Notícias do Mar n.º 355

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Fotografia: Ricardo Pinto/Cascais Vela

2016 Julho 355

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Vela

Clube Naval de Cascais

Ano Cheio de Vela Internacional em Cascais A começar em finais de Agosto com o Mundial de SB20 seguindo-se a RC44 Cascais Cup em Setembro e fechando em Outubro com os TP52 SuperSeries, o Clube Naval de Cascais impõe-se com o seu alto nível de organização como um destino europeu seguro para a vela internacional mais competitiva.

O

Clube Naval de Cascais foi fundado em 1938 e, desde o seu nascimento, assumiu um papel de relevo no desenvolvimento dos desportos náuticos em Portugal, com especial destaque na Vela, tornando-se num dos Clubes Náuticos mais prestigiados em Portugal. Em 2013 celebrou o seu 75º 2

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Aniversário e foi agraciado pelo Presidente da República com a atribuição do título de Membro Honorário da Ordem do Infante Dom Henrique. A festa da vela em Cascais tem início em 26 a 28 de Agosto com a clássica Cascais Vela 2016, prova rainha do CNC, que se disputa pela 16ª vez e inclui várias classes, este ano, pela primeira

vez, também a classe SB20. E em virtude do campeonato mundial desta classe ter inicio imediatamente a seguir ao final do Cascais Vela, torna-se assim o préevento do mundial. Como estão já confirmadas as presenças de cerca de 100 barcos e mais de 4 centenas de velejadores e respetivos acompanhantes, durante os três dias de

evento, vai ser grande a animação a Cascais, principalmente porque a festa da vela não se faz apenas no mar, dado que a tradição manda que o programa social seja, por si só, um atractivo para todos os participantes e convidados, o Clube Naval de Cascais organiza um Jantar Oficial para cerca de 450 convidados e culmina com a célebre festa


Fotografia: Nico Martinez/Martinez Studio

Vela

Os TP52 em Cascais “Bye-Bye Summer”, que comemora o final do verão em Cascais, com cerca de 3.000 convidados. Campeonato do Mundo de SB20 A organização do Campeonato do Mundo de SB20, um barco criado e desenhado pelo arquitecto português Tony Castro, é mais uma vez um evento que será motivo de orgulho para o CNC, para o concelho de Cascais e para o país, trazendo ao campo de regatas da baía

Largada do Cascais Vela em 2015 - foto de Ricardo Pinto 2016 Julho 355

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Vela

mais de 300 Velejadores e 600 acompanhantes. A agenda social do evento é preenchida com a realização de “Happy hours” diárias, com um Jantar oficial a culminar com a Cerimónia de entrega dos prémios.

Cascais Vela 2016 inclui diversas classes

os melhores praticantes a nível mundial desta classe. Durante sete dias, de 29 de Agosto a 4 de Setembro, estarão em prova 80 embarcações, em representação

de 10 Países, Alemanha, Austrália, França, Grã-Bretanha, Itália, Holanda, Irlanda, Portugal, Rússia e Suíça. Como seria de esperar num evento desta dimen-

são, disputarão o campeonato os maiores nomes da classe SB20, entre os quais se encontram tripulações consagrados de velejadores portugueses. Esperam-se

RC44 Cascais Cup 2016 Pela 5ª vez consecutiva, o Clube Naval de Cascais recebe a Classe RC44. O retorno dos RC44 a Cascais promete voltar a ser em 2016, um dos momentos mais altos da época de uma das mais competitivas classes de monocascos one design do momento, à semelhança do campeonato do mundo no ano transacto. Com presença assídua de alguns dos profissionais de topo da alta competição a nível mundial, os cinco dias de regatas seguramente serão marcados por uma extrema competitividade.

Regata do Cascais Vela em 2015 - foto Ricardo Pinto 4

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Vela

Regata de SB20 em Cascais

Este ano o Mundial de SB20 será em Cascais

O Clube Naval de Cascais será o anfitrião da penúltima das 5 etapas que compõem o calendário da Classe RC44, e a qual, este ano, visitará Cascais de 21 a 25 de Setembro, com uma frota de 11 barcos, oriundos de 6 países, Eslovénia, França, Grã-Bretanha, Mónaco, Rússia e Suécia. Antevendo-se uma semana plena de ação, emoção e atividades, graças à sua invejável reputação, assente no facto de, por tradição, oferecer ventos e ondulação ideais para a prática da vela, o campo de regatas de Cascais, em pleno oceano Atlântico, é um dos favoritos dos 150 velejadores dos RC44, confessos apreciadores, também, da hospitalidade, da boa mesa e da notável agenda social que marcam todas as organizações do Clube Naval de Cascais. Cascais 52 SuperSeries Em Outubro, Cascais volta a ser o local de eleição dos promotores da 52 SuperSeries. Esta Classe conta com os melhores velejadores do mundo e desde 2010 que os competitivos veleiros TP52 visitam a costa atlântica de Cascais. Esta prova, organizada pelo Clube Naval de Cascais tem por hábito proporcionar tudo o que se

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Fotografia: Pedro Martinez/Martinez Studio

Vela

Regata de RC44 em Cascais

tadas por 11 barcos, 170 velejadores, oriundos de 8 países, Alemanha, E.U., França, Grã-Bretanha, Itália, Rússia, Suécia e Turquia. A competição teve início no final de Maio, na Toscana, a que se seguirão as etapas a disputar na Sardenha, em Maiorca e em Menorca, estando a grande final agendada para Cascais, onde os novos campeões de 2016 serão coroados.

Vão participar na RC44 onze veleiros

Fotografia: Nico Martinez/Martinez Studio

espera de uma competição deste nível, oferecendo nomeadamente excelentes condições para a prática da vela e um ambiente de referência, ideal para fomentar o convívio entre atletas, organizadores, convidados e adeptos da modalidade. A frota para 2016 manterse-á em plano superior, esperando-se que as regatas que compõem o calendário para este ano sejam dispu-

Fotografia: Pedro Martinez/Martinez Studio

O SB20 é um barco desenhado por Tony Castro

O campeão dos 52SS será coroado em Cascais 6

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Notícias do Mar

Economia do Mar

Arrasto de fundo proibido a mais de 800 metros União Europeu traçou o limite para o arrasto de fundo a mais de 800 metros no acordo realizado em 30 de Junho, entre o Parlamento Europeu, o Conselho de Ministros e a Comissão Europeia

A

s organizações relacionadas com a conservação do mar acolhem este acordo, acerca das disposições fundamentais da nova regulamentação da União Europeia (UE) sobre a pesca de profundidade, que inclui uma exclusão da pesca de arrasto de fundo em profundidades superiores aos 800 metros, permitindo fechar áreas onde a existência de ecossistemas marinhos vulneráveis é co8

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nhecida ou provável. O acordo acontece quase quatro anos depois de a Comissão publicar uma proposta para a nova regulamentação da pesca de profundidade no nordeste Atlântico e dois anos depois de o Parlamento acordar a sua posição. O Luxemburgo, que deteve a presidência rotativa da UE durante o segundo semestre de 2015, recebeu mandado do Conselho dos 28 ministros das pescas em Novembro para

Restos de rede a 968 metros


Notícias do Mar

Arrastão com coral do fundo

“Apelamos vigorosamente à implementação da regulamentação assim que esta esteja formalmente adotada e encorajamos a UE a continuar a trabalhar com países terceiros no reforço da proteção dos ecossistemas marinhos profundos em águas internacionais e no estabelecimento de limites de captura e de pesca acessória

suportados cientificamente para as pescarias de profundidade no Nordeste Atlântico”. “Centenas de cientistas e centenas de milhares de cidadãos da UE exigiram o estabelecimento de limites para o arrasto de fundo de profundidade destrutivo para os fundos marinhos,” declarou Uta Bellion, diretora do programa marinho

Europeu da The Pew Charitable Trusts. “Saudamos a decisão do Conselho e Parlamento em dar especial atenção a este pedido, agradecemos à Comissão a sua aposta na conservação do oceano profundo e congratulamos as presidências do Luxemburgo e a Holanda por terem conseguido este acordo”. Espera-se que o Parla-

Arrasto a grandes profundidades iniciar negociações com o Parlamento e a Comissão. As discussões foram agora concluídas durante a presidência da Holanda, assumida em Janeiro. “Este acordo traça o caminho para atingir os compromissos feitos pela UE na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) e para a sua aplicação na proteção dos ecossistemas marinhos de profundidade nas águas da UE,” disse Matthew Gianni da Coligação para a Conservação dos Fundos Oceânicos (Deep Sea Conservation Coalition - DSCC).

Peixe das profundidades capturado nas redes 2016 Julho 355

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Notícias do Mar

Algumas das espécies ameaçadas de extinção pela pesca de arrasto

mento Europeu e o Conselho adotem a versão final da regulamentação até ao fim do ano. A Coligação para a Conservação dos Fundos Oceânicos (DSCC) é uma coligação com mais de 70 organizações nãogovernamentais ambientais, organizações de pescadores e institutos de política e direito empenhadas em proteger os

fundos oceânicos. A The Pew Charitable Trusts é movida pela força do conhecimento para resolver os problemas mais exigentes da atualidade. A UE tem uma das maiores frotas de pesca de profundidade do mundo. Arrastões de fundo arrastam gigantescas e pesadas redes pelo fundo marinho

destruindo corais de profundidades, esponjas e outros habitats vulneráveis que se desenvolvem durante milhares de anos e cuja destruição compromete a capacidade dos ecossistemas profundos para sequestrar o dióxido de carbono da atmosfera. A atual regulamentação para a gestão das pescas

de profundidade da UE falhou no objetivo de manter os stocks de profundidade dentro dos limites biológicos de segurança e recuperar alguns das populações mais reduzidas de peixes da região. Também falhou na proteção dos ecossistemas marinhos profundos vulneráveis das práticas mais destrutivas. Nume-

Arrastão com saco na água 10

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Notícias do Mar

rosos artigos e relatórios científicos têm vindo a identificar o arrasto de fundo como a maior ameaça para os ecossistemas associados aos corais e esponjas de profundidade. A proibição do arrasto de fundo a profundidades superiores a 800 metros é um compromisso atingido entre

legisladores que rejeitaram qualquer forma de proibição de arrasto de fundo e aqueles que apoiavam a proibição para além dos 600 metros, que de acordo com a comunidade científica, seria mais efetiva na proteção dos ecossistemas vulneráveis e conservação das espécies em profundidade.

Este peixe não se pde capturar por estar em extinção 2016 Julho 355

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Náutica

Teste Capelli Tempest 775 Sun com Yamaha F225

Texto e Fotografia Antero dos Santos

Equipado para Plena Satisfação no Mar

O novo Capelli Tempest 775 Sun que testámos no passado dia 7 de Julho em Portimão, com o motor Yamaha F225 montado, mostrou bem a preocupação do estaleiro italiano Capelli, desenvolver um semi-rígido que desse a máxima satisfação aos clientes no mar.

O

convite para o teste partiu da Yamaha Motor Europe e da PortiNauta, do grupo Angel Pilot, concessionário Yamaha e importador exclusivo do estaleiro Capelli. A gama actual dos Tempest é composta por 17 12

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modelos desde os 4,22 aos 10,02 metros de comprimento. Capelli Tempest 775 Sun para uso polivalente O Tempest 775 Sun, com 7,75 metros de comprimen-

to, ultrapassa bem a marca dos seis metros, a partir da qual uma embarcação no mar, quanto maior mais segura e confortável a navegar. Para este modelo o estaleiro introduziu características para aumentar um uso polivalente com boa resposta na satisfação no mar,

quer se vá apenas passear, ou fazer umas jornadas de pesca, pesca submarina, mergulho ou ski. Para isso é importante o barco dispor de boa arrumação dos equipamentos e poder guardar açafates com peixe. E este barco responde bem a essas exigências.


Náutica

Banco do piloto

para seis copos, garrafas ou latas de bebidas. Mesmo com o barco em andamento, as bebidas vão bem encaixadas. No posto de comando, o banco do piloto é duplo e permite a condução deste em pé ou sentado, com os pés apoiados num apoio em

madeira. A consola de condução tem um para-brisas em acrílico e comporta os comandos, o painel eléctrico, o display do sistema electrónico de acelerador e engrenagem “drive-by-wire” do motor e uma bússola. Para arrumações dentro, a consola tem

Capelli Tempest 775 Sun Clássico nos Capelli é a boa incorporação dos equipamentos e acessórios no design elegante italiano do Tempest 775 Sun e a distribuição dos espaços, com o posto de condução ao meio, á frente a área dos banhos de sol e atrás a zona de convívio e dos piqueniques. Dentro de água a entrada para o barco é por bombordo, através da escada de banhos e pela passagem para o poço junto ao ban-

co da popa. De modo fácil e sem incomodar ninguém entra-se para o barco. O poço é a área de convívio e conforto O banco da popa é em U e quando chega o momento dos piqueniques levantase uma mesa em madeira que está fixada nas costas do banco encosto do piloto e que tem no topo encaixes

Posto de comando 2016 Julho 355

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Náutica

Motor Yamaha F225 E

ste motor pertence à nova geração dos Yamaha de alta cilindrada, incorporando as melhores tecnologias desenvolvidas pelos engenheiros da marca. Construídos com componentes fabricados com materiais mais leves e resistentes, são motores compactos com um desempenho de grande eficiência e elevada potência. O Yamaha F225 tem 4.169 cm3 de cilindrada, V6 a 60º, dupla árvore de cames à cabeça (DOHC) e 24 válvulas. Os cilindros foram construídos com uma nova tecnologia, por um processo de fusão de plasma nas paredes do cilindro, ficando 60% mais resistentes do que o aço, oferecendo menor peso, menos fricção e melhor arrefecimento. O motor conjuga dois sistemas, o EFI, injecção electrónica de combustível, e o VTC, árvore de cames variável, com os quais consegue um desempenho mais ecológico e suave, a máxima eficiência de combustível e um arranque muito rápido. Este motor tem o sistema electrónico de acelerador e engrenagem “drive-bywire”com o controlo das rpm. As funções deste sistema são lidas num display que mostra todos os manómetros digitais em rede. Também se podem ajustar as rpm em segmentos de 50 rpm, entre as 600 e as 1.000 rpm, para manter velocidades lentas e usar igualmente na pesca ao corrico. O motor incorpora também o sistema anti roubo YCOP, exclusivo Yamaha de segurança e imobilizador, de comando à mão.

Porão sob o banco da popa 14

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Bancos à popa

duas portas estanques. Amplo espaço de solário À frente a área está reservada para o relax e os banhos de sol com um amplo espaço para se sentar ou ampliar em solário numa forma de triângulo, com confortáveis

almofadas. Na proa um largo cabeçote está colado sobre os tubos. Este cabeçote tem o porão para a corrente e para o cabo de fundear, o descanso para o ferro que vai bem preso na proa e um cunho de amarração em aço inox de cada lado.

Solário à frente


Náutica

O barco teve um desempenho confortável

Neste Tempest 775 destacamos ainda a facilidade de arrumar tudo o que se traz para bordo. À frente existe um enorme porão sob o solário, cuja tampa se abre bem e fica fixa com dois amortecedores hidráulicos. Sob o banco da popa existe também um enorme porão, igualmente com dois amortecedores hidráulicos na base do banco, para se abrir sem esforço. Devemos salientar que o Tempest 775 Sun tem colados nos tubos do lado de fora, ao meio e junto ao banco da popa, de cada lado, cunhos de amarração que servem para amarrar o barco aos pontões ou prender defensas. Os tubos são em Neoprene/ Hypalon Os tubos são construídos

O Yamaha F225 equipava o Tempest 775 Sun 2016 Julho 355

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Náutica

Casco em V profundo e com ligeiros túneis laterais de estabilidade

em frio em Neoprene/Hypalon, fabricado pela Orca e com 1670 detx e colados ao casco por fora e por dentro, para aumentar a robustez do barco e eliminar as vibrações nos tubos com o barco em andamento O casco tem um V bas-

tante profundo e incorpora de cada lado dois robaletes e um ligeiro túnel de estabilidade até à popa. Os aficionados da pesca podem fixar no roll-bar os indispensáveis porta canas No que respeita a equipamentos standard, este Tem-

Porão sob o solário 16

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pest 775 Sun apresentou-se com direcção hidráulica, rollbar em aço inox, toldo, duche de popa com depósito de água doce com 60 litros, Para os que querem dotar este barco com mais apoios, na lista de acessórios encontram-se também um frigorífi-

co de 38 litros, um fogão a gas e uma torre de ski. Espantosas performances no teste Logo no arranque, quase instantâneo, confirmámos que o poderoso Yamaha

Mesa para os pequeniques


Náutica

Solário

F225 estava bem adequado ao Tempest 775 Sun. O barco dispõe de um tipo de casco que facilita a saida da água e ainda com o apoio dos tubos atrás, em apenas 1,36 segundos estávamos a planar. Também graças ao casco do Tempest 775 Sun e o elevado binário do Ya-

maha F775, no teste de aceleração às 5.000 rpm atingimos 28 nós em apenas 5,31 segundos. O mar em Portimão fora da barra, estava com uma ligeira agitação provocada por uma brisa de Sueste que nos permitiu, mesmo assim, acelerar até às 5.700 rpm e

O ferro vai encaixado à proa

a velocidade foi de 40,2 nós. Se o mar estivesse calmo, com a ajuda do trim subíamos certamente mais uma ou duas rotações e a velocidade máxima seria de 42 nós. Para navegar no mar raramente se utiliza a velocidade máxima. Mais importante é a

velocidade de cruzeiro com a qual se consegue navegar maior distância e com maior economia de combustível. A velocidade de cruzeiro económica que fizemos foi às 4.000 rpm a navegar a 25/26 nós. Testámos ainda a velocidade mínima do barco a

A curvar com máxima segurança 2016 Julho 355

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Náutica

O Tempest 775 Sun permite uma utilização polivalente

planar, que nos indica o tipo de casco e a facilidade do barco descolar da água. E o mínimo foi de apenas 8,4 nós às 2.300 rpm. Salientamos ainda o teste do desempenho do barco no mar, cortando a água um pouco agitada com conforto para os passageiros, graças ao V profundo do casco, mesmo quando já ía nos 40 nós. Também devido ao casco que tem o Tempest 775 Sun curva com a maior segurança, adornando até se apoiar lateralmente nos tubos. Fizemos curvas apertadas a 23 nós, com o barco sempre muito agarrado à água e nem salpicou para dentro.

Conduzir este barco é um enorme prazer, porque vai-se bem sentado ou em pé numa boa posição de condução e não se faz qualquer esforço, devido à direcção hidráulica. Para finalizar destacamos a facilidade de circulação da popa para a proa, a elevada comodidade dos assentos e a polivalência de utilização, devido à excepcional capacidade de arrumação. A opção dos motores de 250 HP ou de 225 HP depende do número de passageiros que eventualmente possam lotar o barco. Só com o barco muito carregado se justifica os 250 HP.

Nos tubos estão colados dois cunhos de amarração de cada lado 18

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Características Técnicas Comprimento

7,75 m

Boca

3,00 m

Diâmetro dos tubos max.

0,65 m

Peso

1.350 Kg

Lotação

22

Potência máxima

250 HP

Certificado CE

B

Tubos

Neoprene/Hypalon Orca 1670 detx

Motor em teste

Yamaha F225

Preço barco/motor

a partir de 68300€+ IVA.

Performances Tempo para planar

1,36 seg.

Aceleração até às 5.000 rpm

28 nós em 5,31 seg.

Velocidade máxma

40,2 nós às 5.700 rpm

Velocidade de cruzeiro

25/26 nós às 4.000 rpm

Velocidade mínima a planar

8,4 nós às 2.300 rpm

2.500 rpm

9,7 nós

3.000 rpm

14,5 nós

3.500 rpm

20,6 nós

4.000 rpm

25,5 nós

4.500 rpm

30 nós

5.000 rpm

34,7 nós

5.500 rpm

39,6 nós

5.700 rpm

40,2 nós

Importadores e Distribuidor Porti Nauta Grupo Angel Pilot Complexo dos Estaleiros Navais, Lote E - 8400 - 278 Parchal – PortimãoEst Telm: 91 799 98 70 - info@angelpilot.com - www.angelpilot.com Yamaha Motor Europe N.V. Sucursal em Portugal Rua Alfredo da Silva, nº 10 2610-016 Alfragide Tel.: 21 47 22 100 Fax: 21 47 22 199 www.yamaha-motor.pt


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Notícias do Mar

Mar dos Pequeninos

Cientistas de Palmo e Meio Investigam

Sobre a Conservação dos Oceanos. E se as aulas do dia de hoje fossem numa sala diferente? Longe dos cadernos e lápis do ambiente familiar da escola. Oito centenas de alunos do ensino básico aceitaram o desafio de ser “pequenos cientistas” e trocaram a sala de aulas por um laboratório do IPMA, Instituto Português do Mar e da Atmosfera, em Algés.

A curiosidade no contacto com a ciência

O

”Mar dos Pequeninos” é o projecto de divulgação de ciência para alunos dos 6 aos 12 anos, no qual investigadores de 7 laboratórios do IPMA-Algés desafiam crianças a realizar experiências relacionadas com o seu trabalho. Esta iniciativa inovadora no país, dá aos petizes a oportunidade de realizarem actividades únicas, tão diversificadas como: ver o interior dos peixes da nossa costa, estudar a biodiversi20

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Um dia ao Pré-Escolar

dade marinha, observar os ‘bebés’ dos animais do mar ao microscópio, ver os parasitas dos peixes, compreender como o oceano pode ficar mais ácido, fazer e provar salsichas de peixe ou determinar a quantidade de ácidos gordos na sardinha. Todas estas actividades são interactivas, sendo que são os próprios meninos que manuseiam os tubos de ensaio, os bisturis e as pinças, e trabalham num ambiente que é usualmente exclusivo dos investigadores. Deste modo,


Notícias do Mar

Os bebés dos animais do mar

fomenta-se o espírito científico nas crianças e alerta-se para a problemática da sustentabilidade dos recursos marinhos e da conservação dos oceanos. O Mar dos Pequeninos é a componente do IPMA/Escolas dedicada ao primeiro ciclo, sobre o tema do mar. São um grupo de 59 investigadores que a título voluntário desenvolve actividades, para mostrar a ciência que se faz no IPMA. O IPMA/Escolas está distribuído por vários locais em Portugal e nas Ilhas: Lisboa/ Aeroporto, Algés, Matosinhos, Tavira, Açores e Madeira. Durante o ano lectivo 2015/2016 às sextas-feiras na parte da manhã, procederam-se visitas dos alunos aos laboratórios, com uma duração de 2 horas. Durante cada um destes períodos, receberam-se duas turmas, até um total de 60 alunos, acompanhados com os respectivos professores/educadores. Qualquer das turmas realizou experiências em

Alunos do Colégio O Bosque dos Olivais 2016 Julho 355

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Notícias do Mar

Trabalho dos alunos da Rebelva

dois laboratórios diferentes, alternadamente. Durante o ano lectivo estiveram um total de 875 alunos em 20 sessões nos Laboratórios do IPMA e houve ainda 7 sessões fora do IPMA em Escolas onde os investigadores realizaram actividades lúdicas, de temáticas marinhas. Da parte dos professores que acompanharam os alunos neste projecto do IPMA, a resposta foi sempre de grande entusiasmo, considerando a experiência proporcionada pelos investigadores do Instituto Português do Mar e da Atmosfera a título voluntário, única e marcante para a vida dos seus petizes. A visita ao IPMA contado por uma criança 22

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Marta Rufino, coordenadora do projecto “Mar dos


Notícias do Mar

Um trabalho para desenvolver

Alunos da Escola Artur Bual da Amadora

Adolescentes da Escola Básica D. António da Costa 2016 Julho 355

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NotĂ­cias do Mar

Alunos da Escola Paulino Montez dos Olivais

Alunos da Escola Moinhos da Funcheira 24

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Notícias do Mar

Pequeninos” diz: “A nossa experiência deste último ano demonstra este tipo de acções, para além do impacto na sociedade que é o motor deste projecto, tem tido um excelente impacto na instituição, a todos os níveis. De parte dos alunos e professores com quem partilhámos este desafio, a resposta não poderia ter sido mais positiva e encorajadora. Vários mencionaram que a experiência que estamos a proporcionar aos meninos é única e marcante para o resto das suas vidas. É para nós muito estimulante promover esta relação com o mar nas camadas mais jovens da população. Apesar do trabalho extra que representa para os investigadores a titulo

voluntário, muitos referem que sentem que ficam com as energias renovadas depois de estar com os meninos. Nota-se um grande orgulho no projecto, por parte dos colegas que participam, sendo que tem sido uma experiência muito enriquecera para todos. Do ponto de vista humano, o projecto tem reforçado as ligações entre os diferentes grupos de investigação do IPMA. Do ponto de vista científico também tem sido muito interessante, pois por um lado as crianças colocam questão sobre novas perspectivas, por outro o desafio de explicar conceitos complexos a meninos de 7 anos, também nos faz compreender melhor os processos e torna-nos melhores comunicadores.”

Aprender a observar

Mesa preparada para receber as crianças 2016 Julho 355

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Notícias do Mar

Economia do Mar

Simplificar a Facturação e Aumentar a Actividade Portuária Acompanhada por dois Ministros, da Defesa Nacional e da Saúde, a Ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, lançou em Sines a Factura Única Portuária por Escala de Navio inaugurou um entreposto frigorífico e acompanhou os projectos para os novos negócios que se perspctivam para o porto de Sines.

A

A ministra do Mar, Ana Paula Vitorino a apresentar a Factura Única Portuária em Sines 26

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Factura Única Portuária representa por Escala de Navio, inserida no Programa Simplex 2016, é um importante passo no processo de simplificação administrativa e de maximização dos recursos tecnológicos, enquanto sistema que agrega a facturação de todas as entidades públicas prestadoras de serviços aos navios, no acto de despacho de largada. Na prática, enquanto no passado cada escala de navio implicava a emissão de cinco facturas em papel, da Autoridade Portuária, Autoridade Marítima, Autoridade Aduaneira, Autoridade Sanitária e Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, todas em formatos diferentes e com cinco prazos de pagamento, o novo sistema, a FUP, apenas vai necessitar que exista uma factura digital e um único prazo de pagamento. Para Ana Paula Vitorino, “Esta medida tem evidentes vantagens para os armadores, com importantes impactos na redução


Notícias do Mar

de custos administrativos e de contexto e ainda ganhos económicos relevantes. Uma iniciativa que implicará a redução direta dos custos por escala de navio, estimando-se uma economia de cerca de 600.000 folhas de papel por ano e prevê-se ainda uma redução de emissões de dióxido de carbono (CO2) superior a 9 toneladas por ano.” Inauguração de Entreposto Frigorífico Ana Paula Vitorino presidiu à cerimónia de inauguração do novo entreposto frigorífico do Porto de Sines, num evento que contou ainda com a presença de João Franco, presidente da Administração dos Portos de Sines e do Algarve do Presidente da Câmara Municipal de Sines, Nuno Mascarenhas, e de Manuel Cabrera – Kábana, Diretor Geral da Friopuerto. Este novo projeto, que vem dinamizar a Zona de Actividades Logísticas do Porto de Sines, é o resultado de um forte empenhamento por parte da Autoridade Portuária na negociação das condições que levaram à captação deste investimento, contribuindo também para alargar a oferta na movimentação de produtos perecíveis permitindo ao entreposto manter a cadeia de frio e a rastreabilidade do produto. O crescimento sustentado da carga contentorizada, a oferta de serviços regulares directos a todos os continentes, associados a elevados índices de produtividade portuária e à existência de espaço disponível, terão sido determinantes na escolha do Porto de Sines para a localização deste investimento, passando Sines a fazer parte das cinco instalações frigoríficas da empresa espanhola espalhadas pelo mundo (Valência, Veracruz, Sines, Tanger e brevemente Montevideo) e demonstra o forte impulso investidor do Grupo Romeu pela sua divisão de logística de frio. Para João Franco, presidente da APS, “Sendo as atividades ligadas ao mar, uma das prioridades do Governo, a presença da Ministra do Mar nesta cerimónia assume especial importância para a plataforma portuária de Sines, uma infraestrutura com elevado potencial de crescimento, quer na vertente portuária, quer na logística e na industrial. Este novo investimento reforça a cadeia de valor do porto, contribuindo para a dinamização da economia do mar neste segmento específico”. Manuel Cabrera-Kábana, Diretor Geral da Friopuerto, afirmou que “o frigorífico de Sines é um grande passo em frente no desenvolvimento estratégico da

Friopuerto. Os tráfegos de fruta estão a crescer em toda Espanha e Portugal, e Sines tem uma posição estratégica ideal para competir nesse negócio, tanto na importação a partir da América-Latina e da África do Sul, como na exportação. Sines é destacadamente o porto mais importante de Portugal e já movimenta mais de 49% de toda a carga marítima do país e, com mais de 1,33 milhões de TEUs em 2015, é também um dos Portos mais importantes da Península Ibérica.” A operação do novo armazém será suportada em processos e tecnologia de última geração em gestão de câmaras frigoríficas,

que permitem oferecer todo o tipo de serviços de transbordos, crossdocking (processo de distribuição em que a mercadoria recebida é redirecionada sem uma armazenagem prévia fazendo diminuir o tempo) e serviços de valor acrescentado, como armazenamento a temperatura controlada, serviços logísticos de transporte e soluções empresariais, entre outros. O armazém de Sines, com 3.000 m2 de construção, conta com duas câmaras refrigeradas (0ºC a +18ºC), destinadas ao armazenamento principalmente de fruta, com uma capacidade superior de 1.000 paletes. A eficácia operacional encontra-se assegurada por um magnífico cais de opera-

ções de 750 m2, com 8 portas de carga e descarga. A primeira fase de desenvolvimento deste projeto implicou um investimento da FP Sines de aproximadamente 2,5 milhões de euros, envolvendo a construção de um armazém de 3.100m2 com duas câmaras para produtos refrigerados, principalmente fruta fresca (0ºC a +18ºC), um cais de movimentação de 750 m2 e um total de 8 plataformas niveladoras. No arranque da atividade serão criados cerca de 10 postos de trabalho directos. Está prevista uma segunda fase de desenvolvimento que duplicará a capacidade das instalações, incluindo também câmaras bi-temperatura para produtos congelados.

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Electrónica

Notícias Nautel

Com Furuno Radar e Chartplotter Integrados no seu Ipad…

é como Fazer Sobreposição de Imagem Radar/Carta

A imagem exemplifica o conceito

1- O conceito base A NAUTEL tem vindo a enaltecer e promover a ótima e económica forma das embarcações se equiparem com Radar, recorrendo ao primeiro Radar Wireless (sem fios) que a Furuno lançou, há cerca de 2 anos no mercado mundial : A antena DRS4W. Dado que com esta antena, nem de instalação propriamente dita se pode falar, hoje, adquirir e usar um radar fica hoje tão simples quanto o já era para os GPS’s ou sondas. No essencial, o utilizador só tem que fixar a antena, passar o seu cabo de alimentação, e emparelhar o seu iPad/ iPhone com a rede wireless da antena, descarregar a App (AppStore) e começar a usar. Sendo a costa continental e ilhas são dadas a aparecimentos de nevoeiro, repentinos ou não, e também para 28

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servir de apoio a quem navegue á noite, ou de dia quando em zonas com muito tráfego marítimo, o ter um radar é sempre uma segurança para a embarcação e para as pessoas que nela seguem. Temos assim um Radar marítimo, sem ecrã, composto só pela antena e cabo de alimentação e que no resto funciona sem fios (wireless). Opera-se pela App gratuita descarregada da “App Store” por via dos iPad/iPad Mini/ iPhone (iOS 6.1 ou superior) . Até podem funcionar duas unidades destas ligadas ao mesmo tempo. Tem escalas de 0,125 a 24mn, e a antena de radoma tem 48,8 cm de diâmetro (19”) e Potência 4Kw. Comanda-se então o radar com gestos simples e familiares, do uso corrente dos iPad/ iPhone. A qualidade de ima-

gem é semelhante à de um radar profissional de 10”. Tem os diversos modos de operação e funções convencionais de radar, via a App.

E para treinar em casa, existe uma Demo App (DRS4 SIM), que dá para aprender a trabalhar com radares através de um pequeno simulador.


Electrónica

2- A evolução para integração de Radar e Chartplotter Depois de se ter o Radar, ou ao mesmo tempo se terem as duas App’s, pode o utilizador querer, continuando a base muito económica, ter o radar e um chartplotter (Carta Eletrónica). Como a Furuno é co-proprietária da TimeZero (ex-MaxSea) existe uma conjugação das soluções de ambas. A TimeZero tem também uma App para descarga via AppStore e que constitui o mais potente programa de navegação e cartografia :http://www.apple.com/itunes/ download/thank-you/ Esta App é, como todas, fácil e intuitiva de usar, e permite incorporação de meteorologia, dados em 3D e dados de AIS (Automatic Idenfication System). Na compra da App, vem incluída a cartografia detalhada de uma região. Então, temos numa primeira forma : Usar o radar alternativamente à navegação em carta do Time Zero, ou seja, uma vez uma coisa no ecrã, outra vez outra. No entanto, para os navegadores mais sofisticados ou necessitados de elementos de apoio ao máximo, a App Time

App Time Zero pode controlar o radar e até sobrepor a sua imagem à da carta

Zero pode controlar o radar e até sobrepor a sua imagem à da carta. Por via do conversor indicado na figura (Serial/ NMEA0183 a WiFi) liga-se um sensor de rumo e posicionamento precisos (que funciona também com uma antena de GPS) e pelo encaminhamento do sinal para a antena, e depois desta para o iPad pela rede Wireless estabelecida, ter-se-á o sistema final inte-

grado e com sobreposição de imagem.

Para mais informações : geral@nautel.pt

Para se conseguir a sobreposição da imagem são no entanto precisos elementos extra. O conceito é o seguinte : 2016 Julho 355

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Náutica

Notícias Touron

Mercury Marine Anuncia Ampliação da sua Fábrica em Fond du Lac A Mercury Marine, líder mundial na produção de sistemas de propulsão e tecnologias marítimas vai ampliar a sua capacidade de produção, aumentando em 53.000 m2 a área das suas instalações centrais em Fond du Lac (Wisconsin - EUA).

A

ampliação da capacidade fabril absorverá 45.000m2 e os restantes 8.000m2 se-

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rão destinados a aumentar o espaço de escritórios. Em paralelo, a Mercury irá investir em novo equipamento de produção, de tecnologia

de ponta, para fazer face à crescente procura do mercado. Este novo projecto estará pronto em Janeiro de 2017.

“É um momento emocionante para a Mercury” confirmou John Pfeifer, Presidente da Mercury Marine. “A procura dos nossos


Náutica

nossas instalações centrais no Winsconsin e cria novos postos de trabalho. Hoje, estamos, mais uma vez, em novo processo de ampliação. Estamos a ter um crescimento bastante sólido nos últimos anos”, afirmou o Presidente da Mercury Marine, John Pfeifer Actualmente, a Mercury emprega mais de 5.000 trabalhadores em todo o mundo, dos quais aproximadamente 2.800 estão localizados nas instalações centrais em Fond du Lac.

produtos, a nível global, permite-nos continuar a crescer e a expandir a nossa capacidade de produção. Esta ampliação irá incrementar a produção e melhorar a nossa capacidade para enfrentar a crescente procura por parte dos nossos clientes”. Se se considerar este último projecto, a Mercury Marine investiu, desde 2009, mais de 730 milhões de dólares em instalações, tecnologia e desenvolvimento de novos produtos. Esta é já a segunda grande ampliação que se leva a cabo em Fond du Lac nos últimos 12 meses. Em Maio de 2015, a Mercury já havia ampliado em 45.000m2 as instalações dedicadas ao processo de pintura por electro-deposição (EDP). A Mercury continua, nestes processos de crescimento, a criar postos de trabalho e a assegurar, por outro lado, cerca de 80% do trabalho a empresas localizadas no estado do Winsconsin, como por exemplo TTX, CD Smith, Excel Engenieering, entre outras. “Em 2009, tomámos a decisão de ampliar as 2016 Julho 355

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Motonáutica

Campeonato do Mundo de Fórmula 1 de Motonáutica em Portimão

Finalmente Aprovadas as Dragagens

no Arade

A Ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, tomou já a decisão que permite à Administração dos Portos de Sines e do Algarve iniciar dragagens no Rio Arade, aguardadas há muito para permitir a realização nos próximos dias 29 a 31 de Julho, do Grande Prémio de Portugal do Campeonato do Mundo de Fórmula 1 de Motonáutica

M

arcado no calendário internacional de Motonáutica da UIM, o Grande Prémio de Portugal de Fórmula 1 é a terceira etapa de um Campeonato do Mundo que tem este ano oito Grandes Prémios, Apenas se disputou o Grande Prémio do Dubai e

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o próximo será o de Evian em França, nos dias 15 a 17 de Julho e logo a seguir o de Portimão em 29 a 31 de Julho. Depois de Portugal seguem se dois na China, Tailândia, Abu Dhabi e o ùltimo em Sharjah nos Emiratos Arabes Unidos, em 14 a 16 de Dezembro O facto de Portugal estar no

Circuito de Fórmula 1 de Motonáutica dá uma extraordinária visibilidade internacional ao país e muito particularmente ao Algarve com Portimão como destino. A intervenção com as dragagens responde às necessidades de desenvolvimento económico e turístico das actividades marítimas em Portimão. A realização desta prova de grande prestígio, traz benefícios relevantes para a economia da região, que compensam bem a despesa de 200 mil euros para dragar no estuário do Arade um volume de 25.000 m3. Os barcos de Fórmula 1 são do Tipo catamaran, com o comprimento mínimo de 4,90 metros e o peso mínimo de 550 Kg incluindo o piloto. Quanto aos motores, a organização da competição XCAT juntou-se com a Mercury

Racing para desenvolver um motor que substituísse a frota de motores fora de borda Mercury Racing 2.5L EFI a 2 tempos aplicados há uns anos nos barcos de Fórmula 1. Surgiu o motor ROS que dispõe do bloco do Verado 400R montado numa nova secção intermédia de competição que conta com o comprovado suporte basculante de alta resistência da Mercury Racing, com a caija de engrenagens Sport Master e uma nova linha de hélices CNC Cleaver que Mercury Racing desenvolveu especificamente para este motor. O português Duarte Benavente que está a participar também no circuito terminou em 6º lugar no Grande Prémio do Dubai, onde competiram 18 barcos, a uma volta do vencedor, o francês Philippe Chiappe.


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Notícias do Mar

Tagus Vivan

Crónica Carlos Salgado

Para que o Tejo Volte a Ser um Rio Vivo e Vivido

Castelo de Almourol Os Rios estão para os Continentes como os vasos condutores estão para o sistema vascular do corpo humano. Quando as nossas artérias começam a ficar obstruídas e o sangue deixa de ter a sanidade devida, isso traz-nos problemas graves de saúde que podem levar-nos à morte”. 1.ª Parte A propósito, para que uns não esqueçam e os que desconhecem passem a saber o nosso maior rio,

eixo identitário de uma bacia hidrográfica que se estende por um território equivalente a uma terça parte de Portugal Continental, o

Paisagem e natureza 34

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Tejo se não fosse tão forte já estaria morto, devido à forma como tem vindo a ser tratado desde há muito, ao que o poder político tem sucessivamente fechado os olhos por razões, que a razão desconhece. Como rio ibérico transnacional, a mais pura água proveniente das cabeceiras da sua nascente, está a ser desviada pelo transvase Tajo-Segura para a rega dos territórios mais ao, mas também para os campos de golfe e os grandes empreendimentos turísticos, e há até quem diga que esse Tejo nascido na Serra de Albarracín, como aprendemos na escola, não é o nosso Tejo que desagua no oceano Atlântico, porque as águas da nascente desviadas pelo referido transvase, as que sobram, vão desaguar no Mediterrâneo. Se assim é, a água do Tejo que chega a Portugal será proveniente, em

grande parte, da cloaca da grande Madrid. Mas para além desta situação adversa que está a acontecer no país vizinho, devemos reconhecer que no curso português do rio são evidentes as vulnerabilidades e as insuficiências de vária ordem que o rio Tejo tem hoje, causadas por diversos factores e agentes, com tendência a recrudescer, situação deveras preocupante que as autoridades e o poder central não conseguiram controlar nem travar até agora. Perante este cenário, a Tagus Vivan que pugna por um Tejo Vivo e Vivido, decidiu tomar a iniciativa de encetar um Ciclo de Conferências Regionais preparatórias de um Congresso do Tejo, em parceria com outras entidades dispostas a contribuir para a sua materialização, do qual a Conferência do Médio Tejo sobre a


Notícias do Mar

Sustentabilidade do Rio, realizada em parceria com a Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, com o apoio logístico da Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha e a colaboração do nosso parceiro Protejo – Movimento pelo Tejo, no dia 7 do corrente mês de Julho, no Centro Cultural de Vila Nova da Barquinha, é a terceira do referido Ciclo de Conferências. Mas Importa também lembrar que o princípio do desenvolvimento sustentável deve fundamentarse na sociedade, na economia e no meio ambiente assim como nos contornos que lhe estão associados, com a missão de satisfazer as necessidades das gerações do presente sem comprometer as das gerações futuras, mas é importante não ignorar que os recursos naturais são finitos, e dentre eles a água, que é indispensável à sobrevivência da humanidade como comunidade. Portanto, o Desenvolvimento Sustentável não deve nem pode, de modo algum, deixar de respeitar e garantir o equilíbrio entre o meio ambiente, o desenvolvimento económico e a sociedade, numa relação que permita que a sociedade tenha qualidade de vida e bem estar, mas para isso é indispensável que existam empresas industriais, agrícolas, de comércio e serviços para gerarem riqueza e criarem postos de trabalho, que possibilitem o crescimento económico e o equilíbrio financeiro da Bacia Hidrográfica e do país, tendo como condição, obviamente, o uso de técnicas e métodos que respeitem o meio ambiente, os recursos naturais e o progresso social. Como este equilíbrio tem sido perturbado, nomeadamente em relação ao Tejo nacional, sem ter sido ainda possível alterar tal situação, a Tagus Vivan, na prossecução do seu objecto de Observar,

Comunidades Ribeirinhas, Tradição e Cultura Avaliar e Ponderar para poder Opinar e Agir, sobre tudo aquilo que diga respeito ao universo do Tejo, constatou que as agressões de que o Tejo tem sido vítima não foram contidas, antes pelo contrário ameaçam recrudescer. Por essa razão tem vindo a alertar o país e os órgãos de soberania para que não basta que a Sustentabilidade do rio Tejo continue a ser uma possibilidade, porque é imperioso que ela passe a ser uma realidade, inadiável. O futuro Congresso do Tejo III, cuja realização está prevista para o próximo mês de Novembro na cidade de Abrantes, uma parceria com a Câmara Municipal local, tem como principal desígnio abor-

Biodiversidade

dar e debater o porquê, quem e o como das circunstâncias em que o nosso Tejo se encontra e procurar encontrar soluções e apontar caminhos para que os problemas sejam solucionados. Este Congresso tem de ser objectivo, criterioso e dotado com os recursos técnicos, científicos e políticos necessários para que tenha uma participação evidente, com apresentações dignas, por oradores especialistas nas matérias, e conclusões fundamentadas, de forma a conseguir ter a força e a importância indispensável para contribuir, efectivamente, para que o Tejo volte a ser um Rio Vivo e Vivido. Uma última nota: Como é sabido ninguém olha, cuida

ou protege aquilo que desconhece ou deixou de interessar-lhe. Mas, nem a sociedade civil pode demitirse de contribuir para a salvaguarda dos bens deste país, sobretudo os recursos naturais que são finitos, nem a sociedade política, como sejam, os eleitos, podem deixar de ser os responsáveis directamente pela protecção e manutenção desses bens. Temos para nós que é nos bancos da escola que deve começar a sensibilização do cidadão, através de um programa de educação ambiental, mesmo que seja extra curricular, para a partir daí criar uma cadeia de transmissão desses valores para os pais, os avós e para as comunidades onde estão inseridos.

Porta aberta para o mundo 2016 Julho 355

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Notícias do Mar

Sessão de Abertura da Conferência – da esq.» dir. – Carlos Salgado, Presidente da Tagus Vivan, e Dr. Fernando Freire, Presidente da Câmara Municipal de V.N. Barquinha 2.ª Parte A Conferência do Médio Tejo sobre a Sustentabilidade do Rio teve os seguintes objectivos: 1. Analisar e reflectir sobre a problemática da importância da definição e manutenção de caudais ecológicos a um nível que garan-

ta o respeito pelos ecossistemas do Tejo durante a secagem pura e dura do Rio, por força da retenção das águas. – 2. Passar das meias medidas para as medidas necessárias e uma objectiva articulação da informação entre as diversas entidades, quando na bacia hidro-

gráfica a regularização dos caudais pode e deve ser feita, considerando as diversas barragens existentes nos rios afluentes ao rio Tejo. – 3. O Plano de Gestão da Região Hidrográfica deve realçar as acções concertadas de monitorização, de modelação, de estudo e investi-

Mesa 1- da esq.» dir. - Dr. Vasco Estrela, Presidente da Câmara Municipal de Mação, Dr. Fernando Freire, Presidente da Câmara Municipal de V. N.Barqquinha, Eng. António Marques, Moderador, e Dr.ª Júlia Amorim, Presidente da Câmara Municipal de Constância. 36

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gação previstas para este ciclo de planeamento, porque estas medidas são essenciais para mitigar as lacunas de conhecimento e permitir desenhar, no 3.º ciclo de planeamento, um programa de medidas mais adequado. – 4. Fomentar uma plataforma institucional alargada de todas as partes interessadas, cujo acesso não deve ser restrito apenas às medidas pelas quais as partes são responsáveis. 5. É inadiável reflectir sobre as medidas que se têm arrastado no tempo, nomeadamente a nível nacional e com a Espanha, no âmbito da Cooperação Transfronteiriça, para a salvaguarda da manutenção de caudais ecológicos, em tempo oportuno, de modo a prevenir convenientemente o combate à poluição no Rio Tejo, em prol de um desenvolvimento sustentável da indústria, do turismo da natureza e do usufruto dos rios pelas populações. Estas e outras matérias foram abordadas pelos especialistas convidados durante o programa temático anunciado, cujo relatório e conclusões serão divulgados no Notícias do Mar do próximo mês de Agosto. O Programa Temático desta Conferência foi o seguinte: Parte da manhã - Mesa de Abertura


Notícias do Mar

Mesa 3 – da esq. » drir. – Eng. Pedro Serra, Especialista em Recursos Hídricos, Dr. Nuno Lacasta, Presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, Dr. José Alho, Moderador, Paulo Constantino, Representante do Movimento Protejo – Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha, Fernando Freire, e o Presidente da Tagus Vivan, Carlos Salgado, que após saudarem os participantes presentes no auditório, dissertaram sobre a importância desta Conferência para a futura sustentabilidade do Rio Tejo, sob a perspectiva de cada uma das entidades que estavam a representar, e a partir daí deu-se início aos trabalhos do programa dos quais faremos os nossos comentários, genericamente, sobre as intervenções produzidas. Mesa 1. - A Importância do Tejo – Moderador António Marques (ExGestor do Programa Valtejo) e os oradores Júlia Amorim, Presidente da Câmara Municipal de Constância; Vasco Estrela, Presidente da Câmara Municipal de Mação e Fernando Freire, Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha; Mesa 2. – Gestão dos Centros Produtores e a Protecção Civil –Moderador Luis Santos (Biólogo/ IPT) e os oradores Carlos Rosário (ex- Director do Centro de Produção Tejo-Mondego da EDP), e Elsa Costa (Divisão de Riscos e Ordenamento da ANProtecção Civil). Parte da Tarde – A Monitorização Internacional, a Qualidade das Massas de Água Transnacionais e a Problemática dos Caudais Ecológicos – Moderador José Alho (Biólogo) e os oradores Nuno Lacasta, Presidente da APA – Agência Portuguesa do Ambiente, Pedro Serra, Especialista em Recursos Hídricos e Paulo Constantino – Membro do Protejo. É digno de registo que todas as matérias do programa, que à partida eram já por si bastante pertinentes, as intervenções produzidas pelos especialistas terem sido, para além de bastante esclarecedoras, de uma qualidade superior o que leva a considerá-la um contributo dos mais válidos para a prossecução do objectivo para que o Ciclo de Conferências foi programado, como os caros leitores constatarão

nos relatórios e conclusões que vão ser publicados no Notícias do Mar em Agosto próximo. De registar também, que esta Conferência para além de ter contado com um número superior a setenta participantes, entre especialistas, técnicos, cientistas e gestores, membros de ONGs regionais e nacionais, os Presidentes dos Municípios de Constância, Mação e V. N. da Barquinha durante todos os trabalhos acima referidos, e de altas patentes, nomeadamente o Major-General Carlos Perestrelo, Comandante da Brigada de Reacção Rápida acompanhado pelo Major Misseno Marques, o Almirante José Bastos Saldanha, Presidente da Marinha do Tejo e da Candidatura Tagus Universalis, o Coronel José Manuel Pires, Comandante do Regimento de Infantaria n.º 1, e o Comandante do CDOS de Santarém da Protecção Civil, Mário Silvestre. Foi digno de registo o facto do Senhor Secretário de Estado do

A Conferência registou uma participação evidente Ambiente, Carlos Martins ter aparecido na Conferência com uma hora de antecedência do Encerramento para que estava convidado, interessado no acompanhamento dos trabalhos em curso, que atentamente foi tomando notas. Após o debate final, bastante vivo, presenciado pelo Secretário de Estado e pela Presidente da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT), Maria do Céu Albuquerque, também Presidente da Câmara Municipal de Abrantes, seguiu-se o Sessão de Encerramento na qual discursaram a Presidente da CIMT que para além de ter realçado os atributos e valores do rio Tejo para a Região e para o País, felicitou a Tagus Vivan pela iniciativa de diagnosticar regionalmente os problemas do nosso Tejo e de promover um Congresso para avaliar, ponderar e encontrar soluções que contribuam para a tomada das medidas mais adequadas para solucionar os problemas do rio Tejo.

O Senhor Secretário de Estado do Ambiente, no seu discurso louvou a iniciativa da realização desta Conferência, afirmou ter registado com agrado o que ouviu durante o tempo em que assistiu aos trabalhos e garantiu que este governo está determinado a dar andamento à resolução do problema da insuficiência dos caudais ecológicos, não obstante considerar que se trata de uma situação muito complexa porque tem de ser partilhada com a vizinha Espanha, e porque está relacionado com o plano fluvial das barragens. Referiu também que o trabalho cívico das ONGs é um contributo importante para o governo estar mais informado e poder tomar as medidas adequadas para a solução dos problemas em causa. À despedida o Senhor Secretário de Estado dirigiu-se-nos para cumprimentar-nos e felicitar-nos pela nossa iniciativa, e deixou-nos uma palavra de incentivo para prosseguirmos.

Mesa de Encerramento da Conferência – da esq. » dir. – Secretário de Estado do Ambiente, Eng. Carlos Martins, Dr.ª Maria do Céu Albuquerque, Presidente da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo, e da Câmara Municipal de Abrantes, e o Dr. Fernando Freire, Presiente da Câmara Municipal de V.N. Barquinha. 2016 Julho 355

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Notícias do Mar

O Voo do Guarda-rios - parte 1

Ninguém Olha Pelo Que Desconhece O Guarda-rios ao sobrevoar o Tejo foi verificando, há medida que os anos foram passando, que as águas do rio iam ficando mais poluídas e com o caudal mais reduzido, e as margens mais destruídas, e viu também agentes pouco escrupulosos a delapidarem os recursos fluviais ilegalmente.

O

s Amigos do Tejo que desde os anos sessenta do século passado também foram verificando o mesmo que o Guarda-rios, não puderam ficar indiferentes, pelo que no mês de Julho de 1984 por escritura pública, fundaram a AAT – Associação dos Amigos do Tejo, ONG que em 1991 foi declarada de Utilidade Pública, para terem força para pugnar pelo seu rio. Tendo compreendido à partida que devido ao facto do rio Tejo já não estar a ser usado como estrada e fonte de ocupação laboral das comunidades ribeirinhas, estas foramse interiorizando e voltando-lhe as costas e por consequência, como é sabido, ninguém olha pelo que deixou de interessar-lhe ou pelo que desconhece. Perante esta realida38

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de a AAT começou por usar uma estratégia que conseguisse inverter a situação, tendo como primeiro objectivo sensibilizar os autarcas e as comunidades ribeirinhas que era imperioso voltarem a olhar pelo seu rio, de modo a levá-los a dirigir mais a sua atenção para o Tejo, promovendo a convivência com ele, a vivê-lo e a fruí-lo, por meio de programas dinâmicos e interactivos, enquanto que os foi informando, esclarecendo, sensibilizando, e mostrando as maleitas de que o rio padecia, mas por outro lado foi-lhes chamando também a atenção para os recursos potenciais que o Tejo ainda possui. Para que este trabalho tivesse um resultado positivo e abrangesse toda a bacia hidrográfica nacional do Tejo a AAT optou por atrair a juventude para esta causa dando-lhe

formação específica, por considerar que são os jovens os melhores agentes de transmissão, divulgação e de mobilização dos cidadãos das suas comunidades, para contribuírem para a futura melhoria do estado do Rio. Com esta convicção a AAT levou a cabo as mais variadas actividades, inovadoras para a época, que com a ajuda da comunicação social que acompanhou interessada os programas de acção, tanto do programa “ Vamos pró-Rio ”, que foi desenvolvido em colaboração com as autarquias ribeirinhas, como do programa “ À Descoberta do Tejo ”. O primeiro programa foi mais dirigido às comunidades ribeirinhas e o segundo, com maior amplitude, teve como alvo as escolas, a sociedade do conhecimento e a sociedade política, com a ajuda

do movimento de jovens amigos do Tejo que se formou entretanto, o “ Juventejo ” que foi constituído nos finais do ano de 1984, com o objectivo de implementar um núcleo de jovens amigos do Tejo em cada concelho ribeirinho. Durante e período em que foram desenvolvidos estes dois programas, a AAT promoveu e/ou realizou algumas iniciativas integradas, para fazer o reconhecimento da paisagem, fauna e da flora do rio das quais se destacaram as seguintes: Uma descida do Tejo, luso-espanhola, desde Aranjuez em Espanha até Lisboa. Foram realizadas mais três descidas do Tejo em canoa, posteriormente em anos diferentes, duas desde Espanha até Lisboa, e a Primera Maratona do Tejo desde Vila Velha de Ródão até Lisboa, que teve uma grande participação


Notícias do Mar

de canoistas, uns em competição e outros num rali náutico-turístico. O TEJO NA ESCOLA - No ano de 1987, no âmbito de um projecto de educação ambiental e integrado nas Comemorações do Ano Europeu do Ambiente, foi celebrado um protocolo de cooperação entre a Secretaria de Estado do Ambiente, a Secretaria de Estado da Educação e a AAT, no sentido de levar o Tejo às escolas, programa de grande impacto que envolveu 51 escolas entre o ensino primário, preparatório e secundário do Vale do Tejo, e para o qual a AAT foi indigitada a fazer a sensibilização prévia dos professores, no terreno. Sempre com o intuito de envolver a juventude na sua estratégia de dinamização, através de programas de divulgação e conhecimento do nosso Tejo, a AAT foi pondo em prática actividades de tempos livres e férias para jovens, das quais se destacaram as “ Tagíadas da Juventude ”, com matérias de formação em educação ambiental, marinharia e desportos náuticos. Continua na Próxima Edição do Notícias do Mar

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Electrónica

Notícias Nautiradar

Nautiradar apresenta novo Walkie-Talkie Motorola A Motorola Solutions, com décadas de conhecimento, inovação e reconhecimento na área das tecnologias de comunicação, lança a sua mais recente solução de comunicação via rádio, com o robusto Walkie-Talkie T92 H2O.

A

Motorola pretende desta forma apresentar o T92 H2O como uma solução de Walkie-Talkie (de licença livre) robusta, segura e como escolha ideal para todos os praticantes de desportos e atividades aquáticas e aventuras Outdoor, capaz de garantir um elevado nível de segurança e fiabilidade bem acima do padrão verificado no mercado e com a particularidade de ser completamente submersível. Este Walkie-Talkie da Motorola tem como principal destino todos os praticantes de atividades e desportos aquáticos como Ski Aquático, Mota de Água, Windsurf, Caiaque, Pesca, entre outros; e também todos os entusiastas de atividades e aventura Outdoor. Apresentam-se de seguida todas as características e funcionalidades do Walkie-Talkie T92 H2O da Motorola. 40

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Mantenha-se em contacto nas suas Aventuras mais Selvagens e Extravagantes Com um design robusto e à prova de água (incluindo capacidade de flutuação) e com um alcance até 10 km2, o novo Walkie-Talkie T92 H2O da Motorola mantém-no em contacto com os seus amigos e familiares. Este novo Walkie-Talkie da Motorola vem com um lanterna integrada, com modos de luz branca e luz vermelha que, se ativam automaticamente quando em contacto com água. Um botão de emergência permite ativar a função de chamada “mãos-livres” e com isto, emitir um aviso sonoro que alertará os outros membros do grupo para a sua necessidade de auxílio. PROTEÇÃO IP67 Quer esteja no mar ou em terra, pode contar com a proteção à

prova de água do Walkie-Talkie T92 H2O, padrão IP67 que, permite uma submersão durante 30 minutos e até 1 metro de profundidade e, protege o equipamento também em situações de fortes chuvas. FLUTUAÇÃO Através de engenharia meticulosamente desenhada e aplicada, o T92 flutua mantendo a sua face sempre visível e estando sempre visível na superfície da água graças à lanterna integrada e que se ativa mediante contacto com a água. PREPARADO PARA EMERGÊNCIAS O novo Walkie-Talkie T92 inclui uma funcionalidade de alerta de emergência que, lhe vai permitir apreciar a sua aventura com uma maior confiança, sabendo que os outros membros do seu grupo serão informados de quaisquer perigos que lhe surjam ao caminho. Ao ativar o botão de

Emergência, automaticamente é emitido um alerta sonoro, seguido de uma transmissão de sons falados ou incidentais. Tal funcionalidade, vai permitir o envio desse sinal para outros rádios e avisar de perigo iminente. LANTERNA INTEGRADA AVANÇADA DE LED’s Selecione a opção de LED branco na lanterna integrada para iluminar o seu caminho durante atividades ao fim da tarde com ambientes escuros, emergências inesperadas ou perdas súbitas de energia. No caso da sua aventura se estender pela noite, num passeio para observação das estrelas ou, a caçar à noite e precise de ver mapas, cartas ou outros documentos, selecione o LED vermelho. ENERGIA PARA AS SUAS AVENTURAS Existem duas formas de fornecer energia ao Walkie-Talkie T92: utilizar as baterias NiMH recar-


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regáveis incluídas, com duração até 16 horas ou, utilizar 3 pilhas AA para uma duração até 23 horas. O T92 H2O vem com um carregador dual que permite carregar dois rádios em simultâneo enquanto conduz. Inclui ainda cabos de carga USB amovíveis que, permite também carregar o rádio através de um computador. Sempre que a carga esteja fraca, é emitido um alerta sonoro. Poderá usufruir de um maior tempo de utilização se recorrer a baterias de elevada capacidade compatíveis (vendidas em separado). CANAIS DE CONVERSAÇÃO E CÓDIGOS DE PRIVACIDADE Com 8 canais e 121 códigos de privacidade que totalizam quase 1000 combinações, é extremamente fácil encontrar um canal de conversação disponível. Possui a função de scanning para facilmente visualizar os canais que estão a ser utilizados. MÃOS-LIVRES Com iVOX/VOX a funcionar como altifalante e a permitir uma comunicação “mãos-livres”, o T92 vai permitir uma comunicação sem que sejam necessárias paragens para atender uma chamada. TONS DE CHAMADA PERSONALIZÁVEIS Selecione o tom ouvido por

quem lhe liga, antes de iniciar a conversação, por entre 20 tons de chamada diferentes. DISCRIÇÃO Utilize opção de alerta por vibração sempre que não seja conveniente a utilização de um toque de chamada. COMPATIBILIDADE PMR446 O novo Walkie-Talkie T92 H2O funciona de acordo com a norma PMR446, permitindo desta forma uma comunicação com outros rádios TLKR ou até mesmo com rádios de outras marcas, desde que se encontrem no mesmo canal e possuam o código de privacidade. BLOQUEIO DO TECLADO A funcionalidade de bloqueio de teclado evita que as definições personalizadas sejam inadvertidamente alteradas O QUE VEM INCLUÍDO NESTE PACK 2x Walkie-Talkies; 2x clipes de cinto 2x baterias NiMH recarregáveis 1x carregador de automóvel com 2x cabos USB amovíveis 1x mala de transporte 1x guia de utilizador PVP: 154,00€ (IVA incluído) Para mais informações sobre este novo produto da Motorola, por favor visite o site: www.nautiradar.pt

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Electrónica

Notícias Nautiradar

Raymarine SonarChart Live e Navegação Automática “Dock to Dock” SonarChart Live e Navegação Automática “Dock to Dock” já estão disponíveis no sistema operativo LightHouse II da inovadora função Plotter Sync das aplicações Navionics Boating. Uma das vantagens associadas à funcionalidade SonarChartTM Live, é o facto de outros utilizadores Navionics poderem beneficiar da informação gerada dado que, os dados referentes a novas áreas pesquisas são integrados na biblioteca Navionics SonarChartTM e disponibilizados através do programa de atualização diário de cartas.

S

imples de usar, o sistema de operação LightHouse II para utilização em displays multifunções da Raymarine, coloca-o ao comando de um ecrã tátil e fluído ou numa experiência de utilizador HybridTouchTM. Com o LightHouse II poderá navegar com as melhores cartas de forma simples e intuitiva. A Nautiradar apresenta assim, através da mais recente atualização (release 17) do Sistema Operativo LightHouse II da Raymarine, as novas funcio-

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nalidades SonarChartTM Live e a Navegação Automática “Dock to Dock” que lhe permitirão criar as suas próprias cartas em tempo real e navegar de forma automática com a criação de rotas inteligentes. SonarChart™ Live Crie as suas próprias cartas HD com a Raymarine e Navionics A funcionalidade SonarChartTM Live funciona com os displays multifunções da Raymarine, permitindo aos navegadores

criar cartas batimétricas HD personalizadas até 0.5 metros, em tempo real. Com o SonarChartTM Live, os utilizadores Raymarine poderão recorrer à sua sonda para pesquisar novas áreas ou locais onde as condições do fundo possam ter sofrido alterações e, desta forma, criar novas cartas que serão apresentadas de imediato no display. Para além disso, os utilizadores poderão também carregar informação obtida pela sonda, automaticamente, e descarregar cartas atualizadas através

Navegação Automática “Dock to Dock” Surgindo como um avanço de relevo na navegação marítima, a funcionalidade de Navegação Automática “Dock to Dock” da Navionics cria rotas detalhadas e inteligentes por entre passagens estreitas e canais, onde são mais necessárias. Os utilizadores Raymarine podem determinar o ponto de partida e o ponto de chegada e assim, beneficiar dos sofisticados algoritmos da Navionics que calculam uma rota detalhada que tem em conta a informação da carta, ajudas à navegação e profundidade da água. Para mais informações acerca destas funcionalidades e da última atualização (release 17) do sistema operativo LightHouse II, por favor visite o site: www.raymarine.eu


Electrónica

Nautiradar Apresenta Nova Gama de Transdutores CHIRP CPT-S Raymarine Com design compacto e elevado desempenho os novos transdutores CHIRP CPT-S da Raymarine surgem como uma nova gama de transdutores, concebidos para uma ligação direta e funcionamento com os Displays Multifunções série-a e série-eS da Raymarine, com sonda CHIRP integrada, assim como com o módulo de sonda digital CP100.

O

s transdutores CHIRP CPT-S apresentam um design compacto e de elevado desempenho que garante as

seguintes funcionalidades: - Excelente identificação de peixe e separação de ecos em alta resolução. - Rastreio fiável do fundo do mar a velocidades elevadas e profundidades moderadas. - Opções de instalação passa casco e em painel de popa - Desempenho CHIRP de elevada qualidade e excelente valor A gama de transdutores CPT-S consiste em quatro modelos que incluem transdutores em bronze e em plástico com o elemento inclinado, bem como uma solução de montagem em painel de popa que facilmente se adapta a motores

elétricos. Estes transdutores são ideais para barcos desportivos, pequenas embarcações de pesca e até embarcações à vela de cruzeiro e de regata. Nota importante de utilização:

A gama CPT-S é compatível com os seguintes modelos de Displays Multifunções: - a78, a98 e a128 - eS78, eS98 e eS128 Esta família de transdutores é apenas uma solução para sonda CHIRP. Os transdutores CPT-S contêm apenas o elemento de Sonda CHIRP de elevada frequência, não suportando o modo CHIRP DownVision. Nos displays multifunções, o canal CHIRP DownVision será automaticamente desligado na aplicação de sonda do Multifunções. Estes transdutores são compatíveis com os Displays Multifunções da Raymarine com sistema operativo LightHouse II, que possuam a versão 16.47 ou superior de sonda CHIRP e módulos CP100 atualizados com versão 10.06 ou superior. A gama de transdutores CPT-S encontra-se disponível para encomenda e envio a partir de meados do mês de Julho. Para mais informações sobre este novo produto da Raymarine, visite o site www.nautiradar.pt

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Pesca Desportiva

Pesca Embarcada

As Bicas

e alguns segredos

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Pesca Desportiva

Texto Ramón Cañadas Fotografia: Autor e Redacção/Mundo da Pesca

Se tivesse que definir o passado inverno de pesca com duas palavras teria sido suficiente “Muito frio”. Entre gripes e ventos fortes, nem sequer o Windguru me conseguia dar previsões fiáveis, o que fez com que fosse complicado sair ou pelo menos com certeza de fazer uma boa pesca, com bons exemplares.

Q

uando decidimos ir às bicas a coisa torna-se sempre mais emocionante, sabendo de antemão que mal apanhássemos um peixe e lhe tocássemos com a mão, a mesma ficaria “engadanhada” por um bom período. O facto é que, mesmo depois de apanhar carradas de frio, nos perguntávamos o porquê das bicas serem um peixe tão especial. Basicamente pode dizer-se que têm um toque

subtil, lutam incrivelmente mais do que as outras espécies com igual tamanho e além disso, cultivaram a fama de ser um peixe de pescador “profissional”. A cruel realidade Longe vão os tempos em que se pescavam muitos quilos de bicas, contando atualmente mais, e forçosamente, a qualidade dos lances e não a quantidade de pescado. Dos idos 0,35 no estralho passámos a utilizar

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Pesca Desportiva

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Pesca Desportiva

linhas na casa dos 0,25 e em fluorocarbono. De anzóis número 2 e 4 passou a utilizar-se mais recorrentemente o 6 e o 8, já para não falar das canas que passaram dos 2/3 metros a 4 e por vezes 4,5 metros, com ponteiras que dão a sensação de não aguentarem as duas primeiras investidas de uma safia de 200 gramas. Talvez a mudança maior tenha ocorrido a nível dos iscos; se anteriormente havia algumas “escolas “ que defendiam que certos iscos eram melhores do que outros, tudo isso caiu por terra, fruto de várias saídas e que assim revelaram uma realidade que pode abonar a nosso favor. A realidade é que o que hoje pode funcionar como isco amanhã pode não dar tantos resultados. Isso obriga a que o pescador tenha de reter que a bica é “boa boca”, mas que também tem os seus apetites, podendo hoje preferir o ralo e amanhã a tita ou americano, que diga-se de passagem, são todos impecáveis para esta espécie.

Longe vão os tempos em que se pescavam muitos quilos de bicas, contando atualmente mais,

e forçosamente, a qualidade dos lances e não a quantidade de pescado se trata de ir à rola e de dizer “vou às bicas”, pois isso só acontece em algumas situações. As marcas onde as pescamos atualmente obtivemo-las com pescadores profissionais, tirando isso

é fruto de muitas saídas e ir marcando zonas onde as pescámos, recorrendo às mesmas sempre que não haja nada em lado nenhum. Assim que tivermos as marcações e a zona livre, decidimos experimentar essa

zona, demarcando uma zona mais ou menos extensa, entre 20 e 30 metros, com uma pendente muito suave, composta maioritariamente por cascalho e em que encontremos algumas pedras soltas, mais peque-

Pescando à rola Outro dos axiomas da pesca às bicas era que os iscos ficassem apoiados no fundo e deixar as canas pescar. Isso veio tudo por água abaixo quando, depois de descobrir o jigging, verificar que de quando em vez lá vinha uma ferrada com uma zagaia nos queixos. Isso mostrava que algo não fazia muito sentido. A confirmação chegou quando num inverno nos decidimos a pescá-las à deriva. Como devem compreender, não 2016 Julho 355

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Pesca Desportiva

A bica é um peixe combativo quando comparada com outros peixes do mesmo tamanho.

Um daqueles exemplares que “já não se fabricam”. 48

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Mais uma senhora rosa pescada à “rola”…


Pesca Desportiva

nas do que a área de um carro. No primeiro dia em que pusemos a teoria em prática, deslocávamo-nos a velocidades muito superiores a 1 nó e que logo fizeram com que ao cabo de um par de passagens fizéssemos um par de dobradinhas de pargos entre 300 e 400g. Aquelas condições prometiam, mas não eram as ideais para pescar bicas e decidimos passar à ação num outro dia. Nas saídas seguintes tivemos mais sorte, com derivas de meio nó que nos permitiram pescar com comodidade, dizendo as bicas “presente”. Pescando à deriva temos a vantagem de bater mais a zona e corrigir as passagens quando damos com um cardume das senhoras rosa. Isto ainda é mais notório de a zona de cascalho for grande, podendo os peixes moverem-se de maneira pouco previsível ao longo do dia, o que torna mais simples procurá-las do que ficar à espera.

Pescando à deriva temos a vantagem de baterdamos mais a zona e corrigir as passagens quando com um cardume das senhoras rosa e terminais de 0,25mm e, se começarmos a ter muita atividade, devemos mudar para madres 0,33 e terminais 0,28 pois para partir uma coisa dessas... tem de se estar muito despistado ou ferrar uma

bica “daquelas que já não se fabricam”! E mesmo assim para partir tem muito que se lhe diga... Detalhes ainda por confirmar Como vos dizia, nisto da

pesca não podemos ficar muito parados e há sempre coisas novas a descobrir, experimentar e detalhes para afinar. Falando no caso particular das bicas, um dos meus colegas de pesca

Experimentando coisas novas Nesta zona pudemos experimentar algumas coisas diferentes. Pescando três pessoas, podemos colocar duas a pescar e uma outra a “tomar apontamentos” e a fazer “avarias”. Em qualquer tipo de pesca em que tenhamos um ritmo de capturas muito elevado, é mais do que certo que deveremos pescar com estralhos e um anzol maiores, de maneira a “acelerar a coisa”. Se começamos a pescar com uma madre de 0,28 2016 Julho 355

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Pesca Desportiva

tem a mania de ferrálas ao primeiro toque; já a mim me agrada mais deixá-las comer com confiança e só depois ferrar. Mas estas diferentes atitudes prendem-se com o tipo de linha que temos nos carretos. Ele usa monofilamento e eu uso multifilamento, algo a ter muito em conta na hora de dar ao pulso. Muitas vezes comem de forma manhosa, muito desconfiada, limpando devagarinho os anzóis, a pontos de ao meu colega ter acontecido pescar uma bica “de quilo” que tinha três gambas na barriga. Foi apanhada sim senhor, não antes de ter limpo o anzol três vezes! Outro fator que é um dado adquirido é a maior eficiência das cabeças de

camarão como isco relativamente ao resto do corpo. Uma vez partido o camarão ao meio devemos cortar-lhe a cabeça e os olhos de uma só vez, deixando a parte das vísceras “ao ar”. Com isso conseguimos com que, dentro de água, se vá libertando um rasto/ engodo natural que atrairá os peixes a uma grande distância. Obviamente que atrai mais que uma cauda que solte pouco sumo, já que na hora de picar, normalmente, num aparelho de 2 anzóis com ambas as metades, preferem obviamente a cabeça. Quanto a outros iscos, é o que já referimos, a bica é uma boa boca, pelo que será mais importante dar com elas do que propriamente aquilo que lhe estamos a dar de comer.

Longe vão os dias em que se apanhavam bicas com qualquer linha. Agora tem de se reduzir mais o diâmetro das linhas. 50

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Náutica

Notícias Rodman

Fotografia Victor Prieto

Entregue o Novo Rodman

90 Catamaran

O Rodman 90 Catamaran é uma nova embarcação que será um marco no segmento de navios de passageiros

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oi em Ibiza que no passado dia 9 de Junho a Rodman entregou este barco baptizado Espalmador Jet ao

armador naval Trasmapi. A cerimónia contou com a presença de personalidades da área de negócios e administrativo da ilha, liderado por Rafael Valero,

Director-Geral da Marinha Mercante e administração das duas empresas. Nos últimos anos a Rodman tem projetado, construído e

A primeira viagem Ibiza a Formentera foi em 30 minutos 52

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entregue, satisfazendo bem as encomendas, diferentes tipos de catamarans, não só para passageiros, mas também para outros usos, tais como hidrográficos e investigação e catamarns offshore para o apoio a plataformas de energia eólica marítima. A experiência adquirida neste tipo de construção, coloca a Rodman, como um dos estaleiros de referência a nível europeu neste tipo de embarcações. No final de 2015, Rodman e Trasmapi assinaram o contrato para a concepção e construção de um pioneiro barco no nosso país, com 28,40 metros de comprimento e capacidade para 300 passageiros. Para fazer face a este projecto, a equipa técnica da Rodman, desenhou um barco novo e moderno, ao abrigo do Código Internacional de Segurança para embarcações de alta


Náutica

Características Técnicas

A lotaçãso do Rodman 90 Catamaran é de 300 passageiros velocidade (Normativa NGV 2000), que lhe permite construir barcos em PRFV para mais de 250 pessoas, sem limitação de velocidade. Foi um novo desafio para o estaleiro, onde combinou com perfeição toda a sua experiência e qualificação na construção deste tipo de embarcações, com os seus padrões de qualidade habituais e os requisitos exigidos pelo armador. Na cerimônia, realizada da entrega, os convidados embarcaram no Espalmador Jet na Marina Ibiza e navegaram rumo a Formentera. Durante a viagem, o novo Rodman 90 chegou a 29 nós de velocidade máxima e navegou a velocidade de cruzeiro, cerca de 25 a 26 nós. Espalmador Jet, execute a rota Ibiza - Formentera em menos de 30 minutos. Todos os participantes destacaram o desempenho, espaço e comodidade, durante a navegação a bordo do novo Rodman 90. Novo Rodman 90, “Espalmador JET”, projetado para atender às suas necessidades: A equipa técnica da Rodman criou uma embarcação de acordo com as necessidades específicas que o armador solicitou.

O novo Rodman 90, para ser baptizado com o nome de Espalmador JET foi desenvolvido com um design específico e perfeitamente optimizado para cobrir a Linha Ibiza - Formentera. O barco é o primeiro construído em Espanha sob o código de segurança para navios de grande porte, GNV 2000. Esta legislação vai permitir o transporte de passageiros, mais de 250 pessoas em alta velocidade. Além disso, o novo Rodman

Comprimento

28,40 m

Comprimento casco

27,50 m

Boca

9,00 m

Calado

1,45 m

Pontal da coberta principal

3,40 m

Potência máxima

2 x 1.040 Kw

Velocidade máxima

27 nós

Deslocamento a carga total

110.000 Kg

Capacidade de combustível

6.250 litros

Capacidade de água doce

2 tanques x 335 litros

Lotação

300

Motores

2 x Mitsubishi 2 x S1 2R- (Z3) MPTAW

90 está certificado pela inspecção de navios e pela Sociedade Classificadora Lloyds Register. O navio também está em conformidade com IMO regulamentos Nível II, respeitando o meio ambiente, ao mesmo tempo que melhora a eficiência do consumo de combustível. O novo Rodman 90, Espalmador JET, vai substituir o antigo catamaran de mesmo nome, construído em 1998 que foi originalmente projectado para trabalhar na Noruega na rota Bergen - Stavanger. Foi agora renomeado Krilo Star e opera na Croácia, na rota Split - Dubrovnik. Navegação e equipamentos de comunicação:

Bússola giroscópica, slide Doppler, sonda, 2 radares, navegador GPS, piloto automático, indicador do ângulo do leme, gravador de dados da travessia, sistema de identificação automática (AIS), respondedor AIS, rádio VHF, receptor NAVTEX, duas radiobalizas de satelite, 3 radioportáteis VHF, Transceptor VHF, sistema de alarme na ponte, megafonia. O novo Rodman 90, abre um novo segmento de potenciais armadores interessados sobre o seu desempenho operacional e funcionalidade. Vai ser um barco muito versátil que pode atender a várias necessidades, que até agora não era possível, no que respeita ao número de passageiros e velocidade.

Cerimónia da entrega do Rodman 90 Catamaran à Trasmapi 2016 Julho 355

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Náutica

Notícias Suzuki

Suzuki DF200A/AP Escolha Acertada

Alicerçada em décadas de experiência na construção de motores fora de borda potentes, compactos e fiáveis, a Suzuki orgulha-se de apresentar um novo motor de 200 HP com bloco de quatro cilindros em linha e uma capacidade de 2.867cm3.

E

stas características únicas fazem do DF200 uma referência em termos de relação peso/ potência e de dimensões, pois face a um tradicional V6, este bloco ‘big block’ apresenta um peso de apenas 226 kg, uma poupança de 12% face ao anterior DF200ATL. Menos cilindros equivalem também a menor consumo de combustível (menos 19% face ao V6 que substitui) e 54

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Controlo remoto de precisão DF200A key


Náutica

aspecto muito importante caso seja utilizado em conjunto com mais unidades, e também um controlo remoto de precisão que utiliza a tecnologia digital ‘fly-by-wire’. A não utilização de cabos e ligações mecânicas permite maior precisão no controlo das principais funções do motor. A gama Suzuki Marine é composta por modernos motores fora de borda a quatro tempos, com potências desde o 2,5 ao 300 HP. Para mais informações, visite já o seu concessionário Suzuki Marine. CONTACTOS Moteo Portugal, S.A. Rua João Fr. do Casal, 3801-901 Aveiro - Portugal Tel.: 234 300 761 suzuki@moteo.pt www.suzuki.pt

Suzuki DF200A de 2016

emissões contidas, graças ainda à exclusiva tecnologia ‘Lean Burn’ que garante um controlo perfeito da relação ar/combustível, sem prejuízo das prestações, pois com uma taxa de compressão de 10,2:1 este motor revela excelente capacidade de aceleração, resultado de um elevado binário em baixa e média rotação, e ainda de uma relação de transmissão total de 2.50:1. Mas não se pense que o DF200A/AP se fica por aqui em termos de tecnologia, sendo o primeiro motor com este nível de potência a permitir selecionar o sentido de rotação do hélice, um 2016 Julho 355

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Surf

Notícias da Ericeira

Centro de Interpretação da Ericeira Reserva Mundial de Surf

No Posto de Turismo da Ericeira foi inaugurado no passado dia 3 de Junho o Centro de Interpretação da Ericeira Reserva Mundial de Surf, projectado pela experimentadesign para a requalificação do Centro de Turismo da Ericeira

S

ituado na Praça da República, mais conhecida como Jogo da Bola, o Posto de Turismo fica no piso 0, enquanto o Centro de Interpretação da Ericeira Reserva Mundial de Surf0 fica no piso 1. O Centro de Interpretação tem uma componente fortemente experiencial, interactiva e mixmedia, sendo exploradas várias fer-

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ramentas de comunicação digital para a partilha dos conteúdos sobre a Reserva. Ao Posto de Turismo foi ainda acrescentado um Surf Café, que irá sublinhar a cultura de surf local e a identidade da vila, reconhecidos mundialmente. Para o presidente da Câmara Municipal de Mafra, Hélder Sousa Silva, “este é um projecto que visa qualificar as condições de

acolhimento e de disponibilização de informação aos visitantes, reforçando a vocação turística da Ericeira, mas sobretudo dar uma visibilidade essencial à Reserva e ao surf português, através de um novo espaço com características únicas”. Nas palavras da presidente da experimentadesign, Guta Moura Guedes, “esta é uma oportunidade excelente para demons-

trar as mais-valias do design na área da economia do mar, especificamente no que se refere ao turismo e à sua componente cultural, ambiental e desportiva. Foi um desafio muito positivo trabalhar com o Executivo da Câmara Municipal de Mafra e com a comunidade de surf local, bem como com os guardiões da Reserva Mundial de Surf”. Foi em 2015 que a Câmara


Surf

Municipal de Mafra decidiu repensar e requalificar o Posto de Turismo da Vila da Ericeira, situado em pleno centro histórico da vila. Tendo em consideração a classificação da Ericeira como Reserva Mundial de Surf em 2011 e o crescente protagonismo desta modalidade desportiva e do turismo na vida económica local, tornava-se essencial criar uma abordagem que explorasse este potencial. Seguindo o briefing entregue pela CM Mafra, a experimentadesign criou um projecto que sublinha a relação entre o design e a

economia do mar, centrado num dos mais importantes produtos turísticos que temos, a nossa costa e o património cultural oceânico, de forma sustentada e dirigida para o mercado turístico do século XXI, exigente, informado e cosmopolita. No âmbito de um projecto amplo de design estratégico foi desenvolvida uma proposta que partiu de três objectivos principais, partilhados com a CMMafra: Manter a função de ponto de informação turística sobre a Ericeira, Mafra e Lisboa, requalifi-

cando o espaço para que este se tornasse mais eficaz e apelativo. Destacar a cultura própria da Ericeira e a sua relação com o mar, como produto turístico multifacetado e de grande valor competitivo no mercado global. Criar um Centro de Interpretação sobre a Reserva Mundial de Surf e sobre o surf na Ericeira em particular, proporcionando ao público uma experiência informativa e sensorial inovadora. Esta intervenção faz um enquadramento do património cultural local, nas suas especifici-

dades, utilizando uma linguagem fortemente contemporânea e recorrendo a sistemas de mixmedia interactivos. A sustentabilidade é um ponto central do projecto, de modo a garantir a sua duração no tempo e o respeito pelas características matrizes da Vila da Ericeira Horário de funcionamento Junho e Setembro,das 10h às 19h Julho e Agosto, das 10h às 20h Outubro a Maio, das 10h às 18h

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Surf

Fotografia Laurent Masurel World Surf League

Surf Pro Espinho

Teresa Bonvalot

Teresa Bonvalot e Lander Davila Vencem Junior Pro Espinho A portuguesa Teresa Bonvalot, de 16 anos e o basco Lander Davila, de 18 anos, venceram no passado dia 26 de Junho o Junior Pro Espinho, terceira etapa europeia do circuito mundial de surf júnior da WSL (World Surf League).

E

m ondas de meio metro, mexidas pela nortada típica do verão português, Teresa e Lander foram os surfistas que melhor se adaptaram às constantes alterações das ondas durante o dia, levando a melhor sobre a forte concorrência. Na prova feminina, Teresa Bonvalot e a basca Ariane Ochoa procuravam desempatar na liderança do

ranking europeu e eram as principais favoritas à vitória nesta etapa. Nas meias-finais confirmaram o seu favoritismo, vencendo respectivamente as suas baterias. Teresa fez uma das melhores ondas do evento (8 pontos em 10 possíveis) e Ariane fez mesmo a melhor pontuação total (15,27 pontos em 20). Já na final, que acabou por ser uma das baterias mais “lentas” do Junior Pro Espinho, com poucas

Lander Davila 60

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ondas boas na sua primeira metade, Teresa foi a primeira a adiantarse na classificação, graças à melhor onda da prova (8,33 pontos). Ariane seguia de perto, a necessitar de uma onda mediana para ultrapassar a portuguesa, enquanto esta procurava uma segunda onda forte para garantir o resultado... tudo se resumiu aos últimos segundos da final, quando Ochoa conseguiu uma onda de 6 pontos, mas Bonva-

lot, imediatamente a seguir, fechou o resultado com uma onda de 5,27 pontos, garantindo assim a sua segunda vitória do ano neste circuito. “Estou muito feliz, pois desde Março, na Caparica, que não vencia um campeonato”, afirmou a vencedora. “Ultimamente tenho investido bastante na evolução do meu surf, com viagens e tenho tentado divertir-me ao máximo quando estou dentro de água. Foi

Teresa Bonvalot


Surf

Ariane Ochoa o que aconteceu aqui, por isso estou tão contente! Quando nos divertimos a surfar, isso transparece para fora e normalmente os resultados aparecem. Estou bastante satisfeita por ter desempatado com a Ariane e agora vou focar-me nas duas etapas seguintes, que são já nos dois próximos fins-de-semana, em Espanha. Estou também a trabalhar com um novo treinador, o Zé Seabra, que ajudou o Tiago Pires a chegar à elite mundial. Começámos bem, com esta vitória, e agora é continuar a seguir o plano!”, concluiu a jovem bi-campeã nacional. Ariane Ochoa, por seu lado, mostrou-se “com pena de não ter conseguido defender o título conquistado aqui no ano passado, mas houve muito poucas ondas boas na final. É um bom resultado, no entanto, mas a Teresa esteve melhor. Venham os próximos eventos!”, afirmou a jovem basca, que deixou a francesa Neis Lartigue na terceira posição e a compatriota Maddi Aizpurura no quarto posto em Espinho. Na prova masculina, o também basco Lander Davila venceu pela primeira vez uma etapa deste circuito, surpreendendo todos os presentes. Davila chegou à final de forma discreta, mas na bateria que mais conta acabou por ser o melhor

a ler o mar e a encontrar as duas melhores ondas do heat, batendo claramente os seus adversários. “Não foi fácil, mas acho que finalmente consegui mostrar o meu melhor surf no momento mais importante – a final!”, afirmou um radiante Lander à saída da água. “É a primeira vez que venço uma prova destas e por isso não podia estar mais feliz! Obrigado a Espinho e às suas ondas! Adoro vir cá e surfar num dos locais mais consistentes e acolhedores que conheço”, concluiu o campeão do Junior Pro Espinho, que assim subiu trinta e duas posições no ranking europeu, para o terceiro lugar. Esse ranking continua liderado pelo francês da ilha Guadalupe Thomas Debierre, que foi segundo classificado em Espinho, depois de uma grande disputa por essa posição com o espanhol das Canárias Luis Diaz (que até à final era o grande candidato, com as melhores performances e notas conseguidas!) e com o seu conterrâneo Leo-Paul Etienne, respectivamente terceiro e quarto classificados. Os três acabaram separados por pouco mais que uma décima de ponto! Debierre, que venceu a primeira etapa do ano, tem agora a sua liderança reforçada no ranking europeu sobre o compatriota Titou-

Lander Davila an Boyer, que perdeu nos quartos de final. Quanto a Jácome Correia, o único português ainda em prova neste último dia do Junior Pro Espinho, acabou eliminado nas meias-finais, na quinta posição, precisamente pelo surfista que viria a vencer a prova. Apesar de ter começado com a melhor onda da sua bateria, Jácome não conseguiu encontrar uma segunda onda forte, que poderia terlhe dado a vitória e um lugar na final. No entanto, este não deixa de ser o seu melhor resultado de sempre num Pro Junior da WS. “Comecei o meu heat com uma onda de 6 pontos, o que me deu bastante confiança. Mas infelizmente estive muito tempo à espera de uma segunda onda com potencial semelhante, que acabou por não aparecer. Gostava de ter ido à final, obviamente, mas também estou satisfeito com a minha performance. O quinto lugar numa etapa recente do nacional, motivou-me!”, comentou o jovem açoriano. O Junior Pro Espinho encerrou também a terceira edição do Espinho Surf Destination. Para Gonçalo Pina, da organização, “foi mais de um mês de actividades ligadas ao mar, que trouxe a Espinho um enorme reconhecimento das nossas mais-valias a nível internacio-

nal, que é o mar, a gastronomia e o lifestyle único desta cidade. Mais um ano em que conseguimos superar as expectativas dos atletas, treinadores e staff da World Surf League, o que ficou bem patente no número de inscritos nesta prova – 152 atletas vindos de todo o mundo, um recorde absoluto que nos deixa bastante orgulhosos. O trabalho que temos vindo a desenvolver está a dar frutos e perspectiva eventos de maior dimensão para os próximos anos. Uma ideia partilhada pelo vicepresidente da Câmara Municipal de Espinho, Vicente Pinto, que vê “com bons olhos a evolução do Espinho Surf Destination. Em três anos apenas, este evento cresceu e está a fazer um percurso fantástico como motor de promoção da cidade. A Câmara Municipal de Espinho vai continuar a apoiar no que for possível, sempre com o objectivo de melhorar a oferta”, concluiu. O Espinho Surf Destination 2016 foi uma organização da GPDESIGN Brand Communication e do Surf Atitude Clube, tendo como promotor a Câmara Municipal de Espinho, contando com o apoio do PraiaGolfe Hotel, Castros, Refer, CP, SuperBock e Vitalis, e tendo como media partners a RTP, FUEL TV, SURFPortugal, Vert, ONFIRE e Surftotal.

Pódio masculino

Pódio feminino 2016 Julho 355

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Vela

JOGOS OLÍMPICOS DO RIO DE JANEIRO 2016

João Rodrigues Porta-Estandarte

João Rodrigues vai ser o Porta-Estandarte de Portugal nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro 2016, naquela que será a sétima participação. A decisão foi comunicada pelo Comité Olímpico de Portugal.

J

osé Manuel Leandro, Presidente da Federação Portuguesa de Vela,

está orgulhoso com a escolha: “É com enorme orgulho que assistiremos ao desfile da missão portuguesa num

Campeonato da Europe de RS:X João Rodrigues 12º na Gelada Finlândia

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oão Rodrigues terminou na 12ª posição o Campeonato da Europa de RS:X, que decorreu em Helsínquia, Finlândia. O francês Thomas Goyard conquistou o título. João Rodrigues terminou o Europeu de RS:X com uma vitória. Na única regata disputada no último dia, em que não estiveram os dez primeiros classificados porque realizaram a Medal Race, o veterano madeirense superiorizou-se ao restante da frota o que permitiu subir ao 13º lugar final. O francês Thomas Goyard, o britânico Kieran Holmes-Martin e o polaco Pawel Tarnowski ocuparam os lugares de pódio.

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momento que será carregado de simbolismo. Foi à Vela que em 1500 os portugueses chegaram ao Brasil e ninguém melhor que um velejador para levar os sonhos de milhões de portugueses espalhados pelo mundo e elevar bem alto o nome de Portugal”, sublinha: “A decisão do Comité Olímpico de Portugal não é apenas uma homenagem justa a um atleta de exceção mas igualmente um reconhecimento à modalidade que mais títulos internacionais conquistou nos últimos vinte anos para o nosso país e a segunda com maior número de medalhas em olimpíadas” conclui o responsável


Vela

máximo federativo. Em declarações publica-

das no sítio oficial do COP, João Rodrigues afirma: “Foi com enorme alegria que recebi, do Chefe de Missão aos Jogos Olímpicos do Rio 2016, o convite para ser o Porta-Estandarte da Missão Portuguesa, naquele que é o maior evento desportivo do planeta. Agradeço profundamente a honra que me é concedida, honra esta extensível à modalidade da vela e à Região Autónoma da Madeira, onde nasci e cresci. Mas é também uma responsabilidade. Ao endereçar-me o convite, certamente o Chefe de Missão entendeu que o meu percurso, de alguma forma, faria com que os portugueses se identificassem com esta Equipa. Esse parece-me ser a principal missão do Porta Estandarte, à qual espero poder estar à altura.” João Rodrigues tem um currículo invejável, além das sete olimpíadas que o tornam no atleta português com maior número de participações, foi Campeão do Mundo e da Europa, tendo conquistado mais de 50 títulos internacionais ao longo da sua carreira. A cerimónia de abertura dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro está marcada para o dia 5 de Agosto, no Estádio do Maracanã.

Semana de Kiel

Sara Carmo em Bom Plano

S

ara Carmo terminou na 13ª posição a clássica Semana de Kiel, que decorreu na Alemanha. A Eduardo Marques foi o melhor português em Laser Standard, acabando no 14º lugar. Depois de 10 regatas realizadas em águas germânicas, Sara Carmo ficou no 13º posto da geral de Laser Radial. A norueguesa Tiril Hartvedt Blue foi a vencedora, seguida da finlandesa Monika Mikkola e da alemã Svenja Weger. Em Laser Standard, Eduardo Marques foi o melhor entre os portugueses após terem sido efectuadas 8 regatas. O velejador português ficou no 14º lugar. Rui Silveira terminou em 19º. Martim Anderson foi 84º e Santiago Sampaio quedou-se pelo 93º posto. O alemão Philipp Buhl foi primeiro, com o italiano Giovanni Coccoluto e o russo Sergey Komissarov a serem 2º e 3º, respectivamente.

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Vela

Campeonato do Mundo de Optimist

Fotografia Matias Capizzano

Jovem Suíço Vence em Vilamoura

O

suíço Max Wallenberg e a maltesa

Victoria Schultheis, no sector feminino sagraram-se Campeões do Mundo da Classe Op-

timist, numa prova que decorreu em Vilamoura. Guilherme Cavaco foi o mais bem classificado

A seleção Portuguesa 64

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entre os portugueses terminando no 20º lugar da geral, enquanto Beatriz Gago foi 6ª da classificação feminina e 59ª da tabela classificativa. Max Wallenberg foi segundo na única do último dia e beneficiou da desqualificação por largada adiantada do norueguês Mathias Berthet para conquistar o título. O velejador nórdico, que era líder, ficou com a prata e Muhammad Fauzi Kaman Shah, da Malásia, alcançou o bronze. No sector feminino, Victoria Schultheis, de Malta, chegou ao lugar mais alto do pódio sendo 20ª classificada na geral. A dinamarquesa Helena Wolff


Vela

Pódio do Team Racing

(22ª da geral) e a singapurense Jodie Lai (32ª da geral) foram 2ª e 3ª classificadas, respectivamente. Beatriz Gago alcançou um excelente 6º lugar e acabou o Mundial no 59º posto. Guilherme Cavaco foi 20º no grupo de ouro, um resultado notável para o jovem velejador de apenas 11 anos de idade. Filipe Egipto foi 22º no grupo de prata, enquanto no grupo de bronze Manuel Ramos foi primeiro e Diogo Sampaio quedou-se na 9ª posição. No Team Racing, vitória dos Estados Unidos, seguidos da Argentina e da Itália. Portugal ficou pelo caminho na fase de qualificação. Portugal começou bem, vencendo a Turquia mas depois foi derrotado pela Suíça e pelo Uruguai, terminando a sua participação no Campeonato do Mundo.

Pódio Masculino

Pódio Feminino 2016 Julho 355

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Vilamoura World Trophy

Fotografia Matias Capizzano

Triunfo Maltês e Guilherme Cavaco em 7º

R

ichard Schultheis, de Malta, foi o vencedor do Vilamoura Trophy, evento teste para o Campeonato do Mundo da Classe Optimist, realizado em águas algarvias. Guilherme Cavaco foi o português mais bem classificado, acabando no 7º lugar. Malta colocou dois velejadores no pódio através de Richard Schultheis, que foi primeiro e Victoria Schultheis, terceira classificada. O alemão Roko Ok Mohr ficou com o segundo posto. Guilherme Cavaco foi o melhor português alcançando o sétimo posto. Os restantes velejadores nacionais ficaram nas seguintes posi-

ções: 23ª Beatriz Gago, 28º Manuel Ramos, 29º Gonçalo Barreto, 31º William Risselin,

34ª Beatriz Cintra, 35º Manuel Fortunato, 49º Martim Mastbaum, 55º Rodrigo Dias, 57º

Francisco Dias, 58ª Mara António, 60ª Rafaela Sousa e 66ª Marta Cavaco.

Guilherme Cavaco

Director: Antero dos Santos – mar.antero@gmail.com Director Comercial: João Carlos Reis - noticiasdomar@media4u.pt Colaboração: Carlos Salgado, Gustavo Bahia, Hugo Silva, José Tourais, José de Sousa, João Zamith, Mundo da Pesca, Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas, Federação Portuguesa de Jet Ski, Federação Portuguesa de Motonáutica, Federação Portuguesa de Pesca Desportiva do Alto Mar, Federação Portuguesa Surf, Federação Portuguesa de Vela, Associação Nacional de Surfistas, Big Game Club de Portugal, Club Naval da Horta, Jet Ski Clube de Portugal, Surf Clube de Viana, Associação Portuguesa de WindSurfing Administração, Redação: Tlm: 91 964 28 00 - noticias.mar@gmail.com

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