O Saquá 224

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As manobras jurídicas na Lava-Jato  PÁGINA 2

Ano XVIII • nº 224 • 1 a 31 de MAIO de 2018 • Saquarema • Rio de Janeiro

osaqua.com.br • Diretora: Dulce Tupy

Revolta na Fazenda Ipitangas foi revelada em livro de Bravo DIVULGAÇÃO

A multidão saudou a Lei Áurea no Paço Imperial, no Rio, na atual Praça Quinze

Vai começar o Oi Rio Pro em Itaúna

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omo ocorreu no ano passado, quando a etapa brasileira do World Surf League (WSL) Championship Tour retornou a Saquarema, depois de um longo período em que permaneceu em Santa Catarina, o Oi Rio Pro está trazendo os campeões de novo para as famosas ondas da praia de Itaúna, inclusive o campeão de 2017, o Mineirinho. Com início em 11 de maio, o campeonato mundial pode durar até o dia 20 e promete repetir

a vibração da torcida nas areias do chamado “Maracanã do Surf”. Página 4

“Mineirinho” foi o campeão de 2017

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Abolição da Escravatura foi proclamada com a assinatura da Lei Áurea, em 1988. O gesto simbólico da princesa Isabel, há 130 anos, foi o ponto final de um processo que já vinha ocorrendo desde meados do século 19. O Brasil foi o último país no mundo a declarar o fim da escravidão, após uma intensa luta de resistência feita nos quilombos e nas revoltas, como a que ocorreu na Fazenda Ipitangas, em Saquarema, registrada pelo pesquisador Darcy Bravo em seu livro póstumo “Minha Terra, Saquarema”, publicado em 1979. Página 3

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Sessão Solene da Câmara Municipal CLÁUDIO MOTTA

A Sessão Solene da Câmara comemorou o aniversário de Saquarema

Suposto Porto de Jaconé ameaçaria os bechrocks

Porto de Jaconé, ou Terminais Ponta Negra, é um complexo portuário que, se vier a ser construído, colocará em risco todo o ambiente da região situada entre Maricá e Saquarema. Projetado por uma empresa, o empreendimento que teve o apoio do governo de Maricá, foi impugnado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, visando proteger as famosas beachrocks, formações rochosas em forma de pedras que podem estar submersas no mar ou aflorando nas areias da praia. Segundo cientistas, as beachrocks de Jaconé

EDIMILSON SOARES

Os beachrocks são pedras submersas no mar e afloram na areia. Foram descobertas pelo cientista Charles Darwin no século 19

revelam não só a evolução geológica e história dos brasileiros, como de toda a humanidade. Charles Dawin, pai da Teoria da Evolução,

quando passou por aqui no século 19, observou esse patrimônio. Só por isso devem ser preservadas. Página 3


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O SAQUÁ

Lava-Jato ameaçada com as manobras do labirinto jurídico FOTOS: FACEBOOK

Juiz Sérgio Moro no combate à corrupção

Lula completou um mês de prisão em Curitiba

decisão da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) de tirar das mãos do juiz Sérgio Moro trechos da delação de executivos da Odebrecht que citam o ex-presidente Lula em supostos esquemas de corrupção da empreiteira, sob alegação de que não têm relação com a Petrobras, descortina um cenário perigoso para a sociedade brasileira, mas benéfico para o ex-presidente que pode até conseguir uma anulação de sua condenação pela Tribunal Regional Federal – 4. O primeiro questionamento em relação ao que decidiu o STF é saber se é só mesmo o transporte das provas para São Paulo ou se é o começo de algo muito maior, como por exemplo deslocar os processos de Lula para bem longe de Curitiba.

Ficha Limpa, uma lei que, paradoxalmente, foi assinada por ele durante seu mandato na presidência da República. Após vários meses de batalha judicial, a defesa do ex-presidente insiste na tese de que Sérgio Moro não é o juiz natural para julgar os casos não diretamente ligados à corrupção na Petrobras. Esta tese ganhou reforço dos três ministros do STF – Gimar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli – segundo os quais o sítio de Atibaia e o terreno para o Instituto Lula não se relacionam à Lava-Jato. Especialistas como o professor João Paulo Martinelli, do Instituto de Direito Público de São Paulo, acreditam que a recente decisão do STF abre uma brecha para a defesa de Lula: “gera no mínimo dúvida da competência do juiz de Curitiba. Se a delação referente a fatos não relacionados com a Petrobras não deveria estar lá, por que outras (sem relação explícita) deveriam”

ABRINDO A BRECHA

CAIXA DA PROPINA

A estratégia da defesa do ex-presidente que já cumpre pena na sede da Polícia Federal, em Curitiba, é tentar anular a condenação de segunda instância para tornar Lula elegível, tirando-o do alcance da Lei da

Seria preciso estar em outro planeta para não saber que as empresas corruptoras trabalham com uma espécie de “caixa geral da propina”. Alguns delatores até chegaram a usar essa expressão em suas delações. Não

Silênio Vignoli

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O SAQUÁ

O jornal de Saquarema

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existiam propinas em compartimentos estanques que por algum motivo não pudessem ser usadas em outra ponta de um esquema para comprar benefícios no setor público. Em passado recente, várias investigações de corrupção foram sepultadas por pequenos detalhes levantados por advogados, visando requerer a nulidade das provas. O Brasil poderia estar muito mais avançado na luta contra a corrupção se os tribunais superiores não tivessem impugnado tantos processos por meras questiúnculas. Paralelamente, mas em contrapartida à proposta LULA LIVRE desenvolvida pela defesa do ex-presidente, a iminência de homologação do acordo de delação premiada do ex-ministro Antônio Palocci e a provável assinatura de acordo para a delação premiada do ex-diretor da Petrobras Renato Duque, constituem partes importantes da história do saque na estatal, aumentando consideravelmente o trabalho dos já assoberbados advogados de Lula. Sem falar que as investigações sobre o sítio de Atibaia continuarão com o juiz Sérgio Moro, no Paraná, após a liminar pedida pelos advogados de Lula ter sido negada pelo ministro Toffoli, no Supremo Tribunal Federal.

Editora: Dulce Tupy – dulcetupy@osaqua.com.br Diretor comercial: Edimilson Soares Diretora de Arte: Lia Caldas Colaboradores autônomos: Pedro Stabile (fotografia), Ronan Conde (diagramação)

Jornalista Responsável: Dulce Tupy (registro:18940/87/62)

Sessão solene da Câmara foi no Clube Saquarema

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epois de se realizar durante vários anos no Centro de Desenvolvimento do Vôlei, em Barra Nova, a Sessão Solene da Câmara Municipal de Saquarema, comemorativa dos 177 anos do município, foi no tradicional Clube Saquarema, na beira da lagoa. Os 13 vereadores concederam títulos de Cidadãos de Saquarema, Honra ao Mérito e Comenda José Bandeira. A exceção foi a vereadora Raquel que está de licença maternidade, que foi substituída pelo suplente Nando Gudinho. Entre os homenageados, a advogada e escritora Uyara Shiefer, membro da Academia Niteroiense de Letras, que ocupa a cadeira do ilustre jurista saquaremense Oscar de Macedo Soares. Com casa no Boqueirão

há 6 anos, Uyara recebeu o título de Cidadã Saquaremense das mãos da presidente da Casa Legislativa, vereadora Adriana. O advogado Ronan Gomes, herdeiro de uma das famílias mais tradicionais da cidade, neto do saudoso vereador Bau, recebeu o título de Honra ao Mérito do vereador Kilinho. Já Hamilton Pitiquinho concedeu título de Cidadã Saquaremense à empreendedora Rose, do Frango Atropelado. O ex-presidente da Câmara Juarez Diogo recebeu o título, Comenda José Bandeira, de Elisia Rangel. O campeão de surf em ondas gigantes, Chumbinho, recebeu título concedido pelo vereador Jander. E o gestor público De Sordi, da Secretaria Municipal de Saúde, recebeu o título de Honra ao Mérito de Nando Gudinho. FOTOS: CLÁUDIO MOTTA

Chumbinho com o vereador Janderson

Veradora Elisia com Juarez Diogo

Vereador Kilinho com Dr. Ronan

Vereador Nando com De Sordi

Rose com o vereador Pitiquinho

Uyara com a vereadora Adriana

Gráfica: Editora Esquema Tiragem: 3.000 exemplares Circulação: Saquarema, Araruama, Silva Jardim e demais municípios da Região dos Lagos As matérias assinadas não refletem necessariamente a opinião do jornal.

COMUNICAÇÕES

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A revolta de escravos na Fazenda Ipitangas Dulce Tupy*

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grande referência histórica de Saquarema é, sem dúvida, o livro de Darcy Bravo “Minha Terra, Saquarema”, uma obra póstuma, editada por uma pequena gráfica em Niterói que publicou cerca de 50 livros apenas, hoje considerados uma raridade. Tudo, ou quase tudo, que se sabe sobre a origem de Saquarema está lá, nas páginas. Desde a passagem do navegador português Martin Afonso de Souza em março de 1531 na Praia da Vila, onde havia o Morro do Sambaqui (atrás do atual prédio dos Correiros), situado próximo à Praia de Barra Nova (não é Barra Nova o bairro depois do Boqueirão), hoje Prainha, aos pés do penhasco da igreja de N. Sra. de Nazareth. O livro foi publicado em 1979 e bem mereceria uma reedição, tamanha sua importância histórica. Segundo Bravo, alí, na “Barrinha”, os brancos portugueses teriam encontrado o chefe indígena Sapuguaçu; abasteceram suas naus com água, lenha e frutos nativos de “Socó-Rema”, nome dado pelos índios à lagoa onde viviam bandos de socós, tipo de ave pernalta que ainda sobrevive, inclusive na beira da praia. A área de Saquarema, incluída na Capitania Hereditária de São Vicente, não foi inicialmente ocupada pelos colonizadores que aqui chegaram em 1594, quando padres da Ordem do Carmo receberam doação de sesmarias próximas a Ipitangas, onde construíram o Convento de Santo Alberto. Séculos depois, o príncipe Maximiliano Wied Newied, vindo do Rio de Janeiro, passando por Niterói e Maricá, também cruzou Saquarema “habitada principalmente por pescadores” e pernoitou na “Fazenda do Pitanga”, em uma grande casa de farinha “deslumbrantemente iluminada pelo clarão da lua”, como registrou o príncipe que coordenou uma expedição científica ao Brasil, entre 1815 e 1817.

CENÁRIO DA REVOLTA Na verdade, o príncipe naturalista passou dias em Saquarema, fazendo pesquisas de campo, que serviram de base para o livro publicado mais tarde na Europa: “Viagem ao Brasil”. Segundo Bravo, a Fazenda Ipitangas era propriedade do

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Dr. Francisco Macedo Freire de Azeredo Coutinho, “senhor de engenho, doutor em Leis e capitão-mór na velha Capitania de Cabo Frio”, cenário de uma revolta de escravos, sob a chefia do “preto” Bandeque. A revolta destruiu roças e incendiou canaviais, obrigando os proprietários a fugir para Mataruma, hoje Araruama. “Ao som do baticum de latas e tambores e aos gritos de ‘é tão bom como tão bom’, os escravos ocuparam a confortável sede da propriedade agrícola. Realizaram os mesmos, nesse dia, grandes festividades, destacando-se a dança denominada ‘sairú’.”

Porto de Jaconé não sai enquanto estiver embargado na Justiça CLÁUDIO MOTTA

PAU DE BANDEQUE Para dominar a revolta foi preciso a intervenção da polícia. “Para isso vieram de Niterói (antiga Praia Grande) muitos soldados de cavalaria que ao chegarem à Fazenda Ipitangas normalizaram logo a situação e prenderam os pretos. Acompanhados por escoltas, vieram estes para a vila de Saquarema, aqui chegando foram-lhes aplicados bárbaros castigos. Eram amarrados em grupos de três num pelourinho que há pouco tempo existia no lugar conhecido pelo nome de Ponta do Capim, sendo aí justiçados”. Hoje praticamente não existem traços destes fatos históricos. Mas o pesquisador Darcy Bravo encontrou na folha 6, do livro de atas da Câmara Municipal de Saquarema, um requerimento de 8 de fevereiro de 1872, do vereador Ribeiro de Souza, mandando derrubar o pelourinho então intitulado “pau de Bandeque”, para não servir de “testemunho às gerações vindouras do atraso da nossa antiga civilização”. O Brasil caminhava lentamente rumo à Abolição da Escravatura, promulgada há 50 anos atrás, em 13 de maio de 1888, através da luta de resistência dos escravos nas fazendas, nos quilombos e nas revoltas. Na conservadora sociedade imperial, a escravidão começava a ser antecipada por de leis como a Eusébio de Queirós, de 1850, que proibiu o tráfico negreiro, a do Ventre Livre, de 1871, que concedia liberdade aos filhos de escravas, e a dos Sexagenários, que libertava idosos, os poucos que conseguiam atingir a idade de 60 anos e sobreviver.

* Dulce Tupy é jornalista, escritora, pesquisadora e editora do jornal O Saquá

Em Ponta Negra, os beachrocks ficam sob o mar ou afloram na areia dependendo da maré

O Porto de Jaconé - cujo nome “oficial” é Terminais Ponta Negra - continua embargado na Justiça, apesar de algumas notícias publicadas em jornais do Rio. No dia 19 de março, um jornal de grande circulação no estado publicou uma matéria com chamada de capa, como se o processo judicial movido pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) não existisse. Ao contrário do noticiado, o Tribunal Regional Federal (TRF-2) manteve a decisão obtida pelo MP-RJ, em 2015, que impede o licenciamento do porto. Segundo o Grupo de Atuação Especializada em Meio Ambiente (GAEMA) do MP-RJ, em conjunto com o Ministério Público Federal (MPF), a Ação Civil Pública impede a construção do porto e preserva as beachrocks, formações rochosas areníticas (pedras no fundo do mar e nas areias), descritas pela primeira vez pelo naturalista inglês Charles Darwin. O maior cientista do século 19, quando passou pelo Brasil, em viagem de pesquisa, aos 20 anos, em 1832. Segundo a geóloga da UFRJ, professora Kátia Mansur, que estuda o local há anos este raro sítio arqueológico conta a história não apenas dos brasileiros, mas de toda a humanidade. São formações rochosas antiquíssimas, que devem ser

preservadas para estudos presentes e futuros, com grande valor geológico, ambiental e histórico.

BEACHROCKS EM CHAMAS Ao lado do costão rochoso de Ponte Negra, em Maricá, a praia de Jaconé oferece aos amantes da pesca e aos surfistas um point espetacular. É alí também que as famílias procuram o local para tomar banho de mar e de sol, fazer um pique-nique ou simplesmente curtir o ambiente saudável, cercado de montanhas, forradas de Mata Atlântica, com grande

O cientista inglês Charles Darwin foi o primeiro a descrever as beachrocks

biodiversidade. Na área ainda é possível encontrar o pássaro formigueiro do litoral (o popular Com-com), a lagartixa branca da areia, a borboleta cor de laranja da praia e o peixe das núvens, entre outras espécies raras, ameaçados de extinção. Representantes da sociedade civil, ambientalistas, cientistas, moradores, surfistas, pescadores e outros, que não aceitam o porto, participaram de um documentário chamado “Beachrocks em Chamas”, disponível no canal You Tube, na internet. Produzido pelo MP-RJ, o filme de pouco mais de 55 minutos, é uma defesa veemente do local, com depoimentos que contrariam os interesses econômicos e financeiros embutidos na tentativa de construção do porto. Grandes grupos econômicos, nacionais e internacionais, têm interesse em construir um porto num local muito especial em termos históricos, ambientais, geológicos e antropológicos. Assim, a ação movida pelo MP-RJ faz com que a ganância pela construção do porto está cada vez mais distante de se realizar. A pressão é muito forte neste sentido, com força até para plantar notícias falsas, verdadeiras fake news, que vez por outra são divulgadas na imprensa do Rio de Janeiro


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Começa o agito do Oi Rio Pro

s grandes estrelas do surfe mundial vão competir nas ondas da Praia de Itaúna, na etapa brasileira do World Surf League (WSL) Championship Tour, que começa na sexta, dia 11 e pode se estender até o dia 20 de maio. Os melhores surfistas do mundo vão disputar o 4° desafio na corrida pelo título mundial no Oi Rio Pro, a etapa brasileira que promete lotar mais uma vez Saquarema, a “Capital Nacional do Surf”. “A cidade, que já respira surfe o ano todo, vai repetir o sucesso de 2018, com areias lotadas e muita torcida brasileira”, destacou Ricardo Brito, secretário de Esporte, Lazer e Juventude, do Governo do Estado do Rio de Janeiro. Depois de 6 anos sendo disputada nas ondas da Barra da Tijuca, em 2017 a etapa brasileira voltou para Saquarema, que sempre foi um dos grandes palcos do surfe brasileiro, com ondas de qualidade internacional para os melhores do mundo competirem. Ano passado, o retorno foi triunfal, a Praia de Itaúna ficou lotada todos os dias do campeonato, a economia local foi bombou e os surfistas deram um show! No encerramento do Oi Rio Pro, a torcida explodiu de vibração pela segunda vitória do campeão mundial Adriano de Souza. Em 2011, o “Mineirinho” Adriano também conquistou o título na Barra da Tijuca e repetiu o feito em Saquarema. Na atual

Praia de Itaúna FOTOS: DIVULGAÇÃO/INTERNET

O Oi Rio Pro deste ano vai repetir ou até superar a vibração do ano passado

versão, os 36 participantes da categoria masculina e as 18 da feminina estreiam na rodada inicial, divididos em baterias com 3 surfistas. A vitória vale passagem direta para a próxima fase, mas os derrotados

têm outra chance de classificação na repescagem. Os campeonatos mundiais de surf são transmitidos ao vivo pelo www. worldsurfleague.com e pelo aplicativo grátis WSL app.

Art e Surf In Festival

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Saquarema Convention & Visitors Bureau junto com a Associação de Surf de Saquarema apresentam um Festival de Artes e Boas-Vindas à Capital Nacional do Surf. O evento será na tarde do dia 15, domingo, a partir de meio dia, com atrações circenses, malabares de fogo, brincadeiras lúdicas e palestras educativas com plantio de mudas, música, arte e muita diversão envolvendo a criançada na atmosfera da sustentabilidade local. Comidinhas artesanais, exposição de arte e artesanato, música de qualidade e ambiente acolhedor esperam por toda a família.

No fim da tarde, a partir das 18h, será exibido o filme “A Melhor Onda K” que conta a história do surf, suas ondas e destaques em Saquarema, entre eles os legendários Pepê, Petit e Maraca, entre outros. Haverá também exposição de fotografias, além de shows de rock, reggae e dubstep, envolvendo a noite naquela vibração que só Saquarema tem! E quem não poderia faltar neste festival de arte é o campeão Teco Padaratz, precursor do surf no Brasil e que apresentará o melhor da surf music, com a sua banda Surf Tree. O evento é gratuito! Horário: das 12h às 00h, na Associação de Surf de Saquarema, em Itaúna.

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Conferência Regional de Cultura foi em São Pedro da Aldeia

COMUNICADO AO PÚBLICO

MOISÉS

A Nextel Telecomunicações Ltda., operadora de Serviço Móvel Especializado, em atenção ao disposto no Regulamento do Serviço Móvel Especializado (SME), aprovado pela Resolução nº 404, de 5 de maio de 2005, e também de acordo com os comunicados enviados anteriormente, informa a seus clientes e ao público em geral que cessará a prestação do serviço de rádio (tecnologia iDEN) no município de Saquarema em 31/5/2018. Os usuários da tecnologia receberão benefícios especiais para migrar suas linhas do Serviço Móvel Especializado (iDEN) para o Serviço Móvel Pessoal (3G). Para mais informações, acesse nextel.com.br.

Materiais de Construção Delegados eleitos na Conferência Regional de Cultura que irão à Conferência Estadual no Rio para debater seis eixos temáticos e política cultural

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e Obstetrícia

ealizou-se em São Pedro da Aldeia a Conferência Regional de Cultura, preparatória para a 4ª Conferência Estadual de Cultura RJ, que vai se realizar dias 8 e 9 de junho, no Teatro João Caetano, no Rio. Quase todos os municípios da Baixada Litorânea participaram do evento, incluindo Saquarema que participou com duas representantes do Poder Público, a subsecretária de Cultura, Ana Portelada e a diretora de Cultura Telma Cavalcanti, além de duas representantes da sociedade civil, que foram por conta própria: a editora de livros da Tupy Comunicações e do jornal O Saquá, Dulce Tupy, e a atriz, cantora e dançarina Glauce Pimenta Rosa, da Kazawá, espaço de criação cultural, com sede em Barra Nova. Segundo a representante da Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro e presidente do Conselho Estadual de Cultura, Cleise Campos, as conferências são

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espaços de encontro da sociedade civil e poder público para debater e propor políticas, programas e projetos. “São momentos de consolidação da política cultural vigente,onde os protagonistas do setor fazem um ‘confere’ no que foi realizado após a aprovação da Lei 7035, de 2015, que criou o Sistema Estadual de Cultura”, explica a gestora cultural e diretora teatral Cleise Campos, para quem as propostas em discussão têm um peso relevante no cumprimento do Plano Estadual de Cultura do Rio de Janeiro. Foram eleitos na Conferência Regional de Cultura representantes de 8 municípios, entre eles Dulce Tupy, titular, e Glauce Pimenta Rosa, suplente, da sociedade civil, e Telma Cavalcanti, do Poder Público local (a Subsecretaria Municipal de Cultura). Os 6 eixos temáticos da conferência, porém, ficaram para ser discutidos em reunião específica, no dia 23 de maio, em São Pedro da Aldeia.

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Roda de Conversa

Cultura é notícia

Professora Edna Calheiros*

Beatriz Dutra*

Eleição e posse no CEDIM

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estes últimos dois anos estamos vivendo grandes retrocessos das políticas para as mulheres no Estado do Rio de Janeiro, com o desmonte dos equipamentos e programas de atendimento conquistados ao longo uma luta histórica. Porém, a capacidade de resistência e luta das conselheiras do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher (CEDIM-RJ), durante dez anos, resultou na publicação, em 2017, de um novo Regimento Interno que prevê alternância de gestão entre governo e sociedade civil, possibilitando o que está ocorrendo agora de forma inovadora. Fundado em 1987, o CEDIM-RJ avançou em sua trajetória e, com o voto de confiança das conselheiras, mulheres forjadas na luta das ruas, comunidades e academia, elegeu no dia 24 de abril de 2018, pela primeira vez, com maturidade política e discernimento, sua nova diretoria, com representantes da sociedade civil, que enfrentará o novo desafio de uma gestão de sucesso, com a participação de todo o Conselho - sociedade civil e governo - através das instituições que o compõem e de suas representantes titulares e suplentes. Foram eleitas para o mandato 2018-2022: presidenta, Helena Piragibe, da União Brasileira de Mulheres (UBM); secretária de finanças, Edna Calheiros, da Associação de Mulheres Empreendedoras Acontecendo em Saquarema (AMEAS); e secretária geral, Fátima Maria dos Santos, do Movimento de Mulheres de São Gonçalo (MMSG). A atual presidenta Cristiane Lamarão falou da alegria de ter sido sob sua direção a passagem da gestão do CEDIM para representantes da sociedade civil, dando a palavra a nova presidenta Helena Piragibe que, agradecendo a confiança

de todas, falou da importância da relação e aliança com os espaços públicos de políticas para mulheres no Estado e da estruturação do espaço do CEDIM, da nossa responsabilidade, da necessidade do trabalho coletivo e da formação das Comissões do CEDIM-RJ. Em seguida, falou a secretária de finanças Edna Calheiros, dizendo o quanto tem aprendido no Conselho desde que chegou, resgatando a história do CEDIM-RJ até esta eleição, lembrando o empenho das conselheiras para aprovar o novo Regimento Interno e, também, garantir a preservação da casa do CEDIM, homenageando as lutas das companheiras que já passaram pelo Conselho, como Cristina Dorigo e outras que se uniram para garantir a continuidade do CEDIM, citando Inês Pandeló, quando deputada estadual e presidenta da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da ALERJ, na criação do Fundo do CEDIM, concluindo que se sente muito feliz com o amadurecimento deste processo eleitoral. Na sequência, falou a secretária geral Fátima Santos, expressando o sentimento de gratidão e resgatando sua história de vida, superação e luta no movimento de mulheres, valorizando o nosso empoderamento e protagonismo em todas as esferas. Assim, na data especial - escolhida em plenária - pelos dois meses do cruel assassinato da vereadora e ativista dos Direitos Humanos Marielle Franco, no dia 14 de maio de 2018, às 11 horas, a diretoria eleita tomará posse, em evento na sede do CEDIM-RJ, situada na Rua Camerino, 51 – Centro/Rio de Janeiro-RJ, com a presença de militantes e apoiadores da luta pelos direitos da mulher. Participaram desta Roda de Conversa: Helena Piragibe e Fátima Santos.

*Presidenta da AMEAS e membro do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher/Cedim-RJ

“As borboletas e o mar...”

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anhãzinha de um dia qualquer, estava eu a caminhar pela bela praia pernambucana de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes. Seguia distraída, leve, feliz, em meio à lindeza daquele lugar... De repente, passa por mim, voejando, bela borboleta amarela... Lembro de Clarice: “Borboleta é pétala que voa”... Mas hein?! Borboleta na praia? E praia é lugar de borboleta? Em toda a minha vida nunca havia visto aquilo!... Em seguida, outra surpresa: seu voo voltava-se para o mar! Como? Em direção ao mar?... Mas onde ela vai pousar? Perguntei-me, atônita. E o mistério continuava: veio outra, mais outra e várias outras, com o mesmo propósito: irem em direção ao mar... Um tanto quanto aflita, fui conversar com o barraqueiro: - O Sr. pode me informar se é comum, aqui, haver borboletas na praia? E ele: - “É... os jardins dos edifícios e hotéis dão para a praia. Dos jardins, elas vêm para a praia e voam para morrer no mar... Veja essas duas aqui pertinho, com o bater de asas ainda vigoroso...

Mas olhe aquelas mais adiante, acima do mar, já com pouca energia, logo elas morrerão”... Aí assaltou-me outra dúvida: será que elas se suicidam ou, atraídas pelo mar, desconhecendo que não haverá pouso para seus voos, são surpreendidas pela morte?!... Mistério... para mim, até agora, algo incompreensível que não encontrei explicação... Mas a vida é cheia de mistérios e recorro à literatura para me acalmar e me encantar. E logo encontro Manoel de Barros: “Eu penso renovar o homem usando borboletas...” Já no Rio, da rede da varanda do meu apartamento, em altura acima das copas das árvores, após o café da manhã, sempre busco porções de encanto e energia, nas borboletas, que, levíssimas e alegrinhas, borboleteiam pelas flores das árvores e dos jardins... Sorrio... agora lembro de Adélia Prado: “ai, papai, me deixa namorar, / tem duas borboletas voando agarradinhas!...risos... E ainda Adélia: “Ó Beleza, adoro-Vos!...” ; ... “Ó beleza, sois a minha alegria!”..

*Poeta, “Cidadã Saquaremense” e presidente da Academia de Letras Rio – Cidade Maravilhosa

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O SAQUÁ

Encontro de Mulheres

DULCE TUPY

ACUPUNTURA Dra. Nilma Carmélia Lima R. Segisfredo Bravo, 115 - Sala 4 - Bacaxá

A responsável pelo NUAM de Saquarema, Cláudia, no evento realizado na OAB

Realizou-se na sede da OAB-RJ o Segundo Encontro de Mulheres, promovido pela Delegacia de Saquarema, Núcleo de Atendimento à Mulher (NUAM). Organizado pela oficial de cartório, responsável pelo NUAM e presidente da

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ASSUIT, Associação de Mulheres Vítimas de Violência Doméstica de Itaboraí, Claudia Santos, o evento lotou o auditório da OAB com destaque para a representante da OAB-Mulher, Dra. Elizabeth Araújo, e a juíza, Dra. Camila Rocha.

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