Poiesis 258

Page 1

Camilo Mota

Divulgação

www.jornalpoiesis.com.br

Júlia Vargas concorre a melhor disco do ano

Saúde e bem estar são tema de encontro em Saquarema

Página 2

Página 3

Ano XXIV- nº 258 - Saquarema, Araruama e Região dos Lagos - dezembro de 2017 Regina Mota

Solidariedade através da música

Camilo Mota

Guarda Municipal sob novo comando em Saquarema Marcos Vinícius Pereira Flores é o novo comandante da Guarda Civil Municipal de Saquarema, tendo como subcomandante Fabio Marins Gomes. É a primeira vez que um servidor de carreira assume a função desde a fundação da corporação há 24 anos.

Daumas apresenta espetáculo de dança de 15 a 17 de dezembro Com o tema “E elas, sereias, apareceram em Itaúna”, a apresentação acontecerá no Teatro Municipal Mario Lago, em Saquarema. Página 4

Numa ação de solidariedade para auxiliar o Lar São Fran- rock, arrecadando alimentos não perecíveis, fraldas gericisco de Assis, em Araruama, músicos da cidade se uniram átricas, além do couvert artístico destinado à instituição, na tarde de 3 de dezembro para fazer um grande show de que atende atualmente cerca de 60 idosos. Página 4. Divulgação Reprodução

Sessão solene celebra bicentenário de Bahá’u’lláh Representantes da Comunidade Internacional Bahá’í participaram no Distrito Federal da Sessão Solene na Câmara dos Deputados em homenagem ao bicentenário de nascimento de Bahá’u’lláh, profeta fundador da Fé Bahá’í. A sessão, originalmente planejada para durar cerca de 50 minutos, se estendeu por quase duas horas, enquanto uma série de representantes da Câmara dos Deputados, exploraram os ensinamentos de Bahá’u’lláh para a melhora do mundo e compartilharam aspectos de Sua vida. Página 4.

A dicção teatral na obra de Graciliano Ramos Página 5

Consultório de Psicanálise e Terapias Naturais Camilo de Lélis M. Mota -

Psicanalista, Terapeuta Holístico,

CRT 42617

Psicanálise - Terapia de Casal Florais de Bach - Acupuntura Auricular - Reiki Araruama: Av. John Kennedy, 121 sala 13 - Centro (em frente à Prefeitura) São Pedro da Aldeia: Rua Dr. Antonio Alves, 50 sala 105 - Centro (em cima do Itaú) Saquarema: Espaço Elaboração, Trav. Sigmund Freud, 01 - Porto da Roça Desconto de convênio para usuários da OAF Assistencial e servidores públicos municipais de Araruama

Marque sua consulta: ( (22) 99770-7322 www.camilomota.com.br


2

nº 258 - dezembro de 2017

A Legenda dos Dias ACADEMIA BRASILEIRA DE POESIA, sucessora da Academia Petropolitana de Poesia Raul de Leoni,

A

fundada em 1985 – Boletim nº 01 – Novembro, 2017

pós uma longa interrupção, por vários motivos, voltamos com esta coluna por determinação de nossa nova presidente, Vera Abad. Talvez poucos saibam, mas nossa Casa é a primeira no país e, quiçá, no mundo, dedicada exclusivamente ao segmento poético. Por isto, nossa missão principal é o resgate da memória de tantos ários poetas desprezados, esquecidos e ignorados ao longo dos anos, por descaso da mídia que só dá espaço para os “ditos” famosos, quando há inúmeros poetas – de ontem e de hoje – que não ficam em plano secundário, pelo grande valor de seus trabalhos e que a maioria desconhece. Assim, tudo isto nos incentiva. João Roberto Gullino, membro emérito

LEGENDA DOS DIAS

Raul de Leoni, 1895-1926 O homem desperta e sai cada alvorada para o acaso das coisas...e, à saída, leva uma crença vaga, indefinida, de achar o ideal nalguma encruzilhada...

Guarda Municipal de Saquarema tem novo comandante

N

Divulgação

Ontem, hoje, amanhã, depois, e, assim, mais ele avança, mais distante é o fim, mais se afasta o horizonte pela esfera; e a vida passa... efêmera e vazia: um adiamento eterno que se espera, numa eterna esperança que se adia...

LOUÇANIAS DE NOSSA POESIA “Não há mais esplêndido tesouro que o tesouro de nossas ilusões...” - Medeiros e Albuquerque, em “Conselho” “A sombra foge, e pelo ar flutua, como donzela que saiu das águas, correndo trêmula, e agitada, e nua...” - Sylvio Romero, em “A Manhã”

ENTRE ASPAS

Em breve: grupos de estudo sobre Reiki, terapias holísticas e psicanálise.

Mais informações: (22) 99770-7322 www.camilomota.com.br

“O descontentamento de um povo é o primeiro passo para o progresso de uma nação.” Oscar Wilde

BOX PRONTA ENTREGA Aceitamos

Av. Saquarema, 5170 Bacaxá - Saquarema ( (22) 2653-4190 / 99262-6507

FRANZENER Materiais de Construção Tudo para sua obra!!!

A maior variedade com beleza e qualidade você encontra aqui! Av. Saquarema, 5442 - Bacaxá

( (22) 2653-2744

Entreg a em do micílio

Forro - Esquadrias - Pisos - Elétrica Hidráulica - Acabamentos em Geral Madeiras e Telhas

Aceitamos cartões de crédito

Rações nacionais e importadas Medicamentos e Sementes

Av. Saquarema, 5320 Bacaxá - Saquarema

Rod. Amaral Peixoto, 1999 Km 70 - Bacaxá - Saquarema ENTREGA GRÁTIS EM DOMICÍLIO

AGRIJAR BACAXÁ

agrijar@hotmail.com

(22) 2031-0788 - (22) 2031-0666 (22) 2653-0879 - (22) 7834-9877 - Id 83*21016

Dê plantas a quem você ama!

SHOW DAS PLANTAS

to, já é motivo de muita alegria. Agradeço a todos vocês”, comentou a cantora cabo-friense. A votação está aberta no site: http://m.rollingstone.uol. com.br/enquete/melhores-musicas-nacionais-de-2017. O resultado será divulgado na edição de janeiro/2018 da revista. Nascida em Cabo Frio, Júlia Vargas tem uma carreira de grande reconhecimento nacional, tendo participado da turnê “Travessia”, em 2014, e com o show “Linha de frente”, acompanhando Milton Nascimento e Criolo. Em 2015 participou do Tributo à Cássia Eller, no Rock in Rio. Já lançou dois CDs, sendo o mais recente, “Pop Banana”, que está concorrendo na revista Rolling Stone como Melhor Disco Nacional de 2017.

Novas turmas em dezembro e janeiro

“Estando em moda, todos os vícios passam por virtudes” Molière

Box - Vidro Temperado - Espelho Fechamento - Vidro Importado Vidros coloridos, lisos e canelados

A

cantora cabo-friense Júlia Vargas está entre os nomes indicados na disputa dos melhores do ano de 2017 no universo da música pela revista Rolling Stone. A artista aparece nas categorias Melhor Disco Nacional (Pop Banana) e Melhor Música (com a canção que dá nome ao álbum). Atualmente residindo em Niterói e se apresentando nos palcos do Brasil, sempre que pode Júlia visita Cabo Frio para rever familiares e amigos, e também para fazer algumas apresentações, como na Semana Teixeira e Souza deste ano, quando participou do show “Nossos Notáveis da Música”, na Praça Porto Rocha. “Só de estar concorrendo nessas duas categorias, junto com figuras que eu admiro tan-

Cursos de Reiki na Região dos Lagos

“Eu caminho devagar, mas nunca para trás.” - Abrahan Lincoln

Vidraçaria Recanto do Sol

Marcos Flores foi empossado em novembro

Cantora cabofriense é indicada aos melhores do ano

As horas morrem sobre as horas... Nada ! E ao poente, o homem, com a sombra recolhida volta, pensando: “Se o ideal da vida não veio hoje, virá na outra jornada...”

“Não esqueças que, na noite escura, até a tua sombra te abandona...” - Humberto de Campos, em “Ingratidão”

Regina Mota

o dia 21/11 aconteceu a solenidade de passagem de comando da Guarda Civil Municipal de Saquarema, tendo agora como Comandante Marcos Vinicius Pereira Flores, que está a 13 anos na instituição, junto com o subcomandante Fabio Marins Gomes. A fundação da Guarda Civil Municipal de Saquarema aconteceu há 24 anos e desde então a corporação nunca havia sido comandada por um servidor de carreira, sendo essa a primeira vez que acontece. Emocionado, Flores declarou: “Temos que ser unidos. Queremos a Guarda unida, para que possamos desenvolver um bom trabalho.” Para a diretora social do Conselho Comunitário de Segurança, Terezinha Ruade, o trabalho realizado pela corporação é de grande importância para o município. “É fundamental o trabalho deles, principalmente nas ações de flagrantes a bandidos que estão agindo não somente em Saquarema, mas, em toda a Região dos Lagos”, disse. Várias autoridades estiveram presentes na solenidade, entre elas a prefeita Manoela Ramos de Souza Gomes Alves, que discursou a favor do excelente trabalho realizado pela Guarda, que hoje é composta por 105 pessoas, entre homens e mulheres.

ASSISTÊNCIA MÉDICA ALBUQUERQUE MAGIOLI

( (22) 2653-3114

Dr. Cid José C. Magioli Clínica Geral - Homeopatia CRM 52-44061-6

Dra. Eulenir M. A. Magioli Ginecologia - Homeopatia CRM 52-42685-2

Dr. André Luis de A. Magioli

(22) 2655-3115 (22) 2655-3220

Cardiologia - Clínica Médica CRM 52-94985-0

Medicamentos, Perfumaria e Variedades

Av. Saquarema, 3663 Loja D - Porto da Roça

Aberta de 2ª a sábado de 8 às 20h e domingo de 8h às 13h

Av. Brasil, 10 SL 709 - Araruama ( 2665-6320

EXPEDIENTE O Jornal Poiésis - Literatura, Pensamento & Arte é uma publicação da Mota e Marin Editora e Comunicação Ltda, CNPJ 07.546.414/0001-60. Editor: Camilo Mota. Diretora Comercial: Regina Mota. Conselho Editorial: Camilo Mota, Regina Mota, Fernando Py, Sylvio Adalberto, Gerson Valle, Marcelo J. Fernandes, Marco Aureh, Francisco Pontes de Miranda Ferreira, Charles O. Soares. Jornalista Responsável: Francisco Pontes de Miranda Ferreira, Reg. Prof. 18.152 MTb.

Av. John Kennedy, 121 sala 13 - Centro - Araruama-RJ CEP 28970-000 ( (22) 98818-6164 ( (22) 99982-4039 E-mail: jornalpoiesis@gmail.com Site: www.jornalpoiesis.com.br. Facebook: www.facebook.com/jornalpoiesis. Edição digital: www.issuu.com/jornalpoiesis Distribuição dirigida em: Saquarema, Araruama, São Pedro da Aldeia, Iguaba Grande, Cabo Frio, Arraial do Cabo e Petrópolis. Fotolito e Impressão: Editora Esquema Ltda.

Colaborações devem ser enviadas preferencialmente digitalizadas, espaço simples, fonte Times New Roman ou Arial, corpo 12, com dados sobre vida e obra do autor. Os originais serão avaliados pelo conselho editorial e não serão devolvidos. Colaborações enviadas por e-mail devem ser anexadas como arquivo .doc ou .docx. Os textos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Jornal Poiésis.


3

nº 258 - dezembro de 2017

Claude Simon e o “Noveau Roman” Rodrigo Conçole Lage *

C

laude Simon foi um escritor francês nascido em Antananarivo, capital da ilha de Madagascar (na costa da África), que naquela época era uma colônia francesa, no dia 10 de outubro de 1913. A morte de seu pai, um oficial do exército, na 1ª Guerra mundial, fez com que sua mãe fosse viver na França, na cidade de Perpiñán. A partir de 1931 se dedicou a pintura, estudando com o cubista André Lhote, mas também em Oxford e Cambridge, e a fotografia. O que vai ter um grande impacto dentro da sua produção literária. Outro elemento importante na sua formação de escritor é o seu envolvimento nas guerras, um tema constante destro das suas obras. Alguns de seus livros foram inspirados na Guerra Civil Espanhola, da qual participou em 1936, lutando ao lado da República. E participou também, na 2ª Guerra Mundial, da Batalha do Meuse, em 1940. Ele foi capturado pelos alemães, foi enviado para um campo de prisioneiros na França, mas conseguiu fugir e se aliou a Resistência Francesa. Depois da guerra se tornou viticultor. Só em 1946 veio a publicar o primeiro livro, “Le Tricheur”. Como escritor, foi um dos principais nomes do movimento literário conhecido como “Nouveau Roman”. Em 1985 recebeu o Nobel de Literatura e veio a falecer no dia 6 de julho de 2005. Sua obra é composta de menos de trinta livros. Em português nos te-

Simon recebeu o Prêmio Nobel de Literatura em 1985

mos somente as traduções de “As Geórgicas”, “A Estrada de Flandres”, “A Batalha de Farsália” e “O bonde”. Em Portugal temos a de “O vento”. Sua obra é de difícil leitura, principalmente para aqueles mais acostumados com os romances mais tradicionais, ou que não tem um melhor conhecimento das ideias ligadas ao movimento, mas importante para o leitor que deseja ampliar seus horizontes literários. O “Nouveau Roman” (Novo Romance) foi um movimento literário surgido na França, na década de 1950. Alguns críticos consideram Alain Robbe-Grillet o fundador, mas outros associam seu inicio a publica-

ção do ensaio de Nathalie Sarraute intitulado “L’Ère du soupçon”. Contudo, o nome não foi criado pelos próprios escritores, mas pelo crítico Émile Henriot que, em 1957, veio a utilizá-lo em um artigo publicado no jornal “Le Monde” no qual tratava das experimentações estilísticas produzidas por alguns escritores. O que não quer dizer que não haja grandes diferenças entre esses autores, tanto é que muitos deles rejeitaram a ideia de serem inseridos num movimento ou escola. O que eles tinham em comum era a rejeição ao romance tradicional, tal como os de Balzac, por exemplo, o que levou alguns a classifica-

rem suas obras como antirromances. Isto porque eles procuravam desconstruir a narrativa, rejeitando a ideia de um enredo com começo, meio e fim. Questionavam o papel do narrador dentro da história. Abandonaram a utilização de personagens bem definidos, sendo muitas vezes totalmente inúteis dentro da economia da narrativa, e que não tinham nenhum traço psicológico que motivasse seus comportamentos. O foco passou, então, a recair na descrição dos objetos e acontecimentos, o que levou a utilização do fluxo de consciência. Dentre os muitos escritores associados ao movimento temos, além de Claude Simon, o nomes de Alain Robbe-Grillet, Nathalie Sarraute, Marguerite Duras, Michel Butor, Robert Pinget, Jean Cayrol e Claude Mauriac, entre outros. Por seu caráter formalista o movimento praticamente não influenciou os escritores brasileiros, ao contrário do que aconteceu, por exemplo, em Portugal. Além disso, devido às próprias especificidades desses autores, o número de obras disponíveis no Brasil é pequeno, para a maior parte deles, e alguns nunca foram traduzidos. Com tudo isso, se torna ainda mais importante a sua divulgação, devido a importância do movimento não só para a literatura, mas também para o cinema. *Professor de História em Itaperuna-RJ

Amigo Walmir mobiliza população para o Dezembro Vermelho

O

dia 1º de dezembro é o Dia Mundial de Combate à Aids e, para alertar ainda mais a população sobre essa doença que muito tem crescido em todo o país, o vereador Amigo Walmir elaborou o projeto de Lei intitulado “Dezembro Vermelho”. O projeto de Lei foi apresentado na última semana de novembro e prevê a inclusão no calendário oficial de eventos do município de Araruama a campanha “Dezembro Vermelho”, de conscientização e prevenção ao HIV/AIDS e dispõe de atividades anuais direcionadas ao enfrentamento da doença, com foco na conscientização, prevenção e assistência e promoção dos direitos

humanos das pessoas portadoras da doença, buscando resgatar a autoestima e o valor pela vida. Com isso, fica autorizado ao Poder Executivo, exercer trabalho em parceria aos órgãos públicos e instituições públicas e privadas incluindo ONGs, igrejas e associações voltadas a pacientes que possuem o vírus. O artigo terceiro do projeto de Lei relata ações que poderão ser realizadas como a utilização dos serviços preventivos oferecidos pelo município, distribuição de material educativo-preventivo à população e estímulos a consultas com profissionais de saúde da área em questão, orientados pelas unidades de saúde.

Primeiro Encontro sobre Saúde e Bem Estar

Marcelo

Revelle

s - Psic

ólogo

Renata Alvarenga e as representantes da NatPharma, Francilaine e Medida Certa, Uadila. Déb

ora

Asa

to -

Aconteceu no dia 23/11 o 1º Encontro Sobre Saúde e Bem Estar, promovido pela doutora Renata Alvarenga, na sede do Movimento Articulado de Mulheres e Amigas de Saquarema - MAMAS.

Biom

édic

a

O evento reuniu profissionais que atendem no consultório localizado em Bacaxá, e que proferiram palestras nas áreas de Psicologia, Biomedicina Estética Avançada e Nutrição.

Ren

e arenga ata Alv

Isaac

Silva

A iniciativa foi ao encontro das necessidades do público presente, que pôde tirar suas dúvidas e se interar sobre o que há de melhor nas áreas acima citadas e que encontram-se disponíveis para agendamentos e consultas. O consultório está localizado na Rua Beatriz Amaral, 26, sala 08, em Bacaxá. Telefones: (22) 2031.0283 ou 2661.5779 (em Araruama).

Lilian F

ortunat

o - Psic

óloga


4

nº 258 - dezembro de 2017

Sessão solene comemora bicentenário de Bahá’u’lláh

C

Fotos: Divulgação

erca de 350 pessoas, de várias partes do país, participaram no dia 29/11 da Sessão Solene realizada na Câmara dos Deputados em Brasília, em homenagem ao Bicentenário de Bahá’u’lláh, fundador da Fé Bahá’í. Logo no início a deputada federal Erika Kokai (PT/DF) declarou: “Mergulhar nos ensinamentos de Bahá’u’lláh é ser imerso nas mais genuínas contribuições da humanidade para o mundo. A comunidade Bahá’í está, em um sentido muito concreto, intimamente consciente dos sofrimentos da humanidade e, ao mesmo tempo, da nobreza e beleza da condição humana. É essa beleza que nos dá esperança para a construção de um mundo justo e igualitário”. A sessão, originalmente planejada para durar cerca de 50 minutos, se estendeu por quase duas horas, enquanto uma série de representantes da Câmara dos Deputados, exploraram os ensinamentos de Bahá’u’lláh para a melhora do mundo e compartilharam aspectos de Sua vida. Muitos deles foram tocados e profundamente

emocionados ao se dirigirem à diversificada audiência. Observando os ensinamentos centrais do fundador da Fé Bahá’í, o deputado Chico Alencar (PSOL/RJ) falou sobre a importância das contribuições construtivas da verdadeira religião para o progresso social. Alencar também destacou os sofrimentos de Bahá’u’lláh, explicando que ao longo de Sua vida, Ele suportou a opressão a fim de trazer ensinamentos que libertassem a humanidade do sofrimento. O deputado Luis Couto (PT/PB), juntamente com Erika Kokay, convocou a Sessão Solene e leu a declaração do Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM/RJ), para a ocasião: “Muitos dos ensinamentos de Bahá’u’lláh estão presentes em nosso sistema legal, como a igualdade entre homens e mulheres, a eliminação de preconceitos de raça, gênero, classe social e outros. Algumas dessas determinações que fazem parte de nossa Constituição foram apresentadas por Bahá’u’lláh no século XIX. Ele propôs uma visão unificadora do

mundo como a solução para muitos dos problemas atuais da humanidade. Ele fez isso muito antes da criação das Nações Unidas, da União Europeia e de muitos outros mecanismos de integração global. Na realidade, seu objetivo era mais elevado que alianças políticas e comerciais. Ele vislumbrou a fraternidade de todas as religiões e grupos étnicos através da espiritualização do caráter humano.” Após o encerramento a representante da Comunidade Bahá’í no Brasil, Carolina Cavalcanti, declarou: “A atmosfera de reverência, o respeito pelo sagrado e a atenção unificada de todos os presentes nos impressionou profundamente. Muitos dos congressistas mencionaram o quão incomum era que representantes de partidos políticos tão divergentes estivessem em tal estado de concordância. Eles perceberam que os ensinamentos de Bahá’u’lláh se conectaram com suas próprias aspirações mais elevadas. Eles viram nesses princípios o que é importante para a promoção do bem-estar da humanidade.”

Músicos unidos em prol do Lar São Francisco

S

ensibilizados pelo atual quadro do Lar São Francisco de Assis, em Araruama, que atende 59 idosos, músicos se reuniram no dia 03/12 para ajudarem em arrecadações de materiais e alimentos não perecíveis para ajudar a instituição. O evento aconteceu no restaurante Angú do Fofão, na Vila Capri, e contou com a presença da banda Os Caravelhos, o músico Vitor Brício, o guitarrista Paulino J. e as cantoras Laís Alfradique, Nandah Carvalho e Regina Mota, que se solidarizaram e fizeram uma tarde musical com muito Rock and Roll, e que prendeu a atenção do público presente, arrancando aplausos calorosos. O Lar São Francisco de Assis, que fica localizado na Rua do Céu, sem número, próximo à Praça da Bandeira, passa por uma situação delicada, pela falta de recursos suficientes para a manutenção do espaço e o pagamento dos profissionais que ali atendem. A convocação para o evento realizado pelos músi-

A

Camilo Mota

A

Daumas Academia preparou um belíssimo espetáculo para o final de ano. Nos dias 15 e 16, às 20h e 17 às 17h, no Teatro Mario Lago, de Saquarema, apresentará “E elas, sereias, apareceram em Itaúna”, sob a coordenação de Ingrid Oliveira e direção de Rita Daumas. Serão cerca de 55 alunos a subirem no palco para apresentarem números de Baby Class, Pré-Balé, Clássico, Moderno, Jazz, Sapateado, com interseções dos bailarinos do Grupo Daumas mostrando as variações premiadas no exterior. Os formandos recebe-

cos era com o objetivo de arrecadação de alimentos não perecíveis, fraldas geriátricas e o pagamento, no caso de consumo no restaurante, de um couvert opcional no va-

lor de cinco reais. Gilmara Henriques Collaço, uma das colaboradoras, enfatizou: “Que a campanha não se concentre somente nas festas de final

de ano, mas que dure o ano todo, pois eles precisam de ajuda permanente. Os idosos precisam também de medicamentos e leite em pó.”

Ônibus Lilás esteve em Saquarema

tendendo a solicitação da deputada estadual Márcia Jeovani (DEM/ RJ), através do Movimento Articulado de Mulheres e Amigas de Saquarema – MAMAS, com apoio da Secretaria da Mulher de Saquarema, o Ônibus Lilás, da Subsecretaria de Políticas Para Mulheres do Estado do Rio, ligada à Secretaria Estadual de Assistência Social, Direitos Humanos e Habitação, esteve na Praça da Igreja Santo Antônio, de Bacaxá. O evento, que aconteceu dia 29/11, foi alusivo ao Dia Internacional Pela Eliminação da Violência Contra a Mulher, pelos 16 Dias de Ativismo, e aconteceu das 9h às 16h. No local teve atendimentos nas áreas psicológica, jurídica e so-

Daumas apresenta: “E elas, sereias, apareceram em Itaúna”

André Barbosa

rão diplomas, sendo eles: Bryan Catarino, com duas capacitações no Rio, Leiliane Figueiredo e Giovanna Liberato. Será a história de duas sereias e um príncipe, que apareceram em Itaúna e se encantaram com o local. O espetáculo, que tem duração de cerca de uma hora e meia, conta com músicas de MPB, de Bach, André Rieu, Circo de Soleil, Ernesto Nazareth e Villa Lobos, termina com um grande baile e um sarau. Os ingressos antecipados podem ser adquiridos pelo valor de R$20,00 (meia) e R$40,00 (inteira, na hora).

Alunos de artes expõem em São Pedro da Aldeia

A

Prefeitura de São Pedro da Aldeia está realizando a Mostra de Desenhos Artísticos “ApaixonART”, com obras confeccionadas pelos alunos da Escola de Artes Municipal. A exposição acontece na Casa dos Azulejos e ficará aberta para visitação gratuita até o dia 28 de dezembro. Estiveram presentes durante a abertura do evento o secretário de Educação, professor Walzi Sampaio, o subsecretário de Turismo, Luiz Carlos

Rocha e o artista plástico convidado, Flávio Rangel. Estão expostos trabalhos feitos pelos alunos de oito oficinas oferecidas pela Escola de Artes, sob orientação da instrutora de artes, Bete Costa, como desenvolvimento de expressão plástica, desenho e expressão de pintura artística. Obras dos artistas plásticos Carlos Diangelo, Edson Santos, Flávio Rangel e Bete Costa também fazem parte da exposição.

Assessoria Contábil Legalização de Empresas

cial. No espaço da beleza houve cortes de cabelo, manicure e desenho de sobrancelhas. A nutricionista Renata Alvarenga e a assistente social Joany Talon também se fizeram presentes.

A deputada Márcia Jeovani, que esteve no local, declarou: “Através desse projeto as mulheres vítimas de violência, que ainda têm receios de falar sobre o assunto, podem ter aces-

so aos profissionais de forma discreta e reservada. Elas precisam de ajuda e, muitas das vezes, não querem se expor nós órgãos de atendimento da própria cidade que moram.”

(22) 2653-3164 (22) 2653-3357 CRC RJ 001040/0-0

www.transitcontabilidade.com.br

Rua Alfredo Menezes, 200 - Sobrado - Bacaxá Saquarema-RJ


5

nº 258 - dezembro de 2017

SONETO

novos horizontes

Gerson Valle

Marcelo J. Fernandes Ao poeta Fernando Py

Fazia gosto aos deuses escrever soneto Na de-cadência ou fim da veia criativa, Procurando por técnica e com mãos na estiva O sentimento azul esclerosado em preto. Mesmo vindo de um deus, lá donde eu não me meto, Procuro compreender se está numa arte viva A razão imortal do verso que se priva Das muitas curvas líricas, num molde “stretto”. Talvez quisessem ser ainda a maravilha Esquecida por entre as glórias da ciência, Amortecida vida em paz do dia-a-dia... Talvez domar em síntese o verso que brilha, Escorrendo gorduras de sua demência. No soneto, exercita-se a poesia. Gerson Valle é poeta, mora em Petrópolis.

Poemínimos Sylvio Adalberto Um poema bom ou ruim é um machucado que não cicatriza. Não serve para nada, dói quando precisa.

DOS SENTIDOS Camilo Mota Antes de seu rosto surgir, (olhos brilhantes em fuga) era o toque um amigo infiel: mãos tateando o vazio ou nem isso. Deixei ao tato o privilégio de ver a forma oculta da luz na sombra. Era você nuvem, um canto esparso na treva, desejo ainda sem forma. Qual cego, inventei sentidos e tomei para mim o seu olhar: vi através do corpo as almas de todas mulheres. Eu, mulher envolta em sedas, ouvi o pranto, a dor, o gozo. Sorvi o hálito de antigas primaveras, lambi o seio, removi o medo. Meus ouvidos tocaram o infinito. Eram meus dedos roçando a pele, o suor farejado e faminto como a sede saciada do rio quando chega ao mar. Camilo Mota é poeta e psicanalista, membro titular da Academia Brasileira de Poesia e da Academia Araruamense de Letras.

Plutão, fronteira final. após nove invernos, a sonda se acerca, ronda, acerta a rota quase risca faz fotos em hd (para completar o álbum) revela os matizes despe o astro eremita, espetaculariza o paradoxo: Hades e seus asseclas - Caronte, Nix, Estige, Cérbero e Hidra – são pedras de gelo. a matriz finca virtuais bandeiras delimita as cercas novas canta as bravatas de posses sem despojos ou fuzis. e nós, pelos ecrãs sem fios, anões de afãs, estamos cada vez mais longes e frios.

RÉQUIEM Marco Aurêh Quando eu morrer, Cantem, cantem e toquem. Relembrem as canções mais alegres que compus. Quando eu morrer, Cantem, cantem e brinquem. Relembrem os meus melhores momentos em vida. Quando eu morrer, Cantem, porque este estado foi a tônica da minha existência e o canto será eterno e eu passarei. Quando eu morrer, Cantem, porque o canto ficará suspenso e a alma idem. Quando eu morrer, Cantem, Pois a música há de manter a sua invisível e poderosa força, linguagem incomparável, oração mais perfeita, medida exata do que foi mais valioso em mim.

Marcelo J. Fernandes é doutor em Letras, membro do conselho editorial do Jornal Poiésis, e membro titular da Marco Aurêh é músico e compositor, Academia Brasileira de Poesia. mora em Petrópolis.

Sylvio Adalberto é membro da Academia Brasileira de Poesia.

UMA “DICÇÃO” TEATRAL NAS NARRATIVAS DE GRACILIANO RAMOS Gerson Valle

G

raciliano Ramos teve seu primeiro livro publicado, o romance “Caetés”, quando já contava 41 anos de idade. Mesmo assim por conta de fatos casuais. Foi comerciante, com um armazém na cidade de Palmeira dos Índios, em Alagoas, ao mesmo tempo em que dava aula de português e lia muito. Seu negócio prosperava, mostrando uma capacidade de administrador maior que os outros comerciantes do local, com preços acessíveis e muita honestidade em tudo. Estas circunstâncias fizeram com que fosse convidado a se candidatar a prefeito da cidade. Após recusar, acabou aceitando, e, sem fazer campanha, ganhou a eleição. Como prefeito criou leis novas e rigorosas quanto à saúde, higiene e educação, sobretudo, fazendo cumprir as multas a quem as desobedecia. Escreveu um Relatório de sua gestão ao governador que chegou a ser publicado em jornal como peça de uma honesta e profícua política e até como curiosidade literária dentro de uma burocrática prestação de contas! Sim, um Relatório tão bem escrito que chegou a ser levado ao Rio de Janeiro como curiosidade, e o poeta e editor Augusto Frederico Schmidt ao lê-lo, calculou: um cara que escreve assim sem dúvida deve ter um romance na gaveta. Mandou-lhe uma carta. E não deu outra. Graciliano há anos, com sua escrita lenta e atenta, que mais cortava que escrevia, não admitindo redundâncias e gorduras no texto, estava preparando um romance, após ter destruído muitos outros escritos, por nunca estar satisfeito, desejando sempre aperfeiçoar tudo que o envolvia. Como acentuou Aurélio Buarque de Hollanda: ele “escreve como quem passa telegrama, pagando caro por palavra.” “Caetés” é publicado em 1933, quando já pedira demissão como prefeito e se mu-

dara para Maceió tendo sido nomeado Diretor da Instrução Pública de Alagoas. Após o relativo êxito nos meios literários, a Editora Ariel, do Rio de Janeiro, em 1934, publica seu segundo romance, “São Bernardo”. Se o primeiro foi o início de sua obra, ainda com muita influência de Eça de Queiroz (ele dizia que Eça era um de seus deuses, e que leu umas dez vezes “Os Maias”), e, de acordo com crítica da época, com tantos diálogos que mais parece uma peça teatral, o segundo já é inteiramente maduro, criando, inclusive, um personagem, Paulo Honório, que possui das mais bem acabadas análises psicológicas de nossa Literatura. Aliás, de certa forma, ele continua, com sua narrativa em primeira pessoa, certo alinhamento com o João Valério de “Caetés” e com o posterior Luiz da Silva de “Angústia”, que será publicado pela José Olympio em 1936, quando Graciliano se encontrava preso no Rio de Janeiro. Estes três romances são narrados na primeira pessoa por tais personagens que, sem serem propriamente “alter-egos” de Graciliano Ramos, tendo características de formação intelectual diferentes dele, e até de posições incômodas como de assassinos, têm, no entanto, uma percepção individual com uma objetividade e maneira seca de expressar-se e pessimismo que revelam algum parentesco com o autor. É pessimista, sim, mas num sentido de querer expressar a realidade do mundo dentro dos egoísmos e atitudes defensivas ante as dificuldades sociais. Porém, nunca sob o ponto de vista de um reformador social, como eram os escritores comunistas, como Jorge Amado de então. A questão social só vai aparecer mais nitidamente em seu quarto romance, “Vidas secas”, que não é escrito em primeira pessoa, mas que mesmo assim, o analfabeto e

bronco Fabiano também retrata algo dele, como poderia ser se não fosse um cara instruído. A análise psicológica, partindo de sua própria reflexão sobre si mesmo, permanece sempre. E o analista psicológico, de certa forma, guarda parentesco com Dostoiévski, que admirava. É curioso que numa carta à sua mulher Heloísa aponta um crítico que o chama de “Dostoiévski dos trópicos” porque ambos “empreendiam um mergulho nas profundezas mais escuras da alma humana”, ao que rebate numa ironia típica dele, e na sua expressividade regional: “Uma espécie de Dostoiévski cambembe, está ouvindo?” Esta maneira de escrever que transparece na frase de uma carta, tão coloquial, com um “está ouvindo?” no final e a gíria “cambembe”, me lembra uma forma de expressão teatral conhecida. Sempre me pareceu isto nas descrições e, sobretudo, diálogos de Graciliano Ramos. É verdade que seus romances não visam o teatro, mas têm uma naturalidade no fraseado que me soam como personagens se comunicando no palco. E, aliás, já há em seu admirado Dostoiévski um enfoque cênico na narrativa que muito lembra o teatro, e que ele também adota, e que, curiosamente, aparece também em Eça de Queiroz

nas descrições de reuniões sociais com os vários personagens dialogando. Numa outra carta para a sua mulher Heloísa, Graciliano conta que após escrever “em português” aprontando todo o romance “São Bernardo” ele estava “traduzindo-o” para “um brasileiro encrencado, muito diferente desse que aparece nos livros da gente da cidade, um brasileiro de matuto, com uma grande quantidade de expressões inéditas, belezas que eu mesmo nem suspeitava existissem”. E cita tipos populares que conheciam: “O velho Sebastião, Otavio e José Leite me servem de dicionários.” O que faz lembrar Manuel Bandeira na “Evocação do Recife” ao referir-se à maneira errada do povo expressar-se ser na verdade certa, não macaqueando a sintaxe lusa. O crítico Osman Lins observou que Graciliano conseguiu “imitar a escrita possível de um homem inculto e ríspido” como é o personagem narrador Paulo Honório. Mas, não me parece ser só isto. O próprio Graciliano Ramos, a despeito de sua erudição e rigorosa correção gramatical, expressava-se coloquialmente em cartas e em conversas, dizendo muitos palavrões e usando de sua objetividade nas frases curtas. Isto não é apenas resultado de uma lin-

guagem regionalista, como se caracterizaram os romances desta tendência. Há aí um senso teatral na formação de diálogos que era novo. E aqui eu lembro que o teatro brasileiro de então era composto de diálogos com frases estruturadas na língua portuguesa clássica. Os atores até tendiam à pronúncia dos erres como se falam em Portugal e não no Brasil, e os textos continham colocações pronominais seguindo regras que na prática os brasileiros já não usavam. Quem revolucionou o teatro brasileiro, não só abrasileirando a fala, mas sabendo refletir nelas o coloquialismo das frases reticentes, onde se dão a entender coisas sem as nominar expressamente, frases cortadas, curtas, como de fato as pessoas falam, foi Nelson Rodrigues. E, de repente, assistindo ao filme “São Bernardo”, de Leon Hirzsmann, onde todas as narrativas de Paulo Honório e diálogos do romance são teatralizados pelas cenas de cinema, obedecendo rigorosamente o texto de Graciliano, percebo que aquela impressão que sempre me deu a sua escrita de ter alguma semelhança que eu não identificava, me vem clara: é uma antecipação do revolucionário diálogo do teatro de Nelson Rodrigues! Não é só o uso de gírias e de expressões

populares, refletindo, evidentemente o bom senso popular, é também certos vícios de linguagem como o da carta que citei, que após o enunciado vem um “está ouvindo?” ou um “você não sabe?”, ou “não é verdade?” A fala teatral do Nelson Rodrigues, que, curiosamente, era pernambucano, é tipicamente carioca. A de Graciliano Ramos é nordestina, alagoana de certo. Mas, em ambos há uma “brasilidade” e um senso de modernidade iguais. Acredito mesmo que Nelson tenha absorvido esta forma de escrever os diálogos ao ler Graciliano Ramos, e aí observo a coincidência, inclusive, dos dois autores que mais influenciaram Nelson Rodrigues terem sido Eça de Queiroz e Dostoiévski, os mesmos da admiração do Velho Graça. Dostoiévski que o Nelson sempre citava e dizia de sua admiração. Mas, Eça aparece muito mais em sua escrita, não o citando diretamente, mas quase que copiando seu estilo. Afinal, as caricaturas dos personagens, as graças, as tiradas, tudo lembra Eça com sotaque brasileiro. Assim como ele não precisou dizer que admirava Eça para que isto seja percebido, acredito também que Graciliano foi-lhe uma influência não declarada. No primeiro capítulo de “São Bernardo” o personagem narrador explica que, não tendo habilidade com a escrita contratara um jornalista, Gondim, para escrever o que ele narraria. Diante dos primeiros resultados, revolta-se: “- Vá para o inferno, Gondim. Você acanalhou o troço. Está pernóstico, está safado, está idiota. Há lá ninguém que fale dessa forma!” Não há aí uma “dicção” teatral, lembrando Nelson Rodrigues?

Gerson Valle é escritor e poeta, membro titular da Academia Brasileira de Poesia, e presidente da Academia Petropolitana de Letras.


8

nº 258 - dezembro de 2017

Jovem bailarina de Saquarema segue carreira no Rio Divulgação

Ó Amigos! Não abandoneis a beleza eterna por uma beleza fadada a perecer, e não vos afeiçoeis a este mundo mortal de pó. Bahá'u'lláh (1817-1892)

Conheça a Fé Bahá’í: www.bahai.org.br

J

úlia Garrido, de apenas 9 anos, é uma bailarina saquaremense que já faz sucesso no Rio de Janeiro. Ex-aluna da Daumas Academia, de Itaúna, ela se apresentou no espetáculo de fim de ano “Emília e Monteiro Lobato”, pelo Centro Dança Rio - CDRIO(foto). Nos dias 10 e 13/12 a pequena bailarina irá se apresentar pela Escola de Dança

Maria Olenewa, no Theatro Municipal do Rio, com o espetáculo “Hoje tem marmelada”. Júlia é concursada nesta companhia, e bolsista na CDRIO. Apesar da pouca idade ela é dedicada, determinada, treina diariamente e praticamente o dia todo. Como afirma a mãe Juliana Garrido: “Júlia teve um resultado que não era es-

Curta uma vida alegre e saudável!!! A partir dos 2 anos e meio, até onde sua mente comandar seu corpo. Homens e mulheres, sintam-se vivos! Baby Class * Pré-Ballet * Ballet Clássico Jazz Dance * Dança Moderna * Sapateado Dança de Salão * Alongamento Av. Vilamar, 276 B - Itaúna - Saquarema - (22)2655-3654 www.grupodaumas.wix.com/daed

perado, por vir de cidade do interior e no Rio é tudo muito evoluído. Ela já ganhou o primeiro lugar em vários concursos”. “O balé está na vida dela acima de qualquer coisa”, diz Juliana, com orgulho. “A minha vida está perfeita. Estou realizando o meu sonho, que é dançar no Theatro Municipal”, revela Júlia Garrido.

Destake Escola Técnica

CURSOS TÉCNICOS Enfermagem - Massoterapia - Radiologia Médica CURSOS DE QUALIFICAÇÃO Imobilização Ortopédica - Hemodiálise - Cuidador de Idosos Socorrista Pré Hospitalar - Primeiros Socorros Pediátrico Segurança do Paciente - Secretária para Consultório Médico

O seu futuro começa aqui!

ARARUAMA: Av. Nilo Peçanha, 318 - Centro - ( (22) 2665-0421 destake-araruama@hotmail.com


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.