3 minute read

OS DIAS CLAROS

1200 e 1350 registou-se influência da poesia lírica dos trovadores provençais em galaico-português, inscritos nos “Cancioneiro da Vaticana” (compilação italiana do séc. XII), nos da “Biblioteca Nacional” (no séc. XIII com Afonso III, D. Dinis…) nas “Cantigas de Santa Maria” atribuídas a Afonso X “O Sábio”. Até ao séc. XVI o castelhano era usado pelas classes letradas bilingues. Considera-se que o português moderno se consolidou no século XVI, surgiram nesse período estudos linguísticos pioneiros, a “Grammatica da Linguagem Portuguesa” (1536) de Fernão de Oliveira, “Gramática da Língua Portuguesa” (1539-40) de João de Barros, “Ortografia da Língua Portuguesa” (1576), obra fundadora dos estudos ortográficos e a “Origem da Língua Portuguesa” (1606) de Duarte Nunes de Leão. O “Cancioneiro Geral” (1516) de Garcia de Resende, é uma compilação de poemas palacianos dos séculos XV -XVI, são cerca de mil poemas na sua maioria em português com textos de Bernardim Ribeiro, Sá de Miranda, entre outros e 150 poemas em castelhano. Nesta obra surgiram tentativas de desenvolvimento da poesia épica, que revela maturidade com “Os Lusíadas” de Luís de Camões. ibra editada em 1572.

A “História da Literatura Portuguesa”, de Óscar Lopes e António José Saraiva, publicada em 1953 com 17 edições, continua hoje a ser obra de referência sobre a língua e literatura portuguesa.

Advertisement

O português consolidou-se e expandiu-se, saiu de Portugal para outras regiões do mundo, estima-se existirem hoje cerca de 300 milhões de falantes. A língua agregou novas palavras, recriou-se, um investigador moçambicano recentemente revelou que no português do seu País haverá cerca de 40 mil palavras de origem dialectal e a literatura vai inventando outras. São dinâmicas que não podem ser regulamentadas com exercícios de “unificação”. A evolução do idioma é imprevisível, como aconteceu com o latim, poderão surgir outros “português”.

*O autor não escreve segundo o acordo ortográfico com as dimensões de 1m,40 x 1m,27 x 3m,60 e o outro de 1m,40 x 1m,27 x 1m,20, sendo publicado no Diário do Governo, IIª Série n.º 139 de 186-1941; a 19-12-1942, a instalar uma máquina de embalar latas; a 24-51949, a substituir 1 cofre tríplice de 3m,70 x 1m,27 x 1m,82 por 3 cozedores simples com as dimensões de 1m,25 x 1m,25 x 1m,60, sendo publicado no Diário do Governo n.º 147 de 28-6-1949; a 25-6-1955, a instalar 1 cravadeira automática em substituição de 1 cravadeira de lata redonda e publicada no Boletim DGSI n.º 342 de 20-7-1955; a 12-6-1956, a instalar um cozedor-secador de ar quente com 3m40 m x 1m,85 x 1m,36; a 202-1964, a instalar uma cravadeira automática, tipo V3, marca Vulcano, de 2 cabeças e 2 lunetas, sendo publicado no Boletim da DGSI n.º 793 de 11-3-1964.(5)

Esta unidade fabril produzia 8.903 caixas em 1933, 22.690 caixas em 1934 e 40.000 caixas em 1935 (produzindo neste ano 35 caixas por hora).

Segundo Ana Rita Silva de Serra Faria, esta unidade fabril produzia para conservas de peixe 337.692 kl em 1929, 535.555 kl em 1930,

842.384 kl em 1931, 528.182 kl em

1932, 233.665 kl em 1933, 541.096 kl em 1934, 616.052 kl em 1935,

413.840 kl em 1936, 446.663 kl em

1937, 521.829 kl em 1938, 476.258 kl em 1939, 537.588 kl em 1940,

144.341 kl em 1941, 214.277 kl em 1942, 389.412 kl em 1943.(6) Depreende-se ainda pelo seguro desta unidade fabril, feito a 18-11935, que a soldagem das latas era feita de forma mecânica. A fábrica de Ferragudo, possuía 1 dínamo gerador de 10 kw, que fornecia energia eléctrica para iluminação em 1938 de 1705 kw.(7)

Segundo a planta da fábrica de Ferragudo, também designada ou conhecida por “Frito Velho”, esta era constituída em 1936: 1 - a) porta

Planta da fábrica de conservas da Júdice Fialho de Ferragudo em Lagoa, também designada ou conhecida por “Frito Velho” em 1936 (colecção do Museu de Portimão) de entrada e b) pátio, 2 - prensas e balancé, 3 - escritório, 4 - depósito e folhas em obras, 5 - depósito e folhas em flandres 6 - casa do mestre da fábrica, 7 e 8 - arrecadação, 9 - adega do azeite, 10 - casa de depósito de lata vazia, 11 - armazém da estiva, 12 - casa das caldeiras e estufas e casa de ebulição: a) estufas, b) caldeiras de vapor, 13 - cocheira, 14 e 15 - armazém depósito de lata cheia, 16 - chaminé, 17 - casa do carvão vegetal, 18 - armazém arrecadação, 19 - a) pátio, b) prensas de guano, 20 - armazém depósito de carvão, 21 - casa de descabeçar, 22 - telheiro para enxugador, 23 - casa de cozedor de peixe, 24 - armazém depósito de grelhas, 25 - casa de enlatar, 26 - casa de azeitar, 27 - casa de soldadores e máquinas, 28 - enxugador, 29 - casa da balança, 30 - a) depósito e b) forja, 31 - gasómetro, 32 - tanque para tomada de água por uma bomba, 33 - casas de operários, 34 - ventoinha.

A 15-4-1981, já com a nova administração, constituída por Adolfo Jorge Pinheiro de Castro e Brito, Jorge Manuel Barbosa da Cunha e José

Óscar Barroso Magalhães, era esta fábrica encerrada temporariamente por motivos de ordem económica, sendo desmontada por informação do Instituto Português de Conservas de Peixe - Delegação de Portimão e Lagos a 20-5-1983.(8)