Poiesis 257

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Regina Mota

Divulgação

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Menescal e Abel Silva se apresentam em Cabo Frio

ENAARTE faz tributo a Tom e Vinícius

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Ano XXIV- nº 257 - Saquarema, Araruama e Região dos Lagos - novembro de 2017

Escolas em tempo integral

Talento jovem no jiu jitsu Regina Mota

Por solicitação da deputada Marcia Jeovani, escolas da rede estadual de ensino de Araruama, Cabo Frio e Iguaba Grande passarão a funcionar em regime de tempo integral. Confira as unidades beneficiadas. Página 3.

AARALETRAS recebe novos acadêmicos Página 3

Julia Bandeira Ayres Sant’Anna, de apenas 9 anos, já conquistou títulos estaduais, nacionais e internacionais. Página 6. Regina Mota

Saquarema realiza feira cultural Arquivo/Jornal Poiésis

Elas viveram na ditadura

Por iniciativa da professora de História Lourdes Belchior, alunos do ensino médio do Centro Educacional Margarida, em Araruama, receberam em sala de aula a visita de três mulheres que viveram de perto a realidade do período da ditadura militar. Os depoimentos contribuíram para a construção do conhecimento e da consciência histórica, ampliando as possibilidades de estudo a partir de fontes orais. De acordo com a professora, a história é feita não somente a partir da ação de “grandes homens”, mas também de pessoas comuns, gente como a gente. Página 3.

Nos dias 17 e 18 de novembro, a Prefeitura de Saquarema realiza a 9ª edição da Feira Cultural, que reúne este ano apresentações artísticas da cidade e da região, numa grande mostra ao ar livre. O evento contará ainda com oficinas, apresentações de cultura popular, feira de produtos orgânicos, e muito mais. Página 3. Entre as expressões da cultura popular está a tradicional Folia da Bandeira do Divino Espírito Santo

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nº 257 - novembro de 2017

Roberto Menescal e Abel Silva fazem show em Cabo Frio

Traduzindo Jacinto Benavente Rodrigo Conçole Lage*

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acinto Benavente y Martínez, prêmio Nobel de Literatura de 1922, nasceu em Madrid, na Espanha, no dia 12 de agosto de 1866. Apesar de ser comumente conhecido como dramaturgo foi também roteirista, diretor, ator, cronista, contista e poeta. Estudou direito na Universidad Central de Madrid. Mas, com a morte de seu pai em 1855, o pediatra Mariano Benavente, ele recebeu uma grande herança e decidiu abandonar os estudos para se dedicar a literatura. Seu primeiro livro foi a coletânea de peças intitulada “Teatro fantástico”, publicada em 1892, que se tornou um marco da dramaturgia espanhola do século XX. Contudo, a primeira encenação de uma de suas obras, “El nido ajeno”, ocorreu somente em 1894, tendo sido um fracasso. Mesmo assim Benavente não desistiu e continuou a investir no teatro. Isso o levou a fundar, em 1899, em Madrid, o “Teatro Artístico”. Fugindo dos interesses meramente comerciais ele pretendia se dedicar a uma dramaturgia artisticamente relevante. Mais tarde, com o surgimento do cinematógrafo, resolveu se dedicar também ao cinema e em 1911 dirigiu uma adaptação de sua peça “Los intereses creados”. Sua fama foi crescendo ao longo do tempo e, em 1922, excursionou pelos Estados Unidos, dirigindo uma companhia de teatro e pronunciando algumas conferências. Foi no meio dessa viagem que foi informado de que havia ganhado o prêmio Nobel de Literatura. Apesar de todo o sucesso, com o surgimento dos movimentos de vanguarda, na segunda metade do século XX, ele foi muito atacado pelos novos dramaturgos por ser o representante máximo de uma dramaturgia que eles consideravam

Jacinto Benavente y Martínez, prêmio Nobel de Literatura de 1922

ultrapassada. Jacinto Benavente faleceu no dia 14 de julho de 1954. Durante meio século Benavente foi o grande nome do teatro espanhol e, mesmo estando um tanto esquecido, é considerado um dos mais importantes dramaturgos espanhóis do século XX. Sua produção é imensa e suas mais de 170 peças estão distribuídas em 38 volumes intitulados “Teatro”. Publicou também “Villanos” e “Figulinas”, duas coletâneas de peças curtas (que não foram incluídas nos 38 volumes do “Teatro”) e contos. Suas crônicas estão reunidas em cinco volumes intitulados “De sobremesa” e no “Crónicas y diálogos”. Temos também dois volumes de cartas fictícias, intitulados “Cartas de mujeres”. Assim como a coletânea de textos intitulada “Acotaciones” e a “Conferencias”. Seus poemas foram reunidos no volume intitulado “Versos”, sendo que alguns poemas inéditos foram lançados posteriormente na edição das “Obras completas”. Infelizmente, nenhum desses livros foi publicado no Brasil. Sua obra se destaca não só pela diversidade, mas também pela grande quantidade de livros. No Brasil, as únicas peças que haviam sido traduzidas eram “Os interesses criados” e “Rosas de Outono”. Devido ao meu interesse pela obra do Benavente, decidi dar inicio a um projeto de tradução de suas peças e passei a publi-

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car essas traduções em revistas acadêmicas eletrônicas. Publiquei inicialmente, em 2015, no n. 23 da revista dEsEnrEdoS, a tradução de “O criado de Don Juan” e no n. 24, a do monólogo “Conto imoral”. Em 2016, no n. 21 do jornal Qorpus publiquei o artigo “Uma crítica a visão burguesa da caridade: Estudo do monólogo “Caridad” de Jacinto Benavente” e a tradução da respectiva peça. No n. 22, do mesmo jornal, saiu a do monólogo “Por que Juan se afastou da bebida”. Neste mesmo ano, no número 25 da dEsEnrEdoS, publiquei a da “Não fumantes”. Por fim, em 2017, no n. 26 da dEsEnrEdoS, foi publicada a da peça “Do alívio” e, no n. 27 desta revista, saiu a da “Despedida cruel”. Com essas sete peças, passamos a ter no Brasil um total de nove traduções, número que deve aumentar até o ano que vem. Como as editoras não tem interesse em publicar muitos autores, nós temos as revistas eletrônicas como um importante meio de divulgação e que deveria ser mais bem aproveitado por aqueles dispostos a traduzi-los. A tradução é um dos muitos instrumentos de difusão da cultura, sendo de fundamental importância num país como o nosso, no qual a maior parte das pessoas não tem o domínio de um segundo idioma. *Professor de História de Itaperuna-RJ ASSISTÊNCIA MÉDICA ALBUQUERQUE MAGIOLI

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co, arranjador, produtor, um dos pilares da bossa nova e parceiro em clássicos como “O barquinho”, “Ah, se eu pudesse”, “Errinho à toa”, “Nós e o mar”, “Rio”, “Você” e “Vagamente”. Tem em seu currículo aulas de teoria, harmonia e contraponto com os maestros Guerra Peixe e Moacir Santos. Desde o primeiro encontro dos parceiros até hoje, já fizeram mais de 20 músicas juntos. [Fonte: PMCF]

Regina Mota

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Encontro dos Amigos da Arte – ENAARTE vem com sabor especial em novembro. As músicas de Tom Jobim e Vinícius de Moraes serão a tônica do evento realizado pela professora Jane Pessanha no Espaço Multicultural Gene Insanno, em Araruama. O sarau musical conta

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os parceiros mais constantes nomes como Sueli Costa, Fagner, João Donato, Dominguinhos, João Bosco, Moraes Moreira, Fagner e o próprio Menescal. “A primeira melodia que recebi de Menescal foi logo gravada por Nara Leão, e assim, Nara se transformou na querida madrinha de nosso trabalho e da amizade fraterna que nos une”, contou Roberto Menescal é músi-

Enaarte celebra dia da música com homenagem a Tom e Vinícius

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abo Frio vai receber no dia 15 de novembro, às 20h, dois grandes ícones da música brasileira: Roberto Menescal e Abel Silva. Os músicos vão lançar o álbum “O encontro inédito” no Largo São Benedito, no bairro Passagem. O CD reúne dez canções compostas em épocas diferentes e com sonoridades variadas e marca os 80 anos de vida de Menescal. O show é um presente do músico cabo-friense Abel Silva para a cidade, e não terá custo para os cofres públicos. A Secretaria de Cultura dará apoio com estrutura de som, palco e banheiros químicos. A primeira parceria entre Abel e Menescal foi há dez anos com a produção do álbum “Transparências”. Abel Silva é escritor e letrista de mão cheia, que tem entre

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com participação de crianças, jovens e adultos de todas as idades, tendo como objetivo difundir a cultura por meio de apresentações informais e descontraídas. A entrada é franca, mas os participantes podem contribuir com doação de material de higiene e limpeza para manutenção do espaço.

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ENAARTE – Tributo a Tom Jobim e Vinícius de Moraes Dia 22 de novembro às 17 horas Espaço Gene Insanno Rua Coronel Doring, 71 Centro Araruama (rua ao lado da Baterama) Entrada franca

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EXPEDIENTE O Jornal Poiésis - Literatura, Pensamento & Arte é uma publicação da Mota e Marin Editora e Comunicação Ltda, CNPJ 07.546.414/0001-60. Editor: Camilo Mota. Diretora Comercial: Regina Mota. Conselho Editorial: Camilo Mota, Regina Mota, Fernando Py, Sylvio Adalberto, Gerson Valle, Marcelo J. Fernandes, Marco Aureh, Francisco Pontes de Miranda Ferreira, Charles O. Soares. Jornalista Responsável: Francisco Pontes de Miranda Ferreira, Reg. Prof. 18.152 MTb.

Av. John Kennedy, 121 sala 13 - Centro - Araruama-RJ CEP 28970-000 ( (22) 98818-6164 ( (22) 99982-4039 E-mail: jornalpoiesis@gmail.com Site: www.jornalpoiesis.com.br. Facebook: www.facebook.com/jornalpoiesis. Edição digital: www.issuu.com/jornalpoiesis Distribuição dirigida em: Saquarema, Araruama, São Pedro da Aldeia, Iguaba Grande, Cabo Frio, Arraial do Cabo e Petrópolis. Fotolito e Impressão: Editora Esquema Ltda.

Colaborações devem ser enviadas preferencialmente digitalizadas, espaço simples, fonte Times New Roman ou Arial, corpo 12, com dados sobre vida e obra do autor. Os originais serão avaliados pelo conselho editorial e não serão devolvidos. Colaborações enviadas por e-mail devem ser anexadas como arquivo .doc ou .docx. Os textos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Jornal Poiésis.


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Memórias da ditadura em sala de aula

paixonada por História, a professora Lourdes Belchior levou para a sala de aula três pessoas que vivenciaram a época da Ditadura no Brasil, mostrando o verdadeiro lado da época que alguns sentiram na pele enquanto outros só a viram passar. Foi em outubro que alunos da Escola CEM – Centro Educacional Margarida, de Araruama, receberam Terezinha Almeida de Mendonça, Edith de Souza Freitas e Geiza da Penha Souza e Silva, que contaram suas trajetórias durante o regime da Ditadura. A primeira a

falar foi Terezinha, que citou Lamarca, John Kennedy e Darcy Ribeiro, da qual foi aluna. Lurdinha, como é conhecida a professora, fala da sua paixão, principalmente pela História Cultural. “Através dela percebemos que essa disciplina não é construída somente por meio de grandes nomes e acontecimentos, ela é feita a partir das ações de homens de diferentes épocas, com aspirações e sentimentos”, disse. “O fazer história, para o historiador – continuou - é manter contato com o passado através de fontes deixadas e

produzidas por pessoas como a gente. É descobrir grandes histórias, em pequenos relatos. Por essa razão, o encontro entre alunos do Ensino Médio com idosas que vivenciaram o Regime Militar foi tão importante. Como costuma dizer minha orientadora de mestrado, Mary Del Priore: Não há limites para conhecer ou fazer história”, disse. “O CEM é uma escola que busca trabalhar os conteúdos dados, fazendo com isso que a aprendizagem se torne mais lúdica”, disse a diretora Claudia Chagas.

AARALETRAS dá posse a novos acadêmicos Camilo Mota

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Academia Araruamense de Letras realiza no dia 11 de novembro a cerimônia de posse de seis novos acadêmicos e um membro benemérito, no auditório da Universidade Candido Mendes, em Araruama. Fundada em 2015, a entidade é formada por escritores, professores, poetas, jornalistas, pessoas que se dedicam a criar através da

palavra e da ação as condições necessárias para a construção de uma sociedade mais humana e fraterna, contribuindo também para o desenvolvimento sócio-cultural do município e da Região dos Lagos. Presidida pelo Dr. Cid Magioli, a AARALETRAS conta em seu quadro acadêmico com Geraldo Chacon, Jorge Luiz da Costa, Camilo Mota, Manoel de Santa Maria, Jane

Pessanha, Hilton Nascimento, José Hélito Marins, Ricardo Adriano e Chico Peres. A partir deste mês, passam a integrar a academia Francisco Pereira Quintanilha, Joany Talon, Regina Edwirges Camargo Marin Mota, Katia Regina Martins de Souza Lima, Wilson Dimani Guimarães Ronald da Silva Rezende. Também tomará posse como membro benemérito o sr. Cid Magioli, pai.

Regina Mota

Interior do Estado recebe escolas em tempo integral Divulgação

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olíticas públicas para educação geralmente são objeto de muita discussão até sua implementação, mas se há um consenso nesses temas, com certeza é sobre a importância do ensino em regime de tempo integral. A deputada estadual Marcia Jeovani (DEM), educadora por formação, tem defendido essa ideia ao longo de todo seu mandato e até mesmo antes de ser eleita. Em junho, a deputada estadual Marcia Jeovani esteve em reunião com o secretário estadual de Educação, Wagner Victer, quando reforçou o pedido pela implantação do ensino integral e profissionalizante em diversas cidades, o qual já havia sido feito através de ofícios previamente enviados. Na ocasião, o secretário reafirmou a relevância das informações adicionadas pela parlamentar e ainda assegurou a viabilidade. Dentre as cidades contempladas com essas escolas, estão algumas que tiveram pedido feito pela parlamen-

O secretário estadual de Educação, Wagner Victer, e a deputada estadual Marcia Jeovani

tar, dentre elas: – Araruama – Ciep 148 – Professor Carlos Élio Vogas da Silva (Parque Mataruna) – Araruama – Ciep 384 – Gonçalves Dias (Distrito de São Vicente de Paulo) – Cabo Frio – Colégio Estadual Miguel Couto (Centro) – Iguaba Grande – Ciep 457 – Doutor José Elias Mello dos Santos (Centro) – Miracema – Colégio Estadual Deodato Linhares (Centro)

– Carmo – Ciep 280 – Professor Vasco Fernandes da Silva Porto (Ulisses Lengruber) A deputada estadual Marcia Jeovani comemorou essa conquista: “Atuei como professora em escola estadual durante muito tempo e me enche de orgulho saber que continuo, de alguma maneira, contribuindo pra fortalecer a Educação, pois acredito ser esse o principal caminho para um Estado e um país melhor”.

Saquarema realiza 9ª Feira Cultural

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contecerá nos dias 17 e 18/11, a partir das 14h, a 9ª edição da Feira Cultural de Saquarema, que esse ano acontecerá na Praça do Bem Estar, ao lado do Clube Saquarema, com a presença de vários artistas, escritores, artesãos e pessoas ligadas à agricultura, numa realização da Prefeitura Municipal, por intermédio da Secretaria de Educação e Cultura, com a organização da Subsecretaria de Cultura. Todas as expressões e segmentos da cultura deverão participar como a Literatura, cuja abrigará os poetas e escritores da cidade e da região, com alguns lançamentos de livros e rodas de conversa. Já está confirmada a presença de

literatos da Academia Araruamense de Letras. A diversidade cultural será a marca do evento, que contará com uma programação bastante extensa, com teatro, fanfarras, oficinas, circo, exposições, cultura popular como capoeira, carnaval, dança, Folia de Reis e do Divino, além do artesanato local, mostra de vídeos, contação de estórias, feira da agricultura familiar e orgânica, gastronomia local, entre outras atrações especiais. Durante o evento haverá comemoração pelos trinta anos da Quadrilha Asa Branca, de Sampaio Correia, aos vinte anos do Sambaqui da Beirada, aos oitenta e quatro anos do roqueiro Serguei, aos 27

anos do Teatro Mario Lago e o Dia da Consciência Negra, comemorado em 20 de novembro. Na ocasião haverá também o cadastramento dos artistas da cidade com suas respectivas especialidades. A proposta é resgatar a cultura do município e incentivar os novos talentos, estimulando a interação entre os artistas dos diversos segmentos que estarão presentes. Na pauta da tenda da Cultura, haverá também um bate papo sobre o Sistema Municipal de Cultura, uma nova política pública para o setor. Com isso, o encontro dará espaço para as várias expressões culturais contemporâneas, com o que há de tradicional na cidade.

Arquivo/Jornal Poiésis

Diversidade cultural, talentos locais, produtos orgânicos: a feira acontecerá de 14h até meia noite

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nº 257 - novembro de 2017

Bailarinos de Saquarema fazem sucesso no Uruguai

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s bailarinos da Daumas Academia trouxeram troféus e medalhas ao participarem do Montevideo em Danza Gran Interamericano – CIAD, realizado dia 15 de outubro no Teatro de La Torre de Comunicaciones ANTEL, no Uruguai. Um dos destaques foi a apresentação do ballet teatro intitulado “Família”, com poesia de Camilo Mota, membro da Academia Araruamense de Letras e editor do Jornal Poiésis. Eles também apresentaram as seguintes categorias: ballet moderno, teatro, jazz lírico, contemporâneo, sapateado, dança livre, clássico de repertório e clássico livre. Orgulhosa pelo brilho dos seus alunos e por mais essa conquista em terras estran-

geiras, Rita Daumas, diretora da Daumas Academia declara: “Levamos 25 trabalhos e fomos agraciados em todos com primeiro e segundo lugares. Recebemos ainda prêmio revelação masculina infantil com o bailarino de 10 anos, Raphael Dantas, e prêmio revelação masculina bailarino com 18 anos, para Vitor Freitas.” A equipe de professores bailarinos, repetiteur e coreógrafos que participou do evento foi formada por Ingrid Oliveira, que também é coordenadora, e Brayen Catharino; professores e coreógrafos: Felipe Coutinho e Vitor Freitas. Além dos bailarinos: Raphael Dantas, Giovanna Liberato, Nicole Soares, Natália Vaz, Paula Ferreira e Maria Eduarda Schuller e da assistente Katia Alpin.

Amigo Walmir apresenta projeto para beneficiar portadores de Psoríase

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vereador Amigo Walmir apresentou um projeto de Lei no dia 24/10 que cria no âmbito do município de Araruama a Rede de Atenção às Pessoas com Psoríase, com o objetivo de fortalecer o cuidado integral às pessoas portadoras da doença, que sofrem por desconhecer o tratamento e também com o preconceito daqueles que os cercam. O vereador se preocupa também com a efetivação de modelo de atenção no caráter multiprofissional, centrado exclusivamente no usuário e baseando-se em suas necessidades de saúde. A Rede, de acordo com o projeto de Lei, deverá contar com o auxílio da Secretaria Municipal de Saúde, que promoverá por meio de atividades, a aquisição de conhecimentos e o desenvolvimento de habilidades das equipes da área de saúde, informações aos cidadãos sobre a prevenção de novas crises para pessoas que

Destake oferece curso de Socorrista

Regina Mota

Camilo Mota

já possuem a doença e especialmente o trato no aspecto psicológico de cada paciente. Acontecerão também campanhas educativas, palestras, debates, cujo objetivo será de informar tudo sobre a doença. Segundo a justificativa, a Psoríase, de acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, é uma doença in-

flamatória, não contagiosa, que causa lesões e manchas na pele em até 3% da população mundial. Não há cura, mas com o tratamento correto com cremes, loções e medicamentos é possível obter melhoras no quadro clínico, diminuindo desconfortos e constrangimentos no dia a dia.

Policlínica é inaugurada no bairro Mutirão Divulgação / Aline Souza

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om o objetivo de formar profissionais competentes na área da saúde, mais especificamente no socorro a vítimas de acidentes, a Escola Técnica Destake agora conta também com o Curso de Formação de Socorrista. A duração será de três meses e inclui apostila e certificado, com aulas teóricas, prática, workshop e simulados, além de áudios-visuais. Dentro do conteúdo pro-

Seminário debate empoderamento da mulher

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Prefeitura de Araruama inuaugurou no dia 30/10 as instalações da Policlínica da Família Vilmar José Dias de Oliveira, no bairro Mutirão. A unidade de saúde atenderá as comunidades dos bairros Mataruna, Jardim

São Paulo e Mutirão. O espaço conta com salas de curativos, vacinação, puericultura e atendimento à mulher. A policlínica oferece atendimento com médico da família, cardiologista, nutricionista e fisioterapia,

além de assistente social. De acordo com a prefeita Lívia de Chiquinho, os moradores poderão fazer agendamento de consultas com especialistas diretamente na policlínica para serem atendidos no PAM.

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uma iniciativa da ITA Mulher, a Casa da Mulher Itaperunense, acontecerá no dia 24 de novembro em Itaperuna o I Seminário Regional do Noroeste Fluminense MULHER, Diálogos Sobre Políticas Públicas, Proteção e Empoderamento, no Ilha Cysne Clube, de 8h às 13h. Com palestrantes de alto gabarito, a programação será bem diversificada, como a Terapia Ocupacional como ferramenta no empoderamento feminino, Lei Maria da Penha, Dossiê Mulher, entre outros. O Movimento Articulado de Mulheres e Amigas de Saquarema estará presente.

gramático estão: perfil do socorrista, cinemática do trauma, avaliação da vítima, precauções universais, abordagem politraumatizado, parada cardio respiratória, ressuscitação cardio pulmonar, queimaduras, entre outros. O curso está sendo ministrado por César Henrique Reis Ferreira, diretor operacional do GSAR – Grupamento Socorro e Apoio ao Resgate, de associação filantrópica e sem fins lucrativos,

que dá apoio aos Bombeiros e ao Samú, e tem sede em Maricá. César também é proprietário e diretor da C.H & P.H Life Treinamento e Capacitação. O GSAR atende também em Inoã e Itaipuaçú. As aulas acontecem todos os sábados, das 13h30 às 16h. A Escola Técnica Destake é localizada na Avenida Nilo Peçanha,318, centro de Araruama. Telefones: (22) 2665-0421 ou (22)99740.4562.


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nº 257 - novembro de 2017

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Tributo a Pedro Lyra (1945-2017)

m um sábado antigo, liguei para o Pedro Lyra: Pedro, quer participar de uma mesa redonda sobre Drummond, na UCP? (Universidade Católica de Petrópolis). “Quem vai?”. Foi seco e direto. Retruquei: Eu, Gerson Valle, Fernando Py e Marcelo Fernandes. Disse apenas: “Vou, mas se for pra ficar na sua casa e tiver cerveja!”. Nas quatro vezes que veio a Petrópolis foi assim. A derradeira foi em março passado, por ocasião do lançamento de seu último livro “A Construção do poema: Crítica Genética de 8 sonetos de Pero Lyra”, organizado por Clesiane BIndaco Benevenuti, Eleonora Campos e Ingrid Ribeiro. Pedro Lyra, poeta antenado na angústia crescente do seu tempo, nos seus “Poemythos globais” dissecou as vicissitudes contemporâneas. Seu grito de alerta vai se perpetuar através do legado de uma obra poética vasta, pensada, sentida, consciente. Poeta de sensibilidade clássica, de inspiração social e política, mas sobretudo do amor e da sensualidade. Versátil, renovador, criativo, adjetivos encontrados com frequência em sua impressionante e ímpar fortuna crítica. Dentre os inúmeros elogios de críticos consagrados, destaco dois. De Fernando Py: “Na síntese Pedro Lyra analisa a falência de todo um processo civilizatório da humanidade, desde os tempos do homem das cavernas”; e de Wilson Martins: “Na temática, ele renova a poesia amorosa, desmitifica a sentimental, e, na técnica, reestrutura o soneto clássico sem destruí-lo. A reflexão filosófica ou humanística condiciona-lhe a forma de ver o mundo e os seus enigmas”. (Sylvio Adalberto)

O QUE BASTA São dois pilares: se de passagem estamos e se vamos sumir, é desfrutar de tudo (da maneira como frustre) a contornar o nada (que a eternidade é muito fluida).

UNS HOMENS Está prescrito o destino desses humanos robôs: a juventude em prazer,

Tirando os astros, o céu é vazio.

a madureza em negócios,

E tudo é eterno, exceto o amor.

a velhice em solidão.

LYRA, Pedro. Argumento, poemythos globais. Rio de Janeiro: Ibis Libris, 2006)

E a vida inteira apagagada na morte.

IDEOLOGEMA - VI Que qualquer um desses politicoides endosse as seitas da corrupção, entende-se. É próprio da sua condição, do seu caráter. Mas, um intelectual?

O FATO

Morreram como se não nasceram. E nem a descendência saberá quem foram eles. LYRA, Pedro. Protesto: estados do ser. Rio de Janeiro: Ibis Libris, 2014)

Governos degenerados detestam a liberdade, detestam a inteligência. Triste: - é a maioria dos regimes e a minoria dos indivíduos. O que eles detestam mesmo é a superioridade do Povo. (Unido na rua então...)

A Ética dele não deve esgotar-se nas parábolas.

LYRA, Pedro. Protesto: estados do ser. Rio de Janeiro: Ibis Libris, 2014)

LYRA, Pedro. Situações. Rio de Janeiro: Ibis Libris, 2015)

A CIDADE DE ULISSES Gerson Valle

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istoricamente, o “romance de formação” (“Bildungsroman”) surge com “Os anos de aprendizado de Wilhelm Meister” (1796) de Wolfgang Goethe. Este tipo de romance se refere à narrativa do acompanhamento da formação moral, social e cultural do personagem, com a vivência e conhecimento que lhe chegam, sobretudo na infância, adolescência e passagem para a maturidade, e que acabam por formar seu caráter e envolver o leitor. Tornou-se uma forma bem apreciada na Alemanha (tendo, é claro, exemplos em outros países), que no século XX apresentou, dentre outros, “Demian” de Hermann Hesse, “A montanha mágica” de Thomas Mann (onde um jovem alemão passa uma temporada internado num sanatório suíço, e acompanha as visões diversas dos internos de muitas nacionalidades europeias, com ideias que se chocam, e depois tudo estouraria na 1ª guerra mundial)... “A cidade de Ulisses”, de Teolinda Gersão (edição brasileira de Oficina Raquel, 2017) é um “romance de formação” com algumas variáveis bem interessantes. Para começar, aparentemente, o “personagem” que acompanha o desenvolvimento histórico e se vai caracterizando cada vez mais é a cidade de Lisboa. Mas, não é só. Há o casal de artistas plásticos, Paulo Vaz e Cecília Branco, que, para efetuarem uma exposição com o título “A cidade de Ulisses” relembram o passado de Lisboa desde suas origens até o momento em que vivem, para transmitirem alguns significados nos quadros que serão expostos. Há neles alguns reflexos na personalidade que tangem a formação em Lisboa, favoráveis

ou desfavoráveis a realidades históricas. Existe a lenda de que Lisboa foi fundada pelo herói Ulisses, que quando terminou a guerra de Troia teria, segundo o relato de Homero, se indisposto com o deus Netuno, que por isto o castigou, fazendo-o não encontrar, durante 20 anos errando pelos mares, a ilha de Ítaca, onde era o rei, e onde sua mulher, Penélope, o esperava, cercada por 108 pretendentes insistindo que pelo tempo seu marido morrera e que ela tinha de se casar com um deles. Ela prometeu fazê-lo quando terminasse de tecer um tapete, que desfazia toda noite, refazendo o desfeito no dia seguinte. Ao longo do romance será comentada a submissão feminina tradicional, lembrando que Ulisses sem dúvida não perdoaria Penélope se ela desistisse de esperá-lo, enquanto ele teve relações com as mais encantadoras mulheres em suas aventuras. A “espera” de Penélope, emblematicamente, em certo ponto vai se inverter com a “espera” de Paulo por Cecília no romance, já nas mudanças nos relacionamentos do século XX, crítica do machismo do passado. A espera de Penélope se repete por séculos nas descobertas marítimas, quando as mães e noivas esperavam portugueses navegando pelo mundo, no tempo de um rei como dom Manuel, e em Lisboa vivia-se o luxo aparente dos produtos caros dos lugares visitados, mas sem a formação de uma indústria própria e trabalho, num esbanjamento e má gestão. Tal ausência foi continuada no tempo das colonizações, onde os homens, sozinhos, iam se fixar fora e não voltavam dadas as dificuldades acrescidas pela perda da liberdade para a Espanha dos Felipes, e posterior endividamento para conseguir

Divulgação

A escritora portuguesa Teolinda Gersão

a restauração do reino independente, não conseguindo nunca mais reconstruir o orgulho dos navegantes dos Lusíadas. E finalmente o tempo das imigrações, quando a pobreza dispersava famílias em busca de empregos pelo mundo, enquanto por décadas a ditadura salazarista estimulava o atraso e a mesquinhez no país. A lenda do Ulisses perdido pelos mares deixando sua mulher e filho a esperá-lo se repetiu nos séculos, mas em sua origem dizia que o herói grego, passando as Colunas de Hércules (Estreito de Gibraltar), na saída do Mediterrâneo para o Mar das Trevas (Oceano Atlântico) teria se encantado com as terras das sete colinas ao lado de um rio bastante largo (o Tejo) e aí fundado a sua cidade, que recebeu seu nome (Olisipo, depois Olissipona para os romanos) que deveria ser a mais bela de toda parte. No primeiro encontro amoroso de Paulo e Cecília, já se faz presente o paralelo com a Odisseia, sendo de notar que o narrador na primeira pessoa do romance é Paulo, e não Cecília, como seria de se supor por ser mulher a

autora do romance: “Acordei depois de ti e dei conta de que me olhavas, de que certamente já me olhavas há muito tempo, nu e adormecido, trazido pelas ondas do sono até ao estado de vigília. Como se estivesse numa praia e os lençóis fossem uma extensão de areia.” Por esta época ele pinta os quadros da série “A manhã de Nausica”, que tratam do naufrágio de Ulisses a uma praia, onde, exausto, dorme na areia e acorda com a princesa Nausica daquele lugar que ele não conhecia, a olhá-lo nu... O poeta da “Ode Marítima” e de tantas rememorações das glórias portuguesas, e que até se aventurou a estudar a esperança mística dos séculos XVI e XVII de Portugal tornar-se no Quinto Império do mundo, Fernando Pessoa, também faz-se presente, é claro, na realidade cultural de todos os cadinhos de formação de Lisboa: “A sua chávena de café, o cigarro, o cálice de aguardente, a monotonia dos dias, as ruas melancólicas da Baixa, a autopiedade do menino de sua mãe, a saudade do tempo em que festejavam o dia de seus anos

e ninguém que ele amasse estava morto. Pois. O spleen, a neurose, a melancolia. Ser ou não ser, numa versão mansa, à beira deste rio. Pessoa foi pouco ou nada em vida, o seu baú de sonhos ajuda-nos a encher o vazio, ou a ausência dos nossos. Estamos viciados como ele na embriaguez do que não foi, não tomou forma, não passou de esboço, mas poderia ter sido todas as coisas do mundo. Pessoa é um baú inesgotável porque a nossa melancolia nos faz cair lá dentro e não achar saída. A poesia mortal, o gume da faca que resolvemos na carne. A ferida que não sara. A palavra.” Há, em paralelo à narrativa ficcional, verdadeiras crônicas que a ela aderem, como parte mesmo da forma de um “Bildungsroman” onde a formação cultural se constrói com esses dados. Passa-se da Lisboa fenícia, para a grega, a romana, a medieval dos bairros da Mouraria ou da Judiaria cuja convivência de povos é cortada pela expulsão dos mouros e depois dos judeus, com a Inquisição a partir da Renascença queimando pessoas como espetáculo público de terror e preconceitos monstruosos. O país com as fronteiras consolidadas desde 1297, e que se torna tão importante que o papa divide o mundo entre as duas principais nacionalidades ibéricas. E o papa também é consultado para saber se eram humanos os povos descobertos. Mas, mesmo assim considerando, são buscados para serem escravos... E a observação geopolítica bem aguçada: “Situada no Extremo Ocidente, entalada entre o mar e a Espanha, tão amiga quanto inimiga, Lisboa procurou no mar uma saída. E partiu. O verbo ‘partir’ fazia parte de nós, era o lado do desejo, da insatisfação, da ânsia do que não se tinha.”

O romance descreve a preparação de uma exposição de artes plásticas sobre a cidade de Ulisses (Lisboa) passando por toda a História e “espírito” locais para bem a representarem. Há um centro da narrativa, evidentemente, na descrição amorosa do casal de pintores Paulo e Cecília, que, talvez, só encontre uma honestidade sentimental similar na Literatura portuguesa em Carlos Eduardo e Maria Eduarda de “Os Maias” de Eça de Queiroz. Mas, não contarei aqui detalhes para não estragar a leitura de ninguém, achando que este livro é uma leitura obrigatória para quem quer que se interesse pela Literatura contemporânea em nosso idioma. Não posso terminar sem lembrar de observações sobre Lisboa feitas ao final do romance, já no século XXI: “A nível social e econômico uma crise imensa instalara-se, embora o governo todos os dias negasse essa evidência. Mas estava lá, e não era resultado da crise da Europa e do mundo. Vinha da incompetência, da corrupção e dos maus governos, que não tinham vontade política de emendar erros estruturais, que por isso se repetiam sempre.” “O desalento, a tristeza no rosto de quem passava. Não era genética nem endógena, vinha da constatação de que os poderosos nos traíam, e pagávamos a factura. O país dava aparentemente um passo em frente, mas em vez de avançar retrocedia.” Um outro “romance de formação”, em toda a leitura de “A cidade de Ulisses” me passa pela mente, sob vários aspectos: o quanto nos ficou em comum com a formação portuguesa que tivemos!

Gerson Valle é poeta e escritor, membro do conselho editorial do Jornal Poiésis, presidente da Academia Petropolitana de Letras.


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nº 257 - novembro de 2017

Saquarema tem campeã invicta de Jiu-Jitsu

om apenas 9 anos de idade, Julia Bandeira Ayres Sant’Anna, a pequena campeã saquaremense, já coleciona inúmeras medalhas de ouro no esporte que começou a praticar há quatro anos atrás, o Jiu-Jitsu. Invicta, faz planos para o futuro e sonha com a faixa preta. O pai, Fred Sant’Anna Junior, que sempre acompanha Julia nos campeonatos, relata que foi o grande influenciador na escolha do esporte, por ser instrutor de Jiu-Jitsu. “Quando ela tinha três anos de idade eu já a pegava no colo e já percebia que ela tinha jeito para esse tipo de prática esportiva. Com cinco anos já estava matriculada na academia. No primeiro campeonato que participou, em Arraial do Cabo, foi campeã e assim su-

cessivamente, até hoje”, falou orgulhoso. Julia, que sempre treinou na Academia SDC, em Saquarema, com Carlos Eduardo, mais conhecido como “Dudú”, já participou de vários campeonatos como o da CBJJO – Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu Olímpico, onde já é Bicampeã Mundial; pela CBJJ, em 2016 e 2017, sagrou-se vencedora, tornando-se Campeã Brasileira; pela IBJJF – International Brazilian Jiu-Jitsu, quando aconteceu pela primeira vez no Brasil, em 2017, ela se tornou Campeã Sul Americana; já no estado do Rio de Janeiro, foi Campeã Estadual em 2014, 2015 e 2016, pela FJJ – Federação de Jiu-Jitsu/Rio; pelo Campeonato Rei do Rio de 2017, que aconteceu no Parque Olímpico da

Fotos: Regina Mota

O pai, Fred Sant’Anna Junior, grande incentivador, e o treinador Carlos Eduardo

Barra da Tijuca, conquistou recentemente mais uma medalha de ouro. Ainda de acordo com as declarações do pai, Julia, que estuda na Escola Corujinha, é prestativa com os amigos de classe, comunicativa, ca-

rismática e possui excelentes notas. “O esporte ajuda na concentração e respeito”, relatou Fred Sant’Anna. Já a mãe, Leilane Bandeira da Silva, cuida da alimentação da atleta, que é a base para o fortalecimento da es-

trutura física. Com uma fala calma e tranquila, Julia contou um pouco sobre sua trajetória no esporte. “O Jiu-Jitsu é importante para mim porque, através dele, quando crescer quero ser faixa preta.

Quero seguir até conseguir o mais alto nível de graduação. Com o esporte eu consigo bastante amizade e fico conhecendo lugares diferentes”, disse a campeã.

(Regina Mota)

Em Foco

com Regina Mota

Camilo Mota

Homenagem - O vereador Amigo Walmir concedeu Moções de Aplausos aos membros da Academia Araruamense de Letras pelo Dia do Poeta, que ocorreu em 20/10. A Academia que estará em festa dia 11/11 pela adesão de mais sete novos membros, somando um total de 17. “Poeta deixa seu ritmo por onde passa”, frase de Cecília Meireles que foi inclusa nas moções.

Festa Cigana - Para festejar o aniversário de Ana Lúcia Maciel, foi realizada uma festa cigana na orla da Lagoa de Araruama. O evento reuniu muitos alunos e amigos que bailaram a noite inteira ao som das tradicionais músicas ciganas. A simpatia de Ana faz com que o grupo se mantenha unido e cada vez maior. Parabéns e muita felicidade! Optchá! Paulo Ricardo

3 a 8 anos de reclusão e multa por comprar, transportar, armazenar, vender ou utilizar produto roubado de qualquer forma em atividade comercial ou industrial.

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Mercadoria roubada. Quem compra faz vítimas. naocompreviolencia.com

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Cursos de Reiki

Regina Mota

MAMAS - O Outubro Rosa foi lembrado no MAMAS/Saquarema, onde houve uma roda de conversa para falar sobre o Câncer de Mama. Alguns relatos foram ouvidos, de mulheres que já passaram ou estão passando por tratamento para combater esse mal que já atinge milhares de pessoas em todo o mundo, inclusive homens. Vale lembrar que o Movimento de Mulheres em Saquarema é engajado em várias atividades e já foi reconhecido com títulos de utilidade pública municipal e estadual.

BIcentenário - Foi em Petrópolis que aconteceu a festa de Bicentenário de Bahá’u’lláh, fundador da Fé Bahá’í, a qual participamos com amigos daquela cidade e de Teresópolis. Houve festividades em todo o país.

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