Poiesis 247

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Divulgação

André Barbosa

www.jornalpoiesis.com.br

Deputada propõe prevenção a Aids nas escolas públicas

Corrida rústica acontece em Iguaba Grande

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Ano XXIII- nº 247 - Saquarema, Araruama, dezembro de 2016 Camilo Mota

Aproveite o que a vida tem de melhor!

O

ano de 2016 está chegando ao fim. O que você tem para celebrar? Quantas coisas boas conseguiu vivenciar? Ficou perdido num mar de informações desencontradas, discursos de ódio e emoções descontroladas que colocam você deprimido porque dizem que o mundo está em crise e você faz parte disso? Ou realmente aproveitou cada um de seus dias e quer continuar aproveitando?

Nestes dias que antecedem o novo ano, decidimos mudar a capa do jornal e chamar sua atenção para sua própria vida. O que você está esperando para viver? Não é preciso esperar um novo ano começar, ou o carnaval passar. Se você não vive o momento presente, se não valoriza o que tem e o que realmente é, não adianta ficar esperando o mundo mudar. Quem muda, quem se transforma, é você mesmo a partir de atitudes

boas, do desenvolvimento do amor próprio e do amor pelas outras pessoas. Não deixe que desvalorizem o seu sonho! Levante a cabeça e olhe para a frente. A vida sempre começa agora! Que neste final de ano, quando o espírito do Natal envolve as pessoas de maneira tão intensa, você consiga se sentir bem e fazer as outras pessoas se sentirem bem. Feliz Natal e próspero 2017!

Araruama realiza Conferência Municipal de Cultura no dia 16

Livros a partir de R$ 2 estarão à venda na Praça do Mataruna

Algumas considerações sobre as obras de Bob Dylan e Leonard Cohen

O evento é aberto a todos os agentes culturais do município e elegerá os novos representantes da sociedade civil para compor o Conselho. Página 3.

Marcelo Figueiredo

Araruama recebe o Projeto Mais Leitura de 12 a 23 de dezembro. Desenvolvido pelo Governo do Estado, o evento conta com uma estrutura onde serão

oferecidos livros de literatura infantil, técnicos, romances, biografias, poesia, religião, auto ajuda, entre outros. As obras têm preço entre R$ 2 e R$ 4. Página 4.

Os professores Atahualpa Filho e Rodrigo Lage apresentam artigos sobre a importância dos trabalhos de Leonard Cohen e Bob Dylan para a música e a literatura mundiais. Página 2.

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nº 247- dezembro de 2016

O canto de Leonard Cohen

Bob Dylan e o Nobel: valorizando a música como um gênero literário

Ataualpa A.P. Filho

M

ais uma vez estamos aqui sobre a linha tênue que há entre a Poesia e a Música. Linha esta que não isola, apenas limita, não impede o fluxo lírico que une essas duas manifestações artísticas que acalentam o espírito humano. A morte de Leonard Cohen, na noite do dia 10 de novembro, colocou mais uma vez em evidência essa questão do poeta músico e do músico poeta. Foi ele quem disse: “As minhas músicas são poemas com uma guitarra por trás”. Outrora eram as liras que embalavam o canto do amor, que tocavam “esse comboio de corda que se chama coração”, como Fernando Pessoa definira esse músculo que metaforiza sentimentos. O músico também é um fingidor. “Finge tão completamente que chega a fingir que é dor a dor que deveras sente.” Isso está explícito no blues. O que se canta não é a dor fingida, é a dor sentida. Um lamento que o tempo e o vento levam para a eternidade. Inegavelmente, o blues é afrodescendente. Contudo não se trata de um gênero musical em função da cor da epiderme, mas de um estado da alma. Brancos também cantam blues e sentem na pele a emoção que traz a dor carregada de esperança. O canadense Leonard Norman Cohen, nascido em Montreal, de família judia de origem polonesa, autor de um clássico da música universal “Hallelujah”, fez composições musicais que não diferem das canções oriundas do Mississipi. Não somente pela concepção mística que marcou os hinos religiosos das igrejas protes-

Rodrigo Conçole Lage

O tantes, mas também pela carga emotiva concentrada no timbre da voz. Não há dúvida que a produção literária de Leonard Cohen é melhor do que a de Bob Dylan. Mas este tem uma popularidade maior e uma grande influência sobre várias gerações. Fato que lhe valeu o prêmio Nobel de Literatura. Se fosse somente pelo critério literário, o autor canadense é que deveria receber o prêmio. Não concordo quando o chamam de “Kafka do Blues”. Não vejo nada de kafkiano nas letras das músicas dele. O culto ao amor, a sensualidade, a presença de uma concepção mística nas suas composições o distanciam dos enredos kafkianos. Nem sempre o hermético é confuso, nem está atrelado ao suspense. A genialidade de Frank Kafka está também em mostrar a vida por um viés que nos remete para o realismo fantástico. “O Processo”, “A Metamorfose” estão nos entraves burocráticos dos órgãos públicos e no estranho que há no seio da família, quando as pessoas que a formam não se preocupam em conhecer quem está ao lado. Às vezes, até nós nos sentimos estranhos, não nos reconhecemos em determinados momentos.

Acredito que o tempo vivido por Leonard Cohen no mosteiro de Mount Baldy Zen Center, onde ficou em profundo silêncio, por isso ganhou o nome Dharma de Jikan (“silencioso”), possibilitou-o a encarar a morte de forma tranquila. O último álbum que lançou, “You want it darker”, revela uma resignação perene nos seus últimos dias. Escreveu na canção que intitula o álbum: “Eis-me aqui (hineni, em hebraico) / estou pronto, Senhor (I’m ready, my Lord – em inglês). “O amor não tem cura, mas é o único remédio para todas as doenças”. Essa frase de Leonard Cohen sintetiza uma conduta diante da vida. Amar é uma atitude que requer uma mudança de comportamento como afirmara Camões: “é querer estar preso por vontade;/ é servir a quem vence, o vencedor;/ é ter com quem nos mata, lealdade”. Quem ama se coloca a serviço do ser amado. E assim, em várias canções, Leonard Cohen se colocou diante do amor para vivê-lo intensamente. Ouça: “I’m your man”, “Suzanne”. Ore com “Hallelujah” Ataualpa A.P. Filho é professor de língua e literatura em Petrópolis-RJ, poeta, membro da Academia Brasileira de Poesia.

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fato do compositor, escritor, pintor e ator Robert Allen Zimmerman, mais conhecido pelo nome artístico Bob Dylan, ter ganhado o prêmio Nobel de Literatura de 2016 gerou muita polêmica. A polêmica foi motivada, em parte, pelo fato de muitos escritores importantes não terem ganhado em detrimento de um compositor. O que faria com que o prêmio fugisse a sua própria natureza. Mas, principalmente, pelo fato de ter ganhado por suas composições. Segundo a Academia, ele foi escolhido “por ter criado novos modos de expressão poética no quadro da tradição da música americana”. Muitas pessoas que tem criticado a premiação adota o princípio de que poesia é poesia e música é música. Alguns chegam a afirmar que literatura é somente aquilo que é produzido no papel, o que automaticamente excluiria a música da poesia; assim como a literatura oral e, se pensarmos de forma estrita, o teatro, já que a ele só se realiza plenamente quando um texto é encenado. Além disso, se adotarmos essa visão limitada do que é a poesia excluiríamos uma série de poemas que passariam a ser vistos como obras de arte (como muitas produções legadas ao Concretismo). Além disso, não podemos esquecer que a muito do que hoje chamamos poesia deveria passar a ser classificada como letra de música. Em vez de lermos hinos e todas as cantigas da poesia provençal, por exemplo, deveríamos comprar as gravações desses poemas para que pudéssemos ouvi-los. Uma coisa é não gostar de trabalho de um compositor e achar que ele não deveria ganhar o prêmio. Outra coisa muito diferente é dizer que uma letra

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de música não pode em nenhuma circunstância ser classificada como poema por que isto é desconhecer a própria história da poesia e de sua evolução ao longo da história. Além disso, ele também escreveu outros tipos de poesia e textos em prosa. Os livros “Tarântula” e “Crônicas – volume 1”, por exemplo, reúnem parte dessa produção. É curioso que numa sociedade na qual a música tenha tanta relevância a ideia de que as canções sejam vistas como poesia cause tanta polêmica. Se essa discussão nos levar a uma reavaliação do valor poético das obras dos grandes compositores a academia sueca terá prestando um grande serviço ao lhe dar o prêmio. Ao mesmo tempo, seria importante uma rediscussão do papel do compositor como um artista, ou poeta, se se preferir, já que muitas vezes a letra de uma música é vista como um mero apêndice da melodia, tendo, portanto, menor valor. O que não quer dizer que todas as composições tenham o mesmo valor, assim como os poemas de modo geral não tem. Talvez esse preconceito esteja baseado no fato de que a maior parte das músicas da antiguidade se perdeu e só nos tenha restado a letras. Com isso passamos a ter só os textos e nos acostumamos a vê-los como algo fechado em si

mesmo e não como parte de uma música. Assim como nós só conhecemos os textos das antigas peças de teatro, e não as notações musicais, de modo que também promovemos uma separação entre teatro e música que só foi resgatada com a ópera e os modernos musicais. Seja como for, a existência dessa polêmica só veio a demonstrar como, quer queiramos ou não, o prêmio Nobel tem uma relevância cultural maior do que se costuma admitir. Não podemos esquecer também que é possível que, no futuro (daqui a algumas décadas ou séculos), as atuais letras de música recebam o mesmo tratamento dado por nós às antigas canções e hinos e sejam vistas, e avaliadas, unicamente como poesia. Por fim, como muitos não devem conhecer a obra de Bob Dylan, essa é uma boa oportunidade para que as pessoas possam conhecer suas músicas e seus textos e julgar por si próprias o valor que essas obras têm. Depois de uma jornalista vemos um compositor receber o prêmio. Agora só nos resta esperar as surpresas nos esperam na entrega do Nobel em 2017. Professor de História de Itaperuna-RJ. Tem artigos e resenhas publicados no Brasil e no exterior, assim como algumas traduções.

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EXPEDIENTE O Jornal Poiésis - Literatura, Pensamento & Arte é uma publicação da Mota e Marin Editora e Comunicação Ltda. Editor: Camilo Mota. Diretora Comercial: Regina Mota. Conselho Editorial: Camilo Mota, Regina Mota, Fernando Py, Sylvio Adalberto, Gerson Valle, Marcelo J. Fernandes, Marco Aureh, Francisco Pontes de Miranda Ferreira, Charles O. Soares. Jornalista Responsável: Francisco Pontes de Miranda Ferreira, Reg. Prof. 18.152 MTb.

Rua das Bougainvilleas, 4 - Rio do Limão - Araruama-RJ CEP 28970-000 ( (22) 98818-6164 ( (22) 99982-4039 ( (22) 99770-7322 E-mail: jornalpoiesis@gmail.com Site: www.jornalpoiesis.com.br. Facebook: www.facebook.com/ jornalpoiesis Distribuição dirigida em: Saquarema, Araruama, São Pedro da Aldeia, Iguaba Grande, Cabo Frio, Arraial do Cabo e Petrópolis. Fotolito e Impressão: Tribuna de Petrópolis.

Colaborações devem ser enviadas preferencialmente digitalizadas, espaço simples, fonte Times New Roman ou Arial, corpo 12, com dados sobre vida e obra do autor. Os originais serão avaliados pelo conselho editorial e não serão devolvidos. Colaborações enviadas por e-mail devem ser anexadas como arquivo .doc ou .docx. Os textos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Jornal Poiésis.


nº 247- dezembro de 2016

Pré-matrícula para escolas municipais de Araruama serão feitas pela internet Os medos

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om o objetivo de dinamizar o processo de admissão de novos estudantes na rede municipal de ensino, a Prefeitura de Araruama inicia este mês o processo de pré-matrícula online para o ano letivo de 2017. As inscrições podem ser feitas de 19 de dezembro a 27 de janeiro diretamente no site oficial: www.araruama.rj.gov.br. O sistema online permite as inscrições para creches municipais, casas creche e escolas municipais, poden-

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Marcelo Figueiredo

do ser realizadas através de computador, tablet ou celular. “As pré-matrículas novas serão online. Tudo de forma muito simples e intuitiva. Os estudantes interessados em matricular-se na Rede Municipal de Ensino deverão acessar o endereço www.araruama. rj.gov.br, clicar no banner da Pré-matrícula, preencher o formulário com as informações solicitadas e seguir as etapas da inscrição, a partir do dia 19 de dezembro”, disse a secretária de Educação, Miryam Inêz de Lima.

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Marcelo Figueiredo

culturais, tendo como princípio uma gestão democrática. De acordo com o secretário municipal de Cultura, Moacir Gomes, a III Conferência Municipal de Cultura visa revisar o plano municipal de cultura, com isso determinar melhor o que já aconteceu e

verificar o que pode ser corrigido para manter o rumo do mesmo. “Vamos ver se a plenária aprova. Vamos ratificar e retificar o plano. Na ocasião também será dado posse a representantes da sociedade civil que foram eleitos”, disse.

Iguaba Grande realiza corrida rústica

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o dia 18 de dezembro, a orla de Iguaba Grande será movimentada pela Corrida Rústica. Uma realização do Grupo Circuito, com apoio da Prefeitura Municipal de Iguaba Grande, através da Secretaria Municipal de Turismo, Esporte e Lazer. A largada será na Praia do Popeye às 8h e 30 min. Com percursos de 5 e 10 km. As inscrições estão sendo feitas, na Gilberto Projetos, localizada, na Rodovia Amaral Peixoto, km 101, Centro de Iguaba (Galeria ao lado do Bradesco). E em São Pedro da Aldeia, na Casa da Cultura, com Gilson “Cor-

redor”, Rua Francisco Coelho Pereira, 255, Centro. As premiações serão para os 3 primeiros colocados, feminino e masculino e para as 3 equipes de melhor índice. Todos, que completarem a prova ganharão medalha de participação. Mais informações com Fábio Costa, popularmente conhecido como “Bico Costa”, no telefone: 22 999916925. (Andréa Morais/PMIG)

Corais se apresentam na Camilo Mota participa de congresso abertura do Natal em Saquarema nacional de psicanálise Regina Mota

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psicanalista e terapeuta holístico Camilo Mota participou, nos dias 11 e 12 de novembro, em Vitória-ES, do III Congresso do Saber Psicanalítico, promovido pelos Sindicatos dos Psicanalistas do Espírito Santo, São Paulo e Rio Grande do Sul. Tendo como tema o desafio da psicanálise frente às novas configurações familiares, o evento reuniu centenas de profissionais de todo o país no auditório do Senac. — O congresso possibilitou a troca de informações e a atualização de conhecimentos sobre a prática clínica e as pes-

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Regina Mota

quisas em torno da psicanálise. Eventos como este favorecem a constante busca por atualização que temos de ter quando estamos comprometidos com o acolhimento de nossos pacientes —, disse o terapeuta. O presidente do Sindicato dos Psicanalistas do Espírito Santo, Alberto Poltronieri,

destacou a necessidade de um debate nacional sobre a valorização do profissional de Psicanálise. Durante o congresso também foram abordados temas como a sexualidade do adolescente, a função materna no grupo familiar, identidade de gênero, alienação parental, entre outros.

Festejos acontecem na Praça Santo Antônio no dia 13

O

s corais Encanta e Escola que Canta são as atrações para a abertura oficial das celebrações do Natal no município de Saquarema. O evento, organizado pela Prefeitura, acontece no dia 13 de dezembro, na Praça

Santo Antônio, em Bacaxá, a partir das 20 horas. Tendo sua reurbanização sido recém inaugurada, a Praça recebeu decoração típica para esta época do ano. Os corais também apresentarão canções tradicionais de Natal.

Jornalistas acompanhavam o Chapecoense

manhã do dia 29/11 começou triste. O avião que levava a delegação do Chapecoense, time de Santa Catarina, rumo à Meddelín, na Colômbia, acompanhada por jornalistas que iriam cobrir a primeira partida da final da Copa Sul-Americana no dia 30/11, caiu após sair de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia. A tragédia chocou não somente o Brasil, mas o mundo inteiro, que estampou nas manchetes dos principais jornais matérias sobre o fato que foi notícia durante todo o dia. A aeronave levava 81 pessoas a bordo, sendo 9 tripulantes e 72 passageiros, entre jogadores e jornalistas. 76 pessoas morreram com o choque do avião, apenas cinco sobreviveram. Chovia muito na região na noite de segunda-feira, 28/11, o que reduziu bastante a visibilidade. As condições climáticas impediram a operação de emergência que seria realizada pela Força Aérea Colombiana, que dispôs de helicópteros para ajudar os trabalhos de resgate. As equipes só

chegaram ao local por terra, mesmo assim, com bastante dificuldade, uma vez que o local é montanhoso e de difícil acesso. Uma nota assinada pelos dirigentes do Palmeiras, Corinthians, Santos e São Paulo, sugere à CBF que a Chapecoense não seja rebaixada da Série A do Brasileiro nos próximos três anos. Eles ainda sugerem o empréstimo gra-

imaginários e seus disfarces Camilo Mota

Conferência de Cultura em Araruama será no dia 16

erá realizada no dia 16/12, sexta-feira, a III Conferência Municipal de Cultura de Araruama, com o tema “Revisar para avançar”. O evento acontecerá na Casa de Cultura José Geraldo da Conceição Caú, das 9h às 18h, aberta a todos os articuladores culturais. Segundo o presidente do Conselho de Cultura de Araruama, Renato Magalhães, o evento contará com uma palestra da presidente do Conselho Estadual de Cultura, Claise Campos. A Conferência será aberta ao público em geral e servirá para a formulação e execução de políticas públicas municipais

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tuito de atletas ao clube para a temporada de 2017. “Trata-se de gesto mínimo de solidariedade que se encontra ao nosso alcance nesse momento”, diz a nota, que também lamenta a tragédia e presta solidariedade aos familiares das vítimas. NOTA DE PESAR “Profundamente consternadas, a Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Tele-

visão (ABERT), a Associação Nacional de Editores de Revistas (ANER) e a Associação de Jornais (ANJ) lamentam a tragédia que vitimou 20 profissionais da comunicação, jornalistas e técnicos que acompanhavam a delegação da Chapecoense no avião que caiu na Colômbia na madrugada desta terça-feira (29). As entidades manifestam seu pesar e ampla solidarieda-

de aos familiares dos profissionais vitimados no cumprimento de sua atividade, bem como aos dos demais passageiros e tripulantes do voo. Neste momento de luto, as associações se unem também à dor de todos os brasileiros.” Eis a lista dos profissionais da Comunicação que estavam no voo: da FOX, Victorino Chermont, 43, Lilacio Pereira Junior, 48, Rodrigo Santana Gonçalves, 35, Devair Paschoalon, 51, Mário Sérgio, 66 e Paulo Julio Clement, 51; da TV Globo, Guilherme Marques, 28, Guilherme Van der Laars, 43 e Ari de Araújo Junior, 45; do Globo Esporte.Com, Laion Espíndola, 29; da RBS (filiada à TV Globo), Giovane Klein Victória, 28, André Podiacki, 26, Bruno Mauri da Silva, 25 e Djalma Araújo Neto, 35; da Rádio Super Condá, Gelson Galiotto e Edson Luiz Ebeliny; da Rádio Chapecó, Fernando Schardong e Douglas Dorneles; da RIC TV e Rádio Vang FM, Jacir Biavatti; e da Rádio Oeste Capital, Renan Agnolin, 27 e Rafael Henzel, 43. (Regina Mota)

mente constroi muitos mecanismos de defesa e de auto preservação, e quando você menos espera está diante de pequenas (ou grandes) armadilhas que embaraçam a vida e o deixam de alguma forma apreensivo, assustado, ansioso, angustiado... Os medos imaginários são bastante comuns, e olharmos para eles de maneira mais consciente nos ajuda a termos atitudes que contribuem para nosso bem estar. Imagine você sendo um funcionário, trabalhando tranquilamente em seu departamento. De repente, alguém lhe chama e diz que o gerente quer que você compareça com urgência em sua sala. Um arrepio corre por sua espinha. Quantas coisas podem vir a acontecer? O que o chefe quer com você? Será que fez alguma coisa de errado? Vai te chamar a atenção? Esses pensamentos e perguntas que nos deixam inquietos, e que têm uma origem incerta, causam desarmonia na mente e no corpo. Muitas vezes em nosso dia a dia somos assaltados por essas ideias que podem demonstrar estados emocionais que despertam insegurança, culpa, e até mesmo raiva. A maneira como lidamos como essas apreensões afeta a nossa qualidade de vida na medida em que influenciam na geração de estados de ansiedade. Muitas dessas reações emocionais são resultado de regressões a estágios de nossa infância, de maneira inconsciente. Os medos imaginários nem se parecem com o medo que conhecemos relacionado às coisas reais. Eles surgem como que disfarçados. Por exemplo, quando alguém nos questiona com uma pergunta enigmática e nosso pensamento cria aquela fantasia, às vezes assustadora: o que ele quis dizer com isso? Ficar preocupado com o que os outros estão pensando de nós também é uma forma disfarçada de sentirmos esse medo. O que se passa na mente da outra pessoa? O que tanto isso nos incomoda? Será que não estamos vivendo de acordo com a expectativa que achamos que o outro tem sobre nós? O quanto isso, afinal, influencia você a se tornar dono de seu próprio destino, construtor de sua própria realidade? Perceber o quanto de medos imaginários você cultiva é um passo importante para você se tornar senhor (ou senhora) de sua própria existência, na medida em que supera a fragilidade do seu Ego diante das ameaças externas (muitas vezes reproduzindo simbolicamente os afetos paternos e maternos da infância). Essa maturidade emocional é uma conquista da mente consciente e pode ser alcançada quando nos desvestimos de nosso orgulho, reconhecemos nossas fragilidades e nos empenhamos a fazer novas escolhas, assumindo a responsabilidade por elas.

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nº 247- dezembro de 2016

Deputada Marcia Jeovani indica programa de combate a Aids nas escolas

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deputada estadual Marcia Jeovani (DEM-RJ) deu entrada no projeto de lei nº 2.287/2016, que dispõe sobre a criação do “Programa Educacional de Combate e Controle ao HIV/AIDS” nas escolas da rede pública do Estado do Rio de Janeiro. Esse programa está ligado diretamente à prevenção da doença, com a disseminação de informações, esclarecimentos e aproximação do tema desde o início da vida sexual dos jovens. Ações educativas pontuais nas escolas públicas e uma

André Barbosa

mobilização principalmente na semana do Dia Mundial de Luta contra a AIDS são alguns dos objetivos do projeto de lei. “Os jovens começam a vida sexual cada vez mais cedo. Não há melhor espaço de formação e informação como a escola para apresentar aos adolescentes as condutas preventivas dessa doença que assola milhares de pessoas e continua se espalhando no mundo, em especial nessa faixa etária”, destacou a deputada Marcia Jeovani. A propositura ainda assegura através das Secretarias de Saú-

Mais Leitura em Araruama

de e Educação a total assistência do governo a esses jovens que forem identificados com a doença durante a campanha realizada nas unidades de ensino. De acordo com a UNAIDS, setor da Organização das Nações Unidas responsável pelo estudo da doença, de 2010 a 2015 o número de novas infecções no Brasil cresceu 4%, passando de 700 mil para 830 mil pessoas infectadas. Jovens entre 16 e 24 anos representam o grupo com maior aumento dos casos de contaminação.

s e l p m i s m U osquito ar c m r a m e pod ma vida u

C

om apoio da Prefeitura de Araruama, através da Secretaria Municipal de Cultura, o Projeto Mais Leitura estará na Praça do Mataruna, de 12 a 23 de dezembro, com livros vendidos a 2 e 4 reais. Desenvolvido pela Imprensa Oficial do Governo do Estado, o projeto está pela segunda vez no município. No ano passado, foram vendidos mais de 7 mil livros em apenas cinco dias. Desde que foi criado, o Mais Leitura já vendeu mais de 2,5 milhões de livros, beneficiando cerca de 600 mil pessoas em todo o Estado do Rio. Na estrutura montada na Praça do Mataruna (Rua Oscar Clark), os leitores encontrarão obras infantis, livros técnicos e científicos, além de romances, biografias, livros de poesia, religião, saúde e autoajuda. Dia: 12/12 - Horário - 12 às 18h Dias: 13 à 15/12 - Horário - 9 às 18h Dia: 16/12 – Horário – 9 às 16h Dias: 19 à 22/12 - Horário - 9 às 18h Dia: 23/12 – Horário – 9 às 16h

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Que a esperança se renove a cada dia na construção de uma sociedade com justiça social.

As leis da Alerj servem para quem tem sede de justiça. Ou só sede, mesmo.

O Movimento Articulado de Mulheres e Amigas de Saquarema (MAMAS) e o Movimento de Mulheres de Araruama (MMA) desejam a todos um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo!

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nº 247- dezembro de 2016

O RACIOCÍNIO DOS ANIMAIS Gerson Valle

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m urso, que se queria guia de cegos, emigrou de suas terras frias para a região tropical. De sua infância trazia uma formação objetiva, idealizando com isto bem empresariar qualquer negócio. Tinha mesmo a impressão de que era melhor formado que todos os bichos daquela terra, cuja cultura lhe parecia meio primitiva, não a compreendendo bem. Ele herdara uma concepção existencial que prioriza a higiene como base cultural superiora. Sua família sempre fora contrária à posição dos ursos relaxados largados na sujeira dos descaminhos da natureza. Fora isto que fizera, aliás, seu pai e avô dominarem na região que viviam durante décadas. Não podia admitir que certos costumes, julgados por ele impuros, fossem praticados naquele lugar para onde emigrara. Era preciso, por exemplo, ensinar aos bichos dali a cortar o cabelo para dar uma aparência mais limpa a todos os rostos. Achou que a sua herdada experiência empresarial deveria servir para reestruturar as mentes do lugar. Por isto se fez guru político de alguns bichos dali. Achou, para começar, que merecia crédito quem o escutasse, e devia ser combatido

quem dele divergisse. E aconteceu de estar governando todos os animais locais uma certa Suçuarana gordinha, simpática dentro da malícia de todo felino. Muitos animais metidos na política achavam terrível a forma com que, disfarçadamente, dona Suçu engordava cada vez mais a si e aos seus, com o mesmo sorriso encantado de quem não está pensando em sua barriga. O amigo Urso, com o afinco de sua paciência, armou um plano estratégico para derrubar o bem armado esquema da governante gordinha. Começou a pregar que a forma de tirá-la do poder seria a união de todos os bichos que se opunham politicamente a ela. - Mas, seja de que facção for? O que importa não é a visão política de cada opositor, mas sim o fato de ser opositor? Sim. Para o amigo Urso a higiene é que deve fazer as caras, e não o perfil de cada um, num “culturalismo” extremado contrário ao “naturalismo” de todo bicho, conceitos que com certeza ele desconhece, pois surgiram após sua vinda para os trópicos. Pura coincidência. Certa Raposa, que para se manter na popularidade se fazia amiga de todo mundo, não o rejeitaria jamais, e, assim, o escutaria sempre, que

POESIA

é tudo que ele deseja. Como a Raposa tinha certa popularidade por já ter ocupado o lugar atual da Suçuarana, e a maior parte dos animais respeita aqueles que lhe mantém no cabresto, por chicote ou por feno, comprado ou roubado, o plano do amigo Urso foi o de convidar a Raposa bem como todos os outros partidos políticos para se unirem, candidatando-se para derrotar a Suçuarana apenas um deles, o que fosse mais popular. Não disse logo que seria para todos renunciarem à candidatura em prol da Raposa, mas sim que as popularidades seriam oportunamente testadas, como se todos fossem asnos e não soubessem que o ex-governante é sempre mais popular entre os bichos. A Raposa, que tivera algumas aulas práticas com o Camaleão, não se importava em pertencer a este ou aque-

le partido, nem apoiar esta ou aquela ideia. Para a manutenção de sua raposice, parecia também ser uma adepta de certo “culturalismo”... Isto, no entanto, não acontecia com todos os outros bichos. O partido dos animais de carga, por exemplo, bem como o dos bodes marrudos pularam logo, protestando: como poderiam se juntar à Raposa que vivia devorando, pelas madrugadas, sorrateiramente, suas amigas galinhas do quintal onde moravam? Se a Suçuarana fazia isto, a Raposa também o fazia. O que adiantava tirar uma fera para colocar outra? Pela recusa destes partidos, o amigo Urso e seus discípulos, indignados, disseram que aqueles partidos não queriam “dialogar”. Isto é, aceitar o seu plano, tornar-se amigo dele, ser por ele liderado. O amigo Urso deve ser mesmo muito carente, e

Cláudio Daniel Akueran feiticeiro sabe folha que mata. Akueran feiticeiro sabe folha que cura. Akueran feiticeiro fere o olho do sol. Akueran feiticeiro mata a morte de medo. Akueran feiticeiro faz janeiro virar outubro. Akueran feiticeiro faz amarelo virar vermelho. Akueran feiticeiro encanta a lua com sua beleza. Akueran feiticeiro apavora a terra com sua força. Akueran feiticeiro livra seus filhos da fome. Akueran feiticeiro livra seus filhos da usura. Òké Aro! Arolé! Claudio Daniel é poeta, mestre em Literatura Portuguesa pela USP, reside em São Paulo. O poema acima faz parte de sua obra “Livro de Orikis”.

muito critério. Tornou-se tão organizada que ninguém é capaz de dizer que foi ela que praticou o crime. Tornou-se profissional. Ao passo que a Raposa faz as mesmas coisas, mas de forma amadorística, desorganizadamente. Com a Raposa, por exemplo, pode-se pegar notas fiscais erradas, está compreendendo? Com a Suçuarana não. É só no profissionalismo. Um ser humano que ouviu tais comentários, se indagou se o Tamanduá era hipócrita ou idiota mesmo. Mas, na verdade, não é uma coisa nem outra. Pois, com licença do grande mestre La Fontaine, que exemplificou o humano em suas fábulas, como é que se pode querer que os animais, que vivem somente por seus instintos, tenham a nossa compreensão de humanos, e idealizem uma política racional, que não seja voltada apenas para a sobrevivência imediata? Ou, por outro lado, não será que nós, humanos, ao nos imiscuirmos em algo tão sordidamente tratada pela tradição como a política, não nos tornamos todos em simples reflexos de “raciocínio” animal? Gerson Valle é escritor, membro da Academia Petropolitana de Letras e da Academia Brasileira de Poesia.

Cavaleiro andante Pablo R. Marques

OXOSSI

necessitado de mando! O mais indignado dos amigos do amigo Urso, o Tamanduá, com seu ar professoral (talvez seja este o ponto de afinidade maior entre os dois, e que os deve às vezes separar, cada um querendo “ensinar” mais que o outro) explica quais as vantagens da união em torno da Raposa, para combater a Suçuarana. Durante algum tempo o professor Tamanduá conviveu com esta, pois a apoiou na época da campanha, e então afirmava, com toda a convicção de sua cátedra, que a Suçuarana não era onça nem parente de onça, e assim, não chegava a ser carnívora. Com a convivência com ela na administração, “aprendeu” que Suçuarana come os outros bichos. Mas, o que mais o espantou, em seu ar de ingênua incredulidade ante os fenômenos do mundo embaixo de seu corpo comprido, é que Suçuarana soube muito bem aprender com a Gambá algumas lições de como administrar seus bagulhos, escondida nas casas dos outros, vivendo às custas dos outros, arrumadamente, com todo o conforto. E daí o Tamanduá faz sua teoria: que a Suçuarana é pior do que a Raposa por se ter tornado organizada. Assim, ela devora as galinhas dos quintais alheios com

Querência vaga e ligeira do alvor puro das manhãs janeiras do pé descalço que o chão duro afaga e satisfaz enfim, das coisas chãs: nada mais Como o bruto matacão em falso que beira o traiçoeiro açude e a fruta da estação Chuvosa que ilude a boca, docemente Querência odiosa e obviamente vã! O dia em brasa falante e a noite em febre terçã, a delirar, pretenso, com o colo da finada Irmã!

À frente, um denso nevoeiro místico traz um torvelinho Intrépido que o dolo lhes revela e aos tolos sonhos arrasa. Um vulto sobressai na escuro: nobre cavaleiro andante com chagas pelo corpo inteiro, à sombra de um feio amieiro cheio de arrependimentos refaz-se. Eu penso: Frágil e galhardo Ginete condenado a pelejar altivo pelo mundo imenso

[deu de beber ao corpo] Júlio César Polidoro deu de beber ao corpo e de comer à carne: continuou sedento e sua fome aumentava e quanto mais bebia muito mais sede sentia e quanto mais comia nada lhe saciava sua necessidade era maior que o milagre da multiplicação dos peixes e do pão porque era fome do ser sede da própria alma Júlio César Polidoro reside em Juiz de Fora-MG.

Pablo Rodrigues Marques é músico, professor de História na rede municipal de Araruama.

SEBASTIÃO, MINERADOR Edimilson de Almeida Pereira Aceito o nome procurado, mas advirto: a palavra filtra incertamente o que é núcleo sob o céu. Há os que esperam o ouro do sentido. Para seu desespero a eternidade depura os relógios. Tudo quanto diremos foi mencionado. Só a palavra vista por dentro traz algum proveito. Edimilson de Almeida Pereira é professor do departamento de Letras da Universidade Federal de Juiz de Fora. O poema acima faz parte de seu livro “Lugares Ares” (2003)

NATUREZA MORTA Tanussi Cardoso A aranha tece a vida e espera a mosca Como a raiz se enterra e aguarda a árvore e os frutos Só eu não espero nem a mosca nem os frutos Só eu teço o nada Tanussi Cardoso é formado em Jornalismo e Direito, poeta, com diversas premiações. É autor de “Exercício do olhar” (2006), entre outros.


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nº 247- dezembro de 2016

Em Foco

com Regina Mota Bazar do MAMAS - O Movimento Articulado de Mulheres e Amigas de Saquarema está com um bazar de Natal com peças belíssimas, que valem a pena serem vistas e adquiridas. A sede fica na Avenida Saquarema, frente ao Lake’s Shopping. Todas as tardes as portas estão abertas para visitação.

Festa da Unimed Araruama - Aconteceu no Clube Campestre, dia 3/12, com direito a uma saborosa feijoada, pagode e sorteio de brindes. Estiveram presentes médicos associados e convidados especiais. Na foto a diretoria: João Alcino, diretor médico, Elson Gato, presidente, Carlos Alberto, financeiro, e Saint Clair, diretor de relacionamento.

Escola Tia Josi inova em Saquarema A Escola Tia Josi, que funciona no Porto da Roça, em Saquarema, há três anos, traz novidades para 2017. Voltada para crianças de dois a seis anos de idade, com creche três e quatro, pré um e dois da educação infantil, passará a atender também o primeiro ano do fundamental, que, além dos estudos curriculares, terão aulas de música. De acordo com a diretora Josi Medeiros, a escola conta com aulas de dança, recreação, atividades lúdicas e, a partir de 2017, as crianças poderão aprender a ler e escrever partituras musicais, através das aulas de flauta doce, ministradas pela professora Priscila Medeiros. “Nós prezamos pelo despertar da curiosidade da criança e interesse, para que ela

Regina Mota

seja capaz de opinar e questionar. As crianças se desenvolvem por influência, sendo a zona proximal estimulada, como Vigotski defendia. Eles aprendem observando e experimentando. Aqui as crianças são tratadas com carinho e atenção, cada um dentro

do seu limite”, completou Josi Medeiros. A Escola Tia Josi está localizada na Rua Beatriz Campos, 14, atrás do Bassamar, no Porto da Roça. Telefones para contato: (22) 2651.9665 ou (22) 99224.9641 (WhatsApp). Facebook: Escola Tia Josi.

Desejo a todos um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo! Que 2017 seja repleto de boas realizações!

Festa de Reveillon - A Banda Protocolo, de Saquarema, irá animar a festa do Clube Salinas, em Praia Seca, em Araruama. A banda, que tem como líder Reinaldo, do Show das Plantas, tem estilo variado, para atender a todos os gostos musicais, indo do clássico do Rock à balada romântica. Vale a pena conferir!

São os votos de Elísia Rangel

“Fábrica de Sonhos” - A Daumas Academia, colecionadora de troféus e medalhas até mesmo no exterior, fará as apresentações de encerramento do ano no Teatro Mario Lago, em Saquarema, nos dias 16 e 17/12, às 20h e dia 18 às 17h. O espetáculo “Fábrica de Sonhos” promete mostrar muita beleza, arte e o que há de melhor, sob a coordenação de Rita Daumas. Participe!

Feliz Natal! Próspero Ano Novo! São os votos do vereador Amigo Walmir.

Curta uma vida alegre e saudável!!! Wanny Louzada A partir dos 2 anos e meio, até onde sua mente comandar seu corpo. Homens e mulheres, sintam-se vivos! Baby Class * Pré-Ballet * Ballet Clássico Jazz Dance * Dança Moderna * Sapateado Capoeira * Alongamento Av. Vilamar, 276 B - Itaúna - Saquarema - (22)2655-3654 www.grupodaumas.wix.com/daed

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"Que Deus te seja todo-suficiente. Comunga tu intimamente com Seu Espírito e sê dos agradecidos." Bahá'u'lláh

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