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Educação ambiental nas margens da Lagoa de Juturnaíba  PÁGINA 2

Ano XVIII • nº 223 • 1 a 30 de ABRIL de 2018 • Saquarema • Rio de Janeiro

osaqua.com.br • Diretora: Dulce Tupy

8° Fórum Mundial da Água

e o Fórum Alternativo Mundial da Água (FAMA) FOTOS: DIVULGAÇÃO/INTERNET

Promovido pelo governo federal, pelo Conselho Mundial da Água e grandes empresas, o 8° Fórum Mundial da Água trouxe novidades como a Vila Cidadã e a Tenda de Exposições

Lula preso, até quando? DULCE TUPY

O Fórum Mundial Alternativo da Água, o FAMA, em oposição ao chamado “fórum das corporações”, focou na defesa da água como um bem da humanidade

Lula no meio da “peãozada” no auge das obras do Comperj, depois paralizadas em função do superfaturamento

Uma prisão cinematográfica na entrada do Sindicato dos Metalúrgicos em São Bernardo do Campo, em São Paulo, foi o cenário da despedida do ex-presidente Lula, condenado em 1ª instância, em Curitiba, pelo juiz Sérgio Moro, no Paraná, e em 2ª instância em Porto Alegre, por um colegiado de juízes, no Rio Grande do Sul.

Neste vai-vem judicial, Lula finalmente foi preso, com cenas dramáticas que duraram 2 dias, mas ainda pode ser solto, caso o STF julgue procedente uma ADC (Ação Direta de Constitucionalidade) ou por força de outros recursos. O caso é analisado, nesta edição, pelo jornalista Silênio Vignoli. Página 2

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8° Fórum Mundial da Água e o Fórum Alternativo Mundial da Água, o FAMA, se realizaram no final de março, em Brasília. Organizado pelo Conselho Mundial da Água e o Ministério do Meio Ambiente, através da Agência Nacional de Águas (ANA), entre outras instituições nacionais e internacionais, o 8° Fórum Mundial da Água foi um fórum oficial, considerado pelo FAMA como “fórum das cor-

porações”, que aceita a privatização da água. Em oposição, o FAMA defendeu a água como direito, um bem comum, e não como mercadoria. Focando na escassez da água em todo o planeta, os dois fóruns colocaram o tema no topo das discussões ambientais em todo o mundo, mobilizando a mídia nacional e mundial durante uma semana. Uma das novidades nas discussões no 8° Fórum foi a inclusão do Poder Judiciário nos debates. Já o FAMA teve como destaque

a participação da sociedade civil: indígenas, quilombolas, mulheres, sem-terras e outros militantes da luta em defesa da água. No 8° Fórum há que se destacar as atividades da Vila Cidadã, no Estádio Mané Garrincha, aberta ao público, com debates e estandes fabulosos - como o das mulheres, “Embaixadoras Internacionais da Água”, entre outras apresentações concorridas, que atingiram um público recorde de mais de 100 mil visitantes. Páginas 3 e 4


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Prisão de Lula pode estar com seus dias contados Silênio Vignoli

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os gabinetes advocatícios, políticos e judiciais é quase unânime o entendimento indicando que o ex-presidente Lula ficará pouco tempo na prisão. É questão de dias ou semanas a sua liberdade, segundo a opinião predominante nos gabinetes frequentados por especialistas no assunto. Paralelamente, alastra-se entre os ministros do Supremo Tribunal Federal um clima de pressão para votar a ADC (Ação Direta de Constitucionalidade) n° 43 que pede acolhimento ao que diz a Carta Magna: prisão de condenado somente quando esgotados os recursos até a última instância com o “transitado e julgado”. Em resposta a grupo de whatsapp, do Patriota, o presidente deste partido, Adilson Barroso, confirmou que apresentou a ADC n° 43 há anos, quando ainda era filiado ao PEN (Partido Ecológico Nacional). Segundo Barroso, a culpa é de um advogado do PEN, que agora usa a ADC para tentar soltar Lula. Barroso está em Brasília procurando contornar a situação, garantindo que é a favor da prisão em 1ª instância. Não há como retirar a ADC da pauta do STF, mas o advogado do PEN pode ser substituído pelo Patriota, onde Barroso é presidente, alegando que o partido

mudou de posição e quer enterrar a ação. A prisão de Lula é o momento mais dramático da história do PT. Nem o impeachment da Dilma Rousseff representou um impacto tão forte na legenda que governou o país por quase 14 anos e venceu as últimas 4 eleições presidenciais. Embora apeado do poder, o PT cultivava esperança de voltar. Agora, o futuro da legenda é uma incógnita. O PT sempre esteve atrelado ao carisma e à liderança do ex-presidente. Após chegar ao poder, Lula disse que “não tinha o direito de errar”. Em seus 2 mandatos, conseguiu redução nos índices de pobreza e um discreto crescimento na economia, alcançando uma aprovação recorde. Mas se esqueceu das promessas de campanha, ao incorrer naquelas velhas práticas e comprometedoras alianças políticas.

FICHA SUJA Condenado em 2ª instância, em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, depois de sua condenação em 1ª instância, em Curitiba, no Paraná, Lula tornou-se inelegível por força da Lei da Ficha Limpa, que ele mesmo sancionou. Apesar de todo o desgaste, ele ainda liderava as pesquisas de opinião, como virtual candidato à presidência da República. Ostentava cerca de um terço das intenções de voto. Numa disputa entre muitos candidatos, a atuação de Lula como cabo eleitoral

A querida Neia Oliveira, que trabalha na administração da Policlínica, ganhou da vereadora Dra. Raquel, o merecido título “Mulher de Ouro”, uma placa concedida pelo Poder Legislativo. Na foto, Neia entre o vice-prefeito, Dr. Pedro Ricardo e a Dra. Raquel.

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O jornal de Saquarema

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despontava como suficiente para, ao menos, empurrar um aliado até o segundo turno. Neste cenário, a outra vaga seria disputada entre um candidato de centro-direita e o deputado de direita Jair Bolsonaro. Depois de sucessivas derrotas na Justiça, Lula iniciou outra luta para tentar salvar o mito, resgatando sua aura de retirante que venceu a miséria, enfrentou a ditadura militar e tornou-se o primeiro operário a governar o país. Antes de se entregar à Polícia Federal, o ex-presidente Lula marcou o final de sua performance política de maneira patética, agressiva, culpando os juízes, os procuradores e a imprensa por sua condenação, reassumindo uma militância radical que o fizera perder diversas eleições presidenciais até reconhecer a necessidade de ampliar seu eleitorado com a inclusão da classe média, vestindo então o figurino do “Lulinha, paz e amor”. Longe de envergonhar um país, como desabafaram muitos brasileiros, em carreatas pelo país, após a prisão de Lula, a condenação de um ex-presidente por corrupção demonstra a força das instituições brasileiras e nos leva a uma “frase-feita” do próprio ex-presidente, sempre repetida por ele ao vangloriar-se pelas obras inauguradas que, agora atualizada, ficaria assim: “Nunca antes na história deste país, um ex-presidente foi condenado e preso por corrupção”! Bravinho, filho do pesquisador e autor da primeira história publicada sobre Saquarema, Darcy Bravo, comemorou seus 80 anos em família. Bravinho tem a mesma memória prodigiosa do pai. Na foto, Bravinho na entrada de sua casa, no centro da cidade, na Vila.

Editora: Dulce Tupy – dulcetupy@osaqua.com.br Diretor comercial: Edimilson Soares Diretora de Arte: Lia Caldas Colaboradores autônomos: Pedro Stabile (fotografia), Ronan Conde (diagramação)

Jornalista Responsável: Dulce Tupy (registro:18940/87/62)

Educação Ambiental na Lagoa de Juturnaíba VICTOR AMARAL

O voluntários recolheram cerca de 800 kg de lixo da represa de Juturnaíba que abastece 8 municípios na Região dos Lagos

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maior manancial de água doce da Região dos Lagos, a Lagoa de Juturnaíba ganhou nas comemorações do Dia Mundial da Água um mutirão de limpeza, promovido pelas concessionárias Águas de Juturnaíba e Prolagos. Com o apoio da Prefeitura de Araruama e a Associação de Pescadores, a 10ª edição do SOS Lagoa de Juturnaíba, aconteceu entre a barragem e a Estação de Tratamento de Água (ETA) de Águas de Juturnaíba, à margem da lagoa, e contou com a presença de autoridades da região, colaboradores da concessionária e cerca de 200 voluntários, que recolheram 800kg de lixo. A represa tem 43 km² de extensão e abastece 8 municípios. O acúmulo de lixo - na maioria garrafas pet, embalagens de defensivos agrícolas e pedaços de isopor - prejudica o meio-ambiente e compromete a qualidade da água. Dentre os materiais encontrados, cadeiras, latas de tinta e até um pneu de caminhão chamaram a atenção dos participantes. Segundo o superintendente de Águas de Juturnaíba, Carlos Gontijo, o projeto tem como objetivo conscientizar a população sobre a necessidade de preservação da represa. “Este manancial é a seguran-

Gráfica: Editora Esquema Tiragem: 3.000 exemplares Circulação: Saquarema, Araruama, Silva Jardim e demais municípios da Região dos Lagos As matérias assinadas não refletem necessariamente a opinião do jornal.

ça da região para o abastecimento de água e sua preservação é a nossa garantia de podermos amparar as gerações futuras com tal recurso. Por isso, é de suma importância fazer esta limpeza e reflorestar as margens, como temos feito, para que possamos conservar essa fonte imprescindível para a região”, disse Gontijo, destacando que a quantidade de lixo recolhido vem diminuindo desde a primeira edição do projeto de educação ambiental. “Isso pode parecer que o projeto não tem tanto sucesso; entretanto, é o contrário. A quantidade reduzida de lixo encontrado na lagoa significa que mais pessoas estão conscientes sobre a importância da preservação do manancial e que o projeto está causando um ótimo impacto na população”, avaliou o superintendente. A líder de QSSMAS (Qualidade, Saúde, Segurança, Meio Ambiente e Sustentabilidade) de Águas de Juturnaíba, Nathália Bragança, considera o evento como de muita importância para a empresa. “Promover a manutenção do manancial é manter a qualidade da água que extraímos e evitar a escassez futura. O evento é de grande interesse das populações que vivem na região, que sobrevivem da pesca e do turismo ecológico no local”, concluiu Nathália.

COMUNICAÇÕES

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1968, o ano que não acabou e continua sendo até hoje Dulce Tupy*

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uando o jornalista e escritor Zuenir Ventura publicou o livro “1968, o ano que não terminou” talvez não soubesse a dimensão profética do título que descreveu um dos períodos mais emblemáticos da ditadura civil e militar que se instalou no Brasil com o Golpe de 1964. Hoje membro da Academia Brasileira de Letras, Zuenir continuou suas profecias em outros livros publicados, fosse sobre o líder Chico Mendes, ambientalista assassinado no Acre, na Amazônia, fosse sobre o Rio de Janeiro, esta cidade partida, com um terrível fosso entre as classes sociais representadas pelos bairros ricos e as pobres favelas. No Brasil, 1968 foi o ano das grandes manifestações que se iniciaram com a morte do estudante secundarista Edson Luís, na porta do restaurante estudantil Calabouço, no Rio, assassinado pelo polícia, e que culminaram com a famosa Passeata dos Cem Mil que por sua vez foi um dos motivos que levaram à decretação do famigerado AI-5 (Ato Institucional n° 5), que inaugurou um período de trevas, radicalizando as arbitrariedades cometidas pelo regime militar.

PINGOS DE SANGUE Eu era uma jovem de 20 anos que chegava à universidade cheia de esperanças. Ao pisar na calçada em frente à Escola Nacional de Belas Artes (ENBA), na esquina da Av. Rio Branco, na manhã do dia 29 de março, encontrei um grupo de manifestantes com cartazes denunciando o assassinato do jovem Edson Luís, que ocorrera no dia anterior. O corpo ainda quente do jovem estudante nordestino, que se alimentava no restaurante Calabouço, inaugurado no governo Getúlio Vargas, foi transportado pelo colegas desde o Castelo, onde funcionava, até a Cinelândia, onde foi velado, na então Assembleia Legislativa. Por onde passou o corpo, deixou marcas de sangue no chão, como nas escadarias

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da Santa Casa, na entrada da Embaixada dos Estados Unidos e também na porta da ENBA. Isolados com barbantes para impedir que alguém pisasse neles, os pingos de sangue pareciam gritar! Eram uma prova eloquente de que algo muito grave acontecia naquele Brasil que fervia sob as palavras de ordem dos estudantes - “Abaixo da ditadura!” - que se ouvia em milhares de bocas unidas na Cinelândia. O velório realizado no saguão da Assembleia Legislativa, com milhares de manifestantes, demonstrava o grau de indignação dos estudantes, apoiados por grande parte da população do Rio.

A FERRO E FOGO O cortejo fúnebre de Edson Luís foi a pé, do Centro da cidade até o distante bairro de Botafogo, onde chegou no final da tarde no cemitério São João Batista, de noitinha, com rápidas paradas onde se realizavam pequenos comícios, como na frente do prédio da União Nacional dos Estudantes (UNE), na Praia do Flamengo, mais tarde demolido pelos militares. Três meses depois, em junho, após vários confrontos entre estudantes e militares, houve a célebre Passeata dos Cem Mil, que uniu as forças progressistas do país, entre eles artistas, músicos e atores, que deram grande visibilidade ao ato político. O tempo passou, mas as cicatrizes ainda doem na alma de quem viveu aqueles dias históricos. A morte de Edson Luís, hoje comparada à da líder feminista, negra, favelada e lésbica, vereadora Marielle Franco, sacrificada por seus algozes no mesmo fatídico mês de março, são episódios distintos, mas que levam ao quadro macabro que vivemos ainda hoje neste país sem rumo, onde forças do atraso se projetam como sombras sobre um destino grandioso que poderia ser e não foi. O Brasil do futuro está sendo feito aqui e agora, marcado a ferro e fogo, no presente de cada cidadão.

* Dulce Tupy é jornalista, escritora, pesquisadora e editora do jornal O Saquá

Realizado em Brasília o 8º Fórum Mundial da Água

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om um público de mais de 120 mil pessoas de 172 países e com a presença de 12 chefes de estado, o 8° Fórum Mundial da Água realizou-se durante 7 dias em Brasília, sendo o maior da história, desde sua primeira versão em 1997, no Marrocos. O evento colocou a água no topo da agenda política no mundo, avançando na direção dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) proclamados pelo ONU (Organização das Nações Unidas), que deverão ser alcançados até o ano de 2030. Nos ODS, a água corresponde ao objetivo número 6: assegurar água potável e saneamento para todos. Um desafio que requer um diálogo compartilhado, permanente e de alto nível. Afinal, a água é o tema mais importante para o futuro da humanidade, pois, embora 70% da superfície da Terra seja coberta de água, somente 2% é de água doce, além do gelo nas calotas polares. Calcula-se que, em 2030, a população mundial deverá ser de 8,5 bilhões de pessoas. E, se atualmente já estamos vivendo uma época de escassez de água, com cerca de 800 milhões de pessoas sem fonte de água limpa, o déficit de água doce do planeta só tende a crescer, tornando a água, no século 21, um recurso tão caro como foi o petróleo no século 20. Em sua 8ª edição, o Fórum Mundial da Água teve uma importante inovação: a participação do Poder Judiciário, instância em que cabe a decisão final sobre disputas envolvendo os recursos hídricos. A Conferência de Juízes e Promotores teve a presença de 83 juízes, promotores e especialistas de 57 países e emitiu como documento final a “Carta de Brasília”. Já o Instituto Global do Ministério Público, que reúne membros de ministérios públicos de diversas nações do mundo em torno de temas ligados à proteção dos recursos naturais, também elaborou a “Declaração do Ministério Público sobre o Direito à Água”, assinada por 9 países. Na Conferência Parlamentar, 134 parlamentares de 20 nações produziram o “Manifesto dos Parlamentares”, em que reconhecem

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A grande inovação no 8° Fórum foi a participação de membros do Poder Judiciário, entre eles a procuradora-geral Rachel Dodge e a ministra Carmen Lúcia do Supremo Tribunal Federal na mesa de debates

a importância de garantir a segurança hídrica, universalização do acesso a água potável, eliminação das desigualdades e promoção do desenvolvimento sustentável. A Conferência de Ministros contou com 56 ministros e 14 vice-ministros de 56 países, que aprovaram a declaração “Chamado urgente para uma ação decisiva sobre a água”, um documento que estabelece ações prioritárias para enfrentar os desafios do acesso à água e ao saneamento. O fórum teve ainda a participação de 150 prefeitos, governadores e deputados estaduais, que se comprometeram com um futuro sustentável, no qual todas as pessoas terão acesso à água e saneamento, num ambiente saudável para as gerações futuras.

FÓRUM CIDADÃO Nunca se falou tanto sobre água. Além das conferências oficiais realizadas no Centro de Convenções Ulisses Guimarães, também se realizou uma exposição e uma feira, em duas tendas gigantescas no estacionamento do Estádio Mané Garrincha, com 87 expositores, entre eles a Agência Nacional de Águas, entre outros estandes nacionais e internacionais, empresas públicas e privadas, organizações e associações da sociedade civil. Em Brasília, houve também atividades esportivas e culturais, mostra de cinema e atividades ligadas aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável.

Na terceira tenda, no Estádio Mané Garrincha, a Vila Cidadã recebeu mais de 105 mil pessoas, sendo cerca de 40 mil crianças. Sucesso absoluto de público, a Vila Cidadã inovou com atividades interativas, experiências de realidade virtual, oficinas e filmes, além de importantes debates sobre crise hídrica, saneamento e gestão participativa das águas, abrindo espaço aos jovens, mulheres, indígenas, organizações não governamentais e comunidades rurais. Durante uma semana, Brasília foi a capital mundial da água, que ganhou a relevância que merece no debate público e político no Brasil e no mundo. O 8° Fórum Mundial da Água foi organizado pelo Conselho Mundial da Água (WWC), Ministério do Meio Ambiente (MMA), Governo do Distrito Federal e Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), com patrocínio da Petrobras, Funasa, Caixa, Fundação Banco do Brasil, Eletrobrás, Sabesp, Coca-Cola, AMA (Ambev), BNDES, Itaipu Binacional e BRK Ambiental, com apoio do Banco do Brasil. As 7 edições anteriores foram realizadas em Marrakesh (Marrocos, 1997), Haia (Holanda, 2000), Kyoto (Japão, 2003), Cidade do México (México, 2006), Istambul (Turquia, 2009), Marselha (França, 2012) e Gyeongju e Daegu (Coreia do Sul, 2015). O próximo fórum será no Senegal, em 2021.


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FAMA: Fórum Alternativo Mundial da Água N o Dia Mundial da Água, dia 22 de março, encerrou-se o Fórum Alternativo Mundial da Água (FAMA), que reuniu cerca de 7 mil pessoas durante 5 dias em Brasília (DF), na Universidade Nacional de Brasília (UNB) e no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade. Verdadeiro contraponto ao 8° Fórum Mundial da Água, considerado pelo FAMA um “fórum das corporações” , o Fórum Alternativo Mundial da Água teve como lema: “Água é direito, não é mercadoria”. O FAMA se encerrou com uma marcha, que mobilizou representantes dos movimentos populares, povos tradicionais, indígenas, negros, mulheres, jovens, religiosos, lideranças espirituais, membros de organizações não governamentais, de universidades, pesquisadores, ambientalistas, grupos, coletivos, redes, frentes, comitês, fóruns, institutos, articulações, sindicatos e conselhos que estavam presentes. O FAMA foi um instrumento de luta pela água. Denunciando a crise do capitalismo e a ideologia neoliberal, o FAMA se opôs à transformação da água em mercadoria, através da privatização. Daí as denuncias contra empresas transnacionais como a Nestlé, Coca-Cola, Ambev, Suez, Veolia, Brookfield (BRK Ambiental), Dow AgroSciences, Monsanto, Bayer e Yara, contra organismos financeiros como o Banco

DULCE TUPY

Mundial e o Fundo Monetário Internacional e ONGs ambientalistas “de mercado” como The Nature Conservancy e Conservation International.

DEFENSORES DA ÁGUA Para o FAMA, as águas são seres sagrados. E, como verdadeiros guardiões e guardiãs das águas e defensores da vida, os membros do FAMA assumiram a luta mundial dos povos em defesa das águas que para eles são vida, saúde, alimento, território e direito humano. A proposta do FAMA

A vez e a voz das mulheres FACEBOOK/ELDIS CAMARGO

Mulheres em evento promovido pela BPW-Brasil e BPW-Brasília, na Vila Cidadã

As mulheres estiveram bem representadas nos dois fóruns da água realizados em Brasília. No 8° Fórum Mundial da Água, na Vila Cidadã, realizou-se uma oficina organizada pela BPW-Brasil-Brasília-DF (Associação de Mulheres de Negócios e Profissionais), cuja presidente é a dinâmica Cristina Melo. A oficina foi coordenada pela “Embaixadora Internacional da Água” Yara Blochtein. Como palestrantes, a advogada da ANA (Agência Nacional de Águas) Dra. Eldis Camargo e o professor Demetrios Christofilis. Presentes várias lideranças, técnicas, escritoras e ambientalistas, entre elas a ex-senadora e ex-ministra Emília Fernandes, presidente do Fórum de Mulheres do Mercosul. No Centro de Conven-

ções Ulisses Guimarães, realizou-se o debate”Mulheres, perspectivas e desafios”, destacando a questão de gênero na gestão da água. No FAMA, as mulheres também tiveram voz, em várias instâncias, começando pelas apresentações na Universidade Nacional de Brasília (UNB), onde se realizou a exibição de documentários, seguidos de debates com mulheres e famílias indígenas do Chaco Americano (sul da Bolívia, Paraguai e norte da Argentina e do Brasil), promovido pelo Fundo Casa. Também houve debate com as mulheres no Pavilhão do Parque da Cidade, local das grandes assembleias. Em ambos os fóruns foi destacado o papel sagrado das águas, para as mulheres.

Na Universidade de Brasília, uma reunião debateu a questão da água no chamado Chaco Americano, um território de maioria indígena, que abrange o sul da Bolívia, o Paraguai e norte da Argentina, vizinhos dos guaranis dos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul brasileiros.

é o acesso democrático à água, orientado pela justiça e pela solidariedade, não pelo lucro. Em sua Declaração Final, a água é definida como um dom que a humanidade recebeu gratuitamente e direito de todas as criaturas. Assinaram a declaração mais de 40 organizações, entre elas a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil, Articulação Semiárido Brasileiro, Associação Brasileira de Saúde Coletiva, Associação Nacional dos Serviços Municipais de Saneamento, Cáritas Brasil, Central de Movimentos Populares, Conselho Nacional das Populações Extrativistas,

Confederação Nacional dos Urbanitários, Confederação Nacional das Associações de Moradores, Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas, Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil, Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura, Comissão Pastoral da Terra, Confederação Sindical de Trabalhadores/as das Américas, CUT, Federação de Órgãos para Assistência Social e Educacional, Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, Federação Nacional das Associações do Pessoal da Caixa Econômica Federal, Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros, Frente Nacional pelo Saneamento Ambiental, Federação Nacional dos Urbanitários, Federação Única dos Petroleiros, Fórum de Mudanças Climáticas e Justiça Social, Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental, Internacional de Serviços Públicos, Marcha Mundial das Mulheres, Movimento dos Atingidos por Barragens, Movimento dos Pequenos Agricultores, Movimento de Pescadores e Pescadoras Artesanais do Brasil, Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, Movimento dos Trabalhadores Sem Teto, ONG Proscience, Rede Mulher e Mídia, Serviço Interfranciscano de Justiça Paz e Ecologia, Sociedade Internacional de Epidemiologia Ambiental e outras entidades.


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SABE O QUE FEZ O DETRAN FICAR MAIS PERTO DAS PESSOAS? A FORÇA DO TRABALHO. Em pouco tempo, o DETRAN RJ realizou grandes avanços e deu um exemplo de gestão.

DETRAN PRESENTE Sabia que o DETRAN Presente já facilitou a vida de mais de 100 mil pessoas em todo o estado? Foram diversas cidades já percorridas em 50 edições, levando os serviços do DETRAN RJ para perto do cidadão.

SEGURANÇA PÚBLICA O DETRAN RJ teve participação fundamental na atuação das polícias Civile Militar. Em 2017, foram mais de 500 milhões de reais em apoio ao desenvolvimento de seus programas. Sem falar da Operação Lei Seca, que completou 9 anos com investimentos de 16 milhões de reais para a realização de mais de 20 mil operações no Estado, ajudando a deixar o trânsito mais seguro.

IDENTIDADE PARA TODOS O programa permitiu que mais de 1,8 milhão de cidadãos tirassem suas carteiras de identidade.

DETRAN CONDUTA Atua em parceria com a população na fiscalização da qualidade dos serviços, combatendo irregularidades. Todas as unidades recebem a visita dos agentes da Corregedoria e da Ouvidoria, que atuam fiscalizando a qualidade do serviço oferecido ao cidadão.

SINAL VERDE PARA O MEIO AMBIENTE

O DETRAN RJ tem tido participação fundamental nas questões ambientais do Estado. Foram 67 milhões investidos para reduzir os gases poluentes, proporcionando qualidade de vida para todos.

MELHORIA NAS ESTRADAS DO RIO O DETRAN RJ fechou parceria com a SEOBRAS e disponibilizou 86 milhões de reais para investimentos em 2018. Os recursos serão destinados ao recapeamento das principais vias do Estado, contribuindo assim para um trânsito mais seguro.

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Esporte Total Guilherme Stocchero*

Botafogo, campeão carioca 2018

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om o fim do Campeonato Carioca onde, mas uma vez, um time que não foi nem campeão da Taça Guanabara e nem da Taça Rio foi campeão carioca, como no ano passado, onde Vasco e Fluminense foram campeões de turno e o troféu do Campeonato Carioca foi levantado pelo Flamengo. Foi um campeonato onde sua fórmula de competição não tem agradado, pra variar. Mesmo assim, parabéns ao Botafogo, campeão carioca 2018! E, com isso, viramos a página do Campeonato Estadual no Estado do Rio de Janeiro e começamos a

Detran Presente rumo aos 100 mil atendimentos ALEXANDRE SIMONINI

pensar no Brasileirão 2018, na Copa do Mundo, na Libertadores e na Sul-americana . Os 4 grandes do Rio devem passar sufoco neste Brasileirão, com times limitados. Botafogo, campeão estadual, não pode se vangloriar e tirar este estadual fraco como parâmetro, pois o Fluminense está com uma garotada até boa de bola, mas que deve sofrer, e o Vasco com um elenco que os próprios vascaínos falam que é uma “sofrência”, e o Flamengo com um elenco caro, que não resolve nada, só fica no “cheirinho”. Vamos aguardar e vamos que vamos!

*Guilherme Stocchero é jornalista e árbitro formado pela EAFERJ-Escola de Árbitros da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro

Materiais de Construção O Detran Presente já esteve em 26 municípios, oferecendo diversos serviços

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Detran Presente vai atingir a marca de 100 mil atendimentos neste mês de abril. Com 99.222 ações realizadas desde maio de 2017, o Detran Presente irá pela terceira vez ao município de Campos de Goitacazes, onde mais de 150 funcionários estarão à disposição dos moradores locais e de municípios vizinhos, oferecendo serviços como a emissão de primeira e segunda via de carteira de identidade, renovação da Carteira Nacional de Habilitação, vistoria anual dos veículos, licenciamento anual sem vistoria, a abertura de recursos contra multas e processo de suspensão. O Detran Presente é um mutirão de serviços itinerante, que percorre diferentes cidades do Estado do Rio de Janeiro, com o objetivo de diminuir as demandas do cidadão, tendo passado por 26 municipios: Petrópolis, Saquarema, Duque de Caxias, Três Rios, Cabo Frio, Vassouras, Rio de Janeiro

(São Cristóvão, Complexo da Maré, Francisco Bicalho, Aterro do Flamengo, Barra da Tijuca, Praça Mauá, Central do Brasil e Rio Comprido), Queimados, Campos dos Goytacazes, Rio das Ostras, Quissamã, Carapebus, Belford Roxo, Niterói, Volta Redonda, Carmo, Sapucaia, Resende, Barra Mansa, Nova Friburgo, Bom Jesus do Itapaboana, Nova Iguaçu, Angra dos Reis, Macaé, Mesquita e Miguel Pereira. Outro serviço do Detran Presente é a possibilidade dos cidadãos que tiveram suas carteiras de habilitação furtadas ou roubadas emitirem a segunda via gratuitamente. Para pedir é preciso apresentar o Boletim de Ocorrência (BO) que comprova o furto ou roubo da carteira. Com essa comprovação, o cidadão não precisa fazer nenhum pagamento nem mesmo agendar o atendimento. Basta levar a documentação: o BO, cópia de um documento de identificação (identidade ou carteira de trabalho) e pedir a segunda via.

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Roda de Conversa

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Professora Edna Calheiros*

Beatriz Dutra*

Sociedade civil luta pelo PECS

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Parque Estadual da Costa do Sol (PECS) Anita Mureb, que abrange 6 municípios, entre eles Saquarema, recentemente sofreu ameaça de perder áreas na APA (Área de Preservação Ambiental) da Massambaba, através de um projeto de emenda em tramitação na ALERJ, que acabou sendo recusado. A área correspondente à antiga Reserva Estadual Ecológica de Jacarepiá, se manteve preservada, após grande mobilização social, mas em Cabo Frio, o Morro do Mico, permanece em situação de risco. Essa proposta de retirada de áreas do PECS foi apresentada como emendas aditivas ao Projeto de Lei 1546/2016, na ALERJ (Asembleia Legislativa) que visa retirar do parque uma área já ocupada em Monte Alto, em Arraial do Cabo. Em Saquarema, a primeira reunião da sociedade civil foi na Faetec, em Bacaxá, realizada em março de 2018, quando foram planejadas várias ações sociais, entre elas uma petição escrita pela não retirada de nenhuma parte do PECS; outra petição on line, com fotos; promoção de eventos ecológicos; posicionamento do CBHLSJ (Comitê de Bacia Hidrográfica Lagos São João); moção no ECOB-RJ (Encontro dos Comitês de Bacia do Rio de Janeiro) que vai se realizar em maio, em Maricá; regularização do Conselho Municipal de Meio Ambiente de Saquarema (COMMADS) e convocação do conselho anterior; articulação com a Câmara de Vereadores de Saquarema; criação de redes de comunicação que informem a população

e a hastag: #pecsnenhumaareaamenos. Neste sentido, realizou-se uma caminhada com surfistas, ambientalistas, empresários, técnicos, universitários e moradores locais, incluindo a observação de aves na trilha da Lagoa Vermelha, com o condutor ambiental Thales Pinheiro e o biólogo Igor Camacho, revelando um paraíso ecológico cercado de vegetação de restinga, que abriga o pássaro ameaçado de extinção Com-com, também conhecido como Formigueiro-do-Litoral. Na Lagoa Vermelha, que integra o projeto do Geoparque, por abrigar os famosos e raros “estromatólitos”, houve uma roda de conversa com geólogos da UFF (Universidade Federal Fluminense) e UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), com os professores Cainho e Kátia Mansur. Os estromatólitos só existem em 4 lugares no mundo e em Saquarema podemos visualizá-los a olho nu! Após um mergulho refrescante nas águas cristalinas e hipersalinas da Lagoa Vermelha, um café da manhã foi oferecido pela Pousada Recanto do Quati, onde se realizou uma palestra sobre o Geoparque Costões e Lagunas. A articulação com a Câmara de Vereadores de Saquarema já rendeu o apoio dos vereadores Rodrigo Borges e Elisia Rangel. Segundo a empresária e ambientalista Shantala Torres, as áreas protegidas do Parque Estadual da Costa do Sol são instrumentos fundamentais para o desenvolvimento de um turismo de qualidade na região: “O turismo sustentável contribui com a economia, a qualidade de vida e a conservação do meio ambiente”.

*Presidenta da AMEAS e membro do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher/Cedim-RJ

“A delizadeza de A a Z”

E

s c re v o c o m o c o r a ção em festa! Acaba de chegar às minhas mãos, com embalagem de presente, um verdadeiro tesouro poético de 2001: o “Manual da delicadeza de A a Z”, de Roseana Murray, ilustrado lindamente por Elvira Vigna, da FTD, São Paulo . Como nos diz a autora, “a partir de cada letra uma palavra, a partir de cada palavra um poema”. O livro é beleza, encanto e delicadeza elevados ao mais alto grau. E “a beleza é dom de Deus”, para Aristóteles; e “só a beleza salvará o mundo” para Dostoiéviski; e “o mundo da beleza é simples”, para Nélida Piñon. Então estamos SALVOS, porque ROSEANA, ao exercer com absolutos esmero e fascínio o seu dom poético, alcança em cheio os nossos corações e as nossas subjetividades. Vejam a perfeição da sua arte poética: “Luz – Com pedrinhas de luz / convém marcar o caminho / desde o nascimento / até a última curva, / quando para sempre / o sol se esconde. / Com pedrinhas de luz / convém construir a casa

e os gestos. / Fazer do coração / uma gruta amorosa, / um farol, / a iluminada e leve morada. // Encantem-se, ainda, com o poema “Nuvens – Caminhar em nuvens / é o mais lento / e duro aprendizado: / há que esquecer / todo o peso / terrestre / e transformar pedras / em luz, / palavras em estrelas. / Caminhar em nuvens / é árduo ofício: / há que pintar as mãos / e os gestos de azul / e oferecer ao outro / o mapa da delicadeza. // Bravo, Roseana! A beleza e a delicadeza da sua arte poética também sensibilizaram o poeta FERREIRA GULLAR, que assim se manifestou: “A poesia de Roseana Murray é feita de delicadezas e transparências, como ela falasse para mostrar o silêncio. E assim a linguagem alcança a condição de pluma ou porcelana.” E a palavra final, só poderia ser a de ROSEANA MURRAY, que além de tudo mora em Saquarema: “A vida deveria ser uma teia de infinitas delicadezas. Ao invés de uma porta fechada, horizontes, ao invés de um grito, girassóis.” Bravíssimo, Roseana Murray!

*Poeta, “Cidadã Saquaremense” e presidente da Academia de Letras Rio – Cidade Maravilhosa

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Abril de 2018


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