Notícias do Mar n.º 358

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Notícias do Mar

56º Salão Internacional Náutico de Génova

Texto e Fotografia Antero dos Santos

Mercado Náutico Escolheu Génova

Estavam 1000 barco no Salão de Génova

O interesse pelo Salão Náutico de Génova voltou em força com o novo formato, é a conclusão que se tira depois dos cinco dias que durou, entre os dias 20 e 25 de Setembro, onde estiveram mais expositores, mais barcos, mais visitantes e foram efectuados mais negócios que no ano passado.

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O pavilhão dos acessórios e equipamentos 2

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m virtude do evento decorrrer junto à água e poder expor facilmente embarcações de grandes dimensões como os megaiates, o Salão de Génova é a maior montra de barcos da Europa. Este ano participaram cerca de 800 expositores e estiveram em exposição ao público 1.000 barcos, dos quais todos os que tivessem mais de 8 metros de comprimento estavam dentro de água. Assim, graças à localização do Salão, à entrada do porto de Génova e à facilidade de utilização de dois enormes planos de água, durante o Boat Show foi possível fazer 2.416 testes


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no mar. O público interessado na náutica de recreio não deixou de estar presenta em força, registando-se este ano 126.178 visiitantes, mais 9,2 % que no ano passado. Importante para o Salão foi o registo de 33.618 visitantes estrangeiros, marcando 26,6 % do total. Isto significa que o Boat Show de Génova continua a ser o mais visitado do Mediterrãneo. A 56ª edição deste salão foi além de todas as expectativas. O optimismo do dia anterior foi sendo sempre substituído pela satisfação maior dos expositores no dia seguinte. No final, houve o retorno de vendas em todos os segmentos do mercado em exposição. “Estamos todos satisfeitos” , disse a presidente da UCINA Nautica, Carla Demaria, “Alguns dias antes da abertura do Boat Show houve um forte apelo de expositores estrangeiros para voltarem, porque, finalmente, o mercado interno é compartilhado. E a recuperação diz respeito a todos os sectores, sem exceção.“ Em virtude do interesse da organização para uma maior promoção do Boat Show de Génova, foram convidados 75 jornalistas da imprensa especializada de 32 países. A indústria náutica de recreio italiana continua com uma importante oferta de marcas, desde os pequenos modelos de 5,00 metros dayboat, semirígidos, sportcruisers, iates de cruzeiro aos megaiates. Seguramente que 80 % dos 1000 barcos expostos são construídos nos estaleiros italianos. Não apenas a pensar na evolução do mercado italiano, mas também nos visitantes estrangeiros que mantêm o Boat Show de Génova como a maior referência de exposição da náutica de recreio na Europa, os principais estaleiros europeus marcaram também presença. As marcas francesas Beneteau, Jeanneau e Duffour estavam presentes. De Inglaterra destacavam-se Sunseeker e Fairline. E a Rodman de Espanha também esteve presente.

Dezenas de megaiates em exposição

Aposta firme no futuro De realçar a aposta de muitos estaleiros no na evolução de crescimento dos mercados, com a apresentação de novidades, como o Absolute que mostrava o iate 50 Fly e apresenta-

va mais dois iates para lançar em 2017, o 58 Fly e o Navetta 73, com 22 metros de comprimento que comporta três cobertas, dispõe de um inovador flybridge como um salão, com um hard top em fibra com ventilação e tem acomodação para

oito pessoas com três camarotes de casal e um quarto com duas camas. Até nos megaiates foram apresentadas novidades, como o Sanlorenzo, que lançou como Italian Premiere o novo SL 78, com 23,50 metros de compri-

Área da exposição dos veleiros 2016 Outubro 358

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O novo Sanlorenzo SL 78

mento, promovido por apresentar “sailing elegance” e nas suas três cobertas dispor de quatro camarotes com acomodação para oito pessoas. Na área de exposição do estaleiro italiano Sanlorenzo estavam sete megaiates, destacando-se o maior, modelo SD 126, com 138 metros de comprimento, um palacete náutico com quatro cobertas, o camarote do proprietário na coberta do salão e mais quatro camarotes na coberta inferior. O Salão mostrou igualmente um crescente aumento do interesse do público pelos veleiros de cruzeiro, em exposição todos juntos no mesmo plano de água. Acentuamos o facto do público se demorar bastante e procurar interessado informações na visita aos expositores de embarcações pequenas, as que estavam dentro do pavilhão e nos stands das marcas

Os semi-rígidos saíam para os testes no mar 4

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de motores fora de borda, Indicador do crescente aumento do mercado das embarcações com esta motorização. Informados que íam ser apresentados no Boat Show de Génova, tal como fazemos todos os anos, Interessava-nos também ver quais as novidades das marcas dos motores fora de borda e das embarcações que têm importador e são distribuídas em Portugal. Bayliner A Bayliner, em Portugal representada pela Touron Portugal, apresentava um novo modelo da linha Element, o CC7, com 6,5 metros de comprimento. Este barco está no seguimento do sucesso do inovador design do casco Element com forma de trimarã M-Hull. Tem consola central e dispõe de duas arcas de arrumação de grandes dimensões. À frente o espaço pode-se converter em mesa de proa. O posto de comando dispõe de espaço suficiente para a electrónica opcional e inclui um compartimento de arrumação na parte dianteira, convertível em viveiro opcional. O cómodo assento/ encosto do posto de comando tem 4 suportes para canas. A zona de popa conta com dois assentos amovíveis e compartimento para arrumação de palamenta e equipamentos. Na popa pode-se montar um amplo solário. O Pack Fish inclui hélice de proa, assento de proa com pedestal, porta-canas laterais e 6 suportes de canas na consola. Este opcional transforma os compartimentos de arrumação à proa e à popa em gavetas para a pesca e o da consola em viveiro. A potência recomendada é de 115 HP e como máxima são 150 HP

Exposição dos Sanlorenzo

Capelli O estaleiro italiano Capelli está representado em Portugal pela Portinauta do Grupo Angel Pilot. Em Génova apresentou duas novidades, o Cap 21.5 WA e o Tempest 40. O Capelli Cap 21.5 WA, com 6,30 metros de comprimento, da gama de embarcações em 2016 Outubro 358

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para os “test drive”, motorizado com dois motores Yamaha F350. Trata-se de um novo projecto do estaleiro Capelli que desenvolveu um elegante e luxuoso semi-rígido, com um plano de convés exclusivamente dedicado para o convívio e o relax, com enormes solários. A estética do arco de radar, onde se fixa um toldo, tambem reforça a elegância do Tempest 40. O barco tem uma cabina com cama para casal e um quarto de banho, para permitir pernoitar nos fins-de-semana. Uma cozinha e um lavatório no exterior ampliam ainda mais com comodidade o uso do barco. O Tempest 40 tem lotação para 14 pessoas e como motorização máxima 2 x 350 HP.

Capelli Tempest 40

fibra, foi apresentado no stand da Yamaha. Trata-se de uma embarcação do tipo polivalente com cabina, para a pesca e desportos aquáticos, com ampla acomodação no poço, o piloto dispõe de uma consola alta e tem banco encosto para a condução de pé. Para facilitar a passagem, para a proa

e para o solário, ela é do tipo walkaround à volta da consola. A entrada para a cabina é pela consola de condução, com uma porta de correr. Dentro tem uma cama para pernoitar e um compartimento para um frigorífico. O poço tem acomodação para 5 pessoas e pode montar uma mesa ao meio.

O Cap 21.5 WA tem a lotação de 7 pessoas e quanto à motorização está indicada dos 115 HP aos 175 HP. O Tempest 40, com 12,27 metros de comprimento, é da gama dos semi-rígidos e encontrava-se em exposição dentro de água, permitindo por isso permanentes saidas para o mar

Bayliner CC7 6

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Honda No Stand da Honda Marine, que tem em Portugal como importador exclusivo a GROW Lda, encontravam-se em grande destaque os novos três fora de borda BF4, BF5 e BF6, motores com um cilindro e 127 cm3 de cilindrada, com os quais a marca reforça a sua gama. Estes três novos motores, agora lançados, foram desenvol-


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vidos com as últimas tecnologias da Honda e criados para oferecerem a maior satisfação dos clientes, principalmente os mais exigentes na portabilidade, conforto, performance e fiabilidade. No que respeita à portabilidade, realça-se o seu reduzido peso com 27 Kg e um novo design da alça de transporte. Quanto ao conforto, estes três novos modelos, estão equipados com um novo mecanismo de descompressão, desenvolvido para tornar o arranque do motor ainda mis fácil, independentemente da temperatura do motor. Um novo conceito de absorção de vibrações, elimina praticamente as vibrações transmitidas ao punho e ao barco, sejam quais forem as rotações do motor. Também os novos BF5 e BF6 podem estar disponíveis em versões com alternador com sistema de carga de baterias com capacidade de 12V/6ª. Para maior performance, estes três novos Honda, têm um depósito de combustível embutido com 1,5 litros de capacidade, para aumentar a sua autonomia em mais 43 minutos. Os BF5 e BF6 podem ainda ser ligados a um depósito de com-

Humminbird HELIX Series

bustível externo, para as viagens longas. Para todos existe uma gama de cinco hélices que cobre as necessidades em termos de binário e é uma novidade nesta gama de potência.

A fiabilidade destes três novos motores é conferida pela experiência Honda na tecnologia a 4 tempos. Como pro-

tecção adiciopnal, o BF4,BF5 e BF6 têm um sistema de alerta de óleo, que limita automaticamente a rotação do

Honda BF4-5-6

Capelli 21.5 WA 2016 Outubro 358

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Jeanneau Merry Fisher 895

motor às 2.300 rpm no caso de qualquer quebra de pressão de óleo. Humminbird Em Portugal o importador ex-

clusivo e representante da Humminbird é a Mautel, Lda Em Génova no stand da Humminbird, empresa especialista na produção de electrónicos para a pesca, estava

Mercury Verado 400R 8

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uma grande exposição da Helix Series que este ano com o Humminbird HELIX 10 SI GPS. conquistou o seu sexto prémio consecutivo para a marca, na ICAST 2016, a maior feira dos Estados Unidos para profissionais do sector da pesca. Desde o primeiro, o Helix 5, a Humminbird tem vindo a desenvolver as sondas da sua electrónica com projecção de imagem maiores e incorporando inúmeras funcionalidades. A serie HELIX 10 tem como características um ecrã ultrabrilhante e um menu fácil de utilizar, incluindo tecnologias como a Side Imaging, a Down Imaging, o AutoChart Live e a cartografia, e até juntamente com a conectividade Ethernet, para multi-estação. Os pescadores podem escolher de entre três sistemas HELIX 10 que vão de encontro com todas as suas necessidades de pesca, combinando entre o SONAR e o GPS até ao complemento do Side Imaging, Down Imaging, ou então dos dois. Todos os sistemas têm o mais recente AutoChart Live que permite de imediato a utilização-geração de mapas. Não é necessário um Servidor, ou a “cloud” ou PC. Os mapas aparecem rapidamente. Da mesma

forma, todos os sistemas HELIX 10 têm uma conectividade Ethernet de forma a serem compatíveis com o 360 Imaging e o Minn Kota Pilot Link. A gama: GPS/Chartplotter/Sonda a cores 2D GPS/Chartplotter/SonarVertical/Sonda 2D GPS/Chartplotter/Sonar lateral/ Sonar Vertical/Sonda 2D Jeanneau O estaleiro francês Jeanneau tem em Portugal a Nautiser / Centro Náutico como importador exclusivo das embarcações a motor. No stand da Jeanneau encontrava-se bem referenciado, um dos novos modelos para 2017, o Merry Fisher 895, com 8,90 metros de comprimento. A clássica e prestigiada gama pesca/passeio da Merry Fisher foi ampliada com o novo modelo 895, projectado para privilegiar o cruzeiro nos fins-de-semana e nas férias, devido ao conforto do interior, com grandes janelas no posto de comando, e ao amplo espaço polivalente do poço, para os passeios e a pesca. A cabine de pilotagem comporta um salão em forma de L e uma cozinha. O piloto dispõe de uma porta lateral de correr, para facilitar as manobras e as saídas para a proa ou o poço. À frente existem duas cabinas. A principal desfruta de amplas janelas, tem cama de casal, quarto de banho e wc marinho A lotação indicada pelo estaleiro são 10 pessoas e como potência máxima 1 x 350 HP ou 2 x 175HP Mercury Representado em Portugal pela Touron Portugal, a Mercury apresentava bem destacado o novo motor Mercury Verado 400R, já homologado para utilização no recreio. Fabricado de acordo com as normas Europeias, é o fora de borda de alto rendimento mais potente fabricado pela Mercury. Graças aos vários avanços da plataforma do 2.6L Verado, o novo motor oferece a melhor relação peso-potência de todos


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os motores a 4 Tempos. Foi desenvolvido para equipar embarcações de consola central com o casco em V profundo de última geração. Também está indicado para motorizar catamarans, semi-rígidos de alto rendimento e embarcações de grandes dimensões. Este motor de baixo ruído, sobrealimentado e refrigerado por água, foi desenhado para reduzir a temperatura de admissão e aumentar a densidade do ar, permitindo que o motor tenha um binário sem precedentes e uma aceleração inigualável em toda a gama de rotações. O 400R dispõe de caixa de velocidades Sport Master de competição que oferece menor fricção com a água, incrementando as performances e possui o sistema de aceleração e mudanças digital (DTS), assegurando mudanças suaves e resposta instantânea na aceleração. Quicksilver A Quicksilver, representada em Portugal pela Touron Portugal, apresentou em bastante relevo o novo Quicksilver Activ 755 Cruiser, com 7,37 metros de comprimento. É um barco de cruzeiro desportivo que combina segurança, design e conforto, com lotação para 8 pessoas e que apresenta os acabamentos de alto nível. A distribuição do espaço no deck é versátil, perfeita para navegar, para as refeições ou apanhar banhos sol. Tem um solário de grandes dimensões com acesso directo e fácil à água. A cozinha é opcional. Tem lavatório de aço inoxidável com tampa, sistema de água pressurizada e fogão LPG. A cabina é espaçosa para duas pessoas. Tem wc marítimo opcional totalmente integrado e separado. O posto de comando é ergonómico e tem acesso fácil de proa à popa. A altura do deck garante a segurança de crianças e adultos. A Edição SMART está disponível para este modelo, incluindo importantes acessórios

Raymarine SonarChart Live

e equipamentos. Há diferentes configurações de motorização Mercury, desde 150 HP até 300 HP. Raymarine Em Portugal Nautiradar Lda é o importador exclusivo e representante da Raymarine.

Em Génova no stand da Raymarine, estava em grande destaque o Raymarine SonarChart Live e Navegação Automática “Dock to Dock” É simples de usar o sistema de operação LightHouse II para utilização em displays multifunções da Raymarine, com um

ecrã tátil e fluído utilizando o HybridTouch. Através da mais recente atualização do Sistema Operativo LightHouse II da Raymarine, as novas funcionalidades SonarChart Live e a Navegação Automática “Dock to Dock” permitem criar as próprias cartas em

Quicksilver Activ 755 Cruiser 2016 Outubro 358

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rias. Os utilizadores Raymarine podem determinar o ponto de partida e o ponto de chegada e calcular uma rota detalhada que tem em conta a informação da carta, ajudas à navegação e profundidade da água.

Stand da Rodman

tempo real e navegar de forma automática com a criação de rotas inteligentes. A funcionalidade SonarChart Live funciona com os displays multifunções da Raymarine, permitindo aos navegadores criar cartas batimétricas HD personalizadas até 0.5 metros,

em tempo real. Com o SonarChart Live, os utilizadores Raymarine poderão recorrer à sua sonda para pesquisar novas áreas ou locais onde as condições do fundo possam ter sofrido alterações e, desta forma, criar novas cartas que serão apresentadas de imediato no

display. Surgindo como um avanço de relevo na navegação marítima, a funcionalidade de Navegação Automática “Dock to Dock” da Navionics cria rotas detalhadas e inteligentes por entre passagens estreitas e canais, onde são mais necessá-

Sessa Marine Key Largo 34 FB e Key Largo 27 IB 10

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Sessa Marine Na visita ao stand da Sessa Marine, fomos acompanhados por Rui Ferreira da Limatla, importador exclusivo há muitos anos da Sessa Marine para Portugal e, mais recentemente, também do estaleiro espanhol Rodman. A Sessa Marine apresentava o Key Largo 27 IB com motor interior Zdrive e o Key Largo 34 FB com motorização fora de borda, ambos do tipo “day cruiser” polivalentes, com cabina e acomodação para pernoitar e passar um fim-de-semana com comodidade. O Key Largo 27 IB, com 8,58 metros de comprimento, realça amplos espaços para os banhos de sol, com um solário à popa sobre o compartimento do motor e à frente do posto de comando até à proa um enorme solário. O poço tem à popa um banco em forma de L, à frente do qual se pode montar uma mesa para os piqueniques. O piloto e o copiloto têm bancos individuais ergonómicos e giratórios, para terem também o apoio da mesa. A cabina tem a entrada no posto de comando com uma porta de correr. A cabina no interior é confortável e tem entrada de luz pelas vigias laterais. Dispõe de uma cama de casal, compartimento com WC marítimo e lavatório, e um frigorífico junto à entrada. A motorização máxima é de 350 HP. O Key Largo 34 FB, com 9,99 metros de comprimento evidencia bem o design italiano e destaca-se pelo elegante e longo “hard top” em fibra que cobre quase todo o poço. Junto à popa está um banco em L, junto do qual se pode instalar uma mesa. No posto de comando apresentam-se requintados e ergonómicos bancos, para o piloto um banco individual e duplo para o copiloto. A entrada para a cabina fica na consola de comando, com uma


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porta de correr. Na cabina podem-se acomodar 4 pessoas. À frente existe um banco em V e uma mesa que se convertem numa cama de casal e sob o poço tem duas camas individuais. Estas camas também se convertem em cama de casal. Na cabina existe um quarto de banho e um armário de cozinha com micro-ondas. À frente do posto de comando até à proa é a zona do relax e dos banhos de sol. No que respeita à motorização o máximo são 2 fora de borda com 350 HP. Yamaha Yamaha F2.5 A Yamaha Motor Europe N.V. tem uma Sucursal em Portugal, para a distribuição dos seus produtos. Em Génova o stand da Yamaha, como habitualmente, com motores fora de borda, barcos e motos de água ocupava um enorme espaço. No que respeita a novidades de motores, lá estava o mais pequeno de todos e a mais recente, o elegante Yamaha F2.5 com 1 cilindro, 72 cm3 e 17/18 Kg de peso. O novo design inteligente não é a única melhoria a destacar no F2.5, devido ao conjunto de funcionalidades avançadas de engenharia, o portátil tem melhor desempenho e é agora mais ecológico e intuitivo do que nunca. Ao aperfeiçoar o design do pistão, da cabeça do cilindro e do coletor de admissão, melhorou a eficiência da combustão e a economia de combustível do motor, proporcionando assim uma melhor performance global e emissões de escape reduzidas, bem como níveis de vibração e ruído ainda mais baixos. Outras vantagens é um punho de torção do acelerador maior (igual ao punho dos motores portáteis de maiores dimensões), o condutor pode controlar o acelerador de forma mais confortável. A alavanca de arranque, a alavanca de engrenagens precisa e o botão do ar novos podem ser facilmente alcançados. O depósito de combustível integrado é agora transparen-

Yamaha GP 1800

te, simplificando a verificação do nível de combustível. O F2.5 inclui um inovador sistema de arrumação isento de fugas de óleo que permite arrumar o motor em 3 posições (em cada lado ou na dianteira) sem correr riscos de derrame de óleo. A pega de transporte grande, equilibrada e confortável, localizada na parte posterior, também pode ser utilizada para conduzir o barco quando o motor é rodado 180º na direção de inversão. GP1800 Durante anos, os modelos Yamaha GP1200 e GP1300R, atingiuram uma reputação imbatível entre os pilotos profissionais de todo o mundo. Esta magnífica herança é agora explorada e vibrantemente renascida no novo modelo de performance desportiva, a GP1800. A resposta às preces de qualquer entusiasta de performance, tem uma ótima aparência, uma máquina super potente com um forte e ágil casco e a habilidade para responder a todos os comandos do piloto de forma precisa e previsível. Este novo modelo inclui todas as mais recentes inovações técnicas e eletrónicas, tal como as muitas caraterísticas que são muitas vezes singula-

res e exclusivas da Yamaha: Motorizada pelo motor marítimo de ultra performance Yamaha SVHO Casco e deck com material Yamaha super leve NanoXcel2.

Equipada com o premiado e exclusivo sistema RiDE Yamaha. O primeiro sistema de segurança por comando da indústria com o sistema Low-RPM mode

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Náutica

Novidades Honda

HONDA Reforça a sua Gama de Motores Portáteis com Novos

BF4 BF5 e BF6

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Honda Marine continua a nreforçar a sua Gama de motores, agora com o lançamento de 3 modelos completamente novos. O BF4 (4CV) BF5 (5CV) e BF6 (6CV) foram desenvolvidos com as últimas tecnologias disponíveis da Honda e concebidos para ir de encontro às expectativas dos Clientes mais exigentes em termos de portabilidade, conforto, performance e fiabilidade. Estes novos modelos estarão em comercialização no mercado Português já a partir de Dezembro com preços a anunciar dentro em breve. PORTABILIDADE Pelo seu reduzido peso ( 27,0 kg) e novo design da alça de transporte, estes motores po12

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Náutica

dem ser facilmente transportados e armazenados. O seu punho de comando pode também ser totalmente dobrado para tornar o armazenamento ainda mais conveniente. CONFORTO Os 3 novos modelos, estão equipados com um novo mecanismo de descompressão, desenvolvido pela Honda para tornar o arranque do motor ainda mais fácil independentemente da temperatura do motor. Um novo conceito de absorção de vibrações, elimina praticamente todas as vibrações transmitidas ao punho e ao barco independentemente da rotação do motor. Os novos BF5 e BF6 passam a estar disponíveis também em versões com alternador para sistema de carga de baterias com uma capacidade de 12V/6A. Qualquer um dos novos modelos, estarão também equipados com um novo botão para mais uma fácil paragem do motor. PERFORMANCE Estas novas unidades da Gama, têm um depósito de combustível embutido com 1,5L de capacidade, para aumentar a sua autonomia (até 43min) que será a melhor nas suas classes de potência. Além disso, o BF5 e BF6 podem ser ainda ligados a um depósito de combustível externo, para viagens mais longas. Uma gama de 5 hélices estará disponível para cobrir todas as necessidades dos clientes em termos de binário o que se revela uma novidade em motores nesta gama de potência. FIABILIDADE Estes três motores compartilham o mesmo bloco de 1 cilindro com 127 cm³ e, beneficiam de toda a experiência Honda em tecnologia a 4 tempos. Como proteção adicional, o BF4, BF5 e BF6 têm ainda um sistema de alerta de óleo, que irá limitar automaticamente a rotação do motor às 2.300 rpm no caso de qualquer queda de pressão de óleo. 2016 Outubro 358

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Notícias do Mar

Comunicado das ONGs Ambientais

Apelo a Ação Urgente na Melhor Proteção do Oceano na Europa 98% das águas marinhas offshore continuam desprotegidas no âmbito da principal rede de conservação na Europa, a Rede Natura 2000

A

s ONGs de Ambiente Oceana, Seas At Risk e WWF apelam à Comissão Europeia para que seja rigorosa na sua avaliação do desempenho dos Estados-Membros da UE relativamente à proteção dos seus oceanos. Apelam ainda aos EstadosMembros para que cumpram as suas obrigações de proteger as zonas onde habitam algumas das espécies marinhas mais ameaçadas 14

da Europa. Este apelo antecede uma reunião, a realizar esta semana, em que a UE irá identificar as lacunas que legalmente devem ser colmatadas através das Áreas Marinhas Protegidas (AMPs) da Rede Natura 2000, nas águas do Atlântico, Macarronésia e Mediterrâneo. A Rede Natura 2000, criada pelas Diretivas Europeias Aves e Habitats, é a principal ferramenta para a proteção de espécies e

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habitats em toda a Europa. Contudo, 24 anos depois de ter sido criada, apenas 4% das águas marinhas da UE se encontram ao abrigo das AMPs da Rede Natura 2000, muito abaixo da meta de 30% internacionalmente considerada pelos cientistas como sendo a área necessária para manter a saúde dos oceanos a longo prazo. Até hoje, continuam a existir lacunas significativas na rede. Por exemplo, existe um número desproporcional de

AMPs localizadas perto da costa, com grandes lacunas na proteção das águas marinhas offshore (para lá das águas territoriais), a mais de 12 milhas náuticas da costa. No total, apenas 1,7% das águas offshore da EU foram designadas ao abrigo da Rede Natura 2000, deixando uma grande variedade de ecossistemas e espécies de maiores profundidades desprotegidas. “O prazo de conclusão da rede Natura 2000


Notícias do Mar

marinha está há muito ultrapassado, colocando em causa a proteção da biodiversidade para as gerações futuras e a recuperação das espécies e habitats ameaçados face às pressões crescentes a que estão sujeitos, como a sobrepesca e as alterações climáticas. No Oceano Atlântico Nordeste, os países protegeram apenas 2% das suas águas offshore. A situação no Mediterrâneo é ainda mais grave, onde 99,9% das águas offshore continuam

desprotegida,” declarou Lasse Gustavsson, Diretor Executivo da Oceana na Europa. A reunião irá incidir especificamente nos EstadosMembros onde a proteção de espécies ameaçadas, como o golfinho-roaz e a tartaruga-marinha-comum, e de habitats ameaçados, como os recifes e bancos de areia, não é ainda suficiente. Chipre, Grécia, Itália, Portugal, Eslovénia e Espanha estão entre os EstadosMembros mais atrasados nos seus esforços de prote-

ção. “O progresso lento de alguns Estados-Membros na abordagem das lacunas remanescentes na proteção marinha prejudica a eficácia de toda a rede de áreas marinhas protegidas e compromete os esforços significativos já realizados por outros Estados-Membros. Com a profusão dos novos dados disponíveis, não existem razões para protelar a necessária proteção dos principais habitats ameaçados e a recuperação das espécies,” afirmou

Alice Belin, Marine Policy Officer da Seas At Risk. Um relatório de 2015 da Agência Europeia do Ambiente mostrou que a maioria da vida marinha protegida ao abrigo da Rede Natura 2000 permanece em mau estado ou em estado de conservação desconhecido, havendo apenas 7% das espécies marinhas e 9% dos habitats considerados em bom estado de conservação. “2020 é um prazo crucial para a conservação marítima europeia, o ano

Recife (mesophyllum alternans) em (Posidonia oceanica) e (nodosa Cymodocea) de leito misto. Em Punta del Sabinar, Almería, Espanha. Expedição no catamaran Oceana ao Mediterrâneo em Agosto 2006 - EUO © OCEANA Juan Cuetos 2016 Outubro 358

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Notícias do Mar

Ceriantharia (Isarachnanthus maderensis) no fundo do mar arenoso. El Agujero azul, Cagafrecho, em Lanzarote, nas ilhas Canárias, Espanha. Expedição Oceana em Agosto de 2009 - EUO © OCEANA Carlos Minguell

em que os nossos mares devem atingir o Bom Estado Ambiental e as nossas

pescas devem ser geridas de forma sustentável.Estabelecer uma rede comple-

ta e bem gerida de AMPs é fundamental para atingirmos ambos os objeti-

vos,” acrescentou Stephan Lutter, Policy Advisor para AMPs, WWF.

Tartaruga (Caretta caretta) no Sudoeste da costa da Sardenha, Itália. Expedição no catamaran Oceana ao Mediterrâneo em Junho 2006 - EUO © OCEANA Juan Cuetos 16

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Notícias do Mar

Economia do Mar

Investigação da Universidade de Coimbra Contribui para a Resolução de um dos Maiores Desafios da Aquacultura Uma equipa de investigadores portugueses e espanhóis testou, com sucesso, uma nova dieta para os peixes carnívoros produzidos em aquacultura que pode ajudar a solucionar um dos grandes desafios desta área de negócio.

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Ivan Viegas 18

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Robalo

roduzidas à base de farinha e óleo de peixe, as rações atualmente comercializadas são demasiado dispendiosas – representando até 60% dos custos totais da produção dos peixes carnívoros, encarecendo o preço para o consumidor final - e pouco sustentáveis. A solução passa por inserir ingredientes de origem vegetal na dieta alimentar dos peixes. Mas aqui surge novo problema: como são ricos em hidratos de carbono, estes ingredientes podem alterar o metabolismo natural dos peixes e torná-los mais gordos, refletindose no crescimento, na textura e no sabor final da carne, diminuindo a qualidade. E foi precisamente esta questão que a equipa de investigadores das Universidades de Coimbra (UC) e de Barcelona, liderada por Ivan Viegas, do Centro de Ecologia Funcional da Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCTUC), quis esclarecer. Os cientistas prepararam uma dieta experimental, substituindo 30% da ração comercial por uma ração à base de farinha de ervilhas, rica em hidratos de carbono, e realizam ensaios com robalos, que

são peixes carnívoros. Os peixes foram separados em dois tanques com água deuterada, um tipo de água que funciona como marcador metabólico, permitindo obter uma análise muito mais detalhada, e, ao longo de um mês, um grupo foi alimentado com a dieta experimental e o outro, para efeitos de controlo, com a ração tradicional. O estudo, financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), concluiu que “os robalos toleram perfeitamente a dieta experimental, ou seja, a introdução de 30 por cento de ingredientes de origem vegetal na alimentação destes peixes carnívoros, não compromete o seu crescimento nem promove significativamente a produção de gordura. Não se notaram diferenças expressivas entre os peixes alimentados com as duas dietas diferentes”, sublinha Ivan Viegas. Tal significa, nota o investigador da FCTUC, “que uma dieta deste perfil fica muito mais barata para os aquicultores e não compromete a qualidade do produto para o consumidor final”. No entanto, observa Ivan Viegas, “analisámos o fígado, o principal órgão de regulação de toda a “maquinaria”, mas é ainda necessário estudar outros “componentes da máquina”. Por isso, temos já em conclusão uma análise do impacto desta mesma dieta rica em hidratos ao nível da gordura perivisceral (nas vísceras) e no músculo dos peixes”. O estudo, desenvolvido nos últimos três anos, foi publicado no Journal of Lipid Research (http:// www.jlr.org/content/57/7/1264. abstract?sid=08845d14-54ff-488c) e destacado pela Sociedade Americana de Bioquímica e Biologia Molecular (American Society for Biochemistry and Molecular Biology’s – ASBMBToday) http://www.asbmb. org/asbmbtoday/201609/JournalNews/JLRSeabass/.


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Notícias do Mar

Viagens de Pesca

Texto e Fotografia Vitor Ganchinho

E não podemos liquidar o barqueiro?

Passar férias no Senegal nunca será um sacrifício. Pelo menos um calvário tão grande como passar uma semana em casa a assistir a programas da Júlia Pinheiro. Mas pode tornar-se um pesadelo, se tivermos connosco um pirogueiro que, de peixe, pesca, de sítios de pesca, e de técnicas de pesca, sabe muito menos do que eu sei de enchidos de porco preto.

D

esde logo, o atleta senegalês tem um nome lixado: Doune Gay. Tal como vocês, eu embirrei logo com o facto de ele ser Doune! Ainda tentei amenizar para “Dunas”, mas a sorte da expedição ficou traçada quando

resolvemos contratar alguém com aquele nome. Por razões óbvias, as coisas não podiam correr bem. Doune não é nome que se ponha a uma criança. Também deve ser tramado ter uma mãe e um pai que determinam, com tanta antecedência, a orientação sexual do rapaz.

Mohamed Sow com uma Cobia de 12 kgs. 20

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O moço terá ficado de tal forma traumatizado com o Doune que nunca mais vai recuperar na vida. As asneiras são seguidas. Depois de se ter esquecido da sonda, remetendo-nos à cegueira completa durante um dia inteiro de pesca, o Dunas sai-se com esta: “ Eu cá não preciso de instrumentos, guio-me pelas nuvens”……Isto não é bom? Digam lá que este artista não é impagável!? Para além de nos roubar descaradamente no custo da gasolina, ainda me atira com esta das nuvens. Olhei para o céu nublado, carregado de cinza, a ameaçar chuva, e pensei para mim: ou és super bom, ou um grande aldrabão! Tá bem abelha,…e eu, que sou português, tenho carta de Patrão de Costa, um vizinho de baixo que se chama Pedro Álvares Cabral, e um primo afastado que mora em Sines, o Vasco da Gama, …acredito em ti, que és bom rapaz. E também acredito nos milagres de Fátima. Dia 1 Andei eu durante meses, a contar

os dias, as horas, a fazer risquinhos na parede do quarto, à espera da semana de ir para o Senegal, para ir encontrar esta salsaparrilha de navegador. A cerca de 30 km da costa, encontrámos uma bóia de sinalização. Na teoria, trata-se de um ponto de captação de informação meteorológica. Tem um cabo submerso, e basicamente a finalidade é dar informações à marinha senegalesa e serviços de navegação. Na prática, não deve funcionar. Mas o objecto flutuante existe, e isso já é por si muito interessante. Bem à nossa frente, com cerca de 3 metros de diâmetro, de cor amarela, não foi difícil dar com ela. Nem sequer imaginar que deveria estar cheia de dourados grandes (Dourade Coryphene, ou Mai-Mai), por baixo. E estava! A paleta de cores destes peixes é fantástica! Os amarelos, azuis e verdes, tornam o dourado um digno representante da bandeira do Brasil. Para não falar da qualidade dos grelhados que proporcionam. A dez metros da bóia comecei a fazer contas de cabeça


Notícias do Mar

ao número de pessoas que tínhamos para jantar, aos dourados que estavam por baixo, calmos, lindos e confiantes. Batia certo. Até sobravam bichos daqueles! Cada um deles era um tabuleiro cheio de peixe, uma panelada de comida. Olhei para baixo da bóia, e eram tantos e tão grandes que me pareceu ser possível encher umas caixas e mandar mais de metade para os desvalidos da Somália. Pois o Dunas resolveu abalroar a bóia de frente, embatendo com estrondo, fazendo uma amolgadela enorme na proa, e, pior que isso, fazendo fugir a sete pés os peixes todos. Bem, não todos, houve um mais pequeno, de quilo, eventualmente surdo e cego, ou crente em Deus, que resolveu ficar, entregando-se ao criador. Irremediavelmente foi pescado. Os outros, a esta hora já estarão no Pacífico. E vão passar a fazer manguitos a todos os pescadores que lhes aparecerem de barco. Resolvi ser paciente, encher o peito de ar, empregando ali todo o meu espírito de sacrifício, todo o meu mais profundo sentido de escuteiro. O mau é o moço chamar-se Doune. Isso em si, já configura todo um quadro de desgraça eminente. Vejam isto: o Dunas encostou a uma piroga que pescava ao largo, muito afastada de terra. É muito comum fazermos longas distâncias, dado que a costa deste país é extremamente baixa. O que a torna um paraíso para quem mergulha. A 50 km da costa, podemos ter cotas de 20/25 metros de profundidade. As pedras estão literalmente forradas de peixe. Este excesso de peixe pode até ser prejudicial para quem pretende obter troféus à linha, utilizando isca orgânica. Há muito peixe miúdo que ataca as iscas na descida. Por outro é muito bom

O fundo que o Cherif fotografou para quem pretende obter fotos de peixes e fundos bonitos. As condições são únicas e magníficas, os peixes são aos milhares, sustentados por uma migração de sardinhas em quantidade infinita. Encostámos a uns 100 mts da piroga, e o Dunas gritou, no seu francês arrevesado, ao outro piloto: E então? Picam ou não picam? Do outro lado, a resposta foi algo como isto: “Acho que foi 2-2, mas eu não vi o jogo todo, fui-me deitar antes de acabar”… Eu, já de si pouco convicto pelo

nome Doune, decidi de imediato pôr um fumo preto no braço, e carregar de luto forte, por esta expedição de pesca. Pensei para mim: “Vitor, aprimora-te. Tens de dar tudo! Vais ter de estar a pescar muito acima do normal. Muito acima das tuas possibilidades….” Sei da valia dos fundos senegaleses. Sei da sua qualidade, ou não tenha feito durante vinte anos pesca à linha e caça submarina nestas paragens. Desta vez, quando paguei as passagens para toda a família, estava confiante. Já me estava a ver a chegar à praia de Saly e ser levado em ombros, a acenar ao

povo. A oferecer quilos e quilos de peixe. Afinal, dei por mim a tentar imaginar como poderia ser menos mal sucedido. A lutar pelo peixinho do jantar. Se por acaso tiverem algum guia que achem muito ruim, mesmo horrível, …compro. Fico com o vosso, seja quem for, porque de caras é melhor que este atleta Doune. Isca não havia. Segundo ele, em qualquer lugar, não inte-

Dunas resolveu abalroar a bóia de frente 2016 Outubro 358

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Pesca Desportiva

ressa onde, é possível pescar sardinhas, pelo que não vale a pena levar de casa. Na verdade, há sardinha em toda a costa, em bancos que podem ter muitos milhares de indivíduos. Outra coisa é picarem nas metrailletes, séries de pequenos anzóis com plumas, aquilo com que costumamos pescar os nossos carapaus. E ali estava eu, no meio do oceano, sem isca, sem sonda, e sem fé. Felizmente o Cherif, meu grande amigo senegalês, de nome a sério Mohamed Fadel Sow, resolveu a questão: com o jig, capturou um pequeno atum, que deu isca para algumas horas. Logo por azar,

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e segundo o nosso “comandante Dunas”, a espécie de atum em questão é ruim, não é muito apreciada pelos peixes locais, e por isso o resultado foi fraco. Deu para convencer meia dúzia de peixes pouco colunáveis. Ao fim do dia, resolvemos comer couscous com bolas de carne guisada. Dia 2 Tínhamos a promessa de que o Dunas iria trazer camarões para pescar. Segundo ele, eram absolutamente mortais para tudo o que era peixe grande. Pois bem, vamos então nisso, pensei eu, muito pouco

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crente. Nem tenho de vos dizer que o Dunas se esqueceu dos camarões. Deve ter feito uma paella na noite anterior. Quando soube que não havia isca, pensei seriamente em doar os meus dois rins a uma instituição, largar a pesca, e ocupar o meu tempo livre a fazer diálise contínua. Sempre é mais excitante. O Cherif resolveu mais uma vez a questão. Numa das inúmeras pirogas de pesca locais, viajava uma tonelada de sardinha acabada de capturar. Não vos falo da idade dos ocupantes, …dois adultos e uma resma de miúdos de 8/ 9 anos na sua quase totalidade. A aprendiza-

gem é dura e necessária, porque a vida nestas paragens, não é propriamente macia. Começa-se a trabalhar desde cedo, no Senegal. O chefe da embarcação, quando nos viu, acercou-se e ofereceu de imediato cerca de 2 quilos de sardinha fresca, sem termos sequer pedido. A solidariedade do Senegal a funcionar. Sobrevivem e existem a partir do nada, porque são solidários. Tínhamos isca. Chegados ao local de pesca que o Dunas dizia ser infalível, … era areia, e zero por cento de vida. Umas centenas de metros à frente, demos com uns calhaus a 20 mts de profundidade. Esses sim, tinham peixe. O Cherif resolveu ser prestável: colocou a máscara, foi lá abaixo ver o que havia, e aproveitou para fazer umas fotos. De pesca, como normalmente a entendemos, aquilo tem pouco: água limpa, alguém no fundo a registar os peixes bons, duas pessoas a bordo a pescar miudezas de peixes com 300 gramas, e um guia a dormir. Não tinha posto protector. O sol estava a escaldar e começou a morder a pele. Pedir uma tempestade de granizo era pedir muito, pelo que resolvi adaptarme às circunstâncias: tapei-me com toalhas e com o que havia, e insisti um pouco. O Cherif queria ajudar. Dizia então, na sua ânsia de ser útil: “vocês colocam a isca nos anzóis e eu levo lá abaixo e deixo ao pé dos peixes grandes…..” Mais triste só chorando aos gritos. Os peixes pequenos, coloridos, às riscas, às bolas, aos quadrados, entravam a bom ritmo. Mas bebés. Os grandes não comiam, ou não tinham tempo para chegar às iscas. Escassez absoluta de picadas de granjolas, que garantidamente estavam lá! Comecei a pensar em fazer-lhes “aviõezinhos”, aquilo que fazia às minhas filhas para elas comerem quando tinham dois anos. Passava-lhes a colher diante dos olhos várias vezes, simulava que aquela colherada era para mim, e de quando em quando, lá ia uma. A mãe Lena fazia umas mistelas de sopas verdes abomináveis, e era pressuposto eu dar aquela gosma às crianças. As miúdas, com esforço e muita paciência, lá iam comendo. Os peixes, …não. Comecei a pensar seriamente na possibilidade de liquidar o guia. Desde logo porque ele tinha uma tendência parva pelos meus equipamentos. Ajuda na pesca, zero. Pura e simplesmente ignorava-nos olimpicamente. Variava entre dormir e mexer nos meus materiais. Fazia tudo o que podia para pescar com os meus conjuntos Saltiga, pelos quais tinha uma fixação sórdida. Em terra, uma corda grossa e uma árvore bem alta poderiam corrigir a situação. Ali, e olhando à estrutura


Pesca Desportiva

do barco, teria de usar alguma imaginação…. Dia 3 Mas dizia-vos que andei por ali a tentar, sem sucesso, enganar uns quantos peixes, com isca. E nada. Autenticamente, andei namorando com os peixinhos. Por outras palavras, a tentar convencê-los a pôr a boquinha no sítio, que não ia custar nada, etc…vocês sabem como é. Zero resultados. O Doune arranjava as desculpas mais mirabolantes para justificar o injustificável: estava completamente à toa, sem saber o que fazer, ou onde ir. Abençoado moço que se diz marinheiro. Nem era para vos contar como fizemos uns quantos peixes. Isto são conversas de capela. São os segredos que só se contam ao filho mais velho, quando sentimos que estamos às portas da morte, uns segundos antes da extrema-unção. É bom que tenham a noção do valor daquilo que vos revelo aqui, agora mesmo: fomos a eles a tiro! Se é para andarem a fazer-se de esquivos, a não querer comer, a fazerem-se difíceis, …pois vai a tiro. A paciência para andar a aturar peixinhos difíceis, esgotou-se. Qualquer auxiliar de infantário juvenil sabe do que falo. Miúdos traquinas, que fazem bola com a comida, de encher as bochechas e não engolir nada, e mais birras para comer, e porque está quente, e porque está frio, e porque cerram os dentes, e mais essa trabalheira toda, pois …vai a tiro! Aquilo era um suplício. Ele eram iscas pequeninas, era a promessa de que era a última colherada, perdão, iscada, que já estava, …e nada. Eles sempre de boca fechada. Pois foi a tiro! Não precisam de me agradecer estas informações. Eu estou aqui é para vos ajudar. De resto, sou muito bem pago para isso: uma sandes de pão de carcaça, uma rodela de chouriço e duas azeitonas verdes. É cada tiro cada melro: um artigo sobre peixes, uma sandocha. Estou com 83 quilos! Fomos então tentar um outro local. Já com 120 km de mar feitos nesse dia, resolvemos ir reforçar os bidons de gasolina a M`Bour, uma pequena aldeia piscatória. Tudo é feito em esforço, utilizando animais sempre que possível. Para que tenham ideia, os cavalos, atrelados a carroças, entram dentro de água até ao pescoço, para carregar o peixe. Os animais de carga são explorados para trabalho duro, e, à primeira vista, muito pouco considerados. Ali andam, no meio da rebentação, assustados, a trabalhar...porque sim. Após a faina, as carroças ficam depois ao serviço dos rapazes novos, miúdos que com eles fazem corridas. Os animais espumam, sedentos de tanto correr, debaixo de

um sol abrasador. Enquanto fazia algumas fotos, e aguentando firme, pela força do hábito, as ladainhas de “a piroga é minha, se lhe tiras fotos tens de me dar dinheiro”,…eis que me chega um daqueles atletas, com ar esgroviado, a oferecer algo que vinha enrolado em canudinhos de papel de jornal. Nem mais nem menos, droga! Pensei para mim próprio: “Vitor, tu tens de passar a fazer a barba, a pentearte, e a apresentar-te minimamente composto, nestas coisas da pesca. Deves estar com um aspecto miserável, com ar de ganzado!” O Doune resolveu mostrar os seus dotes de marinheiro em estilo. Perguntou a um pescador local, algo como isto: Sabes onde é que eu posso arranjar gasolina? Resposta lapidar do outro, e que me deixou convencido que o nosso Doune é mesmo uma máquina, e que eu estou sempre cercado de malucos: Sim, a maré já está a encher há duas horas... Uma aldeia interessante, aquela. O seu campeão de luta livre, Yekini, tinha finalmente sido derrotado na noite anterior. A inscrição numa das pirogas ”Yekini, o imbatível” estava ser raspada por um dos pescadores. Imagino que para rasurar algo. A luta é algo de extremamente importante por aquelas paragens. O nome de guerra dado ao senegalês, foi conquistado na Nigéria, numa luta assistida presencialmen-

te pelo próprio presidente da República. O campeão nacional nigeriano foi batido. Os valores envolvidos nas apostas são astronómicos, os combates são transmitidos em directo pela TV. Na aldeia de N`Gor, uns quilómetros mais a norte, tenho um amigo, Farba de seu nome, que durante anos foi, também ele, imbatível. A capacidade de desenvolver força era tremenda. O Farba arrastava pirogas pela areia da praia acima, sozinho. Como muitos outros, também ele, bom pescador de linha, cedeu à tentação de mergulhar de garrafas, para caçar. E não faz por menos: 80 metros de profundidade, sem patamares, é o seu dia-a-dia. Caça cavacos, meros, badejos e peixes similares. Faz o seu dinheiro com isso, desafiando tudo o que é bom senso, decência, e capacidade de resistência a infortúnios. Após 3 acidentes de descompressão, ar-

rasta uma perna, não dobra um dos braços, e está um farrapo humano. Curiosamente atribui os acidentes ao facto de não ter os seus gri-gris, cornos de borregos, conchas, e outros amuletos da sorte, devidamente abençoados. Puro azar, pensa ele. Passo-vos uma foto dos tempos em que ainda era campeão de luta sua aldeia. Lembra-me um caçador submarino de S. Tomé, que encontrei a mergulhar na zona da Lagoa Azul, e que me dizia que ainda não estava em condições de caçar muito fundo, porque lhe faltava rebentar um dos tímpanos. O pobre nunca tinha ouvido falar em compensação, e tomava aquilo como um processo evolutivo necessário. Reparei em M`Bour que muitos deles tinham o Marabu local pintado nas bandeiras que ornamentam as proas dos barcos. Perguntei ao Cherif o que teria eu de fazer para

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Pesca Desportiva

da imediata de eleições. O mesmo se passa em muitos outros países, ditos mais desenvolvidos. A rede de malha de nylon mata, e seguramente demasiado. Acabámos por saltar para a água, equipados, e com ganas de encontrar o peixão grande para a foto. O sítio estava carregado de peixe, mas a corrente era demasiado forte, as ondas tinham cerca de 1,5 mts, a profundidade cerca de 22 metros. Com o barco ancorado, o hélice girava como se o motor estivesse a trabalhar. São demasiadas contrariedades para quem não está em forma. Uma forma física deplorável, má compensação, tudo do contra.

ter a minha foto numa daquelas bandeiras. Bem baixinho, disseme que nem pensar, que era uma questão de fé, e que todos aqueles milhares de homens estavam dispostos a morrer pelo seu marabu

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religioso. Já é bom saber que ainda há alguém disposto a morrer por algo. Eu tenho um clube de fãs que não é particularmente numeroso, nem particularmente activo. Está restrito às minhas filhas. Dos meus

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queridos leitores, poucas centenas seriam capazes de se pôr à frente de um comboio por mim, acho eu... Gasolina comprada, fotos feitas, e lá fomos nós à pesca. Acabámos por fazer algum peixe. Aqui ou ali, sempre há algo para pescar. O Senegal é um país rico em recursos, e potencialidades. Água do mar a 29ºC, relativamente limpa, a convidar ao mergulho em apneia. A economia nacional vive essencialmente do mar, da reparação de motores, das redes, da descarga de peixe, da exportação, da salga de peixe, e tudo aquilo que possa estar envolvido nos processos de pesca. Dou-vos uma ideia, em números, referente a um molusco: as haliotis, muito apreciadas localmente como fonte de proteína de qualidade, e exportadas para países vizinhos, são recolhidas em quantidades tremendas, verdadeiramente absurdas. No primeiro dia a seguir ao defeso, (uma conquista recente), e apenas numa das aldeias, foram desembarcadas 20 toneladas daquele molusco. Comem-nas como nós comemos caracóis…. Peixe, vai havendo, pese embora a utilização crescente de redes de emalhar em nylon, responsáveis pelo dizimar de toneladas de peixe, com e sem medida legal. De resto, esse processo ocorreu, e ocorre, também nos Açores. Um autêntico flagelo, a pedir medidas urgentes e drásticas. Ali, num país onde pescar com dinamite ainda acontece, essas redes são encaradas como um mal menor, e o poder local não se atreve a proibir, sob pena de per-

Mas fez-se peixe!! Chegámos tardíssimo a casa, já de noite. É uma aventura tremenda chegar fora de horas. É ainda mais curioso que as centenas de bóias sinalizadoras de covos para cavacos, lagostas, redes, aparelhos de anzol, e tudo o que sirva para capturar peixe, as bóias que tanto lutamos para evitar durante o dia, afinal afastamse à noite, dando-nos passagem. À noite não há bóias! Provavelmente até serão os pescadores locais que, simpaticamente, as retiram da nossa frente, àquela hora, para nos facilitarem a vida. Com uma saída de água já muito fora de horas, pouco resta a fazer senão acelerar o pobre motor ao máximo, jogando um bowling fratricida com as bóias. Nem tenho ideia de quantas derrubámos naquela corrida desenfreada, que culmina com a chegada à entrada da lagoa, na Somone. Aquilo é algo digno de ser visto. Com 30-40 cm de água e uma corrente com muitos nós, o barco entra autenticamente a lavrar o canal de entrada, arrastando o casco no fundo de areia, nas pedras, batendo em tudo o que é obstáculo. O motor, levantado até onde é possível, ronca e espalha água pelo ar. Vejam algumas imagens em: https://youtu.be/PwXpJCTIxIY Motor meu, em barco Go Fishing, não faria aquilo, mas a verdade é que não deixa de ser um espectáculo para quem assiste na praia. O Dunas, assassino de motores, barcos e afins, brilha ali em pleno. Sobretudo com os motores dos outros. Normalmente, aquilo que se faz quando se encontra uma pessoa como aquele mocinho, é pregar um grito bem alto, e fugir a correr a sete pés. De início, pensei em deserdá-lo. Mas o homem não tem quaisquer direitos legais sobre nada que seja meu, pelo que considerei inócua a acção. O cozinheiro do clube, à nossa chegada, propôs-nos cozinhar um dos nossos peixes: tentou grelhar uma garoupa com 14 cm de largo…


Pesca Desportiva

sem a escalar. Na verdade eles dão-me sempre razões para eu achar que ainda podem melhorar. O papel, dada a humidade do ar, esfarela-se. Nada melhor para as cabras e vacas, que basicamente é o que comem, papel molhado, celulose….o que certamente será bem melhor que comer um peixe comprado no mercado a céu aberto, o Soumbedioune. Aí, vi do pior que se pode ver em termos de qualidade de peixe. Para um pescador, estar perto de peixes nobres e vêlos, ao fim de 5 dias ao sol, podres, sem brilho, é confrangedor. Vejam as imagens e concordarão comigo. O clube onde ficámos, esforçase por agradar, e proporciona condições interessantes. E é bem frequentado. Fiquei com a certeza de que as senegalesas, normalmente esbeltas e altas, e naturalmente bonitas, aderiram à moda do silicone. Experimentei. Achei as mamas rijas, firmes e compostas. Ver fotos. Em boa forma, descer aos fundos do Senegal é algo de fantástico. Há uma massa de peixe que nos espera. No meio de tanta vida, aqui ou ali, está o peixe que procuramos, o troféu para a foto. Um pargo de 80 kgs não é miragem, eles estão lá, e por vezes aparecem a profundidades de menos de 10 mts. Os veleiros, são pescados profissionalmente, para consumo local, utilizando um sistema simples e mortal:

Mas fez-se peixe!! o pescador espalha algumas dezenas de bóias com uma quantidade de fio de nylon de 1,60 mm reduzida, não mais de 5 metros, um anzol na ponta, e espera. A bóia que corre rápido pela água …tem um veleiro, e após uma corrida de piroga a motor, o peixe é embarcado. Tudo isto

Para quem gosta de cabeças

se passa a poucas milhas de terra. Uma média diária superior a 10 unidades não é rara. Fazer pesca à linha, como nós a entendemos, só mesmo em zonas mais profundas, a partir dos 50 mts, um pouco para lá daquilo que é a cota normal de acção dos caçadores sub locais. O

peixe, a essas profundidades, está mais calmo, mais confiante, e pode ser pescado com os equipamentos de que dispomos, nomeadamente os nossos inseparáveis jigs. Ficam para uma próxima, porque enquanto houver força no braço, e peixes na água, nós vamos lá!

Farba é um pescador profissional de garrafas, já teve 3 acidentes graves. Neste momento arrasta uma perna e um dos braços. Anda com uma moleta. Mas continua a mergulhar de garrafas 2016 Outubro 358

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Electrónica

Notícias Nautel

RAILBLAZA Suporte de Montagem para Motores Universais de Kayaks Desde que se noticiou num blog em maio passado, a enorme satisfação de um cliente por ter montado um motor no seu Kayak, a RAILBLAZA tem recebido um fluxo constante de perguntas para saber onde se pode comprar esse suporte.

E

quipar um Kayak com um motor eléctrico ou um pequeno motor de popa, está-se tornando cada vez mais popular. Há muitos modelos de motor adequados no mercado, mas não muitas opções quando se trata de montálos num caiaque. A RAILBLAZA desenvolveu agora a solução, com o novo Suporte de Montagem Universal de Motor para Kayaks que combina a flexibilidade de montagens RAILBLAZA Super fácil e rápido de remover, necessitando apenas de um clique de ligado e desligado com um toque na corrediça de bloqueio. Isto significa que o kayak pode 26

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mudar de movimento com a manobra de pagaia para o motor, pronto a funcionar em menos de 30 segundos. A equipa do Kayak & SUP Sunshine Coast, que escreveu esse blog também encomendou o novo RAILBLAZA, Suporte de Montagem Universal de Motor para Kayaks e já recebeu a primeira remessa destes suportes. A partir desse momento a RAILBLAZA já construiu muitos mais que estão disponíveis agora para satisfazer qualquer encomenda. Duma ideia engenhosa e com um design inovador, o novo RAILBLAZA, Suporte de Montagem Universal de Motor para Kayaks proporcionou um suporte de montagem para motores de


Electrónica

popa elétricos e até mesmo motores fora de borda a gasolina até 2.5HP. Este suporte vai caber em quase todos os modelos de kayak e é adequado para os seguintes motores: Minn Kota - Eléctrico de popa MotorGuide - Eléctrico de popa Torqeedo - Eléctrico de popa Honda Marine 2.3HP – Fora de borda 4 tempos

Mercury 2.5HP – Fora de borda 4 tempos Yamaha 2.5HP – Fora de borda 4 tempos A Nautel, Lda, é o importador exclusivo da RAILBLAZA para Portugal NAUTEL - Sistemas Electrónicos, Lda Rua Fernão Mendes Pinto, Nº 46 1400-146 Lisboa – Portugal Tel. 213 007 030 Fax. 213 007 039 www.nautel.pt

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Náutica

Notícias Touron

Novo Quicksilver Activ 755 Cruiser para Desfrutar da Vista

A Quicksilver lança a nova embarcação Activ 755 Cruiser, um novo modelo para a família Cruiser que se situa, em comprimento, entre os actuais modelos 805 e 645 Cruiser.

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ombinando segurança, design e conforto, este modelo tem capacidade para 8 pessoas, oferecendo o melhor em termos de versatilidade, estilo e distribuição do espaço. Tudo isto com preço muito competitivo, sobretudo tendo em consideração os acabamento de alto nível, a qualidade superior e o espectacular desempenho. O 755 Cruiser inclui: -Zona de deck versátil, perfeita

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para navegar, para refeições ou apanhar sol. -Assentos de deck na popa com encosto reclinável a 120º, ideiais para descansar ou ler um bom livro. -Solário de grandes dimensões no deck com acesso directo e fácil da água. -Cozinha opcional no deck com lavatório de aço inoxidável com tampa, sistema de água pressurizada e fogão LPG. -Cabina cómoda e espaçosa com capacidade para 2 adultos. -WC marítimo opcional totalmente integrado e separado. -Grandes janelas laterais na cabina com vigias de abrir e claraboias integradas que permitem ventilação e entrada de luz natural. -Posto de comando ergonómico com instrumentação, apoio de braços e potra-copos integrados com luz LED azul, GPS/Plotter 9” Simrad e elegante para-brisas matizado (cristal 30/70). -Aceso fácil e permanente de proa à popa, mesmo quando a porta de cabina está aberta. -Solário de grandes dimensões opcional à popa para descansar ou para leitura. -Deck profundo que garante a segurança de crianças e adultos.


Náutica

Equipamento standard Casco e Deck Limpa para-brisas de estibordo Escada de bano aço inoxidável Poço da âncora Arca de arrumação para os cabos de amarração Base do mastro de bandeira em aço inoxidável Luzes de navegação Cockpit Assento do piloto com base giratória ajustável Assento co-piloto Almofadas de deck Porta-bebidas aço inoxidável Mesa de deck Espaço de arrumação debaixo dos assentos de deck Deck auto-esvaziante Assento de popa com encosto reclinável Posto de Comando Volante desportivo Posição ajustável do volante Velocímetro e tacómetro SmartCraft Tomada de corrente 12V Cabina 2 camas Almofadas de cabina Luzes de cabina Equipamento Bomba de esgoto eléctrica Direcção hidráulica Monitor CO Sistema de bateria dupla Pré-instalação fora de borda

-Diferentes configurações de motorização Mercury, desde 150 CV até 300 CV. A Edição SMART está disponível para este modelo, incluindo duche de deck, mastro de esqui, geleira, lavatório, fogão LPG, solário de deck, limpa pára-brisas de bombordo, mesa de teka real, luzes de cortesia LED no deck, WC marítimo, cortinas, GPS/Plotter 9” e rádio estéreo Fusion. O 755 Cruiser será apresentado, a nível mundial, na Feira Internacional de Génova, de 20 a 25 de Setembro, e na Feira Internacional Le Grand Pavois de La Rochelle, de 28 de Setembro a 3 de Outubro. Posteriormente serão feitas apresentações nas Feiras Internacionais de Barcelona, Paris e Düsseldorf. De acordo com Sylvain Perret, Directora de Marketing e Produto da Quicksilver, “este modelo foi desenvolvido para ir ao encontro das necessidades dos clientes que procuram uma embarcação de 7 metros para relaxar, passear

e desfrutar de agradáveis saídas ao mar. As linhas exteriores que caracterizam a gama Cruiser estão bem presentes neste modelo - equilibradas e desportivas, com

design simples, mas elegante. Por outro lado, a qualidade de topo e a reconhecida experiencia da Quicksilver satisfarão as exigências dos nossos clientes”.

Características Técnicas Comprimento total/com equipamento opcional (m)

6,99/7,37

Boca máxima (m)

2,55

Peso a seco (Kg)

1.44

Depósito de combustível (l)

1.440

Categoria CE

280

Lotação máxima

C

Potência máxima (CV)

8

Equipamento Opcional Cor de casco (azul marino) Cobertura de fundeio Extensão plataforma de banho Piso em teka laminada Piso em teka real Solário de proa Molinete eléctrico de proa Flaps eléctricos Sistema de águas de esgoto Mastro de esqui Sistema de aquecimento diesel Solário de deck Bimini-top Cobertura completa Edição SMART Pack Comfort Cockpit Pack Comfort Cabina Pack Electrónica Pack Comfort Cockpit Duche de deck Mastro de esqui Limpa-para-brisas bombordo com sistema de lavagem Geleira Cozinha (lavatório com sistema de água pressurizada fogão LPG) Solário de deck Mesa de deck em teka real Luzes de cortesia LED Pack Comfort Cabina WC marítimo integrado Cortinas Pack electrónica GPS/Plotter 9” NNS evo 2 Radio estéreo Fusion con 4 altifalantes Módulo Gateway para informação do motor

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Náutica

Notícias Touron

Bayliner Amplia Gama Element com os Novos E7 e CC7

Bayliner Element CC7

No seguimento do sucesso do inovador design do casco Element com forma de trimarã M-HullTM, a Bayliner lança, agora, os novos modelos Element E7 e CC7.

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Bayliner Element E7 30

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om 6,4 metros de comprimento, a embarcação E7 apresenta a disposição característica de deck aberto da gama Element aliada a uma estabilidade excepcional proporcionada pelo casco em forma de M. A proa dispõe de zonas cómodas e, graças à ampl boca, tem mais espaço para maior mobilidade. O novo Element E7 vem, de série, com para-brisas standard ou parabrisas plano, como opcional. O posto de comando é simples, mas funcional, com consola a bombordo com porta-luvas com fechadura e geleira debaixo da mesma. O deck é auto-esvaziante. A zona de popa vem com dois assentos laterais que se


Náutica

pedem virar para a frente ou para o deck, com acesso à plataforma de banho (com as mesmas dimensões do deck) e com extensões opcionais. “Estes dois novos modelos da gama Element permitem desfrutar, da forma mais acessível e económica, da navegação costeira, dos desportos náuticos ou de outra qualquer actividade aquática” afirmou Alexis Flechier, Director de Vendas e Planificação da Bayliner EMEA. “O seu grande espaço, versatilidade e acessibilidade são excepcionais”. O Element CC7 de consola central dispõe de poço da âncora, assim como de duas arcas de arrumação de grandes dimensões, tudo coberto pela almofada de proa. O painel de enchimento transforma-se também em mesa de proa. O posto de comando dispõe de espaço suficiente para a electrónica opcional e inclui um compartimento de arrumação na parte dianteira, convertível em viveiro opcional. O cómodo assento/ encosto do posto de comando tem 4 suportes para canas na direcção da popa. A zona de popa conta com dois assentos amovíveis, localizados em volta dum compartimento para arrumação de materiais e outros apetrechos. Este compartimento está coberto por uma almofada que converte a zona da popa num amplo solário da largura do deck. As duas extensões da plataforma de banho facilitam a entrada e saída da água. A motorização recomendada para ambos os modelos é o motor Mercury de 115 CV 4 Tempos, mas admitem potências até 150 CV. O pack Aço Inoxidável inclui varandis da proa, popa, amurada e porta-bebidas. O Pack Fish está disponível para o Element CC7, incluindo hélice de proa, assento de proa com pedestal, porta-canas laterais e 6 suportes de canas na consola. Este opcional transforma os compartimentos de arrumação à proa e à popa em gavetas para a pesca e o da consola em viveiro. O novo Element E7 será apresentado na próxima Feira Náutico de Barcelona que se realiza de 12 a 16 de Outubro 2016. 2016 Outubro 358

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Náutica

Notícias Touron

A Mercury Renova a Imagem dos Motores 8 E 9.9 CV A Mercury Marine renova o produto e a imagem dos seus motores fora de borda de 8 e 9.9 CV a 4 Tempos.

zador. Os fora de borda da Mercury, onde se incluem os modelos 8 e 9.9 CV, são reconhecidos mundialmente por serem leves e compactos, assim como pela sua excepcional durabilidade, fiabilidade e performance. Para maior tranquilidade, estes motores têm uma cobertura, líder na indústria, de protecção contra a corrosão, tal como a restante gama da Mercury. A extensa rede de serviços Mercury, a nível mundial, cobre as exigentes necessidades do mercado de motores fora de borda, disponibilizando uma ampla cobertura de assistência técnica ao produto.

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seu novo estilo aposta num design mais contemporâneo e futurista, em linha com a restante gama de motores fora de borda Mercury a 4 Tempos. “No que se refere à imagem, os fora de borda da Mercury estão em contínua evolução”, comentou John Lasschuit, Director de Produto para a Europa, África e Médio Oriente.

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Para além do novo design exterior, existe um novo sistema de combustível que proporciona funcionamento e arranque de grande qualidade graça à sua simplicidade e fiabilidade. Os engenheiros da Mercury implementaram, também, melhorias no sistema de arranque a frio, incorporando um sistema de escorvamento de três posições e alterações no ajustamento da ignição que melhora o funcionamento a baixa velocidade. A Mercury oferece a gama de modelos 8-9.9 CV mais ampla neste segmento, com 10 modelos diferentes com versões de arranque manual ou eléctrico. Quatro desses modelos vêm com a transmissão Command Thrust, caracterizada por cárter de engrenagens sobredimensionado 2.42:1 juntamente com hélice de maior diâmetro e menor passo para

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empurrar, eficientemente, embarcações mais pesadas. Para completar a gama, existe um modelo com sistema de inclinação electro-hidráulico e transmissão Command Thrust. Este modelo pode ser equipado também com um sistema patenteado de fixação que centra o motor quando em navegação em águas turbulentas ou durante o transporte quando se usa como motor auxiliar. Todos os modelos vêm equipados com comando de punho multifuncional. Desta forma, o utilizador consegue controlar, apena com uma mão, a direcção, as mudanças, a aceleração (com fricção para maior controlo da velocidade), a paragem e a inclinação. Todos os modelos 8-9.9 CV dispõem de sistema manual de inclinação e trim para maior comodidade do utili-


Náutica

Notícias Touron

Mercury Apresenta o Novo Sistema de Última Geração de Pilotagem com Joystick

São muito poucas as inovações tecnológicas que proporcionam ao proprietário de embarcações de recreio maior segurança na hora de atracar ou manobrar a baixa velocidade dentro dos portos. O sistema de pilotagem com joystick da Mercury é sem dúvida uma delas.

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ste sistema oferece, literalmente na ponta dos nossos dedos, um controlo de 360º na direcção e na propulsão do motor, tornando, sem dúvida alguma, a navegação numa operação simples e fácil. Nenhum outro sistema de controlo com joystick em motores fora de bordo oferece as presta-

ções avançadas do sistema da Mercury. Este inclui âncora electrónica Skyhook (1), informação do motor projectada no monitor VeselView, com sequenciador Waypoint e sistema de piloto automático integrado (2). A Mercury Marine acaba de lançar a nova geração do sistema de pilotagem com joystick para motores fora de borda e

fora de borda Verado, transmissões Axius DTS (3) diesel e gasolina, transmissões Zeus, e para motores fora de bordo Racing e respectivas transmissões. A equipa de engenharia da Mercury realizou grandes desenvolvimentos no sistema de pilotagem com joystick, sobretudo na parte correspondente à tecnologia digital Smartcraft. Estas melhorias oferecem aos nautas um novo nível de prazer e simplicidade na navegação: -Estilo mais contemporâneo -Funcionalidade do Piloto Automático de Precisão Integrado tornando o funcionamento do joystick muito mais intuitivo. -Novo anel de luz LED que muda de cor para indicar o modo de funcionamento do joystick. -A Direcção eletrónica substitui o motor eléctrico de direcção e elimina a necessidade do circuito de 20 amperes beneficiando a sua montagem em estaleiro, para além de proporcionar ao utilizador informação mais intuitiva sobre a velocidade da embarcação, o ângulo de direcção e a aceleração. -Melhoria do impulso invertido dos fora de borda Verado, aperfeiçoando-se o controlo da pilotagem do joystick em aplicações em motores fora de borda. -A unidade de medição de inércia (IMU), GPS, auto-calibrados,

simplificam a instalação e configuração, em estaleiro, do sistema de pilotagem com joystick. O novo sistema de pilotagem com Joystick estará disponível a partir de Outubro de 2016. 1-Skyhook identifica a posição duma embarcação utilizando o GPS por satélite. Os motores e as transmissões movem-se de forma independente para manter a posição e a direcção. É ideal para manter a embarcação num ponto de pesca, para esperar que se abra uma ponte levadiça ou para reabastecer num porto. 2-Auto Heading e Waypoint Sequencing convertem a navegação em algo muito simples e eficiente. A bússula digital do Auto Heading permite ao nauta manter rumo e fazer correcções precisas apenas com o movimento dum dedo. Com um toque no joystick ajusta-se a direcção em 1 grau; para ajustes de 10 graus utiliza-se o teclado. As travessias com várias atracagens são “favas contadas” para o Waypoint Sequencing, que permite ao utilizador traçar o rumo da embarcação utilizando múltiplos pontos. DTS: Função de mudanças e aceleração digital.

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Electrónica

Notícias Nautiradar

Oyster Yachts Convida Mastervolt como Seu Fornecedor Oficial para o Rally Mundial 2017-2019 A Mastervolt junta-se a um grupo seleto de fabricantes de equipamentos de confiança para fornecer consultoria e apoio técnico aos navegadores que irão “viver um sonho”, ao participar num rally com a duração de 27 meses.

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Mastervolt, líder de mercado no fornecimento de sistemas elétricos “fora da rede”, foi convidada pela Oyster Yachts, um cliente importante sediado no Reino Unido, para se tornar no fornecedor oficial de sistemas elétricos para o próximo Rally Mundial. O Rally irá contar com cerca de 33 iates da Oyster, para participarem numa viagem única, navegando numa rota que incluirá algumas das regiões mais bonitas do mundo, com um tempo generoso de navegação no final de cada passagem e, aproveitando as melhores condições meteorológicas sazonais. Os participantes irão contar também com apoio em terra em cada ponto de paragem, e com muitos conselhos técnicos até à próxima reunião em Antígua, no próximo ano. A Mastervolt, líder de mercado no fornecimento de sistemas elétricos “fora da rede”, foi convidada pela Oyster Yachts, um cliente importante sediado no Reino Unido, para se tornar no fornecedor oficial de sistemas elétricos para o próximo Rally Mundial. O Rally irá contar com cerca de 33 iates da Oyster, para participa34

rem numa viagem única, navegando numa rota que incluirá algumas das regiões mais bonitas do mundo, com um tempo generoso de navegação no final de cada passagem e, aproveitando as melhores condições meteorológicas sazonais. Os participantes irão contar também com apoio em terra em cada ponto de paragem, e com muitos conselhos técnicos até à próxima reunião em Antígua, no próximo ano. “Estarmos envolvidos neste evento funciona de forma recíproca,” explica o responsável da Mastervolt UK, Nick Holland. “A nossa marca é já reconhecida como a marca a ter a bordo quando depender da energia elétrica é um fator preponderante, tal como verificado no papel fundamental que desempenhámos na recente Volvo Ocean Race. No entanto, fornecer energia a iates de cruzeiro, altamente avançados que vão necessitar de todo o conforto nesta rota tropical, com consumos elevados, especialmente de ares condicionados ou guinchos elétricos, vai ajudar a termos o feedback necessário que nos permitirá evoluir continuamente os produtos.”

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A Mastervolt já participou no primeiro seminário pré-Rally e, as demonstrações práticas acerca das grandes vantagens da nova geração de Baterias de Iões de Lítio já convenceram inúmeros proprietários a substituírem as baterias de chumbo-ácido que possuíam pela alternativa mais leve e de maior duração da Mastervolt. O Rally terá início em Antígua, em Janeiro de 2017, e passará por várias ilhas das Caraíbas antes de os iates se reagruparem à entrada do Canal do Panamá, em Março. Para acompanhar o Rally, visite o site www.oysterworldrally.com Para mais informação acerca das Baterias de Iões de Lítio da Mastervolt, por favor visite o site www.nautiradar.pt Nota A Mastervolt é um líder mundial em sistemas elétricos marítimos e componentes. A missão da Mastervolt é fornecer o “Poder para Ser Independente” (lema da empresa – “Power to Be Independent”) a bordo, fiável, em qualquer lugar do mundo. Conhecidos pela inovação, fiabilidade e qualidade, os produtos da Mastervolt são concebidos para serem utilizados de forma indepen-

dente ou, integrados em sistemas. Desde conversão de energia a gestão de energia e circuitos, todo o equipamento Mastervolt é fabricado para o melhor desempenho e longevidade em ambientes marítimos difíceis. A vasta gama de componentes elétricos e sistemas da Mastervolt inclui baterias, carregadores de bateria, inversores, inversores/ carregadores, isoladores, conversores, transformadores, sistemas de comutação digital, propulsão elétrica e muito mais. A Mastervolt faz parte da Power Products LLC que incluí várias outras marcas importantes que operam na Divisão Marítima, Móvel e Industrial. Ancor, BEP, Blue Sea Systems, Marinco, Mastervolt e ProMariner forneceram soluções elétricas inovadoras durante décadas, enquanto empresas independentes.


Notícias do Mar

Economia do Mar

WWF lança o Guia para consumo de pescado ‘Histórias por detrás do seu prato’ Vítor Sobral é um dos chefs Europeus que apoia o guia e autor da receita que representa Portugal na publicação

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WWF, uma das maiores e mais respeitadas organizações independentes de conservação do mundo, com mais de 5 milhões de apoiantes e uma rede global activa em mais de 100 países, apresentou no passado dia 14 de Outubro no restaurante Peixaria da Esquina, do chef Vítor Sobral, em Lisboa, o Guia WWF para consumo de pescado ‘Histórias por detrás do seu prato’ e a instalação ‘Nem tudo o que vem à rede é peixe para comer. Há muitas histórias por detrás do seu prato’: um barco com três secções que constituem a base das recomendações da WWF presentes no guia – ‘o tamanho conta, há mais peixe no mar e as etiquetas são nossas amigas’ (tamanho, diversidade e rotulagem). ‘Este lançamento acontece dois dias antes da celebração do Dia Mundial da Alimentação, no próximo dia 16 de outubro, e responde ao problema da sobre-exploração dos recursos marinhos e dos impactos e consequências das opções de consumo de pescado para as pessoas e para a natureza. ‘ diz Angela Morgado da WWF. ‘A WWF através deste guia alerta para a diferença que os consumidores portugueses e europeus podem fazer com uma escolha responsável de peixe e marisco, ajudando a repor os níveis equilibrados nos ecossistemas e a proteger os oceanos’, afirma. Segundo dados da WWF, em termos globais, cada um de nós consome uma média de 20 kg de

pescado por ano – quase o dobro de há 50 anos atrás; 93% dos stocks de peixe no Mediterrâneo estão sobre-explorados e 31% dos stocks globais estão sobre-explorados. O problema é mais relevante ainda se considerarmos que 800 milhões de pessoas dependem do peixe como uma fonte essencial de proteínas. A União Europeia é o principal importador mundial de pescado e mais de metade é importado de países asiáticos, africanos e outros em desenvolvimento, onde muitas comunidades locais dependem da pesca para sobreviver. Este Guia vem ajudar a encontrar soluções para a forma como estamos a consumir o pescado, recomendando aos consumidores mais atenção no momento da escolha e da compra destes produtos. O guia para consumo de pescado da WWF apresenta três recomendações simples para um consumo sustentável de pescado (ter atenção ao tamanho mínimo legal dos peixes, variar a dieta de peixe e verificar os rótulos, optando por produtos com selos que confirmam a sustentabilidade da pescaria e o respeito pelo meio ambiente, como o MSC e o ASC - para a pesca selvagem e aquacultura, respetivamente). Ao mesmo tempo oferece 10 receitas de 10 chefs europeus que apoiam o guia da WWF. A receita que representa Portugal no guia é da autoria do Chef Vitor Sobral - Bacalhau confitado com tomate seco e alperces. O guia apresenta ainda um sistema de cor simples (azul para produtos certificados, verde para boa opção, amarelo para pense duas vezes e vermelho para pescado a evitar) para uma lista de 15 espécies marinhas mais consumidas em Portugal (Atum Patudo, Atum Bonito, Pescada, Bacalhau, Salmão, Dourada, Carapau, Camarão de Moçambique, Sardinha, Robalo, Polvo, Cavala, Amêijoa-Boa, Berbigão e Mexilhão), permitindo ao consumidor perceber em que estado se encontram estas espécies e fazer a opção de consumo mais responsável. Na versão online - http://guiapescado.wwf.pt - a lista é mais alargada e será atualizada com novas espécies e novas informações sobre o seu estado. Esta versão tem ainda a vantagem de poder ser usa-

da sem ser descarregada. A versão impressa vai ser distribuída em locais onde ações desenvolvidas pela WWF em Portugal estão a ser programadas, muitas delas no contexto de outras ações ligadas ao mar. Todas elas serão anunciadas previamente nas nossas redes sociais e website. Ou pode ser descarregada uma versão em PDF que se encontrará nos sites wwf.pt e fishforward.eu . A primeira aconteceu já no dia 17 de Outubro, no Time Out Market Lisboa, no Mercado da Ribeira, onde foi distribuído o Guia WWF para consumo de pescado ‘Histórias por detrás do seu prato’; o ponto de encontro foi junto à nossa instalação ‘Nem tudo o que vem à rede é peixe para comer. Há muitas histórias por detrás do seu prato’. Esta instalação, da autoria da Ogilvy&Mather, foi criada como parte do projeto ‘Fish Forward – por um consumo responsável de peixe e marisco e um futuro para os oceanos’, que incentiva o consumo responsável de peixe e marisco, junto dos consumidores, das empresas e autoridades, em Portugal e na Europa de forma a permitir a recuperação das unidades populacionais de peixe, atualmente sob pressão, e promover a sustentabilidade dos oceanos. Os Chefs que apoiam o Guia da WWF e suas sugestões de receitas Chef Ana Grgíc da Croácia, que apresenta mexilhões com chouriço

e açafrão Chef Francois Pasteau da França, que apresenta Filete de Taínha com legumes crocantes e chá verde Chef Elias Mamalakis da Grécia, que apresenta Sardinhas enroladas em folha de videira Chef Lisa Casali da Itália, apresenta Pescada ala chitarra Chef Geert vanSoest da Holanda, apresenta Pangasius com Espinafre, quinoa e curgete Chef Vitor Sobral de Portugal, apresenta Bacalhau Confitado com tomate seco e alperces Chef Uros Stefelin da Eslovénia, apresenta Filete de dourada com camarões em creme de rábano Chef Ángel León de Espanha, apresenta Carapau com cominho e cenoura Chef Mounir El Aarem da Tunísia, apresenta Gamba Kerkénaise Chef Mustafa Eris da Turquia, apresenta Macua com batatas e verduras da época Para descarregar o Guia WWF para consumo de pescado, vá a: http:// guiapescado.wwf.pt

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Notícias do Mar

Tagus Vivan

Crónica Carlos Salgado

Mais Tejo, Mais Futuro Um Compromisso Nacional Como podem verificar a logo - marca deste Congresso do Tejo III já evidencia, à partida, uma onda de mudança orientada rumo ao futuro. O principal objectivo deste Congresso, é o de procurar encontrar soluções que contribuam, efectivamente, para que o nosso maior rio seja Vivo e Vivido, para o podermos deixar às gerações futuras em melhores condições que as actuais.

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raças às conferências preparatórias do ciclo

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do pré-congresso a Tagus Vivan conseguiu obter um conjunto de informações e conhecimentos sobre o Rio e a sua Bacia Hidrográfica, com validade actual, que lhe permite actuar de forma a que este congresso não seja de rotina, porque foi programado para ser um congresso com produtividade, porque em vez de estar a repisar os aspectos negativos ou problemáticos do rio Tejo e do seu universo territorial nacional, possa servir sobretudo para encontrar e propor as soluções para serem to-

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madas na devida consideração pelo Governo e pela Assembleia da República. Não foi por acaso que a Tagus Vivan, ao tomar a iniciativa de promover este novo Congresso do Tejo, fê-lo com o objectivo dele abranger todo o território da bacia hidrográfica do Tejo nacional e por isso seja, logicamente, realizado próximo do centro geográfico dessa bacia, no Município de Abrantes, tendo por anfitriã e organizadora a respectiva Câmara Municipal. Como este congresso quer ser uma mais-valia,

um marco no futuro do Tejo, ele tem de eleger os casos fulcrais para abordar, uns por resolver e outros para valorizar, e contar com a participação de uma massa crítica significativa bem como representantes das comunidades ribeirinhas, com oradores especialistas


Notícias do Mar

nas matérias que proponham soluções, bem como personalidades de elevado estatuto político, e conte também com a colaboração dos meios de comunicação social, local, regional e nacional, porque se trata de um Compromisso Nacional. Aproveito para fazer referência à 4.ª Conferência Regional preparatória sobre o Alto Tejo Português e o Tejo Internacional, realizada no dia 12 de Outubro em Vila Velha de Ródão, resultado de uma parceria da Tagus Vivan com a Câmara Municipal de Vila Velha de Ródão e com a Associação de Estudos do Alto Tejo, e está focada no corredor fluvial compreendido entre

Cavalos em Mouchões

A fertilidade do Tejo 2016 Outubro 358

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Notícias do Mar

O tejo está a renascer

Vila Velha de Ródão e a foz do rio Erges, que tem inúmeras valias tanto de pa-

trimónio histórico material e imaterial, como da paisagem natural e da biodiver-

sidade. O Programa desta conferência composto por 3

Painéis está recheado de temas de grande interesse que são apresentados por especialistas de reconhecido conhecimento, a saber: 1. O projecto de arquitectura no processo de reinterpretação no Vale do Tejo, uma análise prospectiva; 2. Do Tejo a S. Mamede – a antropização da paisagem; 3. A oferta turística actual e o destino Geopark Naturtejo - território UNESCO; 4. A Presença Humana Antiga do Alto Tejo Português – Importância Internacional e Valorização Pública; 5. O Património Arqueológico do Alto Tejo Português e Tejo Internacional - diversidade e valor; 6. Usos múltiplos do rio – navegação (turística de lazer e desportiva); 7. Economia associada ao Rio (políticas de desenvolvimento); 8. A Partilha do

Tejo Internacional, Vista da margem espanhola a partir da margem portuguesa 38

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Notícias do Mar

rio entre Portugal e Espanha - futura articulação; 9. Paisagem Cultural do Tejo: Memorial da Humanidade. Já há algum tempo que me interesso pessoalmente pela extraordinária Região do Alto Tejo Português e do Tejo Internacional que vai ser focada na 4.ª Conferência preparatória do Congresso do Tejo III, que está recheada de inúmeras riquezas históricas, de paisagem natural, geológicas,

e de biodiversidade, fora do comum, porque tive o prazer e o privilégio de as conhecer, viver e fruir, de dentro do rio para fora, quando no ano de 1991 naveguei acompanhado dos meus dois filhos numa viagem de reconhecimento entre a foz do afluente rio Erges e a foz do Tejo, no Atlântico. Desde o maior complexo pré-histórico de arte rupestre da Península Ibérica, composto por cerca

de 40.000 gravuras, que lamentavelmente encontra-se em grande parte submerso na albufeira do Fratel, à extraordinária biodiversidade que esta região abriga, com as mais variadas espécies raras, algumas delas em risco de extinção, nomeadamente de avifauna, que aqui encontra uma importante área de nidificação, e onde se pode observar o voo de várias espécies e ouvir o

canto de umas e o grasnar de outras, não esquecendo a vegetação composta de várias espécies, umas a bordejar o rio e outras mais concentradas ou dispersas, que revestem uma vasta área acidentada, mas muito rica, com a particularidade de ter uma extraordinária biodiversidade e geodiversidade que fazem desta Região um verdadeiro Santuário da Biosfera.

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Notícias do Mar

Texto Carlos A. Fotografia Natividade Silva

O Tejo a Pé

Sintra igual a Sintra

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intra igual a Sintra talvez não seja totalmente verdade, neste domingo de setembro talvez Sintra não tenha sido aquela que todos temos nas nossas memórias. Um tempo perfeito, sem frio nem calor, nisto Sintra continua a não enganar. O ponto de encontro do grupo, a estação da CP em Sintra, avisa-nos, desde logo, para as massas de turistas que vão partilhar connosco

Miradouro de Santa Eufémia - que mais desejar? 40

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Sintra igual a Sintra, aqui é verdade. a serra. O primeiro sinal dos tempos é o estacionamento em Sintra, quem chegou de automóvel quase que se sente assaltado pelos estacionamentos e sinalética. Assim tem de ser tal a quantidade de visitantes. Todas as moedas têm duas faces e é bom que não o esqueçamos para que o boom do turismo não tenha uma fatura excessivamente elevada. “Fugir” para a serra, guiados por amigos locais parecia ser a

Caminhos “urbanos” só possíveis em Sintra, sobretudo quando guiados por quem conhece.


Notícias do Mar

solução. Na verdade nos trilhos mais acessíveis e na rota dos principais atrativos a quantidade de gente era tal que tínhamos de ordenar o caminhar. Com alguns quilómetros nas pernas, ao longo de muitos anos, em muitos lugares, nunca tinha vivido tal coisa, a evitar decididamente. Ficámos a compreender melhor os caminheiros de outras paragens que valorizam imenso o andar sem vivalma. Todavia valeu a pena, Sintra vale sempre a pena e o bom e são convívio dos amigos do Tejo a pé garante o resto. No fim foram cerca de 13 quilómetros muito bons onde não faltou a feira de S. Pedro de Sintra, não sem antes nos termos elevado no miradouro de Santa Eufémia - dos lugares mais charmosos e especiais de Sintra - onde almoçamos. No final o tempo de conversa de copo na mão e o até Mafra, dia 23 de outubro, a próxima caminhada do Tejo a pé.

Todas as formas de vida têm beleza. Voltamos dia 23 de outubro em Mafra.

O clássico almoço, não engana isto é mesmo Sintra. 2016 Outubro 358

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Pesca Desportiva

Notícias do Clube Naval de Sesimbra

Torneio de Pesca do 86º Aniversário do CNS

No dia 4 de Setembro realizou-se o Troféu de Pesca do 86º Aniversário do Clube Naval de Sesimbra, com a participação de 42 atletas em representação do Clube Naval de Sesimbra, Clube Naval da Ericeira e do PinhalNovense.

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esse dia, pelas 7h da manhã já todos os atletas se encontravam dentro das embarcações, rumo

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ao Cabo Espichel. Após a prova, contagem dos exemplares e atribuição dos resultados, os atletas almoçaram no restaurante panorâmico

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do C.N.Sesimbra num grande convívio com atribuição dos troféus, muitos sorteios de prémios e muita diversão. Foi um convívio memorável.

O vencedor do Troféu foi o Paulo Jorge do C.N.Ericeira seguido por Manuel Salgueiro do C.N.Sesimbra e Armindo Vaz também do C.N.Ericeira.


Notícias do Mar

Notícias Lindley

Lindley instala novamente passadiços flutuantes no rio Tâmega A Lindley, empresa especializada no fabrico, instalação e manutenção de soluções flutuantes para marinas e docas, instalou novamente passadiços flutuantes no rio Tâmega. Baseada em Cascais, faz parte do Grupo Lindley, uma holding que conta com 85 anos de experiência no sector marítimo-portuário e industrial.

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oncluída a primeira fase da intervenção prevê-se a curto prazo o início da segunda fase com as operações de preservação e limpeza de espécies vegetais exóticas e invasoras e a futura expansão de infraestruturas a outras zonas ribeirinhas. A Câmara Municipal de Amarante adjudicou à Lindley o fornecimento e a execução dos passadiços flutuantes instalados na Ínsua dos Frades, na zona histórica de Amarante. Este projecto deu início à primeira fase do Plano de Proteção do Rio Tâmega levado a cabo pelo município e que visa devolver o rio aos amarantinos. O projecto englobou o fornecimento e instalação de dois conjuntos de passadiços flutuantes com troços de 30m e 24m com estrutura em liga de alumínio marítimo, convés em pinho nórdico e flutuadores em polietileno rotomoldado. Os passadiços instalados têm como objectivo facilitar a passagem entre a margem esquerda do Tâmega e a Ínsua e ainda garantir a ligação entre dois pontos da Ínsua. Segundo a autarquia os passadiços estarão disponíveis para utilização entre os meses de Maio e Setembro quando as águas do rio o permitem. A experiência da Lindley em encontrar soluções adaptadas aos requisitos específicos de cada aplicação foi uma mais-valia neste projeto que implicou a escolha de um equipamento ligeiro, facilmente desmontável e simultaneamente apto para o tráfego pedonal; foi também factor decisivo a concepção de um sistema de amarração simples, de acordo com as características fluviais do rio Tâmega, e ainda o projecto dos encontros entre passadiços e terra de modo a que suportassem os esforços de ancoragem. 2016 Outubro 358

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Pesca Desportiva

Pesca Embarcada

Texto e Fotografia: Calvin Tan / Mundo da Pesca

Fixe sem nós! Anilha dos assist duplos

Desta feita pedimos ao aficionado Calvin Tan que nos mostrasse uma das formas mais perfeitas com que pudemos fixar a anilha fechada dos assists duplos à corda. Uma tarefa que dá algum trabalho mas que o resultado final fala por si, não fosse esta solução criação dos grandes mestres japoneses do slow jigging.

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Pesca Desportiva

Material necessário Para realizar esta tarefa precisaremos de kevlar ou qualquer outro tipo de corda específica para realizar assist hooks desde que, e muito importante, que esta seja oca, que não tenha núcleo. De resto, apenas precisaremos de uma agulha para passar a corda, uma tesoura e, claro está, de uma anilha fechada.

Passo a Passo

Corte a corda com o comprimento que deseja, contabilizando que vai fazer um assist duplo.

Dobre a corda ao meio, no local exato onde quer fixar a anilha fechada. 2016 Outubro 358

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Pesca Desportiva

Insira a agulha pelo meio.

Tranque uma das pontas da corda e feche a ponta da agulha, mantendo a anilha nessa laรงada formada.

Como se pode ver, a corda B passa por dentro da corda A. 46

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Pesca Desportiva

De seguida passa-se a agulha por B para passar a corda A por dentro dela. Repare que num dos lados fica uma espĂŠcie de setas viradas para cima e noutro de setas viradas para baixo. 2016 Outubro 358

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Pesca Desportiva

Repita esta tarefa pelo menos 3 vezes para assegurar a segurança do trabalho. Trabalho concluído. 48

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Surf

Circuito Mundial de Bodyboard

Joana Schenker faz história com quarto lugar

Joana Schenker

Atleta de Vila do Bispo iguala melhor resultado de sempre de um bodyboarder nacional. Primeiro ano de participação integral no Circuito Mundial. Campeã nacional e europeia aponta para título mundial em 2017

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Joana Schenker recebe o troféu 52

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oana Schenker é, oficialmente, a quarta classificada do Circuito Mundial de Bodyboard, segundo o “ranking” final da Association of Professional Bodyboarders (APB). Resultado que iguala o melhor de sempre de um atleta português de bodyboard (Catarina Sousa em 2010). Este foi o primeiro ano que Joana Schenker, campeã nacional e europeia em título, correu o circuito mundial na íntegra, pelo que este quar-


Surf

Alexandra Rinder (Canárias), Isabela Sousa (Brasil), JOANA SCHENKER (POR), Neymara Carvalho (Brasil)

no circuito mundial 2016, destacam-se o segundo lugar obtido no Sintra Portugal Pro, em Setembro, e o terceiro lugar na etapa da Nazaré, que terminou segunda-feira, na Praia do Norte.

Refira-se que na etapa de Sintra Joana só foi batida, na final, pela tetracampeã mundial brasileira Isabela Sousa, e que na Nazaré obteve o terceiro lugar ao superar a cinco vezes campeã mundial

Neymara Carvalho, também do Brasil. A este quarto lugar, Joana Schenker poderá ainda juntar a revalidação dos títulos nacional e europeu, cujos “rankings” lidera destacada.

to lugar, assume, foi um desfecho melhor do que o esperado. “Este é um resultado que supera as minhas expectativas. Foi a primeira vez que consegui reunir os apoios necessários para correr o circuito mundial na totalidade, pelo que para o ano, depois deste quarto lugar, sinto que tenho legitimidade em sonhar com a disputa do título mundial”, afirma a atleta algarvia. No percurso de Schenker

Joana Schenker 2016 Outubro 358

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Vela

Campeonato Africano de Vela Optimist

Na baía de Luanda

Angola e Osvaldo da Gama

Campeões de África Disputou-se em Luanda, entre os dias 8 e 13 de Outubro o Campeonato Africano de Vela Optimist, com organização a cargo do Clube Naval de Luanda e da Federação Angolana dos Desportos Náuticos.

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Osvaldo da Gama ronda à frente 54

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stiveram em prova velejadores de Angola, Moçambique, Argélia, Tanzânia, África do Sul, Seicheles, e Zimbábue, num total de 47 atletas. A abertura oficial do Campeonato Africano de Vela Optimist decorreu na marginal da Ilha de Luanda, com todas as equipas representadas. Antes de hasteada a bandeira oficial do campeonato, simbolicamente, uma mistura de águas oriundas dos 7 países em prova, foi depositada no mar. Um gesto simbólico de união entre o continente africano.


Vela

Desfile na marginal da Ilha de Luanda

do Sul e Lourenço Simão da equipa angolana. Na competição feminina, a primeira classificada foi Denisse Parruque, de Moçambique (8ª na classificação ge-

ral), seguida por Chiara Fruet da África do Sul e pela angolana Aline Lourenço. Na competição por equipas, a equipa de Angola saiu vitoriosa. Em segundo lugar

ficou a equipa da Argélia e em terceiro, a equipa de Moçambique. No próximo ano, o Campeonato Africano de Optimist decorrerá no Egipto.

Depois de disputadas 10 regatas, o velejador angolano Osvaldo da Gama sagrou-se campeão africano de Optimist 2016. A seleção de Angola colocou 6 velejadores nos primeiros 10 lugares da classificação geral, no Campeonato Africano de Optimist que decorreu em Luanda, Angola. A última regata, de um conjunto de 10, realizou-se no campo de competição montado ao largo da Ilha de luanda, com vento a soprar de Oeste, a uma velocidade média de 8 nós. A vitória foi decidida na última regata. Osvaldo da Gama alcançou o primeiro lugar na classificação geral, seguido por Matt Ashwell da África

Osvaldo da Gama 2016 Outubro 358

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Vela

Vela nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro

Crónica: José Manuel Leandro (Presidente da FPV)

Reflexão sobre o “BALANÇO OLÍMPICO” No rescaldo dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro 2016, é curioso constatar que nenhum responsável federativo, pelo menos que me tenha apercebido, fez na imprensa um balanço de participação da respetiva modalidade nos jogos olímpicos. Muitos especialistas e comentaristas têm falado e analisado os resultados dos jogos, os objetivos atingidos e não atingidos, mas a questão é saber quem na verdade pode fazer uma verdadeira análise da performance dos atletas.

P

osso afirmar que nenhum jornalista me contactou para opinar sobre a participação nos jogos Olímpicos dos atletas da minha modalidade, apenas o Jornal I disponibilizou um espaço para valorizar a atividade da Vela, o que desde já agradeço publicamente. Li e ouvi variadas vezes que as federações eram as culpadas dos hipotéticos resultados menos bons dos atletas, inclusive que “é preciso, de uma vez por todas, que

exista fiscalização séria, rigorosa e descomprometida ao dinheiro que é entregue a cada federação para o alto rendimento”, Rui Tavares Guedes, Diretor Adjunto da Visão, como se estas já não fossem intensamente fiscalizadas, auditadas e escrutinadas, muito em particular a da Vela, como é sobejamente conhecido. Confesso que tenho mantido o silêncio com algum custo. Sei que se aplica também a outras federações mas, no caso da Federação

Portuguesa de Vela, tudo temos feito para que nada falte aos nossos atletas e mais importante, tudo temos feito para minimizar os estragos, neste particular, provocados por entidades externas ao processo de preparação desportiva. Já o disse e repito, mais do que fiscalizar as federações desportivas, deve ser avaliado todo o sistema desportivo português e com mais propriedade o financiamento público ao Desporto. Se o estado atribui às federa-

José Manuel Leandro - Presidente da Federação Portuguesa de Vela 56

2016 Outubro 358

ções competências públicas de organização e gestão de cada modalidade, os planos e orçamentos de cada federação deveriam ser respeitados e não prosseguir com a imposição de contratos programa leoninos que não são mais do que subsídios atribuídos em prestações mensais e que nos últimos quatro anos até perderam a regularidade relativamente ao montante das verbas atribuídas, colocando as federações em situações ainda mais difíceis pela imprevisibilidade que dai resulta nos seus projetos desportivos. Nos últimos anos o dinheiro do jogo vindo da Santa Casa para financiar o desporto aumentou mas os cortes de financiamento às federações não foram de pequena monta, cerca de um terço no caso da Vela. Se acrescentarmos que grande parte dos custos são fixos ou imprescindíveis na preparação desportiva, podemos imaginar o que estes cortes têm provocado e ainda para mais entregues em prestações mensais. O balanço de um resultado desportivo só é credível em função do processo de preparação dos atletas e o seu enquadramento na própria atividade regular. O processo de financiamento público tem que ser claro e equitativo, e os fundos distribuídos em função das necessidades e do mérito da cada modalidade. O balanço final deve ter em consideração também o comparativo dos apoios financeiros disponibilizados com os outros países contra quem competimos. Acreditem que o pouco dinheiro disponível é mal distribuído e no tempo errado. Ou seja, somos pobres e esbanjadores. Portugal tem feito um enorme esforço no sentido da defesa da verdade desportiva, nomeadamente na luta antidopagem. A falta de equidade e transparência na distribuição dos dinheiros públicos ao desporto não terá igualmente uma influência negativa na verdade desportiva? Ao negar as mesmas oportunidades de preparação aos atletas de cada modalidade não estaremos a subverter todo o sistema? Sem falarmos desta realidade não se podem fazer ” balanços olímpicos” ou outros balanços desportivos com um mínimo de seriedade.


Vela

Programa de Promoção da Vela e do Mar

O Futuro do Mar

Sendo a vela uma actividade com enorme tradição, e por acreditar que o seu futuro está intimamente ligada ao desenvolvimento de uma mentalidade portuguesa virada para o mar, a Federação Portuguesa de Vela decidiu criar o Programa de Promoção da Vela e do Mar (PPVM), para o incentivo e promoção da prática da Vela, como estratégia de promoção do Mar, da cultura náutica, dos postos de trabalho e mercados e da prática desportiva de lazer ou de competição.

O

PPVM engloba um conjunto de projetos/ações que são promovidos pela própria Federação e pelos Clubes, Associações e Escolas de Vela nela filiados. Traduz-se na intenção de criar condições para o alargamento gradual da oferta de atividades náuticas, disponibilizadas a toda a sociedade, individualizando e ajustando a experiência, adequando-a às necessidades, às capacidades e à recetividade de cada grupo. É dado especial enfoque às crianças, idosos e portadores de deficiência, numa perspetiva de exaltar as (desconhecidas) mais-valias da modalidade no que à aprendizagem e à terapêutica diz respeito. O primeiro contacto com a vela e com as suas condicionantes, a consciência da natureza na sua plenitude, a experiência do mar no seu todo, o primeiro contacto com uma embarcação à vela são uma forma comprovadamente eficaz de despertar os sentidos, de encorajar, alimentar a autoestima e desenvolver toda uma panóplia de aptidões ao sabor da uma sensação de liberdade única: velejar. A vela é uma actividade que desenvolve o sentido de partilha e de trabalho conjunto, com grande espírito de equipa e responsabilidade, obedecendo a um conjunto de regras

gente a este nível. A segurança de que esta actividade é apaixonante, de que acarreta consigo uma rotina saudável e terapêutica, onde o tempo é despendido com qualidade e em família, em que se adquirem ferramentas essenciais de formação pessoal e humana, permite afirmar que uma aposta no desenvolvimento da vela, acessível a todos, terá um efeito direto na aproximação ao mar e ao que a ele está intrínseco. No fundo, o PPVM não é mais que a demonstração de que a Vela não quer sonhar o futuro do mar sozinha. muito específicas, desde a segurança ao comportamento cívico. A Vela é uma atividade 100% ecológica, que promove a utilização de recursos naturais como o mar e o vento, que promove a sua defesa e que preconiza, na sua prática, uma boa plataforma de acesso ao ensino do Mar e da cultura que lhe está intrínseca. Assim, pretende o PPVM, através da gestão/coordenação da Federação Portuguesa de Vela, garantir os meios adequados para a realização das demais atividades de promoção que possam ser protagonizadas pelas entidades associadas, nomeadamente Batismos de Mar, garantir que estas decorrem em segurança, criando postos de trabalho adequados ao apoio de que os clubes/associações/escolas de vela carecem. Pretende também apoiar as atividades de promoção e divulgação da vela e do mar, criando as condições necessárias para o desenvolvimento das atividades sem quaisquer condicionamentos, permitindo a participação de todos os eixos e segmentos, com especial atenção às ações de promoção desenvolvidas nas escolas e/ou associações de cariz social. É também essencial dotar a vela com material didático atualizado e atrativo, capaz de responder a uma geração cada vez mais exi2016 Outubro 358

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Vela

Campeonato da Europa de Juniores de Snipe

Fotografia: RCR Santiago de la Ribera - Pep Portas

Mafalda e Tomás Pires de Lima Vice-Campeões Europeus

A dupla Mafalda Pires de Lima/Tomás Pires de Lima sagrou-se vice-campeã da Europa de Juniores da classe Snipe, em prova realizada em Santiago de la Ribera, Espanha.

O

s irmãos do Clube de Vela Atlântico triunfaram em duas das 9 regatas disputadas e terminaram a competição a dois pontos dos vencedores, os espanhóis Enric Noguera/Marc Capo. António Lopez Montoya/Gregorio Belmonte, de Espanha, ficaram com o bronze. Depois dos Juniores realizouse o Europeu absoluto. Mafalda Pires de Lima/Tomás Pires de Lima foram os portugueses mais bem classificados, tendo acabado no 14º lugar. Diogo Pereira/ Gonçalo Ribeiro foram 18º, Miguel Guimarães/Fausto Neves terminaram em 20º. Pedro Barreto/Sofia Barreto finalizaram em 21º e Rita Leal Faria/António Barros em 53º. Miguel Graça/Teresa Inácio quedaram-se pelo 68º posto, António Viegas/ Francisco Maurício foram 76º, Domingos Borralho/Luís Oliveira foram 78º. Luís Queiroz/António Pereira concluíram em 82º e José Pinheiro/Catarina Pinheiro em 94º. Pedro Pontes/Paulo Barbosa em 99º e Pedro Campos/António 58

Vieira em 100º encerraram a participação nacional em águas de

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Santiago de la Ribera. Os espanhóis Gustavo del Castillo/Rafael

del Castillo conquistaram o título europeu.


Vela

Campeonato do Mundo da Juventude

Seleção Convocada para a Nova Zelândia A Federação Portuguesa de Vela fez a convocatória da seleção nacional que marcará presença no Campeonato do Mundo da Juventude, que decorre de 14 a 20 de Dezembro, na Nova Zelândia.

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rancisco Maia/ Rui Oliveira (420 masculino), Mafalda Pires de Lima/Catarina Coelho (420 feminino), Henrique Brites (Laser Radial masculino) e Federica Franchi (Laser Radial feminino) serão os velejadores que representarão Portugal. Pedro Rodrigues será o Team Leader e Miguel Andrade vai ser o treinador que acompanhará os

Francisco Maia & Rui Oliveira

de alto rendimento. Toda a equipa esteve na Athletika na passada sexta-feira para uma apresentação formal e realização de testes médicos . A acompanhar a seleção em Portugal estão o médico Arnaldo Abrantes, o psicólogo Miguel Lucas, a nutricionista Mónica Neves, os fisioterapeutas Ricardo Paulino e Yoan Pereira e os massagistas Norberto Fonseca e Joana Morais. Menção também aos médicos Sofia Oliveira e Duarte Mourão da Clínica Dentária MediCatarina por todo o acompanhamento da saúde oral dos nossos jovens atletas.

Laser. No âmbito da convocatória a Federação Portuguesa de Vela iniciou um trabalho com a clínica Athletika com o objetivo de apoiar a preparação da seleção, e tendo em vista a celebração futura de um protocolo que abranja todos os velejadores federados (com descontos em todos os serviços) assim como outras condições especiais aos velejadores Mafalda Pires de Lima

Federica Franchi

Henrique Brites 2016 Outubro 358

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Vela

Troféu Milaneza Campeonato Regional de Cruzeiros

Milaneza Campeão Regional Norte

O

Milaneza, de Rui Amorim, venceu o Troféu Milaneza – Campeona-

to Regional de Cruzeiros de ORC. A prova foi disputada em Leixões e teve organização do Clube de Vela Atlântico.

No total, foram disputadas quatro regatas com o Milaneza a superiorizar-se ao Wine Deck, de José Carlos Pestana de Vas-

Clube Náutico de Almada

III Regata do Ambiente A

III Regata do Ambiente, organizada pelo Clube Náutico de Almada, contou com a participação de mais de 30 embarcações que competiram em ORC e ANC. Em ORC, triunfo do Funbel - Nacex, de António Noronha, que se superiorizou ao Pede Vento, de Rui Ferreira e ao Emotion, de João Paulo Nunes. O Atchim, de Luís Charola, venceu em ANC A, com o Gianzo, de João Silveira, e o Vira Ventos, de José Pereira, a serem 2º e 3º classificados. O Indian Summer, de Luís Santos, foi o primeiro em ANC B, deixando o Breeze, de Miguel Lopes, e o Feng Shui, de Rui de Carvalho, com os restantes lugares de pódio. Em ANC D, vitória do Blangai, de Nuno Alves. O Maião, de José Oliveira, foi segundo e o Seal I, de José Pereira da Silva, terceiro. Finalmente, em ANC E, o Alta Pressão, de Paulo Paixão, o Masty III, de Luís Guerra e o Ares, de José Nobre, foram os três primeiros.

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concelos. A terceira posição foi para o Plano B, de Nuno Amado, que recentemente se sagrou bicampeão de Portugal.


Vela

RC44 Cascais Cup 2016

Artemis Racing Vence em Cascais

Fotografia: Pedro Martinez/Martinez Studio

O Artemis Racing, do sueco Torbjorn Tornqvist, venceu a RC44 Cascais Cup, penúltima das 5 etapas que compõem o calendário da classe, que teve a organização do Clube Naval de Cascais.

O

Team Ceeref, do esloveno Igor Lah, ficou em segundo lugar, a 1 ponto do vencedor, em terceiro ficou o Team Nika, do russo

Vladimir Prosikhin, a dois pontos do barco sueco. Na classificação geral do Match Racing do RC44 Championship Tour e após 4 provas disputadas, o Team Nika, do russo Vladimir

Prosikhin, está em primeiro lugar, seguido pelo Artemis Racing, do sueco Torbjorn Tornqvist e na terceira posição, mais uma tripulação russa, o Team Bronenosec de Vladimir Liubomirov.

Na geral do circuito de RC44 em regatas de frota, lidera o Team Ceeref , com oTeam Aqua e o Artemis Racing a serem segundo e terceiro, respectivamente.

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Notícias do Mar

Últimas EGNOS 52 Super Series Cascais Cup

Azurra vencedor da Cascais Cup

A

zurra vence o EGNOS 52 Super Series Cascais Cup, que terminou no passado dia 15 de Outubro, e Quantum é o Grande Vencedor do 52 Super Series 2016 Desde 2010 que os competitivos TP52 visitam a costa atlântica de Cascais e, em 2016, o Clube Naval de Cascais voltou a ser o local de eleição dos promotores da classe 52 Super Series, para a realização de um dos mais importantes circuitos do mundo, o EGNOS 52 Super

Series Cascais cup, que se realiz de 11 a 15 de Outubro. Cascais foi a 5ª e última etapa deste circuito de regatas à vela em monocasco, internacionalmente premiado e reconhecido, que renasceu das cinzas do TP52 MedCup que terminou em 2011. Com as duas primeiras etapas disputadas em Itália (Toscânia e Sardenha), e a terceira e a quartas realizadas em Espanha (Maiorca e Menorca), ficou a grande final agendada para Cascais, onde os novos campeões forão coroados. Cada evento, com duração de 5

dias, é composto por 10 provas, com 8 a 10 regatas no total O último dia do EGNOS 52 Super Series Cascais Cup teve um sol fantástico e vento moderado de sul com cerca de 12 nós, condições atmosféricas favoráveis à prática da Vela que permitiram às equipas realizarem as duas regatas e cumprirem na íntegra o programa previsto. O Quantum Racing de Doug DeVos venceu a primeira regata do dia, seguido do Platoon de Harm Müller-Spreer, em segundo lugar e o Azurra terminou na

terceira posição. Na segunda regata, o Azurra ficou com a primeira posição seguido do Quantum e do Sled que ficaram na segunda e terceira posições, respetivamente. No cômputo geral, o Azurra do italiano Alberto Roemmers, vencedor do 52 Super Series 2015, é o grande vencedor da Cascais Cup, quinta e última etapa do 52 Super Series de 2016, com 19 pontos. No segundo lugar, com uma diferença de 8 pontos, fica o Quantum Racing, imediatamente seguido, pelo Sled que ficou no terceiro lugar do EGNOS 52 Super Series Cascais Cup. Mas, o grande vencedor é o Quantum que se consagrou campeão do 52 Super Series 2016, no Clube Naval de Cascais, entidade que organizou a 5ª e última etapa deste circuito, internacionalmente premiado e reconhecido como o mais importante circuito de monocasco do mundo. O Clube Naval de Cascais conta com o alto patrocínio da Câmara Municipal de Cascais e com o promotor GroupM. Este ano, conta igualmente com o apoio da Volvo, LG, Vista Alegre, Sagres e Simões e Gaspar. Os media partners são a JC Decaux, TVI24 e a Rádio Comercial.

Director: Antero dos Santos – mar.antero@gmail.com Director Comercial: João Carlos Reis - noticiasdomar@media4u.pt Colaboração: Carlos Salgado, Gustavo Bahia, Hugo Silva, José Tourais, José de Sousa, João Zamith, Mundo da Pesca, Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas, Federação Portuguesa de Jet Ski, Federação Portuguesa de Motonáutica, Federação Portuguesa de Pesca Desportiva do Alto Mar, Federação Portuguesa Surf, Federação Portuguesa de Vela, Associação Nacional de Surfistas, Big Game Club de Portugal, Club Naval da Horta, Jet Ski Clube de Portugal, Surf Clube de Viana, Associação Portuguesa de WindSurfing Administração, Redação: Tlm: 91 964 28 00 - noticias.mar@gmail.com

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