O Saquá 214

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Leiam os nossos novos colunistas Edna e Guilherme  PÁGINAS 2 e 6

osaqua.com.br • Diretora: Dulce Tupy

Ano XVIII • nº 214 • 1 a 31 de julho de 2017 • Saquarema • Rio de Janeiro

Reciclar é preciso para preservar o ambiente DIVULGAÇÃO

Jornal O SAQUÁ 17 anos! O aniversário do jornal O SAQUÁ e da TUPY COMUNICAÇÕES O jornal O SAQUÁ e a TUPY COMUNICAÇÕES completam 17 anos no mês de julho. Com uma linguagem direta e assuntos de interesse local, O SAQUÁ caiu no gosto do público e se consolidou como principal mídia impressa no município de Saquarema. Circulando também em Araruama e Silva Jardim, além da Região dos Lagos, Niterói e Rio de Janeiro, onde chega através do site osaqua.com. br e pelas redes sociais, facebook e twitter, o jornal é um marco no jornalismo do interior. E a TUPY COMUNICAÇÕES, que edita o jornal O SAQUÁ, também já editou neste curto período de sua existência 14 livros, sendo possivelmente a maior editora da região. Página 3

Serguei no cinema

Aluna mostra sacos de lixo separados para reciclagem

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reciclagem de resíduos sólidos vem transformando o conceito de lixo nos últimos anos. Adotada em Saquarema, por várias instituições locais, a reciclagem se tornou destaque ao ser adotada em uma escola em Barra Nova, como parte de um pro-

grama de educação ambiental. Promovido pela dupla de ambientalistas, a jornalistas e recicladora Hilma Monteiro e a professora Sueli Furtado, o projeto Nem tudo é lixo é um exemplo de criatividade e invenção a favor do meio ambiente. Páginas 4 e 5

ALESSANDRA CALAZANS

Os editores Dulce Tupy e Edimilson Soares na redação do jornal O SAQUÁ em Barra Nova EDIMILSON SOARES

Uma homenagem a Hélcio Pereira Fortes

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m festival internacional de documentários musicais em São Paulo foi o cenário onde foi feita a apresentação do filme Serguei, o Último Psicodélico. Com ce­ nas de shows, incluindo no Rock in Rio, depoimentos de Ney Matogrosso, Angela Ro­Ro e Evandro Mesquita, além de participações no Programa do Jô, o filme recebeu menção honrosa do júri. Página 8

Serguei, o Último Psicodélico

Um livro sobre um dos principais dirigentes da ALN (Aliança Libertadora Nacional), uma organização oriunda do antigo Partido Comunista Brasileiro que aderiu à luta armada, foi lançado na sede do PDT, no Rio. Torturado até a morte, Hélcio é considerado um mártir da ditadura militar e civil que se instalou no Brasil depois de 1964. Página 7


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Roda de Conversa

Cultura é notícia

Edna Calheiros*

Beatriz Dutra*

Conselhos de Direitos

oda primeira quarta-feira do mês, a Câmara dos Vereadores fica lotada a partir das 19 horas. É a reunião do Conselho de Segurança de Saquarema! A população gosta de participar das suas reuniões. Por que será? Nele há um diálogo aberto entre os participantes que representam o governo e os que representam o povo e a palavra é garantida a todos e todas. A idéia dos conselhos surgiu antes da Constituição de 1988, a partir das mobilizações populares que reivindicavam uma forma de participação da sociedade civil nas decisões do Poder Executivo. No art. 29, inciso XII da Constituição Federal, estão dispostas as atribuições dos municípios. É ali que está prevista a “cooperação das associações representativas no planejamento municipal” e garantida a implementação pelo poder público de estrutura e organização de espaços para a ação dos conselhos. O processo democrático e participativo nos conselhos exige que nos preparemos para uma construção coletiva, exercitando o amplo debate entre sociedade civil e poder público, na busca da melhor tomada de de-

cisões. Isso não é fácil e requer que conversemos com o poder público e valorizemos a contribuição de cada pessoa, cujo resultado é de todas e todos – é coletivo! Os conselhos são uma conquista do povo e ocorrem em âmbito federal, estadual e municipal. Os conselhos devem ser capazes de acolher a diversidade, tanto individual como grupal; diversidades sociais, culturais, históricas e outras. São espaços de encontro da sociedade civil com o poder público, com a população participando da construção de políticas públicas, leis, ações e tudo o que tem influência sobre a cidade em que se vive. É nos conselhos que a população exerce verdadeiramente sua cidadania. Nossa Saquarema tem, além do Conselho de Segurança, os conselhos municipais de saúde, educação, assistência social, mulher, idoso, criança e adolescente, habitação, meio ambiente, etc. Procure se informar como participar, pois as reuniões são abertas e convocadas com antecedência. (Participaram: Edna Calheiros, Denise Fortino, Maria Abdo, Ana Márcia Palacio, May Nassar, Sonia Góes, Marília Santos e Angela Freitas).

e Obstetrícia

*Presidenta da AMEAS e conselheira do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher/Cedim-RJ

Drª Fernanda Silva de Paula CRM5268323-0

Ginecologia

Não queiras compreender. Viver ultrapassa todo entendimento”, escreveu Clarice Lispector. Somos considerados animais superiores porque somos racionais, mas grande parte dos fatos da vida nós não compreendemos. Dois acontecimentos, ocorridos há tanto tempo, não se apagam da minha memória e estão nesse rol dos fatos incompreensíveis: O primeiro, na década de 60, era aluna do Instituto de Educação, famosa e charmosa escola de preparação para formação de professores. Pois bem, num intervalo de aula, deixei meu casaco azul-marinho, de lã suíça – que me tinha sido presenteado por uma querida amiga de minha mãe – nas costas da cadeira, e ausentei-me ligeiramente da sala. Quando voltei, misteriosamente, meu casaco desaparecera. Perplexidade e incompreensão: um furto praticado por uma futura professora? Uma futura educadora? Nunca me refiz daquela decepção. O segundo, naquela tarde friorenta do velório do meu irmão adolescente, que morrera inesperada e tragicamente, em virtude de um acidente de automóvel. Atordoada e traumatizada com o acontecido, em determinado momento

Dr. Ronaldo Figueiredo

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O SAQUÁ

O jornal de Saquarema

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ausentei-me da capela onde o corpo estava sendo velado, e, distraidamente, deixei minha “japona” azul-marinho, com lindos botões dourados, no banco onde estava sentada. Fui tomar um cafezinho para me reanimar. Não havia reparado, mas nesse curto espaço de tempo, a “japona” desapareceu para sempre. Em meio à dor e tragicidade, o furto traiçoeiro. Outra incompreensão: mas tinha que ser justamente naquela situação de dor e desalento? Mais recentemente, os jornais noticiaram outro comportamento inadmissível. Agora o desrespeito foi a um bem público. Pela quarta ou quinta vez, as costas de uma das cadeiras que compõem a cena do conjunto escultural de “Conversa de Botequim”, em homenagem ao “Poeta da Vila”, Noel Rosa, foram arrancadas e levadas por algum vândalo. A agressão à escultura não revela, apenas, um roubo de caráter econômico, pois o bronze tem algum valor. Mas a absoluta insensibilidade e total desrespeito à alma de Vila Isabel e ao inesquecível compositor da nossa mais refinada música popular. Clarice tem razão: “Não queiras compreender. Viver ultrapassa todo entendimento.”

*Poeta, “Cidadã Saquaremense” e presidente da Academia de Letras Rio – Cidade Maravilhosa

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Clarice tem razão

Editora: Dulce Tupy – dulcetupy@osaqua.com.br Diretor comercial: Edimilson Soares Diretora de Arte: Lia Caldas Colaboradores autônomos: Alessandra Calazans (redação e revisão), Pedro Stabile (fotografia), Ronan Conde (diagramação)

Jornalista Responsável: Dulce Tupy (registro:18940/87/62)

e-mail: ronaldofigueiredo@saquarema.com.br R. Beatriz Amaral, 155 / sala 104 - Bacaxá

Gráfica: Editora Esquema Tiragem: 3.000 exemplares Circulação: Saquarema, Araruama, Silva Jardim e demais municípios da Região dos Lagos As matérias assinadas não refletem necessariamente a opinião do jornal.

COMUNICAÇÕES

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CNPJ: 04.272.558/0001-87 Insc. Munic.: 0883 Av. Ministro Salgado Filho, 6661 - fundos Barra Nova – Saquarema – RJ - Cep: 28990-212

Tel.: (22) 2651-7441 (22) 9 9913 7441 (Vivo) Fax.: (22) 2651-8337


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Protesto em Bacaxá

Os 17 anos do jornal O SAQUÁ e da TUPY COMUNICAÇÕES

Estudantes e professores vão às ruas EDIMILSON SOARES

Movimento estudantil de Saquarema e Araruama se manifestou na Praça Santo Antônio e percorreu as principais ruas de Bacaxá

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o dia 30 de junho, Bacaxá assistiu uma manifestação de protesto organizada pelo SEPE (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação) de Araruama e Saquarema, em apoio à greve geral, contra as reformas trabalhistas e da previdência, na Praça Santo Antônio. O movimento estudantil reuniu representantes da AERJ (Associação dos Estudantes do Rio de Janeiro), da UBES (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas) e do Comitê Mulheres pe-

Turismo turbinado Depois da fundação do Saquarema Convention & Visitors Bureau, no final de abril, a mais nova instituição local, e após o sucesso do Campeonato Mundial de Surf Rio Pro, o turismo continua em alta na cidade. Há 10 anos, na temporada de inverno, um evento bastante badalado é o Festival Gastronômico O Gosto de Agosto, que acontece em vários pontos do município, em restaurantes e bistrôs. Este ano, a 10ª Edição do Festival terá uma abertura diferenciada das anteriores, com a apresentação de um show do guitarrista Victor Biglione, inspirado instrumentista, intérprete do blues à bossa nova, pela primeira vez em Saquarema, no dia 29 de julho, a partir das 20h, no Saquarema FuteboL Clube. Na ocasião, também irão se apresentar: Pablo Reis,

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las Diretas Já, militantes e professores. Com banda de música, cartazes e palavras de ordem, incluindo “Fora Temer”, o ato foi significativo, com a maioria das pessoas vestindo roupas pretas. Durante a caminhada que saiu da Praça Santo Antônio, os manifestantes foram até a Secretaria Municipal de Educação e Cultura, onde fizeram várias reinvindicações, visando salário digno, auxílio transporte, merenda de qualidade e outras. Em seguida, o grupo foi em passeata até a rodovia Amaral Peixoto. FACEBOOK/VICTOR BIGLIONE

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Dulce Tupy*

á 17 anos, quando surgiu o jornal O SAQUÁ e a TUPY COMUNICAÇÕES, empresa que edita, não só o jornal, mas também livros, Saquarema era uma cidade bem menor do que a atual. Havia poucos jornais circulando, quase não havia outdoors e as chamadas mídias digitais ainda não existiam. Os computadores eram novidade. E a grande mídia local era a única rádio comercial do município, a Serramar, numa época em que não existiam as opções das web rádios, como atualmente, e as redes sociais que transmitem tudo, de texto a fotografia, de música a informativo, de vídeo a cinema. A comunicação era muito precária e muito mais manipulada do que hoje. As campanhas políticas eram feitas quase que exclusivamente através de impressos, principalmente panfletos. Nos últimos anos, tudo mudou e tivemos que nos adaptar a esta mudança veloz, sem perder nossa característica maior, nossa missão de informar com qualidade, cobrindo um pouco de tudo que acontece em Saquarema. Com nosso slogan – válido até hoje – “Jornal O SAQUÁ / o jornal de Saquarema” – começamos inovando no mercado da comunicação, voltando nosso foco quase que exclusivamente para o município, incorporando temas que não eram tratados até então pelos outros jornais locais e nem pela rádio, como o surfe, a pesca, os bairros, a agricultura, a vida rural, as festas populares, o carnaval, o turismo, o meio ambiente, a religiosidade, a culinária, além da tradicional cobertura dos fatos políticos: eleições, Câmara Municipal,

administração pública, saúde, educação, limpeza urbana, etc. Assim conquistamos nossos leitores que nos acompanham até hoje, a cada edição que colocamos nas bancas de jornal, todos os meses. Essa constância, essa periodicidade, foi uma meta alcançada plenamente por mim e pelo repórter fotográfico Edimilson Soares, um guerreiro. Ao completar 17 anos, neste mês de julho, estamos concluindo mais um ciclo de vida, trabalho e compromisso para continuar informando a população saquaremense e os demais leitores que nos acompanham neste universo da multiplicação da informação, através do nosso site - osaqua.com.br - e do facebook, na internet. Avançando ainda mais, agora estamos publicando no site da TUPY COMUNICAÇÕES as capas dos 14 livros que editamos em Saquarema, com suas respectivas capas e contracapas, além de um pequeno resumo do conteúdo. Desta forma, a cada ano que passa, demonstramos o alto grau de profissionalismo que alcançamos, nossa capacidade empreendedora, nosso bom caráter inovador e nossa vocação intelectual. No site tupycomunica.com, contamos com o talento da designer Lia Caldas. A ela e a atual equipe do jornal O SAQUÁ - jornalista Alessandra Calazans, diagramador Ronan Conde, distribuidor Alessandro e motorista Alex – nossos agradecimentos, assim como aos nossos colunistas - a veterana Beatriz Dutra e os estreantes Edna Calheiros e Guilherme Stocchero - além do contador Celinho, por sua generosidade, sem a qual não teríamos conseguido chegar até aqui.

* Dulce Tupy é jornalista, escritora, pesquisadora e editora do jornal O Saquá

COMUNICADO

O genial guitarrista Victor Biglione vai tocar no Clube Saquarema

Erica Vidal e Os Lendários. Com desconto na venda de ingressos antecipados e preços especiais para estudantes e idosos, o show vai abrir em grande estilo o Festival Gastronômico que já é uma tradição na cidade.

O jornal O SAQUÁ comunica a seus clientes e anunciantes que, ao longo de seus 17 anos de existência, jamais fez cobrança antecipada de anúncios e demais matérias publicitárias, com exceção de editais, comunicados e informes. Em razão de uma fraude que vem ocorrendo no mercado, ressaltamos que não autorizamos nenhuma outra forma de cobrança antecipada de anúncios, à vista ou parcelada. Informamos ainda que todos os pagamentos devem ser efetuados mediante recibo impresso do jornal O SAQUÁ, devidamente assinado pelos jornalistas Dulce Tupy ou Edimilson Soares. O jornal O SAQUÁ está sempre à disposição para auxiliar e orientar todos os seus clientes e anunciantes, com fins de evitar dissabores dos procedimentos judiciais cabíveis.


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A necessária tarefa de reciclar o lixo Uma cooperativa de lixo, nascida com os catadores, em Jaconé, foi o ponto de partida para a reciclagem no bairro, onde a jornalista e ambientalista Hilma Monteiro iniciou a construção de uma cooperativa, a Coresa (Cooperativa de Catadores e Selecionadores de Materiais Reaproveitáveis do Município de Saquarema), e agora um grande galpão. As pessoas já catavam resíduos sólidos, principalmente latinhas de cerveja, mas foi no espaço da Ucejes (União Cristã Espírita José Luiz do Espírito Santo), coordenado pela educadora Vera Calado, que a cooperativa começou a funcionar. Inicialmente, a renda era um suplemento à renda familiar dos cooperativados. Com um pequeno caminhão, Hilma ia recolhendo os resíduos sólidos nas casas e em escolas como o Corujinha, em Itaúna, onde trabalhava a professora Viviane, moradora de Jaconé. Em Jaconé, o trabalho começou na Escola Municipal Ismênia Barros Barroso, com a professora Beth, de Biologia. Posteriormente, a professora Sueli Furtado levou a reciclagem para a Escola Osiris Palmier da Veiga, em Barra Nova, através do Programa Nem Tudo é Lixo, onde também são atendidas instituições de caridade; tudo em parceria com Hilma Monteiro. Durante este período, também foram realizadas várias visitas à sede da Coresa e foram feitas oficinas para trabalhos com resíduos sólidos, abertas à comunidade. “Hoje, já existe a política de resíduos sólidos”, diz Hilma. “A cooperativa tem cerca de 10 anos. E uma área coberta, com 6 x 3 metros. Com dois anos de trabalho, um gerente de uma grande empresa me disse que em breve ia ficar pequeno e ficou! Começamos com uma caminhonete vermelha e fizemos uma panfletagem. Depois, consegui comprar um caminhão e, com a parceria com a ONG (organização não governamental) Porta Formosa, de Sampaio Corrêa, consegui um motorista”. Mais tarde, a própria Hilma fez o curso de motorista profissional numa auto-escola e hoje pode ser vista em

FOTOS: DIVULGAÇÃO

toda a cidade dirigindo um caminhão, recolhendo material para a reciclagem. Aos poucos as pessoas passaram a ir até a Coresa para deixar as coisas: óleo de

A reciclagem está prevista na Política de Resíduos Sólidos fritura, saquinhos, caixas de leite, embalagens plásticas, papelão, garrafas de vidro, fogão velho, televisão, computador... A grande conquista em todo este processo porém, é a construção de um galpão que está em fase de acabamento. Construído em concreto por uma firma especializada, o galpão ocupa dois lotes e mede 10,5 m x 25 m. Em uma sala construída na frente será instalado um brechó com as coisas que as pessoas mandam e na parte de baixo banheiros, masculino e feminino, para os recicladores tomarem banho, além de uma copa para refeição e a sala da administração. Na parte dos fundos, será feita a separação e a prensagem do material.

Tudo começou com um pequeno caminhão recolhendo o lixo separado para ser reciclado em Jaconé, uma iniciativa que deu frutos em outros bairros também

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Nem tudo é lixo A professora Sueli Furtado, criadora do Projeto Nem tudo é lixo, veio morar em Saquarema com sua família para ter uma vida tranquila e foi aqui que encontrou sua razão de viver. A partir de uma oportunidade de trabalho na Creche Municipal em Itaúna, transferida depois para uma escola em Jaconé, onde começou a ensinar que tudo vem da natureza e a gente tem que preservar. “O lanchinho que eles levavam para a escola, eu mostrei que podia se transformar. A gente fazendo uma transformação daquele material evitaria tirar a matéria-prima da natureza. Foi assim que começou o projeto, no colégio Carlos Wanderson, em Jaconé. Na verdade, foi um projeto dentro do outro projeto, Da Semente ao Florescer, da Secretaria de Educação e Cultura. As crianças começaram a observar que na lixeira da escola existia material sólido, que a gente chamava de lixo, mas que não era lixo! Infelizmente isso foi feito só dentro da sala de aula”, lembra Sueli, que já fazia a separação dos resíduos sólidos em casa e conhecia Ilma que recolhia o material. Então, a parceria foi imediata, para recolher não só os resíduos sólidos na sua casa, mas também na escola, onde conversavam com os alunos e faziam o recolhimento. Mais tarde, Sueli foi trabalhar no Programa Mais Educação, na Escola Municipal Osiris Palmier da Veiga, em Barra Nova, onde in-

cluiu todas as turmas neste trabalho voltado para o meio ambiente. “Eu passava filmes, mostrando como foi criado o mundo. Essa semente da preservação já está dentro da nova geração. Muitos não desenvolvem ainda porque os pais têm uma visão antiga, de poluir, queimar, que é uma coisa de antepassados. Mas a nova geração aceita na hora”, explica a professora, que conseguiu fazer também uma parceria com as fábricas de plástico e de papelão do Polo Industrial”, explica Sueli que, como complementação do projeto, fez também uma horta na escola, através de uma parceria com a Secretaria Municipal de Agricultura e Pesca, que cedeu terra e mudas. Até então o objetivo do Projeto Nem Tudo é Lixo era apenas “despertar a gratidão à natureza”, revela Sueli. O próximo passo foi a venda do material, resultando uma pequena verba que voltava para a própria escola. Outra parceria foi com o Centro de Desenvolvimento do Vôlei da CBV (Confederação Brasileira do Vôlei) que passou a mandar os resíduos para a escola, que fazia a separação. “O dinheiro então aumentou, porque o resíduo do vôlei é bem maior que o da escola que são os resíduos normais que a gente utiliza em casa. Então a gente começou a tirar um caminhão por mês de resíduo só da escola!”, conta Sueli. Em 2015, houve um evento sobre reciclagem de lixo na FAETEC, onde a professora falou do projeto. Pouco tempo depois,

Na escola, as crianças aprenderam a reciclar o lixo e levaram a experiência para casa

A ex-diretora da Escola Municipal Osiris Palmier da Veiga, Josélia, com a recicladora Hilma e a professora Sueli, pioneiras no projeto de reciclagem Nem tudo é lixo realizado em Barra Nova

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foi contratada pela Prefeitura para fazer um projeto piloto na própria escola de Barra Nova, em 2016. Deu certo. “Começamos com quilos e terminamos com toneladas e várias parcerias!”, continua Sueli, que passou a retirar o resíduo sólido também das salas do prédio da Prefeitura... Hoje o projeto se expandiu e inclui uma parceria com as irmãs do Centro Social Madre Maria das Neves e com a creche Renascer, além da Academia Mitra, Farmácia Alexandre e Lulemar, loja de material de construção. “Eu não tenho como parar um trabalho desse”, conclui a professora.

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Esporte Total Guilherme Stocchero*

Boavista segue firme na Série D Nacional

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BF adiou o início da segunda fase devido à escalação irregular de um jogador do São Raimundo (PA), em julgamento foi decidido excluir a equipe da Série D Nacional. Com a divulgação pela CBF da nova tabela de jogos da segunda fase da competição, o Boavista teve um adversário diferente e iniciou a caminhada perdendo o jogo fora de casa, Espírito Santo (1) x Boavista (0), em domingo chuvoso (9/7) no estádio Kléber Andrade. O Verdão de

Saquarema não está invicto na Série D do Nacional, mas o zagueiro do time, Anderson Luiz, crê em bons resultados nos próximos confrontos. O Verdão perdeu seu Zagueiro Gustavo Geladeira, peça importante, mas contratou o experiente lateral esquerdo Julio Cesar de 35 anos, com passagens pelo Fluminense, Botafogo, Bangu e atualmente Vasco, onde não estava sendo aproveitado; o próprio Vasco fica responsável pelo salário do jogador até a final da temporada da Série D do Nacional e da Copa Rio.

Sampaio eliminado na Taça Santos Dumont

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ela Série B1 do Campeonato Carioca, o Sampaio Corrêa lutou até a última rodada, mas está fora das semifinais da Taça Santos Dumont, primeiro turno da competição, eliminado no jogo contra o América. Agora, o objetivo do time

é fazer a maior pontuação possível para chegar entre os 4 primeiros para disputar o jogo de acesso. Com tempo para treinar, o Galinho da Serra se prepara para a estreia no returno, que será no dia 16 de julho contra o São Gonçalo, pela primeira rodada da Taça Corcovado.

*Guilherme Stocchero é jornalista e árbitro formado pela EAFERJ-Escola de Árbitros da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro

Adjori Brasil elege nova diretoria e se prepara para congresso de diretores de jornais do interior em outubro

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Adjori Brasil (Associação Nacional dos Jornais do Interior do Brasil) elegeu sua nova diretoria em assembleia geral realizada no dia 30 de junho, em Florianópolis (SC). Eleito no conselho da Adjori Brasil, por aclamação, Elizio Jacy Siqueira Júnior é o atual presidente da entidade para o mandato 2017-2020 e Paulo Cesar Caldeira vice-presidente. Participaram da eleição representantes de seis estados: Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Mato Grosso, Sergipe, São Paulo e Rio de Janeiro. O presidente da Adjori Rio de Janeiro foi eleito para comandar a vice-presidência da entidade. A cerimônia de posse será em agosto. O ex-presidente, Miguel Ângelo Gobbi, excerceu a presidência da Adjori Brasil por dois mandatos e foi distinguido com o títu-

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lo de Presidente de Honra. Foi decidido pela assembleia geral, que os conselhos fiscais e de ética serão definidos em reunião ordinária em até 120 dias e a cerimônia de posse será em Curitiba. A assembleia ocorreu em paralelo ao 18º Prêmio Adjori de Jornalismo Troféu Luiz Henrique da Silveira. O evento teve o patrocínio da Engie Brasil e o apoio da Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (Alesc). A nova diretoria é composta por: Elizio Junior (PR) presidente, Paulo César (RJ) vice, Valmoci de Souza (SC) 1° secretário, Rubens Filho (SE) 2° secretário, Renato César (RS) tesoureiro e Evaldo Vicente (SP) secretário executivo. No início de julho, realizou-se em Niterói, sede da Adjori Rio de Janeiro uma reunião preparatória do XVI Congresso da entidade, que será realizado de 20 a 22 de outubro, no Rio.

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Hélcio Pereira Fortes

Um jovem guerreiro assassinado pela ditadura militar e civil foi homenageado na sede do PDT no Rio Sergio Caldieri*

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Comissão Pró Anistia do PDT promoveu no Instituto Leonel Brizola - Alberto Pasqualini, o lançamento do livro “Hélcio, a trajetória de um revolucionário”, sobre um dos principais comandantes da ALN (Aliança Libertadora Nacional), assassinado no Doi/ Codi em São Paulo, em 1972, aos 24 anos. Organizado por seu irmão, Délcio Fortes, o livro reúne depoimentos de vários militantes que conviveram com Hélcio. Realizado na sede do PDT, no Rio de Janeiro, o evento foi coordenado por Adail Ivan de Lemos e Maria José Latge Kwamme. Na ocasião, foi feita a apresentação do Movimento de Apoio aos Anistiados e Anistiandos. Hélcio Pereira Fortes foi um dos principais dirigentes da Corrente/MG, uma dissidência do PCB (Partido Comunista Brasileiro) que, após sofrer inúmeras prisões em 1969, se incorporou à ALN. Mudando-se para o Rio de Janeiro, Hélcio pertenceu ao comando regional e à direção nacional da organização fundada por Carlos Marighella. Na clandestinidade, escrevia cartas à família, em que expressava saudade e as razões que o levaram a optar pela luta armada. Sua última mensagem foi no Natal de 1971. Em janeiro de 1972, foi preso no Rio, onde passou pelo DOI-CODI/RJ, um centro de prisão e tortura, sendo levado, em seguida, para o DOI-CODI/SP, onde

Capa do livro do Délcio

morrendo ao resistir à prisão. No entanto, dentre os ferimentos à bala descritos pelos legistas, um caracteriza execução. Também o depoimento da militante da ALN Darci Toshiko Miyaki, presa no DOI-CODI/RJ e removida junto com Helcio para São Paulo, desmente esta versão. Darci revelou que foi encapuzada e, num corredor, através de uma costura esgarçada do capuz, viu Hélcio encostado na parede. Os dois foram transportados na mesma viatura, Hélcio no “chiqueirinho”, atrás, e ela na frente, entre o motorista e um agente. Em São Paulo, foi colocada em uma cela isolada, no segundo andar, onde ficou por vários dias e dali ouvia os gritos de Hélcio sendo torturado. Depois, ao ser conduzida para uma solitária, ouviu do carcereiro que daquele local havia saído

um “presunto fresquinho”. Darci tem convicção de que o corpo retirado da solitária era o de Hélcio, pois a partir de então não ouviu mais seus gritos. O corpo de Hélcio foi enterrado no Cemitério de Perus, em São Paulo. Somente em 1975 foi possível à família levar os seus restos mortais para Ouro Preto, onde está enterrado na Igreja São José. No lançamento do livro, promovido pelo PDT, houve depoimentos dos ex-militantes da ALN: Carlos Fayal, Geraldo e Guarani. Na ocasião, Edir Inácio da Silva falou sobre seu depoimento na Comissão da Verdade. Estiveram também presentes os ex-presos políticos e exilados, Eli Eliete e Pedro Alves Filho. * Jornalista, escritor e diretor do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Rio de Janeiro (SJPERJ) DIVULGAÇÃO/PDT

morreu. Os órgãos de segurança o acusavam de participação em várias ações armadas, inclusive de um assalto à Casa de Saúde Dr. Eiras, onde foram mortos 3 vigilantes.

Torturado até a morte

Na versão oficial de sua morte, o exame do IML (Instituto Médico Legal) de São Paulo informou que “após travar violento tiroteio com os agentes dos órgãos de segurança, foi ferido e, em conseqüência, veio a falecer”. Esta versão distribuída à imprensa informava que Hélcio tentara fugir dentro da rodoviária de São Paulo,

Na sede do PDT-RJ, houve o lançamento do livro Hélcio, organizado pelo irmão Délcio, e apresentação do Movimento de Apoio aos Anistiados e Anistiandos

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Julho de 2017

O SAQUÁ

Serguei homenageado em festival de cinema em São Paulo EDIMILSON SOARES

Serguei: um íncone do Rock Brasil

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9º Festival Internacional do Documentário Musical (In-Edit Brasil) aconteceu entre os dias 14 e 25 de junho, em São Paulo, com uma vasta programação: 59 títulos de 18 paí-

ses no evento, que celebrou os 50 anos do Tropicalismo e 40 anos do Punk. Dentre os homenageados, Serguei marcou presença e assistiu emocionado o documentário sobre sua vida “Serguei, o Último Psicodélico”, produzido pela Tupinambá Filmes da Amazônia, foi um dos 3 títulos escolhidos para representar o Brasil na versão mundial do festival. Apesar das dificuldades pessoais que o astro enfrenta para se manter em Saquarema, o reconhecimento à sua arte é a mola propulsora que o mantém em seu estilo único de viver com irreverência e paixão pelo rock. O documentário dirigido por Ching Lee e Zahy Tata Pur’gte narra a trajetória do roqueiro, seu romance com Janis Joplin, relembra suas 3 participações no Rock in Rio, entrevistas ao Programa do Jô e depoimentos de músicos e amigos como Evandro Mesquita, Ney Matogrosso, Angela Ro-Ro, Alcione, Frejat, entre outros. O festival foi uma realização da In Brasil Cultural, Secretaria da Cultura do Governo do Estado de São Paulo e SESC-SP. O patrocínio foi da Riachuelo e Petrobras/Governo Federal, com co-patrocínio da Spcine e Prefeitura de São Paulo, através do Programa de Apoio à Cultura (ProAC).

ACUPUNTURA Dra. Nilma Carmélia Lima R. Segisfredo Bravo, 115 - Sala 4 - Bacaxá

Tel. (22) 2653-1307 (21) 99945-9827

O descanso de um guerreiro: Nelson Nunes EDIMILSON SOARES

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Dulce Tupy

oucos homens foram tão admiráveis como o oficial da Marinha Mercante e sindicalista Nelson Nunes, pai da dentista Dra. Patrícia Balinski, com consultório em Jaconé. Casado com a artista plástica Míriam, durante cerca de 50 anos viveu em harmonia com a esposa e a família, sempre alegre, carnavalesco, uma liderança no bairro que escolheu para viver nos últimos 30 anos. Nelson sempre foi uma figura carismática. Dono de impressionante sensibilidade, sabia conduzir os moradores em busca da melhor solução para todos. Solidário, foi um dos fundadores da primeira Associação de Moradores de Jaconé. Antenado com o futuro, doou o terreno para construir o DPO, o Posto da Polícia que existe até hoje na Rua 96, principal artéria da localidade. Nelson foi também um festeiro, grande incentivador do carnaval que hoje é considerado o melhor de Saquarema. Fundador dos blocos do Magno e Camarão, participou intensamente das atividades do hoje extinto Sirikissamba e de outros blocos também. Como sindicalista, foi fundador e um dos mais destacados dirigentes do Sindicato Nacional dos Oficiais da Marinha Mercante (Sindmar), tendo uma atuação relevante na greve de 1987, no retorno à democracia depois do regime militar. Conhecido como Gina, apelido que trouxe desde a adolescência,

Adeus ao Dr. Celso Saad O proprietário do Motel Cravo e Canela, empresário Dr. Celso Saad, faleceu deixando inúmeros amigos e parentes. Dr. Celso tinha uma cultura peculiar, especialmente sobre rádio, teatro e cinema. O corpo foi velado na Câmara Municipal e enterrado no cemitério da Irmandade N. Sra. de Nazareth.

Nelson no desfile do Magno

quando ainda morava na Lapa, na subida para Santa Teresa, no Rio, Nelson era então chefe de máquinas da Aliança Navegação, numa época em que fazer greve era crime. Ex-aluno do Colégio Militar, Nelson encontrou na carreira de marítimo sua missão de vida. Legou à filha Patrícia, que estudou na Alemanha, o gosto pelas viagens pelo mundo. À sua esposa, Míriam, deixou a lembrança de uma convivência sempre amorosa e fiel. Ultimamente, Nelson estava lendo sobre Gengis Khan, o grande guerreiro mongol do século 13, que dominou um território estimado em 20 milhões de km2, o equivalente a 2,3 vezes o tamanho do Brasil. Foi o imperador que mais territórios conquistou na história. Era um estrategista. E foi nesse espelho que Nelson se mirava nos últimos dias, quando ainda sonhava com melhores condições de vida para todos os brasileiros. EDIMILSON SOARES

O empresário era um homem culto e empreendedor


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