O Saquá 228

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O conceito imoral de uma eleição  PÁGINA 2

Ano XVIII • nº 228 • 1 a 15 de SETEMBRO de 2018 • Saquarema • Rio de Janeiro

osaqua.com.br • Diretora: Dulce Tupy

Campanha já está à mil com candidatos na rua

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aquarema é um município que respira política o tempo todo, desde a época do Império, quando os “saquaremas” eram considerados amigos do imperador, em oposição aos “luzias”, de Minas Gerais. Hoje, a atual campanha, com cerca de um mês e meio, é rápida e vem trazendo bandeiras para as ruas, algumas carreatas, farta distribuição de santinhos, poucas reuniões e muita conversa com os eleitores, além das redes sociais, é claro. Em pesquisa informal entre os correligionários dos candidatos a deputados estaduais, fala-se que o ex-vereador e atual vice-prefeito Pedro Ricardo está na frente e, emparelhando com ele, a ex-prefeita Franciane Motta. Em seguida, vem o vereador Abraão da Melgil, que abriu mão dos seus vencimentos na Câmara, para mostrar a lisura de sua campanha. Já o empresário Everton Frutuoso, que disputa pela

primeira vez um cargo eletivo, fez a maior carredata desta campanha até agora. Correndo por fora, a vereadora Elisia, tem a sua base num grande trabalho social que faz diferença. Também na disputa, estão o vereador Janderson da Educação, com seus fortes aliados, e o jovem Thiago Cócaro, com uma campanha discreta mas ativa, entre outros candidatos. Outros candidatos, a deputados federais, estão influenciando tambem o eleitorado. É o caso do ex-deputado federal Lourival Gomes, de Sampaio Corrêa, da rede de supermercados Gomes e do estádio de futebol Lourivalzão, que a cada eleição cresce mais, com apoio do filho, vereador Roger Gomes. Candidatos a deputados federais, o vereador Rodrigo Borges e o ex-vereador Kinho estão batalhando para conquistar votos. Candidatos ao Governo do Estado já visitaram Saquarema: Eduardo Paes, que circulou em Bacaxá, e Garoti-

Pedro Ricardo

Franciane Motta

Abraão da Melgil

Everton Frutuoso

Elisa Rangel

Janderson da Educação

Thiago Cócaro

Lourival Gomes

nho, que visitou as barraquinhas na Vila, durante os festejos em homenagem a Nossa Senhora de Nazareth, além de Romário que foi o primeiro a estar no município, inclusive na Câmara, e Pedro Fernandes que fez corpo a corpo na feira de Bacaxá.

O Futuro da Água foi debatido em Florianópolis, Santa Catarina

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m encontro com mais de mil representantes de todas as partes do Brasil participaram do XX ENCOB, Encontro Nacional de Comitês de Bacias Hidrográficas, em Florianópolis, Santa Catarina, onde discutiram o Futuro da Água, nestes tempos de escassez hídrica. Um dos pontos altos foi a Oficina Embaixadoras da Água, que trouxe pela primeira vez a discussão sobre o papel da mulher na gestão das águas no Brasil. Também a juventude foi um ponto de pauta relevante, na reunião da sociedade civil e a governança da água foi o tema da oficina promovida pelo WWF. O Rio de Janeiro ganhou um estande especial com um espaço para pequenas apresentações, promovidas pelo

Rodrigo Borges

Kinho

Conferência de Cultura realizou-se no Rio Dulce Tupy

Dulce Tupy

Orquestra Maré do Amanhã na abertura da Conferência de Cultura

Na plenária do XX ENCOB muitas apresentações sobre as águas em todo o país

CILSJ, Consórcio Intermunicipal Lagos São João e pela AGEVAP, Agência de Águas do Rio Paraíba do Sul. Duas representantes do Subcomitê das Lagoas de Saquarema, Jaconé e Jacarepiá participaram do evento, as jornalistas

Dulce Tupy, editora do jornal O Saquá, representante do Instituto Lagrange, e Michele Maria, da Rec Plus e representante da AMEAS, Associação de Mulheres Acontecendo em Saquarema. Páginas 3 e 4

Após concluir a etapa das pré-Conferências de Cultura Municipais e Regionais, finalmente realizou-se na Biblioteca Parque, no centro do Rio, a 4ª Conferência Estadual de Cultura. A Conferência reuniu 343 delegados, sendo 234 representantes da sociedade civil dos municípios e 109 do poder público, das 9 regiões do estado. Antes da Conferência, realizaram-se 20 pré-conferências municipais e 9

regionais, abrangendo todos os 92 municípios. A 4ª Conferêncvia foi coordenada pela Secretaria de Estado de Cultura-RJ e o Conselho Estadual de Política Cultural do RJ (CEPC-RJ). Participaram representando Saquarema a jornalista Dulce Tupy, da sociedade civil, e duas representantes do poder público: Telma Cavalcanti e Ana Portela, da Subsecretaria Municipal de Cultura. Página


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Nem Corrupção prejudica o favorito nas pesquisas Silênio Vignoli

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crise brasileira, na geral, e a campanha presidencial, em particular, estão revelando preocupante escassez de lideranças com visão de longo prazo e capacidade de transmitir confiança, através do exemplo, um problema que ainda vai perdurar por muito tempo, transformando-se num desafio para os eleitores nos próximos pleitos. Essa conclusão, que pode ser definida como inquietante, resume o cenário traçado pela consultoria Macroplan, especializada em planejamento, gestão e cenários prospectivos. Aliás, a análise da consultoria vem batendo nesta mesma tecla há bastante tempo. A pérola de legitimidade dos políticos - independentemente das vinculações partidárias - tornou-se endêmica. Nomes antes promissores foram varridos do tabuleiro político e não há, no horizonte, novos líderes despontando. Como se não bastasse o futuro comprometido deste cenário, o que poderia explicar o paradoxo de a corrupção ser hoje a maior preocupação do povo brasileiro e o ex-presidente ser o candidato preferido deste mesmo eleitor? Isso é constatado por sucessivas pesquisas dos mais variados institutos. Estudos do cientista político Carlos Pereira, da Fundação Getúlio Vargas, baseados em pesquisa de opinião experimental, realizada em parceria com os professores Rafael Goldzmidt, da FGV, e Lúcia Barros, da USP, mostram como funciona a mente do eleitor, influenciado por questões ideológicas e também por cálculos de custo/benefício.

Países Pobres Claro que a falta de informação sobre o envolvimento do candidato em corrupção é um fator importante nessa decisão, mas o gasto em políticas pú-

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O jornal de Saquarema

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blicas modera o impacto negativo de corrupção na probabilidade de reeleição, especialmente no caso de países pobres. Mesmo eleitores informados podem votar em governantes supostamente corruptos se eles esperam receber benefícios materiais que outros partidos e candidatos não podem garantir. Eleitores são mais propensos a escolher candidatos desonestos quando eles compartilham da mesma ideologia. Esse efeito é mais predominante quando ideologias econômicas e sociais são congruentes. É inexplicável, mesmo levando em conta que parcela maciça do contingente de eleitores que vota assim seja constituída por analfabetos, brasileiros de baixa instrução e faixa de renda de até um salário.

Imprevisível Apesar de mostrar Lula ainda em primeiro lugar nas pesquisas do fim de agosto/início de setembro, uma pesquisa de manifestação espontânea do Datafolha revela que o número de indecisos, brancos e nulos está atingindo 46%. Isto sugere que parcela significativa de eleitores já começou a buscar alternativas, após a condenação do ex-presidente. Porém, num cenário sem Lula, metade dos brasileiros com baixa instrução está sem candidato. Voto nulo, em branco ou indeciso é alto entre mulheres e na faixa de renda até um salário. Chegamos à fase final de um período eleitoral, surpreendentemente, com uma taxa muito elevada de indecisos e também de pessoas dizendo que não votar em ninguém. Há um desgosto, uma insatisfação generalizada com a classe política.Os debates, quem sabe, poderão reativar, pelo menos parcialmente, o interesse pelas eleições. Os cientistas políticos consideram que a eleição deste ano é anormal e acontece em um tempo de mudanças e de inusitados, daí o porque o resultado ainda é imprevisível.

As chamas que incendiaram o Museu Nacional acenderam a minha memória

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Dulce Tupy*

ão me lembro a primeira vez em que fui ao Museu Nacional, na Quinta da Boavista, se foi com meus pais ou com a escola pública que, naquela época, levava habitualmente seus alunos ao Museu do Índio, ali perto do Maracanã, entre outros passeios. Minha escola, na Tijuca, tinha todo tipo de gente, desde a classe média do bairro até os moradores das favelas mais próximas, principalmente do Morro da Formiga, do Andaraí e do Borel. Fui criada neste vale cercado de samba, de carnaval, de circo, cinemas na Praça Saens Peña e bailes no Clube Montanha, na Usina, na subida para a Floreta da Tijuca. A primeira vez que estive no Museu Nacional, lá pelo final dos anos 1950, o que mais me chamou atenção foi a coleção egípcia, em especial a múmia por ser tão pequena e não corresponder ao tamanho de um adulto. Pensei que pudesse ter encolhido. Minha avó, uma paulista de 400 anos, da velha aristocracia do café, contava que lá no interior de Rio Claro, onde ela nasceu (e também o deputado Senhor da Constituinte de 1988 Ulysses Guimarães) um parente foi mordido por um marimbondo azul marinho, ficou muito doente, febre fortíssima, e na sua agonia começou a encolher. Encolheu tanto que ficou no tamanho de uma criança e foi enterrado num caixão pequeno. Vovó contava para os netos e netas de olhos esbugalhados, impressionados como eu estava ali diante da múmia.

Custo tão pequeno para a grandeza patrimonial Pois foi assim que eu vi a múmia pela primeira vez, apavorada, mas embevecida. O dinossauro, a arte indígena e afri-

cana, tudo no museu despertava nossa curiosidade de crianças e adolescentes em formação, felizes com o passeio promovido pela escola ou pela família tijucana, que sempre culminava com uma corrida pela grama na frente do jardim do palácio ou na beira do lago onde fazíamos pic-nic. Meus pais eram cultos e valorizavam toda informação cultural que viesse agregar valores para suas filhas. O Museu Nacional, relativamente perto de nós, era portanto o foco mais próximo, além do Teatro Municipal e outros endereços famosos para onde nos deslocávamos de bonde no Rio de Janeiro, onde morávamos recém-chegados de São Paulo. Ver o Museu Nacional ardendo em fogo foi um impacto tão grande que fiquei algumas horas assistindo tudo pela televisão, indo nos noticiários, de canal em canal, buscando alguma explicação para o absurdo da cena, como se não fosse verdade, um pesadelo, mentira! Foram 200 anos de uma existência heroica, desde sua fundação no governo de D. João VI, em 1808. Tudo – ou quase tudo – virou cinzas. O crânio da primeira mulher brasileira, Luzia, com mais de 1.200 anos, descoberta em Minas Gerais, desapareceu. O impressionante esqueleto do dinossauro e o da baleia também. Documentos sobre os sambaquis, inclusive os de Saquarema, cuidadosamente catalogados e analisados pelas professoras Lina Kneip e Filomena Crancio, ninguém sabe, ninguém viu. Pouco restou. E pensar que o custo manutenção de todo esse patrimônio, verdadeiras relíquias, era menor do que o custo de um deputado ou senador em Brasília, ou de um juiz, desembargador, ministro... É de chorar! Não tem explicação que justifique este incêndio que reacendeu – infelizmente – parte de minha vida

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O XX Encontro Nacional de Comitês de Bacias discutiu o futuro da água

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lorianópolis, capital de Santa Catarina, abrigou o XX Encontro Nacional de Comitês de Bacias Hidrográficas (XX ENCOB), que se realizou entre 20 e 24 de agosto, no Centro de Eventos Governador Luiz Henrique, com o tema “O Futuro da Água”. A programação incluiu palestras, mesas redondas, debates, oficinas e apresentações de casos, para um público de mais de mil pessoas, representantes de órgãos governamentais, da sociedade civil e usuários da água, integrantes dos comitês de bacias hidrográficas, estaduais, federais e transfronteiriços (bacias que abrangem mais de um país). O objetivo foi reunir os

agentes sociais que compõem a comunidade da água, que atuam na gestão integrada e participativa dos recursos hídricos, como foi preconizada pela Lei 9433, a chamada Lei das Águas. Com olho na sustentabilidade dos recursos hídricos, o XX ENCOB discutiu os cenários futuros dos recursos hídricos no Brasil, destacando a importância da comunicação que intervem na mobilização da população em geral, e interfere diretamente na saúde dos mais carentes, vítimas das doenças transmitidas pela água. O encontro apontou também os compromissos e responsabilidades dos entes do Sistema Nacional de Recursos Hídricos, a necessária integração das políticas públicas (federal, estadu-

ASCOM CBH São Francisco/Rodrigo Sambaqui

Na abertura do evento, o presidente do CBH-São Francisco, Anivaldo Miranda, fez um discurso considerado o mais importante do evento apontando para a necessidade de comunicação dos Comitês com os cidadãos Dulce Tupy

ASCOM CBH São Francisco/Rodrigo Sambaqui

Reunião da sociedade civil debateu a diversidade no contexto das águas, entre elas a participação de jovens e mulheres, entre outras minorias

A questão da transparência foi um dos temas mais debatidos durante a plenária que reuniu especialistas, entre eles o Dr. José Alexandre do MP-RJ

Museu Nacional

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ais, regionais e municipais), na implementação de programas e serviços que tragam a recuperação e conservação dos recursos hídricos. Sendo um estado pioneiro na criação dos primeiros Comi-

tês de Bacias Hidrográficas no Brasil, Santa Catarina sediou pela segunda vez o ENCOB. Hoje com 16 comitês de bacia, o estado já tem todos os seus principais rios enquadrados em comitês de bacia, adminis-

trados por agências de bacia, com contratos renovados feitos através de editais, de 3 em 3 anos, ou seja com a maior transparência possível. O próximo ENCOB será no Paraná, em Foz do Iguaçu, que recebe também pela segunda vez este que é, sem dúvida, um dos maiores encontros sobre recursos hídricos no país. O evento foi promovido pelo Fórum Nacional de Comitês de Bacias Hidrográficas, com apoio da Rede Brasil de Organismos de Bacias Hidrográficas e patrocínio da Agência Nacional de Águas (ANA), do Ministério do Meio Ambiente, Governo Federal

Oficina Embaixadoras da Água * Dulce Tupy é jornalista, escritora, pesquisadora e editora do jornal O Saquá

Editora: Dulce Tupy – dulcetupy@osaqua.com.br Diretor comercial: Edimilson Soares Diretora de Arte: Lia Caldas Colaboradores autônomos: Pedro Stabile (fotografia), Ronan Conde (diagramação)

Jornalista Responsável: Dulce Tupy (registro:18940/87/62)

Gráfica: Editora Esquema Tiragem: 3.000 exemplares Circulação: Saquarema, Araruama, Silva Jardim e demais municípios da Região dos Lagos As matérias assinadas não refletem necessariamente a opinião do jornal.

COMUNICAÇÕES

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CNPJ: 04.272.558/0001-87 Insc. Munic.: 0883 Av. Ministro Salgado Filho, 6661 - fundos Barra Nova – Saquarema – RJ - Cep: 28990-212

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Pela primeira vez o ENCOB, Encontro Nacional dos Comitês de Bacias Hidrográficas, abriu um espaço nobre para a discussão sobre Água e Gênero, que aborda a importância da participação da mulher na gestão dos recursos hídricos. O XX ENCOB destinou à Oficina Água e Gênero: Embaixadoras da Água, um anfiteatro inteiro para abrigar a proposta de uma sensibilização sobre o necessário cuidado no uso e preservação da água, do ponto de vista das mulheres. A Oficina possibilitou conhecimento técnico a respeito das dimensões rela-

cionadas à água: científico, social, ecológico e legal, apontou para mudanças de comportamento, com a mulher assumindo papel de protagonista em ações direcionadas ao uso sustentável da água e sinalizou aos Comitês de Bacias a necessária formulação de um conjunto de propostas que permitam construir uma agenda de água e gênero para a gestão das águas, em todos os níveis de atuação. Voltada para a capacitação de mulheres interessadas e atuantes no tema Água e Gênero, a oficina Embaixadoras da Água foi coordenada por Yara Blochtein,

coordenadora de Meio Ambiente da Federação das Associações de Mulheres de Negócios e Profissionais-BPW Brasil (Business Profecional Women) e Women for Water Partnership, que juntas reúnem mulheres associadas em cerca de 100 países. O evento teve a coordenação geral de Zeide Furtado, presidente da BPW Araçatuba-SP e vice-presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Baixo Tietê. Pela manhã, a Dra. Eldis Camargo deu uma aula magna, sobre “Gestão dos Recursos Hídricos’’. continua na página 3 -->

Dulce Tupy

As embaixadoras que promoveram com brilhantismo o evento


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Gênero, Água, Cidadania e Ética Rodrigo Sambaqui

Fizeram parte da magnífica aula da Dra. Eldis, na Oficina Embaixadoras da Água, aspectos científicos, sociais, ecológicos e legais da água, incluindo “Gênero e água no contexto do meio ambiente, cidadania e ética”. A Dra. Eldis trabalhou nos últimos anos na Agência Nacional de Águas e pretende agora se dedicar ao ensino acadêmico em São Paulo. Na parte da tarde, a Dra. Daniela Nogueira coordenou a roda de diálogos sobre “Perspectivas e Desafios das Mulheres como Agentes de Mudança no Setor Hídrico”. As convidadas e o único convidado para o painel foram: Margarida Yassuda, vice-presidente da Wonen for Water Partnership, Dra. Eunice Cruz, presidente BPW-Brasil, Jennifer Iverson, da Water.org, Lupércio Ziroldo, presidente da REBOB (Rede Brasileira de Organismos de Bacia) e Dra. Sandra Kishi, Procuradora Regional da República do MPF (Ministério Público Federal), que apresentou o Programa Conexão Água, de compensação ambiental. Embaixadoras da Água é um programa de capacitação para mulheres, visando multiplicar e disseminar ações sustentáveis de consumo consciente

da água, de preservação dos recursos hídricos e matas ciliares, pretendendo assim fortalecer a conscientização ecológica da mulher. Implantado em outubro de 2017, na cidade de Porto Alegre/RS o programa foi posteriormente apresentado na ANA (Agência Nacional de Águas), em Brasília, e na Women for Water Partnership, na Bulgária e em Milão. No 8º Fórum Mundial da Água, realizado em março, em Brasília, a Academia Embaixadoras da Água teve uma edição especial na Vila Cidadã, com representantes de vários países, entre elas a maioria de mulheres que vieram de todo o Brasil. Com o objetivo de desenvolver um conjunto de conhecimentos sobre a água, a Academia Embaixadoras da Água é voltada para a capacitação de mulheres que se transformem em multiplicadoras de ações de preservação da água. Cada embaixadora terá como missão a disseminação de ações para o consumo consciente e sustentável da água, promovendo ações de preservação dos recursos hídricos e matas ciliares que protegem as águas, fortalecendo assim a inserção ecológica da mulher no mundo.

As Embaixadoras da Água posando para a posteridade no final do evento pioneiro no XX Encob uma oficina em que as mulheres são protagonistas

Errata:

Na edição passada, não colocamos o nome da fotógrafa Isabella Rouxinol, na matéria “Encontro LGBTQ+ em Bacaxá”.

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Roda de Conversa

Cultura é notícia

Professora Edna Calheiros*

Beatriz Dutra*

Uma luta de todas

omo parte integrante do Seminário “12 anos da Lei Maria da Penha: Desafios”, foi lançado no CEDIM/RJ, Conselho Estadual dos Direitos da Mulher do Rio de Janeiro, o documentário “Sombras Profundas”, uma produção argentina sobre a violência contra a mulher. Legendado em português, o filme despertou um intenso debate. Sombras Profundas nos foi disponibilizado pelo IMD, Instituto Multimedia DerHumALC, Derechos Humanos en America Latina y Caribe, através de Julio Santucho e Lucia Heredia. Participaram do evento, a Juíza da 1ª Vara de Violência Doméstica, Adriana Ramos de Mello, a coordenadora de Defesa dos Direitos da Mulher da Defensoria Pública, Flávia Nascimento, a subsecretária estadual de Políticas para as Mulheres, Ivone Vilete, a presidenta do CEDIM, Helena Piragibe, além de representantes de 15 municípios e de instituições que lutam pelos direitos da mulher. A versão brasileira do documentário foi produzida pela AMEAS, Associação de Mulheres Empreendedoras Acontecendo em Saquarema, e pelo CEDIM, em parceria com o Projeto Violeta do Poder Judiciário e o Fórum Fluminense de Prevenção à Violência Contra as Mulheres. Considerado uma excelente ferramenta de apoio para futuras ações no combate à violência contra a mulher, o DVD “Sombras Profundas” foi distribuído a todas as instituições presentes.

Segundo Lucia Heredia, responsável pela elaboração do documentário, até 1988 não havia na Argentina Delegacias da Mulher e nem leis que permitiam às vítimas proteção. Em 2001, começa o empoderamento das mulheres na Argentina, reconhecendo-se como gênero, percebendo que seus sofrimentos eram de classe e assim foram levando suas demandas às ruas. Para as mulheres que participaram em “Sombras Profundas” foi um desafio contar suas histórias. Naquela época, não se falava essas coisas publicamente; era uma vergonha e ainda reinava o “algum motivo terá”, para justificar a violência contra as mulheres. Além disto, por medo, muitas delas nem realizaram denúncias e uma delas não quis e/ ou não pôde mostrar sua face, já que temia ter consequências no seu trabalho, pois era docente e tinha medo de ser despedida se soubessem que ela tinha sido vítima de violência por parte do seu companheiro... Hoje as mulheres fazem os mesmos relatos reproduzidos neste filme, mas nota-se que, cada vez mais, vão perdendo o medo, o horror coletivo. Por outro lado, um pedido de justiça tem se instalado na sociedade. Hoje, este documentário incorporaria as marchas do “Ni una menos” nas quais, evidentemente, participaram mulheres que foram protagonistas desta pequena história. Participação: LUCIA HEREDIA

* Presidente da AMEAS e Secretária de Finanças do CEDIM-RJ

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s jornais andam tão embrutecidos... A vida tão violenta, que chego a me questionar: vida sem poesia seria vida?... Por outro lado, a poesia está em tudo... Basta podermos fixar o nosso olhar para percebê-la... Afinal, “vida e poesia são a mesma coisa”, escreveu Quintana, esse inesquecível poeta da arte de escrever simples e profundamente. Seus versos estão ao alcance do menos ao mais letrado. Têm a magia de transpassar a caixa torácica e alcançar o coração dos que se dispõem a lê-los: “Haverá ainda no mundo, coisas tão simples e tão puras como água bebida na concha das mãos? / “Não é possível amizade quando dois silêncios não combinam.” / “Uma alma sem mistério nem seria alma... Da mesma forma que um Deus compreensível não seria Deus.” / “Aquela andorinha

que vai sumindo cada vez mais longe – será mesmo uma andorinha? Ou a minha saudade que eu te mando?” / “Os anjos não dão de ombro, não; quando querem mostrar indiferença, os anjos dão de asas.” A poesia de Quintana embeleza a vida e nos torna mais leves... Assim como ouvi, no rádio do carro, numa bela manhã, estes versos também simples e maravilhosamente, ao alcance do entendimento de qualquer pessoa... “Se todos fossem iguais a você / que maravilha viver... (Vinicius de Moraes) e “As flores na janela sorriam, cantavam, por causa de você”... / “Somos a vida, o sonho, nós somos o amor!... (Dolores Duran) Pois é, assim, sinto que Khalil Gibran estava certo. Para ele, “a simplicidade é o último degrau da sabedoria”... Sim, a simplicidade é uma conquista; a simplicidade é o apogeu!...

*Poeta, “Cidadã Saquaremense” e presidente da Academia de Letras Rio – Cidade Maravilhosa

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ealizou-se na Biblioteca Parque, no centro do Rio, a 4ª Conferência Estadual de Cultura que reuniu 343 delegados, sendo 234 representantes da sociedade civil e 109 do poder público, de todas as regiões do estado. Antes da Conferência, realizaram-se 20 pré-conferências municipais e 9 regionais, integrando os 92 municípios. Participaram representando Saquarema a jornalista Dulce Tupy, da sociedade civil, e duas representantes do poder público: Telma Cavalcanti e Ana Portela, da Subsecretaria Municipal de Cultura. Os 6 grupos de trabalho aprofundaram os temas “Economia da Cultura e Novas Tecnologias”, “Infraestrutura Cultural e Integração Desenvolvi-

mento”, “Cultura e Sustentabilidade”, “Democracia, Cidadania e Diversidade”, “Política Cultural - Gestão e Formação”, e “Preservação e Salvaguarda do Patrimônio Cultural”. A comissão organizadora foi constituída por: Ivan Machado, Marinêz Fernandes, Leandro Santana, Cleise Campos, Léo Feijó e Verônica Nascimento. A 4ª Conferência Estadual de Cultura é uma fase preparatória para a Conferência Nacional de Cultura que deverá se realizar em 2019. Além dos debates e propostas, a Conferência promoveu uma apresentação da Orquestra Maré do Amanhã, na abertura. No espaço aberto da Biblioteca Parque, ao ar livre, uma exposição de artesanato, moda e gastronomia, com uma típica baiana do acarajé servindo seus quitutes.

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