Colégio Padre Manuel é inaugurado em Saquarema
Paulo Pinto/Agência PT
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Literatura, Pensamento & Arte
A crise, a corrupção e a definição dos anseios do país
Página 3 Página 4 Ano XXIII- nº 241 - abril de 2016 - Saquarema, Araruama, Iguaba Grande, Cabo Frio, Arraial do Cabo, S. Pedro da Aldeia e Petrópolis
Saúde Avanço na luta contra o câncer A deputada estadual Marcia Jeovani apresentou projeto na Alerj favorecendo a pesquisa da chamada “pílula do câncer”. Página 3.
Aviação da Marinha comemora centenário com exposição de aeronaves na Região dos Lagos Guilherme Wiltgen/Defesa Aérea e Naval
Música O novo CD de Elton John Marcio Paschoal analisa o mais recente trabalho do cantor e compositor Elton John, “Wonderful Crazy Night”. Página 2.
Livros Livro do Papa Francisco aborda o tema da corrupção As homilias do Papa Francisco têm feito sucesso entre as mais variadas pessoas pela atualidade de suas abordagens. Página 2.
Teatro a Bordo chega a Araruama e Saquarema
Escola na Fazendinha é destaque no ensino Divulgação
A diversão está garantida para as crianças em abril com as apresentações do Teatro a Bordo. O evento conta ainda com exibição de vídeos e oficinas de bonecos. O Teatro
a Bordo oferece diversidade em sua programação: personagens da tradição oral brasileira, músicas do cancioneiro popular, palhaços, interação com o público em oficinas
educativas e valorização da cultura local com os artistas da cidade, além de trazer a mensagem da sustentabilidade como um compromisso de todos. Página 6.
Camilo Mota
Inaugurada em março, a Escola Municipal Vereador Alcebíades Carvalho das Flores, em Araruama, não é apenas um prédio novo. Erguida para substituir o antigo prédio,
que será demolido para dar lugar a área de esporte e lazer, a unidade escolar vem se destacando pela qualidade do ensino e pelos muitos recursos que oferece aos alunos da
rede pública municipal. A escola conta com om 10 salas de aula, laboratório de informática, biblioteca, salas administrativas, auditório, cozinha, refeitório e cantina. Página 6.
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nº 241 - abril de 2016
EU NÃO GOSTO DE VELA
A noite maluca de Sir Elton John Marcio Paschoal*
J
á quase setentão (69 anos), o cantor e compositor britânico Reginald Dwight, bem mais conhecido como Elton John, lança seu 33º disco de estúdio, “Wonderful Crazy Night”, com dez faixas, todas assinadas por ele e o eterno parceiro Bernie Taupin. Afastado das gravações e das polêmicas desde 2013, o cantor volta com um trabalho que marca mais a presença das guitarras e do velho rock, numa espécie de reencontro com o guitarrista Davey Johnstone e seu baterista original, Nigel Olsson, parceiros essenciais do cantor desde longa data. Elton, um dos maiores hit makers da história do pop, começou sua carreira-relâmpago em 1969, com o megassucesso “Your song”, estourado nas paradas através de gravação ‘dance’ de Billy Paul. A seguir, um fileira de grandes sucessos, como “Rocket man”, “Crocodile rock”, “Goodbye yellow brick road”, “I guess that’s why they call it the blues”, “Sacrifice”, “Nikita”, “Candle in the wind”, “Don’t let the sun go down on me”, só para citar alguns. Na verdade fica difícil fugir de tantos hits, uma vez que, em apresentações ao vivo, essas canções deverão sempre estar presentes. Vários artistas são presas eternas desse paradigma. Mas não é assim que funciona o showbiz? Para o artista, novos trabalhos tentam provar que a mina não se esgotou e que ainda pulsa uma canção nova que deve ser mostrada. Nesse seu disco, Elton tenta um retorno a um tom
Geraldo Chacon*
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mais heavy, como pode ser notado em “Looking up”, onde Johnstone carrega na guitarra e o andamento rock tenta meio que rejuvenescer a batida no piano célebre. Rock do crocodilo disfarçadamente revisitado. A que dá título ao cd, também em batida mais pesada, tenta um riff nos teclados e traz uma letra meio psicodélica de Bernie. “Blue wonderful” é mais comedida e calma e mostra também a intenção de sobressaírem os sons da guitarra (excelente o solo de T Bone Burnett). A melodia de “A good heart” está no ponto e lembra uma Nikita nostálgica. Já “I’ve got two wings”, com levada country, remete mais à receita dos antigos sucessos do compositor, com letra meio simplista do parceiro. Canção certeira é “Tambourine”, com Ray Cooper no próprio, mostrando refrão chiclete e arranjo interessante. A melhor do cd, com certa vantagem, é a bela “Claw Hammer”, melodia inventiva e mais digna dos seus hits de outrora. Nenhuma novidade grande, nenhuma surpresa mirabolante, apenas um velho tecladista genial mostrando mais dez canções novas. Parece pouco, e é mesmo, se compararmos à trajetória inspirada dele, mas ainda agradável de se ouvir e ficar reforçada a ideia de que o cara, ainda que meio enrugado e repetitivo, permanece vivo e na estrada. Ainda bem que é assim. (*) escritor, autor da biografia de João do Vale
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a ficção, quem conta um conto acrescenta um ponto, é o que dizia e provava meu patrono Machado de Assis. Eu ainda acrescentaria que quem conta um conto acrescenta um ponto, ou tira, conforme a memória trabalha ou atrapalha. Uma pessoa amiga me contou a seguinte estória. “Eu não sei explicar para o senhor, mas comigo acontece coisa esquisita. Eu sei o que é, mas explicar não posso. Mediunidade é a palavra que eu uso, mas pode ter outra explicação, de repente eu percebo uma coisa, sem motivo nenhum. Vou contar um caso que o senhor vai gostar, essa história aconteceu faz algum tempo, mas se perguntar por aí vai encontrar muita gente que se lembra disso. Aconteceu por volta de 2003 ou 2004. Meu filho talvez se lembre. Eu ia viajar para São Paulo e já tinha fechado minha mala. Não faltava mais nada para fazer. Meu filho já era bombeiro e estava para chegar. Era só me despedir dele e partir, mas algo em mim, aqui assim ó, no peito, começou a mexer, a vibrar e eu passei a sentir um cheiro de coisa queimando. Não entendo como, mas descobri que aquilo estava acontecendo ali para o lado da casa do Antônio, o Tom, não dele mesmo, mas do pai dele que era perto. A casa do pai dava para a rua de cima e a dele para a rua de baixo, a mesma rua onde eu moro. Era só subir um pouco. Então eu fui subindo e olhando, não conseguia pensar em mais nada, já tinha esquecido a minha viagem, aquilo que me puxava era muito mais forte. Foi quando eu cheguei na frente do portão da casa do Tom que ouvi a primeira explosão e vi aquela linguona de fogo saltar pela janela. Já imaginei aquele senhor doente que estava dentro da casa sendo queimado. Me desesperei. Só quando voltei da viagem fiquei sabendo que a mãe dele havia saído para se
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reunir com a família em outra casa próxima e estavam à beira da piscina, sem tomar consciência do que estava acontecendo. Na hora, só pensei em chamar meu filho que devia ter chegado. Voltei correndo e quando avistei a nossa casa pude ver que ele estava na sacada, na parte de cima, porque eu morava em baixo e ele em cima. Ele estava bonito naquela farda de soldado da vida, como ele sempre falava. Estava tirando a camisa e não conseguia me entender porque o vento levava minha voz e eu estava gritando: “Filho, corre, vem salvar uma vida, vem, está pegando fogo na casa do pai do Tom, corre, incêndio”. Acho que ele ouviu, pelo menos, a última palavra, porque nem desceu pela escada, de lá mesmo da sacada de onde estava, com a camisa na mão, saltou na grama em baixo, rolou, levantou rapidamente vestindo a camisa e voltou comigo. Corremos até a casa e preocupação dele era o gás, onde está? Nem me lembro como ele desligou o gás. Nisso chegaram os bombeiros e arrancaram o doente para fora. Foi o tempo certo, porque o fogo já tomava tudo, espalhando-se através das madeiras e dos fios, espantando a todos que ouviram a primeira explosão e vieram ver o que estava acontecendo. A ambulância chegou e levou o enfermo para o hospital, mas só por precaução porque ele estava bem, não sofrera qualquer queimadura ou arranhão. Os bombeiros lutaram contra as chamas, mas nada adiantou porque a
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casa veio ao chão, não ficou nada. Tudo queimado, televisão, geladeira, nada sobrou. Depois tiveram que reconstruir a casa toda, limpar o terreno e começar do zero. Eu, no instante que tudo estava resolvido, peguei a mala e viajei, sem dar tempo a ninguém de comentar o acontecido comigo. Só depois de umas semanas, voltando da viagem, recebi a visita da minha vizinha. Eu não lhe contei, mas a gente se cumprimentava, era gentil, mas nunca fomos uma na casa da outra. Nem havia entre nós o costume de conversar na rua. Por isso fiquei surpresa quando ela veio à minha casa depois que voltei da viagem, veio me agradecer e comentou então sobre o meu filho: − Nunca pensei. Eu fico me lembrando de seu filho, menininho tão pequeno e magrinho. Vejo ele ainda, em cima dos telhados, soltando pipa ou brincando com outros moleques de guerra, dando tiros com revólver de brinquedo. Nunca imaginei que um dia aquele menino fraquinho fosse salvar a vida do meu marido. Quando fizeram o levantamento para descobrir o que havia provocado o incêndio, descobriram que quando a mãe de Tom saíra da casa, tinha acendido uma vela pedindo a melhora de saúde do marido. Como aqui venta muito e a janela estava aberta, o vento devia ter empurrado a cortina e era uma cortininha dessas muito fininhas de modo que ela foi até a vela e ao encostar nela pegou fogo que logo subiu e chegou até o ar condicionado provocando aquele curto-circuito e o barulho que ouvi, mas isso fiquei sabendo só depois da perícia. Por isso que eu sempre digo, não gosto de vela!” *Geraldo Chacon é membro da Academia Araruamense de Letras. A história é baseada em fatos reais, mas os nomes foram substituídos por razões pessoais.
Corrupção na visão do Papa Francisco
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orrupção e Sociedade são temas universais e acompanham a história da humanidade desde que o mundo é mundo. Assim, em tempos de crise política e denúncias de corrupção, é fundamental que todos reflitam esses temas com parcimônia e cuidado. É preciso que não sejamos passivos na atuação sociopolítica de nossa nação, pois ela afeta a cada um de nós. Mas como é possível agir de forma ética e esperançosa? No livro “A pátria é um dom – Rever com esperança nossos vínculos sociais”, escrito pelo Papa Francisco e publicado pela Editora Ave-Maria (www. avemaria.com.br), o Santo Padre nos exorta através de suas homilias e nos encoraja a conhecer nossa própria pátria, acompanhá-la e mudá-la se e quando necessário, e a combater os males da corrupção, mas sempre com base nos deveres e valores cristãos. Mais do que se coabitar num mesmo espaço geográfico, a identidade de uma nação se constrói com atitudes concretas em benefício do coletivo. Na obra A pátria é um dom - Rever com esperança nossos vínculos sociais, Papa Francisco fala sobre os encontros de Jesus com os discípulos de Emaús; com a viúva de Naim; Zaqueu; ou os seus discursos em que Ele enfatiza que não veio para ser servido, mas para servir; o bom samaritano; as bem-aventuranças; a revelação do Evangelho aos humildes. Todas essas passagens bíblicas nas reflexões do Papa divorciam-se de uma leitura ou interpretação intimista da Sagrada Escritura para se tornarem um legado do mais genuíno exemplo de viver em sociedade. O livro é composto por nove homilias que apresentam a temática principal sobre a pátria.
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EXPEDIENTE O Jornal Poiésis - Literatura, Pensamento & Arte é uma publicação da Mota e Marin Editora e Comunicação Ltda. Editor: Camilo Mota. Diretora Comercial: Regina Mota. Conselho Editorial: Camilo Mota, Regina Mota, Fernando Py, Sylvio Adalberto, Gerson Valle, Marcelo J. Fernandes, Marco Aureh, Francisco Pontes de Miranda Ferreira, Charles O. Soares. Jornalista Responsável: Francisco Pontes de Miranda Ferreira, Reg. Prof. 18.152 MTb.
Rua das Bougainvilleas, 4 - Rio do Limão - Araruama-RJ CEP 28970-000 ( (22) 98818-6164 ( (22) 99982-4039 ( (22) 99770-7322 E-mail: jornalpoiesis@gmail.com Site: www.jornalpoiesis.com.br. Facebook: www.facebook.com/ jornalpoiesis Distribuição dirigida em: Saquarema, Araruama, São Pedro da Aldeia, Iguaba Grande, Cabo Frio, Arraial do Cabo e Petrópolis. Fotolito e Impressão: Tribuna de Petrópolis.
Colaborações devem ser enviadas preferencialmente digitalizadas, espaço simples, fonte Times New Roman ou Arial, corpo 12, com dados sobre vida e obra do autor. Os originais serão avaliados pelo conselho editorial e não serão devolvidos. Colaborações enviadas por e-mail devem ser anexadas como arquivo .doc ou .docx. Os textos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Jornal Poiésis.
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nº 241 - abril de 2016
Marinha fará exposição de aeronave em Araruama, Iguaba Grande, São Pedro da Aldeia e Búzios
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o próximo dia 30 de abril, quem visitar a Praça Antônio Raposo vai conferir uma atração a mais: a exposição de um helicóptero da Marinha do Brasil, o Super Lynx (AH-11A). O evento faz parte das comemorações do centenário da Aviação Naval. No dia 21 de maio, será realizada a festividade ‘Portões Abertos’ da Base Aérea Naval de São Pedro da Aldeia. Neste dia, a população terá acesso livre à Organização Militar, quando terá a oportunidade de assistir demonstrações aéreas, exposição de viaturas anfíbias, demonstração de cães dos Fuzileiros Navais, atendimento médico e odontológico, dentre outras atrações. No dia 23 de agosto de 2016 a Aviação da Marinha do Brasil completará 100 anos de história. Nessas dez décadas a Aviação Naval esteve presente em momen-
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tos importantes da história brasileira, criando a primeira escola militar de aviação do país e, portanto, tornando-se o berço da nossa aviação militar. Como pioneira no Brasil, a Aviação Naval contribuiu com o desbravamento das rotas aéreas do litoral e em operações de patrulha durante a Primeira Guerra Mundial. Em 1941, a Aviação da Marinha cedeu pessoal, bases aéreas navais e aviões para a criação da Força Aérea Brasileira. Atualmente, além de patrulhar os mares e águas interiores, seus aviões e helicópteros são rotineiramente requisitados para diversas missões, tais como atividades de busca e salvamento, assistência hospitalar aos ribeirinhos da Amazônia e Pantanal Matogrosense, além de apoio à defesa civil em situações de calamidade pública, tais como enchentes, incêndios florestais e desastres ambientais.
Luiz Carlos Padilha
SERVIÇO Exposição Estática da Marinha Horário: 9 às 16 horas Entrada Franca Dia 16/04: BÚZIOS Aeronave: Esquilo (UH-12/13) Local: Praça D. Dita
Dia 30/04: ARARUAMA Aeronave: Super Lynx (AH-11A) Local: Praça Antônio Raposo Dia 07/05: IGUABA GRANDE Aeronave: Esquilo (UH-12/13) Local: Praia da Lagoa “Popeye”
Nova escola Padre Manuel é inaugurada em Saquarema
undado em 1990, o Centro Municipal de Educação Padre Manuel está totalmente remodelado. Uma nova construção foi erguida no bairro Porto da Roça e inaugurada pela Prefeitura de Saquarema no dia 30 de março. A nova unidade é agora a maior escola Municipal do Estado do Rio de Janeiro. São 22 salas, laboratório de artes, informática, química, anfiteatro, quadra poliesportiva, gramado sintético, amplo pátio, além de cozinha e refeitório maiores. A prefeita Franciane Motta destacou o compromisso com a educação durante seu
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ASSISTÊNCIA MÉDICA ALBUQUERQUE MAGIOLI
Prefeitura de Araruama impede invasão em Praia Seca Divulgação
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André Barbosa
Projeto foi apresentado pela deputada estadual Marcia Jeovani
em Pesquisa do Conselho Nacional de Saúde, os testes clínicos poderão ser feitos em voluntários, mediante laudo médico e consentimento do próprio paciente,
Dia 21/05: SÃO PEDRO DA ALDEIA Portões Abertos na Base Aeronaval
Divulgação / SECOM PMS
governo. “Com essa escola, estamos trazendo mais qualidade para os alunos. Além disso, a comunidade também ganha. Em cada canto de Saquarema temos uma escola modelo, padrão. Que vai além de um prédio bonito. Pois tem equipe, tem funcionários qualificados que deixam o ensino de nossa cidade como modelo para outros municípios”, disse. No dia 18 de março, também foram inauguradas as obras de reforma e ampliação das escolas municipais Prefeito Walquides de Souza Lima e Professora Maria de Lourdes M.P. Barreto.
Projeto de Lei viabiliza pesquisa sobre a “pílula do câncer” no Estado do Rio
deputada estadual Marcia Jeovani (PR-RJ) protocolou no dia 8 de março (Dia Internacional da Mulher) o projeto de Lei Nº 1.503/2016, que autoriza um convênio entre o Governo do Estado do Rio de Janeiro e a Universidade do Estado de São Paulo (USP) para estudo da fosfoetanolamina, mais conhecida como a “pílula do câncer”. O convênio visa analisar a eficácia científica da pílula através dos hospitais especializados no combate ao câncer e principalmente pelo Instituto Nacional do Câncer (INCA) na capital, que atende também a rede estadual saúde. Diante de toda a burocracia e polêmica envolvendo os órgãos de fiscalização, como ANVISA e Comissão Nacional de Ética
Dia 14/05: SÃO PEDRO DA ALDEIA Aeronave: Super Cougar - (UH-15) Local: Praça Hermógenes Freire da Costa – Praia do Centro
já que a eficácia da substância têm surpreendido pessoas com estágio avançado da doença. “O objetivo principal do projeto é de que os órgãos es-
pecializados acompanhem de perto as pesquisas e possam avançar junto aregularização e comercialização do medicamento, e que no futuro os pacientes assistidos pelo SUS tenham acesso gratuitamente à pílula”, salientou a deputada Marcia Jeovani. A preocupação da parlamentar com a saúde preventiva tem sido constante no plenário da Alerj e uma de suas proposituras, a Lei Angelina Jolie, foi sancionada pelo governador Luiz Fernando de Souza Pezão, que dispõe sobre a realização gratuita de exames de detecção de mutação genética dos genes BRCA1 e BRCA2 em mulheres com histórico familiar do diagnóstico de câncer de mama ou de ovário em todo o Estado de Rio de Janeiro.
raças a uma ação conjunta de agentes públicos da Prefeitura de Araruama, Polícia Florestal e Instituto Estadual de Ambeinte (INEA), uma invasão da reserva de Massambaba foi impedida na tarde desta quinta-feira, dia 31, no distrito de Praia Seca. Após denúncias feitas por moradores da região, agentes da Secretaria Municipal de Ambiente mobilizaram um contingente de apoio para impedir que cerca de 50 pessoas ocupassem uma área de preservação am-
biental próximo à Praia do Vargas. “Quando chegamos ao local, as pessoas já estavam roçando e delimitando terrenos, o que configura crime ambiental e uma agressão gravíssima à APA de Massambaba”, disse o secretário de Ambiente, Alan Tavares. Todos os invasores foram notificados pelos órgãos que participaram da repressão ao crime ambiental. A ação contou ainda com apoio da Guarda Civil e da Polícia Militar.
Especialiteraturas da Casa! Grey Grey, escrito pela britânica E.L. James, uma releitura da própria trilogia Cinquenta Tons de Cinza, pela perspectiva do personagem Christian Grey. O nosso publico feminino tem interesse marcante nos provocativos enredos do gênero. O romance não é recomendado a menores de 18 anos, pois oferece linguagem depreciativa e rituais de sadomasoquismos.
É distribuído pela editora Intrinseca. A obra está entre as mais vendidas na Livraria Castro Alves.
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4 O QUE QUEREMOS PARA O BRASIL?
nº 241 - abril de 2016
Dinovaldo Gilioli*
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crise, mais política do que econômica, desafia especialistas sobre os desdobramentos do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff (PT). A oposição, capitaneada pelo PSDB e DEM, com a ajuda de parte do PMDB, da grande mídia, da Federação das Indústrias de São Paulo (FIESP) e de setores da área jurídica, está conseguindo o que pretendia: sangrar o governo. Independente da análise que se possa fazer da manifestação do dia 13 de março e das mais recentes, não se pode desconsiderar que o ato retumbou no país inteiro com as principais palavras de ordem: fora Dilma, fora Lula, fora PT, fora Cunha,
Paulo Pinto/Agência PT
fora Renan e contra a corrupção. De fato, a carga pesada está sobre o PT. No entanto, sobram faíscas para outros partidos e políticos que tentam se aproveitar da situação. As principais lideranças do PSDB, Aécio Neves e Ge-
raldo Alckmin, tiveram que sair de fininho da manifestação na cidade de São Paulo. A questão fundamental é a seguinte: além de se combater a corrupção e os corruptos, o que é natural, qual é a alternativa ou as alternativas que se apresentam para o
Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
país? Neste sentido, entendo que as manifestações contra e pró Dilma precisam alcançar um patamar político mais elevado. O ranço e animosidade reinantes não projetam saídas saudáveis, vide o que ocorreu na dita-
PAM de Araruama registra mais de 25 mil atendimentos no primeiro bimestre
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e acordo com o relatório referente aos meses de janeiro e fevereiro deste ano, o PAM de Araruama atendeu mais de trinta mil pessoas, num somatório das 26 especialidades oferecidas pelo Pronto Atendimento Médico. Segundo o diretor administrativo, Luiz Antonio da Silva, trata-se de dados já repassados pelo Ministério da Saúde, uma vez que o levantamento do número de consultas, feito detalhadamente de acordo com cada tipo de atendimento, é enviado diariamente para Brasília. “Recebemos a confirmação de 25.724 quanto ao número de pacientes que passaram pela instituição nos meses de janeiro e fevereiro, sendo que ainda ficaram faltando serem contabilizados aqueles que se submeteram às ses-
Regina Mota
O setor de atendimento à mulher é um dos diferenciais da unidade de saúde
sões de Fisioterapia, que geralmente ficam em torno de seis mil mensalmente”, disse Luiz Antonio. Vinte e seis especialidades clínicas são oferecidas no Pronto Atendimento Médico de Araruama, sendo eles: Neurologista, Nefrologista, Alergista, Geriatra, Pneumo-
logista, Cardiologista, Dermatologista, Nutricionista, Angiologista, Ginecologista, Mastologista, Urologista, Otorrinolaringologista, Endocrinologista, Proctologista, Ortopedista, Gastroenterologista, Oftalmologista, Clínico Geral, Reumatologista, Dentistas, Fonoaudiólogos,
Fisioterapeutas, além de realizações de pequenas cirurgias, cirurgia geral e risco cirúrgico. O PAM conta ainda com o Espaço da Mulher, com atendimento de Ginecologista, realização de preventivos, colonoscopia e mastologia. O espaço possui ainda ultrassonografia, endoscopia digestiva alta e ecocardiograma, todos feitos de forma digital, e eletrocardiograma Os agendamentos para as consultas são feitos de segunda a quinta-feira, das 17hs às 20hs e quando ocorre o fato de sobrarem vagas, ainda segundo a administração, os mesmos podem ser feitos de 8hs ao meio dia. Já o funcionamento do PAM é de segunda à sexta-feira das 7hs às 17hs. (Regina Mota)
Dia de Conscientização do Autismo deverá ser observado em Araruama
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e autoria do vereador Walmir Belchior, o Amigo Walmir, o projeto de Lei que institui o dia 02 de abril como o “Dia de Conscientização do Autismo”, foi aprovado pela Câmara de Vereadores de Araruama e está no aguardo da sanção do Poder Executivo Municipal para entrar no calendário oficial da cidade. O vereador incluiu na justificativa do projeto de Lei um alerta para o assunto, já que o Autismo, ou Transtornos
Regina Mota
Projeto de Lei foi apresentado pelo vereador Amigo Walmir
do Espectro Autista – TEA, é uma condição geral para um
grupo de desordens complexas do desenvolvimento
do cérebro, antes, durante ou logo após o nascimento da criança. Os distúrbios são caracterizados pela dificuldade na comunicação social e comportamentos repetitivos. Apesar do portador de autismo ter comportamento diferente, isso não o impede de ter aprendizado em algumas áreas e a maioria aprende com facilidade visualmente, pois eles são atentos aos detalhes e à exatidão. Geralmente possuem capacidade de memória muito acima da média.
dura civil-militar. Que o Brasil vive uma de suas piores crises políticas, é fato. Que a oposição tem colocado gasolina na fogueira, também é fato. Diante disso, qual é o rumo, quais são as propostas objetivas capazes de desvencilhar os
nós da política rasteira? O que fazer para o país avançar em favor de seu povo? Este é o desafio posto aos políticos realmente comprometidos com os interesses da nação e de sua gente. Este é o desafio para todos os cidadãos e cidadãs conscientes de seu papel na política, com “P” maiúsculo. O Brasil depende muito das ações articuladas da sociedade civil organizada. Ainda que um e outro posem de herói, não há salvador da pátria! *Dinovaldo Gilioli, autor dos livros Sindicato e Cultura (Sinergia/Editora Insular) e Cem poemas (Editora da UFSC), entre outros. dinogilioli@yahoo. com.br
OS 15 ANOS DA AAPA Regina Mota
Silvio Martins (de branco) e a esposa Anna foram homenageados pela AARALETRAS no evento comemorativo dos 15 anos de fundação da AAPA.
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Associação dos Aposentados e Pensionistas em Araruama – AAPA completou 15 anos em março e reuniu amigos e sócios, dia 19/03, para comemorar a data em alto estilo, com a presença da Academia Araruamense de Letras – AARALETRAS que levou música, poesia e homenagens ao encontro. A entidade nasceu em 2001, quando um grupo se reunia mensalmente com o objetivo de alinhavar o que se tornaria futuramente a associação, que tem objetivos sociais, além de defender os interesses da classe, entre os quais oferecer lazer cultural aos aposentados e pensionistas. Para tanto, toda primeira sexta-feira de cada mês acontece uma reunião, às 15 hs, com arte,
cultura e convivência entre o grupo. O presidente Silvio Ribeiro Franklim Martins, há dois anos no cargo, anuncia que em setembro convocará nova eleição para recompor a diretoria. “Em 2017 deveremos mudar o quadro de diretores. Gostaria de lembrar que fazemos eventos com o objetivo de angariar fundos para a reforma do prédio onde funciona a associação. Para aqueles interessados em pertencer à entidade basta fazer a adesão no valor de R$30,00 e colaborar mensalmente com R$15,00. Temos ainda convênios com alguns médicos que proporcionam descontos em consultas”, disse ele. A AAPA funciona na Avenida Hawaí, nº 10, bairro Hawaí.
Emagreça com saúde
Crepinhaça
Audiência Pública sobre empoderamento de mulheres acontece em Araruama
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erá realizada no dia 18 de abril, a partir das 14hs, na Câmara dos Vereadores de Araruama, a Quarta Audiência Pública da Comissão Especial para o Empoderamento da Mulher no Esporte e na Política, da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro. O evento, aberto ao público, é uma iniciativa das deputadas estaduais Marcia Jeovani, Ana Paula Rechuan, Daniele Guerreiro, Marta Rocha e Zeidan, pertencentes à referida Comissão. O Movimento Articulado de Mulheres e Amigas de Saquarema – MAMAS já confirmou presença, bem como participantes de órgãos públicos e instituições voltadas aos interesses femininos.
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Ingredientes: - 2 ovos - 1 colher de sopa rasa de farinha de linhaça dourada - orégano, e queijo ralado a gosto. Prepare do mesmo modo que uma omelete e coloque o recheio a seu gosto. Meu recheio foi de peito
de peru com queijo minas padrão!! Delicioso!!! Dr. Tury Souza trabalha com Nutrição Clínica | Funcional & Esportiva. Mais receitas como essa você encontra em www.dietalowcarb.org. Receita enviada pela seguidora @birivera.
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nº 241 - abril de 2016
A MOLDURA DE PRAGA Gerson Valle
(Inspirado numa ideia sobre moldura, da poeta Christiane Michelin, a quem dedico este conto)
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uardo a impressão de haver na cidade de Praga muitos feiticeiros, desde duendes engraçadinhos a demônios. Daí a interferência constante, em seus habitantes, da realidade com a inverossimilhança, o inusitado, grotesco, barroco ou expressionista, situações kafkianas... Bem como um certo temor, em mim, ao tratar com os garçons de seus cafés. Talvez por sempre lembrar de um que me deixou muito tempo esperando pelo pedido e este veio trocado com de outro freguês. Ao destrocá-lo, pareceu-me já um pouco mastigado pela outra mesa. Comi-o sem malícia, só depois raciocinando poder ter misturado salivas alheias, restos de vírus em meu prato. Espirrei alguns dias por isto. E, ao pagar a conta, o garçom, com seu aspecto sinistro - nariz adunco, olhos saltados, andar curvado como um monstrengo - esboçou um sorriso de zombaria. Como confessando ter agido de propósito. Talvez por implicar com estrangeiros, com quem pratica seus feitiços sem sentimento de culpa de estar prejudicando um compatriota. Implicância, de resto, encontrável em alguns recantos dessa Europa onde os imigrantes parecem provar a todo lado o absurdo nazista de querer que um povo não seja miscigenado.
O garçom se vinga da realidade, quem sabe colocando feitiçarias no meu lanchinho não só para espirrar, mas ser levado a um pesadelo? Humor negro de bruxo! Enquanto tomava minha refeição nesse Café, distraí-me olhando uma parede cheia de quadros, parecendo-me que no canto contrário a que me encontrava havia uma moldura verde aparentemente vazia. Na saída, cheguei-me próxima dela, pois fiquei na dúvida se efetivamente estava vazia, às vezes recebendo um sombreado sem que eu pudesse dizer se era um reflexo ou alguma deficiência de minha vista, o que me deixou preocupada (será que estou precisando usar óculos?). Aos poucos comecei a distinguir as feições de uma mulher meio índia meio mulata brasileira sentada com um vestido parecido com o que eu usava na ocasião. Aproximei-me tanto que acabei olhando para o próprio vestido, percebendo que era o que eu usava efetivamente, e me sentindo ali sentada, dentro do quadro, olhando para fora dele aonde antes me encontrava, visualizando o Café com suas mesas e fregueses, mas sem mim. Eu passara para o outro lado. Presa dentro da moldura. Quis me mexer, tirar a carranca com que estava ao ser transportada. Seria medo? Virara uma foto sem vida, por mais que minha mente se atropelasse em tentativas de explicações, esforços de libertar-me. Não demo-
rou muito o tal garçom apareceu em frente ao quadro, com seu sorriso malévolo, satisfeito por atingir seus fins. O som do Café, entretanto, não chegava a meus ouvidos. Encontrava-me em minha casa no Brasil. Às vezes ouvia os passos do quarto aos fundos da sala onde estava sentada. Sem dúvida do meu marido. Tudo parecia um dia normal de minha vida, bem longe da República Tcheca. A voz de meu marido me veio, indagando da hora que havíamos combinado de irmos à reunião com alguns amigos. E eu pensei neles com ironia em minha educação de conveniência. A realidade de casa não se adaptava à aflição sentida pela magia. Uma distância de tudo, de todos. Quem seria eu, meu lar? A que me encontrava atrelada nesta vida? Um estranhamento em relação a tudo. Uma repentina conscientização do distanciamento de mim e do resto das coisas e pessoas. Era esta a maldição do feiticeiro de Praga? Colocar os estrangeiros fora do mundo, de todas as realidades possíveis, estrangeiros de tudo? As coisas se passaram muito rápido. Como é possível mudar-se não só da condição de vivente para se tornar um quadro, como também de estar participando de um momento ativo para de repente, sem razões aparentes conhecidas, questionar-se da relatividade de nosso aprendizado, cultura, existência? Não sei quanto tempo demo-
rou essa situação aterrorizante. Pode ser que segundos, sei lá! O suficiente para minhas reflexões me tirarem a certeza da cosmovisão amadurecida em mim. Se fiquei presa olhando o vestido, quem sabe olhando de novo para ele, saia daqui? E, num esforço nascido do desespero, tirei o olhar do Café, abaixando-o, e meu corpo alcançava a liberdade. Corri para a rua, sentindo-me de novo ligada ao ar que respiro e à apreciação de uma bela paisagem de Praga. Sim, Praga é bonita. Não importa quantos garçons feiticeiros percorram seus espaços. Talvez a bruxaria seja do tempo acumulado do estilo barroco ao anterior, medieval. Sua conformidade de estética complexa vem do gótico, pulando ao barroco e ao romantismo do século XIX, ladeando a eterna fluência do rio Moldávia com suas pontes. A mágica sobe a ladeira, atingindo o Castelo, a Catedral. Ou será que vinda de lá? Procurei a igreja com a imagem do Menino Jesus. Era preciso exorcizar-me da impressão maléfica da prisão na moldura verde. Dizem ser ela milagrosa. Mais um dos encantamentos sobrenaturais da cidade! Mas, nada de encontrá-la. Ao contrário. Perdi meu caminho e fui dar de novo no Café do garçom diabólico. O Café atraía-me, malgrado o desejo de libertar-me. Adentrei o salão para verificar se a moldu-
ra estava vazia, ou tentar entender-lhe. Lembrei-me da voz de meu marido, como se estivesse no Brasil. E ele, de fato, ficara lá, eu viajando sozinha. A impressão da distância do marido e de toda realidade mundana, que me viera quando aprisionada no quadro, voltou-me forte. - Diacho! Eu já não havia me libertado disto? Foi preciso que eu me distanciasse do quotidiano, para vir questionar-me as razões de mim mesma. E a dúvida existencial tentasse corromper-me. Talvez o tipo de beleza antiga de Praga e o ar sofrido de um povo surrado por guerras, procurando escapatórias no sobrenatural, tornasse-me em alguma escondida eu profunda. Atingi meu sentido do imponderável. Sinto-me incapaz de voltar a ser como era. Ao menos enquanto me estranho num percurso não convencional para mim. E o garçom entre as mesas ria-se, zombando de toda solidez do mundo! Tempos esquizofrênicos a espatifar minha integridade! Minhas antepassadas índia e negra acusam meu antepassado branco de exploração, e eu não encontro mais o convívio pacífico de minha miscigenação brasileira! Saio para a rua a protestar contra mim! Não é obra só do feiticeiro de Praga. Em Washington, Paris, Pequim, em toda parte o sistema financeiro, feiticeiro perverso, maquiavélico, sem pátria, frio, mesquinho,
POESIA No fim... Charles Soares Quando chegar ao fim a sentença Interrompendo o compasso Não exponha em ritos meus restos,... Pois eles não dizem o que sou. Dispense o choro, as flores... Despreze os despojos sem vida, Celebre comigo a partida As dores, os risos e amores Traga-me apenas a saudade Das marcas que fiz no caminho, Talvez pense em mim com carinho Não deixe a tristeza chegar... Levo a lembrança de uns poucos E peço o perdão de outros tantos Que não me esforcei para amar. Charles Soares é professor de língua portuguesa e literatura, reside em Saquarema
NEM TUDO ESTÁ PERDIDO Alcides Buss Ainda entra um pouco de luz na cozinha. O quadro na parede tem um pássaro vivo. No criado-mudo há um livro esquecido. Nem tudo começa. Nem tudo termina! No meio do livro tem uma nota de cinco. Alcides Buss é poeta e professor universitário, reside em Florianópolis-SC.
impõe forjada globalização, para que eu duvide de mim, colocando-me em guerra civil contra minha maneira de ser, tão bem encontrada nesse mundo de rivalidades bélicas, quando ainda me tinha como uma nação reformadora dos preconceitos do mundo! Obrigam-me a competir com minhas origens, com meus vizinhos, com tudo que exista, para exibir orgulhosa a cabeça degolada de uma parte que me formara! E eu já não poder ser senão igual à imperial democracia norteamericana, das eleições em que vencem os que têm mais dinheiro. É uma democracia (poder do povo) ou nomismacracia (poder do dinheiro)? Mas, formada embaixo de um telhado de vidro, basta jogar uma pedra que a estrutura desaba. E o poder financeiro globalizado usa disto a seu interesse quando necessita, por saber da fragilidade da por ele mesmo propagada demonumismacracia, nos esfacelando todos, nos obrigando a digladiar para perdermos nossa independência de sermos cafuzos, mulatos, tão naturalmente resolvidos após séculos de formação por outras brigas... E pisarem com força sobre nossas cabeças! Depois nos exibem na moldura de um Café talvez perdido na “barroquice” de Praga...
*membro da Academia Brasileira de Poesia e da Academia Petropolitana de Letras.
Pela fresta Christiane Michelin
DIALÉTICA DO COPO
A flor flagrada pela fresta do vitral, em dia de festa, assume ares de gala. Traz, todavia, em sua essência, a sapiência de se saber efêmera. Carrega a sabedoria do simples nas cores, na forma. Forja em si uma nova vida que se refaz em fruto e se desfaz em folhas. Recria o ciclo da vida e permeia o belo com seu soberano existir.
Dinovaldo Gilioli um copo carrega silêncios murmúrios batons saliva entre os dentes os dentes do copo é sua arma dura língua afiada o corpo do vidro vibra na mão que emoldura na boca que seca a sede na pele quente ou fria
Christiane Michelin é presidente da Academia Petropolitana de Letras.
antes que extermine o dia
NÃO VAI TER GOLPE! Dinovaldo Gilioli Autor do livro Sindicato e Cultura (Editora Insular/Sinergia) e Cem poemas (Editora da UFSC)
Jorge Antunes A alta casta faz teste, dedo em riste. Há quem goste e se assuste. Ele gasta, bem se veste, mas é triste. Do que gosta? Do Ustra! Lá no MASP, na FIESP, só existe já quem cospe na USP. Mas nos basta o que resta e resiste como um poste, e o que custe. Se alastra o nordeste e o artista aposta na luta. Entusiasta da festa, pacifista: resposta robusta. Te afasta, seu peste! Desiste! Tu és bosta e embuste! Jorge Antunes, poeta e músico, professor na Universidade de Brasília (UnB)
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nº 241 - abril de 2016
Ensino de qualidade é destaque em escola pública de Araruama
Em Foco
com Regina Mota
Regina Mota
Marcelo Figueiredo
Dia Internacional da Mulher - Em Araruama as comemorações aconteceram dia 12/03, na Praça Antônio Raposo. O evento foi realizado pela Prefeitura, através da Secretaria da Terceira Idade e Desenvolvimento Humano, em parceria com outras secretarias. Na foto, Rosana, Claudia, Joany e Iná, funcionárias do CRAM e da Terceira Idade. Tocha Olímpica - Durante os ensaios para a passagem da tocha na Região dos Lagos, a estudante de Jornalismo, Daiane dos Santos, pôde segurá-la e correr com o símbolo das próximas Olimpíadas que será realizada em agosto, no Rio. Esse momento ficará para a história e na memória dos que participaram dessa prévia. Divulgação
Vencedores - O Grupo de Dança da Daumas Academia, de Saquarema, conquistou o 1º lugar no Festival de Dança de Santo Amaro, em São Paulo. Parabéns aos bailarinos, que estão sempre se destacando com muita beleza e qualidade em suas apresentações.
Sandra Leal
Regina Mota
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recém inaugurada Escola Municipal Vereador Alcebíades Carvalho das Flores está em pleno funcionamento, desenvolvendo educação de qualidade dentro de uma proposta que valoriza a consciência ambiental e a cultura. As salas temáticas foram adequadas para atender as crianças em suas diversas atividades, como sala de leitura, sala de recursos para inclusão de portadores de necessidades especiais e sala para aulas do projeto Mais Educação, com instrumentos musicais e diversos outros recursos pedagógicos. Com área total construída de 980 metros quadrados, a escola conta com 10 salas de aula, laboratório de informática, biblioteca, salas administrativas, auditório, cozinha, refeitório e cantina. A antiga escola será demolida e em seu lugar serão construídas uma quadra coberta, área de lazer e quadra de areia. O prefeito Miguel Jeovani destacou a realização da obra como uma conquista para o bairro Fazendinha, que também está recebendo outras melhorias durante seu governo. “Este é mais um compromisso assumido que estamos entregando para a Fazendinha, uma escola nova, construída dentro de princípios de sustentabilidade e que vai fazer a diferença para a comunidade. Neste mesmo bairro já inauguramos a Praça Chico Russo e em breve iremos entregar para a população uma creche para 200 crianças e uma Unidade Básica de Saúde”, disse.
Marcelo Figueiredo
O prefeito Miguel Jeovani e a deputada Marcia Jeovani conhecem os recursos da nova escola na Fazendinha Fotos: Camilo Mota
A sala de recursos foi adaptada para atendimento inclusivo
No refeitório, alimentação balanceada e de qualidade.
Teatro a Bordo estará em Araruama e Saquarema
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Homenagem da Academia - Em 19/03 tive a honra de receber das mãos dos membros da Academia Araruamense de Letras uma bela homenagem de Honra ao Mérito pelo apoio prestado à mesma durante o primeiro ano de existência. Nessa foto, tirada pela amiga Sandra Leal, do Jornal Vitrine, estou ao lado do Manoel de Santa Maria, José Hélito, Cid Magioli, Geraldo Chacon, Chico Peres, Camilo Mota e Hilton Nascimento. O trabalho voltado principalmente para a cultura na Região dos Lagos tem sido reconhecido por entidades e artistas que veem no Jornal Poiésis uma forma de mostrar os seus trabalhos à sociedade. É com muito orgulho, no bom sentido da palavra, que recebo mais um diploma para ser visto na posteridade por ter feito algo de bom para literatura.
Família feliz - A jornalista Daniela Leal, feliz ao lado do filho Lucas. Um dos motivos da felicidade é o Dia do Autista, dia 2 de abril, que deverá entrar para o calendário de comemorações em Araruama. Ter um filho autista no mundo atual ainda é lidar com preconceitos e falta de informação da população acerca do assunto.
s municípios de Araruama e Saquarema recebem este mês mais uma edição do Teatro a Bordo, projeto desenvolvido através do Ministério da Cultura e Instituto CCR, com apoio das prefeituras locais. Em Araruama, o grupo se apresenta nos dias 8 e 10 de abril, na Praça Antônio Raposo, no Centro. Em Saquarema, as apresentações acontecem na Praça de Sampaio Corrêa nos dias 12 e 13. Confira a programação. ARARUAMA DIA 8 – Sexta-feira 9h às 16h30 – Cortejo de chegança dos alunos nas escolas 15h30 – Intervenção na Praça, com oficina de bonecos brincan-
Daumas Academia Escola de Dança
Curta uma vida, alegre e saudável!!!
A partir dos 2 anos e meio, até onde sua mente comandar seu corpo. Homens e mulheres, sintam-se vivos!
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Psicoterapia para Adultos e Adolescentes. Psicóloga CRP 05/37510 Aplicação de testes psicológicos. Atendimento de quarta a domingo em Saquarema. ( (22) 98160-6267
Divulgação
tes 17h – Cortejo de chegança dos artistas na Praça DIA 10 – Domingo 15h30 – Oficina: bonecos brincantes 17h – Teatro: Embornal de histórias 18h15 – Apresentação de artistas locais
19h15 – Vídeo 19h30 – Teatro: De Sol a Sol
SAQUAREMA DIA 12 – Terça-feira 9h às 16h30 – Cortejo de chegança dos alunos nas escolas 15h30 – Intervenção na Praça, com oficina de bonecos brincantes 17h – Cortejo de chegança dos artistas na Praça DIA 13 – Quarta-feira 14h – Oficina: bonecos brincantes 15h30h – Teatro: Embornal de histórias 18h – Apresentação de artistas locais 19h – Vídeo 19h30 – Teatro: De Sol a Sol
Ó Meus Amigos! Apagai a lâmpada do erro e acendei dentro de vossos corações a tocha perene da guia divina, pois em breve os avaliadores da humanidade, na santa presença do Adorado, nada aceitarão salvo a mais pura virtude e ações de imaculada santidade. Bahá’u’lláh (1817-1892)
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