O Saquá 219

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Petrobrás é uma história bem sucedida  PÁGINA 3

Ano XVIII • nº 219 • 1 a 31 de dezembro de 2017 • Saquarema • Rio de Janeiro

osaqua.com.br • Diretora: Dulce Tupy

No Dia da Consciência Negra, homenagem a Zumbi dos Palmares

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dia 20 de novembro é feriado no Rio de Janeiro, em homenagem ao líder negro Zumbi dos Palmares. A data é comemorada desde 2003 em todo o Brasil, quando o ensino de história e cultura negra tornou-se obrigatório em todo o país. Em Saquarema, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social promoveu, junto com o Gethomn, grupo de ativistas negros do Rio da Areia, o II Seminário de Promoção da Igualdade Racial. Participaram: a Dra. Margareth Ferrei-

MANGUE O mangue é um ecossistema importantíssimo e precisa ser protegido para preservação das espécies e equilíbrio do meio ambiente. Em Saquarema, o grupo Zoé promoveu um dia de reflorestamento com mudas amarradas a 200 estacas de bambu na beira da lagoa. Página 3

DULCE TUPY

ra, procuradora de Cabo Frio e presidente do Conselho de Entidades Negras do Interior do Estado do Rio de Janeiro (CENIERJ), João Félix, subsecretário de Cultura de Araruama e Manoel Justino, superintendente de Igualdade Racial de Cabo Frio. O debate que incluiu também as vereadoras Adriana e Elisia, presidente e secretária, respectivamente, da Câmara Muncipal, foi aberto pela secretária de Desenvolvimento Social Eliane Aquino e mediado pelo professor Maurício, presidente do Gethomn. Página 4

A convite do presidente do Gethomn, professor Maurício, a presidente da Câmara Adriana participa do debate, ao lado da secretária municipal de desenvolvimento social, Eliana Aquino e da vereadora Elisia, numa mesa com representantes do Movimento Negro Unificado do Rio de Janeiro, Araruama e Cabo Frio

Eleita nova diretoria do Sindicato dos Jornalistas

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poeta Portinari é um talento ainda pouco conhecido diante do reconhecimento do grande pintor Portinari, um dos mais renomados do mundo. Com a mesma temática que carac-

CAMILA LEITE

Os jornalistas Continentino Porto e Mário Souza, ex-presidente e presidente eleito, do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro (SJPERJ)

Filhote de maguari na lagoa de Saquarema

O poeta Portinari é revelado em livro de Kátia Devino

Foi eleita e nova diretoria do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro, em Niterói. Com participação de jornalistas de 10 municípios, a nova diretoria é presidida por Mário Sou-

sa que substitui Continentino Porto, para o novo mandato de 2017 a 2020. Foi eleita primeira vice a jornalista Dulce Tupy, editora do jornal O Saquá, de Saquarema. Página 2

teriza sua obra - estudos, desenhos, quadros, murais - os poemas de Portinari trazem a atmosfera da infância em São Paulo e a denúncia das desigualdades sociais. É fascinante. No mínimo um livro revelador. Página 8

O clima das brincadeiras de infância, bem como os temas sociais, estão presentes tanto nas pinturas como também nas poesias de Portinari


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O SAQUÁ

Eleição no Sindicato dos Jornalistas

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Grandes metas previstas para os próximos anos

oi eleita, para um mandato de 3 anos, de 2017 a 2020, a chapa Vladimir Herzog, encabeçada pelo jornalista Mário Sousa, assessor de imprensa da Neltur, tendo como primeira vice a jornalista Dulce Tupy, editora do jornal O Saquá, de Saquarema, e como segundo vice o jornalista Sérgio Caldieri, de Niterói. O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado do Rio de Janeiro (SJPERJ) foi presidido nos últimos 6 anos pelo jornalista e escritor Continentino Porto, autor do livro “JK, segundo a CIA e o SNI”. Também faz parte da chapa eleita o jornalista Evaldo Peclat, de Silva Jardim, o fotógrafo Salomão Santana, de Niterói, e José Pereira e Adilson Guimarães, ambos de São Gonçalo. A nova diretoria tem veteranos jornalistas, entre eles Gentil Lima e Eraldo Quintanilha, de Niterói e Inaldo Batista, de Maricá. No Conselho Fiscal, a professora Silvia Ferreira, da UFF, Carlos Alberto Antonio, de Belford Roxo e Cláudia Barcellos da web TV Canal Niterói. Na Comissão de Ética, Pinheiro Jr, ex-editor do histórico jornal Última Hora e autor de 8 livros, o repórter cinematográfico Maurício Alcântara, Edgar Batista, editor do jornal DIZ, de Niterói, Rafael dos Santos e o jovem ambientalista Leonardo Berna. Como representantes na Fenaj (Federação Nacional de Jornalistas) o professor de jornalismo Moisés Faria e o ex-presidente Continentino Porto, entre outros diretores e suplentes, como Adelfran Lacerda de Matos, especialista na gestão da água e professor universitário de Campos, que compõem a nova diretoria. Entre as principais realizações do Sindicato estão o Simpósio da

Glauce Pimenta Rosa, de Saquarema para a UNIRIO

A Membros da chapa Vladimir Herzog, eleita para diretoria 2017-2020

Copa do Mundo e o Simpósio das Olimpíadas, a criação da Cojira (Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial), a instituição da Comissão da Verdade que registrou pioneiramente a perseguição dos jornalistas fluminenses pela ditadura civil e militar, o Fórum da Violência contra os Jornalistas no Rio de Janeiro, realizado em parceria com a Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas) e com a ONU (Organização das Nações Unidas), entre outras organizações jornalísticas, e o lançamento do Prêmio Nacional Chico Mendes de Jornalismo Ambiental, que irá se realizar em 2018.

PIONEIRISMO Pioneiro na criação de uma Comissão da Verdade, entre os sindicatos de jornalistas do país, o SJPERJ está produzindo agora a edição de um caderno especial com os depoimentos das vítimas da ditadura. E um projeto de construção do Memorial da Liberdade, que será construído em Niterói,

O SAQUÁ

O jornal de Saquarema

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em parceria com o Instituto Niemeyer. A vitória da chapa Vladimir Herzog marca um novo momento no Sindicato que é um dos mais antigos no Brasil. Com o novo presidente, Mário Sousa, jornalista, poeta, dramaturgo, ator, diretor e artista plástico, o Sindicato terá uma participação ativa na sociedade fluminense. Segundo Mário, nesta nova gestão será ampliada a participação do Sindicato no interior, onde serão criadas diretorias regionais no interior. Outra bandeira é a realização de uma campanha para que sejam realizados concursos públicos nas prefeituras, câmaras municipais e instituições públicas, para que jornalistas profissionais ocupem os cargos nas assessorias de imprensa, hoje ocupados por apadrinhados políticos. A eleição sindical se realizou no auditório da sede do Sindicato dos Bancários de Niterói, na Rua Maestro Felício Toledo, no centro de Niterói, onde também se localiza a sede do SJPERJ.

Editora: Dulce Tupy – dulcetupy@osaqua.com.br Diretor comercial: Edimilson Soares Diretora de Arte: Lia Caldas Colaboradores autônomos: Alessandra Calazans (redação e revisão), Pedro Stabile (fotografia), Ronan Conde (diagramação)

Jornalista Responsável: Dulce Tupy (registro:18940/87/62)

dançarina, poeta e ativista cultural Glauce Pimenta Rosa saiu de Saquarema e se apresentou na UNIRIO, a Universidade situada na Praia Vermelha, numa comemoração pelo Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, Dia de Zumbi dos Palmares. A sua participação se deu no “Projeto de Extensão Luz, Câmera, Ação: a presença das relações de gênero e do racismo no cinema” que apresentou na ocasião o evento: “A carne mais barata do mercado, I Seminário em comemoração e luta pelo dia da consciência negra”. Segundo os organizadores, com o avanço do conservadorismo nos tempos atuais, é necessário debater cada vez mais o racismo da nossa sociedade. Na ocasião, foram apresentados filmes curtas, em parceria com o Cineclube Atlântico Negro. O filme “Anamnese”, feito em parceria com o Coletivo NegreX e “Tião”, do diretor e mestre em educação Clementino Junior , antecederam a apresentação da juventude negra. Em seguida foi a vez da dança afro de Glauce Pimenta Rosa, da Kazawá, de Saquarema. À noite, antes do debate sobre

Gráfica: Editora Esquema Tiragem: 3.000 exemplares Circulação: Saquarema, Araruama, Silva Jardim e demais municípios da Região dos Lagos As matérias assinadas não refletem necessariamente a opinião do jornal.

“Racismo estrutural na sociedade brasileira - Negras e Negros”, houve declamação de poema de Gabrielly Nunes (Gabz), ganhadora do Slam Resistência. A coordenação foi da professora Vanessa Bezerra. DANIELLE MORAES

A dançarina, poeta e ativista negra Glauce Pimenta Rosa, da Kazawá, de Saquarema, na UNIRIO

COMUNICAÇÕES

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CNPJ: 04.272.558/0001-87 Insc. Munic.: 0883 Av. Ministro Salgado Filho, 6661 - fundos Barra Nova – Saquarema – RJ - Cep: 28990-212

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O petróleo é nosso e o pré-sal também Dulce Tupy*

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Movimento de Aposentados, Pensionistas e Idosos (MAPI) promoveu no Instituto Leonel Brizola - Alberto Pasqualini, na Praça Tiradentes, no Rio, a palestra “A Sociedade Brasileira, o Petróleo e a Petrobrás”, proferida por José Antonio Simões, diretor cultural da Associação dos Engenheiros da Petrobrás (AEPET) e conselheiro da Associação Cultural José Marti. Com rara erudição, o engenheiro retomou o fio da história do petróleo no Brasil, desde 1892, quando foi perfurado um poço no governo do presidente Floriano Peixoto, sem encontrar no entanto o nosso “ouro negro”. Já em 1939, em Lobato, na Bahia, foi encontrado pela primeira vez petróleo no Brasil, contrariando técnicos estrangeiros. Dois anos depois, em 1941, jorra petróleo em Candeias, também na Bahia, tornando-se o primeiro poço produtor no país. A partir daí começa um debate sobre a nacionalização ou internacionalização do petróleo que desemboca na famosa campanha “O petróleo é nosso” que por sua vez desencadeia a criação da Petrobrás, em 1953, no governo Getúlio Vargas. Segundo alguns historiadores a criação da Petrobrás foi a gota d’água do movimento contra Getúlio, que o levou ao suicídio em 1954, menos de um ano depois. O presidente Getúlio Vargas já tinha dado início à indústria petroquímica nos anos 30 e completou sua obra criando a Petrobrás, contrariando as multinacionais do petróleo, de olho no petróleo brasileiro. “Sem em energia não há desenvolvimento possível”, fala o Dr. Simões. “A importância estratégica do petróleo (óleo e gás) decorre principalmente de sua participação majoritária na matriz energética mundial. É matéria prima para fabricação de milhares de produtos. O domínio das reservas e da produção do petróleo e seus derivados é fundamental para a soberania de uma nação”, completa ele, em sua palestra. E continua: “A disputa entre países produtores, países consumidores e companhias petrolíferas pelo controle do ouro negro é acirrada. Das 20

maiores companhias do mundo, 14 são controladas pelos Estados”, diz ele, citando as gigantes empresas multinacionais: Esso e Chevron, dos EUA, a BP, do Reino Unido, a Shell, da Holanda e Reino Unido, a Total, da França e a Lukoil, da Rússia. Concentradas em poucos países, neste ranking também se encontram a Arábia Saudita e Venezuela, com cerca de 280 bilhões de barris cada, Irã e Iraque, com quase 150 bilhões cada, Kuwait e Emirados Árabes, com 100 bilhões cada, e o Brasil, com 13 bilhões, sem contar a reserva do pré-sal que é gigantesca, com uma área de 800 km de extensão, entre o Espírito Santo e Santa Catarina, com 200 km de largura, e perspectiva de alcançar 180 bilhões de barris.

PETROBRÁS É SÓ SUCESSO Pioneiro na exploração do petróleo em águas profundas, o Brasil teve uma grande derrota em 1997, durante o governo “entreguista” do neoliberal Fernando Henrique Cardoso, quando a indústria petrolífera foi liberada à iniciativa privada, quebrando o monopólio da Petrobrás. Em 2006, com a descoberta do pré-sal, no governo Lula, o regime de concessão foi alterado para o de partilha, ficando a Petrobrás como única operadora do pré-sal. A vantagem era o Estado poder controlar o ritmo da produção, manejar a venda do petróleo e poder planejar o setor. Hoje, sob o governo Temer, a Petrobrás está proibida de ser a única operadora e não é mais obrigada a participar de todos os consórcios de exploração, mudando a política de proteção da empresa. Produzindo 1,5 milhão de barris por dia, a Petrobrás já acumulou quase 1 bilhão de barris produzidos pelo pré-sal. Segundo Simões, o pré-sal tem óleo de excelente qualidade e grande quantidade de gás natural. Para ele, A Petrobrás é a mais importante história brasileira de sucesso. Uma história que ele compartilhou em anos e anos de trabalho como engenheiro e que não quer ver destruída pela ganância das multinacionais

* Dulce Tupy é jornalista, escritora, pesquisadora e editora do jornal O Saquá

Volta Mangue!

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Reflorestamento das margens da Lagoa de Saquarema

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feriado de 2 de novembro foi escolhido para fazer um plantio de mudas de mangue na Lagoa de Saquarema, por ser uma data que celebra os que já se foram e que celebrou o renascimento, através do reflorestamento. O local escolhido foi entre a Praça da Terceira Idade e a Colônia de Pescadores, no centro da Vila. O evento aberto ao público recrutou crianças, adolescentes, moradores, idosos, pais, mães, amigos, desconhecidos e curiosos que colocaram 200 estacas de bambu na beira da lagoa e, em cada estaca, foi plantada uma muda, amarrada com barbante. Promovido pela Zoé, empresa criada pelo casal Jonas e Babí, duas pessoas comprometidas com o desenvolvimento sustentável que vieram morar em Saquarema, o replantio do mangue teve o propósito de recuperar áreas degradadas no entorno da lagoa. Marca de surfwear, que produz camisetas e outros produtos inspirados em Saquarema, a Zoé decidiu que cada peça vendida da Coleção Vila720 corresponde ao plantio de uma árvore de mangue, um ecossistema costeiro conhecido como berçário, que tem as condições ideais para alimentação, proteção e reprodução

EDIMILSON SOARES

As mudas do mangue foram fincadas no fundo da lagoa e amarradas em bambus

de muitas espécies de animais marinhos. O complexo lagunar de Saquarema é formado por 4 lagoas, a de Jacarepiá (água doce) em Vilatur; a Lagoa Vermelha (salobra), no Parque Estadual da Costa do Sol, a Lagoa de Saquarema formada por 3 grandes laminas d’água (salobra), e a lagoa de Jaconé (também salobra). Todas as lagoas de água salobra do município, já foram circundadas por densa vegetação de mangue, mas atualmente existe menos de 30% dessa cobertura, devido à degradação acelerada dos mangues, pela falta de tratamento de esgotos que desembocam nas lagoas através dos rios, falta da mata ciliar e, principalmente, pelo crescimento desordenado nas margens da lagoa, nos bairros do Jardim, Mombaça, Porto da

Roça, Gravatá, Boqueirão, Coqueiral, Barra Nova, Manitiba e Jaconé, entre outros. A falta de cuidado com os poucos pontos onde ainda existe manguezais tem sido crucial para o desaparecimento desse ecossistema tão importante para a região, uma vez que a cidade abriga gerações de pescadores artesanais que vivem dos peixes e crustáceos da lagoa e é conhecida pela cultura e culinária caiçara que estão desaparecendo junto com os manguezais saquaremenses. Mais informações sobre o projeto: site www.vidazoe.com. br ou instagram IG @vidazoe. com.br. No site tem um blog (https://www.vidazoe.com. br/blog) com detalhes sobre a criação, fontes de inspiração, projetos ambientais e o dia-a-dia da Zoé.

Inaugurado novo escritório de advocacia

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o Dia da Justiça, dia 8 de dezembro, também Dia de Nossa Senhora da Conceição, foi inaugurado em Bacaxá o escritório Martins, Pereira & Fazanelli Advogados e Consultores. Com um serviço de excelência, os advogados disponibilizam a seus clientes e amigos conforto, competência e credibilidade. Situado na Rodovia Amaral Peixoto, km 71, nº 140, salas 1, 3 e 4, em Bacaxá, Saquarema, 99999-8880 (zap), o escritório é uma conquista de três advogados experientes: Dr. Ricardo de Araújo Martins, Dr.

BETTO FOTOGRAFIA

Martins, Pereira & Fazanelli Advogados e Consultores

Marco Aurélio Nunes Pereira e Dr. Thyago Villanova Fazanelli. Prestigiaram o coquetel de inauguração e confraternização, além dos familiares e amigos, empresários, parceiros e a OAB-RJ, na pessoa do presidente da subseção de Saquarema Dr. Miguel Saraiva. O evento contou ainda com a celebração de uma missa e a benção do padre Carlos Aguiar.


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Consciência negra cresce no país

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Dia da Consciência Negra vem sendo comemorado cada vez mais em todo o país. Celebrada oficialmente no dia 20 de novembro, desde 2003, a data foi incluída no calendário escolar pela lei que tornou obrigatório o ensino de história e cultura afro-brasileira. Em 2011, uma nova lei instituiu o dia 20 de novembro como o Dia Nacional de Zumbi dos Palmares e da Consciência Negra, mas ainda não como feriado nacional, embora seja feriado estadual em 5 estados: Rio de Janeiro, Alagoas, Amazonas, Amapá e Mato Grosso. O Rio de Janeiro foi o primeiro estado a homenagear Zumbi com um monumento na Praça Onze, tendo promovido também pioneiramente o tombamento de um sítio cultural negro: a Pedra do Sal, na Saúde. Estas ações se realizaram sob a inspiração do professor Darcy Ribeiro, durante o governo de Leonel Brizola. Em 2015, segundo dados da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), do governo federal, 1.045 municípios comemoraram o Dia da Consciência Negra em todo o país, mais do que nos anos anteriores. O Dia da Consciência Negra, data estabelecida pela lei 10.639, de 2003, é uma reverência ao guerreiro Zumbi, morto em combate no Quilombo de Palmares, em 1675. A homenagem representa o reconhecimento da luta do negro contra a escravidão, no Brasil Colonial. Os quilombos eram espaços de resistência contra o sistema escravagista e uma forma de preservação da cultura africana no Brasil. Zumbi morreu lutando pelo seu povo e sua comunidade.

TRIPADVISOR

Estátua do líder quilombola Zumbi dos Palmares, no Pelourinho, em Salvador (BA), em homenagem ao guerreiro que viveu em Alagoas entre 1655 e 1695

DESIGUALDADE HISTÓRICA Apesar da resistência negra durante todo o período colonial, a abolição da escravatura só ocorreu oficialmente em

1888; o Brasil foi um dos últimos países a conceder a libertação dos escravos, junto com Cuba. Devido a este atraso histórico, até hoje existe um verdadeiro abismo racial no país, onde a população negra é mais atingida pela desigualdade social e econômica e pela violência. Essa desigualdade é motivo de alerta da ONU (Organização das Nações Unidas) que acaba de lançar a campanha “Não permita que o racismo deixe a juventude negra para trás”. Segundo dados oficiais, no Brasil, 7 em cada 10 pessoas assassinadas são negras. Na faixa etária de 15 a 29 anos, 5 assassinados de negros ocorrem a cada 2 horas. Em 10 anos, de 2005 a 2015, a taxa de homicídios por 100 mil habitantes caiu 12% para os não-negros e, ao contrário, aumentou 18,2% entre os negros. De cada 1.000 adolescentes, negros e negras, 4 serão assassinatos antes de completar 19 anos. Dados indicam que, se nada for feito, serão 43 mil brasileiros entre 12 e 18 anos mortos de 2015 a 2021, 3 vezes mais negros do que brancos. Estas mortes poderiam ser evitadas se o Estado e a sociedade brasileira se comprometessem a combater o racismo. O Brasil é um dos 193 países signatários da Agenda 2030 de desenvolvimento sustentável, onde o racismo é um dos 17 pontos a serem superados nos próximos anos. É preciso transformar este compromisso em ações concretas contra a violência racial. A campanha da ONU pode ser acessada pelo site nacoesunidas.org/ vidasnegras.

RACISMO EM DEBATE A Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, em parceria com o Gethomn (Grupo de Estudos e Trabalhos para Conscientização e Valorização do Homem e da Mulher Negra), realizou o II Seminário de Promoção da Igualdade Racial que trouxe a Saquarema visitantes ilustres do Movimento Negro Unificado (MNU) como a Dra. Margareth Ferreira, procuradora de Cabo Frio, presidente do Conselho de Entidades Negras do Interior do Estado do Rio de Janeiro (CENIERJ) e da Rede das Pretas e do Afrolagos, João Félix Freitas, subsecretário de Cultura de Araruama e Manoel Justino, superintendente de Igualdade Racial de Cabo Frio. Mediado pelo professor Maurício Oliveira da Silva, presidente do Gethomn, grupo de ativismo negro com sede no Rio da Areia, o seminário contou com a presença da presidente da Câmara Municipal de Saquarema, Adriana Pereira e da primeira secretária Elísia Rangel, que promoveu quando era secretária de Promoção Social e Cidadania, ano passado, o I Seminário de Promoção da Igualdade Racial. Tanto Adriana como Elísia reconheceram-se como tendo ascendência negra, embora Elísia tenha traços indígenas - cabelos lisos e negros e olhos amendoados - próprios dos tupinambás da região. No seminário teve destaque a Lei das Cotas de Saquarema, proposta pela vereadora Adriana, para se adequar à Lei Federal 12.990, de 2014, que trata das cotas para cargos efetivos e empregos públicos.

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ntre os dias 2 e 12 de dezembro está sendo re a l i z a d a a O l i m p í ada Estudantil de Saq u a re m a 2 0 1 7 , c o m a participação de 25 escolas,

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no total são dois mil alunos envolvidos em competições de Q u e i m a d o , Vô l e i , H a n d e b o l e Futsal, nas categorias masculina e feminina, disputadas na quadra da Faetec.

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m partida acirrada no final do mês de novembro, com forte participação da torcida no Estádio do Boa Vista, em Bacaxá, deu-se a final do Cam-

peonato Municipal de Saquarema 2017 entre os times Os Cachorros e Barroso. Apesar do placar 0x0, a decisão do título foi para os pênaltis e Os Cachorros garantiram a taça deste ano.

*Guilherme Stocchero é jornalista e árbitro formado pela EAFERJ-Escola de Árbitros da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro

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Roda de Conversa

Cultura é notícia

Professora Edna Calheiros*

Beatriz Dutra*

Mulheres da América Latina

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Encontro Feminista da América Latina e do Caribe (EFLAC) de 2017 ocorreu nos dias 23, 24 e 25 de novembro no Uruguai, em Montevideo. Contou com o apoio do governo Uruguaio e com o financiamento de organizações como a ONU Mulheres. Cerca de 2.000 mulheres participaram do Encontro. Havia cartazes de divulgação em diversas ruas do local e o Teatro Solis, local nobre da cidade, foi reservado para um show que contou com a apresentação apenas de mulheres. No último dia, durante a marcha organizada pelo EFLAC, outdoors mostravam propagandas sobre violência contra a mulher e desigualdade de gênero. Um megaevento, mas, infelizmente, nem tão democrático. “Diversas, mas não dispersas” foi a ideia-chave da edição deste ano, que abarcou discussões sobre negritude, lesbianidade, mulheres indígenas, a questão da prostituição e outras. Os debates foram enriquecedores e o panorama geral de cada país bastante similar entre eles: estamos sob uma onda geral de conservadorismo e retrocessos, tanto nas instâncias governamentais quanto no imaginário social, mostrando que, desde o período das ditaduras, a América Latina não saiu do projeto político de governos e corporações internacionais. Deste modo, a ideia de uma resistência plural e interconectada entre os países latino-americanos e o Caribe é fundamental e o Encontro foi bastante positivo neste sentido. Mas há ainda muitas coisas no plano das ideias que precisam ser materializadas. As mulheres negras e as indígenas, por exemplo, estavam muito fortes, mas ainda eram poucas. As mulheres trans estavam em menor

número ainda, bem como as mulheres com deficiência. A maternidade, pauta importante do feminismo, continuou a ser um problema: não havia um espaço em que as mães pudessem deixar suas crianças para que participassem mais tranquilamente do evento. Ficou claro que é preciso colocar uma pergunta importante, que não diz respeito apenas ao EFLAC, mas a todos os espaços feministas: em quais mulheres os debates feministas estão chegando? As inscrições para o evento eram custosas (e uma viagem internacional nem se fala!) e é fato que é preciso dinheiro para promover um evento como este, mas não houve um amplo incentivo por parte da organização do Encontro para que mulheres de baixa renda participassem. Além disso, a manutenção dos banheiros e a distribuição das refeições eram feitas por pessoas contratadas, em grande parte, mulheres que, mesmo com a proximidade física, estavam afastadas das atividades e discussões em curso – discussões que, por vezes, pautaram a exploração da mulher no mercado de trabalho. Ainda assim, o EFLAC constitui um espaço de resistência e de intercâmbio de experiências importante. Ao término, surgiram boas propostas e estratégias. Uma delas foi organizar o 8 de março de 2018 de forma integrada entre os países. Mas os debates e as práticas de resistência precisam ser constantemente repensados e atualizados, de modo que sejam cada vez mais horizontais, inclusivos e críticos. Se o sistema é excludente, a luta contra ele não pode ser. E que vivam as mulheres da América Latina e do Caribe, pois aqui se respira luta! Participou: Mariana Tartaglia, jovem feminista de 18 anos, estudante de Filosofia da UFRJ, com quem tive o prazer de viajar e compartilhar esta vivência.

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Na rede da varanda...

arde de domingo, primaveril... Temperatura amena... Céu de puríssimo azul... Brisa fresquinha vinda do mar, a afagar meu rosto... E o verde... “verde que te quero verde”, das copas das árvores com a eterna mensagem de esperança... E como se não bastasse, a encantadora presença das andorinhas, cortando o azul do céu com seus velozes, alegres e estonteantes voos... Ah! Mas está tão bom que decido ali permanecer para me recuperar das agruras da semana... Fecho os olhos, relaxo e logo vem à minha lembrança, não sei vindo de onde, trecho de versos que escrevi na minha juventude: Eu não posso entender que bem-querer seja limitar... Eu me quero solta, eu me quero livre, eu me quero natural... Pra viver mais leve, pra viver melhor, quero ser o que sou... Se você me escolheu pra você, e quiser me conter, me tolher Ouça bem o que vou lhe dizer: EU PRECISO SER EU, senão vou morrer!... Pois é: “SER O QUE SOMOS”, ensinou Carl Rogers... O tempo passou e esses versos e esse princípio rogeriano nortearam a minha vida...

E não posso me queixar, não: muitos objetivos já foram alcançados e há vários deles, ainda a alcançar... A brisa continua a me acariciar e a levemente me embalar... Ainda de olhos fechados e em meio a tanta paz, agora vem à minha lembrança, frase recente e perturbadora de Zélia Duncan: “Não esperava que o Brasil fosse andar pra trás nessa velocidade de 7 a 1”... Nem eu, Zélia!... Nem nós!... Mas sem querer perder a paz desses momentos, na rede da varanda, lembro, também, que apesar de tantas dificuldades que nosso País atravessa, em pesquisa feita em mais de 150 países, no “Relatório Anual de Felicidade” da ONU, o Brasil ocupa o 22º lugar... (Mas não é surpreendente?) tendo sido a Finlândia, “terra dos fiordes, dos vickings e do bacalhau”, a grande vencedora: o país mais feliz do mundo! Mas, se com todas as nossas mazelas, ainda somos o 22º pais em “Felicidade”, não devemos abrir mão da esperança, de que em 2018, possamos melhorar e viver com mais qualidade e felicidade. Entreabro os olhos... e meu olhar busca o vasto verde-esperança das copas das árvores!... E em meio a beleza, lembranças e devaneios... ali adormeço...

*Poeta, “Cidadã Saquaremense” e presidente da Academia de Letras Rio – Cidade Maravilhosa

e Obstetrícia

*Presidenta da AMEAS e membro do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher/Cedim-RJ

Drª Fernanda Silva de Paula CRM5268323-0

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Dezembro de 2017

O SAQUÁ

Portinari, um poeta ocasional

Livro da professora Kátia Devino analisa a obra poética do maior pintor do Brasil

A

sala de leitura da Escola Municipal Padre Manoel, no Porto da Roça, é o cenário ideal para a entrevista com a professora Kátia Devino, que acaba de lançar o livro “Portinari, um poeta ocasional”, pela Editora Gramma. Fruto de uma tese de mestrado em Ciência da Arte, na Universidade Federal Fluminense (UFF), o livro faz uma comparação entre alguns quadros de Portinari com alguns de seus poemas, escritos quando o pintor foi impedido por recomendação médica de continuar pintando, devido à

intoxicação adquirida no contato com as tintas, principalmente o amarelo. Tanto os quadros como os poemas, a maioria com a temática social que caracteriza o grande mestre da pintura brasileira, revelam sua infância na pequena cidade de Brodósqui, no interior de São Paulo, onde Portinari viveu até os 16 anos. No Rio de Janeiro, Portinari foi aluno da Escola Nacional de Belas Artes, onde ganhou o Prêmio de Viagem à Europa, onde adotou como princípio artístico a opção de pintar a gente brasileira com seus traços típicos e sua cor.

PINTURA E POESIA SOCIAL Esse é o universo onde a professora Kátia se debruça, descobrindo um poeta “ocasional” que tem origem no pintor extraordinário que foi Portinari, consagrado no Brasil e no mundo. Formada em História e Geografia, graduada em Português e Literatura, Kátia fez Docência do Ensino Superior na Universidade Candido Mendes, no Rio, e Mestrado em Ciência da Arte em Niterói. Com esta formação abrangente, esta apta a lecionar do Ensino Fundamental à Pós-Graduação, mas é na escola em Saquarema

DULCE TUPY

Kátia na Escola Padre Manoel, onde pretende lançar seu livro sobre Portinari

onde ainda dá aulas que pretende lançar seu livro “Portinari, poeta ocasional”, lançado em

novembro no Rio de Janeiro. Nora do professor, doutor e poeta Latuf Isaías Mucci, com quem conviveu durante 20 anos, mãe de seus 3 netos (João Otávio Latuf (23 anos), Vitória Sherazade Latifa (13 anos) e Gabriel Otávio Latuf (11 anos), Kátia está alcançando agora tudo que prometeu ao avô, Antônio Fidelis Marins, o “Goga”, em Araruama, quando ainda era criança: nunca deixar de estudar “para ser alguém na vida”. Kátia agora é “alguém”. Uma professora que se projeta no círculo acadêmico, com um livro formidável, revelador do talento poético do genial Portinari.

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