Fundação Lusíada - 50 Anos

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50Anos

Fundação Lusíada José Carlos Silvares



O

objetivo do autor na presente obra comemorativa é o de celebrar os

50 anos de atividades da Fundação Lusíada, ressaltar a imagem ímpar de seu idealizador,

Índice

fundador e primeiro presidente, Dr. Eduardo Dias Coelho,

Homenageado

pág. 3

e proporcionar ao leitor uma visão

Palavra do Presidente

pág. 5

geral do desenvolvimento da Instituição,

O início de tudo

pág 6

ao longo deste meio século

Dr. Coelho, o idealizador

pág. 8

de profícua existência.

A implantação

pág. 21

A região se envolve

pág. 25

Enfim, a Medicina

pág. 36

Administração

pág. 48

De Celus a Unilus

pág. 50

O moderno complexo educacional

pág. 58

Academia Unilus

pág. 78

Centro de Saúde Escola

pág. 83

Os Instituidores

pág. 88

Presidentes da Fundação Lusíada

pág. 92

professores, alunos, funcionários,

Composição Diretiva Estatutária

pág. 93

colaboradores e comunidade em geral.

Localização geográfica

pág. 94

Dr. Nelson Teixeira Presidente

Bibliografia e créditos

pág. 104

Agradecimento A todos os que contribuíram para o sucesso da Fundação Lusíada, como instituidores, dirigentes,


Dr. Eduardo Dias Coelho Idealizador, Fundador e primeiro Presidente


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Dr. Nelson Teixeira Presidente


Palavra do Presidente É

com muita alegria que vivemos hoje os 50 anos da Fundação Lusíada.

E pudemos reviver, na edição das páginas deste livro, ao longo do último ano, aqueles primeiros passos que partiram da ideia do amigo Dr. Eduardo Dias Coelho, um homem à frente de seu tempo e com quem tive a honra de conviver e de compartilhar a realização de seu sonho. Hoje, na condição de presidente da Fundação Lusíada e de Reitor do Centro Universitário Lusíada, Unilus, olho para trás e vejo as pessoas que caminharam ao nosso lado, que acreditaram nos ideais de servir ao próximo e que, enfim, dividiram conosco a tarefa árdua de conquistar, a cada degrau, como projeto inicial, a implantação de nossa Instituição e da Faculdade de Medicina. A Faculdade era o objetivo maior vislumbrado há 50 anos pelo Dr. Coelho, no sentido de ajudar os menos favorecidos, na área da Medicina e também no campo assistencial. Ainda hoje ouço suas palavras de incentivo, de investimento nos jovens para que pudessem ter uma formação de qualidade e dar a sua contribuição aos enfermos e aos necessitados. Aqueles eram outros tempos. Tivemos muito trabalho, mas foi gratificante verificar que a adesão para se alcançar os nossas metas valeu tanto esforço e desprendimento. As pessoas tinham outra mentalidade, porque não visavam nada, nem lucro, nem algo em troca. Elas apenas acreditavam no projeto e participavam por filantropia mesmo.

É claro que, como qualquer empreendimento, tivemos dissabores, algumas tristezas, mas nada se conquista sem que, em princípio, se acredite naquilo que pretendemos fazer e realizar. Graças a Deus estou entre as pessoas que realizam. E pudemos transformar a nossa instituição, pelas lições deixadas pelo nosso eterno professor, o Dr. Coelho, em um celeiro de doutores e mestres na área da Saúde, muitos dos quais são expoentes nacionais nas especialidades que abraçaram a partir das salas de aula. Ao lado da qualidade do ensino que transmitimos aos nossos alunos, devotamos ainda noções de cidadania e de responsabilidade social, fundamentais para o bom relacionamento entre as pessoas. Somos hoje, com muito orgulho, referência nacional e até internacional no que se refere ao ensino, mas também somos reconhecidos pelos nossos investimentos na prestação de serviços à comunidade, em diferentes campos, aplicando recursos próprios em parcerias com os poderes público e privado, mas sempre visando atender os que mais necessitam de cuidados especiais. Nestas páginas poderemos ver um pouco daquilo que foi construído com seriedade por tantos abnegados e que hoje se constitui no grande patrimônio de todos – a nossa Fundação Lusíada. Boa leitura!

Dr. Nelson Teixeira

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O início de tudo Corria o ano de 1965. O médico santista Eduardo Dias Coelho, formado no Rio de Janeiro, começava a rascunhar num papel aquilo que seria a realização de um sonho: implantar em Santos uma faculdade de Medicina. Nesse papel ele escrevia nomes de amigos de sua relação pessoal em diferentes entidades das quais participava ativamente, alguns dos quais maridos de mulheres que eram suas pacientes no consultório de ginecologia, médicos, comerciantes e outras figuras de destaque na sociedade santista. Havia nessa época muita dificuldade entre os jovens para ingressar em uma faculdade de Medicina. Eram poucas no Estado de São Paulo e não havia uma em Santos. 6

Estes fatos foram suficientes para que o Dr. Coelho entrasse de corpo e alma numa campanha, tornando-se a figura de proa de um movimento, como confirmam os jornais da época. Mas ele fazia muito mais. Após consulta a alguns desses amigos, o Dr. Coelho se convenceu de que seria necessário formalizar uma entidade que gerisse os destinos da futura Faculdade de Ciências Médicas. E ele já visualizava no papel rabiscado o que seria. Não foi uma tarefa fácil. Pelo contrário. Para implantar uma entidade que já nasceria com um propósito tão importante deveria haver um esforço proporcional e a captação de mão de obra e de recursos. As pessoas que o Dr. Coelho reuniu em torno de seu sonho tinham que doar certo valor em dinheiro e o tempo de lazer após o expediente de seus trabalhos, como registram várias atas, para se concentrarem na estrutura da nova instituição. Um dos primeiros que foi procurado pelo Dr. Coelho foi Nelson Teixeira, na condição de amigo e gerente do Banco

Comercial do Brasil. Ele estava no cargo há oito anos e tinha amplo relacionamento com pessoas importantes da Cidade, seus clientes no banco. Teixeira conta como foi esse contato, num exemplo concreto de como o Dr. Coelho agiu também com outros amigos que ele procurou: “Eu estava em casa e, por volta de 21 horas, tocou o telefone. Era o Coelho. Ele me relatou de sua disposição de fazer uma Faculdade de Medicina em Santos e que precisava de minha colaboração na equipe inicial. Eu relutei. Disse que tinha uma filha pequena para criar e estava no começo de minha carreira profissional e que ele já era um médico muito conceituado, inclusive era médico de minha mulher”. Mas, naquela mesma noite Teixeira pensou melhor e o apelo do Dr. Coelho pela ajuda o fez mudar de ideia. No dia seguinte já estava na campanha. “O Coelho tinha uma força de persuasão muito grande. Pensei na sua intenção de ter a faculdade de Medicina com o objetivo de formar alunos e também de proporcionar melhor atendimento aos menos favorecidos. Esse era um princípio que eu tinha desde essa época, de atendimento à comunidade da região e, em especial, os menos favorecidos”. A partir daquele telefonema, Teixeira não imaginava que sua rotina estava prestes a sofrer uma grande reviravolta em pouco tempo. As reuniões na ampla casa do Dr. Coelho, na Avenida Bernardino de Campos, 557, entravam pela madrugada e eram acompanhadas pelo cafezinho com bolos e sucos preparados a pedido da esposa Maria, com ajuda de dona Justina, que trabalhou na casa por mais de 50 anos. Quase diariamente o Dr. Coelho passava na mesa de Teixeira no banco, à Rua João Pessoa, 26, no Centro, para trocar ideias sobre os planos. “A minha participação inicial foi a de colaborar com o projeto e de angariar mais instituidores para a equipe. Com a minha posição como gerente consegui vários nomes nas diferentes fases da campanha”, recorda Teixeira.


A campanha começou timidamente, com poucas adesões. Alguns dos que ajudaram no início, lembra Teixeira, foram o comerciante e dono de lojas de calçados Jamil Bittar, os advogados Nilson Berenchtein e Flávio Conceição Paiva, o comerciante Oscar Lopes e outros. Nesses encontros, logo se estruturou um plano de captação de recursos e foi sugerido, na época, o valor de Cr$ 1.000.000,00 (um milhão de cruzeiros, a moeda em 1965, valor que hoje corresponderia a algo entre R$ 15 mil e R$ 20 mil) a cada um, e que seria pago em parcelas mensais. A ideia inicial era reunir 100 pessoas e conseguir um capital de Cr$ 100 milhões para dar a segurança financeira necessária aos planos. Até aqui se falou muito do Dr. Coelho. Mas quem foi esse médico? 7

É o que veremos adiante.

Casa do Dr. Coelho, na Avenida Bernardino de Campos, 557, local de importantes reuniões


Dr. Coelho, o idealizador O

médico Eduardo Dias Coelho realizou um grande sonho ao completar meio século de idade.

Foi com 50 anos que ele iniciou o seu projeto para criar a Fundação Lusíada, em meados de 1965. Mas essa não seria a sua única criação ao longo da vida. Desde cedo ele perseguiu seus objetivos com obstinação, sempre cercado de amigos que o apoiaram e com ele no comando levaram adiante os seus projetos. Eduardo Dias Coelho nasceu em Santos, no dia 19 de outubro de 1915. Filho dos imigrantes portugueses, Antonio Dias Coelho e Adelina da Encarnação Coelho, pouco antes de completar 10 anos seguiu com os pais para morar por um ano nas cidades de Coimbra e Lousã, separadas por 26 quilômetros de distância, no Distrito de Coimbra, em Portugal.

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O pai era natural de Miranda do Corvo, perto de Lousã, e havia trabalhado em Angola, depois foi motorista de táxi, comerciante e ajudante de cozinha em Lisboa, além de escritor. A mãe era natural de Figueiró dos Vinhos, mais ao sul de Lousã. Nos anos de 1925 e de 1926 ele estudou o curso primário em liceus de Coimbra e de Lousã. Em meados de 1926 a família retornou para a casa de número 88 da Rua Arnaldo de Carvalho, no bairro do Campo Grande, em Santos, e o menino foi matriculado no Colégio Santista, conduzido por irmãos maristas, onde cursou também o secundário (ginasial), concluído em 1933. O gosto pela Medicina o levou no início de 1934 ao exame de admissão para uma vaga na Faculdade Fluminense de Medicina, fundada em 1921 em Niterói, estado do Rio de Janeiro, e que era um dos cursos mais disputados do País. Ele se mudou para o Rio, permanecendo na casa de primos por parte de mãe em um prédio de quatro pavimentos na Avenida Mem de Sá, 335, no Centro. A Faculdade ficava em um imponente prédio em estilo neoclássico no número 101 da Rua Visconde de Morais. O prédio foi demolido e abriga hoje o Instituto Biomédico, no número 101 da mesma rua, que mudou de nome para Rua Professor Hernani Pires de Mello, em homenagem ao médico

que presidiu a Associação Médica do Estado do Rio no biênio 1936-1937. Do antigo prédio restaram hoje apenas o muro, as grades e os enormes lampiões do portão principal. Ali, o jovem Eduardo, então com 19 anos, iniciou seus estudos para se tornar médico. Logo no primeiro ano, 1934, ele conseguiu um estágio como interno na 15ª. Enfermaria da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, onde permaneceu até 1939. Vale aqui uma observação. Coelho estudou por dois anos na Faculdade Fluminense, entre 1934 e 1935. Em 1936 se transferiu para a Escola de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro, onde se formou. Esta escola teve origem no Instituto Hahnemanniano do Brasil, sociedade civil sem fins lucrativos criada em favor da homeopatia e formada por seguidores do médico alemão Samuel Hahnemann, criador da homeopatia. A escola, depois de passar por diferentes etapas administrativas e mudanças de nome foi incorporada em 1979 à Universidade do Rio de Janeiro (Uni-Rio). A transferência de cursos teria ocorrido pela inclinação de Coelho pela área da Ginecologia e Obstetrícia. Neste período, Coelho passou a morar, com outros estudantes, em uma casa que se transformou numa espécie de “república” de jovens que eram de outras cidades ou estados e que estudavam Medicina na mesma escola da capital fluminense. Entre esses alunos estava outro santista, colega de turma, Oswaldo Paulino, que buscou a área da Medicina no Trabalho. Já na Escola de Medicina e Cirurgia, Coelho atuou em 1937 como monitor auxiliar de Técnica Cirúrgica, cadeira do professor Augusto Paulino Filho. Um ano depois já estava como interno, por concurso, na 2ª. Cadeira de Clínica Cirúrgica na escola. No último ano do curso de Medicina, em 1939, Coelho trabalhou como interno na Clínica de Obstetrícia da Santa Casa e do Instituto Cirúrgico Paes de Carvalho e em seguida passou a ser interno da Maternidade de São Cristóvão. Coelho tornou-se médico pela Escola de Medicina e Cirurgia do Rio em 1939 e teve o seu diploma registrado no Departamento Nacional de Saúde (Divisão de Saúde Pública) e no


A faculdade e documento da escola do Rio, colégio de especialização, diploma e identidade da Fundação Lusíada


A casa onde nasceu e seus pais

Vรกrias etapas da sua vida


Com a turma na escola do Rio e em um dos laborat贸rios


Serviço de Fiscalização do Exercício Profissional do Estado de São Paulo, obtendo no dia 3 de julho de 1957 o registro de médico do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), sob número 3.927. Nesse meio tempo, durante o curso de Medicina, o jovem Coelho conheceu Maria Fernandes Luzio, também filha de imigrantes portugueses e começaram a namorar. Logo depois de formado, no início de 1940, já como Dr. Coelho, ele mudou-se para a casa dos pais, em Santos. E não demorou em conseguir uma colocação como médico. Em maio, tornou-se membro do Corpo Clínico da Santa Casa da Misericórdia. Sua estreita ligação com a comunidade portuguesa em Santos o levou a integrar, ainda em 1940, a equipe da Associação Atlética Portuguesa (com time de futebol também conhecido como Portuguesa Santista), onde permaneceu até dezembro de 1951. Nesse período fez inúmeras viagens em torneios, no Brasil e no exterior, especialmente a Portugal. 12

Também a partir de 1940 assumiu como assistente da 1ª. Clínica Cirúrgica de Homens da Santa Casa da Misericórdia, passando a efetivo em 1949 e atuando até 1952. Foi médico substituto do hospital da Sociedade Portuguesa de Beneficência entre 1940 e 1941. No início de 1941, com o cargo na Beneficência, o Dr. Coelho volta ao Rio de Janeiro para um importante acontecimento. Vai casar-se com a jovem Maria, que o aguardava. O casamento aconteceu no dia 3 de março de 1941, na Igreja de São Francisco Xavier. Ele aos 25 anos, ela aos 23 anos. O casal recebeu os cumprimentos na própria igreja e seguiu viagem para Santos. A partir de 1942 foi o cirurgião-ginecologista do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), seção Santos, e atuou como médico das Lojas Americanas a partir de 1943. Como se vê neste início de carreira – e também ao longo da vida – o Dr. Coelho sempre se pautou pelo trabalho e pela variedade de ações, dedicando-se de corpo e alma às atividades profissionais e sociais. Na Santa Casa de Santos ele atuou como assistente da Secção de Neurocirurgia, em 1952. Nesse mesmo ano entrou como

médico do Juizado de Menores de Santos, até 1965. Coelho tornou-se especialista em Cirurgia Geral, pela Associação Paulista de Medicina, em 1955, e passou a lecionar, como professor assistente da cadeira de Medicina Legal, na Faculdade Católica de Direito de Santos, entre 1956 e 1960. Ainda na Santa Casa entrou por concurso como assistente efetivo da Secção de Neurocirurgia, em 1958, permanecendo até 1964. Nesse período atuou diversas vezes como chefe interino da Neurocirurgia. Em 1959 o Dr. Coelho foi aceito como “companheiro” (ou “fellow”) no Collège Internationale de Chirurgiens, fundado em 1935 em Genebra, na Suíça e que, em 1940, foi incorporado a Washington, nos Estados Unidos.

No dia do casamento, no Rio


A 14 de outubro de 1965, dias antes de seu aniversário de 50 anos, Coelho foi aceito como membro titular do Instituto Histórico e Geográfico de Santos, ocupando a cadeira 10, que tem como patrono o médico Cláudio Luiz da Costa (1798-1869) e que atuou como médico voluntário na Santa Casa de Santos e foi seu provedor entre 1836 e 1838 e vereador à Câmara de Santos. O ocupante posterior foi o também médico Carlos Moreira Gomes (1899-1963), um dos fundadores da Associação dos Médicos de Santos. Em seu discurso de posse, Coelho falou dos dois médicos, em pesquisa que realizou pessoalmente, em especial do patrono da cadeira, sobre o qual falou ao longo de 25 laudas datilografadas por ele, num relato bastante completo e interessante. Enquanto assumia a cadeira no Instituto Histórico, Coelho já se reunia com amigos para dar sequência ao seu projeto de implantar a Faculdade de Medicina em Santos. Os anos de 1965 e 1966 foram de intenso trabalho. Ele conquistava mais instituidores e, como presidente da Fundação Lusíada, resolvia os trâmites legais para iniciar a Faculdade de Medicina, como se pode ler nos capítulos seguintes. Já com a Faculdade em funcionamento, Coelho tornou-se professor titular da cadeira de Técnica Operatória e Cirurgia Experimental, a partir de 1967. Nesse mesmo ano assumiu o cargo de vice-diretor, passando a diretor em 1969.

Com a esposa, Maria

Em Peruíbe, no atendimento gratuito a moradores, com o nome de “Dr. Sereno Coelho da Mata”

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Diversas homenagens, da Fundação Lusíada, com diploma e o nome do Salão Nobre, de cidades com o nome de ruas, a carteira do Santos FC e como dirigente da Portuguesa Santista

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Ações comunitárias Além de sua participação como idealizador da Fundação Lusíada e do Elos Clube e de suas ações na Sociedade Portuguesa de Beneficência e na Santa Casa, Coelho teve outras atuações de grande importância junto à comunidade. Entre 1944 e 1946 presidiu o Abrigo de Cegos Santa Luzia, em Santos. Foi representante do jornal “A Regeneração”, a partir de 1952. Idealizou e fundou a Cooperativa dos Médicos de Santos, em 1958. Foi o fundador e primeiro presidente do Iapetrans Clube, dos funcionários do extinto Iapetec (Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Empregados em Transportes e Cargas), em 1948. E conselheiro da Associação Casa de Estar, de proteção a menores, a partir de 1960. Foi ainda presidente da comissão de exames para ingresso de médicos nos quadros da Prefeitura de São Vicente, em 1969. E entre 1966 e 1969 foi diretor da Mútua Assistência dos Médicos de Santos. Em 1967 presidiu a Comissão de Saúde da Sociedade Amigos da Cidade de Santos. Coelho também foi sócio correspondente da Sociedade Paulista de História da Medicina e do Instituto Brasileiro de Estudos Sociais. E sócio da Associação e do Sindicato dos Médicos de Santos, da Associação Paulista de Medicina e da Associação Médica Brasileira.

Aos 67 anos Coelho faleceu em Santos no dia 21 de fevereiro de 1983, aos 67 anos. Sua esposa Maria faleceu em Santos no dia 20 de agosto de 2010, aos 93 anos. O casal deixou os filhos Eduardo Antônio, engenheiro, Marco Antônio, engenheiro e Luiz Antônio, professor da PUCRJ, todos nascidos em Santos. Seu nome foi eternizado na Fundação Lusíada e também em logradouros públicos: Rua Eduardo Dias Coelho, Gonzaga, Santos; Praça Eduardo Dias Coelho, Vila Tupi, Praia Grande; Avenida Eduardo Dias Coelho, Esplanada dos Barreiros, São Vicente; Rua Doutor Eduardo Dias Coelho, Vila Bela Vista (Zona Sul), São Paulo, Capital; e Rua Doutor Eduardo Dias Coelho, Parque Cidade Jardim, Umuarama, Paraná.

Durante nove anos foi o patrocinador anual do Prêmio Osvaldo Cruz de Biologia, no concurso Cientistas do Amanhã, entre 1964 e 1972. E presidiu a comissão que instalou o Pavilhão Lusíada na Cidade da Criança, em 1965. Cidadão Emérito Em 1968, Coelho recebeu o título de Cidadão Emérito de Santos, concedido pela Câmara Municipal pelos relevantes serviços prestados à comunidade. Ele recebeu ainda diversas comendas, medalhas, títulos, diplomas e muitas outras homenagens ao longo de sua carreira como médico.

A última foto, na casa de Campos do Jordão

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Presidiu a Beneficência Portuguesa D

urante dez anos, o Dr. Eduardo Dias Coelho foi presidente da Sociedade Portuguesa de Beneficência de Santos, em cinco períodos sequenciais com mandato de dois anos cada um, entre 1972 e 1982.

Ao longo de sua gestão, Coelho implantou diversos serviços de saúde e inaugurou novas edificações. Uma delas, de dois pavimentos (a Ala D) recebeu o nome de Pavilhão Dr. Eduardo Dias Coelho, em 1975. No dia 13 de junho de 1975 foi fundado o Grupo de Ação Social Santo Antônio (o Gassa, grupo de voluntárias da Beneficência), por iniciativa de Maria Luzio Coelho, esposa do presidente, com objetivo de prestar auxílio aos pacientes. Ela o presidiu por muitos anos. No exercício da presidência, em dezembro de 1977, Coelho formalizou o convênio com a Fundação Lusíada, com o objetivo de proporcionar estágio aos alunos do quinto e do sexto ano da Faculdade de Medicina no Hospital Santo Antônio.

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Ações realizadas como presidente da Beneficência Portuguesa



Criador do Elos Clube O

Dr. Eduardo Dias Coelho foi o idealizador e primeiro presidente do Elos Clube, fundado por ele no dia 8 de agosto de 1959. No ideal do médico, descendente de portugueses, o Elismo é um movimento de congregação de valores em defesa da aliança e da compreensão dos povos de língua portuguesa.

O local de fundação e sede não poderia ser mais apropriado: a área da Prainha, em São Vicente, na enseada onde Martim Afonso de Souza fundeou suas caravelas no século 16. Foram considerados fundadores: Eduardo Dias Coelho, Manuel Antonio Marçal, Hermes Barsotti, José de Souza, Mário de Almeida Nunes, Manuel Antonio Gomes, Joaquim da Rocha Brittes, Arimondi Falconi, Aires Pedro dos Santos, Adelino Miguéis Picado, Waldemar da Cruz, Luiz Espinha e Henrique Martins. A ideia inicial era fundar um clube que desse respaldo à Associação Atlética Portuguesa, da qual o médico era membro do Conselho Deliberativo e onde os fundadores atuavam.

Em uma convenção elista, ao lado do ex-presidente Juscelino Kubitschek 18


Na partida para uma convenção internacional do Elos

Mas o movimento cresceu, e logo se espalhou pelo País, a ponto de, em 1962, realizar a primeira Convenção Nacional, com a presença do ex-presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira. Nesse ano, com a fundação de clubes em outros países, foi criado o Elos Internacional. Nas palavras de Coelho, “todo elista nivela-se por um mesmo conteúdo moral e por uma mesma dose de idealismo na luta pela congregação das pessoas que, onde estiverem, falem, adaptem ou cultivem a língua portuguesa. O elista é, precisa e deve ser a expressão dinâmica de uma comunidade, a lusíada”. O Movimento Elista chegou a ter cerca de 30 sedes em vários países, 27 no Brasil, 11 em Portugal e países africanos (Angola, Moçambique, África do Sul) e uma em Macau (China). Muitos eventos foram realizados em Santos, no Brasil e no exterior. Em reconhecimento à criação do Elismo, o Elos Clube do Porto (Portugal), mandou afixar uma placa na parede da casa do Dr. Coelho, em Santos, alguns meses após a sua morte, com os seguintes dizeres: “Dr. Eduardo Dias Coelho Idealizador na origem e força do Elismo. Homenagem do Elos Clube do Porto. Santos, setembro de 1983” (Nota: Muito se diz que o Elismo foi a inspiração do Dr. Coelho para escolher o nome da Fundação Lusíada.)


Fundou o Jaú F. C. E

m 1927, com 12 anos, o menino Eduardo estava entre os jovens que jogavam bola na Rua Espírito Santo, de terra batida, quando um pequeno avião sobrevoou a região em direção a São Paulo. Ele e os demais jovens moravam nas ruas Arnaldo de Carvalho e Espírito Santo, e nas ruas próximas, no bairro do Campo Grande.

Era o aviador João Ribeiro de Barros, que trazia da Europa o hidroavião Jahú, para pouso na represa de Santo Amaro, num feito histórico como a primeira travessia do Oceano Atlântico sem escalas. Os jovens estavam formando um time de futebol, e resolveram ali comemorar o fato dando ao time o nome de Jaú Futebol Clube. Ele foi um dos fundadores e sócio número 1 do clube, que tem ainda hoje a sua sede no número 130 da Rua Espírito Santo. Anos mais tarde passou a ser presidente de honra do clube e, em 1968 foi homenageado pela diretoria durante as comemorações do 41º aniversário da entidade.

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Homenagem do clube, o famoso avião Jahú e a sede atual


A implantação A

inda em 1965, o Dr. Coelho e sua equipe iniciaram as tratativas para criar uma entidade que pudesse gerir os destinos da futura Faculdade de Ciências Médicas

Foi assim que, finalmente, no dia 13 de abril de 1966, em reunião no auditório da Associação dos Médicos, se realizou o ato simbólico de instalação da nova entidade.

de Santos. Como se viu no capítulo inicial, entre os motivos que levaram o Dr. Coelho a incentivar a criação de uma Faculdade de Medicina havia um que o motivava – a falta de uma faculdade na região e o grande número de jovens que não conseguiam vagas nas instituições da Capital. Esses jovens eram impedidos de realizar o sonho de se tornarem médicos num País em que faltavam profissionais da Medicina em todas as regiões. Os primeiros ofícios de que se tem notícia para dar andamento aos trabalhos datam de outubro de 1965 e, dirigidos ao comércio, bancos e diversas instituições, anunciavam uma medida prática: a doação de papel ofício e envelopes para as tarefas burocráticas da campanha. Os ofícios eram assinados pelo Dr. Coelho. No dia 20 de janeiro de 1966 foi realizada, na Associação dos Médicos de Santos, a primeira reunião entre os doadores que se constituíram em torno da entidade a ser criada, denominados “instituidores fundadores” e um grupo de jovens considerados pelo Dr. Coelho como “estudantes idealizadores e realizadores”. A ideia inicial do Dr. Coelho era dar à nova instituição o nome de Liceu, com base em sua estreita ligação com a comunidade lusitana, mas se definiu depois pelo nome de Fundação Lusíada, prevalecendo então, de certa forma, a ideia original. Nesse período se enviou ofícios a diversas universidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná, com faculdades de Medicina, para que enviassem cópias de seus estatutos e regulamentos internos para orientar a Faculdade de Santos. Quando conseguiu reunir 100 instituidores fundadores, entre pessoas físicas e empresas locais, o Dr. Coelho e seus pares decidiram firmar o termo de fundação.

No mesmo dia, em assembleia geral com a presença dos instituidores fundadores, foi aprovada a escritura pública e definido o primeiro Conselho de Administração, assim constituído: Presidente, Eduardo Dias Coelho; Vice-presidente, Oswaldo Paulino; 1º secretário, Flávio Conceição Paiva; 2º secretário, Nelson de Sousa Tavares; 1º tesoureiro, Danilo Ferreira dos Santos; 2º tesoureiro, Oscar Lopes; e, Diretores, Emílio Navajas Filho, Paulo Augusto de Azevedo Antunes e José Augusto Martins Ogando dos Santos. O primeiro Conselho Fiscal foi composto por Manoel Dias Marcelino Junior, Rubens Silva e Isaac Moraes. Suplentes: Francisco Lourenço Gomes, Edilberto Barreiros Casasco e Nilson Berenchtein. Ao final da assembleia, após dizer aos instituidores fundadores que a partir de agora o trabalho seria voltado à criação da Faculdade de Ciências Médicas, o Dr. Coelho encerrou a reunião com uma frase que recebeu o aplauso de todos: “Deus quer, o homem pensa e a obra nasce”. A escritura pública de constituição da Fundação Lusíada foi celebrada no Cartório do 1º Ofício de Santos, no mesmo dia 13 de abril, com registro às folhas 128 do livro 349 e firmada pelo 1º tabelião Antenor Garcia Rocha, ele mesmo um dos instituidores. O jornal A Tribuna publicou matéria com duas fotos desse encontro, na edição de dois dias depois, 15 de abril, com o seguinte texto, bastante esclarecedor: “A Fundação Lusíada de Santos, entidade que tomou a responsabilidade de planejar, construir e administrar a Faculdade de Medicina de Santos, realizou anteontem na sede da Associação dos Médicos uma

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Cartão do instituidor Nelson Teixeira, ofícios e recortes de jornais sobre a implantação da Fundação Lusíada


reunião para instalação oficial da novel entidade e debate de problemas relacionados com a iniciativa. (...) Com isso será concretizado um antigo sonho da população santista e dos estudantes do litoral, que desde há muito pleiteavam a instalação desse estabelecimento”. Um boletim informativo das ações da nova instituição, de número 1, com data de 14 de setembro de 1966 relatava diversas iniciativas para deslanchar os planos do Conselho de Administração. Uma delas foi contratar em julho de 1966 a empresa Sociplan Organização e Planejamento Ltda. para elaborar os trabalhos de organização administrativa da Fundação. O trabalho foi entregue a 8 de agosto, na forma de um Plano Básico, que sugeria um Conselho de Administração composto de nove membros e que seria responsável pela orientação superior das atividades da Fundação, e fixador das diretrizes básicas para sua administração e funcionamento. Além disso, seria criado um Conselho Fiscal, com três membros efetivos e três suplentes, e uma Diretoria Executiva com cinco membros, responsável pela direção efetiva da Fundação. Propunha ainda e quip es de ass ess oria e departamentos administrativo e financeiro.

Em sua primeira reunião, o Conselho de Administração definia a primeira Diretoria Executiva, a saber: Diretor Presidente, Eduardo Dias Coelho; Diretor Vice-Presidente, Oswaldo Paulino; Diretor de Planejamento, Nelson de Souza Tavares; Diretor Administrativo, Flávio Conceição Paiva; e, Diretor Financeiro, Oscar Lopes. Um dos primeiros atos da Diretoria Executiva, com aprovação do Conselho de Administração, foi empossar os membros do grupo executivo para organizar e implantar a Faculdade de Ciências Médicas. Eram eles todos médicos de reconhecida competência na região: Coordenador, Emílio Navajas Filho; e Membros efetivos, Áureo de Souza Rodrigues, Jair de Oliveira Freitas e Silvio Correia da Silva. O objetivo principal do grupo era implantar, de imediato, ainda em 1967, a Faculdade de Ciências Médicas. E em longo prazo projetar a construção de imóvel definitivo.

Pelo plano, a Diretoria Executiva seria composta por um diretor presidente e diretores vice-presidente, de planejamento, administrativo e financeiro. O plano também recomendava uma estrutura organizacional, envolvendo as assessorias Jurídica e de Relações Públicas; e os departamentos Administrativo, Financeiro, de Planejamento, de Ensino Médio, de Ensino Universitário e de Cultura Artística, Histórica e Literária. No Departamento de Ensino Universitário eram sugeridos grupos executivos para organizar e implantar a Faculdade de Ciências Médicas, o Instituto Politécnico e o Instituto Superior de Administração de Empresas. Algumas destas propostas não foram realizadas, pois o plano foi considerado por alguns como superdimensionado para o que se pretendia então.

Recibo de pagamento do instituidor Nelson Teixeira

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A escritura pública de constituição da Fundação Lusíada, em 13 de abril de 1966


A região se envolve - Operação Abelha O

movimento Pró-Faculdade de Ciências Médicas tomou um novo rumo e o impulso que precisava, estendendo-se por toda a região. E foi uma luta de todos. Uma causa que envolveu desde as altas autoridades até simples trabalhadores. As reuniões de trabalho do Conselho de Administração e da Diretoria Executiva, que no início eram realizadas uma vez por semana, passaram a ser mais frequentes e produtivas, com descentralização e melhor divisão de trabalho para atender o volume das tarefas. Isso foi observado no informativo de número 1, que ressalta o apoio da imprensa e de autoridades: “A Fundação tem recebido o mais decidido apoio de A Tribuna e de O Diário, bem como de todos os deputados federais e estaduais da Baixada, do prefeito, do vice-prefeito, presidente da Câmara e vereadores da Cidade”. Em maio de 1966, o deputado Jaime Daige requereu ao Governo do Estado que incluísse no orçamento de 1967 a verba de Cr$ 500 milhões para auxiliar na implantação da Faculdade. A indicação 427/66 foi aprovada pela Assembleia Legislativa na sessão de 27 de junho. No dia 2 de setembro de 1966, a Diretoria Executiva é recebida em entrevista com o governador Laudo Natel, acompanhada do prefeito Silvio Fernandes Lopes, do presidente da Câmara, Álvaro Fontes, dos deputados federais Athié Jorge Coury, Mário Covas e Antônio Feliciano, e dos deputados estaduais Esmeraldo Tarquínio, Jaime Daige, Oswaldo Martins e Olavo Horneaux de Moura. Laudo Natel havia assumido o cargo no dia 6 de junho. Ele era até então o vice-governador do Estado e ficou no lugar do governador Ademar de Barros, que teve o mandato cassado pelo regime militar. O governador dá total apoio à implantação da Faculdade. Foi entregue a ele um memorial expondo as finalidades da Fundação e pleiteando um empréstimo de Cr$ 400 milhões (quatrocentos milhões de cruzeiros), por meio da Caixa Econômica do Estado, para a instalação da Faculdade.

Em paralelo, por iniciativa do presidente Dr. Coelho é lançada uma campanha visando a captação de recursos financeiros e novos instituidores. Essa campanha é denominada informalmente como “Operação Abelha”. A ideia era de obter quantias menores, de pessoas que estivessem interessadas em ajudar e não tinham tantos recursos, como estudantes, comerciários e trabalhadores em geral. De imediato a campanha ganha diferentes adesões. E se estende em reuniões periódicas com representantes de laboratórios farmacêuticos, indústrias, comércio, bancos, clubes recreativos e de servir. No dia 23 de novembro, diretores liderados pelo Dr. Coelho vão à reitoria da Universidade de São Paulo, para reunião com o reitor Luís Antonio da Gama e Silva, que dá total apoio à Faculdade de Santos e oferece seus professores para as aulas do primeiro ano, mantendo os salários pagos pela USP. “No que depender do reitor da USP a Fundação Lusíada terá todo o apoio necessário para implantar o curso e fornecer os professores”. No mesmo dia, a diretoria foi procurada por um grupo de docentes se oferecendo para as aulas. Em busca de novos apoios, a diretoria se reúne no dia 27 de dezembro com dirigentes da Associação Beneficente dos Empregados da Companhia Docas de Santos e obtém o apoio da entidade, em nome dos 12 mil doqueiros de Santos. Em fevereiro de 1967, quando o Cruzeiro perdeu três zeros e mudou para Cruzeiro Novo, o valor de cada contribuição dos instituidores passou a NCr$ 1.000,00 (um mil cruzeiros novos), em parcelas mensais de NCr$ 20,00 (vinte cruzeiros novos). Durante quase dois anos a colunista social do jornal A Tribuna, Thereza Bueno Wolf, publicou em sua coluna diária, de muito prestígio, uma frase ousada e enfática que ela mesma criou: “Santos merece e terá a sua Faculdade de Medicina”. O slogan foi adotado pela direção em dezembro de 1966, com a autorização da jornalista, e passou a figurar nos ofícios da campanha Pró-Faculdade. Um anúncio de meia página foi publicado na edição do dia 24 de fevereiro de 1967, com

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A Praça Mauá, na maior manifestação pró-Faculdade de Medicina e, abaixo, o Dr. Coelho e dirigentes, ao assinar convênio para uso do Hospital São Luiz


destaque para o slogan e conclamando a população a participar da campanha de divulgação e arrecadação de recursos. Nesse mesmo dia foram empossadas as comissões de honra e de divulgação. Thereza Wolf conta que a campanha foi um sucesso. ”As pessoas gostavam, me diziam que estavam de acordo e muita gente se somou para que tivéssemos em Santos um curso de Medicina”. E emenda: “Quando a faculdade foi aprovada fiquei muito feliz. Foi a realização de um sonho para a Cidade e que também era meu”. Nesse mesmo período, o presidente Dr. Coelho declara que seu sonho era ter um prédio próprio para a Faculdade de Ciências Médicas, dentro de pouco mais de um ano, e revela que já tinha um projeto pronto e um terreno adquirido à Rua Comendador Martins, com fundos para a Rua Júlio Conceição com 2.200 metros quadrados para a obra. Começaria então a nova campanha para a construção. No sonho do Dr. Coelho o prédio teria quatro blocos, de três e quatro pavimentos, para abrigar 10 departamentos com laboratórios e salas de aula. O projeto de construção estava a cargo do arquiteto Arnaldo Conceição Paiva. O desenho do prédio foi publicado na edição do dia 12 de março de 1967, em página inteira, com exclusividade, pela colunista social Oriette Tavolaro, que fez a cobertura do lançamento da campanha de divulgação dias antes. “Toda a Cidade está se movimentando para colaborar. De todas as camadas sociais chegam manifestações de apoio e cooperação”, escrevia a colunista. Na página, o arquiteto fala de detalhes da obra, no terreno de 20 por 110 metros e, ao final, a colunista consegue uma importante frase do Dr. Coelho, sobre a campanha: “É necessário que não haja omissão por parte de quem quer que seja. Todos devem colaborar para que Santos, cidade de grandes tradições, dê mais uma lição de civismo, na resolução de um dos problemas que afligem o Brasil – a carência de médicos”. No mesmo dia da publicação a diretoria da Sociedade Amigos da Cidade de Santos aderiu à campanha e seus membros se tornaram instituidores.

Sobre a Operação Abelha, o Dr. Coelho se pronunciava na época em diferentes comunicados. “O movimento é destinado a receber contribuições de valores menores que os estabelecidos para instituidores e fundadores. Operários, estudantes, comerciários e trabalhadores em geral, cujas possibilidades não sejam elevadas poderão fazer suas doações, mesmo de importâncias modestas, não fugindo assim à participação, numa iniciativa que precisa de todos, para que amanhã sirva a todos”. Eram necessários mais participantes como apoiadores e se resolveu que o dia 30 de maio de 1967 seria a data limite para se concluir a nova leva de doadores. Paralelamente aos encontros em entidades, os jovens estudantes faziam movimentos nas ruas e acampamentos diante das casas legislativas como a Assembleia de São Paulo, apelando por mais vagas nas faculdades, especialmente nas capitais e em cidades maiores como Santos. Até que, no dia 28 de março de 1967, um decreto do presidente da República, marechal Artur da Costa e Silva, determina que as escolas superiores recebam os excedentes. No dia 9 de abril de 1967 o ministro da Educação, Tarso Dutra, dá seu apoio à Faculdade de Ciências Médicas de Santos, para acolher os excedentes da região, em torno de 80 alunos. Tudo conspirava a favor dos ideais da Fundação Lusíada e do sonho do Dr. Coelho. A boa notícia levou a uma primeira data de inauguração do curso de Medicina: junho. Um grupo de excedentes se reuniu com o diretor do Instituto de Pesca, Lino Lourenço Veline, para avaliar a possibilidade de algumas salas serem cedidas para o primeiro ano. Outras opções eram conduzidas pelos diretores da Fundação. No dia 12 de abril, em iniciativa de Antonio Domingos, proprietário da Gato Boutique, foi promovido um desfile de modas às bordas da piscina do Caiçara Clube, com renda próFaculdade de Medicina, tendo como apresentador o ator Carlos Zara, já um sucesso nas telenovelas da TV Excelsior e que viveria seu ponto alto na carreira dois meses depois, como o “capitão Rodrigo” da telenovela “O tempo e o vento”, adaptada da obra de Érico Veríssimo. “Foi uma linda noite. Nota cem com louvor”, comemorava a colunista Thereza Bueno Wolf.

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As promoções e ideias não paravam. Um levantamento inicial da diretoria estimava em NCr$ 500 mil os recursos para que a faculdade funcionasse. Uma comissão nomeada pela diretoria percorreu sete hospitais da região e quatro prontossocorros, considerando que havia nesses locais bons equipamentos. Mas todos se detiveram em um hospital que estava em construção em Santos, o São Luiz, projetado pelo arquiteto Jarbas Kharman. Foram realizados contatos com a direção do Hospital São Luiz, à Rua Armando de Salles Oliveira, 150, para que as salas do pavimento térreo servissem provisoriamente para as aulas da Medicina. Ao mesmo tempo foram contatados professores da escola de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e de outras faculdades para atuarem como comissionados pela Fundação Lusíada. Nesse período o número de instituidores já chegava a 400, o que permitia novas investidas. Um nome importante entre os que aderiram como sócios instituidores foi o novo bispo diocesano de Santos, Dom David Picão, que estava há apenas quatro meses no cargo. Os vereadores também se movimentavam para obter do prefeito Silvio Fernandes Lopes a adesão da Prefeitura como colaboradora, mas havia vozes contrárias a essa adesão, como informavam os jornais da época. O valor sugerido era de NCr$ 100 mil. A campanha tomava as ruas, com exemplos significativos. Cerca de 500 funcionários da Santa Casa, entre serventes e atendentes, doam modestas quantias em dinheiro. Estudantes do Instituto de Educação Canadá movimentavam o Grêmio Estudantil Vicente de Carvalho na campanha pró-Medicina. A Associação do Universitário Santista, pelo coordenador João Moreira de Sampaio Neto, adere à causa. “Aplaudimos e damos nosso inteiro apoio à iniciativa da Fundação Lusíada e nos solidarizamos com os excedentes. E convocamos os poderes constituídos a concederem o mais depressa possível as verbas e empréstimos que se fazem necessários”, dizia o coordenador. A Câmara de Cubatão aprova por unanimidade a verba de NCr$ 500,00. Outras prefeituras da região se dispõem a ajudar. No dia 1º de maio, trabalhadores divulgam manifestos pedindo

ao prefeito de Santos que colabore com a campanha. O Moinho Santista dá uma contribuição substanciosa: NCr$ 10.000,00. Os próprios alunos excedentes arrecadavam NCr$ 15.000,00. Nesse meio tempo os acionistas do Hospital São Luiz aprovavam o pedido para que a Faculdade de Ciências Médicas funcionasse em suas dependências. Fica decidido que a escola teria duas salas de aulas, quatro laboratórios, sala de dissecação, três salas de professores, dois vestiários, amplo anfiteatro e outras dependências como uma sala para o centro acadêmico. Uma nova data é cogitada para a inauguração: julho. É marcado para o dia 4 de maio de 1967 o ato de assinatura do convênio entre a Fundação Lusíada e o Hospital São Luiz, para a ocupação das salas. Assinaram pelo Hospital o presidente, coronel engenheiro Jacob Coelho Carneiro, os diretores Antonio Daud e Joaquim Antunes dos Santos e o superintendente Geraldo Helmeister. Pela Fundação, assinaram o termo o presidente Dr. Coelho e os diretores Hélio Del Porto e Jamil Bittar. O documento prevê o comodato por dez anos. Nesse mesmo dia uma extensa programação é realizada, contando com a presença dos professores João Carvalhal Ribas (de Psiquiatria) e Nilton Stanislau do Amaral (de Bioquímica), ambos da Universidade de São Paulo e do diretor do curso de Medicina de São José dos Campos, Arnaldo Carvalho Ferreira, que, ao lado de outros professores se dispuseram a ajudar na implantação do primeiro ano da Faculdade de Medicina. Para o final da tarde estava programada uma grande concentração de universitários, estudantes secundárias e representantes de diversos setores na Praça Mauá, diante da Prefeitura, para entregar simbolicamente ao prefeito em exercício, o vice-prefeito Francisco Prado de Oliveira Ribeiro, um manifesto com 20 mil assinaturas. O jornal A Tribuna anuncia a programação do dia, com a seguinte manchete, na última página: “20 mil estudantes pedem Medicina”. E acrescenta, no texto: “Na ocasião será entregue ao prefeito memorial assinado por 20 mil estudantes sobre o apoio das prefeituras de Santos, São Vicente, Guarujá e Cubatão ao movimento liderado pela Fundação Lusíada”.

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A campanha se fortalece. Ganha as ruas e amplia o leque de incentivos. A concentração ocupa grande parte das escadarias do Paço Municipal e da praça. Os estudantes empunham faixas e cartazes exigindo do prefeito a liberação de verba para que a escola funcione. Algumas das faixas: “Não podemos esperar”, “Queremos a Faculdade de Medicina” e “Estudantes exigem Faculdade”. O prefeito deixa o seu gabinete e se dirige aos estudantes, recebendo o manifesto. Pela Faculdade de Direito fala o representante do diretório, Rivaldo Gonçalves Otero: “Estamos aqui não para decretar uma greve, mas para pedir mais escolas”. O jornal A Tribuna publica toda a última página da edição de 5 de maio com o fato, sob o título “Estudantes a um passo da Medicina”. Uma das fotografias mostra a concentração nas escadarias, com a legenda: “Há muito não se via manifestação assim na Prefeitura”. O deputado federal Mário Covas Júnior, santista de nascimento e líder do partido Movimento Democrático Brasileiro (MDB), emite nota de apoio aos estudantes e à criação da faculdade. No mesmo dia, Covas é recebido pelo ministro Tarso Dutra e lhe pede formalmente o apoio à campanha. Diretores da Fundação Lusíada se reúnem com prefeitos de Cubatão, São Vicente e Guarujá e ouvem deles a promessa de ajuda financeira. Os diretores tinham pressa para implantar a faculdade. Inicialmente previsto para ser inaugurado em 1968, já se previa a antecipação dessa data, visando aproveitar o grande número de estudantes excedentes interessados, o que poderia elevar a 100 o total de vagas a serem oferecidas na Medicina. A Câmara cria uma comissão especial para tratar do assunto e logo aprova verba de NCr$ 100.000,00.

diretores e gerentes dos bancos do Brasil, S. Magalhães, Português do Brasil, Industrial de Campina Grande, Auxiliar, Nacional Transatlântico, Econômico da Bahia, Itaú, Novo Mundo, Francês e Brasileiro, Bandeirantes e Crédito Real de Minas Gerais, entre outros. Os bancos Brasileiro de Descontos (Bradesco), Coelho S/A, do Comércio e Indústria de São Paulo, da Economia de São Paulo, do Estado de São Paulo (Banespa), Francês e Brasileiro, Industrial de Campina Grande, Libanês do Comércio, Português do Brasil e S. Magalhães, se tornam instituidores. O Banco Português do Brasil, que tinha Nelson Teixeira como gerente, colaborou com duas parcelas como instituidor. No dia 12 de maio é esperada em Santos a primeira dama do País, dona Yolanda Costa e Silva, que iria participar de eventos em São Paulo, ao lado do marido. Dona Yolanda viajou pelo navio “Rosa da Fonseca”, a partir do Rio de Janeiro e, na mesma viagem, estavam o Dr. Eduardo Dias Coelho e o juiz Hélio Del Porto, que tinham ido ao Ministério da Educação para tratar de assuntos relacionados à Faculdade. Ao chegar ao porto, dona Yolanda deixou o navio e foi recepcionada por dezenas de estudantes, com cartazes pedindo apoio à faculdade de Medicina. Algumas faixas exibiam frases como: “Excedentes lutam por um Brasil desenvolvido. Pedem o apoio do presidente”, e outras. O prefeito em exercício Francisco Prado e demais pessoas de sua comitiva foram impedidos de ir a bordo, “por razões de segurança”. Mas, já no cais, ela foi ao encontro do prefeito e do juiz Hélio Del Porto, que lhe fez apelo para que intercedesse em favor da faculdade de Medicina. Dona Yolanda sorriu e acenou aos estudantes e respondeu: “O presidente dará todo o apoio aos excedentes, já tendo liberado verbas para Goiás e outros estados”.

Por iniciativa do deputado estadual Olavo Horneaux de Moura e apoio de 56 parlamentares, a Assembleia Legislativa cria uma comissão para tratar do apoio à Faculdade de Medicina diretamente com o presidente Costa e Silva.

Ainda em São Paulo, os deputados Olavo Horneaux de Moura e Jaime Daige se encontram com o presidente Costa e Silva no dia 15 de maio e ouviram dele a promessa de dar agilidade, junto ao ministro da Educação, ao pedido de auxílio financeiro prófaculdade de Medicina.

Dirigentes da Fundação Lusíada se reúnem com representantes de bancos da região, buscando mais apoio. Participaram

A campanha não para, com encontros de entidades e de estudantes. O ex-governador Laudo Natel, que um ano antes

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havia apoiado a ideia da Faculdade enquanto estava no cargo, vai pessoalmente a Santos para buscar mais apoio junto ao comércio e às indústrias, como uma espécie de coordenador da campanha financeira. Os jornais divulgam: “Laudo veio chefiar campanha de fundos para a Faculdade”. De fato, o ex-governador se empenha na campanha, em busca de novas adesões. Ele vai a Santos pelo menos três vezes em duas semanas, faz reuniões com prefeitos, empresários e presidentes de entidades como a Associação Comercial de Santos. No final de maio ele vai pessoalmente com diretores da Fundação Lusíada e um grupo de alunos para percorrer as obras no Hospital São Luiz e sai de lá entusiasmado. A diretoria dispara ofícios aos meios de comunicação solicitando a doação de materiais para adaptar as salas do hospital em salas de aula. A tarefa fica a cargo de uma Comissão de Construção e a Subcomissão de Materiais criada para dar andamento às obras.

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Um dos pedidos foi de 80 metros cúbicos de areia para aterrar uma área do hospital. Os diretores aceitavam de tudo: geladeiras, canos, válvulas hidra, espelhos para interruptores, lâmpadas incandescentes e fluorescentes, tomadas, torneiras, estantes, escrivaninhas e outros equipamentos. “Tivemos muito trabalho para reformar o prédio do hospital para transformar em Faculdade”, conta Nelson Teixeira. “Nós mesmos, em mutirão, instalamos as luminárias, ajeitamos as mesas e montamos o laboratório com os primeiros aparelhos, que eram microscópios”. Uma das tarefas das comissões da campanha pró-Faculdade era contatar as viúvas e filhos de médicos falecidos para que doassem os livros de Medicina para formar a biblioteca da Faculdade. A cada doação se montava uma estante com o nome do médico doador. Entre as exigências para se implantar um curso de Medicina era a de um hospital conveniado. E esse convênio foi firmado com a Santa Casa da Misericórdia de Santos, levando a assinatura de seu provedor da época, Cyro de Athaíde Carneiro. No documento, a Santa Casa concede à Fundação Lusíada o uso de suas instalações hospitalares e equipamentos, para o aprimoramento dos alunos, em aulas práticas ou de curso clínico, de acordo com regras especificadas no contrato.

No dia 28 de maio a Fundação Lusíada dá entrada no Ministério da Educação, no Rio, no processo de número 37.774/67 para registro da Faculdade de Ciências Médicas. Logo a seguir, no dia 14 de junho, se dá um passo importante: uma comissão de verificação do MEC visita o Hospital São Luiz. A equipe composta por um professor e dois inspetores designados pela Diretoria de Ensino Superior, percorre o local e aprova as instalações para abrigar a Faculdade. Em nove laudas, o professor Henrique Liberalli, titular de Farmacologia da USP e diretor da Faculdade de Odontologia de Piracicaba, que chefia a equipe, faz um relato da visita e resume: “A comissão concluiu que a Faculdade de Ciências Médicas de Santos está dotada dos recursos necessários para iniciar dentro de poucos dias os seus cursos”. E finaliza: “Não há nada de modo a empanar a excelente impressão geral quanto às bases físicas da instituição em apreço e a confiança que inspira”. Dias depois, a 23 de junho, os estudantes realizam a Marcha do Estudante com o Povo, numa campanha de arrecadação de fundos, com a presença dos excedentes, para pedir ajuda à população, que se sensibiliza com o movimento. Cerca de 120 estudantes, vestidos de branco e vermelho, ao som da fanfarra do Colégio Canadá, percorreram as ruas do Centro. Dois coordenadores da campanha se encontraram com o prefeito Silvio Fernandes Lopes e renovaram a ele o pedido de apoio. Estava tudo pronto para as aulas começarem em agosto. O professor aposentado da USP, Arnaldo Amado Ferreira, organizou o corpo docente, que teria os professores Olavo Calazans, Estanislau do Amaral e Humberto Cerruti (todos da USP), Jorge Michalani (Escola Paulista), Aurélio Bucanello (de Santos) e os assistentes Mário Ruivo, Edgard Cerqueira Falcão e Hernane Gouvêa (todos da região). Quando julho chegou, uma notícia surpreendeu a todos. O Dr. Coelho recebeu um telefonema do Rio de Janeiro informando que diversos documentos encaminhados para aprovação da Faculdade haviam desaparecido misteriosamente do processo que estava no Conselho Federal de Educação. Sem eles não haveria aprovação. E foi dado o prazo de 72 horas para que fossem encaminhados novamente.




Foi uma correria para a reposição dos documentos sumidos. A lista era grande. Um verdadeiro mutirão se formou em Santos para conseguir as cópias. A própria esposa do Dr. Coelho, dona Maria, ficou ao telefone para localizar tudo. Mas, com o esforço de todos, se conseguiu reunir a documentação a tempo da definição. Uma delegação de Santos composta por dirigentes da Fundação e alunos excedentes também seguiu até o Rio para acompanhar de perto a votação. No dia 7 de julho de 1967, finalmente a Faculdade de Ciências Médicas é aprovada, pelo Conselho, o órgão competente do Ministério da Educação e Cultura. A vitoriosa campanha foi reconhecida, mais tarde, pelo jornal Cidade de Santos, na edição de 3 de setembro de 1967: “A longa luta pela instalação da Faculdade de Medicina... começou há muitos anos, mas foi em princípio de 1966 que o impulso decisivo assumiu contornos concretos. A mola propulsora seria a instituição da Fundação Lusíada e o estímulo principal a existência de grande número de excedentes, jovens desejosos de cursar Medicina numa região e num país carentes de médicos”. À frente dessa “mola propulsora” a que se refere o jornal estava o Dr. Coelho e, com ele, toda a sua equipe. Estava tudo pronto para o grande dia da inauguração da Faculdade de Ciências Médicas da Fundação Lusíada.

O ex-governador Laudo Natel, que desde cedo se integrou à luta pró-Faculdade

Uma extensa programação foi preparada com rigor. O trabalho para se organizar esse programa foi também um desafio para todos, pois, além dos detalhes dos preparativos o evento envolvia a emoção de se ver realizado um sonho de tantos idealistas.

de Medicina, e, abaixo, ato público na Praça Mauá


Enfim, a Medicina E

ram exatamente 12h30 de sábado, 2 de setembro de 1967, quando o ministro da Educação e Cultura, Tarso de Morais Dutra desatou a fita simbólica de inauguração da Faculdade de Ciências Médicas de Santos, no prédio da Rua Armando de Salles Oliveira, 150, sob aplausos dos presentes. Foi o desfecho de muito trabalho iniciado dois anos antes e que abrangeu ampla campanha envolvendo toda a sociedade e capitaneada pelo médico Eduardo Dias Coelho, que um ano antes havia idealizado e criado a Fundação Lusíada, para abrigar a faculdade que se tornara real. A Cidade se preparou para o ato e para receber o ministro Tarso Dutra, um advogado gaúcho que estava há apenas cinco meses no cargo, a convite do então presidente, o marechal Artur da Costa e Silva.

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Uma extensa programação foi preparada, envolvendo missa em ação de graças no pátio da própria faculdade, a inauguração e visita às salas de aula, entrega do título de Cidadão Emérito ao ministro e aula magna proferida por ele no Cine Caiçara. A recepção ao ministro e comitiva começou na Via Anchieta, próximo à entrada da Cidade, onde os diretores da Fundação Lusíada e centenas de estudantes de diversas escolas fizeram um ato de boas vindas, portando faixas e cartazes. A comitiva seguiu para o Atlântico Hotel, no Gonzaga, onde o ministro e sua equipe ficaram hospedados e foram recebidos pelo prefeito Silvio Fernandes Lopes e outras autoridades. O ministro seguiu em comitiva até a faculdade, sendo recepcionado pelo Dr. Coelho e diretores. Dutra veio acompanhado de seu chefe de gabinete, Favorino Mercio, do diretor de Ensino Superior, Epílogo de Campos, do secretário Remy Gorga, do assessor Justino Vieira, do deputado Salvador Julianelli e do jornalista Augusto Costa. Uma equipe de 30 agentes de segurança também o acompanhava. A rua foi interditada e, diante do prédio, em meio a moradores e convidados, 40 alunos do Colégio Santista e 20 alunas do Colégio Brasília, integrantes da Banda Marcial, executaram diversas músicas.

Um altar foi improvisado no pátio da faculdade e a missa foi oficiada pelo monsenhor Sampaio. O ministro, dirigentes da Fundação Lusíada, o prefeito e demais convidados participaram do ato e acompanharam as orações. Logo após a missa, alguns alunos afirmaram que a nova escola representava a vitória de todos. Em seguida passou-se à inauguração, em ato simples, quando o ministro, o prefeito e o presidente Coelho ajudaram a desatar a fita verde e amarela que dava acesso às dependências do prédio. Todos foram então conhecer as salas de aula no pavimento térreo. Ali, numa delas, o prefeito entregou ao presidente Coelho um cheque de NCr$ 15.000,00 (quinze mil cruzeiros novos), cumprindo o que determinou lei municipal aprovada dias antes, “como colaboração da Municipalidade com o novo e almejado estabelecimento de ensino superior”. O ministro, seu chefe de gabinete, o diretor do MEC e o prefeito receberam o diploma de “Grande Batalhador da Educação”. Outros presentes foram homenageados pela diretoria. Monsenhor Sampaio também benzeu um crucifixo que seria depois afixado à entrada do prédio. Todos seguiram para a Câmara Municipal, na Praça Mauá, para o ato de concessão do título de Cidadão Emérito de Santos ao ministro, com a Sala Princesa Isabel lotada. O vereador Nelson Antunes Matos fez a saudação, em nome dos demais: “Esta Edilidade, como expressão do pensamento coletivo, outorgou a láurea de Cidadão Emérito e aqui estamos para a justa homenagem a quem soube fazer à terra Andradina um dos maiores bens a que ela podia pretender, velha aspiração da comunidade santense a ideia da criação da sua Faculdade de Ciências Médicas”. Eram 13 horas quando o ministro recebeu o título das mãos do prefeito. E ele agradeceu: “Confesso o mais profundo reconhecimento por tamanha generosidade”. Em seguida, entre fatos e comentários, salientou: “A Faculdade de Ciências Médicas de Santos representará mais um instrumento de ciência na terra paulista, produzindo mais profissionais para cobrir enormes lacunas de um país que tem ainda hoje mais de 2.000 municípios sem médico residente”.


Momento solene da inauguração da Faculdade de Medicina, pelo ministro Tarso Dutra e, o Dr. Coelho, ao cumprimentar o prefeito Silvio Fernandes Lopes


A banda do 6º. BP da Força Pública saudou o ministro com a “Marcha Batida”, e em seguida ele passou em revista a tropa formada em sua homenagem.

decorre da triste posição de mais de dois mil municípios brasileiros que desconhecem atualmente a presença do nome de um médico no rol de seus habitantes.

A comitiva seguiu para almoço oferecido pela Fundação Lusíada no Clube Hípico de Santos.

“Aqui em Santos, os idealizadores desta faculdade tiveram a inspiração de criá-la segundo a concepção de um regime que preconizamos ao entrar no Ministério da Educação. Bem cedo verão os dirigentes, os mestres e os alunos as vantagens advindas desta sistemática, que abre as portas da entidade a uma linha de trabalho bem mais elástica, permitindo a presença do Estado e dos particulares, com uma comunhão que só terá a apresentar resultados benéficos.

“Esta Faculdade é nossa esperança” O maior espaço de público de Santos, na época, o Cine Caiçara, com 1.800 lugares, no Boqueirão, foi o escolhido para a aula magna da nova faculdade. O ministro definiu o tema: “Educação e Desenvolvimento”.

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Naquele sábado, 2 de setembro de 1967, o cinema deixou de apresentar as sessões noturnas do filme “Um homem... uma mulher”, do diretor francês Claude Lelouch, com os atores JeanLouis Trintignanti e Anouk Aimee, considerado na época como “o grande sucesso mundial da cinematografia moderna” e vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro. O cinema ficou lotado. O ato começou às 20h30 e foi prestigiado pelos alunos e professores da primeira turma da Medicina, por autoridades locais, convidados, empresários e muitos estudantes, de vários colégios. O ministro falou durante uma hora. Em seu discurso, enalteceu a criação do curso e desejou sucesso aos alunos. Eis alguns trechos: “Esta Faculdade de Ciências Médicas que aqui em Santos inicia agora sua caminhada no nosso meio universitário, será depositária da nossa esperança na formação de especialistas dos quais tanto ressente o Brasil. Nosso interior é, ainda agora, apesar de todas as campanhas, praticamente desconhecido dos profissionais médicos, dada a uma série de circunstâncias negativas que sempre têm evitado a permanência dos mesmos nas áreas mais distanciadas dos grandes centros urbanos. “Por isso, abrir uma escola de Medicina é caminhar para uma nova era nesta importante área de formação de pessoal de nível universitário. Nosso interesse pela mesma é pragmático, já que

“A Faculdade de Ciências Médicas da Fundação Lusíada já nasce sob o signo da renovação. Surge sob o impacto de uma fermentação produtiva, capaz de estipular um esquema analítico pleno de crítica construtiva, servindo – quem sabe? – de matriz para um ensino mais distante do convencional, enfocando tudo o que pode representar equilíbrio em um ensino que satisfaça a ânsia dos alunos e permita aos professores um trabalho em ritmo permanentemente criador. “Os jovens que hoje aqui iniciam seu curso são portadores da nossa confiança. Para que eles pudessem começar os estudos o governo tudo fez, havendo a Diretoria do Ensino Superior do Ministério da Educação e Cultura se desdobrado junto ao Conselho Federal de Educação, para a obtenção do funcionamento da Faculdade. “Estes moços constituem a primeira semeadura em terra fértil, povoada por uma gente boa e amiga. Dentro em pouco, serão árvores frondosas, preparadas para uma das mais nobres missões do profissional de nível superior: assistir ao seu próximo. Esperemos em Deus que seus desejos possam vir a concretizar-se breve, baseados na comunhão de mestres, homens públicos e de empresas, do povo de Santos e dos acadêmicos desta Faculdade”. Após a aula magna, o Dr. Coelho ofereceu ao ministro um jantar privado em sua residência.


Momentos da solenidade de instalação e visita às salas da Faculdade


Fanfarras de colégios, população e autoridades participam dos festejos de inauguração


Outros momentos da implantação, com o Cine Caiçara lotado, e missa


Outros aspectos da solenidade de implantação da Faculdade


Capas dos jornais locais sobre a inauguração



No dia seguinte, domingo, o ministro seguiu para a Capital, onde foi homenageado com almoço no Jockey Club promovido pela Federação dos Estabelecimentos de Ensino Particulares, mas retornou a Santos às 16 horas, a tempo de embarcar no navio “Princesa Isabel”, que o levou de volta ao Rio de Janeiro. A inauguração da Faculdade de Ciências Médicas era uma realidade. E os jornais da Cidade reservaram ao fato as suas manchetes da primeira página do domingo, 3 de setembro de 1967. A Tribuna: “Enfim, a Medicina” Cidade de Santos: “Tarso inaugura Medicina que a Cidade conquistou”. No dia 11 de setembro foi realizado novo ato, no Consistório da Santa Casa. Na programação, a posse do médico Arnaldo Amado Ferreira como primeiro diretor da faculdade e professor das cadeiras de deontologia médica (deveres profissionais entre médicos e pacientes) e medicina legal e foi ministrada a aula inaugural do curso, a cargo do médico Edgard de Cerqueira Falcão.

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Dois momentos Na abertura, o presidente Dr. Eduardo Dias Coelho falou sobre a importância daquela noite para a Fundação Lusíada e apresentou o palestrante. Na plateia, dirigentes da instituição, médicos, professores da USP, autoridades e os alunos do 1º ano.

do ministro da Educação, Tarso Dutra, em discurso e com o Dr. Coelho e o juiz Helio Del Porto

Em sua fala, Cerqueira Falcão dissertou sobre “Grandes feitos da Medicina no Brasil”, e discorreu durante uma hora sobre as principais descobertas no campo médico a partir do século 19, abrangendo feitos e curas de doenças por Oswaldo Cruz, Vital Brasil, Carlos Chagas, Pirajá da Silva, Gaspar Vianna e outros. Cem alunos estavam aptos a cursar a Faculdade de Medicina. O curso só seria reconhecido em definitivo com a publicação do Decreto nº 72.489, de 18 de julho de 1973, assinado pelo presidente Emílio Garrastazu Médici e pelo ministro da Educação, Jarbas Passarinho.


Convite para a inauguração da Faculdade


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Instalaçþes da Faculdade de Medicina (2016)


Administração D

epois de firmado a Faculdade de Ciências Médicas a direção da Fundação Lusíada começou a estudar uma nova faculdade, optando pela de Administração de Empresas, uma área que era bastante requerida por empresários em geral, profissionais de diferentes setores e comerciantes. Havia, na região da Baixada Santista, muito interesse em um curso superior que atendesse a formação de profissionais capacitados para as áreas da Economia. Foi assim que, no dia 2 de setembro de 1969, foi implantada a Faculdade de Administração de Empresas de Santos, a primeira da região em nível superior. No mesmo prédio da Medicina, à Rua Armando de Salles Oliveira, 150, a Faculdade teve como primeiro diretor o advogado Nilson Berenchtein e como vice-diretor o comerciante Jamil Bittar. 48

nha da Santa Casa de Santos para a compra da bomba de cobalto para o tratamento de doentes desse hospital. Desde o seu início, o curso conta com um corpo docente de alta qualificação, tanto para a graduação como para os cursos de extensão nas áreas de Informática, Recursos Humanos, Marketing e outros. Os alunos dispõem de laboratório de Informática e amplo teatro para apresentação de palestras ou trabalhos. O curso forma bacharéis em Administração de Empresas e foi reconhecido pelo Decreto 74.184, de 18 de junho de 1974. Para melhor encaminhamento dos alunos, a Fundação Lusíada firmou convênios de estágios com órgãos públicos e empresas da região. A Administração funciona no Campus III, à Rua Batista Pereira, 265, e oferece 110 vagas no período noturno.

A primeira aula foi ministrada pelo professor Luiz Fernando Vieira e tratou do tema Teoria Geral da Administração. Pouco antes da aula inaugural, o aluno Belarmino de Mendonça Franco, que foi o primeiro colocado no vestibular, falando em nome dos demais alunos da Faculdade, saudou os diretores e os professores. O primeiro ano da nova Faculdade teve 160 vagas, mas o número foi elevado para 220, aceitando-se a matrícula de alunos excedentes. Eram duas turmas com 110 alunos cada, no período noturno. “Fui o primeiro a me inscrever e recebi o número 001”, lembra Nelson Teixeira, que à época era gerente de banco. Uma parte do valor da matrícula foi encaminhada à campa-

À esquerda, o diretor Nilson Berenchtein e, à direita, o vice-diretor Jamil Bittar. Abaixo, a inscrição número 1 para o vestibular, de Nelson Teixeira



De Celus a Unilus C

om as faculdades de Ciências Médicas e de Administração de Empresas em pleno funcionamento e atraindo cada vez mais alunos interessados, a direção da Fundação Lusíada prosseguiu no planejamento para crescer ainda mais. Assim, a Faculdade de Ciências Médicas, que já tinha convênio com o hospital da Santa Casa de Santos, em 1969 firmou contrato com a Prefeitura de Santos, para atuação de professores e alunos na rede pública de saúde. Mais tarde, outros acordos foram realizados também com a Prefeitura de São Vicente e com hospitais e outras unidades de Saúde. Em 1973, foi firmado convênio com o Hospital Guilherme Álvaro, que é administrado pela Secretaria de Estado da Saúde. Atualmente, esse acordo proporciona cerca de 18 mil procedimentos por mês, pela rede SUS, por meio de professores e alunos, em parceria. 50

Ampliando seu leque de ação, a Fundação Lusíada criou em 1982 o Colégio Lusíada, do maternal ao 2º grau em Biológicas, Exatas e Humanas, além do 2º grau profissionalizante, nas áreas de Enfermagem, Patologia e Processamento de Dados. Ainda em 1982 a Faculdade de Ciências Médicas deixou a área original da Rua Armando de Salles Oliveira, 150, e passou a ocupar prédio construído à Rua Osvaldo Cruz, 179, em área do Governo do Estado, anexa ao Hospital Guilherme Álvaro, em comodato firmado com a Secretaria de Estado da Saúde. O prédio da Medicina começou a ser construído cerca de dois anos antes. O local tem cerca de 4.500 metros quadrados e dispõe de salas de aula, laboratórios, anfiteatro, espaço para os alunos e passou a abrigar, mais tarde, salas da Fonoaudiologia. Sempre dando ênfase à qualidade de vida, a instituição inaugurou em 1989 o seu primeiro complexo poliesportivo, na área de 2.200 metros quadrados do primeiro terreno adquirido, à Rua Comendador Martins, 348. São duas quadras (sendo uma coberta), para esportes como futebol de salão, basquete, vôlei, handebol e outra quadra para futebol society.

Com o crescente raio de ação em diferentes áreas, a Fundação Lusíada iniciou os trâmites legais para se tornar uma Universidade, um complexo educacional de maior grandeza. O primeiro passo para isso, além dos aspectos burocráticos, era obter a permissão para mais cursos. A oportunidade chegou em 1991, quando a Fundação Lusíada assumiu a administração dos cursos mantidos pela Associação Santista de Ensino e Pesquisa e pela Associação Mantenedora do Conservatório Musical de Santos, ambas controladoras do Centro de Estudos Superiores do Carmo e do Colégio do Carmo. Assim, foram incorporados à Fundação Lusíada as faculdades de Fonoaudiologia, Pedagogia (Educação Especial, com habilitações em Educação do Deficiente da Audiocomunicação, Educação do Deficiente Mental e Educação do Deficiente Visual), Tecnologia em Processamento de Dados, Bacharelado em Instrumento (musical), Bacharelado em Composição e Regência, Bacharelado em Canto, Licenciatura Plena em Instrumento, Educação Artística (com habilitação de 1º Grau, Licenciatura Plena em Música e Artes Cênicas), e de Ciências (com habilitações em Licenciatura de 1º Grau, Licenciatura Plena em Física e Química e Bacharelado em Física e Química). Ainda em 1991, para atendimento à Faculdade de Fonoaudiologia, foram criadas as clínicas de Fonoaudiologia e Audiologia, que são serviços de referência da região metropolitana da Baixada Santista, atendendo gratuitamente os moradores das nove cidades que compõem a região. Com a formalização das faculdades, a direção da Fundação Lusíada encaminhou pedido ao Ministério da Educação para a alteração de um regimento unificado, para criar o Centro de Estudos Superiores da Fundação Lusíada (Celus). O relator do Comitê Federal de Educação, Sanchotene Felice, enfatizou no seu relato o objetivo do pedido: “A unificação está sendo pleiteada, principalmente, em razão da transferência das



faculdades do Centro de Estudos Superiores do Carmo e do Centro Artístico-Musical de Santos, anteriormente mantidos, respecti-vamente, pela Associação Santista de Ensino e Pesquisa e Associação Mantenedora do Conservatório Musical de Santos, conforme Portaria Ministerial nº 1.933/91”. E, após algumas considerações, no dia 11 de março de 1992, o relator votou favoravelmente às alterações no regimento e encaminhou suas conclusões no Parecer 180/92 ao Conselho Federal de Educação, para votação em plenário. No dia seguinte, 12 de março de 1992, em reunião plenária, o Conselho Federal de Educação aprovou por unanimidade o parecer do relator. Com isso, por meio do Parecer 180/92 do CFE, todas as faculdades e cursos mantidos pela instituição se transformaram em Centro de Estudos Superiores da Fundação Lusíada (Celus). 52

Dois anos depois, em 1994, foi criada a pós-graduação “lato sensu”, de Marketing e de Análise de Sistemas. Em 1995 foi criada a Coordenadoria de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão. Suas ações são normatizadas e acompanhadas pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão e pelo Conselho de Administração Superior, e seguem as diretrizes do Sistema Nacional de Pós-Graduação e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). A Coordenadoria busca aliar-se ao conjunto das políticas traçadas pelas agências de fomento à pesquisa.

Estado da Saúde, para a construção do Pavilhão 4 do Hospital Guilherme Álvaro. Nesse mesmo ano, 1996, foi criada a Faculdade de Relações Internacionais, o primeiro da região, autorizado por decreto de 1995 e reconhecido em portaria do Ministério da Educação. E, também em 1996, foi adquirido terreno de 1.300 metros quadrados, à Rua Manoel Tourinho, 395, para a construção de um novo ginásio poliesportivo. Com o visível crescimento da instituição, a diretoria buscou uma nova fórmula para abrigar as faculdades e o meio encontrado para isso, na época, foi a criação do Centro Universitário Lusíada (Unilus), que substituiu o Celus. O Unilus surgiu com a edição de decreto publicado no Diário Oficial da União em 16 de dezembro de 1997. No mesmo ano, 1997, é adquirida uma área de 5.100 metros quadrados na Avenida Conselheiro Nébias, 674, com fundos para a Rua Armando de Salles Oliveira. A área é totalmente arborizada, com espécies decorativas e frutíferas, o que atrai grande número de pássaros. O local foi denominado como Espaço Cultural Unilus e tem uma área coberta dedicada a exposições e outras manifestações culturais, à disposição de entidades que queiram realizar ali suas apresentações, gratuitamente. Surgem mais cursos do Unilus, todos reconhecidos pelo MEC. Em 1998 foi a vez da Biomedicina, o primeiro dessa área da Saúde na região. Surge também o curso de Odontologia.

Com a inauguração do Campus III, em 1996, à Rua Batista Pereira, 265, a estrutura da instituição passa a ter um complexo maior para abrigar todas as faculdades, exceto a de Ciências Médicas, que ocupa prédio em comodato junto ao Hospital Guilherme Álvaro. Dividido em cinco blocos, o Campus III tem 12 mil metros quadrados e ali se desenvolvem diversos cursos do Unilus.

Em 2000 é implantado o curso de Enfermagem. Nesse mesmo ano surgiu o curso “stricto sensu” em Educação e Ciências da Saúde.

Ainda em 1996 a Fundação Lusíada assina convênio com o Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de

Em 2001 o curso de Tecnologia em Processamento de Dados mudou o nome para Tecnologia em Informática.

A Fundação Lusíada doa ao Hospital Guilherme Álvaro um aparelho de ultrassonografia, para acompanhar a gravidez de alto risco de pacientes.



Ainda em 2001 a Fundação Lusíada cedeu em comodato ao Hospital Guilherme Álvaro um aparelho de videolaparoscopia, para cirurgias especiais em diferentes habilidades.

Ainda em 2006 é criado o curso superior de Tecnologia em Radiologia, voltado para técnicas radiológicas, radioterápicas e de medicina nuclear.

O Curso de Fisioterapia foi criado em 2002 e é reconhecido pelo MEC. Ao mesmo tempo foi implantada a Clínica de Fisioterapia, em prédio próprio de 800 metros quadrados, construído à Rua Nabuco de Araújo, 46, no bairro Boqueirão. Em 2009 o curso assume a gestão do Hospital Guilherme Álvaro, por meio de convênio com a Secretaria de Estado da Saúde. A Clínica passa a ser referência na região metropolitana da Baixada Santista, atendendo gratuitamente os moradores dos nove municípios da região.

A Fundação Lusíada doa ao Hospital Guilherme Álvaro, nesse mesmo ano, equipamentos como eletroencefalógrafo e vídeomonitor da área cerebral, para pacientes com epilepsia.

No ano seguinte, 2003, surge o curso de Nutrição.

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A Fundação Lusíada faz parceria com o Hospital da Beneficência Portuguesa, em 2004, para implantar a Unidade Coronariana no 5º andar do hospital, para atender pacientes de doenças cardiovasculares da UTI, permitindo a atuação de professores e alunos do Unilus. Em homenagem à Fundação, o Centro de Terapia Intensiva da Beneficência recebeu o nome do presidente Nelson Teixeira. Também em 2004 a Fundação Lusíada entregou à Prefeitura de São Vicente focos cirúrgicos, mesas especiais e aparelhos de anestesia para três salas de cirurgia do Centro de Referência em Emergência (Crei). Um prédio de três pavimentos e 1.800 metros quadrados de área, construído e equipado pela Fundação Lusíada, é entregue, em 2005, ao Hospital Guilherme Álvaro, para o funcionamento do Serviço de Verificação de Óbitos. É inaugurado, ainda em 2005, o primeiro Laboratório de Biologia Molecular da região, com aparelho sequenciador de DNA, em sala do curso de Ciências Médicas do Unilus. O aparelho permite o sequenciamento genético e tem aplicação ilimitada. Em 2006 são comemorados os 40 anos da Fundação Lusíada, com diversas atividades. Entre elas o lançamento de um selo e carimbo comemorativo, pelos Correios, e a entrega de título pela Câmara Municipal de Santos, em sessão especial. Pela primeira vez, o Legislativo se deslocou para o ato solene, realizado de modo oficial no teatro do Campus III.

Em 2007 é criado o curso de pós-graduação “stricto sensu” de Mestrado em Clínica Médica. O Unilus se torna o primeiro complexo educacional da região a oferecer esse tipo de mestrado, recomendado pelo Capes/MEC. No mesmo ano a Fundação Lusíada entrega à Prefeitura de Santos, nas instalações do Pronto Socorro da Zona Leste, a ampliação do setor pediátrico, com atendimento gratuito à população. Um equipamento de ultrassonografia é doado ao Centro de Apoio e Diagnóstico de São Vicente. Uma sala completa de otorrino, com equipamentos de última geração, é doada ao Hospital Guilherme Álvaro. E, ainda em 2007, são doados equipamentos para o Serviço de Hemodinâmica Cardíaca do SUS no Hospital Guilherme Álvaro, onde atuam professores e alunos do Unilus. Em 2008 a Fundação Lusíada patrocina a estada em Santos da unidade móvel de saúde do projeto do Centro de Integração de Educação e Saúde, com recursos para o atendimento médico à população. É doada uma cadeira de dentista, com mesa auxiliar, ao Centro Regional de Oncologia Infantil, em São Vicente. Em solenidade no plenário Juscelino Kubitschek de Oliveira, do Palácio 9 de Julho, a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo homenageia a Fundação Lusíada com uma placa, “pela prestação de inestimáveis serviços à população da Baixada Santista e do País”.


Diferentes ações, do colégio, Feira da Saúde, coral de afásicos e do Projeto Rondon


A Academia Unilus, a mais moderna na região, é inaugurada em 2009, com área de 4.400 metros quadrados e dois pavimentos.

Municipal de Santos em comodato por 30 anos, sendo que os alunos do Unilus terão exclusividade de aprendizado, com profissionais do Unilus.

Nesse mesmo ano foi criado o Colégio Unilus, um curso gratuito exclusivo a alunos procedentes das escolas públicas. A escola substitui o antigo Colégio Lusíada e está localizada à Rua Armando de Salles Oliveira, 150.

No mesmo ano iniciou-se a construção do Centro de Saúde Escola, na Rua 28 de Setembro, com área de 3.300 metros quadrados, e já está funcionando com alunos da área de Saúde e atendimento à população carente da região, em diversas especialidades.

Ainda em 2009 a Fundação Lusíada recupera e entrega uma ala do ambulatório do Hospital Guilherme Álvaro, com 40 modernos consultórios médicos. A ala foi destruída por incêndio um ano antes. Um amplo ginásio de esportes de 7 mil metros quadrados é construído ao lado do Campus III e inaugurado em 2010, com quadras poliesportivas cobertas e campo de futebol society ao ar livre.

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Ainda em 2010 é assinado convênio entre a Fundação Lusíada e o Governo do Estado de São Paulo para a gestão dos setores de Hemodinâmica, da UTI 24 horas e do Centro de Treinamento da Malformação Craniofacial do Hospital Guilherme Álvaro. Também em 2010 é firmada parceria com o grupo A Tribuna para que o Unilus passe a patrocinar no ano seguinte a prova de pedestrianismo de 10 quilômetros, em Santos, com a participação de cerca de 16 mil atletas. A prova recebeu o nome de 10 KM Tri FM-Unilus e é considerada a maior competição de rua do país. A Fundação Lusíada e o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) assinam convênio em 2011 para cursos de capacitação profissional a pessoas reabilitadas assistidas pela Previdência. No mesmo ano são adquiridos manequins importados para o Laboratório de Habilidades Práticas do curso de Ciências Médicas do Unilus. Os modelos são operados por computação e permitem procedimentos de patologias idênticos aos apresentados por seres humanos. Em 2013 a Fundação Lusíada adquire imóveis na Rua Joaquim Távora e elabora um projeto para a construção da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), entregue à Prefeitura

Presença na prova 10 Km Tribuna-Unilus e o novo prédio do Centro de Saúde Escola

É importante destacar que a Fundação Lusíada é uma entidade filantrópica e detém os títulos de utilidade pública nas três esferas de poder – municipal, estadual e federal. Sua fonte de renda são as mensalidades dos cursos que são revertidas no aprimoramento da qualidade de ensino, no pagamento a funcionários e em bens móveis e imóveis, além do atendimento assistencial aos mais carentes, fonte de inspiração do seu idealizador e fundador, o Dr. Eduardo Dias Coelho.


Santos - Baixada Santista - S達o Paulo - Brasil


O

Campus I prédio da Rua Armando de Salles Oliveira, 150 foi o primeiro ocupado pela Fundação Lusíada, desde a sua fundação em 1966.

Com adaptações, o prédio serviu para a instalação da Faculdade de Ciências Médicas de Santos, que funcionou nesse local até 1982. Foi também em suas salas implantada a segunda faculdade, de Administração, e as duas fases do colégio mantido pela Fundação Lusíada. O prédio abriga a sala da Presidência, da Reitoria do Unilus e setores administrativos, além do Colégio Unilus e salas utilizadas pelo curso de Medicina. Para dar continuidade a seu planejamento educacional, a Fundação Lusíada criou em 1982 o Colégio Lusíada, do maternal ao 2º grau em Biológicas, Exatas e Humanas, além do 2º grau profissionalizante, nas áreas de Enfermagem, Patologia e Processamento de Dados. Nessa época, o Colégio já dava a devida importância às questões na área da educação ambiental. Em 2009, foi implantado o Colégio Unilus, que dá oportunidades a alunos de escolas públicas de se desenvolver e alcançar outras esferas do ensino. O ingresso é feito por meio de processo seletivo aos alunos que provem renda per capita de três salários mínimos, que sempre estudaram em escolas públicas e que tenham notas 6 ou maior que 6. 58

O Colégio Unilus oferece a seus alunos bolsa integral, livros didáticos de alta qualidade e uniformes. E tem obtido sucesso com o ingresso em escolas públicas, o que é a finalidade de ensino do Colégio.



As modernas instalações do Colégio Unilus, anfiteatro, salas de aula e laboratórios


Espaço

Cultural E

m 1997 a Fundação Lusíada adquiriu uma área de 5.100 metros quadrados na Avenida Conselheiro Nébias 674, com fundos para a Rua Armando de Salles Oliveira, onde anteriormente existiu a Chácara Thaumaturgo.

O local foi denominado como Espaço Cultural Unilus e tem uma área coberta dedicada a exposições e outras manifestações culturais, à disposição dos alunos do Unilus, do Colégio Unilus e de entidades que queiram realizar ali suas apresentações, graciosamente. Várias entidades já fizeram uso, com diversos procedimentos.

A área é totalmente arborizada, um verdadeiro pulmão verde em pleno bairro do Boqueirão, com espécies decorativas e frutíferas, o que atrai grande número de pássaros.

Num levantamento realizado por professores e alunos do Colégio Unilus, se encontrou ali, entre outros, os seguintes vegetais: Araruta, Árvore-da-felicidade, Azalea, Begônia, Cipócabeludo, Clúsia, Embaúba, Erva-cidreira, Gengibrevermelho, Guanandi, Helicônia, Ixora, Jurubeba, Maranta cinza, Maria-sem-vergonha, Murta, Orquídea, Palmeira Imperial, Palmeira-ráfia, Pinheiro budista, Samambaia e Singônio, além de cercas naturais e árvores frutíferas como abiu, banana, goiaba, manga, mexerica e pitanga, entre outras, e um chafariz adornado com pedras. Entre os pássaros, há alguns frequentadores diários e outros esporádicos, como: bem-te-vi, bico-de-lacre, cambacica, canário-da-terra, carriça, colibri (beija-flor), coruja, gavião, iriri, juriti, morcego, pardal, sabiálaranjeira, sabiá-poca, saíra, sanhaço, tié-sangue e outros.

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Um pulmão verde no Boqueirão – Espaço Cultural Unilus



Campus I I - Medicina A

Fundação Lusíada começou a construir em 1980 um prédio para a Faculdade de Medicina, ocupando uma área do Governo do Estado, anexa ao Hospital Guilherme Álvaro, em comodato.

O prédio, construído à Rua Osvaldo Cruz, 179, em área de 4.500 metros quadrados, abriga desde 1982 o curso de Medicina, em salas amplas, modernos laboratórios e anfiteatro. Ali está instalado também, desde 2005, e em funcionamento, o Laboratório de Biologia Molecular da Fundação Lusíada, o único da região a contar com moderna aparelhagem que permite pesquisas de sequenciamento genético dos seres vivos. O prédio também dispõe de Biotério. Funcionam também as clínicas de Audiologia e de Fonoaudiologia, do Curso de Fonoaudiologia.

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O prĂŠdio da ClĂ­nica de Audiologia Dr. Nelson Teixeira e de Fonoaudiologia, com suas salas de atendimento


Laboratórios e salas do Curso de Ciências Médicas


Anfiteatro e salas de biblioteca informatizada


Hospital Guilherme Álvaro D

esde que foi firmado convênio entre a Fundação Lusíada e o Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Estado da Saúde, em 1973, o Hospital Guilherme Álvaro serve de apoio a alunos e professores do Curso de Ciências Médicas do Unilus. Eles contribuem com cerca de 18 mil procedimentos por mês, em atendimento gratuito, pela rede do Sistema Único de Saúde. A partir daí, a Fundação Lusíada tem colaborado ativamente com obras e equipamentos, como foi a obra do Pavilhão 4, em 1996, construído com verbas do Estado de São Paulo administradas pela Fundação Lusíada. Em 2005, foi construído com recursos próprios da Fundação Lusíada um prédio de três pavimentos, com 1.800 metros quadrados, para a instalação do primeiro Serviço de Verificação de Óbito (SVO) da região da Baixada Santista, antiga aspiração da comunidade. Diversos equipamentos e até salas inteiras foram reformados pela Fundação Lusíada, para atendimento à população da região, via SUS.

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Quando de um incêndio, em 2009, que destruiu todos os ambulatórios do primeiro andar do hospital, a Fundação Lusíada recuperou com recursos próprios, e entregou totalmente modernizada toda essa área, que comporta 40 ambulatórios refrigerados. Em novo convênio, em 2010, a Fundação Lusíada iniciou a gestão dos setores de Hemodinâmica, da UTI 24 horas do hospital, com profissionais de fisioterapia, e do Centro de Treinamento da Malformação Craniofacial do hospital.



Clínica de Fisioterapia U

m trabalho totalmente gratuito dedicado à população por meio do Sistema Único de Saúde é realizado diariamente na Clínica de Fisioterapia Unilus, em todas as áreas da fisioterapia. Além da prática clínica supervisionada pelos professores, os graduandos do Unilus atendem os pacientes encaminhados pelas Unidades Básicas de Saúde, da rede pública de Santos e da região, sendo o Hospital Guilherme Álvaro o maior parceiro.

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O dia a dia dos estagiários é de extrema dedicação. Sempre supervisionados pelos professores, durante a avaliação fisioterapêutica eles elaboram o diagnóstico como avaliação físico-funcional. O prédio da Clínica foi inaugurado em 2002 e fica na Rua Nabuco de Araújo 176.


Piscina terapêutica e ambulatórios de fisioterapia cardiopulmonar e ortopética


Campus

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C

om o crescimento de cursos e número de alunos, a Fundação Lusíada adquiriu um terreno para a implantação de um novo complexo, educacional.

Essa unidade, conhecida como Campus III, está situada à Rua Batista Pereira, 265, e é formada por cinco prédios de três pavimentos, em área de 12 mil metros quadrados. Ali são ministrados diferentes cursos, nos períodos matinal e noturno. A unidade foi construída com capacidade de abrigar até 1.600 alunos por período e diversas inovações para a época como atendimento especial a portadores de deficiência, como rampas de acesso, ar condicionado em todas as salas de aula e sistemas de isolamento acústico, entre outros. No entorno do Campus III surgiram novas unidades, transformando a região em um grande complexo educacional, assistencial, de saúde e esportivo, em que se baseia desde o início a Fundação Lusíada, sob inspiração de seu fundador, o Dr. Eduardo Dias Coelho.

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Salas de aula em declive e ac煤stica e laborat贸rio do Campus III


Ginásio de Esportes Unilus E

m 2010 foi a vez da inauguração do Ginásio de Esportes Unilus, construído em modernas instalações em área de 7.000 metros quadrados à Rua Batista Pereira, 275, com um pavimento e subsolo.

O ginásio tem duas quadras poliesportivas cobertas, em medidas oficiais para a prática de modalidades esportivas, com arquibancadas e toda a infraestrutura necessária, e um campo de futebol society ao ar livre, com piso de grama sintética. Há, no local, dispositivos para a captação de água da chuva.

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O moderno GinĂĄsio Unilus, com duas quadras cobertas e outra de grama sintĂŠtica, para a prĂĄtica de futebol society, para o uso dos alunos



Academia Unilus E

m espaçosas instalações, a Academia Unilus foi inaugurada em 2009 como a mais avançada academia da região. Seus equipamentos de última geração, com painéis individuais de led para os praticantes logo chamaram a atenção de alunos e visitantes. O piso sintético é o mesmo utilizado nas Olimpíadas de 2008 em Pequim, na China.

A Academia inovou também em relação à tecnologia ambiental, com placas de energia solar e captação da água de chuva como forma de contribuir com a Natureza e a economia de energia. O prédio está situado à Rua 28 de Setembro, 233, e tem 4.400 metros quadrados e dois pavimentos, com estacionamento no subsolo.

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Na Academia, esteiras com telas de led e aparelhagem de ponta


Amplas salas para ginástica, bicicletas de spinning e aparelhos de última geração, em ambiente refrigerado



Poliesportivos D

ois ginásios poliesportivos também demonstram a ênfase que a Fundação Lusíada dá à qualidade de vida, por meio da prática de esportes. O primeiro foi inaugurado na área de 2.200 metros quadrados do primeiro terreno adquirido pela instituição, à Rua Comendador Martins, 348. São duas quadras (sendo uma coberta), para esportes como futebol de salão, basquete, vôlei, handebol e outra quadra para futebol society. O outro, com 1.300 metros quadrados, construído à Rua Manoel Tourinho, 395, possui quadra coberta e outra descoberta para a prática de futebol de salão, basquete e vôlei.

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Diversas quadras esportivas do Unilus


Centro de Saúde Escola O

Centro de Saúde Escola é um prédio de três pavimentos e subsolo, com 3.300 metros quadrados de área situado à Rua 28 de Setembro, 224/226.

O prédio abriga salas de aulas para estágio dos alunos do Unilus. Sua estrutura é voltada também, em parceria com o poder público, para o atendimento gratuito à população carente da região. Foi montado um laboratório de análises clínicas que é referência na região, e onde os alunos têm disponível aprendizado de qualidade, além de prestar serviços à comunidade. Todo o complexo, em sua plenitude, é feito por profissionais da Fundação, o que vai ao encontro das nossas finalidades, que é o ensino de qualidade, atendimento assistencial e de saúde, dando continuidade ao que sempre quis o idealizador da Fundação Lusíada, o médico Eduardo Dias Coelho.

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O moderno Centro de SaĂşde Escola, em vista geral e com suas salas de atendimento



Unidade de Pronto Atendimento A

Fundação Lusíada adquiriu imóveis na Rua Joaquim Távora, esquina com a Rua São Paulo, e construiu um prédio de 5.500 metros quadrados. A obra levou 14 meses, e, após concluída, a Fundação Lusíada cedeu em comodato por 30 anos à Prefeitura Municipal de Santos. O prédio é composto por quatro pavimentos, e seu custo total, incluindo os terrenos, foi de R$ 22 milhões. De acordo com o comodato, a Prefeitura ocupa o térreo e o primeiro pavimento. Os outros dois pavimentos a Fundação irá ocupar com laboratório de atividades práticas, sala de aula, capacitação de profissionais e pós-graduação.

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No comodato está acordado que a Fundação Lusíada terá exclusividade de ocupação para alunos do Unilus, que com os professores, além de aulas práticas e estágio, irão atender também a comunidade.


As etapas da construção


Os Instituidores

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ABDALLA JORGE ABDALLA ABÍLIO GARCIA DOS SANTOS JUNIOR ABRAHÃO VULF SCAZUFCA ADELINO MIGUES PICADO ADEMAR FRANCISCO LOPES ADEMAR GAGO GARCIA AIMARD DE OLIVEIRA ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS ALBERTO JOSÉ AULICINO ALBERTO MARTINGO REIMÃO ALBERTO MEDEIROS ALCEU MARTINS PARREIRA ALCIDES GUERRA JUNIOR ALEXANDRE ALVES PEIXOTO FILHO ALFREDO BRIZZOLA ALOYSIO RIBEIRO DE MENDONÇA ALUYSIO MACHADO DE ALMEIDA ÁLVARO DE FREITAS GUIMARÃES ÁLVARO HILINSKI AMÉRICO DE QUEIROZ MARQUES ANDRÉ HIPPÓLITO ANIBAL MARTINS CLEMENTE ANTENOR GARCIA ROCHA ANTONIO ABRAHÃO TABET ANTONIO ALBERTO AULICINO ANTONIO AUGUSTO ARANTES ANTONIO BAPTISTA MARTINS ANTONIO CARLOS V. VITALI ANTONIO DA SILVA ANTONIO DOMINGUES ANTONIO DOS SANTOS SOBRINHO ANTONIO GAGO GARCIA ANTONIO GRACIOSO NETO ANTONIO JOSÉ PAES JUNIOR ANTONIO LUIZ MOREIRA ANTONIO LUIZ NILO DOS SANTOS ANTONIO MANOEL DE CARVALHO ANTONIO MATOS ANTONIO PEDRO ANTONIO PORTELA NASCIMENTO ARCILIO QUINTO ARCY RODRIGUES MARTINS ARIOSTO GUIMARÃES ARLINDO LOURENÇO GOMES ARMANDO FORTUNA

ARMAZÉNS GERAIS RIACHUELO S/A ARMAZÉNS GERAIS SANTA CRUZ S/A ARMAZÉNS GERAIS UNIÃO PAULISTA S/A ARMINDO TERRA COLMENERO ARNALDO CONCEIÇÃO PAIVA FILHO ARNALDO DE MOURA RIBEIRO ARNALDO FERREIRA DOS SANTOS ARNALDO FIGUEIREDO ARTHUR BRANCO COELHO ARTHUR CAVALOTTI ARTHUR DE SOUZA ARTHUR DOMINGUES PINTO ARTHUR RAMOS ARY RIBEIRO GOMES ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DE SANTOS ASSOCIAÇÃO DE FAMÍLIAS DOS ROTARIANOS ATENEU BRASÍLIA ATHIÉ JORGE COURY ATTILA CAZAL ATTILIO TOGNETTI ÁUREO DE SOUZA RODRIGUES AYRES RODRIGUES BANCO BRASILEIRO DE DESCONTOS S/A BANCO COELHO S/A BANCO DA ECONOMIA DE SÃO PAULO S/A BANCO DO COMÉRCIO E INDÚSTRIA DE SÃO PAULO S/A BANCO DO ESTADO DE SÃO PAULO S/A BANCO FRANCÊS E BRASILEIRO S/A BANCO INDUSTRIAL DE CAMPINA GRANDE S/A BANCO LIBANÊS DO COMÉRCIO BANCO PORTUGUÊS DO BRASIL S/A BANCO PORTUGUÊS DO BRASIL S/A BANCO S. MAGALHÃES S/A BARRETO AGOSTINHO S/A COMÉRCIO E INDÚSTRIA BEATRIZ ARAÚJO CASTRO RANGEL BENEDITO PAZ VIDAL BENILDO GORDIANO DE CARVALHO BENJAMIN FERNANDES CAETANO SORRENTINO NETTO CARLOS ALBERTO HERNANDES CARLOS ALVARENGA BERNARDES CARLOS NICOLA ABBAMONTE CARLOS RIBEIRO GOMES CARLOS ROCHA DE SIQUEIRA CASA DE SAÚDE ANCHIETA LTDA.


CELSO AGUIAR CEZAR RUIZ DE ALMEIDA GARRET CID CARLOS LEITE CLÁUDIO DONEUX CLÁUDIO MAGALHÃES CLÓVIS PEREIRA DE CARVALHO CLUBE MARTIN FRANCISCO COLÉGIO TARQUÍNIO SILVA COMERCIAL BANDEIRANTES DE ARMAZÉNS GERAIS COMERCIAL IMPORTADORA ARBID LTDA. COMPANHIA CERVEJARIA CARACÚ COMPANHIA COMÉRCIO INDÚSTRIA DE ARMAZÉNS GERAIS COMPANHIA IMOBILIÁRIA ATLÂNTICA COMPANHIA TAMOYO DE ARMAZÉNS GERAIS CONCRETEX SANTISTA USINA DE CONCRETO S/A CYRO GONÇALVES DIAS D. F. VASCONCELOS S/A DANILO FERREIRA DOS SANTOS DÉCIO DE ARRUDA MELO DENNIS EDWARD COLLARD DILCE ANDRADE DA COSTA DIOCESE DE SANTOS EDGARD BOTURÃO EDGARD DE FERRAZ NAVARRO EDMIR BOTURÃO EDMUNDO CASTILHO EDMUNDO MAIA EDUARDO ANTONIO LUZIO COELHO EDUARDO DE MELO COUTO JUNIOR EDUARDO DIAS COELHO EDUARDO SALIM HADDAD EDUARDO V. MACEDO SOARES ELOS CLUBE DA COMUNIDADE LUSÍADA DE SANTOS EMANUEL LEON SZTAJNBOK EMÍLIO NAVAJAS FILHO ÊNNIO EMERICH DE SOUZA ERALDO AURÉLIO FRANZESE ERCÍDES SANT ANA JUNIOR ERNESTO TEIXEIRA DO NASCIMENTO ESMERALDA PEREIRA PENHA EUGÊNIO BAPTISTA CONTE EVALDO ANTONIO CAMPEDELLI FÁBIO ANTONIO OLIVIERI FÁBRICA DE TECIDOS TATUAPÉ FANEL S/A FAUSTO FELÍCIO BRUSAROSCO FLÁVIO BOTURÃO GUERRA

FLÁVIO CONCEIÇÃO PAIVA FORNECEDORA DE GÊNEROS ALIMENTÍCIOS FEOSAL LTDA. FRANCISCO DIEGUES GONÇALVES FRANCISCO DOS SANTOS FRANCISCO LOURENÇO GOMES FRANCISCO M. PERES JUNIOR FRANCISCO NEVES FREDERICO CÂMARA NEIVA FREDERICO FIGUEIREDO JUNIOR FREDERICO MENZEN JUNIOR GASTONE RIGHI CUOGHI GEORGE RIBEIRO GOMES GERALDO ALEXANDRE SHAMMASS GERCINO MARTINS RAMOS GEVIN ADMINISTRADRA DE BENS LTDA GILLES HENRI DUCHENE GINO G. A. SARTI GONSALO PERES GIL GRIMALDO TEIXEIRA DUTRA GRIMOALDO CARRACA DE ALMEIDA GUILHERME NUNES CUNHA HELCIO FRANCISCO PAULO HÉLIO DEL PORTO HÉLIO GOMES HÉLIO REIS BOTURÃO HÉLIO SANT' ANNA E SILVA HERNANI GUIMARÃES CORRÊA ILZO M. VIANNA IRAHY P. D' ALCANTARA G. DE SOUZA IRMÃOS FARAH NASSIF LTDA. IRMÃOS MAHFUZ & CIA. LTDA. JADER FREIRE DE MACEDO JAIR DE OLIVEIRA FREITAS JAMIL BENEDITO GASI JAMIL BITTAR JARBAS GOMES DA CUNHA JESUS RAMIRES FERNANDES JOÃO GARCIA JOÃO GOMES XAVIER & CIA. LTDA JOÃO MARIANO JOÃO MIGUEL KODJA JOÃO REQUIÃO JOÃO RIBEIRO DOS SANTOS JOÃO ROCHA SCHARRA JOAQUIM AUGUSTO ALVES JOAQUIM CABRAL LOPES JOAQUIM COUTINHO MARQUES JOAQUIM DA ROCHA BRITES

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JOAQUIM DE ALMEIDA BAPTISTA JOAQUIM FERREIRA MONCORVO JOAQUIM M. B. DO LIVRAMENTO JOAQUIM R. D. COELHO JOAQUIM RIBEIRO MOURA JOHNSON & JOHNSON DO BRASIL LTDA. JORGE AYDAR JORGE BECHARA JORGE C. N. SILVA JORGE MICHALANY JOSÉ ADELINO PEREIRA GOMES JOSÉ ALVARES MORALES JOSÉ AMARAL QUINTELLA JOSÉ ANCILON A. GONDIN JOSÉ ANDRADE GRILLO JOSÉ ANTONIO DE NARDO JOSÉ AUGUSTO M. O. DOS SANTOS JOSÉ CÂNDIDO PEREIRA LIMA JOSÉ CARLOS MONTEIRO JOSÉ DA FONSECA JOSÉ DA SILVA PEREIRA JOSÉ DAS NEVES JOSÉ DE JESUS FELIX JOSÉ FERNANDO DE ALMEIDA JOSÉ FERREIRA DE PONTES JOSÉ GOULART PENTEADO JOSÉ HAIDAR JOSÉ LUIZ C. BARBOSA JOSÉ LUIZ CIPRIANO JOSÉ M. DE ARRUDA JOSÉ MARIA LOPES JOSÉ ROBERTO A. BARBOSA DA SILVA JOSEDYL CAMARGO LIMA JOSUÉ OLMO JÚLIO A SILVA JUNIOR JÚLIO MORENO KAOLU NOGUI LAFAYETE BRANCO COELHO LAURO CUNHA ALVES LAVANDERIA COMERCIAL SANTISTA LTDA. LUCAS DA CRUZ CARVALHO LUIZ A. M. BANKS DOS SANTOS LUIZ ANTONIO LUZIO COELHO LUIZ CARLOS PINTO DIAS FERRAZ LUIZ DA SILVA LUIZ F. RIBEIRO GOMES LUIZ PASSARELLI LUIZ S. YANAGI

LUIZ SOUZA. DANTAS FORBES MANOEL DIAS MARCELINO JUNIOR MANOEL GARCIA VILARINHO MANOEL MENDES VENTURA MANOEL TAVARES DA SILVA MANOEL V. A. E SILVA MÁRCIO SILVA MAIA MARCO ANTONIO LUZIO COELHO MARIA BERNARDETE CAMARGO NASCIMENTO MARIA CÂNDIDA GUIMARÃES RIBEIRO DE MENDONÇA MÁRIO COVAS JUNIOR MÁRIO FERRAZ BROCHADO MÁRIO FLÁVIO LEMEDE PAES E ALCÂNTARA MÁRIO RUIVO MATERNIDADE CID PEREZ LTDA. MAURÍCIO ONESTI TADDEI MIGUEL DE SOUZA MIGUEL ELIAS HIDD MILTON DA CUNHA CORRÊA MILTON SABBAG MOACYR RIBEIRO DE ALMEIDA NAGIB SALIM HADDAD NEDO ROMITI NELSON DE SOUZA TAVARES NELSON DE TOLEDO PIZA NELSON MANOEL DO REGO NELSON REIS PINTO NELSON TEIXEIRA NESTOR BISCARDI NEY GARCIA SOTELLO NEY ROMITI NILO FERNANDES VAZ NILO PRADA DIZ NILO RODRIGUES NILSON BERENCHTEIN OCTAVIO RUAS ODÍLIO RODRIGUES ORLANDO CARVALHO GRILLO ORLANDO CASTELÕES JUNIOR ORLANDO DE OLIVEIRA PRATA ORLANDO LOVECCHIO FILHO ORLANDO MORGADO ORLANDO SARAIVA NOVAIS ORSINI MENDES DE ALMEIDA OSCAR ALVES CAPELLA OSCAR LOPES OSCAR ROCHA VON PFFUL OSIAS ISIDORO DOS SANTOS FILHO


OSMAR BOANO OSMAR PRANDI OSWALDO CRISTIANO OSWALDO DIAS RODRIGUES OSWALDO MARTINS OSWALDO PASSARELLI OSWALDO PAULINO OTAVIO ALVES ADEGAS OTAVIO LEITE VALEJO OVÍDIO JOSÉ COSTA RAMOS PAULO AUGUSTO DE AZEVEDO ANTUNES PAULO DA ROCHA SOARES PAULO DE TARSO MITIDIERO PAULO FERNANDES PAULO JOSÉ DE OLIVEIRA PAULO SÉRGIO L. FERNANDES PEDRO ALCOVER DE MOURA PEDRO CHRISTIANO PEDRO FELIPE LESSI RAUL RIBEIRO FLÓRIDO REGINA DULCE DE PONTES RIBAS REGINA L. SANTOS VARGAS RENATO FARINELLA RICARDO BARINI ROBERTO ATIENZA ROBERTO MARIO SANTINI ROBERTO SANTANA ROSÁRIO BATISTA CONTE RUBENS DA SILVA RUI DE MELO FARO S/A MOINHO SANTISTA INDÚSTRIA GERAIS SALOMÃO SAAD SANDRA LOPES DE MATOS SÉRGIO FRANCISCO GARCIA SESSUE S. MELLO SIDÔNIO RODRIGUES SIGEFREDO MAGALHÃES SÍLVIO CORRÊA DA SILVA SÍLVIO CORRÊA DA SILVA JUNIOR SÍLVIO FERNANDES LOPES SOCIEDADE BENEFICENTE DOS CHAUFFEURS DE SANTOS SOCIEDADE ENGENHARIA LIMA OTERO LTDA. SOCIEDADE UNIÃO PORTUGUÊSA SYLVIO GUERRA SYNVAL DE BARROS MELLO TESTE - TECNOLOGIA ESTRUTURA ENGENHARIA LTDA. UNION CARBIDE DO BRASIL S.A. USAFARMA S/A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA

VANDIR PRANDI VASCO JOSÉ FAÉ VENÂNCIO FERREIRA ALVES FILHO VERA LÚCIA GALINDO DECKER VERA MARIA CORREIRA PINTO VICTOR VALLEJO WALDEMAR PÊGAS DA SILVA WALTER ALVES DE MELO WICTOR W.G. BASKERVILLE WILSON AYRES CORTES WILSON DE SOUZA WILSON LORENA ZELNOR PAIVA MAGALHÃES

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Presidentes da Fundação Lusíada Eduardo Dias Coelho De 1966 a 1970

Rubens da Silva

Eraldo Aurélio Rodrigues Franzese

De 1971 a 1973

De 1999 a 2003

Eraldo Aurélio Franzese

Nelson Teixeira

De 1973 a 1998

De 2003 aos dias atuais

O Salão Nobre Dr. Eduardo Dias Coelho


Composição Diretiva Estatutária da Fundação Lusíada Membros atuais do Conselho Geral

Assembleia Geral Conselho de Curadores Conselho Geral Diretoria Executiva

Conselho de Curadores O Conselho de Curadores compõe-se dos seguintes membros, todos de reconhecida reputação ilibada: a) Três representantes do Conselho Geral indicados por seus pares; b) Um representante do corpo discente, escolhido em rodízio pelos presidentes dos Diretórios Acadêmicos das unidades educacionais, com antecedência de 15 dias da data da reunião, mediante comunicação por escrito ao Presidente do Conselho de Curadores; c) Um representante de pais de alunos do 2º Grau, em rodízio, indicado pela Associação de Pais e Mestres ou na inexistência, em reunião de pais de alunos; d) Pelos Coordenadores e/ou Diretores das unidades educacionais como membros natos; e e) Pelo presidente da Associação Comercial de Santos, como membro nato.

Presidente: PAULO DA ROCHA SOARES Secretaria: MARCO ANTONIO LUZIO COELHO ORLANDO MORGADO SANDRA LOPES MATTOS E DINATO JOAQUIM DA ROCHA BRITES MÁRIO FLÁVIO LEME PAES E ALCÂNTARA EUGÊNIO BAPTISTA CONTE ORLANDO LOVECCHIO FILHO PAULO DE TARSO MITIDIERO HÉLIO SANT'ANNA E SILVA WALTER ALVES DE MELLO ANA PAULA DA SILVA VALLES EGREJAS RUBENS DA SILVA JOSUÉ OLMO SUPLENTES NELSON DE SOUSA TAVARES ORLANDO CASTELÕES JUNIOR

Membros atuais da Diretoria Executiva Presidente: NELSON TEIXEIRA 1º Vice-Presidente: MAURO CESAR DINATO 2º Vice-Presidente: EDMUNDO RIBEIRO DE MENDONÇA NETO 1º Diretor Secretário: BEATRIZ BERENCHTEIN BENTO DE OLIVEIRA 2º Diretor Secretário: REGINA HELENA MORGADO 1º Diretor Financeiro: ARNALDO JOAQUIM 2º Diretor Financeiro: SILVIO DA ROCHA SOARES NETO Diretor de Assuntos Jurídicos: HÉLIO AGOSTINHO

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Somos a Cidade de Santos... de todos os Santos. "Os colonizadores portugueses batizavam com nomes de santos os vilarejos que fundavam em solo brasileiro. Foi assim com S達o Paulo, com S達o Sebasti達o do Rio de Janeiro e tantos outros. Mas apenas a nossa Cidade recebeu a honra de unir todos em um 炭nico nome."

Dr. Nelson Teixeira


Foto: Sergio Furtado - Imagens Aéreas

Unidade de Pronto Atendimento (UPA Central) Rua Joaquim Távora, 256


Aprecie um pouco da nossa bela Cidade de Santos...









Bibliografia

Créditos

Arquivos

Pesquisa e textos

Acervo da família Coelho

José Carlos Silvares

Acervo da Fundação Lusíada Acervo de Nelson Teixeira

Design e produção gráfica Paulo Henrique Farias

Arquivo do jornal A Tribuna Arquivo do jornal Cidade de Santos Hemeroteca Municipal Roldão Mendes Rosa Instituto Histórico e Geográfico de Santos Sociedade Humanitária dos Empregados no Comércio de Santos

Assistência de produção gráfica Simone Fernandes Fotografias Acervo da Fundação Lusíada Acervo da família Coelho

Jornais

Acervo Nelson Teixeira Divulgação

A Tribuna 104

José Carlos Silvares

Cidade de Santos

Marina Silvares

Diário de Santos

Paulo Henrique Farias

Diário Oficial da União

Sergio Furtado (Imagens Aéreas) Reproduções dos jornais A Tribuna e Cidade de Santos

Livros

Revisão

Almanaque de Santos 1967 – Olao Rodrigues

José Carlos Silvares e Leila Silvino

Polianteia Santista – Francisco Martins dos Santos & Fernando Martins Lichti

Gráfica Mais Type - SP

Páginas da internet

Tiragem

Elos Clube – w w w.elosinternacional.com.br

1.000 exemplares

Fundação Lusíada – w w w.lusiada.com.br Ministério da Educação – w w w.portal.mec.gov.br Novo Milênio – w w w.novomilenio.inf.br

Publicação Fundação Lusíada Santos – SP



50Anos

Fundação Lusíada


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