Notícias do Mar n.º 391

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Notícias do Mar

Economia do Mar

Entendimento Portugal e Angola nos Assuntos do mar e Pescas

As Ministras, Maria Antonieta Baptista e Ana Paula Vitorino No passado dia 20 de Maio a Ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, participou com a Ministra das Pescas e do Mar de Angola, Maria Antonieta Baptista na Sessão de Assinatura do Memorando de Entendimento no Domínio das Pescas, Aquicultura e dos Assuntos do Mar entre Portugal e Angola que terá a duração de quatro anos.

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sse acto sucedeu no final do Fórum dos Empresários do Sector das Pescas “Empresários Portugueses e Angolanos Juntos Para Uma Cooperação Sustentável do Mar”, que teve lugar na Gare Marítima de Alcântara em Lisboa e contou com a presença de associações sectoriais e empresas de Angola e Portugal. Portugal e Angola acordaram reforçar a cooperação para potenciar oportunidades na economia do 2

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mar, com um memorando que tem como objectivo definir os princípios da cooperação bilateral e prevê parcerias em áreas como legislação, formação, investigação técnico-científica, desenvolvimento de actividades de pesca marítima, continental e aquicultura, fiscalização e controlo das atividades de pesca e indústria de transformação de produtos de pesca entre os dois países. Ana Paula Vitorino sublinhou a abrangência do

acordo.”Vai existir cooperação em todas as áreas do mar: pescas, aquacultura, transformação do pescado. Por um lado, teremos ao nível do sector público cooperação na formação e ao nível do sector privado daremos todo o apoio para que possam ser estabelecidas parcerias entre empresários angolanos e portugueses, com a possibilidade de criar empresas mistas”. Segundo a Ministra do

Mar de Portugal, a ideia é “criar mais oportunidades de negócio para o sector das pescas e transformação de pescado, mas também contribuir para o crescimento da economia do mar em Angola e Portugal”. Assinalou ainda que grande parte desta cooperação se traduz “incentivo ao sector privado e na inserção de angolanos nos programa u s de investigação técnico-científica e formação em Portugal e


Notícias do Mar

Os Estaleiros Navais de Peniche

sector das pescas e do mar. “Portugal pode darnos uma grande con-

tribuição em termos de investigação científica, nomeadamente no estudo da biomassa e bio-

diversidades, mas também no estudo da frota, que se faz necessário”, considerou a Ministra do

Fotografia: ENP,SA

este memorando será coberto pelo orçamento de cerca de 5 milhões de euros que anualmente o meu ministério dedica à cooperação”. Este acordo segue-se a memorandos semelhantes já assinados com Cabo Verde e Moçambique. Ainda este ano vai ser assinado um novo memorando com Cabo verde para ampliar mais áreas de cooperação, nomeadamente as energias renováveis oceânicas e o sector portuário. Por seu lado, a ministra das Pescas e do Mar de Angola, Maria Antonieta Baptista, destacou a importância de todas as vertentes contempladas no acordo rubricado com Portugal, numa altura em que o país está a lançar um novo paradigma do

A delegação Angolana em Peniche 2019 Julho 391

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Visita aos Estaleiros Navais de Peniche

Mar de Angola. A ministra angolana acentuou também a importância da formação

contínua no sector da economia do mar e deixou um apelo aos empresários portugueses para

que apostem em Angola. “Angola é um gigante adormecido em termos de pescas. Toda a gente

conhece a biodiversidade dos mares de Angola, é uma questão de repaginar o tipo de investimento sempre tendo em conta a empregabilidade dos angolanos. Temos grandes oportunidades de negócios, nova legislação de investimento, nova legislação de vistos e estamos à altura de receber os empresários portugueses para tornar Angola um grande potencial em termos de pescas”. A ministra Maria Antonieta Baptista afirmou ainda que “O evento vai criar condições entre operadores económicos das pescas e actividades conexas, assim como estabelecer bases para desenvolver e reforçar as relações de cooperação, amizade, e de responsabilidade para o desenvol-

Nos estaleiros da Damen na Roménia o navio Baia Farta a ser construído 4

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vimento sustentável da actividade de pesca em Angola.” Ministra de Angola visita os Estaleiros Navais de Peniche No âmbito da sua visita a Portugal e participação no Fórum, a delegação angolana, encabeçada pela ministra das Pescas e do Mar, e acompanhada pelo embaixador de Angola em Portugal, e empresários do sector das pescas das províncias de Benguela, Namibe, Cuanza Sul e Luanda.deslocou-se aos Estaleiros Navais de Peniche Após a visita aos Estaleiros Navais de Peniche, a ministra disse que o Governo angolano vai adquirir meios que vão ajudar na Operação Transparência em curso no país. “Colocaremos barcos à disposição da fiscalização, para apoiar a Missão Transparência, mas após estes, numa segunda parte do projecto, nós iremos substituí-los, por outros de maior capacidade”. Além dos meios, existe já entendimento com Portugal em matéria de formação de quadros angolanos. Neste sentido, para a materialização dos entendimentos já alcançados, recentemente deslocaramse a Portugal funcionários angolanos das pescas para frequentar cursos de motores e de salvamento no mar.

A assinatura do memorando

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LEME na ONU

Ciência dos Oceanos em Suporte da Economia Azul Abordando a ciência dos oceanos em suporte da economia azul, Miguel Marques, Líder do Projeto Global da PwC para a Economia do Mar, sedeado em Portugal, apresentou, a pedido de vários países, esta semana (11 de junho), na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, as conclusões do relatório LEME

O

relatório LEME é o Barómetro PwC da Economia do Mar sobre a evolução da

economia azul em todo o mundo, resultado de mais de 15 anos de coleta de dados e mais de 70 relatórios

Miguel Marques 6

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emitidos, com o objetivo de destacar as lacunas no conhecimento dos oceanos. Quer se chame Economia do Mar, Crescimento Azul, Economia do Oceano ou Economia Azul, este novo conceito azul tem de comum uma abordagem integrada dos oceanos, que promove a sustentabilidade ambiental, o crescimento económico, o emprego e a inovação. Para ser implementada com sucesso, uma abordagem integrada precisa encontrar ganhos mútuos: soluções complementares e estratégias vantajosas para vários setores, entidades e países. Neste momento o uso do oceano não é equilibrado. Uma abordagem integrada permite reduzir as tensões latentes e alcançar um uso mais equilibrado dos oceanos. A Economia Azul é uma

resposta às megatendências globais, nomeadamente: a rápida urbanização, avanços tecnológicos, a mudança climática e escassez de recursos, as mudanças demográficas e sociais e a mudança no poder económico global, com impacto em todos os Objetivos Globais da ONU para o Desenvolvimento Sustentável. É importante reconhecer que os oceanos estão longe de serem homogéneos e que precisamos de fazer um apelo à ação que envolva os cientistas da natureza e os cientistas socioeconómicos. Esta apresentação foi muito bem acolhida por todas as delegações do países que formam as Nações Unidas e será tida em consideração na preparação da década que as Nações Unidas dedicarão aos oceanos.


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Investigação do MARE

Crostas de Plástico

na Ilha da Madeira Investigadores do MARE, polo da Madeira, descrevem novo tipo de poluição por plástico, na costa rochosa da Ilha da Madeira

A

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s crostas de plástico “plasticrusts” foram detectadas

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numa zona intertidal (entremarés) rochosa por uma equipa de investigadores do

MARE, Centro de Ciências do Mar e do Ambiente, do polo da Madeira, que aca-

ba de publicar um artigo na prestigiada revista científica Science of the Total Envi-


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ronment, onde descreve, pela primeira vez a ocorrência de crostas de plástico, que os autores denominam de “plasticrusts”. A equipa de investigação, liderada pelo Doutor Ignacio Gestoso, descobriu o fenómeno em 2016 durante uma campanha de amostragem. No entanto, foi no início de 2019, que a equipa, voltando a confirmar a presença destes “plasticrusts” no mesmo local, optou por analisar e monitorizar, mais detalhadamente, este novo fenómeno de poluição marinha. As análises de espectrofotometria confirmaram que as crostas são de polietileno (PE), mas a origem concreta e mecanismo de formação das mesmas irá necessitar, inevitavelmente, de estudos complementares. Ainda assim, os investigadores sugerem que estas crostas de plástico possam resultar da colisão de fragmentos de plásti-

co de maior dimensão por acção das ondas e marés. Pelo que a equipa recomenda que futuros estudos possam incidir no impacto destes “plasticrusts” no ecossistema marinho. Os investigadores acreditam que esta nova descoberta pode ter implicações em futuras estratégias de gestão ambiental, uma vez que estas “plasticrusts” poderão vir a ser consideradas uma nova categoria de lixo marinho. Os detritos de plástico são um dos problemas de poluição mais extensos que o nosso planeta enfrenta hoje e uma preocupação particular para a conservação do meio ambiente marinho. A dimensão do problema é tão grande que é possível que na nossa era actual gere um horizonte marcador antropogênico de plástico no registro sedimentar da Terra. Os investigadores apresentam as “plasticrusts”,

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como detritos plásticos incrustados na superfície rochosa, entre-marés. O impacto potencial que as novas “plasticrusts” podem dar, precisa ser mais bem estudado. A ingestão potencial por organismos intertidais poderá supor um novo caminho para a entrada de plásticos em cadeias alimentares marinhas. Consequentemente, a sua inclusão como uma nova categoria de detritos marinhos em acções de gestão e monitorização, deve ser considerada. Estas “plasticrusts” podem ter efeitos na fauna circundante, que partilham o espaço com várias espécies comuns de invertebrados bentónicos como as lapas, cracas ou caracóis. Particularmente notável foi a presença do gastrópode tectarius estriado littorinídeo ao redor e em cima de ‘plasticrusts’ Mais estudos são necessários para avaliar a gravidade da potencial entrada de plástico em redes alimentares marinhas.

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Notícias do Mar

Investigação

SEAPORTS Apresenta Resultados do Projecto

Os resultados do projecto SE@PORTS, cofinanciado pelo programa OCEANERA-NET, foram apresentados numa sessão que teve lugar no dia 12 de Junho, em Matosinhos, com a participação de quase 50 representantes de empresas, associações, autoridades portuárias, instituições de ensino superior e centros de investigação.

N

o evento, os parceiros do SE@ PORTS deram a conhecer as principais conclusões do projecto,

que teve como objectivo estudar a integração de sistemas de aproveitamento de energia das ondas em quebra-mares

portuários, tendo como casos de estudo o Porto de Leixões e o Porto de Las Palmas. A sessão de abertura

Pico 12

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contou com a presença da Presidente do Conselho de Administração da APDL, Guilhermina Rego. Na impossibilidade de estar presente, o Presidente da Autoridade Portuária de Las Palmas, Juan José González, enviou uma mensagem, transmitida durante a sessão. Ambos os responsáveis deixaram palavras de incentivo ao trabalho desenvolvido pelo consórcio do SE@ PORTS. Ao longo de dois anos investigadores de Portugal, Espanha e Bélgica estudaram o desenvolvimento de um modelo de conversor de energia das ondas híbrido, especifi-


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camente concebido para ser integrado em quebramares portuários, tirando partido da sua alta exposição às ondas. A integração de sistemas de aproveitamento de energia das ondas nas estruturas portuárias permitirá aos Portos satisfazer as necessidades de consumo de energia eléctrica, de forma sustentável. O desenvolvimento deste tipo de tecnologia permitirá ainda, a médio prazo, que os Portos atuem como produtores de energia eléctrica, contribuindo para a redução da sua pegada de carbono. Nesta linha, o SE@ PORTS abre ainda a possibilidade de explorar novas linhas de utilização dos quebra-mares, que outrora tinham apenas como objectivo único, suportar a ação das ondas e promover a dissipação da energia das mesmas, criando condições de abrigo para as atividades portuárias. O evento contou igualmente com a participação de um conjunto de peritos internacionais na integração de sistemas de conversão de energia das ondas em quebramares portuários, que partilharam a sua experiência e conhecimento sobre estas tecnologias. A Central Piloto Europeia de Energia das Ondas no Pico, o Mutriku Wave Power Plant e o desenvolvimento do Conversor OBREC foram os projetos apresentados por representantes da WavEC Offshore Renewables,

Mutriku

BiMEP e IMDC, respetivamente. O Projecto SE@PORTS é cofinanciado pelo programa OCEANERA-NET, com o envolvimento de várias agências de financiamen-

to, no caso de Portugal, a Fundação para a Ciência e Tecnologia. Sendo liderado pelo INEGI, o consórcio conta igualmente com a participação da Fórum Oceano, Universidade do

Porto, Plataforma Oceânica das Canárias - Plocan, IMDC e IH Cantabria, e o apoio da Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL).

Conjunto gerador e turbina, onde é possível identificar (da esquerda para a direita) o gerador, a união de veios, uma das chumaceiras da turbina, o estator lado-terra, o anel da turbina e o estator lado-mar. Este conjunto está instalado no interior da conduta da foto abaixo, que foi retirada para efeitos da fotografia. 2019 Julho 391

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Náutica

Notícias GROW

Campanha Promocional ONDA DE VANTAGENS

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HONDA MARINE terá durante os meses de Julho e Agosto, uma atractiva campanha promocional em 3 importantes segmentos de motores fora-de-borda. No segmento de Gama Média, os modelos de 30CV a 60CV, na Gama alta onde estão incluídos os motores de 80CV 100CV, e Gama V6 onde se encontram os novos modelos de 200CV a 250CV, os Clientes Honda poderão encontrar uma ONDA DE VANTAGENS com descontos que podem chegar aos 25%. GROW Iberia, Lda Rua Fontes Pereira de Melo,16, 2714-506 Abrunheira, SINTRA – PORTUGAL Tel. +351 211 303 000 - Fax. +351 211 303 003 Mail: geral@grow.com.pt - WWW.GROW.COM.PT 14

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Náutica

Teste Hydrosport 828 Tender com Honda BF225 VTEC

Texto e Fotografia Antero dos Santos

Alto Desempenho em Performance e Segurança

No passado dia 29 de Junho testámos na baía de Cascais um semi-rígido modelo Hydrosport 828 Tender, com um motor Honda BF 225 VTEC a equipar um barco com uma linha elegante e que dispôe de um super casco, para navegar com conforto e segurança.

O

O banco do piloto e o posto de comando 16

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convite para o teste partiu da GROW, o importador exclusivo dos motores fora de borda Honda para Portugal O estaleiro Hydrosport é português e foi fundado em 1999 pelo norueguês Eddy Johansen, estabelecido em Portugal há mais de 30 anos e muito conhecido no meio náutico a construir barcos e semi-rígidos. Desde o início que a preocupação do Eddy foi o desenvolvimento dos cascos, principalmente dos semirígidos, para obterem o melhor desempenho. No estaleiro Hydrosport utiliza-se o tipo de construção clássica, os cascos em


Náutica

O casco tem um V profundo com um ângulo de 24 graus à popa

Hydrosport 828 Tender

PRFV com tubos em Neoprene/Hypalon colados por fora ao casco e por dento às cobertas, assegurando a máxima robustez aos barcos. Em virtude do enorme interesse no Reino Unido e na Suécia, pelos barcos construídos pela Hydrosport,

grande parte da produção é exportada para esses países. Para conseguir-se maiores performances e menor atrito na água, a equipa do Eddy desenvolru um tipo de “staps” nos cascos. A partir destes cascos construiramse embarcações Rib Offsho-

re, para corridas, com o modelo offshore Rib 636 e mais tarde também o Rib 808 vencedor de muitas. Hoje a Hydrosport produz uma nova linha, baseada nos modelos iniciais de casco com “staps”, aplicando todo o conhecimento e experiência adquiridos ao longo dos

O Hydrosport 828 Tender fez um desempenho muito confortável com excelentes performances 2019 Julho 391

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Náutica

O potente motor Honda BF225 VTEC montado no Hydrosport 828 Tender anos e construídos com os requisitos e novas tecnologias e de acordo com as encomendas dos clientes. Hoje a Hydrosport manifesta o seu orgulho por sempre se ter esforçado em aplicar as melhores práticas no sector de produção. Através de um sistema integrado de gestão de resíduos sólidos e energia, consegue reduzir o consumo de energia e o desperdício na produção para um nível mínimo, garantindo que uma parte significativa dos resíduos seja reciclada.

Consola central de comando 18

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Também no que respeita ao consumo, a Hydrosport garante que os seus barcos são muito respeitadores do ambiente, graças aos cascos “staps”, os barcos precisam de 15-30% menos combustível do que os cascos convencionais, para percorrer a mesma distância na mesma velocidade. Hoje a experiência da equipa da Hydrosport, permite construir e exportar embarcações para pesca profissional, transporte, combate a incêndios, polui-

O poço com um banco à popa e dois duplos


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Náutica

Interior amplo com acomodações bem distribuídas ção e marítima-turística. Actualmente a Hydrosport constrói seis cascos, com os quais satisfaz os mais diversos clientes, pois o mesmo casco pode ser equipado com um elevado número de

acessórios para o barco servir para os mais diferentes fins. Todos os barcos seguem uma linha elegante e desportiva com uma proa estreita e a popa larga. O casco

especial dos Hydrosport tem um V muito profundo e termina com um ângulo de 24 graus à popa. Tem os “staps”, cortes nos robaletes formando pequenas rampas, que facilitam a formação de

O casco especial do Hydrosport 828 Tender 20

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bolhas de ar, reduz o atrito e o barco descola melhor da água. O casco tem também à proa e a meio, um pequeno ressalto que se desenvolve como plano estabilidade lateral, formando um peque-


Náutica

Motor Honda BF225 VTEC

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Espaço à frente para montar um solário

Na consola, prateleira com encaixes de copos e compartimento no túnel no início e largo à popa. O efeito disto no casco é o de ajudar a deflectir bem a água para fora e não salpicar para dentro. A Hydrosport constrói ac-

tualmente os seguintes modelos: Coach Rib com 5,65 m ou 6,06 m, Rib 646 com 6,46 m, Rib 737 com 7,37 m, Rib 828 com 8,28 m, Rib 909 com 9,09 m e Rib 1212 com

Ressalto à proa que se desenvolve como plano de estabilidade lateral

Honda BF 225 VTEC tem um bloco V6, 24 válvulas, 3.471 cm3 de cilindrada e 225 HP de potência. Incorpora a tecnologia VTEC exclusiva da Honda, aplicada com sucesso nos carros de Fórmula 1 da Honda, que significa controlo electrónico do comando e abertura das válvulas. O VTEC varia a elevação e a duração da abertura das válvulas da admissão para proporcionar a óptima performance a baixa e a alta rotação. Um conjunto de tecnologias incorporadas e desenvolvidos pelos engenheiros da Honda, fazem do Honda BF225 VTEC um motor amigo do ambiente, com elevado desempenho, silencioso e com grande economia de consumo. O motor tem o sistema PGM-FI, a injecção sequencial de combustível, que oferece um arranque fácil e seguro, respostas instantâneas ao acelerador, superior eficiência no consumo de combustível e aumenta a performance no arranque. O Honda BF225 VTEC incorpora ainda o sistema BLAST, binário aumentado a baixa rotação. O ponto de ignição controlado aumenta o binário do motor durante as acelerações rápidas, reduzindo o tempo necessário para a embarcação planar. Esta tecnologia, exclusiva da Honda, obtém arranques explosivos para as embarcações planarem de imediato. Com o sistema ECOmo, de economia controlada, foi introduzida uma tecnologia de combustão pobre de segunda geração, para obter óptima economia de combustível, com um consumo especialmente reduzido em velocidades constantes de cruzeiro. Em modo ECOmo, o motor funciona numa relação ar/combustível pobre (18/1). A relação ar/combustível é controlada pela ECU, com base em informações recebidas do sensor O2. Assim consegue-se baixos consumos em velocidades de cruzeiro em rotações entre as 3.000 rpm e 4.500 rpm. O BF225 VTEC está em conformidade com a norma NMEA 2000 para ligação aos equipamentos electrónicos de bordo como chart plotters, GPSs e sondas, permitindo apresentar e visualizar os dados de gestão do motor pelo piloto. O Honda BF200 tem 3 anos de garantia

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Náutica

Com este casco o Hydrosport 828 Tender curva com a máxima segurança 12,12 m de comprimento. Hydrosport 828 Tender Com o mesmo casco a Hydrosport construiu recentemente um barco, que também testámos, para marítimo-turística, para um cliente da Madeira Este destina-se às actividades de recreio e comporta as indispensáveis caracte-

rísticas polivalentes. É uma embarcação para passear, com o espaço no interior bem distribuído. Dispõe no poço de dois bancos duplos, um dos quais o do piloto e um banco à popa, todos estofados e com encosto. Existe ainda um banco à frente da consola de condução e à frente almofadas para servirem de solário. A consola de condução

Grande porão à proa 22

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é alta e larga, comporta um parabrisas em acrílico e tem espaço para a electrónica necessária. Em baixo tem uma prateleira com encaixes para um copo e uma garrafa, para o piloto.e um compartimento com porta estanque para guardar documentos. O banco à popa está encostado a estibordo, para deixar uma passagem larga

a bombordo à popa, para saltar para a água ou subir pela escada. Graças ao V profundo do casco, com um ângulo de 24 graus à popa, debaixo da coberta, há uma altura considerável de espaço. Por isso podemos considerar que o Hydrosport 828 Tender é um barco campeão de arrumações. Tem dois porões, um à proa e outro sob o banco

Porão do ferro


Náutica

da popa. Pode-se arrumar facilmente palamenta, equipamentos ou açafate para peixe. Dentro dos bancos tem compartimentos e sob o banco à frente da consola tem outro porão. O ferro tem à proa o seu respectivo porão e junto um cunho de amarração embutido. Na proa está colado um cabeçote com uma roldana, para apoiar as manobras de fundear. Os tubos têm 0,55 metros de diâmetro e são protegidos lateralmente por um verdugo duplo em borracha colado à volta dos tubos, constituindo uma boa protecção. Desempenho muito confortável com excelentes performances Fizemos o teste com cinco pessoas a bordo e a baía de Cascais estava com vento e água com agitação. Equipado com o Honda BF 225 VTEC, que incorpora também a tecnologia VTEC, o Hydrosport 828 Tender tinha a motoização adequada para realizar um bom desempenho no mar e servir para além de passear, apoiar a diversão dos desportos aquáticos como o ski. Por esse motivo, medimos as performances do

Com o Hydrosport 828 Tender conseguimos navegar em velocidades elevadas conjunto, no que respeita ao arranque e aceleração, bem como as velocidades máxima e a de cruzeiro. Assim, no arranque, para medir o tempo do barco a planar, obtivemos 1,72 segundos, com o motor Honda BF225 VTEC a responder muito bem com o sistema Blast. Graças a este sistema e à facilidade dos cascos dos Hydrosport descolarem da água, no teste de aceleração, com interesse para os praticantes dos desportos aquáticos, no arranque até às 4.000 rpm, em apenas 4,34 segundos atingimos os 20 nós.

Porão sob o banco da consola

As condições do mar nem sempre deixam que se navegue em alta velocidade. Como o Hydrosport 828

Tender tem um casco muito estável, seguro e agarrado à água, conseguimos acelerar até às 6.000 rpm e atingir 46

Passagem a bombordo do poço para a popa

Grande porão sob o banco da popa 2019 Julho 391

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Náutica

Velocidade de cruzeiro de 23 nós às 3.500 rpm nós de velocidade máxima. Muito boa performance com a potência de 225 HP. No teste de velocidade mínima a planar, obtivemos 9,5 nós às 2.200 rpm, em virtude do casco sair bem da água. O Honda BF 225 VTEC tem um sistema ECOmo que comanda o consumo em velocidades de cruzeiro, na sua faixa económica entre as 3.000 rpm e as 4.500 rpm. Mais uma vez, graças ao casco, quando o motor atingiu as 3.500 rpm, o bar-

co navegou a 23 nós. O que confirma o excelente baixo consumo do conjunto. Notável também é o conforto do barco a navegar, muito macio a cortar a água. O piloto domina sem esforço as manobras e curva com a máxima segurança com o barco ligeiramente adornado e muito bem agarrado á água. Devido ao casco especial, o barco deflectiu sempre muito bem para longe a água.

Performances Arranque para planar

1,72 seg.

Aceleração às 4.000 rpm

20 nós em 4,34 seg.

Velocidade máxima

46 nós às 6.000 rpm

Velocidade de cruzeiro

23 nós às 3.500 rpm

Velocidade mínima a planar

3,5 nós às 2.200 rpm

2.500 rpm

14 nós

3.000 rpm

18,3 nós

3.500 rpm

23,2 nós

4.000 rpm

28,9 nós

4.500 rpm

34 nós

5.000 rpm

42,6 nós

5.500 rpm

43 nós

6.000 rpm

46 nós

Estaleiro / Importador HYDROSPORT Rua 25 Abril 35, 2630-014 Alcobela de Baixo Tel: 915 212 438 - info@hydrosport.pt - https://www.hydrosport.pt/ GROW Ibéria, Lda Rua Fontes Pereira de Melo,16, 2714-506 Abrunheira, Sintra Tel. 211 303 000 - Fax. 211 303 003 Mail: geral@grow.com.pt - www.grow.com.pt

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Eddy Johansen, fundador do estaleiro Hydrosport Características Técnicas Comprimento

8,28 m

Boca c/ tubos cheios

2,95 m

Boca c/ tubos vazios

2,30 m

Largura interior

1, 85 m

Diâmetro do tubo

0,55 m

Peso

950 Kg

Lotação

18

Carga

2.400 Kg

Capacidade combustível

300 litros

Tipo casco

V com 24 graus

Potência recomendada

200 / 300 HP

Motor em teste

Honda BF225

Preço barco / motor

57.390 € já com IVA


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Náutica

Notícias GROW

Motores Tohatsu com Oferta do IVA

A

Tohatsu Marine, marca com a chancela de

qualidade Japonesa, representada em Portugal pela GROW Iberia, lança

uma nova campanha promocional em que oferece até ao final de Agosto o valor do IVA em toda a

sua gama, incluindo no novíssimo motor de 60HP MFS60 confirmando uma vez mais a excelente relação preço-qualidade da Marca

GROW Iberia, Lda Rua Fontes Pereira de Melo,16, 2714-506 Abrunheira, SINTRA – PORTUGAL Tel. +351 211 303 000 - Fax. +351 211 303 003 Mail: geral@grow.com.pt - WWW.GROW.COM.PT 26

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Náutica

Novidade Jeanneau Cap Camarat 6.5 WA Série 3

Barco de Seis Metros que Parece Maior

Texto Antero dos Santos Fotografia Jeanneau

Jeanneau Cap Camart 6.5 WA Série 3 Para 2019 o estaleiro francês Jeanneau acrescentou à sua gama um novo modelo, o Cap Camarat 6.5 WA Série 3, que beneficia de um excelente novo casco, com a linha dos 9 metros, projectado pelo designer americano Michael Peters, um barco com 6,30 metros de comprimento que parece bastante maior.

A

Posto de comando 28

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s embarcações a motor Jeanneau têm como importador exclusivo para Portugal, a Nautiser / Centro Náutico. Das gamas a motor que Jeanneau constrói a Cap Camarat é a mais antiga e apresenta uma imagem de grande prestígio. Foi criada e desenvolvida para satisfazer os pescadores lúdicos franceses, do norte, bastante conhecedores do mar e daquilo que um barco precisa para ter um desempenho eficiente e seguro. Por isso os Cap


Náutica

Cap Camart 6.5 WA Série 3 foi projectado por Michael Peters

Camarat foram sempre construídos de forma a serem robustos. A gama foi evoluindo para os clientes encontrarem um barco prático, de fácil manobra, de uso polivalente e casco marinheiro, para navegar no mar sem problemas. O estaleiro, utilizando as mais modernas tecno-

logias de PRFV com os melhores materiais, desenvolveu através do design e da inovação, uma produção de alta qualidade e os barcos com os melhores acabamentos na fibra. Para ir ao encontro do desejo dos clientes, da prática do maior número de actividades com um

barco, o estaleiro Jeanneau precisa de procurar permanentemente inovações. Todos os anos saem novos modelos ou barcos com novas características e diferentes equipamentos Para melhor responder ao mercado, a gama Cap Camarat foi desenvolvida em quatro linhas,

O motor recomendado é o Yamaha 200 HP 2019 Julho 391

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Náutica

Cap Camart 6.5 WA Série 3 tem um notável espaço para o convívio

Bow Rider, Center Console, Day Cruiser e Walk Around, neste momento com um total de 15 modelos dos 5,15 metros

aos 10,57 metros de comprimento. Este ano uma das novidades foi o Cap Camarat 6.5 WA Série 3

Um notável espaço para o convívio O Cap Camarat 6.5 WA Série 3 foi projectado em

Painel de instrumentos com a electrónica 30

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linha com os barcos de 9 metros, para oferecer com o seu design incrivelmente ergonómico e layout espaçoso, mais espaço interior e permitir os passeios familiares, com o máximo conforto no poço e ainda acomodar, para pernoitar, duas pessoas numa cabine com wc. Com o perfil clássico e elegante dos Cap Camarat, o 6.5 WA Série 3, parece um barco bastante maior que um 6 metros. Foi considerado importante criar no barco uma atmosfera convidativa e de fácil vida a bordo, como barco de família confortável. Para isso, o poço comporta os dois bancos individuais e giratórios do piloto e do copiloto, um banco em L e outro rebatível a bombor-


Náutica

do que forma um U com uma mesa ao meio, para os momentos de convívio e os piqueniques. De salientar os confortáveis e ergonómicos bancos do piloto e do copiloto. Como barco polivalente que é, não se esqueceram dos pescadores, que têm um porta canas de cada lado junto ao posto de comando. O posto de comando tem uma forma arredondada e encontra-se ligeiramente encostado a estibordo, deixando a passagem para a proa por bombordo. O posto de comando tem um para-brisas com um corrimão em

Com um casco marinheiro tem um bom desempenho a navegar

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Náutica

Os confortáveis e ergonómicos bancos do piloto e do copiloto

O poço é muito espaçoso e confortável 32

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aço inox e um largo painel de instrumentos com a electrónica necessária e comporta a porta de correr da cabina.ao lado do piloto. No interior encontrase uma cabine magnífica e espaçosa, com uma cama dupla, bem como um WC. Para arejamento e entrada de luz existem duas escotilhas, uma no tecto.e outra em cima ao lado da entrada. Outra vantagem do Cap Camarat 6.5 WA Série 3 é o aproveitamento do espaço à frente do posto de comando até à proa, com


Náutica

Entrada para a cabina à frente do copiloto

um grande solário dedicado aos banhos de sol. À proa fica o encosto para o ferro, um porão e dois cunhos de amarração. Para os mergulhos à popa e os amantes do Ski o barco comporta duas plataformas longas que correspondem às prin-

cipais características da nova geração. Para fixar o cabo de Ski, na popa está fixado um arco em aço inox com uma torre Um casco novo para o mar Este modelo beneficia ainda por possuir um

excelente novo casco, projectado por Michael Peters, com um design desportivo e compacto, permitindo saídas rápidas e comportamento possante. Este casco corresponde perfeitamente à linha marinheira dos Cap Camarat,

O 6.5 WA Série 3 tem o perfil clássico e elegante dos Cap Camarat 2019 Julho 391

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Náutica

Cap Camarat 6.5 WA Série 3 tem excelentes desempenhos no mar

com um V profundo até à popa. A proa tem um perfil deflector e comporta dois robaletes de cada lado e planos de estabilidade laterais ligeiramente salientes da proa à popa. Com este tipo de casco, o Cap

Camarat 6.5 WA Série 3, afasta bastante para longe a água que a proa corta, não molhando o interior e curva com muita segurança, adornando um pouco. E quando o barco estiver parado não balança.

Características Técnicas Comprimento total

6.31 m

Comprimento do casco

6,11 m

Boca

2,52 m

Peso

1.200 Kg

Depósito combustível

170 L

Depósito água doce

50 L

Cabina

1

Categoria CE

C8

Potência recomendada

200 HP

Preço barco com motor Yamaha 200 HP

57.500 € com IVA incluído

Importador Exclusivo: Nautiser Centro Náutico Estrada Nacional 252 – 2950-402 Palmela Tel.: 21 22 36 820 - Mail: comercial@nautiser.com www.nautisercentronautico.pt

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Náutica

Notícias GROW

Campanha Promocional de anexos HonWave

O

s anexos HonWave, marca de embarcações auxiliares da Honda Marine, construídos em PVC e com o rigoroso controlo de qualidade Honda, têm até ao final do mês de Agosto a sua competitividade amplamente alargada, através de uma oferta de preço especial para anexo + motor. Estes conjuntos, são apropriados não só para funções de embarcação auxiliar, mas também ideais para quem gostaria de ter uma pequena embarcação para o verão sem grande investimento, de fácil transporte e arrumação.

Modelo HonWave

Motor

Preço Promocional do Conjunto

Preço anterior

T20 (2m)

BF2.3

1.390€

1.870€

T24 (2.4m)

BF4

2.090€

2.702€

T27 (2.7m)

BF5

2.290€

2.910€

GROW Iberia, Lda Rua Fontes Pereira de Melo,16, 2714-506 Abrunheira, SINTRA – PORTUGAL Tel. +351 211 303 000 - Fax. +351 211 303 003 Mail: geral@grow.com.pt - WWW.GROW.COM.PT 36

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Notícias do Mar

Notícias do Ministério do Mar

Ministra do Mar Recupera o Titan de Leixões

No quadro dos projetos anunciados por Ana Paula Vitorino, o emblemático Titan de Leixões que desempenhou um papel principal na génese do porto vai ser reconstruído tendo sido lançado o concurso internacional para a sua concretização.

O

s portos marítimos, a par dos faróis, fazem parte do imaginário coletivo português e a ministra do Mar vem-se empenhando em que a história da construção e evolução das estruturas portuárias, bem como a daqueles que a têm protagonizado, seja mais conhecida e integre a literacia do mar português. A estrutura foi construída em 1888 para suportar a construção do Porto de Leixões A Administração dos Portos de Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL) lançou um Concurso Público Internacional para a reconstrução do Titan do Molhe Sul. A estrutura centenária, que é já um exlibris na região estava desativada há largos anos. Pela sua importância e preponderância no património industrial do Porto de Leixões e relevo na história de Matosinhos, a APDL entende que a recuperação do Titan é de um valor e importância inestimável. O edital, que foi publicado na sexta-feira, 21 de Junho, em Diário da República, tem um preço base de 1.850.000 € (e a adjudicação da obra está prevista para o próximo mês de outubro, sendo o prazo de execução de 1 ano. Contas feitas, a APDL aponta a inauguração da recuperação do Titan para o último quadrimestre de 2020. O equipamento será instalado no acesso ao Terminal de Cruzeiros de Matosinhos e, seguindo a lógica de abertura à cidade já habitual nesta infraestrutura portuária, poderá

O Titan de Leixões a constrtuir o molhe ser visitado por toda a população. Este Titan, um enorme guindaste movido a vapor e que no passado se deslocava sobre carris, foi construído e montado em 1888 com o objetivo de suportar a construção Porto de Leixões, tendo, por isso, uma profunda carga histórica para a região Porto e Norte. Recorde-se que a obra do Porto de Leixões começou em Julho de 1884 e que o projecto inicial consistia na construção

de dois grandes molhes, um a norte, com a extensão de 1.579 metros, e outro a sul, com a extensão de 1.147 metros. Para o assentamento dos molhes aproveitaram-se, em grande medida, os rochedos que existiam no mar e que já conferiam um bom porto de abrigo natural, os chamados “leixões”, que viriam a dar o nome à nova infraestrutura portuária. Mas o trabalho mais impor-

tante foi efetuado pelos Titans, o Titan do Molhe Norte, visível ainda hoje de Leça da Palmeira, e o Titan do Molhe Sul, que se via de Matosinhos mas que, por razões de segurança, foi desativado em 2013. Foram estas as estruturas, aliás, que permitiram a colocação exata das toneladas de pedras necessárias para a construção dos molhes e o seu avanço, metro a metro, pelo mar dentro, construindo assim o Porto de Leixões.

Titan do porto de Leixões 2019 Julho 391

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Notícias do Mar

Notícias da Docapesca

Investimento de 236 mil euros no Porto de Pesca de Matosinhos

A Docapesca abriu o concurso para a requalificação do sistema de captação de água salgada, filtragem e tratamento prévio à distribuição às pontes-cais do Porto de Pesca de Matosinhos, com um preço base de 235.902 euros e um prazo máximo de execução de 120 dias.

E

sta requalificação, cofinanciada pelo programa operacional Mar 2020, envolve a remodelação total da atual infraestrutura de captação de água salgada, instalada no topo da Ponte-Cais n.º1, incluindo a substituição das bombas submersíveis de captação de água salgada, os filtros de areias, os dispositivos de desinfeção por irradiação de UV e a substituição de dispositivos de controlo hidráulico degradados ou avariados, bem como a beneficiação de todo o circuito de ar-comprimido e de injeção de hipoclorito. Está igualmente prevista a beneficiação da estrutura que abriga toda esta instalação, bem como a realização de pequenos traba38

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lhos de reparação de betão e pintura de paredes na sala de bombagem, tratamento e armazenagem de água sal-

gada do edifício da Lota. O planeamento dos trabalhos irá garantir que não ocorra a interrupção do

abastecimento de água salgada aos múltiplos consumidores existentes no porto de pesca.


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Notícias do Mar

Tagus Vivan

Crónica Carlos Salgado

Que Tejo, Que Futuro? Eis a Questão! Não há dúvida de que estamos perante uma questão muito séria pelo que se torna inadiável que os cidadãos portugueses tenham consciência disso, porque é mais que evidente que o nosso Tejo nos tempos que correm não está nada bem em muitos aspetos, com destaque para a falta de um caudal ecológico regular diário mínimo garantido que lhe permita continuar a criar vida.

A

pós serem lidas as conclusões do Congresso do Tejo III, e os princípios da Carta de Lisboa, que foi proclamada ao encerrá-lo, a sociedade civil presente, motivada pela qualidade dos debates du-

rante o programa temático dos trabalhos que conseguiram exceder as expectativas, não quis arredar pé sem saber quando será realizado o próximo Congresso do Tejo o que levou a Tagus Vivan, promotora da inicia-

tiva, a fazer uma reflexão para procurar encontrar o meio, o modo e o como, de poder garantir para o futuro a realização de uma ação, evento ou movimento que possa ter a envolvência da maioria dos cidadãos das

Sessão de encerramento do Confresso do Tejo III 40

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comunidades ribeirinhas, e dos demais parceiros e entidades públicas e privadas relacionados com o rio, para debater o Tejo com mais frequência, atualidade e regularidade, por um lado, e por outro, conseguir motivar a grande maioria desses cidadãos, pela sua proximidade, a passarem a assumir em consciência, o papel de guardiões do Tejo, convictamente e com realismo. Como resultado desta reflexão surgiu a ideia de uma BIENAL do TEJO, e estamos convictos que será ela a verdadeira “chave” para a solução do problema. Esta Bienal, sendo supra congressos, fóruns e afins, procura conseguir por meio de um grande Encontro do rio Tejo com as Comunidades ribeirinhas, incentivar os cidadãos munícipes a convi-


Notícias do Mar

ver mais com o seu rio para passarem a fruí-lo e a amá-lo e para tomarem a consciência de que, pela sua proximidade, são os mais indicados, à partida, para vigiá-lo e passarem a olhar mais por ele, como verdadeiros vigilantes e guardiões, bem assim como os seus respetivos autarcas. É por esta razão que se considerou que a materialização deste grande Encontro deve estar reservada aos municípios ribeirinhos, alternadamente, quer a um único município, quer aos municípios vizinhos, da mesma margem ou fronteiriços, apoiados pelas respetivas CIMs, ao longo do corredor fluvial desde a fronteira até à foz ou vice-versa. Como o Tejo é um rio de “afetos”, este Encontro terá de ser uma grande Festa dos cidadãos com o seu Rio, mas sendo uma festa não deixa de tratar também de assuntos muito sérios, pelo que o programa temático deve ser composto por eventos que concorram para a construção do futuro sustentado do Tejo, que deve passar pela sua revitalização, para podermos deixá-lo em melhores condições às gerações vindouras. É com esse desígnio que se entende deverem fazer parte do programa da Bienal do Tejo, os seguintes eventos: 1- As TAGÍADAS – “Uma Festa do Tejo com as suas Gentes” - Atividades de fora para dentro e de dentro para fora do Rio para atrair os cidadãos para a borda d´água para conviverem mais com ele e fruírem-no, para o sentirem como seu, com desportos de ar livre, arraiais, pique-niques, concertos, bailes, artes e ofícios, ati-

O Porf. António Carmona Rodrigues a efectuar a proclamação da Carta de Lisboa vidades náuticas, passeios fluviais e regatas. Sendo indispensável haver uma sessão de consulta pública às populações, submetido ao tema: Que Tejo Temos, Que Tejo devemos ter?. 2- A EXPO-TEJO – exposição de atividades, produtos e serviços de Players, Stakeholders e Municípios ribeirinhos. 3- A FEIRA de TURISMO do TEJO – exposição de património cultural imaterial do Tejo, tasquinhas, artesanato e folclore, e a sua avaliação

para o Turismo no Tejo 4- ENCONTRO “O TEJO E OS MUNICÍPIOS” – Discutir o Tejo ambiental, cultural e económico – técnicos, cientistas, entidades fiscalizadoras e autoridades, e o papel dos Municípios para a futura sustentabilidade do Tejo. 5- FÓRUM “É PRECISO INVESTIR NO TEJO” – Players, Stakolders, Operadores turísticos, Empreendedores, Municípios, Turismo de Portugal e respetivas ERTs do Tejo. 6- WORKSHOP “A NA-

VEGABILIDADE NO TEJO” – Impactos, Oportunidades e Desafios” – Navegação comercial, Marítimo turística, Clubes náuticos, Construtores navais, Armadores, Operadores portuários e os Municípios ribeirinhos. Estamos convictos de que esta Bienal do Tejo, com o conceito e uma programação deste tipo vai conseguir ser a melhor “chave” para incentivar todos os cidadãos e parceiros a contribuírem para a revitalização futura do nosso Tejo.

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Notícias do Mar

Tagus Vivan

Crónica Carlos Salgado

Para Pôr o Tejo no Mapa

Os Amigos do Tejo na nascente do rio Dando continuidade ao relato que temos vindo a fazer neste jornal sobre a obra

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profícua de 25 anos da AAT – Associação dos Amigos do Tejo, entidade de Utilida-

de Pública, para que uns recordem e outros conheçam, uma das principais conclu-

sões do II Congresso do Tejo foi a de promover uma Candidatura Ibérica do Tejo Luso-espanhol a Património da Humanidade, denominada Tagus Universalis, promoção essa que foi desenvolvida durante um período de três anos pela AAT, de mãos dadas com uma parceira de Espanha a Tajo Sostenible, período de tempo em que foram feitos os mais diversos contactos com inúmeras entidades públicas e privadas dos dois países, e organizados três Encontros Ibéricos, dois em Espana, o primeiro na Expo-Mundial de 2008 em Saragoça, e o terceiro em 2009 em Talavera de la Reina, e o segundo teve lugar nesse mesmo ano em Vila Franca de Xira. No ano de 2010, ao entrarse na fase da fundamen-


Notícias do Mar

tação técnica e científica desta Candidatura, foi decidido que a Tagus Universalis passava a ter personalidade jurídica própria e foi formalizada nesse sentido. Como é sabido um rio tem a sua própria história que o distingue dos outros rios na qual refletem a ação da Natureza e a interação do Homem com o rio, ao longo dos séculos. O Tejo, que é o rio mais extenso da Península Ibérica tem milhões de anos de história, e rompeu maciços rochosos, formou escarpas e terraços fluviais à sua passagem e à chegada, sempre que o mar se foi retirando, o regime marítimo foi progressivamente sendo substituído por um ambiente salobro e lagunar e a terra foi emergindo, dando origem a vastas planícies aluvionares e aos sapais. Esta fase promocional fundamentou-se em determinados valores porque como é sabido o Tejo distingue-se dos outros rios pelas suas características e atributos intrínsecos, e é de reconhecer a importância que este rio tem para os dois países que atravessa por ele constituir um eixo identitário de ligação entre ambos. O Tejo é um rio com cidades históricas como Toledo, Aranjuez, Cáceres, Abrantes, Santarém e Lisboa, entre outras, pelo que perante esta realidade os dois países ibéricos devem congregar esforços no sentido de mostrarem ao mundo as elevadas valências e qualificações que este grande rio tem para ser reconhecido e classificado de superior interesse de âmbito mundial, nomeadamente na área da Natureza Cultural. Os Municípios e os Ajuntamientos dos dois países, as comunidades ribeirinhas, que tiveram a sua origem devido aos recursos do Tejo terem atraído o homem para as suas margens, que a partir daí foi-se organizando em módulos de

povoamento, devem ser política e administrativamente os principais guardiões dos patrimónios natural e cultural, e da própria história do rio, nos seus espaços territorial e fluvial, pelo que o seu contributo tem uma importância relevante para o processo de identificação e qualificação desta Candidatu-

ra Ibérica. É fundamental também criar sinergias por via de um movimento ou rede que envolva e integre, para além do poder autárquico, o poder regional (CIMs), as embaixadas dos dois países, as tutelas, as regiões de turismo, as associações de defesa do ambiente e da preservação da biodiversi-

dade, bem assim como as de defesa do património cultural, material e imaterial, e dos recursos hídricos, e como é evidente os cidadãos ribeirinhos e a sociedade do conhecimento, em particular. ESTE RELATO CONTINUA NO PRÓXIMO NÙMERO DESTE JORNAL

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Notícias do Mar

Voo do Guarda-rios

Mais Tejo Só quem não tiver olhos, ou não quiser ver, é que não vê que o nosso Tejo continua a definhar e se assim continuar está a caminhar para a morte, porque é mais que evidente que este nosso rio, do corredor fluvial português, está a trazer cada vez menos água doce de montante, que cada vez menos consegue cumprir com regularidade diária o chamado caudal ecológico mínimo exigível, e por ser, ecológico significa que é aquele que é indispensável para criar vida e alimentar a vida que cria.

P

erante uma situação destas os portugueses não podem cruzar os braços ou fazer ouvidos moucos, porque se o homem ao longo dos tempos foi explorando o rio o mais que pôde, a seu bel-prazer, e não o foi para melhorar a saúde do

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rio, porque é que agora não decide tomar medidas para inverter a situação deplorável em que ele se encontra e que, com o aquecimento global e as ditas alterações climáticas que estão para continuar e durar, vai agravar-se mais. É caso para os portugue-

ses tomarem consciência da gravidade da situação caótica que está a provocar que o Tejo esteja a correr para a morte, e comecem a interessar-se sobre a forma, ou formas possíveis de evitar esse terrível desfecho. Os leitores do Notícias do Mar têm vindo a sa-

ber pelo Guarda Rios (GR) que o PROJECTO TEJO – Aproveitamento Hidráulico de Fins Múltiplos do Tejo e Oeste. – Um projeto de rega para cobrir uma área territorial de 300 mil hectares, que corresponde ao dobro do Alqueva, e pode abranger o Ribatejo, a Península de


Notícias do Mar

Setúbal e a Região do Oeste, que prevê uma rede de aproveitamento hidráulico da água existente à superfície na bacia, com funções múltiplas (turísticas, agrícolas e ambientais) e que permite compatibilizar o antigo sonho da navegabilidade do rio Tejo entre Lisboa e Abrantes para transporte fluvial, com açudes e eclusas (insufláveis), regularização do leito do rio, controlo de cheias e da salinidade da água da maré, rega agrícola, retoma da atividade da pesca e da aquacultura, levando ainda água à região do Oeste, associando a isto a produção de energia renovável e garantindo reservas e capacidade de abastecimento de água também para os meios urbano e industrial. Como o GR foi dos primeiros a interessar-se por este novo Projeto Tejo e a acompanhar com muito interesse a evolução do processo em curso e o caminho que está a percorrer porque acredita que ele pode realmente revitalizar o Tejo e permitir que ele, como qualquer grande rio do planeta, deva ter a principal missão de pôr a sua água, em quantidade suficiente, ao serviço do país que atravessa, e de contribuir para o seu crescimento económico, que tanto precisa dele, desse acompanhamento que o GR tem vindo a fazer, da evolução do referido Projeto Tejo, e no que diz respeito ao, a todos os títulos indispensável, caudal ecológico necessário e suficiente, pode afirmar que, enquanto o caudal do rio Tejo em Portugal chega a atingir, nomeadamente no verão, valores apenas da ordem do 1 m3/s, e por vezes menos, o que é muitíssimo grave, quer para “alimentar” o estuário, quer para permitir a subida de peixes, com este novo Projeto Tejo

prevêem-se, a médio/longo prazo, caudais mínimos bem maiores ao longo de todo o rio, desde o Fratel (350 m3/s) até a Azambuja (ultimo açude) (150 m3/s), onde o caudal descarregado mínimo para jusante (e que irá alimentar o estuário) será da ordem dos 20 a 30 m3/s, 20x a 30x mais do que nos dias críticos atuais. Este valor de 20 a 30 m3/s poderá mesmo vir a ser superior, caso os estudos a fazer o venham a indicar e/ ou a Agência Portuguesa do Ambiente o venha a exigir. Portanto, ao contrário do que dizem alguns críticos, ecologistas e técnicos, a implantação dos açudes, associados às barragens dos afluentes, que libertarão água no rio nos períodos mais secos, contribuirá para melhorar grandemente todo o rio e o estuário do Tejo que como é sabido tem uma grande produtividade, em condições normais de abastecimento de água vinda de montante, comparável à dos principais estuários da

Europa, que tem sido o responsável pelo povoamento de variadas espécies piscícolas, de uma extensa área costeira adjacente. Entretanto, o GR teve conhecimento de que na semana de 10 a 16 do passado mês de Junho foi legalmente constituída a Associação sem fins lucrativos, PROJETO TEJO – Associação para a Promoção e Desenvolvimento Sustentável do Tejo.

De acordo com a informação do Senhor Ministro da Agricultura, Dr. Capoulas Santos, na Comissão de Agricultura da Assembleia da República, a DGADR/ Ministério da Agricultura, vai lançar um concurso público internacional no valor de 500.000 €, para se fazerem os primeiros estudos de avaliação do Projeto Tejo. CONTINUA NO PRÓXIMO NM

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Notícias do Mar

O Tejo a Pé

O Tejo no Sado

O Moinho do Gamito, conta-nos histórias muito diferentes das de hoje, muito mais verdadeiras.

O

s rios estruturam o território, não separam margens, territórios ou países, unem.

O Tejo a pé foi ao Sado pela mão do incontornável e magnífico Festival Terras Sem Sombra (FTSS). O FTSS há 14 ou 15 anos que

espalha arte e biodiversidade pelo Alentejo. Desta vez, no final de junho, a propósito do espetáculo em Santiago do Cacém, a ação pela bio-

O baixíssimo caudal do Sado, no Pego da Barca, é contrastante com a beleza e diversidade ecológica. 46

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diversidade decorreu no rio Sado, concretamente em Ermidas do Sado. Como alguns sabemos os rios estruturam o território, não separam margens, territórios ou países, unem. Todavia, por cá poucos são tão marcantes como o Sado, Ermidas é bem o exemplo histórico disso. Por esta altura, como quase sempre, o Sado está numa situação crónica de seca, a bacia hidrográfica do país que apresenta mais problemas. A dita seca é mais um dos enormes equívocos do nosso tempo, a falta de água é a verdade e isso tem a ver não com seca mas com sobre-exploração. Mas a história hoje é outra. Mais de 100 pessoas, enquadradas por quatro guias de várias áreas, nos quais me incluo, andaram escassos 700 m até encontrar o rio. Antes uma barreira na estrada mostrou-nos um conjunto de rochas metamórficas que contam alguns


Notícias do Mar

Texto e Fotografia Carlos Cupeto (Universidade de Évora – Escola de Ciências e Tecnologia)

episódios da história da Terra naquelas paragens. Logo depois o fantástico e imponente moinho do Gamita. Aqui em cada pedra adivinha-se uma história onde o rio é o principal protagonista. Desde logo fica bem patente um rio bem mais vivo e com enorme importância social e económica. Por esta época, Sec. XVI, altura em que o moinho terá sido construído, os homens tiravam partido da natureza em harmonia com esta. Hoje muitos têm a pateta ilusão que a tecnologia tudo pode controlar… Descemos mais uns metros e aí sim, encontramos Sado. O Sado numa surpreendente e edílica paisagem, o Pego da Barca. Por aqui molhámos os pés e ouvimos quem sabe de aves, insetos, arqueologia/história e rios.

Paisagem de cortar a respiração, afinal o céu é aqui. O resto não se pode contar, só vivido. O Tejo a pé volta em se-

tembro. PS: O Tejo a pé é um grupo informal de amigos que

se junta para andar. Para ser convidado basta enviar um mail: cupeto@uevora.pt

Quem sabe ensinou-nos o rio e tudo à volta. 2019 Julho 391

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Electrónica

Notícias Nautel

O motor elétrico do barco, à proa, controlado remotamente… O Riptide Ulterra é um motor de colocação à proa, que foi concebido para embarcações de recreio, de pesca até 7 metros, que tenham caraterísticas compatíveis para os receber. Está preparado para água salgada (mar) ou águas doces ou salobras (rios, lagos).

mesmo ponto desejado. Como o motor se instala à proa, e no mar, certamente não será aí que o pescador se encontra, a outra caraterística importante é a do total comando remoto. É assim considerado revolucionário pelas suas características totalmente automatizadas de recolha e colocação na água. Além disso, inclui a capacidade de elevar ou baixar o motor para a profundidade que se quer na água. Estas funções inovadoras, controladas sem fios com o comando i-Pilot, facultam o controlo do barco de forma fácil e acessível. Assim, não é necessário

A

grande utilidade é da se usar a função inventa-

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da pela Minnkota, que se designa por “Spot Lock”, que funciona como uma

âncora eletrónica. É crescente o uso deste conceito, em águas de mar. Por exemplo, numa ação de pesca, pretende-se rapidamente não perder um ponto onde se encontrou um pesqueiro e onde se pretende permanecer para a pesca ser mais eficaz. A embarcação, quando parada, manter-se-á sempre no


Electrónica

www.Nautel.pt

sair da consola ou cabine e deslocar-se até à proa para recolher o motor ou ajustar o comprimento da haste durante a actividade de pesca. O Riptide Ulterra funciona com o padrão

GPS do i-Pilot. Comando iPilot: funciona “wireless” e fornece informação acerca da velocidade e direção de deslocação. Apresenta um ecrã LCD e botões para controlar funções. É à prova de água e flutua. Tem capacidade de memória para gravar e refazer as rotas. Memoriza

até 6 “waypoints” e informa da distância dos mesmos até a um raio de 1,5 metros. Tudo ao seu alcance, com precisão GPS e de forma totalmente automática. Tem ainda a opção de pi-

loto automático, dirigindose para a direção que o utilizador desejar. Tem também o “Spot Lock” que faz como que uma âncora eletrónica, fazendo com que a embarcação quando parada, se mantenha sempre no mesmo ponto desejado.

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Notícias do Mar

Ice Rib Challenge

Expedição de Palermo a New York para Salvar o Mar do Plástico

O “Nautilus Explorer” de Sergio Davì na Marina de Cascais Partiu do porto de Palermo no passado dia 21 de Junho tripulando o “Nautilus Explorer” Sergio Davì, um conhecido e experiente italiano, especialista em expedições com embarcações semi-rígidas, para navegar agora até New York com um duplo objectivo, a promoção cultural da Sicília e de Palermo e aumentar a consciência sobre a sustentabilidade ecológica e a protecção do meio ambiente marinho.

S

ergio Davi, que entretanto já passou por Cascais, vai navegar cerca de 7.000 milhas náuticas ao longo de uma rota singular que vai até o norte da Europa para navegar depois entre o gelo da Islândia e da Gronelândia e descer para os Estados Unidos através do Canadá. O “Nautilus Explorer” de Sergio Davì, é um semi-rígido construído pela Nuova Jolly, modelo Prince 38 CC, com 11,30 metros de 50

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comprimento e equipado com dois motores fora de borda Suzuki DF350A. O barco tem um depósito de 1.000 litros de combustível. A defesa do ambiente marinho deve ser feita através de medidas para contrariar as formas de poluição por microplásticos. Graças ao apoio do Instituto para o Estudo de Impactos Antropogénicos e Sustentabilidade no Ambiente Marinho CNR-IAS, serão efectu-


Notícias do Mar

O percurso de Palermo a New York

constantemente informado Em 20 viagens Sergio Davi programou escalar 10 portos e chegar a New York. Em pequemos percursos, depois de sair de Cascais, sobe até chega às Ilhas Faroé. Depois é que tem de fazer longas

viagens. Para chegar a Reyklavik na Islândia tem que navegar 500 milhas. Para descer a Gronelândia tem que fazer duas viagens, num total de 939 milhas. Depois para atravessar o Mar do Labrador até St. Anthony no Canadá são 650 milhas. Seguem-

se mais 650 milhas de St, Anthony a Halifax no Canadá e em seguida mais quatro pequenas viagens até chegar a New York. A organização do Ice Rib Challenge A organização da expedi-

ados ao longo de todo o percurso, com o apoio de um sistema de amostragem desenvolvido e testado pelos pesquisadores da CNR-IAS, amostras contínuas que serão colectadas para análise de microplásticos no mar, em diferentes latitudes. Para os nossos leitores que queiram seguir a Ice Rib Challeng, ao longo das suas rotas no Atlântico será muito simples, basta o aplicativo ‘Sergio Davì Adventures’ que acaba de ser lançado oficialmente, disponível tanto no Google Play e na App Store, graças ao qual será possível manter-se

Sergio Davì 2019 Julho 391

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Notícias do Mar

ção é da Associação Desportiva “Ciuri Ciuri Mare” da qual Sergio Davì é presidente e fundador, que foi fundada em 2010,em Palermo enquanto se organizava o primeiro projecto de travessia marítima em semi-rígido de Palermo a Amesterdão. A associação dedicase principalmente à organização de aventuras náuticas, através de ex-

pedições em semi-rígido. Sergio Davì é um skipper profissional, perito em embarcações semirígidas e em aventuras oceânicas. Depois de em 2010, ter realizado Palermo/Amest e r d ã o , uma aventura marítima de inverno com 41 dias de duração, feito a bordo de um semi-rígido de 10 metros de comprimento, alimentado por dois

motores fora de borda com 300HP, no verão de 2012, Davì avança com a Nordkapp RIB Mission: de Palermo alcança o North Cape, a bordo de um semi-rígido totalmente aberto, com apenas 8 metros de comprimento, alimentado por dois de motores fora de borda com 150HP. Mais de 4.000 milhas náuticas em cerca de 52 dias.

O “Nautilus Explorer” com dois motores Suzuki DF350 52

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Segue-se o sonho de atravessar o Oceano Atlântico e em 2015 sai de Palermo tentando chegar ao Rio de Janeiro a bordo de um semirígido com 9 metros de comprimento alimentado por dois motores interior diesel. Quando chegou a Lanzarote, nas Canárias, houve um fogo no compartimento dos motores e a travessia ficou ali. Sergio Davì não desiste e em 2017 sai de Palermo para chegar ao Recife no Brasil determinado a concretizar o seu sonho atlântico. Após 4.300 milhas náuticas, um total de 49 dias, entre navegação e paragens programadas para reabastecimento, Davì escreveu uma nova página na história da náutica, ele cruzou o oceano a bordo de um barco semi-rígido com 10 metros, alimentado por um par de motores fora de borda com 200 HP. Até Cascais navegou 1.248 milhas e consumiu 1,5 litros/milha por motor Até agora, em três etapas, Sergio Davì para atingir Cascais navegou um total de 1.248 milhas náuticas com a embarcação e os motores fora de borda Suzuki DF350A funcionando perfeitamente. Para atravessar o Mediterrâneo bastaram duas etapas, uma de Palermo a Maiorca onde Sergio Davì e o “Nautilus Explorer” foram calorosamente recebidos, na Marina Cala D’Or e depois nova


Notícias do Mar

Sergio Davi com as equipas da MOTEO/SUZUKI e da Marina de Cascais

viagem até Gibraltar onde se resguardou na Marina Alcaidesa. Depois de atravessar o Estreito de Gibraltar, deixando o Mar Mediterrâneo o “Nautilus Explorer” iniciou a navegação em direcção ao Oceano Atlântico Norte. Até Cascais a habitual nortada já se fazia sentir. O casco do Nuova Jolly Prince 38 CC, com 11,30 metros de comprimento, com os dois motores fora de borda Suzuki DF350A na popa, está bem adequado para navegar nas águas duras. A confirmação da característica de reduzido consumo dos motores

Homenagem da MOTEO/SUZUKI a Sergio Davi 2019 Julho 391

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Notícias do Mar

A embaixada de Itália a homenagear Sergio Davi

Suzuki DF350A foi confirmada à chegada à Marina de Cascais, quando se verificou que tinham sido consumidos 3.744 litros de combustível desde o início e feita uma nave-

gação com a média de 25 nós de velocidade. Portanto, cada motor consumiu 1,5 litros em cada milha que navegou. O Ice Rib Challenge e muito especialmente

Homenagem da Marina de Cascais a Sergio Davi

Sergio Davi foram homenagiados à chegada a Cascais pela MOTEO, representante e importador em exclusivo dos motores fora de borda Suzuki em Portugal, pela Marina de

Cascais e pela Embaixada de Itália. Foram realizadas diversaa cerimónias, entre as quais o acender de um facho, do estilo do facho Olímpico.

A acender o Facho da Ice Rib Challenge 54

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Notícias do Mar

Notícias da Universidade de Aveiro

Berlengas Condicionada a 550 Visitas Diárias

Ilha das Berlengas Investigação da Universidade de Aveiro aponta para um Limite de 550 visitas diárias às Berlengas, mas ainda é elevado face às infraestruturas.

A

conselhado por um estudo da Universidade de Aveiro (UA), o Ministério do Am-

biente estabeleceu um limite de 550 visitantes por dia à Reserva Natural das Berlengas. O limite, apontam os

biólogos da UA responsáveis pelo estudo, representa apenas um progresso “moderado” para atenuar os da-

Os investigadores Henrique Queiroga e João Serôdio 56

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nos causados pelo número descontrolado de visitantes que aportaram na ilha nos últimos anos. “Perturbação da avifauna nidificante, pisoteamento da flora, risco de disseminação da flora exótica por transporte de sementes, pólen e fragmentos vegetativos agarrados ao calçado e roupa, lixo atirado sem cuidado, poluição orgânica na praia e águas circundantes, destruição e vandalização dos equipamentos de acolhimento aos visitantes e pressão sobre os sistemas de abastecimento de água doce e de recolha do lixo”, são, segundo os autores do estudo, alguns dos danos que o elevado número de visitantes na ilha tem infligido quer à biodiversidade das Berlengas quer às próprias


Notícias do Mar

condições de acolhimento. A decisão do Ministério, cuja portaria foi publicada em Diário da República a 22 de maio, foi baseada num estudo encomendado em 2010 pelo Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) e desenvolvido por Henrique Queiroga e João Serôdio, biólogos do Departamento de Biologia e do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar da UA. O estudo da UA propôs quatro valores (entre 240 e 1290) para o número máximo de visitantes diários da ilha principal (incluindo turistas, pessoal de apoio ao turismo, residentes temporários e representantes das autoridades), baseados na combinação de dois cenários de proteção ambiental (alta e baixa) e satisfação dos visitantes (alta e baixa). Número da UA condicionado a melhorias Todos os cenários respeitaram as limitações impostas do Plano de Ordenamento da Reserva Natural das Berlengas. No entanto, em linha com as recomendações para a implementação e disseminação de boas práticas ambientais, o estudo recomendou um número máximo de 500 visitantes diários, condicionado à requalificação do sistema de tratamento de águas residuais para uma capacidade de 500 equivalentes populacionais. “Considerando a rotatividade média dos diferentes perfis de visitantes, o valor de 550 visitantes em simultâneo pode provavelmente corresponder a mais de 700 pessoas a visitar a Ilha da Berlenga diariamente, número a que se deve adicionar o pessoal de apoio ao turismo, residentes temporários e representantes das autoridades”, explica

Portaria foi publicada em Diário da República a 22 de Maio Henrique Queiroga. “Isto pode facilmente elevar o número máximo de pessoas na ilha a mais de 900 quando as medidas de controlo da visitação estejam devidamente implementadas. Este número está claramente acima da capacidade do atual siste-

ma de tratamento de águas residuais, que nunca foi requalificado para o valor de 500 equivalentes-populacionais”, explica o biólogo. Ainda assim, aponta Henrique Queiroga, “este valor representa um progresso moderado relativamente à visitação descontrolada

verificada nas últimas duas décadas”. Os programas de monitorização da visitação do ICNF atualmente em curso registaram 19 dias com mais de 1000 visitantes por dia durante a estação alta de 2018, e um total de 82 mil visitantes durante todo o ano.

Ministério do Ambiente estabeleceu um limite de 550 visitantes por dia 2019 Julho 391

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Náutica

Notícias Touron

Novo Mercury Racing 450R Oferece Performance Implacável em Motores Fora de Borda O novo motor fora de borda Mercury Racing 450R foi projectado especificamente para cumprir o desejo implacável de alto desempenho.

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om o ADN da Mercury Racing, o 450R possui um motor V8 FourStroke de 4,6 litros impulsionado por um supercompressor Mercury Racing exclusivo para produzir 450 cavalos de potência e 40% mais de binário do que o poderoso 400R. Consideravelmente mais leve do que o concorrente mais próximo, o novo 450R oferece uma relação potência/peso líder no sector num conjunto com58

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pacto e eficiente. O 450R escreve uma nova página de energia que combina aceleração sem precedentes e potencial de velocidade máxima fiável e robusta com a mais recente tecnologia da Mercury Racing. Múltiplas caixas de engrenagens, sistema de controlo, barra de união e opções de estilo que estão disponíveis para criar o melhor conjunto personalizado de desempenho, pronto para se nos fazer desfru-

tar do horizonte amplo e selvagem durante todo o dia. O Mercury Racing 450R oferece tudo isto recorrendo a combustível de 89 octanas (95 RON). Performance de supercompressor Projectado e desenvolvido internamente e fabricado no Wisconsin (EUA) numa linha de produção dedicada da Mercury Racing, o 450R é baseado no mesmo motor V8 de 4.6 litros

usado para os modelos de motores fora de borda Mercury Racing 300R normalmente aspirados. O bloco de alumínio patenteado de 64 graus com cabeça do motor com um design de Quad-Cam de 4 válvulas (QC4) da Mercury e dupla árvore de cames à cabeça (DOHC). O trem de válvulas possui um perfil de entrada de alto desempenho e válvulas de escape Inconel com especificações de competição. As árvores


Náutica

de cames são acionadas por corrente e operam em banho de óleo, logo não há correia dentada a necessitar de manutenção. A Mercury Racing aplica a sua experiência de supercompressor para extrair potência incrível do V8 de 4.6 litros. Um superalimentador de duplo parafuso acionado por correia de 2,4 litros oferece carga de pressão com atraso zero para resposta instantânea do acelerador. O supercompressor é arrefecido a água para reduzir a temperatura da carga de entrada e au2019 Julho 391

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Náutica

mentar a potência. O arrefecimento de ar de carga da Mercury Racing reduz a temperatura de entrada de ar comprimido para aumentar ainda mais a densidade do ar e a potência de saída. Um atenuador de admissão projectado sob medida é ajustado para abafar o ruído mais severo do superalimentador de alta frequência, mantendo um som gutural de alto desempenho. Para manter o desempenho de pico, uma válvula bypass de impulso ajusta automaticamente a pressão máxima de reforço em resposta a condições ambientais variáveis. Para gerir melhor o calor do motor, o Mercury Racing 450R é equipado com arrefecimento de 60

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óleo especial de alta capacidade e uma válvula exclusiva para fornecer maior volume de água de arrefecimento de acordo com as necessidades. A eletrónica e outros componentes do motor foram desenvolvidos e posicionados para criar um conjunto o mais compacto possível, mantendo um bom acesso de serviço. O projecto e posicionamento cuidadosamente considerados do novo supercompressor e do arrefecimento de ar permitem que o 450R use o mesmo capô slim-line do modelo 300R, incorporando aberturas de entrada maiores. Como todos os motores fora de borda da Mercury Racing, o 450R acomoda montagem de centro a centro de

26 polegadas em instalação de múltiplos motores, perfeito para maximizar o espaço de popa em novas embarcações ou em remotorizações. Os engenheiros da Mercury Racing abordaram todos os aspectos do desempenho na concepção do motor fora de borda 450R, e o peso e o design de cada componente foram estudados para atingir a potência máxima com peso mínimo. O resultado é excepcional: 450 cavalos de potência, num motor fora de borda que pesa menos de 313 kg, a melhor relação potência/ peso para motores fora de borda com potência igual ou superior a 400 cv. A faixa de operação de aceleração máxima

(WOT) vai de 5800 a 6400 rpm, permitindo que, com a ampla oferta de hélices Mercury Racing, se optimize a aceleração, a eficiência e a velocidade máxima. Engenharia com inspiração A exclusiva Mercury Racing Advanced MidSection (AMS) apresenta placas guia de aço inoxidável reforçadas e suportes de motor reforçados que estabilizam o motor fora de borda e aprimoram o manuseamento a alta velocidade. Um suporte de barra de fixação traseiro opcional integrado no AMS fornece um ponto de montagem forte e ultraleve e a devida instalação em catamarãs e outras


Náutica

aplicações de alta velocidade. O AMS também isola o a cabeça do motor para garantir que a qualidade de operação seja suave e silenciosa. A direcção hidráulica eletro-hidráulica de série oferece controlo fiável e preciso em todas as velocidades. O 450R possui também capacidade de carga de alto desempenho. O alternador de 115 amperes é adequado para necessidade de eletrónica que consome muita energia. Quando o sistema de gestão de bateria detecta baixa voltagem, aumenta automaticamente as rpm de ralenti do motor para aumentar a saída do alternador até que as baterias sejam carregadas ao nível adequado.

Porta de serviço no topo do motor, exclusiva no sector, para verificações rotineiras de óleo do motor sem necessidade retirar o capô. Travamento integrado e uma alça de transporte facilitam a remoção do capô para manutenção. Opções de caixa de engrenagens A caixa de engrenagens Sport Master, destinada a barcos com velocidades superiores a 70 nós, apresenta baixos níveis de captação de água e uma borda de meia-lua crescente para eficiência máxima, e para a aplicação 450R, uma nova e robusta peça de 1,25’ de diâmetro do eixo de aço inoxidável. Desde barcos

monomotor a barcos desportivos multi-motores, a Sport Master - na aplicação correcta - melhora o manuseamento, a velocidade e a eficiência do barco. A skeg dobrada disponível neutraliza o torque do propulsor para melhorar o desempenho e o manuseamento em aplicações com um motor. O 450R também está disponível com a caixa de engrenagens 5,44 HD para aplicações de baixa velocidade e tradicionais. Todas as caixas de engrenagens do 450R têm uma relação de transmissão de 1,60: 1 para maior aceleração e velocidade. Hélices da Mercury Racing As hélices da Mercury Ra-

cing foram desenvolvidas para maximizar o desempenho e manuseamento de embarcações em qualquer aplicação. Cada hélice foi criada manualmente, autênticas obras de arte ajustadas com precisão, personalizadas para tipos específicos de embarcações e metas de desempenho. Cada hélice individual é equilibrada e medida para garantir sempre um desempenho consistente. Nos novos modelos 450R, os populares hélices MAX5 e Outboard CNC Cleaver são necessários para utilização com a caixa de engrenagens Sport Master com perfuração de superfície. Para aplicações de caixas 5,44 HP, as hélices Bravo I FS da Mercury Racing, Bravo I LT, Enertia ECO XP e

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Náutica

Rev 4 XP são excelentes opções. Tecnologia Inteligente A tecnologia Mercury Transient Spark aplica um avanço de temporização pré-programado para otimizar o binário, proporcionando um desempenho de arranque mais forte. O Controle de Velocidade Adaptável com uma calibragem personalizada da Mercury Racing mantém automaticamente as rpm do motor independente62

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Náutica

mente de mudanças de carga ou de condições - como águas agitadas, curvas apertadas, rebocadores e velocidades mais baixas - para manter o impulso do barco com ajustes menos frequentes no controlo da aceleração. O 450R é compatível com os controlos Mercury Racing Zero Effort Digital ou com qualquer sistema de controlo digital da Mercury Marine, que permite, em algumas aplicações, acelerar até seis motores fora de bor-

da com uma única. A tecnologia de aceleração e mudanças digital melhora a experiência de navegação de alto desempenho ao fornecer suavidade e resposta instantânea, eliminando a manipulação e a manutenção de cabos. A pilotagem por joystick para motores fora de borda (JPO) está disponível para barcos equipados com dois a seis motores fora de borda e oferece controlo intuitivo de 360 graus para ancoragem e manobras em locais apertados, para além dos recursos Skyhook® para navegação marítima e pilotagem automática integrada. O Mercury VesselView, também disponível, oferece mais informações sobre sistemas e dados do motor do que qualquer outro sistema na indústria náutica. O VesselView pode monitorar simultaneamente RPM, a velocidade, o nível combustível e a eficiência, a temperatura, o trim e muito mais, em até seis motores fora, num monitor sensível ao toque intuitivo de sete ou nove polegadas. O VesselView também permite o Advanced Sound Control, um sistema de silenciador duplo que pode ser alternado entre um modo ultra-silencioso e um tom desportivo profundo com um rosnar agitado no arranque. Fiabilidade incomparável Projetcado para prosperar no duro ambiente da navegação de alto desempenho, o 450R foi testado, testado e testado nova-

Barra de fixação traseira

Compressor no motor

Secção média avançada

Vista partes móveis

Transmissão Sport Master seccionada 2019 Julho 391

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Náutica

mente, em laboratório e na água, numa busca incessante para superar as mais altas expectativas dos nau-

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tas mais exigentes. Confiança total para aproveitamento imparável da navegação.

Opções de cor O Mercury Racing 450R está disponível em branco Cold Fusion e no len-

dário Mercury Phantom Black. Os modelos Cold Fusion White são acabados com painéis Devil Red Eye com a Advanced MidSection (AMS) e a caixa de engrenagens a branco. Os modelos pretos são acabados com painéis de grafite cinza e correspondente grafite cinza na AMS e na caixa de engrenagens. Os kits de painéis Devil Red Eye, Grafite Cinza e Fibra de Carbono estão disponíveis para personalizar o motor fora de borda 450R de acordo com o esquema de cores da embarcação. A produção do novo 450R já está em marcha. A disponibilidade na região EMEA está prevista para o terceiro trimestre de 2019.


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Pesca Desportiva

Notícias Go Fishing

WORKSHOP JIGGING na GO FISHING-Almada

Plateia muito atenta aos ensinamentos de Sintaroh Tsutsumi, vindo do Japão para ensinar o que sabe sobre Jigging. Realizou-se no passado dia 23.06.19, nas instalações da GO Fishing, mais um encontro de pescadores desportivos, desta vez subordinado a um tema cada vez mais importante e actual no panorama da pesca à linha em Portugal: O Jigging.

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Os produtores japoneses apostam no design, performance, na exaustiva procura da excelência. Em suma, em qualidade. 66

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steve entre nós um reputado pescador, Sintaroh Tsutsumi, de Kochi, Japão. Trouxe-nos a sabedoria de quem é responsável pelo departamento de investigação e desenvolvimento de produtos de uma das mais conceituadas marcas produtoras de equipamentos de pesca japoneses, nomeadamente canas e jigs Deep Liner. Dos laboratórios da marca saem equipamentos topo de gama, estudados e preparados para pescar desde as profundidades habituais a que se trabalha por cá, 60 a 120 metros, até fundos que podem exceder os 500 metros. Para isso, a gama conta com três comprimen-


Pesca Desportiva

tos de canas Logical, 1,70, 1,80 e 2,10 mts, cada uma delas com dez possibilidades de acção diferentes. Foram apresentadas canas com acções que vão das vulgares e ligeiras 30 gramas, até às versões pesadas, de 600, 800, 1000 e mesmo 1500 gramas. Fez sucesso a informação de que é possível encomendar jigs à unidade, “taylormade”, sendo opção do cliente escolher o formato, o peso, e a cor pretendida. Encomendar um jig apenas, de acordo com os requisitos de cada pessoa, é algo que não acontecia até aqui. Permite fazer experiências de cor, peso, vibração, com um custo mínimo, ou seja, a compra de uma só unidade. Particularmente notadas as explicações dadas sobre

Oferta de chapéus, camisolas e polos a todos os participantes.

Os modelos SPY, SPY V e SPY Narrow, da Deep Liner. O stock foi todo…até às 500 gramas de peso. 2019 Julho 391

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Pesca Desportiva

Explicação técnica sobre a fuga dos pequenos peixes de cardume perante o ataque de predadores. o tipo de comportamento dos cardumes de peixe miúdo perante os predadores, e as diversas opções de pesca que estes proporcionam. Foram distribuídos catálogos e oferecidos chapéus, polos e diverso merchandising da marca Deep Liner, a

todos os participantes. Tal como aconteceu aquando da apresentação das técnicas de light rock fishing, em que tivemos em Almada a presença de dois dos melhores pescadores europeus da actualidade, António Pradillo e Raúl Gil

Loja GO Fishing Almada: cada vez mais um ponto de encontro de todos os que procuram artigos técnicos, de alta qualidade. 68

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Durá, de Valência, Espanha, este tipo de encontros irão continuar a acontecer. É intenção da empresa GO Fishing continuar a apostar na divulgação de modalidades de pesca diferentes dos padrões standard no nosso país, os

quais assentam sobretudo na pesca com isco orgânico. Há algo mais para fazer, outras técnicas serão apresentadas. A pesca não se esgota no lançamento de um anzol com uma minhoca para a água.

Produtos importados directamente do Japão: qualidade a preço justo


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Electrónica

Notícias Nautiradar

Galardoada Inovação Apollo Reencarnada

Novo Estéreo Marítimo Apollo RA670 A revolução continua com a extensão da galardoada Série Apollo com o novo sistema de som marítimo RA670.

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ntegrando a existente gama Apollo, composta pelos RA770 e SRX400, o Apollo RA670 herda as inovações chave e génio tecnológico do galardoado RA770, reencarnado agora numa forma mais compacta. Esta nova forma e preço, tornam o RA670 numa excelente escolha de sistema de som para embarcações mais pequenas e, emparelha excecionalmente bem com o RA770 para sistemas

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de maiores dimensões em embarcações maiores. O Apollo RA670 é verdadeiramente um produto versátil e potente extensão à Série Apollo da Fusion. Posto de uma forma simples, trata-se de inovação galardoada reencarnada. Dando continuação à reconhecida filosofia de design True-Marine da Fusion, no mercado, o Apollo RA670 foi desenhado e concebido para um desempenho fiá-

vel temporada após temporada no exigente ambiente marítimo, enquanto oferece uma experiência de entretenimento áudio marítimo de topo a todos a bordo. Ao herdar inovações áudio chave, a Fusion criou um poderoso conjunto de características incluindo muitas das primeiras no setor como a tecnologia de Processamento de Sinal Digital (DSP), capacidade PartyBus, atualizações de software over-the-air através

da app Fusion-Link, entrada de áudio ótico para reprodução em TV e transmissão de áudio Wi-Fi (quando conectado a um router sem fios ou integrado numa rede stereo sem fios da Série Apollo). Estas poderosas características estão incorporadas num corpo resistente a pó e água – IPX7, genialmente desenhado, apresentando uma face frontal em vidro com um display LCD a cores de 2.7” oticamente selado e um controlo rotativo com retroiluminação ajustável. O design cheio de estilo permite ao RA670 integrar-se perfeitamente em estações de governo todas em vidro, com múltiplas opções de instalação: embutida ou em face, tornando o RA670 uma atraente adição a qualquer estação de governo. A estética minimalista e limpa, permite ao RA670 enquadrarse em qualquer cabine em inúmeras embarcações. “Com o sucesso mun-


Electrónica

dial da Série Apollo – tendo sido muito bem recebida pelo mercado, tornou-se inevitável para nós continuar”, afirma Chris Baird, Diretor Geral da Fusion. “Nós queríamos criar um sistema de áudio que fizesse a ligação entre o sistema topo de gama RA770 e o compacto SRX400, razão pela qual criámos agora o RA670. Estamos entusiasmados com a oportunidade de fornecer mais produtos de entretenimento marítimo de topo a um grupo maior de consumidores”. O Apollo RA670 toma partido do poder do DSP da Fusion, permitindo-lhe otimizar cada zona áudio da sua embarcação para que áudio premium chegue a todos os altifalantes em qualquer ambiente – para o pináculo da qualidade de som. Com a aproximação do sistema da Fusion, cada etapa da cadeia de som é otimizada através de cálculos pelos engenheiros de som para apresentar uma experiência superior de som – sem a necessidade de ter conhecimentos técnicos. A app gratuita Fusion-Link torna a definição dos perfis DSP simples. Com apenas poucos cliques, pode definir perfis DSP pré-configurado para reprodução de som de elevada qualidade, personalizado para os seus ouvidos e o ambiente específico em que se integra. Curvas de som precisamente calculadas garantem uma entrega de som de qualidade em qualquer nível de volume. Do altifalante ao seu ouvido, o DSP da Fusion reproduz a sua música na qualidade que os músicos pretendiam. A funcionalidade PartyBus da Fusion é a rede de distribuição áudio do futuro, concebida para aqueles que valorizam a liberdade de escolha musical. Quando

o RA670 está ligado a um router sem fios ou integrado numa rede Wi-Fi da Série Apollo, o poder do PartyBus permite que outros produtos PartyBus na rede se conectem ao RA670 (via Ethernet) no Modo Party e reproduza a mesma fonte de áudio perfeitamente sincronizada em toda a embarcação. Em alternativa, pode escolher o Modo Pessoal em qualquer produto com funcionalidade Partybus e reproduzir a sua própria fonte de áudio sem interromper o Modo Party noutras áreas da embarcação. Oferecendo mais opções de fontes de áudio, o Apollo RA670 dá-lhe a capacidade de reproduzir a sua banda sonora favorita via Bluetooth, Áudio Ótico (entrada de TV), rádio AM/FM, AUX ou USB, assim como a possibilidade de reprodução SiriusXM (apenas nos EUA) e DAB (requer o modulo MSDAB100A – vendido em separado, disponível apenas na Europa e Austrália). O Apollo RA670 também possui a capacidade de transmissão de áudio via WiFi via UPnP (Universal Plug and Play) quando conectado a um router sem fios ou integrado numa rede Wi-Fi da Série Apollo A Fusion está dedicada à oferta de soluções inovadoras para melhorar a sua experiência de entretenimento áudio na água, abrindo caminho para um estilo de vida de entretenimento áudio marítimo. Seja bem-vindo a uma nova era de entretenimento áudio marítimo desenvolvido e concebido por Apollo – O Deus da Música. PVP: 457,72€ (s/ IVA) Para mais informações sobre este novo produto da FUSION, por favor visite o site www.nautiradar.pt ou contacte através do 21 300 50 50. 2019 Julho 391

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Electrónica

Notícias Nautiradar

Axiom da Raymarine Suporta Integração Command Link da Yamaha A série de Displays Multifunções Axiom da Raymarine agora pode apresentar a instrumentação de até 4 motores fora de borda da Yamaha num único display

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FLIR tem o prazer de anuncia a adição da integração Command Link e Command Link Plus da Yamaha na família de displays multifunções Axiom da Raymarine. Esta nova capacidade é uma das novas características introduzidas com o recente lançamento da versão LightHouse Annapolis 3.9 do sistema operativo para os Axiom. Certificada pela Yamaha, a série de displays multifunções Axiom da Raymarine pode agora apresentar instrumentação até 4 motores fora de borda num único display. Os dados do motor apresentados nos displays Axiom refletem o visual e estrutura dos displays de instrumentos digitais da Yamaha e são compatíveis com uma vasta gama de motores fora de borda instalados em embarcações existentes assim como, em novas embarcações. A integração da Rayma72

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rine com os motores fora de borda da Yamaha oferece aos navegadores uma visualização num grande ecrã dos parâmetros do motor, níveis de tanques, estado da bateria e mais. A integração da Raymarine com a Yamaha é ideal para embarcações com torres e estações secundárias de controlo, permitindo aos navegadores verem exatamente o que se está a passar com os seus motores, a partir de qualquer display Axiom da Raymarine, ligado em rede. Praticamente qualquer embarcação com Command Link ou Command Link Plus da Yamaha pode ser integrado com os displays multifunções Axiom da Raymarine, recorrendo a um dispositivo gateway NMEA 2000 e conector opcional da Yamaha. Embarcações equipadas com sistemas Helm Master ou Set Point da Yamaha também podem integrar com a Ray-

marine utilizando o gateway opcional NMEA 2000 (6YG) e display CL7 da Yamaha. Além disso, a integração Command Link da Yamaha, o LightHouse Annapolis 3.9 adiciona várias outras características importantes e melhorias aos Axiom da Raymarine. A atualização gratuita LightHouse Annapolis 3.9 está disponível para os displays multifunções Axiom, Axiom Pro, Axiom XL, SérieeS e Série-gS em raymarine.

eu/multifunction-displays/lighthouse3/. A cidade costeira de Annapolis é a inspiração para o nome da mais recente atualização do sistema operativo LightHouse da Raymarine. Lar de milhares de navegadores, rica em tradições marítimas e um íman para gerações de marinheiros, navegadores em geral e pescadores. Começando com o LightHouse 3.9, a Raymarine vai começar a adotar nomenclaturas alfabéticas às atualizações do SO LightHouse para prestar homenagem aos grandes destinos de navegação do mundo. Quer navegue ou pesque, o LightHouse 3 Annapolis desbloqueia novos recursos e funcionalidades poderosas no Display Multifunções da Raymarine. Assim como todas as atualizações do sistema operative LightHouse da Raymarine, os downloads são gratuitos e fáceis em http://www. raymarine.eu/multifunctiondisplays/lighthouse3. Para mais informações sobre este produto da Raymarine, por favor visite o site www.nautiradar.pt ou contacte através do 21 300 50 50.


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Pesca Submarina

Open da Madeira de Pesca Submarina

O Open da Madeira a decorrer

Boas Condições para Promoção da Modalidade Disputou-se no passado dia 30 de Junho, o Open da Madeira de Pesca Submarina, organizado pela Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas, aberta a todos os pescadores submarinos com o objectivo de promover a modalidade na Madeira

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Os atletas que participaram no Open da Madeira 74

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prova teve a participação de oito atletas em representação de quatro clubes. Três da Madeira, A.D.N.Ponta do Sol, Centro.Treino de .MAR e Clube Naval da Calheta e o CNOCA, Clube Náutico de Oficiais e Cadetes da Armada, do Continente. A prova disputou-se no Funchal, em dia de bom tempo, durante cinco horas com excelentes condições para a pesca submarina, com ondulação fraca de norte, não chegava a 1 metro e uma excelente visibilidade de 15 a 20 metros. A zona tinha peixe e no fim foram capturados bodiões, sargos, peixe-cão, enxaréu, saima e bicuda Desde o início da prova que Elvio Santana e Diaman-


Pesca Submarina

Os atletas a prepararem o material tino Dias da A.D.N.Ponta do Sol, começaram a evidenciar-se com a captura de peixes. Pedro Guia do CNOCA, e Salvador Silva e Beto Serrão, ambos do C.T.MAR, capturam peixes, mas não

entraram na luta dos dois atletas do A.D.N.Ponta do Sol, que discutiram entre si o vencedor da prova. Venceu Elvio Santana que na pesagem apresentou 13 capturas válidas que pontuou 22.070 pontos.,

Início da Prova batendo o seu companheiro de clube Diamantino Dias que capturou 7 peixes com os quais obteve 14.670 pontos. Capturam e pontuaram ainda peixes os atletas Pedro Guia, Salvador Silva e

Beto Serrão que por esta ordem ficaram classificados, atrás dos representantes da A.D.N.Ponta do Sol. O Troféu do Maior Exemplar foi para Diamantino Dias do A.D.N.Ponta do Sol com uma tainha com1,800 Kg.

Concorrentes com o peixe capturado 2019 Julho 391

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Vela

Campeonato Mundial GC32 2019

Alinghi vencedor em Lagos

Alinghi vencedor em Lagos O Mundial GC32 que terminou no passado dia 30 de Junho em Lagos, com o apoio da Marina de Lagos e da Sopromar, confirmou a liderança que o “Alinghi” já dispunha, entre os dez catamarans que participaram

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liderar com 16 pontos no último dia de regatas, a

equipa “Alinghi” de Ernesto Bertarelli, liderada por Arnaud Psarofaghis, mar-

cou um 2-1-1 nas primeiras regatas do dia, acelerando ainda mais a vitória

O team Alinghi 78

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para ganhar o Campeonato Mundial GC32 deste ano com duas regatas ainda por fazer. Foi um incrível resultado em virtude do elevado nível de adversários e de competição nas regatas que se disputam em Lagos nesta classe. “Eu sinto-me muito feliz”, disse Psarofaghis. “Foi uma semana muito difícil de competir. A equipa de terra e os velejadores fizeram um trabalho fantástico. Nós só tivemos duas corridas ruins em 17. Foi um trabalho perfeito para a equipa. Ganhar com duas corridas por fazer é óptimo neste tipo de frota. Com o “Team Tilt”


Vela

em segundo lugar, foi um óptimo dia” Os ventos offshore prevalecentes apareceram pouco depois de 13:00, permitindo que a programação completa das cinco corridas do dia fosse concluída em condições excepcionais, culminando em uma corrida final do Campeonato com rajadas de vento a 20 nós. Além de “Alinghi”, o “Team Tilt” de Sébastien Schneiter também teve um dia excepcional. Começam com uma vitória convincente na primeira regata. Depois, ao longo de mais quatro regatas, o pior resultado foi um quinto lugar “Aprendemos rapidamente o que estávamos fazendo mal e bem, melhoramos todos os dias e navegamos cada vez melhor”, disse Schneiter. “O primeiro dia nos custou muito, então recuperar para o segundo lugar foi provavelmente o melhor que poderíamos esperar.” A “INEOS Rebels Uk” terminou na terceira posição descontando pontos devido a colisões. No final o skipper Ben Ainslie reconheceu “Fomos bastante agressivos, levámos um pouco demais a agressividade e no fim pagámos”. Psarofaghis do “Alinghi” concluiu. “ A oposição foi fantástica. O local foi óptimo. As autoridades locais e os organizadores foram fantásticos connosco para resolver pequenos problemas. Ter 18 corridas em tão boas condições foi realmente incrível.”

Largada

Fotografia: Jesus Renedo/GC32 RacingTour

Regata

Regata 2019 Julho 391

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Notícias do Mar

Últimas Vela de Cruzeiro do CNH

Regata Sanjoaninas com Vitória do “Air Mail” e “Boreas”

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rganizada pelo Clube Naval da Horta com a colaboração do Angra Iate Clube disputouse a regata Sanjoaninas entre os dias 20 e 21, com as vitórias do “Air Mail” em ORC e “Boreas” em OPEN. A largada da Regata das Sanjoaninas 2019, que liga as cidades da Horta a Angra do Heroísmo, aconteceu na manhã de quinta-feira, dia 20, pelas 9 horas da manhã. Trata-se de uma organização da Secção de Vela de Cruzeiro do Clube Naval da Horta (CNH) em colaboração com o Angra Iate Clube (AIC). Segundo Susana Rosa – Coordenadora desta Secção em conjunto com José Fernandes, “9 embarcações, 8 locais e 1 da Madeira, saíram da Horta rumo a Angra do Heroísmo, na ilha Terceira, com bom vento, tendo 3 optado por fazer a rota pelo Canal Pico/São Jorge e as restantes pelo Sul do Pico.

O primeiro veleiro a chegar ao destino foi o “Boreas”, inscrito na Classe Open, tendo cruzado a linha de chegada pelas 21 horas e 12 minutos. Entretanto, o vento foi enfraquecendo perto da ilha Terceira, o que levou à desistência de 4 veleiros. Outros optaram por se manter em prova, tendo o último

chegado às 5 horas e 44 minutos da madrugada desta sexta-feira, dia 21. A Regata contou com a habitual colaboração da Comissão Técnica de Secção de Vela de Cruzeiro do CNH, tendo como juiz na largada, João Medeiros. As chegadas foram asseguradas por Francisco Ferraz da Rosa, habitual colaborador do

Clube Naval da Horta. Na Terceira, os velejadores faialenses interessados participam na 24ª edição da Regata 8 aos Ilhéus/Angra Bay Cup, que se realiza este sábado, dia 22, organizada pelo Angra Iate Clube”. O regresso ao Faial está marcado para domingo, dia 23.

Director: Antero dos Santos – mar.antero@gmail.com Director Comercial: João Carlos Reis - noticiasdomar@media4u.pt Colaboração: Carlos Salgado, Gustavo Bahia, Hugo Silva, José Tourais, José de Sousa, João Rocha, João Zamith, Mundo da Pesca, Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas, Federação Portuguesa de Motonáutica, Federação Portuguesa de Pesca Desportiva do Alto Mar, Federação Portuguesa Surf, Federação Portuguesa de Vela, Associação Nacional de Surfistas, Big Game Club de Portugal, Club Naval da Horta, Club Naval de Sesimbra, Jet Ski Clube de Portugal, Surf Clube de Viana, Associação Portuguesa de WindSurfing Administração, Redação: Tlm: 91 964 28 00 - noticias.mar@gmail.com

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