Notícias do Mar n.º 305

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Vela

XXII Campeonato de Portugal de Juniores e Absoluto

Vento Foi Protagonista

António Pereira/Francisca Barros (420), David Petiz (Laser 4.7), Luís Manso (Laser Radial) e Renato Conde (Laser Standard) são os vencedores do XXIII Campeonato de Portugal de Juniores e Absoluto, no Campo de Regatas de Leixões. A prova teve organização da Federação Portuguesa de Vela e do Clube de Vela Atlântico, e o apoio da Fidelidade Mundial e da Milaneza.

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m 420, António Pereira/ Filipa Barros, da Associação Naval de Lisboa/ Yate Clube do Porto, sagraram-se Campeões de Portugal Absolutos enquanto João Pestana/Tomás Marques, do Clube de Vela Atlântico conquistaram o título no escalão júnior. Marta Paquete/Mariana Almeida foram as vencedoras no sector feminino. Gonçalo Pires/Nuno Bajanca, do Clube de Vela de Lagos/Associação Naval de Lisboa e Manuel

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Cunha/José Cunha, do Yate Clube do Porto foram 2º e 3º em absoluto. Diogo Pereira/Pedro Cruz, do Clube Naval de Cascais e Gonçalo Fonseca/Pedro Costa, do Clube de Vela Atlântico nos juniores e Maria Camelo/Catarina Ferlov, do Clube Naval de Cascais e Francisca Martins/Maria Uva, do Sport Algés e Dafundo fecharam o pódio júnior e feminino, respectivamente. Luís Manso, do Clube de Vela Atlântico, venceu em Laser Radial. Eduardo Marques, do Clube Des-

portivo de Paço de Arcos foi segundo e Campeão de Portugal de Juniores e Martim Pinto, do Clube Naval de Sesimbra, foi 3º da geral. Miguel Gomes, do Clube Naval de Sesimbra e Pedro Roque, do Clube Naval de Portimão, foram 2º e 3º nos juniores. David Petiz, do Clube Naval de Leça, alcançou a primeira posição nos Laser 4.7. Santiago Sampaio e Pedro Costa, ambos do Clube Naval de Portimão, ocuparam os 2º e 3º postos. Maria Pinheiro de

Melo, do Ginásio Clube Naval de Faro, foi 6ª e Campeã de Portugal feminina. Matilde Pinheiro de Melo, também do Ginásio Clube Naval de Faro e Catarina Viegas, do Clube de Vela de Lagos, foram 2ª e 3ª. Em Laser Standard, Renato Conde, do Clube Náutico da Boca da Barra, venceu. José Valente, do Clube Naval de Leça foi segundo e João Assoreira, do Ginásio Clube Naval de Faro, ocupou 3º lugar.


Vela

Protocolo FPVela - EDP

Parceria com Olhos no Futuro A Federação Portuguesa de Vela e a EDP assinaram o Protocolo “A Energia dos Grandes Desafios”, no espaço À Margem, na Doca do Bom Sucesso, em Lisboa.

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cerimónia contou com a presença de José Manuel Leandro, Presidente da Federação Portuguesa de Vela, de Miguel Stilwell, do Conselho de Administração Executivo da EDP e de Álvaro Marinho e Miguel Nunes, velejadores olímpicos da classe 470. O protocolo visa o apoio a escolas e clubes de vela de forma a dotar as escolas de mais material que permita ter mais crianças a aprender vela e incentivando a prática do desporto e manutenção de hábitos de vida saudáveis. O protocolo abrange 47 escolas de Portugal Continental, Açores e Madeira e vão ser entregues 400 velas para a Classe Optimist. Este é um projeto único a nível

nacional que vai dotar as escolas de mais equipamento e permitir que mais crianças tenham acesso à prática da vela. Este é um desporto que desenvolve, entre outros, as capacidades de autonomia, interação, espírito de equipa, responsabilidade e proteção dos oceanos. Todas as escolas que fazem parte da Federação Portuguesa de Vela foram contactadas para participar deste projeto único. As escolas interessadas em aderir assinaram um protocolo e especificaram as suas necessidades no que diz respeito a velas. No total, são 47 as escolas protocoladas e mais de 400 crianças que começam a receber as velas no próximo mês de Maio. Este contrato é uma mais-valia para a vela nacional, porque é uma aposta na formação. A modalidade tem enormes talentos, como comprovam os inúmeros títulos mundiais e europeus, bem como as quatro medalhas olímpicas conquistadas (é a segunda modalidade com maior número de medalhas a seguir ao atletismo). Esta parceria permite a alguns clubes a possibilidade de aumentarem o número de atletas nas escolas de vela e a outros retomarem a atividade.

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Vela

EDP - VII Campeonato de Portugal de Juvenis

Tiago Serra Dominador

Tiago Serra, do Clube de Vela de Lagos e Francisca Pinho, do Sport Club do Porto, foram os vencedores do EDP – VII Campeonato de Portugal de Juvenis, disputado no campo de regatas de Leixões e organizado pela Federação Portuguesa de Vela e o Clube de Vela Atlântico.

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EDP – VII Campeonato de Portugal de Juvenis contou com a participação de 120 velejadores do continente e ilhas. Ao longo dos quatro dias de prova foram disputadas as 12 regatas previstas no programa. Nos dois primeiros dias, predominou o vento fraco com Tiago Serra, do Clube de Vela de Lagos a terminar a primeira jornada na

frente e Rodrigo Correia, do Clube Naval de Portimão, a liderar no final da segunda jornada. No terceiro, o vento aumentou de intensidade e Serra somou três vitórias que lhe deram o comando à frente de Correia e de Miguel Santos, do Clube de Vela da Costa Nova. No dia de todas as decisões e sob condições difíceis de vento e mar, apenas o Grupo de Ouro este-

Tiago Serra

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ve na água. Tiago Serra consolidou o primeiro lugar sagrando-se Campeão de Portugal de Juvenis. O jovem velejador do Clube de Vela de Lagos terminou com 40 pontos de vantagem sobre Miguel Santos e 43 do seu companheiro de clube, Rodolfo Pires. No sector feminino, Francisca Pinho, do Sport Club Porto conquistou o título, seguida de Rita Lopes, do Sport Algés e Dafundo e de Ana Mariz, do Clube Naval de Leça. Tiago Serra (Clube de Vela de Lagos), Miguel Santos (Clube de Vela da Costa Nova), Rodolfo Pires (Clube de Vela de Lagos), Dio-

go Costa (Clube de Vela Atlântico) e Francisca Pinho (Sport Club Porto) garantiram a qualificação para o Mundial de Optimist, a realizar de 15 a 26 de Julho, em Boca Chica, na República Dominicana. Rodrigo Correia (Clube Naval de Portimão), Rita Lopes (Sport Algés e Dafundo), Emanuel Duarte (Clube Naval de Portimão), Henrique Frutuoso (Sport Club Porto), Francisco Mourão (Sport Algés e Dafundo), Ana Mariz (Clube Naval de Leça) e Mafalda Pires de Lima (Clube de Vela Atlântico) estarão no Campeonato da Europa, a disputar entre 30 de Junho e 8 de Julho, em Lignano Sabbiadoro, Itália.

Francisca Pinho


Vela

Semana Olímpica Francesa

Marinho e Nunes Garantem Londres Álvaro Marinho/Miguel Nunes terminaram a Semana Olímpica Francesa na 5ª posição. A dupla foi 10ª na Regata das Medalhas de 470 e encerrou a participação com lugar garantido nos Jogos Olímpicos de Londres 2012.

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lvaro Marinho/Miguel Nunes fecharam a Semana Olímpica Francesa com um 10º lugar na Regata das Medalhas. A dupla baixou ao 5º posto da geral mas, ainda assim, tem de fazer balanço positivo da participação, dado que garantiu a quarta presença consecutiva em olimpíadas. Triunfaram os australianos Mathew Belcher/Malcolm Page. Os croatas Sime Fantela/ Igor Marenic e os holandeses Sven Koster/Kalle Koster foram 2º e 3º. António Matos Rosa/Ricardo Schedel terminaram na 48ª posição. Em Laser Standard, Gustavo Lima acabou no 35º posto, enquanto Rui Silveira foi 60º da geral. O alemão Philipp Buhl foi o vencedor, seguido dos neozelandeses Andy Maloney e Andrew Murdoch. Jorge Lima/José Luís Costa foram 20º na classe 49er. Os franceses Manu Dyen/Stephane Christidis ocuparam a primeira posição. Os australianos Nathan Outteridge/Iain Jensen e os dina-

marqueses Peter Andersen/Nicolai Thorsell, foram 2º e 3º. Rita Gonçalves/Mariana Lo-

bato/Diana Neves foram 16ª no match racing feminino. As norteamericanas Anna Tunnicliffe e

Sally Barkow ficaram nos dois primeiros lugares. A russa Ekaterina Skudina foi 3ª.

XXX Lake Garda Meeting Optimist Class

Uma Regata para o Guiness

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30ª edição da Lake Garda Meeting Optimist Class, disputada no Lago de Garda, Itália, contou com a presença de mais de mil velejadores de todo o mundo, o que fez com que a prova entrasse para o Livro de Recordes do Guiness como aquela que contou com o maior número de barcos da mesma classe (1065). A frota nacional foi numerosa com Rodolfo Pires a estar em destaque. O velejador do Clube de Vela de Lagos terminando na 5ª posição da geral. Ainda na Frota de Ouro da Divisão B, Tiago Serra e Jack Cookson, também do CVLagos foram 53º e 56º, e Sebastião Rebolo,

do Sport Algés e Dafundo, terminou no 111º lugar. Tomás Quitéria (CVL) apurou-se para a frota de Prata, e acabou o campeonato em 296º da geral. David Sousa (CVL) e André Serra (CVL) apuraram-se para a frota de Bronze e terminaram em 406º e 415º, respectivamente. Manuel Machado (SAD) integrou a Frota Esmeralda e foi 616º, enquanto Micaela Pereira (CVL) apurou-se para a frota Pérola e foi 662ª. A Divisão A, contou com a presença de 266 velejadores, Manuel Fortunato (CVL) foi regular durante os 4 dias de prova e terminou no 27º posto, enquanto Maev Galvão (SAD) foi 186º.

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Vela

Protocolo FPV - Sperry

FPVela Soma e Segue A Federação Portuguesa de Vela e a Sperry assinaram nas instalações da FPV, um protocolo de parceria que torna a prestigiada marca como fornecedora oficial de calçado da equipa olímpica portuguesa.

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a cerimónia, marcaram presença José Manuel Leandro, Presidente da FPVela, Carlos Alemão, administrador da Bedivar e Bernardo Freitas, velejador de 49er. Desde que Paul Sperry inventou o primeiro sapato de vela, em 1935, a Sperry TopSider tem sido o fabricante líder em calçado para desportos náuticos, com solas anti-derrapantes. Tudo começou quando Paul Sperry reparou na capacidade fantástica do seu cão, um cocker spaniel, em correr sobre o gelo num dia de Inverno. Ao analisar a pata viu centenas de pequenas ranhuras e cortes que ziguezagueavam em todas as direcções. Estas estrias onduladas foram a inspiração para a patente chamada Razor-Siping Campeonato da Europa de Star

A um Passo do Pódio A

fonso Domingos/Frederico Melo alcançaram um brilhante 4º lugar no Campeonato da Europa da Classe Star, disputado em San Remo,

Itália. A tripulação nacional esteve ao seu melhor nível e ficou a escassos dois pontos do pódio. Domingos e Melo foram 10º, 4º, 1º, 35º e 5º nas cinco regatas realizadas. Os polacos Mateusz Kusnierewicz/Dominik Zycki sagraram-se Campeões da Europa. Os suecos Fredrik Loof/Max Salminen foram segundos e os noruegueses Eivind Melleby/Petter Pedersen terminaram na 3ª posição.

da Sperry, que foi fundamental para maximizar a tracção e performance do sapato Sperry Top-Sider. A partir de então, a investigação permitiu melhorar ainda mais as performances de cada

modelo em função das diversas actividades nos desportos náuticos. No que respeita à vela, a Sperry especializou os sapatos de modo a contemplarem perfeitamente as necessidades das diferentes classes.

Campeonato do mundo de Juniores de Laser Standard

Mourão em Bom Plano A

ntónio Mourão, do Clube Naval de Cascais, marcou presença no Campeonato do Mundo de Juniores de Laser Standard, que decorreu na Argentina. O velejador nacional competiu em águas argentinas, num Mundial que fica marcado pelo vento fraco que apenas permitiu a realização de seis regatas. António Mourão esteve bom plano terminando na 13ª posição. O italiano Giovanni Coccoluto conquistou o título, seguido do dinamarquês Stig Steinfurth e do polaco Aleksander Arian.

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Electrónica

Notícias Nautel

OWNA, Uma Nova Marca de Eletrónica no Mercado Nacional A Nautel acaba de lançar em Portugal produtos da marca ONWA, originária de Hong-Kong/China.

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empresa começa assim a alinhar-se com os ventos que sopram cada vez mais do Oriente, no que toca a uma competitividade crescente dos produtos eletrónicos por lá concebidos e produzidos, que combinam muito baixo preço, simplicidade nas montagens e operação, e maior sintonia com as necessidades de pequenas embarcações profissionais de pesca, ou de pesca desportiva.

A tendência de muitas marcas de topo atuais é a da sofisticação dos usos em rede e multifunção, com incorporação de tecnologias da eletrónica de consumo corrente, o que para muitas embarcações e tipos de utilização só representa maior complexidade de instalação e uso, maior probabilidade de desprogramação de ajustes, que resultam em percas de eficiência para quem só quer resultados diretos, imediatos e sem interrupções para as suas operações de

pesca ou navegação. Assim a Nautel começa com 3 produtos duma mesma série de GPS/Chartplotter (Carta Eletrónica) : O KP-6299 de 5,6” de ecrã, o KP-8299, com 8”, e o KP-1299 com 12”, todos a côres em displays LCD TFT. Outras características:

Sistema de cartografia electrónica (C-MAP)NT MAX e NT+ , com apresentação da posição e rasto da embarcação Antena de GPS de 50 canais paralelos . Todos os menus de operação em diversas línguas incluindo o PORTUGUÊS. 15.000 Waypoints/Marcas, com nome e símbolo. 30.000 pontos de rasto. Máximo 15 rastos com 2.000 pontos cada. Marcações no rasto, entre 1 seg e 99h, ou 0,01 a 9,99 mn Rotas com 200 pontos cada. Guarda dados em memória externa, tipo SD Card Inúmeras funções gráficas, headup, north up, nav-up. Função de “Homem ao Mar” (MOB) Tabela de Marés, pode ligar a receptor ou transceptor AIS. Estanquicidade: do indicador: IPX5. Da antena GPS: IPX6. Uma saída/entrada, NMEA0183, e saída RS232 e RS422. Alimentação: 10,5~ 35 VDC. Inclui unidade indicadora, antena de GPS KA-07 c/ 10m de cabo, A ONWA produz também outros produtos como radar, AIS, sondas, VHF, piloto automático, etc

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Vela

Plano nacional de Ética no Desporto

José Leandro Nomeado Embaixador O Presidente da Federação Portuguesa de Vela, José Manuel Leandro, foi nomeado embaixador para a Ética no Desporto, a convite do Secretário de Estado do Desporto e Juventude, Alexandre Mestre.

ISA Mitsubishi Youth Nationals 2012

Fotografia: David Branigan/Oceansport

Boas Prestações em Águas Irlandesas

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presidente da Federação Portuguesa de Vela compromete-se a participar, de forma activa, no cumprimento do recentemente apresentado Programa Nacional de Ética no Desporto, com especial atenção para a promoção e divulgação dos valores do desporto, em colaboração com os restantes embaixadores.

Esta nomeação, colocando a vela no mesmo nível das outras modalidades desportivas na preocupação do Governo quanto à Ética no Desporto, tem um amplo valor simbólico para a FPV, pois significa também que a situação tende a normalizarse após um largo período com a Utilidade Pública suspensa. Foi por isso enorme a satisfação de José Manuel Leandro ao receber esta distinção.

dupla Diogo Pereira/Pedro Cruz, do Clube Naval de Cascais, em 420, Pedro Roque, do Clube Naval de Portimão e Miguel Gomes, do Clube Naval de Sesimbra, em Laser Radial estiveram presentes nos ISA Mitsubishi Youth Nationals 2012, que decorreram em Dun Laoghaire, na República da Irlanda. Os velejadores nacionais tiveram boa prestação em águas irlandesas. No mesmo local que servirá de palco ao Campeonato do Mundo da Juventude ISAF, Diogo Pereira/Pedro Cruz terminaram na 7ª posição depois de realizadas 11 regatas. Os franceses dominaram ocupando os dois primeiros lugares através de Guillaume Pirouelle/Valentin Sipan e Jennifer Poret/Louise Chevet. As britânicas Annabel Vose/Kirsty Urwin foram terceiras. Em Radial, Pedro Roque foi 7º da geral, enquanto Miguel Gomes terminou no 10º posto. O irlandês Finn Lynch foi o vencedor, seguido do norueguês Hermann Tomasgaard e de Robbie Gilmore, também da República da Irlanda.

Notícias da Boats4sale

Boats4sale Nova Empresa Náutica

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undada por João Pereira Coutinho, profissional nesta actividade desde 2004, a Empresa Boats4sale, começou a dar os seus primeiros passos em Fevereiro de 2012. A Sua experiência adquirida ao longo destes últimos 8 Anos numa das Empresas pioneiras neste Ramo, o gosto por esta actividade e os laços familiares ligados á Náutica, fizeram com se lançasse

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“nestes Mares Revoltos” Com várias parcerias ligadas á Náutica poderá apresentar uma série de soluções complementares, tanto na compra da sua embarcação como no serviço pós-venda. Também pela sua experiência na venda de Barcos para outros Países da Europa, apostará em anuncia-los em vários Sites Estrangeiros de grande prestígio e visibilidade. A Transparência, Honestidade e Qualidade de serviço, serão os factores aplicados aos nossos Clientes.


Notícias do Mar

Notícias do Centro Náutico de Algés

Feira Náutica do Tejo de 31 de Maio a 3 de Junho O Centro Náutico de Algés vai organizar a 1ª Feira Náutica do Tejo com entrada gratuita para os visitantes, nas suas vastas instalações em Algés, à beira do Tejo, entre os dias 31 de Maio e 3 de Junho e durante a permanência da Volvo Ocean Race em Lisboa.

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evento, que vai coincidir com a Volvo Ocean Race e encontra-se junto à área destinada ao parqueamento das embarcações que participam nesta famosa regata à volta do mundo, vai certamente receber, por esse motivo, um grande número de visitantes que têm ainda o grande incentivo de não pagarem para entrar. A 1ª Feira Náutica do Tejo, organizada com o apoio da Câmara Municipal de Oeiras visa proporcionar às empresas ligadas às actividades náuticas a oportunidade de apresentarem os seus produtos num último evento antes da chegada do Verão. A organização da iniciativa estima que estarão presentes 50 expositores. O leque de expositores previsto inclui desde fabricantes de embarcações, velas e seus motores, a marcas de roupa e equipamentos náuticos diversos. A Feira Náutica do Tejo reúne todas as condições para ser uma referência nacional, dado que apresenta uma localização privilegiada na entrada do estuário do Tejo, permitindo a realização de testes de mar às embarcações em exposição, bem como o seu transporte para o evento por via marítima. No caso das pequenas empresas náuticas constitui uma forma de poderem apresentar a sua actividade a custos reduzidos. Para as empresas do sector com maior dimensão, este evento possibilita a apre-

sentação de embarcações de todas as dimensões, sem limitação de espaço. O facto de coincidir com a chegada de uma etapa da Volvo Ocean Race, a decorrer entre Algés e Pedrouços, permitirá à Feira Náutica do Tejo receber visitantes internacionais. Está em estudo a possibilidade de realizar este evento anualmente.

O Centro Náutico de Algés iniciou a sua actividade em Janeiro último. A sua gestão é da responsabilidade da entidade criada em conjunto pela Marina de Lagos / MSF e Sopromar, a qual venceu o concurso público promovido pela Administração do Porto de Lisboa (APL) em 2011, para a construção e gestão do Cen-

tro Náutico de Algés em regime de concessão por 27 anos. www.cnalges.pt

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Náutica Teste - Zeppelin Commander 6.4 com Honda BF135

Texto e Fotografia Antero dos Santos

Barco Robusto, Muito Seguro e Rápido

Testámos no passado dia 12 de Abril em Leixões, equipado com o fora de borda Honda BF135, o semi-rígido Zeppelin Commander 6.4, um modelo preparado pelo estaleiro francês para a pesca desportiva e representado em exclusivo para Portugal pela Ondastar, empresa de Vila do Conde.

F O Zeppelin Commander 6.4 é um barco robusto e muito agarrado à água

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izemos o teste a convite da Honda Marine e da Ondastar a partir da Marina Porto Atlântico em Leixões. Os semi-rígidos Zeppelin são embarcações fabricadas totalmente em França, destinadas a vários mercados, desde o militar e profissional, até ao da náutica turística, o mergulho, a pesca desportiva e o lazer familiar. São embarcações robustas, com um casco compacto que apresenta um V muito profundo e com um design desenvolvido para o bom desempenho no

mar. No total, a Zeppelin fabrica 16 modelos distribuídos por cinco séries, todas com diferentes características e equipamentos, para melhor servir os objetivos do cliente. Também comum a todos é a garantia de 10 anos, o que demonstra a confiança do construtor na excelência da qualidade dos barcos. Para dar esta garantia, a Zeppelin constrói os cascos insubmersíveis, o que é comprovado com o Certificado Oficial de Insubmersibilidade. Aplicando as resinas e fibras da melhor qualidade e con-


Náutica

Graças ao casco em V profundo, o barco teve um desempenho seguro e confortável

mander 6.4 é uma embarcação muito desafogada no interior e com um casco bastante marinheiro. Este modelo foi especialmente equipado para a pesca desportiva, por isso tem o espaço interior bastante desimpedido, permitindo com facilidade a circulação da popa à proa. Tem uma consola de condução central, um banco encosto du-

plo para o piloto conduzir de pé e um banco individual à popa com um compartimento com porta estanque, para arrumação de palamenta. Para os pescadores que gostam de andar bem fornecidos com canas de pesca, neste barco existem nove porta canas, sete montados no banco da popa e dois fixados no banco encosto do piloto. À frente da consola encontrase montada a fixação de uma

Zeppelin Commander 6.4

traplacado marítimo tanto na quilha axial como nos reforços estruturais, é tudo depois estratificado com fibra de vidro. A coberta é igualmente feita com contraplacado marítimo e fixada aos elementos estruturais do casco, através da estratificação com fibra de vidro. Para garantir mais flutuação e isolamento acústico, é injetada sob a coberta espuma de polyuretano de célula fechada, reforçando ainda mais a rigidez do casco. O piso dispõe de um material anti derrapante aplicado no gelcoat.

As consolas e bancos são igualmente fixados e estratificados sobre a coberta, formando um monobloco. Os tubos são construídos em neoprene hypalon da marca ORCA PRO e colados por dentro à coberta e por fora ao casco. E fecham atrás em cone. De realçar que o fabricante oferece a possibilidade de se construir um barco à medida de cada um, o chamado “bateau à la carte”, para melhor servir as especificidades de cada praticante ou profissional. O Zeppelin Com-

Nos arranques os flaps facilitam a planagem

O casco tem um V com 29 graus à frente e 21,5 graus à popa

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Náutica

ligeiro túnel atrás que se prolonga por um “flap” de cada lado. É graças à combinação destes fatores que resulta, em andamento, as excelentes performances do barco e um comportamento muito marinheiro.

O Honda BF135 montado no Zeppelin fez boas performances

Os flaps na popa integrados no casco

O poço é amplo

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geleira, para guardar o peixe. Para arrumação de equipamentos e sacos, tanto o banco encosto do piloto como a consola de condução, dispõem de dois compartimentos com portas estanques. A consola de condução é larga, permitindo montar bem a eletrónica necessária e tem um para-brisas de vidro acrílico alto e bem protegido por um corrimão em aço inox. Sob o piso passa um tubo, desde a consola até ao poço do motor, com os cabos dos comandos, da direção e da eletrónica. Para guardar o ferro e os cabos de fundear existe á frente um compartimento com tampa estanque. Para proteção dos tubos, o barco tem um passa-cabos em borracha à proa e um verdugo largo à volta. Neste Zeppelin Commander 6.40 evidencia-se bastante o casco, cujas características fazem este barco ter um desempenho muito seguro, rápido e confortável. O casco tem um V profundo, com 29 graus à frente e um ângulo à popa de 21,5 graus. Os robaletes laterais são muito salientes e o de cima forma um

Motor Honda BF135 Trata-se de um motor com 135 HP que partilha com BF 150 o mesmo bloco, com 2.354 cm3 de cilindrada, 4 cilindros em linha, 16 válvulas e dupla árvore de cames à cabeça (DOHC). Os engenheiros da Honda enquanto iam desenvolvendo novas tecnologias nos motores que a marca ia lançando, foram também aplicando essas fiáveis e sofisticadas tecnologias em quase todos os restantes motores que dispunham da unidade eletrónica de controlo ECU. O BF135 recebeu todas, exceto o sistema VTEC que está aplicado no BF225, BF150 e BF90. Assim, o PGM-FI é a injeção programada de combustível que permite um superior controlo da combustão, reduzindo os consumos de combustível e aumentando a performance no arranque. O BLAST é o binário aumentado a baixa rotação para obter uma aceleração rápida de modo aos barcos planarem de imediato. ECOmo é a tecnologia com o funcionamento de combustão pobre que facilita os baixos consumos nas velocidades constantes de cruzeiro, especialmente entre as 3.000 rpm e 4.500 rpm. Trolling Control é o controlo de velocidade lenta e que consiste em incrementos de 50 rpm, desde o ralenti até às 900 rpm, conseguindo-se níveis elevados no controlo de velocidade lenta na pesca ao corrico e em manobras. Este motor tem a ligação NMEA2000, que oferece a possibilidade de visualização de informações em dispositivos compatíveis No Teste o Zeppelin Commander 6.4 mostrou ser um barco rápido e muito agarrado à


Náutica

água. O mar fora do Porto de Leixões estava com mareta de vento e mexia um pouco. Deu para fazermos todas as medições, exceto a velocidade máxima, a qual, por motivos de segurança foi medida dentro do porto e em zona com a água mais calma. Isto, porque no que respeita a velocidades, quem manda é o mar. Logo no arranque vimos para que serviam os “flaps”do casco atrás, pois o barco, com quatro pessoas a bordo, em apenas 1,30 segundos já planava. Apesar de ter um V muito profundo, o facto do barco ter um grande apoio na água atrás, ajudado também pelos cones dos tubos, descola depressa da água. Na aceleração, o BF135 foi rápido a atingir as 5.000 rpm e assim em 6,51 segundos atingimos os 25,2 nós. Quanto à velocidade mínima a planar, impôs-se também a característica do casco. Devido a isso, o barco planou em apenas 8,9 nós às 2.200 rpm.

Banco encosto do piloto e consola de condução

A navegar contra a mareta, o V do casco cortava a água sem bater e o barco quase nunca saltou, sempre muito agarrado à água, proporcionando con-

forto aos ocupantes. A favor da ondulação o barco mantinha-se também direito, sem travar na

onda e defletindo a água para fora, sem molhar ninguém dentro.

O posto de comando

Há bastante arrumação nos bancos e na consola

A consola de condução é alta

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Há frente da consola está o compartimento para o ferro e pode-se montar uma geleira

É a curvar que se sente também que o barco é muito seguro, pois em curvas apertadas a 25 nós o barco nunca saiu para fora. O piloto em pé vai numa boa posição de condução, protegido pelo para-brisas. A direção é segura e não obriga a esforço. Com o barco já embalado, foi a partir das 3.500 rpm que começámos a usar já o trim e

às 5.000 rpm chegámos aos 30 nós. A velocidade de cruzeiro BLAST do motor, fizemos às 4.000 rpm com a velocidade de 26 nós, o que representa neste barco uma boa performance e um consumo excelente do motor. Quando dentro do porto fizemos o teste da velocidade máxima, atingimos os 35,2 nós às

Passa cabos em borracha à proa

5.500 rpm, que representa uma boa velocidade a esta rotação do motor. Em conclusão, acrescentamos que este modelo Zeppelin serve muito bem para a finali-

dade para que foi equipado, a pesca desportiva no mar, que necessita de embarcações robustas e seguras e proporcionem boa comodidade a navegar.

Características Técnicas Comprimento

6,40 m

Boca

2,18 m

Dimensões interiores

5,10 x 1,40 m

Diâmetro tubos

0,55 m

Depósito combustível

95 l

Peso

400 Kg

Lotação

14

Carga

1.285 Kg

Potência máxima

175 HP

Potência aconselhada

115/150 HP

Motor

Honda BF135

Preço barco base/motor +/IVA

32.000 e

Preço barco/motor c/eletrónica,rádio,etc+IVA

37.000 e

Performances

No poço do motor sai um tubo com a cabelagem

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Tempo para planar

1,30 seg.

Aceleração às 5.000 rom

25,2 nós em 6,51 seg

Velocidade máxima

35,2 nós às 5.500 rpm

Velocidade de cruzeiro

26 nós às 4.000 rpm

Mínimo a planar

8,9 nós às 2.200 rpm

2.500 rpm

10 nós

3.000 rpm

16 nós

3.500 rpm

20 nós

4.000 rpm

26 nós

4.500 rpm

27,5 nós

5.000 rpm

30 nós

5.500 rpm

35,2 nós Importador Exclusivo e Distribuidor Ondastar– Travessa do Bairro, 119 – 4485-010 Aveleda Tel.: 229 950 586 – Email: info@ondastar.pt Honda Marine – Tel.: 21 915 03 74 – www.honda.pt


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Náutica Notícias Honda Marine

O Novo Honda BF250 Já Iniciou Comercialização

A Honda Marine anuncia o início da comercialização em Portugal, do seu novo motor fora-de-borda BF250.

A

presentado no Salão Náutico de Génova em Outubro de 2011, este motor fora-deborda a 4 tempos vem equipado com um novo motor V6 de 3.6

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litros, constituindo a unidade de maior cilindrada da gama tendo a particularidade de ser o primeiro motor do mundo a incluir um sistema de indução directa de ar,

que permite obter uma combinação de elevada performance e baixos consumos de combustível. O estilo do BF250 é diferente dos outros motores fora-de-borda da gama Honda porque apresenta

um design estético mais esguio e mais delgado. O capot tem um perfil mais angular e afilado, do que outros modelos recentemente apresentados. Todo o design deste motor está, agora, mais aerodinâmico, com linhas cromadas que transmitem uma sensação de potência e velocidade. O BF250 é apresentado numa cor totalmente nova, Prata Metalizado Aquamarine. Esta nova cor, combinada com o novo e elegante design exterior torna o BF250 digno do seu “status” de porta-estandarte, tendo sido já premiado pela indústria náutica, devido aos seus inovadores avanços tecnológicos. Este motor vem constituir um importante reforço neste ramo de negócio da Honda que apresentou em 2011, em Portugal, indicadores de crescimento, no segmento a 4 tempos, quer ao nível da sua posição no ranking de vendas, quer ao nível da sua quota de mercado. Este novo motor estará disponível no nosso país em 5 versões variando os preços entre os 23.843€ e os 25.206€. Esta e outras notícias disponíveis em www.hondanews.eu


Notícias do Mar

Notícias da APICAN- Associação Portuguesa de Indústria e Comércio das Actividades Náuticas

Uma Nova Direcção, Um Novo Rumo para a APICAN Realizou-se, no passado dia 1 de Março, a Assembleia Geral da APICAN - Associação Portuguesa da Indústria e Comércio das Actividades Náuticas, onde foram eleitos os novos órgãos sociais.

A

nova Direcção já definiu que a principal missão da APICAN é despertar o interesse institucional pela náutica, defendendo os intervenientes do mercado e promovendo a utilização dos produtos marítimos pelo público em geral. Propõe-se fortalecer o sector, unindo todos os intervenientes e demonstrando as potencialidades do mesmo a todos os interessados. Para tal pretende criar maisvalias aos associados, definir as vantagens competitivas do mercado náutico e demonstrar o impacto e contributo do mesmo na economia nacional.

Queremos trabalhar com cada Entidade no sentido de, em conjunto, podermos retirar melhor partido deste importante e potencial sector de actividade. Assim todas as nossas actividades estarão centralizadas nos seguintes objetivos: 1. Fomentar e rentabilizar a utilização dos meios náuticos nos recursos hídricos; 2. Promover a náutica como uma actividade acessível a todos; 3. Unir o sector, quantificando-o e fortalecendo-o com iniciativas defensivas; 4. Revitalizar a associação, proporcionando mais-valias aos sócios; 5. Ser o principal parceiro e representante das empresas náuticas junto de todas as Entidades.

Com uma nova estrutura organizativa mais forte e próxima do mercado, uma nova categorização de associados, um novo plano de quotizações, novos serviços de apoio e mais-valias para os associados são as primeiras iniciativas, que irá conhecer tão breve quanto possível. Aguarde notícias nossas… Escritório e apoio: Av. Francisca Lindoso, Lote 44 R/C D 2785-451 S. Domingos de Rana Tel: 21 452 51 41 * Fax: 21 452 51 42 * E-mail: apican.geral@gmail. com Órgãos Sociais DIRECÇÃO: Presidente Eng.º Rui Aranha Honda Portugal Vice-Presidente: Sr. Eugénio

Martins - Nautiser – Centro Náutico Tesoureiro: Eng.º António Inglês -Nautiradar Vogal: Eng.º Carlos Costa Santos - Touron Vogal: Sr. Pedro Nunes - Yamaha Motor Portugal CONSELHO FISCAL: Presidente: Dr. Miguel Pacheco - Motolusa Vogal: Sr. Jorge Pacheco - Honda Portugal Relator: Dr.ª Sandra Cunha - Yamaha Motor Portugal ASSEMBLEIA GERAL: Presidente: Dr. Miguel Pacheco – Motolusa Vice-Presidente: Sra. Salete Novaes - Navimo Secretário: Sr. Miguel Guimarães - Descobreventos

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Notícias do Mar

Entrevista: Antero dos Santos

Entrevista ao Arquiteto Naval Tony Castro

Penso que Desta Vez Vai Apoiar a Náutica de Recreio

“Hoje tanto me faz desenhar um barco a vela como a motor”

Durante a Nauticampo tivemos a oportunidade de conversar com António Maria de Mello e Castro, conhecido nos meios náuticos como Tony Castro e considerado um dos melhores arquitetos navais do Mundo.

T

ony Castro, com atelier em Southampton, na costa Sul de Inglaterra, aceitou apoiar O Fórum Permanente para os Assuntos do Mar no estudo que este fez sobre a Náutica de Recreio em

Portugal, o qual resultou num livro, Um Pilar do Desenvolvimento Local e da Economia do Mar, que foi já entregue ao Governo e também apresentado ao meio náutico numa cerimónia que decorreu no Pavilhão do Conhecimento. Na se-

quência desse apoio, durante a Nauticampo, Tony Castro veio a Lisboa e teve contactos com diversas personalidades, entre as quais, na Secretaria de Estado do Mar pelo Eng. Miguel Cerqueira e Cmd. Fonseca Ribeiro, em representação do Se-

Arquiteto Naval Tony Castro

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cretário de Estado Dr. Pinto de Abreu, ausente numa visita à Finlândia, e em Belém pelo assessor do Presidente da República para os Assuntos do Mar, Dr. Tiago Pitta e Cunha. O objetivo, dada a sua larga experiência e conhecimentos, conseguir incentivá-los numa política que finalmente dinamize a náutica de recreio em Portugal. Tony Castro formou-se em arquitetura naval em Inglaterra Ainda jovem velejador, Tony Castro vai para Inglaterra onde se forma em arquitetura naval em 1970 e também tira um mestrado em aero/hidrodinâmica pela universidade de Glasgow. Após trabalhar com alguns dos mais conhecidos designers navais, forma a sua própria empresa, a Tony Castro Design. Em breve, os seus projetos resultaram em veleiros de altas performances que conquistaram as mais importantes regatas em todo o mundo e que constituem um imponente e extenso palmarés do seu atelier. Hoje, ao fim de 35 anos a projetar iates à vela e a motor, modelos ondesign e mega-iates, com a sua assinatura já foram construídos cerca de 8.000 barcos. Para além de já ter satisfeito as


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encomendas de 35 estaleiros para desenvolver diversas marcas e modelos, Tony Castro já projetou e acompanhou a construção de embarcações para muitos clientes particulares que pretendem o seu barco perfeitamente individualizado e com projetos “on off”. A nossa curiosidade por ver Tony Castro na Nauticampo, onde estava exposto um novo modelo Galeon, projetado por ele, motivou a nossa primeira pergunta. É a primeira vez que vejo na Nauticampo um barco projetado por mim Notícias do Mar Qual é a sensação de entrar na Nauticampo e ver náutica de recreio reduzida a um quarto de um pavilhão? Tony Castro - Fico muito triste. As coisas não estão bem em lado algum, mas não esperava que estivesse assim. Eu vim para a Lisboa principalmente para dar o meu apoio à iniciativa do Fórum Permanente para os Assuntos Mar e quero dar também o meu contributo no esforço que estão a fazer para o desenvolvimento da náutica de recreio.

É a primeira vez que vejo na Nauticampo um barco que projetei. Mas este não foi construído em Portugal, mas sim pelo estaleiro Polaco Galeon. As várias vezes que tentei, em parceria com outras pessoas, desenvolver um projeto em Portugal, a burocracia e a demora para obter as autorizações para construir eram tais, que ultrapassavam sempre os prazos de execução. NM - Porque é que isso acontece em Portugal e em Espanha é tão diferente? TC – Não é apenas em Espa-

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nha. Em toda a Europa a náutica de recreio é considerada extremamente importante não só culturalmente, como dá um enorme contributo para o desenvolvimento económico dos países, sobretudo os que têm um litoral. Portugal com uma si-

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tuação geográfica privilegiada, deveria estar numa situação muito mais avançada. Mas, os Governos é que mandam e não se deram conta disso. Deixaram passar muitas oportunidades de criar riqueza com o mar e mostraram sempre um desin-

teresse completo pela náutica de recreio. A náutica de recreio nunca esteve no radar deles! Em Espanha não é apenas

a Família Real que se interessa pela náutica, também os políticos e conseguiu-se uma enorme coincidência de interesses.


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O Rei, sem dúvida, que tem sido o líder. Essa é a grande diferença. Em Portugal nunca se legislou adequadamente, nem para desenvolver a prática desportiva, nem para favorecer a criação de uma indústria náutica. As dificuldades que impõem aos fabricantes, desmotivam os estaleiros em desenvolver projetos. Poderíamos ter uma produção que abastecesse o mercado interno e também ex-

portasse, criando riqueza para o país. Posso dar como exemplo a Turquia. O que fizeram em tão pouco tempo é fantástico. Em apenas 10 anos passaram do zero a uma potência considerável na construção de embarcações para a náutica de recreio de qualquer tipo e com grande capacidade de produção. Constroem já barcos com um bom design e de excelente qualidade.

NM – Com a Polónia não se passou o mesmo? TC – Sim, é outro exemplo que a política dirigida para o desenvolvimento da náutica de recreio cria riqueza. E devemos ter em conta que a Polónia nem tem as condições geográficas e de clima que Portugal tem. Vejamos o que fez a Galeon que é uma empresa familiar de Gdansk. Pai e filho decidiram criar uma marca de embarcações a motor para o cruzeiro

e desenvolveram uma grande gama. Entretanto decidiram renovar e ampliar a gama e encomendaram-me esse trabalho. O topo de gama é o modelo 780 Crystal e o 325 Hts que está na Nauticampo é um dos mais pequenos. São barcos muito bem construídos e com excelentes acabamentos, que estão a destronar já algumas marcas italianas. O que aconteceu com a Galeon, poderia acontecer também em Portugal. Penso que é

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“Gosto mais de projectar barcos grandes”

esse o caminho. Penso que o atual Governo chegou à conclusão dos benefícios económicos que Portugal pode tirar da náutica de recreio NM – Pensa que todos os Governos anteriores ao atual, tiveram pouco interesse pela náutica de recreio? TC – Sim. Todos demonstraram que não tinham algum interesse pelo mar e como é óbvio, também pela náutica de recreio. Protegeram apenas os negócios dos seus “jobs” e não tiveram sequer tempo para liderarem qualquer ação sobre esta área, nem se deram conta da riqueza que estava por explorar.

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NM - Não lhe parece que agora existe mais abertura e uma maior vontade política, devido ao interesse que o Governo mostrou pelos estudos que foram efetuados sobre a náutica de recreio? TC – Eu acho que sim. Penso que todos chegaram à mesma conclusão sobre a riqueza do mar e os benefícios económicos que poderemos tirar dele. E isso é importante porque acreditam nos estudos que foram feitos. Mas é necessário simplificar. É preciso limpar e acabar com a burocracia que ainda existe e com o peso dos Regulamentos e Legislação que complicam, para que todos os que tentam desenvolver a náutica de recreio e apresentam projetos não deparem apenas com dificuldades. Durante os dois dias que aqui estive e falei com pessoas que conheci do Governo, apercebi-me que têm vontade de alterar as coisas que estão mal, para que seja possível o desejado desenvolvimento da náutica de recreio. Agora falta ver se têm mesmo coragem de mudar, para que isso dê certo. NM- Mas acha que a resistência à mudança vem de um tipo de orgânica que não está interessada em mudar e adequada ao que é necessário fazer? TC – Para que o setor público tenha interesse em mudar alguma coisa, tem que sentir estabilidade política e assim dar condições para que se façam mudanças. Agora, com novos líderes vai ter que se adaptar. Há muitos portugueses com conhecimentos técnicos e capacidades para fazer muita coi-


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Tony Castro junto do SB3

sa, mas tem que lhes ser dado as oportunidades. Cabe porém ao Governo dar as condições para que isso aconteça. Agora gosto mais de desenhar barcos grandes, é mais dificil e o desafio é maior NM – No que respeita aos seus projetos, como desenvolve o processo criativo? TC – A maioria das vezes o meu trabalho desenvolve-se a partir de encomendas e solicitações dos clientes. Foram raras as ocasiões em que iniciei um projeto a começar do zero, sem especificações para seguir. Mas também aconteceu. Já assinei contratos para desenhar um novo barco antes de saber o que o cliente quer. É um processo stressante. Quando criámos o SB3, a ideia era a de desenvolver muito mais que o desenho de um barco. Tive que criar uma nova classe, com uma nova filosofia. Isto foi extremamente interessante, porque trabalhámos em todas as vertentes, o design, a desportiva e a promocional da nova classe. Prefiro sempre ouvir bem o que o cliente quer, ter em atenção todas as necessidades, os seus desejos e especificações que lhe interessam e partir daí para o desenho. A criatividade não é nada que possa encontrar num livro. Qualquer projeto “one off”, tem que ser assim. O processo, é o cliente que diz o que quer. NM – Agora prefere mais

projetar um barco à vela ou a motor? TC – Agora tanto me faz. Desenhar um barco grande dá-me muito mais prazer, pois é sempre um maior desafio. Pode ser à vela ou a motor. Os barcos grandes são mais interessantes e acho mais graça às coisas mais difíceis e o desafio é maior. Um dos projetos que mais gostei de desenvolver foi um barco escola como a Sagres em madeira para levar pessoas com deficiência. NM – Como é o seu grupo de trabalho? TC – Não é muito grande, somos apenas 18 pessoas. Funcionamos com três grupos de trabalho. Um grupo de engenheiros navais, um de designers e estilistas e o grupo de designers e engenheiros que tratam dos materiais e fazem o contacto e acompanhamento do trabalho com os estaleiros.

O SB3

SB3

Regata de SB3

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Náutica Teste - Rio Espera 34 TA com 2x Yamaha F300

Texto e Fotografia Antero dos Santos

Inovação Rio com Nova Linha TA

Testámos em Vilamoura no passado dia 30 de Março, um novo barco desenvolvido pelo estaleiro italiano Rio, o modelo Espera 34 TA, que recupera com inovações diversas a linha TA, imagem da marca nos anos 60. Nos ensaios, o barco equipado com dois motores Yamaha F300, mostrou grande segurança, elevadas performances e conforto.

O

convite para o teste foi feito pela Porti Nauta do Grupo Angel Pilot, impor-

tador exclusivo para Portugal do estaleiro Rio Yachts, e pela Yamaha Marine, que motorizou o barco. O Rio Espera 34 TA é

O Espera 34 TA é confortável e seguro a curvar

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a novidade Rio para 2012, no ano em que o estaleiro comemora os 50 anos de atividade. Este modelo representa igualmente um símbolo, pois junta algumas das suas modernas características, inovando a linha e a funcionalidade, com os traços típicos dos lendários TA dos anos 60. Rio Espera 34 TA é um barco muito espaçoso e com o interior confortável Foi assim criada pelos designers italianos uma embarcação de linhas direitas bem marcadas que oferece amplo espaço

interior, grande aproveitamento dos espaços, permitindo a incorporação de todo o equipamento com melhor facilidade de utilização. O casco, com as cores preto e branco, vê reforçada a elegância do barco. Para melhor desempenho a navegar, com segurança e conforto, o Espera 34 TA tem um V muito acentuado e apresenta os robaletes muito salientes. A proa tem um design com um perfil muito deflector, de modo a afastar bastante para fora a água. O poço tem um banco corrido à popa e bancos laterais. Para permitir um maior aproveitamento do espaço no poço, pode-se montar uma mesa de


Náutica

Rio Espera 34TA

O Espera 34 TA fez elevadas performances com os dois Yamaha F300

terais, podem-se rebaixar, para dar maior amplitude ao poço. O posto de comando tem um banco duplo para o piloto e apresenta um painel de instrumentos moderno, muito ergonómico, funcional e de linhas simples, com toda a informação e eletrónica necessária e de fácil leitura. Atrás do banco do piloto,

piquenique, a qual sobe eletricamente do piso servindo de apoio a todos os que estiverem sentados nos bancos. Descendo à altura adequada, a mesa serve também de base para colocar estofos, para se converter igualmente o poço num amplo solário. Quanto aos bancos la-

está montado um grande armário que serve de bar e de cozinha. Com um design e cores a condizer com a modernidade da embarcação, este armário tem um fogão, lavatório, frigorífico e arrumos para louças e copos. Encontra-se numa posição que serve muito bem de apoio para quem estiver no poço Existem passagens laterais

Dois motores Yamaha F300 equipavam o Rio Espera 34 TA

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Náutica

O casco tem um V profundo e os robaletes muito salientes

para a proa ao lado do posto de comando, com o apoio de degraus. Sobre o convés à frente, pode-se montar também um solário. O ferro tem uma ferragem de

suporte à proa e junto dispõe de um poço para guardar a corrente e o cabo de fundear A cabina tem uma porta larga em acrílico preto que contrasta bem esteticamente com o co-

O poço é bastante polivalente

Móvel de cozinha e frigorífico

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ckpit. A porta abre-se correndo sob o posto de comando. No interior a cabina tem um armário para arrumação, prateleiras à volta e um sofá que se converte numa cama de casal. Tem também um sanitário com wc marítimo e um lavatório. Outra das inovações deste barco é a comprida janela no teto que permite muita entrada de luz e produz um belo efeito. Motor Yamaha F300 O Espera 34 TA tinha montado dois motores Yamaha F300, com a potência total de 600 HP. A Yamaha desenvolveu um motor com a máxima eficiência volumétrica, graças à aplicação de novas tecnologias e novos

materiais, que serviu de base para os motores F300, F250 e F225. Trata-se de um V6 com com 60 graus, 24 válvulas, dupla árvore de cames à cabeça (DOHC) e 4.169 cm3 de cilindrada. Por processos inovadores, a Yamaha reduziu o peso do bloco do motor, que passou a ter cilindros com camisas fundidas em plasma em vez das convencionais camisas em aço, permitindo mais área para os pistons. Deste modo, conseguiu-se a máxima cilindrada com menos quantidade de massa e reduzindo o peso total do motor. As paredes dos cilindros sofrem menos fricção e os pistons movem-se mais livremente. Conseguiu-se um enorme rácio peso/potência, que resultou numa aceleração que permite planar muito rápido, velocidades máximas elevadas, grande economia de combustível e excelente fiabilidade a longo prazo. Com a árvore de cames variável e com maiores canais de admissão e escape, bem como com as respetivas válvulas maiores e mais largas, são características que têm um papel vital na eficiência do motor. O motor tem o sistema de injeção eletrónica de combustível multiponto com 6 injetores independentes. Tem ainda um novo microcomputador que controla todos os sistemas eletrónicos, bem como os sistemas de alarme de funcionamento do motor. Estes motores são compatíveis com o sistema digital em rede, Drive-by-Wire, que num novo e largo display em LCD

Posto de comando


Náutica

Solário à proa

A cabina

pode mostrar tudo, desde a pressão do óleo, temperatura da água, a carga da bateria, fluxo e níveis de combustível, e ainda temperatura da água e profundidade. Os motores têm igualmente o inovador sistema Y-COP, a proteção eletrónica anti roubo. No teste, o Rio Espera 34 TA mostrou que o casco, com um V profundo, oferece um desempenho confortável e também atinge boas performances. Estávamos à espera que no arranque levássemos mais tempo a planar, pois o Rio Espera 34 TA é um barco compacto e robusto com cerca de 5.000 Kg de peso. Também a forma do casco em V profundo que agarra o barco mais à água, não deveria facilitar a saída. Mas não foi isso que aconteceu, pois em 1,96 segundos já estávamos a planar. Isto deveu-se não apenas à forte aceleração dos dois Yamaha de 300 HP, mas também aos planos de estabilidade laterais mais salientes atrás e que facilitaram também a descolagem do casco da água. Na aceleração até às 5.000 rpm, o barco chegou em 14 segundos aos 34 nós. Quando acelerámos ao máximo, às 5.800 rpm, atingimos os 46,1 nós, que consideramos uma excelente performance para o conjunto. No mínimo de velocidade 2012 Maio 305

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Náutica

Solário no poço

a planar, fizemos 12,2 nós às 2.900 rpm. Verificámos igualmente que numa velocidade de cruzeiro e económica, às 4.000 rpm navegámos a 23/24 nós. Com uma ligeira ondulação, o casco permitiu um desempenho com conforto e com segurança, sobretudo a curvar, com o barco sempre muito agarrado à água.

A descer a ondulação o casco não trava e cortou a água sem bater e defletindo bem para fora, sem salpicar para o interior. O piloto vai numa excelente posição de condução em pé ou sentado com os pés apoiados num degrau em madeira. A direção é bastante leve, mas é muito segura e não foge, mantendo-se sem esforço o barco a

Grande porão no piso

navegar direito. Em conclusão, o Rio Espera 34 TA é uma embarcação com um estilo moderno, para os fins-de-semana e férias, que mostra bem nos pormenores a sua origem, onde se realça o design italiano. É um barco muito espaçoso, tem um poço

com uma utilização polivalente e apresenta uma cabina com excelente acomodação e muito conforto. A performance que o barco atingiu, mostrou também a grande aceleração e ponta final dos poderosos fora de borda F300 da Yamaha.

Características Técnicas Comprimento

9,99 m

Boca

3,36 m

Calado

0,55 m

Altura

2,54 m

Peso

5.000 Kg

Lotação

10

Depósito combustível

530 l

Depósito de água doce

220 l

Motoes

2xYamaha F300

Preço barco/motores s/IVA

a partir de 188.100 e

Performances

Janela no teto da cabina

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Tempo para planar

1,96 seg.

Aceleração às 5.000 rpm

34 nós 14 seg.

Velocidade máxima

46,1 nós 5.800 rpm

Velocidade de cruzeiro

23/24 nós 4.000 rpm

Mínimo a Planar

12,2 nós 2.900 rpm

3.000 rpm

13,5 nós

3.500 rpm

17,3 nós

4.000 rpm

23 nós

4.500 rpm

30,4 nós

5.000 rpm

37 nós

5.500 rpm

44 nós

5.800 rpm

46,1 nós

Importador e Distribuido: Porti Nauta – Urbanização do Pateiro, Lt. 2 Ponte Charuto – Pateiro 8400-659 Parchal – Tel.: 282 343 086 Telm.: 91 799 98 70 - www.angelpilot.com Yamama Motor Portugal – Rua Alfredo da Silva nº 10 – 2610-016 Alfragide Tel.: 21 42 22 100 – www.yamaha-motor.pt


Náutica Notícias Yamaha

Campanha Manutenção Que Sabe Bem! De 16 de Abril a 16 de Junho de 2012

Sabemos que a conjuntura não convida a despesas extra, mas arranjámos uma maneira de poder ter o que mais gosta sem gastar mais do que o necessário.

A

proposta Yamaha é simples: compra a waverunner que mais gosta e tem a manutenção por nossa conta, sem gastar mais! É a oportunidade ideal para adquirir um dos modelos em campanha – VXR, VXS, FZR, FZS ou as novidades FX SHO e FX SHO CRUISER - com que sempre sonhou e tem um voucher de manutenção para o gastar na revisão das 100 horas ou 1 ano de utilização (a que acontecer primeiro). Uma campanha muito útil. A presente campanha não é acumulável com outras promoções, campanhas ou ofertas em vigor. É válida apenas entre 16 de Abril e 16 de Junho de 2012 para os modelos VXR, VXS, FZR, FZS, FX SHO e FX SHO CRUISER e exclusiva nos Jet Centers autorizados aderentes. Porque a Yamaha apoia-o em todos os sentidos!

Yamaha Fornecedora Oficial da Volvo Ocean Race De 31 de Maio a 10 de Junho de 2012

A

Yamaha Motor Portugal tem especial orgulho em comunicar que vai estar presente em mais um grande evento náutico, desta vez a VOLVO OCEAN RACE, a prova mais dura do mundo. Mas mais… a Yamaha será fornecedor oficial, o que no mínimo prestigia e dignifica o nosso posicionamento de marca com produtos de grande qualidade, fiabilidade, economia e performance.

Poderão visualizar embarcações SeaRibs Powered by Yamaha e motores fora de borda Yamaha a serem utilizados pela organização das várias iniciativas no Rio Tejo. Estas embarcações estarão no final do evento à venda com um preço promocional extremamente atractivo. Poderá obter mais informações no espaço de exposição que teremos no recinto do evento, com alguns dos mais importantes produtos marítimos Yamaha em exposição. De 31 de Maio a 10 de Junho visite-nos e veja como em 2012 a Yamaha apoia-o em todos os sentidos! Procure-nos no recinto, visite-nos e comprove por si próprio porque razão os grandes eventos escolhem a nossa marca…

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Náutica Teste - Capelli Tempest 770 Sun com Yamaha F250

Texto e Fotografia Antero dos Santos

Muito Versátil com Desempenho Rápido

Equipado com O Yamaha F250, o Capelli Tempest 770 Sun, que ensaiámos em 30 de Março em Vilamoura, apresentou mais uma vez as qualidades que temos apontado nos modelos da Linea Top Tempest, um desempenho muito seguro e confortável a navegar, ao qual acrescentamos agora as performances elevadas que fez, graças também ao poder do motor que tinha montado.

O

O Tempest 770 Sun tinha montado o Yamaha F250

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teste que fizemos ao Tempest 770 Sun, foi a convite da Yamaha Motor Portugal e da Porti Nauta, empresa do Grupo Angel Pilot, importador exclusivo para Portugal do estaleiro italiano Capelli. Especializado na construção de embarcações até aos 10 metros, o estaleiro Capelli, para cobrir ainda mais o mercado das embarcações com estas dimensões, desenvolveu dois tipos de barco, as embarcações em fibra, a gama Cap, e os semi-rígidos, conhecidos como os 4X4 do mar, a gama Tempest da qual a Capelli produz quatro Linhas, Top, Tender, Work e Easy. No total, são atualmente


Náutica

Capelli Tempest 770 Sun

É fácil a circulação para a frente

Tempest, os tubos completamente colados ao casco por fora e à coberta por dentro, mantem-se neste barco, garantindo uma maior robustez e estabilidade ao barco e eliminando as vibrações do tubos em andamento. Com 7,70 metros de comprimento, este modelo, o espaço que oferece e a facilidade de circulação que tem, parece um barco maior. De referir a utilização da área da proa, que pode ser usada por pescadores ou para os banhos de sol, com a aplicação de um estofo para o solário. À proa fica

uma ferragem para apoiar o ferro, um compartimento para um molinete elétrico, e um compartimento para guardar a corrente e o cabo de fundear. Também sob o solário existe um grande compartimento para arrumação de palamenta e equipamento. No Tempest 770 destaca-se sobretudo, área do poço, bem como o posto de pilotagem. O poço tem um banco à popa e outro atrás do banco do piloto. Junto a este banco, existe um compartimento que pode servir para geleira ou como viveiro de isco vivo. No meio do poço pode-se montar uma mesa de

construídos 46 modelos Capelli diferentes, dos quais 14 Cap e 32 Tempest. Destes, a linha Top, a mais polivalente e concebida para o recreio e o lazer, tem em produção 17 modelos dos 3,60 aos 9,60 metros de comprimento, todos com os tubos construídos em Neoprene/ Hypalon. Para maximizar a utilização, o Tempest 770 Sun tem uma ampla gama de equipamentos Facilitar o mais possível o uso deste modelo, foi decerto o que motivou os designers italianos que projetaram este semi-rígido. Uma das características dos

O casco em V profundo tem os robaletes salientes e túneis de estabilidade laterais

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Náutica

há um grande porão sob o banco da popa, com a tampa com amortecedor hidráulico e outro compartimento no banco do piloto A entrada da popa para o poço é por bombordo e a passagem tem o piso em madeira de teca. À popa está montado um “roll-bar” em fibra de vidro, junto do qual existem passagens para o poço, com o piso em madeira de teca. À entrada encontra-se também um duche de água doce, muito útil para tirar o sal depois dos mergulhos.

O Tempest 770 fez excelentes performances

Compartimento para arrumação no banco do poço

piquenique. O piloto dispõe de uma larga e alta consola de condução central e de um banco encosto, para a condução de pé. A consola tem um para-brisas em vidro acrílico, protegido por um corrimão em aço inox. O espaço para a eletrónica e os instrumentos é amplo e de fácil acesso. Dentro da consola existe um compartimento com porta estanquePara as arrumações de equipamentos, sacos e palamenta

No amplo poço pode-se montar uma mesa de piquenique

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Motor Yamaha F250 O motor montado no Tempest 770 Sun, era o Yamaha F250. Este motor, que substituiu o antigo F250, que era bastante mais pesado, partilha do mesmo bloco do Yamaha F300 e dispõe de todas as restantes características deste motor. Debita no entanto 250 HP em vez de 300 HP. Trata-se de um V6 com com 60 graus, 24 válvulas, dupla árvore de cames à cabeça (DOHC) e 4.169 cm3 de cilindrada, que a Yamaha desenvolveu com a máxima eficiência volumétrica, em virtude de terem aplicado novas tecnologias e novos materiais. Devido a isso, utilizando processos inovadores, a Yamaha reduziu o peso do bloco do motor e este passou a ter cilindros com camisas fundidas em plasma, em vez das convencionais camisas em aço, conseguindo mais área para os pistons. Deste modo, obteve-se a máxima cilindrada com menos quantidade de massa e foi bastante reduzido o peso total do motor. Agora as paredes dos cilindros sofrem menos fricção e os pistons movem-se mais livremente. Obteve-se também um enorme rácio peso/potência, que resultou numa aceleração tal que permite planar muito rápido, atinge-se velocidades máximas elevadas, grande economia de combustível e excelente fiabilidade a longo prazo. Algumas das características que têm um papel vital na eficiência do motor, são a conjugação da árvore de cames variável com maiores canais de admissão e escape, bem como com


Náutica

as respetivas válvulas maiores e também mais largas. O F250 tem o sistema de injeção eletrónica de combustível multiponto com 6 injetores independentes. Dispõe também de um novo microcomputador que controla todos os sistemas eletrónicos, bem como controla os sistemas de alarme de funcionamento do motor. Este motor é compatível com o sistema digital em rede, Drive-by-Wire, que dá todas as informações num novo e largo display em LCD, desde a pressão do óleo, temperatura da água, a carga da bateria, fluxo e níveis de combustível, e ainda temperatura da água e profundidade. O F250 tem igualmente incorporado o inovador sistema Y-COP, com o qual consegue a proteção eletrónica anti roubo. O teste do Tempest 770 Sun mostrou boas performances e um desempenho com comodidade e segurança. Fizemos o teste com quatro pessoas a bordo. O mar em Vilamoura estava calmo, mas tinha uma ligeira ondulação e uma pequena brisa. Já tínhamos testado o modelo Tempest 770 WA, um barco com cabina e um pouco mais pesado, que estava equipado com o Yamaha F200. Esperávamos por isso que, com o motor de 250 HP, o Tempest 770 Sun tivesse prestações mais rápidas. E foi o que aconteceu. Em apenas 1, 65 segundos, o

A curvar é muito seguroi

barco já planava. Em virtude desta nova geração de motores da Yamaha ser muito rápida na aceleração até às 5.000 rpm, atingimos esta rotação em apenas 4,32 segundos, a fazermos 22 nós. Depois, com o barco embalado e com a ajuda do “trim”, fizemos 33,8 nós às 5.000 rpm e 38,4 nós na velocidade máxima às 5.800 rpm. Com 10 nós de velocidade mínima a planar, às 3.200 rpm, verificámos mais uma vez o bom apoio dos tubos na água atrás que ajudam também o barco a sair. No que respeita a velocidades de cruzeiro com maior economia, verificámos que às 4.000 rpm, o barco navegava

Compartimento para geleira ou isco vivo

entre os 22 a23 nós. É nas velocidades elevadas que o mar mais condiciona o comportamento dos barcos. O casco do Tempest 770 é

em V profundo, tem os robaletes bastante salientes e ainda um ligeiro túnel de estabilidade lateral, mais largo atrás. Com estas caraterísticas, o barco

Sob o compartimento da proa pode-se montar um solário

Grande porão sob o banco da popa

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Náutica

Banco no poço atrás do banco do piloto

corta excelentemente a água sem bater, proporcionando por isso, a navegar, bom conforto aos ocupantes e não salpica o interior. Também graças a este tipo de casco, quando fazemos curvas rápidas e apertadas, o barco adorna um pouco e apoia-se bastante nos tubos para manter a estabilidade. Curva sempre com segurança, perfeitamente agarrado à água e não salta. A navegar a favor da ondula-

ção e a descer a vaga, o casco ainda tira mais partido por ser comprido, e mesmo a alta velocidade, mantém-se sempre direito e não trava na água. A posição de condução do piloto é boa e como a direção é hidráulica, pouco esforço se faz no comando do barco e nas manobras. Realçamos, em conclusão, que a dimensão do Tempest 770 Sun, com 7,70 metros de comprimento, é um dos fato-

Banco encosto do piloto e consola de condução

res mais importantes para a navegação no mar, mesmo em condições adversas que muitas vezes surgem. Este fator, aliado às caraterísticas do casco e da potência do motor instala-

do, o Yamaha F250, fazem que este conjunto tenha sempre um comportamento marinheiro e seguro, para as longas jornadas de pesca ou mergulho, ou para os passeios familiares.

Características Técnicas Comprimento

7,70 m

Boca

2,92 m

Dimensões interiores

5,90 m x 1,60 m

Diâmetro dos tubos

0,65

Material dos tubos

Neoprene/Hypalon

Peso

1.100 Kg

Lotação

24

Depósito combustível

230 l

Depósito água doce

60 l

Potência máxima

250 HP

Motor

Yamaha F250

Preço barco/motor c/IVA

sob consulta

Performances

Posto de comando

Compartimento à proa com molinete elétrico

34

2012 Maio 305

Tempo para planar

1,65 seg.

Aceleração às 5.000 rpm

22 nós 4,23 seg.

Velocidade máxima

38,4 nós 5.800 rpm

Velocidade de cruzeiro

22/23 nós 4.000 rpm

Mínimo a planar

10 nós 3.200 rpm

3.500 rpm

13,3 nós

4.000 rpm

22,7 nós

4.500 rpm

30,3 nós

5.000 rpm

33,8 nós

5.500 rpm

37,6 nós

5.800 rpm

38,4 nós

Importador Exclusivo e Distribuidor Porti Nauta – Urbanização do Pateiro Lt. 2, Ponte Charuto – Pateiro 8400-654 Parchal – Tel.: 282 343 086 – Telm.: 91 915 03 74 – www.angelpilot.com Yamaha Motor Portugal – Rua Alfredo da Silva, nº 10 – 2610-016 Alfragide Tel.: 21 47 22 100 – Fax: 21 47 22 199 – www.yamaha-motor.pt


Náutica Notícias Yamaha

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Pesca Desportiva

Texto: Fernando Hilário e Paulo Cruz Fotografia: Carlos Abreu-Mundo da Pesca

Pesca Embarcada

Douradas Um Manual de Iniciação

Fernando Hilário

A pesca das douradas tem muitas particularidades interessantes, sobretudo nas alturas em que estão particularmente difíceis e a comerem muito mal.

N

este artigo não vamos falar de nenhuns aspetos “milagrosos” para as capturarmos mas sim de muitas coisas que rodeiam a pesca deste esparídeo e que fazem acorrer “à missa” tanto pescador que gosta de pescar de barco. Os últimos meses de dezembro e janeiro foram particularmente produtivos em douradas. Quando falamos em produtivos não nos referimos apenas a locais como a Vereda em Setúbal ou à zona de Sines, mas a tantas outras “Veredas” um pouco

Paulo Cruz com uma dupla

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por esse país fora. No entanto, longe vão os tempos em que as douradas que se capturavam nestas zonas eram exemplares dignos de registo e que, para todos os efeitos, faziam desenjoar o pescador adepto da pesca em barco fundeado, que assim variava o menu, combatendo as lutadoras douradas. Por fenómenos que não sabemos bem apontar, a verdade é que atualmente não é raro o pescador que capture cerca de 30 douradas numa boa jornada de pesca; o único contra: o facto de cada uma destas douradas

Os meses de Dezembro e janeiro foram muito produtivos de douradas


Pesca Desportiva

Na Vereda, onde estiverem muitos barcos é sinal de haver douradas

rondar o peso médio de 600 gramas. No entanto, se pensam que lá por serem mais pequenas são mais fáceis de apanhar, estão redondamente enganados... a começar por arranjar um barco para as vir tentar apanhar. A romaria... Se quer – finalmente – tentar a sua sorte na pesca às douradas no inverno só tem uma coisa a fazer: planeamento antecipado.

Regra geral, todas as embarcações maritimo-turísticas estão reservadas nos referidos meses de “romaria” às “capelinhas” do costume e, só com programação prévia poderá tentar a sua sorte. Nas zonas de Setúbal, Sesimbra, Sines, Milfontes e Ericeira – só para citar alguns exemplos -, poderá conseguir os contactos de vários operadores maritimoturísticos experientes, aptos a proporcionarem-lhe um belo dia de pesca, ou pelo menos tenta-

As douradas dão toques quase impercetíveis

rem que assim o seja. Caso opte por usar embarcação própria só terá de arranjar as coordenadas das melhores pedras ou simplesmente procurando onde se concentram umas boas dezenas de embarcações. Sim, dezenas! Há quem reserve um barco de oito pessoas para apenas pescarem quatro... É a loucura! Mas há cá douradas? Para os mais “verdinhos” nestas

lides surge sempre esta questão. Quando se fundeia e se começa a pescar surgem as primeiras iscas roubadas e os dois anzóis limpos; surge sempre a dúvida se serão as douradas ou outros peixes. O truque para fazer “a prova dos nove” é pegar no caranguejo (em bom da verdade é praticamente o único isco usado) com casca e patas, tirar as tenazes, iscá-lo e, se vierem os anzóis limpos podemos estar certos que os “ladrões” têm uma

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37


Pesca Desportiva

Para as douradas o isco-rei é o caranguejo

Uma iscada para uma dourada

testa negra e amarela. Os outros peixes podem comer caranguejo aos bocados, agora, atacar o caranguejo inteiro só pode ser dourada e, eventualmente, um pargo-legítimo ou uma sêmea. A batalha do caranguejo! Geralmente, para não dizer sempre, são os mestres do barco que fornecem o isco para a pesca. Para as douradas o iscorei é o caranguejo e quanto a isso não há volta a dar. Mas é aqui que começa a ba-

talha pelo caranguejo na enorme guerra que é a pesca das douradas. A sua escolha é muito importante e, prova mais do que provada, é que as fêmeas são muito mais produtivas que os machos. Mas então como é que distinguimos num balde ou saca cheia de caranguejos quem é quem? Nada mais fácil: na parte ventral do caranguejo há uma parte da sua carapaça que parece um avental, zona essa que fica situada na sua traseira. A diferença entre machos e fêmeas está precisamente na forma desse avental ou fralda, que

Posição certa da ponteira

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2012 Maio 305

As fêmeas têm ovas e são um isco mais apetitoso

no macho é mais bicudo e na fêmea mais arredondado, sendo inclusive ligeiramente maior. Perguntam agora o porquê da escolha das fêmeas em vez dos machos. Pois as primeiras têm geralmente ovas, de cor alaranjada que, para além da cor tem um odor muito intenso provocado por uma hormona. Não quer dizer que com os machos não se apanhem douradas, mas a verdade é que os resultados falam mais alto. Não se esqueça

Posição errada da ponteira

dos seus companheiros de barco e não seja “glutão”: em dias em que as douradas estão a pegar bem é indiferente usar um ou outro, apenas nos dias mais complicados teremos de dar preferência às fêmeas. Aguagens e tensão Para se visualizarem os toques quase impercetíveis das douradas temos de ter em atenção alguns aspetos. O primeiro é que a tensão da linha e da ponteira seja a exata e que permita detetá-los. Então como devemos proceder? Logo que a chumbada toque no fundo devemos ter a cana ligeiramente acima dos 45º; quando toca no fundo fechamos a asas de cesto e esticamos a linha, baixando ligeiramente a cana, mas de maneira a que a ponteira fique quase direita (muito pouco tensa, portanto), de maneira a que seja a sua própria flexibilidade a indicar-nos o toque. Com a ponteira dobrada e a linha tensa é quase impos-


Pesca Desportiva

Mole ou Duro

A

lém da diferença entre machos e fêmeas, existem também caranguejos moles e duros. Os primeiros estão numa fase de mudança de casca e produzem uma hormona responsável por esse processo, a qual é muito atrativa para o peixe. No entanto quando se pesca em barco fundeado é sempre preferível iscar com o caranguejo rijo, pois é mais consistente e aguenta melhor no anzol que o mole. Apenas tiramos o real dividendo dos caranguejos moles a pescar de terra, uma vez que aí as douradas se ferram sozinhas. No barco essa situação é muitíssimo Um macho á esquerda e a fêmea à direita com o avental mais arredondado rara...

sível detetar um toque quando as douradas andam a comer mal. Elas comem, só que você não se aperceberá disso. Daí ser muito importante escolher a ponteira indicada para este tipo de pesca tão técnica. Há outro aspeto a rever que é a aguagem; a aguagem esticanos a pesca e faz com que haja tensão na ponteira e a mesma fique mais dobrada; Corrija esta situação deixando a linha derivar um pouco, abrindo a asa de cesto. Se conseguir ter toques, e se forem apenas dois ou três e parar é sinal de que pode puxar e fazer novas iscadas. Elas limparam tudo... outra vez! Já que referimos a importância da aguagem, refira-se que em Setúbal, na zona da Vereda, quando a aguagem corre para Norte é sinal de pesca difícil e de mudança de tempo... para chuva. Já os antigos diziam e confirma-se. Por isso previna-se

Mesmo as mais pequenas são difíceis de apanhar

para uma pesca complicada se assim for. Vaidosas ou curiosas? Uma artimanha que se usa muitas vezes é colocar uma missanga fluorescente junto ao anzol. Não, não pensem que é para apanhar bacalhaus ou peixeplano. As douradas aderem muito bem a este sistema e não se trata de um problema de vaidade. O peixe é curioso por natureza e não tem mãos, daí que para ver o que são aqueles acessórios coloridos tem de aproximarse e estabelecer contacto com a boca. Trata-se apenas de chamar a sua atenção e despertar a sua curiosidade. Já que tocámos no tema montagens, refirase que são básicas, com dois estralhos de diâmetros iguais ao da madre, em 0,40mm, de preferência em fluorocarbono, com 45 a 50cm de comprimento. Pescar mais fino é suicídio e

Mais uma para cima

não queira descobrir isso da pior maneira. Dourada conclusão Aqui deixámos aquilo que se pode chamar um “manual de iniciação” para a pesca das douradas em barco fundeado. Esta é uma pesca muito técnica, sobretudo quando este peixe está a comer mal, a comer “de faca e garfo”. Há muita gente que agora se iniciou nesta pesca e que

Em Análise...

Não Desista!

D

A

pesca “em automático” é uma alternativa que resulta bem em duas situações distintas. A primeira é quando a pesca não nos está a correr bem e não conseguimos ferrar as douradas. A segunda é quando a pesca até nos está a correr de feição, estamos cansados de apanhar tanto peixe e queremos apostar num grande exemplar. Para isso basta apenas iscar dois caranguejos inteiros sem as “bocas” (ou tenazes), colocar a cana no suporte e esperar. Abrir a embraiagem do carreto também é recomendável...

dizem que esta pesca é simples, bandeiradas de douradas e que nunca tiveram dias de douradas a comerem mal. Será que essas pessoas nunca pensaram que já tiveram um dia desses e nem se aperceberam? Siga estes conselhos e não desista. Ganhar mão neste tipo de pesca requer mais de uma saída e, como costumo dizer, o que é que resta para além do vício? Vá à pesca!

Quando queremos apanhar maiores isca-se com dois caranguejos

Fernando Hilário, campeão nacional de 2010

urante a sessão de fotos, Fernando Hilário testou a cana NBS Black Boat, uma das novidades da marca para este ano. De acordo com o campeão nacional de 2010 esta é “uma aposta sensacional para todas as pescas técnicas. Além disso é extremamente robusta e ofereceme toda a confiança para pescar a peixes maiores como pargos e douradas, sendo no entanto um a cana muito leve e com a qual posso pescar todo o dia.”. Cana NBS Black Boat

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Pesca Submarina

Notícias da FPAS, Campeonato Regional de Promoção de Pesca Submarina do Continete 2012

Vitória de António Silva

O Campeonato Regional de Promoção de Pesca Submarina do Continente realizou-se em duas jornadas, nos passados dias 31 de Março e 1 de Abril de 2012, na zona de Cascais e a organização foi responsabilidade do Clube Open Ocean/Marina de Cascais e da Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas (FPAS). Inferno.

António Silva, o vencedor com duas corvinas

A

pós alguns adiamentos por impossibilidade de melhores condições atmosféricas, este Campeonato Regional de Promoção foi realizado a partir da Marina de Oeiras e no segundo dia a chuva acabou por brindar os participantes. Com a temperatura da água a rondar os 14ºC, uma visibilidade entre os 4 e 5 metros e em algumas zonas inferior, cada jornada teve a duração de cinco horas e foi disputada com o apoio de embarcação por 26 atletas, 7 individuais e os restantes distribuídos por 8 clubes. Os preparativos começaram logo cedo, com a colocação de 40

2012 Maio 305

algumas embarcações na água e com a habitual reunião de Delegados para apresentação das zonas de prova e horários, indicações sobre segurança e regras, com destaque para a promoção de princípios e valores da prática desportiva, já que 2012 foi declarado o Ano Nacional para a Ética no Desporto. As embarcações saíram do Porto de Recreio de Oeiras para se concentrarem a meio da zona de prova. A jornada de Sábado decorreu, entre as 10h25 e as 15h25, na zona do Cabo da Roca, entre a praia da Adraga e a do Abano. E a jornada de Domingo realizou-se, das 10h15 às 15h15, na zona do Cabo Raso, entre a praia da Crismina e a Boca do

António Silva conseguiu capturar duas corvinas, uma no início e outra no fim da primeira jornada. Em ambas as jornadas, a maioria dos atletas decidiu caçar mais encostado à costa, onde a visibilidade em alguns pontos era reduzida, mas após alguns mergulhos, as diversas capturas começaram a surgir, com predominância de tainhas e salemas, mas também sargos, bodiões, abroteas, safios, moreias, duas corvinas, dois robalos, um badejo, um salmonete, um carapau e um pampo. Na primeira jornada, o atleta da casa, António Silva, teve a felicidade de conseguir capturar duas corvinas, uma no início e outra perto do final da prova, uma com 11,665 kg, e a outra com 12,210 kg, conferindo-lhe o título de maior exemplar e surpreendendo o público presente na Marina de Oeiras. As pesagens, na primeira e na segunda jornada, foram um dos pontos altos, pela diversidade de espécies apresentadas e foi feito o habitual sorteio de alguns exemplares pela assistência presente no local, bem como a oferta de capturas à instituição de solidariedade social: “Irmãs da Misericórdia” da Parede. Foram também distri-

buídas T-Shirts FPAS/ Marietel/ TMN e lanches de mar aos participantes. Em cada um dos dias foi também realizada uma emissão em directo da FPAS TV, durante as pesagens e com acesso através do site: www.fpas.pt. No final realizou-se a entrega dos prémios aos Atletas: o vencedor deste Campeonato Regional de Promoção do Continente foi o António Silva – com uma pontuação percentual de 200%, do Clube Open Ocean/ Marina de Cascais, em segundo o Maurício Fragoso – com 141%, Individual e em terceiro, o Paulo Moreira – com 136%, também Individual. A classificação por clubes ficou ordenada pelo vencedor: o Clube Open Ocean/Marina de Cascais, em segundo o Clube Naval de Peniche e em terceiro, o Grupo Desportivo e Cultural da Administração do Porto de Sines. Deste Campeonato Regional de Promoção de Pesca Submarina do continente vão ser apurados 25 Atletas, que se vão juntar aos 10 que transitaram do Campeonato Nacional de 2011, para em conjunto disputarem o Campeonato Nacional de Elite de 2012, em Sines. A FPAS no final agradeceu a colaboração do Porto de Recreio de Oeiras, da Mega Náutica, da Tornado Boats, da Sacolinha, da Marietel, da TMN e da POPUP Filmes.

Os participantes na marina de Oeiras


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Notícias do Mar

Notícias da FPAS- Hóquei Subaquático

Equipa A do Clube AquaCarca Venceu Taça de Portugal A Equipa A do Clube Aquacarca Corpo e Acção venceu a Taça de Portugal de Hóquei Subaquático, uma competição organizada pela FPAS - Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas que decorreu nos dias 17 e 18 de Março de 2012, no complexo de piscinas do Clube Propaganda de Natação, em Ermesinde.

N

esta prova oficial do calendário da FPAS estiveram presentes mais de 70 atletas em representação de 10 equipas que disputaram um total de 52 jogos.

Disputa do puck em situação de jogo

A primeira fase da competição contou com uma “Ronda Robin” em que todas as equipas jogaram entre si, com a atribuição de pontos inerentes aos resultados obtidos e cujos jogos tiveram uma duração de

8 minutos cada. A segunda fase da competição constou de um sistema de play-off para apurar a classificação final das equipas e os jogos tiveram uma duração de duas partes de 11 minutos. As finais e meias-finais tive-

A equipa vencedora Aquacarca

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ram uma duração de duas partes mas de 15 minutos cada. Depois de uma “Ronda Robin” bastante disputada e animada os jogos finais foram em crescendo até à final entre a Equipa B do Clube de Natação da Amadora e a Equipa A do Clube Aquacarca, com o resultado final a sorrir à equipa de Carcavelos por golo dourado (0-1). Pela equipa vencedora do Clube Aquacarca participaram os atletas: David Caseiro, André Gaspar, Pedro Martins, Cesário Fonseca, Leonardo Gouveia, Bruno Raimundo e João Almeida. Nesta Prova da Taça de Portugal de Hóquei Subaquático marcaram também presença, Ricardo José, Presidente da FPAS e Rui Couto, Presidente da Comissão de Hóquei Subaquático, que aproveitaram para


Notícias do Mar

agradecer o excelente acolhimento e condições disponibilizadas no complexo de piscinas do Clube Propaganda de Natação, em Ermesinde. A FPAS também disponibilizou meios audiovisuais que proporcionaram a transmissão em directo para o público presente nas bancadas e efectuaram a cobertura fotográfica e em vídeo de todo o evento. Desta forma, a FPAS, em conjunto com os Clubes participantes procurou reunir as condições técnicas e logísticas necessárias para a realização de mais um evento desportivo nacional na área das actividades subaquáticas. A FPAS agradece a colaboração da Marietel, da TMN e da POPUP Filmes. Referências históricas O Hóquei Subaquático foi inventado em 1954 em Inglaterra por Alain Blake com o intuito de entreter os mergulhadores na altura do inverno. Inicialmente chamado ”Octopush”, o Hóquei Subaquático ao longo dos anos foi sofrendo modificações a nível de equipamento, número de jogadores e outros factores decisivos para transformá-lo na modalidade internacional que é hoje em dia. Actualmente é praticado em quase todos os países da Europa, com destaque para o Reino Unido, França e Holanda que são as maiores potências. A nível Mundial temos países como a África do Sul, Austrália, Nova Zelândia, Colômbia, Estados Unidos da América e Canadá. Em Portugal, a modalidade existe oficialmente desde 2007, tendo ocorrido experiências pré-

Saída para o inicio de jogo

Condução do puck

vias a esta data, mas só nesse ano foi criado o primeiro Clube oficial de Hóquei Subaquático e, desde então, o crescimento tem sido muito significativo. Sobre a modalidade O Hóquei Subaquático joga-se numa piscina que tenha as dimensões entre os 20 e 25 metros de comprimento, 12 e 15 metros

de largura, deve ter uma profundidade mínima de 1,80 metros (mínimo para competições oficiais, para treinos qualquer piscina pode ser utilizada) e máxima de 3,65 metros, desde que a inclinação máxima não exceda os 10%, o ideal será 2,20 metros de profundidade constante. As equipas são constituídas por 6 atletas e mais 4 suplentes sendo as substituições

ilimitadas. Nas extremidades da piscina estão colocadas no fundo uma baliza com 3 metros de comprimento e 18 centímetros de largura onde deve ser introduzido o disco (1,3 kg de chumbo revestido de borracha) na calha da baliza. Para conhecer melhor a FPAS e as modalidades que representa, sugerimos uma visita pela página: www.fpas.pt

Classificação

Equipa reunida em desconto de tempo

Aquacarca A

Clube Natação Amadora B

Clube Natação Amadora C

Aquacarca B

Clube Zupper A

Clube Natação Amadora A

Núcleo Subaquático Coimbra

Zupper B

GaiaSub

10º

Zupper C

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Notícias do Mar

Notícias FPAS- 2ª Etapa do Campeonato Nacional de Hóquei Subaquático

Vitória da Equipa A do Clube AquaCarca A Equipa A do Clube AquaCarca vence a 2ª Etapa do Campeonato Nacional de Hóquei Subaquático, organizado pela FPAS - Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas, e que decorreu nos dias 14 e 15 de Abril de 2012, no complexo de piscinas Luís Lopes da Conceição, em São Martinho do Bispo - Coimbra.

Disputaram-se 34 jogos durante a 2ª Etapa

N

a segunda de quatro etapas do Campeonato Nacional de Hóquei Subaquático participaram 6 Clubes, 11 equipas e cerca de 90 atletas. Esta etapa foi composta por 25 jogos de uma parte de 15 minutos que compuseram a “Ronda Robin” e mais 9 jogos finais

geral do Campeonato Nacional de Hóquei Subaquático no final desta 2ª etapa, apresenta a Equipa A do Clube AquaCarca em primeiro lugar, seguida pela Equipa B do Clube Natação Amadora, ambas com 1.860 pontos. Esta segunda etapa do Campeonato Nacional de Hóquei Subaquático contou com a presença de Mica-

ela Margato, Responsável Técnica do complexo de piscinas Luís Lopes da Conceição e também de vários membros da Direcção da FPAS, que

Classificação 2ª Etapa- Campeonato Nacional

Durante a prova na piscina de São Martinho do Bispo

de duas partes de 15 minutos cada para apurar os vencedores. Após uma animada “Ronda Robin” os jogos finais disputaram-se a bom ritmo até à final entre a Equipa A do Clube Aquacarca e a equipa B do Clube de Natação da Amadora com o resultado de 4-3. De salientar, a estreia da equipa B do Clube NSCBR, que se fez representar apenas por atletas femininos, o que foi um sinal muito positivo no universo de praticantes do Campeonato Nacional de Hóquei Subaquático. A Equipa A do Clube AquaCarca vencedora foi constituída pelos atletas: David Caseiro, David Teiga, Margarida Araújo, Pedro Martins, André Gaspar, Bruno Raimundo e Hugo Dias. Assim sendo, na classificação 44

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na oportunidade congratularam-se pela realização de mais este evento desportivo, com as condições disponibilizadas e pela excelente colaboração entre entidades. Desta forma, a FPAS, em conjunto com os Clubes participantes e a Câmara Municipal de Coimbra, procurou reunir as condições técnicas e logísticas necessárias para a realização de mais um evento desportivo nacional na área das actividades subaquáticas. As próximas competições desta modalidade estão previstas para os dias 12 e 13 de Maio com a terceira etapa do Campeonato Nacional de Hóquei Subaquático, com local ainda a definir. A FPAS agradece a colaboração da Câmara Municipal de Coimbra, e do seu Vereador do Desporto Luís Providência, da Marietel, da TMN e da POPUP Filmes, que fez a cobertura deste evento desportivo.

Pontos

Equipa/ Clube/ Localidade

1.000

Equipa A – AquaCarca Corpo e Acção – Lisboa

860

Equipa B – Clube Natação Amadora – Lisboa

730

Equipa A – Clube Natação Amadora – Lisboa

670

Equipa A – NSCBR Núcleo Subaquático de Coimbra – Coimbra

610

Clube SHARKS – Coimbra

583

Equipa B – AquaCarca NAS IST– Lisboa

555

Equipa A - Clube ZUPPER – Porto / Valongo

528

Equipa C - Clube Natação Amadora – Lisboa

500

Equipa B - Clube ZUPPER – Porto / Valongo

10º

488

Clube GAIASUB – Vila Nova Gaia

11º

475

Equipa B – NSCBR Núcleo Subaquático de Coimbra - Coimbra

Classificação Geral do Campeonato Nacional de Hóquei Subaquático Pontos

Golos Marcados

Golos Sofridos

Equipa/ Clube/ Localidade

1.860

79

7

Equipa A – Aquacarca Corpo e Acção – Lisboa

1.860

56

12

Equipa B – Clube Natação Amadora – Lisboa

1460

49

18

Equipa A – Clube Natação Amadora – Lisboa

1280

36

36

Equipa A – NSCBR Núcleo Subaquático de Coimbra

1253

34

28

Equipa B – Aquacarca NAS IST– Lisboa

1193

19

38

Clube SHARKS – Coimbra

1083

21

25

Equipa C - Clube Natação Amadora – Lisboa

1055

14

42

Equipa A - Clube ZUPPER – Porto / Valongo

1016

13

52

Clube GAIASUB – Vila Nova Gaia

10º

988

22

47

Equipa B - Clube ZUPPER – Porto / Valongo

11º

475

0

62

Equipa B – NSCBR Núcleo Subaquático de Coimbra


Electrónica

Notícias Garmin

Radar de Alta Defenição Garmin GMR 24 Vence Comparativo da Yatching Monthly O radar da Garmin foi considerado, pelos especialistas da revista, como a melhor opção de compra. A sua simplicidade de utilização, o desempenho que oferece e a excelente relação entre preço e qualidade foram alguns dos pontos fortes destacados.

A

prestigiada revista britânica sublinhou a elevada precisão de varrimento e a maior capacidade de diferenciação de objetos, alcançando uma resolução até oito vezes melhor, comparativamente a outras antenas com as mesmas características. A Garmin, líder mundial em soluções de navegação por satélite*, viu novamente um produto do seu portefólio reconhecido como um dos melhores do mercado. O seu radar de alta definição GMR 24HD ™ foi apontado como a melhor opção de compra pelos especialistas em eletrónica náutica da prestigiada revista Yachting Monthly, do Reino Unido. Este modelo destacou-se, no teste em grupo feito pela publicação a vários equipamentos de marcas diferentes, como a melhor compra para o consumidor final reunindo várias van-

tagens face aos equipamentos rivais que entraram no comparativo. A facilidade de uso e a excelente relação entre a sua qualidade, desempenho e preço foram os três pontos fortes destacados pela revista. “Com esta nomeação, os produtos da Garmin são novamente reconhecidos como os melhores por reputados especialistas internacionais. Para nós esta referência é especialmente importante por ter sido feita pela maior revista náutica do Reino Unido”, afirmou Mariana Dias, Marcoms Manager Garmin Portugal Lda. “Com este radar, o utilizador pode usufruir de uma visão mais definida e nítida de tudo o que o rodeia, o que contribui para a diminuição de todos os perigos inerentes à navegação”, acrescentou a responsável. Os utilizadores têm acesso a imagens mais nítidas e em alta resolução, usufruindo de maior conforto e

segurança na navegação. Graças à sua inovadora tecnologia de processamento digital de sinal (Digital Signal Processing), o GMR™ 24 HD integra um sistema de varrimento extremamente preciso e oferece uma incomparável descriminação dos objectos e eliminação de ecos, garantindo uma resolução 8 vezes superior àquela disponibilizada por outras antenas rivais, com as mesmas características. Com 61 cm de diâmetro, este equipamento da Garmin conta com um feixe horizontal de 3,6º e um feixe vertical de 25º. Oferece um alcance máximo de até 48 milhas e um alcance mínino de 20 metros.. O facto de conseguir oferecer o dobro da velocidade de rotação (24/30 RPM) permite que este equipamento consiga garantir actualizações ainda mais rápidas. Quando utilizado em conjunto com um plotter compatível com a Rede

Garmin, o GMR™ 24 HD suporta também a detecção de alvos MARPA, o que permite melhorar um ponto crucial: A segurança da navegação. Esta funcionalidade é especialmente útil para evitar colisões, uma vez que determina a distância e a velocidade dos alvos. Entre o vasto leque de características que este modelo oferece, destaque ainda para a sobreposição de imagens do radar sobre as cartas e para a opção de ecrã dividido. Foi este conjunto de características avançadas, o fantástico desempenho oferecido e o preço extremamente competitivo que fizeram com que este radar da Garmin tivesse sido escolhido como a melhor opção de compra. PVR GMR™ 24 HD: 2.299 euros (IVA incluído) Para mais informações por favor contactar: Ana Franco, EDC 936 101 395, ana.franco@edc.pt

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Notícias do Mar

Entrevista: Carlos Salgado

Conhecer e Viajar pelo Tejo

“Tejo foi Lamentavelmente Esquecido” Diz Eng. Américo Nunes dos Santos

O meu convidado é o senhor Engenheiro Américo Nunes dos Santos, um técnico de elevado conhecimento e experiência sobre hidráulica, que foi o último director da Hidráulica do Tejo e esteve na génese da Administração da sua Bacia Hidrográfica, a ARH-Tejo.

Engenheiro Américo Nunes dos Santos

E

ra da maior importância conversar com ele sobre o Tejo, por isso, lançámos a primeira

pergunta: C.S. Caro Engenheiro, há muito que vimos a conversar e defender que, para o crescimento económico de Portugal, país parco em recursos, a navegabilidade do Tejo para fins comerciais e turísticos é indispensável, aliás é exigível para poder alinhar com os países da Comunidade Europeia. A minha pergunta é: no seu entender isso ainda é possível? N.S. Não só é possível, como desejável e urgente, mas porque “não

há almoços grátis”, temos de pensar cuidadosamente o modo como tomamos este alimento essencial para fornecer energia económica ao nosso país. Para realizar esta importante infra-estrutura, ao longo da nossa história moderna existiram diversos projetos, o último dos quais, foi o apresentado pelo Grupo Mendes Godinho nos anos 80, do século XX. Esse projecto se realizado, teria invertido a tendência de utilizar só os transportes terrestres, esquecendo em absoluto a alternativa fluvial. Eu que nasci em Tomar, junto às margens do rio Zêzere, ouvi dos meus antepassados, muitas histó-

rias da utilização do rio como meio de transporte até à construção da barragem do Castelo do Bode. Tudo isto foi lamentavelmente esquecido, até que quase por milagre e em boa hora, a Administração da Região Hidrográfica do Tejo em 2010, promoveu no Laboratório Nacional de Engenharia Civil uma histórica sessão técnica para analisar a problemática da navegabilidade do Tejo na actualidade. Nessa sessão onde esteve presente a nata dos técnicos portugueses desta área, concluiu-se que é necessário retomar os estudos para finalmente se equacionar de maneira realista esta infra-estrutura, de modo a torná-la uma relevante alavanca para o nosso desenvolvimento. É importante neste momento não esquecer alguns dados constantes. Devemos estudar cuidadosamente as necessidades actuais do país em relação à economia e compatibilizá-las com as melhores condições técnicas e ambientais. Realizar a obra de acordo com as necessidades e a economia actual deixando a capacidade de crescimento futuro completamente salvaguardada. É também importante acautelar que a obra não é capturada por interesses que, à semelhança do que aconteceu a muitas num passado recente, a transformem, não numa fonte de progresso mas numa sobrecarga para a economia. Do projecto do grupo Mendes Godinho, para a navegabilidade do Tejo, através do qual ficamos a saber que uma só embarcação teria a capacidade de transportar o equivalente a 110 vagões de 40 toneladas, ou 220 camiões de 20 tonela-

das, com uma poupança de energia significativa. Comparativamente, a mesma quantidade de energia no transporte marítimo-fluvial faz 500 km, no ferroviário 200km, no rodoviário 100 km e no aéreo 20 km. A esta vantagem devemos juntar as magníficas condições naturais do estuário do Tejo, que é o maior estuário da Europa. Este estuário de onde partiu a primeira globalização, está à espera do nosso engenho para a sua revitalização em termos económicos. Neste estuário que ainda está doente pela poluição, que é vítima de forte assoreamento e onde se pretende construir uma terceira travessia com o tirante de água inferior ao da ponte Vasco da Gama, o que hipotecará ainda mais a sua navegabilidade. Esta última situação é o repetir do erro da mais recente ponte sobre o rio Tejo, a ponte das Lezírias no Carregado, que foi construída com o tirante de água inferior ao da ponte imediatamente a jusante, a ponte Marechal Carmona em Vila Franca de Xira. C.S. Como pode ser possível? N.S. Devemos estudar cuidadosamente as necessidades actuais do país em relação à economia e compatibilizá-las com as melhores condições técnicas e ambientais. Realizar a obra de acordo com as necessidades e a economia actual deixando a capacidade de crescimento futuro completamente salvaguardada. É também importante acautelar que a obra não é capturada por interesses que, à semelhança do que aconteceu a muitas num passado recente, a transformem, não numa fonte de progresso mas numa sobrecarga para a economia.

Tejo, a mais económica estrada de Portugal

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Notícias do Mar

Texto e Fotografia Carlos Salgado

Conhecer e Viajar pelo Tejo

O Tejo merece Ser Vivido O Tejo, rio de muitos donos, sofreu maldades e encheu-se de problemas. Comeram dele as indústrias poluentes, a agricultura intensiva, a construção civil e a pesca ilegal.

O

nosso grande rio, no entanto, pode ainda dar sinais de renascimento mas para isso, todos temos que contribuir com atitude, honestidade, empreendedorismo e vontade política, só assim se pode tornar um rio marcado num rio de marca. Uma das medidas que preconizo há muito é a navegabilidade do Tejo, e não me vou cansar de pugnar por isso, tendo em vista o crescimento económico do país. Ao preço a que está o combustível que não vai deixar de continuar a aumentar, a melhor solução para baixar consideravelmente o custo do transporte de mercadorias e de passageiros é uma Carreira Fluvial Navegável desde a foz até Espanha! Uma carreira fluvial destas trás imensos benefícios pois permite que haja uma alternativa de transporte com um custo significativamente inferior aos outros meios de transporte existentes em Portugal, tanto o ferroviário como principalmente o rodoviário. Ela vai, por certo, contribuir para o desenvolvimento da agricultura, da indústria, do comércio e do turismo da bacia hidrográfica do Tejo, com a vantagem de devolver o rio às populações, mantendo-o

vivo e vivido, e contribuir para maior segurança da circulação rodoviária. Então pergunto, vamos continuar à espera até quando? Uma obra destas para tornar o Tejo navegável até Espanha, como deve ser, custa bastante menos do que uma auto-estrada para servir o mesmo percurso. Mas os governos dos finais dos anos oitenta e durante os anos noventa, com a sua miopia ou por interesses inconfessáveis, meteram na gaveta ou mandaram simplesmente para o lixo, um Plano de regularização do curso do Rio Tejo com objectivos múltiplos, plano esse bastante bem fundamentado, tanto técnica como economicamente. Mas quem governava estava mais interessado em cobrir o país de betão e de asfalto, e deste modo favorecer o “ lobie “ dos TIR. Mas por estas e por outras é que estamos na situação tão periclitante em que nos encontramos! Mas ainda se está a tempo de pensar a sério num Plano destes até porque as máquinas e as técnicas das obras públicas evoluíram bastante e até pode acontecer que seja uma parceria ou consórcio privado a suportar os custos e a assumir os riscos de tal plano.

Esta obra, bem planeada pode também contribuir para nomeadamente, uma rede de rega moderna e eficiente; a solução de problemas ecológicos e paisagísticos; a protecção dos campos contra as cheias com a construção de novos diques; a protecção das espécies piscícolas, tanto autóctones como migrantes; melhoria da salubridade do rio com emissários dos efluentes urbanos e industriais previamente tratados; os problemas de drenagem; a protecção do nível freático; a contenção da erosão das encostas, o incremento do

turismo e o desenvolvimento do comércio nas frentes ribeirinhas. A construção desta obra cria emprego e contribui para revitalização da construção civil e das obras públicas para além de criar sinergias para que os parceiros da agricultura, da hidráulica, do comércio, da indústria regional do Vale do Tejo e os municípios congreguem esforços para que ela seja realizada, e tomem consciência dos benefícios que ela lhes traz, bem assim como a outros parceiros como os das obras públicas, da navegação, da banca, dos serviços. Ela será um incentivo à inovação, cooperativismo, formação em novas tecnologias, criação de empresas de distribuição, transportes fluviais, agricultura ecológica ( hortofruticultura de regadio, olival e vinha ), desenvolvimento de um turismo não virtual mas específico, de qualidade que congregue todos os operadores sérios que passem a operar em conformidade com uma garantia de qualidade comum, a criação de pequenas empresas familiares de turismo rural, construção de mais portos e portinhos para atracagem, para cargas e descargas de mercadorias, instalação de pequenas fluvinas organizadas, recuperação da auto-estima das comunidades ribeirinhas, criação de uma marca Tejo, um selo de garantia de qualidade de tudo o que for produzido na região do Vale do Tejo, enfim uma imensidade de actividades e produtos caracteristicamente regionais, TUDO ISTO SERÁ PODE SER UMA REALIDADE GRAÇAS A ESTA OBRA.

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Notícias do Mar

Confraria Cultural do Tejo Vivo e Vivido

Porquê esta Confraria? No dia 24 de Abril de 2012 foi proclamada em Alhandra a Confraria Cultural do Tejo Vivo e Vivido, vulgo Confraria do Tejo.

Em Alhandra os confrades da Confraria do Tejo dão início a um novo projecto para defesa do Rio Tejo

E

A primeira reunião no banquete do Capítulo

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sta organização fraterna, independente, coesa e consensual, constituída por cidadãos eruditos e veteranos do Tejo: técnicos, cientistas, intelectuais, nautas e práticos, das áreas específicas que interessam ao seu objecto, cidadãos que têm vindo a demonstrar ao longo de mais de meio século que não se movem por interesse de protagonismo, negócio, carreira profissional ou política, tem por fim ser um “ Observatório ” de tudo o que diga respeito ao universo do rio Tejo, para ter matéria para estudar, reflectir e avaliar para poder criticar e apontar soluções. A Confraria “ ab initio ” elegeu PROMOVER E ESTIMULAR DINÂMICAS INTERSECTORIAIS PARA A UTILIZAÇÃO


Notícias do Mar

Uma saudação final, após as deliberações tomadas na reunião do Capítulo

FLUVIAL SUSTENTADA, INCLUINDO A NAVEGABILIDADE DO TEJO, para o que tem já entre mãos dois dossiers que vão contribuir para esta finalidade. O primeiro pretende que seja feita a regularização do rio e a abertura de um canal navegável, em segurança, desde a foz até à fronteira, para permitir o transporte de mercadorias e passageiros e uma rede de regadio moderna e eficaz, contribuindo assim para o desenvolvimento do comércio, da agricultura, da indústria e do turismo da região, e das sub-regiões, do Vale do Tejo. Uma carreira fluvial destas trás imensos benefícios, pois permite que haja uma alternativa de transporte com um custo significativamente inferior aos outros meios de transporte existentes em Portugal, tanto o ferroviário, como prin-

cipalmente o rodoviário, Esta carreira irá contribuir consideravelmente para o crescimento económico do país e vai devolver o rio às populações, tornando assim o Tejo num RIO VIVO E VIVIDO. O outro dossier “ diz respeito a um projecto/ programa em estudo, que pretende criar um estilo diferenciado e inovador de fazer turismo baseando-se num mix de turismo náutico, turismo da natureza, turismo rural e turismo-cultural, tendo o Tejo como principal cenário. Uma das diferenças que distinguem este novo conceito de turismo está na particularidade de que o Tejo deve ser vivido a partir de dentro para fora. Outras matérias serão estudadas e avaliadas à medida que o “ Observatório ” for encontrando razões para isso.

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Surf

Fotografia ISA

Campeonato Mundial de Surf Juniores

Bronze para Vasco Ribeiro e Portugal em 8º

Vasco Ribeiro com a melhor onda do campeonato

Portugal alcançou o oitavo lugar no Mundial de Juniores do Panamá, ISA World Junior Surfing Championship, e Vasco Ribeiro conquistou a medalha de bronze no escalão sub-18 num atribulado e derradeiro dia de prova, de um campeonato que foi disputado ao longo de oito dias e coroou o Havai como a melhor nação de surf júnior do Mundo, seguida no pódio pela Austrália e o Brasil.

A

competição que se disputou no Panamá entre os dias 16 e 22 de Abril, reuniu na Playa Venao 31 países e mais de 300 atletas. Foi no sábado que Vasco Ribeiro tomou o campeonato de assalto,

assinando mesmo aquela que foi unanimemente considerada a melhor manobra da competição, para no último dia o jovem surfista, de 17 anos, acusar o desgaste logo na final de qualificação. Abriu o heat com uma onda de 8.00, não conseguiu concluir uma

José Braga, Selecionador Nacional

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boa segunda onda, não indo além do 4.22 e acabando em terceiro, o que o obrigou a disputar a final de repescagem. Na final de repescagem, Vasco esteve melhor, sendo superado nos instantes finais pelo brasileiro Matheus Navarro (11.70 contra 9.20 do campeão português) mas conseguindo o desejado acesso à finalíssima. “Vou sair da cabine e descer até à areia para o abraçar”. As palavras do representante da marca patrocinadora do Mundial de juniores do Panamá (ISA World

Junior Surfing Championship), expressam na perfeição o que todos os amantes de surf sentiram a ver Vasco Ribeiro tomar conta da sua meia-final de qualificação, e referiam-se, especificamente, a uma manobra aérea explosiva pontuada com um 8.77 e que serviu de suporte para outra onda, excelentemente surfada, pontuada com 9.77. Na finalíssima, Vasco Ribeiro ainda ameaçou chegar ao ouro, com uma onda de 7.60 mas, mais uma vez, a sua segunda melhor onda não foi suficiente (4.17), face a dois brasileiros verdadeiramente

Carina Duarte


Surf

Constança Coutinho

inspirados e com a felicidade de apanhar as ondas com mais potencial, num mar longe das condições ideais para o surf poderoso de Vasco. Matheus Navarro fez um 8.50 e um 8.43 para um total de 16.9 que lhe deu o ouro e o compatriota Deivid Silva ficou imediatamente atrás com um total de 16.8 (9.33 e 7.50). O australiano Joshua Hay foi o quarto classificado. Com a medalha de bronze ao peito, Vasco Ribeiro resumiu assim a sua prestação: “Sinto-me contente com este terceiro lugar, pois apesar de o meu objetivo ser, desde o início, o ouro, contribuí para o oitavo lugar da Seleção e face ao nível de surf que se viu neste campeonato, acho que o bronze acaba por ser também muito bom.” Vasco Ribeiro não ficou indiferente aos elogios da crítica internacional presente que o cotou como o surfista com as melhores exibições em prova, e o mais promissor para uma carreira internacional de topo, nomeadamente, no WCT, onde já figura Tiago Pires, o único português a lograr tal meta até hoje: “Penso que fiz o meu melhor surf e é isso que quero fazer daqui para a frente nos campeona-

Vasco Ribeiro

Camila Kemp

tos internacionais do WQS e ir somando experiência e pontos para chegar ao WCT. Esse é o meu objetivo.” Portugal 4º Melhor em sub-18 Feminino Entretanto, o Selecionador Nacional José Braga fez um balanço positivo, embora agridoce, da participação nacional, com destaque para Vasco Ribeiro, mas também para as quatro jovens surfistas nacionais Carina Duarte, Constança Coutinho, Keshia Eyre e Camila Kemp: “Saio daqui com um sabor amargo por não ter conseguido dois dos objetivos a que nos propunhamos, que era conseguir o ouro para o Vasco e colocar a Carina Duarte no top 10 feminino. No entanto, o Vasco sai daqui sem o ouro mas com o reconhecimento de todos como o melhor surfista da prova. Infelizmente, não conseguiu apanhar as melhores ondas e o surf passa por isso mesmo. Mas o balanço da nossa participação acaba por ser positivo, com o oitavo lugar que nos dá acesso à China Cup, num ano de participações recorde de países e atletas, e a distinção de ter a

Tomás Fernandes

quarta melhor representação feminina. Fomos a 4ª melhor seleção feminina, atrás do Havai, Austrália e EUA. Acho que isso é notável e de destacar, sendo que também a Carina Duarte conseguiu, individualmente, deixar uma marca forte aqui no Panamá.” Contas feitas, Portugal iguala o oitavo posto alcançado há dois anos na Nova Zelândia e o ano passado no Peru, traz a medalha de bronze de Vasco Ribeiro e o quarto melhor naipe de atletas femininas juniores do Mundo.

Miguel Blanco

A Selecção Nacional (resultados individuais)

Sub-18 Vasco Ribeiro (3º) Miguel Blanco (33º) Pedro “Pi” Calheiros (41º) André Faria (49º) Sub-16 Tomás Fernandes (33º) Tomás Ferreira (41º) Guilherme Fonseca (57º) João Moreira (57º) Sub-18 Feminino Carina Duarte (13º) Constança Coutinho (16º) Keshya Eyre (25º) Camila Kemp (31º) Classificação Coletiva (classificaram-se 31 países) 1º Hawai, 2ºAustrália 3º Brasil 4º USA 5º Peru 6º Japão 7º França 8º Portugal 9º África do Sul 10º Costa Rica

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Surf

Fotografia Pedro Mestre

Liga MEO Prosurf 2012 - TVI Cascais Pro

Vasco Ribeiro e Francisca Santos Vencem no Guincho O campeão nacional em título e Medalha de Bronze no Mundial Juniores, Vasco Ribeiro, de 17 anos, venceu a categoria masculina do TVI Cascais Pro, a segunda etapa da Liga MEO Prosurf 2012, terminou na Praia do Guincho, em 7 de Abril, com boas ondas de 1,5m.

Francisca Santos

T

rês semanas após um segundo lugar na etapa inaugural, na Ericeira, Vasco cimentou a sua liderança do surf nacional vencendo de forma contundente a segunda prova e preparando assim da melhor forma a sua participação no Mundial Júnior por seleções, que se realizou no Panamá, onde participava com o objetivo de conquistar

o título mundial. “Gostei muito desta etapa, que teve um alto nível de surf,” afirmou o vencedor. “Fui fazendo o melhor que sei ao longo das várias fases, tentando gerir o esforço, mas na final sabia que tinha de dar tudo, por isso fiquei muito satisfeito com o 8.5 e o 9 que consegui obter dos juízes nas minhas duas melhores ondas. Acho que estou preparado para o

Gony Zubizarreta

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Panamá!,” concluiu sorridente o agora líder do ranking nacional. Na final, com a segunda maior pontuação de toda a prova – 17.50, Vasco derrotou o galego Gonzalo Zubizarreta, wildcard no TVI Cascais Pro e residente em Portugal, que obteve uns ótimos 15.25, ainda assim. Gony, como é conhecido o simpático surfista de Vigo, aceitou o convite que lhe foi lançado pela

Associação Nacional de Surfistas e ficou muito impressionado com o que encontrou. “Este é, de longe, o melhor circuito nacional de surf da Europa! Fiquei muito bem impressionado, tanto a nível de estruturas como de surf, por isso quero voltar a competir na Liga MEO Prosurf 2012, sempre que não coincida com as etapas do circuito mundial. Estou satisfeito com o segundo lugar, pois o Vasquinho esteve muito forte na final e eu talvez tenha atingido o meu pico de forma nas meias-finais,” concluiu Gony, que já foi Top 20 do circuito mundial de qualificação Zubizarreta derrotou o local Ruben Gonzalez, o único tetracampeão nacional de surf, graças a uma pontuação final de 16 pontos. Com este terceiro lugar, Ruben melhorou em relação à sua prestação na Ericeira (5º colocado), mantendo-se assim nos lugares cimeiros do ranking nacional. O outro terceiro classificado, Filipe Jervis, foi um dos atletas que mais impressionou ao longo da prova, derrotando alguns nomes de peso presentes nesta etapa. Cascais Pro, fazendo 10 e 18.25 pontos, para dois tubos incríveis! Nas meias-finais, não resistiu à pressão de Vasco Ribeiro, que acabaria por derrotá-lo. Na prova feminina, Francisca Santos regressou às vitórias na Liga MEO Prosurf, derrotando na final do TVI Cascais Pro a campeã nacional em título, Maria Abecasis, a local do Guincho e boa surpresa nesta etapa, Camilla Kemp, bem como a campeã

Praia do Guincho


Surf

nacional de 2009, Joana Rocha, respetivamente segunda, terceira e quarta classificadas. Maria Abecasis lidera o ranking nacional feminino, uma vez que nenhuma das restantes finalistas da primeira etapa, estiveram presentes nesta final. Ana Sarmento não participou na etapa e Keshia Eyre e Constança Coutinho ficaram-se pelas meias-finais. “O mar estava difícil para nós, devido à corrente, mas consegui aplicar a minha estratégia, que era atacar desde o primeiro minuto e ir gerindo a partir daí. Estou obviamente feliz com a vitória e motivada para o resto do ano...e para a MINI Triple Crown também!” afirmou a campeã, que esteve ausente na etapa anterior. De facto, Francisca Santos e Vasco Ribeiro lideram agora a MINI Triple Crown, um troféu especial dentro da Liga MEO Prosurf, que atribui o usufruto de um automóvel MINI Coutryman ao melhor atleta masculino e outro automóvel MINI à melhor atleta feminina no cômputo geral de três das suas etapas – Cascais, Porto e Figueira da Foz, em 2012. Filipe Jervis no Top 10 do Moche Wildcards Apenas para os atletas masculinos, está também em jogo um lugar no Top 10 do Moche Wildcards, uma competição especial que, em cada etapa, contabiliza a melhor onda dos últimos 16 atletas em prova e define dez vagas para o campeonato de triagens que atribui um wildcard no Rip Curl Pro, em Peniche, a única etapa do principal circuito mundial de surf, que se realiza em Portugal, em Outubro. Assim, no TVI Cascais Pro, Filipe Jervis conseguiu colocar a primeira onda de 10 pontos nesta competição paralela, Nicolau Von Rupp e Vasco Ribeiro colocaram uma onda de 9 pontos cada, Gony Zubizarreta colocou uma de 8.75 e Frederico Morais acrescentou uma onda de 8 pontos ao que já tinha

Vasco Ribeiro

conseguido na primeira etapa. “O TVI Cascais Pro foi certamente uma das provas mais impressionantes dos últimos tempos no Surf Nacional,” afirmou Francisco Rodrigues, presidente da Associação Nacional de Surfistas. Uma sensação partilhada por Miguel Janz Guerra, do MEO, para quem “esta prova foi um novo sucesso naquilo que pretendemos que seja a Liga MEO Prosurf 2012.” Os melhores surfistas nacionais voltam a reunir-se nos dias 25, 26 e 27 de Maio, no Porto, para a terceira etapa da Liga MEO Prosurf 2012, que conta com uma premiação monetária bruta de 5000€ (4000€ para a prova masculina e 1000€ para a feminina). Como não poderia deixar de ser, todas as etapas da Liga MEO Prosurf têm transmissão em direto para os assinantes do MEO por ADSL ou Fibra, na aplicação MEO Surf, através do botão azul no MEO Interativo; pela internet, em www.meo.pt; bem como na TVI, através de resumos

Filipe Jervis

diários. Três formas de ver ou rever confortavelmente toda a Liga, que conta com comentários dedicados e especializados. A Liga MEO Prosurf 2012 é uma organização da Associação Nacional de Surfistas e da Spot da Media Ca-

pital Entertainment, com o patrocínio do MEO, do Moche e da MINI, os media partners TVI, Cidade FM, Go-S. TV, GTV e Puro Feeling, bem como os apoios do Sapo.pt, Surftotal, Surf Portugal, ONFIRE, Beachcam, Oceanlook e SurFisio.

Pódio Masculino

Pódio Feminino

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Surf

1ª Etapa do Circuito Nacional de Bodyboard Esperanças 2012

Bernardo e Madalena lideram na Caparica Disputou-se a 1ª Etapa do Circuito Nacional de Bodyboard Esperanças 2012, na praia do CDS, Costa de Caparica, com Bernardo Machado (sub-18) e Madalena Pereira (sub-18 fem) a conquistarem a liderança das categorias rainhas do Circuito.

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a categoria dos mais velhos, sub18, Bernardo Machado com uma selecção de ondas apurada, realizou apenas 3 ondas e todas superiores à sua concorrência, arrecadando o 1º lugar. O local da Caparica Francisco Bessone ficou em 2º, Stephano Kokorelis, na sua segunda final do dia, ficou em 3º e Pedro Levi em 4º. No fim da competição Ber-

Miguel Graça, 1º Sub 16

nardo Machado congratulou-se “Este é o meu segundo ano de sub-18 e esta é a minha primeira vitória no circuito” O atleta da Associação Onda doNorte reconheceu que este triunfo foi fruto de “muito trabalho”: “Treinei muito fisicamente desde o ano passado, tentando surfar todos os dias a pensar neste objectivo. E tenho a agradecer aos meus treinadores, Manuel Centeno e Nuno Azevedo”

Madalena Pereira levou a melhor em sub-18 feminino, confirmando as boas prestações que o ano passado a levaram ao segundo lugar do Circuito: “Estou contente porque surfei bem e adaptei-me bem às condições do mar, que foram muito diferentes dos dois primeiros dias para hoje. Além disso, e pensando no circuito, acho extremamente importante partir e primeiro porque assim

Pódio Sub 16

Pódio Sub 14

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Pódio Sub 18 Feminino

Pódio Sub 18

coloco pressão em quem vem atrás e estou mais calma para as próximas etapas.” Na categoria de sub-12 destacou-se o David Vedor que no final do heat apanhou a melhor onda do evento e garantiu a vitória, deixando o local de Sagres Tomás Rosado em segundo, Miguel Ferreira em terceiro e António Ferreira em terceiro, ambos da Aqua Carca. Em sub-14, Guilherme Guerra foi o atleta que pontuou mais e obteve a 1ª posição, Ricardo Esgaio foi 2º, e as restantes posições ficaram para os alunos, mais uma vez, da aqua Carca, Manuel Ferreira 3º e Gonçalo Sousa. Nos mais velhos, sub-16 Miguel Graça levou o trofeu de 1º lugar, Stephanos Kokorelis ainda este na liderança bem parte do heat, mas o Miguel conseguiu uma onda de 7pts e deixou Stephanos em 2º. Ricardo Rosmaninho ficou em 3º e Afonso Melo em 4º. No feminino, Madalena Pereira rapidamente construiu a sua vitória com duas ondas, uma de 4,5 e 6,5 pts, deixando as restantes competidoras a lutar pelo 2º lugar. Mafalda Peixoto ficou em 2º, Ana Sofia Esgaio 3º e Patrícia Raquel em 4º. Esta prova contou com mais de 100 atletas dos vários clubes de Portugal que nas ondas de 1/2m a 1m demonstraram que o bodyboard júnior está de boa saúde Foram pontuadas cerca de 895 ondas, destacando-se a onda de 8,75 do David Vedor na final de Sub-12.

Pódio Sub 12


Surf

2ª Etapa do Circuito Nacional Deeply Surf Esperanças

Keshia e Coelho Vencem na Praia de Guilherme Pedro Coelho e Keshia Eyre foram os vencedores, nos escalões de sub-18, da segunda etapa do Circuito Nacional Deeply Surf Esperanças, que se disputou na Praia do Norte, Nazaré, com ondas que chegaram aos dois metros. gar no sub-18 open. Pedro Coelho, de 16 anos, congratulou-se pelo triunfo: “Foi um campeonato muito difícil. Passei todos os heats em segundo mas, felizmente, na final, consegui vencer. Senti-me muito bem nas odas da Nazaré e consegui surfar muito melhor que na Caparica, pois dou-me melhor com estas ondas.” Keshia Eyre, por seu turno, também não escondeu o seu contentamento: “Nas primeiras baterias, foi muito difícil porque o mar estava pequeno e as meninas mais leves tiraram vantagem. Mas felizmente, o mar subiu e, hoje, apesar de ter levado muita pancada tudo saiu melhor. Agora quero ganhar o circuito!”

P

orém, a figura da etapa foi o penichense Guilherme Fonseca, de 15 anos, que venceu a competição de sub-16 e ainda ficou em segundo lugar em sub-18. Guilherme Fonseca, do Península de Peniche Surf Clube, resumiu assim a sua participa-

Keshia Eyre, 1ª Sub 18 feminina

ção: “Repeti os resultados da Costa de Caparica. O sub-16 correu-me muito bem e consegui soltar o meu surf. Nos sub-18, estava a precisar de uma onda de 5 e não consegui encontrá-la. Mas a competição é assim.” De referir, a excelente prestação de Tomás Fernandes, da

Guilherme Fonseca, vencedor dos Sub 16

Ericeira, que a par de Guilherme, também fez mossa em sub-16 (2º classificado) e sub-18 (3º classificado). Mas os grandes vencedores da etapa foram Pedro Coelho, em sub-18 e Keshia Eyre, que conquistou o primeiro lugar em sub-18 feminino e ainda teve surf para conseguir o sétimo lu-

Circuito Nacional Deeply Surf Esperanças 1ª Costa de Caparica 18,19 e 20 de Fevereiro 2ª Nazaré 31 de Março, 1 e 2 de Abril 3ª Aveiro 1,2 e 3 de Junho 4ª S. Pedro de Moel 1,2 e 3 de Setembro 5ª S. Pedro do Estoril 3 e 4 de Novembro

Tomás Fernandes, 2º Sub 16

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Motas de Água

Notícias Angel Pilot

Novidades SEA DOO 2012 A marca Sea Doo, líder no desenvolvimento de novas tecnologias em moto de água apresenta para o ano 2012 quinze modelos para todos os gostos e todos os preços, com particular destaque para a nova RXP-X. a Kawasaki Ultra 300X.

O

s 15 modelos estão divididos em 4 classes: Performance, Performance de Luxo, Desportivas e de Recreio. Performance RXT 260, RXP-X 260, RXT-X 260, RXT-X as 260, GTR 215, RXT iS 260 Performance de Luxo GTX 155/215, GTX Limited iS 260, GTX S 155 Desportivas Wake 155, Wake Pro 215 Recreio GTI Limited 155, GTI SE 130/155X as 260, GTS 130, GTI 130 Sea Doo RXP-X 2012 – Novo Casco, Novo Conceito A nova Sea Doo RXP-X de 2012 foi criada a pensar num condutor exigente em todos os aspectos o que a torna numa máquina de características nunca antes

vistas, desenhada para dar ao condutor todas as vantagens na água através do seu motor ROTAX 4 TEC de 260 cavalos que já deu provas nos campeonatos internacionais de Jet Ski, o revolucionário e exclusivo casco T3 e outras tecnologias Sea Doo patenteadas. O novo casco T3 em forma de V foi desenhado para que a mota esteja mais estável, corte melhor a água, tenha maior aderência proporcionando uma maior facilidade em curvas apertadas. O novo sistema Ergolock composto de um banco mais estreito, o único guiador completamente ajustável com AES (Adjustable ergonomic steering) e um reforço para os pés que permitem que o corpo esteja mais ajustado à mota porque ajuda a juntar os joelhos ao banco e alivia a pressão nos tornozelos para uma relação mais natural com a máquina, minimizando assim a fadiga corporal.

O Novo Casco da Sea Doo RXP-X 260

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Esta nova máquina desafia os limites de qualquer condutor, fazendo de qualquer piloto, um piloto melhor. Graças ao sistema Ergolock e o casco t3, a RXP-X é em média 9% mais rápida que as motas da mesma classe, alem de que, estudos efectuados provaram que é também 20% mais eficiente em gastos de combustível que

Tecnologia SEA DOO ao Mais Alto Nível IBR - Sistema inteligente de travagem e marcha atrás – Um sistema exclusivo da BRP que permite travar muito melhor do que qualquer outra moto de água e permite assim uma facilidade muito maior ao atracar. ITC - Intelligente Throttle control – O acelerador não é controlado por cabo o que permite a escolha de diversos tipos de condução e uma maior precisão ao acelerar, além de que permite a existência de uma learning key que ao ser utilizada limita automaticamente a potência da mota.

Nova Sea Doo RXP-X 260

Motor da Sea Doo RXP-X 260, o 1503 XHO Rotax 4-TEC


Motas de Água

Vista lateral da Sea Doo RXP-X 260

T3 - O novo casco T3 em forma de V foi desenhado para que a mota esteja mais estável, corte melhor a água tenha maior aderência proporcionando uma maior facilidade em curvas apertadas. CLCS - Closed Loop Cooling System – O sistema de refrigeração de motor utiliza líquido e não água salgada que é corrosiva e causa muitos problemas nos motores. ECO - Modo de baixo consumo de combustível – É um modo que permite um consumo de combustível até 46% menor. Baseado em testes internos do modo ECO. Os consumos variam por modelo e motor. Touring/Sport Mode - Permite alterar o modo de condução através do simples toque num botão. D-SEA-BEL sound reducing system - Sistema de redução de ruído que através de silenciadores e da absorção das vibrações que tornam esta moto numa das mais silenciosas da mesma classe. Dimensões Comprimento 331,6 cm Largura 122,7 cm Altura 114,7 cm Peso 368,3 kg Lotação 2 Capacidade 60 l Capacidade de 116,6 l Casco Tipo ALL – NEW T3 hull Cor Preta e Amarela Motor Tipo 1503 XHO Rotax 4-TEC Cilindrada 1,494 cc Combustível Gasolina min. 87 octanas, Refrigeração ClosedLoop cooling Desenhado especialmente para uso aquático,trabalha em cooperação com iTC para uma maior economia de combustível, maior aceleração e maior velocidade.

Para mais informações contactar: Stefania Balzer Telm: 917999830 stefania@angelpilot.com

Vista frontal da Sea Doo RXP-X 260

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Electrónica

Notícias Nautiradar

DCSM, Monitor a Cores para Sistemas de Corrente Contínua (CC ou DC) Desenvolvido e fabricado pela BEP, este monitor a cores representa a última palavra em sistemas de monitorização que vão ao encontro das necessidades atuais duma embarcação de recreio moderna ou de qualquer tipo de veículo.

I

nstalações elétricas complexas a bordo são hoje em dia perfeitamente naturais. Por outro lado a necessidade de monitorizar com rigor os níveis dos tanques de combustível, água doce,

Monitor de Corrente contínua DC .Apresenta a voltagem de vários bancos de baterias (0-32VDC) .Apresenta os amperes da carga e descarga de 2 bancos de baterias .Apresenta a capacidade da bateria em ampéres/horas. Níveis de alarme alto / baixo

águas cinzentas e negras tornou-se essencial. O DCSM de formato compacto e fácil de operar apresenta as funções duma forma simples e num display de dimensão adequada, permitindo mais informação, mais detalhe e com uma clareza extraordinária. O display tem ainda retroiluminação para uma visualização noturna. Com o DSCM tem a possibilidade de fazer não só de fazer uma gestão rigorosa da carga e descarga das baterias mas também a de monitorizar os níveis dos tanques, podendo ser programado um alar-

Tipo de Display .O DSCM pode ser configurado para apresentar os dados em formato analógico, digital e gráfico

me para alertar sobre níveis baixo ou elevado respetivamente. Este DSCM a cores oferece ainda a possibilidade a apresentar os dados em formato analógico, digital e gráfico. Características: LCD a cores de 2,8” QVGA Alimentação de 8-32Vdc Dimensões: 90x100mm Teclado retroiluminado Monitoriza: Amperes de carga/ descarga para dois bancos Capacidade remanescente em A/h e% Estado da bateria

Nível do tanque .Mostra o nível de múltiplos tanques de forma numérica e gráfica

Nível do tanque Estado do circuito Funções: 8 Entradas genéricas, configuráveis pelo utilizador Alarmes programáveis de nível alto/ baixo e áudio/visual, para volts, amperes e níveis de tanques. Iluminação regulável do display PRVP c/iva: DCSM sem shunt e cabo = €393,00 -DCSM completo com 1 x shunt e cabo = € 491,00 Nautiradar, Lda Telef: (+351) 213005050 ▪ Fax: (+351) 213005059 - Email: geral@ nautiradar.pt ▪ www.nautiradar.pt

Estado dos Circuitos Visualize o estado dos principais circuitos (on/off) Na forma numérica ou gráfica

Clube Náutico de Almada

CNA com Nova Sede Social

O

Clube Náutico de Almada (CNA), inaugura no dia 16 de Maio, a sua nova sede social com uma cerimónia presidida pela Presidente da Câmara Municipal de Almada. A nova sede do CNA está situada no Largo Alfredo Diniz em Cacilhas, mais precisamente no edifício anteriormente designado por Gare Cacilhas 2. A mudança das antigas e degradadas instalações do Cais do Olho de Boi, entretanto interditadas, para as atuais, só foi possível mediante uma intervenção conjunta e determinada da Câmara Municipal de Almada e da Direção do CNA que se empenharam em encontrar uma solução para o problema. O Edifício da nova sede, com uma arquitetura moderna e uma estrutura base ainda em muito bom estado, servia à vários anos apenas como armazém para depósito de equipamento obsoleto. Com a convergência de vontades das diversas entidades envolvidas: Câmara Municipal, Administração do Porto de Lisboa e Transtejo, foi possível o acordo para a instalação do Clube na nova sede e dessa forma criar as condições para uma candidatura a fundos comunitários, através do programa QREN. O financiamento obtido no âmbito deste programa, conjuntamente com um apoio significativo da autarquia e os capitais próprios do Clube, permitiram intervencionar o edifício reabilitando-o sem alterar os seus traços originais e adequa-lo às atividades de um clube náutico. A utilização do edifício como nova sede do Clube Náutico de Almada, permite o reaproveitamento duma infraestrutura localizada uma zona nobre da cidade, sem utilização e cuja construção custou ao erário público uma soma considerável. Também a zona envolvente sai enriquecida. A transformação de um espaço abandonado num Clube Náutico

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e o movimento que as actividades deste originarão no local, terá um efeito sinérgico e dinamizador de outros polos de interesse na zona como, por exemplo: a Fragata D. Fernando e Glória, o Farol de Cacilhas ou o anunciado para breve, submarino Barracuda. Com estas novas instalações situadas num local como Cacilhas e com um equipamento renovado, o Clube Náutico de Almada conta atrair novos praticantes para a vela. Num Concelho de fortes tradições marítimas, será com a promoção e desenvolvimento da prática da vela no concelho de Almada que o Clube irá honrar essa tradição. O projeto das novas instalações do Clube Náutico de Almada, integra o Programa de Acão “Revitalização de Almada Velha – Ginjal: Cultura, Lazer, Turismo”, é financiado pelo QREN no âmbito do POR Lisboa - Programa Operacional Regional de Lisboa, e tem como principal objetivo reabilitar a sede e equipamentos do CNA com vista à melhoria da qualidade dos serviços prestados, dinamizando a sua acção na promoção do desporto e consolidando a sua actividade. Este projeto representa um investimento total de 478.000,00€, com uma comparticipação do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) de 310.700,00e.


Notícias do Mar

NEA2 no Centro da Definição da Estratégia Marítima

Norte de Portugal Posiciona-se na Linha da Frente da Náutica Atlântica A experiência e o conhecimento adquiridos no projecto NEA2 serão uma das matrizes base da Estratégia Marítima Atlântica, posicionando, assim, a fileira náutica e os Estados dos 23 parceiros do projecto, entre os quais Portugal, na primeira linha do desenvolvimento do sector.

Reunião AG NEA2

E

ste contributo para a elaboração do Plano de Acção da Estratégia Marítima Atlântica foi reafirmado na reunião plenária dos parceiros do NEA2, que teve lugar no Porto nos passados dias 26 e 27 de Março, na qual também foi realizado um balanço muito positivo da execução deste projecto europeu. Desta reunião plenária do projecto NEA2 “Náutica no Espaço Atlântico 2”, que contou com a presença de 18 dos seus 23 parceiros, em representação de cinco Estados-Membros, resultou um documento de trabalho, que será apresentado às entidades europeias envolvidas na definição da Estratégia Marítima Atlântica. Este documento apresenta um conjunto de propostas, a implementar pelos parceiros europeus entre 2014 e 2020, potenciando o crescimento económico da fileira náutica atlântica e do emprego, bem como o estabelecimento de laços fortes entre a população do Espaço Atlântico e o mar através da náutica.

As acções propostas estão alicerçadas na inovação, no networking e no desenvolvimento do sector da náutica nas suas diversas vertentes. Para Portugal o projecto NEA2 é considerado de extrema importância, pois possibilita a sua pertença a uma rede europeia com uma participação de primeira linha na Estratégia Marítima Atlântica e, em simultâneo, enquadra-se nas grandes opções estratégicas do Governo Português e nas agendas temáticas da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), nomeadamente na Agenda Regional para o Mar e do Turismo. Este programa de trabalho contemplou uma conferência de imprensa, na CCDR-N, sobre o projecto NEA2, na qual os presentes realizaram uma avaliação muito positiva do projecto e ressalvaram o seu importante contributo para a cooperação transnacional no Espaço Atlântico e para a definição da Estratégia Marítima Atlântica. Também destacaram

o forte empenho da INTERCÉLTICA como parceiro português e, em resultado disso, a afirmação de Portugal, nomeadamente da Região Norte, nas questões da náutica e a potenciação de plataformas de trabalho. Esta conferência de imprensa contou com a presença de Carlos Neves, Vice-Presidente da CCDR-Norte, João Fonseca Ribeiro, Director-Geral de Política do Mar, Vítor Lemos, VicePresidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, Teresa Lameiras, da Autoridade de Gestão do Programa de Cooperação Transnacional Espaço Atlântico, Guilherme Guimarães, da INTERCÉLTICA, Francisco Lobato, campeão português de Vela Oceânica, Anne-Marie Hodemon, do Conselho Regional da Bretanha, e François Arbellot, Coordenador Técnico do NEA2. INTERCÉLTICA promove a náutica portuguesa A segunda edição do projecto Náutica no Espaço Atlântico, financiado pelo Programa de Cooperação Transnacional Espaço Atlântico, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER), resulta de uma colaboração entre Portugal, Espanha, França, Irlanda e Reino Unido, que se desenrolou entre 2009 e 2011. Traduziu-se no desenvolvimento de 100 acções distribuídas por três eixos temáticos, económico, social e ambiental. Os participantes nestas jornadas foram unânimes em considerar que o projecto teve um balanço muito positivo. A INTERCÉLTICA apresentou também nesta reunião plenária do NEA2 dois guias ambientais, que, em breve, serão lançados publicamente. O guia para a Gestão Sustentá-

vel de Eventos Náuticos, um referencial que adapta a futura ISO 20121 à organização de eventos náuticos e desportivos, e o guia para a Gestão Ambiental de Centros Náuticos, que reúne um vasto conjunto de boas práticas associadas às actividades náuticas: gestão de infra-estruturas, serviços e comunicação. Entre as várias acções protagonizadas por esta associação portuguesa, destaque também para a criação de um kit de Sensibilização Ambiental, uma ferramenta pedagógica em fase de conclusão, que auxiliará responsáveis de equipamentos lúdico-desportivos municipais, escolas, federações e clubes náuticos, na consciencialização dos mais novos. Na vertente económica, também deu um contributo importante para a criação do Observatório do Sector Náutico para o Espaço Atlântico, elaborou o 1.º Guia de Turismo Náutico da Área Metropolitana do Porto, com vista à constituição da Rede Atlântica de Turismo Náutico. Esta acção, destinada a empresas turísticas, associações e clubes náuticos e que foi apresentado na BTL 2012, contou com o apoio da Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal. Contribuiu ainda para a afirmação da região Norte e de Portugal com a criação do um produto de turismo náutico designado “Passeios Náuticos Atlânticos”. Do vasto programa deste encontro plenário do NEA2 ainda fizeram parte a apresentação dos Atlantic Games 2012, a decorrer entre 16 e 20 de Julho em Quiberon (Bretanha), uma visita à Marina do Douro, que pretende ser uma resposta forte e diferenciadora na Península Ibérica, e um jantar na Casa da Música.

Visíta à Marina do Douro

Marina do Douro

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Jet-Ski

Clube JetSki Portugal

Uma Prova, Uma Inauguração, Novos Projectos O Clube JetSki Portugal, membro da Associação Regional Centro da Federação Portuguesa de JetSki, realizou, no passado dia 24 de Março, na Marina de Oeiras a 1º Prova Regional, bem como inaugurou as instalações da sua Escolinha de JetSki.

C

om uma participação considerável, atendendo ao facto de ser uma prova regional e atendendo ao dia cinzento que estava, o resultado foi surpreendente: 5 classes, 19 pilotos, muitos familiares e amigos. Depois de realizadas as duas mangas das cinco classes, foi hora da entrega de prémios, seguida da inauguração da escola, que conta já com 2 x SUPERJET YAMAHA para poder dar cursos de iniciação e aulas experimentais. Foi também apresentada uma linha de merchandising composta por panamás, sweatshirts, pólos e camisas e em breve esta linha será extendida a peças de verão, bastante adequadas a este desporto e à estação que se inicia. Sandra Cunha, da direcção 60

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Miguel Pita e Vasco Brito

Tiago Almeida


Jet-Ski

Sebastião Fragoso

Lourenço Gallego

Pódio Classe Sport, Vasco Brito, Miguel Jorge e José Manuel Anjos

Pódio Classe Ski Séniores S3, frederico Gallego, Martim Gallego e Tiago Almeida

do Clube JetSki Portugal disse no final: “ O Clube agradece publicamente a todos os pilotos, seus familiares e amigos, que estiveram presentes, às entidades que nos apoiam e todos os membros da direcção por fazerem parte deste Clube que ainda tem muito para fazer!” Neste Clube é possível oferecer VOUCHERS DE AULAS EXPERIMENTAIS, que pode oferecer aos familiares e amigos. Por 25€ qualquer pessoa pode oferecer um presente original e sem dúvida cheio de adrenalina, até para os mais cepticos. Um último convite de Sandra Cunha: “Venha conhecer a nova escola que promete dar que falar…

Classificação Final Ski Juvenis 1º

Rui Campos

Sebastião Fragoso

Rita Almeida Sport

Miguel Jorge

Vasco Brito

José Manuel Anjos

Filipe Filipe

Luis Centeno Fragoso

Miguel Pita Ski Séniores S1

Filipe Filipe

Paulo Almeida

Sérgio Costa

Lourenço Gallego

Miguel Pita

Tiago Almeida Ski Séniores S3

Martim Gallego

Frederico Gallego

Tiago Almeida

Pedro Espinheira

Rafael Cecílio Runabout

Pódio Classe Runabout

Pódio Classe Juvenis, Sebastião Fragoso, Rui Campos e Rita Almeida

Carlos Truta

João Borrego

Miguel Mendes

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Motonáutica

Campeonato Mundial UIM de F1H2O

Texto e Fotografia Gustavo Bahia

Alex Carrella é o Campeão Mundial de 2011

Os barcos de Abu Dhabi fizeram a dobradinha fechando com chave de ouro a temporada de 2011

Um Campeonato decidido na raça, de uma forma discutível mas a verdadeira essência dos verdadeiros pilotos deu o título mundial ao italiano Alex Carella.

M

uitos podem contestar a forma de Alex Carella do Qatar Team, ter obtido a vitória no Campeonato Mundial UIM de F1H2O. O acidente com o barco do seu companheiro de equipa e vice-lider do Campeonato na última etapa em Sharjah

nos Emirados Árabes Unidos logo na primeira volta causou enorme controvérsia e o posterior abandono da equipa do ex-campeão Mundial e primeiro piloto da equipa do Qatar, o americano Jay Price. Quando a decisão depende de

habilidade e coragem O acidente que determinou a decisão do Campeonato Mundial de 2011 na F1H2O foi polémico, mas porque? Qual o verdadeiro piloto de competição deixaria espaço para seu maior rival em uma curva? Qual verdadeiro piloto de competição não tomaria os maiores riscos

Alex Carella o novo campeão durante os treinos de classificação

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para assumir a liderança de uma prova que poderia lhe dar mais um Campeonato Mundial? Podemos enveredar por outras perguntas e colocações para comentar esse assunto que gerou uma enorme discussão. Na festa de encerramento em Sharjah, o piloto americano Jay Price mais parecia um banido, um doente excluído, uma vergonha para a categoria que não entende o significado da luta pelo décimo de segundo, pelo espaço que não existe, pela fama, pelo prazer da disputa na busca infinita da vitória. Os novos regulamentos e códigos de comportamento desportivo são altamente controvertidos e vão frontalmente de encontro a essência de uma competição de desportos a motor. Podem até dizer que é tudo pela segurança, mas quem quer segurança total, melhor ficar em casa a ler um livro. Nos últimos anos vimos passar pilotos altamente combativos que foram crucificados, pela forma inadequada com que são avaliados os acidentes. A preocupação verdadeira é a falta de dinheiro para repor os equipamentos no caso da maioria das equipas, as que tem dinheiro tem formas diferentes de se colocar durante as provas, mas algumas são realmente agressivas, por isso


Motonáutica

Detanhes do acidente que acabou com as hipoteses de Jay Price de lutar pelo campeonato

batem, rolam, quebram motores e ganham corridas. A Motonáutica está pobre, mas ninguém quer assumir essa realidade, a Motonáutica está parada, mas ninguém quer enxergar isso, a Motonáutica tem poucos pilotos e essa é a pior realidade. Final da polémica resultou no abandono do americano Jay Price Com tanto disse me disse, Jay Price pediu demissão da equipa, e o que é mais vergonhoso: foi aceita! Imaginem se a McLaren fosse despedir o Senna ou o Prost porque viviam brigando dentro e fora das pistas? Enfim caros leitores os tempos dos verdadeiros gladiadores acabou, agora é a disputa dos “gentlemen’s”, mais bem definidos como não me toques. Assim as competições perdem sua essência, sua vida, sua adrenalina e o calor de uma boa disputa, nem sempre com final feliz. Mas isso é corrida de barcos ou qualquer outro desporto a motor. VIVA a disputa!!!!! Depois de toda confusão Ahmed Al Hameli fez a festa Quem acabou por curtir uma excelente vitória na corrida foi o piloto do Abu Dhabi Team, Ahmed Al Hameli em dobradinha com seu companheiro de equipa Thani Al Qamzi. O francês Philippe Chiappe da equipa da China foi o terceiro colocado. Pilotos com alto índice de finalização ficam bem na tabela final Em 2011 dois pilotos tiveram um índice de 100% de finalização nas provas, isto é, acabaram todas as provas pontuando. Se por um lado isso denota uma excelente qualidade de performance, pode não representar um lugar no topo da lista. Thani Al Qamzi e Francesco Cantando concluíram todas as provas marcando pontos. Thani, da equipa de Abu Dhabi ficou em terceiro no campeonato com 75 pontos (ape-

nas 9 pontos do Campeão Carella) e Francesco Cantano obteve o sexto lugar com 42 pontos, uma baixa pontuação apesar da regularidade. Para onde vai a F1H2O? Terminado o Campeonato 2011 com uma bela festa promovida pelos Organizadores locais, pairava no ar a incerteza dos caminhos da F1H2O. Já há muitos anos o Campeonato não tem o número ideal de 24 pilotos em 12 equipas, cada dia fica mais difícil fazer parte do circuito mundial. Se por um lado faltam equipas, do outro falta um Calendário consistente, com provas na Europa a custos sintonizados com a realidade europeia de pobreza total. Até o fechamento dessa edição o Campeonato Mundial UIM de F1H2O tinha apenas 5 cidades confirmadas e 3 a serem confirmados os cancelamentos. Quais seriam os motivos dessa incerteza? Qual o preço cobrado dos Promotores Europeus que não conseguem manter sequer 1 prova da Categoria mais importante e competitiva da Motonáutica? O exemplo negativo fica

por conta de Portimão que vergonhosamente não pagou a licença da prova de 2011 e acabou fazendo com que Portugal perdesse o segundo mais antigo GP da categoria. Uma vergonha em se tratando de uma Câmara Municipal e da quebra de um compromisso assumido. Melhor nem alongar esse assunto, pois o que se fala pelos cantos é que o Alcaide de Portimão gastou o que tinha e muito mais do que

não tinha. A Federação Portuguesa de Motonáutica não é perdida nem achada no assunto, mas apesar dos desafectos, houveram tempos nos primórdios do GP de Portimão onde tudo corria muito bem. Depois que uma empresa da Câmara passou a administrar o GP, cada ano era uma decepção maior, culminando com o calote. Mas como é um órgão público pode, se fosse uma empresa privada já estaria crucificada.

Philippe Chiappe ficou em terceiro na prova

A Norueguesa Marit Stromoy não teve uma boa temporada apesar de ser sempre competitiva

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Motonáutica

UIM World 225 Offshore Championship

Texto e Fotografia Gustavo Bahia

Class 225 Offshore Cresce com Força e Organização num Momento Difícil

Um dos barcos da GHB Offshore Racing partindo para a área de largada

Num cenário mundial adverso uma Classe Offshore aparece como a melhor opção da Motonáutica Internacional, a CLASS 225 Offshore.

Q

uando Ugur Isik, um empresário turco de muito destaque, deixou de lado a promoção da Classe 1 Offshore em 2003, resolveu criar no seu país uma nova Classe que pouco a pouco se tornaria a grande vedeta da Motonáutica Mundial. A Class 225 Offshore nasceu na Turquia e hoje com 9

anos consecutivos e 18 provas realizadas somente no campeonato 2011, demonstrou que é possível haver uma Classe com equilíbrio, regulamento definido pela igualdade entre os equipamentos e a valorização dos pilotos. Sempre na Turquia A ideia de uma Classe itinerante em um só país não é uma op-

O barco 88 venceu as duas provas durante o fim-de-semana

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ção só da Turquia, em Portugal algo idêntico se experimentou com a Classe V24 Powerboat em 2006, promovido pela GHB International Sports Management, mas a falta de patrocinadores e seriedade das Câmaras Municipais fizeram com que o Campeonato tivesse um fim prematuro. Nos Emirados Árabes Unidos tem a Classe X-Cat que tem tido algum sucesso, mas já se trata de uma categoria mais cara. A Class 225 Offshore faz o seu nono ano consecutivo

sob a organização do Istambul Offshore Club, e em 2012 conta inclusive com uma equipe 100% internacional, a GHB Offshore Racing com 2 barcos Yuka/Evinrude 225HO, competindo lado a lado com as já experientes equipas turcas. Da Turquia para o Mundo A adesão da GHB Offshore Racing não acontece por acaso, vem como parte de um largo acordo de parceria com o Grupo GHB International Sports

Barco 7 chegou na 5ª posição na prova de Domingo


Motonáutica

Management (dono da equipa) com objectivo de levar a categoria a outros países dentro e fora da Europa. A parceria já vem trabalhando desde o mês de Setembro 2011 com vistas ao Campaonato Mundial UIM da Class 225 Offshore de 2013 e 2014. Segundo Gustavo Bahia de Almeida, principal Executivo e dono do Grupo GHB International Sports Management, tudo é o resultado da amizade e a experiência de trabalhos de sucesso conjunto com o Grupo Isiklar, desde a Class 1 em Portugal no ano de 2003. Agora somos responsáveis pela promoção de etapas do Campeonato em novos países e já temos 5 cidades em 3 países em avançado estágio de negociação e mais 2 em fase de prospecção. Tudo leva a crer que ainda em 2012 o Campeonato terá as duas provas finais em um novo país no mês de Novembro ou Dezembro. Etapas de abertura em Istambul foram um sucesso As etapas de abertura do Isiklar UIM World Offshore 225 Championship aconteceu em Istambul, nos dias 5 e 6 de Maio com um clima excelente de sol brilhante, o que facilitou a presença de um grande público. A categoria optou pelo melhor formato para as competições, pois aproveita o sábado e o domingo para realizar provas, maximizando o aproveitamento da infra-estrutura montada e dando ao Campeonato um maior número de provas. Só em 2012 são 14 etapas confirmadas e poderão ainda se somar mais duas o que faz com que a disputa pelo título tenham muitas oportunidades. Equipe de fábrica começa com duas vitórias A equipa ECI Men Cosmetics (88) com os pilotos Kerem Tuncer/Alpay Akdilek, com o barco oficial da fábrica Yuka foram os grandes vencedores das duas etapas e lideram o Campeonato com 440 pontos. Pelo regulamento do Campeonato quem marca pontos são os barcos das equipas, independentes dos pilotos. Assim a equipa

O Sábado foi uma desilução quando o barco 7 teve que abandonar a 4ª posição por problemas mecânicos

pode trocar de piloto ao longo do ano, por qualquer motivo e não perde os pontos obtidos pelo seu barco. Em segundo lugar na tabela do campeonato está o barco Besiktas-Miele (03), com 327 pontos, em terceiro o YKM Sports (02) com 255, em quarto o GSYIAD-Galatasaray (05) com 194, em quinto Angel Yachts (66) com 113, em sexto GHB Offshore Racing (67)

com 89 pontos, em sétimo GHB Offshore Racing (07) com 77 pontos. Pit Stop é uma das atracções que faz o público vibrar Primeira categoria a usar o reabastecimento como uma forma de atracão durante a prova, causa uma grande tensão no público e no telespectador, pois

dependendo da posição do barco na prova, pode representar perda de posição. Por isso o planeamento das equipas tem que ser feito correctamente para não só evitar uma perda de posição, mas sim, ganhar alguns segundos que podem representar melhor posição na prova e mais pontos na tabela. Televisão ao vivo é um factor

Os barcos dos dois mais famosos clubes de futebol da Turquia que participam do campeonato

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Motonáutica

de João Filipe Galvão de Carvalho, que também assina as funções de Team Manager da GHB Offshore Racing e VicePresidente da GHB International Sports Management. João Filipe ou JONIFILI fez sua estreia na Classe 225 Offshore, mas sua experiência no mar vem dos 4 anos de idade. Apesar de toda adrenalina que envolve uma estreia, tudo correu muito bem e o seu barco nº67 está na sexta colocação do campeonato.

O barco da Angel Yachts, nº66, fez uma boa prova

importante As provas são transmitidas ao vivo para toda Turquia e em deferido para vários outros países. Isso faz com que as equipas tenham maior facilidade em conseguir patrocinadores ou pilotos para participarem das provas. Campeonato tem um piloto de Portugal Pela primeira vez desde há 9 anos, o campeonato recebe um piloto de Portugal. Trata-se

GHB Offshore Racing quer mais pilotos portugueses O Director Executivo da GHB International Sports Management, Gustavo Bahia, dono da GHB Offshore Racing, quer ter mais pilotos portugueses participando do campeonato em seus barcos, e justifica: “ Somos uma equipa internacional, temos mecânicos ingleses, e nas etapas de abertura usamos pilotos de várias nacionalidades. Entretanto nosso objectivo principal é termos pilotos de países que não a Turquia e seria excelente contarmos com dois pilotos portugueses participando no barco 67. Afinal falamos a mesma língua.”

Keith Whittle reponsável pelos motores analisa os dados depois de um teste

Gustavo Bahia positivo em relação ao futuro da equipa e do campeonato

João Filipe o único piloto Portugues na categoria

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Um dos veículos promocionais do campeonato


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Notícias do Mar

Últimas Campeonato Nacional de Elite de Pesca Submarina 2012

João Peixoto é Campeão

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Campeonato Nacional de Elite de Pesca Submarina foi disputado, nos dias 5 e 6 de Maio, em Sines, organizado pela Federação Portuguesa de Actividades Subaquáticas (FPAS). Apenas a manhã do primeiro dia foi contemplada com alguma chuva, a temperatura da água atingiu os 15ºC e a visibilidade os 8 ou 10 metros em diversas zonas. Cada jornada teve a duração de cinco horas e foi disputada com o apoio de embarcação por 31 atletas, 7 individuais e os restantes em representação de 10 clubes. A primeira jornada teve lugar, entre a Ilha da Perceveira à Praia do Norte. E a segunda decorreu, entre a Praia de S. Torpes e Porto Covo. No Sábado grande parte dos atletas optou por tentar a sua sorte mais encostado ao longo de toda a zona de prova. No Domingo a principal concentração foi junto à baixa do “Burrinho”. Desta prova saiu uma boa diversidade de capturas, muitas tainhas e salemas, alguns sargos, rascassos, abroteas, robalos, saimas, safios, pampos, um bonito serra, um salmonete e bodiões. Na segunda jornada foi também capturado um belo exemplar de peixe galo-alfaquique por Carlos Osório, mas que não pontuou por não constar na lista de espécies válidas do regulamento. Este Campeonato Nacional foi bem disputado e cheio de suspense até ao final. No Sábado classificou-se em terceiro lugar Rui Torres, que estava a defender o título de Campeão Nacional. Em segundo lugar ficou António Silva e em primeiro Jody Lot que terminou a prova um pouco mais cedo por ter sentido um problema num ouvido. No Domingo, Luís Gonçalo Sá também teve de abandonar a prova mais cedo

com um problema de ouvidos. Na soma das duas jornadas ficou em primeiro João Peixeiro, em segundo Jody Loh e Carlos Lourenço em terceiro lugar. Seguiram-se Pedro Silva, Rui Torres e António Silva. Estes seis atletas ficaram apurados para os trabalhos da selecção nacional que vai disputar o Campeonato do Mundo que se realiza de 5 a 8 de Julho em Vigo, Espanha. Na entrega de prémios, o troféu de maior exemplar foi atribuído ao Atleta Ivo Vital pela captura de um robalo com 5,560 kg, na primeira jornada. Na classificação por Clubes, o vencedor foi o Clube CostaNorte, em 2º o Clube Open Ocean/ Marina de Cascais e em terceiro lugar o “clube da casa”, o Grupo Desportivo e Cultural Administração do Porto de Sines

Volvo Ocean Race

Puma Chegou a Miami em Primeiro

A

pós 17 dias de regata, o veleiro norte-americano Puma, que tem como skipper Ken Read, cortou em 9 de Maio em primeiro lugar a linha de chegada em Miami, onde terminou a 6ª etapa da Volvo Ocean Race. Desde o início da etapa, com largada em Itajai, no Brasil, foram percorridas 4.800 milhas náuticas. A vitória do Puma nesta etapa foi notável, porque liderou a regata praticamente desde o início, com todos os seus adversários a persegui-lo e aguentando bem os ataques dos veleiros Camper, de Chris Nicholson, e do Telefónica, de Iker Martinez, durante grande parte da regata e do Groupama já no final. Esta foi a segunda vitória consecutiva do Puma, que venceu igualmente a etapa que ligou Auckland na Nova Zelândia a Itajai. O facto de ter perdido a primeira etapa que ligou Alicante, em Espanha, à cidade do Cabo, na África do Sul, pois partiu o mastro, resultou estar classificado agora em 4º na Geral. Quem fez também uma brilhante regata, foi o Veleiro francês Groupama com o skipper Franck Cammas, que cortou a linha de chegara em Miami em 3º lugar, após ter largado e navegado muito tempo em último. No entanto os franceses empenharam-se na recuperação e

Puma

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foram alcaçando os adversários que íam à frente e travaram uma luta especial com o Telefónica que acabaram por ultrapassar. Com este 3º lugar na etapa, o Groupama assegura o 2º lugar da Geral atrás do Telefónica e encontra-se à frente do Camper. Classificação da 6ª Etapa 1-Puma (Ken Read) 2-Camper (Chris Nicholson) 3-Groupama 4 (Franck Cammas) 4-Telefonica (Iker Martinez) 5-Abu Dhabi (Ian Walker) 6-Sanya (Mike Sanderson) Classificação Geral (no final de seis etapas) 1-Telefonica (Iker Martinez) 2-Groupama 4 (Franck Cammas) 3-Camper (Chris Nicholson) 4-Puma (Ken Read) 5-Abu Dhabi (Ian Walker) 6-Sanya (Mike Sanderson)

Groupama e Camper


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