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Congresso em Faro quer potenciar discussão sobre “cidadania digital e as culturas do contemporâneo”

A “Cidadania Digital e Culturas do Contemporâneo” é o tema do II Congresso da Rede Nacional de Estudos Culturais (RNEC), que se realiza a 27 e 28 de abril, em Faro, anunciou a organização do encontro

A RNEC tem como parceiros na organização da iniciativa o Centro de Investigação em Artes e Comunicação (CIAC) e a Escola Superior de Educação e Comunicação da Universidade do Algarve (UAlg), estando o encontro marcado para o Complexo Pedagógico do campus da Penha, em Faro, precisou a organização.

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O congresso tem como objetivo potenciar a discussão sobre a cidadania digital e as culturas do contemporâneo”, adiantou o CIAC num comunicado, frisando que outra das metas da organização é “afirmar a vitalidade da área dos estudos culturais” nas áreas do ensino e da investigação.

A mesma fonte salientou que o congresso vai abrir o “diálogo e dar a conhecer os trabalhos desenvolvidos nos diferentes centros de investigação e universidades”, tanto nacionais como internacionais, e procura “promover o desenvolvimento de parcerias e redes de ensino e investigação”.

Entre os participantes internacionais vão estar João Massarolo, da Universidade Federal de São Carlos, no Brasil, María Amor Pérez Rodriguez e Ignacio Aguaded, ambos da Universidade de Huelva, em Espanha, e Marco Solaroli, da Universidade de Bolonha, em Itália, destacou a organização.

Os oradores Ana Cristina Mendes, da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, Moisés de Lemos Martins, da Universidade Lusófona, e Maria Manuel Baptista, da Universidade de Aveiro, também vão dirigir-se ao congresso, acrescentou o CIAC. Os investigadores do CIAC Ana Clara Santos, Ana Isabel Soares, Gabriela Borges, María Botana Vilar, Mirian Tavares, Juliana Wexel,

Olivia Novoa Fernández, Patrícia Dourado, Rosimária Sapucaia, Sílvia Viegas, Sandra Côrtes-Moreira e João Paulo de Carvalho dos Reis e Cunha também vão participar. A organização do congresso explicou que a RNEC “articula nove instituições portuguesas de investigação e docência de nível superior” que trabalham para o “desenvolvimento de ações de in- vestigação, inovação, formação e difusão dos estudos culturais”.

Para que os estudos culturais sejam maior referência

O trabalho da RNEC destina-se também a “promover a estruturação do campo dos estudos culturais e estimular a cooperação nacional, de forma a conferir maior robustez à produção científica na área”. “Pretende-se, com esta iniciativa, que os estudos culturais praticados nas universidades portuguesas sejam, cada vez mais, uma referência dentro e fora do país”, acrescentou o CIAC.

O congresso começa às 09:00 de dia 27, com uma mesa de abertura que contará com a participação da comissão organizadora, do presidente da Câmara de Faro, Rogério Bacalhau, e do vice-reitor para a Investigação e Cultura da Universidade do Algarve, Nuno Bicho, segundo o programa divulgado. Ao longo dos dois dias, serão realizadas palestras e sessões temáticas que se debruçam sobre os estudos culturais e a cidadania digital, enquanto o encerramento do encontro está previsto para as 18:00 de dia 28, com a presidente da RNEC, Maria Manuel Baptista, e a coordenadora do II Congresso RNEC, Gabriela Borges.

Capital do Algarve procura açoteias para integrar Rooftop Festival em julho

ACâmara de Faro lançou um convite para que proprietários de edifícios se candidatem a receber atividades integradas no Açoteia - Faro Rooftop Festival, que irá realizar-se a 07 e 08 de julho, informou a autarquia.

“Procuramos açoteias que pela sua localização, pela sua construção ou tipologia, ou pela forma como estão a ser utilizadas, possam ser diferenciadoras e apelativas para uma visita ou mesmo ser um dos 'palcos' deste evento, devendo estas situar-se num raio sensivelmente de dois quilómetros do centro da cidade”, adiantou a autarquia em comunicado.

A edilidade - que promove o festival em conjunto com outras entidades - assegura que, em caso de seleção, a organização “acautelará com os proprietários dos edifícios (públicos ou privados) as condições de segurança e acesso ao espaço no decurso do festival”.

Durante o Faro Rooftop Festival será possível visitar um conjunto de açoteias icónicas que, por norma, não estão acessíveis ao público, e assistir a “espetáculos artísticos, exposições, experiências sensoriais, conhecer boas práticas do uso de açoteias, participar em debates, palestras e experiências, ou simplesmente, apreciar a paisagem de um outro patamar”.

Nesta fase inicial de preparação do Açoteia, a autarquia convida pessoas e entidades interessadas a mostrarem a sua disponibilidade para acolher no seu espaço atividades do festival.

Essa manifestação de interesse pode ser feita através de um formulário que se encontra em www. acoteia.pt.

A organização do festival procura açoteias de diversas dimensões e tipologias, que se situem, no máximo, num raio de sensivelmente dois quilómetros do centro da cidade.

O festival faz parte da Rede Europeia de Açoteias Criativas, criada a partir de Faro e que junta nove cidades de oito países “na reflexão e desenvolvimento estratégico de ações a concretizar nestes espaços”.

A primeira edição do festival realizou-se em 2019 com mais de 150 espetáculos, entre música, teatro e cinema, que deram vida a 19 açoteias de Faro.

Nesse ano, o Açoteias, cuja reali- zação foi interrompida devido à pandemia de covid-19, teve a participação de músicos como António Zambujo, Rita Redshoes, Manel Cruz, Twist Connection, Eliza Rodrigues ou Allen Halloween, e espetáculos de teatro com as companhias JAT, Satori, XPTO e Teatrito.

A Rede Europeia de Açoteias Criativas é formada por Faro (Portugal), Amesterdão (Holanda), Antuérpia (Bélgica), Barcelona (Espanha), Belfast (Irlanda do Norte), Chemnitz (Alemanha), Gotemburgo (Suécia), Nicósia (Chipre) e Roterdão (Holanda).