Intolerância religiosa é sinal de ignorância PÁGINA 2
Ano XVIII • nº 217 • 1 a 31 de outubro de 2017 • Saquarema • Rio de Janeiro
osaqua.com.br • Diretora: Dulce Tupy
Ministério Público aponta falhas no projeto do Porto de Jaconé DULCE TUPY
Che, imortal! Os 50 anos da morte do Che estão sendo comemorados em vários países na América Latina e no mundo ALBERTO KORDA
Ponta Negra com seus beachrocks descobertos por Darwin no século 19 é o cenário ideal para investimentos ambientais em vez de atividades portuárias
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promotor do Ministério Público do Rio de Janeiro, Dr. Marcus Leal, que é coordenador do Grupo de Atuação Especia-
lizada em Meio Ambiente (GAEMA), esteve na reunião do Subcomitê da Bacia Hidrográfica da Lagoa de Saquarema, realizada em Jaconé. Na ocasião, o promotor pontuou, entre ou-
tros aspectos, as falhas no processo de licenciamento e ressaltou ainda a potencialidade do local para fins ambientais, de lazer, culturais e educacionais. Página 3
Talentosos artistas da família Bravo
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a novela das nove, o ator mirim João Bravo está se sobressaindo como intérprete de Dedé, filho de Juliana Paes, a Bibi Perigosa. Já em São Paulo, Pedro Paulo Bravo integra o grande elenco do musical “Cantando na Chuva”, produção de Claudia Raia e Jarbas Homem de Mello, inspirada no filme, um clássico de Hollywood. Página 2
DIVULGAÇÃO/TV GLOBO
A foto mais vista no mundo, reproduzida em camisetas, cadernos, livros, quadros, copos, chaveiros e todo tipo de souvenir
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s 50 anos do assassinato do comandante Che Guevara estão sendo comemorados em todo o mundo. Argentino de nascimento, cubano por opção, desde que lutou ao lado do líder Fidel Castro, na Sierra Maestra, em Cuba, Che tornou-se um cidadão do mundo, tendo lutado no Congo, na África, e na Bolívia, na América do Sul. Revolucionário e idealista, Che resiste até hoje como mito, na memória dos socia-
listas e oprimidos em todo o planeta. Em Saquarema, o filme do documentarista argentino Carlos Pronzato “Carabina M2, uma arma americana, Che na Bolívia” será exibido na sede da OAB, no dia 27 de outubro, às 14:30h. Com 90 minutos de duração, a sessão de cinema será seguida de debate. É uma oportunidade única para se fazer uma reflexão histórica sobre o legado do heróico Ernesto Che Guevara. Páginas 4 e 5
Uma campanha que dá resultado
O ator mirim João Bravo, o Dedé da novela da 9, fazendo sucesso na TV como filho do casal Bibi Perigosa (Juliana Paes) e Rubinho (Emílio Dantas)
Todos os anos diversos países comemoram o Outubro Rosa, uma data surgida nos Estados Unidos que chegou ao Brasil em 2002. Somente a partir de 2008 a campanha, para prevenção do câncer de mama, ganhou força e passou a ser divulgada em várias cidades do país. Em Saquarema,
todo ano a igreja de N. Sra. de Nazareth fica iluminada de cor de rosa, para realçar a campanha que combate este que é o segundo tipo mais frequente de câncer no mundo. É preciso prevenir! Mas pessoas já diagnosticadas tem direitos conquistados. Página 2
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O SAQUÁ
Bravos saquaremenses
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ois jovens artistas da tradicional família Bravo estão despontando no cenário artístico nacional. Estreando, o ator João Bravo, neto de Cinéa, está brilhando na novela “A Força do Querer” da Rede Globo, no papel do menino Dedé, filho da atriz Juliana Paes, que interpreta a personagem Bibi Peri-
O ator mirim João Bravo é o filho de Juliana Paes na novela das nove, da TV Globo
Pedro Paulo Bravo com sua mãe Deuza de Paula, Cláudia Raia e Jarbas Homem de Mello
gosa, uma mulher envolvida na trama com o mundo do crime. Mesmo com pouca idade, o dedicado ator vem conquistando a simpatia do público e do elenco por sua atuação no horário nobre e já está entre os candidatos finalistas ao prêmio Notícias de TV, na categoria ator mirim. Quem também está conquistando os palcos e o público, ago-
ra em São Paulo, é o jovem dançarino Pedro Paulo Bravo, que atualmente integra o corpo de baile do musical “Cantando na Chuva”, uma produção assinada por Claudia Raia e Jarbas Homem de Mello. Além do musical, Pedro Paulo, agrega as funções de diretor do Festival Copasetic e de professor de sapateado no Centro de Artes Nós da Dança.
Laboratório Municipal
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Laboratório Municipal de Análises Clínicas foi inaugurado em Bacaxá, no dia 2 de outubro, pela prefeitura. O laboratório funciona como uma central de exames, não como ponto de coleta, onde estão sendo feitas as análises de todo o material coletado nos principais locais de saúde pública do município. Os exames continuam sendo coletados no Hospital de Bacaxá, Policlínica, Clínica da Mulher, PSFs e PUs, que seguem para análise no novo laboratório. O próximo passo para a modernização do sistema é a informatização, que permitirá o acesso aos exames através de mensagens pelo telefone e internet.
O laboratório vai centralizar todos os exames feitos nas unidades de saúde do município
O SAQUÁ
O jornal de Saquarema
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Outubro Rosa e os direitos das pacientes
Editora: Dulce Tupy – dulcetupy@osaqua.com.br Diretor comercial: Edimilson Soares Diretora de Arte: Lia Caldas Colaboradores autônomos: Alessandra Calazans (redação e revisão), Pedro Stabile (fotografia), Ronan Conde (diagramação)
Jornalista Responsável: Dulce Tupy (registro:18940/87/62)
A igreja de N. Sra. de Nazareth vestida de rosa, cor da campanha de conscientização sobre o câncer de mama
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o mês de conscientização para o diagnóstico e tratamento do câncer de mama, há uma outra abordagem muito importante para as pacientes diagnosticadas, que devem conhecer seus direitos. Portadores de câncer, que contribuíram com o INSS, possuem direitos, dentre eles o auxílio-doença e a aposentadoria por invalidez; o requerimento do benefício é junto ao INSS. Mas há também outros direitos assegurados, como a cirurgia de reconstrução mamária, que por lei pode
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ser feita pelo Sistema Único de Saúde (SUS), além do plano de saúde. Os pacientes com câncer podem sacar o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço e o PIS; estão isentos do Imposto de Renda relativo aos rendimentos de aposentadoria, reforma e pensão; isentos de impostos como ICMS, IPI e IPVA; e direito ao transporte coletivo gratuito, entre outros. Em Saquarema, a Clínica da Mulher, está atendendo a todos os pedidos de mamografia e agendando consultas, na Av. Saquarema, 3557 - Porto da Roça.
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Outubro de 2017
Promotor questiona licenciamento do atual projeto do Porto de Jaconé LUIZ LOPES
O promotor Marcus Leal na reunião do Subcomitê de Saquarema, Jaconé e Jacarepiá
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ma reunião do Subcomitê de Saquarema, Jaconé e Jacarepiá realizou-se na Escola Municipal Ismênia de Barros Barroso, no final de setembro e teve como um dos pontos principais uma apresentação do Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) sobre as falhas no processo de Licenciamento e no Eia-Rima dos Terminais Ponta Negra (TPN), popularmente conhecido como Porto de Jaconé. Coordenador do GAEMA (Grupo de Atuação Especializado em Meio Ambiente) do MP-RJ, o Dr. Marcus Leal declarou que não vê possibilidade do projeto do porto ir adiante da forma que foi apresentado, por diversos motivos. Um deles é a presença dos beachrocks, os arenitos de praia, descritos pelo célebre cientista Charles Darwin, pai da Teoria da Evolução, que visitou a região no século XIX. O assunto foi tema do documentário “Beachrocks em Chamas” produzido pelo próprio MP-RJ, com depoimentos de representantes do meio acadêmico e lideranças comunitárias. Segundo o promotor, o processo investigatório movido pelo MP-RJ está em fase de conclusão. Acompanhado de 4 técnicas, especializadas em geologia (Adria-
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na Lima), biologia (Vanessa Leão), química (Joana Arcoverde) e arquitetura (Izabela Lentino), Dr. Marcus fez questão de realçar o fato de que a área de 120 hectares, escolhida para construção do Porto de Jaconé, em Ponta Negra, entre o mar, o costão rochoso e as montanhas cobertas de Mata Atlântica, seria melhor utilizado para fins ambientais, de lazer, culturais e educacionais, entre outras finalidades afins. Outro argumento é a quantidade de portos já existentes no Rio de Janeiro, na Baía de Guanabara, no Rio, em Niterói, em Angra dos Reis, em Sepetiba, em Macaé e em Quissamã (Porto do Açu), sem necessidade da construção de mais portos.
Divergências entre poderes Além disso, há várias divergências entre o MP-RJ, o INEA (órgão licenciador) e a DTA Engenharia, empresa que apresentou o projeto de construção do porto e elaborou o Eia-Rima. Segundo a promotoria, a Prefeitura de Maricá, favorável ao porto, concedeu um licenciamento municipal, extremamente questionável, cheio de irregularidades. E também tem que ser levado em consideração o
fato de que falta infra-estrutura urbana, estradas e inclusive recursos hídricos para o projeto se concretizar. “O diagnóstico sócio-ambiental da região inviabiliza o projeto da forma como foi apresentado. Além disso, Maricá já recebe 150 milhões de royalties do petróleo; será que precisa de mais esse empreendimento?” questiona o promotor. “É possível explorar o meio ambiente de forma sustentável”, considera o Dr. Marcus. Segundo o projeto da DTA Engenharia, para a construção do molhe no mar, haveria que se buscar pedras nas montanhas que hoje são intocáveis, protegidas por lei que não permite atividade mineradora naquela localidade. Também se fez presente a geóloga Kátia Mansur, da UFRJ, uma das principais defensoras da criação do Geoparque Costões e Lagunas que abrange vários municípios, entre eles Maricá e Saquarema, subindo por toda a Região dos Lagos até Campos e Bom Jesus de Itabapoana. Esteve presente também o técnico do DRM-RJ Pedro Hugo. Provavelmente a professora Kátia será a próxima palestrante na reunião do Subcomitê de Saquarema, antes do final do ano.
Não podemos aceitar a intolerância religiosa
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Dulce Tupy*
ecentemente asvem ser respeitadas em suas sistimos a casos crenças, suas práticas relide intolerância giosas e convicções? Mesmo religiosa, através aqueles que não acreditam da mídia, televiem nada, os agnósticos e são, rádios, revistas, jornais, ateus, têm que ser respeiredes sociais e celulares, via tados pelos que profetizam internet, enfim, canais que qualquer religião. Todos são hoje estão disponíveis para iguais; somos iguais porque todos os cidadãos. Assim, somos humanos. vimos perplexos uma mulher, Uma luz no fim do túnel uma mãe de santo no seu terreiro obrigada a destruir No Rio, houve uma grande todos os objetos sagrados, manifestação contra a intosob a mira e a voz tenebrosa lerância religiosa na Praia de de um homem que a ameaçaCopacabana. Foi uma maneira va constantemente. Este foi de dizer não à intolerância renão só um ato de intolerância ligiosa. Um encontro também religiosa como também de no Rio de Janeiro, promovido tortura física e psicológica. É pela Procuradoria Regional inaceitável numa sociedade dos Direitos do Cidadão, de pessoas de bem, numa socontou com a presença do ciedade saudável, democrátiMinistério Público Federal, ca. É um verdadeiro absurdo. do Ministério Público do Rio Como pode alguém ser de Janeiro, da Comissão de ameaçado pelo simples fato Direitos Humanos da OAB, da de ter uma religião, seja ela ONG Educafro, entre outras qual for? Todas as pessoas entidades da sociedade civil. têm o direito de escolher uma Na ocasião, foi colocada a religião, de acordo com seus necessidade de medidas de princípios morais. Num país amparo imediato às vítimas como o Brasil, que desde sua de intolerância religiosa. mais remota origem, tem tanRealizada na Secretaria tas matrizes diferentes, tendo Estadual de Direitos Humanos sido formado por índios, e Políticas para Mulheres e brancos e negros, como pode Idosos (Sedhmi), o grupo ainda existir intolerância relipropôs a criação da Delegacia giosa e racismo? Na Europa, de Crimes Raciais e Delitos a Segunda Guerra Mundial, de Intolerância (Decradi), para com a ascensão do fascismo enfrentar esta onda crescene do nazismo, a partir da Itália te de intolerância religiosa, e Alemanha, a intolerância dando condições para que religiosa se voltou contra os estes casos sejam registrados judeus e os ciganos. Em váe investigados adequadarias partes do mundo até hoje mente. Presentes: o Centro a intolerância religiosa separa de Apoio às Promotorias de povos e países. É preciso Cidadania e representantes combater essa forma de vioda Secretaria de Estado de lência que vem se espalhando Segurança Pública, entre oupelo planeta. tras instituições. É um esforço A poucos dias, em Ubenotável para o combate a raba, Minas Gerais, mais um todas as formas de intolerânato de violência e intolerância cia religiosa. Outro caminho religiosa se voltou contra o para aprofundar ainda mais túmulo do líder espírita Chia discussão é a realização co Xavier, que já havia sido da IV Conferência Municipal agredido anteriormente. Por de Promoção da Igualdade que? As pessoas não podem Racial, no Rio, preparatória ser espíritas, kardecistas, umda Conferência Estadual e bandistas, candomblecistas, * Dulce Tupy é jornalista, escritora, pesquisadora e editora do Saquá da Nacional. É jornal horaOde nos mulçumanas, evangélicas, unirmos nesta luta contra a católicas, budistas? Ou todas intolerância religiosa. têm os mesmos direitos e de-
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Che Guevara continua vivo na memória dos idealistas
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he Guevara não morreu; virou um encantado, como se diz na fala nordestina, no norte do Brasil e no cento-oeste brasileiro. Em Cuba, onde os restos mortais do Che estão enterrados num mausoléu em Santa Clara, segunda maior cidade do país, um ato no Dia do Guerrilheiro Heróico, dia 8 de outubro, reuniu cerca de 70 mil militantes. Na Bolívia, vários eventos comemoraram não os 50 anos da morte do Che, mas a presença do comandante Che Guevara que permanece viva no inconsciente coletivo do povo, principalmente em La Higuera, onde foi fuzilado por um militar boliviano com uma arma americana. Nascido na Argentina mas um verdadeiro cidadão do mundo, Ernesto Che Guevara viajou por toda a América Latina antes de se formar em medicina. Já formado, foi para a Guatemala onde participou do processo revolucionário e depois para o México, de onde partiu com o grupo de Fidel Castro rumo à Sierra Maestra,
Capa do filme de Carlos Pronzato
tornando-se um dos maiores líderes da revolução cubana. Exemplo de dignidade humana, Che também lutou no Congo, na África e estabeleceu um foco guerrilheiro na Bolívia, onde foi assassinado no dia 9 de outubro de 1967. Para comemorar os 50 anos da morte do Che, vários eventos se realizaram em todo o mundo. Em Milão, na Itália, uma grande exposição com cerca de 2 mil peças, contam a vida deste guerrilheiro que se tornou um exemplo de liberdade e luta para cidadãos de todo o planeta. Imagem de rebeldia para a juventude, Che teve sua imagem reproduzida em camisetas, tênis, canecas, bonés, chaveiros, posteres, pratos e todo tipo de souvenirs. A célebre foto captada por Alberto Korda, numa praça em Havana, é considerada a foto mais vista e mais reproduzida no mundo até hoje. “Viralizou”, como dizem hoje. Che tornou-se um mito. Uma reflexão sobre o Che será feita em Saquarema, na sede da OAB, em frente ao Fórum Oliveira Viana, no Centro,
Che cercado de soldados depois de ter sido fuzilado com uma arma americana
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Carlos Pronzato
Um cineasta latino-americano
O diretor Carlos Pronzato em La Higuera, na Bolívia, onde Che foi fuzilado
dia 27 de outubro, a última sexta-feira do mês, às 14:30h. Na ocasião, será exibido o filme “Carabina M2, uma arma americana, Che na Bolívia, do cineasta argentino Carlos Pronzato. Após a exibição de 90 minutos, haverá um debate com a presença do próprio diretor, recém-chegado da Bolívia, onde participou das comemorações em homenagem ao Che. Também participarão do debate os produtores dos filmes “Calabouço” e “Os Irredentos”, Paulo Gomes e Geraldo Sardinha, diretor da TV Comunitária do Rio, autor do livro “Calabouço”, o histórico líder sindical, Raphael Martinelli, o presidente do Sindicato dos Jornalistas Continentino Porto, o jornalista Sérgio Caldieri, autor do livro
“Alberto Cavalcanti, o cineasta do mundo” e Maria José Latgé, que esteve em Cuba nas comemorações em Santa Clara. Será a oportunidade de conhecer melhor o homem que morreu de olhos abertos, para entrar na eternidade. O evento é uma realização do Saquá Cultural Ambiental, jornal O Saquá e Tupy Comunicações, em parceria com a OAB-Saquarema e apoio da AMEAS (Associação de Mulheres Empreendedoras Acontecendo em Saquarema), do Núcleo Os Irredentos, de LaMestiza Audiovisual, do Sindicato dos Jornalistas do Estado do Rio de Janeiro, do MAPI (Movimento dos Aposentados, Pensionistas e Idosos do PDT) e da REC + Produtora de Vídeo e Comunicação
Ele nasceu na Argentina, mas foi na Escola de Artes da Universidade Federal da Bahia que se formou e fez pós-graduação em teatro. Teatrólogo, cineasta, escritor e ativista social, Carlos Pronzato reside há décadas no Brasil. Com forte conteúdo social, seu documentário “Madres de Plaza de Mayo” ganhou o Prêmio Especial do Júri na 36ª Jornada Internacional de Cinema da Bahia e o Prêmio Internacional Roberto Rossellini, no Festival de Maiori, na Itália, em 2009. Com um esquema próprio de produção e distribuição de seus filmes e livros, Pronzato aborda temas populares que estão fora do circuito comercial. É o caso dos documentários “Buscando Allende”, sobre o presidente assassinado do Chile e “Carlos Calica Ferrer”, sobre a segunda viagem de Che Guevara pela América Latina. Recentemente, Pronzato fez o filme “Calabouço, um tiro no coração do Brasil”, sobre o famoso restaurante estudantil onde morreu o estudante Edson Luis, cujo assassinato detonou uma série de manifestações que culminaram com a Passeata dos Cem Mil. O filme “Carabina M2, uma arma americana, Che na Bo-
DULCE TUPY
O cineasta Carlos Pronzato, o produtor Paulo Gomes e o diretor do jornal O Saquá Edimilson Soares em Barra Nova
lívia” é um documentário onde apesar do foco estar na arma que matou o Che, há uma reflexão profunda sobre o personagem histórico, herói do século XX que resiste aos tempos atuais, mesmo após 50 anos de sua morte. Em setembro, Carlos Pronzato visitou a redação do jornal O Saquá, junto com um dos produtores do filme “Calabouço”, Paulo Gomes. E em outubro viajou à Bolívia, onde esteve em La Higuera, pequeno povoado onde foi fuzilado o comandante Che Guevara.
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Seleção Brasileira rumo à Copa do Mundo
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elas eliminatórias da Copa do Mundo da Rússia, o jogo Brasil e Chile teve o placar de 3 a 0. Pela Seleção Brasileira os dois gols de Jesus e Paulinho eliminaram o Chile, que tinha em
sua torcida, a presidente chilena Michelle Bachelet. A partida realizada dia 10/10 bateu recorde; a equipe de Tite chegou a 41 pontos, maior pontuação em eliminatórias e a arrecadação passou de R$ 15 milhões, no Allianz Parque, em São Paulo.
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empresa de comunicação Rec+ realizou um desfile infantil no palco da Casa de Festas Luna, no Porto da Roça, em parceria com a Real Eventos. Foram 44 crianças, entre 6 meses e 13 anos, que desfilaram e se divertiram muito em um
ambiente familiar e de muitos registros dos modelos mirins. As lojas Lua de Cristal, Magazine de Bacaxá e Karoll Modas cederam os looks para o desfile. Houve ainda o apoio de comerciantes locais, que viabilizaram o evento, considerado sucesso absoluto pelos presentes.
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Roda de Conversa
Cultura é notícia
Professora Edna Calheiros*
Beatriz Dutra*
Carta aberta do CEDIM Ao Governador, Luiz Fernando Pe- tas e de mulheres, consubstanciadas zão e ao Secretário de Direitos Huma- nos relatórios das quatro Conferências nos e Política para Mulheres e Idosos, Estaduais de Políticas para as Mulheres Átila Alexandre Nunes. até aqui realizadas. Nós, do Conselho Dia 03/10/17 recebemos a notícia de Estadual de Direitos da Mulher (CEDIM/ mais uma exoneração da Subsecretaria RJ), denunciamos mais uma vez esse de Política para as Mulheres do Estado desmonte que vem precarizando de do Rio de Janeiro, Eduviges Conti Lo- forma perversa os serviços e chamamos ffredo Lopes. Duva foi a oitava gestora a atenção para a falta de diálogo com a que passou pela pasta desde2012. sociedade civil, que tem caracterizado Para além das avaliações sobre as a gestão da Secretaria de Direitos Hugestões que ocuparam a Subsecreta- manos, Política para Mulheres e Idosos, ria, esta breve estatística demonstra o que prefere empurrar com a barriga as machismo de uma cultura política que políticas voltadas para as mulheres. Não desrespeita os direitos das mulheres se faz democracia sem esse diálogo e em diversos âmbitos. E, neste episódio, sem a participação popular na construcompreendemos o machismo enquanto ção de políticas públicas! Seguimos em expressão de um autoritarismo ligado luta! Contamos com a colaboração de às mudanças unilaterais. Portanto, não todas na divulgação desta carta! entendemos esta exoneração como Conselheiras do CEDIM: Amanda uma simples mudança de gestão, mas Motta (Comissão OAB Mulher), Angela tão somente como troca de indicação Freitas (Articulação de Mulheres Braside cargos políticos. leiras), Luiza Miriam (Fórum Feminista Em menos de 6 anos, a constante do Rio de Janeiro), Clatia Vieira (Fórum troca de gestoras impôs a desconti- Estadual de Mulheres Negras do Rio nuidade das equipes técnicas, o que de Janeiro), Dilceia Quintela (Secretaria atinge diretamente a execução de de Mulheres do Partido Comunista do projetos, o funcionamento de todos os Brasil - PC do B), Edna Calheiros (Assoserviços diretos (como o atendimento ciação das Mulheres Empreendedoras psicossocial às mulheres em situação Acontecendo em Saquarema - AMEAS), de violência), bem como das ações Juliana Leite (Instituto Brasileiro de Adtransversais e intersetoriais (como as do ministração Municipal - IBAM), Helena campo da saúde, educação, trabalho Piragibe (União Brasileira de Mulheres e renda, dentre outras). Tais mudanças UBM), Manola Vidal (Secretaria Estadual também acabam violando o disposto na de Saúde/RJ), Mônica Gurjão (União Lei 11.340/2006 que, em seu Art 1º, es- de Negros pela Igualdade - UNEGRO), tabelece a responsabilidade do Estado Marlene Miranda (Central Única dos em estruturar medidas de assistência e Trabalhadores - CUT), Raimunda Leone proteção às mulheres em situação de (Central dos Trabalhadores e Trabalhaviolência doméstica e familiar. doras do Brasil - CTB), Maria Conceição O loteamento partidário que a dos Santos (Fórum de Prevenção e Subsecretaria tem praticado prejudica Enfrentamento à Violência contra a de forma estrutural a consolidação de Mulher na RegiãoSul Fluminense) e Elza políticas de Estado que de fato atendam Silva dos Santos Serra (Federação de *Presidenta da AMEAS e membro do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher/Cedim-RJ às demandas dos movimentos feminis- Mulheres Brasileiras - FMB).
e Obstetrícia
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Bom humor: Virtude maior?
“
Na minha idade de ouro(...) a CORAGEM ocupava o primeiro lugar. A virtude maior. Coragem de amar e desamar, coragem de morrer e desmorrer, coragem da cólera, da tristeza (...) Mudei de pensar. Melhor ainda do que ter coragem é ter SENSO DE HUMOR -, dom mais raro. E mais nítido (...) O SENSO DE HUMOR é que nos impede de virarmos uma esponja de fel” (Lygia Fagundes Telles) Uma vez mais, Lygia tem razão. Sabermos encontrar e manter o sorriso em meio ao mar de dificuldades que vivemos... Atravessarmos o caos à nossa volta, com equilíbrio e SENSO DE HUMOR, sem deixarmos de estar atentos e sermos solidários aos nossos semelhantes, é algo que exige conhecimento, arte e força de vontade. E mais que isso: exige a compreensão de que tudo é passageiro e está em constante mudança. Lembro Heráclito: “Tudo flui, tudo muda”... E Teresa de Jesus: “Nada te perturbe, nada te espante: tudo passa”... . E “quando compreendemos essa temporalidade, saímos da nossa condição de agonia constante e entramos em um processo longo de aceitação”, explica Monja Coen, que segue a linha do zen-budismo (cf. excelente matéria de Débora Gomes, publicada na revista “Vida Simples”, de set. 2017, edição 187). Ora, se tudo é passageiro, por que reclamarmos tanto? “Encontrar um
estado de satisfação e contentamento com a nossa existência é nosso dever e direito de nascença”, assegura Monja Coen. E ainda ela: “Devemos aprender a aceitar que só porque as coisas não aconteceram como esperávamos não quer dizer tudo está acabado e que os próximos acontecimentos também serão frustrantes.” “A vida é muito importante para ser levada a sério”... escreveu Oscar Wilde. Assim, importa é estarmos atentos em nossa caminhada, para seguirmos com uma certa descontração, um certo sorriso, uma certa leveza... E diante dos inesperados obstáculos, sempre que necessário, nos perguntarmos: Onde está o meu sorriso? Pra onde foi parar o meu bom humor? Onde eu perdi a capacidade de rir das minhas imperfeições? Oi ainda: “por que me irritar com isso se tudo é passageiro?” O fato é que sendo mais tolerantes com as nossas próprias falhas, seremos mais tolerantes com as do nosso próximo. E, sabendo encontrar o sorriso, mesmo em situações difíceis, espalharemos bom humor, e, consequentemente a vida ficará muito mais agradável, mais leve, e muito menos difícil de ser vivida! “Ah, o velho bem humorado, que alívio!” Escreveu Lygia, sempre Lygia, a guiar-nos no caos
*Poeta, “Cidadã Saquaremense” e presidente da Academia de Letras Rio – Cidade Maravilhosa
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O SAQUĂ
Outubro de 2017