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Florais de Bach e o equilíbrio das emoções
Literatura, Pensamento & Arte
O sucesso dos Saltimbancos do Grupo Luz Solar
Página 6 Página 6 Ano XXIII- nº 239 - fevereiro de 2016 - Saquarema, Araruama, Iguaba Grande, Cabo Frio, Arraial do Cabo, S. Pedro da Aldeia e Petrópolis
Literatura Academia Araruamense de Letras empossa novos membros
O elo histórico entre Brasil, África e Portugal através da literatura
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No dia 19 de fevereiro acontece a posse dos novos membros: Ricardo Adriano, Jane Pessanha, José Hélito, Antônio Francisco Alves Neto e Hilton Nascimento. Página 4.
Arquitetura Humanidade e harmonia na obra de Hundertwasser O austríaco Hundertwasser é considerado o precursor de uma arquitetura alternativa, orgânica e ecológica. Página 4.
Terceira Idade Conselho do Idoso de Araruama é empossado Regina Mota
Com representantes do poder público e da sociedade civil, os novos conselheiros cumprirão mandato para o período 2016/2017. A posse aconteceu no dia 27 de janeiro no plenário da Câmara Municipal. Página 3.
Museu do Sal é construído em São Pedro da Aldeia
Nascida em 1583 e morta em 1663, a Rainha Ginga é personagem do romance homônimo do escritor angolano José Eduardo Aqualusa. A obra de
ficção, baseada numa personagem real, aproxima de maneira especial a diversidade de culturas representada no encontro entre Brasil, África
Araruama comemora 157 anos de fundação
Camilo Mota
O museu irá reunir a memória histórica do trabalho em salinas, que foi uma das principais atividades econômicas do município e da Região dos Lagos por muito tempo. A obra é resultado de parceria entre a Prefeitura de São Pedro da Aldeia e o Ministério do Turismo. Página 3.
No dia 6 de fevereiro, o município de Araruama comemora 157 anos de emancipação político-administrativa. Devido ao Carnaval, a Sessão Solene da Câmara Municipal foi transferida para o dia 12. Também estão programadas celebrações religiosas e inaugurações durante todo o mês. Página 3.
e Portugal. Como bem esclarece Gerson Valle, em seu artigo publicado na página 5, “tanto os brasileiros quanto os africanos temos uma li-
gação que pode predispor a uma compreensão mestiça que apazigue os conflitos que crescem agressivamente em nosso tempo”.
A luta contra o Aedes Aegypti é de todos Camilo Mota
A Prefeitura de Araruama intensificou o trabalho de combate ao mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus, realizando mutirões e orientando a população a participar dessa luta, que é de responsabilidade de todos. Um grupo interssetorial também está atuando para planejar as ações. Página 4.
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nº 239 - fevereiro de 2016
A Paula e a filha da Paula Jorge Costa, O Rescator
H
á mais de um ano eu fiz amizade aqui na internet com uma mulher chamada Paula, foi uma amizade virtual bem intensa e quase a estendemos para outros caminhos. Por um motivo ou outro nossa amizade foi “esfriando”, mas nunca deixamos de nos corresponder por e-mail. Depois de um ano o computador de sua filha deu defeito e ela perguntou se eu poderia ir à casa dela para consertar. Eu disse que sim. Ela me deu seu endereço (já havíamos conversado várias vezes por telefone) e lá fui eu a Santa Rosa - Niterói ganhar o meu pão. Chegando lá, apertei o botão do interfone, me identifiquei e escutei a célebre pergunta: Abriu? - Sim, Paula, abriu. Cheguei à porta do apartamento, as fotos não faziam jus a Paula em pessoa, ela era muito mais jovial que seu quarenta e tantos anos, loira, olhos azuis, corpo muito bonito e bem conservado, sem malhação. Estava usando uma calça jeans azul e uma blusinha de alcinha amarela, uma sandália baixa, tudo muito simples. Ao lado dela a sua filha. Magrinha, cabelinho de anjo castanho claro, usando Maria-Chiquinha. Paula abriu um sorriso e disse: - Finalmente nos conhecemos! - É verdade! Respondi. A filha olhou para mim, principalmente para o meu rosto e falou baixinho para a mãe: - Mãe, ele é muito velho! - Fica quieta, menina!
- Desculpa, Jorge, ela tem essa mania de achar que cabelo branco ou grisalho é sinônimo de velhice. - Que nada Paula, eu sei como são as crianças, não ligo para essas coisas. - Jorge, eu preciso tomar banho, fica a vontade, o computador está no quarto dela. - Ok, sem problemas. Fomos ao quarto e a menina me perguntou: - Você não é muito velho para essas coisas de computador? - Acho que não. Respondi. Sentei e peguei o mouse como se fosse um microfone e comecei a falar com o computador. - Computador, liga! Liga, computador! Brinquei com a cara mais séria que pude fazer. A garota saiu correndo e começou a bater na porta do banheiro gritando: - Mãe! Mãe! Eu não disse?! Ele não entende nada de computador! Ele tá pensando que o mouse é microfone! - Menina! Eu te avisei que o Jorge é muito brincalhão; ele só está mexendo com você! Ela voltou para o quarto, meio sem graça, meio puta da vida comigo. Eu comecei a ligar o computador e enquanto ele dava “boot” fiquei olhando os brinquedos arrumados em prateleiras. Bonequinhos diversos, heróis, bruxas, alguns que eu não identifiquei e um Pluto de plástico. - Por que você está olhando tanto para o meu Pluto? - Me fez lembrar da minha irmã mais velha, a Carla. - Você tem uma irmã mais velha ainda que você?
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- Na verdade não, ela é a mais velha das irmãs; ela é dez anos mais nova que eu. - Ela gosta do Pluto? - Não sei. - Então por que meu Pluto lembra ela? - Porque em um natal meu irmão mais velho esqueceu de comprar um presente para ela e foi na noite do dia 23 de dezembro às pressas ao centro da cidade comprar um presente para nossa irmã e voltou com um bonequinho do Pluto e isso ficou na minha cabeça. - Você tem um irmão mais velho ainda que você? - Não, ele já morreu. - De velhice? - Não de AIDS. - Ele era “viado”? - Não, ele era gay. - Não é a mesma coisa? - “Viado” é muito grosseiro, muito agressivo, dizer gay é mais educado. - Então por que você não chama de homossexual? - Já tentei, os gays não gostam muito, que é muito formal, fica parecendo que você está classificando... A Paula chegou. - Ela está te enchendo muito o saco? - Não... Não... Tudo bem... Quando me voltei para a porta do quarto vi que a Paula havia tomado banho e mudado de roupa: Short curto branco mais justo que uma decisão de Salomão, camiseta vermelha igualmente apertada. - Aceita uma cervejinha? - Não Paula, obrigado, eu não bebo quando trabalho e demais a mais estou dando “um choque de ordem no fígado”. Ela riu da piada. Perguntou ASSISTÊNCIA MÉDICA ALBUQUERQUE MAGIOLI
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se eu queria um café ou uma água. Aceitei os dois. Ela foi à cozinha providenciar. Fiquei sozinho outra vez com a perguntadora. - Você é muito velho? - Tenho 50, quase 51. - Eu tenho 12 quase 13. - Minha mãe gosta de você sabia? A Paula voltou (Graças a Deus) com o café e a água. - Trouxe com açúcar porque lembrei que uma vez você contou que é alérgico a adoçante. - Não sou exatamente alérgico, só que não gosto do sabor e fico com ele na boca o dia inteiro. - Já volto. Disse a Paula. Fiquei olhando pela janela enquanto bebia o café e depois a água. Acabei e acendi um cigarro. - Xiiiiiiiiiii! Você fuma? - Fumo. - Igual a minha mãe. Vou pegar um cinzeiro. - Brigado. Ela voltou com um cinzeiro amarelo com o formato de uma letra “P” enorme. - Por que você fuma? - Não consegui parar até hoje. - Como você começou a fumar? - Para impressionar uma menina que eu queria namorar. - Conseguiu? - Não. - Se ferrou! - Sim. Consegui identificar o defeito. Nisso a Paula volta. Usando um biquíni; branco, na verdade muito bonito. - Jorge; comprei este biquíni para o verão o que você acha? - Lindo... Lindo. Ficou muito
bem em você. Acho que ela ficou um pouco decepcionada e foi embora do quarto, ficando novamente eu e a filha dela. - Você é casado? - Não, separado. - Tem filhos? - Tenho uma filha e um monte de enteados e enteadas. - O que é enteado? - Filhos de mulheres que eu já casei, são como filhos postiços. - Qual o nome da sua filha? - Cibele. - Você que escolheu o nome? - Sim, fui eu. - Você gosta dela? - Sim, claro. Acabei o conserto. - Vai lá chamar a sua mãe, diz pra ela que eu já acabei. - Tá bom. A Paula veio. - O que era? - Um “vírus de Orkut”. - Quanto é? - Cem reais tá bom pra você? - Tá ótimo pensei que fosse mais caro. - Vou pegar o seu dinheiro. - Ok. Guardei minhas ferramentas. Fui saindo do quarto. Dei de cara com a Paula. Eu, meio encostado no portal do quarto da filha dela. Ela no meio do corredor. Ela estendeu a mão com duas notas de 50. Neste momento senti a mãozinha da menina segurando a minha mão. Permiti e acabei dando a mão para ela. Fiquei arrepiado. A Paula abriu a porta para eu sair. Meio relutante soltei a mão da garota. - Obrigada, Jorge. Até a pró-
xima! - Obrigado a você Paula por ter me chamado. Dei um tchau com a mão para a filha dela. Ela sorriu. Peguei o elevador e saí do prédio. Fui a uma mercearia na esquina da casa da Paula, precisava de Pomarola e de sal. Estava muito caro. Atravessei a rua e peguei o ônibus para casa. No caminho fiquei pensando na garota e na mãozinha dela. Um gesto tão doce que fazia muito tempo eu não tinha visto ou sentido; pensei em todas as perguntas que ela me havia feito; lembrei do meu irmão Luiz, como ele havia sofrido até morrer, lembrei da minha irmã Carla que já não tinha notícias há 20 anos, de como comecei a fumar para impressionar a Lucinha lá em Belo Horizonte. Cheguei em casa. A azia estava forte. Tomei uma colherzinha de bicarbonato de sódio com um pouco de água. Deitei. Comecei a pensar que entre o conserto do computador e o desfile de modas que a Paula me proporcionou eu não perguntei o nome da doce garotinha. A Paula? Soube pelo Facebook que ela se casou com o dono da mercearia da esquina. A garotinha? Para mim será sempre a filha da Paula. Jorge Costa, o Rescator é membro da Academia Araruamense de Letras.
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EXPEDIENTE O Jornal Poiésis - Literatura, Pensamento & Arte é uma publicação da Mota e Marin Editora e Comunicação Ltda. Editor: Camilo Mota. Diretora Comercial: Regina Mota. Conselho Editorial: Camilo Mota, Regina Mota, Fernando Py, Sylvio Adalberto, Gerson Valle, Marcelo J. Fernandes, Marco Aureh, Francisco Pontes de Miranda Ferreira, Charles O. Soares. Jornalista Responsável: Francisco Pontes de Miranda Ferreira, Reg. Prof. 18.152 MTb.
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Colaborações devem ser enviadas preferencialmente digitalizadas, espaço simples, fonte Times New Roman ou Arial, corpo 12, com dados sobre vida e obra do autor. Os originais serão avaliados pelo conselho editorial e não serão devolvidos. Colaborações enviadas por e-mail devem ser anexadas como arquivo .doc ou .docx. Os textos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Jornal Poiésis.
nº 239 - fevereiro de 2016
Obras do Museu do Sal estão em fase de cobertura
A
Prefeitura de São Pedro da Aldeia continua avançando com a construção do primeiro Museu do Sal do Brasil, no bairro Balneário. As obras estão em fase de cobertura, com colocação de telhas. O casarão, que será a sede do museu, está passando por uma série de ações de revitalização e já recebeu serviços de contrapiso, emboço e madeiramento do telhado. A iniciativa é fruto de parceria entre a Prefeitura da cidade e o Ministério do Turismo. O local terá como missão resgatar, preservar e divulgar o patrimônio material e imaterial relativo ao trabalho salineiro no município. Para o Prefeito Cláudio
Chumbinho, o Museu do Sal vai ser um local de turismo aliado ao aprendizado. “O museu é mais uma conquista muito grande para o nosso município, será um resgate da história da nossa cidade e da região. É com muita satisfação que São Pedro da Aldeia está saindo na frente com a construção do primeiro Museu do Sal no país. Sabemos que existem atrasos no repasse de verbas, mas vamos continuar trabalhando para cumprir todas as etapas do projeto”, disse. Elaborado pela Secretaria de Urbanismo e Habitação, o projeto contempla duas salas de exposição (Salinas e Senzala), sala de administração e
manutenção de acervo, copa de apoio, recepção e loja, além de cafeteria, banheiros com acessibilidade, área de lazer com bicicletários, bancos, deck de madeira e moinho, entre outros. Criado para ser autossustentável, o
Ministério da Saúde informa sobre abastecimento de vacinas nos municípios
A
falta de vacinas na rede pública de saúde é um problema que está afetando municípios em todos os estados do país. O Ministério da Saúde (MS) emitiu comunicado no início de janeiro para esclarecer como está o andamento relativo a alguns imunibiológicos e procedimentos para substituição temporária de outros. Entre as vacinas que estão com problemas de distribuição por parte do MS estão a DTP, Tetraviral, vacina contra raiva, Hepatite A e Hepatite B. De acordo com o comunicado, vários lotes ainda estão aguardando liberação alfandegária e a devida autorização para serem encaminhadas à guarda do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS). A regularização para a Região Sudeste deve acontecer entre o final
Marcelo Figueiredo
Estoques devem ser regularizados até março
de janeiro e final de fevereiro. No caso da DTP, tetraviral e varicela, a recomendação é que sejam substituídas temporariamente pela pentavalente e tríplice viral + varicela, respectivamente. As secretarias municipais de Saúde já estão orientadas para tal procedimento. “A Secretaria Municipal de
Saúde de Araruama está tomando todas as providências necessárias para manter seus estoques em dia, seguindo os procedimentos recomendados pelo Ministério da Saúde, e aguardando a regularização no sistema de distribuição federal de medicamentos”, disse a secretária de Saúde, Rejane Silva.
Eventos marcam comemorações dos 157 anos de Araruama
A
Prefeitura de Araruama preparou uma ampla programação para comemorar os seus 157 anos de emancipação político-administrativa. Durante todo o mês de fevereiro, a população poderá acompanhar e participar de diversos eventos e inaugurações de novas obras. A sessão solene em comemoração aos 157 anos será adiada em virtude do carnaval, sendo realizada na sexta-feira, dia 12 de fevereiro, às 18h, na Primeira Igreja Batista de Araruama (PIBA), e não no dia do aniversário da cidade (06/02), este ano sábado de carnaval. Nesta ocasião serão entregues títulos de cidadania araruamense, as medalhas Tupinambá e o diploma de Funcionário Destaque 2015 da Câmara Municipal de Araruama. No dia 06 de fevereiro, às 9h, haverá o hasteamento dos Pavilhões no Paço Municipal. Às 19h30, será realizada uma missa em Ação de Graças pelos 157 anos de Emancipação Político-Administrativa de Araruama na Igreja Matriz de São Sebastião, com o Frei Luiz Fernando Lima Rangel.
Camilo Mota
Museu do Sal contará com captação de água da chuva para abastecimento de tanques de água e uso de energia eólica para abastecer a casa e a praça de entrada através de moinhos. Localizado às margens
da RJ 106, ao lado da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) aldeense, o museu também contará com rampas e piso tátil para deficientes visuais e pessoas com baixa visão. O local irá reunir a memória histó-
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rica do trabalho em salinas, que foi uma das principais atividades econômicas do município e da Região dos Lagos por muito tempo. O acervo está sendo montado pela Secretaria Municipal de Turismo, Cultura e Lazer.
Vereador Bruno Pinheiro cria o Dia do Artista Plástico em Saquarema
O
s artistas plásticos de Saquarema ganharam um dia somente deles, que deverá ser comemorado em 11 de novembro. O vereador Bruno Pinheiro, através da Lei de número 1.467 de 18 de dezembro de 2015, criou o Dia Municipal do Artista Plástico, já sancionada pela prefeita Franciane Motta. Considerada uma das mais antigas manifestações artísticas, a pintura em tela na Capital do Surf, uma das mais belas cidades da Região dos Lagos, tem paisagens de sobra para serem exploradas, havendo a diversificação de técnicas empregadas nas cores e miscelânea de tonalidades. Mas não são somente os pintores de tela que são considerados artistas plásticos, como também os escultores, os que fazem objetos de cerâmica e instalações artísticas. Saquarema tem vários artistas plásticos, contudo, nem todos são
conhecidos popularmente, há os que produzem suas artes e as exporta, ou seja, os trabalhos são enviados
para fora do país sem que os mesmos sejam apreciados anteriormente pelos moradores da cidade.
Araruama terá volta ciclística
C
No dia 14 de fevereiro haverá Culto em Ação de Graças na Primeira Igreja Batista em Araruama, com o Pr. Assis Borges Xavier, às 19h30. CARNAVAL TERÁ BLOCOS E ESCOLAS O Carnaval deste ano em Araruama contará com 16 blocos e duas escolas de samba na Rodovia Amaral Peixoto. Destaque para o bloco das piranhas, que acontece na segunda-feira, dia 8 de fevereiro, e reúne milhares de pessoas todos os anos.
23h - Bloco Garrafão (Litrão) 0h - Bloco Manchaça DOMINGO - 07 17h - Bloco Unidos do Náutico 18h - Bloco Embalo do Ica 19h - Escola de Samba Cacique de Araruama 20h - Bloco Nada Nos Aborrece 21h - Bloco Unidos do Mataruna 22h - Escola de Samba Unidos da Fazendinha 23h - Bloco Caxasamba 0h - Bloco Cadê Meu Copo SEGUNDA-FEIRA - 08 Bloco das Piranhas
Confira a programação. SÁBADO - 06 20h - Bloco Amigos de Iguabinha 21h - Bloco Entra na Vara 22h - Bloco Boca de Rã Ita Samba
TERÇA-FEIRA - 09 19h - Bloco A Alegria não Para 20h - Bloco Pipoca 21h - Bloco Audácia Pura 22h - Bloco Formiguinha do Álcool
om o objetivo de estimular a prática do ciclismo, contribuir para a qualidade de vida dos adeptos a este esporte e explorar as belezas naturais da cidade, a Prefeitura de Araruama através da Secretaria de Esporte e Lazer em parceria com o grupo Pedal Araruama e o site Noite Lagos vai realizar a 1ª Volta Ciclística em Araruama. O evento acontecerá no dia 13 de março às 8 horas, com concentração na Praça Manoel Aoede Joaquin, localizada no distrito de
São Vicente de Paulo, com destino a represa da Lagoa de Juturnaíba e retorno ao ponto de partida. Todos participantes serão identificados através de camisas e numeração fixada nas bicicletas. Ao todo a prova terá o trajeto de 56,9km na cate-
goria Strava que é considerado nível médio e pesado, sendo contraindicado para iniciantes. Para se inscrever os interessados devem ler o regulamento e fazer a inscrição diretamente pelo site www. pedalararuama.com.br.
Guarda Municipal de Arraial do Cabo tem nova comandante
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s vésperas do carnaval, a Secretaria de Ordem Pública de Arraial do Cabo passa por mais uma mudança, a nova comandante da Guarda Municipal, é Zeilda Cabral, conhecida como Branca. Para a decisão do secretário Rogério Pereira Aires, que assumiu a pasta recentemente, contou os 16 anos de experiência de Branca, sendo a maior parte no trabalho na inspetoria. O
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bom relacionamento com a corporação também foi fundamental. “Este convite foi uma grande surpresa, eu não esperava. Será um grande desafio comandar a Guarda Municipal neste período de carnaval em que a cidade fica muito cheia, mas trabalharemos com empenho para que tudo funcione da melhor forma possível”, completou Branca.
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nº 239 - fevereiro de 2016
Hundertwasser: uma arquitetura mais humana e em harmonia com a natureza Francisco Pontes de Miranda Ferreira
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arquiteto austríaco Hundertwasser foi precursor do que podemos chamar de arquitetura alternativa, orgânica e ecológica. Defendeu uma arquitetura livre que deveria ter a liberdade presente na pintura e na escultura. Criticou a arquitetura mecânica, reta e racional que comparou com a arte política da União Soviética. Foi contra a arquitetura dos prédios pós-guerra da Europa, semelhantes às moradias populares (BNH) realizadas também no Brasil nos anos 1950 e 1960. Disse que as pessoas vivem como coelhos e galinhas em gaiolas. Hundertwasser preferia a arquitetura das favelas e indígenas. Para ele os blocos retos reprimem a alma. Defendeu o máximo de janelas permitindo o convívio com o exterior. Cada apartamento deveria ter elementos próprios, não sendo necessárias
fachadas harmônicas. Queria mais diálogo entre o usuário, o arquiteto e o construtor. A régua, segundo ele, era uma doença da civilização moderna. Reclamou do caos provocado pelo excesso de linhas retas em nossos prédios e objetos. Criticou muito a arquitetura de Le Corbusier que desejou destruir Paris e o Rio de Janeiro para impor sua estrutura. Assim como foi contra Mies Van der Rohe e seus prédios modernos. Foi contra a funcionalidade da Bauhaus. Hundertwasser promoveu uma rebeldia contra a arquitetura modernista e quadrada e começou a invadir esses espaços com desenhos e pinturas coloridas. A construção para o arquiteto austríaco começa quando o usuário se instala e está em permanente transformação. As regras que impedem mexer nas fachadas deveriam ser abolidas
e incentivado a criatividade. Postes e ruas também deveriam ser pintados. Apontou a arquitetura atual semelhante aquela presente em prisões. Reclamou da arquitetura das clinicas e hospitais que não ajudam na cura do paciente. Elogiou a arquitetura de Galdi em Barcelona, a Art Nouveau e as casas-barco da Holanda. O papel do arquiteto ficaria,
Prefeitura de Araruama faz operação integrada no combate ao mosquito Aedes Aegypti Fotos: Camilo Mota
portanto, na consultoria, deixando a criatividade para o usuário. Defendeu o máximo de interação com as plantas e o solo. Prédios com hortas, florestas e animais. O usuário deve se sentir a vontade – descalço e deitado no chão. Afirmou a necessidade das pessoas se revoltarem e começarem a pintar e colocar mosaicos em tudo: prédios,
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Larvas do mosquito são encontradas em várias residências. Daí a importância da população participar e verificar se há água parada nos quintais
estamos desenvolvendo esse trabalho integrado, contando com a ajuda de todos”, disse. Os mutirões nos distritos reforçam o trabalho de combate ao mosquito. “O mutirão que realizamos em São Vicente e em Morro Grande contribui para reduzir os focos do mosquito. As ações estão sendo planejadas de acordo com os locais de maior incidência de casos de dengue”, informou Charles Barbosa, diretor do Departamento de Combate a Endemias. O prefeito Miguel Jeovani ressaltou a importância da
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prevenção e a participação da população na luta contra as três doenças transmitidas pelo aedes aegypti. “A responsabilidade é de todos nós. Quanto mais pessoas estiverem envolvidas melhor será para prevenirmos as doenças”, disse. As denúncias de possíveis focos do mosquito podem ser encaminhadas para a Vigilância Ambiental através do e-mail: vigilanciaambientalararuama@gmail.com; pela Ouvidoria da Saúde, através do telefone 2666-7530; ou pela Ouvidoria Geral, pelo fone 2665-2121 Ramal: 248.
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da energia. Defendeu construções em harmonia com as florestas, respeitando os rios, alagados naturais e litorais. Em suas construções a água da chuva é utilizada em banheiros e cozinhas e o esgoto reciclado se tornando adubo para hortas e jardins presentes nos próprios prédios. Suas construções possuem terraços com florestas, hortas e jardins em toso os andares. Muitas de suas ideias se tornaram realidade e foram construídas na Áustria, Nova Zelândia, Alemanha, Itália e Holanda. Tornou-se assim o pai da arquitetura sustentável moderna, seguindo muito do que já faziam os povos tradicionais. R e f e r ê n c i a : HUDERTWASSER,F. (1997) Hundertwasser Architecture: foi a more human architecture in harmony with nature. Tascen, Cologne
Aulas gratuitas de meditação acontecem na Praça Antônio Raposo
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studos recentes comprovam resultados positivos da prática da meditação na melhoria do estado de saúde, bem como na concentração e relaxamento para enfrentar o estresse gerado pela vida urbana. Num mundo marcado pela velocidade e pela concorrência, uma pausa
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ções integradas e planejadas da Prefeitura de Araruama contra a proliferação do mosquito aedes aegypti estão a partir de reuniões do grupo de trabalho integrado que reúne as secretarias de Saúde, Educação, Ambiente, Governo, Política Social, Defesa Civil, Obras, Agricultura, Ouvidoria, contando ainda com parceria do Instituto Estadual de Ambiente (INEA) e Concessionária Águas de Juturnaíba. Na quarta reunião do grupo, realizada na tarde desta segunda-feira, dia 25, foram discutidas demandas como o destino de pneus e o constante problema de residências fechadas que impedem a ação dos agentes de saúde. De acordo com a secretária de Saúde, Rejane Silva, o trabalho preventivo depende da parceria de todos. “A saúde não pode ficar sozinha na luta contra a dengue, chikungunya e zika. Por isso
ruas, calçadas. Assim como pintar os objetos como eletrodomésticos e veículos. Aconselhou os tetos verdes e o máximo de terra aparente nas cidades. Usava misturas nas tintas acrescentando grama e terra. Ressaltou que o aterro de rios e brejos e a retificação de canais é criminosa. Apontou os seguintes argumentos: 1.Temos que aprender a linguagem da natureza; 2.Temos que devolver para a natureza os territórios que nos apropriamos e que foram erradamente devastados; 3.Temos que tolerar a vegetação espontânea; 4.Temos que unir a criatividade humana a da natureza; 5.Temos que ter noção de nossos limites em alterar a natureza; 6.Temos que nos tornar uma sociedade sem resíduos. Para ele não temos crise energética e sim o mau uso
para se dedicar a si mesmo é um bom caminho para se desenvolver qualidade de vida. Com apoio da Prefeitura de Araruama, aulas gratuitas de meditação serão oferecidas na Praça Antônio Raposo, todo sábado, às 10 horas. O encontros serão coordenados por instruto-
res de Sahaja Yoga, uma técnica de meditação simples, acessível por qualquer pessoa, desenvolvida por Shri Mataji na década de 1970 com o objetivo de ser praticada no próprio ambiente de nossa sociedade moderna. O curso será realizado no espaço de arte, próximo à feira de artesanato.
Novos acadêmicos tomam posse no dia 19
undada em 17 de março de 2015, a Academia Araruamense de Letras (AARALETRAS) inicia 2016 com novos membros eleitos que tomarão posse no dia 19 de fevereiro. Os novos imortais são Ricardo Adriano, Jane Pessanha, José Hélito, Antônio Francisco Alves Neto e Hilton Nascimento. Voltada para a difusão da literatura, mas também contendo em seus quadros artistas e cientistas em categoria especial, a AARALETRAS tem por princípio a fraternidade e a elevação do conhecimento entre os homens. Dessa maneira, desde sua fundação, estão sendo realizados mensalmente saraus e palestras abertas ao público. “Queremos ampliar a atuação da Academia, levando para a população os trabalhos artísticos de nossos acadêmicos e abrindo espaço para a expressão de novos talentos. Nos saraus, temos tido a oportunidade
de assistir a apresentações de jovens poetas de apenas 10 anos de idade, até empolgados porta-vozes de outras gerações”, disse Cid Magioli, presidente da AARALETRAS. A atual diretoria é composta pelos escritores Cid Magioli (presidente), Camilo Mota (vice-presidente), Manoel de Santa Maria
(secretário), Jorge Costa (diretor de comunicação) e Geraldo Chacon (diretor cultural). A cerimônia de posse acontece no dia 19/02, sexta-feira, às 16 horas, em solenidade na Câmara Municipal de Araruama, seguida de sarau e coquetel às 18 horas na Casa de Cultura José Geraldo Caú.
Conselho do Idoso toma posse Foram empossados no dia 27 de janeiro os novos conselheiros do Conselho Municipal do Idoso de Araruama para cumprir o mandato do biênio 2016/2017. A solenidade de posse aconteceu no plenário da Câmara Municipal. O Conselho do Idoso é vinculado à Secretaria Municipal da Terceira Idade e Desenvolvimento Humano (Setid), sendo formado por represen-
tantes do poder público e da sociedade civil. É sua função supervisionar, acompanhar e fiscalizar toda a política municipal voltada para a terceira idade, elaborando diretrizes e auxiliando na implementação de direitos previstos no Estatuto do Idoso. A nova diretoria é formada por Maurício Himelfarb (presidente), Nelly Fernandes Vieira Queiroz (1ª vice-presi-
dente), Eliane Regina Martello Amaral (2ª vice-presidente), Lourdes de Almeida Barreto Belchior (1ª secretária) e Elza Corrêa (2ª secretária). O Conselho tem como presidente de honra Lacy Ferreira do Amaral, que recebeu homenagem durante o evento pelos serviços que vem prestando ao município na implementação e fortalecimento de vários conselhos municipais.
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nº 239 - fevereiro de 2016
A RAINHA GINGA Gerson Valle
H
á quem caracterize os povos ágrafos, e de forma mais próxima do Brasil a maior parte das nações de negros africanos, como não tendo História. Isto me lembra um conto surrealista de um conhecido, que tratava de uma pessoa que não tinha umbigo. Um crítico perguntou-lhe: tinha o que, então? O escritor angolano José Eduardo Agualusa lançou um romance no ano passado, “A rainha Ginga” (Editora Foz Impressos e Digitais, Rio de Janeiro/RJ) ambientado no século XVII que nos remete em cheio a uma importante figura da história angolana, cuja fama, aliás, chegou ao Brasil através de milhares de escravos. Aqui, inclusive, ela tornou-se numa das figuras centrais de festejos como a congada e o maracatu. Um dos mais conhecidos escritores atuais em língua portuguesa, o moçambicano Mia Couto, acaba de lançar também um romance histórico, este passado no final do século XIX em Moçambique, “Mulheres de cinza” (Companhia das Letras). Mas, no final do século XIX a África “já se encontra dentro da História mundial”, pois em 1884 Bismarck reuniu em
Berlim representantes de países europeus para dividirem entre si o continente africano, formando colônias. Evidentemente sem consultar os interesses africanos, achando que estes não deviam ter vontade própria, podendo até serem vendidos como escravos... Na verdade a escravidão era uma instituição que se dava mesmo entre nações inimigas dentro da África. E, aliás, desde toda a Antiguidade a escravidão era prática comum tanto entre brancos, negros ou amarelos, os aprisionados em guerra se tornando sempre escravos dos vencedores. Em Roma antiga era até chique ter-se um escravo grego, sobretudo se este dominasse alguns conhecimentos de sua cultura clássica. Mas o fato é que a rainha Ginga de fato existiu, nascida em 1583 e morta em 1663. O romance de Agualusa é narrado na primeira pessoa por um padre nascido em Olinda, no Brasil colônia de Portugal, e que, na época da invasão holandesa, vai para Angola e testemunha o tempo da coroação por tribos de uma novidade, uma mulher, Ginga, em vez do comum dos reis que se davam entre eles. Para não contrariar a tradição ela
A ficção de Agualusa nos coloca no centro de realidades históricas que nos une, nós brasileiros, de perto, não só a Portugal, sua política e costumes, como à Angola e a comportamentos africanos. E estes dois fatos não nos devemos esquecer: nossa cultura foi formada com escravos vindos em grande quantidade daquela região, e a colonização portuguesa.
se diz rei e casa-se com vários soldados a que denomina de rainhas, obrigando-os a manter um comportamento feminino! Uma mulher guerreira, que combateu e acordou, na dependência de sua ótima estratégia para manutenção do poder, ora a favor ora contra os portugueses, os holandeses, e as diversas tribos africanas vizinhas. O padre narrador abandona a Igreja Católica e se volta contra os portugueses, dentre outros passos de sua aventurosa existência. A ficção de Agualusa nos coloca no centro de realidades históricas que nos une, nós brasileiros, de perto, não só a Portugal, sua política e costumes, como à Angola e a comportamentos africanos. E estes dois fatos não nos devemos esquecer: nossa cultura foi formada com escravos vindos em grande quantidade daquela região, e a colonização portuguesa. Nunca é demais revermos tais precedentes. Se não voltarmos a refletir em acontecimentos como os lembrados nesse romance, nós, brasileiros, é que ficaremos perdidos no espaço sem termos uma História! Não posso deixar de reproduzir um trecho do livro
que deixa clara a prepotência dos colonizadores, tentando anular a História em seu sentido cultural, tanto dos africanos como dos brasileiros, e um exemplo simbólico da visão egoísta antropocêntrica que impede a convivência dentro da alteridade de que somos constituídos, seja racial, religiosa, ou de que qualquer outra forma. Nossa diversidade nos coloca, sim, em vários planos e conceitos da História, e tanto os brasileiros quanto os africanos temos uma ligação que pode predispor a uma compreensão mestiça que apazigue os conflitos que crescem agressivamente em nosso tempo: Hongolo ficou feliz em me ouvir falar em quibundo. Alegrava-o a minha visita: - Os padres não gostam de mim. Por que vieste? - Já não sou padre. A Igreja expulsou-me... - Não te martirizes com isso. Os brancos têm boas obras, mas a Igreja não é uma delas. Por que é que os padres insistem em nos importunar com o seu Deus e o seu Diabo? - Eles acham que têm o dever de salvar os africanos... O sol brilhava sobre a prata lisa da lagoa. Ficamos um tempo em silêncio, partilhando a perfeição da tarde. Finalmente
Hongolo falou: - Conheces a história do macaco e do peixe? - Eu não conhecia. Então o quibanda pôs-se a contar: andava um macaco passeando pela floresta. Movia-se aos saltos pelas árvores, quando topou com uma lagoa como esta e olhando-a, entre o encanto e o susto, porque todos os macacos receiam a água, viu um peixe movendo-se em meio ao lodo espesso, junto à margem. “Que horror!”, pensou o macaco, “aquele pequeno animal sem braços nem pernas caiu à água e está a afogar-se”. O macaco, que era um bom macaco, ficou numa grande angústia. Queria saltar a salvar o animalzinho, mas o terror o impedia. Por fim, encheu-se de coragem, mergulhou, agarrou o peixe e atirou-o para a margem. Conseguiu içar-se para terra firme e ficou ali, alegre, vendo o peixe aos saltos. “Fiz uma boa ação, pensou o macaco, “vejam como está feliz!” Ri-me. Rimo-nos os dois. - O que eu mais receio continuou o quibanda depois de pararmos de rir - é que os próprios peixes comecem a acreditar nos macacos. Gerson Valle é membro da Academia Petropolitana de Letras.
POESIA SONETO Nº 3
MIRANTE (9)
OS BICHOS
Sérgio Bernardo
Iacyr Anderson Freitas
Reynaldo Valinho Alvarez
Chameia-a, solidão, pra vir jantar. Fique à vontade, já está posta a mesa. Notou acaso a noite sem luar? Agora olhe para a vela acesa! Exatamente: sobre o castiçal como uma vela está brilhando a lua. Já sua luz de palidez mortal traçou-lhe o vulto na parede nua. Sente-se à mesa, amiga. Conversemos. Será o extremo encontro de nós dois (os outros todos os julguei extremos). Comamos juntos. E se vá depois. (A sós, apalpo, à luz que o desassombra, o hirto perfil de minha própria sombra.)
Bem pouco a conheço. Surge sozinha. Traz nas mãos uma ingratidão só dela e uma beleza que aniquila a minha escassa convicção. Surge mais bela que toda a imensidade resumida. Não há consolo: seu corpo é a cela que nubla de agostos a minha vida. Como poderei libertar-me dela? Uma luz de velas cinge adiante um ramo de trevas. Onde a saída? Onde o final que me alivie e encante? Agora rompe a aurora, dolorida. Já não tem nenhum pudor, nesse instante, sua imagem, que a tudo me convida.
já não há bichos nessa terra, o céu não ouve cantos, veste-se de pó
Sérgio Bernardo mora em Nova Friburgo-RJ, é autor de “Caverna dos Signos”, de onde extraímos o poema acima
Iacyr Anderson Freitas mora em Juiz de Fora-MG. O poema acima faz parte de sua obra “Mirante”, publicada em 1999.
A PALAVRA
SEMIVIDA
Luis Avelima
Cláudio Feldman
Sendo fibra autêntica Teces teu canto em linho ou cânhamo e porque autêntica te fixas em meus lábios e me induzes ao verso.
as canções que impulsionam a chuva ecoam em corações distraídos?
Feito cinzel, modelas o poema no papel em sulcos, Como ninguém, sabes enfeitiçar carvões e tugstênios. E se te vais, não me detenho: meu punho em gesto aflito É nau escolhida a esperar teu regresso. Luis Avelima é natural de Alagoa Nova-PB, membro da União Brasileira de Escritores - UBE
aqui vou eu, sem caça, pesca ou sonho, mergulhado no fundo da raiz entre pedras, areias, ossos, restos do que sobrou de insânia e cataclismo precipitados sobre estes gerais os bichos converteram-se nos homens e há bichos em gavetas de escritórios, nas fábricas, nas lojas, nos cinemas, nos bancos como peixes nos aquários alguns são rapinantes, outros pastam modestamente sua erva amarga há os que voam mais alto e os que se agacham, mas sempre se distinguem de outros bichos extintos ou somente transmigrados, pois que, embora animais da mesma espécie, se comem uns aos outros com prazer Reynaldo Valinho Alvarez é natural do Rio de Janeiro (1931). O poema acima faz parte do livro “O Tempo e a Pedra”.
o translúcido aroma de verão adormece entre dedos rabiosos? as madrugadas úmidas de relva circunavegam óculos contábeis? a vida é um poço de caracóis para as desconteladas criaturas. Cláudio Feldman reside em Santo André-SP, é autor de “Dia Suspeito”, de onde extraímos o presente poema.
SABER NÃO SABER (XXXIV) Alcides Buss Sabemos, pelo haver dos cemitérios, quantas vidas são precisas pra fazer-se um povoado, uma cidade. Não sabemos, porém, de quantas vidas e mortes depende a dignidade humana sem fronteiras. Alcides Buss mora em Florianópolis-SC. O poema acima faz parte de sua obra “Saber Não Saber”.
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nº 239 - fevereiro de 2016
Flores que equilibram as emoções
GRUPO LUZ SOLAR INVADE SAQUAREMA COM O MUSICAL “OS SALTIMBANCOS”
Camilo de Lélis M. Mota O modo como nos relacionamos com nossas emoções interfere diretamente em nossa qualidade de vida. Todos estão sujeitos a sentirem raiva, ciúme, indecisão, medo, inveja, tristeza, desânimo, cansaço com as situações cotidianas. Cuidar desses estados e harmonizá-los é uma decisão que cada pessoa pode e deve tomar para que não somatizem, ou seja, não se transformem em problemas ainda maiores e cheguem mesmo a atingir o corpo físico em forma de doenças e transtornos os mais diversos. O sistema Floral de Bach é uma prática terapêutica que auxilia no encontro do caminho que leva à melhoria da saúde a partir de uma relação mais amigável da pessoa com suas próprias emoções. As gotas que a pessoa toma diariamente funcionam como pequenas luzes que vão iluminando o interior
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ela segunda vez, o Grupo Luz Solar, coordenado pelos artistas Biancha Lamarão, Lucas Figueiredo e Rosangela Machado, lotou o Teatro Mário Lago em Saquarema com o musical “Os Saltimbancos”. O espetáculo conta a saga de quatro animais rumo à cidade em busca do sonho de serem músicos. É o primeiro trabalho do grupo em parceria com a Academia Mitra, onde Biancha e Lucas darão cursos de dança e teatro esse ano. Os artistas contam também que agora esse lindo musical vai rodar algumas cidades e retornarão a Saquarema com novos espetáculos. É A CULTURA ACONTECENDO!!! Vida longa ao Grupo Luz Solar!!
do indivíduo de maneira que ele consiga, por si mesmo, enfrentar suas dificuldades e limitações, reconhecer onde está falhando e que atitudes tomar frente aos desafios da vida. Os florais não são remédios no sentido químico do termo, mas sim uma espécie de veículo que leva informações importantes para nossa alma, para o que há de mais verdadeiro em
nós, rompendo os limites do ego, e levando a um encontro com nossa natureza divina. O criador do sistema, Dr. Edward Bach, afirmava com muita propriedade: “A doença é, em sua essência, o resultado do conflito entre a Alma e a Mente, e apenas será erradicada por meio de esforços espirituais e mentais”. Nesse sentido, o cuidado
que temos que tomar para manter-nos de forma saudável é procurar desenvolver qualidades que sejam justamente o oposto daquilo que denominamos “doença”. Ou seja: amor, caridade, fraternidade, conhecimento, humildade. Cada uma dessas qualidades está latente em toda pessoa esperando apenas ser despertada e desenvolvida, como se fosse uma semente pronta para se tornar uma flor, um arbusto, uma árvore. Os Florais de Bach são, nesse sentido, um meio para alcançarmos dentro de nós o conhecimento necessário para vencer os limites de nossa condição humana, descobrindo a verdadeira natureza da alma e sua missão nessa vida.
Camilo Mota é psicanalista e terapeuta floral. Atende em consultório em Araruama e Saquarema. Tel. (22) 99770-7322. Site: www.camilomota.com.br
Araruama, 157 anos! Que nossa cidade continue inspirando as pessoas com suas belezas, sua qualidade de vida e todo seu potencial!
Parabéns a todos os araruamenses! São os votos do vereador
Amigo Walmir Ó Filho da Palavra! Tu és Minha fortaleza; nela entra, para que ali possas habitar em segurança. Meu amor está em ti; conhece-o, a fim de que Me possas encontrar próximo de ti.
Elizabeth de Andrade Marangoni CRM 5271491-7
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Curta uma vida, alegre e saudável!!!
A partir dos 2 anos e meio, até onde sua mente comandar seu corpo. Homens e mulheres, sintam-se vivos!
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