O Saquá 211

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Um Brasil feliz para todos(as) os(as) brasileiros(as)  PÁGINA 6

Ano XVII • nº 211 • 1 a 30 de abril de 2017 • Saquarema • Rio de Janeiro

www.osaqua.com.br • Diretora: Dulce Tupy

Pescadores retirados da margem da lagoa

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escadores de Saquarema foram surpreendidos com um aviso que tinham que retirar suas embarcações até o início de abril da margem da Lagoa de Saquarema. O local, na descida da ponte Darcy Bravo, é um atracadouro histórico com mais de 100 anos. Os barcos na margem da lagoa sempre foram um cenário pito-

resco na paisagem da cidade. O que se fala agora é que o despejo foi feito para construir um cais, cujo projeto não foi apresentado até agora aos pescadores e nem aos moradores do centro, os mais interessados. É mais um ato de descaracterização do município que já perdeu as suas principais referências na arquitetura da cidade. Página 3

EDIMILSON SOARES

Os barquinhos coloridos davam um toque especial à paisagem que é uma pintura

Vereadora Elisia Rangel é a primeira secretária da Câmara

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vereadora Elisia Rangel é a primeira secretária da Câmara Municipal, um cargo estratégico e cheio de responsabilidades. Mas para a assistente social Elisia, que veio de Maricá para Saquarema em 1997, nada parece difícil. Elisia começou a trabalhar na Secretaria de Saúde, tornando-se mais tarde secretária municipal de Desenvolvimento Social. Hoje, na Primeira Secretaria da Câmara, vem se destacando com seu estilo de administrar com disciplina e suavidade. Página 3

CLAUDIO MOTTA

O internacional Fernando Pacheco em Saquarema O artista plástico Fernando Pacheco, premiado em vários salões no Brasil, reconhecido internacionalmente, tem um atelier na praia de Barra Nova, onde recebe os amigos e a imprensa. Recentemente, o pintor recebeu também uma equipe de cinema que está produzindo um documentário sobre sua vida. Páginas 4 e 5

EDIMILSON SOARES

Fernando com a esposa Nina

História do restaurante Calabouço vira livro

A primeira secretária da Câmara, Elisia Rangel, em ação

O emblemático restaurante Calabouço, cenário onde se deu a morte do estudante secundarista Edson Luiz, em 1968, é o tema do livro de Geraldo Sardinha, escrito durante seu exílio no Uruguai, republicado agora no Brasil e já lançado em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Estopim das manifestações que culminaram com a célebre Passeata dos Cem Mil, o Calabouço foi uma criação do governo do presidente Getúlio Vargas, para amparar os estudantes carentes, principalmente nordestinos. Página 7


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O SAQUÁ

Eleição e Posse do Comitê de Bacia Hidrográfica Lagos São João

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A nova diretoria do CBH Lagos São João na posse em Cabo Frio

oi eleita a nova diretoria do Comitê da Bacia Hidrográfica (CBH) das Lagoas de Araruama e Saquarema e dos Rios São João e Una (CBH LSJ) no auditório da Prefeitura de Cabo Frio, que tomou posse no dia 31 de março. O Comitê de Bacia Lagos São João abrange 12 municípios da Região das Baixadas Litorâneas, entre eles Saquarema. Nesta nova composição da diretoria, foram eleitos, para o biênio 2017-2019: presidente Leandro Coutinho, vice-prefeito de Iguaba Grande; vice-presidente Carlos Gontijo, superintendente da Concessionária Águas de Juturnaíba; e secretário executivo Arnaldo Villa Nova, da ONG Viva Lagoa.

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Foram eleitos também os 4 coordenadores dos Subcomitês da Bacia: Subcomitê do Rio São João, Subcomitê do Rio Una, Subcomitê de Araruama e Subcomitê de Saquarema. Instituído pelo Decreto Estadual n° 36.722, de 8 de dezembro de 2004, o CBH Lagos São João tem sua sede na Rodovia Amaral Peixoto, km 106, Horto Escola Artesanal, em São Pedro da Aldeia (tel. 2657 8539 e cel. 98841 2358). O Comitê de Bacia é responsável pela gestão compartilhada da bacia, onde se tomam as decisões sobre os usos múltiplos da água, inclusive em relação aos conflitos de interesses entre o poder público, os usuários da água e os representantes da sociedade civil.

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Pescadores agora são proibidos de atracar na margem da lagoa

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quela imagem pitoresca dos barcos coloridos na margem da lagoa de Saquarema, na descida da ponte Darcy Bravo, na entrada da cidade, não existe mais. Os pescadores tiveram um prazo pequeno para retirar todas as embarcações e dar espaço a uma obra que até agora ninguém sabe como será. A ordem veio de um aviso da Secretaria Municipal de Abastecimento e Pesca dando um prazo até o dia 5 de abril, para que o local fosse desocupado “Por motivo de reurbanização da orla”. A área em questão é o mais antigo porto natural da Lagoa de Saquarema. “Um porto de mais de 100 anos”, disse Dirceu Caetano, corretor de imó-

FOTOS: EDIMILSON SOARES

O corretor de imóveis Dirceu Caetano lamenta a retirada dos barcos

veis e um dos mais antigos moradores do centro da cidade, quando ainda era chamada de Vila. Dirceu morava numa casa na esquina que hoje abriga a Farmácia Alexandre, onde sua mãe colocava canjica em potinhos na janela, para vender aos pescadores que chega-

vam famintos depois da pesca. Filho do eletricista que cuidava do único gerador da cidade, que ligava a luz elétrica às 8 da noite e apagava às 10, Dirceu fica triste de ver aquela área histórica desocupada às pressas, sem a mínima consideração, sem diálogo com a

Os barcos davam um colorido a mais ao ambiente e era tradição

comunidade pesqueira, sem a apresentação de nenhum projeto! “Não sei o que vão fazer aqui, se um cais ou uma marina”, fala Dirceu. Em sua casa, numa rua mais adiante, seu pequeno barco de alumínio vai ter que aguardar uma outra

oportunidade para se lançar na lagoa, sabendo que não vai poder permanecer na margem, como tantos pescadores e moradores locais também. É mais uma intervenção abrupta na vida da cidade, praticada pela nova administração pública. Saquarema agora tem dona.

Elisia Rangel, a primeira secretária da Câmara Municipal

A

assistente social Elisia Rangel é a primeira secretária da Câmara Municipal. Dito assim parece uma coisa normal, mas não é, porque pela primeira vez a Primeira Secretaria da Câmara é ocupada por uma mulher. O cargo de secretária é estratégico. É na Secretaria que se faz a pauta das sessões, quando são votadas as emendas e as indicações dos vereadores, além dos projetos do Executivo. A Secretaria é responsável também por várias atividades do dia a dia, incluindo a própria administração da Câmara. Mas para Elisia, casada com o médico oftalmologista Dr. Saint Clair, mãe de três filhos, tudo parece fácil, diante de outras responsabilidades que assumiu ao longo de sua carreira. Nascida em Saquarema, formanda em Assistência Social na

FOTOS: EDIMILSON SOARES

Elisia na Tribuna da Câmara

Universidade Gama Filho, no Rio, trabalhou no Hospital de Maricá e na Secretaria de Promoção Social, no município vizinho onde morou com sua família. De volta a Saquarema em 1997, trabalhou na Secretaria Municipal de Saúde,

Elisia sempre tomou decisões, como no tempo da Secretaria de Desenvolvimento Social

sendo nomeada posteriormente como diretora da Secretaria de Promoção Social, hoje denominada Secretaria de Desenvolvimento Social, da qual foi secretária no governo Franciane Motta. A secretaria que tinha come-

çado com apenas um prédio e 9 funcionários, cresceu na administração de Elisia, chegando atualmente a ter 12 prédios e cerca de 200 funcionários; com certeza uma das maiores secretarias do município que agrega

os seguintes programas: Plantão Social, Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS), Centro de Convivência do Idoso, Praça do Bem Estar, Lar dos Idosos, Comissão Municipal de Emprego, Abrigo Raio de Sol, Casa de Passagem, Café da Manhã do Trabalhador, Cidadania pra Todos, Renovando Vidas e Cartão Cidadania. Durante toda sua trajetória profissional, Elisia sempre focou um atendimento humanitário, com melhor qualidade de vida aos menos favorecidos. Nas últimas eleições, veio o reconhecimento popular, tendo sido uma das 3 vereadores eleitas. Agora, como primeira secretária da Câmara, Elisia conquista também o reconhecimento de seus pares, exercendo a secretaria com competência e discrição.


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Fernando Pacheco, um artista i

O

atelier do artista plástico Fernando Pacheco em Saquarema é uma pequena casa na beira da praia em Barra Nova, com janelas amarelas, detalhes em vermelho. Pelo visual, já dá para ver a pessoa criativa que se pode avistar no verão sentada na varanda, curtindo o mar e o magnífico pôr do sol. Dentro da casa, existe um mundo: quadros nas paredes, uma cristaleira antiga com livros, garrafas e pedras pintadas como miniaturas. Uma grande mesa oferece aos amigos café e biscoito. Mas pode ser também champanhe. A dona da casa, esposa e produtora de Fernando Pacheco, Nina, é quem dá o tom de liberdade, neste cenário onde tudo gira em torno da arte. Mineiro nascido na cidade barroca de São João Del Rei, Pacheco veio para o Rio de Janeiro na juventude, tendo sido influenciado por grandes artistas e pensadores brasileiros. Convivendo com intelectuais como o jornalista, escritor e atual membro da Academia Brasileira de Letras Carlos Heitor Cony, aprendeu o valor da arte, antes de optar pela carreira de artista plástico, que um dia explodiu em cores, dentro do seu quarto, em Belo Horizonte (MG). Filho de militar, Pacheco frequentava Saquarema já na adolescência, quando seu pai construiu uma casa de veraneio no Boqueirão. Aqui conheceu o artista plástico russo Wladimir Obrescoft que o introduziu no universo das cores feitas com óleo de linhaça, num processo artesanal. “Além de mestre em pintura, ele fazia

NINA PACHECO

O artista plástico Fernando Pacheco em seu atelier em Barra Nova

suas próprias telas e molduras. E fabricava violinos”, lembra Pacheco, destacando também a qualidade da pintura de Vera Obrescoft, esposa de Wladimir. “Com ele aprendi a ‘cozinha’ da pintura”, confessa. Pacheco é hoje um dos artistas mais consagrados do país, tendo no aeroporto de Confins um painel de 19 metros que recebe com asas abertas os viajantes. Tendo feito exposições nos museus mais importantes do Brasil, é reconhecido também no exterior. Em recente exposição, o artista apresentou a influência que teve a partir de sua passagem por países como Nova Zelândia, Taiwan, China e Japão. Premiado em vários salões no Brasil, expôs nos Esta-

dos Unidos, Alemanha, Argentina e Chile. Em Saquarema, fez uma generosa exposição em 2002, na Salarte, espaço anexo do Teatro Mário Lago, em Saquarema. No ano seguinte, a Fundação Reina Sofia, da Espanha, adquiriu 3 obras suas.

Da Pampulha para Saquarema Em 2009, uma mega exposição sua, com 60 obras, inaugurada na Grande Galeria do Palácio das Artes, em Belo Horizonte, também vista no Museu Casa dos Contos em Ouro Preto (MG), atraindo um público de 30 mil pessoas. Vários livros foram escritos sobre Fernando Pacheco e

sua obra envolvente. Em 2012, o próprio Fernando lançou o Livro “O Papel do Artista”, junto com uma exposição de pintura, desenho e gravura, na Academia Brasileira de Letras, no Rio de Janeiro. E em setembro de 2014, Fernando funda o Centro de Arte Fernando Pacheco (CAFP), no mesmo local onde já funcionava o seu atelier há 32 anos, na Pampulha, um lugar emblemático em Belo Horizonte, onde se encontram grandes obras do genial arquiteto Oscar Niemeyer. Integrando o circuito cultural da Pampulha, hoje considerado “Patrimônio Cultural da Humanidade”, o CAFP contêm o atelier do artista, uma galeria, um memorial, uma alameda e uma praça. Neste verão, uma equipe de cinema iniciou um documentário sobre Fernando Pacheco. O diretor do filme, Fernado Batista, esteve em Saquarema para fazer algumas tomadas. Na praia deserta, Pacheco pintou uma barraca de praia branca como areia... O documentário incluiu um depoimento da jornalista Dulce Tupy sobre Fernando Pacheco, que conheceu no Palácio das Artes, em Belo Horizonte, e reencontrou em Saquarema, na casa do crítico de arte Mário Barata e da artista plástica Tziana Bonazolla, seus vizinhos. Recentemente, Fernando Pacheco terminou um painel sobre a vitória da seleção brasileira masculina de vôlei nos Jogos Olímpicos. Será um belo presente de Pacheco para a cidade, que abriga o Centro de Desenvolvimento do Vôlei, onde os campeões olímpicos brasileiros treinam, quando estão em Saquarema.


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O SAQUÁ

ta internacional em Saquarema DULCE TUPY

Aula de samba EDIMILSON SOARES

Pacheco e Nina com o painel sobre o Ouro Olímpico da Seleção de Vôlei NINA PACHECO

Dulce entre alunos e professores, incluindo o diretor Rodrigo e a professora Sandra

O Pacheco pintando uma barraca de praia, durante a filmagem feita em Saquarema

Colégio Ismênia de Barros, em Jaconé, recebeu a jornalista e pesquisadora Dulce Tupy para palestra sobre os 100 anos do samba. A abordagem aos principais fatos históricos que marcaram a evolução do ritmo, símbolo cultural do país, passa pela larga experiência e trajetória profissional da palestrante, Dulce Tupy, que é autora do livro Carnavais de Guerra, o nacionalismo no samba, e ainda

do ensaio fotográfico Carnaval da Vitória – Gente de Angola. Dulce foi durante anos membro da equipe de jurados das escolas de samba do Rio de Janeiro, além de ter sido uma das fundadoras do Museu do Carnaval, diretora do Museu Carmen Miranda e ter feito exposições temáticas por todo o país. Em Saquarema é reconhecida pelo seu trabalho como editora do jornal O Saquá há 17 anos e por dirigir a empresa Tupy Comunicações, maior editora de livros da região.

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O SAQUÁ Perseguição política continua contra servidores e cidadãos de Saquarema

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Dulce Tupy*

ão se sabe exatamente o número de servidores públicos e cidadãos saquaremenses que estão sendo perseguidos pela atual administração pública desde janeiro. Nas ruas, praças e esquinas, fala-se que são guardas municipais, professores, pessoal da saúde e outros que, por não terem votado na chapa vencedora nas últimas eleições, estão sofrendo agora perseguição de todo tipo. Dizem também que empresários já foram visitados por pessoas intimidadoras, representantes da atual gestão municipal, que vêm governando sob o manto da repressão, como nos tempos da ditadura. O grupo político que se instalou no município, após ter vencido as eleições no ano passado, tem um estilo truculento de governar, sem ouvir parceiros, sem respeitar funcionários, sem a participação dos cidadãos. Várias ações refletem o grau de arbitrariedade que permeia o novo governo, em especial a prefeita e seu marido, o atual secretário municipal de governo, um político conhecido por seu temperamento vingativo. É dentro deste quadro que se situa a perseguição política ao servidor municipal Edimilson Soares, também repórter fotográfico do jornal O Saquá, que vem tentando conseguir uma licença médica há vários meses, férias vencidas e licença prêmio, sem nenhuma resposta por parte do governo. Em dezembro, Edimilson começou a apresentar sintomas de uma doença para ele desconhecida. As unhas dos pés começaram a virar pó; pequenas feridas se abriram nas pernas; tonteiras; vista

turva, escura, perda da visão; sensação de desmaio; cansaço extremo; falta de força nos braços; desânimo; irritação repentina; desconforto em geral... Estes e outros sintomas concretizaram o diagnóstico de diabetes descontrolada e assim se iniciou uma série de procedimentos clínicos, exames, tratamento com melhorias e recaídas. Alguns medicamentos serão para sempre na vida dele, como a vitamina para os olhos e um remédio de combate ao fungo dos pés, que terá que usar por pelo menos um ano. Abalado com a situação e abatido por suas condições de saúde, Edimilson já havia passado o Natal e o Ano Novo de cama, em dezembro, sem energia para se levantar, devido ao alto grau de glicose no sangue. Foi quando começou o tratamento com esperança de se recuperar em breve, o que não ocorreu. Agora se sabe que é um tratamento contínuo, que requer uma adaptação e novas condições de vida. Como todo servidor público faz, solicitou de imediato férias e licenças prêmio, sem ter obtido resposta do Poder Público. E pediu em seguida licença médica, mas também não obteve resposta. Seus pedidos estão paralisados na Procuradoria, como um ato de sadismo. Seu caso está na mão da Justiça. Mas não é o único em Saquarema. Outros servidores também estão sem receber salários. É preciso uma auditoria para saber o que está acontecendo no âmbito do Poder Público, que vem governando como uma nuvem carregada, que pairou sobre o município, anunciando uma catástrofe. Vamos investigar.

e Obstetrícia

* Dulce Tupy é jornalista, escritora, pesquisadora e editora do jornal O Saquá

Drª Fernanda Silva de Paula CRM5268323-0

Ginecologia

O jornal de Saquarema

www.osaqua.com.br jornal@osaqua.com.br

twitter.com/osaqua facebook.com/osaqua

Beatriz Dutra*

Brasil menos feliz... Sul, o Brasil está atrás do Chile (20º). Depois do Brasil (22º), aparecem a Argentina (24º), Uruguai (28º), Colômbia (36º), Equador (44º), Bolívia (58º), Peru (63º), Paraguai (70º) e Venezuela (82º). É importante observar que os Estados Unidos nunca estiveram entre os dez mais felizes e vêm caindo estando atualmente em 14º. – Quais os dez países mais INFELIZES do mundo? São eles: República Centro – Africana, Burundi, Tanzânia, Síria, Ruanda, Togo, Guiné, Libéria, Sudão do Sul e Iêmen. E quais os mais FELIZES? No topo da listagem da ONU estão três nações nórdicas: em 1º, a Noruega; em 2º, a Dinamarca; e em 3º, a Islândia – todos, com “altos índices nos principais fatores considerados para apoiar a felicidade: cuidado, liberdade, generosidade, honestidade, saúde, renda e boa governança”. Como sonhar não custa nada e “o sonho é a salvação do homem”, sonhemos com um índice maior de felicidade para os brasileiros, pois, ainda lembrando Erico Verissimo, “enquanto as estrelas brilharem haverá esperança na vida”...

*Poeta, “Cidadã Saquaremense” e presidente da Academia de Letras Rio – Cidade Maravilhosa

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O SAQUÁ

Cultura é notícia

Felicidade igual a serenidade”, escreveu Erico Verissimo. E continua o inesquecível escritor: “Felicidade é a certeza de que a nossa vida não está passando em vão.” E me pergunto: será que FELICIDADE pode ser medida? Para a ONU, sim. Para a ONU, a felicidade dos povos pode ser avaliada. É o que já acontece pela 5ª vez, através do “Relatório Mundial da Felicidade – 2017”, em que os povos de 155 nações foram incluídos. O Brasil, em que pesem todas as nossas dificuldades, foi eleito o 22º país mais feliz do mundo, segundo os critérios do PIB (per capta), expectativa de vida saudável, apoio social (ter alguém em quem confiar em momentos difíceis), ausência de corrupção no governo e nas empresas, liberdade social e generosidade (medida por doações recentes)”. É bem verdade que no relatório anterior, nosso país ocupava a 17ª posição no “ranking” mundial, mas ser o 22º, atualmente, com todas as nossas dores e desencantos, convenhamos, ainda é animador... Na listagem atual, na América do

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Editora: Dulce Tupy – dulcetupy@osaqua.com.br Diretor comercial: Edimilson Soares Diretora de Arte: Lia Caldas Colaboradores autônomos: Alessandra Calazans (redação e revisão), Pedro Stabile (fotografia), Ronan Conde (diagramação)

Jornalista Responsável: Dulce Tupy (registro:18940/87/62)

e-mail: ronaldofigueiredo@saquarema.com.br R. Beatriz Amaral, 155 / sala 104 - Bacaxá

Gráfica: Editora Esquema Tiragem: 3.000 exemplares Circulação: Saquarema, Araruama, Silva Jardim e demais municípios da Região dos Lagos As matérias assinadas não refletem necessariamente a opinião do jornal.

COMUNICAÇÕES

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CNPJ: 04.272.558/0001-87 Insc. Munic.: 0883 Av. Ministro Salgado Filho, 6661 - fundos Barra Nova – Saquarema – RJ - Cep: 28990-212

Tel.: (22) 2651-7441 (22) 9 9913 7441 (Vivo) Fax.: (22) 2651-8337


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Lançado o livro “Calabouço”, sobre o assassinato de um estudante que foi estopim das grandes passeatas em 1968 DANIEL MAZOLA

Os irredentos Paulo Gomes, advogado, e Geraldo Sardinha, autor do livro, participavam das atividades no restaurante Calabouço em 1968

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livro “Calabouço, rebelião e resistência dos estudantes contra a ditadura civil-militar em 1968” foi lançado no auditório da OAB-RJ, no centro do Rio de Janeiro. Escrito pelo militante político Geraldo Sardinha, com prefácio do advogado e também militante de esquerda Paulo Gomes, o livro foi publicado pelo Núcleo Irredentos. O livro, escrito no exílio de Geraldo, no Uruguai, conta a saga do histórico restaurante estudantil fundado pelo presidente Getúlio Vargas nos anos 50. Em março de 1968, uma manifestação no Calabouço, reprimida pela polícia militar, culminou com a morte do estudante secundarista Edson Luís, que detonou a sequência de grandes manifestações estudantis e passeatas no Rio de Janeiro. O Calabouço era um restaurante popular voltado aos estudantes carentes e que, após a instalação do Golpe Militar e Civil de 1964, acabou se tornando um importante polo de resistência e oposição política. Sardinha era um dos estudantes naquele protesto em março de 1968, que ajudou a carregar o corpo de Edson Luís, desde o restaurante até a Assembleia Legislativa, que funcionava na época na atual Câmara dos Vereadores do Rio de Janeiro, na Cinelân-

dia. O que se seguiu depois do enterro do estudante foi uma série de manifestações que culminaram com a famosa Passeata dos Cem Mil, em junho, no Rio de Janeiro. Mais tarde, em novembro, seria promulgado o AI 5, o ato do governo militar que fechou definitivamente as portas para a participação democrática, radicalizando ainda mais os chamados Anos de Chumbo. Organizado pelo diretor do Centro de Documentação e Pesquisa da OAB-RJ, Aderson Bussinger, o evento reuniu o jornalista Edilberto Veras e a anistiada política Zulmira Batista, que também participaram do Calabouço, além do histórico sindicalista Raphael Martinelli, entre outras personalidades políticas. Na ocasião, o autor lembrou diversos fatos que vivenciou em sua trajetória como militante político, sua vida na clandestinidade, a fundação do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR), onde militou, e seu exílio no Uruguai, onde militou no grupo Túpac Amaru, ficando preso durante 3 longos anos. Junto com o livro, vem anexado o filme Calabouço, um tiro no coração, do diretor Carlos Pronzato, onde a jornalista Dulce Tupy, estudante na época da Escola Nacional de Belas Artes, dá um depoimento sobre o impacto da morte do estudante secundarista na vida universitária.

CONCESSÃO DE LICENÇA POSTO DE COMBUSTÍVEIS VOO LIVRE Km 52 LTDA., CNPJ: 05.762.296/000100, torna público que recebeu da SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE DE SAQUAREMA, através do processo nº 14045/2016 a AVERBAÇÃO DE LICENÇA MUNICIPAL DE INSTALAÇÃO – AVERBAÇÃO LMI – SEMMA Nº 001140452016, para atividade de “AVERBAR A IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA DE COMPRESSÃO DE GÁS NATURAL VEICULAR (GNV) À LICENÇA DE INSTALAÇÃO DE Nº 004-21012015”, previsto para Rodovia Amaral Peixoto, Km 52 – Sampaio Correia – Saquarema-RJ.

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Tartarugas mortas

artarugas marinhas foram encontradas mortas em Saquarema e em outras praias da região. As causas estão sendo analisadas pelo IBAMA, mas pescadores acreditam que há ligação com a presença contínua de traineiras muito próximas à orla. Em nota, a empresa CTA-Meio Ambiente informou que foram realizados 6 resgates de tartarugas mortas, entre os dias 27 de março a 3 de abril, em Saquarema, todas submetidas ao exame necroscópico, mas em razão do adiantado estágio de decomposição não foi possível determinar a causa mortis, porém o conteúdo estomacal continha detritos (embalagem de bala, rótulo de produto farmacêutico, embalagem individual de absorvente feminino) e alguns parasitas.

A poluição das praias é mais um alerta. Animais encontrados mortos na praia não devem ser tocados por pessoas pelo risco de contaminação. Uma das medidas a serem tomadas é ligar para o CTA: 0800-009-54-44, que faz o monitoramento na região. CTA-MEIO AMBIENTE

Tartaruga encontrada em Saquarema

Filho de Paulo Melo se recupera de acidente EDIMILSON SOARES - ARQUIVO JORNAL O SAQUÁ

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Fale com a gente! COMUNICAÇÕES

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Após grave acidente de carro, o filho do deputado estadual Paulo Melo, o lutador de MMA, Pituco, está em recuperação no Hospital Estadual Alberto Torres.Em nota, o deputado falou sobre a recuperação do filho e agradece o apoio que vem recebendo de amigos e correligionários.


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