Notícias do Mar n.º 354

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Notícias do Mar

Regulamento da Náutica de Recreio

Texto Antero dos Santos

Ministra do Mar Convocou Conselho da Náutica de Recreio

É necessario tirar a náutica de recreio do marasmo em que está A Ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, após receber uma carta da Federação Portuguesa de Vela a apresentar o texto de um novo Regulamento da Náutica de Recreio, convocou de imediato o Conselho da Náutica de Recreio para se reunir e estudar uma proposta para ela aprovar. Agora é preciso que o SIMPLEX chegue à Náutica de Recreio.

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Euro Sailing em Tavira foi organizado pelo Clube Náutico de Tavira 2

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Federação Portuguesa de Vela propõe um Regulamento incentivador da iniciação e uma alavanca para desenvolver a náutica de recreio em vez de a reprimir, como é o actual. Para além de propor meios para se acabarem com as vistorias às embarcações novas, apresenta soluções para eliminar a burocracia das Capitanias e da DGRM no Registo das embarcações. Mas, a principal solução do Regulamento para dar nova vida à náutica de recreio, é a proposta de acabar com a actual Carta de Marinheiro e substituí-la


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Clubes Náuticos e Carta Básica de Patrão

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Escola de vela do Clube Naval de Peniche

pela Carta Básica de Patrão tirada nos Clubes Náuticos. A Náutica de Recreio entrou em recessão logo no seu primeiro ano de vida, o ano 2000, porque o Decreto-Lei nº 567/99 que devia ter transposto para a nossa legislação a Directiva Comunitária nº 94/25/CE não o fez. Porquê? O IPTM nunca explicou. Para estar conforme a Directiva, o Regulamento da Náutica de Recreio que foi aprovado por esse DecretoLei devia ter classificado as embarcações de recreio com Marcação CE de conformidade, quanto às áreas de navegação em A, B, C e D, navegação oceânica, ao largo, costeira e águas abrigadas. Em vez desta classificação europeia, que todos os países cumpriram, em Portugal foi introduzida T1, T2, T3, T4 e T5. Desta forma o Regulamento, ao não cumprir com a legislação seguida em toda a Europa, teve como consequência o IPTM não permitir o Registo automático das embarcações de recreio que a Directiva Comunitária nº 94/25/CE impunha. Em vez disso, embora no Regulamento apenas fosse obrigatório a Vistoria de Manutenção, o IPTM impôs a todas as embarcações para serem Registadas duas vistorias prévias, uma em seco

e outra na água, apenas para se conferir se um veleiro A correspondia a um T1 ou um barco T5 era de facto um D. O IPTM ficou com a tarefa de Registar as embarcações T1, T2, e T3 e fazer vistorias a todos os barcos novos com marcação CE e Classificados A, B e C. As Capitanias ficaram com os barcos mais pequenos, os T4 e T5 que são D. Para se Registar uma embarcação, passou-se a gastar dias e meses com a imensa burocracia das Capitanias e do IPTM. Os registos acabaram por causar elevadas despesas aos proprietários dos barcos com deslocações, aluguer de gruas, pagamento das taxas e ainda ajudas de custos aos inspectores. Com estas chatices, tempo perdido e despesas vultosas, foram milhares os portugueses que desistiram de comprar barco, principalmente os mais pequenos e que eram construídos nos estaleiros portugueses, muitos dos quais fecharam. Em 2005 o IPTM já informava que os registos estavam em cerca de 50%. Os iates à vela ou a motor passaram a ser adquiridos no estrangeiro. E agora até já existe um esquema para Registar qualquer barco na Bélgica ou na Holanda.

a proposta de Regulamento da Náutica de Recreio que a Federação Portuguesa de vela apresentou foi criada a Carta Básica de Patrão para substituir a actual Carta de Marinheiro. Dessa sua ideia enviou uma carta à Ministra do Mar, Director-Geral da DGRM e a todos os membros do Conselho da Náutica de Recreio a explicar a razão dessa Carta tirada nos Clubes Nãuticos. A maioria dos Clubes Náuticos em Portugal está instalada junto à água, porém, em instalações precárias pertencentes às Administrações Portuárias e sem espaço para se expandirem. Como têm faltado políticas de desenvolvimento dos desportos náuticos e da náutica de recreio, os Clubes Náuticos não conseguem atrair mais sócios, promover a vida associativa e dinamizar mais os desportos náuticos. A Federação Portuguesa de Vela ao criar no novo Regulamento da Náutica de Recreio uma carta de iniciação, a Carta Básica de Patrão, tirada nos Clubes Náuticos, desenvolve um plano estratégico para incentivar a iniciação à cultura náutica. Pretende-se que o Clube Náutico seja o polo do desenvolvimento da náutica de recreio e o pilar da construção de uma cultura de responsabilidade marítima. Quer seja para praticar vela, ir à pesca, ou passear com a família e os amigos, quem se inicia encontra no Clube Náutico um centro pedagógico, com meios para o apoiar e, onde aprende a respeitar o mar, a navegar e fomentar o espírito de interajuda. O Clube Náutico precisa ser considerado importante para a comunidade e por isso ser a base de um Sistema de Alerta Marítimo. Ser procurado para prestar os serviços necessários no fomento das atividades náuticas, despertar o interesse pela prática desportiva e assim conseguir implementar mais a vida associativa com a entrada de novos sócios. A FPVela sabe, através da experiência das Escolas de Vela, que a iniciação da modalidade com as crianças de 8 anos incentiva o respeito pelo mar e o perfeito domínio da embarcação. Qualquer miúdo dos Optimist manobra com os motores fora de borda com punho as embarcações da escola. A Carta Básica de Patrão, para implementar o conhecimento da segurança, inicia-se com a instrução de vela e do remo. No mínimo, o candidato deve saber aparelhar e manobrar um barco à vela com cana de leme e remar um barco com dois remos e pagaia. Este ensino dado nos Clubes Náuticos garante a iniciação da náutica de recreio com a maior segurança. A segurança no mar é o fator mais relevante para quem navega, que exige bom senso e espírito de previdência. Isto aprende-se no contacto com os companheiros mais experientes do clube. Esta é a grande vantagem do associativismo nos Clubes Náuticos. Com a Carta Básica de Patrão tirada em 30 horas, das quais 18 horas de aulas práticas, em exclusivo nos Clubes Náuticos consegue-se que o novo navegador de recreio penetre na cultura marítima do clube e não desmotive como tem acontecido até agora a milhares que se iniciaram com a Carta de Marinheiro e não se associam a nada depois. Lisboa, 10 de Maio de 2016 José Manuel Leandro Presidente

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Clube Náutico de Tavira

A solução que a Federação Portuguesa de Vela propõe para a Classificação das embarcações é apenas que se cumpra com o que está nessa primeira Directiva Co-

munitária nº 94/25/CE e é o mesmo em todas as outras que entretanto saíram. As embarcações classificam-se em A, B, C e D e acabam-se com as Vistorias a embarca-

ções novas com Marcação CE de conformidade. Porquê o registo dum barco tem de ser

diferente de um automóvel? No que respeita aos Registos, a Federação Portuguesa de Vela, propõe o mesmo tratamento que o registo dos automóveis, um registo automático pelo Instituto dos Registos e do Notariado. Qualquer estaleiro de embarcações de recreio europeu ou dos USA só vende os seus barcos na Europa se estiverem credenciados pela CE. Quando lançam um novo modelo de embarcação, desde o projecto, o protótipo, até o barco final, tudo passa por diversas fases de aprovação e a construção com controlo interno de produção, constituído por vários Módulos, sob controlo de uma Sociedade Classificadora também credenciada pela CE. Só assim às embarcações de recreio é afixada a Marcação CE e elaborada a Declaração Escrita de Conformidade com a Clas-

O Clube Naval de Portimão dinamiza bastante as actividades náuticas 4

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sificação quanto à área de navegação, Lotação, Carga máxima e Potência máxima do motor. Numa Capitania ninguém está habilitado nem tem competência técnica para Classificar ou determinar qual é a Lotação de uma embarcação de recreio com Marcação CE. As Capitanias devem apenas intervir para registar o Porto de Registo e informarem a DGRM, que deve ficar com o RETECER (o registo técnico central de embarcações de recreio), que a embarcação pertence a esse porto.

O Clube Náutico de Viana do Castelo é um importante polo de desenvolvimento

As habilitações das Cartas de Navegador de Recreio devem estar em harmonia com as áreas de navegação das embarcações O Regulamento da Náutica de Recreio que a Federação Portuguesa de Vela propõe, indica para a navegação oceânica, ao largo, costeira e águas abrigadas as embarcações com a classificação europeia A, B, C e D. Quanto às Cartas de Navegador de Recreio, propõem-se apenas três, Carta de Patrão de Alto Mar, Carta de Patrâo de Costa e Carta Básica de Patrão. Deixa de haver a Carta de Patrão Local, porque esta Carta tem reduzidas habilitações quanto à área de navegação, pois apenas permite navegar até 10 milhas de um porto de abrigo e 5 milhas da costa. Isto é muito pouco para quem quer ir à vela ou a motor ao longo da costa. Pretende-se incentivar os que querem navegar mais longe a estudar mais um pouco, assistir a mais umas quantas aulas e tirar a Carta de Patrâo de Costa. 2016 Junho 354

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Barcos que se podem comandar com a Carta Básica de Patrão na proposta da Federação Portuguesa de Vela

Beneteau Barracuda com Yamaha F150

Cobalt 200 com motor interior de 220 HP

Bayliner Element XR7 com Mercury F150

Quicksilver 810 Arvor com motor Diesel 220 HP

Quicksilver 640 Cruiser com Mercruiser 220 HP

Jeanneau Sun Fast 3200

Fotografia: J-M Liot/SF 3200

Capelli Tempest 650 com Yamaha F130

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Capelli Cap 25 WA com Honda BF250

Rodman Fisher Cruiser 870 com motor Diesel 260 HP

Quanto à Carta de Patrão de Costa a Federação Portuguesa de Vela propõe que passe habilitar a navegação até às 40 milhas da costa, porque o titular, se for velejador permite-lhe fazer bordos maiores e se for pescador consegue aumentar as suas zonas de pesca. Pode comandar embarcações A navegação oceânica, B navegação ao largo e C navegação costeira se esta estiver equipada com os euipamentos de segurança para navegar até às 40 milhas. As embarcações D destinam-se às águas abrigadas, águas interiores e no litoral com pouca agitação marítima que se propõe possam navegar no máximo até 3 milhas da costa. Carta de Patrão Básico para incentivar a iniciação No actual Regulamento, que dura há 16 anos, para se conduzir um barco num estuário, num rio ou numa albufeira, para se fazer esqui, pescar ou passear com a família num barco com motor acima dos 60 HP, só com a carta de Patrão Local. A limitação dos 60 HP como máximo na Carta de Marinheiro, obriga o navegador de recreio a levar a família 2016 Junho 354

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Fotografia: SUM Photography

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O Cube Naval de Cascais vai organizar em 2016 o Mundial de SB20

num pequeno barco de 5,00 metros, num pneumático ou semi-rígido. Navegar em barcos pequenos é inseguro e não dá à-vontade aos familiares. Esta limitação dos 60 HP na Carta de Marinheiro foi a principal causa das pessoas desistirem de ser navegadores de recreio, pois não estão dispostas a fazerem dois cursos, ou dois em um, como as escolas de formação náutica começaram a fazer, em virtude da maioria nem sequer pretender nave-

gar no mar. A Federação Portuguesa de Vela ao criar a Carta Básica de Patrão, tirada nos Clubes Náuticos, dá a garantia de uma formação controlada pelas Federações Náuticas, onde o principal objectivo é ensinar e fazer navegadores de recreio. No curso o iniciado tem aulas práticas onde aprende primeiro a fazer vela e a remar e depois então a navegar. A Carta Básica de Patrão, permitindo aos adultos navegar de dia até 12 mi-

Em Viana do Castelo realizou-se o Nacional de Match Racing 8

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lhas da costa, vai incentivar muito os que são pescadores pois podem ir aos pesqueiros que estejam dentro desses limites. Se for velejador, com a Carta Básica de Patrão pode comandar uma embarcação A, B ou C, que não tenha mais de 12 metros de comprimento e fazer bordos ao longo da costa, desde que não ultrapasse as 12 milhas. Na proposta da Federação Portuguesa de Vela não existe o porto de abrigo. Ao longo da costa existem inúmeros locais utilizados por comunidades de pescadores profissionais com acesso seguro à água com rampas, onde facilmente se colocam barcos semi-rígidos e até em fibra como os dos pescadores. São zonas conhecidas e utilizadas há muitos anos por pescadores submarinos e lúdicos à linha, onde o porto de abrigo está bem longe e é mais seguro entrar na água e sair ali que navegar milhas à procura do porto de

abrigo. Na Carta Básica de Patrão considera-se a potência adequada é aquela que estiver registada no barco segundo a Declaração Escrita de Conformidade do construtor. Quanto aos adolescentes, apenas poderão navegar até 3 milhas da costa em barcos de 7 metros de comprimento à vela ou a motor com a potência adequada. No que respeita às crianças, que aprendem facilmente a andar de Optimist a partir dos 8 anos, poderão navegar em barcos até 5 metros à vela e a motor com o máximo de 6 HP (4,5 Kw).de potência. A Carta de Patrão Básica tem 30 horas de aulas das quais 12 são aulas práticas. Dadas nos Clubes Náuticos é uma garantia que toda a gente aprende a navegar em segurança e fica com conhecimentos náuticos, porque não se vai deixar passar ninguém nos exames que não esteja apto.


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Notícias do Mar

Oceans Meeting Lisboa 2016

Exposição, Conferência Internacional e Declaração Promovido pelo Ministério do Mar, realizou-se nos passados dias 2 e 3 de Junho o Oceans Meeting que decorreu no Centro de Congressos de Lisboa, uma iniciativa centrada na economia do mar, ciência e inovação oceânica, cultura e literacia dos oceanos, que incluiu também uma exposição de ciência, robótica e inovação.

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Governo assumiu o Oceano como uma das principais áreas de investimento para os próximos anos, com três grandes prioridades para o Oceano, o reforço da soberania do Estado, a economia do mar e promover a alfabetização do oceano entre os jovens. O oceano e os recursos marinhos formam uma componente integrada e essencial do ecossistema da Terra e são fundamentais para o desenvolvimento sustentável, desempenhando um papel indiscutível como motor da economia global com potencial 10

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significativo para a inovação e o crescimento. Em acordos recentes, nomeadamente o Acordo de Paris sobre a Mudança Climática e a Agenda para o Desenvolvimento Sustentável até 2030, ajudaram a ressaltar a importância da conservação e o uso sustentável do Oceano e dos recursos marinhos. À luz destes desenvolvimentos, é cada vez mais importante manter todos os responsáveis internacionais e todos os interessados na economia do mar totalmente engajados na continuação do debate, reforçando o compromisso com o uso sustentável

do Oceano e do desenvolvimento de uma economia azul. Durante dois dias Lisboa foi palco da discussão para uma declaração conjunta, uma exposição com uma mostra de iniciativas e de produtos inovadores e robótica na área dos oceanos e a Conferência Internacional sobre ciência e inovação oceânica, cultura e literacia dos oceanos. Nesta conferência foi apresentado o último estudo da OCDE, sobre o Futuro da Economia do Mar, The Ocean Economy in 2030. Assinada declaração conjunta

no ‘Oceans Meeting 2016’ Representantes de cerca de 60 delegações estiveram presentes no Encontro Internacional ‘Oceans Meeting 2016’ e no final subscreveram por unanimidade uma declaração conjunta para a preservação dos recursos do mar. Foram assumidos três grupos de compromissos ao nível da literacia oceânica e cultura, ciência e inovação e economia azul. As delegações eram compostas por representantes de alto nível governamental, mas também cientistas de referência internacional no


Notícias do Mar

Prof. Mário Ruivo

conhecimento dos oceanos e integravam ainda altos quadros de sete organizações internacionais - Organização das Nações Unidas (ONU), Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), Organização Marítima Internacional (IMO),

Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA - UNEP), Conselho Internacional para a Exploração do Mar (CIEM - ICES), Secretaria-Geral Ibero-americana (SEGIB).

Ana Paula Vitorino disse no final “ a Declaração Conjunta demonstrou a necessidade já bem aceite de que todos têm de colaborar uns com os outros e o consenso esta sexta-feira alcançado servirá como arranque para grandes decisões que serão

Conferência internacional 2016 Junho 354

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Notícias do Mar

Exposição da Larsys, Laboratório de Robótica e Sistemas de Engenharia, de Portugal

tomadas no próximo ano”, referindo-se à Cimeira das Nações Unidas, que decorrerá nas ilhas Fiji. Conferência Internacional Um dos pontos altos do “Oceans Meeting” que teve a presença de Marcelo Rebelo de Sousa, com um discurso de abertura, foi um conjunto de conferências para compartilhar ideias e experiências com especialistas internacionais de prestígio. Os oradores convidados dissertaram sobre a economia do Oceano, a in-

vestigação dos seus recursos, biotecnologia marítima, alfabetização e cultura de Oceanos, com a apresentação do conceito “Sociedade Blue” e o relatório da OCDE “O Futuro da Economia do Mar” O primeiro conferencista foi o prof Mário Ruivo, que recebu uma homenagem especial do Presidente da República e da Ministra do Mar. Dissertaram depois Barrie Stevens sobre o futuro da economia oceânica, a economia azul, Paul Snelgrove que falou de ciência e inovação, Dana Manalang sobre inves-

Robô Hibrido TURTLE

tigação em observatórios no oceano, Manuel Cira sobre cultura oceano e Miguel de Serpa Soares terminou com governance oceano. A Ponte entre a Escola e a Ciência Azul Dirigido às crianças realizouse o Congresso Nacional “A Ponte entre a Escola e a Ciência Azul” que reuniu no dia 2 cerca de 100 alunos do Ensino Secundário, pertencentes a escolas de norte a sul

Exposição de ciência, robótica e inovação 12

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do país, que participaram num Congresso Científico exclusivo para jovens do Secundário a trabalhar o mar. Este foi o III Congresso Nacional que foi organizado pela Estrutura de Missão para a Extensão da Plataforma Continental (EMEPC), por via do projecto Kit do Mar, Este Congresso representou a última etapa do terceiro ano do projecto, onde alunos do Secundário integraram investigações de ciência e tecnologia do mar, lado a lado com investigadores de diferentes instituições com ligação ao Oceano: IPMA, Jardim Zoológico, ISPA-MARE, ISR-IST, MARETEC-IST e EMEPC. Este projecto proporcionou aos jovens um contacto mais próximo com o mundo da investigação científica e com as rotinas diárias do trabalho científico ligado ao mar. Foram nove as escolas que participaram nesta terceira edição do projecto: Colégio EuroAtlântico (Matosinhos), Escola Secundária do Lumiar (Lisboa), Escola Secundária José Gomes Ferreira (Lisboa), Colégio Pedro Arrupe (Lisboa), Escola Secundária Camilo Castelo Branco (Oeiras), Escola Secundária Quinta do Marquês (Oeiras), Escola Secundária de Miraflores (Oeiras), Escola Básica e Secundária Anselmo de Andrade (Almada) e Escola Secundária Dr. Jorge Augusto Correia (Tavira).


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Náutica

Notícias Yamaha

Grande Yamaha F350 renasce com design completamente novo

O “Grande” e favorito motor fora de borda em todo o mundo, renasce com um design completamente novo.

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esde o seu lançamento, o F350 tem superado de

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forma consistente todas as expetativas dos clientes – e mantém-se orgulhosamente no topo da gama de motores

a 4 tempos da Yamaha. Para celebrar o sucesso deste emblemático motor fora de borda, a Yamaha acaba de anunciar a mais recente encarnação do F350, que apresenta um capot com um design exclusivo totalmente novo. Enquanto o símbolo ‘V’ grande identifica claramente a potente configuração V8 5,3 litros, o formato achatado do grafismo tem como finalidade dar ênfase a uma


Náutica

Resumo das Especificações Técnicas - F350A

das características mais notáveis ​​e admiradas deste motor – a notável curva plana do torque. Para qualquer proprietário, isto significa potência imediata, suave e consistente desde o ralenti até à máxima aceleração, sem que haja qualquer hesitação ou momentos de oscilação de potência em determinadas rotações o que acontece frequentemente com outros motores de tecnologia inferior. Esta é a razão também

pela qual, o F350 oferece desde o seu lançamento, níveis de torque e impulso nunca antes disponíveis para grandes embarcações. Além disto, com a sofisticação do Helm Master®, o sistema Yamaha integrado de controlo do barco, o F350A pode ser aplicado em instalações duplas ou triplas facilitando o manuseamento e manobras nas docas, mesmo com embarcações grandes.

60º V8 5.3 litros (5330cc) 4 Tempos 32-Válvulas DOHC Árvore de cames variável (VCT) Válvula eletrónica de controlo de acelerador Saída de escape dupla In-Bank™ com tubagem integrada Injeção de combustível eletrónica Multi-Ponto EFI Bobines de ignição directa e bomba de gasolina vedada Caixa de engrenagens ultra resisitente Apoios do motor forjados e de grandes dimensões Sistema de elevada proteção anti-corrosão (UCP-II) Sistema Digital em Rede Yamaha Comandos eletrónicos digitais Yamaha Ajuste variável de RPM Sistema de diagnóstico Yamaha Sistema de drenagem reforçada do capot Resistentes pistões forjados anodisados e maquinados Camisas do cilindro com tratamento em cerâmica Modelo de rotação contrária disponível Hélice em Inox Polido Saltwater Series XL com Sistema de amortecimento SDS (Shift Sampener System) Y-COP (Sistema proteção anti-roubo Yamaha) opcional Comprimento do veio: X = 25” U = 30” Peso com hélice: F(L)350 AETX: 356 kg Peso com hélice: F(L)350 AETU: 364 kg Potência no veio do hélice: 350hp

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Pesca Desportiva

Notícias de Peniche

Peniche Celebrou o dia do Pescador Um dia recheado de eventos, organizado pela Câmara Municipal de Peniche, marcaram as celebrações do Dia Nacional do Pescador no dia 5 de Junho, com início logo pelas 09h00 da manhã com o lançamento de foguetes.

O

Município de Peniche levou a cabo as comemorações do Dia Nacional do Pescador no dia 5 embora seja o 31 de Maio a data assinalada, por decreto governamental de 1997, para esta celebração que pretende valorizar o ofício e os contributos dos profissionais com atividade ligada ao mar. Optando pelo dia 5 de Junho para a realização das festividades, o Município pretendeu dar a oportunidade de participação a todos quantos se dedicam à atividade piscatória apenas interrompendo a sua faina aos domingos. As comemorações começaram com o lançamento de foguetes, logo pelas 9 horas, seguindo-se um seminário no Auditório Municipal, que incidiu sobre a Fileira Socioeconómica da Pesca. Depois teve lugar a cerimónia de inauguração do Centro de Convívio da Acompanha CRL, antiga casa de trabalho das mulheres dos pescadores - Ex - Traquinas, um projeto 16

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cofinanciado pelo PROMAR e pelo Município de Peniche. Seguiu-se o já tradicional almoço-convívio em homenagem ao pescador de Peniche, servido na cantina municipal. À tarde prosseguiram as festividades na Ribeira Velha, com a deposição de uma coroa de flores no monumento ao pescador, a cerimónia de homenagem ao Sindicato dos Trabalhadores da Pesca do Centro, bem como ainda houve a tradicional sessão de fados com o fadista António Severino. As comemorações do dia do Pescador encerraram com a celebração de uma Eucaristia em homenagem aos Homens do Mar, na Igreja de Nossa Senhora da Ajuda. Estas festividades tiveram como organizadore a Associação Mútua Financeira Livre dos Armadores da Pesca Geral (AMAP), da Câmara Municipal de Peniche, da Cooperativa dos Armadores de Pesca Artesanal, Crl (CAPA) e do Sindicato dos Trabalhadores da Pesca do Centro.


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Electrónica

Notícias Nautel

O Intercomunicador LH3000 … com várias funcionalidades extras

O sistema Furuno LH-3000 é um intercomunicador que permite ligação entre diversos pontos de uma embarcação e simultaneâmente tem uma saída para o exterior, por via de um potente altifalante/corneta, para comunicação de ordens (Loud Hailer) e emissão de avisos sonoros de segurança em nevoeiros (Fog Horn).

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LH-3000 foi concebido para uma ampla variedade de embarcações e navios, que requerem comunicações a bordo e navio-navio de alta qualidade em quase todas as circunstâncias.

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Solidamente construído e impermeável, o LH-3000 contém um altifalante embutido de alta qualidade e um microfone. No seu painel frontal, há indicadores de estados fácéis de seguir. Por gerar voz, ou oito sinais de aviso internacionalmente reconhecido de tons, o LH-3000

notifica outras embarcações nas proximidades da sua presença e do seu estado, independentemente das condições de visibilidade. Na sua funcionalidade mais básica e imediata, o LH-3000 compõe um sistema interno de comunicação bidirecional. A estação principal, na ponte, liga até quatro subestações, que podem por exemplo estar na casa da máquina, em salões, no exterior etc. O LH-3000 pode ser ligado a vários equipamentos externos para permitir funções úteis. Quando conetado a uma unidade de alarme externo, o LH-3000 pode funcionar como um alarme de segurança. Uma entrada auxiliar de áudio permite a transmissão de música ou outros sinais de áudio externos (do leitor de CD, rádio, etc.) para os altifalantes das subestações. A sua utilização é intuitiva.

Especificações técnicas Furuno LH-3000 Saída de 30 watts para corneta exterior. Indicadores LED para alertas Teclado retroiluminado para operação noturna. Altifalante Incorporado alta qualidade capacidade de Sirene e tonas de avisos em situação de nevoeiro, com 6 sinais internacionalmente reconhecidos. - UNWY - navio em rota, em visibilidade reduzida - Sail - navio à vela em visibilidade reduzida - Tow - navio em reboque, em visibilidade reduzida - Stop - Navio parado em visibilidade reduzida - Anch - navio fundeado em visibilidade reduzida - AGND - navio encalhado, em visibilidade reduzida - Sinais de alerta manualmente controlados, de “YELP” e “On/ Off” - Tow - navio em reboque, em


Electrónica

visibilidade reduzida - Stop - Navio parado em visibilidade reduzida - Anch - navio fundeado em visibilidade reduzida - AGND - navio encalhado, em visibilidade reduzida - Máximo de quatro sub-estações de Intercom que permitem comunicação bidirecional entre a estação principal e as mesmas individualmente ou todas ao mesmo tempo. Entrada de áudio “AUX” que permite a transmissão de música ou outros sinais de áudio externos. - Estanquicidade do painel frontal IPX5 e USCG CFR-46 (não impermeável, do painel traseiro) - Alimentação: 12VDC (consumo 5A em utilização e 280mA em espera (stand-by). No painel traseiro estão os conetores para ligação das várias cablagens (não incluídas), incluindo a de alimentação elétrica. A corneta é uma convencional de 8 ohm de impedância◦UNWY - navio em rota, em visibilidade reduzida - Sinais de alerta manualmente controlados, de “YELP” e “On/ Off

Tel.: 213 007 030 Visite-nos em: www.nautel.pt

Preços: LH3000, Estação Principal 700€+IVA (861€) LH3010, Sub-estação 45€+IVA (55,35€) LH3010, Kit de encastrar 30€+IVA (36,90€) NAUTEL Sistemas Electrónicos, Lda Rua Fernão Mendes Pinto, Nº 46 1400-146 Lisboa – Portugal 2016 Junho 354

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Náutica

Notícias Honda

Honda em campanha promocional “Onda de Potência”

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HONDA MARINE, marca pioneira no desenvolvimento de motores a 4 Tempos, lançou a partir de dia 27 de Maio, uma nova Campanha Promocional para os seus motores de maior potência. 20

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Esta nova campanha “ONDA DE POTÊNCIA”, estará disponível nos Concessionários aderentes da Rede Honda Marine e incidirá sobre os motores fora-deborda desde os 135CV até aos

250 CV com uma vantagem para o Cliente que poderá ir até aos 6.042 € GROW Produtos de Força Portugal, Lda

Rua Fontes Pereira de Melo,16 2714-506 Abrunheira SINTRA – PORTUGAL Tel. +351 211 303 000 Fax. +351 211 303 003 Mail: geral@grow.com.pt WWW.GROW.COM.PT


Pesca Submarina

Campeonato Nacional de Pesca Submarina em Sagres

Jody Lot Tricampeão Nacional, Estoril Praia vence por Clubes e Vasco Silva Campeão Sub-23

João Peixeiro com Maior exemplar Robalo 4,560 kg O Campeonato Nacional de Pesca Submarina 2016 realizou-se nos dias 4 e 5 de Junho de 2016, em Sagres e o atleta algarvio Jody Lot sagrou-se Tricampeão Nacional de Pesca Submarina, o Grupo Desportivo Estoril Praia vence por Clubes e Vasco Silva o Campeão Sub-23.

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esta edição do Campeonato Nacional de Pesca Submarina participaram 21 atletas masculinos e uma atleta feminina, distribuídos por 5 clubes. Cada jornada teve a duração de 5 horas, a prova foi disputada com o apoio de embarcação e em boas condições atmosféricas e de mar para a prática desta modalidade desportiva praticada exclusivamente em apneia. No Sábado, a prova foi disputada mais a Norte de Sagres, entre a Ponta da Grota e a Pedra do Gigante, com os atletas a apresentarem uma boa varie-

Início da primeira jornada 2016 Junho 354

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Pesca Submarina

Jody Lot com dois sargos na primeira jornada dade de capturas destacandose o atleta da casa, Mathhias Sandeck que venceu a primeira jornada levando à pesagem um enfião com 12 espécies diferentes e totalizando 100% de pontuação percentual, algo que nunca foi verificado numa competição recente de Pesca Submarina e que justificou a diferença para o seu rival Jody

Lot, atleta também da casa que, embora com maior número de capturas na jornada, posicionou-se em segundo lugar com 96,87%, seguido de André Domingues, com 72, 53%, todos do Estoril Praia. No Domingo, a zona de prova dividia-se entre a Pedra o Gigante e a Ponta da Baleeira, com os três primeiros atletas do

Jody Lot Tricampeão Nacional com dois safios 22

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Estoril Praia a destacarem-se dos restantes, o André Domingues venceu a segunda jornada com 100% de pontuação percentual, Jody Lot manteve o segundo lugar com 93,56% e Matthias Sandeck o terceiro lugar, com 76,89%. No final o pódio individual deste Campeonato Nacional ficou ordenado com Jody Lot no

primeiro lugar, a renovar o Título Nacional pela terceira vez consecutiva, totalizando 190,43% de pontuação percentual, em segundo lugar Matthias Sandeck, com 176,89% e em terceiro lugar André Domingues, com 172,53%. O pódio por clubes ficou composto, em primeiro lugar o Grupo Desportivo Estoril Praia,

Mathhias Sandeck 2º classificado com um pargo sêmea e uma abrótea


Pesca Submarina

André Domingues 3º classificado com um Sargo e um Robalo

Vasco Silva Campeão Sub-23

com um total de 539,85% de pontuação percentual, em segundo o Grupo Desportivo e Cultural Administração do Porto de Sines, com 331,39% e em terceiro lugar o Clube Vela de Lagos, com 151,43%. E o troféu de maior exemplar foi entregue ao João Peixeiro, do Grupo Desportivo e Cultural Administração do Porto de Sines, pela captura de um Robalo, com 4,560 kg. No final das pesagens foi feito o habitual sorteio de alguns exemplares pelo público assistente e as capturas foram oferecidas à Santa Casa da Misericórdia de Vila do Bispo. No fim a FPAS felicitou todos os participantes e agradeceu o apoio prestado pela Camara Municipal de Vila do Bispo, Junta de Freguesia de Sagres, Bombeiros Voluntários de Vila do Bispo, Clube Recreativo Infante de Sagres, Capitania do Porto de Lagos, Docapesca, Revista O Praticante, Jornal Notícias do Mar, The Box, Suzuky Marine e a todos quantos colaboraram direta e indiretamente na organização deste evento desportivo. Esta prova teve por objectivo encontrar o Campeão Nacional por equipas, absoluto e Sub-23, divulgar e sensibilizar os praticantes e público em geral para esta modalidade selectiva, praticada totalmente em apneia e consequentemente contribuir, por um lado, para o desenvolvimento da Pesca Submarina de competição em Portugal e, por outro, para a promoção turística e económica de Sagres, localidade onde o evento teve lugar. 2016 Junho 354

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Pesca Submarina

Pesca Submarina Internacional e Nacional em Peniche

Jody Lot, Portugal e Estoril Praia vencedores

Vencedores Nacional Triplas e Open Cidade Peniche Peniche recebeu num só fim-de-semana várias competições desta modalidade desportiva praticada exclusivamente em apneia, no dia 21 de Maio, a terceira edição do Atlantic International Master de Pesca Submarina e no dia 22 de Maio, o Campeonato Nacional de Pesca Submarina Triplas 2016, juntamente com o Open de Triplas Cidade de Peniche.

A Concentração dos barcos no mar no Atlantic Master 24

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terceira edição do “Atlantic Spear Fishing International Master” realizou-se, no sábado, com boas condições de mar, com os atletas a concentrarem-se no lado Norte de Peniche, entre a Nau dos Corvos e a Papoa. Nesta prova individual com o apoio de embarcação e timoneiro participaram 13 atletas em representação de Portugal, Finlândia, San Marino e Eslovénia. No pódio individual desta prova internacional ficaram três atletas nacionais, no primeiro lugar o Jody Lot, com 100% de pontuação per-


Pesca Submarina

centual, no segundo lugar o André Domingues com 94,46% e no terceiro o João Peixeiro com 68,33%. O atleta estrangeiro melhor classificado foi o Robert Podgorsek da Eslovénia, em sétimo lugar com 27,2%, seguido do Finlandês Matti Pyykko, em oitavo lugar com 26,14%, o vencedor da anterior edição do Atlantic Master. A organização decidiu atribuir também a classificação por países e Portugal ocupou destacadamente o primeiro lugar com 262,79% de pontuação percentual, seguiuse em segundo lugar a Finlândia com 51,99% e em terceiro lugar San Marino com 40,72%. O maior exemplar do Atlantic Master foi uma Abrótea com 2,330 kg, capturada pelo atleta da Selecção Nacional, Pedro Domingues. Jody Lot, Matthias Sundeck e André Domingues vencem Nacional de Triplas e Estoril Praia vence por clubes No domingo teve lugar o Campeonato Nacional de Triplas e o Open Cidade de Peniche, na zona de prova mais a Sul, em condições mais adversas e com o vento a soprar mais forte, comparativamente a sábado. No total participaram 36 atletas distribuídos por 12 triplas, cada uma na sua embarcação de apoio. O pódio do Campeonato Nacional de Triplas ficou ordenado em primeiro lugar com a tripla Jody Lot/ Matthias Sandeck/ André Domingues, do Estoril Praia, com 100% de pontuação percentual, em segundo lugar a tripla Humberto Silva/ Luís Gonçalo Sá/ Francisco Bregas, também do Estoril Praia, com 70,76% e em terceiro lugar a tripla Pedro Domingues/ João Peixeiro/ Miguel Santos, do Grupo Desportivo e Cultural Administração do Porto de Sines, com 58,23%. No pódio por clubes ficou em primeiro lugar o Grupo Desportivo Estoril Praia com 170,76% de pontuação percentual, em segundo lugar o Grupo Desportivo e Cultural Administração do Porto de Sines com 58,23 % e em terceiro lugar o Clube Vela de Lagos com 14,54%. O maior exemplar do Campeonato Nacional de Triplas também foi uma Abrótea com 1,970 kg, capturada pelo atleta Pedro Domingues, do Grupo Desportivo e Cultural Administração do Porto de Sines. E o pódio do “Open de Triplas Cidade de Peniche – José Rama-

lhete” que também contou para a Taça de Portugal, ficou ordenado em primeiro lugar com a tripla Jody Lot/ Matthias Sandeck/ André Domingues, com 100% de pontuação percentual, em segundo lugar a tripla Humberto Silva/ Luís Gonçalo Sá/ Francisco Bregas, com 70,76% e em terceiro lugar a tripla Domenico.Macaluso/ Francesco Conte/ Robert Podgorsek, com 61,95%. As pesagens, sorteio de produtos e as cerimónias de entrega de prémios foram realizadas no Clube Naval de Peniche e contaram com a presença dos representantes das várias entidades que colaboraram na organização deste conjunto de competições de Pesca Submarina, nomeadamente: Jorge Bom-

Concentração no Atlantic Master junto ao CNPeniche

João Peixeiro da selecção Nacional com um safio no Atlantic Master

Matti Pyykko da Finlândia vencdor da edição anterior do Atlantic Master 2016 Junho 354

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Pesca Submarina

Concentração no mar no Nacional Triplas e Open Cidade Peniche bas Amador – Vice-Presidente da Câmara Municipal de Peniche, Francisco Silva – Presidente do Clube Naval de Peniche, Jofre Pereira - Direção do Lar Santa Maria de Peniche, Mark Ministro – Presidente da Assembleia-Geral da FPAS, Ricardo José – Presidente da FPAS, Luis Verissimo, Francisco Oliveira e Lourenço Silveira – Vice-Presidentes da FPAS. Habitualmente as capturas

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resultantes das provas de Pesca Submarina são doadas a instituições locais de solidariedade social e os maiores exemplares sorteados pelo publico assistente. Nestes dois dias de competição as capturas foram todas entregues ao Lar Santa Maria de Peniche. No final a FPAS felicitou todos os participantes e agradeceu o apoio prestado pelo Clube Naval de Peniche, a Câmara Municipal

de Peniche, Bombeiros Voluntários de Peniche, Capitania do Porto de Peniche, Revista O Praticante, Jornal Notícias do Mar, Suzuky Marine, Meganáutica, Casa Ermelinda de Freitas, Salvimar Portugal, Nautel, Nautioeste, Sparus Sub e a todos quantos colaboraram direta e indiretamente na organização deste evento desportivo. Estas provas tiveram por objectivo encontrar o Campeão Atlantic

Master, a tripla Campeã e o clube Campeão Nacional de Triplas 2016, divulgar e sensibilizar os praticantes e público em geral para esta modalidade selectiva, praticada totalmente em apneia e consequentemente contribuir, por um lado, para o desenvolvimento da Pesca Submarina de competição em Portugal e, por outro, para a promoção turística e económica do local onde estes eventos têm lugar.

Pódio por países no Atlantic Master

Pódio individual e Vice-Presidente Câmara Municipal Peniche no Atlantic Master

Pódio no Campeonato Nacional Triplas

Publico assistente no Clube Naval de Peniche


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Pesca Submarina

Nacional de Duplas de Pesca Submarina 8º Troféu CNOCA

Jody Lot e André Domingues do Estoril Praia Vencem no Dia da Marinha

Jody Lot e André Domingues a dupla vencedora com as duas Corvinas e enfião de peixe O Campeonato Nacional de Pesca Submarina – Duplas 2016, o 8º Troféu de Pesca Submarina do Dia da Marinha e o Troféu Herculano Trovão decorreram em simultâneo e inseridos nas comemorações do Dia da Marinha de 2016, no dia 15 de Maio, na Praia das Bicas - Meco.

A

Abraço fair play antes da prova 28

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concentração de atletas, reunião de briefing e abraço de Fair Play tiveram início às 9 horas, na Praia das Bicas. A prova realizou-se com excelentes condições atmosféricas e de mar para esta modalidade praticada exclusivamente em apneia, reuniu um total de 34 atletas, distribuídos por 17 duplas e em representação de 4 clubes. No final das 5 horas de prova, na modalidade de duplas à barbatana, com alguns atletas a não apresentarem qualquer captura para a pesagem, os presentes na Praia das Bicas foram surpreendidos pela dupla do Estoril Praia, Jody Lot / André Domingues que apresentavam no seu enfião, dois belos exemplares de Corvinas, uma a rondar os 9 kg e a outra os 12 kg.

As pesagens, o almoço convívio e a entrega de prémios realizaramse nas instalações do CNOCA, na Base Naval do Alfeite, que contou também com a honrosa presença de ilustres convidados, nomeadamente, António Bessone Basto e Hérculano Trovão (filho). Os pódios do Campeonato Nacional de Pesca Submarina – Duplas 2016 e do 8º Troféu CNOCA - Dia da Marinha ficaram ambos ordenados em primeiro lugar a dupla do Estoril Praia Jody Lot/ André Domingues, com 100% de pontuação Percentual, em segundo lugar a dupla também do Estoril Praia Matthias Sandeck/ Humberto Silva, com 36,45% e em terceiro lugar a dupla do Grupo Desportivo e Cultural Administração do Porto de Sines Pedro Domingues/ João Peixeiro. No pódio por clubes deste Cam-


Pesca Submarina

Descida dos atletas para a Praia das Bicas peonato Nacional classificou-se em primeiro lugar o Grupo Desportivo Estoril Praia, com 136,45% de pontuação percentual, em segundo lugar o Clube Náutico dos Oficiais e Cadetes da Armada, com 49,64% e em terceiro lugar o Grupo Desportivo e Cultural Administração do Por-

to de Sines com 46,30%. No Troféu Herculano Trovão, que premeia os maiores exemplares por dupla, o vencedor foi o André Domingues com uma corvina de 12,495 kg, em segundo lugar o David Neves, com uma Abrótea de 2,635 kg e em terceiro lugar o Car-

Final da prova e concentração na praia los Melo, também com uma Abrótea de 2,090 kg. No final das pesagens foram oferecidos cerca de 50 kg de pescado à Associação “Vale de Acór”, do Monte da Caparica. O CNOCA brindou também os atletas presentes com um sorteio de diverso material oferecido pela Pinguim Sub, T-shirts da Fanatik, Vouchers da Sparussub e da Beauchat para aquisição de material nas respectivas lojas e ainda oferta de

uma T-shirt da Marinha a todos os participantes. Este evento desportivo de Pesca Submarina, organizado em parceria pela FPAS e pelo CNOCA, teve por objectivo encontrar a dupla Campeã e o clube Campeão Nacional de Duplas 2016 e para as duplas federadas que participaram no 8º Troféu CNOCA de Pesca Submarina do Dia da Marinha contar para a Taça de Portugal de Pesca Submarina 2016.

Dupla vencedora Jody Lot e André Domingues

Pódio 2016 Junho 354

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Notícias do Mar

Ciências do Mar

Portugal Está a Desenvolver um Protótipo para Monitorizar os Oceanos A monitorização integrada dos diferentes componentes dos oceanos vai fornecer informações que permitem detectar alterações na biodiversidade, impactos no clima, detectar anomalias ambientais e promover a gestão sustentável dos recursos

A

s investigadoras do IPMA, Antonina dos Santos, Alexandra D. Silva e Cátia Bartilotti, fazem parte do grupo de investigadores portugueses que está a criar um sistema autónomo multitrófico que monitorize de forma integrada os oceanos, permitindo assim uma gestão mais sustentável dos recursos marinhos e uma redução dos impactos de riscos ambientais. A monitorização integrada dos oceanos que os investigadores querem levar a cabo com o projeto MarinEye (um protótipo multitrófico para monitorização oceânica) vai fornecer informações que permitem identificar alterações na biodiversidade. Até agora não era viável observar e interpretar os diferentes componentes oceânicos (físicos, químicos, bioquímicos e biológicos) ao mesmo tempo, conjuntamente com diferentes níveis tróficos, desde microrganismos a mamíferos marinhos. Com o MarinEye, através da utilização de tecnologia avançada, vai ser possível, de modo sincronizado em termos espaciais e temporais, 30

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analisar estas questões. O projeto está a ser desenvolvido por vários grupos de investigação portugueses provenientes do Centro Interdisciplinar de Investigação Marinha e Ambiental (CIIMAR), líder do projeto, Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, Tecnologia e Ciência (INESC TEC), Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) e Centro de Ciências do Mar e do Ambiente - Politécnico de Leiria (MARE - IP Leiria). “A vida no planeta está dependente de processos oceânicos, uma vez que são eles que produzem grande parte do oxigénio disponível na Terra, regulam o clima e fornecem vários recursos vivos e não vivos, como alimentos, energia, transporte ou medicamentos. Assim, torna-se imperativo que tenhamos um conhecimento cada vez mais profundo dos nossos oceanos e saibamos como é que os organismos marinhos interagem com o meio e entre si, de modo a compreendermos como é que estes processos influenciam a estabilidade global dos oce-

anos”, explica Catarina Magalhães, investigadora do CIIMAR e coordenadora do projeto MarinEye. O projeto, que vai terminar em abril de 2017, terá vários módulos. O primeiro será um sistema de multisensores, que vai integrar diferentes sensores físico-químicos que vão medir, por exemplo, parâmetros como a temperatura, salinidade, oxigénio dissolvido, pH, entre outros, e uma plataforma de sensores óticos que vai ser validada para medição de dióxido de carbono dissolvido. O segundo módulo trata-se de um sistema de filtração autónomo, desenhado para filtrar água, retendo e preservando no filtro o DNA de diferentes classes de tamanho das comunidades de microrganismos que habitam e representam a maior biomassa dos oceanos. O terceiro módulo diz respeito a um sistema de imagem de alta resolução, que vai recolher imagens de fito e zooplâncton, para avaliar a sua abundância e biodiversidade. O último módulo trata-se de um sistema de acústica, com capacidade de fazer recolha de dados hidroacústicos, para recolher

informação relativa à presença de mamíferos marinhos e estimativas de abundância de peixes. Todos estes módulos vão depois ser conjugados num sistema integrado autónomo que vai produzir o protótipo MarinEye. Este sistema vai ainda incluir uma plataforma de integração dos diferentes tipos de dados que vão ser gerados. Associado a esta plataforma vai ainda existir um software que permitirá visualizar e sumariar os dados, além de desenvolver uma série de modelos cujo objetivo é integrar e identificar inter-relações entre os diferentes parâmetros químicos, físicos e biológicos obtidos através dos diversos módulos do MarinEye. “O tipo e a quantidade de informação que o MarinEye vai possibilitar aceder, poderá ser uma base para a construção de um sistema de gestão dos recursos marinhos mais eficiente, assegurando assim a proteção deste meio para as gerações presentes e futuras”, mostra Eduardo Silva, coordenador do Centro de Robótica e Sistemas Autónomos do INESC TEC. Os quatro parceiros nacionais que compõem a equipa do MarinEye têm diferentes papéis. O CIIMAR é o promotor do projeto e, juntamente com o IPMA e o MARE-Politécnico de Leiria, forma uma equipa de biólogos e químicos de diversas especialidades responsáveis pela validação das variáveis obtidas com os diferentes módulos do MarinEye. O INESC TEC inclui uma equipa de investigadores na área da robótica, uma equipa especialista no desenvolvimento de sensores em fibra ótica e uma equipa de investigadores especialistas em análise de dados, que vão ser responsáveis pelo desenvolvimento das componentes de robótica, sensores óticos e software de visualização e integração de dados, respetivamente. O projeto MarinEye é financiado pelo programa EEA Grants em cerca de 400 mil euros.


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Notícias do Mar

Tagus Vivan

Crónica Carlos Salgado

As Lezírias do Tejo

A nossa crónica mensal publicada no Notícias do Mar do passado mês de Janeiro, intitulada “ O Tejo que dotou as Lezírias com solos férteis não pode, com a sua água, torná-los inférteis”, já alertava para o problema causado pela falta de qualidade da água do rio Tejo para a rega dos campos da Lezíria, devido à subida da cunha salina vinda de jusante, pela insuficiência do caudal ecológico proveniente de montante.

E

ste problema levou-nos a optar por elegê-lo como principal tema da

Conferência Regional sobre a Lezíria do Tejo realizada no passado dia 17 de Maio no Palácio do Infantado em Samora

Palácio do Infantafo em Samora Correia 32

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Correia, numa parceria com a Associação dos Beneficiários da Lezíria Grande de Vila Franca de Xira, que contou com o apoio logístico da Câmara Municipal de Benavente. Como a rega dos campos das Lezírias depende quase exclusivamente da água do rio Tejo, devido ao desvio da água da nascente e do degelo da serra de Albarracin pelos transvases, e também às retenções feitas pelas hidroeléctricas em Espanha, para além de outras retenções em território nacional, a quantidade de água proveniente de montante tem vindo a ser cada vez mais insuficiente para manter o caudal ecológico do rio e evitar a subida da cunha salina. A manter-se este quadro previsível de escassez de caudais,

agravado pelas alterações dos regimes de pluviosidade por via das mudan­ças climáticas, o quadro futuro pode não ser famoso para esta im­portante área produtiva hoje ocupada pela cultura do arroz, to­mate para indústria, milho e outros hortícolas, e ficará muito ameaçada caso não se en­contre uma solução de sustentabi­lidade para o futuro. Para além deste problema grave, foram também abordados nesta conferência regional preparatória do Congresso do Tejo III, a qualidade da água do rio a partir da sua entrada em Portugal, devido à poluição que está a atingir níveis muito preocupantes, o que afecta a salubridade das frentes de água, o crescimento económico da


Notícias do Mar

Flamingos na reserva natural do Estuário do Tejo Arroz região, e as valências da bacia hidrográfica do Tejo para o turismo. Esta conferência teve também a virtude de concluir que é urgente que as comunidades ribeirinhas estejam mais sensibilizadas para a sustentabilida-

de do rio, nomeadamente para a qualidade da água e para a defesa e protecção da Natureza e do ambiente o que, quanto a nós, deve ser conseguido através de uma campanha, desenvolvida em cadeia, a partir da educação ambiental na escola

(no ensino primário, no ciclo e no secundário), como meio de transmissão aos pais, aos avós, e à comunidade em geral. A Sessão de Abertura contou com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Benavente, Dr. Carlos Coutinho, do Dr. Pedro Ribeiro, presidente da Câmara Municipal do Cartaxo em representação da Comu-

nidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo (CIMLT), do Presidente da Companhia das Lezírias e da Associação dos Beneficiários da Lezíria Grande de Vila Franca de Xira (ABLGVFX), Eng. António Saraiva, e o Presidente da Tagus Vivan, Carlos Salgado. O Painel 1 – Disponibilidade da Água do rio Tejo, quantida-

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Notícias do Mar

Mesa da Abertura – da Esq. P.ª Dir.ª - Dr. Pedro Ribeiro, Representante da CIMLT, Dr. Carlos Coutinho, Presidente da CMBenavente, Carlos Salgado, Presidente da Tagus Vivan e Eng.º António Saraiva, Presidente da CL e ABLGVFX

Mesa do debate e conclusões – Da Esq. P.ª Dir.ª - Eng.º João Rocha, Dr. Carlos Coutinho, Carlos Salgado, Prof. Dr. Miguel Azevedo Coutinho e Eng. António Saraiva

Tomate para a indústria 34

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de e qualidade teve como moderador o Eng.º João Rocha (LNEC) - As comunicações dos três técnicos superiores da EPAL, Eng.º Luis Bucha sobre a quantidade da água, do Eng.º Rui Neves Carvalho e da Dr.ª Célia Neto sobre a qualidade da água, seguidas da comunicação da Eng.ª Catarina Madaleno da ABLGVFX sobre o aproveitamento hidroagrícola da Lezíria Grande, a que se seguiu o Tenente-Coronel Joaquim Delgado, Director do SEPNA-GNR, sobre a protecção da Natureza e do Ambiente do rio Tejo. O Painel 2 - A Economia relacionada com o Rio – contou com as comunicações da Dr.ª Rita Barroso, da SUGAL - Grupo Internacional, sobre a indústria Agro-alimentar, a produção do tomate para a indústria, e a sua transformação e comercialização (exportação), seguida do Prof. Dr. Carlos Cupeto, da Universidade de Évora, sobre a Economia Regional, e Carlos Salgado, do Notícias do Mar, sobre o Turismo e o Tejo, um Desafio. Seguiu-se o debate, esclarecimentos e recomendações, que foi moderado pelo Eng. João Rocha (investigador coordenador do LNEC) e pelo Prof. Dr. Miguel Azevedo Coutinho (docente do Instituto Superior Técnico e membro da Socieda-

de de Geografia de Lisboa). A sessão de Encerramento foi presidida pelo Dr. Carlos Coutinho, Presidente da Câmara Municipal de Benavente, acompanhado pelo Presidente da Companhia das Lezírias e da ABLGVFX, Eng. António Saraiva e de Carlos Salgado, Presidente da Tagus Vivan. Este evento foi complementado por uma visita ao Evoa – Estação de Observação de Aves da Reserva Natural do Estuário do Tejo, no seu habitat. Podemos congratular-nos com o facto desta Conferência da Lezíria do Tejo ter correspondido positivamente ao nosso desígnio, graças ao nível das comunicações e dos respectivos oradores convidados, bastante esclarecedoras, o que foi comprovado pelas declarações do Presidente da Companhia das Lezírias, e do Presidente da Câmara Municipal da Benavente, a saber: o Eng. António Saraiva considerou “ que a Conferência foi muito interessante pois permitiu recolher informações muito concretas sobre a importância do Rio Tejo para alguns dos seus “beneficiários” e entender a preocupação dos mesmos quanto à gestão da qualidade das suas águas e caudais. Só entendendo as necessidades de todos podemos encontrar soluções que sirvam toda a comunidade que dele beneficia numa lógica de sustentabilidade e compromisso.” O Dr. Carlos Coutinho afirmou “que o seu Município recebeu esta conferência com muito agrado, até pela ligação das suas populações ao rio, que é evidente, porque o Tejo foi no século passado fundamental para a sua economia, por ser a via de comunicação privilegiada para escoar os produtos. Referiu também a importância da consciencialização sobre a preservação do Tejo para todos, e que no seu Município, o rio, as linhas de água e os espelhos de água são extremamente valorizados, não só pelas duas grandes culturas que o diferenciam: arroz e tomate, mas pelo Plano Estratégico de Valorização Turística, que está liga-


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Programas das Conferências

R

Vinha do à promoção do Ambiente de excelência e ao turismo da Natureza, precisamente porque tem a inclusão da Re-

serva Natural do Estuário do Tejo, os terrenos da Companhia das Lezírias, entre outros factores.”

elativamente às três Conferências Regionais que faltam para fechar o Ciclo preparatório do Congresso do Tejo III, podemos avançar que a Conferência do Médio Tejo que terá lugar no Centro Cultural de Vila Nova da Barquinha no dia 7 do próximo mês de Julho, com o apoio da Câmara Municipal de Vila Nova da Barquinha, a partir da 09H00, com o seguinte programa: Painel 1 – A importância do Tejo – Invocada pelas presidências dos Municípios de Abrantes, Constância, Mação e Vila Nova da Barquinha. Painel 2 – A problemática dos caudais ecológicos - intervenções de a) APA/ Ministério do Ambiente; b) Paulo Constantino; c) Pedro Serra. Painel 3 - A monitorização Internacional – intervenções de: a) Miguel Angel Sanchez (Rede do Tejo/Tajo) ; b) CADC – Comissão para a Aplicação e o Desenvolvimento da Cooperação e o Aproveitamento Sustentável das Águas das Bacias Hidrográficas Luso-Espanholas; c) EDP; d) Protecção Civil. Provável presença do Secretário de Estado do Ambiente na sessão de Encerramento. Segue-se-lhe a Conferência do Alto Tejo Português e do Tejo Internacional no dia 12 do próximo mês de Julho na Casa das Artes e Cultura de Vila Velha de Ródão, a partir das 09H00, com o apoio da Câmara Municipal de Vila Velha de Ródão, com o seguinte programa: Painel 1 – O Rio – a) caudais ecológicos, qualidade da água, e vulnerabilidades; b) Usos múltiplos do rio (pesca, rega, navegação); c) Protecção da Natureza e doAmbiente. Painel 2 – Valorização dos Recursos da Região - a) Os recursos dos patrimónios natural, cultural e o turismo; b) Economia associada ao rio; c) Co-gestão com a Administração Central. Painel 3 – Relação com o Tejo- a) Relação da região com o rio e com as comunidades da Raia de Espanha; b) Articulação da partilha do rio Tejo com Espanha; c) Candidatura Tagus Universalis. E para fechar o Ciclo, a Conferência do Estuário, que foi adiada para depois do período das férias.

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Conferência da Lezíria do Tejo

Texto João Soromenho Rocha

Sustentabilidade do rio Tejo. Políticas de desenvolvimento 17 de Maio de 2016, Palácio do Infantado, Samora Correia Relato da abertura e do Painel 1

N

o dia 17 de Maio de 2016, realizou-se no Palácio do Infantado, em Samora Correia, a

Conferência da Lezíria do Tejo, a segunda de um Ciclo de Conferências preparatórias do III Congresso do Tejo. A conferência foi realizada

em parceria da Tagus Vivan com a Associação dos Beneficiários da Lezíria Grande de Vila Franca de Xira (ABLGVFX), com o apoio logístico da Câma-

Fonte: SNIRH 36

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ra Municipal de Benavente. No auditório, com cerca de 90 lugares, estiveram presentes cerca de 35 pessoas. Na Conferência realizada de manhã, além da sessão de abertura, houve dois painéis temáticos, um debate e o encerramento. Também foi prevista uma visita facultativa ao EVOA – Estação de Observação de Aves, no seu habitat na Reserva Natural do Estuário do Tejo (RNET). Na abertura foram apresentados pelos organizadores da conferência, Tagus Vivan, Associação dos Beneficiários da Lezíria Grande de Vila Franca de Xira e a Câmara Municipal de Benavente, os objectivos da conferência e os dois painéis temáticos. O Presidente da Tagus Vivan, Carlos Salgado, explicou a razão de ter sido escolhido a Lezíria como segunda conferência preparatória para o III Congresso do Tejo. De seguida, o presidente da Câmara Municipal de Benavente, Dr. Carlos Coutinho, o representante da Comissão Intermunicipal da Lezíria do Tejo, Dr. Pedro Ribeiro e o presidente da ABLGVFX, Eng.º António Saraiva, apresentaram os pontos de vista das respectivas entidades sobre a importância da Lezíria do Tejo nas suas actividades. Também estava prevista a presença da deputada Maria da Luz Rosinha, que telefonou informando que compromissos na Assembleia da República a tinham impedido de se deslocar. A Tagus Vivan escolheu como conferências preparatórias do III Congresso do Tejo as várias regiões em que se pode dividir o rio Tejo. A Lezíria do Tejo é uma região que se caracteriza por ser um troço fluvio-estuarino do rio Tejo, com uma hidrodinâmica complexa. A escolha de Samora Correia para local da conferência da


Notícias do Mar

Lezíria significa a importância do tipo predominante da utilização dos solos para actividades agrícolas. O painel 1, moderado pelo Eng.º João Soromenho Rocha, Investigador-Coordenador aposentado do LNEC, foi dedicado à análise da disponibilidade da água do rio Tejo, considerando a quantidade e qualidade, ao aproveitamento hidroagrícola da lezíria e à protecção da natureza. A disponibilidade da água do rio Tejo, considerando a quantidade e qualidade, foi apresentada por três técnicos da EPAL – Empresa Portuguesa das Águas Livres, S.A do Grupo Águas de Portugal, AdP. Os técnicos da EPAL, Eng.º Luís Bucha, responsável pela Estação de Tratamento de Água (ETA) de Vale da Pedra, Eng.º Rui Neves Carneiro e Dr.ª Célia Neto, da Direcção dos Laboratórios e do Controlo da Qualidade da Água, apresentaram respectivamente, a disponibilidade e a qualidade da água captada no rio Tejo, na tomada da Valada. Os referidos técnicos foram escolhidos pela Eng.ª Maria João Benoliel, Directora da Direcção de Laboratórios e de Controlo de Qualidade de Água. O Eng.º Luís Bucha apresentou o sistema de abastecimento de água da EPAL, a história da captação de água do rio Tejo em Valada (com início em 1963, e ampliada nos anos 1968 e 1976), a evolução dos volumes de água captados, os escoamentos anuais do rio Tejo, medidos na barragem do Fratel, e nas estações hidrométricas do Tramagal e em Almourol, os caudais diários do Tejo nas secção de Almourol, o armazenamento de água na bacia do Tejo, com a dominância da albufeira da barragem de Castelo do Bode, os níveis médios anuais, e máximos e mínimos, do rio Tejo na secção da Valada, os problemas de assoreamento do leito do rio Tejo junto à captação da Valada e a necessidade da construção de um esporão na margem oposta do rio, para garantir o permanente desassoreamento na captação de água. Verificou-se um gradual decréscimo do nível médio da

água no rio Tejo junto à captação de água, que se deve dominantemente ao desassoreamento do rio no troço fluvioestuarino. A análise dos caudais diários do rio Tejo, na secção de Almourol, indica que o Tejo é um rio torrencial, com caudais mínimos muito pequenos, que alteram com os caudais de cheias, e o sequente decaimento. O Eng.º Rui Carneiro apresentou o sistema de monitorização da qualidade da água no rio Tejo, gerido pela EPAL, incluindo os objectivos, os locais de amostragem, o tipo de monitorização e a evolução da qualidade de água nos últimos anos. Os locais de amostragem, além de junto à captação, incluem cinco pontos a montante e um ponto a jusante, na Vala do Carregado, por causa da salinidade, bem como nas albufeiras de Castelo do Bode, Bouçã e Cabril. A monitorização é feita em contínuo e por recolha de amostras, cerca de 1000 amostras/ano, com 12500 determinações analíticas. A Dr.ª Célia Neto fez uma síntese da evolução da qualidade da água do rio Tejo nos últimos cinco anos, verificandose que tem-se mantido estável, com agravamentos pontuais decorrentes de cheias e secas. A classificação do estado ecológico deu na fronteira do “Bom estado” para o “Estado razoável”. Também se verificou que é necessária uma vigilância especial sobre as cianobactérias. O Aproveitamento hidroagrícola da Lezíria Grande foi apresentado pela Eng.ª Catarina Madaleno, da ABLGVFX, Associação dos Beneficiários da Lezíria Grande de Vila Franca de Xira. O aproveitamento cobre uma vasta zona agrícola limitada pelos rios Tejo, Risco e Sorraia, formando literalmente uma ilha. A Associação de Defesa da Lezíria Grande de Vila Franca de Xira foi criada em 1947, seguindo-se o projecto de defesa, enxugo e vias de comunicação em 1953, a constituição da ABLGVFX em 1985, mais projectos entre 1985 e 1990, e 1991 e 2003, sendo a gestão de uma área de 13420 ha concessionada em 2009. A adução de água

para rega é maioritariamente por gravidade, e a distribuição, também maioritariamente por gravidade, e parcialmente sob pressão (4000 ha). A ocupação cultural tem evoluído, principalmente entre 2005 e 2015, passando de milho, arroz e tomate, para arroz, tomate e milho. Por exemplo, o arroz passou de 1240 ha para 4083 ha, e passando o total de 5312 ha para 8825 ha. Os principais desafios são os pequenos caudais de água doce no Tejo, a localização no estuário, com a salinidade, a dependência da adução com as marés, que limita a quantidade de água disponível e o tempo disponível para a adução. Para o futuro é indispensável efectuar um estudo sobre a intrusão salina e o aumento da capacidade de armazenamento de água na bacia do rio Tejo, em Portugal, para garantir os caudais mínimos indispensáveis às captações de água na Lezíria. A protecção da natureza foi apresentada pelo Tenente-Coronel Joaquim Delgado, Chefe da Divisão da Natureza e Ambiente,

do Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente, SEPNA. Foram apresentados os principais factores para garantir o futuro, que incluem, a qualidade da água, os recursos piscícolas, os resíduos, as captações de água, os caudais e a navegabilidade. Foi referida a Directiva Operacional n.º 09/15 – Operação “Tejo Sustentável, que define 4 Áreas de Fiscalização respectivamente CTer Santarém (2 áreas), Portalegre e Castelo Branco, incidindo sobre os areeiros, as indústrias transformadoras, as indústrias PICP, as indústrias alimentares e vinho, as captações superficiais, outras descargas e outras descargas a verificar. Na qualidade da água são prevenidos e reprimidos actos causadores de contaminação, e nos recursos piscícolas são fiscalizadas as faltas de licenças e a utilização de meios proibidos. Foi também referida a necessidade de haver uma melhor divulgação dos resultados das acções de fiscalização, bem como da sequência dessas acções nos processos de contraordenação e de justiça. 2016 Junho 354

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Notícias do Mar

Conferência da Lezíria do Tejo - (Preparatória do Congresso do Tejo III)

Texto Miguel de Azevedo Coutinho

Sustentabilidade do rio Tejo. Políticas de desenvolvimento 17 de Maio de 2016, Palácio do Infantado, Samora Correia Painel 2 - Relato, conclusões e recomendações

D

ando continuidade ao programa, a seguir à pausa do meio da manhã, deu-se início às apresentações calendarizadas. Neste relato dá-se conta dos principais aspectos das apresentações, que tiveram lugar, que se debruçavam sobre: a indústria agro-alimentar; as políticas de desenvolvimento; e, o turismo e o Tejo – um desafio. Após as apresentações teve lugar um período de debate, relativo aos dois painéis, a que se seguiu uma breve sessão de encerramento. O tema “Indústria Agroalimentar” foi apresentado pela senhora Dr.ª Rita Barroso, da SUGAL que situou

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o quadro de actividade do grupo no âmbito da indústria mundial do tomate e evidenciou a aposta na qualidade e na competitividade da empresa, que é uma das líderes mundiais do sector. Evidenciou as capacidades e potencialidades da região para a produção de tomate fresco e salientou as cadeias de valor; indicando números relativos à respectiva actividade e aos consumos médios de água (3,5 m3.ha1). O professor doutor Carlos Cupeto, do departamento de Geociências da Universidade de Évora, dissertou sobre as questões das Políticas de Desenvolvimento, colocando grande enfase em aspectos da sustentabilidade e da inovação: Referiu a evolução

que se tem vindo a observar no rio Tejo, particularmente nas últimas cinco décadas, e evidenciou a resiliência do ecossistema; indicou que se deviam considerar os diferentes “terroirs” disponíveis para os diferentes usos agrícolas e os “vários” Tejos com autenticidades próprias, passiveis de serem disfrutados. Realçou ainda a problemática da conservação e valorização do rio Tejo com importante “Infraestrutura Verde” nacional. Por último, Carlos Salgado, Presidente da Tagus Vivam e colaborador do jornal Notícias do Mar, debruçou-se sobre tema “o Turismo e o Tejo – um desafio”. TagusNatur, tem todas as capacidades para

constituir uma oferta integrada com os mais diversos conteúdos de serviço “global”! Salientou toda a diversidade e múltiplas facetas de turismo que são e podem ser oferecidas pela região e pelo seu povo, que podem competir com toda a oferta disponível na Europa. Todavia, pôs enfase em que esta oferta se deve pautar por critérios de qualidade e que é importante estabelecer uma certificação de marca. Por último, por volta das 13:00 h, foi estabelecido um período para debate e prestação de esclarecimentos. Os participantes presentes levantaram diversas questões; principalmente sobre a qualidade da água, em geral, e salinidade, em particular; sobre a imprevisibilidade de caudais e a satisfação de caudais ecológicos. Designadamente, foi levantada a questão da não existência de uma reserva estratégica de água na bacia hidrográfica que permitisse fazer face ao controlo de caudais e à mitigação de problemas de qualidade, em período de escassez de água. Foram feitas perguntas relacionadas com a actuação do SEPNA e com os estudos apresentados pela EPAL. Após este período teve lugar o encerramento da conferência. A mesa de encerramento foi constituída pelo Senhor Dr. Carlos Pinto Coutinho, Presidente da Câmara Municipal de Benavente, Senhor Engenheiro


Notícias do Mar

Mesa do Painel 2, da Esq. p/ Dir. – Prof. Dr. Carlos Cupeto, Un. Évora, Dr.ª Rita Barroso, G. Sugal e Carlos Salgado, Notícias do Mar

António Saraiva, Presidente da ABLGVFX, e Senhor Carlos Salgado, Presidente da Tagus Vivan e pelos Senhores Engenheiros João Soromenho Rocha e Miguel de Azevedo Coutinho, relatores da conferência.

De uma forma relativamente informal foram feitas referências à forma como decorreram os trabalhos e agradecimentos aos participantes. Carlos Salgado referiu o interesse da realização de conferências re-

gionais para a preparação do Congresso do Tejo III; o Eng.º António Saraiva salientou o papel das populações ribeirinhas e dos utentes dos sistemas de uso da água, e da necessidade de ouvir as suas opiniões,

além de reforçar a importância do estabelecimento da “marca Tejo”. Por último o Dr. Carlos Coutinho enalteceu o rio Tejo, pelas valias e potencialidades que acrescenta aos territórios por ele banhados.

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Notícias do Mar

O Tejo a Pé

Texto e Fotografia Carlos A. Cupeto

A pé

Por todo o país há pequenas rotas marcadas que possibilitam que qualquer um de nós ande em segurança por zonas que não conhece. no Tejo a pé andamos pelos campos porque nenhuma outra atividade é mais salutar e prazerosa

A

Muitos locais, com paisagens únicas, só são possíveis de alcançar a pé. 40

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s vantagens do comboio em relação aos transportes rodoviários são óbvias, e claras. A bicicleta assume-se cada vez mais como veículo solidário. Scooters e motos de baixo consumo, com catalisador ou mesmo elétricas são uma alternativa a considerar. Todavia, é no caminhar que o homem é mais natural. Andar a pé é a melhor, mais simples e salutar das atividades físicas. No Tejo a pé sabemos isto. Há alguma forma melhor de viver uma cidade do que percorrê-la a pé? Por que razão estamos esquecidos de andar a pé? Por que nos levaram a esquecer a possibilidade de caminharmos 2, 3 ou mais quilómetros até ao emprego ou escola? O curioso é que se criam novas acessibilidades, parques de estacionamento, corredores bus, etc. E o peão? O que se


Notícias do Mar

As vistas e o ar puro de uma serra nunca nos deixam ficar mal. faz nas terras nas nossas terras que convide as pessoas a caminharem? Faltam iniciativas que visem criar condições para as pessoas andarem pelas cidades. Aqui ao lado, em Vitoria – cidade basca com cerca de 200 000 pessoas – é possível percorrer a cidade, dos novos bairros ao centro histórico, por corredores pedonais com todas as condições de segurança, conforto e “privilégio”. Se é pos-

sível em Vitoria porque não o é nas nossas terras? Investimos muito no automóvel, encurtamos as distâncias percorridas a pé, ao estacionarmos à porta do destino, e depois pagamos (e bem) para frequentar o ginásio. Introduzir algumas mudanças nos nossos hábitos é um passo decisivo para melhorar a qualidade de vida. Qualquer exercício é bom quando se pratica regularmente – aumenta a

Cada um anda ao seu ritmo, só ou em grupo. capacidade pulmonar, melhora a utilização da glicose, diminuiu as gorduras corporais e a atividade do sistema nervoso, baixa a pressão sanguínea em repouso, diminui a tensão muscular, reduz a ansiedade e aumenta a autoestima. Por sorte, caminhar pode fazer parte da nossa vida quotidiana e não há exercício físico mais rentável no que respeita à saúde. Nenhuma outra atividade física proporciona tantos be-

nefícios no organismo com tão pouco esforço. Por isso, caminhar não é uma perda de tempo nem uma forma de nos cansarmos inutilmente. Neste tempo de dias grandes e aprazíveis é bom introduzir novas rotinas diárias, assuma o propósito de andar a pé; há sempre, mas sempre, uma boa razão para o fazer. Mais importante que a distância percorrida é a periodicidade, por si ande.

À beira Tejo há trilhos fabulosos. 2016 Junho 354

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Notícias do Mar

Economia do Mar

Porto de Setúbal a Crescer Nos primeiros quatro meses do ano, o movimento de contentores em Setúbal cresceu 42% e mantém-se no rumo da consolidação no mercado short sea de contentores.

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o mês de abril, o Porto de Setúbal cresceu 50% no segmento de contentores, face ao mês homólogo, em 2015, tendo movimentado, respetivamente, 8.277 e 5.515 contentores. Considerando o período de janeiro a abril, foram movimentados 28.589 contentores, o que representa um crescimento de 42%, comparativamente ao ano anterior. No total geral, o Porto de Setúbal processou, no mês de abril, 705.207 toneladas, o que se traduz num crescimento de mais de 15%, em comparação com 2015. Confirmando-se a tendência exportadora deste porto, com um peso de 67% no valor total do tráfego. No período de janeiro a abril, foram movimentados mais de 2,5 milhões de toneladas, configurando um crescimento de 3%, face ao mesmo período em 2015. Assinala-se ainda o desempenho positivo no segmento dos granéis sólidos, no qual obteve um aumento de 36% na carga movimentada no mês de Abril. 42

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O Porto de Setúbal continua com um bom ritmo de crescimento em todo o tipo de mercadorias movimentadas nos terminais, consolidando a sua forte posição no mercado Shortsea de contentores O Porto de Setúbal é escalado, hoje em dia, por nove linhas de serviço regular, três da Ma-

cAndrews, duas da OPDR, a MacAndrews e a OPDR integram o grupo CMA CGM, o segundo maior operador mundial de transporte marítimo, três da WEC Lines e uma da TARROS, uma oferta que liga Setúbal a portos da Europa, Mediterrâneo, Médio Oriente, Costa Ocidental de Marrocos e Ilhas Canárias. Em comunicado da APSS, o

porto de Setúbal continua com a consolidação do posicionamento no mercado Shortsea de contentores, mantendo também intacta a tendência de mudança estrutural da tipologia das cargas movimentadas, com crescimento das cargas de valor acrescentado face às cargas industriais pesadas, aumentado o peso económico do porto na região.


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Pesca Desportiva

Pesca Embarcada

Pesca às safias

Bruno Cabrita dá a sua receita!

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Pesca Desportiva

Texto: Bruno Cabrita Fotografia: Redação/Mundo da Pesca

Se na edição passada o campeão Bruno Cabrita nos deu alguns tópicos para a pesca dos besugos, é agora altura de nos dar alguns dos seus condimentos secretos para a pesca das safias, um peixe que se pode apelidar do rei do “pica-pica”. O que vos apresentamos não é uma receita infalível, a solução para todos os problemas que surjam quando se procura esta espécie mas sim as opiniões e conselhos pessoais de quem já venceu o campeonato nacional da pesca de alto mar.

ISCOS Com tudo tem de ter um começo, a pesca à safia iniciase com a compra em terra dos iscos mais indicados para o efeito. A minha escolha fica pela amêijoa-branca e pelo camarão pequeno selvagem, iscos que uso quer na competição quer na pesca do dia-a-dia. Há no entanto algumas coisas que tenho de ter especial atenção e que na mi-

nha opinião fazem toda a diferença na sua utilização e passo a explicar as que considero mais importantes. Na amêijoa-branca dou preferência a iscar apenas a parte da tripa, descartando muitas vezes a língua; a tripa é a parte mais “gulosa” da amêijoa e é a preferida das safias. Salgo sempre a amêijoa à exceção das vezes em que a ato pois acho que dessa forma fica muito

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Pesca Desportiva

Para Bruno Cabrita, a amêijoa quando é atada dispensa ser salgada.

A tripa da amêijoa é bem mais gulosa que a língua. Se não for atada a amêijoa deverá ser sempre salgada antes de começar a pescar. 46

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Pesca Desportiva

seca e perde em naturalidade na água; de resto salgo-a sempre. O camarão é mais produtivo a iscar com a colher, sendo antes alvo de preparação na qual o escalamos depois de descascar; de seguida é colocado na colher, atado e depois cortado em vários pedaços. A apresentação que se consegue é muito boa, ficando assim meio esfarelado entre voltas da linha, algo que dá um aspeto mais volumoso e natural à iscada na água.

Antes de colocar na colher, atar e cortar em pedaços, o camarão selvagem pequeno deve ser descascado e escalado.

ESTRALHOS E ANZÓIS Nos anzóis opto na grande maioria das vezes por anzóis de patilha mais comprida e ao contrário do que outros preferem (ex. modelo chinu), opto por um modelo da Gamakatsu no nº 10. A ideia da haste mais comprida é de ganhar em velocidade e desferrar mais rapidamente as safias. Quanto aos estralhos é um capítulo importante mas que é um pouco mais variável e o seu comprimento depende da aguagem que se sentir. Para perceberem vou ilustrar com algumas das situações que encontro no campeonato nacional e que obrigam à alteração dos comprimentos. Em Setúbal e quando não se sente muita aguagem não vou além de estralhos de 50cm; já em Peniche e provas na zona do Porto opto por estralhos com 60cm. Quanto ao diâmetro dos estralhos começo de manhã com um 0,23mm e vou reduzindo à medida que o sol vai mais alto, descendo até ao 0,20, por vezes até ao 0,18mm. COMPRIMENTO DA RABEIRA Um tema a que muita gente não liga mas que tem muita importância, sendo muito im2016 Junho 354

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Pesca Desportiva

O comprimento do estralho não deverá ir além dos 50cm caso se faça sentir pouca aguagem. 48

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Pesca Desportiva

portante a forma de pescar de cada um. Com isto quero dizer que a forma de pescar de cada um é que dita o comprimento da rabeira. No meu caso, como não trabalho com a embraiagem, uso as rabeiras mais compridas, entre 8 a 10 metros de maneira a que tenha um maior poder de amortecimento das investidas do peixe. Quanto maior for o comprimento de monofilamento que constitui a rabeira maior será a elasticidade da mesma. Como muitas vezes há algum ritmo de capturas e algumas duplas e triplas de safias recomendo umas rabeiras mais compridas.

Um anzol de haste mais comprida facilitará em grande medida as desferragens, algo importante na competição mas também em pescas de ritmo.

ESCOLHA DA PONTEIRA Nestas coisas não mudo rigorosamente nada, chamem-me o que quiserem, digam o que disserem. “Equipa que ganha não se muda” e eu na pesca sigo esse lema! Habituei-me a usar sempre as mesmas ponteiras, seja para que pesca for, seja para que peixe for e uso sempre as mesmas. Posso revelar que uso as ponteiras Optiflex da Tubertini, ponteiras em fibra que me dão uma sensibilidade sem igual e, mais importante, às que já me habituei. Opto pelo modelo mais comprido, o que acho ser mais sensível e perfeito para os sargos. CHUMBADAS: PESO E COR Acho que este é um fator que faz alguma diferença na pesca das safias. A safia é um peixe muito curioso e se houver algo na água que seja chamativo elas vão certamente aproximar-se para ver do que se trata. Atualmente opto por modelos fluorescentes e emborrachados, nas cores verde e rosa, achando que esta última é a ideal, sobretudo para pro2016 Junho 354

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Pesca Desportiva

fundidades até aos 40 metros de profundidade. Acima disso o verde funciona um pouco melhor. Quanto aos pesos tenho algumas ideias já concebidas embora algumas vezes tenhamos de nos adaptar ao humor do peixe. Regra geral e quando não há aguagem, opto por chumbadas entre os 180 e os 200 gramas. Já quando há aguagem opto, no mínimo, por chumbadas de 250 gramas… tudo daí para cima. No entanto há situações em que é a pesca que tem de correr e “dar com o peixe”, sendo normal pescar com pesos mais leves quando há aguagem, de maneira a que a pesca não espie; um exemplo é pes-

car com uma chumbada de 180 gramas numa aguagem mais indicada para uma de 250 gramas. Não podemos ser rígidos neste aspeto. AÇÃO DE PESCA A pesca das safias ou sargos, como muitos lhe chamam, é uma pesca em que a linha não deve estar esticada em demasia mas também não deve estar demasiado frouxa. Há que encontrar um meio-termo e tudo dependerá do dia e da forma como o peixe está a pegar. Talvez com alguns exemplos consigam ficar com uma ideia do que podem encontrar. Com uma tensão normal, não demasiado esticada,

sentimos um toque de safia, sentimos peso… ela ficou; aguardamos mais um pouco e produz-se outro toque. Isso significa que devemos manter a tensão e até devemos esperar pelo segundo e até mesmo terceiro peixe (pesco sempre com três anzóis). Mas pode acontecer outra situação: imagine que, com a mesma tensão tem um toque e o peixe fica mas nada mais pica depois. É tempo de puxar e nos ficarmos por um só peixe. Terceira situação é quando o peixe pica mas não fica. Manter a mesma tensão? Não me parece e o que geralmente faço (caso da última prova do Nacional

de Clubes) é de afrouxar a pesca, chegando mesmo a baixar a ponteira, que o peixe se ferra de forma mais franca. É tudo um pouco variável. Neste capítulo é também importante frisar os iscos que uso e que também determinam o desenrolar da pesca. No início da pesca opto sempre por colocar o camarão no anzol de baixo para tentar perceber se há cavalas ou carapaus no pesqueiro, deixando nos de cima a amêijoa que é mais escura. Se não houver cavalas fico-me apenas por iscar a tripa da amêijoa e caso não tenha bons resultados opto quase em exclusivo pelo camarão.

Em ação de pesca deve acautelar-se a tensão da linha para procurar a mais produtiva para as safias no dia em causa. 50

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Pesca Desportiva

Texto e Fotografia Antero dos Santos / Go Fishing

Go Fishing

Um Sonho Realizado

Go Fishing é uma nova iniciativa empresarial de Vitor Ganchinho e José Roque, constituída por quatro diferentes unidades. Uma loja/boutique de pesca, inaugurada no passado dis 4 de Junho, no Business Center de Almada, e mais três filiais: Douro-Marina, Porto, Ponta Delgada, Açores, e N´Gor, Senegal.

F

alar de Vitor Ganchinho é falar de um empresário de sucesso na área da distribuição de iluminação, que conseguiu, em 20 anos, impor a sua empresa Ilumina como líder do mercado europeu, operando a partir de Portugal, e exportando para 24 países, incluindo o Brasil, Dubai, etc. Para os apaixonados pela caça submarina e a pesca

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à linha, o Vitor Ganchinho é uma referência de histórias e aventuras, com grandes troféus a comprovar os seus feitos, capturados nas águas do continente e Ilhas e em África, S. Tomé, Cabo Verde, e principalmente no Senegal. O projecto Go Fishing é lançado em sociedade com José Manuel Roque, amigo e parceiro do Vitor em muitas das jornadas épicas de caça submarina e também

de pesca à linha. Amigos inseparáveis, ei-los no mesmo barco, desta vez para negócios conjuntos. Neste projecto, a paixão de ambos pela pesca à linha “iluminou” a ideia de fazerem algo na área das agências de viagens e actividades marítimo-turísticas. Objectivo: uma organização destinada a clientes Vip, com um grau de exigência acima do normal, em termos de conforto, de serviço de charme, personalizado, inovador. Contam para isso com uma frota de 6 barcos, sendo 3 deles a estrear, de construção Rodman datada de …Maio e Junho 2016.

Estas três embarcações, feitas propositadamente a pensar neste tipo de actividade, super equipadas para a pesca lúdica, com 9 mts e 2x 200HP, ( os clientes não querem levar horas a navegar até ao ponto de pesca…) são o ponto de partida para um desfilar de pequenos detalhes que terminam num brinde de final de tarde, com copos de cristal e champagne Moet&Chandon gelado, a acompanhar ostras frescas com sumo de limão. Vitor Ganchinho diz “quero oferecer aos meus clientes tudo aquilo que não encontro quando vou à pesca em embarcações


Pesca Desportiva

Vitor Ganchinho e José Manuel Roque

marítimo-turísticas. Quero fazer completamente diferente. O serviço pode ser francamente melhorado!” Loja Go Fishing

Conceito Go Fishing

O conceito Go Fishing é um pacote completo de serviços. Incluindo o voo desde o país de origem, o transporte do aeroporto para o hotel, o restaurante, o serviço de pesca, a ida a uma praia

Interior da loja 2016 Junho 354

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Pesca Desportiva

A inauguração da loja Go Fishing em Almada

A Go Fishing tem três novos Rodman 890 Ventura com 2xHonda BF200 54

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mais reservada, um simples passeio no mar, a visitas a locais de interesse específico do cliente, em terra. Tudo pensado e harmonizado de forma a preencher ao máximo o programa de férias daqueles que nos procuram, vindos de países onde não têm o nosso sol, as nossas praias, a nossa gastronomia. Em suma, mostrar Portugal pelo seu lado positivo. Mostrar o nosso mar, os nossos vinhos, a nossa arquitectura, as nossas pessoas. Para isso, a empresa efectuou um investimento significativo. Desde o equipamento de pesca topo de gama, das melhores marcas de carretos e canas disponíveis no mercado, Daiwa, Shimano, Penn, a embarcações (novo modelo Rodman Ventura, com 9,00 metros


Pesca Desportiva

de comprimento, duas camas, micro-ondas, frigorifico, sistemas de navegação topo de gama, etc), o cliente Go Fishing usufui da mais requintada assistência. Assim, quem contrata a organização para uma saída de pesca, ou um passeio de mar, recebe um serviço de excelência, orientado para os seus gostos pessoais. Sendo possível receber grupos de 8 pessoas a bordo, está limitado a 4 o número de pescadores a pescar em simultâneo. Não aos enleios de fios, não a pescar com a cana encostada à do parceiro do lado, não às habituais confusões e desentendimentos, infelizmente frequentes. Objectivo: máximo espaço disponível, máxima atenção e apoio a quem pesca. Os restantes descansam

Carreto Daiwa Saltiga 8000 H

Exposição de carretos dentro das canoas 2016 Junho 354

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Pesca Desportiva

O Rodman 890 Ventura é o último modelo da linha Fisher do estaleiro

um pouco e podem assistir ao desempenho dos colegas, enquanto provam um vinho verde de marca própria da empresa. Ao fim do dia, o jantar é peixe. Exactamente, esse mesmo, o peixe

pescado pelo grupo. Este é uma dos momentos que Vitor Ganchinho pretende que fique inesquecível para os clientes. Será disponibilizado um vídeo/DVD com os melhores momentos de pes-

ca a todos os participantes. O peixe não necessário para consumo nesse dia, será doado a uma instituição de solidariedade social que trabalhe com crianças. A entrega é feita pelo próprio grupo

Interior da loja 56

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de pescadores. Catch&release Incentivado O sentido de responsabilidade na pesca deve ser incentivado desde tenra idade. Nos cursos de pesca a ministrar pela empresa aos seus clientes, quer para adultos quer para crianças, o catch&release será vivamente incentivado, tornando-o a regra e não a excepção. O peixe trazido a terra é uma ínfima percentagem das capturas. É princípio na empresa entender o mar como um recurso finito, e que deve e tem de ser preservado. Já está em marcha a certificação Go Fishing, com as normas ISO 9001, ISSO 14001, e NP 4469-Resposabilidade Social. A Go Fishing será igual-


Pesca Desportiva

mente uma travel marca, garantindo a máxima qualidade na relação com os operadores turísticos, intervindo nos mercados mais interessados pelo mar, pelos peixes e pela pesca lúdica. Está prevista a participação em feiras de turismo no estrangeiro, onde será possível fazer a promoção das actividades da empresa. Loja Go Fishing A loja Go Fishing em Almada, vai funcionar como centro de exposição dos equipamentos que estão montados nos barcos e como tertúlia e ponto de venda de canas, carretos, acessórios diversos, vestuário de pesca, merchandising, para os pescadores nacionais e estrangeiros. As acções de formação estarão a cargo do director técnico da empresa,

Carlos Motaco, cujo perfil profissional é absolutamente ímpar: campeão nacional de pesca embarcada em 2008, campeão nacional da Taça de Portugal de Clubes em 2008, 2009, 2010, Vice – Campeão Mundial de clubes 2010. A pensar naqueles que não têm equipamento de pesca, mas gostariam de tentar a sua sorte, ou para aqueles que tendo equipamento, têm o desejo de experimentar pescar um dia com o melhor material disponível no mercado mundial, as canas, carretos e demais acessórios poderão ser alugados. A qualidade dos produtos de pesca é hoje tremenda, são peças de enorme precisão, e a bordo irão estar os RollsRoyce das canas e carretos. À disposição de quem quiser tentar lançar a linha e anzol

à água. A empresa fornece ainda iscos de primeira qualidade. O objectivo é dinamizar a pesca, levar pessoas ao mar, fazer com que esta fileira de negócio conheça novos horizontes, que mo-

vimente valor, que seja um ponto de referência no panorama nacional. Pelo carácter inovador, esta é uma empresa que não terá dificuldade em cumprir o seu lema. “Go Fishing- mais do que mar”…

A potência desenvolvida é de 400 HP com 2xHonda BF200 2016 Junho 354

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Notícias do Mar

Notícias LIFERESC

Formação de Socorrismo e Sobrevivência

A LIFERESC- Escola de Socorrismo e Sobrevivência realizou no passado 28 e 29 de Maio a 1ª formação certificada pela ISAF (Internacional Sailing Faderation).

E

sta formação surgiu após a LIFEREStC ter celebrado uma

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parceria com a Federação Portuguesa de Vela, com o objectivo de aumentar a segurança nos desportos de

aventura.e também na vela. A formação decorreu ao longo de tês dias, onde os formandos aprenderam

como apagar pequenos focos de incêndio a bordo de uma embarcação à vela, onde aprenderam a prestar


Notícias do Mar

os 1º socorros e também aprenderam como utilizar alguns dos equipamentos de segurança que dispõem nas embarcações oceânicas. Nesta formação tivemos a presença de um grupo de ve-

lejadores que vão participar numa regata até aos Açores em virtude do novo regulamento internacional obrigar que estas tripulações disponham deste tipo de formação. Esta foi a primeira de muitas

iniciativas que a LIFERESC vai realizar para os atletas,

treinadores e amantes da modalidade.

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Pesca Desportiva

Setúbal Cidade Europeia de Desporto 2016

1º Concurso Jigging de Setúbal Realizou-se no dia 23 de Abril o 1º CONCURSO CIDADE DE SETUBAL, englobado na Feira da Pesca e Náutica de Setúbal no âmbito do evento Europeu – “SETÚBAL a CIDADE EUROPEIA DO DESPORTO”.

Direcção do Jigging Clube Portugal na entrega de prémios

I

Telmo Castor foi o vencedor 62

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nscreveram-se, neste primeiro evento realizado naquela cidade, vinte pescadores, todos com a ambição natural de ser o vencedor do 1º Concurso de Jigging Cidade de Setúbal. Os concorrentes saíram da marina de Setúbal, pelas 07h15, nas embarcações, FISHER; SEVENWAVE; XWING; LEÃO MARINHO e BARUK, sendo que as condições climatéricas apresentavam alguma instabilidade, com alguma precipitação fraca e algum vento, sem contudo, impeditivo para a realização da prova em condições de segurança para todos os participantes.


Pesca Desportiva

Após as derivas efectuada pelos barcos nos diferentes pesqueiros, verificava-se que o dia não era do pescador, uma vez que as sondas acusavam bastante peixe e comedia, não obstante estes não atacavam as amostras, sendo poucos os pescadores que tiveram ataques que fossem dignos de registo. Depois da mudança da maré, verificou-se que a actividade do peixe aumentara, já se começando a sentir ataques mais vigorosos e as condições climatéricas foram também elas melhorando com o decorrer do dia. De referir que em termos de capturas foram pescados alguns tunídeos de pequeno porte, denominados de sarrajões e um pargo dentro das medidas legais verificadas no Regulamento. Após a pesagem, junto ao recinto da Feira, procedeuse a classificação, sendo que vencedor foi o concorrente Telmo Castor com um total de 3170 pontos, sendo os restantes classificados Nuno Madruga; Márcio Monteiro; Miguel Moreira e Pedro Urbano. De referir que as classificações do segundo ao quarto classificado foi atribuída pela pontuação obtida por

Entrega pela CM Setúbal o prémio agradecimento

peixe, uma vez que estes não tinham peso regulamentar, evitando assim fazer a entrega de prémios pelo método de sorteio, sendo este método apenas para atribuição do quinto classificado. Seguidamente foram entregues os prémios oferecidos pela CAMARA MUNICIPAL DE SETÚBAL na pessoa do Senhor Vereador, Dr. José Pereira, aos con-

correntes classificados ate ao quinto lugar, melhor embarcação e ao maior exemplar capturado. De salientar a troca de conhecimentos entre todos os concorrentes, o salutar convívio e o excelente repasto no final, realizado no Restaurante Ramila em Setúbal. Um especial agradecimento ao Ernesto Lima, por

todo o seu empenho nesta Festa da pesca e de pescadores, à Camara Municipal de Setúbal e a todos os Participantes que com o seu apoio nos ajudaram a realizar o 1º Concurso de Jigging em Setúbal. Ficando a promessa, para o próximo ano, de lá regressarmos a este magnifico cenário que é o Parque Urbano de Albarquel.

O peixe capturado 2016 Junho 354

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Notícias do Mar

Campeonato Nacional de Hóquei Subaquático na Mealhada

Núcleo Subaquático de Coimbra Sagrou-se Campeão A Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas (FPAS) deu continuidade à época desportiva 2015/2016 do Hóquei Subaquático com a realização do Campeonato Nacional, no dia 5 de Junho, nas piscinas municipais da Mealhada.

O

Núcleo Subaquático de Coimbra (NSCBR) sagrouse Campeão nacional pela primeira vez na sua história e o restante pódio, desta modalidade desportiva praticada em apneia numa piscina, ficou constituído em segundo lugar pelo clube AQUAFIT de Vila Real, um estreante na competição, e em terceiro lugar a Associação SHARKS de Coimbra. O Hóquei Subaquático joga-se numa piscina que tenha as dimensões entre os 20 e 25 metros de com64

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Notícias do Mar

Equipa vencedora do Núcleo Subaquático de Coimbra no final da prova

primento e 18 centímetros de largura onde deve ser introduzido o disco (1,3 kg de chumbo revestido de borracha) na calha da baliza. A FPAS no final agradeceu à Camara Municipal da Mealhada pela disponibilização das instalações e à Associação Sharks de Coimbra pelo excelente acolhimento e colaboração na organização deste Campeonato Nacional. Em Setembro está prevista a realização da Taça de Portugal de Hóquei Subaquático e oportunamente a FPAS informará o local e

primento, 12 e 15 metros de largura, deve ter uma profundidade mínima de 1,80 metros (mínimo para competições oficiais, para treinos qualquer piscina pode ser utilizada) e máxima de 3,65 metros, desde que a inclinação máxima não exceda os 10%, o ideal será 2,20 metros de profundidade constante. As equipas são constituídas por 6 atletas e mais 4 suplentes sendo as substituições ilimitadas. Nas extremidades da piscina estão colocadas no fundo uma baliza com 3 metros de com-

respectiva data. Referências históricas O Hóquei Subaquático foi inventado em 1954 em Inglaterra por Alain Blake com o intuito de entreter os mergulhadores na altura do inverno. Inicialmente chamado ”Octopush”, o Hóquei Subaquático ao longo dos anos foi sofrendo modificações a nível de equipamento, número de jogadores e outros factores decisivos para transformá-lo na modalidade internacional que é hoje em dia. Actualmente é praticado

em quase todos os países da Europa, com destaque para o Reino Unido, França e Holanda que são as maiores potências. A nível Mundial temos países como a África do Sul, Austrália, Nova Zelândia, Colômbia, Estados Unidos da América e Canadá. Em Portugal, a modalidade existe oficialmente desde 2007, tendo ocorrido experiências prévias a esta data, mas só nesse ano foi criado o primeiro Clube oficial de Hóquei Subaquático e, desde então, o crescimento tem sido muito significativo.

Equipa vencedora ergue o seu trófeu 2016 Junho 354

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Surf

Atlantic Surf Fest em Gaia

Fotografia Tó Mané/tomanephotos.com

Campeões nacionais de Longboard decididos em Gaia

João Dantas foi o vencedor

O Atlantic Surf Fest acolheu no passado Domingo dia 5 de Junho a quarta etapa do Campeonato Nacional de Longboard, que contou com boas ondas, bom tempo e muito bom ambiente na praia de Canide Norte, acabando por coroar antecipadamente os campeões nacionais da modalidade.

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João Gama sub-18 66

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campeão nacional em título, João Dantas, voltou a vencer em 2016, batendo Sebastião Maia, Ruben Silva e Isaac Felizardo na final, deixando-os em segundo, terceiro e quarto lugares, respectivamente. Com a sua terceira vitória no Campeonato Nacional deste ano (mais um segundo lugar na etapa anterior), o jovem João Dantas, de 18 anos, chegará à derradeira etapa, que se realizará no final do ano, na “sua” praia de São Pedro do Estoril, já como bicampeão nacional. Também local de São Pedro do Estoril, João Gama, de 17 anos, venceu a quarta prova deste ano na categoria sub-18, igualando o feito do amigo Dantas e sagrandose também campeão nacional antecipadamente. Na etapa de Gaia, João Gama deixou Isaac Felizardo em segundo lugar, Frederico Mit-

termayer em terceiro, António Dantas em quarto e Gonçalo Feijão no quinto posto. No Sábado, igualmente no Atlantic Surf Fest, disputou-se a terceira etapa do Campeonato Nacional de SUP Wave, com vitória para Diogo Queimada, que assim assumiu a liderança do ranking nacional, à frente do campeão nacional em título, Rui Fialho, segundo classificado na etapa. Ambos deixaram Pedro Casqueira (vencedor da etapa anterior) e Simão Manuel (vencedor da primeira etapa) em terceiro e quarto lugares, respectivamente. A duas etapas do final do Campeonato, tudo está ainda por decidir! Estas duas etapas nacionais, que em conjunto ofereceram um prémio monetário de 3.000€ aos participantes (1.500€ por prova – a maior premiação em Portugal), tiveram como objectivo a preparação dos surfistas portugueses


Surf

Final SUP Wave

para o “prato forte” do Atlantic Surf Fest deste ano, a segunda etapa na Europa do Circuito Mundial de Longboard da World Surf League, que se realizará ao longo do fimde-semana, de 10 a 12 de Junho. Assumindo-se cada vez mais

como a “capital do Longboard” nacional, Gaia volta a colocar Portugal no mapa dos eventos internacionais desta modalidade, mais de 15 anos depois do último grande evento realizado no nosso país e pela primeira vez no norte. Com uma óptima previsão para o fim-de-semana, onde reinarão o sol, ventos favoráveis e uma boa ondulação, o Gaia Pro contará com a presença dos melhores longboarders nacionais, seguramente, mas também com a de alguns dos melhores do mundo. Já confirmados estão os nomes dos irmãos franceses Antoine e Edouard Delpero, finalistas na primeira etapa deste ano, em França; do multi-campeão europeu e Top 3 mundial, o inglês Ben Skinner; da brasileira Chloé Calmon, Top 3 mundial feminina; da francesa Victoria Vergara, ex-campeã europeia; da portuguesa Kathleen Barrigão, actualmente no quarto lugar do ranking europeu; e sobretudo da maior estrela internacional que estará entre nós, o peruano Pic-

Diogo Queimada venceu em SUP Wave colo Clemente, actual bi-campeão mundial de Longboard. O Atlantic Surf Fest 2016 é uma organização do Portugal Ativo Club, com o total apoio da Câmara Municipal de Gaia, Águas de Gaia e Turismo do Porto e Norte, o patrocínio da Douro Gaz, Liber-

ty, Pagaqui, Novotel, Superbock, Junta de Freguesia de Canidelo, o apoio da Douro Marina, SupDouro, Nelo, Pena Park Aventura e Cespu, tendo como media partners o Porto Canal, FuelTV, Rádio Nova Era – Rádio oficial, SurfPortugal, Surftotal e Onfire.

Finalistas Longboard + Staff

Finalistas SUP Wave 2016 Junho 354

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Surf

Espinho Surf Destination

Circuito de Surf do Norte encerra com chave de ouro Integrada na terceira edição do Espinho Surf Destination, decorreu a terceira e última etapa do Circuito de Surf do Norte. A prova, que coroou os campeões de surf da região norte do país em sete categorias, decorreu na praia da Baía, contando com boas ondas e um ambiente incrível, dentro e fora de água, com especial destaque para a Sunset Party de sábado à noite, animada pelo DJ Tiago Fragateiro.

Manuel Villas-Boas (vencedor sub-16)

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José Bruschy (vencedor sub-14) 68

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oram disputadas quase 50 baterias ao longo de dois dias, incluindo na categoria Open, que viu os atletas mais velhos e consagrados competir pela única vez este ano. Elohe Alvarez, surfista luso-brasileiro radicado no Porto, foi o grande vencedor desta categoria, deixando Miguel Freitas em segundo lugar, o local Ruben Vita em terceiro, Manuel Colomina em quarto e Gonçalo Maya em quinto. Nos sub-18, uma das categorias com mais inscritos e também uma das mais disputadas, Tiago Santos levou a melhor sobre António Gouveia, Henrique Menezes e Rodrigo Mendo (que terminaram em segundo, terceiro e quarto


Surf

Catarina Beirão (vencedora sub-16 fem)

lugares, respectivamente), conseguindo assim igualmente um wildcard para o Junior Pro Espinho, a terceira etapa do circuito europeu de surf júnior, que se realizará no final de Junho, a finalizar o Espinho Surf Destination 2016. Na mesma categoria, mas feminina, a vencedora foi Mariana Gonçalves, que deixou Inês Sousa no segundo posto, Catarina Beirão no terceiro e Sofia Campos no quarto. Em sub-16, vitória para Manuel Villas-Boas, com Filipe Cruz em segundo lugar, Marcelo Martins em terceiro e Gonçalo Magalhães em quarto. Nas meninas sub-16, Catarina Beirão “vingou-se” do resultado obtido na categoria sub-18, batendo desta vez Mariana Gonçalves, que foi segunda classificada, com Beatriz Millan na terceira po-

sição e Benedita Neves na quarta. Nos sub-14, José Bruschy foi o campeão da etapa, deixando Tomás Jervell no segundo lugar, João Crespo no terceiro e Sacha Garcia no quarto. Já nos mais novos em prova, os sub-12, João Crespo conquistou mesmo a vitória, Salvador Tavares foi segundo, Lourenço Jervell terceiro e Francisco Silva quarto. Quanto aos vencedores do Circuito de Surf do Norte, António Gouveia conquistou o título em sub-18, graças a duas vitórias e a um segundo lugar; Mariana Gonçalves, com uma prestação idêntica, conquistou o título feminino da mesma categoria; Filipe Cruz foi o campeão em sub-16, graças a uma vitória, um segundo e um terceiro lugares; Catarina Beirão, em sub-16 feminino,

João Crespo (vencedor sub-12)

Mariana Gonçalves (vencedora sub-18 fem)

conquistou o título graças a três vitórias em três etapas; José Bruschy também se sagrou campeão da região norte em sub-14 com 100% de aproveitamento nas etapas; e Salvador Tavares conquistou o título da categoria sub-12, com uma vitória, um segundo e um terceiro lugares. Parabéns aos vencedores e aos responsáveis por este circuito, que tanto tem ajudado a desenvolver o surf na região! O Espinho Surf Destination 2016 continua esta semana com uma Skate Total Experience (FingerBoards, com a YellowWood), segue com o Campeonato Nacional de Bodyboard Masters e a finalíssima do Circuito de Bodyboard do Norte, para terminar com o Surf Pro Espinho, a terceira etapa do Circuito Europeu de Surf Pro Junior da World Surf

League, entre os dias 23 e 26 de Junho. Ao longo de mais de um mês de eventos desportivos haverá ainda espaço para um workshop de Kinesiologia, uma formação do Instituto de Socorros a Náufragos, através do projecto Surf Salva, workshops de Tow In e Tow Out (surf assistido com motas de água) e inúmeras actividades paralelas ao longo de todo o evento. O Espinho Surf Destination 2016 é uma organização da GPDESIGN Brand Communication e do Surf Atitude Clube, tendo como promotor a Câmara Municipal de Espinho, contando com o apoio do PraiaGolfe Hotel, Castros, Refer, CP, SuperBock e Vitalis, e tendo como media partners a RTP, FUEL TV, SURFPortugal, Vert, ONFIRE e Surftotal.

Elohe Alvarez (vencedor open) 2016 Junho 354

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Vela

Campeonato do Mundo da Classe Hansa – Vela Adaptada

Velejadores Portugueses Conquistam Três Medalhas

Regata de Hansa 303 Solitário Os velejadores nacionais tiveram prestação espectacular no Campeonato do Mundo da classe Hansa, que terminou no passado dia 9 de Junho em Medemblik, Holanda. Fernando Pinto do Sport Clube do Porto conquistou a medalha de prata em Hansa 2.3 e Luísa Graça também do Sport Clube do Porto alcançou o bronze na mesma classe. Pedro Reis do Clube Naval de Cascais ficou com o bronze em Hansa 303 Solitário.

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Fernando Pinto, medalha de prata em Hansa 2.3 70

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osé Manuel Leandro, Presidente da Federação Portuguesa de Vela, mostra-se orgulhoso do desempenho dos velejadores: “Os resultados são extraordinários e quero endereçar os parabéns aos medalhados e também aos restantes portugueses que participaram. Uma vez mais, a modalidade dignifica e eleva o nome de Portugal, desta feita através da vela adaptada”, sublinha o responsável máximo federativo. Na prova que decorreu em águas holandesas foram disputadas 10 regatas, com os portugueses a terem uma performance muito regular o que lhes permitiu chegar às medalhas.


Vela

Luísa Graça medalha de bronze na classe Hansa 2.3

Em Hansa 2.3, Fernando Pinto foi apenas suplantado pelo malaio Al Mustakim Matrin. Luísa Graça ficou com o bronze e Pedro Carvalho do Sport Clube do Porto foi 8º classificado. Pedro Reis do Clube Naval de Cascais participou em duas disciplinas no campeonato do mundo. Na Hansa 303 Solitário, na qual conquistou a medalha de bronze e ficou atrás do australiano Christopher Symonds que conquistou o ouro, seguido do suíço Willi Lutz com a prata. Na Hansa 303 Duplos, Pedro Reis fez parceria com Ana Cunha, também do Clube Naval de Cascais, conquistando o 5º lugar da geral, classificação excelente tendo em conta que a dupla de Cascais era uma das poucas tripulações compostas por dois atletas portadores de deficiência. Luís Martins/José Cavalheiro do Clube de Vela de Viana em Hansa 303 Duplos terminaram no 8º lugar.

Pedro Reis, medalha de bronze na classe Hansa 303 Solitário

Regata de Hansa 303 Solitário 2016 Junho 354

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Notícias do Mar

Últimas Sailing World Cup Weymouth & Portland

Sara Carmo Intensifica Preparação

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ara Carmo acabou na 27ª posição a Sailing World Cup Weymouth & Portland, etapa britânica da Taça do Mundo da Federação Internacional de Vela.

A frota de Laser Radial disputou sete regatas mais a Medal Race. A holandesa Marit Bouwmeester foi a vencedora seguida da chinesa Lijia Xu e da francesa Mathilde Kerangat.

Fotografia: Pedro Martinez

Prova de Apuramento Nacional da Classe Optimist

As Nossas Selecções

Delta Lloyd Regatta

Gustavo Lima no Top 10

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ustavo Lima foi 7º classificado na Regata das Medalhas da classe Laser, em que estiveram apenas os dez primeiros, e encerrou na 10ª posição a sua participação na Delta Lloyd Regatta, que decorreu em Medemblik, Holanda. Sara Carmo foi 24ª em Laser Radial.

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stão encontrados os velejadores apurados e elegíveis para representar Portugal nos Campeonatos do Mundo e da Europa de Optimist. A Prova de Apuramento Nacional da Classe Optimist chegou ao seu final em Viana do Castelo com a vitória de Guilherme Cavaco, do Ginásio Clube Naval de Faro. No último dia da Prova de Apuramento Nacional da Classe Optimist, o vento fraco não permitiu a realização de quaisquer rega-

tas, tendo Guilherme Cavaco, José Mendes, do Náutico Clube da Boa Esperança e Beatriz Gago, do Clube Naval de Portimão, ocupando os lugares de pódio. Desta forma, Manuel Ramos e Filipe Egipto, do Clube de Vela do Barreiro, Beatriz Gago, do Clube Naval de Portimão, Guilherme Cavaco, do Ginásio Clube Naval de Faro e Diogo Sampaio, do Clube de Vela Atlântico são os elegíveis para marcar presença no Mundial de Optimist, a ser disputado de 25 de Julho a 04 de Agosto, em Vilamoura.

Beatriz Cintra, do Clube Naval de Portimão, Alex Baptista, do Clube de Vela da Costa Nova, Martim Mastbaum, do Clube Naval de Cascais, Manuel Fortunato, do Clube de Vela de Lagos, Pedro Coelho e Catarina Coelho, do Clube de Vela Atlântico, Vasco Soares, da Associação Náutica da Madeira e Viktoriya Kononova, da Associação Naval do Guadiana, são os elegíveis para o Campeonato da Europa, que será realizado de 15 a 22 de Julho, em Crotone, Itália.

Gustavo Lima esteve na regata decisiva da classe Laser. O velejador nacional foi 7º classificado e termina a prova holandesa na 10ª posição. Um resultado que deixa boas indicações para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro 2016, em que cumprirá a sua quinta participação consecutiva em olimpíadas. Rui Silveira foi 11º. Eduardo Marques concluiu no 23º posto. Santiago Sampaio ascendeu ao 36º lugar da tabela classificativa. O holandês Rutger Van Schaardenburg foi o vencedor, seguido do sulcoreano Jeemin Ha e do australiano Luke Elliott. Sara Carmo concluiu a prova na 24ª posição da geral de Laser Radial. A holandesa Marit Bouwmeester alcançou o triunfo. A belga Emma Plasschaert e a japonesa Manami Doi foram 2ª e 3ª classificadas, respectivamente.

Director: Antero dos Santos – mar.antero@gmail.com Director Comercial: João Carlos Reis - noticiasdomar@media4u.pt Colaboração: Carlos Salgado, Gustavo Bahia, Hugo Silva, José Tourais, José de Sousa, João Zamith, Mundo da Pesca, Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas, Federação Portuguesa de Jet Ski, Federação Portuguesa de Motonáutica, Federação Portuguesa de Pesca Desportiva do Alto Mar, Federação Portuguesa Surf, Federação Portuguesa de Vela, Associação Nacional de Surfistas, Big Game Club de Portugal, Club Naval da Horta, Jet Ski Clube de Portugal, Surf Clube de Viana, Associação Portuguesa de WindSurfing Administração, Redação: Tlm: 91 964 28 00 - noticias.mar@gmail.com

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