Poiesis 228

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O legado de Vanja Orico para a cultura nacional

Literatura, Pensamento & Arte

Saquarema ganha nova escola no Palmital

Página 2 Página 3 Ano XXII- nº 228 - março de 2015 - Saquarema, Araruama, Iguaba Grande, Cabo Frio, Arraial do Cabo, S. Pedro da Aldeia e Petrópolis

Um novo ano começa em 21 de março

No Brasil, costuma-se dizer que o ano só começa mesmo depois do carnaval. A ironia da frase, no entanto, tem uma conotação diferente em outras culturas. Em diversas tradições, o ano começa realmente em março, quando o sol entra no signo de Áries. Assim é com a Fé Bahá’í,

religião surgida na antiga Pérsia, atual Irã, em 1844, e que comemora no próximo dia 21 o início de seu 172º ano de existência. Tendo como um de seus pilares a ideia de que a revelação divina é progressiva, sendo trazida para a humanidade através de manifestantes de acordo

Marcelo Figueiredo

com as necessidades espirituais de cada época, os bahá’ís seguem princípios como a unidade do gênero humano, o fim dos preconceitos, a igualdade de direitos entre homens e mulheres, a educação compulsória, entre outros. Página 7. Regina Mota

France Diplomatique

Creche e UBS são inauguradas em Araruama

Charlie, a irracionalidade e a violência dos dias atuais

Dia da Mulher terá atividades na Praça Antônio Raposo

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nº 228 - março de 2015

CINEMA E MÚSICA

Marcio Paschoal escritor, autor da biografia do cantor e compositor João do Vale ( w w w . marciopaschoal.com) Uma entrevista para a biografia do cantor e compositor maranhense João do Vale foi a razão para que eu fosse apresentado por Jesus Chediak a uma mulher arrebatadora, simpática e falante e que, de cara, conquistava as pessoas. Falo de Evangelina Orico, conhecida como Vanja Orico. O que dizer de uma artista que, adolescente, é descoberta por Fellini, depois vira musa do cinema novo, grava sucessos no país e no exterior, tem ativa participação político-

VANJA ORICO – UMA ESTRELA O OCASO, O DESCASO E O ADEUS

-cultural, e acaba completamente esquecida? Nosso país está se tornando especialista nesses casos de esquecimentos e deméritos midiáticos, e Vanja Orico não seria uma exceção. Filha do diplomata e escritor Osvaldo Orico, morou em vários países, em decorrência da função do pai. Assim, aprendeu língua estrangeira e também se habituou a diferentes gêneros musicais. Sempre antenada e carismática, em 1950, morando em Roma e estudante de música, chamou a atenção dos cineastas Federico Fellini e Alberto Lattuada, que a convidaram para cantar no filme “Luci del Varietà” (no Brasil com o título Mulheres e Luzes). A canção escolhida foi “Meu Limão, Meu Limoeiro”. De volta ao Brasil, apareceria no filme “O Cangaceiro”, com roteiro e dire-

ção de Lima Barreto, e que ganharia a Palma de Ouro, em Cannes. Resultado: recebeu o epíteto de musa dos sertões e destaque do ciclo do cangaço no Cinema Novo, durante os anos 50 e 70. Vanja ainda filmaria: “Lampião, o Rei do Cangaço”, em 1964; “Cangaceiros de Lampião”, em 1967; e “Jesuíno Brilhante, o Cangaceiro”, em 1972. Paralelamente aos trabalhos como atriz (também

atuou em “Independência ou Morte”, de 1972, no papel da Baronesa de Goytacazes; e em “Ele, o boto”, em 1987), Vanja Orico desenvolveu importante carreira de cantora, com apresentações em diferentes partes do mundo, principalmente na França, onde alcançou relativo sucesso. Mesmo com sua carreira expressiva no cinema, a paixão maior de Vanja era mesmo a música. Sem

POLÍTICA

As ideias de Kropotkin Anarquista Russo defendeu a “Ajuda Mútua”

Francisco Pontes de Miranda Ferreira Piotr Kroptkin foi geógrafo e escritor russo, pensador do anarquismo no século XIX. Foi um dos primeiros estudiosos do ecossistema ártico da Tundra. Aproximou-se em suas viagens dos camponeses miseráveis da Rússia e da Finlândia. Suas ideias contêm elementos muito próximos dos movimentos contemporâneos como economia solidária, cooperação, permacultura, ecoanarquismo. Ele defendia a extinção do sistema de salários e a distribuição livre de bens e serviços. Kropotkin foi contra o Estado e defendia a formação de comunas, unidades administrativas e cooperações. Contestou as ideias de Huxley e Spencer baseadas na seleção natural e no darwinismo social. Kropotkin defendia o mutualismo em contraposição à competição. Para ele, a sobrevivência da sociedade e das próprias espécies como os insetos, aves, mamíferos e roedores depende do apoio mútuo. Quando ele descreve o comportamento animal lembra muito as teorias de hoje sobre auto-organização e controle natural. Para o autor a ajuda mútua está diretamente relacionada à segurança da espécie, ao desenvolvimento de hábitos sociais, à evolução da inteligência e ao trabalho comum. As chances de sobrevivência das espécies que se associam são muitos maiores, afirma o autor.

Kropotkin ressalta também o conceito de um “senso coletivo de justiça”. “Felizmente, a competição não é a regra no mundo animal, nem na humanidade” (KROPOTKIN, 2009: 65). Ele também não separa sociedade de natureza e critica os historiadores pessimistas que enfatizam na humanidade apenas as guerras e a opressão. Discorda assim com as teorias de Hobbes. Kropotkin ainda afirma no seu texto que o individualismo desenfreado é um produto da modernidade e elogia o espírito cooperativo das civilizações indígenas. O autor russo enfatiza que as tribos asiáticas que migraram para a Europa e se estabeleceram, foram as que criaram as comunidades aldeãs. Nas comunidades aldeãs mencionadas pelo Kropotkin as planta-

ções eram coletivas e as atividades agrícolas realizadas em trabalho comunitário. A posse comum da terra incentiva hábitos mais cordiais, afirma o autor. Segundo Kropotkin a comunidade aldeã é resultado da organização interna entre famílias e da necessidade de acolher estrangeiros. Ou seja, teriam origem na diversidade. O escritor russo ressalta que na Idade Média muitas formas cooperativas se desenvolveram. A criatividade artística, arquitetônica e científica do período medieval é destacada pelo autor. Assim o escritor russo trava uma posição muito crescente entre os historiadores hoje. A Idade Média não é mais colocada como período das trevas. Essa noção foi desenvolvida pelo mercantilismo e pelo capitalismo para justificar a

expansão burguesa, a colonização e o mercado. Foi no final do período medieval que começaram a emergir comunas quase anarquistas que foram massacradas pela burguesia ascendente. Kropotkin destacou que o erro maior das cidades foi buscar sua riqueza no comércio e na indústria em detrimento da agricultura. Critica muito também o Estado autoritário e que serve os interesses da indústria e do comércio. O período pré-capitalista e moderno justamente afastou o rural e o sentido de aldeia para criar a soberania da máquina, do consumo e da vida urbana individualista. A crise atual começa justamente a questionar esse modelo e propor alternativas em que se defende um retorno ao rural, natural, selvagem e comunitário. Associações, conselhos, comitês, fóruns de economia solidária e outras formas de organização também emergem hoje em resposta ao modelo moderno. Afinal, “Nem os poderes esmagadores do Estado centralizado, nem os ensinamentos de ódio e de luta impiedosa, disfarçados de atributos de ciência, vindos de filósofos e sociólogos serviçais, conseguem eliminar o sentido de solidariedade profundamente enraizada no coração e na mente dos seres humanos” (pg. 225). Referência Bibliográfica: KROPOTKIN, P.A. (2009). Ajuda Mútua: um fator de evolução, A Senhora Editora, São Sebastião

atingir tanta repercussão, ainda assim, destacou-se na gravação de alguns sucessos, como o clássico “Mulher Rendeira”, e também com “Sodade, meu bem, sodade”, de Zé do Norte. Ambos gravados pelo selo Sinter, gravação de 1953, 78 rotações. Algumas gravações de Vanja: “Acender as Velas”, (Zé Kéti); “Maria Moita”(Carlos Lyra e Vinicius de Moraes); “Dandara”, (Jorge Benjor); “Vê”, (Geraldo Vandré e Fernando Lona); “Canoeiro do Itapicuru”,(Reginaldo Nascimento) e “O Nordeste Não Se Rende”, (Catulo da Paula). No teatro, Vanja ensaiou alguns passos, como na montagem de Stanislaw Ponte Preta (Sergio Porto), da peça “Vanja Vai, Vanja Vem”, ao lado de Grande Otelo, no teatro Miguel Lemos, em Copacabana. Van-

ja também receberia um prêmio no Festival de Karlovy Vary, na Checoslováquia, por “A Rosa dos Ventos” (episódio brasileiro dirigido por Alex Viany). Sua única experiência como diretora de cinema foi no longa-metragem, “O Segredo da Rosa”, em 1973, que jogava luzes sobre o problema social da infância abandonada. Como se pode notar, Pelé não estava assim tão solitário na declaração do milésimo gol. Mas isso é outra história. Já abalada pelo começo dos sintomas do Mal de Alzheimer, Evangelina Orico nos deixou em 28 de janeiro, aos 85 anos, vítima de um câncer no intestino. Para o cinema e a música, uma perda; para mim, a saudade da artista vibrante e um ser humano adorável.

LIVROS Liderança Nua e Crua: decifrando o lado masculino e feminino de liderar O mundo dos negócios está conhecendo na última década a atuação efetiva da mulher em postos de decisão nas organizações. Entender esta prática da liderança utilizando a lente feminina se torna essencial para todo profissional que busca de boas perspectivas neste mundo contemporâneo organizacional. Este não é um livro (Liderança Nua e Crua – decifrando o lado masculino e feminino de liderar, de Livia Mandelli. Petrópolis, Vozes, 2015, 192 p., R$ 28) sobre mulheres ou para mulheres, e sim uma visão sobre o lado feminino do comportamento organizacional refletido diretamente em todas as atitudes dentro das empresas e consequentemente na sua cultura. Afinal, muito se sabe sobre as práticas e comportamentos masculinos ao exercer a liderança, mas cada dia mais percebem-se traços de comportamento femininos presentes nas lideranças de sucesso. A interposição dos comportamentos feminino e masculino é a melhor pratica para se obter sucesso como líder. Os resultados de estudos realizados no Brasil e na Europa mostram que o impacto deste comportamento da liderança não está claramente definido nem para os líderes nem para seus seguidores, mas identificam diferenças substanciais entre a

prática exercida pela liderança feminina e pela liderança masculina. Dados comprovam que certas particularidades, comprovadamente femininas, trazem grandes benefícios às equipes se usadas com a devida propriedade organizacional. Perceber, entender e aplicar estes conceitos trará grandes benefícios ao líder em busca de autoconhecimento e desenvolvimento de seus potenciais. Livia Mandelli é Sócio - Consultora na área de gestão de pessoas na Mandelli & Loriggio Consultores Associados, de São Paulo, empresa de consultoria dedicada ao desenho e à condução de processos de mudança em organizações. Mestre em Liderança pela University of Gloucestershire na Inglaterra, Psicopedagoga Organizacional, MBTI Step I & II Practioner, Coach pela Graduate School of Master Coach/ Sociedade Brasileira de Coaching e Administradora. Articulista da revista NRespostas, revista distribuída em Brasília. Atuou nos últimos 6 anos em formação de times de alto desempenho em empresas de porte médio na Inglaterra. Anteriormente, atuou na indústria de turismo e hotelaria brasileira desenvolvendo papéis de liderança tanto em gestão de pessoas como consultora na área de implantação e desenvolvimento.

EXPEDIENTE O Jornal Poiésis - Literatura, Pensamento & Arte é uma publicação da Mota e Marin Editora e Comunicação Ltda. Editor: Camilo Mota. Diretora Comercial: Regina Mota. Conselho Editorial: Camilo Mota, Regina Mota, Fernando Py, Sylvio Adalberto, Gerson Valle, Marcelo J. Fernandes, Marco Aureh, Francisco Pontes de Miranda Ferreira, Charles O. Soares. Jornalista Responsável: Francisco Pontes de Miranda Ferreira, Reg. Prof. 18.152 MTb.

Rua das Bougainvilleas, 4 - Rio do Limão - Araruama-RJ CEP 28970-000 ( (22) 98818-6164 ( (22) 99982-4039 ( (22) 99770-7322 E-mail: jornalpoiesis@gmail.com Site: www.jornalpoiesis.com.br. Facebook: www.facebook.com/ jornalpoiesis Distribuição dirigida em: Saquarema, Araruama, São Pedro da Aldeia, Iguaba Grande, Cabo Frio, Arraial do Cabo e Petrópolis. Fotolito e Impressão: Tribuna de Petrópolis.

Colaborações devem ser enviadas preferencialmente digitalizadas, espaço simples, fonte Times New Roman ou Arial, corpo 12, com dados sobre vida e obra do autor. Os originais serão avaliados pelo conselho editorial e não serão devolvidos. Colaborações enviadas por e-mail devem ser anexadas como arquivo .doc ou .docx. Os textos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Jornal Poiésis.


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nº 228 - março de 2015

SAÚDE E EDUCAÇÃO

UBS e creche são inauguradas em Araruama

O bairro de Bananeiras, no distrito de Iguabinha, em Araruama, recebeu no dia 27 de fevereiro sua primeira Unidade Básica de Saúde, inaugurada em solenidade que contou com a presença do prefeito Miguel Jeovani e da primeira dama e deputada estadual Marcia Jeovani. Na mesma ocasião, foram inauguradas as novas instalações da Creche Municipal Ilca Maria Duarte. A unidade de saúde atenderá nas especialidades de clínica médica, ginecologia e pediatria, oferecendo ainda tratamento odontológico, inalações, injeções, curativos, vacinas, coleta de exames laboratoriais, encaminha-

Fotos: Marcelo Figueiredo

mentos e fornecimento de medicação básica. Com área total de 283 metros quadrados, a UBS é ponto de apoio fundamental na atenção básica ao cidadão, descentralizando o atendimento médico.

O prefeito Miguel Jeovani destacou os investimentos que vêm sendo feitos nas áreas de saúde e educação. “Estive em Brasília esta semana em busca de recursos para a saúde e a educa-

POLÍTICA

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A deputada apresentou ao presidente do DER, Ângelo Monteiro, as várias indicações de melhorias para Araruama que fez em sua primeira semana de mandato na ALERJ

nica, a pintura da sinalização asfáltica e a construção de uma rotatória na altura do Km 74 (entrada de Praia Seca), na divisa dos municípios de Araruama e Saquarema. Recentemente, uma família de Petrópolis sofreu um acidente grave na localidade, com vítimas fatais. A deputada pediu também a construção de uma passarela na altura do Posto Capri Lagos na Rodovia Amaral Peixoto, no bairro Vila Capri, em Araruama, pelo fato de ter instalada na região uma unidade de ensino que atende em

grande parte os alunos da comunidade e que colocam a vida em risco ao atravessarem a pista. Também foram indicadas a construção de um viaduto na Rodovia RJ 124, no bairro Itatiquara, na altura do Km 34 (Avenida Gladstone de Oliveira com a entrada de Morro Grande), assim como a ampliação da Rodovia RJ 136 que liga o distrito de Morro Grande, em Araruama, locais em que o tráfego diário coloca em perigo os pedestres que necessitam atravessar a via.

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todos a zelarem por ela. A prefeita Franciane Motta ressaltou o cumprimento do compromisso assumido com a comunidade escolar quando visitou o local antes da reforma. “E hoje estamos aqui,

inaugurando esta belíssima obra. Meu lema sempre foi não prometer o que não posso cumprir. Prometi a reforma da Escola e hoje ela está aqui, para que todos os alunos possam desfrutar e aprender”, disse.

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Marcelo Figueiredo

EDUCAÇÃO Prefeitura de Saquarema inaugura nova escola em Palmital A Prefeitura de Saquarema inaugurou em fevereiro a nova Escola Municipalizada Beatriz do Amaral, na Estada Latino Melo, no Palmital. A unidade conta com seis salas de aula, refeitório, sala de leitura, sala de informática, secretaria e sala de recurso, atendendo do infantil até o quinto ano do ensino fundamental. A secretária de Educação, Ana Paula Giri Fortunato, destacou a obra como uma conquista para a comunidade e convocou

da o cinturão de obras que já está beneficiando a população. “É um momento de muita alegria chegar em Bananeiras e entregar uma creche totalmente remodelada, uma UBS e em breve

CULTURA

Marcia Jeovani solicita construção de rotatória na entrada de Praia Seca Na primeira semana de atuação na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro, a deputada estadual Marcia Jeovani (PR) protocolou seis indicações importantes para a garantia da segurança e mobilidade urbana dos moradores da Região dos Lagos. Todas as proposições foram encaminhadas ao governador do estado Luís Fernando Pezão e antecipadamente oficializadas junto ao presidente do DER, Dr. Ângelo Monteiro, já que a parlamentar esteve em audiência no órgão para pedir a conclusão antes do Carnaval da obra de construção de um trevo na Rodovia Amaral Peixoto, na subida da Serra com a entrada de Ponta Negra, no município de Maricá. Atendendo às reivindicações dos moradores e condutores de veículos que trafegam na Rodovia Amaral Peixoto, a deputada solicitou ainda a instalação de um redutor de velocidade com fiscalização eletrô-

ção. Em breve, o ministro da Saúde estará visitando nosso município para conhecer o espaço da Casa da Caridade, onde iremos instalar o hospital da mulher e da criança”, disse. O prefeito destacou ain-

uma quadra poliesportiva coberta, que já está sendo construída. A escola Altevir Barreto também será remodelada. Estamos fazendo um cinturão de obras para a saúde com as futuras construções das UBS do Mutirão, Fazendinha, Iguabinha, Fonte Limpa, Jarcim Califórnia, Parati e Praia do Hospício”, ressaltou. A Creche Municipal Ilca Maria Duarte também foi remodelada, com acréscimo de duas novas salas com banheiros, totalizando oito salas de aula, além de lactário, pátio com grama sintética, cozinha e refeitório ampliados e reforma geral de pisos, pintura, rede elétrica e hidráulica.

Com apoio da Prefeitura de Araruama, através da Secretaria Municipal de Educação, o Projeto Mais Leitura estará na Praça do Mataruna de 2 a 6 de março, com livros vendidos a 2 e 4 reais. Desenvolvido pela Imprensa Oficial do Governo do Estado, o projeto está pela segunda vez no município. No ano passado, foram vendidos mais de 7 mil livros em apenas cinco dias. Desde que foi criado, o Mais Leitura já vendeu mais de 2,5 milhões de li-

rão obras infantis, livros técnicos e científicos, além de romances, biografias, livros de poesia, religião, saúde e autoajuda.

Dia Internacional da Mulher tem programação variada em Araruama O Dia Internacional da Mulher será celebrado em Araruama com uma série de atividades que serão realizadas na Praça Antonio Raposo, sob a coordenação da Secretaria Municipal da Terceira Idade e Desenvolvimento Humano, em parceria com várias secretarias. O início será às 8h com passeio ciclístico e aulão de Yoga. Às 10h haverá a apresentação do Grupo Abadá de Capoeira. Paralelamente a essas atividades no período matutino, a partir das 9h, acontece mostra de quadros confeccionados por mulheres, artesanatos dos CRAS – Centros de Referência e Assistência Social, massoterapia, queek massage, orientação social, jurídica e psicológica para mulheres e idosos, aferição de pressão, verificação de glicose e auriculoterapia. Também estão programados orientação sobre saúde bucal, nutrição e bolsa família. O MAMAS Itinerante também estará presente. ENTREGA GRÁTIS EM DOMICÍLIO

Regina Mota

Além de atividades culturais e esportivas, o evento contará com serviços nas áreas de saúde e direito

As vereadoras do município participarão através da Câmara Itinerante, bem como a Ordem dos Advogados do Brasil/Araruama. As participantes poderão ainda se maquiar em uma das barracas que estarão expostas na praça no horário de 9h ao meio dia. No período vespertino, às 14h, haverá um aulão de capoeira com o Grupo Abadá. Às 16h acontece a apresentação da Orquestra de Flauta. O Grupo Teatrama fará uma esquete às 17h, seguido pelo Balé

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da Coordenadoria da Juventude. Às 18h será a vez do Carimbó da Setid se apresentar e dentro desse ciclo de apresentação de dança as crianças que participam de projetos da Secretaria de Política Social também subirão ao palco. A Caravana de Esmeralda de Gaya fará mostras de dança cigana. Às 19h30 o Coral da Terceira Idade, sob a regência dos maestros Rafael Andrade e Denise Andrade, homenageará as Cantoras do Rádio.

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nº 228 - março de 2015

LITERATURA

SAÚDE

O silêncio como processo de cura

Claudio Feldman Professor aposentado de língua e literatura, autor de 51 livros, entre os quais “Gomos de uma laranja ácida” (2014)

Camilo Mota psicanalista, terapeuta holístico, membro da Associação Brasileira de Psicanálise Transpessoal, atende em consultório em Araruama e Saquarema (www.camilomota.com. br) Vivemos numa sociedade tecnológica na qual o ruído predomina sobre o silêncio. Desde a Revolução Industrial vimos assistindo a um aumento gradativo dos níveis das mais diversas interferências em nosso meio ambiente. Se no início o som das máquinas a vapor, dos primeiros automóveis e das sirenes das fábricas conduziam o homem a um novo estágio de adequação mental, assistimos hoje a uma reverberação desses sons sob a forma de informações múltiplas transmitidas pelos tantos meios que nos ligam ao mundo e aos demais seres (tablets, smartphones, mídias sociais, redes de TV...). Tornamo-nos agentes deste processo, incorporando-nos à grande legião de homens e mulheres produtores de ruídos. O resultado disso é um emaranhado de formas-pensamentos-emoções que se solidificam no imaginário das pessoas de modo a provocar alguns descompassos, elevando os níveis de ansiedade ou causando um cansaço inexplicável que pode levar a estados depressivos. O descompasso parece estar vinculado a uma falta de compreensão sobre o valor do silêncio. Quando

O Processo de Kafka

paramos para escutar uma sinfonia de Mozart, podemos nos encantar com a força de um tema. E assim ficamos enlevados, extasiados, tocados pelo abstrato dos acordes. A beleza da música está na maneira como o silêncio intercala as notas. Assim como a sombra completa a luz, também o silêncio é o complemento do som. Quando passamos a valorizar somente o efeito sonoro (que elevado ao excesso pode se tornar ruído), deixamos de lado o alento fortalecedor daquilo que o anima, ou seja, a sua ausência, aquele intervalo entre uma nota e outra, às vezes imperceptível, noutras quase um desafio. O mesmo se aplica ao mundo das informações, notícias e possibilidades de compartilhamentos que hoje as mídias nos proporcionam. De tanto querer se mostrar e ser visto, o homem se torna cego. De tanto querer ser ouvido, ele se torna surdo, não ouvindo o outro e não se permitindo ouvir em seu anseio mais puro. O ritmo desenfreado de nossos dias fornece em si seu próprio remédio. Cada vez mais pessoas parecem estar se voltando para uma revalorização da natureza (ao menos no nível do dese-

jo). É importante verificar que há uma diferença entre o silêncio e o desejo de silêncio. Enquanto aquele é o resultado do processo interior de conhecimento e de concentração no momento presente, este é justamente a projeção daquilo que se anseia como o ideal de silêncio, aquilo venha calar as pulsões que oprimem e angustiam. Se vivemos num ambiente com muito ruído, o próprio corpo anseia por seu oposto. Quando percebemos isso, temos a chance de iniciar a busca pelo silêncio. De início, é a força do desejo que nos move. Quando conseguimos deixar que o silêncio flua, aí sim estaremos dentro da força da realização do prazer de estar bem consigo mesmo, independente de a nossa volta estar rolando um funk no último volume ou apenas o farfalhar do vento nas folhas das árvores. Se seu silêncio é de paz tudo que se movimenta ao redor não causa perturbação. O cultivo do silêncio interior é um caminho de cura. É ouvindo os intervalos entre o que somos e o que está a nossa volta, que podemos perceber a melodia de nossas vidas nos convidando a viver o momento presente.

Dicas de Saúde e Qualidade de Vida. Curta! Compartilhe! Divulgue! www.facebook.com/reikiepsicanalise

“O Processo”, de Franz Kafka, foi escrito na época da 1ª Guerra Mundial, mas só publicado, postumamente, em 1925, pelo amigo Max Brod, que contrariando a vontade do ficcionista não queimou este e outros originais. “Der Process”, como o restante da obra do tcheco, tem desafiado tanto a sagacidade dos críticos literários como de psicólogos, filósofos, sociólogos e até teólogos. Daí a imensa bibliografia de variadas interpretações que tentam alcançar a complexidade da obra, vasto símbolo, parábola, alegoria. Porém estas formas figuradas postulam, por definição, um significante e um significado. Qual o significante não é difícil saber. Joseph K., o anti-herói, é um jovem de vida banal, honesto e honrado. De repente, torna-se um acusado, com um processo sobre os ombros: não sabe de quê nem por quem ou perante qual tribunal. Irá buscar interminavelmente uma elucidação do mistério de sua culpa, dos termos exatos de seu “crime”, procurar Aquilo ou Aquele que mantém sua vida em suspenso. E nada nem ninguém consegue esclarecê-lo: polícias, advogados, oficiais de diligências e juízes de instrução não passam de autoridades subalternas. Os Juízes do Supremo — ou o Juiz Supremo — ninguém o viu e, pelo ritmo que as coisas vão, ninguém os verá. Só resta a notificação. O acusado passa e repassa, sem cessar, por um labirinto de repartições, onde se administra uma estranha justiça e onde formigam os

réus de toda espécie. Joseph K. bate a todas as portas que possam dar abertura para o Tribunal da Última Instância. Em vão. Desconhecida e implacável, a acusação continua a dilatar-se sobre o pobre, até o desfecho, absurdo, em que morre “como um cão”, numa pedreira, às mãos de dois enigmáticos carrascos. Que significa esta estranha história, que, antes do desenlace, os episódios poderiam se multiplicar, em sua teia, indefinidamente? Começam aqui as dificuldades. Há a interpretação psicanalítica/psiquiátrica, a sociológica e a metafísica. A vida e o destino de Kafka foram dominados pela figura do Pai, um homem implacável, autoritário, seguro de si, sem crença nem em Deus nem no Diabo, mas também sedutor — ambíguo —, à frente do qual se move o filho, condenado como um “ser débil, incerto, temeroso e inquieto”. Segundo a explicação psicanalítica, o “caso” de “O Processo” seria apenas a história, objetivada em mito, de um recalcadíssimo complexo de culpa, da culpa existencial de um débil frente a um forte. Um fraco que procura igualar-se àquele que, para ele, é “a medida de todas as coisas”, de um débil cuja força consiste em interrogar sem a obtenção de uma resposta, de um frágil que toda vida se sentirá interpelado: “Tu quem és?”. Para outros, toda a questão e todo clima de “O Processo, essa sufocante atmosfera em que o real e o imaginário parecem se confundir no mesmo absurdo e na mesma fluidez sem contornos, teria a sua explicação no contexto histórico de Praga do tempo dos Habsburgos. Na absurda cidade provinciana da dupla monarquia austro-húngara, com seu exército de burocratas, solenes e pegajosos, com a

sua espionagem, com seu imperador macróbio e ausente, com as comunidades, separadas pela língua, raça, religião, usos e costumes, em particular o gueto judaico, Kafka se sente condenado a viver uma situação de acusado pelos antissemitas, explícitos ou implícitos. Daí a sutilíssima narrativa de “O Processo”, ouso dizer, uma premonição profética do universo concentracionário em que o homem se converte em objeto para o homem, algo risível, joguete sem respeito, dignidade e nome. Em terceiro lugar, a interpretação metafísica. Nela, duas orientações opostas: a dos que, em “O Processo”, nada mais encontram do que o símbolo da condição humana como total absurdo — tal como em Sartre e Camus — e a dos que na obra descortinam a parábola do dogma do pecado original, admitindo, portanto, um sentido altamente religioso, como, entre outros, Max Brod, o principal artífice da glória de Kafka. As três interpretações (psicanalítica/psiquiátrica, sociológica e metafísica), é bom frisar, podem coexistir e ser verdadeiras. Não, evidentemente, enquanto exclusivas. Verdadeiras em planos não somente superpostos, mas interferentes. Enfim, Kafka, judeu de origem e de educação, teve sua fé bastante abalada pelas circunstâncias de sua vida, mas não a perdeu totalmente e o levou, através de suas experiências com o absurdo, a procurar um sentido para a sua existência. Foi ela que lhe deu ânimo para escrever no final de “O Processo”: “A lógica é na verdade inabalável, mas não resiste a um homem que quer viver. Onde estava o juiz que ele nunca tinha visto? Onde estava o alto tribunal que ele nunca alcançara? Levantou a mão e estendeu os dedos”.

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nº 228 - março de 2015

POEMAS [NA ESTRADA]

O TIRAR DAS MÁSCARAS

Júlio Polidoro

A SECO

Elson Jacinto

na estrada que o homem percorre há um filete de terra tão estreito um filete de terra tão discreto um filete de terra tão oculto que ninguém afiança que, por ele, outra estrada avança e o percorre outro tipo de homem

Leila Míccolis

Olhe dois homens se beijando Na escuridão Porque é carnaval Meu irmão

Tem coisas que a gente só diz de porre, se não o outro corre; mas passada a bebedeira, a gente acha que fez besteira, não devia ter falado, que se expôs adoidado, à toa e foi tolice. Finge-se então que se esquece o que disse, culpa-se a carência, a demência, a embriaguez responsáveis por tamanha estupidez. E é aceitando este estranho cabedal que quando se volta ao “estado normal”, cada vez mais sós, na defensiva, corroídos morremos de cirrose... afetiva.

Veja José cutucando A mulher do João Porque é carnaval Meu irmão Olha o pacífico com uma arma na mão Não se espante É carnaval meu irmão

Júlio Polidoro reside em Juiz de Fora-MG, autor de “Orla dos signos”, entre outros.

Olha o padre com libido no salão Porque é carnaval Meu irmão Olha a dama seminua a se exibir Deixe-a é carnaval Ela quer se divertir e o careta Com um cigarro manual a se descontrair A desculpa é carnaval Ele quer se expandir

Leila Míccolis mora em Maricá-RJ, tem 30 livros publicados, entre os quais a reunião poética “Desfamiliares” (Ed. Annablume, 2013).

Olhe o civilizado Vestido de índio Parecendo um canibal Ele criticou o selvagem e a desculpa é o carnaval

Dilermando Rocha Matéria é matéria mais poesia Paracelso Algum dia eles serão terra, será areia, serei pedra algum dia seremos todos pó como hoje são poeiras nossos antepassados; enquanto não chegar essa noite (clara ou escura?) sou apenas mais um homem predestinado a escrever predestinado a sentir e sorrir, sofrer e morrer para talvez ser esquecido; o que ficou guardado no profundo mar da retina e o que serei não sou bastante bruxo pra imaginá-lo mas é possível que eu seja rebelde cachoeira nas verdes montanhas de Minas Gerais; ou é possível que seja só uma árvore solitária — umbuzeiro ou algarobo — no infinoto pampa argentino, uruguaio e do Sul brasileiro... ontem como sempre caminhando despreocupado pela rude estada da vida tropecei numa pedra e lhe pedi perdão: podia ser um parente não muito distante

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Sou casa do rei sou casa do soba do morubixaba do imperador do faraó do czar, emir, xá, xeque, fui feita para pouso do que manda enquanto houver aqui a voz a mandar sou casa em que ninguém deve morar.

Olhe o Judas verdadeiro E o Tomé cheio de fé É carnaval Ele quer mostrar o que não é Veja a ilusão Que já passou Olhe os coloridos em rebotalhos Que se fantasiou E os fadigados à espera da escola em primeira Que desfilou Cala a boa irmão Quero dormir Já é quarta-feira Elson Jacinto é poeta, reside em Araruama-RJ.

Sou solene sou festa no princípio, cansativa e monótona depois; desiluda escravizo desnorteio envaideço corrompo e desengano; simbolizo o poder, sou ilusória sou mármores com vidros: irrisão. Minhas rampas conduzem a esperança no sempiterno trânsito da História; multidões glorificam seus eleitos condenando-os aos meus salões marmóreos. Sou polo igual a paços de mil cortes: déspotas, visionários me ambicionam. Sou lágrima de heróis de fâmulos exulto cortesão mato ideais nas pomposas estranhas do poder. Ledo engano, sustento eternidade iludo o povo a pátria a humanidade presido o amor à paz inacessível.

Dilermando Rocha mora em Juiz de Fora-MG. O poema acima faz parte da antologia “50 poemas escolhidos pelo autor” (Rio de Janeiro, Galo Branco, 2010).

Dra. Emygdia Melo

Aluizio P. Valle

Olhe Fulano dando uma de homem E Cicrano de mulher É carnaval Ele quer mostrar o que não é

TERRA, terra

CANTAR DO PALÁCIO MARMÓREO

ALUIZIO VALLE escreveu este poema na década de 80, quando exercia o jornalismo no Palácio do Planalto, credenciado por vários órgãos de imprensa, rádio e TV.

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6 CRÔNICA Gerson Valle Poeta e escritor, membro da Academia Petropolitana de Letras A leitura, seja em qualquer espécie de narrativa - literária, teatral, cinematográfica, televisiva (das novelas e séries)... - se dá, para cada pessoa, de forma diferenciada, na dependência não só da sensibilidade, formação cultural, inteligência, mas mesmo de percepção do significado da ficção perante nossos valores da realidade. É comum - e já vi isto ocorrer com pessoas bem instruídas - confundir-se o personagem com a o ator/atriz que o interpreta, havendo quem o vaie quando o encontra ao vivo. Periga até de ser linchado. Confusão mais comum ainda se dá entre a criação que toca personagens e fatos violentos, imorais, canalhas, que procura reproduzir realidades vivas, com o incitamento à violência, imoralidade, canalhice. Lembro-me de um dos mais emblemáticos filmes que previa o futuro londrino (aos moldes da ficção científica) como de extrema violência e amoralidade por grande parte de seus cidadãos, “Laranja mecânica”, de Stanley Kubrick. Muita gente o criticou como sendo uma propagação da irracionalidade violenta. Realmente, há cenas de extrema violência, que servem para alertar o perigo de certas tendências claras em nossa civilização, como já fizera, por exemplo, a literatura de um Aldous Huxley em “Admirável mundo novo” ou de George Orwell em “1984”. Um filme ou um romance

nº 228 - março de 2015

JE NE SUIS PAS CHARLIE não têm como fazer o leitor ou espectador refletirem sobre a existência senão por ações. Não é do feitio mais criativo de uma obra de arte a formulação explícita de moralidades exemplares, idealizadas, de um pregador religioso p. e. O recente filme argentino “Relatos selvagens”, de Damián Szifron, é uma obra-prima com suas seis narrativas muito bem construídas e filmadas que retratam sobretudo o caráter vingativo como tendência de nosso tempo, que faz uma pessoa responder a um insulto impensado no trânsito de uma estrada com uma perseguição que levará ao aniquilamento do agressor e do agredido... Como a mosca que cai numa sopa leva a raiva numa família, e esta raiva se propaga à vizinhança, ao país inteiro, e finalmente ao mundo, que arrebenta numa explosão nuclear num roteiro de Ionesco para um filme francês da década de 60. Um crescendo da ira a exemplificar a irracionalidade de nós, humanos... Na saída do cinema deste recente filme argentino, ouvi muitos comentários de pessoas revoltadas pela propagação de tanta violência. Mas o diretor não propaga a violência. Tal como Dostoiévski ao descrever as obsessões de seus personagens não deseja transferi-las para o comportamento do leitor. Szifrón, no filme, critica a violência através de sua manifestação num mundo cada vez menos racional, com as pessoas sendo educadas para rivalizarem entre si. E o faz com uma criatividade magnífica, com leve reminiscência da originalidade de um fil-

me de Pedro Almodóvar, não havendo nenhum momento que deixe o interesse do espectador de lado, sendo sempre cinematograficamente bem acabado. Bem acabados cinematograficamente são também os filmes de Quentin Tarantino. E aí eu vejo uma outra confusão muito comum em espectadores. Neste caso, os mais amantes do cinema admiram Tarantino sem considerarem que os meios técnico-artísticos não podem ser totalmente isolados do significado inerente em qualquer obra de arte. A manifestação do mal apenas para a criação do impacto e da construção de uma narrativa bem montada, como se estivesse glorificando o mal na base do entretenimento é uma forma de alienação, podendo influir na sociedade (e acredito que tenha contribuído para isto no mundo atual) com o distanciamento da dor alheia (seguindo a baixaria dos “westerns spaguettis”). Tal como faziam os romanos nas arenas... Num filme de Tarantino, Hitler é mostrado caricaturalmente, um estereótipo do mal, o inimigo dos super-heróis das histórias em quadrinhos, sem nenhum compromisso com a História verdadeira, como uma realidade distante, datada e localizada. Como, enfim, não houvesse mais este tipo de maldade agora em seu país. E sabemos, pelo mesmo já citado Stanley Kubrick, em “Dr. Strangelove”, o quanto tal país admite violências e discriminações próximas a dos nazistas... É curiosa, aliás, a admiração que parece haver de Tarantino pela composição formal de um Kubrick, sem, no entanto,

parecer compreender-lhe o sentido por trás da forma. As bobajadas sempre levadas na TV Globo, sobretudo do cinema norteamericano mais comercial, habituam as pessoas com a violência inconsequente, não como reflexão de nossas calamidades, mas como distração mesmo, esporte, brincadeira... Apreciam-se bandidos matando com requinte de crueldade no cinema, mas revolta-se quem tem o filho usado pela violência de bandidos. Parece-me evidente a consequência da apreciação da violência pura e simples, sem a reflexão de seu significado mas sim como atração, na sua manifestação a todo lado! Quando estudei na França, chocava-me em sua notável cultura coexistirem tolices como o pasquim “Le Canard Enchaîné”. O tipo de piadas inconsequentes, de fazer rir pelo deboche de defeitos físicos de pessoas, de condições raciais, sociais, sexuais (como se gozar do “gay”), culturais (como religiosas, etc.) tornou-se ainda mais acentuado noutro pasquim, o hebdomadário “Charlie”. Fazer piada sobre a raça de alguém ou sua preferência sexual, hoje em dia, é até crime entre nós. Mas, o “Charlie” tudo pode! Por que? Aliás, independentemente da questão legal, de ser crime ou não, o ato que despreza a alteridade, a diferença entre as pessoas, o respeito ao outro, é, antes de mais nada, um atentado de mau gosto! Na época em que estudei na França havia no Brasil o “Pasquim”, mas suas piadas desrespeitosas (como sobretudo as do Henfil) tinham a desculpa máxima

no fato de vivermos uma ditadura desrespeitosa a todos os direitos individuais que nos fazia tomar atitudes extremas para salientar tais absurdos. Na França, entretanto, o que move tais publicações? A simples manifestação da liberdade sem limites, irresponsabilidade anarquista, comportamento existencialista? Mas, há uma contraditória consequência em tudo isso... Por outro lado, no livro dos muçulmanos, o Corão, Maomé prescreve o combate aos infiéis até a morte. O Pentateuco também era inclemente aos não-judeus. Porém, houve um judeu chamado Emanuel que, há dois mil anos, reconheceu o anacronismo e impiedade de tais princípios, e a toda hora refazia o dito antigo pelo que sua época esclarecia. Não havendo uma renovação entre os muçulmanos desde o século de Maomé, seus princípios de uma política teocrática não perceberam a necessária laicidade da convivência democrática, e alguns deles levaram o Corão ao extremo, ignorando ciências e humanismos. Não me consta que em Israel, por mais detestáveis que sejam suas características discriminatórias e belicosas, haja lei que mande apedrejar a “mulher adúltera” (e nunca é demais lembrar que o “pecado” do adultério masculino não era suficientemente grave para ser incriminado da mesma forma...). Mesmo não admitindo as renovações de Cristo, a modernidade fez ultrapassados antigos princípios religiosos. Mas, entre os muçulmanos, não. E há uma tendência de esticarem a “vendetta” dos

povos primitivos a todos os que se opõem a seus antropocentrismos. Assim, numa civilização mais esclarecida, tal “justiça vingativa” não se justifica. Porém, não é afrontando o primitivismo dos seguidores extremistas de uma religião que se pode convencê-los a uma “atualização” comportamental. Não se debocha de crenças e culturas alheias simplesmente por elas terem idiossincrasias anacrônicas. Isto é desrespeito e ignorância ante as diferenças. Muitos, no mundo, querem se solidarizar ao “Charlie Hebdo” por ter sofrido um ataque de tais bárbaros anacrônicos. E se identificaram dizendo serem o jornal agredido. Eu não sou este jornal. Não aceito a forma como desrespeitaram a crença alheia, como não admito a resposta violenta dos crentes extremistas de princípios anacrônicos. O sábio papa Francisco, da religião que admite as renovações de posições por se basear nos ensinamentos de um reformador, apesar deste reformador ter pregado o oferecimento da outra face a todo agressor, aludindo ao caso das agressões “intelectuais” do jornaleco francês lembrou que se alguém xinga sua mãe ele responde com um tapa. Parece pouco cristã tal afirmativa. Mas, não. Ela se reporta à consideração maior de que não se deve agredir. É como se perguntar: por que xingar a mãe de quem quer que seja? E nesta pergunta há motivos para reflexões mais humanistas, muito mais de acordo com a convivência pacífica de respeito à alteridade, essencial para um mundo melhor.

ECONOMIA

Fiperj quer ampliar estatística pesqueira para 23 cidades no Estado

O presidente da Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro (Fiperj), Essiomar Gomes, recebeu representantes da Fundação de Desenvolvimento da Pesquisa do Agronegócio (Fundepag) no dia 24/02. O encontro serviu para estreitar a parceria com a instituição que, entre outros serviços de consultoria, vem auxiliando a Fiperj na elaboração e captação de recursos para projetos de fomento ao setor pesqueiro e aquícola. Um deles é o Projeto de Monitoramento da Atividade Pesqueira (PMAP), cuja proposta de financiamento será encaminhada à Petrobras em março. O projeto visa ampliar o monitoramento conhecido como Estatística Pesqueira e já realizado pela Fiperj em alguns locais de desembarque dos municípios de Paraty e Angra dos Reis (na Costa Verde); Rio de Janeiro, Niterói e São Gonçalo (na Região Metropolitana); Saquarema, Araruama, Iguaba Grande, São Pedro da Aldeia, Arraial do Cabo, Armação dos Búzios e Cabo Frio (nas Baixadas Litorâneas); e São Francisco de Itabapoana, São João da

Barra, Campos dos Goytacazes e Macaé (no Norte Fluminense). Com o novo recurso, será possível incluir no levantamento mais sete municípios: Mangaratiba (na Costa Verde); Itaguaí, Duque de Caxias, Magé, Itaboraí e Maricá (na Região Metropolitana); e Rio das Ostras (nas Baixadas Litorâneas), além de mais pontos nos já contemplados com a estatística pesqueira. Com a nova proposta, o monitoramento iniciado em 2010 em cinco municípios e hoje realizado em 16, contemplará 23 cidades do litoral fluminense inseridas na área de abrangência das atividades de exploração e produção da Petrobras nas bacias de Santos e Campos. A ação é em atendimento ao Parecer Técnico 284/12 e ao Termo de Referência 016/13 da CGPEG/Dilic/ Ibama (Coordenação-Geral de Petróleo e Gás da Diretoria de Licenciamento Ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), com vistas ao licenciamento dessas atividades. Censo Pesqueiro - A proposta segue os mesmos trâmites do Projeto de Ca-

racterização Socioeconômica da Pesca e da Maricultura - que originou o primeiro Censo Pesqueiro no estado do Rio. Realizado de maio a novembro de 2014, o levantamento é uma exigência do Ibama para a licença de atividades no Polo Pré-sal da Bacia de Santos, integrada por outros três estados brasileiros: São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Com exceção da costa catarinense, cuja pesquisa é de responsabilidade da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), a Fundepag foi contratada pela Petrobras para coordenar o projeto nos outros três estados, contratando no Rio a Fiperj para executá-lo. No litoral fluminense, o levantamento foi aplicado nos 18 municípios que inte-

gram a Bacia de Santos (de Paraty a Cabo Frio), além de Armação de Búzios que, mesmo fora dessa faixa pertence à Bacia de Campos -, foi incluído no programa com recursos próprios da Fiperj por sua importância no segmento da pesca e maricultura (produção artificial de seres aquáticos em

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ambientes marinhos). O estudo - que visa identificar aspectos sociais e econômicos, como grau de instrução e renda mensal dos pescadores, além de dados sobre a produção, frota e outros - está na fase de conclusão do relatório final, que deverá ser apresentado em meados de março à Pe-

trobras, com a proposta do novo projeto de monitoramento. Participaram da reunião o coordenador de relações corporativas e institucionais da Fundepag, Átila Bankuti, com a consultora Solange Ferreira. Pela Fiperj, acompanharam o encontro os diretores Augusto Pereira (Pesquisa e Produção) e Jorge Irineu da Costa (Administração e Finanças); as coordenadoras Maria de Fátima Valentim (Extensão) e Marina Bez (Pesca); as assessoras Natalia Machado (Projetos, Convênios e Captação de Recursos) e Ana Carolina Iozzi (da Diretoria de Pesquisa e Produção); e o gerente executivo do projeto de Caracterização, Davi Alcântara.

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nº 228 - março de 2015

RELIGIÃO

Ano novo bahá’í é comemorado no dia 21 de março O dia 21 de março de 2015 dará início ao ano 172 da Era Bahá’í. O Badí, calendário bahá’í, é baseado no ano solar, e consiste em 19 meses de 19 dias, mais os quatro “dias intercalares” que completam os 365 dias do ano. Foi adotado em 1844 quando o Báb, precursor da Fé Bahá’í, anunciou uma nova era, que teve início com a vinda de Bahá’u’lláh. Assim como foi Jesus Cristo, Buda, Zoroastro, Maomé e todos os grandes líderes religiosos, os bahá’ís acreditam que Bahá’u’lláh é o mensageiro de Deus para essa época. Já na Pérsia antiga, o dia 21 de março era conhecido como Naw-Rúz, que significa “novo dia” em persa, e segundo a tradição, data de 3 mil anos. Os reis da antiga civiliza-

ção persa destinavam este dia à audiência pública e recebiam o povo na sua corte com maior consideração. Durante milhares de anos foi comemorado como o dia de fraternidade, júbilo e alegria, dia de grande festa. O Naw-Rúz é tradicionalmente comemorado ainda hoje no Irã e também em outros países do Oriente Médio e Ásia Central, além de ser celebrado por indivíduos espalhados por diversos países. Para os bahá’ís, o Naw-Rúz é um dia sagrado, e um dos motivos que o torna uma data especial é a combinação com o fim do período do jejum, que se inicia no dia 2 de março e termina na véspera do ano novo. O jejum é realizado entre o nascer e o pôr do sol (no calendário bahá’í

Casa Universal de Justiça, em Haifa, Israel, é a sede mundial da Fé Bahá’í, cujos 7 milhões de seguidores celebram o ano novo que dá início ao 172º ano desta religião que teve origem na Pérsia em 1844

os dias começam e terminam ao pôr do sol) como forma de purificação do corpo, reflexão e fortale-

ECONOMIA Programa voltado ao artesão fluminense é prioridade do governo estadual

cimento do espírito para o novo ano que se iniciará. No dia 20, os cerca de 7 milhões de bahá’ís es-

palhados pelo mundose reúnem com familiares e amigos para fazer orações e festejar.

O fato do dia 21 de março ser identificado desde épocas remotas como um dia muito especial do ponto de vista astronômico também tem importância na Fé Bahá’í. Nesta data, o sol ilumina os dois hemisférios de forma igual e pelo mesmo ângulo, dando início à primavera no hemisfério norte e outono no hemisfério sul. Assim como a Terra passa pelo equinócio, e o equilíbrio de luz e calor faz com que a natureza física se renove, os bahá’ís acreditam que uma vida nova se insufla em cada ser humano. Os principais ensinamentos da Fé Bahá’í se fundamentam na unidade: unidade de Deus, unidade da religião, unidade da humanidade. Mais informações podem ser obtidas no site www.bahai.org.br

ECONOMIA Micro e pequenas empresas se destacam na geração de emprego na Região dos Lagos

Divulgação/Sedrap

Incentivar os artesãos fluminenses é uma das prioridades da nova gestão da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Regional, Abastecimento e Pesca (Sedrap). Para tanto, o secretário Zé Luiz Anchite e a chefe de gabinete Nea Mariozz abraçaram o Artesanato em Movimento um dos projetos existentes na secretaria - e já buscam ações que permitam a sua ampliação. Implantado em setembro de 2013 como forma de identificar, recuperar e valorizar o artesanato fluminense, o projeto já passou por cerca de 20 municípios (como Nova Friburgo, Itaperuna, Campos, Cabo Frio e Nova Iguaçu) e cadastrou quase 500 artesãos, desenvolvendo ações que visam ampliar a divulgação e a comercialização dos trabalhos. Um exemplo é a participação de artistas em feiras (como a da Rua do Lavradio, na Lapa) e exposições em espaços como a Casa do Artesão, em Botafogo, Zona Sul do Rio. Entre os artesãos cadastrados pelo projeto em Niterói está Cristina Alves de Carvalho que, com o marido Daniel e os filhos Júnior, de 20 anos, e Feli-

pe, de 18, tem a atividade como única fonte de renda. Reutilizando vidros que embalam azeite, esmalte e bebidas, eles dão vida a peças bem diferentes, como bonecas decorativas. Em busca de novidades até para manter a clientela, a família (que participa da Feira de Artesanato do Campo de São Bento, em Icaraí) investe agora em placas personalizadas e quadros com base de acrílico e desenhos insperados em criações de Romero Brito (pintor, escultor e serígrafo brasileiro radicado nos Estados Unidos) que retratam pontos turísticos do Rio e Niterói, como o Corcovado e o MAC. - Estamos trabalhando para expandir o Artesanato em Movimento, com foco em dar mais condições ao artesão de investir em seu trabalho, mostrar as belezas e a rica diversidade do artesanato fluminense e, realmente, viver de sua arte - adianta Nea Mariozz, chefe de gabinete da Sedrap. Autodidata, Bruna Prebay, de 32 anos, descobriu o artesanato há menos de um ano e também tem a atividade como única fonte de renda. Para ela, o Arte-

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sanato em Movimento é uma ótima oportunidade de visibilidade e expansão de negócios. - O projeto é um excelente recurso de divulgação. Graças a ele participei da exposição da Copa do Mundo na Casa do Artesão; da mostra “Arte e Sustentabilidade” na Galeria de Arte La Salle e depois da Feira do Lavradio, conhecidíssimo evento no mundo das artes. Busquei o artesanato porque estava desempregada e acabei aprendendo a técnica de cartonagem com a ajuda da internet. Hoje ajudo até nas contas de casa conta Bruna, que produz carteiras de diferentes materiais. Sedrap no Lavradio - A primeira participação da Sedrap na Feira do Lavradio foi em novembro de 2013, com bolsas, cintos, brincos e outras peças de escamas, couro e outros descartes do peixe, produzidas por artesãos de comunidades pesqueiras de São Gonçalo e Cabo Frio. O Artesanato em Movimento retornou outras quatro vezes à feira com artesãos do Rio, Nova Iguaçu, Niterói e também de São Gonçalo. (Jeline Rocha/Sedrap)

( (22) 99982.4039

As micro e pequenas empresas (MPE) da Região dos Lagos foram as principais responsáveis pela geração de empregos na região em 2014. De acordo com estudo do Observatório Sebrae-RJ, produzido com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, as MPE criaram 2843 empregos, enquanto as médias e grandes empresas (MGE) fecharam 425 postos. Somadas as 184 vagas disponibilizadas na administração pública, a Região dos Lagos encerrou o ano com um saldo líquido de 2602 vagas. O resultado praticamente se igualou ao de 2013, quando foram criados 2665 vagas na região. Saquarema foi a principal responsável por este resultado. Lá, as micro e pequenas empresas geraram 957 vagas. Cabo Frio e São Pedro da Aldeia também se destacaram, com 815 e 754 postos novos criados pelas MPE. O movimento positivo das micro e empresas da Região dos Lagos se repetiu no Rio de Janeiro e na média nacional. As MPE do estado geraram 59.021 novas vagas , enquanto as MGE fecharam 24.276 postos de trabalho. Mesmo com algumas regiões apresentando queda do desempenho de 2014 em relação a 2013, em todas as regiões do estado o saldo líquido de empregos gerados pelas MPE no ano passado foi positivo. Já entre as MGE apenas as regiões Baixada Fluminense II, Serrana II, Costa Verde e Noroeste Fluminense apresentaram saldo positivo. Os setores de serviços e comércio foram os responsáveis pelo maior número de carteiras as-

sinadas em todo o estado em 2014, criando 35.747 e 7.217 vagas, respectivamente. Na análise segundo o porte, entre as micro e pequenas empresas, apenas a indústria de transformação fechou postos em 2014. Os destaques novamente ficaram com os setores de serviços, construção civil e comércio, que juntos geraram 60.078 postos de trabalho. “Aqui na Região dos Lagos temos acompanhado o crescimento de novos empreendimentos, o que tem dinamizado a construção civil , e a melhora dos serviços e do comércio, que todo ano crescem com o verão. Também vemos as micro e pequenas empresas se esforçando para se profissionalizar. Os atendimentos do Sebrae crescem a cada ano na região e é uma satisfação ver as empresas buscando se estruturar, seja fazendo cursos, consultorias de gestão ou mesmo se associando em busca de empoderamento e melhorias. Vemos isso no turismo e no segmento de moda praia, por exemplo”, explicou Ana Claudia Vieira, coordenadora regional do Sebrae. O investimento na educação continua se mostrando um bom aliado na hora de conquistar vagas no mercado. A grande maioria das vagas criadas pelas micro e pequenas empresas do estado (89%) foi ocupada por trabalhadores que possuem ensino médio completo ou estão cursando ou terminaram o ensino superior. Neste sentido, o Sebrae-RJ procura auxiliar as empresas locais com um programa extenso de treinamento, que envolvem desde oficinas de gestão (de compras, planejamento financeiro, pessoal) até cursos ela-

borados com objetivo de mudar completamente a competitividade da empresa, a exemplo do Empretec e do Ferramentas de Gestão Avançada. “No dia 12 de março, vamos fazer uma palestra gratuita em Cabo Frio para explicar o modelo do Empretec a todos os interessados em empreender. Trata-se de uma das mais importantes ferramentas de capacitação empresarial disponíveis no país para quem ter sucesso trabalhando por conta própria. O seminário foi desenvolvido pela ONU e quem faz acaba provocando alterações muito significantes em seus negócios. Hoje temos na região empresas que até mudaram seu perfil de negócio depois desta experiência. Sabemos que esse é um ano difícil e a criatividade será fundamental para manter os bons resultados”, completou Ana Claudia. Em março, o Sebrae/ RJ também vai lançar, na Região dos Lagos, mais uma solução de gestão empresarial: Ferramentas de Gestão Avançada, FGA, uma metodologia inovadora que promove a implantação de um modelo de gestão baseado em indicadores e metas. O programa tem duração de 14 meses e é dividido em quatro fases, que incluem diagnóstico da empresa , desenvolvimento de um plano empresarial, elaboração de estratégias e composição de um novo ciclo de planejamento. . A aula inaugural é dia 12 de março. As inscrições podem ser feitas pelo telefone 22.2643-0805, pelo email regiaobaixadalitoranea@sebraerj. com.br e, preferencialmente, no escritório, para que os interessados possam obter maiores informações do programa.


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nº 228 - março de 2015

Em Foco com Regina Mota

regina@netterra.com.br

“As mulheres têm direitos iguais aos dos homens na terra; na religião e na sociedade, são elas um elemento muito importante. Enquanto as mulheres forem impedidas de atingir suas mais altas possibilidades, os homens não estarão habilitados a alcançar o máximo da sua capacidade de grandeza”. (‘Abdu’l-Bahá)

William Brasil

Solidariedade - Policiais Militares do Posto 11 do Batalhão de Polícia Rodoviária de Araruama fizeram no dia 28/02 a doação de um carrinho de bebê para o pequeno Matheus, de 7 meses, atendendo ao pedido de uma integrante do coral da Igreja de São Sebastião. Durante o evento, Frei Leonardo abençoou a entrega do carrinho. Na pessoa do Subtenente Rezende, chefe do Posto, parabenizamos a todos os militares que foram sensíveis ao apelo.

Academia - Literatos, intelectuais, artistas, professores e pessoas da comunidade estiveram presente em fevereiro na Biblioteca Municipal de Araruama para conversarem sobre a criação de uma Academia de Letras e Artes. O novo secretário de Cultura, Moacir Gomes, também prestigiou o evento. A próxima reunião já está marcada para o dia 17/03, às 19hs.

Guarda Civil de Araruama - Anderson Ruiter comanda a Guarda Civil de Araruama e relata que esse ano o Carnaval foi super tranquilo. As pulseiras colocadas nas crianças para identificação foi o trabalho que mais se destacou. Foram diversos grupamentos como o peracional, do canil e trânsito que foram espalhados pelos distritos, dando uma segurança maior à população. Homenagens foram feitas na Câmara dos Veradores pelos trabalhos realizados. Parabéns!

Mulheres que brilham - Fica aqui a homenagem pelo Dia Internacional da Mulher a essas três mulheres guerreiras que lutam em prol da classe feminina e também em prol do povo de Araruama: Rejane Silva (Secretária de Saúde), Marcia Jeovani (Deputada Estadual) e Lourdes Belchior (Secretária da Terceira Idade e Desenvolvimento Humano). Parabéns!!!

Conselho Tutelar recebe restante do kit - O Movimento Articulado de Mulheres e Amigas de Saquarema - MAMAS pleiteou junto ao deputado federal Edson Santos, através de uma emenda parlamentar, a aquisição de um automóvel e um kit multimídia ao Conselho Tutelar. O veículo foi entregue em 2014 e o restante do kit veio recentemente para a cidade. Parabéns ao Mamas e à Joana Darc do Conselho Tutelar, que esteve presente nesse momento tão especial.

Aniversário de Terezinha Ruade - A querida amiga foi rodeada por amigos e familiares no dia 28/02 para comemorar seu aniversário. Ela que passou por momentos difícieis mostrou que é forte e guerreira. Comemoramos com muita alegria os seus 60 anos de idade muito bem vividos. A equipe do Jornal Poiésis lhe deseja muitos anos de vida! Que você possa continuar essa pessoa maravilhosa que é. Parabéns!

Amigos de Iguabinha - Sob a coordenação do verador Amigo Walmir centenas de pessoas foram para a avenida, levando o bloco mais bonito do Carnaval/2015. O parlamentar foi o que mais apoiou os blocos esse ano. Parabéns!

Carnaval da SETID - A Secretaria da Terceira Idade e Desenvolvimento Humano de Araruama realizou no dia 13/02 o tradicional Baile à Fantasia “Nos Embalos das Antigas Marchinhas”. Foi um dia que ficará para a história. Todos brincaram muito e

se alegraram com a festa organizada especialmente para eles, que dedicaram suas vidas ao trabalho e às suas famílias. E vem muito mais por aí. O ano de 2015 promete ainda muitos encontros mágicos como esse. Aguardem!

Guarda Municipal de Saquarema apresenta dados positivos sobre o Carnaval 2015 De acordo com informações de Marcelo Marreto Ramos, comandante da Guarda Municipal de Saquarema, o Carnaval deste ano foi tranquilo e com números menores de notificações em relação aos anos anteriores. Agentes de trânsito foram contratados para dar maior aparato ao evento, o que resultou em um trânsito com mais ordem.

Móveis e Decorações

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O total de autos de infrações foi de 236, incluindo a apreensão de 25 carros e 16 motocicletas. Em 2014 os números foram bem diferentes com 300 apreensões de motocicletas e 84 de carros, somando um total de 384 veículos com irregularidades. “A iniciativa da prefeita Franciane Motta de criar o carnaval da família tem sido um sucesso

Ó Filho do Espírito! Rompe tua gaiola e, assim como a fênix do amor, alça voo para o firmamento da santidade. Renuncia a ti mesmo e, prenhe do espírito da misericórdia, habita no reino da santidade celestial. Bahá’u’lláh (1817-1892)

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total para as forças de segurança. Lembrando que os agentes de trânsito contratados pela prefeitura contribuíram de forma significativa para o sucesso do nosso trabalho”, disse o comandante Ramos que ressaltou ainda a importância da presença do secretário de segurança João Carlos da Silva Araújo que esteve presente todos os dias no evento.

Bingoloso na Daumas A Daumas Academia realiza um bingoloso em sua sede no dia 13 de março, sexta-feira, a partir das 19 horas. O evento tem por objetivo angariar fundos para 2 viagens nacionais e 1 internacional do grupo em 2015. Participe e dê seu apoio aos artistas de Saquarema. Mais informações pelo telefone (22) 2655-3654.

Daumas Academia Escola de Dança

Curta uma vida, alegre e saudável!!!

A partir dos 2 anos e meio, até onde sua mente comandar seu corpo. Homens e mulheres, sintam-se vivos!

Baby-Class * Pré-Ballet * Ballet Clássico Jazz Dance * Dança Moderna * Sapateado Street Dance * Alongamento * Capoeira * Teatro

Av. Vilamar, 276 B - Itaúna - Saquarema - ( (22) 2655-3654 www.daumasacademia.com


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