circuitos auxiliares, incluindo a direção, o que perfaz um total de 85 L/min. Quem necessitar de maior performance pode optar por um sistema de 98 L/min. Nestes tratores a distância entre eixos é de 2500 mm, ainda perto dos MF 5700 (2431 mm) mas já distante dos valores referentes aos MF 4700 (2250 mm). Pelas suas características, são tratores vocacionados para criadores de gado e para explorações mistas.


Recolha de fundos para criar trator elétrico FARMERTRONICS Desenvolver um trator movido a energia limpa e de funcionamento sem condutor é o objetivo a que se propõe a Farmertronics, uma start-up criada na Holanda em 2012. Para se financiar a vai recorrer a crowdfunding, necessitando de angariar 250.000 Eur; o montante mínimo estipulado para cada investidor que decida apostar neste projeto é de 10.000 Eur, em troca dos quais fica detentor de 1% do capital da companhia. Se este processo for bem sucedido, a Farmertronics deverá desvendar ao público já em 2017 uma primeira versão desta máquina, que numa fase inicial está destinada aos produtores de fruta. A produção em série está prevista para 2020. A ideia por detrás do eTrac-20 é reduzir a dependência das explorações relativamente aos combustíveis fósseis, e dar aos agricultores mais flexibilidade no modo como organizam o seu trabalho, ao poderem controlar o trator remotamente. O preço de venda deverá rondar os 80.000 Eur.

Modelo 2500 i-Plough com rasto KVERNELAND Em virtude de serem controladas via ISOBUS, as charruas reversíveis da linha 2500 i-Plough permitem ao operador fazer a regulação com maior facilidade e precisão. Nesta alfaia é possível memorizar diferentes regulações em função do trabalho ou ainda em função da largura de via dos diferentes tratores em que possa ser utilizada. Nesta linha de charruas destinada a tratores acima dos 280 cv, em vez de uma roda, o controlo de profundidade pode ser assegurado por um sistema de rasto de borracha. A vantagem? Como se trata de um sistema mais baixo, pode ser desviado para debaixo do quadro da charrua, dando ao operador a possibilidade de se aproximar da borda da parcela ou de outros obstáculos. Este sistema garante uma superfície de contacto com o solo três vezes superior, o que é especialmente útil em solos mais húmidos, e é compatível com modelos anteriores da marca.

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Produto Ensiladora com suspensão independente

Linha Siroko com reboque espalhador de 8 m³ JOSKIN

A pensar nas explorações de menor dimensão, a Joskin adiciona à linha Siroko um modelo mais pequeno. Nesta linha de reboques espalhadores de um eixo, encontrávamos até agora quatro modelos entre os 9,4 e os 14,2 m³ de volume de carga, ao passo que o novo S4008/8V se fica pelos 8m³ (5m³ sem extensões instaladas). Assenta na mesma base do S4010/9V, o modelo imediatamente acima, apresenta os mesmos 4 m de comprimento, mas é 24 cm mais baixo. A marca anuncia que esta configuração facilita a colocação

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de carga e lhe confere maior estabilidade em encostas, para o que também contribui o rodado de grande diâmetro. Entre outros opcionais, a Joskin disponibiliza tiras em PVC para proteção da parte superior do compartimento de carga e extensões com 250 mm, em madeira ou em alumínio. Também em opção, este modelo pode contar com uma instalação hidráulica independente, para situações em que o sistema hidráulico do trator é insuficiente ou então para evitar a mistura de óleos quando é usado em diferentes tratores.

SILOKING A marca alemã Siloking, que tem a sua atividade centrada nas máquinas para alimentação animal, atualizou o seu modelo de desensiladora automotriz SelfLine 4.0 Premium 2115-21. Esta máquina passou a equipar com motores Volvo Penta com 1000 horas de intervalo de manutenção, o mesmo acontecendo com os restantes modelos posicionados abaixo na gama da marca. A suspensão hidropneumática, que na traseira é independente a cada roda, faz parte do equipamento de série e, juntamente com um sistema de nivelamento controlado eletronicamente, proporciona a esta máquina de dimensão considerável uma suave deslocação mesmo em pisos irregulares. Em termos de velocidade esta desensiladora está disponível em três diferentes versões – 25, 40 e 50 Km/h – sendo estas últimas adequadas para criadores de gado que tenham a sua exploração repartida por vários diferentes locais.


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Tecnologias Horticultura


Notícias

Motor D3876 vence Diesel of the year 2016 Firma americana Oggun fabrica tratores em Cuba Estamos a assistir ao reatar das relações diplomáticas entre os Estados Unidos e Cuba, o que começa a ter implicações também a nível empresarial. A administração Obama autorizou que uma firma do Alabama se instale em Cuba para fabricar pequenos tratores. Este será um dos primeiros investimentos feitos pelos Estados Unidos naquela ilha das Caraíbas desde os anos sessenta. Com tecnologia básica e simples, os tratores Oggun podem trabalhar com pequenas alfaias instaladas tanto em posição central como em posição traseira, e estão pensados

para pequenos agricultores que dão o primeiro passo no sentido da mecanização. Numa primeira vão dispor de blocos Kohler a diesel com potência até 25 cv, embora a marca tenha comunicado que também pretende comercializar um motor elétrico, com a particularidade de ambos serem intercambiáveis, cabendo ao agricultor escolher qual deles usar. A meta aponta para que em Puerto Mariel, nas imediações de Havana, se proceda à montagem de 1.000 unidades/ano, estando o início da laboração previsto para 2017.

CARREGAR AINDA MAIS

A revista italiana Diesel distinguiu um motor de origem MAN com a distinção Diesel of the Year 2016. Este prémio é atribuído anualmente e tem por objetivo distinguir os motores mais inovadores desenvolvidos pelos fabricantes. O D3876 da MAN é um motor de 6 cilindros com 15,2 litros, capaz de cobrir um espectro de potência entre os 565 e os 660 cv. Estando destinado a máquinas que muitas vezes trabalham em terrenos com considerável inclinação – como tratores de alta potência ou debulhadoras – este motor tem um sistema de lubrificação interna pensado para essas condições de funcionamento. Mais compacto do que o modelo antecessor, incorpora um turbo de geometria variável, cumpre a Fase IV relativa às emissões poluentes, e está já preparado para enfrentar também a Fase V. O prémio foi entregue no decorrer da Bauma 2016, realizada em Munique no mês de abril.

Espanha: Exportações de equipamento agro-pecuário cresceram em 2015 A Agragex, Associação Espanhola de Fabricantes-Exportadores de maquinaria agrícola, apresentou os resultados do ano transacto, revelando um volume de negócio total de 2.041.426.007 euros, representando um aumento superior a 10% comparando com 2014, e apenas 6 milhões de euros dos valores alcançados em 2013. A Europa continuou a ser o principal mercado de exportação (45,5%), seguida da América Latina (11%), Magrebe (9,5%), e Ásia (9%).

Red Dot Award 2016 premeia equipamentos agrícolas A nova picadora de forragem automotriz Série 8000 da John Deere e os tratores do Grupo AGCO, Fendt 1000 Vario e Valtra T234, foram reconhecidos na categoria “Design de Produto” do Red Dot Award. Com mais de 5.200 produtos de 57 países inscritos na edição deste ano, o concurso Red Dot Design é um dos mais conceituados do mundo. O júri é composto por 41 especialistas independentes de design de todo o mundo. No final, Matthias Schönder, principal responsável pelo desenho da picadora, bem como Martin Richenhagen, Presidente e Diretor Executivo da AGCO Corporation, mostraram-se satisfeitos com o resultado alcançado, realçando a importância do design, qualidade e inovação nos dia que correm.

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Transmissões

de tratores, quem as entende? POWERSHIFT versus CVT isto juntarmos a pouca vontade das marcas em explicar o seu “pacote” obtemos o que temos: muitas vezes o agricultor não sabe o que está a comprar.

A TRANSMISSÃO é assim tão importante?

Os agricultores SABEM O QUE COMPRAM?

O

presente artigo representa a terceira colaboração com abolsamia. Em janeiro (nº 99 da revista) falei sobre a importância de conhecer a potência do trator que se pretende adquirir. Em março (nº 100) procurei clarificar as diferenças entre um serviço hidráulico de centro aberto e de centro fechado. Na presente edição, proponhome ajudar o leitor a encontrar respostas para as suas dúvidas e dificuldades quando tiver que

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optar pela melhor transmissão para o seu trator, focandome na escolha entre uma powershift e uma CVT. Como o leitor poderá notar, existe um denominador comum aos três temas abordados: a dificuldade do agricultor em perceber o que lhe é oferecido pelo fabricante e aquilo que mais se adequa às suas necessidades. Com efeito, à dificuldade em entender os conceitos técnicos junta-se a de entender a terminologia própria de cada marca, e se a

Definitivamente, a resposta é sim. Um bom trator com uma má transmissão é apenas mais um trator ou inclusivamente um trator “mau”. Na realidade, os argumentos mais importantes de compra de um trator versam sobre motor, potência e transmissão. Estes são, sem dúvida, os argumentos intrínsecos mais decisivos (como argumentos extrínsecos mencionaria o preço e o serviço pós-venda).

A EVOLUÇÃO Um “velho” trator tem uma transmissão com uma disposição simples: conta com uma caixa de “grupos” e outra caixa denominada de “velocidades”. Ambas estão colocadas “em sequência” quer dizer, uma a seguir à outra. Até aos anos 80 o panorama era portanto simples e um modelo podia ter mais ou menos velocidades, mas o conceito era sempre o mesmo. Foi então que surgiu o Hi-Lo, um grande

“invento” para os agricultores, eu incluído, que rapidamente o adotámos. Passaram alguns anos e vieram as transmissões em “movimento” para posteriormente aparecerem as “sob carga”… e quando achávamos que já tínhamos tudo, chegaram as CVT.

OS FABRICANTES E A SUA TERMINOLOGIA Se a nomenclatura “oficial” está perfeitamente definida e não existem dúvidas sobre o seu significado, o mesmo não se passa com a terminologia comercial dos fabricantes. Aos conceitos de transmissão parcial ou totalmente sincronizada, câmbio parcial ou totalmente sob carga, câmbio pilotado, transmissão de variação contínua… juntase a terminologia própria de cada fabricante, utilizada nos seus catálogos normalmente traduzidos (e mal traduzidos!), de países anglo-saxónicos, onde abundam conceitos


Tecnologia Transmissão Powrshift da ZF.

como synchromesh, power clutch, dyna shift, shuttle, power shuttle, autocommand, synchro, hi-lo, twin, dual, speedy, creep, overdrive, powershift (semi ou full), quad, synchro splits, Vario, S-Matic, TTV, KVT… Uma perfeita confusão! Talvez parte do problema resida no facto de não existirem fabricantes de tratores em Portugal. Aqui somos apenas “compradores”. Para além disso, o mercado português consome um número baixo de unidades, o que significa que tão pouco é decisivo para as grandes marcas. Se a isto se juntar a negligência das entidades oficiais competentes e também, por que não dizê-lo, das universidades, ao não imporem um pouco de ordem nesta “floresta”, o resultado é aquele que já conhecemos.

Tipos mais comuns de CAIXAS Sincronizador.

CAIXA SINCRONIZADA Atualmente é a opção mais básica (ainda que eu trabalhe com tratores sem sincronização!). A mudança de velocidades faz-se sem parar o veículo embora, enquanto se “pisa” o pedal da embraiagem se interrompa a transmissão de potência do motor às rodas. Quando uma caixa é sincronizada significa que se pode engrenar um par de engrenagens sem necessidade de imobilizar o trator (para isso existem os sincronizadores) mas sim pisando a embraiagem,

quer dizer, deixando de transmitir o binário. Como o detalhe importa, a qualidade do detalhe reside em que os sincronizadores estejam tanto na caixa de “grupos” como na de “velocidades” ou inclusivamente que o desenho das engrenagens seja de dentes retos ou helicoidais (claro que existem muitos outros

parâmetros de qualidade, como sejam a própria qualidade de fabrico da caixa e o tratamento superficial das engrenagens, rolamentos, etc., mas essa é uma história que abordaremos noutra altura.

TRANSMISSÃO EM MOVIMENTO (“ON THE MOVE”)

A chave reside em que se introduz a mudança sem parar o veículo e sem pisar a embraiagem ainda que se interrompa a transmissão de potência às rodas. Neste caso, a uma caixa manual acopla-se um acionamento hidráulico gerido eletronicamente para a seleção de velocidades. É portanto uma caixa manual em que o condutor aciona alavancas, manetes ou botões para ir “subindo” o “descendo” de velocidade. Outro avanço neste tipo de caixas é que as velocidades se possam preparar com antecedência para que a passagem à relação seguinte se faça de forma suave. Esta é a caixa típica de um automóvel F1. Como as embraiagens costumam ser eletro-hidráulicas o

Corte do corpo de trator John Deere 3350 com transmissão 16+8.

ATENÇÃO!! É habitual que os vendedores de tratores queiram vender, por desconhecimento, uma “transmissão em movimento” (on the move) por uma “transmissão em carga” (powershift) ou inclusivamente uma “semipowershift” por uma “fullpowershift”. O agricultor deve entender bem a diferença para pagar o custo extra.

acionamento é muito rápido e a caixa, se a carga suportada não for muito elevada, comporta-se quase como uma transmissão sob carga.

TRANSMISSÃO SOB CARGA

Significa que não é necessário parar o veiculo nem pisar a embraiagem e além disso enquanto dura a mudança não se interrompe a transmissão de binário entre o motor e as rodas.

Para conseguir uma transmissão sob carga (powershift) pode-se usar: • Pares de engrenagens, em engrenamento constante, comandadas por uma embraiagem de discos de acionamento hidráulico. Neste caso, um distribuidor hidráulico gere o envio de óleo sobre pressão para embraiar ou desembraiar. Repetindo o sistema tantas vezes como exija o número de velocidades, obtém-se uma caixa completa de

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Tecnologia transmissão sob carga. O inconveniente do sistema é que se existem muitas “velocidades”, então existe um número muito grande de embraiagens de discos (por isso este sistema é muito usado em automóveis mas menos em tratores). • Subcaixas em paralelo: Este desenho também é partilhado pelos fabricantes de automóveis e de tratores. Consiste em ter duas caixas em paralelo, uma para as velocidades pares e outra para as ímpares com uma embraiagem multidisco para cada linha (par ou ímpar) O sistema de dupla embraiagem permite alternar ambas as caixas por forma a que a transmissão de binário seja ininterrompida. Se, por exemplo, se alinham em 2 eixos concêntricos, os carretos das velocidades 1ª, 3ª, 5ª e 7ª giram solidariamente com um eixo concêntrico enquanto que o outro funciona com os carretos das 2ª, 4ª, 6ª e 8ª velocidades. Para aumentar ou reduzir uma velocidade, o que se faz é transmitir o binário de entrada de um eixo concêntrico para o outro. A transição consiste no desengate da embraiagem

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Discos da Kevlar em pacote de multidiscos.

em trabalho, enquanto se engata de forma simultânea a da nova velocidade. Não há quebra de rotações no motor durante a passagem, não há rotação em vazio e portanto não é preciso deixar de acelerar durante o câmbio. O motor não sofre as consequentes subidas de rotação de cada vez que se engata uma velocidade, como acontece numa caixa manual. • Câmbio automático com engrenagens planetárias: É a solução mais compacta. Permite obter várias relações em função dos carretos que se acoplam

em cada momento sem interromper o movimento de entrada do motor. As engrenagens planetárias (carreto planetário e três

carretos satélites unidos por uma coroa dentada são a solução que oferece mais possibilidades de desenho. Para além disto, conta com o atrativo de repartir o binário entre um maior número de dentes, o que se torna muito vantajoso em tratores onde muitas vezes a transmissão de potência se baseia em muito binário e baixa velocidade de rotação. É verdade que a engrenagem epicíclica tem mais complexidade técnica mas é de longe a mais utilizada.

DENTRO DAS TRANSMISSÕES SOB CARGA HÁ QUE DISTINGUIR ALGUNS CONCEITOS ASSOCIADOS • Hi-Lo: Trata-se de uma transmissões sob carga de 2 velocidades. O Hi-Lo provem da contração dos termos anglossaxónicos High (alto) y Low (baixo) e embora tenha sido popularizado pela John Deere, em poucos anos todos os fabricantes passaram a oferecê-la com essa ou outra designação semelhante. • Semipowershift: Nem todas as velocidades se mudam sob carga. O normal é que a caixa principal seja sob carga enquanto que a caixa de grupos seja “on the move”, quer dizer, sem pisar a embraiagem e em movimento embora com interrupção de potência. • Powershift: Caixa de velocidades na qual TODAS as marchas estão sob carga.


Tecnologia ESQUEMA 1 - TRANSMISSÃO COM ESCALONAMENTOS 24 velocidades: 4 gamas e 6 velocidades/gama

CAIXA DE VELOCIDADES COM VARIADOR CONTÍNUO (CVT) É a caixa mais evoluída e a que normalmente montam “os navios almirante” dos fabricantes. Não existem posições fixas, tudo é variável e é possível obter um número infinito de relações de velocidade. Daí o seu nome, CVT ou Continuously Variable Transmission. Trata-se de uma transmissão “sem escalonamentos” na qual a gestão se realiza a partir de uma centralina eletrónica. • Variador mecânico ou hidráulico: A filosofia duma CVT reside na colocação dum variador contínuo no percurso da transmissão da potência. É o que se conhece como “ramificação” da potência. O variador pode ser mecânico (na indústria automóvel é o habitual)

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Por: Pilar Linares

Valtra HiTech.

Regime de rotação do motor (rpm)

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1100 10

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Velocidade de avanço (km/h)

ou hidráulico, ou melhor dito hidrostático, sendo o mais comum, de longe, no mundo agrícola. • Variador mecânico (CVT não ramificadas): É o exemplo típico de uma scooter sem

velocidades. O variador mecânico é mais simples englobando os que equipam os ciclomotores tipo Vespa, ou outros mais desenvolvidos como os “Torotrak” para tratores pequenos como o

Lugar da Subatesta s/n , 23, 7800-241 Beja • Junto aos Silos da EPAC Tel. | Fax. 284 320 624 | Tlm. 917 814 559 Email: ssunipessoal@gmail.com

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Máquina montada à TDF do trator

• Peso: 1380 Kg • Potência mínima necessária: 80 hp • Extensão máxima do braço: 685 cm • Acessórios: Radiador, Acelerador por rádio-control, Rodas, Rede mecânica recolhedora (Guarda-chuva)

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ABOLSAMIA · maio / junho 2016

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Tecnologia VaryT da Carraro.

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No mercado existe uma multitude de caixas, desenhadas e fabricadas ou pelos próprios fabricantes de tratores ou por fornecedores especializados. Exemplos como a caixa ZF Eccom que equipa muitos tratores (por exemplo o Deutz TTV) ou a Steyr S-Matic do grupo CNH (ainda que também fabricada pela ZF e que foi usada nos CVX da Case IH e nos T7 da New Holland) ou a famosa Vario da Fendt também usada pela Massey, ou a Autopwr IVT da John Deere, HM-II e C-Matic da Claas…

ESQUEMA 2 - TRANSMISSÃO CVT

Zona possível de desempenho

Aproveitam-se todas as zonas coloridas

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Dispõe-se de muito mais espaço para procurar pontos de funcionamento eficiente

Trabalho conjunto motor + transmissão 1100 0

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Velocidade (km/h)

CARACTERIZAÇÃO de uma caixa Como pode, um agricultor ou um técnico em mecânica agrícola, aconselhar ou decidir sobre a compra de uma caixa? Em que deve basear-se? Existem uma série de parâmetros que são definitivos na altura de definir um tipo de transmissão como bom ou mau para um determinado trator. Estes parâmetros são: • Potência máxima que pode transmitir. • Relações de transmissão máxima e mínima que se obtêm com a caixa. • Escalonamento adequado. • “Arquitetura” da caixa: conceito de sincronização, transmissão pilotada ou sob carga, caixa “discreta” o contínua. • Parâmetros “mecânicos”: desenho dos seus componentes como sejam a robustez, tratamentos superficiais, desenho das engrenagens, tipo de sincronizadores, eixos, rolamentos…

Por: Pilar Linares

2100

Regime de rotação do motor (rpm)

E o Inversor? O inversor é o mecanismo que permite passar de um sentido de deslocação para outro, de forma mais direta do que a disposição tradicional da marcha atrás duma caixa convencional. Hoje em dia, a sua utilização é tão popular que se torna difícil entender um trator sem este mecanismo. A implementação da mudança de sentido pode ser de tipo mecânico, ou hidráulico, eletrohidráulico, sob carga e, por norma geral, inclusivamente em tratores de especificação média, sem pisar a embraiagem.

• Variador hidráulico (CVT ramificadas): São as mais normais no mundo dos tratores. Dispõem de um ramo mecânico com relação fixa e um ramo hidráulico com relação variável. O variador hidrostático é para tratores pesados no qual se combinam motores e bombas hidráulicas com sistemas planetários epicíclicos.


UM EXEMPLO Atrás referi que no desenho de um trator as caixas se situam em sequência, quer dizer uma atrás da outra. Esta disposição leva a que, no final, o conjunto de velocidades ou marchas do trator seja muito elevado. Para além disso é comum que o desenhador “misture” conceitos na hora de definir uma transmissão para o seu trator. Imaginemos que se coloca uma caixa de grupos (G) “em movimento” de 4 velocidades; uma caixa principal (PS) sob carga (powershift) de 4 marchas; um inversor (I) sob carga (AV e AR) e um Hi-Lo (H/L) de 2 velocidades. A caixa teria um total de: 4 G * 4 PS * 2 H/L * 2 I = 32 + 32 velocidades. Observe o leitor que dessas 32 velocidades em cada sentido há “velocidades” de diferentes “naturezas” pois o fabricante tende a “misturar” conceitos e assim há velocidades sob caga ou powershift que convivem com outras que não são sob carga.

Esta é a “pergunta de 1 milhão de dólares”.

POWERSHIFT contra CVT Existem diferenças de preços importantes entre uma transmissão powershift e uma CVT, e se um agricultor não está habituado a trabalhar com ambas em diferentes condições de trabalho, não tem argumentos claros e definitivos para decidir a que mais lhe convém. Há cerca de 15 anos que coexistem ambos os tipos de caixas. Em alguns mercados predominam as powershift e noutros as CVT são mais populares. Há caixas tão bem desenhadas que se torna difícil, inclusivamente para condutores experientes, distinguir entre uma CVT ou uma boa Powershift. Habitualmente, quando aconselho agricultores, sugiro-lhes que subam, por exemplo, a um Massey Ferguson e experimentem a excepcional caixa Dyna 6 (6 velocidades sob carga) e de seguida testem a Dyna VT (CVT). Apesar de se basearem em conceitos diferentes, pois a Dyna 6 é uma caixa “por escalões”, aproxima-se muito à transmissão CVT (contínua) pois além disso, em tratores de elevada especificação, é oferecida a programação das sequências da caixa

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Tecnologia que permite uma adaptação automática das velocidades às condições de trabalho. A vantagem de uma CVT, contínua, frente a uma caixa “discreta” é clara e baseia-se em que na caixa convencional (seja de que tipo for) existem pontos onde não se pode trabalhar (apenas se podem seguir as linhas e ainda que existam muitas “linhas” ou velocidades, o mundo continua a ser “unidimensional”), enquanto que nas CVT o mundo é “bidimensional” pois é possível estar em qualquer ponto do plano formado pelos eixos rotações do motor e velocidade de avanço. Em qualquer caso, o utilizador dos tratores de gama alta deve mentalizar-se de que é imprescindível receber uma formação adequada que lhe permita aproveitar todo o potencial que oferecem as novas transmissões porque, de facto, uma caixa CVT pode conter tanto software como uma powershift e portanto há que entender bem a caixa para obter o aproveitamento óptimo.

O utilizador dos tratores de gama alta deve mentalizar-se de que é imprescindível receber formação adequada que lhe permita aproveitar todo o potencial que oferecem as novas transmissões.

CUSTO ACRESCIDO Para ilustrar o custo acrescido, inquirimos os principais fabricantes que dispõem de tratores com transmissões tanto PowerShift como CVT. Concretamente, pedimos aos fabricantes que nos fornecessem os preços de venda dos tratores das suas gamas entre 175-180 CV. Para poder comparar a diferença de preço entre uma transmissão CVT e uma PowerShift elegeramse exatamente as mesmas especificações: mesma cabina, mesmo eixo dianteiro, mesmos pneus, etc. O custo acrescido foi dado em percentagem, obtido da seguinte forma:

%=

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PVPCVT - PVPPS PVPPS

. 100

TABELA 1 - Comparação de PowerShift com CVT DIF. DE PREÇO (%)

MARCA

MODELO

TIPO DE CAIXA

Deutz-Fahr

6180 Agrotron CSHIFT 6180 Agrotron TTV

Powershift 24+24 CVT

6,9

Claas

Arion 640 HexaShift Arion 640 C-Matic

Powershift 24+24 CVT

7,2

Landini

6-175 Dynamic 6-175 V-Shift

Powershift 40+40 CVT

7,6

Powershift 20+20 Powershift 20+20 Powershift 24+24 CVT

1,1 (*) 5,1 (*) 6,6 (*)

6175R PowrQuad 6175R AutoQuad Plus EcoShift John Deere 6175R DirectDrive 6175R AutoPowr Case iH

Puma 185 FullPowerShift Puma 185 CVX

Powershift 18+6 CVT

10,5

Massey Ferguson

6616 Dyna6 6616 DynaVT

Powershift 24+24 CVT

9,0

McCormick

X7.460 ProDrive X7.460 VT-Drive

Powershift 24+24 CVT

6,5

New Holland

T7.175 T7.175 Auto Command

Semi-Powershift 18+6 CVT

12,5

Valtra

N174 Versu N174 Direct

Powershift 30+30 CVT

8,9

Kubota

M171 M171 KVT

Powershift 40+40 CVT

9,0

(*) Incremento relativamente à versão base PowrQuad. Nota: Os valores apresentados mostram exclusivamente a variação percentual referente aos modelos no âmbito deste inquérito.

Sempre que um fabricante tinha várias possibilidades de transmissão PowerShift optou-se pela transmissão sob carga com mais especificações por ser mais aproximada ao conceito CVT.

Os modelos estudados foram: • Deutz Fahr 6180 Agrotron (transmissão CShift e TTV); • Claas Arion 640 (transmissão HexaShift e C-Matic);


Tecnologia • Landini 6-175 (transmissão Dynamic e V-Shift);

• Valtra N174 (Transmissão Versu e Direct);

• John Deere 6175R (consideraram-se 3 transmissões Powershift como a PowrQuad, AutoQuad Plus EcoShift; Direct Drive em comparação com a transmissão contínua AutoPowr);

• Kubota M171 (Transmissão PowerShift e KVT).

• Lamborghini Spock 180 T4i (Transmissão CShift APS e VRT); • Case IH Puma 185 (transmissão FullPowerShift e CVX); • Massey Ferguson (Dyna 6 e Dyna VT); • McCormick X7.460 (transmissão ProDrive e VTDrive); • New Holland T7.175 (Transmissão Semi-Powershift e Auto Command);

VALE A PENA O CUSTO ACRESCIDO? Como se pode observar na tabela 1, as diferenças de custos rondam os 8%. Se vale a pena ou não o custo estra, cabe ao comprador encontrar a resposta, conhecendo as vantagens de umas e outras. Espero que com a ajuda deste artigo tenha contribuído para clarificar conceitos e dúvidas na altura de ter que escolher.

O MEU CONSELHO Perante a possibilidade de comprar um trator de potência semelhante mas equipado com Powershift (full) ou CVT, o meu conselho é que se analise o tipo de trabalho que se vai fazer. A minha apreciação é a seguinte: • Em trabalhos muito exigentes em potência, uma boa Powershift (mínimo 6 velocidades sob carga) terá vantagens em comparação com uma CVT. • Se o trabalho do trator vai ser com um nível baixo de carga, por exemplo em transporte, a CVT é muito superior. • Em trabalhos onde é imprescindível manter a precisão da velocidade de avanço, de novo a CVT é imbatível. Mas no final, e todos o sabemos, a comparação de custos tem um peso decisivo.

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Estatísticas PORTUGAL

No que respeita à distribuição das unidades matriculadas por escalões de potência, os escalões dos 30 aos 59 kW (41 a 80 cv) representam quase metade do total de unidades (621) para o período considerado.

O MERCADO DE

tratores Agrícolas No primeiro trimestre do ano, o número de tratores novos matriculados (1233 unidades) registou uma variação positiva de 0,9% que se refletiu num acréscimo de 11 tratores. Por tipologia, os tratores especializados foram os que tiveram um maior crescimento (31,9%) comparativamente com o mesmo período do ano anterior. Já os tratores convencionais caíram 17%, e os compactos tiveram uma ligeira subida de 1,2%.

MATRÍCULAS DE TRATORES AGRÍCOLAS NOVOS POR ESCALÕES DE POTÊNCIA 1º TRIMESTRE 2016 < 34 CV

215

35 A 54 CV

380

54 A 80 CV

304

81 A 99 CV

129

100 A 150 CV

161

KUBOTA

264

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2015

%VAR.

201 191

162 188

24.07 1.60

120

-27.50

JOHN DEERE

115

-25.22

DAEDONG/KIOTI

78

46

69.57

SAME

77

66

16.67

LAMBORGHINI

65

43

51.16

2016

LANDINI

64

52

23.08

2015

HURLIMANN

49

43

13.95

LS

48

46

4.35

MASSEY-FERGUSON

47

62

-24.19

ISEKI MC CORMICK

32 32

22 30

45.45 6.67

VALTRA

29

26

11.54

CASE IH

24

34

-29.41

236

Convencionais Especializados

Origem: IMT Fonte: ACAP

2016

87

432

Compactos

DEUTZ-FAHR 33

86

554

SHIBAURA

17

24

-29.17

FENDT

14

19

-26.32

KUKJE

13

24

-45.83

SOLIS

13

6

116.67

YANMAR

12

12

0.00

54

82

-34.15

1233

1222

0.90

OUTRAS TOTAL

KUBOTA 67

LAMBORGHINI 29 35 A 53 CV

TOTAL 380

KUBOTA 29 54 A 80 CV

NEW HOLLAND 56 LANDINI 10

SAME 10

JOHN DEERE 14

81 A 99 CV

TOTAL 129

HÜRLIMANN 18

100 A 150 CV

TOTAL 161

NEW HOLLAND 36

> 150 CV

VALTRA 9

OUTRAS 32

JOHN DEERE 44 OUTRAS 39

FENDT 4

JOHN DEERE 4 OUTRAS 7

NEW HOLLAND 33

FENDT 9

DEUTZ-FAHR 10 KUBOTA 23

OUTRAS 116

TOTAL 304

SAME 39

DEUTZ-FAHR 12

OUTRAS 141

KUBOTA 75

LAMBORGHINI 31 [Nº Unidades]

OUTRAS 68

TOTAL 215

DAEDONG/KIOTI 52

DEUTZ-FAHR

Total

457

NEW HOLLAND 47

Matrículas de tratores novos, por marcas em Portugal - janeiro a março 2016

NEW HOLLAND

512

ISEKI 29

< 34 CV

LS 36

1233

1222

MASSEY FERGUSON 15

DAEDONG/KIOTI 19

44

Fonte: ACAP

1233

janeiro a março 2016

SHIBAURA 17

> 150 CV

MATRÍCULAS DE TRATORES AGRÍCOLAS NOVOS POR TIPO 1º TRIMESTRE 2016

Matrículas de tratores novos em Portugal, por marcas e escalões de potência

NEW HOLLAND 11

TOTAL 44 DEUTZ-FAHR 9 [Nº Unidades]


Matrículas de reboques agrícolas novos em Portugal - janeiro a março 2016 2016

Fonte: ACAP

2015

EVOL. 16/15 (UNID) -33.33 75.93

Jan.

Fev.

Mar.

TOTAL

GALUCHO

33 22

32 0

35 73

100 95

150 54

MASSIL

60

0

23

83

50

66.00

RATES

13

26

21

60

98

-38.78

JOPER

18

13

17

48

89

-46.07

REBOAL

20

20

0

40

77

-48.05

AGRIDUARTE

11

0

5

16

18

-11.11

COSTA

3

5

4

12

17

-29.41

OUTEIRO

3

2

4

9

22

-59.09

ERREPPI

8

0

0

8

4

100.00

HERCULANO

OUTRAS TOTAL

37

41

-9.76

508

620

-18.06

INVESTIMENTO EM MÁQUINAS E ALFAIAS AGRÍCOLAS DEVERÁ BAIXAR EM 2016 As vendas na Europa de equipamento de mobilização de solo, sementeira, fertilização e proteção de plantas devem voltar a sofrer uma queda em 2016. De acordo com os especialistas, depois de uma redução na ordem dos 14%, representando um volume de negócio de 3.09 biliões de euros em 2015, é esperada nova descida, na ordem dos 11%. Ainda assim, o nível actual das vendas continua na média dos últimos 8 anos. Philip Nonnemacher, Coordenador dos Grupos de Produto na CEMA, aponta “o baixo preço das mercadorias e o baixo rendimento que daí advém para os agricultores” como as principais razões para estes resultados, lembrando, no entanto, que “esta queda vem na sequência de um pico nas vendas em 2013, o que quer dizer que o nível actual das vendas está na média dos últimos 8 anos”. Em 2015, a queda na procura foi menos acentuada

em distribuidores de adubo e semeadores (-12%), do que em equipamento de mobilização de solo (-16%). É esperado que esta tendência seja invertida em 2016, já que o mercado de equipamentos de mobilização de solo parece ter estabilizado, sendo apenas esperada uma ligeira quebra, na ordem dos 4%. Já a procura de pulverizadores, distribuidores de adubo e semeadores, deverá apresentar uma descida da ordem dos 19%. Tiveram ainda lugar as eleições para os cargos de Presidente de Grupos de Produto da CEMA. Mattias Hovnert (Väderstad AB, Suécia), foi eleito Presidente do Grupo de Produto para os equipamentos de mobilização de solo, Christoph von Starck (Horsch Maschinen GmbH, Alemanha) foi eleito para os de Proteção de Plantas, enquanto Massimo Bergo (Maschio Gaspardo S.p.a., Itália) continuará com os Semeadores e Distribuidores de adubo.

Fonte: CEMA

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Culturas especializadas Uma extravagância num campo de tulipas

Porta-alfaias para agricultura biológica TERRATECK A mecanização da agricultura biológica tem dado origem a soluções criativas. Na FIMA 2016, tínhamos acabado de passar pelo stand da Naïo Technologies, um fabricante de robots de deservagem e eletro-enxadas de que já falámos em anteriores edições, e logo nos deparámos com um porta-alfaias que nos despertou a atenção. A firma francesa Terrateck foi registada há 3 anos e comercializa diversos utensílios para sementeira e monda. Mas é o porta-alfaias Culti’track o

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equipamento mais evoluído que surge na sua oferta. Possui um motor diesel Yanmar de 23 cv, transmissão hidrostática capaz de atingir os 15 km/h, e largura de via regulável. O elevador traseiro, com capacidade para 300 kg, tem apenas uma função auxiliar, pois toda a estrutura está projetada para trabalhar com alfaias engatadas no elevador ventral, onde a capacidade de elevação é de 600 kg. A marca posiciona o Culti’track a meio caminho entre um motocultivador e um minitrator.

NEW HOLLAND Talvez o que vê na foto lhe pareça uma máquina de alcatroar estradas. Mas isso é porque não percebe nada de flores. Este New Holland T7.270 pertence à empresa holandesa Maliepaard Bloembollen que numa área superior a 100 ha se dedica em exclusivo ao cultivo de tulipas. E foi apetrechado com estes aparentemente extravagantes acessórios para responder às necessidades impostas pelo tipo de cultura. Para distribuir o peso do conjunto e limitar a compactação do solo, a firma

optou por instalar rastos de borracha, e um jogo de quatro rodas dianteiras que no final da torna são elevadas por comando hidráulico para permitir a manobra de viragem. Estas rodas também conferem estabilidade ao conjunto. Na parte superior está instalado um contentor onde, com a ajuda de um telescópico, são colocados os bulbos das tulipas. Os bulbos são depois transferidos para a tremonha do plantador engatado no elevador hidráulico traseiro através de um tapete transportador. E é assim que funciona todo este aparato.


Culturas especializadas Intercepas para trabalho em posição lateral Nova desensiladora automotriz rebaixada FARESIN Só dentro da linha de desensiladoras automotrizes Leader, são nove os diferentes modelos que a marca italiana Faresin disponibiliza. O mais recente, denominado Leader Compact, está disponível nas versões 1200, 1400 e 1600, apresentando capacidades de carga de, respetivamente, 12, 14 e 16 m³. O que distingue esta desensiladora são as suas dimensões compactas, pensadas para o trabalho dentro de instalações onde a altura é limitada. Os seus 2500 mm de altura total contrastam com os 2850 mm do modelo Leader Mono de capacidade equivalente. De resto agrupa as mesmas características dos restantes modelos, como sejam o motor FPT de 170 cv e as quatro rodas motrizes e direcionais. Em estrada a velocidade máxima que atinge é de 20 km/h. Além das automotrizes, a marca comercializa reboques misturadores, telescópicos e mini-pás carregadoras.

TECNOAGRI O intercepas lateral deste fabricante italiano é uma resposta à necessidade de se fazer deservagem mecânica em fileiras de pomares, vinha e olival. Apesar de ser engatada no elevador hidráulico traseiro, esta alfaia possui um braço que se prolonga para a frente, acabando por trabalhar em posição lateral, o que proporciona ao operador um controlo visual confortável. Este braço lateral é extensível entre 2,9 e 6 m. Possui regulação hidráulica de profundidade de trabalho, é controlada através de um joystick de comando eletrohidráulico, e está equipada com um dispositivo palpador automático para não danificar os troncos. Consoante a tarefa a executar, este intercepas pode ser equipado com um bloco de três discos lisos ou recortados ou com uma lâmina de limpeza destinada uma mobilização a menor profundidade, e velocidade superior até 7 km/h. Está indicado para tratores entre os 40 e os 80 cv.

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Horsch Maestro 8.80 CC

Sementeira de precisão com tecnologia Section Control Estivemos em Santa Vitória para conhecermos as potencialidades de um novo semeador rebocado de oito linhas adquirido pelos Irmãos Banza. Entre outros detalhes, nesta reportagem explicamos-lhe as vantagens do controlo elétrico de secções e de que modo esta tecnologia assegura uma sementeira mais precisa.

João Banza e Abílio Pereira.

F

oi João Banza quem nos recebeu em Santa Vitória, na visita de campo à sua exploração. Estávamos no princípio de Abril. Com três tratores à sua frente a deixarem pronta a cama de sementeira, era a si que cabia fazer a passagem com semeador para deixar o milho enterrado. E como a meio da época de sementeira o tempo é um

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recurso escasso, deu-nos as boas-vindas a bordo e grande parte da conversa decorreu no trator, ao mesmo tempo que ia despachando trabalho. Mas logo ao início da manhã, quando a equipa ainda enchia o Horsch com semente e fertilizante, Abílio Pereira, da Lagoalva, que nos acompanhou nesta visita de campo, foi indicando os traços diferenciadores deste semeador destinado à generalidade das culturas de entrelinhas largas, como o milho, o girassol, a soja, o algodão, o sorgo, ou a beterraba.

Particularidades da configuração rebocada Além de beneficiar de uma maior estabilidade, há outras vantagens associadas a um semeador rebocado. “Requer um trator de relativamente baixa potência. Para este semeador de oito linhas é suficiente um trator com cerca de 110/120 cv”, especifica Abílio Pereira. A nível de suporte de peso, não há tanta necessidade de força hidráulica. O mesmo acontece relativamente ao fluxo da bomba, já que este modelo em concreto tem um sistema auxiliar próprio, ligado à TDF, para fazer funcionar a turbina do sistema de vácuo e a turbina de distribuição do adubo e micro-granulado. Há também a questão da autonomia, como nos explica João Banza: “Onde se ganha muito tempo é no reabastecimento e na capacidade. Cada vez que abasteço fico com semente para fazer 15 hectares. Posso trabalhar entre duas horas e meia e três horas”.


Tecnologia por João Sobral

DADOS TÉCNICOS • • • • • • • • • • • •

8 linhas de sementeira Largura de trabalho de 6 m Espaçamento entre linhas entre 70 e 90 cm Regulação de profundidade entre 1 a 9 cm Velocidade de trabalho até 12 km/h Caixas de sementeira de 70 litros Tremonha para fertilizante de 2800 litros Tremonha para microgranulado de 200 litros Microgranulador para insecticida (opcional) Pressão ao solo ajustável até 300 kg Potência mínima necessária de 100 cv Calibração com o semeador imobilizado

Semeador destinado à generalidade das culturas de entrelinhas largas, como o milho, o girassol, a soja, o algodão, o sorgo, ou a beterraba.

TECNOMA, o seu parceiro !

Automotrizes de 2500 à 5200 litros Barras de 24 à 44 m

Rebocados de 2400 à 6000 litros Barras de 18 à 42 m

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Galeria de imagens

Tecnologia

Para visualizar mais fotos consulte o nosso site www.abolsamia.pt/net/galerias-imagens

Fotografia tirada a 21 de abril, com o milho já em estado mais avançado. Sem que o operador tenha de sair da cabine, é possível alternar em poucos segundos entre a posição de trabalho do semeador e a posição de transporte.

Ajuste e monitorização individual de cada linha

SECTION CONTROL

A inclusão de motores elétricos em semeadores monogrão abre caminho à versatilidade do controlo individualizado de cada linha (section control), como refere Abílio Pereira: “O funcionamento do section control permite que cada linha comece a funcionar e pare de funcionar no sítio preciso e sem estar dependente das linhas ao lado, o que é útil para não fazer sobreposição e para aplicar doses de semente variáveis ao longo do campo”. As vantagens são confirmadas pelo utilizador: “Comprámos uma máquina cujo custo é superior e temos de aproveitar a tecnologia que ela nos oferece. Não queremos cruzar as linhas. É uma questão de poupar semente e fertilizante, e de não fazer dobragem nas cabeceiras. Para nós, que semeamos uma grande área e que fazemos muitos serviços para fora, é muito importante ter o section control”.

Com esta tecnologia é o software do semeador que procede automaticamente à abertura e fecho de cada linha, anulando as sobreposições na sementeira. Com base no mapeamento da parcela, cada unidade de sementeira é desligada no local exacto, obtido via GPS, em que o semeador se cruza com a área já semeada. Além de garantir uma distribuição uniforme de semente, esta tecnologia liberta o operador para a monitorização de outras funcionalidades do equipamento.

Controlo total a partir do trator A regulação da profundidade de sementeira e a regulação da pressão das rodas compactadoras são dos poucos ajustes mecânicos feitos diretamente na própria máquina. Tudo o resto é definido no painel, que fornece ao operador um leque muito vasto de informações, como a área semeada, a área fertilizada, a área onde foi aplicado microgranulado, a monitorização de cada linha com indicação de faltas e duplos, o consumo elétrico de cada linha, a rotação das turbinas, ou o rendimento obtido em hectares/hora. Quando consultámos estes dados, João Banza estava com uma média de 4,1 ha/hora, e ajudou-nos a interpretar este valor: “Estamos num pivot muito partido. Podemos facilmente chegar a médias de 7 ha/hora. Precisamos é de ter área, sem andar a esbarrar em valas e estremas”.

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A ajuda dada pelo painel inclui ainda parâmetros de trabalho recomendados, como por exemplo intervalos de velocidade em função da semente que se está a instalar. Nesta exploração, o semeador Horsch trabalha engatado num Fendt 516 Vario com sistema de condução automática. Se fosse um trator mais básico a marca fornecia

João Banza acompanha a evolução da tecnologia e retira total partido das funcionalidades que a máquina põe ao seu dispor. O leque de configurações é muito vasto.

um painel dedicado, como informa o representante da Lagoalva: “Neste caso é só ligar a tomada e toda a informação aparece no painel do trator. Tendo o trator ISOBUS a máquina fica mais económica porque se

evita a aquisição de alguns componentes eletrónicos”. Quando o trator não dispõe desta tecnologia “a Horsch fornece terminais próprios com diferentes especificações, de acordo com as necessidades do cliente”.



Tecnologia Qualidade de sementeira a velocidades altas

Os discos de sementeira são compostos por rasgos em vez de furos. O sistema de vácuo segura melhor as sementes em rasgos, o que minimiza a ocorrência de falhas.

No nosso mercado o fator velocidade não é tão importante como em países com áreas muito extensas e solos mais fáceis de trabalhar. Tendo em conta esta realidade, perguntámos a este agricultor até que ponto as velocidades altas não prejudicavam a qualidade de sementeira. “Com sementes muito bem calibradas podemos ir até aos 12 km/h com uma precisão excelente. As sementes que estamos a usar hoje, não estão bem calibradas. E isso é que vai interferir mais na qualidade de sementeira”. Mas não é o único fator decisivo, como nos explicou. Na sua exploração são feitos anualmente diversos ensaios, muitas vezes em parceria com as casas de sementes. “Isso dá-nos a percepção do que é mais importante. Há agricultores que dão mais atenção à regularidade do espaçamento mas para nós o mais importante é a profundidade, para não termos plantas com mais de 48 horas de diferença na emergência”.

Sementeira Direta

Comunicação entre a marca e a exploração

Com este semeador há possibilidade de se fazer sementeira direta. “Por vezes, em maio tiramos culturas como a papoila ou a colza, e se tivermos um bom preço do milho e um contrato fechado, semeamos o pivot diretamente”, adianta João Banza. Essa operação pode ser realizada mesmo em parcelas com muito restolho à superfície, graças aos discos limpadores de linha, pensados para eliminar obstruções ao bom funcionamento do semeador. A marca disponibiliza dois modelos de discos limpadores, consoante o tipo de restolho. Para semear em terrenos muito secos e com muito pó, opcionalmente a Horsch procede à instalação de ciclones nas unidades de sementeira, acessórios que asseguram um superior desempenho neste tipo de ambientes mais difíceis.

Na sua exploração, João Banza teve anteriormente outros semeadores, o que lhe permite fazer comparações. “Quando começámos a ver os Horsch, percebemos que era uma máquina de conceção diferente. Para nós é o que está tecnologicamente mais desenvolvido, pois trabalha em qualquer tipo de condições, mesmo em solos muito duros. O nosso semeador tem mais de 1500

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A possibilidade de se pôr em cada caixa 300 kg de pressão hidráulica ao solo contribui para uma sementeira uniforme mesmo em solos mais entorroados.

hectares semeados, está todo de origem, e não apresenta sinais de desgaste”. A juntar a isso, não poupa elogios à assistência proporcionada pela Lagoalva e pela Horsch, até porque quando há algum desenvolvimento na linha Maestro, automaticamente esse upgrade chega ao cliente a custo zero. A fábrica mantém o semeador atualizado.

As unidades de sementeira são movimentadas por motores elétricos com controlo individual, independente das restantes linhas.



DIMENSÕES E PESO 6.35 m de comprimento, 3.60 m de altura, 2.95 m de largura; 14 t de peso em vazio com cabine e 21 t de peso máximo admissível. Pneus até 710/60 R38 e 900/65 R46-com 2.35 m de altura! (750/75 R46 opcional).

Fendt 1050 Vario

Tanto músculo como cérebro Não há volta a dar. Qualquer conversa sobre o novo modelo de alta potência da marca alemã começa pelos 500 cv fornecidos pelo motor. No entanto, ele é muito mais do que força e peso bruto. Fomos experimentá-lo e damos-lhe a conhecer as principais inovações que inclui.

N

o passado mês de abril, a Fendt trouxe até Portugal um exemplar do maior membro da família. Um 1050 Vario passou por Beja, Baixo Mondego e Porto Alto, onde foi possível experimentá-lo, ainda que em condições diversas de solo, com várias alfaias.

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Conceito Fendt iD A ideia base do Conceito Fendt iD é rentabilizar ao máximo o motor do 1050 Vario a baixos regimes. Ou seja, conseguir o máximo binário para o mínimo consumo específico de combustível, o que se traduz em elevadas potências a velocidades baixas. Para este objetivo contribuem todos os componentes do trator. Motor, sistema de refrigeração, transmissão e hidráulicos foram desenhados para o melhor

desempenho possível. Passamos a analisá-los.

Motor

Equipado com um motor MAN D2676de seis cilindros, com 12,4 litros de capacidade, tratase de uma máquina que tem a eficiência como prioridade, e segundo a marca é 10% mais eficiente a nível de consumo de combustível do que os modelos 900 Vario, que equipam com motor Deutz de 7,8 litros.

Este motor MAN apresenta um alto binário a baixas rotações: para o 1050 Vario, o binário máximo de 2400 Nm é atingível às 1100 rpm, o que resulta perfeito para trabalhos pesados. Já a velocidade máxima de 60 km/h é atingida às 1450 rpm.

Novo Sistema de Refrigeração

O Concentric Air System (CAS) é composto por uma ventoinha hidráulica posicionada à frente


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Tecnologia

Veja as fotos dos Concessionários na pág. 113

por Sebastião Marques

CARACTERISTÍCAS DO MOTOR - FENDT 1050 VARIO Potência Kw

Binário Nm

Consumo combustível g/kWh

400

2600

200

350

2400

190

300

2200

250

2000

200

1800

150

1600

100

1400

rpm

800

1000

1200

1400

1600

rpm

180

rpm

800

1000

1200

Novo Sistema de Transmissão VarioDrive

O NOVO SISTEMA DA FENDT É ENTRE 25 E 70% MAIS EFICIENTE. EM CONDIÇÕES DE FUNCIONAMENTO DE POTÊNCIA TOTAL DO MOTOR A 25 °C, UM SISTEMA DE REFRIGERAÇÃO NORMAL USA APROXIMADAMENTE 18KW. O “CAS” UTILIZA SOMENTE 6KW.

do radiador, em vez de atrás. É um conceito inovador, no qual o ar frio é empurrado em vez de puxado, e o ruído de funcionamento é menor. Montada numa estrutura de alumínio, a ventoinha pode ser invertida para efetuar a limpeza do pack de refrigeração.

A nova transmissão foi especialmente desenvolvida para explorar a potência do motor em qualquer situação, mantendo baixos regimes, independentemente das condições do solo. A solução encontrada foi o primeiro

1400

1600

MOTOR

1000

1200

1400

1600

Relação Binário/Potência Modelos

Binário (Nm)

Potência (cv)

1038 Vario

1900

396

1042 Vario

2100

435

1046 Vario

2300

476

1050 Vario

2400

51

sistema de transmissão que controla ambos os eixos de modo independente um do outro. As transmissões tradicionais às quatro rodas têm, por regra, uma relação de binário fixo entre o eixo da frente e o eixo de trás. O Fendt Vario Drive permite uma transmissão variável às quatro rodas. Com a ajuda de uma dupla

BOMBA HIDRÁULICA

800

embraiagem de controlo inteligente, o binário pode ser distribuído pelos eixos consoante a necessidade (Fendt Torque Distribution). A velocidades baixas, o binário é dirigido prioritariamente ao eixo frontal. À medida que a velocidade sobe, o binário vai sendo progressivamente transferido para o eixo traseiro.

SISTEMA PLANETÁRIO TDF

MOTOR HIDRÁULICO DO EIXO DIANTEIRO EMBRAIAGEM MOTOR HID. DO EIXO DIANTEIRO

EMBRAIAGEM INTELEGENTE OW

MOTOR HIDRÁULICO DO EIXO TRASEIRO

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Tecnologia ILUMINAÇÃO PARA ALÉM DAS LUZES DIURNAS E DE PRESENÇA, O TRATOR VEM EQUIPADO COM 18 LUZES LED COM UMA CAPACIDADE DE 45,800 LÚMEN.

SISTEMAS VARIO GRIP E GRIP ASSISTANT O 1000 Vario vem equipado com o sistema de enchimento central dos pneus, que permite ao operador controlar a pressão dos pneus mesmo em andamento. O trator trás ainda o sistema GripAssistant, que recomenda a lastragem e pressão dos pneus mais adequada para cada trabalho.

Hidráulico

O sistema de hidráulico é composto por duas bombas separadas de pistões axiais (220l/min e 210l/ min), e tem um máximo de sete válvulas (seis atrás, uma à frente). Capacidade máxima do elevador traseiro de 12.9 t, e 5.6 t no dianteiro.

CABINE A cabine mantém-se parecida com a das Séries 800/900. Sem contar com ligeiros ajustes a nível das dimensões, a grande alteração encontrase na ausência do seletor da tração às quatro rodas no apoio de braço, e na ausência do botão de gamas I/II. Na parte dianteira do capot está integrada uma câmara para auxiliar a visão de proximidade. O sistema de condução invertida está disponível em todos os 1000 Vario.

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DEPÓSITO DE 800 L, ADBLUE 85 L.

SISTEMA DE CONDUÇÃO INVERTIDA DIANTEIRA

TRASEIRA



Empresas por Francisca Gusmão

Grupo Maschio Gaspardo define diretrizes para continuar a crescer A nova gerência do Grupo Maschio Gaspardo reuniu com a rede de Concessionários de Espanha e Portugal para apresentar a sua estratégia para o futuro. A estratégia está bem definida e as condições estão reunidas para que a empresa continue a crescer.

“O ano 2015 foi seguramente um ano que marcou um antes e um depois na trajetória do histórico Grupo Maschio Gaspardo (MG): a entrada de um grupo de dirigentes de grande reputação internacional permitiu modernizar todos os processos de gestão interna e promover a eficiência entre as 14 unidades de produção existentes no mundo e as 10 filiais comerciais.” É esta a entrada do comunicado do Grupo que divulga as diretrizes para o futuro partilhadas pelo novo Administrador Delegado, Massimo

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Da esq. para dir.: Matteo Piazza (Resp. Produto Mob. Solo e Adubação); Battista Laveroni (Diretor Comercial Europa); Davide Trivellin (Resp. Produto Pulverização); Nicola Franco (General Manager MG IBÉRICA); Massimo Bordi (CEO); Mirco Maschio (CSO e Presidente); Andrea Maschio (CTO e membro do Conselho de Administração).

Bordi com os concessionários de Espanha e Portugal numa reunião que teve lugar em novembro passado, na Villa Maschio, em Campodarsego, Itália. Ainda segundo o comunicado da MG, o plano apresentado aos concessionários assenta em 3 áreas principais de intervenção: simplificação da estrutura societária e produtiva, reorganização da área comercial, e diminuição dos assets non-core para o Grupo. Esta é a fórmula com a qual a Maschio Gaspardo pretende continuar a aumentar

A fórmula com a qual a Maschio Gaspardo pretende continuar a aumentar a penetração nos diferentes mercados assenta em 3 áreas de intervenção: simplificação da estrutura societária e produtiva, reorganização da área comercial e diminuição dos assets non-core para o Grupo.


Empresas a penetração nos diferentes mercados. O plano industrial trienal (2015-2018) foi já aprovado pelos bancos.

Outras medidas apresentadas incluem:

• a unificação dos armazéns de peças e um único polo logístico em Campodarsego para continuar a melhorar o pós-venda Maschio Gaspardo que definem a rapidez e o serviço na gestão de peças como pontos centrais da política de distribuição do Grupo. • a inauguração da academia “Maschio Academy”, uma escola onde o Grupo pretende cultivar a paixão pelo conhecimento técnico e comercial das máquinas agrícolas com o objetivo de aprofundar o profissionalismo dos seus próprios colaboradores e concessionários, para poder oferecer ao cliente final um serviço de altíssima qualidade e aumentar desta forma a satisfação tanto durante a fase de compras como durante a de utilização. • o desenvolvimento de produto: a atividade de I+d do Grupo nunca esteve parada, oferecendo também

para este ano de 2016 muitas novidades, com destaque para as seguintes: charrua UNICO, distribuidor de adubo PRIMO, enfardadeiras de fardos cilíndricos FERABOLI, grades rotativas Toro e Jumbo para tratores de potência muito alta (500Hp), atualização da gama de subsoladores, fresa Giga para tratores de alta potência, cultivador combinado Dracula, entre muitos outros produtos. • uma forte presença nos principais feiras da Península Ibérica: FIMA 2016, Santarém e Agroglobal.

Entrevista a Nicola Franco Para aprofundar algumas das ideias expostas, entrevistámos Nicola Franco, General Manager da Maschio Gaspardo Ibérica. ABOLSAMIA:

O plano de “ataque” do Grupo MG refere como principais áreas de intervenção a simplificação da estrutura societária e produtiva, a reorganização da área comercial, e a diminuição dos assets non-core. Pode clarificar estes pontos? NICOLA FRANCO

Devido ao rápido crescimento vivido pelo Grupo nos últimos anos, foi necessário avaliar a otimização dos recursos disponíveis tanto a nível produtivo como organizativo. O Grupo Maschio Gaspardo possuía hotéis, restaurantes e empresas agrícolas não diretamente envolvidas no desenvolvimento futuro do seu negócio principal que é o fabrico de maquinaria agrícola, tendo sido tomada a decisão de vendê-las e de capitalizar recursos. Como fica a estrutura produtiva do Grupo MG? As unidades de produção passam de 10 para 8 (fecha-se a fábrica da Finotto e Unigreen Porto que

serão englobadas na da Gaspardo, que foi ampliada). A estrutura produtiva passa a estar localizada em Itália (Maschio Campodarsego e Cadoneghe/Gaspardo/Feraboli), Roménia, China e Índia. Na Península Ibérica, e em particular em Portugal, o que muda? – As alterações não afetaram diretamente de alguma forma a Península Ibérica devido a que a estrutura especial da filial cumpre perfeitamente com os novos requisitos de eficiência e de focus comercial (são 9 pessoas entre comerciais e serviço pósvenda, deslocalizadas no território para assegurar uma presença constante e rápida, tanto ao lado do concessionário como ao agricultor). Para reforçar a experiência de compras e disfrutar da utilização correta dos implementos em campo entrará na equipa de Portugal um novo técnico-comercial a partir do mês de maio, enquanto que em Espanha foi contratado um especialista de Produto para o Departamento de Marketing para apoiar os concessionários na organização de provas demostrativas “a la carte” e melhorar a comunicação de todas as vantagens competitivas do produto no mercado.

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T5 TRANSMISSÕES POWERSHIFT SUSPENSÃO DIANTEIRA OPCIONAL

New Holland

MAIS POTÊNCIA

Novos T5 e T6 apresentados em Lyon Continuando a renovação da sua gama, a New Holland apresentou em Lyon à imprensa especializada as suas renovadas Séries T5 e T6. Tendo esta otimização tido como principal objetivo cumprir com a norma de emissões Tier 4 B, a verdade é que ambos os tratores apresentam várias inovações importantes, nomeadamente o T5.

T5 mais potente e confortável Fazendo da agilidade uma das suas principais mais-valias mas oferecendo funcionalidades características de tratores de grandes dimensões, o T5 sofreu uma renovação mais profunda do que o T6. Assim, as principais novidades são a suspensão para o eixo dianteiro opcional, maior potência, a inclusão de uma transmissão semi-powershift em todos os modelos, e os controlos integrados para carregador e transmissão.

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A utilização do eixo dianteiro Terraglide™ com suspensão opcional é uma das principais novidades, que pode ainda ser combinado com o sistema de suspensão da cabina Comfort Ride™ opcional (de realçar que mesmo com a suspensão da cabina, o trator não é mais alto que o seu antecessor). Os melhoramentos efetuados ao chassis permitiram aumentar o peso bruto de 7,4 para 8 toneladas e o novo eixo dianteiro fixo de alto rendimento opcional permite utilizar pneus dianteiros de 28”. Travões dianteiros, que possibilitam uma travagem

às quatro rodas, também se encontram disponíveis opcionalmente. A tecnologia ISOBUS Class II pode agora ser instalada (opcional), permitindo monitorizar e controlar facilmente todas as alfaias com o monitor IntelliView™ III (opcional) para o manuseamento num só ecrã.

Motor e Transmissão

Disponível em três modelos (99, 107, e 117 cv), ligeiramente mais potentes que os seus antecessores (entre os 99 e os 114 cv), todos estão equipados com o motor F5C Common Rail de 3,4 litros com tecnologia ECOBlue Compact HI-eSCR e EGR (recirculação dos gases

Modelo

Potência maxima (cv)

Binário máximo (Nm)

Aumento de binário (%)

T5.100

99

430

42

T5.110

107

468

42

T5.120

117

491

37


Com previsível importância para o mercado português, estes são dois tratores polivalentes, destinados a explorações mistas, e que se inserem num segmento particularmente competitivo para os fabricantes.

Produto por Sebastião Marques

Command™ está agora disponível nos três modelos do T5, substituindo a 12 por 12 synchromesh e a 24 por 24 DualPower. Com a transmissão powershift é então introduzida a mudança automática de engrenagem, uma função que pode ser ligada ou desligada.

MODOS AUTOMÁTICOS

Carregador

O T5 apresenta novos trunfos, em relação ao seu antecessor, no que às tarefas de carregador diz respeito. Assim, o conjunto preparado para carregador inclui uma nova estrutura ampla com torres aparafusadas e barras laterais como opção. Também os novos joysticks mecânicos ou eletro-hidráulicos

de escape) de baixo débito, desenvolvido e fabricado pela FPT Industrial, que apresenta um melhor desempenho e até mais 24% de binário de reserva. O depósito de combustível tem uma capacidade de 165 litros e os depósitos AdBlue de 12 litros. Quanto à transmissão, a caixa de velocidades 16 por 16 semi-powershift Electro

opcionais com caixa de velocidades integrada tornam o manuseamento mais fácil e eficiente. Finalmente, a capacidade de elevação do hidráulico traseiro de três pontos aumentou para 5420 kg, enquanto a disposição das válvulas remotas foi melhorada para facilitar o acoplamento. O hidráulico dianteiro multifuncional, com uma capacidade de elevação de 1850 kg, e a tomada de força de 1000 rpm aumentam a flexibilidade.

Os novos modos Auto Transport e Auto Field melhoram a funcionalidade da caixa de velocidades Electro Command™, aumentando a capacidade de manobra. Nos trabalhos na estrada, as mudanças de velocidade simplificadas no modo Auto Transport podem minimizar a intervenção do operador, o que reduz consideravelmente o consumo de combustível. O modo Auto Field gere a velocidade do motor e a caixa de velocidades, otimizando o desempenho e a poupança na tomada de força e aplicações de penetração profunda do solo durante os trabalhos no campo. Está também disponível um superredutor opcional com a caixa de velocidades ECO Electro Command de 40 km/h.

OS JOYSTICKS INCLUEM OS BOTÕES DE FUNCIONAMENTO DA CAIXA DE VELOCIDADES E DO CARREGADOR NUMA SÓ UNIDADE.

CABINA DELUXE VISIONVIEW A DISPOSIÇÃO DOS COMANDOS E A COLUNA DE DIREÇÃO AJUSTÁVEL MANTÊM TUDO AO ALCANCE DO OPERADOR. NOTA PARA O PARA-BRISAS DIANTEIRO PANORÂMICO E AS ESCOVAS DE GRANDES DIMENSÕES COM 200 GRAUS. O OPERADOR PASSA AINDA A TER MAIS ESPAÇO DE ARRUMAÇÃO COM A NOVA CAIXA DE ARMAZENAMENTO À ESQUERDA DO ASSENTO.

AS 8 NOVAS LUZES LED (OPCIONAIS) PRODUZEM 15.600 LÚMENES E UM FEIXE DE LUZ BRANCA MAIS AMPLO. EM COMPARAÇÃO COM LUZES DE HALOGÉNEO EQUIVALENTES, ESTAS LUZES OFERECEM MAIS 145% DE LUZ E UMA MAIOR DURABILIDADE COM UM MENOR CONSUMO DE ENERGIA.

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Produto T6 mais eficiente e com mais opções No que ao T6 diz respeito, as grandes novidades surgem ao nível do motor, com a inclusão de mais modelos de 4 cilindros e a adopção do conceito HieSCR usado no T7, a distância entre eixos (agora igual para 4 e 6 cilindros), bem como no maior número de customizações possíveis em relação ao seu antecessor, reforçando a natureza polivalente deste tractor.

Motor

Ao nível das motorizações, o T6 apresenta agora cinco modelos de quatro cilindros, que debitam entre 125 e 175 CV, e apenas um modelo de seis cilindros, mantido, nas palavras do Presidente da New Holland Agriculture, Carlo Lambro, “para ir ao encontro dos pedidos dos clientes da marca”. O modelo T6.180 de seis cilindros é o topo de gama, com um binário máximo de 740 Nm: o único trator de seis cilindros nesta categoria no mercado. Para cumprir com as normas de emissões, a New Holland optou por utilizar no T6 a mesma tecnologia utilizada no T7, a ECOBlue™ Hi-eSCR (Redução Catalítica Seletiva de Alta Eficiência), sistema de pós-tratamento em que o motor recebe ar puro, o que otimiza a combustão, o aumento de binário e a eficiência de combustível. A redução da maioria dos modelos de 4 para 6 cilindros está relacionada então com o controlo das emissões, mais fácil de fazer no intervalo de potência destes tratores com um motor de 4 cilindros, alcançando uma maior eficiência e uma maior poupança por hectare para o agricultor. Segundo o fabricante, os motores da nova gama T6 garantem um melhor desempenho ao maximizar o

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débito de potência em cada cilindro. A nova unidade de controlo do motor permite atingir o binário máximo mais rapidamente e manter-se nas rpm mais baixas durante mais tempo, superando a geração de motores anterior. O sistema de gestão da potência debita mais potência e mais binário de acordo com a carga da transmissão, do sistema hidráulico e da tomada de força. No modelo T6.165, debita até 33 CV adicionais, quando necessário, para manter o desempenho. O sistema de gestão da potência garante que a velocidade do motor se mantém com cargas variáveis em aplicações que requerem uma velocidade de tomada de força constante ou para manter

Modelo

Motor

T6.125

Potência nominal do motor kW/CV

--

T6.145

107/145

T6.145 Auto Command™ T6.155 T6.155 Auto Command™

Potência máxima do motor kW/CV

4,5 l, 4 cil.

T6.165 T6.165 Auto Command™

85/115

114/155

92/125

124/168

99/135

129/175

107/145

T6.175 T6.175 Auto Command™ T6.180

6,7 l, 6 cil.

uma velocidade de avanço fixa em terrenos difíceis. Tudo isto com o mesmo consumo de fluidos (diesel e DEF) que a geração anterior e com intervalos de reabastecimento mais longos.

Dimensões e Transmissão

Ao contrário do anterior T6, agora todos os tratores, de 4 e 6 cilindros, apresentam a mesma distância entre eixos2642 mm- a do 6 cilindros.

T6 MAIOR POUPANÇA POR HECTARE ELECTRO COMMANDTM E AUTO COMMANDTM MAIS OPÇÕES


Produto Cabina e Controlos

Tal foi conseguido através da inserção de um espaçador entre o motor e a transmissão. Esta alteração oferece a estabilidade e equilíbrio de um 6 cilindros, com o melhorado desempenho acima exposto, e agilidade do anterior 4 cilindros (mantém um raio de viragem apertado de 4300 mm). Para raios de viragem ainda mais apertados, a marca disponibiliza o eixo dianteiro SuperSteer. A nível de eixos mas relativamente a conforto e tração, o eixo dianteiro Terraglide™ pode também ser equipado no T6. As caixas de velocidade disponíveis para o T6 são a Electro Command™ semi-powershift que permite mudar de velocidade sem embraiagem, com os seus modos automáticos AutoField e AutoTransport, e que pode ser especificada com uma 17ª velocidade de transmissão direta adicional, que permite uma velocidade de transporte

UMA DAS NOVIDADES É A DISPONIBILIZAÇÃO DE UM TANQUE DE COMBUSTÍVEL DE 230 LITROS, MAIOR DO QUE O DO ANTERIOR T6. O TRATOR VEM TAMBÉM PREPARADO, CASO O OPERADOR ASSIM O PRETENDA, PARA EQUIPAR COM UMA CAIXA DE FERRAMENTAS MAIOR.

de 50 km/h ou de 40 km/h a uma velocidade reduzida do motor para um menor consumo de combustível. Para melhorar a qualidade das mudanças de velocidade está também disponível a tecnologia IntelliShift™ (de série), que seleciona automaticamente a velocidade certa para a tarefa em causa. Os modelos T6.145, T6.155, T6.165 e T6.175 também estão disponíveis com a avançada caixa de velocidades Auto Command™ de variação contínua. Os modelos T6.175 AutoCommand também estão disponíveis na Edição Blue Power.

ENCOSTO GIRATÓRIO INOVADOR, DESENHADO PARA PROPORCIONAR UM SUPORTE DA PARTE SUPERIOR DAS COSTAS E PERMITINDO AO OPERADOR RODAR E OLHAR PARA TRÁS.

Ao nível do conforto, está disponível a cabina Horizon™, onde se destaca o painel de instrumentos otimizado e o apoio de braços Sidewinder™ II nos modelos Auto Command. A nível de assentos, além do de série, estão disponíveis três novas opções: Comfort, Dynamic Comfort e Auto Comfort. No que à visibilidade diz respeito, destacam-se o para-brisas dianteiro de peça única, 5,85 metros quadrados de vidro e, para aplicações do carregador, o painel de tejadilho. Outras funcionalidades desta Série são o ISOBUS Class II opcional, ISOBUS Class III (bastante útil para os modelos Auto Command), ou IntelliSteer™. Além disso, a nova gama T6 está totalmente preparada de fábrica para um carregador, destacandose o apoio de braços otimizado e a válvula eletrónica de montagem central.

TODOS OS MODELOS T6 ESTÃO EQUIPADOS COM LUZES DE TRABALHO LED DE SÉRIE (8 LUZES QUE TÊM 10.000 LÚMENES E SÃO 60% MAIS BRILHANTES DO QUE AS LUZES DE TRABALHO DA GERAÇÃO ANTERIOR). ESTÁ TAMBÉM DISPONÍVEL O CONJUNTO DE LUZES DE TRABALHO TOPO DE GAMA, QUE PRODUZEM 31.200 LÚMENES, CINCO VEZES MAIS BRILHANTES DO QUE AS PREDECESSORAS.

CONFERÊNCIA DE IMPRENSA CARLO LAMBRO E SEAN LENNON, PRESIDENTE E DIRETOR DE PRODUTO DA MARCA, FIZERAM A APRESENTAÇÃO DOS TRATORES, APROVEITANDO AINDA PARA RESPONDER A PERGUNTAS DOS JORNALISTAS.

LOCAL E TIPOS DE TESTE O EVENTO, REALIZADO NA CIDADE FRANCESA DE LYON, FOI COMPOSTO POR UMA CONFERÊNCIA DE IMPRENSA E POR UM DIA DE TESTES EM CAMPO, ESTÁTICOS E DINÂMICOS. FORAM CONVIDADOS 80 JORNALISTAS DOS DIFERENTES MERCADOS EUROPEUS.

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Empresas

VALTRA

Demotour 2016

Para oferecer a centenas de agricultores a possibilidade de experimentar os seus tratores, a marca finlandesa Valtra trouxe novamente este ano a Portugal a sua Demo Tour. O evento passou por Beja, Santarém e Ovar.

I

niciada em janeiro, na Grécia, e com passagens previstas em mais de cem locais de 21 países de todo o mundo, em Portugal os eventos tiveram lugar em Beja (4 de abril), Santarém (6 de abril), e Ovar (8 de abril). Nestes eventos, a marca pode mostrar a sua linha completa de tractores de 4ª geração, entre os 57 e os 400 cv, incluindo a Série T e a Série S. No entanto, o destaque da Tour foi a recém lançada Série N, galardoada em Novembro na Agritechnica com os prémios “Máquina do Ano 2016” e “Tractor do Ano para o Design”. Os tratores trabalharam em várias estações, estáticas e

dinâmicas, onde diversas características da marca, tais como a versatilidade e a agilidade, foram sendo testadas. João Pimenta, Diretor da Valtrator, fez questão de realçar a importância dos parceiros que permitiram a realização desta iniciativa, nomeadamente dos concessionários Ribeiro & Carapinha (Beja), Agrogaspares (Santarém), e Auto Henrique Bráz & Fos. (Ovar): “A Demo Tour só foi possível com o esforço conjunto da Valtrator e dos seus concessionários locais, que têm a capacidade para mobilizar pessoas no local. Menção ainda para a Trelleborg e a Mitas que também muito nos ajudaram”.

Na Demotour, a marca mostrou a sua linha completa de tratores de 4ª geração, entre os 57 e os 400 cv, incluindo a Série T e a Série S. No entanto, o destaque foi a Série N, recém lançada, galardoada em novembro na Agritechnica com os prémios “Máquina do Ano 2016” e “Trator do Ano para o Design”.

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Empresas

Auto Henrique Bráz e Filhos, Lda.

O sucesso faz-se com trabalho e dedicação A Auto Henrique Bráz & Filhos, Lda. concessionário Valtra, juntou-se ao grande evento Demotour e organizou um dia de campo na exploração do seu cliente Manuel Cruz, proprietário da Agro-Pecuária Gândaras do Sobral.

N

o passado dia 8 de abril, em Ovar, a Auto Henrique Bráz e Filhos e a Valtractor juntaram-se para mais um evento de demonstração Valtra. O clima esteve de feição para os trabalhos em campo que se realizaram com toda a gama dos tratores Valtra, desde a Série A (50 cv) até às Séries T e S (400 cv). Os cerca de 250 participantes e clientes puderam avaliar as melhores características dos tratores Valtra em trabalho com equipamentos forrageiros e de transporte fornecidos pelos

Sérgio Cruz e João Pimenta.

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parceiros do evento: reboques e espalhadores de estrume Herculano, cisternas distribuidoras de chorume Rocha equipadas com grades de discos, gadanheiras e rototerras Pöttinger (Varziagro), trituradores florestais Herkulis, volta-fenos Fella (Ausama), enfardadeiras de fardos redondos Welger, embaladoras de fardos McHale e semeadores Monosem. Ainda marcaram presença com os seus produtos, a Dekalb e pneus Mitas e Trelleborg. Este evento teve uma dinâmica própria que muito se deveu ao empenho de Sérgio Cruz e todo o seu staff (Auto Henrique Bráz & Filhos), incansáveis na organização.

A um desfile dos tratores, apresentados individualmente por João Pimenta (Valtractor) que realçou as suas características diferenciadoras, seguiu-se a demonstração em campo de algumas atividades típicas da agricultura local como sejam a gadanha, ajuntamento de fenos, enfardamento e plastificação de fardos. Todos os presentes puderam experimentar o desempenho dos tratores com as alfaias, fazendo, inclusivé, test-driving de velocidade. Foi um dia de convívio e de formação. São momentos importantes como estes que fazem a história das empresas e estreitam relacionamentos com clientes, fornecedores e amigos.


Foto gentilmente cedida por Luisa da Cruz

Empresas

A EMPRESA • A Auto Henrique Bráz e Filhos, Lda, nasceu nos finais da década de 80 pela mão do seu fundador, Henrique Bráz Cruz. No início dos anos 90, juntaram-se o filho mais velho, Pedro Cruz e mais tarde, em 1995, o filho mais novo, Sérgio Cruz. • Número de empregados: A empresa conta atualmente com 12 empregados e três pessoas no cargo da gerência, Henrique Cruz (pai) Pedro e Sérgio Cruz (filhos). • Áreas de atuação da empresa: na Floresta, de norte a sul do país e norte de Espanha e na Agricultura no Porto, Aveiro e Viseu. • Assistência pós-venda: é prestada 24h por dia por dois funcionários com carrinhas oficina que fazem todo o tipo de intervenções em campo. Pedro Cruz, responsável pela Oficina, conta com o apoio de nove excelentes profissionais. • Marcas representadas no Setor agrícola: Valtra / Herculano / Fella / Pottinger e Agroramoa. Setor florestal: Gruas Cranab / Loglift e Costa; Forwarders Logset e Processadores LogMax. Auto Henrique Bráz & Filhos, Lda T: 256 922 295 • E-mail: ahenriquebraz@sapo.pt

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floresta Entrevista a Pedro Silveira Presidente da Associação de Produtores Florestais do Vale do Sado (ANSUB)

Valas para florestação em zonas difíceis • Rachar lenha com um telescópico • Levar a serração para a floresta • Mini-forwarder de controlo remoto • Lemos & Irmão Encontros agroflorestais

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Floresta por João Sobral

Alterações climáticas baralham o jogo na floresta Pedro Silveira recebeu-nos em Alcácer do Sal, na sede da ANSUB, uma estrutura que conta com perto de duas centenasde associados e uma área florestal arondaros 100.000 hectares. No decorrer da conversa fizemos uma ronda pelas diversas fileiras florestais, focando os desafios que cada uma delas enfrenta.

ENTREVISTA A PEDRO SILVEIRA Presidente da ANSUB* A ATIVIDADEDA ANSUB Gostaria que nos falasse um pouco da ANSUB. Nós começámos aqui em Alcácer em 1994, fomos uma das primeiras associações de produtores florestais a funcionar, e privilegiámos sempre a parte técnica.

E de que modo é que prestam esse apoio técnico aos associados? Fomos dos primeiros a utilizar sistemas de informação geográfica no terreno, e temos avançado bastante a nível das principais produções aqui da região, que são a cortiça e a pinha. Há muitos anos que fazemos amostragens à qualidade da cortiça e na pinha fomos

pioneiros na enxertia do pinheiro manso. Temos um parque clonal de pinheiro manso, no qual estão replicadas as árvores plus aqui da região, e fornecemos garfos e semente a quem quiser comprar. Paralelamente temos todo um trabalho de lobby, para tentar que as iniciativas legislativas nacionais e comunitárias sejam o mais favoráveis possível para os nossos associados.

Nestes anos mais recentes, com que desafios é que se têm confrontado? O nemátodo da madeira do pinheiro (NMP) foi um deles? Aqui havia bastante pinheiro bravo. Desde 1999, participámos nos programas de luta contra o nemátodoe continuamos a fazer campanhas de erradicação de pinheiros sintomáticos.

*Associação de Produtores Florestais do Vale do Sado ABOLSAMIA · maio / junho 2016

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Floresta Neste momento notamos que o pinhal bravo está muito mais resiliente. Quando as pragas e as doenças entram são muito agressivas mas depois começam a suavizar o ataque. São coisas que vêm de fora, que não têm inimigos naturais mas depois, a pouco e pouco, as coisas começam a estabilizar. Não deixa de ser um problema, mas conseguimos conviver com ele. Mas um dos principais desafios que nós temos são as alterações climáticas. São muito complicadas de entender. No terreno, vemos que a floresta reage bastante a essas alterações. E é preciso ter muito mais cuidado, porque doenças ou pragas que nunca foram um problema no passado, neste momento estão a tornar-se muito mais agressivas.

ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS Quando falamos de alterações climáticas, de que é que falamos concretamente? Menor pluviosidade? Períodos de estio mais longos? Podemos estar a falar de muita coisa. Embora muitas vezes não haja grandes variações em termos da quantidade anual de precipitação, notamos que

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Um dos principais desafios que nós temos são as alterações climáticas.

há períodos muito longos sem precipitação e depois precipitações muito concentradas, que acabam por mascarar os resultados. A partir do momento em que o solo está saturado, toda a precipitação que cai vai embora e não conta para aquilo que deveria ser o ano hidrológico normal. Mas principalmente, o que é muito grave e o que nos assusta mais é aparecerem constantemente primaveras mais secas. Por exemplo no ano passado tivemos uma primavera muito seca, com temperaturas acima dos 30 graus logo em maio. E isso, conjugado com o verão, vai-nos dar um período de estio muito grande, o que é extremamente complicado para a sobrevivência das árvores, que normalmente entram em stress hídrico e ficam mais suscetíveis.

Por outro lado também notamos mudanças nas temperaturas. Nota-se bastante que os Invernos são muito menos frios, o que tem impacto na parte fisiológica das árvores e nos insetos que não sendo controlados pelo frio começam a fazer mais gerações. Acaba por haver um desequilíbrio grande relativamente ao que era normal.

GESTÃO DE ÁREAS FLORESTAIS O rendimento da atividade florestal está a baixar cada vez mais e as pessoas têm de retirar proveito dos instrumentos de

ajuda. Na sua perspetiva, qual é o caminho mais vantajoso? As ZIF’s ou um Plano de Gestão próprio? Nesta região ainda há muitas explorações que têm e querem ter capacidade de gestão por si. Não estão dispostos a entregar a gestão das propriedades a terceiros, porque têm massa crítica, têm dimensão para o fazer, e de uma maneira correta. A nível da ANSUB estamos a constituir ZIF’s com o objetivo de intervir em duas vertentes: fitossanitária e prevenção contra fogo. Não nos parece correto imiscuirmo-nos na gestão das propriedades porque os nossos sócios são produtores florestais


ativos. Mas de algum modo estes produtores sentem-se injustiçados porque em termos económicos as ZIF’s são mais apoiadas do que a gestão florestal individual. Na floresta os apoios não estão muito direcionados a um método de trabalho a ser posto em prática por prestadores de serviços? As auditorias precisam de papéis e os instrumentos de apoio são desenhados para que o produtor florestal não possa fazer o trabalho por si. Antigamente podíamos justificar os trabalhos próprios e podíamos usar máquinas próprias. Ao longo do tempo, a nível dos instrumentos de apoio, veiose apertando cada vez mais a elegibilidade das despesas. E isto só tem a ver com uma coisa. Quando recorremos ao nosso empregado, ou quando usamos o

nosso trator, há menos papéis do que haveria no caso de ser uma empresa. Já conversámos com o IFAP sobre isso e eles dizem-nos que estão a ser empurrados neste sentido pelo Tribunal de Contas Europeu e pelas entidades de fiscalização da PAC. No fundo, é muito mais fácil fiscalizar papéis do que fiscalizar trabalho bem feito. Basicamente é isso que se está a passar.

No fundo, é muito mais fácil fiscalizar papéis do que fiscalizar trabalho bem feito.

As diferentes fileiras Pinheiro Manso Balanço da primeira campanha de pinha sujeita a novas regras

Esta é a primeira campanha de pinha em que os operadores estiveram sujeitos a novas regras, nomeadamente a obrigação de um registo prévio. Com a campanha a chegar ao fim, que balanço faz? Eu acho que o resultado é muito positivo, porque pela primeira vez conseguiu-se fazer alguma rastreabilidade real do produto. Era mesmo necessário haver uma legislação destas. Há dias foi interceptado na fronteira um

semirreboque com 35 toneladas de pinha sem papéis que ia passar para Espanha, o que poderá ser uma amostra do que se passava. Há uma moralização muito maior, mas a legislação tal como está feita não é totalmente eficaz. Os agentes económicos são bastante habilidosos a contornar as coisas e eu tenho receio que com o andar do tempo a legislação vá perdendo eficácia. Além disso, toda esta legislação está assente num portal do ICNF que por vezes não funciona bem, e tem de se arranjar maneiras mais simples e mais eficazes para as pessoas fazerem os registos. O que eu acho mais importante é conseguirmos ligar a produção de pinhas a uma dada parcela. Com os recursos informáticos que temos, acho que não é complicado lá chegar e que é o próximo passo que devemos dar.

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Floresta Aqui nesta zona também há um núcleo em Grândola, mas o know-how perdeu-se e vai ser preciso fazer quase tudo de novo. Há algum projeto para arrancar? Há áreas muito importantes de pinheiro manso, principalmente na margem esquerda do Guadiana. Estes povoamentos foram instalados com recurso ao Regulamento de Reflorestação de Terras Agrícolas, e estão quase a atingir, ou alguns já atingiram, o final do prémio de perda de rendimento. E Tenho notado que nesta zona se têm feito desramas excessivas em pinheiros mansos adultos. Deve-se à pressão de algum operador? Antigamente, fazer uma desrama num pinheiro era um custo líquido que o produtor tinha de suportar na totalidade. Hoje, com o aparecimento da biomassa, principalmente com as fábricas de pellets, consegue-se dar uma valorização a esse material que em termos de silvicultura torna a operação muito mais barata, senão mesmo a custo zero. Está claro que quando se entrega este trabalho a empreiteiros, se as pessoas não têm disponibilidade para acompanhar o trabalho, muitas vezes há exageros e chega-se a essas situações. Mas eu acho que é importante que as desramas sejam feitas, e que os desbastes sejam feitos, para efetivamente termos uma floresta mais produtiva.

Pinheiro Bravo Uma nova oportunidade para a atividade resineira?

Voltando ao pinheiro bravo, vê potencial nesta espécie? A fileira do pinheiro bravo para produção de madeira é das mais complicadas que temos em Portugal, com uma instabilidade muito grande. Na dificuldade de apostar na espécie, eu olho mais para a falta de confiança no mercado do que propriamente para os problemas fitossanitários. Se eu tivesse uma valorização garantida para a madeira, da mesma forma que tenho para o eucalipto, para a cortiça ou para a

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pinha, poderia pôr a hipótese de aposta em pinheiro bravo. E a resina…? A resina está a voltar. Portugal foi um grande produtor e de repente deixou de produzir e começou a comprar na China. Curiosamente, os maiores industriais de resina ou de compostos provindos de resina são portugueses. E controlam completamente o mercado. Agora estão a voltar a comprar cá. Penso que é uma atividade válida, com uma produção que dá todos os anos, o que em termos florestais é muito agradável porque dá um cash-flow mais regular ao produtor florestal. Mas tem outros problemas. Em termos de resina perdeu-se muito do know-how que havia. Há pequenos núcleos de resineiros, principalmente na zona de Leiria.

não produzem pinhão. Embora não deem dinheiro a quem os instalou, eu acho que do ponto de vista da biodiversidade e do combate à desertificação são muito importantes. O pior que podia acontecer era serem agora abatidos. Nós estamos a ver em conjunto com a Câmara Municipal de Moura, que é proprietária da Herdade da Contenda, e em conjunto com a Resipinus, a possibilidade de conseguirmos para aquela zona uma atividade nova que seria a resinagem.

Eucalipto Uma espécie como qualquer outra? Passando para o eucalipto, que é a espécie que ocupa maior área florestal em Portugal, como é que vê a sua utilização? Na minha opinião, o eucalipto tem o sucesso que tem porque é a única espécie florestal que dá rendimento a quem a instala. E há uma outra característica muito própria. É a única fileira em que a indústria é proprietária de parte substancial da área produtora. Isso não tem contribuído para que os preços sejam menos interessantes para o produtor do que já foram no passado? É um mercado controlado por duas empresas que falam entre elas. Devido a essa concentração na compra, podemos dizer que há uma concorrência muito deficiente na procura o que provoca um grande condicionamento do preço ao produtor. E temos o problema de a única indústria em Espanha, a ENCE, estar cada vez pior em termos de intervenção no mercado. Isso também não é bom para nós porque o mercado está a afunilar-se cada vez mais. A importação de madeira não piora ainda mais este cenário? Não necessariamente. Por exemplo no Brasil há zonas de eucalipto que são muito produtivas, por causa da humidade, da chuva, e por causa de solos que são melhores que os nossos. A média nacional em Portugal anda pelos 8 a 9 m3/hectare/ano, as boas áreas produzirão à volta dos 20 m3/hectare/ano, e no Brasil é normal produzirem 50 m3/hectare/ano. É uma grande diferença. E cortam mais cedo do que nós. As rotações são de 6-7 anos. No fim de contas a madeira não tem a mesma qualidade, e com o transporte chega cá a um preço superior. Está claro que depois fazem um mix do preço, e baixam um pouco o que pagam cá. Mas se a indústria não importar madeira, não conseguem ter as fábricas a funcionar como tem. A importação de eucalipto é uma medida de


Floresta sustentabilidade também da nossa área de produção. Tem conhecimento de casos em que se use regadio no eucalipto? Há experiência de uso de regadio. Acho que os resultados são muito bons. Mas nós temos algumas limitações. Não podemos por lei recorrer a regadios públicos. Há uma legislação que diz que é proibido florestar dentro dos perímetros de rega públicos. O que é facto é que temos muitos perímetros de rega públicos com utilizações a 50%, ou seja, há muita área de regadio que não é utilizada. E não é utilizada porque se fez um planeamento que pôs debaixo de regadio áreas que não capazes para fazer regadio. Isso poderia ser uma alternativa

O eucalipto tem o sucesso que tem porque é a única espécie florestal que dá rendimento a quem a instala. cultural para usar nesses regadios. Há muito a ideia de que quando se põe eucaliptos o solo fica completamente estéril. Eu já vi pivots de milho instalados em sítios onde estava eucaliptal a produzirem lindamente. Nós já fizemos reconversões de eucaliptal para sobreiral e funciona otimamente e portanto não há problema nenhum.

O eucalipto não poderia de algum modo ajudar à instalação de outras espécies? Hoje em dia é tudo muito rápido e as pessoas têm dificuldade em entender o ciclo da floresta. Quando falamos em ciclos de 180 ou 200 anos, as pessoas não percebem que alguém esteja a trabalhar uma coisa a tão longo prazo. Isto para dizer que o eucalipto pode ser muito útil para fazer rotações. Da mesma maneira que nas culturas agrícolas fazemos rotações, na floresta também as podemos fazer. Só que são rotações a 200 anos. Na Serra de Grândola, em zonas onde já não há sobreiro, ou onde os sobreiros que há estão em declínio, se calhar teria interesse fazer uma rotação com eucalipto durante 30 anos para mais tarde voltar novamente aos sobreiros.

Era uma questão de quebrar o ciclo. O eucalipto é uma espécie como outra qualquer, desde que usada corretamente e com boas técnicas. Quando se fala de eucaliptos, há logo quem contraponha com as espécies autóctones, como os carvalhos… O pior é que para um produtor obter rendimento de carvalhos é ao fim de oitenta ou noventa anos. A pessoa nunca vai ver o dinheiro. Nós temos de olhar para coisas que nos deem o sustento. Se virmos o reverso da medalha, um conjunto de produtores florestais falidos não consegue gerir coisa nenhuma e depois deparamo-nos com o problema dos fogos. A floresta para ser gerida tem de dar rendimento. Não há outra maneira.

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Floresta

Da mesma maneira que nas culturas agrícolas fazemos rotações, na floresta também as podemos fazer. Só que são rotações a 200 anos. Em termos de espécies de crescimento rápido, há alguma espécie alternativa ao eucalipto que seja interessante? Não há grande coisa. Há a paulonia que nem é para madeira. É para energia. Cá ainda não é autorizada mas em Espanha já é. Perdeu-se o interesse nos choupos porque não há mercado. E não é por nós não sermos capazes de os fazer bem. É porque se nós os fizermos bem depois não os conseguimos vender. Têm sido feitas experiências de regadio com outras espécies? Sim, com o pinheiro manso, penso que mais tarde ou mais cedo vai produzir resultados. O Grupo Amorim também está a apostar muito na rega gota-a-gota do sobreiro. Mas basicamente é para produzir cortiça em quantidade e rapidamente, sem olhar à parte qualitativa. Como em tudo, nestas experiências com rega, temos de fazer as contas ao fim do dia e ver se vale ou não a pena.

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Montado de Sobro Mobilizar menos e reforçar a fertilidade do solo Como é que antecipa a próxima campanha da cortiça que está logo aí à porta? É uma campanha grande? A indústria não tem nem cortiça nem rolhas em stock. Está a precisar de matéria prima. Comparativamente com o que acontecia no passado, já não é fácil aferir. Eu sei que em 2015 a indústria esperava que saísse mais cortiça do que realmente saiu. Mas nós na produção tínhamos noção disso. A tendência não é para essa discrepância se continue a acentuar? E uma verdade é que cada vez há menos cortiça. Por duas razões. Porque a quantidade de árvores que morre não é substituída por árvores novas – estamos a ter grandes problemas com os novos povoamentos que estão a entrar em produção, pois têm muitos problemas fitossanitários – e porque as cortiças estão mais delgadas do que eram. E não nos podemos esquecer da questão da rentabilidade.

Temos um estudo que diz que na charneca produzir uma arroba de cortiça custa 25 Eur e que na serra custa 35 Eur. Isto sem contar com os custos de instalação do sobreiral. São contas feitas já com as coisas em velocidade de cruzeiro. Na serra a cortiça é mais delgada, vale hoje menos dinheiro, e a pessoa talvez venda por 25 Eur/arroba. Perde 10 Eur por arroba. Como é que é possível? Como é que se quer ter uma fileira assente num produto que não dá rentabilidade fazer? Eu particularmente, como produtor, nos anos noventa florestei muitos hectares com sobreiro. Neste momento aproveito aqueles que vão nascendo mas não invisto muito dinheiro em sobreiros. E cada vez é mais difícil acertar com o período ideal de extração… Por exemplo no ano passado, as tiragens que correram melhor foram as feitas em fins de Maio e princípios de Junho. E nós somos da opinião de que não se deve tirar cortiça nessa altura. Os tiradores têm necessidade de dinheiro, os produtores também, e muitas vezes tiram-se cortiças em situações menos boas, essencialmente com as árvores a dar mal. Há muitos anos em que a cortiça vem seca, e essa parte é complicada.

A propósito do declínio do montado, muitas culpas têm sido atribuídas às gradagens. Que conselhos daria nesta área? Há duas questões que temos de ter em conta. Uma delas é mexer o mínimo possível no solo. Mexer no solo pode ser mau ou pode ser menos mau. Mas com as alterações climáticas nós nunca sabemos quando é que pode ser uma coisa ou quando é que pode ser outra. Se fizermos uma gradagem e vier uma seca a seguir, as consequências podem ser muito graves. É um risco que nós não devemos assumir. No passado nunca fomos tão agressivos com o solo como provavelmente temos sido nos últimos trinta, quarenta, ou cinquenta anos. Temos de alterar a maneira de fazer as coisas, sob pena de irmos por um caminho muito complicado que pode levar inclusivamente à desertificação da parte sul do território nacional. O meu conselho é que quando se tiver de mexer no solo, se façam intervenções com o mínimo de profundidade possível. A outra questão é o que podemos fazer paralelamente. O mato é o flagelo que é porque as nossas terras têm uma fertilidade muito baixa. Nestes casos o mato é o coberto mais competitivo que há. A maneira de dar a volta à


situação é conseguir aumentar de tal forma a fertilidade do solo que o mato deixe de ser um problema. Isso passa por investir em adubação? Nós estamos a tentar coisas novas, nomeadamente o espalhamento de lamas de ETAR, e inclusivamente de composto orgânico proveniente das estações de tratamento de lixo. Para fazer a aplicação, costumamos usar um comum espalhador de estrume. É uma ideia que se insere num conceito de economia circular. Isto está a começar a ser feito e daqui a uns anos havemos de ter resultados. Outra coisa que não se pode perder é o gado, e o gado neste momento está com um preço muito baixo que não compensa. Mas o gado é um auxiliar fundamental no sistema Montado, do qual faz parte. Vale a pena fazer certificação em áreas de montado? A nível da cortiça temos um grande problema. O produto nobre da cortiça é a rolha e quem compra uma garrafa de vinho não está a comprar uma rolha. Está a comprar o conteúdo da garrafa. Não há um investimento por aí além dos produtores de vinho para fazer essa valorização e da parte da indústria da rolha também não. Em termos de eucalipto, a indústria da celulose estão a pagar um prémio à madeira proveniente de propriedades certificadas. Fez¬-se um trabalho

O meu conselho é que quando se tiver de mexer no solo, se façam intervenções com o mínimo de profundidade possível.

muito bom a esse nível. Mas não podemos certificar só os eucaliptais. Como estamos a certificar a gestão, temos de certificar tudo.

A IMPORTÂNCIA DE APOSTAR NA FORMAÇÃO PROFISSIONAL Ultimamente têm sido organizadas várias formações para quem trabalha no campo. Como vê este tipo de iniciativas? Eu acho que é muito importante fazer formação profissional. Temos um caso com que nos confrontamos no dia-a-dia que é o caso dos apanhadores de pinha. É uma atividade em que todos os anos há pessoas que morrem ou ficam paralíticas. O regulamento de trabalho em altura diz que todas as pessoas que trabalham a mais de 2 metros de altura têm de usar um arnês. Há uma certa resistência das pessoas para usarem arnês. No entanto quem já fez formação diz que dá uma rentabilidade maior porque pode estar em cima da árvore muito mais à vontade. Ou seja, é preciso trabalhar estes assuntos. É dinheiro e tempo bem empregue. Na profissão de motosserrista também há imensos acidentes e é preciso formar as pessoas. Mas neste caso temos um grande problema. Os equipamentos de proteção individual das grandes marcas são desenhados para serem usados nos países nórdicos. E como é que eu convenço alguém a trabalhar em Agosto com umas calças daquelas? Por outro lado, eu não acho normal que estes equipamentos tenham IVA de 23%. São coisas que temos de melhorar.

Triturador florestal

Triturador hidráulico

Triturador de martelos ou facas

Destroçador florestal/agrícola

Trituradora agrícola

Polidozer

Varredora agrícola

Limpa-bermas

Reboque e grua florestal

Retro escavadora

Rachador hidráulico Processadores de Lenha

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Floresta Rachar lenha com um telescópico

Valas para florestação em zonas difíceis BRACKE O disc trencher T26.a é um acessório que se instala na traseira de um forwarder ou de um skidder, acrescentando a estas máquinas uma função que não costumam ter: abrir valas para novas plantações florestais. O equipamento da Bracke de que recentemente mais se falou foi uma plantadora de árvores de viveiro, composta por um prato rotativo, que se liga ao braço de uma escavadora. Mas na gama da marca sueca encontramos também o disc trencher, que é uma espécie de escarificador rotativo destinado a preparar a instalação de novas árvores em terrenos muito difíceis. O disc trencher possui ajuste de ângulo dos discos discos rotativos hidráulicos, ajuste da distância entre eles, e uma estrutura articulada dos braços que permite transpor facilmente pedras e topos. Um outro ajuste possível é a pressão sobre o solo. Todos estes movimentos são comandados pelo operador através de um joystick e de um visor eletrónico. Pesa 3450 kg, e necessita de um fluxo hidráulico mínimo de 100 L/min a 140 bar. Dependendo da dificuldade do terreno, a produtividade por hora varia entre os 0,5 e os 1,5 hectares.

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MAGSI A firma francesa Magsi desenvolveu um acessório para rachar lenha que tem como particularidade ser instalado num carregador frontal ou na lança de um telescópico. Sendo o manuseamento de um rachador estático uma tarefa que envolve consideráveis risco de lesões, a mais-valia deste dispositivo é manter o operador em posição segura, na cabine da máquina. É possível apanhar a lenha do chão e rachá-la diretamente para o interior da caixa de carga de um reboque. A cunha em forma de estrela está desenhada de forma a rachar um tronco em seis cavacas. O modelo para carregador pesa 385 kg e o modelo para telescópico pesa 405 kg. Apresenta uma força máxima entre as 14 e as 20 toneladas, dependendo da performance hidráulica da máquina onde estiver instalado. Em opção pode incluir orientação hidráulica +/- 45° para facilitar a aproximação aos troncos.


Floresta Lemos & Irmão Encontros agroflorestais

Levar a serração para a floresta LOGOSOL Numa exploração agropecuária, ter à mão meia dúzia de tábuas e barrotes dá sempre jeito. Mas mesmo quem produz a sua própria madeira, para fazer tábuas tem de carregar os toros e levá-los à serração. Na FIMA encontrámos uma empresa de origem sueca, a Logosol, que permite contornar esta etapa. A serração portátil que comercializa tem como base um suporte para moto-serra e uma viga de alumínio sobre o qual ela desliza de modo a produzir um corte plano. O comprimento de corte no modelo mais básico é de 5 metros. Com este equipamento, em vez de se levar a madeira até à serração, é a serração que pode ser levada até ao sítio onde está a madeira.

Mini-forwarder de controlo remoto KONRAD Um mini-forwarder não tripulado é umas das máquinas para floresta desenvolvidas pela firma austríaca Konrad. Baseado numa estrutura de oito rodas, este veículo de 4 toneladas está equipado com um motor Iveco de 140 cv e foi projetado para transportar madeira em zonas íngremes onde a circulação de uma máquina de rechega convencional está dificultada. Para prevenir situações de descida descontrolada, o funcionamento do mini-forwarder Pully é suportado por um cabo de aço que deve ser amarrado a árvores no topo da encosta. Uma outra vantagem deste veículo é não pôr em risco o operador, que tanto pode estar apeado como a operar uma segunda máquina. O Pully enquandra-se num conceito de trabalho realizado em conjunto com a processadora de corte Highlander também comercializada pela Konrad, uma máquina com funcionalidades especiais para o trabalho em zonas montanhosas.

Longe vão os tempos em que centenas de agricultores compareciam aos encontros convívio para clientes Massey Ferguson que a Lemos & Irmão organizava, fazendo-se deslocar no seu próprio trator. A Lemos & Irmão leva quase 70 anos a operar no distrito de Viseu, nos sectores automóvel e agrícola, tendo interrompido a sua atividade neste último por um período de quinze anos. Há cerca de dois anos o ramo da comercialização de máquinas agrícolas voltou a ganhar importância e a empresa voltou a representar a Massey Ferguson e também as outras marcas do grupo Tractores de Portugal (Kioti e Yanmar), e também a Husqvarna. E foi assim que, no ano passado decidiu retomar os célebres encontros com os agricultores da região, criando o Convívio dos Agricultores e Silvicultores da Região de Viseu. Este ano o evento focalizou-se na realização de um seminário Agro-Florestal no qual participaram as principais entidades ligadas ao município, às associações de produtores e às escolas superiores agrárias, bem como os representantes das marcas e equipamentos agroflorestais comercializados pela Lemos & Irmão. As novidades legislativas, o novo Plano de Desenvolvimento Rural (PAC) 2020, a importância do conhecimento multidisciplinar, as “boas práticas”, e a funcionalidade e a rentabilidade dos novos modelos e equipamentos foram temas em debate neste encontro. Mais de cem pessoas ligadas ao sector primário da região de Viseu estiveram, neste dia, reunidas num evento onde puderam partilhar experiências em prol do desenvolvimento e da sustentabilidade económica da região de Viseu centrada na atividade primordial que é a agroflorestal.

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Galeria de imagens Para visualizar mais fotos desta feira consulte o nosso site www.abolsamia.pt/net/galerias-imagens

Feiras

Agro Braga 2016

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1. 16 Irmãos 2. A.D.J. (Deutz-Fahr) 3. Agricortes 4. A.D.J. (Valtra) 5. Agriplameira 6. Agroarco 7. Cotesi 8. FAM 9. Harker 10. Mecagriminho - Francisco Gomes (gerente), acompanhado da mulher e do filho, Bruno Pignatelli e Paulo Vieira (Tractores ibéricos) 11. Maciel


Peças para tratores de todas as marcas de A a Z

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ALMENDRALEJO Ctra. Badajoz - Pol. «Rayvaz» Nave 21 06200 Almendralejo (Badajoz) T +34 902 111 062 - 924 664 890 F +34 924 664 576

DOS HERMANAS Pol. Ind. La Isla, C/ Hornos, 11 41703 Dos Hermanas (Sevilla) T +34 902 111 062 - 954 931 546 F +34 954 930 130


Feiras O Parque de Exposições de Braga acolheu mais uma edição da AGRO – Feira Internacional de Agricultura, Pecuária e Alimentação, de 31 de março a 3 de abril. A 49ª edição da feira reuniu cerca de 250 expositores, destacando-se o setor das máquinas e equipamentos agrícolas constituído pelas principais empresas do País.

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15. Repoutiz 16. Tractorave 17. Tramaqnor



New Holland 2016

Momentos New-Holland 2016 Retratos do Mundo New-Holland em Portugal de lés-a-lés.

Momentos

New-Holland

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Auto Agrícola Sobralense New Holland T4.95N Cabinado

Cliente: Geração em sintonia unipessoal Lda.

Adelino Lopes Nogueira & Filhos New Holland T6.155

Etelgra, Lda

Esq. para a dir.: Alexandre Lucas, Antonio Mendonça (Concessionário), Joaquim Quelhas (Cliente), Jose João (Comercial Concessionário) e Jose Fernandes (Técnico Concessionário).

New Holland T4.95

Esq. para a dir.: António Galo (Cliente), Natalina Galo (Esposa do Cliente) e Mário Cananão (Etelgra).

Jopauto New Holland Boomer 50 Cabinado

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Esq. para a dir.: Fernando Ribeiro (Cliente) e Jorge Santos ( Jopauto).


Siga-nos no FacebooK www.facebook.com/NewHollandAgriculture

New Holland 2016

Varanda & Cordeiro New Holland TD 4020F

Cliente: Apioliv-Quinta nos Campos Lda em Vila Flor.

Varanda & Cordeiro New Holland T4.105

Cliente: Freguesia de Mogadouro, Valverde, Vale de Porco e Vilar do rei em Mogadouro.

Etelgra, Lda New Holland BR 6090 CropCutter

Esq. para a dir.: José Marques, Ruben Marques (Cliente), Anibal Mendes (Etelgra) e Mário Cananão (Etelgra).

AgroMecanica das Meãs New Holland T4.95N Cabinado

Esq. para a dir.:José Cunha (Cliente) e José Carlos (Concessionário).

Fialho Correia e Lampreia New Holland T4.105 LP Cabinados Cliente: FairFruit Portugal.

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REGIõES

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USADOS: Tratores: Same Delfino 35 2WD • MF135 • JD1640 4WD • Desensilador Luclar Arizona • Retro-escavadora para tractor Agriduarte

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TRACTORES USADOS: Agriful Jolly 50 2RM (1981) • Valtra A75 c/ cab. (2007) • Valtra 8150 cabinado • Deutz-Fahr 4007 (1981) c/ carrg. Fotnl Agriduarte • Deutz-Fahr DX 3.10 (1987) • DeutzFahr 4007 • Deutz-Fahr 4507 • Valtra A85 (2007)c/ grua Agriduarte G7 000 • Ford 1910 • Ford Super Dextra 3000 • NH TS110A (2006)

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USADOS: Ford 2910 (1984) 2993 h. • MF 390/4 (1990) c/ carreg. frontal Herculano e balde • Landini Powermondial 120 (2011) 3890 h • Hürlimann H-305 XE (1998) 1530 h. • Bulldozers Fiat Allis FD7B 15.000€ • Cisterna Reboal 4000 lts (1995) • Cisterna Neves & Santos R1E 7000lts (2004) c/ canhão hidraulico - 6.500€ • Enfardadeira Enorossi RB-120 (2016) - Nova • Retroescavadora Fermec 860 (1999) 7000 h. c/ lança extensível • Volta-fenos Molon Super 210 (2004) . + Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/acastanheira

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TRATORES USADOS: Deutz-Fahr Agrolux 67 (2008) como novo • Fiat 65-66 (1990) • Ford 3910 bom estado • Landini 85F (1999) bom estado • Landini 8860 • Lamborghini Crono Target 70 (2008) • Kubota 2250 DT • MF 376C (rastos) • MF 4270 bom estado • MF 396 TC (rastos) bom estado c/ buldozer • NH 45-66 DT (1998) muito Bom estadon • NH TD4020F (2011) • NH TK65V (rastos) • NH TN60A c/ carreg. frontal. • NH 70-56 DT (1998) bom estado • NH TCE 50 (2002) muito bom estado Vibrador para colheita de azeitonas Herculano Vario 3, muito bom estado

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Porto

abolsamia EM TODAS AS PLATAFORMAS Consolidação da marca além do papel

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1.200

VISITAS/DIA

Aveiro

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TRACTORES USADOS Iseki TS1910 • Massey Ferguson 1220/4 • Ford 1210 • Pasquali 956/603 c/ fresa e escarificador 5 dentes, s/ matrícula • Toselli c/ rastos • Renault R60

USADOS: • Tractor Shibaura SP 2540 • Tractor Leyland 154 • Gadanheira Vicon 1700

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Aveiro • Viseu • Guarda

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+ VISITE O NOSSO SITE: www.abolsamia.pt/clientes/mota

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Guarda • Coimbra

1 ANO / 38 € - BOLETIM NA PÁGINA 5

TRATORES USADOS: Tractor Kubota B1610 (2000), bom estado, c/ fresa • Tractor Lamborghini 784 DT (1986)

Tractores: Same Argon 60 DT · Mitsubishi 230D DT · Lamborghini R784 · Ford 1920 DT · NH T3020 DT c/ car. fr. · NH 1220 DT • Cisterna Joper C-6000 · Reboque espalhador de estrume Herculano H4 5000

VISITE O NOSSO SITE:

www.abolsamia.pt/clientes/agrisoure

USADOS Tractor Ford 6600 2RM • Tractor John Deere 6200 DT • Pulverizador HardI 400 L • Semeador Gaspardo, SP520 Completo 4 linhas

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MOTO-SERRAS NOVAS CAMPANHA - €175


Coimbra • Castelo Branco • Leiria

USADOS: Tractor TYM T273 DT (2008), muito bom estado, c/ carregador frontal + balde e porta-paletes+ fresa com abre regos 1.30 m • Tractor Same Frutteto 75 DT (1998) bom estado • Tractor Same Corsaro 4RM (1984) bom estado • Empilhador Nissan TX420 muito bom estado.

TRATORES USADOS Kubota 1902 DT • Kubota B2410 DT • NH 1920 DT • NH T4030 DT Semi-novo • N H TC24D DT • NH TN55 DT • NH 70-56 DT • MF 375 • MF 390 • MF 240

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200 € POR ANO

Leiria • Santarém

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Máquinas Usadas Tractores: Lamborghini RF 100 (2010) muito bom estado - 25.000€ • DeutzFahr Agrolux 80F - 14.000€ • Renault 461 - 3.850€ • New Holland TK85M muito bom estado - 17.500€ • Ford 2000 - 2.500€ Triturador Berti TA/P 160 (2013) c/ cardan, como novo - 3.750€ • Distribuidor de adubo Vicon PS303 - 800€ • Pulverizador Rocha Ellegace Ap Alpha 10, bom estado, barra 12m hid. bicos trijet - 3.000€ • Pulverizador Bomba ar1203 5vias • Pulverizador Tomix, 800Llts bom - 1.200€ • Pulverizador Pulnorte, 600lts, bom estado, turbina 760mm - 2.600€ • Rototerra Maschio Drago DC-3000 (2000) c/ rolo packer- 5.000€

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+ Usados no Microsite

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TRATORES USADOS

MF 4270 (2001) - equipado para floresta c/ “COSTA” G 3000 • Hürlimann PRINCE 445 • Hürlimann XT-909 (2001) equipado c/ “COSTA” 2500 • Iseki 4320 (1986) • Shibaura SE2540 - 4RM • Mitsubishi MT 250D • Ford TW 15 -115cv OF-29-53 • Mitsubishi MT250 USADOS Ceifeiras debulhadoras: Fiatagri L517 • Laverda M112R - 16.000€ • Enfardadeiras: Fiatagri, 4700 Quadrant • Diedra Quadrante 80x70 - 15.000€ • Rivieri Casalis 80x80 • Fiatagri 4600 Quadrant • Frente de cereal Kemper champion 3000 - 10.000€ • Frentes de milho: Moresil 5 linhas - 5.500€ • Laverda 4 linhas 480L - 5.000€ • Laverda 5 linhas 575L - 5.500€ • Reboque 18.000 kg (2014) - 14.000€

+ Usados no Microsite

www.abolsamia.pt/clientes/imapal

USADOS: Tractor MF 274C (rastos) c/ bulldozer • Abre-valas Zaccaria ZIBO P50X14 • Ceifeira debulhadora NH 8055 (T/M) c/ cabeça trigo/milho • Charrua Kverneland EG240-8 4F Non-Stop • Charrua Kverneland EG160-8 4F Non-Stop • Charrua Galucho 1F-90º • Pulverizador Stagric, 1000 L • Rototerra Maschio 4.00mts

| USADOS | Abre regos 3 linhas hidráulico • Charruas: Galucho, 1F-17” • Galucho, 2F-12” • Galucho 3F-13 hid • Galucho 3F-16” • Derregador 3 linhas p/ tomate, c/ adubador • Despampanadeiras Corte horiz. e vert. • Enrolador de manga de rega AGRIPULVE • Escarificador Galucho E7DC • Grades de Discos: Safisal 20 discos • Galucho A2CP 24-24 c/ rodas • Pulverizador Bargam 2500 LTS c/ manga de ar • Reboque Joper 10 TN c/ caixa inox • Rototerra Maschio COBRA 2,80 (2006)

+ Usados no Microsite

www.abolsamia.pt/clientes/agripulve

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USADOS: TRATORES: Barreiros 70 • Case IH: 284 - 285 - JX1060C DT • DF: 5506 - D8006 DT • Fendt 309 DT • Ford 4600 • JD: 2030 - 2250 DT - 3040 • MF 3630 DT - 2640 DT - 3050 DT - 390 DT - 399 DT • NH TN85A DT • Same: Explorer 90C (rastos) - Explorer II TOP 90 - Explorer TOP 90 DT - Frutetto 75 DT - Silver 80 DT • Universal 445 • MINI-ESCAVADORA: Bobcat LS170 • RETROESCAVADORAS: Case 580 Super K • MF 50 • EMPILHADORES: Isuzu 2,5t (diesel) • Manitou: 2t (diesel) - MB 3t (diesel) • TRACTORES P/ PEÇAS: Carraro Agroplus 85 DT • DF: Agrotron 130 - DX 3.50 DT • Ebro 6079 DT • Fendt: 280 - 307 DT - 308 DT • Fiat: 100-90 DT - 110-90 DT - 35-66 DT - 45-66 DT - 60-66 DT - 80-66 DT • Ford: 1710 - 1720 DT - 2600 - 5640 DT - 6610 - 7740 DT • Hinomoto: C144 DT - C174 • Hürlimann: Prince 45 DT - XA306 DT • Iseki 4320 DT - 4270 • JD: 3040 DT - 3350 DT - 4400 DT - 5500 DT - 6100 - 6300 DT - 6620 DT - 6800 - 946 DT • Kubota: L2550 DT - L285 • Lamborghini: 235 - 847-90 DT - Premium 950 DT • Landini: 65 DTF - 8860 DT - Globus 60 Trekker 55 (rastos) • MF: 1030 - 174 DT - 2640 DT - 3090 DT - 3650 DT - 396 TC (rastos) - 4270 DT - 6180 DT • NH: M100 DT - M160 DT - TDD90D - TL90 DT - TNF95 DT - TS115A DT • Renault 120-54 DT • Same: Argon 50 DT - Delfino 35 DT - Dorado 70 DT - Laser 110 DT - Laser 150 DT - Minitaurus - Rock 60 (rastos) - Solar 60 DT Solaris 45 DT • Steyr: 9094 DT - 975 DT • Valmet 455 DT - 6400 DT - 655 DT - 8000 DT - 805 DT - T130 DT • Yanmar: 241 - 336D DT • Telescópicas: JCB 525-67 • Manitou MLA 627 Maniscopic • Retros: Case: 580 G - 580 Super K • Caterpillar 428 • Fermec 860 DT • JCB 3CX • Komatsu WB97 R • NH LB110 DT • Volvo BL71 • Eixos tracção: Carraro • Sige • ZF • Hurth • Spicer • Dana • Merlo


Santarém

NOS ANÚNCIOS COM ESTE SÍMBOLO

Consulte todos os usados no MICROSITE da empresa

MÁQUINAS USADAS: Tractor Kubota M996 (2013) Muito bom estado 105HP, 2.390h., c/ carreg. frontal Tenias - 30.000€ • Tractor Goldoni (rastos), 3081h. - 12.500€ • Tractor Ford 8240 12.500€ • Tractor Ford 7610 DT c/ reboque e grua florestal, bom estado - 17.500€ • Tractor Same Explorer 95 - 14.500€ • Tractor Fiat 11-80 (1996) 5957h. - 8.500€ • Tractor New Holland M135 (1998) - 12.500€ • Tractor Ford 7840 (1995) Reparado - 15.000€ • Cisterna Joper 8000 (2008) Muito bom estado - 8.000€ • Espalhador de estrume Herculano (1999) - 2.500€ • Grade Galucho A2CP (2013) Nova - 3.500€ • Multifresa Struik 2,30m, muito bom estado - 10.000€ • Nivelador Mitsubishi (1999), bom estado- 22.500€ • Semeador Vicete Canelas, 25 Linhas (2000), bom estado - 2.500€

USADOS • Balde para tractor Stoll 160 • Carregador frontal El Lion

TRATORES USADOS:

• Deutz-Fahr Agroplus 100 DT • Deutz-Fahr Agrotron 135 MK3 • Deutz-Fahr Agrotron M610 • Fendt 309 • Fendt 615 • Fendt 716 • Massey Ferguson 6290 • New Holland M135 • New Holland M115 • New Holland TM175

+ Usados no Microsite

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USADOS: Tractor Hürlimann XA-657 • Charrua Kverneland LD 85/3F • Charrua Galucho CH 4/5-16 H5 • Charrua Galucho CHF 3/4F • Depósitos Rau 200L • Ensiladora Claas Jaguar 685 • Fresa Maschio Pantera 5,20 • Gadanheira Vicon DMP 2400 • Grade Discos Galucho GVR 48X28 • Pulverizador Hardi MAS-1800-FLE • Reboque Herculano tribasculante 7.500Kg • Reboque Galucho tribasculante 7.500Kg • Semeador Agrícola Italiana • Subsolador Pegoraro 7ferros

+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/agrimagos

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VISITAS/DIA

Santarém

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+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/mecagricola

USADOS: Ceifeira debulhadora John Deere 1075 (p/ peças) cabina, transmissões, motor, etc. Colhedora de batata Barigelli Universal T, rebocável de 1 linha com tegão - 6.500€ Semeador Nodet 4lts p/milho - Peumático - 2.750€ Semeador Gaspardo, mt4, pneumático para milho, de 4 linhas equipado com adubador - 4.500€

+ Usados no Microsite

www.abolsamia.pt/clientes/tecnolavra

USADOS: M.F. 4345 - 12.500€ • M. F 135 - 4.500€ • Kubota L235 DT - 4.000€ • Same Mercury 85 - 4.000€ • Cisterna Herculano CH 6000D (2005) - €4.000 • Retroescavadora Komatsu WB932 - €13.000

TRATORES: Yanmar 1300 - 4WD c/ fresa • Iseki 4270 - 4 WD c/ Fresa • Same Solar 50 • Same Explorer 90 C florestal (rastos) • Lamborghini Crono 564-60 (2005) 2.404 horas c/ Travão de reboque hidráulico • Ferrari 1100 DT (1994) 876 Horas • Kubota 6000 c/ fresa Original - 4WD PULVERIZADOR Stagric 1000 Lts

+ Usados no Microsite

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USADOS: Tractores: John Deere 7530 Premium (2007) • John Deere 6820 Premium (2002) • John Deere 6920S Premium (2005) • John Deere 6830 Premium (2008) • John Deere 6930 Premium • John Deere 6930 Premium (2007) • NH T4050 F (2009) • Enfardadeira NH BB9060R (2011) • Enfardadeira McHale Fusion 3 (2014) • Telescópicas JCB, 540-70 Special Farm (2004)

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NOS ANÚNCIOS COM ESTE SÍMBOLO

Consulte todos os usados no MICROSITE da empresa

Lisboa

USADOS | Tractor Agrifull 80 DT (1987) - c/ 5900 horas • Charrua Galucho 1F-17” hid. • Pulverizador Tomix Gondomar 400 Z7 - c/ bomba APS 41 • Rotorfresa Joper RF 2R260 - c/rolo de tubos e barra niveladora

Tratores: Fiat 480 - 4.000€ • MF 35 X 2.750€ • MF 135 - 5.250€ • Caixas de carga p/ tractor: CCA150 - 400€ • CCA100 - 295€ • Retroescavadora Fermec 860 (1998) c/ lança extensiva- 10.000€

+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/litoralpecas

USADOS: Tractor Landini Fruteto 5530 • Tractor Landini 6500 (rastos) • Pulverizador Rebocável 1500lts • Triturador Joper 1,65m

TRATORES USADOS Lamborghini 90 c/c. frontal e cab. - 14.500€ • Deutz F. Agroplus F420 - 30.000€ • Deutz F. Agroplus F 420 (2014) - 30.000€ • Deutz F. Agrotron K610 c/ cab. - 30.500€ • JD 5500N - c/carreg.- 18.000€ • JD 5510N - 16.500€ • MF 8130 - 16.000€ • Renault • Vindimadora Alma.

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Lisboa • Setúbal

USADOS Tractor TYM T603 c/cab • Tractor Kubota L-245 DT • Cavadora Falc 1.50mts • Cavadora Tortella, 1,35mts • Pulverizador Tomix, 2000 L rebocável • Turbina Tomix, 300Lt

REVISTA + ANUÁRIO 1 ANO / 38 € Tel. 219 830 130

Usado: Reboque 2000 como novo - com sem fim, nunca trabalhou.

+ Usados no Microsite

www.abolsamia.pt/clientes/sobralense

USADOS Corta-mato 1.8 (2015) • Destroçador, T1000L • Gerador Briggs & Stratton - monofásico - 3.8 Kva • Placa compactadora Belle RPC 30/50 • Retroescavadora Fermec 860 LE • Telescópica JCB 525-67

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USADOS | Tractor New Holland TNF80 c/ cab • Tractor New Holland TCE 40 • Tractor New Holland TNF90 • Tractor New Holland L75 DT c/ cab. • Tractor New Holland TNF80 • Tractor New Holland TL80 DT • Tractor Case IH 845 DT • Cavadora Gramegna 6 pás • Cisterna Joper - 5000 L roda dupla • Gadanheira de discos Vicon


Setúbal • Évora

USADO: Fresa Joper FOR140 revista de mecânica

USADOS: Tractor Hürlimann 6115 c/ cabina • Caixa de carga p/ tractor Galucho CC - G 2m (2007) - 480€ • Charruas: Galucho 1F-13” 45º • Galucho 1F-13” 45º • Despampanadeiras: Industrias David corte lateral (2000) bom estado - 2.000€ • OMD corte lateral (1990) - 800€ • Ero U invertido hid. (2001) bom estado - 2.300€ + Usados no Microsite

+ Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/autoalvaladense

www.abolsamia.pt/clientes/agriagua

MICROSITE 200 €/ano Sem limite de máquinas

| USADOS | Tractor Lamborghini 784 DT • Tractor Deutz-Fahr Agroplus 85 DT impecavel • Chisel Agrator 9/11 braços • Enfardadeira Fiatagri Heston 4700 • Escarificador Galucho E-11D • Escarificador Galucho E-7D • Gadanheira Vicon, 6 discos - Extra 428 • Gadanheira Krone Easycut R280 Impecavel • Grade de Discos Galucho A2CP 22x24 • Grade de Discos Galucho GAVR 32x36 • Grade de Discos Galucho A2CP 18x24 • Grade de Discos Galucho GLHR 24x24 • Rolo-destorroador Kuhn M-EL-201-300 - como novo • Volta-fenos Pottinger 771A 2 Rotores 7.7 m + Usados no Microsite

www.abolsamia.pt/clientes/maquidiana

USADOS

Ceifeira debulhadora John Deere 1055 c/ cabina e A/C • Enfardadeira John Deere 224 T de fio e c/ carrinho • Reboque auto-carregador Claas Sprint 440P

38 €

boletim PÁG. 5

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200 € POR ANO

Évora • Beja

MICROSITE ADIRA JÁ É FÁCIL e RÁPIDO - Tel. 219 830 130

+ Usados no Microsite

www.abolsamia.pt/clientes/lagril

USADOS: Tractores: Massey Ferguson 210 - 2RM • Massey Ferguson 174C (rastos) • Vindimadora Alma Reb. + Usados no Microsite

www.abolsamia.pt/clientes/etelgra

TRATORES USADOS: Hürlimann 90 cv c/ carregador frontal Ténias • New Holland, TL90 c/ cabina • Lamborghini Florestal (rastos) C 653 L

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USADOS Máquina de corte Timberjack 1270B


Beja

NOS ANÚNCIOS COM ESTE SÍMBOLO

Consulte todos os usados no MICROSITE da empresa

Tractores: DF DX 4.50 - 11.500€ • DF DX 4.70 - 12.000€ • MF 4270 - 11.000€ • Landini Legend 145 - 19.500€ • Landini Legend 145 Delta6 - 28.500€ • Atomizador Tomix 1500 L - 3.500€ • Ceifeira debulhadora MF27 - €7.500, Obs: Frente de cereal e girassol • Charrua de discos Galucho 3 discos hid - €1.890 • Enfardadeira DF GP 2.12 Bom - €7.000 • Volta-fenos Fella 456 DNA (2011) - 3.650€

+ Usados no Microsite

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USADOS Tractores: Lamborghini 874-90 • Deutz-Fahr DX.6.30 • Ceifeiras debulhadoras: NH TX62 (1999) (rastos e tração às 4 rodas) • NH TX66 (2000) (rastos e frente de cereal) • NH 8060 (1980) (equipamento de arroz opcional) • Charrua Galucho CH3/4 - 14H3 • Destroçador Belafer T1NEO-200 (2007) (martelos novos) • Distribuidor de adubo Vicon RSM, 900Kg • Enfardadeira Vicon LB 8000 Vario • Ensiladora JD 5820 • Gadanheira BCS Rotex 7 • Giratória de rastos Caterpillar CAT 229D • Reboque espalhador de estrume Reboal RB-12 (2008) • Retroescavadora NH 85 (1996) • Rolo La Sidero 4m • Semeadores: Kverneland Accord Pneumatic DT, 6m • Solá Super Combi 888 (1998), 22 Linhas

+ Usados no Microsite

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TRACTORES: Agrifull: 110 DT - 12.500€ • 140 - 8.000€ • 65 DT - 8.500€ • 80 - 6.500€ • 80 DT • 80 DT - 12.000€ • Carraro 920 - 7.500€ • Case-IH: 1125 - 7.500€ • 1394 DT - 5.000€ • 70 cv c/ car. fr. Galucho - 8.000€ • 7455 7.500€ • 90 cv - 9.000€ • 955 - 6.000€ • Caterpillar: D3 (rastos) - 9.000€ • D4D (rastos) - 7.000€ • D5D (rastos) - 10.000€ • Deutz-Fahr: 110 cv c/ car. fr. - 10.000€ • 130 cv c/ cab. - 8.000€ • 70 cv - 8.000€ • 7806 DT - 7.000€ • D40 S - 1.500€ • Ebro: 1025 - 7.000€ • 684 - 1.000€ • Fiat: 110-90 c/ cab. A/C - 17.000€ • 140-90 c/ cab. A/C 17.500€ • 420 - 2.000€ • 55-65 R • 80-66 - 10.000€ • 80-66 DT • 90-90 - 11.000€ • 90C (rastos) - 15.000€ • Fiatagri 140-90 c/ cabina • Ford: 5000 - 2.500€ • 5610 DT - 10.000€ • 5610 DT - 10.000€ • 6600 - 3.000€ • 6610 - 7.000€ • 6610 DT - 6.000€ • 6810 DT - 6.000€ • 7600 DT - 5.500€ • 7610 • 7610 DT - 6.000€ • 7610 DT - 10.000€ • 8210 • 8210 - 10.000€ • TW 25 - 5.000€ • International 745-S • Itma 80 cv (rastos) - 5.500€ • John Deere: 2030 • 2130 - 2.500€ • 2850 • 3040 - 5.000€ • 3150 • 3350 - 10.000€ • Lamborghini: 106 - 7.500€ • 80 cv (rastos) - 10.000€ • 874-90 - 12.000€ • Landini 7680 - 7.500€ • Massey Ferguson: 390 DT - 10.000€ • 4370 DT • New Holland: 6640 • 80-66 DT - 15.000€ • 8670 • 8670 c/ cab. A/C - 30.000€ • TD90D • TK100 (rastos) - 20.000€ • TL100 - 17.500€ • TL100 c/ cab. A/C - 20.000€ • TM165 • Renault: 120 cv - 10.000€ • 95 cv c/ cab. A/C - 10.000€ • Same: 100 - 6.000€ • 70 cv - 5.000€ • 80 cv - 5.000€ • 85 cv - 5.000€ • 95 cv - 7.500€ • Valmet 1180 - 15.000€ • Zetor: 70 cv - 5.000€ • 80 cv - 5.000€ • CEIFEIRAS DEBULHADORAS: Case-IH 1440 - 20.000€ • Claas 68 (rastos) (A) 7.500€ • Fiatagri 3500 (rastos) (A) - 10.000€ • John Deere: 1055 - 12.500€ • 1075 - 12.500€ • Laverda: 112 (rastos) (A) - 7.500€ • 132 (rastos) (A) - 7.500€ • 3400 - 15.000€ • 3650 - 15.000€ • M100 - 10.000€ • M120 - 4.000€ • M132 - 10.000€ • M152 - 10.000€ • New Holland: 8040 - 10.000€ • 8050 - 12.500€ • 8050 (rastos) (A) - 7.500€

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Beja • Faro • Açores • Europa • Industriais

USADOS: NH TN75 - 12.000€ • Renault Ceres 355 • Iseki TM3160 - 6.500€ • Grade discos Joper, GM-18-22 • Semeador Gaspardo Magica Plus- €10.000

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+ Usados no Microsite

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+ Usados no Microsite

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USADOS: Tractor Ford 8210 + Usados no Microsite www.abolsamia.pt/clientes/henriquesfrancisco

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maio / junho 2016 · ABOLSAMIA

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Notícias ribeiro & Carapinha, Agrogaspares e Auto Henriques Bráz & filhos No início de abril os concessionários das zonas de Beja, Santarém e Ovar juntaram-se à Valtrator na organização da Valtra Demotour 2016.

Leia a reportagem completa na pág. 77

ribeiro & Carapinha, novepercampo e Agrimagos A Forte apresentou em Portugal, o novo Fendt Série 1000 modelo 1050 de 517cv, em abril passado, em parceria com os referidos concessionários.

Leia a reportagem completa na pág. 66

Viagem de incentivo Herculano Foi entre os dias 3 e 11 de março passado que o grupo de clientes que mais se destacou pelo seu desempenho e dedicação à marca Herculano ao longo do ano de 2015 viajou até ao estado da Bahia, no Brasil, o destino escolhido para a viagem de incentivo Herculano. A viagem teve duas etapas: Guarajuba, uma pequena localidade no distrito de Camaçari que é caracterizada por algumas das mais belas praias da Bahia; e Salvador, a capital do estado da Bahia e primeira capital do Brasil, com pormenores deslumbrantes a cada esquina e onde o passado e o presente coabitam em perfeita harmonia. ABOLSAMIA · maio / junho 2016

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Para visitar

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Miniaturas em cortiça Contactos

Joaquim Serralha: 917 724 772

“Paixão de Cuidar Gestos que Mudam o Mundo”

Joaquim Serralha, tratorista de profissão, 52 anos, originário de Montemor-o-Novo, constrói cópias, à escala, de modelos de tratores, históricos e atuais, recorrendo a uma matériaprima tão característica do nosso país, a cortiça.

Inscrições abertas agriculturaemar.com/abertasinscricoes-paixao-cuidar-gestosmudam-mundo

As inscrições para a 2ª edição portuguesa do projecto “Paixão de Cuidar”, organizado pela TENA, já abriram e permanecerão activas até 19 de Setembro. Esta iniciativa surge no âmbito de consciencializar e proporcionar uma maior qualidade no trabalho desenvolvido no préstimo de cuidados a idosos, promovendo um intercâmbio de ideias e projectos entre instituições, lares e cuidadores focados no bemestar da população sénior. A 2ª edição em Portugal do projecto “Paixão de Cuidar” tem como tema “Gestos que Mudam o Mundo”, focandose na implementação de práticas sustentáveis. Este projeto é uma iniciativa da SCA, a maior proprietária de florestas a título privado na Europa.

O seu objectivo é fazer uma representação da história da maquinaria agrícola em Portugal através das suas peças.

MAIO 2016 17 a 20 | NAMPO | África do Sul - Bothaville www.grainsa.co.za

18 a 22 | Feira Internacional de Benguela | Angola Benguela www.eventosarena.co.ao

DLG Dias de Campo

JUNHO 2016 1 a 3 | Carrefour Int. du Bois | França - Nantes

Site www.dlg-feldtage.de

www.timbershow.com

12 ||Feira FeiraNacional Nacionalde deAgricultura Agricultura || Portugal 44 aa 12 Portugal - Santarém Santarém feiranacionalagricultura.pt feiranacionalagricultura.pt

14 A 16 JUNHO

Com o enfoque posto nas culturas, os dias de campo da DLG realizam-se na Baviera, Alemanha, de 14 a 16 de Junho. Para este evento, onde os agricultores se podem inteirar das mais recentes técnicas de condução das culturas, são perto de 300 os expositores registados, e a previsão do número de visitas aponta para as 25.000 pessoas. Fazem também parte do programa as demonstrações de robots para agricultura de precisão e as demonstrações de máquinas, com destaque para os seguintes segmentos: preparação de solo, injeção de fertilizantes orgânicos, distribuição de fertilizantes minerais, pulverização, tecnologia de sensores, condução automática, e sistemas de gestão de dados em tratores.

6 a 9 | EUBCE | Holanda - Amsterdão www.eubce.com/home.html

8 a 11 | Agro (Expo) Kiev | Ucrânia - Kiev www.agro-expo.com

9 a 12 | Semana Verde da Galiza | Espanha - Silheda www.feiragalicia.com

10 a 12 | Opolagra | Polónia - Opole www.opolagra.pl/home-2

15 a 17 | Western Canada Farm Progress | Canadá Regina www.myfarmshow.com 15 a 18 | Fieldays | Nova Zelândia - Hamilton www.fieldays.co.nz

15 a 16 | Cereals - The Arable Event | Reino Unido Cambridge www.cerealsevent.co.uk

23 a 24 | Agro-Mashov | Israel - Tel Aviv agro.mashovgroup.net

30 Jun. a 3 Jul. | Inter Agrar | Áustria - Wieselburg www.messewieselburg.at

30 Jun. a 2 Jul. | Galiforest | Espanha - Silheda www.galiforest.com

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rodas de grandes dimensões e

jAntes Até

30.5”

cisternA tandem 14.000 L - 16.000 L - 18.000 L

Braço de carga 8’’

Acelerador + Funil 8’’

Lança galvanizada e com mola

entalhamento que permite rodas e jantes (30.5”) de grandes dimensões


Trabalho de equipa MAIS DE 25% SÃO EQUIPADAS DE ORIGEM COM PNEUS MITAS O que faz uma boa parceria? Os principais produtores de maquinaria agrícola sabem! A Mitas é um fabricante Europeu de longa data e um fornecedor de confiança para os produtores Premium de equipamentos de origem. A nossa fiabilidade e trabalho de equipa no desenvolvimento e produção de novos produtos tem sido comprovada com diversos galardões. Estamos orgulhosos deste reconhecimento e continuaremos a trabalhar arduamente para assegurar a sua continuidade.

www.mitas-tyres.com


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