Poiesis262

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anos Ano XXV- nº 262 - Saquarema, Araruama e Região dos Lagos - abril de 2018

TODOS OS RITMOS DA BANDA PROTOCOLO

Camilo Mota

Com dez anos de carreira, o grupo saquaremense tem se destacado em apresentações em restaurantes, casas noturnas e festas na Região dos Lagos. Página 5.

Festival de esquetes fez sucesso em Araruama Drama, comédia, circo, besteirol, vanguarda. Todas as vertentes estiveram bem representadas no festival de esquetes promovido pelo SATED no Teatro Municipal de Araruama. O primeiro lugar ficou com o grupo Sopro Feminino, pela esquete “Todo silêncio tem um nome”. Página 4.

Regina Mota

Dança e teatro em Saquarema

Camilo Mota

A Daumas Academia é uma das atrações na programação do Teatro Municipal Mario Lago em abril. Página 3.


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abril/2018

A Legenda dos Dias ACADEMIA BRASILEIRA DE POESIA sucessora da Academia Petropolitana de Poesia Raul de Leoni,

fundada em 1985 – Boletim nº 05 – Abril, 2018

COMENTÁRIO, de J. Roberto Gullino Fugindo da poesia tradicional – soneto e trova – hoje apresento um trabalho da poetisa Virginia Vendramini, paulista de Pres. Prudente, que se transferiu para o Rio ainda jovem, professora de letras, português e braile aposentada, já que é cega desde os treze anos, com uma trajetória extraordinária. Após sua aposentadoria, para se ocupar, passou a trabalhar com tapeçaria, em desenhos geométricos, passando rapidamente pela pintura abstrata e terminando por fazer escultura. Sua tapeçaria, de excelente bom gosto e cores harmoniosas na época dos cartões telefônicos para uso público, eles foram ali reproduzidos. Tem quatro livros de poesia já editados.

MERCADO DE RARIDADES (Virginia Vendramini)

Compro com urgência e por qualquer preço, qualquer um desses artigos raros : um poema de amor que, ao mesmo tempo, seja sincero, original e belo; um contador de histórias que não minta, políticos de consciência limpa. Compro também, se houver no mercado, solidariedade e amor ao próximo, assim como respeito e lealdade, e um pouquinho de fé, se for possível, para tudo dividir entre os povos pago à vista, sem pedir abatimento. Compro ainda, para consumo próprio, toda alegria que exista à venda, momentos de paz e grãos de esperança... e pago o dobro do meu peso em ouro, a quem possa entregar, sem demoras, alguns farrapos de felicidade.

LOUÇANIAS DE NOSSA POESIA Sê resignada: a roseira que mais viço e mais prospera, dá rosas na primavera e espinhos a vida inteira. Vicente de Carvalho, 1866/1924, em “Menina e Moça”

No mundo são as verdades como as nossas esperanças: as que vêm nas tempestades vão-se após as águas mansas. Gonçalves de Magalhães, 1811/1883, em “O avarento

A importância do aprendizado de novos idiomas Rodrigo Conçole Lage*

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o contrário do que acontece em outros países a maior parte da população brasileira não domina um segundo idioma. Esse fato decorre não só dos problemas ligados ao ensino no Brasil, mas também está ligado a questões financeiras, já que nem todo mundo tem condição de pagar para o filho, e a falta de interesse, quando essa dificuldade não existe, entre outros. Além disso, muitas vezes o estudo de um novo idioma é visto como um luxo e não como uma necessidade. Contudo, o desconhecimento de outras línguas ou um conhecimento deficiente de outro idioma pode ter um impacto muito grande na vida da pessoa. Se a pessoa pretende cursar uma universidade, principalmente uma universidade pública, em muitos cursos ela terá que lidar com textos publicados em outros idiomas. Além disso, se ela pretende fazer um mestrado ou um doutorado, o domínio de um segundo idioma é obrigatório. Sem contar o fato de que o domínio de uma segunda língua é obrigatório para o exercício de algumas profissões. Contudo, o conhecimento de outras línguas não deve ser visto apenas como uma ferramenta para os estudos ou para o exercício de uma profissão. O fato de se dominar outra língua permitirá a pessoa ler os textos e traduções publicados nesse idioma. Por melhor que seja a tradução de um poema, ou de um romance ou livro de não ficção, o contato com o texto na sua língua original permite ao leitor ter contato com elementos que foram perdidos quando ele foi transposto

para outra língua. Além disso, é uma forma de se escapar dos erros de tradução e revisão. O que não quer dizer que a leitura dessas obras não seja um desafio. Se para o falante de língua portuguesa a leitura de muitas obras é difícil essa dificuldade não vai ser menor para um estrangeiro só porque a pessoa aprendeu o idioma. O mesmo vai acontecer com um falante de língua portuguesa que aprendeu outra língua e pretende ler um naquele idioma. Seja como for, como muitas obras jamais serão traduzidas, o conhecimento de uma segunda língua vai permitir o acesso a obras que, de outra forma, a pessoa jamais iria ler. Ao mesmo tempo, a bibliografia sobre os mais diferentes temas se amplia de forma incalculável quando podemos pesquisar o que foi publicado sobre o assunto em mais de um idioma. E para quem gosta de escrever, por exemplo, poesia, a possibilidade de se traduzir um texto é de fundamental importância para o aperfeiçoamento da escrita. Comumente os grandes poetas praticaram a tradução como uma forma de aprendizado. Assim, por tudo o que foi dito, podemos dizer que o aprendizado de novos idiomas é de fundamental importância para o crescimento pessoal. *Professor de História em Itaperuna-RJ

EXPEDIENTE O Jornal Poiésis - Literatura, Pensamento & Arte é uma publicação da Mota e Marin Editora e Comunicação Ltda, CNPJ 07.546.414/0001-60. Editor: Camilo Mota. Diretora Comercial: Regina Mota. Conselho Editorial: Camilo Mota, Regina Mota, Fernando Py, Sylvio Adalberto, Gerson Valle, Marcelo J. Fernandes, Marco Aureh, Francisco Pontes de Miranda Ferreira, Charles O. Soares. Jornalista Responsável: Francisco Pontes de Miranda Ferreira, Reg. Prof. 18.152 MTb. Av. John Kennedy, 121 sala 13 - Centro - Araruama-RJ CEP 28970-000 ( (22) 99982-4039 E-mail: jornalpoiesis@gmail.com Site: www.jornalpoiesis. com.br. Facebook: www.facebook.com/jornalpoiesis. Edição digital: www.

issuu.com/jornalpoiesis Distribuição dirigida em: Saquarema, Araruama, São Pedro da Aldeia, Iguaba Grande, Cabo Frio, Arraial do Cabo e Petrópolis. Fotolito e Impressão: Editora Esquema Ltda. Colaborações devem ser enviadas preferencialmente digitalizadas, espaço simples, fonte Times New Roman ou Arial, corpo 12, com dados sobre vida e obra do autor. Os originais serão avaliados pelo conselho editorial e não serão devolvidos. Colaborações enviadas por e-mail devem ser anexadas como arquivo .doc ou .docx. Os textos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam a opinião do Jornal Poiésis.


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abril/2018 Teatro Municipal de Cabo Frio reabre para o público

Fotos: Divulgação/PMCF

O grupo Oficena apresentou as peças “Tribobó City”, de Maria Clara Machado, e “Médico à Força”, de Molière

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Teatro Municipal Inah de Azevedo Mureb, em Cabo Frio, foi reaberto ao público no dia 28 de março, dentro da programação de encerramento da 28ª Semana Teixeira e Sousa, que promoveu inúmeras atividades culturais na cidade durante o mês de março. O teatro ganhou reforço em toda a estrutura do prédio, que estava ameaçada por conta dos anos de abandono. De acordo com o secretário de Cultura, Ricardo Machado, foram recuperadas as estruturas do palco e das arquibancadas, além de troca de toda a parte elétrica. O evento contou com apresentações da cantora Sarah Dhy e da Orquestra de Câmara sob a regência do maestro Sérgio Gabriel, além de duas peças encenadas por alunos do Oficena, curso livre de teatro. “Estamos abertos novamente,

A Orquestra de Câmara fez apresentação sob a regência de Sérgio Gabriel

trazendo um trabalho produzido há meses. É muito suor, garra e amor à arte. Que a nossa cultura possa levar mensagens positivas e melhorar o cenário da nossa sociedade como um todo”, disse o ator Lucas Cedro. Já a atriz Yasmin Quintanilha falou da emoção de voltar a atuar oficialmente no palco do teatro. “O coração está batendo muito forte. É muita emoção. Foi um esforço muito grande voltar ao nosso palco. Não há palavras para descrever”, contou.

Dança, comédia e infantil na programação Teatro Mario Lago

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Teatro Municipal Mario Lago de Saquarema contará esse mês com uma programação bem diversificada. No dia 07/04, acontecerá a peça infantil PJ Masks, Heróis de Pijama,às 18h. A peça é baseada na série de desenho animado britânico-francesa e exibido pela Disney Junior. Já no dia 14/04, às 20h, Pierre Rosa apresentará o stand-up “Que Palhaçada”. O show promete divertir todas as faixas etárias, dos 8 aos 80 anos, com humor do começo ao fim. Trata-se de uma adaptação do espetáculo criado e apresentado por ele em cruzeiros marítimos pelo mundo. A Daumas Academia preparou um belíssimo espetáculo de dança que será apresentado no dia 28, intitulado: “Viajando com a dança”. O evento contará com projeção de fotos de algumas

Divulgação

Pierre Rosa é atração do dia 14

coreografias. Na ocasião serão apresentadas ao público as três novas bailarinas da companhia: Ingrid Rocha, Maria Rita Viana e Letícia Sardinha. O cenário foi confeccionado por Raphael Tavares e Brayen Catarino, as fotos são de Glória Barbosa e a direção de Rita Daumas e Ingrid Oliveira. Camilo Mota

A Daumas Academia promete uma viagem pelo mundo da dança no dia 28

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abril/2018

Festival de Esquetes animou Araruama

Cozinhando com sabor

Fotos: Regina Mota

Arroz de forno

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elo Dia Mundial do Teatro e do Circo, comemorado no dia 27/03, o Sindicato dos Artistas e Técnicos do Estado do Rio de Janeiro – SATED/ RJ realizou um Festival de Esquetes no Teatro Municipal Prefeito Graciano Torres Quintanilha, de Araruama, que foi uma das sete cidades que apresentaram o festival simultaneamente. A atriz Perla Duarte se apresentou em duas peças completamente diferentes, indo do drama à comédia, mostrando sua versatilidade, garantindo o prêmio de melhor atriz. Já o ator e escritor e membro da Academia Araruamense de Letras, Geraldo Chacon participou com o Gene Insanno em “Darcy...ao seu dispor”. Os premiados foram: na categoria melhor ator, Pedro Carvalho com a esquete “O Cavaleiro Fada e a Donzela”, de Cabo Frio; melhor atriz, Perla Duarte com a

esquete: “Cada um em seu canto, cada qual a seu Modo”, de Araruama; melhor direção Dandara Melo com a esquete “Todo Silêncio tem um Nome”, de Arraial do Cabo. Os Premiados na categoria melhor esquete foram: 1º lugar “Todo Silêncio tem um Nome” – Grupo Sopro Feminino, de Arraial do Cabo; 2º lugar: “O Cavaleiro Fada e a Donzela” – Grupo BFT, de Cabo Frio; 3º lugar “Sobe e Desce” – Grupo Palhaço Rufino e sua Turma, de Cabo Frio.

Ingredientes • 4 xícaras (chá) de arroz cozido • 100 gramas de queijo mussarela ralada • 1 cenoura ralada • 2 colheres (sopa) de salsa (ou salsinha) picada • 2 ovos • 1 xícara (chá) de leite • 1/2 copo de requeijão • 1 xícara (chá) de queijo parmesão ralado • sal a gosto • pimenta-do-reino a gosto Modo de preparo Em uma tigela, misture o arroz, a mussarela, o presunto, a cenoura e a salsa. Coloque em um refratário untado com margarina. No liquidificador, bata os ovos, o leite, o requeijão, o queijo ralado, o sal e a pimenta. Despeje sobre o arroz e asse no forno, pré aquecido, a 200 °C durante 30 minutos ou até dourar.

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Banda Protocolo revive bons tempos da música

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Banda Protocolo, há dez anos na estrada, continua aumentando o número de fãs por onde passa. Um dos exemplos foi o show realizado no dia 23/3 na Concha Acústica Neuza Amaral, na Praça Antônio Raposo, em Araruama, onde apresentou um repertório bastante diversificado. Sob a coordenação do músico Reinaldo José de Carvalho, que canta e toca violão, a banda é formada por José Alexander, “Xande”, na guitarra, Orlando, “Mariola”, no baixo, Sergio Maurício, nos teclados e Anderson, na bateria. As músicas selecionadas vão de Legião Urbana a Dire Straits e The Fevers, fazendo com que o público cante e dance juntos. A legião de fãs acompanha a banda por onde ela passa, pelos restaurantes de Saquarema e pelos clubes da Região dos Lagos. A Banda Protocolo também é solicitada nos casamentos e aniversários particulares, além de já ter tocado em eventos de motociclistas. O trabalho da banda já resultou na gravação de dois CDs, com regravações de músicas populares, que vão ao encontro do bom gosto do público. Ambos foram confeccionados pela Oficina do Som, em Bacaxá, Saquarema, tendo o acompanhamento do músico Xande. Contatos para shows podem ser feitos através dos telefones: (22) 99975-2083, com Reinaldo.

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Camilo Mota

A banda está na estrada há 10 anos e já gravou dois CDs.

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Gerson Valle

DORMINDO NAS REDES SOCIAIS

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s índios brasileiros dormem confortavelmente suspensos no ar pelas redes. O herói sem nenhum caráter Macunaíma, segundo Mário de Andrade, relaxando seu corpo moldado na rede, suspira constantemente a consequência de tanta comodidade: “Ai, que preguiça!” Modernamente, as redes se tornaram sociais, e moldam todas as energias de nosso intelecto na comodidade da rapidez da comunicação e passagem de toda forma de conhecimento, reflexão, sentimento do mundo... E todos, macunaimicamente, parecemos só suspirar nossas preguiças! Às vezes tento refletir sobre tais contradições. Por que, no momento em que a tecnologia nos possibilita dispor de um imenso arsenal de informação, preferimos desconhecer as análises à mão, para apenas nos interessarmos pelas sínteses mais reduzidas, acentuando opções óbvias, de um caráter mesmo tendencioso, para facilitar a compreensão primária? Pior: podendo conhecer qualquer fonte de conhecimento e transmitir qualquer texto filosófico, literário, científico, de qualquer espécie de técnica, filmes inteiros de cinema, obras de arte, e toda espécie de experiência humana, preferimos nos restrin-

gir a comentários de duas ou três frases, filminhos que não ultrapassem três minutos, discursos rapidinhos sem maior profundeza? Ontem, sexta-feira da Paixão, sabedor de tanta preguiça nos meus “amigos” (e esta expressão, em si, é de uma generalização simplificadora característica deste meio de comunicação) do facebook, apesar de dispor de algumas versões completas da notável “Paixão segundo Mateus”, de Bach, e saber que a sua divulgação poderia de fato me comunicar amigavelmente a muitas pessoas, tendo a consciência que ninguém a iria assistir na íntegra, resolvi apenas postar o seu primeiro número, de uns 11 minutos e de uma beleza transcendental, numa interpretação hoje clássica. Fora uma “curtição” de antes de se completarem os 11 minutos da postagem, e um agradecimento de uma pessoa

mais honesta e outra mais ligada à Música, ninguém mais curtiu, comentou ou compartilhou... Por que ninguém lê um romance se postado em facebook? Ninguém vê um filme na média de suas duas horas? Nem mesmo um capítulo de algumas páginas, ou um comentário de uma fala filmada maior que alguns minutinhos? Esta preguiça é comum na vida de todo mundo hoje em dia? Quase ninguém mais lê um romance, então? Nem mais se interessa por cinema, artes, música de concerto, concatenações de ideias e conhecimentos que exijam mais que uma premissa, uma conclusão sem demonstração científica, construção mais elaborada? Ou o meio impõe a “leitura” de tantas manifestações “amigas” em suas vaidades e saudações redundantes, que se tem medo de se parar mais tempo em um só, e as-

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Gerson Valle é poeta e escritor, presidente da Academia Petropolitana de Letras.

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sim, se isolar das modas de uma sociedade simplesmente mundana? Tem-se medo da seriedade e consequências lógicas da reflexão e conhecimentos mais aprofundados? O que se quer é espichar o corpo na rede, e se queixar da preguiça? Mas, as consequências acabam por tomar forma na própria sociedade moderna. A simplificação leva a posições extremistas, mentirosas (por se moldar a interesses dos extremos), briguentas... Sem visão mais larga por não aprofundar conceitos de várias tendências, perde-se a concepção da alteridade necessária à compreensão do mundo e, por conseguinte de si mesmo. As redes acabam moldando idiotas, como já previra Umberto Eco. E pior, fascistas prontos a terminar com o mundo, por não existir mais interesse cultural pela sua produção e significado. Por matar todo sentimento. Pelo gosto exclusivo das modas, vaidades, frasezinhas de conveniência limitativas, fora de uma verdadeira cosmovisão. A riqueza armazenada pela internet, de tão grande, nos acachapa e nos coloca reduzidos a afirmações sobre o que vemos na ponta de nosso próprio nariz. Com muita preguiça. E só!

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POESIA A vida! Há vida! Ávida! Ah, vida! Edson Moraes

Quero dormir e acordar Marielle E me pegar saltando casinhas de sete-marias Desenhando na tinta da tez negra teus rastros na sarjeta Quero romper o tempo e fitar teus olhos abertos, vivos Vencer as distancias entre dores e prazeres tão próximos Passeando no suor alegre da tua fé e da tua força! Quero beber do sonho na justiça que não te acode Sentir que não terá sido em vão esse preenchimento Renascendo em cada vazio com planta nova de esperança! Quero seguir e multiplicar a paz e a guerra de quem é De quem será e de quem quer ser o dia que vem vindo Enquanto houver resistência haverá vida e Mariellie viverá! Edson Moraes é jornalista, mora em Campo Grande-MS.

Finados

Elson Jacinto Hoje que é dia dos mortos. Resolvi levar um lenço pra guardar meu pranto. A multidão em agonia se perde na neblina. Meu sonho vai como a rosa bonita. Me ajoelho, querendo botar no túmulo meu coração. É tudo escuro como as almas que dormem. Eu lembro do círio que velava meu quarto de mendigo. Se eram puras, confesso que não vi. Neste dilúvio de ilusões, tudo é vivo. Pois se não amo, estou mais morto ali. Elson Jacinto é autor de “Revelação: volume 2” (Rio de Janeiro, Quártica Editora, 2016). Mora em Araruama.

Lágrimas na Lettera 22 Jorge Antunes

Chorei nesse carnaval. Não sonhava, era real. Sobre a mesa, vi a foto, toda cercada de trecos: biscuís, pequenos bonecos, santo de que sou devoto, uma lente bifocal, um sinete, um dedal que ela usava pra coser, e a máquina de escrever.

Contemplação

Chorei nesse carnaval. Não sonhava, era real.

Camilo Mota é editor do Jornal Poiésis, psicanalista e membro da Academia Araruamense de Letras.

Camilo Mota

Anônimo, ele contempla. O mar, de tão grande, absorve todos os nomes. O céu é a legenda de seu tempo.

a, s, d, f, g, eu digitei, pra você, um poema de confete: podia virar marchinha. Cada tecla da Olivetti, molhada em lágrima minha, se esgueirava de meus medos, resvalava de meus dedos.

BOCAGE

Marcio Catunda

a, s, d, f, g, cadê você? cadê você? ç, l, k, j, h por que me faltas na hora agá?

Bocage, o profusor da picardia, Deixou Setúbal numa arremetida. Teceu, em pós de Goa, a fantasia, No leme da nau Senhora da Vida.

a, s, d, f, g, estou só no meu apê. Já não uso vírgulas e pontos: meus dedos estão tontos. Escrevi sono, em vez de sonho. Agora, trisonho, em vez de tristonho. Confesso: meu poema corre risco. Mergulhei em tristes epênteses. Esbarrei no *, no +, no $ e nos ( )

Escravo de uma sorte perseguida, Frequentou as tabernas da orgia. O cárcere por culpa imerecida Sofreu da peçonhenta confraria.

a, s, d, f, g, cadê você? cadê você? ç, l, k, j, h por que me faltas na hora agá? Jorge Antunes é maestro, professor de música na UnB, mora em Brasília-DF.

Tenente de Infantaria em Damão, Desertou e fugiu para Macau. Ironizou a corja e seu bufão. Disse das brasas da crica e do pau, Dos transes da certeza mais fatal, E lastimou a desesperação Marcio Catunda é natural de Fortaleza-CE, é compositor, poeta e diplomata, reside no Rio de Janeiro.

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Em Foco

Regina Mota Regina Mota

Camilo Mota

Saúde com poesia - O Dr. Cid Magioli organizou um concurso de poesia no Posto de Saúde de Ponte dos Leites, em Araruama. Foi uma tarde de muita descontração com música e premiações, em homenagem ao mês da mulher.

Segurança - Comerciantes de Saquarema se reuniram com o comando da PM para tratar de segurança no município. O encontro coordenado pela empresária Nurimar Mendonça aconteceu na sede do MAMAS.

Regina Mota

Baiano - Quem é visto frequentemente na Praça Antônio Raposo de Araruama é o professor de dança “Baiano”, como é carinhosamente chamado pelos seus alunos e amigos. As aulas são gratuitas e em dias alternados, de 19h às 20h30.

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AARALETRAS - A Academia Araruamense de Letras comemorou três anos de existência no dia 17 de março. A festa aconteceu na Universade Candido Mendes e contou com a participação de cerca de 100 literatos do Rio de Janeiro e de algumas cidades da Região dos Lagos. O evento contou com palestras realizadas pela presidente da União Brasileira de Escritores Juçara Valverde, e pelos membros da Academia Brasileira de Médicos Escritores, Luiz Gondim de Araújo e Leslie Albuquerque Aloan, tendo como tema a presença da mulher na literatura brasileira e portuguesa. Uma grande tertúlia poética encerrou as comemorações.

Curta uma vida alegre e saudável!!! A partir dos 2 anos e meio, até onde sua mente comandar seu corpo. Homens e mulheres, sintam-se vivos!

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