O Saquá 220

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Os 120 anos do líder Luiz Carlos Prestes  PÁGINA 8

Ano XVIII • nº 220 • 1 a 31 de janeiro de 2018 • Saquarema • Rio de Janeiro

osaqua.com.br • Diretora: Dulce Tupy

O Conselheiro Macedo Soares ACERVO CARLOS EDUARDO OLIVA

A rainha do mar, Yemanjá, será homenageada em Jaconé

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O trineto do Conselheiro Macedo Soares, professor Carlos Eduardo Oliva

um país sem memória, Saquarema não iria fugir à regra e pouco se interessou até hoje pelo passado e seus personagens históricos, tanto que só tem um museu: o Museu do Sambaqui da Beirada, em Barra Nova, um dos primeiros a céu aberto no Brasil. Assim, os 180 anos do Conselheiro Macedo Soares, filho do primeiro presidente da Câmara de Saquarema, Joaquim Mariano de Azevedo Soares e pai de Oscar de Macedo Soares, grande benemérito do município, não seriam lembrados se não fosse seu trineto, o sociólogo e professor

do Colégio Pedro II, no Rio, Carlos Eduardo Oliva, oferecer sua tese de mestrado como base para uma reportagem que publicamos agora, junto com uma entrevista. Nascido em Maricá, o Conselheiro Macedo Soares foi juiz em Saquarema e Araruama, Inspetor da Instrução Pública e Particular em Rio Bonito e morreu no Rio de Janeiro, em 1905, como membro do Supremo Tribunal Federal. Republicano e abolicionista, merece ser reconhecido por sua vida e obra, seus livros, suas bandeiras de luta e, principalmente seu legado ético, para a atual e as próximas gerações. Páginas 4 e 5

ma homenagem à Yemanjá, o orixá que rege a água, tanto na umbanda como no camdomblé, será feita pela terceira vez em Jaconé. O evento que terá início na Avenida Saquarema, no Porto da Roça, em frente à loja Boutique dos Orixás, vai culminar na Praia de Jaconé, em frente à Rua 96. Será o 3° Presente a Yemanjá, promovido por pai Elias de Iansã, do Ilê Ashé Efon, terreiro de Nova Iguaçu. Página 3

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Yemanjá será levada em cortejo do Porto da Roça até Jaconé

Congresso dos jornalistas foi em Vitória, no Espírito Santo

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3° Congresso Nacional Extraordinário dos Jornalistas (CONEJ) realizou-se em dezembro, em Vitória (ES), tendo como tema as reformas trabalhista e pre-

EDITAL DE LEILÃO PRESENCIAL E ON-LINE – BANCO BMG, com inscrição no CNPJ n.º 61.186.680/000174 por seu procurador, devidamente constituído, REALIZARÁ pelo leiloeiro Oficial, Dilson Marcos Moreira, devidamente matriculado na JUCEMG, sob nº. 267, Leilão Público para vender o imóvel consolidado pela Instituição Financeira, nos termos da Lei 9.514/97, que consiste em um Imóvel em Maricá/RJ, a saber: Lote nº 07 da quadra nº 165, do 3º Loteamento da Praia das Lagoas, situado em Ponta Negra, 2º distrito deste município, com a área de 480,00m², medindo 16,00m de frente para a rua central nº 7, medindo de ambos os lados 30,00m confrontando pelo lado direito com o lote 6 e o lado esquerdo com o lote 8, medindo pelos fundos 16,00m limitando por parte do lote 17. Registrado no Cartório de 2º Oficio de Maricá/RJ, Matrícula nº 22.516, como todas as suas benfeitorias e acessórios, tendo como devedor(es) fiduciante(s): Cidcley Samia, brasileiro, militar das forças armadas, RG nº M – 540317 SSP/MG, CPF nº 771.473.836-72 e sua esposa Glauce Kelly Freitas Fernandes Samia, brasileira, advogada, RG nº 20.679.565-0, Detran/RJ, CPF nº 607.433.442-00, residentes e domiciliados na Estrada do Galeão, nº 4.365, Apto 101, B1 03, Galeão/RJ. 1) Fica autorizado ao leiloeiro aqui indicado colocar a venda, em Primeiro Leilão, o imóvel acima descrito e caracterizado, a ser realizado no dia 26 de janeiro de 2018, às 17:00 horas, na Av. Raja Gabáglia, nº 4697, Bairro Santa Lúcia em Belo Horizonte/MG, por preço não inferior de R$ 450.000,00 (quatrocentos e cinquenta mil reais), de acordo, com o disposto no § 1º, do artigo 27, c.c inciso VI, do artigo 24, ambos da Lei 9.514/97; O leilão estará disponível também no sistema on-line, devendo os interessados pré cadastrarem no site www.casaleiloeira.com.br para receberem a senha de acesso e automaticamente estarão vinculados aos termos de adesão do leilão on-line, além de todas as disposições legais aplicáveis à espécie. 2). Caso o imóvel não alcance no primeiro leilão o lance acima determinado, fica desde já au-

videnciária, foco da palestra do deputado Paulo Pimenta que abriu o congresso, realizado junto com o 21° Encontro Nacional Jornalistas em Assessoria de Imprensa (ENJAI). Com duração de 3 dias,

o evento reuniu jornalistas e assessores de imprensa de todo o país que aprovaram a “Carta de Vitória”, disponível no site da FENAJ (Federação Nacional dos Jornalistas). Página 2

torizada a realização de segundo leilão, no dia 06 de fevereiro de 2018, às 17:00 horas, no mesmo local do primeiro leilão, pelo maior lance, desde que igual ou superior ao valor da dívida, acrescida de todos encargos, multa, prêmios de seguro e demais encargos contratuais, custas de intimação, tributos, imposto de transmissão - ITBI, cotas condominiais ordinárias e extraordinárias e honorários advocatícios, além das despesas de leiloeiro, editais e eventuais anúncios através da mídia pelo valor de R$ 240.332,22 ( duzentos e quarenta mil, trezentos e trinta e dois reais e vinte e dois centavos) tudo na forma do disposto nos incisos I e II, do § 3º, do artigo 27, da Lei 9.514/97. 3) Para tanto fica, ainda, autorizada a publicação dos editais necessários e obrigatórios, em jornal de circulação local. 4) Em caso de arrematação, o arrematante deverá pagar no ato do leilão o sinal de 20% sobre o valor arrematado, e mais a comissão de 5% de leilão, sobre o valor da arrematação, de acordo com a legislação que regulamenta a profissão, e o restante 80% deverá ser pago em 72 horas. Os interessados em visitar o imóvel poderão fazê-lo nos dias úteis, desde que haja prévia comunicação à equipe do leiloeiro e concordância do ocupante do imóvel. 5) Em caso de arrematação, quer em primeiro ou segundo leilão, fica estabelecido que: a) Deverá ser expedida, no ato da arrematação, a respectiva carta, devidamente assinada pelo leiloeiro, arrematante, credor fiduciário e 05 (cinco) testemunhas. b) Fica ciente, o arrematante, que o imóvel está ocupado, como fica também notificados os devedores fiduciantes da realização do 1º e do 2º leilão. c) De acordo com a Lei 9.514/97, em seu artigo 27, se o bem estiver locado, a locação deve ser encerrada em 30 dias, após a consolidação da venda. d) O imóvel não possui débitos de IPTU em aberto até a presente data. e) Todas as taxas e impostos correrão por conta do arrematante a partir do momento da imissão de posse do mesmo. Belo Horizonte, 09 de Janeiro de 2018. Dilson Marcos Moreira-Leiloeiro Público Oficial-JUCEMG nº 267.


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“Verão da lata” rende histórias há mais de 30 anos Alessandra Calazans

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oneladas de maconha dentro de latas boiando no litoral do Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, em 1987, viraram uma lenda que repercutiu e ficou conhecida como “verão da lata” que

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está sendo agora resgatada no filme Cans on the beach (Latas na praia) do fotógrafo Klaus Mitteldorf, especializado em surf e skate. O relato dos acontecimentos agora vai virar roteiro do filme, mas também já originou outras manifestações artísticas, como o livro “Verão da Lata” (Barba Negra), do jornalista Wilson Aquino, publicado em 2012, além de

algumas músicas que foram associadas ao episódio e se tornaram hits na época. O fato ocorrido no final dos anos 80 foi considerado um grande “barato”, mas a notícia do navio que partiu da Austrália rumo aos Estados Unidos e que, para não ser acusado de tráfico, descarregou no mar 22 toneladas de latas com maconha prensada, gerou uma

Feliz 2018

ano começou numa segunda feira, com lua cheia, revelando que será um ano de grandes transformações. Para quem acredita, este ano será regido por Exu e Obaluaê, com forte presença de Iansã e Xangô. No horóscopo chinês, a partir de meados de fevereiro, é o ano do Cão, que significa fidelidade e constância. Será um ano de grandes comemorações aqui e no exterior, onde as famosas lutas de 1968 - é proibido proibir - serão lembradas. No Brasil, impossível esquecer da edição do AI-5, o famigerado Ato Institucional n° 5, que radicalizou a ditadura civil e militar instaurada no país de 1964 a 1985. Será também a oportunidade de comemorar a Constituição Cidadã, promulgada em 1988, e a histórica chegada de D. João VI com a família real ao Brasil, em 1808. O ano de 2018 será regido também por Júpiter, depois da dura passagem de Saturno nos últimos 3 anos. Será ainda, o ano da Copa do

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Mundo, em junho e julho, e da eleições gerais no Brasil, em outubro e novembro. Com muita renovação.

O SAQUÁ

O jornal de Saquarema

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Livro sobre o Verão da Lata

lata”. Todos os tripulantes do navio fugiram e só foi preso o cozinheiro que disse que não sabia de nada...

Congresso Extraordinário dos Jornalistas

DIVULGAÇÃO

Fogos da empresa Fortinelli, da dupla Ronaldo Cinelli e Roberto Amorim, que fizeram o show da virada do ano em Saquarema, entre outros municípios

corrida em busca das latas, reascendendo o debate sobre a liberação das drogas. Até em Saquarema algumas latas vieram boiando até a praia e foram resgatadas. Em Barra Nova, o pescador João de Deus foi um dos que achou uma lata nas ondas. Ele, como outros pescadores locais, levaram a lata ao delegado de plantão, surpreso com a novidade do “verão da

DIVULGAÇÃO INTERNET

ealizou-se em Vitória, o 3° Congresso Nacional Extraordinário dos Jornalistas (CONEJ) e o 21° Encontro Nacional Jornalistas em Assessoria de Imprensa (ENJAI). Com o tema “As contrarreformas trabalhista e previdenciária e seus impactos para a categoria dos jornalistas”, o evento foi promovido pelo Sindicato dos Jornalistas do Espírito Santo. Dois minicursos deram o tom da abertura: “Jornalismo sindical e os desafios das novas mídias”, e “Comunicação e estratégia em tempos de crise”. Na noite de abertura, falou o jornalista e deputado federal Paulo Pimenta. Os temas do evento abordaram aspectos das reformas que são a mesma face do atraso: “A contrarreforma trabalhista: escravidão no século 21” e “Contrarreforma previdenciária: seguridade

Editora: Dulce Tupy – dulcetupy@osaqua.com.br Diretor comercial: Edimilson Soares Diretora de Arte: Lia Caldas Colaboradores autônomos: Alessandra Calazans (redação e revisão), Pedro Stabile (fotografia), Ronan Conde (diagramação)

Jornalista Responsável: Dulce Tupy (registro:18940/87/62)

social em risco”, entre outros assuntos, como as relações de trabalho em assessoria de imprensa e fraudes contra o profissional jornalista. No encerramento, foi lançada a “Carta de Vitória”, conclamando os jornalistas à resistência, contra as atuais reformas e em defesa da democracia e dos direitos sociais. A delegação do Sindicato

dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro participou com uma delegação de 5 delegados (Continentino Porto, Mário Sousa, Dulce Tupy, Sérgio Caldieri e Adilson Guimarãens) e 3 observadores: Cláudia Barcellos (Niterói), Liliane Barreto (Campos) e Nilo Muniz (Carapebus). DIVULGAÇÃO FENAJ

Jornalistas de todo o país reunidos no 3º Congresso Nacional

Gráfica: Editora Esquema Tiragem: 3.000 exemplares Circulação: Saquarema, Araruama, Silva Jardim e demais municípios da Região dos Lagos As matérias assinadas não refletem necessariamente a opinião do jornal.

COMUNICAÇÕES

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CNPJ: 04.272.558/0001-87 Insc. Munic.: 0883 Av. Ministro Salgado Filho, 6661 - fundos Barra Nova – Saquarema – RJ - Cep: 28990-212

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Desigualdade social: os pobres e os ricos Dulce Tupy*

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elatório da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), divulgado no final de 2017 - “Panorama Social da América Latina” - constata que o Brasil lidera a concentração da riqueza nas mãos do 1% mais rico da população. Depois do Brasil, os países que mais concentram renda são Colômbia, Estados Unidos, Argentina e Uruguai. No outro lado do gráfico, os três países que menos concentram renda são Holanda (6,3%), Dinamarca (6.4%) e Finlândia (7,4%). Segundo a CEPAL, a pobreza aumenta na América Latina, especialmente no Brasil, alcançando 30,7% da população. Outro estudo, chamado “O Capital no século XXI”, revela que a desigualdade de renda no Brasil é a maior do mundo, semelhante ao Oriente Médio e algumas regiões da África. Também um novo relatório da ONG britânica Oxfam, “A Distância Que Nos Une”, demonstra que os 6 brasileiros mais ricos concentram a riqueza equivalente a dos 100 milhões de brasileiros mais pobres. Segundo a lista da revista Forbes, os 6 mais ricos do Brasil são: Jorge Paulo Lemann (AB Inbev), Joseph Safra (Banco Safra), Marcel Hermmann Telles (AB Inbev), Carlos Alberto Sicupira (AB Inbev), Eduardo Saverin (Facebook) e Ermirio Pereira de Moraes (Grupo Votorantim), que têm, juntos, a fortuna de 88,8 bilhões de dólares, equivalente a 277 bilhões de reais.

MAIS POBREZA A verdade é que nas últimas décadas, o Brasil conseguiu retirar milhões da pobreza, mas os níveis de desigualdade continuam alarmantes, com mais de 16 milhões de brasi-

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leiros vivendo abaixo da linha da pobreza. Segundo dados da pesquisa da ONG britânica, o número de bilionários brasileiros aumentou, sendo que mais da metade herdou patrimônio da família, o que mostra a incapacidade do Estado brasileiro de desconcentrar a riqueza.

SALÁRIO MÍNIMO Assim sendo, as estimativas para os próximos anos no Brasil são ruins: aproximadamente 3,6 milhões de pessoas devem cair novamente na pobreza. O relatório acusa ainda que as mulheres vão igualar a renda com os homens em 2047 e os negros ganharão o mesmo que os brancos somente em 2089, se mantida a tendência dos últimos 20 anos. Segundo a Oxfam, os 5% mais ricos detêm a mesma renda que os 95% da população e os ricos pagam menos impostos que os pobres. No final do ano de 2017, o presidente Michel Temer anunciou o corte de 25 reais no reajuste do salário mínimo, aumentando apenas 17 reais, um aumento abaixo da inflação. Foi o menor aumento em 24 anos; um verdadeiro golpe para os trabalhadores, aposentados e pensionistas que irão ganhar somente 954 reais em 2018. Cortar o salário mínimo significa aumentar a pobreza da maioria das famílias e milhões de brasileiros empobrecidos. Pesquisa do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) sobre a desigualdade no país, revela que no Brasil 44,5 milhões de pessoas ganham menos de um salário mínimo: cerca de 747 por mês. Enquanto isso, 889 mil pessoas mais bem remuneradas receberam em média 27 mil por mês, demonstrando que a desigualdade continua sendo reproduzida, agora com mais crueldade.

* Dulce Tupy é jornalista, escritora, pesquisadora e editora do jornal O Saquá

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3º Presente a Yemanjá em Jaconé

ela terceira vez uma homenagem a Yemanjá será feita em Jaconé. Considerada a mãe das águas, a rainha do mar, Yemanjá é cultuada tanto na umbanda como no candomblé praticados no Brasil. De origem africana, Yemanjá é associada também aos mitos indígenas nativos que cultuam a sereia, Janaína. Em Jaconé, a homenagem vai se realizar no dia 27 de janeiro, último sábado do mês, embora no Rio de Janeiro e na Bahia o dia consagrado a Yemanjá seja 2 de fevereiro. O evento vai começar no Porto da Roça, na Avenida Saquarema, com concentração em frente à Boutique dos Orixás, às 13 horas, de onde parte um cortejo até Jaconé, que seguirá até a Rua 86, esquina com Rua 15. Alí se junta ao cortejo inicial a imagem de Yemanjá e os balaios com os presentes rumo à praia, descendo pela Rua 96. Nas areias de Jaconé haverá então a fala das lideranças religiosas, seguida do toque dos tambores,a partir das 16 horas, e finalmente a entrega do presente, um barco

com as oferendas: flores, perfumes e espelhos, que serão lançados ao mar. O culto terá ainda um show com apresentação do Afoxé Omo Ifá, após 17 horas, com encerramento às 19 horas. Organizado pelo pai Elias de Iansã, líder religioso de Nova Iguaçu e veranista de Jaconé, o 3º Presente a Yemanjá tem o patrocínio do centro de candomblé

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A homenagem à Yemanjá vem atraindo cada vez mais pessoas a Jaconé

Guarda Civil atende 24h por dia

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oradores e turistas de Saquarema já contam com um canal de comunicação rápido e eficiente com a Secretaria Municipal de Segurança e Ordem Pública: o telefone 153. Funcionando na sede da Guarda Civil Municipal, o telefone visa facilitar o acesso da população aos serviços oferecidos, com um número mais simples de ser memorizado. Além disso, segue o padrão para as guardas civis de todo o país. Entre os serviços que a população pode solicitar estão o atendimento da Guarda Civil Municipal, denúncias sobre desrespeito à Lei do Silêncio, infrações e acidentes de trânsito, comércio irregular, e demais ações. Ao receber a li-

Ylê Ashé Efon, tendo como parceiros a Boutique dos Orixás, o Bloco Unidos do Magno, Beto Morcego, O sabor da Tia Gina, Soluções Graf e Mistérios de Orunmilá. Com apoio da Prefeitura de Saquarema, da Colônia de Pescadores Z-24 e do jornal O Saquá, o ato religioso é um momento de confraternização espiritual que emociona a todos os que participam.

gação, os guardas civis encaminharão as ocorrências para as equipes de rua e, se necessário, seguirão com apoio de outras forças de segurança pública como as polícias Civil e Militar, Corpo de Bombeiros e Defesa Civil Municipal. Esta integração entre as corporações tem apresentado bons resultados. Segundo o comando da Guarda Civil de Saquarema, as ligações são gratuitas e podem ser feitas de telefone fixo, orelhão ou celular, 24 horas por dia. Em caso de denúncias, elas poderão ser feitas mantendo-se o sigilo, sem a necessidade de identificação. O número 153 é usado pelas guardas civis de todo o país e funciona de acordo com a Lei Federal nº 13.022.

Adeus, José Louzeiro ANDRÉ MOREAU

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orreu José Louzeiro, jornalista e escritor, que publicou mais de 50 livros, sendo que alguns viraram filmes consagrados, como “Lúcio Flávio, o passageiro da agonia”e “Pixote, a lei do mais fraco”. Considerado o criador do gênero romance-reportagem, escreveu clássicos como “Aracelli, meu amor” e fez roteiros para novelas.


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Os 180 anos de um idealista: o Conselheiro Macedo Soares Entrevista com Carlos Eduardo Oliva, sociólogo, cientista político e trineto do Conselheiro Antônio Joaquim de Macedo Soares

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Conselheiro Macedo Soares foi um intelectual do Século XIX. Além de magistrado, que chegou a ser ministro do Supremo Tribunal Federal, foi também jornalista, crítico literário, dicionarista, etimólogo, genealogista, tendo sido citado pelo fundador e primeiro presidente da Academia Brasileira de Letras, o escritor e poeta Machado de Assis, no Prólogo do seu livro “Memórias Póstumas de Brás Cubas”. Nascido em 14 de janeiro de 1838, em Maricá, o Conselheiro sempre foi estudioso. Filho do médico Joaquim Mariano de Azevedo Soares, primeiro presidente da Câmara de Saquarema, estudou, quando garoto, no Seminário Episcopal do Rio de Janeiro. Formado na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, em São Paulo, em 1861, teve intensa atividade no jornal “Correio Paulistano” e na “Revista Popular”, entre outros jornais e revistas da época. Em 1862, antes de se tornar juiz em Saquarema e Araruama, foi nomeado Inspetor da Instrução Pública e Particular em Rio Bonito. Casado com sua prima Theodora Alvares de Azevedo Macedo, sobrinha do Visconde de Itaboraí e do Visconde do Uruguai, ambos casados com duas das irmãs do pai de Thedora, foi genro do também Comendador Francisco Alvares de Azevedo Macedo, que comandava a Guarda Nacional em Saquarema, Araruama e Cabo Frio, e que já havia sido casado, em primeiras núpcias, com outra irmã do Visconde de Itaboraí. Jovem, o Conselheiro Macedo Soares foi nomeado juiz municipal e dos órfãos em Saquarema e Araruama no final de 1862, com apenas 24 anos, porém não foi

FOTOS: ACERVO CARLOS EDUARDO OLIVA

O Conselheiro Macedo Soares foi um precursor no debate das relações entre Estado e Igreja, sempre defendendo corajosamente a laicidade do ensino

reconduzido ao cargo em 1866, devido a uma edição de seu livro “Da Liberdade Religiosa no Brasil”, publicado em 1865, onde fazia a corajosa defesa da separação entre o Estado e a Igreja. Abolicionista, jamais lavrou enquanto juiz uma sentença contra pessoas escravizadas e, quando entrou no Supremo Tribunal Federal, em 1892, já em idade avançada, no final do Século 19, defendeu o direito de greve e declarou acreditar no socialismo! Para falar deste personagem visionário que tanto teve e ainda tem a ver com Saquarema, entrevistamos seu trineto Carlos Eduardo Oliva, professor do Colégio Pe-

dro II, no Rio, que considera o legado ético do Conselheiro Macedo Soares para o Brasil de hoje um exemplo para as novas gerações. “O Conselheiro é um exemplo muito importante. Ele foi legislador, mas também foi vereador e deputado provincial quando jovem, preocupado com o ensino primário. Como juiz, atuou tendo como horizonte a dignidade da pessoa humana e a igualdade de direitos e por isso deve ser lembrado pelas causas que defendeu durante toda sua vida, entre elas o fim da exploração do homem pelo homem e a defesa intransigente da liberdade de crença e de consciência”, diz o jovem Carlos Eduardo. Como seu trisavô, Carlos Eduardo é um ativista pela laicidade do Estado, a separação entre Estado e igreja, tema sobre o qual seu trisavô se debruçou pioneira-

mente no século 19 e sobre o qual o trineto Carlos Eduardo também pesquisou em sua dissertação de mestrado, dedicada à memória do Conselheiro Macedo Soares. Idealista, o Conselheiro Macedo Soares defendia esta e outras teses consideradas avançadíssimas naquele ambiente conservador do Brasil da virada do século 19 para o início do século 20. O Conselheiro Macedo Soares também fez parte do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e da Sociedade de Geografia, entre outras instituições científicas e literárias. Autor de vários livros, hoje raríssimos nas livrarias e sebos, como o Nobiliarquia Fluminense, foi ele quem sucedeu o Marechal Deodoro, que acabara de se tornar presidente da República, como Grão Mestre da Maçonaria, no despontar da República.

Resgatando o personagem histórico O SAQUÁ – O Conselheiro Macedo Soares foi juiz em Saquarema e Araruama, e promotor em Rio Bonito. Ele também se dedicou à política? Carlos Eduardo – Sim, ele passou alguns anos dedicado à política, como vereador de Araruama, onde redigiu o regimento daquela Câmara, que passaria a ser modelo de regimento para as demais Câmaras no país, por proposta do deputado Vieira Souto. E foi também deputado provincial no Rio de Janeiro, até retornar à magistratura como juiz de Direito no Paraná, em

1874, depois em Minas Gerais, entre 1876 e 1881 e, por fim, novamente no Rio de Janeiro, em Cabo Frio, até 1886, quando retorna à capital do Império, Rio de Janeiro. Republicano, manteve com o imperador Pedro II um bom relacionamento, tendo sido agraciado com o título de Cavaleiro da Imperial Ordem da Rosa. E foi também um nacionalista, que defendeu a apropriação brasileira da língua portuguesa, afirmando, no Dicionário que publicou, que já era tempo dos brasileiros escreverem como se fala no Brasil e não como se escrevia em Portugal.


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O SAQUÁ cimento da obra de Macedo Soares, que ele consultou em clássicos como “Casa Grande e Senzala”, de 1933. Os comentários que pesquisadores de diferentes campos do conhecimento vêm fazendo sobre a obra de Macedo Soares evidencia também sua importância, que ainda carece de maior reconhecimento. Ao conhecermos sua biografia, notamos como Saquarema, Maricá, Araruama, Rio Bonito e toda a região foram importantes para o Conselheiro, que tinha um tio fazendeiro em Saquarema, assim como seus avós maternos, especialmente sua avó Maria Thereza, nascida em Saquarema e sua mãe, batizada em Araruama. Já seus primeiros filhos nasceram em Saquarema, como Oscar e Noêmia, ou em Araruama, onde nasceu minha bisavó Elisah.

O SAQUÁ – Além de republicano ele foi também um abolicionista... Carlos Eduardo – O Conselheiro sempre foi um abolicionista. Mesmo casado com uma sobrinha de viscondes poderosos do Império, chefes políticos fluminenses, nunca titubeou na defesa da causa abolicionista ou da separação entre Estado e Igreja. Era profundamente antiescravista, inclusive falava línguas africanas... Como juiz, consta que foi o primeiro juiz a pôr em execução a chamada Lei Feijó, de 1831, que proibia a importação de pessoas escravizadas, libertando os que aqui chegavam nesta condição. E foi também o primeiro juiz a aplicar a Lei Áurea, em 14 de maio de 1888, no dia seguinte à sanção da lei! Logo que a República foi proclamada, ele colaborou com Rui Barbosa e com o Barão de Sobral, na elaboração de leis do governo provisório. O SAQUÁ - Quais as principais obras de sua autoria? Carlos Eduardo Oliva: Embora seus artigos publicados na imprensa não estejam ainda reunidos em livro, podemos conhecer algumas de suas obras revisadas e publicadas (ou republicadas) pelo seu filho Julião Rangel de Macedo Soares, como o “Dicionário Brasileiro da Língua Portuguesa”, os “Estudos Lexicográficos do Dialeto Brasileiro” e a “Nobiliarquia Fluminense ou genealogia das principais e mais antigas famílias da Corte e província do Rio de Janeiro”, entre outros. O Conselheiro foi ativamente engajado na causa abolicionista, com sua “Campanha Jurídica pela Libertação dos Escravos”, republicada em livro no ano do centenário de

Nascido em Saquarema, Oscar de Macedo Soares é o primogênito do Conselheiro Macedo Soares, que nasceu numa fazenda, em Ponta Negra, Maricá

seu nascimento, em 1938, e na defesa da separação entre Estado e Igreja, com o seu polêmico “Da Liberdade Religiosa no Brasil”, publicado em 1865 e relançado em 1879, considerado a primeira reflexão teórica sobre a liberdade religiosa elaborada e divulgada no país. O SAQUÁ: Qual a importância de resgatar este personagem histórico para Saquarema, Araruama, Maricá e Rio Bonito? Carlos Eduardo Oliva: É imprescindível resgatar os personagens históricos fluminenses, em especial desta região, que foi tão importante politicamente para o país. Na primeira metade do Século 20, Gilberto Freyre já se ressentia do esque-

Carlos Eduardo Oliva: Oscar de Macedo Soares era filho do Conselheiro Macedo Soares e o Dr. Joaquim Mariano de Azevedo Soares era seu pai. Oscar era o seu primogênito e, entre seus filhos, o mais ligado à Saquarema. Foi ele quem trouxe à cidade iluminação pública através de lampiões, água encanada para o Centro da Cidade, fundou uma maternidade, doou uma propriedade para sediar o telégrafo, entre outros benefícios... Já o Dr. Joaquim Mariano de Azevedo Soares, presidente da Câmara de Saquarema, nasceu na Fazenda do Bananal, em Ponta Negra, Maricá,

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onde também nasceram todos os irmãos do Conselheiro Macedo Soares, mas fez carreira política em Saquarema. O SAQUÁ – Qual o legado ético do Conselheiro Macedo Soares para as novas gerações? Carlos Eduardo - O legado ético do Conselheiro Macedo Soares para o Brasil de hoje é seu exemplo. Ele foi dedicado à defesa da separação entre Estado e Igreja, o que lhe custou um cargo em 1866, e à causa abolicionista. A meu ver não resta dúvidas de que seu ativismo corresponderia hoje à luta pelos Direitos Humanos, causa à qual ele se dedicou durante toda a sua vida: a libertação do homem.

O SAQUÁ: Aqui em Saquarema tem uma praça chamada Oscar de MacedoSoares, benemérito do município, mas pouco se conhece do Dr. Joaquim Mariano de Azevedo Soares, primeiro presidente da Câmara de Saquarema, bem como do Conselheiro Macedo Soares. Qual o grau de parentesco entre eles?

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Joaquim Mariano de Azevedo Soares, primeiro presidente da Câmara de Saquarema, é pai do Conselheiro Macedo Soares, que foi juiz em Saquarema e Araruama


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Boavista chega forte em 2018

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sse ano o Boavista terá em seu elenco 17 jogadores que já passaram pelos quatros grandes clubes do RJ, o técnico Eduardo Allax começou a pré-temporada nos Emirados Árabes. Nomes como Júlio César (ex-Flu, Vasco, Bota e Fla), Fellype Gabriel (ex-Fla) e a presença de Thiago Coimbra, 35 anos, filho do Zico, atleta que tenta reencontrar o seu futebol,

tendo atuado no Flamengo, Madureira, Gama, além de outros craques que integram o elenco. O ex-jogador do antigo Barreira, Robertinho, está muito confiante com a atual gestão do clube. Recentemente uma equipe de jornalismo do jornal O Globo esteve em Saquarema para uma reportagem sobre o Boavista, mostrando a capacidade e o interesse do time em investir e conquistar títulos.

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Sol & Luar O jornalista Guilherme Stocchero acompanhou a equipe do jornal O Globo, Antonio Scorza e Bernardo Mello, em reportagem sobre o Boavista, com o apoio do funcionário administrativo do clube, Leonardo Santos *Guilherme Stocchero é jornalista e árbitro formado pela EAFERJ-Escola de Árbitros da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro

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Às margens da Lagoa de Saquarema, foram encontrados materiais poluidores do lençol freático, com risco para o meio ambiente e à saúde

6ª Unidade de Poli­ciamento Ambiental (UPAm) da Serra da Tiririca atua em 6 municípios, inclusive Saquarema, coibindo os cha­mados ilícitos ambientais. O 2º Sargento PM Loureiro e o Cabo Mattos constataram atividade potencialmente poluidora em um ferro velho na Estrada da Mombaça. A área apresenta­va materiais ferrosos em

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Dr. Ronaldo Figueiredo contato direto com o solo, às margens do mangue, causando possível con­ taminação do lençol freático, ris­co à saúde e ao meio ambiente. Segundo o Sargento Loureiro, o proprietário do local não possui licenças ambientais e diante dos fatos apurados e da perícia rea­lizada instaurou-se um registro de ocorrência na 124ª DP, com base na lei 9.605/98 dos crimes ambientais.

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Roda de Conversa

Cultura é notícia

Professora Edna Calheiros*

Beatriz Dutra*

CEDIM/RJ – O desafio da Gestão 2018-2022

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CEDIM/RJ – Conselho Estadual dos Direitos da Mulher do Rio de Janeiro, a partir de 2018, tem novas conselheiras da Sociedade Civil, representantes de entidades, eleitas por processo eleitoral, conforme Edital publicado no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro. O resultado da eleição das novas conselheiras obedece ao novo Regimento Interno do CEDIM/RJ, uma conquista do mandato que ora termina, depois de muitos anos de luta para a necessária reformulação, que permite alternância na Presidência entre Governo e Sociedade Civil, além de garantir a suplência por entidade, coisas que não aconteciam. Assim, agora, a Sociedade Civil está representada no CEDIM/RJ por 17 entidades, cada uma com uma titular e uma suplente, totalizando 34 conselheiras, eleitas por maioria de votos, em Assembleia Geral Ordinária, realizada em 19/12/2017. A eleição do CEDIM/RJ para a gestão 2018-2022 foi presidida pela presidente Cristiane Lobo Lamarão, que distribuiu as cédulas de votação com os nomes das 22 entidades consideradas aptas pela Comissão Eleitoral. O resultado da eleição, realizada na sede do CEDIM, foi o seguinte: Primeiro bloco (entidades feministas e femininas, que têm objetivo de luta em defesa dos direitos das mulheres e entidades mistas - 10 vagas): Associação de Mulheres Empreendedoras Acontecendo em Saquarema (AMEAS), Federação de Mulheres Fluminenses, Fórum

Estadual de Mulheres Negras do Rio de Janeiro, Fórum de Prevenção à Violência contra a Mulher do Sul Fluminense, Fórum Feminista do Rio de Janeiro, Ilê Omulu e Oxum, Movimento de Mulheres de São Gonçalo, União de Negros pela Igualdade (UNEGRO), União Brasileira de Mulheres (UBM), União da Juventude Socialista (UJS). Segundo bloco (partidos políticos - 3 vagas): Partido Comunista do Brasil/RJ (PCdoB|), Partido dos Trabalhadores (PT), Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Terceiro bloco (sindicatos - 2 vagas): Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e Central Única dos Trabalhadores (CUT). Quarto bloco (instituições de pesquisa em gênero e universidades - 2 vagas): Instituto Brasileiro de Administração Municipal (IBAM) e Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Foram eleitas as 17 entidades entre as mais votadas de cada bloco. Diante do atual quadro do Estado do Rio de Janeiro em relação aos retrocessos nas políticas públicas para mulheres e em relação à garantia da estrutura para o pleno funcionamento do CEDIM/RJ, há sinalização das lutas que esperam tanto o coletivo de Conselheiras representantes das entidades eleitas quanto os movimentos feministas e de mulheres do nosso estado. Precisamos nos unir! Comecemos por um 8 de Março, Dia da Mulher, em 2018 construído coletivamente, mostrando que JUNTAS SOMOS MAIS FORTES!

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O futuro chegou!

im, 2018 aí está. E, queiramos ou não, estamos nele: um NOVO ANO em nossas vidas. Após a beleza dos fogos de artifício riscando o céu e encantando, após o brinde, abraços e sorrisos, o inevitável “day after” e a reflexão: mas, afinal de contas, com que sentimentos ingressamos neste NOVO ANO? Apreensão, sim, diante dos ameaçadores mísseis intercontinentais da Coréia do Norte, das decisões debochadas e insensatas do presidente americano, dando-nos a sensação de que a paz mundial está por um fio, e o próprio mundo pode ser destruído de repente, onde mal haverá tempo de nos despedirmos da vida e pedirmos perdão a Deus pelos nossos pecados... E o Brasil? Ah, o Brasil... tão amado e tão vilipendiado... De extensão continental e belezas estonteantes mas com 52 milhões de pessoas na pobreza, com rendimento inferior a US$ 5,50 por dia... Mas um país que sempre soube superar as suas crises desde o seu nascimento... Portanto, não

podemos perder a ESPERANÇA de que Ele ressurja das cinzas e recupere o seu rumo... É a ESPERANÇA que mantém os nossos sonhos vivos e nos fortalece para lutarmos por eles... “A esperança é o sonho do homem acordado” (Aristóteles). Que a ESPERANÇA e a FÉ sejam sempre superiores ao medo, pois, como escreveu CLARICE, “o que estraga a felicidade é o medo”. Assim, enquanto a FÉ e a ESPERANÇA habitarem em nossos corações, nada, nem ninguém nos impedirá de sonhar e lutar por um País com uma vida melhor para todos e à altura do seu grandioso destino!... Termino com essas belas palavras de QUINTANA: “Quando morremos acontece com as nossas esperanças o mesmo que com esse brinquedo de estátuas, em que todos se imobilizam de súbito, cada qual na posição do momento. Mas as esperanças têm menor paciência. E vão imediatamente continuar no coração dos outros, o seu velho sonho interrompido.” Feliz Ano Novo, amados leitores!

*Poeta, “Cidadã Saquaremense” e presidente da Academia de Letras Rio – Cidade Maravilhosa

e Obstetrícia

*Presidenta da AMEAS e membro do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher/Cedim-RJ

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Os 120 anos do “Cavaleiro da Esperança”

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le nasceu no dia 3 de janeiro de 1898 em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, mas foi no Rio de Janeiro, estudando na Escola Militar do Realengo que se formou capitão, aos 24 anos, tornando-se um dos articuladores do levante tenentista. O “tenetismo” foi um movimento político-militar promovido por jovens oficiais do Exército na década de 20, que lutavam por reformas estruturais, entre elas o fim do “voto de cabresto”, o voto aberto, e a reforma na educação pública, entre outras mudanças no sistema político do país. Os movimentos tenentistas, contrários ao governo da República Velha, foram: a Revolta dos 18 do Forte de Copacabana (do qual Prestes não participou por ter contraído tifo, uma doença devastadora na época), a Revolta Paulista e a Comuna de Manaus, de 1924, além da Coluna Prestes, entre outubro de 1924 e fevereiro de 1927, que percorreu quase 25 mil quilômetros, a pé e a cavalo, pelo interior do Brasil. Alí nasceu a lenda do “Cavaleiro da Esperança”, título do livro escrito por Jorge Amado, sobre a epopéia chefiada por Prestes, a chamada Coluna Invicta, porque nunca foi derrotada. No exílio, Prestes viveu na Bolívia, Argentina, Uruguai e Rússia, onde se filiou ao Partido Comunista. Retornando ao Brasil,

liderou a organização nacional do PCB e a Aliança Nacional Libertadora (ANL) que promoveu a Revolta Vermelha, um levante comunista em 1935, também conhecido pejorativamente como “Intentona Comunista”. Preso em 1936, junto com sua companheira Olga Benário, ficou encarcerado por cerca de 9 anos, durante o governo do presidente Getúlio Vargas. E Olga foi deportada para a Alemanha, onde sua filha Anita nasceu num campo de concentração. Em 1942, Olga Benário Prestes foi executada numa câmara de gás, com outras prisioneiras.

O RETORNO DEPOIS DA ANISTIA Anistiado em 1945, Luiz Carlos Prestes foi eleito senador por 9 estados (naquela época era possível), numa bancada com outros 13 parlamentares comunistas. Prestes foi um dos principais políticos na Assembleia Constituinte de 1946, tendo defendido os interesses do povo, o desenvolvimento econômico do Brasil e a soberania nacional. Com a cassação do PCB, em 1948, os comunistas passam a viver na clandestinidade. Considerado o inimigo número 1 do regime ditatorial que se instalou no Brasil, a partir do Golpe Civil e Militar de abril de 1964, Prestes foi obrigado a se exilar na Rússia, onde passou a viver com a família.

Em outubro de 1979, retorna ao Brasil, vindo a se tornar posteriormente presidente de honra do Partido Democrático Trabalhista (PDT), presidido por Leonel Brizola. Em 7 de março de 1990, morreu aos 92 anos de idade, permanecendo como símbolo de luta e integridade moral. Recentemente foi inaugurado em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, o Memorial Luís Carlos Prestes, um dos últimos projetos do arquiteto Oscar Niemeyer e sua primeira obra na cidade. A exposição, com fotos cedidas pela filha de Prestes, a historiadora Anita Leocádia Prestes, autora de vários livros sobre seu pai e a Coluna Prestes, retratam a trajetória do líder comunista. O Memorial Luís Carlos Prestes levou 27 anos para ser concluído e foi finalizado pelo bisneto de Oscar Niemeyer, o também arquiteto Paulo Sérgio Niemeyer. Estiveram presentes na inauguração Carlos Lupi, presidente Nacional do PDT, o ex-governador do Ceará Ciro Gomes, o ex-governador do Rio Grande do Sul Olívio Dutra e a deputada Maria do Rosário, entre

Luiz Carlos Prestes

outras personalidades políticas e mais de 300 convidados. A filha de Prestes, Anita, é a presidente de honra do Memorial Luís Carlos Prestes.

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